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Boas Práticas na
Produção e Comercialização
de Alimentos em Tempos da
COVID-19
Faculdade de Nutrição Emília
de Jesus Ferreiro / UFF
Departamento de Nutrição Social
Grupo de Pesquisa em Práticas
Alimentares Saudáveis
Nº do SIGProj: 347465.1927.50710.20022020
ORGANIZADORA
Maria das Graças Gomes de Azevedo Medeiros (Faculdade de Nutrição/UFF)
COLABORADORES
Claudia Regina de Azevedo Fernandes (Casa do Artesão/Prefeitura de Niterói)
Edna Freignan dos Santos (Faculdade de Nutrição/Centro Universitário Anhanguera de Niterói)
Jane Silva Maia Castro (Vigilância Sanitária de Niterói)
Manoela Pessanha da Penha (Faculdade de Nutrição/UFF)
Maristela Soares Lourenço (Faculdade de Nutrição/UFF)
Muriel da Silva Carneiro (Faculdade de Nutrição/UFF)
DISCENTES
Aleksandra do Carmo Moreira
Beatriz da Silveira Neves
Bruna Machado Pires
Carolina da Silva Bezerra
Eduardo José Lanes Filho
Esthefany dos Santos Mello
Ingrid Silva da Costa Corrêa
Ivaniely Furtado da Anunciação
Laura Liz Gomes de Castro
Nathalia Rocha de Matos
Rosiane Nazareth Silva
Stéphanie de Almeida Rosendo dos Santos
PROJETO GRÁFICO
Bárbara da Paz Ferraz Santos (Centro de Apoio à Extensão/UFF)
REVISÃO DE TEXTO
Ana Luiza de Figueiredo Souza
B662
60p.: il.
Bibliografia: p.49
ISBN 978-65-00-15683-6
CDD 664.07
Sumário
1. O alimento .... p. 11
O formato e-book contribui para que a cartilha esteja sempre disponível, tornando a
consulta rápida e fácil. Esperamos que vocês aproveitem!
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Prefácio
| Prof. Dr. Robson Maia Franco
9
Ca rd áp io
Food
T ruck
Imagem: Freepik.com
AUTORA
01. O alimento
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Ministério da Saúde (MS) - Sistema Na- Já ao MAPA cabe a inspeção dos alimen-
cional de Vigilância Sanitária (SNVS) e tos exclusivamente de origem animal
o Ministério da Agricultura, Pecuária e (carnes, leite, ovos, mel, pescados e seus
Abastecimento (MAPA). derivados), bebidas em geral (não alcoóli-
cas, alcoólicas e fermentadas) e vegetais
À ANVISA cabe a regulamentação, o con-
in natura.
trole e a fiscalização de produtos e servi-
ços que envolvam risco à saúde pública, A regularização do manipulador de ali-
como os bens e produtos de consumo mentos da comida de rua pode trazer
submetidos ao controle e fiscalização sa- vantagens para o trabalhador e para o
nitários. Os alimentos, inclusive bebidas, consumidor, por meio de orientações e
águas envasadas, seus insumos, embala- das ações de controle.
gens, aditivos alimentares, limites de con-
taminantes orgânicos, resíduos de agrotó-
xicos e de medicamentos veterinários são
alvo de suas incumbências.
#fica_a_dica
Procure a Vigilância Sanitária
do seu município ou a
Secretaria de Agricultura
e se informe!
Referências
BEZERRA, A.C.D. Org. Alimentos de rua no Brasil Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal
e saúde pública. São Paulo: Annablume; Cuiabá, de Santa Catarina, 2016.
Fapemat; Ed UFMT, 2008.
Organização Pan-Americana da Saúde.
FAO. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION Organização das Nações Unidas para Alimentação
ON THE UNITED NATIONS. Promessas e desafios e Agricultura. Manual para Manipuladores de
do setor informal de alimentos em países em Alimentos. Washington, D.C.: OPAS, 2018.
desenvolvimento. FAO, Roma: Itália, 2011
SOUZA, G.C.; SANTOS. C.T.B; ANDRADE, A. A.;
MEDEIROS, M.G.G.A; CARVALHO, L.R.; FRANCO, R.M. ALVES, L. Comida de rua: avaliação das condições
Percepção sobre a higiene dos manipuladores de higiênico-sanitárias de manipuladores de
alimentos e perfil microbiológico em restaurante alimentos. Ciência e Saúde Coletiva, v. 20, n. 8, p.
universitário. Ciência e Saúde Coletiva, v. 22, n. 22, 2329-2338, 2015.
p. 383-392, 2017.
World Health Organization. Division of Food
MÜLLER, J. Percepção de Consumidores em relação and Nutrition. Essential safety requirements for
às terminologias caseiro, tradicional e original em street-vended foods. (Revised edition). 1996.
rótulos de alimentos embalados com diferentes Disponível em: https://www.who.int/foodsafety/
graus de processamento. Santa Catarina, 2016. publications/street-vended-food/en/. Acesso em
158 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) – 12 jun. 2020.
12 Imagem: Freepik.com
AUTORA
13
Mas por que
isso acontece?
O alimento é constituído de nutrientes e água,
e essa composição é adequada ao crescimen-
to de vários microrganismos, que podem estar
presentes sem causar alterações visíveis de cor,
cheiro, sabor e textura.
Imagens: Freepik.com
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No BRASIL, Para maiores informações
acesse o link:
as DTA acometem http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/
pdf/2019/fevereiro/15/Apresenta----o-Surtos-
muitas pessoas! -DTA---Fevereiro-2019.pdf
LOCAIS DE OCORRÊNCIA
Residências – 37,2%
Imagem: Freepik.com 15
AUTORES DISCENTES
Jane Maia Silva Castro Carolina da Silva Bezerra
Maria das Graças Gomes de Azevedo Medeiros Beatriz da Silveira Neves
Ingrid Silva da Costa Corrêa
Rosiane Nazareth Silva
Decreto-Lei nº 986/1969
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RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002
Manutenção
preventiva e
calibração de
Controle da potabilidade equipamentos.
da água:
Dica importante!
Fique atento! Seleção das matérias-
primas, ingredientes e
A limpeza da cisterna e
Higiene das instalações, embalagens:
da caixa d’água é super
equipamentos, móveis e importante! Ao realizar as suas
utensílios:
compras observe a
A limpeza da cisterna e
Técnicas empregadas, qualidade da matéria-
da caixa d’água é super
frequência da limpeza prima!
importante!
e material utilizado
(detergente, hipoclorito,
esponja etc.).
Se organize e registre Controle inte-
essa atividade! grado de vetores e
pragas urbanas:
Desinsetização e
Higiene e saúde dos
desratização: realizadas
manipuladores:
por empresas licenciadas
Os trabalhadores devem pelo INEA.
realizar exames de saúde Manejo dos resíduos:
Você sabia que baratas,
anualmente. Também
Os resíduos devem ser moscas e formigas
devem utilizar uniformes
acondicionados em podem carrear milhares
e ser treinados para
lixeiras com pedal e saco de microrganismos nas
exercerem as atividades.
plástico. Também devem patinhas?!
É importante cuidar da ser destinados da forma
sua saúde! correta. Imagens: Freepik.com
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RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004
As práticas baseadas
nas resoluções A segurança e controles sanitários possi-
bilitam alimentos livres de contaminan-
sanitárias contribuem
tes físicos, químicos e microbiológicos,
para uma produção de que podem causar as doenças transmiti-
alimentos mais segura. das por alimentos!
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Doenças transmitidas por
alimentos (DTA)
As DTA são causadas pela ingestão de Contaminação
água e/ou alimentos contaminados.
É um processo que ocorre quando subs-
Os sintomas mais comuns são: náusea, tâncias ou agentes de origem biológica,
vômitos, diarreia e dores abdominais. química ou física, estranhos aos alimen-
tos, entram em contato com ele. A con-
Para as crianças, os idosos, as grávidas
taminação pode acontecer em qualquer
e as pessoas doentes, podem acarretar
etapa do preparo de refeições ou prepa-
consequências graves, inclusive com pos-
rações alimentares. As pessoas, os ani-
sibilidade de morte.
mais e o meio ambiente possuem uma
Ex.: Salmonelose, Hepatite A, Cólera, Bo- grande responsabilidade nesta ação.
tulismo, Teníase/Cisticercose, Tubercu-
lose, Toxoplasmose.
Higiene
São procedimentos para garantir a segu- Limpeza: remoção de terra, resíduos de
rança higiênico-sanitária dos alimentos alimentos, sujidades e/ou outras maté-
durante o preparo e a comercialização rias indesejáveis.
deles (Organização Pan-Americana da Sanitização: atividade de redução – por
Saúde, 2006). método físico ou químico – do número de
A higiene é composta por duas etapas: microrganismos a um nível que não cau-
limpeza e sanitização. se dano à saúde do consumidor.
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Quando falamos de higiene na produção de
preparações, o que é importante saber?
Qualidade da matéria-prima que Condições físico e funcionais
será utilizada!✔
O local de produção está de acordo
Tempo de validade; com as recomendações sanitárias,
Condições da embalagem; sendo previstos os seguintes itens:
Procedência; Piso e paredes revestidos de azulejos,
Aspectos físicos: ausência de corpos sem rachaduras ou trincados;
estranhos, pedras e insetos;
Bancadas de material resistente e
Aspectos químicos: ausência de impermeável;
resíduos de inseticidas, fertilizantes
Água potável;
e dos próprios agentes de limpeza e
sanitização; Equipamentos conservados e limpos;
Aspectos microbiológicos: livre de Janelas protegidas por telas e portas;
micróbios e parasitas.
Proteção contra animais;
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Materiais de limpeza e
sanitização
Deverão ser adequados para este fim,
específicos para cada superfície e etapa
do processo produtivo e registrados nos
órgãos reguladores.
Superfícies
Detergente alcalino Desincrustante incrustadas: piso, parede
e equipamentos
Sanitização
Completa o procedimento de
higienização;
Assegura a qualidade microbiológica
das superfícies;
Deve ser realizada imediatamente
após a higienização;
O hipoclorito de sódio ou a água
sanitária usados devem ter registro
no órgão sanitário.
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O treinamento é importante para
que o manipulador conheça as boas
práticas da produção de alimentos,
os cuidados com a sua saúde e a sua
higiene pessoal visando a produção
segura de alimentos.
Manipuladores
capacitados e treinados
estarão mais preparados
para conhecer produtos
e técnicas e desta forma
atuar com mais eficiência.
Referências
ANDRADE, N.J. Higiene na indústria de alimentos. São Paulo: Varela, 2008. 412p.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Portaria nº 1428, de 26 de novembro
de 1993. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para Inspeção Sanitária de alimento; diretrizes para
o estabelecimento de Boas Práticas de Produção e de Prestação de Serviços na Área de Alimentos;
e regulamento técnico para o estabelecimento de padrão de identidade e qualidade para serviços
e produtos na área de alimentos. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro
de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados
aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e sobre a Lista de
Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores
de Alimentos. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>.
BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o
Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 jan. 2001.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução RDC nº 216, de 15 de
setembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para serviços de
Alimentação. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br>.
FRANCO, R.M.: Agentes etiológicos de doenças alimentares. Rio de Janeiro: Eduff, 2012.
MEDEIROS, M.G.G.A; CARVALHO, L.R.; FRANCO, R.M. Percepção sobre a higiene dos manipuladores
de alimentos e perfil microbiológico em restaurante universitário. Ciência e Saúde Coletiva, v. 22,
n. 22, p. 383-392, 2017.
Imagens: Freepik.com
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AUTORES DISCENTES
Edna Freignan dos Santos Aleksandra do Carmo Moreira
Cláudia Regina de Azevedo Fernandes Ivaniely Furtado da Anunciação
Nathalia Rocha de Matos
Microrganismos
Cabelos
O ser humano é fonte de conta- microrganismos
minação, em relação a sua saúde presentes no ar
e higiene. Os microrganismos
podem estar em vários locais:
Mãos
No cabelo; microrganismos
que vêm da boca,
No nariz, boca e garganta;
nariz, superfícies
No intestino; sujas, fezes etc.
Nariz, boca e
garganta
Nas mãos;
microrganismos
Nas roupas e calçados. perigosos Intestino
(estafilococos) microrganismos
perigosos
(salmonelas,
Roupa, sapato coliformes)
podem conter
muitos
Imagens: Freepik.com
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E a COVID-19?
O vírus pode permanecer por muito
A COVID-19 é causada pelo coronavírus tempo nas superfícies:
e pode provocar problemas respiratórios,
Plástico 5 dias
febre, cansaço, dor de cabeça, diarreia, dor
de garganta, coriza, tosse, fadiga entre ou- Alumínio 8 horas
tros sintomas.
Inox 48 horas
Ela não é causadora de Doenças Trans-
mitidas por Alimentos (DTA), pois não se Luvas cirúrgicas 8 horas
multiplica no alimento.
Vidro 4 dias
Ela é transmitida de pessoa para pessoa
Papel 5 dias
ou ao tocar em superfície contaminada e,
depois, na boca, olhos ou nariz.
Ele é muito
sensível ao
detergente,
álcool 70º ou
sabão e a altas
temperaturas.
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Saúde Máscaras
O manipulador de alimentos deve fazer O uso de máscaras não é obrigatório na
exame clínico (com um médico), de san- manipulação de alimentos, mas, devido à
gue e fezes periodicamente. pandemia da COVID-19, o uso é recomen-
dado pela ANVISA.
Em caso de suspeita ou confirmação de
qualquer doença infectocontagiosa, in- A máscara é importante no contato com
cluindo a COVID-19, o manipulador não pessoas externas, como os consumidores
deve continuar a produzir preparações. e entregadores de mercadorias.
PRECISA SE AFASTAR E REFORÇAR A
Mas é obrigatória ao sair de casa;
HIGIENIZAÇÃO DO AMBIENTE.
Deve cobrir totalmente nariz e boca;
Em caso de cortes e feridas, deve-se fazer
um curativo e cobrir com dedeira ou luva Lavar as mãos antes de colocar e ao
descartável. retirar;
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Tipos de máscaras Protetor facial tipo visor
(usar a máscara descartável ou de tecido
Máscara simples descartável
por baixo)
Deve ser utilizada por, no máximo, 2
horas e depois DESCARTAR. Pode ser higienizado por água e sabão,
desinfetado com álcool 70% ou solução
Máscara de pano (artesanal)
clorada, no próprio estabelecimento, com
Higienização: frequência ou conforme necessidade.
1°) Desinfecção: deixar de molho 20
minutos em solução de água sanitária
(2 colheres de sopa para 1l água).
Enxaguar bem;
2°) Lavagem: água e sabão neutro.
Enxaguar bem;
3°) Deixar secar naturalmente;
4°) Passar a máscara com ferro quente;
5°) Guardar em local seco e bem fechado.
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Como USAR
a máscara
Como NÃO
usar a máscara
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Asseio corporal
Banho diário.
Escovar os dentes – ao acordar,
após as refeições, antes de dormir.
Higienização das mãos.
Cuidados ao
retornar da rua em
tempos da COVID-19
• Retirar sapato;
Quando higienizar
as mãos? Após tocar em
sacarias, caixas,
Ao chegar ao trabalho;
garrafas e sapatos;
Após utilizar os sanitários;
Após tocar em alimentos
Após tossir, espirrar, assoar o nariz; não higienizados ou crus;
Após usar esfregões, panos ou Ao interromper o serviço e iniciar outro;
materiais de limpeza; Após manusear dinheiro;
Após fumar; Antes de usar utensílios higienizados;
Após recolher lixo e resíduos; Antes de colocar luvas descartáveis e
Após tocar qualquer parte do corpo após retirá-las;
(se coçar); SEMPRE QUE NECESSÁRIO
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Higiene pessoal 01
das mãos Molhar as mãos e
braços até a altura
Você sabia? do cotovelo
As mãos são os
principais veículos
de contaminação
Veja como
realizar a lavagem
perfeita:
1 min
30 Imagens: Freepik.com
Referências
BRASIL, Anvisa. Alimentação Coletiva em Tempos de COVID -19 – Uma Abordagem Prática, com
base na Nota Técnica (NT) nº 18/2020.
BRASIL, Anvisa. Nota Técnica (NT) nº 15/2020. Uso de luvas e máscaras em estabelecimentos da
área de alimentos no contexto do enfrentamento do COVID -19, 2020.
BRASIL, Associação Nacional de Restaurantes. Protocolo de Procedimentos de Boas Práticas nas
Operações para restaurantes, bares e lanchonetes pós-COVID -19, 2020.
BRASIL, CFN. Boas práticas para a atuação do nutricionista e do técnico em nutrição e dietética
durante a pandemia do novo Coronavírus (COVID -19). 2020.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 216, de 15 de
setembro de 2004. Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO, Banco de alimentos e colheita urbana: Higiene e Comportamento
Pessoal. Rio de Janeiro: SESC/DN, 2003.
VIANA, Mayara. Segurança dos alimentos – Dicas de cuidados para o delivery em meio à COVID
-19. SEBRAE, 2020.
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AUTORA DISCENTES
Manoela Pessanha da Penha Bruna Machado Pires
Eduardo José Lanes Filho
Stéphanie de Almeida Rosendo dos Santos
O que é um
alimento seguro?
São alimentos e preparações
sem a presença de contaminantes
químicos, físicos e biológicos, e
que não causem danos à saúde
do consumidor.
32 Imagens: Freepik.com
Laticínios (leite, queijos, creme de leite Bebidas: Se for comprar caixas fecha-
fresco): Devem ser conservados sob re- das, certifique-se de que estejam secas e
frigeração, com exceção dos embalados que não apresentam vazamento (sejam
tipo longa vida. garrafas de vidro, embalagens cartona-
das ou latas).
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B) Armazenamento
Os alimentos devem ser porcionados e Uma regra geral que pode ajudar é:
identificados adequadamente. Alimentos prontos para consumo nas
prateleiras superiores;
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Alimentos que foram fracionados
ou transferidos de suas embala-
gens originais devem ser mani-
pulados com utensílio exclusivo
e acondicionados em recipientes
adequados, identificados com o
rótulo original ou etiquetas, con-
Como identificar os alimentos? Por que tendo nome do fornecedor ou do
preciso identificá-los? fabricante, nome e marca do pro-
É importante identificar os alimentos, duto, modo de conservação, data
pois permite um controle da manipula- em que foi aberto ou manipulado
ção deles, evitando desperdícios. e prazo de validade.
C) Higienização
Água e 1l de água +
Alimentos (frutas, legumes e verdu-
1 colher de sopa
ras): Ao chegar em casa, higienize todas hipoclorito de água sanitária,
as embalagens. A higienização de frutas de sódio a sem aromas
e hortaliças deve ser feita em momento 200ppm? ou substâncias
antes do preparo. branqueadoras
Como fazer?
Imagens: Freepik.com 35
Bancadas, utensílios e embalagens:
Imagens: Freepik.com
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Como evitar:
B) Resfriamento
C) Conservação do alimento
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do alimento. Por isso, é fundamental No delivery, os pedidos são enviados
indicar no recipiente ou embalagem pela empresa, que utiliza entregado-
do alimento preparado a data máxima res terceirizados ou não. Por isso, to-
de uso ou consumo (data de validade). dos os cuidados são importantes, para
Também é importante evitar que os que seu produto seja valorizado até
alimentos cozidos entrem em contato chegar ao consumidor.
com os crus, pois isso aumenta o risco
de contaminação cruzada. Na montagem dos pedidos:
03. Distribuição
Proteja os utensílios
descartáveis, sacos de papel
Ao longo da cartilha, vimos processos
e sacolas plásticas;
que contribuem para o fornecimento
de um alimento seguro para os consu- Mantenha a higiene constante
midores. No entanto, não esqueça que das bancadas de montagem;
ainda falta entregá-lo ao consumidor,
Higienize as mãos antes da
e este momento também requer cuida-
montagem e depois de cada
dos e higiene.
montagem.
Separe a área de pré-preparo e prepa-
ro dos alimentos das áreas onde se re-
Opte por embalagens primárias,
cebe dinheiro, cartões e outros meios secundárias e terciárias, que
utilizados para o pagamento de despe- evitam que a preparação pronta
sas. Evite ao máximo que, no momento entre em contato diretamente
da entrega, o alimento fique exposto, com o entregador e com todo o
em contato com as etapas de paga- ambiente de entrega.
mento e diretamente em contato com
o entregador e ambiente de entrega.
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Delivery:
Ambas as
modalidades devem
incentivar pedidos e
pagamentos on-line
40
Reabertura Solicitar o uso
das Atividades de máscaras
de Bares e (funcionários e
clientes)
Restaurantes
As Boas Práticas de Fabricação
das preparações alimentares Disponibilizar
álcool gel 70%
deverão ser mantidas, conforme
para todos
a legislação vigente referente às
Boas Práticas.
Imagens: Freepik.com
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AUTORA DISCENTES
Maristela Soares Lourenço Bruna Machado Pires
Eduardo José Lanes Filho
Ivaniely Furtado da Anunciação
Laura Liz Gomes de Castro
06. Sustentabilidade na
produção de refeições
O que é sustentabilidade?
“Que a exploração de recursos, o direcionamento de
investimentos e a orientação do desenvolvimento tecnológico
e institucional atuem em maior harmonia e aumentem
o potencial atual e futuro de satisfazer as necessidades e
aspirações das populações humanas” (WCED, 1987).
Os 4 R’s
1) Reduzir a geração de resíduos - existem custos econômicos
redução do desperdício, e ambientais associados
reduzir o consumo de maté- à coleta de resíduos e à
rias-primas, energia e água, reciclagem.
menor produção de resíduos.
4) REPENSAR - OS HÁBITOS DE
2) Reutilizar os bens de CONSUMO E DE DESCARTE
consumo – embalagens
Pegada de Carbono: Quanto uma
retornáveis, uso de
pessoa emite de gases de efeito estufa
rascunhos.
em decorrência de suas atividades di-
3) Reciclar – devolução do árias. Tudo o que fazemos emite car-
material usado ao ciclo da bono, portanto nosso estilo de vida
produção. A reciclagem deve tem impactos ambientais globais.
ser aplicada aos materiais
não reutilizáveis, pois Imagens: Freepik.com
42
Uso da água
Embora seja um recurso naturalmen-
Feche a torneira enquanto
ensaboa a louça.
te renovável – somente 2,5% de toda a
água do planeta é doce – a água potável Lavar louça com a torneira
é um recurso finito, e atos como a po- parcialmente aberta,
luição e o desperdício só diminuem as durante 15 minutos,
suas reservas. consome 117 litros
de água (SABESP).
Antes de lavar os pratos e
panelas, limpe bem os restos de
comida; Estratégias para
economizar ÁGUA
Coloque água até a metade
Reaproveitamento de água de cozimen-
de uma cuba para ensaboar a to de legumes e verduras – Uso no cozi-
louça. Repita a operação o para mento de arroz e feijão;
enxaguar; Descongelamento de alimentos sob re-
frigeração, nunca em água corrente;
Só ligue a máquina de lavar lou-
ça quando ela já estiver cheia; Higienização de louças – Evitar água
corrente, fechar a torneira quando esti-
Lavadora de louças com capa- ver utilizando o detergente;
cidade para 44 utensílios e 40 Produtos de limpeza biodegradáveis
talheres gasta 40 litros de água. (earth-friendly).
43
Instrumentos para
minimizar consumo de água
Redutores de
CONSUMO
vazão de água
nas torneiras: CONSCIENTE
Cozinhar a vapor (além de ser mais sau- Escolher equipamentos com melhor
dável) e tampar as panelas durante a eficiência energética – selo PROCEL;
cocção são ações importantes para um
Apagar as luzes de cômodos os quais não
maior rendimento de seu gás;
estão sendo usados;
O diâmetro da chama (boca) não deve
Dar preferência às lâmpadas LED, elas
ultrapassar o da panela em uso;
são mais eficientes se comparadas às
Uma alternativa para acelerar o pro- fluorescentes e, mais ainda, às do tipo
cesso de preparo é utilizar a panela de incandescente;
pressão.
Utilizar melhor a iluminação natural a
seu favor para economizar energia.
Gestão de resíduos
inorgânicos (papel, papelão,
plásticos, alumínio, vidros)
Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) nº 12.305/2010 (BRASIL, 2010). A
Lei faz a distinção entre RESÍDUO (que
pode ser reaproveitado ou reciclado) e
REJEITO (o que não é passível de rea- Encaminhar seus resíduos
proveitamento). inorgânicos para RECICLAGEM!
Imagens: Freepik.com
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Sugestão para Artesanato de material
minimizar o impacto Reciclável
vidros de alimentos?
Fonte: https://sustentarqui.com.br/dicas-para-reutilizar-po-
tes-de-vidro-na-decoracao/
Fonte: www.setorreciclagem.com.br/
reciclagem-de-plastico/vassoura-feita-
-com-garrafas-pet 45
Embalagens Vantagens para o seu negócio:
sustentáveis: Agregam valor ao nome da marca/
vendedor (marketing);
São feitas de materiais
orgânicos, biodegradáveis ou Tornam-se um diferencial para o
produto ofertado;
recicláveis, que colaboram
para um olhar mais No caso de embalagens retornáveis,
além da diminuição de resíduos, há um
consciente de consumo. As
incentivo à fidelização dos clientes;
embalagens sustentáveis
O uso de embalagens sustentáveis pode
fazem parte de uma tendência
se tornar um fator redutor de custos.
mundial que visa a redução
dos impactos ambientais
gerados por processos de
fabricação e descarte de
materiais.
Reciclagem de óleo
de cozinha
Por que reciclar o óleo?
1 2 3 4 5
Espere o óleo Despeje o óleo Feche a garrafa. Limpe a panela Leve a garrafa
esfriar na na garrafa Isso evita odores e o funil com um cheia ao Ponto
panela; usando um funil; e insetos; guardanapo e de Entrega
descarte-o no lixo Voluntária mais
orgânico; próximo.
Compostagem
O que é?
É uma técnica que permite que possa- de transformação. Elas podem ser dos
mos transformar os restos orgânicos mais variados formatos e tamanhos (vai
(sendo sobras de alimentos em geral, de depender do espa-
plantas, trapos de tecido, serragem) em ço disponível e da
adubo orgânico. Essa técnica é conhecida quantidade de re-
como reciclagem dos resíduos orgânicos, síduos despejados).
e faz faz com que possamos recuperar
os nutrientes que seriam desperdiçados, Fonte: www.embrapa.br/
busca-de-imagens/-/mi-
levando-os de volta ao ambiente, recu- dia/3867001/composteira-
domestica
perando o ciclo natural e enriquecendo
o solo. Como isso, é possível reduzir a
quantidade de lixo descartado.
Tipos de composteira:
Baixo custo;
É a utilização de um determinado ali-
mento em sua totalidade, aproveitando Variedade de receitas (saladas, sopas,
partes que geralmente são descartadas, refogados, sobremesas, quiches etc.);
como sementes, talos, cascas, folhas.
Variedade de receitas (saladas, sopas,
refogados, sobremesas, quiches etc.);
As folhas podem
ser utilizadas para Redução do impacto ambiental –
enriquecer sua sopa resíduos orgânicos.
alho majericão
A cenoura é ótima
para fazer diversas
preparações
parmesão
Receita de molho pesto com folha de cenoura
48
Horta Serve como ponto de encontro
e lazer, onde as pessoas podem
Produtos frescos, livres de se conhecer e compartilhar
agrotóxicos e com garantia da experiências;
procedência;
Estimula o conhecimento
É uma forma de economizar na e acrescenta experiências
hora da compra; práticas aos indivíduos.
Ajuda a aliviar o estresse e a
praticar a paciência;
É economicamente viável;
Envolve a comunidade e
aproxima vizinhos;
Referências
www.recicloteca.org.br ; www.ecycle.com.br ; www.cempre.org.br
www.enel.com.br/pt/Sustentabilidade/iniciativas/archive/ecoenel.html
www.clin.rj.gov.br/?a=ecoclin ; https://cicloorganico.com.br/ ; https://ciclovivo.com.br/
https://nacoesunidas.org/pnuma-mapeia-zoonoses-e-protege-meio-ambiente-para-reduzir-
riscos-de-pandemias/
https://nacoesunidas.org/relatorio-de-painel-internacional-pede-mudanca-fundamental-na-
gestao-da-agua/
https://www.firjan.com.br/publicacoes/manuais-e-cartilhas/gerenciamento-de-residuos.htm
https://www.mma.gov.br/estruturas/a3p/_arquivos/consumo_consciene_embalagens.pdf
http://g1.globo.com/pernambuco/especial-publicitario/celpe/desligue-o-desperdicio/
noticia/2016/05/escolha-lampada-correta-e-economize-na-conta-de-energia.html
https://www.vix.com/pt/noticias/538812/7-dicas-para-economizar-gas-de-cozinha-sim-e-
possivel-e-driblar-aumento-do-botijao
Brasil, Ministério do Meio Ambiente. Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010. Institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras
providências.
https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/
Brasil. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a população brasileira . 2014. https://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Reciclagem de óleo. São Paulo:
SABESP, 2020. Disponível em: <encurtador.com.br/airDL>. Acesso em 18 dez. 2020.
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AUTORA DISCENTES
Maria das Graças Gomes de Azevedo Medeiros Carolina da Silva Bezerra
Muriel da Silva Carneiro Estephany dos Santos Mello
Laura Liz Gomes de Castro
Rosiane Nazareth Silva
O que é o custo?
No comércio de alimentos,
conhecer os custos é importante,
pois possibilita definir o preço
final do produto a ser comercia-
lizado e, desta forma, tomar as
melhores decisões sobre o negócio,
tornando-o mais competitivo.
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o tempo utilizado na fabricação do
Para facilitar o
produto) taxa de comissão
entendimento sobre esse de aplicativo, tarifa de
assunto é importante desconto sobre o
conhecer os seguintes produto vendido
termos: com cartão.
Custos: soma dos valores de bens e ser- sultoria, dedetização, uniformes, limpeza
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Fatores que podem casque excessivo de vegetais; retirada ex-
cessiva de aparas na peça de carne;
alterar os custos do
produto final Falhas na cocção: podem provocar al-
terações na qualidade do produto final,
DIRETOS: com aumento de perdas de matéria pri-
Matéria-prima ma e elevação do desperdício e insatisfa-
ção do cliente.
Mercado: a oferta pode provocar redu-
ção do preço do produto, enquanto a falta Mão de obra
pode provocar aumento do preço;
A produção de preparações alimenta-
Qualidade da matéria prima: é uma im- res é uma tarefa que exige habilidade e
portante variável a ser observada, produ- conhecimento manual, portanto, preci-
tos fora da safra tendem a ter qualidade sam ser consideradas em relação ao im-
inferior e preços elevados; falhas na es- pacto no custo da preparação alimentar:
pecificação da matéria prima; produtos
Falta de habilidades para realização de
mau conservados ou armazenados;
tarefas, que pode provocar o desperdício
e perdas de matéria-prima;
Material de limpeza
Falta de controle ao longo do processo
Os materiais utilizados na higiene da co-
de produção, tais como: gastos excessi-
zinha, dos alimentos e com os trabalhado-
vos e perdas de produtos. Exemplo: pro-
res podem impactar de forma excessiva
dutos fora da validade, mal conservados
no custo das preparações alimentares
ou armazenados;
quando não são controlados ou apresen-
Uso para outros fins: decorrentes de tam qualidade duvidosa. Isso pode gerar
falhas no controle de estoque ou utiliza- rendimento abaixo do esperado, sem ga-
ção para outras finalidades, sem o devido rantir limpeza e desinfecção adequadas.
controle. Exemplo: uso doméstico;
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Taxas de pagamento para uso de aplica- Demanda do cliente x volume produzi-
tivos e cartões do: essa relação é fundamental na comer-
cialização do produto. Trabalhar com es-
Taxa de comissão para aplicativos: a mo-
toques elevados exige cuidados e técnicas
dernização da forma de consumo exige
que demandam recursos financeiros;
que o comerciante utilize plataformas di-
gitais para venda de seus produtos e, tam- Qualidade sensorial, química, física e
bém, para se manter presente no mercado. microbiológica: cor, sabor, odor, aparên-
Os aplicativos ou plataformas digitais de cia e consistência são aspectos relacio-
comercialização cobram taxa de comissão nados à qualidade sensorial do produto.
que pode variar entre 10% e 15% do valor Aspectos químicos, físicos e microbio-
de cada pedido por sua via digital. lógicos indicam que o produto é seguro
do ponto de vista sanitário, ou seja, não
Tarifa de desconto sobre o produto ven-
causa doenças. Esses aspectos, quando
dido com cartão: seja no crédito ou no observados, podem gera satisfação e con-
débito, incidirá sobre o produto vendido fiabilidade por parte do cliente.
um percentual cobrado pelas adminis-
Tempo de validade recomendado: o tem-
tradoras de cartão, chamado de tarifa de
po de validade de prateleira é um impor-
desconto. Tais descontos são variáveis
tante item na produção e comercialização
de acordo com a taxa praticada pela ad-
de alimentos. Entretanto, não existem
ministradora e pela opção de compra do
resoluções e normas que façam recomen-
cliente, se crédito ou débito.
dações para todos os produtos disponíveis
INDIRETOS: no comércio. Assim, é sugerida a consulta
de resoluções e normas e o contato com
Problemas decorrentes de falhas ou
pessoas especializadas na área quando o
erros na aquisição ou manipulação da
produto não for para consumo imediato.
matéria-prima, no trabalho realizado e
Apresentação para venda: importante
na limpeza podem ter impacto direto no
aspecto que poderá estimular a compra
produto e, dessa forma, no custo final, es-
por parte do consumidor. Embalagens
tando alguns deles citados abaixo:
descartáveis e bem apresentadas podem
Armazenamento inadequado: pode agregar valor ao produto comercializado.
provocar alterações das qualidades sen-
soriais do produto final, tais como cor,
aparência, odor, consistência e sabor.
Alterações na qualidade microbiológica
também podem ser decorrentes de fa-
lhas nesse processo.
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Calculando o custo Fator de Cocção (FÇ): aumento de peso
dos alimentos após a cocção. Exemplo:
Antes vamos apresentar a FICHA hidratação do arroz durante a cocção.
TÉCNICA, uma excelente ferramenta
Custos: preços e valores unitários e total.
para calcular o custo.
Técnica de preparo: formas e técni-
Ferramentas: são técnicas e modelos
cas utilizadas na elaboração das pre-
usados para aprimorar processos, me-
parações.
lhorar desempenhos, resolver proble-
mas e tomar decisões.
Quantidade Total
FICHA TÉCNICA DE PREPARO (FTP)
Peso Líquido
Perda
Rendimento
(peso do alimento
pronto)
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Vantagens no uso da
Ficha Técnica
Padronização
Redução de desperdício
Qualidade do produto
Redução de falhas
Custo total da preparação por pessoa
Conhecer os fatores: correção, cocção
e o rendimento
Descrição técnica (modo de fazer)
Resultado:
Acima de 1 o alimento ganha peso
Abaixo de 1 o alimento perde peso
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Cálculo do custo
MO DIRETA
Nesta seção, vamos apresentar de forma
simplificada um modo de calcular o cus- Envolvida diretamente
na produção
to de uma preparação alimentar.
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CUSTOS INDIRETOS Custos com encargos
GASTOS GERAIS (GG) tributários e impostos
Na contratação de pessoas: Instituto
Compostos por todas as despesas que
Nacional de Seguro Social (INSS),
incidem de forma indireta na produção
Fundo de Garantia do Tempo de
de uma preparação
Serviço (FGTS) , Imposto de Renda
Representam, no geral, de 7 a 10% do Pessoa Física (IRPF).
custo do preparação. ICMS PIS CONFIS
Final:
R$ 10,45 (MP) + 1,45 (GG) + 1,20 (MO) =
R$ 13,10 (custo final por unidade de bolo)
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Precificação atualizado sobre o mercado, produtos e
estratégias de ações.
O QUE É O PREÇO DE VENDA?
Fazer igual ou melhor: essa é uma im-
Preço cobrado pelo produto ou serviço
portante consideração a ser feita para
pronto.
manter a competitividade e buscar
Deve cobrir todos os custos e ao final constante inovação.
gerar lucro.
Reduzir os custos, sem alterar a quali-
Deve ser calculado de acordo com a dade do produto: essa questão deverá
margem de lucro (ML) que se deseja nortear todo o trabalho. A busca cons-
obter na venda de um produto, tante pela inovação, pelas melhorias do
podendo variar de 30 ou 50%. processo de trabalho, por matérias-pri-
mas de custo mais baixo e pela redução
Fatores que irão influen- de desperdício de todas as ordens deve
ciar na precificação ser fator de atenção ao longo da cadeia
Fazer a diferença: criatividade e inova- por meio de: contatos pessoais, sites de
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Vamos calcular o preço Após todos os cálculos
final do produto ainda é preciso fazer
Vamos trabalhar com os cálculos
realizados anteriormente!
duas perguntas:
Produção de 20 bolos em 2 horas: O volume final das
R$ 12,00 x 2h = 24,00
vendas realizadas irá
Custo da MO por bolo produzido:
24,00/20 und = R$ 1,20 manter o meu negócio?
Custo da matéria prima para produção
de um bolo (MP) = R$10,45 O faturamento mensal
Custo total do produto: R$ 10,45 (MP) + cobre todos os custos e
1,45 (GG) + 1,20 (MO) = R$ 13,10
gera o lucro previsto?
Preço Venda (1): 10,45 + (50% Margem
de lucro = 5,23) + 1,45 (GG) + 1,20 (MO)
= R$ 18,33
Referências
ABRASEL. Como retomar as atividades. Recomendações e cuidados para uma reabertura segura
de bares e restaurantes diante da crise. Cartilha. Abril 2020.
ANVISA. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico
de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, p. 25, 16 set.
2004.
LEÃO, M. O direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de segurança alimentar
e nutricional. Brasília: ABRANDH, 2013.
ROSA, C. O. B.; MONTEIRO, M. R. P. Unidades produtoras de refeição: uma visão prática. Rio de
Janeiro: Rubio, 2014.
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