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Sou um Homem comum, sou qualquer um,

sempre enganando entre a dor e o prazer,


devo viver e morrer como um homem comum,
mas o meu coração de músico me projeta nessa
tal solidão, que às vezes assisto a guerras e festas
imensas,
eu sei voar mas tenho as fibras tensas, então sou um
homem comum.
Não! Ninguém é comum, então eu sou ninguém,
mas no meio de tanta gente de repente vem,
mesmo num ônibus, no trem ou no meu automóvel no
trânsito, vem
o profundo silêncio da música límpida,
escuto a música silenciosa,
sou hóspede de um profeta sem morada,
Sou um homem comum.

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