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Setembro
Muhamad Ali
40 páginas
Dr. K. Netta
Joel Rufino
Carlos Morari
Arlindo Silva
Paulinho da Viola
La Mano & A eternidade
Dom Pedro I começou!
JORNAL DE TEXTO
DOCUMENTO:
C O M A PALAVRA
D O M PAULO,
O CARDEAL
WSSrnmgk
DE SÂO PAULO.
(Por motivo
De Força Maior
AGUARDE)
RELAÇÃO: HOMEM
PARA HOMEM.
ENSAIO DE UMA
MULHER. TEXTO
E FOTOS DE
CLÁUDIA ANDUfAR.
PÁGINA 76
OLHE
O RETRATO DO
PÁGINA 37 COMICUS (P.14) PÁGINA 24 VELHO OUTRA VEZ!
Excelente o t r a b a l h o , a i n d a q u e re-
sumido. do repórter Fernando Morais.
C o m o colega e c o n t e r r â n e o , p e r m i t o - m e
um simples r e p a r o : a invasão d a Baía dos
Porcos - o u , c o m o d i z e m os c u b a n o s , Playa
( i i r ó n - n ã o foi em s e t e m b r o d e 1962,
c o m o a p a r e c e na entrevista a Ex-13, n e m
cm s e t e m b r o de 1961, c o m o está n o t e x t o
r e p r o d u z i d o : deu-se, p r e c i s a m e n t e , nos
dias 17.18 e 1 9 d e abril d e 1961. N ã o c h e g a
Qualquer Folha
a comprometer 0 trabalho do repórter, a) Moaey Cirne Os artistas devem cobrar a realização
m a s . c o m o e s p e r o vê-lo p u b l i c a d o e m desse espetáculo. Porque, afinal, todos
livro, c o n v é m corrigir. Poema/processo-75
G o s t a r i a d e enviar m a t é r i a d e o u t r o s nós p a g a m o s os ingressos.
e poemas experimentais
gêneros, c o m o c o n t o s ou críticas literárias ul.lose Guilherme Mendes, Rio. Rio. Rj. a) S i n d i c a t o d o s A r t i s t a s e Técnicos em
etc; p o d e r i a s e r e m folha c o m u m ou vocês E s p e t á c u l o s de Diversões. Rio.
usam laudas próprias?
Aguarde o Ex-15 Música, Maestro!
a) Fernando Pereira da Cunha, Campinas.
Há muitos anos os artistas brasileiros
Os Fins De Juarez
Estou m a n d a n d o m a t e r i a l s o b r e o vem batendo insistentemente n u m a tecla, Q u e Fazia J u a r e z T á v o r a No Fim da
Submundo De Souza Marek Halter, pintor polaco que mora na
F r a n ç a . Dê u m a o l h a d a nos " x e r o x " q u e
sem que o som dessa nota consiga entrar
na partitura da dificil c o m p o s i ç ã o entre
V i d a ? Lutei sob s u a c h e f i a p a r a as ten-
tativas s o c i a l - d e m o c r á t i c a s d e 1922. 1924
R e s p o s t a a Evaristo B l a n c o Pereira, s e g u e m j u n t o . Eles d a r ã o o " c l i m a " d o trabalhadores, governo e empresários: a e p a r a a vitória d e 1930. Depois, combati-o
(seção d o s leitores; Ex 13). Se a c o l u n a d e p e r s o n a g e m . U m a entrevista seria interes- Regulamentação Profissional. nu i m p r e n s a e tia t r i b u n a . M a s sempre
Percival d e Souza é d e s t o a n t e e n ã o se as- s a n t e n a m e d i d a e m q u e os a r t i s t a s Após a diluição de muitós grupos de respeitei s u a g r a n d e z a , já a g o r a incor-
s e m e l h a c o m os objetivos d o Ex, peço-lhe brasileiros, e m especial os plásticos, se trabalho, foi formada u m a Comissão In- p o r a d a à História d o Brasil. Divergi dele
q u e leia a I a p a g . , em s u a a p r e s e n t a ç ã o . n e g a m a q u a l q u e r p o s i ç ã o política, social tcrministerial, c o m p o s t a por representan- q u a n t o aos c a m i n h o s e m é t o d o s , mas
Caso o l i n g u a j a r d o s u b m u n d o (?) dificul- etc. E o M a r e k d e f e n d e e x a t a m e n t e o con- tes dosMinistérios do Trabalho, da c o i n c i d i m o s cm r e l a ç ã o aos fins - um
t a - o e m t o m a r interesse pela c o l u n a , posso t r á r i o . o a r t i s t a c o m o p o r t a - voz, etc... Educação e das Comunicações. Brasil c a d a vez m a i s fiel a si mesmo,
dizer-lhe q u e " a s c o n q u i s t a s e os f r a c a s s o s Fm 1 '72 houve um encontro, c m m a i s livre, m a i s u n i d o , m a i s desenvolvido
a) Edla Van Stein, S P .
de u m a s o c i e d a d e i n v a l i d a n v s u á c u l t u r a Iti asilia, desta Comissão c o m representan- pela j u s t i ç a social e pela s o l i d a r i e d a d e
s u p e r i o r " , e m a i s . a gíria é u s a d a por
Alguém Ainda Tem?
tes da M t F R F e os dirigentes sindicais de h u m a n a ( D e p o i m e n t o d o p r o f e s s o r Rober-
t o d o s a q u e l e s q u e se m a n t ê m à m a r g e m d e Artistas i Radialistas. O Objetivo do en- to Lvra).
u m sistema social, s e r v i n d o a i n d a p a r a o (<in(ro era o de examinar o produto final
e n r i q u e c i m e n t o d a v i t a l i d a d e lingüística. Fiquei conhecendo o seu jornal Ex-13 e de um farlo estudo, antes de ser enviado à a) Sociedade dos Ex-Alunos de Roberto
E para que fique bastante clara a men- me interessei muito por ele. Presidência da República para ser trans- Lvra, Rio.
Gostaria de saber o que fazer para con-
Shazam! (Goooool!)
s a g e m . b a s t a d i z e r - l h e q u e . na r e f e r i d a formado em decreto-lei.
c o l u n a , são t r a t a d o s os c o n s e q ü e n t e s d e seguir as edições atrasadas.
Os empresários discordaram do- resul-
nosso s i s t e m a político-cultural e sócio- Desde j á esperando u m a resposta.
tado elaborado c pediram, antes de qual- Hu tava n u m s u p e r m e r c a d o , e de re-
econômico. Subscrevo-me quer medida por parte da Comissão, um p e n t e . 110 meio d a q u e l a s v e r d u r a s todas,
a) Alberico Neves F ° , SP. a) José Carlos C o u t i n h o , R u a José d e encontro no Rio entre Empresas e Sin- eu vi u m a p o r ç ã o de livros. U m livro,
A l e n c a r . 5 7 8 - Nova Suíça, C E P 30.000, dicatos para rever alguns pontos que eles c h a m a d o a s s i m : S u p e r K. O H o m e m Mais
Maravilha De Souza Belo H o r i z o n t e . julgavam insatisfatórios. Não concor-
davam c o m as normas de trabalho, c o m a
Poderoso do P l a n e t a - A História de
Henry Kissinger. A P o m b a d a Paz.
M e u s p a r a b é n s p a r t i c u l a r m e n t e ao definição das tarefas profissionais, c o m a ü q u e o Pelé t e m a ver com isso? É
Percival de Souza com s u a s m a t é r i a s obrigatoriedade de programação ao vivo, simples: eu tive u m susto, m a s tive l a m -
maravilhosas, n u m a linguagem que ainda com a limitação da exploração do trabalho bem u m a revelação; ou m e l h o r , u.m estalo.
será c i t a d a n a s enciclopédias, pois m u i t a artístico através das Redes de Emissoras
E n t ã o é isso. o h o m e m dos 9 milhões de
g e n t e n ã o s a b e q u e ela existe. N ã o s o m e n t e que provocou o desemprego setorial e m
d ó l a r e s , dos mil gols, e d a s m i l h õ e s de
eu m a s os colegas d a R e d a ç ã o o n d e todo o pais, etc. Foram dez dias de de-
c r i a n c i n h a s p o b r e s d o Brasil vai ser Super-
t r a b a l h o (Folha de S. P a u l o , s u c u r s a l ) es- bates, ao fim dos quais, os empresários
herói . d e revistinhas m e s m o , igual Bat-
tão c o m p r a n d o o Ex. O r e p ó r t e r - f o t o - retiraram-se da mesa dispostos a procurar
m a n . Q u e m s a b e o S u p e r - P e l é , em defesa
grático Ubirajara Dettmar m a n d a ainda outros c a m i n h o s . Os seus próprios ca-
d a p a z e d a j u s t i ç a ? Já p e n s a r a m ? Nós
u m a b r a ç o . D e s e j a m o s q u e o j o r n a l con- minhos.
a q u i v a m o s ligar a tv e ver d e s e n h o ani-
tinue f i r m e a p e s a r d a s c h u v a s e t r o v o a d a s " M a s essa ausência tem gerado abusos m a d o c o m o Pelé?
q u e a Metereologia a n u n c i a d e v e z - e m e violências que o des caso e a indiferença Agora a b r o n c a é c o m vocês: cadê o
quando. pretendem eleger c o m o a praxe, o normal jornal d o índio pô?
e o aceitável" - discurso de posse da Di-
a) Luiz Carlos de Souza, Rio. retoria. v) Júlio Castanheira , Belo Horizonte.
leitores
OCE E U
I Santo Elias!
> INTESTINO P U L M X O . /
0 CEREBRO. C R U N H C !
MACIO E D O C E .
VAI A T E D II Atenção para os roubos de i m a g e n s e'
- crunchcrunch: i objetos sacros q u e vêm ocorrendo e m
DEITA £ DORME ! Marechal D e o d o r o , Alagoas. O saldo da
. última visita foi: e s p a d a de prata da
I i m a g e m de São Miguel Arcanjo, de ta-
;il Itun Maurício, l'E. i bricaçãn portuguesa, século 18. Lam-
i parina trabalhada e m prata c o m q u a s e 2
Leilão De Atrasados
i metros de altura. Castiçais. Pedras pre-
ciosas. Sem falar d a s grandes i m a g e n s de
Nossa Senhora do Carmo, São João Ne-
P a g o 4 0 c r u z e i r o s pelos números
p o m u e e n o . Santo Elias e outros, c o m res-
1.2.3.4 c 5 d e Ex.
pectivas coroas e resplendores.
E n v i a r os 5 n " . ou os q u e o c ê s a i n d a
A professora Eleu/.a Galvão, do único
têm. pelo r e e m b o l s o p o s t a l p a r a : R u a
ginásio da antiga capital de Alagoas, vem
Araçá. 80. < a n u a s . R . S .
d e n u n c i a n d o os s a q u e s , cada vez m a i s
a) Paulo Cezar D a Rosa.
freqüentes nas igrejas da c i d a d e , " u m dos
mais ricos c d e s c u i d a d o s acervos da ar-
Atenção! Literatura. quitetura civil e religiosa do nordeste". D .
Eleuza já endereçou mais de dez a b a i x o
Escritores d a q u i e n c h e r a m o saco de assinados, alguns c o m q u a s e 7(H) assi-
correr a t r á s d e e d i t o r e s e r e s o l v e r a m l a n - naturas, ás mais diversas autoridades:
çar eles m e s m o s seu livro: T E I A . 16 c o n - "Foi pro governador, pro Ministro da Jus-
tos d e 8 a u t o r e s . 80 p á g i n a s , 10 c r u z e i r o s . liça, prá Policia Federal." O resultado até
Pode ser e n c o n t r a d o n a C o l e t â n i a , A n - .agora foi n e n h u m . D o n a Eleuza diz: " E m
d r a d a s . 1117. P. A l e g r e (vale m a i s q u e 10 I protesto, as igrejas permanecerão fe-
cruzeiros!). i cliadas até q u e se elucide o mistério."
a) Paulo Cczar D a Rosa, RS
jj a) E v a n d r o Pagy. Rio
AJUDE
ÔATtK £ pfMTORA À Mt£>} s o e « E
TECIDO, CADA P e s e N H O £ l R f f £ A LIMPAR O NOSSO
P e r i V f L NA B L U S A , NA SAIA, N
A B A T A , MO L O N F I - O ÇFUE V O C Ê O
BANHEIRO *
S A , C O L O R I D O , C O R FL«l*16 poR Ex atrasados a partir do n? 7
Q.ue o processo base t>e ($5) cada exemplar
P A R A f f A f A ) É s e c u t L A X , € TA MI Ex atrasados a partir do
3EM porooe, v o c ê s w e a , a n? 7 ($5) em vale postal
Zül se você « x u s e R j c o w r o ou cheque nominal para
R/ME. v o c ê e N C O M E N O A R , VEMM
Ex-Editora Ltda. Endereço:
À VEMPA s ã AOS A b a d o s , SP, A/A
rim das Vio».€tAs, AT, V. M a r m w a
Rua Santo Antônio, 1043,
SP/SP. CEP 01314.
(5) Nome secular: o avô do siík-screen.
*) Onde estão os encalhes.
Carta Aberta Aos Nossos Leitores
C a r o leitor: E s s a s o p i n i õ e s n ã o s ã o c a s o s i s o l a d o s d e i m p r e n s a . O c o l u n i s t a J a c k A n d e r s o n disse
U m amigo nosso sábio e culto, que t a m b é m é contador, ao olhar a linha inferior do recentemente:
livro-caixa d e R a m p a r t s , d i s s e q u e a r e v i s t a é " t o t a l m e n t e i n v i á v e l " . L i m p a n d o o p ó s d o s " A v e l h a h i s t ó r i a s o b r e r e s p o n s a b i l i d a d e d e g u a r d a r s e g r e d o s e m vez d e d e n u n c i a r
b a l a n ç o s passados, d e s c o b r i m o s q u e a revista tem sido "inviável" há vários anos. E m - a b u s o s t e m v o l t a d o a o c u p a r d e s t a q u e n a i m p r e n s a . O s velhos i d e ais p r é - W a t e r g a t e ,
b o r a isso n ã o seja s i n a l d e n o s s o Fim, é m a i s u m p r o b l e m a . N e n h u m ? r e v i s t a , p o r m a i s p r é - V i e t n a m . e m p a r c e r i a c o m o g o v e r n o , d e e s t r e i t a l i g a ç ã o c o m os r i c o s e poderosos,
d e s p r e o c u p a d a c o m o l u c r o , p o d e viver d e b r i s a . P e l o m e n o s n i s s o o d i i . h e i r o a i n d a de um c o n j u n t o de segredos ocultos do público, voltam a ocupar a i m p r e n s a " .
c o n t a . P o r t a n t o , este é u m p e r í o d o d e b a l a n ç o . A lição t i r a d a d a D e p r e s s ã o d o s a n o s 3 0 foi q u e ela n u n c a m a i s se r e p e t i r i a . M u n i d a
N o a n o p a s s a d o , a v e n d a n a s b a n c a s e as a s s i n a t u r a s c a í r a m m a s a c a b a r a m se e s t a - d e K e y n e s e S a m u e l s o n , a e c o n o m i a a m e r i c a n a ia a b u r g u e s a r - s e i n f i n i t a m e n t e . Mas
b i l i z a n d o . È n o s ú l t i m o s 6 m e s e s n o u v e u m a m o d e s t a a s c e n s ã o . Isto j á é m u i t o , pois es- a g o r a v o l t a m o s a o u v i r e s p e c u l a ç õ e s s o b r e u m a n o v a d e p r e s s ã o . O p r i n c i p a l assessor
tá f o r a d e n o s s a s p o s s i b i l i d a d e s f a z e r p r o g a p a n d a p o r m a l a - d i r e t a , i n d i s p e n s á v e l p a r a e c o n ô m i c o d o e x - p r e s i d e n t e J o h n s o n A r t h u r O k u n , c h e g o u a c o m p a r a r o prognóstico
uma circulação estável. e c o n ô m i c o c o m a v e l h a b r i n c a d e i r a d e m é d i c o s a r e s p e i t o d a g r i p e c o m u m : "Você
A v a l i a ç ã o m a i s p r o f u n d a , q u e n ã o p o d e ser m e d i d a , é a p o s i ç ã o q u e R a m p a r t s as- d e v e r i a t e r t i d o p n e u m o n i a — isto nós s a b e m o s c o m o c u r a r " . R e c e s s ã o c o m inflação
s u m e . Nosso princípio n ã o é o c r e d o liberal, m a s sim o c o m p r o m i s s o com a v e r d a d e . En- c o n f u n d i u os e c o n o m i s t a s , m a s eles s a b e m c o m o c u r a r a d e p r e s s ã o . ( D e f a t o a última
t ã o . o b a l a n ç o l e v o u - n o s a e x a m i n a r as f o r m a s c o m q u e se m e d e a i m p o r t â n c i a d a revis- d e p r e s s ã o , c o m o a l g u n s e c o n o m i s t a s v ê m m o s t r a n d o , foi c u r a d a p e l a S e g u n d a G u e r r a e
ta. E g o s t a r í a m o s d e t r o c a r i d é i a s c o m vocês. não" p e l o New D e a l . )
No fim da g u e r r a d o V i e t n a m e d o caso W a t e r g a t e surgiu u m a m p l o consenso na Vivemos u m t e m p o e m q u e o noticiário provoca i n d i g n a ç ã o e s u r p r e s a . Recebemos
i m p r e n s a a m e r i c a n a , c o m o freio à irresponsabilidade no poder. M a s a i m p r e n s a está u m a c o n f u s ã o d e d a d o s , q u a n d o q u e r e m o s m a i s q u e i n f o r m a ç ã o ; q u e r e m o s q u e nos ex
p e r d e n d o o b r i l h o q u e a c e r c a v a d e s d e as r e v e l a ç õ e s d e W a t e r g a t e e o c a s o d o s p a p é i s d o pliquem a l g u m a coisa. As premissas, definições, justificações, slogans que protegem a
Pentágono. Em março, q u a n d o o presidente Ford lançou o p l a n o trienal p a r a salvar o e x p e r i ê n c i a l i b e r a l s ã o i s o l a d o s d o c o n t a t o c o m a v e r d a d e . S u a s t e n t a t i v a s d e objeti
r e g i m e d e S a i g o n d o a v a n ç o v i e t c o n g , f i c a m o s s u r p r e s o s d e ver o N e w Y o r k T i m e s e o v i d a d e s ã o m o d e r a d a s , q u a n d o as s o l u ç õ e s p a r a os p r o b l e m a s a t u a i s s ã o e x t r e m a s . A
W a s h i n g t o n Post e n d o s s a n d o a tese d e " ú l t i m a t r i n c h e i r a " d o Executivo a m e r i c a n o . i m p r e n s a liberal n ã o c o m p r e e n d e a crise q u e e n f r e n t a m o s p o r q u e , m e s m o quando
D i a s d e p o i s d o n o s s o n ú m e r o d e m a r ç o , f i c a m o s a s s o m b r a d o s d e 7er a c a p a d o H a r - procura explicações com m á x i m a honestidade, não encontra n e n h u m a pista.
per's mostrando a Causa da Intervenção, ilustrada com tropas de choque dos EUA U m a c o m p r e e n s ã o s é r i a d e n o s s o d e s t i n o e c o n ô m i c o d e v e b a s e a r - s e n a p r e m i s s a his-
c a i n d o n o s c a m p o s d e p e t r ó l e o d a A r á b i a S a u d i t a . Só f a l t a v a J o h n W a y n e l i d e r a n d o as t ó r i c a d e q u e e s t a m o s a c a m i n h o d e u m a n o v a D e p r e s s ã o d o s a n o s 30. P r i m e i r o devemos
t r o p a s d a l i b e r d a d e . O a r t i g o ( p u b l i c a d o n o Ex-13) e r a a s s i n a d o p e l o p s e u d ô n i m o M i l e s c o m p r e e n d e r q u e n ã o v i v e m o s s i m p l e s m e n t e u m a c r i s e e c o n ô m i c a , m a s u m a c r i s e d o sis-
Ignotus ( " S o l d a d o Desconhecido", em latim). O a u t o r identificado c o m o "consultor de t e m a e c o n ô m i c o . E s s e c o n h e c i m e n t o p o d e ser r e t i r a d o d a s v e l h a s t e o r i a s s o b r e as con-
defesa ligado ao Pentágono", defende a intervenção no maior produtor de petróleo do t r a d i ç õ e s i n e r e n t e s d o c a p i t a l i s m o . M a s . p a r a u m a c o m p r e e n s ã o m a i s c o n c r e t a , devemos
m u n d o — a Arábia — p a r a desarticular a O p e p — O r g a n i z a ç ã o dos Países Produtores e x a m i n a r c o m o o s i s t e m a d e l u c r o n o s e n t r e g o u a p a d r õ e s d e d e s e n v o l v i m e n t o t ã o dis-
de Petróleo. t o r c i d o s q u e j á n ã o p o d e m ser ' m a n t i d o s .
H a r p e r ' s é u m j o r n a l l i b e r a l . E s t i v e m o s d o m e s m o l a d o v á r i a s vezes. M a s o r e s s u r - C o n s i d e r e o r e t r a t o d a A m é r i c a , d a d o p o r u m a s ó e s t a t í s t i c a : a c a p a c i d a d e d e todas
g i m e n t o d e u m a r a d i c a l i z a ç ã o p a r e c e inevitável e os s i n a i s c o m e ç a m a a p a r e c e r . as f e r r o v i a s , f á b r i c a s , f a z e n d a s , aviões e t o d a s as i n s t a l a ç õ e s p a r a f i n s ú t e i s s o m a 6% do
Em m a i o falamos no perigo de subversão americana contra Portugal e outros países total n a c i o n a l . O s 9 4 % r e s t a n t e s e s t ã o n a c a t e g o r i a " a u t o m o t i v a " , e o c a r r o particular
e u r o p e u s , o n d e se p r e v ê e m m u d a n ç a s à e s q u e r d a . E o N . Y . T i m e s saiu c o m u m fica c o m a p a r t e d o leão. Se f o s s e a p e n a s u m a c r i s e e c o n ô m i c a c o m u m , o r e m é d i o seria
editorial estarrecedor, " O verdadeiro golpe de Lisboa", sobre o avanço comunista em e s t a n c a r a p r o d u ç ã o e v o l t a r a o s 10 m i l h õ e s d e c a r r o s p o r a n o .
Portugal. Para o N. Y. T i m e s a situação " l e m b r a a l g u m a s t o m a d a s de p o d e r pelos M a s i n s i s t i r n o r e m é d i o s ó t r a r i a m a i s l o u c u r a , j á q u e e s t a m o s s o f r e n d o o i m p a c t o do
c o m u n i s t a s n a E u r o p a O r i e n t a l , a p ó s a S e g u n d a G u e r r a " . M a s n ã o se e s p e r a q u e os d e s p e r d í c i o c o r r o s i v o , a terrível d e s f i g u r a ç ã o c a u s a d a e m n o s s a s o c i e d a d e p e l o sistema
soviéticos v e n h a m a i n v a d i r P o r t u g a l . É u m a r e t o m a d a d o j a r g ã o d a G u e r r a F r i a : d e l u c r o . O m a u u s o d o s r e c u r s o s c o n c e n t r a d o s n o s 9 4 % é t ã o e v i d e n t e n o a r q u e res-
" A e m b a i x a d a soviética e m L i s b o a é g r a n d e e a t i v a . A i n f l u ê n c i a d e M o s c o u é c o n - p i r a m o s e n a i m o b i l i d a d e d o s t r a n s p o r t e s , q u e n ó s s a b e m o s q u e o r e m é d i o n ã o p o d e es-
siderável n o P a r t i d o C o m u n i s t a Português, o único a d e f e n d e r a invasão d a Checo- t a r c e r t o . A s o l u ç ã o a g o r a é o u t r a . Q u e b r a r a e s t r u t u r a d o p o d e r e c o n ô m i c o , c u j a ri-
slováquia pelos russos. J u n t o com u m a ação dos c o m u n i s t a s no C a m b o j a e V i e t n a m o q u e z a s ó p r o s p e r a g r a ç a s a p a d r õ e s d e v i d a e p r o d u ç ã o q u e n o s e s g o t a m a t é a morte.
c r e s c e n t e e n v i o d e a r m a s s o v i é t i c a s e o u t r a s p r e s s õ e s s o b r e o O r i e n t e M é d i o , u m a to- R a m p a r t s n ã o c h e g o u a d e s v e n d a r a c o n f u s ã o . M a s t e n t a m o s ver a s o c i e d a d e em
m a d a c o m u n i s t a em Portugal f a t a l m e n t e q u e s t i o n a r i a o q u e resta de u m a frágil déten- d i v e r s o s â n g u l o s , p a r a a t i n g i r d e m a n e i r a d i v e r s a a v i d a d a s p e s s o a s . P r e c i s a m o s mais
te". diz N. Y. T i m e s . d e u m a a n á l i s e d e s i n t e r e s s a d a , i n c a p a z d e a v a l i a r a d o r e s o f r i m e n t o d a vida p o r depres-
sões. M a s d i z e r q u e s ó a r e v o l u ç ã o social p o d e c u r a r o s p a í s e s d o e n t e s n ã o é suficiente.
"Soviéticos" e " c o m u n i s t a s " viraram sinônimos. O editor é incapaz de distinguir o
T a m b é m n ã o b a s t a se i s o l a r n a s o b r e v i v ê n c i a p e s s o a l e m a n d a r t u d o a o i n f e r n o . Ou
e x é r c i t o p o r t u g u ê s d o K h m e r vermelho.. S ó f a l t a d i z e r q u e os c o m u n i s t a s c h i n e s e s s ã o n a
levantar utopias desligadas dos meios de realizá-las.
verdade russos disfarçados.
James Restor redator-chefe d o N. Y. Times pediu a intervenção da CIA no dia E s t a m o s t r a b a l h a n d o c o m e s s e s d e s a f i o s . N e n h u m a i n s t i t u i ç ã o , n e n h u m a publi-
s e g u i n t e : " e s p i o n a g e m é u m a a t i v i d a d e ilegal p o r é m e s s e n c i a l , u m a f o r m a e n c o b e r t a d e c a ç ã o . p o d e d a r c o n t a d a e s p a n t o s a m u l t i p l i c i d a d e d e t a r e f a s . M a s e s p e r a m o s ser uni
g u e r r a , e os c o m u n i s t a s a m o v e m a g o r a , c o m o vingança, em P o r t u g a l , e n q u a n t o a C I A é polo c a p a z d e atrair m o v i m e n t o s isolados, análises e apreciações d o espírito humano.
incapaz de prevenir a subversão neste país estratégicamente i m p o r t a n t e " . Q u e r e m o s a j u d a r a r e u n i r e t a p a s , p a r a u m a s a b e d o r i a q u e n o s g u i e a u m a luta p o r uni
l u t u r o o n d e s e r e s h u m a n o s d e c e n t e s p o s s a m se o r g u l h a r d e viver.
Q u a n d o os Papéis d o P e n t á g o n o f o r a m publicados, o governo a r g u m e n t o u q u e seus
segredos n ã o p o d i a m ser liberados p a r a divulação. O N. Y. T i m e s escandalizou-se. Falou A h i s t ó r i a vai t o m a r u m c a m i n h o d e s e s p e r a d o o u c r i a t i v o . £ t e m p o d e n e c e s s i d a d e s e
em " r e s p o n s a b i l i d a d e " na s a l v a g u a r d a dos interesses americanos. E relembrou q u e n ã o d e l u x o s . N e s s a c r i s e , a c r e d i t a m o s q u e u m a i m p r e n s a f o r t e e r a d i c a l é u m a neces-
sabia m a s não divulgou os planos d a f r a c a s s a d a invasão da Baía dos Porcos. No caso d o sidade essencial. Acreditamos q u e a f u n ç ã o de R a m p a r t s é levantar e m a n t e r desafios.
t r a b a l h o recente d a C I A . p a r a remover o s u b m a r i n o a t ô m i c o russo d o f u n d o d o Pacífico, R a m p a r t s se a p r o f u n d o u e a m a d u r e c e u . M a s p r e c i s a d e s e u a p o i o p a r a c o n t i n u a r . É
e x p l i c o u q u e s ó p u b l i c a v a a h i s t ó r i a p o r q u e a b r i n c a d e i r a já t i n h a t e r m i n a d o . Se o N . Y . difícil p a r a n ó s f a z e r u m a p e l o d e s s e t i p o . M a s , e n q u a n t o a d i g n i d a d e d a pobteza
T i m e s p u d e s s e a j u d a r a C I A a d e s v e n d a r o código d e mísseis russos, os E U A e s t a r i a m p u d e r ser m a n t i d a , n ã o nos i n c o m o d a m o s d e pedir o a p o i o d o s leitores.
m a i s p e r t o d e n e u t r a l i z a r o p o d e r soviético. P e d i m o s a q u a t r o p e s s o a s q u e a p o i a s s e m n o s s o p r o j e t o d e a s s i n a t u r a s . D a n i e l Elis-
O c o l u n i s t a J o s e p h K r a f t , c o n s i d e r a d o o l í d e r d o s c o m e n t a r i s t a s l i b e r a i s , viu n o c a s o b c r g (v. E x - 5 . e n t r e v i s t a s o b r e o s D o c u m e n t o s d o P e n t á g o n o ) . J o s e p h H e l l e r , Denise
d o s u b m a r i n o o lado bom d a supressão d a s notícias: Levertov e K u r t V o n n e g u t c o n c o r d a r a m e m d a r c o p i a s d o s s e u s livros c o m o o f e r t a es-
pecial. A a s s i n a t u r a a n u a l , j u n t o c o m u m d o s 4 livros, c u s t a 2 5 d ó l a r e s . E se a as-
" O episódio mostra d r a m a t i c a m e n t e q u e operações d o gênero p o d e m ter objetivos s i n a t u r a d e 150 d ó l a r e s c o m o s 4 livros é t e n t a d o r a , n ã o p e r c a a o p o r t u n i d a d e .
q u e j u s t i f i c a m p l e n a m e n t e o s e g r e d o . T a m b é m m o s t r a q u e o u t r o s e l e m e n t o s d a so- O q u e a r e s p o s t a d e vocês s i g n i f i c a p a r a R a m p a r t s : s u s t e n t o financeiro, v o t o d e con-
c i e d a d e . inclusive a i m p r e n s a , e s t ã o p r o n t o s a t r a t a r assuntos d e inteligência d e fiança. f o n t e d e o r g u l h o . A o e x p l i c a r a a u s ê n c i a d o n ú m e r o d e f e v e r e i r o , d i s s e m o s cm-
m a n e i r a responsável. O caso d o s u b m a r i n o equilibra a b a l a n ç a . Envolveu a possibili- m a r ç o q u e " o p i o r t i n h a a c a b a d o " . P a r a n ó s . a s o b r e v i v ê n c i a n ã o é m a i s u m a dúvida,
d a d e d e r e c u p e r a r o livro d e c ó d i g o s e a r m a s s o v i é t i c o s " . e m b o r a s e j a u m a l u t a . Se você p o d e m a n t e r e s s a l u t a . n ó s t a m b é m p o d e m o s .
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o I 9 Jornal do
lornalistas filhos de Diretrizes, A M a n h a , j o r n a l i s t a s d o E s t a d o , pois a m a i o r i a d o s
tu**. p&òbo d-£ Tlan. U l t i m a H o r a e P i f - P a f , i r m ã o s d e novos n ã o p e r t e n c e a o ó r g ã o d e classe, e m -
Nosso Sindicato:
q u e m esteja l u t a n d o pela volta d o jornalis- b o r a s e j a m p r o f i s s i o n a i s d e i m p r e n s a " .
m o à i m p r e n s a . Foi com essa p r o f i s s ã o d e De posse destes d a d o s e d e o u t r o s
fé" q u e seus editores m a i s velhos j á p a r - e l e m e n t o s , p o d e r á e n t ã o o j o r n a l i s t a voltar
Para realizar u m a r e p o r t a g e m sobre Ex t i c i p a r a m d o l a n ç a m e n t o d e várias p u - à r e d a ç ã o e f a z e r a m a t é r i a s o b r e o E X .
— " l h e São Paulo politic m o n t h l y news- blicações d e s t e país: E d i ç ã o d e E s p o r t e s
p a p e r " . c o n f o r m e disse o New York T i m e s de O E s t a d o de São P a u l o , J o r n a l d a T a r -
em sua edição de 9 d e julho — deve o jor- de. R e a l i d a d e . Veja, P l a c a r , Revista d e
nalista dirigir-se à r u a S a n t o A n t o n i o . Fotografia, O B o n d i n h o , O Grilo, Jor-
1043. nos altos da Tapeçaria D o m i c i l i a r : nalivro. P a n o r a m a .
trata-se de u m a a n t i g a casa a s s o b r a d a d a Na r e d a ç ã o d e Ex. os e d i t o r e s p a r -
no b a i r r o d o Bexiga, com s a c a d i n h a na ticipam de t u d o , inclusive d a v a s s o u r a n o
Irente. S 1.000 d e aluguel p o r mês (a ta- c h ã o e d o lixo n o p o r t ã o . Coisa com q u e
peçaria subloça os baixos da casa, pela a l g u n s n ã o se c o n f o r m a m . T e l e f o n e , a
m e t a d e d o aluguel tptal, m a s nem s e m p r e r e d a ç ã o tem orelhões d a v i z i n h a n ç a . O
consegue d a r a sua parte). vizinho m a i s p r ó x i m o d a r e d a ç ã o : E m -
t o m a r notas. /\s p a r e d e s f o r a m p i n t a d a s
Notará o j o r n a l i s t a q u e . p a s s a n d o u r i presa Brasileira d e P o r t a d e Aço. d e
pelos p r ó p r i o s editores cm o u t u b r o de 74.
portai' d e ferro, sobe-se u m a e s c a d i n h a d e p r o p r i e d a d e d o ex-jornalista Nelson G a t o .
c a d a u m a d e cor: m a r r o n . rosa, b r a n c o .
10 d e g r a u s e. e n t r a n d o na p o r t a a e s q u e r - No ú l t i m o d i a 10 de j u l h o , pela I a vez
Na p a r e d e d o f u n d o , um d e s p e r t a d o r
da. g e r a l m e n t e e n c o n t r a - s e Armindo na sua história d e 20 meses. Ex p a g o u
p a r a d o no meio-dia . q u e d i r á na meia-
M a c h a d o , espécie de e d i t o r - a d m i n i s t r a d o r u m a a j u d a d e c u s t o de 9 d e seus e d i t o r e s ;
noite. As a r t e s Unais, c a p a s , fotos, e t u d o o
( cr Ex n . ° 12. p á g i n a 30). O s o u t r o s 10 mil c r u z e i r o s divididos em 6 p a r t e s d e
mais de n ú m e r o s a n t e p a s s a d o s e n f e i t a m
editores e n c o n t r a m - s e n a s o u t r a s d u a s 700 cruzeiros p a r a os m a i s jovens, t o d o s
todos os c a n t o s . No b a n h e i r o e m p i l h a m - s e
salas. Na sala d o f u n d o , p o d e o j o r n a l i s t a t r a b a l h a n d o j u n t o s há n ã o m a i s q u e 2
os e n c a l h e s ("só t e m o s n ú m e r o s a t r a s a d o s
conversar com H a m i l t o n A l m e i d a , P a u l o a n o s . a l g u n s universitários, t o d o s interes-
\ i p a r t i r d o 7", d i z e m os a n ú n c i o s d o
P a t a r r a ou Mylton Severiano d a Silva — s a d o s em ser j o r n a l i s t a s p r o f i s s i o n a i s ;
p r ó p r i o Ex). Na c o z i n h a , está u m a espécie
os editores principais, j u n t a m e n t e com d u a s p a r t e s d e 1.900 c r u z e i r o s p a r a H a m i l -
d e arquivo.
Narciso Kalili. ton e M y l t o n ; e 2 mil c r u z e i r o s p a r a Ar-
Dos editores já citados. H a m i l t o n é o
Queira a g o r a ' o jornalista interessado m i n d o M a c h a d o ; os o u t r o s e d i t o r e s con- Ex-editores: H a m i l t o n A l m e i d a F i l h o / -
mais novo. 29 a n o s ; A r m i n d o t e m 30;
UNiDfiDe
t i n u a r a m socorridos por " f r e e - l a n c e s " , ou N a r c i s o K a l i l i / M y l t o n Severiano d a Sil-
Mylton. 3^; Narciso. 39; e P a u l o , 41. A
por seus e m p r e g o s n p u t r o s l u g a r e s , c o m o v a / P a u l o P a t a r r a / A m â n c i o C h i o d i / D á c i o
média d e i d a d e dos o u t r o s 8 ali p r e s e n t e s
é o c a s o d e P a u l o P a t a r r a (já está só n o N i t r i n i / P a l m é r i o D ó r i a d e V a s c o n c e l o -
na r e d a ç ã o n ã o p a s s a d o s 24 a n o s — u m
Ex). Narciso Kalili, J a y m e Leão, P a l m é r i õ s / A r m i n d o M a c h a d o / P e r c i v a l d e Sou-
deles tem 16.
Dória. H e r m e s Ursini e G a b r i e l R o m e i r o . z a / L u í s Carlos G u e r r e r o / A l e x S o l n i k / -
M a s a f i n a l , p o r q u e estaria o j o r n a l i s t a M a s há t a m b é m c o l a b o r a d o r e s efetivos Domingos Cop Jr./Hermes Ursini/Vanira
para que serve os [ i n t e r e s s a d o em s a b e r o q u e se p a s s a n o c o m o J o ã o A n t o n i o . Percival d e Souza C o d a t o / J o ã o A n t o n i o / C l á u d i o Favie-
oPremíolsso? da grande Ex? Simples. O p r ó p r i o Ex se d e f i n e c o m o Demócrito Moura, Marcos Faerman e ri/Jayme Leão/Jota /Hilton Libos/Cláudio
" U m jornal de T e x t o , Foto, Q u a d r i n h o e Oioniel S a n t o s Pereira, q u e n u n c a s e q u e r Edinger/Márcia Guedes/Ivo Patarra/-
>.í'7S •'.'•'!. , Escolas! I m p r e n s a " , d e s d e seu 1.° n ú m e r o , em p e n s a r a m na c o n t a b i l i d a d e d o Ex. Marli A r a ú j o / M ô n i c a T e i x e i r a / G u s t a v o
n o v e m b r o d e 1973, o Ex é u m j o r n a l feito Falcón/Agliberto C u n h a Lima/Demócrito
resomaa Alguns dados complementares que
naECA só por j o r n a l i s t a s e p a r a j o r n a l i s t a s e es- Moura/Elvira Alegre/Gabriel Romei-
p o d e m ser a n o t a d o s pelo j o r n a l i s t a :
t u d a n t e s d e C o m u n i c a ç ã o , s e g u n d o seus ro/Delfim Fujiwara/Sérgio Fujiwara/Lina \
1 — Custo industrial do n ú m e r o que
editores, " n u m a h o r a em q u e a i m p r e n s a Gorenstein/Valdir Oliveira/José Traja- j
está n a s b a n c a s (Ex-13, 30 mil e x e m p l a r e s )
p a s t e u r i z a d a , h e r m a f r o d i t a , oficial assép- no/Beth Costa/Luís Costa. Publicidade:
com d i s t r i b u i ç ã o n a c i o n a l d a Abril: $ 35
tica. etc. e a i n d a d i s t a n c i a d a d o seu povo, Wanderley Pereira.
mil; p o r t a n t o , p a r a a l c a n ç a r o " p o n t o d e
tala u m a l i n g u a g e m n ã o - b r a s i l e i r a , im- Ex-Editora Ltda. R u a S a n t o A n t o n i o
e q u i l í b r i o " , Ex precisa v e n d e r a p e n a s 4 0 %
portada. enlatada tecnocrata, bonitinha, 1043, C E P 01314, S P / S P . N e n h u m d i r e i t o
de sua t i r a g e m (preço d e c a d a , $ 6);
. i r r u m a d i n h a . c h e i r o s i n h a ; n u m a h o r a em reservado/Direitos de reprodução da
2 — P u b l i c i d a d e : e m seu ú l t i m o n ú -
q u e nossa i m p r e n s a p e r d e u a b r a s i l i d a d e . revista Crisis, c e d i d o s g r a t u i t a m e n t e / - .
m e r o (13) o Ex leve 1 p á g i n a p a g a (preço
>> I x a r e t o m a ao lado d e o u t r o s p o u c o s " . Tiragem: 30 mil e x e m p l a r e s . D i s t r i b u i ç ã o
de 6 mil cruzeiros) e o u t r a d e p e r m u t a .
Nacional: Abril S.A. C u l t u r a l e I n d u s t r i a l ,
() escritor e j o r n a l i s t a João A n t o n i o A p e s a r de sobreviver d a v e n d a em b a n c a ,
SP. C o m p o s t o e i m p r e s s o n a s o f i c i n a s d e
i l a m b e m um Ex-editor) b a t i z o u de Im- os editores a c r e d i t a m na existência d e u m a
| O D i á r i o d o Norte d o P a r a n á , av. XV d e
7 TtfÇ^Ur'* prensa N.anica o q u e a n t e s se c h a m o u " m e d i a " p a r a sua faixa. O q u e n ã o existe,
j N o v e m b r o . 391. M a r i n g á , P R .
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E d g a r de G o d ó i d a M a t a M a c h a d o
Francisco Buarque de Holanda
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H e r m i l o B o r b a C a r v a l h o Filho A HISTORIA E A GLORIA
José de Alencar Furtado
Fernando Henrique Cardoso
O r l a n d o Villas-Boas
Audálio Dantas
m BUS
Nas Arquibancadas
verão, Nova York estava q u e n t e e Pelé p e r a n d o eu d a p a r t e d a s e n h o r a ou s e n h o r
monta u m a editora para lançar jornal de
q u e é b o m saiu pela p o r t a dos f u n d o s , compreensão da evidência d o s f a t o s
polícia.
d e v i d a m e n t e avisado por seu m o t o r i s t a r e l a t a d o s a c i m a , n ã o f a l t a n d o c o m este'
particular, negro t a m b é m . p e d i d o c o m o disse m a i s a c i m a , t e n d o eu Noite d e 7 d e agosto, e s t á d i o d o Pa-
Indinho Tupi No H a r l e m . u m n e g r o mal vestido
t r a b a l h a d o com p a t r õ e s q u e n ã o c u m - c a e m b u , SP. A P o r t u g u e s a g a n h o u d o
p r i n d o c o m s u a s o b r i g a ç õ e s c o n t r a t u a e s C o r i n t h i a n s p o r 4 a 1. U m t o r c e d o r d a
Pede Uma
c o m o sc lí/esse q u e s t ã o d e ser c h o c a n t e na m e l e v a r a m a esta e m e r g e n c i a e a este es- P o r t u g u e s a , b a n d e i r a d o time, n a s m ã o s ,
t a d o d e coisas, n ã o s e n d o c u l p a d o pelo q u e resolve f e s t e j a r n o m e i o d a t o r c i d a corin-
Ajudazinha Pelo me acontece atualmente. t i a n a . Seu c o r p o foi e n c o n t r a d o , m a i s t a r -
Amor De Tupã
Atenciosamente agradecido. de, pelos f a x i n e i r o s d o e s t á d i o , desfi-
Do Criado e Obrigado gu r a d o p o r mil golpes, a o l a d o d a b a n -
Luís F r a n ç a M e s q u i t a . d e i r a de seu t i m e . E r a p o r t u g u ê s .
T a m a h e é u m a m i g o d a gente, u m A história, c o n t a d a p o r u m d e l e g a d o ,
h o m e m b o m q u e m o r a às m a r g e n s d o Xin- foi c i t a d a p o r Percival d e S o u z a (do J o r n a l
gu. T a m a h e é u m a u r á , e o ^ j o r n a l i s t a (O autor, morador n u m a casa de cômodos da rua d a T a r d e e Ex) n o I Ciclo d e D e b a t e s d o
Guaicurus, 311, escreveu a carta a mão; no dia 13 de S i n d i c a t o dos J o r n a l i s t a s d e SP, d i a 18 d e
O r l a n d o Oliveira c o n h e c e u s u a t r i b o n o agosto, ele estava percorrendo o bairro paulistano de
mês d e agosto p a s a d o . Ao fim d e 5 dias, Vila Romana, mostrando a carta de casa em casa.
agosto. O t e m a d o d i a e r a Jornalismo
Orlando partiu e recebeu de T a m a h e Ele diz que muitas donas de casa nem lêem; pensam Policial. E Percival f a l o u d e E s q u a d r ã o ,
u m a lista de p e d i d o s , e m n o m e d a crian- que ele pertence a alguma instituição beneficente.) a u m e n t o d e c r i m i n a l i d a d e e o u t r a s violên-
ç a d a , p r i n c i p a l m e n t e os m e n i n o s Iseb e cias.
Iluah. Estava escrito a s s i m , n u m p e d a ç o D á c i o Nitrini
de papel r a s g a d o de u m p a c o t e d e c i g a r r o : (Interino)
bola. e n x a d a , relógio d e s p e r t a d o r ,
m i ç a n g a , pilhas, m é d i a e g r a n d e , f a c ã o , ANÚNCIOS FÚNEBRES
lima, facas, espelho, p a n o , t i n t a s ver-
melha, azul e a m a r e l a , leite e m pó, m a - A. S O L Z H E N I T S Y N
m a d e i r a , botas, chinelos, anzol, t e s o u r a ,
bala 22. c a r t u c h o 20. fósforos, c a m i s e t a s ,
VoUTH Os editores e funcionários do Ex cum-
p r e m o dever d e c o m u n i c a r o f a l e c i m e n t o .
shorts, gilete, b r i n q u e d o s l a n t e r n a , disco
de R o b e r t o Carlos, l i n h a , a g u l h a , cigarro,
caramelo, pasta de dente, machado, _ 7 d e m a n d s P. F R A N C I S
guisos, óculos escuros. Os e d i t o r e s e f u n c i o n á r i o s d o Ex c u m -
p r e m o dever d e c o m u n i c a r o f a l e c i m e n t o .
Èf
mm niiiii |iii!!iiii!i||iiii|| IUBI
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Ex-14
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D li K. NETTA
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Anali.r • I>rlr i,.M> Si.lirrnatur.l (.o CientiliiD)
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Dr. K. Exclusivo:
m u i t o s e u r o p e u s p r e f e r e m c h a m a r de or- tá admitindo duas secretárias
0 golpe d e 25 d e abril pegou o D e p a r -
d e m . Este sistema pode e s t a r finalmente que consigam preencher os
o Brasil Pode
t a m e n t o d e E s t a d o dos E U A d e s u r p r e s a .
e n f r a q u e c i d o . E o d e s g a s t e é m a i s visível Um dos auxiliares de Kissinger chegou a seguintes requisitos: Loiras,
Comprar Os EUA
o n d e parecia ser m a i s improvável. Na f r a s e declarar: "Portugal causou pânico aqui. olhos verdes ou azuis, prática
de Stálin " o governo salazarista surgiu de P r i n c i p a l m e n t e p o r q u e n ã o t e m o s nin- em relações públicas e com am-
e Pagará Vista!
um desenvolvimento i n t e r n o " . Hoje a guém q u e saiba a l g u m a coisa desse povo.
situação em Portugal e na Itália t o r n o u - s e bições artísticas. Ambiente ao ar
Não havia n i n g u é m de q u a l i d a d e na e m -
o s í m b o l o desse desgaste. b a i x a d a p a r a dizer o q u e e r a m os c a p i t ã e s ;
livre e ótimo refeitório. Socie-
Os e u r o p e u s n ã o a c r e d i t a m que os adidos militares s e m p r e a c h a r a m q u e P e r u c a , colar d e b r i l h a n t e s na testa, dade indireta. Preferência sol-
W a s h i n g t o n aceite isso p a s s i v a m e n t e . A era u m a h u m i l h a ç ã o f a l a r com alguém anel de caveira na m ã o d i r e i t a — o d r . K. teira e livre. Tratar com o Dr. K.
d e s e s p e r a d a recusa em d e i x a r o controle a b a i x o de c o r o n e l " . parece u m a m a d a m e s e n t a d a n u m a ca- Netta na praça da Sé, em frente
110 C a m b o j a e 110 V i e t n a m não g a r a n t e 1 )e r e p e n t e o S h e r a t o n Hotel de Lisboa deira velha, d e b r u ç a n d o - s e s o b r e u m
I u m a política de s e r e n i d a d e . E os E U A
da Catedral, das 9 às 18 horas.
licou cheio de gente p a r a corrigir esse caixote. As 9 d a m a n h ã , d e b a i x o d o sol, já
i podem aplicar na E u r o p a as técnicas sub- deleito. E o pessoal da e m b a i x a d a a cres- está a t e n d e n d o na p r a ç a d a Sé. n o meio d a
| versivas a p l i c a d a s no Chile, p a r a d e r r u b a r cer. Em s e t e m b r o . Kissinger m u d o u o e m - p r a ç a , o m a r c o zero de São Paulo. Escreve
i \ l l e n d e . (Ver pág. 3"). S e g u n d o o seu e x - José Trajano
b a i x a d o r : colocou um d e sua c o n f i a n ç a ; c a r t a s de a m o r . de c o n s e l h o , c a r t a s c o m e r -
S diretor William C olbv. <> q u e a CIA léz no F r a n k Carlucci. ciais. cria slogans, poesias, roteiros d e
I ( hile era um "laboratório p a r a testar téc- Em agosto de 74. o g eneral V e r n o n c i n e m a e peças de t e a t r o . S o b r e o caixote,
nicas de g r a n d e s investimentos financeiros Walters. q u e fala f l u e n t e m e n t e p o r t u g u ê s , o q u e é a sua e s c r i v a n i n h a , a p l a c a : D R .
. . . i r a ' d e s a c r e d i t a r e d e r r u b a r um gover- apareceu em Lisboa: e a CIA d e c l a r o u q u e K. NI I I A .
, no" ele estava de férias. Mais poderoso que M a n d r a k e , o dr.
j A IX de s e t e m b r o d e 1974. Kissinger Em m a i o . s e m a n a s a p ó s a q u e d a de K. Netta s a b e q u e é o h o m e m m a i s i m p o r -
justificou a a ç ã o c o n t r a o governo chileno C a e t a n o , irving Brown. o u t r o velho a m i g o t a n t e d o m u n d o , e isso c o n s i d e r a n d o - s e os
em t e r m o s de " s e g u r a n ç a n a c i o n a l " (dos da CIA. chegou a Lisboa com Michael últimos 7r< anos d e história. G a n h a Cr$
Estados Unidos). Ai 11111 r e p ó r t e r e u r o p e u Boggs. d i r e t o r d a seção i n t e r n a c i o n a l d a 300 por d i a . e s c r e v e n d o c a r t a s por en-
p e r g u n t o u se o m e s m o a r g u m e n t o não Al I - C I O . p a r a ver o q u e podia fazer pelos c o m e n d a (a r-0 m e t r o s dali. desenvolvem--
poderia ser u s a d o p a r a j u s t i f i c a r interven- sindicatos p o r t u g u e s e s . Brown ficou sc as o b r a s d o metrô). Precisa a m p l i a r os
Ex-14
A QUEM
salada lENDER A PENA DÊ
C o n d e n a d o s à m o r t e , Sacco e V a n z e t t i
f o r a m e x e c u t a d o s n a c a d e i r a elétrica
depois d e p a s s a r 7 a n o s n a c a d e i a e 6
meses n u m M a n i c ô m i o J u d i c i á r i o , sob
protestos d e n t r o e f o r a d o s E s t a d o s
Unidos. Mais pormenores (muitos mais)
s o b r e este u s o político d a p e n a d e m o r t e ,
Sacco e Yan/.elli, pouco antes de serem mortos n o livro A Tragédia de Sacco e Vanzetti,
d e F r a n c i s RusselI (Civilização Brasileira).
Opinião De Um
Jurista Popular: César Lattes Não Seqüência de Messias Augusto da SiKa. Local: rua Major (Juedinh», Si'.
De Ser a Solução.
debaixo da terra, não d e r a m certo. Era tão — P e r a aí, eu t o u f a l a n d o u m a coisa,
— Você é a favor ou c o n t r a p e n a d e
s e g u r o q u e dali a p o u c o c o m e ç o u a n ã o estou c a d u c o a i n d a ! E n t ã o h á m u i t a
morte?
a p a r e c e r r a d i o a t i v i d a d e em c i m a da verba p a r a p e s q u i s a desse tipo... A g o r a é
F i l t r e 96 pessoas e n t r e v i s t a d a s n o cen- 51 anos, físico desde os 19 pela Facul- t e r r a . M e f a z l e m b r a r os r e c i p i e n t e s se- u m a coisa q u e só o f u t u r o r e s p o n d e r á , se
tro d e São P a u l o pela R á d i o Jovem P a n , 87 dade de Filosofia Ciências e Letras da guros dos finlandeses que eram tão essa é a r e s p o s t a a o nosso a t r a s o .
loram a favor (92%). U m d i a a n t e s , 11 d e Universidade de São Paulo. D e p o i s de se seguros q u e eles v i n h a m j o g a r o a r s s ê n i c o — C o m o estão as pesquisas de energia
agosto, o d e p u t a d o e s t a d u a l E r a s m o M a r - formar, trabalhou na Ingltatcrra e nos Es- a q u i n o A t l â n t i c o Sul; m a s , se e r a s e g u r o , solar?
tins P e d r o ( M D B - R i o d e J a n e i r o ) t i n h a tados U n i d o s , o n d e , aos 24 anos, des- j o g a s s e m lá n u m d o s mil lagos q u e eles — B o m , eu a c h o q u e essa t e r á d e ser a
pedido p e n a de m o r t e p a r a os seqües- cobriu u m a das partículas elementares da t ê m . E q u a n t o m a i s e n e r g i a você g e r a r solução. E u . . . você s a b e q u e , n a r e a l i d a d e ,
tradores d o m e n i n o C a r l o s E d u a r d o , matéria: o meson pi. Com esta descober- m a i s lixo vai t e r . T e m , d e vez e m q u a n d o , a e n e r g i a h i d r o e l é t r i c a , é d e f o n t e solar,
.desaparecido há 2 anos e e n c o n t r a d o mor- ta, ficou internacionalmente conhecido, u m a s p r o p o s t a s m a l u c a s — b o t a r e m ór- não é? C o m o é q u e a água subiu pra
to. Eis a l g u m a s r e s p o s t a s , i r r a d i a d a s n o conseguiu a l g u m apoio governamental b i t a , b o t a n u m satélite e m ó r b i t a . E n t ã o a d e p o i s descer... h e m ? O sol f a z e v a p o r a r a
p r o g r a m a São Paulo Agora, produzido para continuar seus trabalhos e passou a p r o p o s t a r a c i o n a l é ir c o m c u i d a d o , ir á g u a , f o r m a n u v e n s , chove e t a l , f o r m a
por M a r c o A n t o n i o G o m e s , d a Jovem pesquisar e lecionar na Universidade de devagar e certamente não esconder, não rios. c a c h o e i r a s e tal?... A h i d r e l é t r i c a é
Pan: São Paulo. R e c e n t e m e n t e , transferiu-se a d i a n t a e n t e r r a r . M e l h o r q u e ele e s t e j a solar. A e n e r g i a solar é l i m p a . , n ã o é ? Ela
" A pessoa p o d e , n a vida, se a r r e p e n - para a Universidade Estadual de Cam- n u m l u g a r e m q u e se p o s s a verificar se está
pinas, onde desenvolve u m projeto so- p o d e t r a z e r q u e i m a d u r a s ou m o r e n a s . ,
der d o q u e fez. U m a a t i t u d e n u n c a é I v v e n d o v a z a m e n t o ou n ã o .
bre u m novo e s t a d o da matéria. M o n t o u m o r e n a s m u i t a b o n i t a s , n ã o é? M a s é ex-
definitiva, o ser h u m a n o m u d a d i a a d i a .
t a m b é m u m grupo de estudos de raios cós- — Dentro da física, n o Brasil, existe ou t r e m a m e n t e l i m p a . A e n e r g i a elétrica, ela
Mesmo que mate, roube, sempre há u m a
micos e m Chacaltaia, nos A n d e s boli- existiu evasão de cérebros? s o z i n h a , é a m a i s l i m p a q u e se c o n h e c e . Se
razão. D e v e r í a m o s e s t u d a r as r a z õ e s q u e
vianos. P r e o c u p a d o c o m a f u n ç ã o social da — F a l a r e m evasão d á idéia d e f u g a ou o s u j e i t o tiver d ú v i d a s , põe o d e d o q u e vai
levam p e s s o a s a a g i r / t e s t a f o r m a . E t e n t a r
ciência, afirma que ela " n ã o é neutra e por negócio desse t i p o ; e f a l a r e m c é r e b r o d á a ver q u e ela n ã o só é l i m p a , m a s a o r i g e m
corrigir, e n t e n d e ? "
isso todo cientista precisa entender seu i m p r e s s ã o q u e é a m e s m a coisa q u e u m é solar, q u e r dizer, a o r i g e m d e s s a e n e r g i a
m o m e n t o histórico. O inventor da b o m b a c o m p u t a d o r , h o j e e m d i a esses b i c h o s aí são as r e a ç õ e s t e r m o - n u c l e a r e s d o sol.
Geni de Souza, 31 a n o s . A g o r a , a q u a n t i d a d e d e e n e r g i a q u e o sol
atômica pode ter sido u m grande cientista, são c h a m a d o s d e c é r e b r o s e l e t r ô n i c o s .
m a s foi u m m i c r o - h o m e m incapaz de en- Você está p e r g u n t a n d o se c i e n t i s t a s d e m a n d a prá terra é uma imensidade, quer
" A m o r t e só p e r t e n c e a D e u s . Sou con- dizer, coisa d a o r d e m d e 1 q u i l o w a t t p o r
tender seu m o m e n t o histórico e a u tili- g a b a r i t o i n t e r n a c o n a l t ê m d e i x a d o o Brasil
tra p o r q u e o q u e n ó s p r e c i s a m o s é levar o m e t r o q u a d r a d o . N ã o se s a b e a i n d a u m a
y.ação q u e seria d a d a ao seu invento. Se p o r s a l á r i o s m e l h o r e s . N o c a m p o d a física,
povo a o c o n h e c i m e n t o d e Jesus Cristo, maneira eficiente de aproveitar e a r m a -
u m a pesquisador percebe que não t e m q u e eu s a i b a , n ã o , q u e r d i z e r , h o u v e a
p o r q u e só Jesus C r i s t o pode transfor- z e n a r , p o r q u e d e noite n ã o t e m sol e eu sei
controle sobre sua descoberta, deve ar- saída há b a s t a n t e t e m p o , m a s n ã o e r a só a
mar o coração de um homem. A pena de que tem havido pesquisas. M a s por
quiva-la". falta de salários era a falta de condições.
m o r t e n ã o resolve." motivos — v a m o s c h a m a r d e e c o n ô m i c o s
A g o r a , se a pessoa q u e t r a b a l h a e m pes-
q u i s a científica s o f r e u m a a p o s e n t a d o r i a — eu a c h o q u e n ã o se investiu o n e c e s s á r i o
Ataliba Silva, 65 anos, aposentado. c o m p u l s ó r i a , ele n ã o t e m o u t r o r e m é d i o , no estudo do aproveitamento prático da
— Sob o ponto de vista científico, quais a n ã o ser m i g r a r ; é o c a s o d o p r o f e s s o r e n e r g i a solar, p o r q u e havia o u t r a s f o n t e s ,
" N a m i n h a o p i n i ã o , esses e l e m e n t o s aí, as vantagens o u desvantagens do acordo Leite Lopes q u e está e m S t r a s b u r g o ( F r a n - não digo mais econômicas, mas mais ren-
se f a z e m isso p o r q u e s t õ e s f i n a n c e i r a s , nuclear? ça). Ele sair p o r u m o r d e n a d o m e l h o r , n ã o d o s a s d e e n e r g i a , q u e p o d e r i a m ser u s a d a s
deve haver u m e s t u d o m a i s p r o f u n d o d a — M a r g i n a l m e n t e isto p o d e ser útil a sei, p r e f i r o n ã o c o m e n t a r , eu a c h o q u e a p a r a o u t r a s coisas m a i s n o b r e s q u e f a -
vida deles, p a r a s a b e r d e o n d e vem essa cientistas. O n d e há c e r t o acesso, n ã o gente t e m c e r t a o b r i g a ç ã o c o m a t e r r a d a b r i c a r e n e r g i a elétrica, e t a m b é m s e m
a t i t u d e q u e eles t o m a , n ã o ? A c h o q u e d i g o livre, m a s u m a p o s s i b i l i d a d e d e aces- ger<;e. s u j a r , n ã o é? Q u a n d o você q u e i m a c e r t a s
devem ser levados a j u l g a m e n t o . E u n ã o so, isso vai b e n e f i c i a r o p e s q u i s a d o r . , n ã o coisas, c a r v ã o , petróleo, o q u e seja, você
a d m i t o a p e n a d e m o r t e pelo s e g u i n t e : se só tísico, biólogo, e n g e n h e i r o s , etc, n é ? — Dr. César, existe mais verba, hoje do n ã o só está q u e i m a n d o u i n a reserva q u e se
houver p e n a d e m o r t e , vai m o r r e r p o r q u e essa q u e s t ã o d e e n e r g i a a t ô m i c a , que no passado para a pesquisa? f o r m o u na n a t u r e z a , /em é p o c a s ime-
muita gente inocente." n ã o é só g e r a r e n e r g i a ; é t o d o o p r o b l e m a — Eu a c r e d i t o q u e sim. N ã o sei se isso m o r i a i s ; você está t a m b é m r o u b a n d o o
de d a n o das radiações, a maior parte é r e s p o n d e d e u m a m a n e i r a c o r r e t a a per- vizinho, q u e r d i z e r , você está s u j a n d o o a r '
Waldomiro Tibúrcio, 35 anos, fotógrafo. d a n o ; m a s às vezes p o d e - s e u s a r t a m b é m g u n t a . Se se p e n s a r e m c e r t a s a t i v i d a d e s d e t o d o o m u n d o , n ã o é só o t e u . Você
p a r a coisas b o a s , às vezes n é ? de pesquisa científica, p o r exemplo pode dizer que o teu f u s q u i n h a não faz
— O senhor falou n o problema do lixo ecologia — n a m i n h a o p i n i ã o a m a i s im- n a d a , m a s s ã o m u i t o s f u s q u i n h a s e as in-
Sacco e V a n z e t t i e r a m dois t r a b a l h a d o r e s , que a pesquisa pode ocasionar. p o r t a n t e n o m o m e n t o , d o p o n t o d e vista d ú s t r i a s . e assim p o r d i a n t e . A e n e r g i a
um s a p a t e i r o e o u t r o peixeiro, i m i g r a n t e s — A p e s q u i s a n ã o g e r a m u i t o lixo, a h u m a n o , ou d a sobrevivência do hidroelétrica é a m a i s l i m p a . A g o r a , a
italianos q u e viviam em B r a i n t r e e , M a s - n ã o ser n o cesto d e p a p é i s . E u falei n o lixo p l a n e t a — n ã o sei se h á m a i s v e r b a p a r a energia solar, t r a n s f o r m a d a d i r e t a m e n t e
s a c h u s s e t t s , USA. O s dois p r o f e s s a v a m a d o s r e a t o r e s , q u e r d i z e r , o r e a t o r neces- a ecologia, ou n ã o . P r á física... eu creio e m elétrica é l i m p í s s i m a . . . O u r â n i o é d a
filosofia a n a r q u i s t a . 1919; n o d i a 15 d e sáriamente produz material radioativo, q u e sim, né, pelo m e n o s , o m e u labo- nucleo-síntese q u e t o r m o u a g a l á x i a es-
a b r i l , os p a g a d o r e s d e u m a e m p r e s a d e n u m a p a r t e é lixo explosivo — c a u s a r a t ó r i o a u m e n t o u a v e r b a , creio q u e sim. trela. sujo.... sujo... s u j o , p r á c h u c h u e
Braintree são assaltados e mortos. Confor- pelo m e n o s declarada de grandes Agora, a u m e n t o substancial tem sido p a r a perigoso...
m e se t e n t o u p r o v a r m a i s t a r d e , os assas- preocupações do governo americano; é o o q u e se c h a m a p e s q u i s a t e c n o l ó g i c a ,
sinos p e r t e n c i a m a u m a q u a d r i l h a : os plutônio, c o m o q u a l se p o d e f a z e r b o m - p a r a c o n s e g u i r f e c h a r a f e n d a e n t r e nós, ( repórter João Russo, da TV Bandeirantes, SP)
Morelli. M a s . rium país q u e vivia o c l i m a b i n h a s p a r a j o g a r e m o u t r o s p a í s e s . Esse q u e s o m o s c h a m a d o s país e m desenvol-
da c a ç a aos c o m u n i s t a s e socialistas e es- n ã o é c h a m a d o lixo, esse é c h a m a d o v i m e n t o — eu a c h o q u e s o m o s u m país
q u e r d i s t a s e m geral, os dois t r a b a l h a d o r e s m a t e r i a l " n o b r e " . A m a i o r p a r t e , pelo q u e atrasado, não é verdade? Não é a feira de
f o r a m presos ( p a r a a g r a v a r s u a s i t u a ç ã o , eu sei, s i m p l e s m e n t e c o n s t i t u i u m a q u a n - a u t o m o v e i s q u e vai m e c o n v e n c e r q u e
eram imigrantes n u m a Massachussetts tidade de material radioativo muito gran- s o m o s u m país a d i a n t a d o . Eu a c h o q u e a
orgulhosa de sua "americanidade"). de., q u e n ã o se s a b e c o m o d i s p o r . O s gente t e m d e ver o a d i a n t a m e n t o d o p a í s
10 salada ADES
Ex-14
Últimos Queijos
e Ameixas Que
Dom Pedro Comeu
Em Petrópolis
Uma Recomendação
9 horas, Petrópolis. Mal desperto, o
i m p e r a d o r recebeu um telegrama (o te-
Encontro Com " O destino de q u e m parte é partir (Jornalista, morreu cm maio deste ano, com 28 anos,
no Hospital São 1'rancisco, em Ribeirão Preto, de
m o n a r q u i a de 66 anos chegara ao fim da
linha. -
Jesus Cristo
sempre. É não voltar j a m a i s em Idade al-
meningite bactcriana, seguida d e uma infecção na
g u m a " . Q u e m disse foi Antônio Ventura, bexiga e pneumonia. Trabalhou cm O Bondinho e (l)o livro Quem l ez a República, de Joel Rufino dos
Através
poeta desta geração. Ultima Hora). Santos, historiador e professor).
Surgimos como seres c o m p l e t a m e n t e
De Lopez Rega
explosão atlântica e a m u l t i d ã o que vê M e r g u l h a m o s f u n d o na alma h u m a n a e no
atônita seu despertar. Esperava algo homem condicionado pela sociedade,
a Evita Perón
menos poderoso, mas forte. Em plena traduzindo t u d o em m o d a l i d a d e s de ener-
\ivcncia d o processo, cie 71 a 73 (apro- gia.
ximadamente). é possível que tivéssemos Tínhamos o u t r a peculiaridade: su-
d a d o muitos frutos. Eu esperava mais de peramos a visão co stumeira d o Diabo. Si un h o m b r e contiene todos los planos
nossa volta à sociedade, em 74 (aproxi- Para nós passou a ser um a n j o iluminado, de todos los h o m b r e s y u n a mu jer contiene
madamente). um deus terrível parceiro d o Bem. sem o todos los planos de todas Ias m u j e r e s y
Não sei q u a n t o s éramos quando qual não há evolução da h u m a n i d a d e . Nos cada h o m b r e contiene todos.los planos <íê
saímos d o caos: mil. 3 mil. 5 mil espa- o reconhecemos no próprio h o m e m , todas Ias mujeres y todas Ias mujeres con-
lhados pelas principais cidades d o país — a d o t a m o s a magia de Lúcifer que conduz tienen todos los planos de cada hombre,
São Paulo. Rio. Bahia, e t a m b é m no in- os h o m e n s à Beleza através da sabedoria entonces 110 soy solamente yo ni tu es
terior. porque não? K possível q u e a (cm -lírcgo Sat - Satã); • solamente tu. v i v a m o s . m que. cpoca..vi-'
salada
Preto é Gente:
q u e d a m o s al v i e n t o y p o r la n o c h e m u - moda — épocas de maior e m e n o r repres-
pelo escravocrata b r a n c o " . E m 1967, se
rimos llenos d e visiones p e r i ó d i c a s , p a - são sexual:
recusou a lutar no V i e t n a m , a l e g a n d o prin-
ralelas y tal q u a l o l v i d a m o s la m u e r t e e n la c í p i o s religiosos, e p e r d e u o t í t u l o . A — E s t e s u r t o é u m a t e n t a t i v a d e se
vida. o l v i d a m o s Ias visiones n o c t u r n a s e n Campeão mundial dos pesos-pesados. libertar daquele tabu sexual e u m a ten-
S u p r e m a Corte o absolveu d a c o n d e n a ç ã o
d d i a . p u é s en v e r d a d una imensa I d a d e : 34 a n o s . A l t u r a : 1,91 m . E n v e r - tativa de q u e b r a r esse preconceito. M a s ,
— 5 a n o s d e p r i s ã o e 10 mil d ó l a r e s d e
maioria d e o b j e t o s son c i r c u l a r e s y u n a g a d u r a : 2 . 0 8 m . Peso: 97 K g . C o x a : 6 2 c m . n a v e r d a d e , ele p u r a e s i m p l e s m e n t e
m u l t a . Foi i m p e d i d o d e l u t a r p o r 3 a n o s e
imensa m a i o r i a d e m o v i m i e n t o s es cir- P u n h o : 3 3 c m . T ó r a x : 1.61 m . G a n h o u a u m e n t a certos tabus, sexuais d e rela-
m e i o . Viveu d e c o n f e r ê n c i a s e m u n i v e r -
cular. la t o n t u r a es u n a c a r a c t e r í s t i c a t í t u l o p e l a p r i m e i r a vez e m 1964, l u t a n d o cionamento entre homem e mulher. Acho
s i d a d e s a m e r i c a n a s , d e n u n c i a n d o a se-
mundial, g i r a m o s así d e n t r o d e a l g o q u e c o n t r a S o n n y L i s t o n . N e s s a é p o c a cos- inclusive q u e a u m e n t a o m a c h i s m o .
gregação racial e exibições em vários
llamamos infinito por fuerza de nostra tumava festejar suas vitórias com f r a s e d o A crítica mais geral a o colégio S a n t a
países.
palavra, s o m o s los g i r a t ó r i o s c o n t e ú d o s d e tipo: C r u z foi d e q u e t e m m u i t o s g r u p o s f e -
Voltou a e n f r e n t a r u m adversário d e
iodas Ias m a n i f e s t a c i o n e s visibles y in- chados: alguns alunos t a m b é m criticaram
r e s p e i t o e m 1972. N o " c o m b a t e d o sé-
visibles y p o r eso n o sé q u e o t r a c o s a — Sou o m e l h o r e m a i s f a m o s o , s o u u m o fato de haver a p e n a s u m a classe social:
culo", c o n t r a Joe Frazier, n ã o conseguiu
poHria d a r s e e n t r e n o s o t r o s s i n o el a m o r . lindo e cintilante c a m p e ã o . — A q u i , t u d o filhinho d e p a p a i , s ó d a
r e c o n q u i s t a r o título, o q u e só aconteceu
Logo a p ó s á vitória c o n t r a Liston, en- c l a s s e A, você c h e g a e eles s ó f a l a m d e
no ano passado, em outro combate do
Autor argentino desconhecido trou na seita dos M u l ç u m a n o s Negros e m u l h e r , c a r r o , m o t o . O s d e t o r a têm-
século, c o n t r a G e o r g e F o r e m a n . C o m o
psicojjratailo por Alex Solnik outros problemas na cabeça.
trocou d e n o m e : " N ã o q u e r o ser c h a m a d o s e m p r e , dedicou sua vitória aos negros
Cassius Clay, n o m e d a d o à m i n h a f a m í l i a americanos.
(D.iKiiminlii do Museu Paulista — Ipiranga)
CANTE C O M EX
Estudante Argumento
•5
Não Responde De
PROCLAMACAO. Por Milagre Paulinho
De Ninguém Da Viola
" O que representa o milagre brasileiro Tá legal,
H ONRADOS Paulistanos : O a m o r , qnc Eu consagro ao Brasil
ci» g e r a l e á vossa Província em particular, por st r uquella, que p a r a você, c o m o b r a s i l e i r o ? "
perante M i m , e o Mundo inteiro fez cor.?..-cc • j.rime\-'» cac todos o sja-
— Eu f i q u e i c o n t e n t e p o r q u e p r o g r e s s o
| Eu aceito o argumento
tema machiavclico, dcs<.;-gar sr.dor , c faccioso da.-- CorUs tu Li J>oa,
Me obrigou a vir entre vós liizer consolidar a fraterna miú.» c uan- para m i m é f u n d a m e n t a l , certo? Precisa Mas não me altere o samba
quillidade, que varillava , c era-ameaçada por 'dcsorganisaMucs , que
em breve coniieccreis, fechada que seja a üevassa , a que Mandei pro- ter p r o g r e s s o a q u i n o Brasil. E à m e d i d a i Tanto assim.
ceder. Quando Eu mais que -contente estava junto dc vós, cl.c^ão no-
ticias, -que de Lisboa os traidores da N a ç ã o ; os infames Dtpuíadq? q u e vai t e n d o , vou ficando m a i s feliz p o r - Olha que a rapaziada
pertendem fazer atacar ao~ Braiil , e tirar-lhe do seu seio seu l)c.-.:>or: q u e é sinal de q u e a gente tá s a i n d o da-
Cumpre-Me como tal tomar todas as medidas , que Minha^Imapi.nç^i Já está
M e suggerir ; c para que eslas sejfio tomadas com aquellá- ntadurexa. quela condição de 3.° M u n d o , está atin-
S
ie em toes crises se requer , Sou obrigado para servir ao Meu ídolo , o
rasil , a separar-Me de vós, ( o que piuito Sinto ) , indo para o Ri» g i n d o o 1.° c e r t o ? Sentindo a falta
ouvir Meus Conselheiros , e Providenciar sobre negocios de tão alta
monta. Eu vos Asseguro que cousa nenhuma Mé poderia ser mais — N ã o ligo m u i t o . N ã o m e a f e t a . De um cavaco.
sensível, do que o golpe, que Minha Alma soffre, scparando-Mc dc
Meus Amigos Pauiistaims , aquém o Brasil ,<~e Eu Devemos os bens, — 1'udo legal, d á p a r a s e n t i r u m a De um pandeiro
que gozamos, e Esperamos gozar de huma Constituição liberal e ju-
diciosa. Agora , Paulistanos , %(> vos resta conservardes união ei.lre vós,
evolução, m a s para u m a minoria reduzida. E de um tamborim
não s i por ser eísc o dtarer de todos os bons Brasileiros, mas tam-
bém porque a Nossa. P á t r i a está ameaçada de sotfrer huma jíu.rra,
Eles n ã o t ê m c u l p a . Se eu estivesse n o Sem preconceito.
lugar deles faria a m e s m a besteira.
que não só nos ba* de »er feita pelas Tropas, qoe de Portugal forem
mandada* , mas iigualmente pelos seus servia partidistas , è vis emissa- São a l g u m a s respostas dos alunos d o
Sem mania de passado.
rios,, qoe entre: Nós existem', atraiçoando-Nos." Quando
des vos nSó administrarei
bninisti aquelh
. Justiça
.
" as Auth»>rida-
. . . .
imparcial,. que delia* deve colégio S a n t a C r u z ( S ã o P a u l o ) , n u m a pes- Sem querer ficar do lado
ser inseparavel, representai-Me , qoe Eu Providenciarei. A Divisa do
Brasil deve ser = t I N D E P E N D E N C I A O U M O R T E = Sabe» que . quisa o r g a n i z a d a pelo jornal dos alunos, o De quem não quer navegar.
quando Tracio da Causa Publica , não* tenho amigos, e validos cm oc-
Casião alguma.
T a b l ó i d e A p e s q u i s a foi f e i t a c o m 4 6 Faça como o velho marinheiro
Existi trapqoillos: acafctelai-vos dos facciosos Sectários das alunos dos 3 anos colegiais (idades e n t r e Que durante o nevoeiro, (bis),
Cortes de Lisboa; e contai em toda d occasião com o vosso Defensor
!:> e 18 a n o s ) ; c t a m b é m p e r g u t a v a se o
Perpetuo. Paçp em oito de Setembro de tnil oitoceotoj e vinte doas.
a l u n o se a c h a v a r e p r i m i d o , o q u e a c h a d a
Leva o barco devagar.
p o r n o g r a f i a e d o colégio.
PMJVCIPE X.EGEJFTJE.
26 e n t r e v i s t a d o s ( m a i s d a m e t a d e ) (Breque) Tá legal/
nunca tinha ouvido a expressão "milagre
brasileiro". Houve 4 tipos de resposta,
.ipren*a Nacional: s e g u n d o o T a b l ó i d e : ir o n i c a ( " q u e m i -
lagre brasileiro?"), indiferente ( " n ã o a c h o
n a d a . não gosto dc políticos"), entusias-
m a d a ("estou contcnte.com o progresso"),
p e s s i m i s t a ( " n ã o sei o q u e . p o d e r i a ser
leito, s o l u ç õ e s " ) , crítica ( " e n q u a n t o
h o u v e r g e n t e m o r r e n d o d e f o m e , d e po-
r r a d a . e u n ã o a c r e d i t o .em m i l a g r e ; p a r a
salada
Tchau,
Doutor
Breno,
e Adeus!
(Paira um grande silêncio no p e q u e n o
quarto).
O repórter sobe para pegar a eartei- Repórter - E dai? Você gosta? C o m o é Dr. B r e n o - P o r q u e ? Ela n ã o d i s s e p o r
C e n á r i o : Uni q u a r t i n h o d e s u b s o l o , rinlia. O s m e n i n o s e m e n i n a s c o r r e m pelo a história da novela? que?
p a r e d e s c o m d e s e n h o s i n f a n t i s d e cores q u a r t o e Luiz. d e s c o b r i u o g r a v a d o r . E d u a r d o (pensativo) É u m m a e s t r o . . . M a r c o s - N ã o . Só d i s s e p a r a eu m e d e s -
berrantes, banquinhos espalhados no chão Luiz - Ah, u m g r a v a d o r ! M a r a v i l h a ! Ele t e m u m a n a m o r a d a , a C r i s t i n a . . . A c h o p e d i r d o s a m i g o s e q u e n ã o volto m a i s
a i n d a c o b e r t o d e t i n t a f r e s c a . . É a sala d a (como locutor) E m e r s o n F i t t i p a l d i vai q u e cies vão se c a s a r n o d i a I o d e s e t e m - aqui.
Clínica K u k a . P s i c o t e r a p i a e P s i q u i a t r i a c o r r e n d o n a pista a o l a d o d e Niki L a u d a . bro. não me lembro direito. O m a e s t r o tem R e g i n a - Eu t a m b é m . M i n h a m ã e n ã o
S C I.tda.. n a Vila Nova C o n c e i ç ã o . SP, E m e r s o n vai p a s s a n d o , vai p a s s a n d o e u m a m o ç a lá n o sítio e... quer que venha mais aqui na psicoterapia.
o n d e se faz p s i c o t e r a p i a i n f a n t i l c o m deixa Niki p r a t r á s ! Vai E m e r s o n ! Vai! Luiz. - ... eu o d e i o ! Eu t e n h o r a i v a ! As c r i a n ç a s a b r a ç a m M a r c o s e R e g i n ã ,
c r i a n ç a s a t é 12 a n o s . R e p ó r t e r (aproxima-se de Luiz) - O Repórter - Você odeia o q u e ? e vão s a i n d o p o u c o a pouco".
P e r s o n a g e n s : M a r c o s . 10 a n o s ; C á s s i a . q u e é q u e você t e m . Luiz ? P o r q u e e s t á Luiz - Eu o d e i o o n a m o r o d a C r i s t i n a D r . B r e n o - P a r a u n i ' p o u c o aí, d e i x a eu
10 a n o s : C a r l o s , 10 a n o s ; W e r n e r . 10 a n o s ; fazendo tratamento? c o m o m a e s t r o ! M a s sei q u e eles v ã o c a s a r c o n v e r s a r c o m eles. (Para o repórter). E s t á
R o b e r t o . 12 a n o s ; Luiz. 10 a n o s ; E d u a r - Luiz - M i n h a m ã e a c h a q u e eu sou n e r - 110 f i m . M e u ó d i o n ã o a d i a n t a n a d a ! Eles v e n d o ? A g o r a as c r i a n ç a s s o b e m e s t a es-
do. 9 a n o s ; R e g i n a . 9 a n o s ; Dr. B r e n o . 29 voso. l e n h o u m a i r m ã d e 7 a n o s q u e m e vão c a s a r n o f i m , t e n h o c e r t e z a d i s t o , p o r - c a d a . e n c o n t r a m os p a i s e, f i n a l m e n t e ,
a n o s : R e p ó r t e r . Hilton Libos. 20 a n o s ; e n c h e o saco! Eu q u e t e n h o 12 e ela q u e r q u e s ã o os dois a t o r e s p r i n c i p a i s . vão p a r a s u a s c a s a s ; s u a f i s i o n o m i a e seu
F o t o g r a f o D o m i n g o s C o p Jr.. 28 a n o s ; bater em mim: como é que pode u m a W e r n e r pega u m a latinha d e cerveja c o m p o r t a m e n t o se m o d i f i c a m . A s s u m e m
D o u t o r J a i r . 2(i a n o s . menina de 7 anos querer bater n u m vazia, a m a s s a c o m as m ã o s a t é q u e b r a r n o n o v a m e n t e o p a p e l d e filho.
ü Dr. B r e n o e n t r a c o m o r e p ó r t e r e o m e n i n o d e 12? E n t ã o eu fico m u i t o ner- m e i o . E s f r e g a as d u a s m e t a d e s p r o d u z i n d o (Marcos volta para falar c o m o dr.
f o t ó g r a f o . O Dr. J a i r j á está lá. O r e p ó r t e r voso. um som que mistura a gritaria até o final Breno)
liga o g r a v a d o r e n q u a n t o Luiz a g r i d e o d r . E d u a r d o pega o microfone. de sessão. M a r c o s - Posso d i z e r só m a i s u m a
Breno. E d u a r d o (como repórter de rádio) - D r . B r e n o (para o Repórter, se referin- eoisinha no microfone? T c h a u , doutor
Luiz - Se você n ã o t i r a r esta b a r b a f e i a . Agora nós v a m o s f a z e r u m a e n t r e v i s t a c o m d o a o c o m p o r t a m e n t o b a r u l h e n t o de Wer- Breno, e adeus.
nós v a m o s a c e r t a r u m tiro b e m n o m e i o d a o s e n h o r N a p o l e ã o Boa P i n t a . (Dirige-se ner) - Q u a n d o ele c o m e ç o u o t r a t a m e n t o ,
cara do senhor. a Luiz) Quais s ã o s u a s p r i m e i r a s i n t e n - não esboçava qualquer reação perante
Dr. B r e n o - Por q u ê ? P r i m e i r o v a m o s ções. seu N a p o l e ã o ?
d a r b o a noite. Eu a i n d a n e m c h e g u e i Luiz - vai t o m a r b a n h o , x a r o p e !
E d u a r d o - Nós e s t a m o s f a l a n d o di-
q u a l q u e r a t a q u e d o s o u t r o s , q u e b a t i a m e.
g o z a v a m na c a r a dele. O s i m p l e s f a t o d o jornal da cidade
direito. W e r n e r a g o r a e s t a r p r o d u z i n d o estes s o n s
I.urz (' om o d e d o e m riste para o psi- r e t a m e n t e d o i n f e r n o . O q u e o s e n h o r t e m já é u m p r o g r e s s o . Além d e q u e ele e s t á
quiatra) Se n ã o t i r a r . nós d a m o s u m j e i t o a d i z e r . N a p o l e ã o Boa P i n t a ? P o r q u e e s t á se c l e l e n d e n d o d o s c o m p a n h e i r o s . Q u e r
nisto. assim t ã o n e r v o s i n h o ? H e i n . c o n t a a q u i ver uni o u t r o c a s o ? A m ã e d e M a r c o s
1. II mentira da propaganda
0 d r . B r e n o e o d r . Jair se o l h a m en- p r a nós? p e g o u ele f a z e n d o t r o c a - t r o c a c o m o u t r o s
q u a n t o as o u t r a s sete c r i a n ç a s apoiam R e p ó r t e r - O q u e é q u e você t e m ? C o n - e. c o m o e r a d e se e s p e r a r n u m a m ã e classe
2 . 0 escândalo do sistema d água
3. DNOS defende barragem
Luiz. I o d a s g r i t a m j u n t a s e c e r c a m o d r . ta p r a nós. E d u a r d o . m e d i a , ela r e p r i m i u - o v i o l e n t a m e n t e , i' •
4. E se tivesse arrombado ?
Breno. p u x a n d o a barra da camisa, E d u a r d o - N ã o sei. n i n g u é m s a b e . É Depois trouxe o m e n i n o aqui p e d i n d o p a r a
d a n d o socos e m s u a b a r r i g a . Todas - um m i s t é r i o total. N e m C h e r l o q u e R o l m e s f a z e r c o m ele u m t r a t a m e n t o p a r a " c u r a r
C o r t a ! C o r t a ! P a u nele ! Se n ã o c o r t a r a c o n s e q u e resolver. o liomossexualismo". O - m e n i n o começou
b a r b a vai Se a z a r a r ! C o r t a ! Repórter - Nem o dr. Breno? a f r e q ü e n t a r as sessões n ã o p a r a isto, m a s
1 )r. B r e n o (se livrando das crianças) E d u a r d o - Não. ninguém. É um troço p a r a aliviar toda a c a r g a r e p r e s s i v a q u e se
O l h a . hoje vocês vão c u r t i r u m a d i f e r e n - muito complicado. a c u m u l o u d e n t r o dele.
te.... T o d o s v o l t a m as a t e n ç õ e s p a r a a R e p ó r t e r - Q u e m d e v e r i a f a z e r psi-
As c r i a n ç a s f i c a m c u r i o s a s . m á q u i n a d o f o t ó g r a f o . Cássia p e d e p a r a c o t e r a p i a s ã o os p a i s d e s t a s c r i a n ç a s .
I o d a s - Q u e - é . h e i n . d o u t o r , q u e é? ele b a t e r u m a s fotos d e p e r f i l e d e f r e n t e . Q u a n d o é q u e você c o m e ç o u c o m psi-
Dr. B r e n o - Estes dois r a p a z e s s ã o T e m c a b e l o s c r e s p o s e longos, a m a r r a d o s coterapia infantil?
r e p ó r t e r d e u m j o r n a l z i n h o e v i e r a m f a z e r c o m u m a lita v e r m e l h a . C a m i n h a c o m Dr. B r e n o - Foi n o H o s p i t a l C e n t e -
u m a e n t r e v i s t a c o m vocês. Este a q u i é o passos m e d i d o s , r e q u i n t a d o s : o l h a os n á r i o . e m S ã o P a u l o , m a i s ou m e n o s dois
Hilton e este é o D o m i n g o s . companheiros com ar de superioridade. a n o s e m e i o . Lá c u r e i u m a p o r ç ã o d e
R o b e r t o - Vocês são r e p ó r t e r e s , m e s - O s dois p s i q u i a t r a s p e r m a n e c e m s e n t a d o s , criúnças asmáticas. Cheguei a conclusão
mo? observando-os. de que a asma não é nada mais que uma
R e p ó r t e r - sim. Você n ã o a c r e d i t a ? R e p ó r t e r - O u v i d i z e r q u e você q u e r i a reação da criança, uma reação somática
R o b e r t o - E n t ã o d e i x a eu ver a c a r - f u g i r d e c a s a p a r a vir a q u i . . . do processo de repressão psicológica.
teirinha. R e g i n a - É . m a s d e p o i s eu p e d i p r a I o d a s as c r i a n ç a s a g o r a e s t ã o alvo-
R e p ó r t e r - E s t á na m i n h a b o l s a , lá e m m i n h a m ã e . d i r e i t i n h o . e ela d i s s e q u e e s t á roçadas. batendo fotografias. O Jornal da C i d a d e , do Recife, n a s c e u
c i m a . Se q u i s e r eu vou b u s c a r . b o m . p o d e ir m a s volta d e p r e s s a . E eu vim D r . B r e n o (volta-se para as crianças) - e m n o v e m b r o do a n o p a s s a d o , e m cinta da
De r e p e n t e , t o d o s se v o l t a m p a r a o c o r r e n d o . B o m . já s ã o nove h o r a s , v a m o s ver se a ses- c a m p a n h a eleitoral. E fez u m a cobertura
r e p ó r t e r , f u ç a m o bolso d a c a l ç a e g r i t a m Rep órter - Sozinha? são dc hoje a c a b a . tão b o a , q u e não teve outra saída se n ã o
ao m e s m o t e m p o . R e g i n a - S o z i n h a . M a s logo q u e eu saí Marcos— D o u t o r B r e n o , m i n h a m ã e melhorar c a d a vez m a i s . " A c a b o u ga-
I o d a s - M e n t i r a ! P a l h a ! Eles n ã o s ã o ela pediu p r a m i n h a tia vir a q u i . Ela e s t á m a n d o u eu m e d e s p e d i r d e t o d o s os n h a n d o u m a ijnportância maior d o q u e
r e p ó r t e r coisa n e n h u m a ! M o s t r a a c a r - lá c m c i m a m e e s p e r a n d o . a m i g o s e a v i s a r o s e n h o r q u e eu n ã o v e n h o sua estrutura: deu u m a trabalheira in-
l e r i n h a ! M o s t r a q u e eu q u e r o ver! R e p ó r t e r - P o r q u e você g o s t a d e vir m a i s na p s i c o t e r a p i a . crível m a n t e r o ritmo e q u a l i d a d e " , diz
a q u i ? O q u e você t e m . a l g u m p r o b l e m a ? seu editor Ivan Maurício, 24 a n o s , tam-
Regina- N ã o t e n h o n a d a . N ã o sei. bém correspondente tio M o v i m e n t o e m
Eduardo (entra no m e i o da conversa Pernambuco.
entre o repórter e Regina) - Você s a b e o Média de idade da redação: 22 a n o s .
q u e eu g o s t o d e l a z e r d e n o i t e ? A s s i s t o S e g u n d o Ivan, os m e n i n o s t r a b a l h a m
n o v e l a . ' o " ' B r a v o " ! M a s c o m o eu t e n h o m u i t o , g a n h a m p o u c o , m a s estão sedi-
q u e a c o r d a r c e d o p a r a ir p r a escola, m i n h a m e n t a n d o um j o r n a l i s m o h o n e s t o no
m ã e q u a s e n ã o d e i x a eu llcar a s s i s t i n d o a Nordeste. O tablóide tira 3 mil e x e m p l a r e s
novela. dc 20 p á g i n a s por s e m a n a . A distribuição
e própria.
Ex-14 salada •SKALIDADE:
13
Menor Conto
b u r a c a d o s d e b a l a s e - logo d e p o i s - os tração de estrangeiros onde fiquei duas
evacuações eram feitas todo m u n d o ca-
stukas e messerehmidt partindo para a semanas e lugi. Eu e mais 2 amigos. O
minhando em fileiras 11a estrada e foi
Que o Ex
Polônia, cm r e p r e s á l i a . plano era a gente passar a guarda de
quando eu aproveitei para tentar uma
segurança c depois sumir num bosque. E
-- Não c isto! c o n t a A l e x a n d r e . - Foi a fuga. Eram fileiras e fileiras de gente
Já Recebeu
deu: corremos até acabar o fôlego. Quan-
aviação d e Hitler q u e b o m b a r d e o u c i d a d e s agonizando, morrendo pelo caminho, que
do o Io lego acabou, subimos numa árvore.
a l e m ã s p a r a dizer q u e e r a m os poloneses e .nenhum ffline j a m a i s vai apresentar.
A maior árvore. Ficamos lá eni cima eu e
atacar! Acho que não vai passar um filme destes,
Fala c o m raiva e se l e v a n t a :
meus 2 amigos e 1.5 ou 20 minutos depois,
vai? Até que fomos para um c a m p o que se Frágil como um amendoim
de baixo dc nós, ficou coalhado de sol- quando se vê sem casca e urria lín-
-- Agora, vamos. Não quero mais ver chamava Buchenvvald e fui para os tra-
.lados (pie uao nos viram. Ficaram pro- gua molhada começa a conduzí-lo
estas porcarias. balhos forçados. As vezes, de m a n h ã , eu
curando o dia inteiro, a noite inteira. Só na
Ao s a i r m o s d a sala de projeções.
noite seguinte arriscamos descer de lá.
abria a porta do barracão onde dor-' por caminhos desconhecidos. As-
M a r i a n n e - a m o ç a q u e auxiliou a r e a l i z a r miamos c linha pilhas e pilhas de gente sim ela andava naquela tarde.
Descemos e fomos c a m i n h a n d o para a
o s e m i n á r i o - nos c h a m o u : morta - assim c o m o q u a n d o você abre a
cidade mais próxima. K dai fui parar eni
poria de uni depósito de batatas e vê
Os passos eram pequenos e
- - Q u e r o q u e fique b e m c l a r o q u e n ã o
e s t a m o s q u e r e n d o lazer p r o p a g a n d a
Budapeste. Eu ainda linha alguni dinheiro
toneladas de batatas empilhadas. Mi-» rápidos.
que havia recebido na fábrica e fui tra- Alguma coisa molhada lhe
nazista. E n t e n d a isto. lliares de cadáveres que naquele dia iriam
balhai'com o negócio de lios. Ganhei mais
Alexander. duro: dinheiro. I m dia, em março de 1944,
para o crematório. roçou a nuca e ela foi engolida.
— Eu sei, eu sei. Era quase o flni da guerra, em 1945.
deram uma batida num bar, me pren- José Eduardo M e n d o n ç a
--Só q u e r e m o s m o s t r a r as pessoas c o m o l oram 11 meses de prisão. Q u a n d o es-
deram c levaram de volta para o m e s m o
os n a z i s t a s f a z i a m p u b l i c i d a d e . O Ber- capei de lá, pesava apenas 36 quilos.
campo.
nádet deixou isso na c a b e ç a d e t o d o s os Quando entrei, estava com 65. Então, eu
que estão p a r t i c i p a n d o d o s e m i n á r i o . Contratei um advogado para tirar dc lá, era pele e osso, mal podia caminhar. Foi
- Veja aqui, moça - fala Alexander legalmente. Eu estava com dinheiro c pen- quando percebemos que alguma coisa es-
arregaçando a manga do paletó e mos- sei: "com dinheiro, c o m o em lodo o lugar tiva mudando. Eu prestava muita atenção
trando a ela um número gravado no braço do mundo, resolvo esle caso". Mas os sol- nas pessoas que trabalhavam na cozinha,
eu conheço muito bem este tipo de coisa. dados da guarda haviam sido trocados por . rain mais gordos, certamente porque
Sei i|iie vores nau (|ucrcm lazer publi- outros de uniforme prelo , mais duros que íiabalhavam com a contida. U m a tarde,
cidade do nazismo. Então, por (|ue não os outros. Foi q u a n d o os alemães resol- parei para observar aqueles felizardos,
mostram filmes dc c a m p o de concen- veram ocupar a Hungria e não eram mais pela porta da cozinha. Dc repente, saíram
'lac.in.' I W <|uc ficam apenas mostrando o húngaros que m a n d a v a m . Dia 11 dc oiTcndo. Fu pensei: "Se eles estão co-
'ilmcs dc publicidade na/.ista? Acho que maio dc 19 44 nos colocaram naqueles 1 rendo para aquele lado c porque deve ser
sc passar estes filmes na televisão , iodos vagões dc transportar gado - 150 ou 200 i oisa boa", i resolvi sair correndo a l i á s
14
Voee
Grande mas
naõ &
e
Povo.
comicus
EXPOSIÇÃO ABERTA A VISITAÇAO DE BRASILEIROS:
Ex-14
O P R O J É T I L que fulminou o ex-Presidente Vorgai AS DEFORMAÇÕES constatadas m u l t a m do fato TESTES periciais demonstraram que o projétil foi
de ter a balo atingido partes ósseas do suicida. realmente expelido pelo " C o l t " do Presidente.
foi fotografado d . todos o» ângulos pelos perito..
6, Fevereiro, 1955.
O association c o n t i n u a a i m p o r o seu
r e i n a d o , dai o t u m u l t u a n t e c e n á r i o que
c s t a v a m o s v e n d o n o p r ó p r i o d a munici-
p a l i d a d e . A t r a n s c e d e n t a l i m p o r t â n c i a do
cotejo a u g u r a s o m b r i a s previsões no te-
r r e n o esportivo e disciplinar. Daí. esperar-
mos t u d o desse Derby. E v a m o s a ele den-
tro d o escassíssimo t e m p o hábil q u e dis-
p o m o s p a r a redigir esta depretenciosa
crônica.
II »f" "•1TTTTTT
WÊÊ S u r g e o P a l m e i r a s , com camisetas
mi
**
a / u i s - a n i l . U m a r e c e p ç ã o m o r n a . Mas em
s e g u i d a , senhores, e n t r a n d o pelo outro
MIHM^MHiiNi túnel, eis q u e surge o alvi-negro de Unifor-
m e novinho. E s t o u r a u m m o r t e i r o que
f r a n c a m e n t e p o d e e s b o d e g a r os ouvidos do
público. E. por q u e n ã o dizer os nossos
também.
O P a l m e i r a s c o m e c a p r e j u d i c a d o . Vai
j o g a r c o n t r a o vento q u e b a t e forte con-
tra a m e t a dos portões m o n u m e n t a i s , que
será d e f e n d i d a pelo a r q u e i r o Laércio.
M a s . eis q u e o cotejo tem o seu início, com
D e m a p a s s a n d o p a r a o J a j á Rosa Pinto.
Ele m a n o b r a pelo meio e t e n t a de longe
um tiraço p a r a a m e t a de G i l m a r . Mas o
tiro sai f o r a . torto.
Rafael recebe u m a bola no bico direito
da g r a n d e área. E e x p l o d e um centro. Sal-
t a m vários j o g a o r e s . m a s um deles, no
meio de todos, coloca a bola. com o co-
c o r u t o . p a r a o f u n d o d a s redes de Laércio.
É L u i s i n h o . o P e q u e n o Polegar. o autor do
gol. aos 11 m i n u t o s d o p r i m e i r o tempo. A
m a s s a t o r c e d o r a está f a z e n d o u m a grande
festa.
O prélio e s q u e n t a com o gol d o Corin-
lians. M a s G i l m a r está e m b o l s a n d o tudo.
H u m b e r t o nos p a r e c e nervoso, perdendo
c h a n c e s m u i t o b o a s p a r a s u a s cores. Q u e m
esperava u m a p o r f i a violenta, está se en-
g a n a n d o . E p a ! Assim foi q u e i m a r a lín-
g u a : n ã o é q u e o L i m i n h a a c a b a de d a r
um p o n t a p é sem bola no H o m e r o ?
Aos 25 m i n u t o s t e m o s u m a invasão do
g r a m a d o . São guardas-civis. repórteres,
fotógrafos. U m episódio d e s a g r a d á v e l , que
aos poucos é c o n t o r n a d o . M u i t o nervosis-
m o . m a s n ã o há n a d a grave a t o l d a r a at-
m o s f e r a -animada d o Derby.
Nota-se u m a p r e o c u p a ç ã o m u i t o gran-
de d a defensiva alvi-negra: evitar faltas
p e r t o d a á r e a . T e m e m a violência do
p e t a r d o d e J a j á Rosa Pinto. M a s . surge
•tinia boa c h a n c e p a r a o P a l m e i r a s . Idário
toca a c i d e n t a l m e n t e com a m ã o na bola e
o juiz E s t e b a n M a r i n o assinala h a n d s . Jair
r
. e x p l o d e o tiraço, m a s G i l m a r voa e cede
„ o e n o n z o / escanteio.
IV CENTENÁRIO.
A e t a p a inicial t e r m i n a c o m a van-
t a g e m no p l a c a r de 1 a 0 p a r a o C o r í n t i a n s
P a u l i s t a . A i m p r e s s ã o q u e ficou é q u e o
vento a j u d o u m u i t o o t i m e comandado
pelo jovem e p r o m i s s o r O s v a l d o B r a n d ã o .
Um Lídimo Campeão
dade. Cação falha, é desarmado, e Rafael
lica s o z i n h o com Laércio. Q u e r se
aproximar demasiado para a conclusão e
dá t e m p o p a r a q u e o a r q u e i r o se atire aos
seus pés d e s t r u i n d o a -grande c h a n c e d e S a n g u e , suor e l á g r i m a s , eis o p r e ç o d o PAU—DE—SEBO I.ocal - E s t á d i o M u n i c i p a l d o P a c a e m b u .
vitória. Laércio se m a c h u c a e o prélio vive Derby. F i c a r a m as l á g r i m a s p a r a uns e o Juiz - F.stebari M a r i n o
s a n g u e se c o n v e r t e r i a em j o r r o s d e j ú b i l o 1) - C o r i n t h i a n s - c a m p e ã o - 10 P.p.
seus ú l t i m o s m o m e n t o s de m o n u m e n t a l Gols - Luisinho. aos 11 d o I o . e Nei. aos 5
p a r a o u t r o s . Foi a m u i t o c u s t o q u e este 2) - Palmeiras. - 13
expectativa, até o a p i t o final d e E s t e b a n do 2 o .
r e p ó r t e r c o n s e g u i u a l c a n ç a r os c a m a r i n s , 3) - São P a u l o - 15
Marino. R e n d a - 1.233.055 cruzeiros.
invadidos por u m a verdadeira onda. 4) - S a n t o s - 18
C o r i n t h i a n s , C a m p e ã o d o 4 ° . Cen- l imes - C o r i n t h i a n s : G i l m a r . H o m e r o e
humana. - P o r t u g u e s a de D e s p o r t o s - 22
tenário da c a p i t a l b a n d e i r a n t e ! A l a n ; Idário. G o i a n o e R o b e r t o ; C l á u d i o .
No l a d o alvi-negro, o m á x i m o m e n t o r 6) - XV d e Jaú - 25
O q u e a c o n t e c e neste final é a l u c i n a n t e Luisinho. B a l t a z a r . Rafael e S i m ã o . Téc-
d o clube. A l f r e d o Inácio T r i n d a d e , exul- 7) - G u a r a n i - 26
c apoteótico. Os jogadores corinthianos nico: O s v a l d o B r a n d ã o . P a l m e i r a s : Laér-
tava. Rafael d e s m a i o u , G i l m a r e r a o m a i s 8) - P o n t e P r e t a - 27
saltam d e j ú b i l o , a l g u n s arrancando cio. M a n u e l i t o e C a ç ã o ; Nilo. F i u m e e
c u m p r i m e n t a d o . O solerte L u i s i n h o . a u t o r 9) - Linense - 31
c a m i s e t a s , ao p a s s o q u e a m a s s a t o r c e d o r a D e n t a : L i m i n h a . H u m b e r t o . Nei, Jair da
d o gol. n ã o cabia em si d e alegria. O 10)- Sao Bento, Noroeste e 15 d e Piraci-
i m p e t u o s a , viola o a l a m b r a d o s e festeja os Rosa Pinto e Rodrigues. T é c n i c o : A i m o r é
p r ê m i o pela c o n q u i s t a d o título foi logo c a b a - 32
campeões. Moreira.
a n u n c i a d o : 100 mil c r u z e i r o s p a r a c a d a 1 1 ) - J u v e n t u s - 33
plaver. 12) - I p i r a n g a - 36 T e x t o de José T r a j a n o . nosso e n v i a d o
especial à edição de A G a z e t a Esportiva de
No l a d o alvi-verde. o t é c n i c o A i m o r é GOLEADORES 8 de fevereiro de q u e vendeu 203.040
M o r e i r a dizia q u e o prélio foi d i s p u t a d o exemplares!!
ardorosamente. Humberto se queixa 1) - H u m b e r t o ( P a l m e i r a s ) 36
d a f a l t a de sorte, q u a n d o a bola b a t e u n o 2) - G i n o (São Paulo) - 18
seu joelho e ele n ã o p o d e finalizar, f r e n t e a 3) - O s v a l d i n h o ( P o r t u g u e s a ) , R o d r i g u e s
f r e n t e com G i l m a r . L i m i n h a elogiava a ( P a l m e i r a s ) e A m o r i n (Juventus) - 15
atuação do arqueiro corintiano, dizendo
q u e "ele d e f e n d e u n ã o sei c o m o a c a b e - TRAJETÓRIA DO CAMPEÃO
ç a d a q u e dei com e n d e r e ç o c e r t o " .
C o r i n t h i a n s - 25 jogos, 17 vitórias, 6 e m -
Pelas r u a s da noite e n l u a r a d a de 6 de pates e 2 derrotas.
fevereiro de a legião d e a d e p t o s d o
c h a m a d o c l u b e d o povo invadiu e alegrou N Ú M E R O S DA PORFIA
a m e t r ó p o l e , d a n d o j u s t a e x p a n s ã o ao seu
j ú b i l o pela histórica c o n q u i s t a d o título d e Sport C l u b e C o r i n t h i a n s 1 x S o c i e d a d e Es-
" C a m p e ã o dos Centenários". portiva P a l m e i r a s 1.
Os censores deste
jornal recomendam:
use calças e
camisas do
Jeans Store.
São Paulo: Alameda Lorena, 718; Rua Iguatemi, 455; Alameda Jaú, 1423; Rua Maria Antônia, 116; Rua Princesa Isabel, 235 - Brooklin; Shopping Center Continental - Osasco.
Rio: Rua Santa Clara, 50 - Copacabana; Rua Visconde de Pirajá, 82 - Ipanema.
BRASIGUAY
Ex-14
SSIIl
teiras agrícolas do mundo; em suas de vida. e n c o n t r e i a o vivo o c e n á r i o e as
terras estão ainda pontos turísticos
histórias c o n t a d a s pelos p i o n e i r o s , sejam
grandiosos, como as cataratas do Iguaçu
e Sele Quedas; e ambiciosos projetos em d e U m u a r a m a . P a l o t i n a ou G u a í r a .
Ü Ü execução: represas, extração de ferro de E s t r a n h a t a m b é m a s e n s a ç ã o de ver
Yltitúm lliolivia), exploração de gás em c o m o o povo a n d a . S u a a v e n t u r a é do
SSVÍIÍÍ
>
II Santa C ru/ Boliviai, ja/.idas de minérios
(La Paz L . •.. l• \ina/oma), 'estradas e pontes de leste a t a m a n h o d e sua t r a g é d i a . O h o m e m não
©•"tf oeste. " p a i s " foi descoberto pelos e n c o n t r a m a i s lugar, a t e r r a está toda
repórteres Hamilton Almeida Filho, o c u p a d a , v a l o r i z a d a , d e leste p a r a oeste.
Mário de Andrade e Leonardo Santos, numa Já c o n s t r u i u as c i d a d e s , já p l a n t o u , colheu.
BOLÍVIA reportagem para o lançamento do jornal
I'.moram.i. de Londrina. PR, em março.
O t e m p o p a s s o u , a t e r r a c a n s o u e a fome
d o m u n d o a u m e n t o u . O e s p a ç o , q u e era
• e n o r m e . Ilcou p e q u e n o p a r a as g r a n d e s
p l a n t a ç õ e s , p a r a as m á q u i n a s q u e vieram
substituir o homem p i o n e i r o (a c o r r i d a
pela m e c a n i z a ç ã o c o m e ç o u e m 1 % 8 e
a l i m e n t o u com o II P l a n o N a c i o n a l de
Desenvolvimento, q u e q u e r r e e d i t a r no
Brasil a " e c o n o m i a d e m e r c a d o " , ao estilo
dos L s t a d o s U n i d o s , t a m b é m n o c a m p o ) .
Pode-se n ã o s a b e r p a r a q u e serve a
Asunción soja. m a s é preciso p l a n t á - l a j u n t o com o
trigo, p o r q u e o c a f é n ã o a l i m e n t a m a i s
n i n g u é m . Não c o n t e n t e d e t o m a r o c a m p o
( s c a l e / a i s estão i l h a d o s por seu verde
claro), a soja invade n a s c i d a d e s os q u i n -
tais. p r a ç a s e até c e m i t é r i o s .
A p e q u e n a p r o p r i e d a d e n ã o serve p a r a
o boi. o g a d o . M a s o g a d o serve p r a se-
g u r a r a terra c a n s a d a , d á m a i s lucro.
( DiiKi eu ouvi isso: " O n d e e n t r a o boi sai o
ARGENTINA h o m e m " . Viajei o c a m i n h o d o colono, via
.1 história m u d a n d o . O m i n i f ú n d i o d o c a f é
na. d a n d o m a i s p a r a a u m e n t a r as t e r r a s
Santiago com o lucro de u m a s a f r a . Assisti à m o -
r > w i m n i a ç a dos novos d o n o s d a s t e r r a s , os
Montevidéu t a / e n d e i r o s de g a d o . os p l a n t a d o r e s d e
Buenos Aires MATO GROSSO
MINAS GERAIS -oja c trigo, voltados p a r a a c o t a ç ã o d o
m e r c a d o i n t e r n a c i o n a l . Só eles c o m di-
José <lo Rio Prcti nheiro p a r a a a v e n t u r a d e a g o r a nessas
terras já c o l o n i z a d a s : P a r a n á , celeiro d o
I Porto Murtinhi^^ 'Araçaluha• Caianduva n'
mundo.
I Bola Vis« Dou„dos SÃO PA LU. O
Seja n o d e s a b a f o d e u m p e ã o na ro-
doviária d e G o i o e r ê ( " u m dia l a r g o t u d o
isso e vou e m b o r a p a r a o P a r a g u a i " ) , ou
na h i s t ó r i a o u v i d a n a s t e r r a s d e s a p r o -
priadas do Parque Nacional do Iguaçu:
— A G u a r d a Florestal p e n s o u q u e o
M á r i o V e r m u t h é q u e m t i n h a feito u m a
q u e i m a d a . . E n t ã o p r e n d e r a m e levaram
p a r a o m a t o e fizeram q u e i a m f u z i l a r , só
p r a a s s u s t a r . Ele ficou c o m raiva, largou
t u d o e foi e m b o r a p a r a o P a r a g u a i .
De t o d a s as f o r m a s , c o m t o d a s as
n u a n e e s . se ouve f a l a r n o ê x o d o .
As h i s t ó r i a s d e pioneiros, a e n t r a d a na
m a t a , t u d o isso n ã o q u e r d i z e r m a i s n a d a
110 oeste d o P a r a n á . Se a i n d a h á a v e n t u r a
n a s t e r r a s d o l a d o d e cá d o P a r a n a z ã o . é
u m a a v e n t u r a q u e e m p u r r a m u i t a gente.,
Palotina. "capital mundial da soja",
aos 11 a n o s d e i d a d e , vai p r o d u z i r em 75 2
m i l h õ e s e 100 mil s a c a s . P a d r e José, e x -
vigário d e P a l o t i n a , c o m p l e t a a infor-
mação:
— N o a n o p a s s a d o . 2.500 f a m í l i a s se.
m u d a r a m d e P a l o t i n a p a r a o P a r a g u a i . Já
tivemos 6 0 mil h a b i t a n t e s , a g o r a t e m o s só
55.
É o B r a s i g u a y , u m país d e f u t u r o . N ã o
sei. m a s se n ã o houvesse os A n d e s , eu d i r i a
q u e esse povo a c a b a c a i n d o n o Pacífico.
Hamilton Almeida Filho
Ex-14
A a g r i c u l t u r a b r a s i l e i r a deve c r e s c e r " f a r e l o " , s u b p r o d u t o d o óleo (2,4 m i l h õ e s a g r o p e c u á r i o s d o R i o G r a n d e d o Sul, e m As á r e a s d e s o j a ficam n a s z o n a s ti-
'/o ao a n o nos p r ó x i m o s 5 a n o s ; é e s t a a de toneladas), t a m b é m exportado na p l e n a z o n a misionera, os p r e ç o s m é d i o s j á p i c a m e n t e d e m i l h a r a i s ; m a s n o Brasil o
cta d o 11 P l a n o N a c i o n a l d e Desenvol- maior parte. e s t ã o e m t o r n o d e $ 8 . 0 0 0 o h e c t a r e (O milho é u m a cultura de muita m ã o de obra
imento ( P N D ) (dia 15 d e a g o s t o o m i n i s - C o m p r e e n d e - s e q u e o cultivo d e soja G l o b o , Rio, 3 d e m a r ç o d e 1975). e difícil m e c a n i z a ç ã o . E n t ã o o m i l h o foi
o Paulinelli a d m i t i u q u e e s t a m o s cres- para exportação tenha provocado no No U r u g u a i , e n t r e t a n t o , os j a p o n e s e s s u b s t i t u í d o . Isso r e p e r c u t e g r a v e m e n t e n a
:ndo m e n o s d e 7%-NR). P a r a isso, os Brasil u m a u n i ã o d e e s f o r ç o s - c r é d i t o s c o m p r a r a m 22 mil h e c t a r e s e n t r e L a g u n a produção de suínos d a zona; a suinocul-
tores de p r o d u ç ã o t a m b é m d e v e m cres- governamentais, investimentos privados, Negra e o Atlântico a 400 dólares t u r a r e a l m e n t e p r o d u t i v a e s t á n o sul, e
;r: 14°/d e m f e r t i l i z a n t e s e 15% e m m a - e n o r m e p r o v i s ã o d e i n s u m o s - q u e pos- ($3.200) o h e c t a r e (El Pais, M o n t e v i d e u , 15 t o d o s os e x c e d e n t e s d a p r o d u ç ã o d e m i l h o
m a r i a agrícola e n t r e o u t r o s i m p l e m e n - s i b i l i t a r a m a m p l i a r as á r e a s c u l t i v a d a s e de j a n e i r o ) e n o n o r t e e n o r o e s t e o p r e ç o do P a r a n á , Santa Catarina e Rio G r a n d e
ocupar novas terras em pouco tempo. •chega a 200 d ó l a r e s o h e c t a r e . N ã o é d o Sul p a r a lá se d e s t i n a m . D e a l g u n s a n o s
Há d u a s b o a s r a z õ e s p a r a se p e n s a r P a r a se ter u m a p e q u e n a idéia d o q u e é demais pensar desde já no incentivo q u e p a r a c á , o Rio G r a n d e d o Sul teve d e c o m -
jue o d e s a f i o d e a u m e n t a r a p r o d u t i v i d a d e a m o v i m e n t a ç ã o d o g r ã o . b a s t a ver esta p o d e m s i g n i f i c a r p a r a as e m p r e s a s b r a - prar milho do Paraná para manter o
ode ser c u m p r i d o . A p r o c u r a m u n d i a l d e notícia d o Correio do P o v o - P o r t o Alegre. sileiras essas t e r r a s férteis, p l a n a s e s e m m e l h o r r e b a n h o d e p o r c o s d o Brasil. Já se
creais e o l e a g i n o s o s vai c o n t i n u a r firme, 22 d e j a n e i r o : " O s u p e r i n t e n d e n t e d a b o s q u e s , a tais preços. começa a notar a q u e d a na produção de
pesar d a s f l u t u a ç õ e s de p r e ç o d e a l g u n s Rede Ferroviária Nacional afirmou que p o r c o s , p r o b l e m a sério p a r a a d i e t a po-
rodutos. E a b a l a n ç a d e p a g a m e n t o s não h a v e r á p r o b l e m a s p a r a o t r a n s p o r t e pular do brasileiro (arroz-feijão-toucinho).
E m síntese: a m o d e r n i z a ç ã o agricola
rasileira r e q u e r d o s e t o r a g r í c o l a e x p o r - d o p r o d u t o . S e r ã o u t i l i z a d o s 3 mil e 2 0 0
brasileira centraliza-se na z o n a do alto A zona de gado era, principalmente, o
íções n o valor d e 5 b i l h õ e s d e d ó l a r e s p o r vagões p a r a t r a n s p o r t a r os 4 m i l h õ e s d e
Uruguai, Iguaçu e oeste do Paraná e se Rio G r a n d e d o Sul; a g o r a está d e c a i n d o e
no. e n t r e p r o d u t o s p r i m á r i o s e i n d u s - t o n e l a d a s q u e se p r o d u z i r ã o n o Rio G r a n -
baseia na m o n o c u l t u r a m e c a n i z a d a da se d e s l o c a a t é o l u g a r q u e lhe d e r a m : n o
•ializados. d e d o Sul e os 3 m i l h õ e s d o P a r a n a . No Rio
soja. Atinge, pois, necessariamente, tam- Norte, em t e r r a s m e n o s férteis, c u j a s p a s -
G r a n d e d o Sul c h e g a r ã o ao p o r t o d e Rio
bém as zonas fronteiriças c o m Paraguai e t a g e n s são e n r i q u e c i d a s c o m f e r t i l i z a n t e s .
Assim, a e x p a n s ã o agrícola brasileira G r a n d e , e n o P a r a n á , a o d e P a r a n a g u á . Se
Argentina. Porque não pode haver gado em terras
ào é para atender o c o n s u m o interno e n ã o e n t e n d e r a m : . t u d o o q u e tiver r o d a
q u e valem m a i s d e $ 8 . 0 0 0 o h e c t a r e
m para a u m e n t a r as exportações. será p o s t o em c i r c u l a ç ã o "
quando, usadas para cultura de alimentos
O cultivo d a soja é m u i t o p r á t i c o , d e O cultivo p o d e ser a l t e r n a d o c o m o básicos.
P a r a c o n s e g u i r isso sem reforma fácil a d a p t a ç ã o e m c l i m a s t e m p e r a d o s . trigo, pois seus ciclos vegetativos são c o m -
N ã o é d e m a i s p e n s a r , p o r t a n t o , n o uso
agrária, o Brasil p r o c u r o u u m a s a í d a O cultivo c o m e ç o u a se e x p a n d i r n o p l e m e n t a r e s e as m e s m a s m á q u i n a s ser-
q u e a i n d a ' s e faz d a s t e r r a s a r g e n t i n a s e
lipicamente c a p i t a l i s t a : a m o d e r n i z a ç ã o Brasil a p a r t i r d o p l a n a l t o m é d i o d o Rio vem p a r a s e m e a r e c o l h e r u m e o u t r o .
u r u g u a i a s , o n d e z o n a s d e solos p r o f u n d o s
ia a g r i c u l t u r a e m t o d o s os níveis e e m G r a n d e d o Sul, p r o v a v e l m e n t e a ú n i c a C o m o se s a b e , o f a t o r m a i s s i g n i f i c a t i v o
e a l t a m e n t e , férteis c o n t i n u a m d e d i c a d a s à
todas as regiões. B e m . n o c e n t r o - n o r t e n ã o m a n c h a d e t e r r a s p r o f u n d a s e férteis, s e m nos c u s t o s d e u m a a g r i c u l t u r a m o d e r n a é
pecuária extensiva e a invernadas em cam-
há á r e a s p a r a i n v e s t i m e n t o s r e a l m e n t e florestas, d e t o d o seu e n o r m e t e r r i t ó r i o . a m e c a n i z a ç ã o ; a o u t i l i z a r os m e s m o s
po natural.
lucrativos c o m i n s u m o s m o d e r n o s , p r ó - Nesses l u g a r e s (Cruz A l t a , C a r a z i n h o , etc) t r a t o r e s , a r a d o s , s e m e a d e i r a s e colhe-
prios p a r a t e r r a s férteis; salvo alguns o trigo c h e g o u p r i m e i r o , nos a n o s 40. d e i r a s , o c u s t o cai s e n s i v e l m e n t e .
grandes p r o j e t o s específicos - f l o r e s t a l na As c o n s e q ü ê n c i a s sociais d a expansão
Q u a n d o essa " m a n c h a d e t e r r a " foi A modernização resulta de iverdadeiro da soja estão ligadas à e x p u l s ã o dos cam-
Amazônia, g a d o e m G o i á s e M a t o G r o s s o t o t a l m e n t e o c u p a d a , os r e c e n t e s em- " p a c t o s o c i a l " e n t r e os g r a n d e s p r o - poneses minifundistas e à substituição de
não há m a i s n a d a . p r e s á r i o s d e s i s t e m a soja trigo, fortale- p r i e t á r i o s d a t e r r a e os d o n o s d a m a - alimentos básicos.
Por isso, a m o d e r n i z a ç ã o esta c o n c e n cidos, p e n e t r a r a m n a " n o v a c o l o n i a " d o q u i n a r i a . Por t r á s desse " p a c t o " e s t ã o ,
trada na região sul: n e s s a á r e a q u e é, p a r a Rio G r a n d e d o Sul - M i s i o n e s e A l t o e v i d e n t e m e n t e , os g r a n d e s c o n s ó r c i o s in-
o s p l a t i n o s , o " p r ó x i m o s u l " b r a s i l e i r o . Aí O ê x o d o r u r a l d o sul d o Brasil o c o r r e
U r u g u a i - o n d e os d e s c e n d e n t e s d o s ternacionais fornecedores de insumos e s o z i n h o ou a l i a d o a o cultivo d a soja.
j modernização não é um projeto, é u m a primitivos colonos a l e m ã e s (1824) e ita- compradores de colheitas; assim, por
realidade a r r a s a d o r a . u m p r o c e s s o irrever- S o z i n h o , c o m o r e s u l t a d o d o irreversível
lianos (1875) à f o r ç a d o f o g o e d o m a - e x e m p l o , n a i n d u s t r i a l i z a ç ã o d o óleo está a f e n ô m e n o d e c r e s c i m e n t o u r b a n o - ex-
sível d e c o n s e q ü ê n c i a s previsíveis. E n o chado, tinham conseguido eliminar a A n d e r s o n Clayton, a B u n g e e B o r n , etc.
« a ç ã o desse p r o c e s s o esta' a s o j a : 6 0 0 mil plosivo n o C e n t r o - S u l - o n d e n o f i m d e
exuberante floresta nativa que cobria u m a d é c a d a a p o p u l a ç ã o u r b a n a cresceu
toneladas em 1966, 1 m i l h ã o e m 1969, 3 a q u e l a s t e r r a s férteis d e o r i g e m b a s á l t i c a , Esses consórcios e s t ã o , a g o r a m e s m o
milhões e m e i o em 1972. (julho), e s p e c u l a n d o c o m o p r e ç o d a soja. de 40 a 60% d a população total.
d e d i c a n d o - s e ás l a v o u r a s t r a d i c i o n a i s d e
A soja é u m a l e g u m i n o s a e t a m b é m As m u l t i n a c i o n a i s d o s g r ã o s d e C h i c a g o e E s s a g e n t e q u e foi p a r a as c i d a d e s e m
m i l h o , feijão e m a n d i o c a .
oleaginosa, d á óleo. M a s s u a s possibili- o D e p a r t a m e n t o d e A g r i c u l t u r a d o s Es- b u s c a d é t r a b a l h o d e i x o u d e p r o d u z i r seu
Os agricultores economicamente mais
dades e s t ã o h o j e m u i t o a b a i x o d e s u a s ex- t a d o s U n i d o s a n u n c i a m , n o inicio d a a l i m e n t o . H á , pois, u m a p r i m e i r a crise
fracos - e eram quase tedos nessa área de
traordinárias utilidades a l i m e n t a r e s : semeadura, uma colheita americana a l i m e n t a r q u e a t i n g e t o d a s as p o p u l a ç õ e s
minifúndios - foram rapidamente expulsos recorde de 40 milhões de toneladas.
pode-se e x t r a i r d e l a d e z e n a s d e p r o d u t o s , m a r g i n a i s d a s c i d a d e s , p o r q u e o Brasil
de s u a s t e r r a s ou p r o l e t a r i z a d o s p e l o A u t o m a t i c a m e n t e os p r e ç o s d o m e r c a d o
entre os q u a i s o leite d e s o j a , t ã o b o m p a r a d i m i n u i s u a p r o d u ç ã o d e a l i m e n t o s po-
p u j a n t e e m p r e s á r i o m e c a n i z a d o d o sis- d e C h i c a g o c a í r a m 180 d ó l a r e s a t o n e l a d a ;
alimentação i n f a n t i l c o m o o leite m a t e r n o . pulares devido à migração de campo-
t e m a soja-trigo. j u s t o n o m o m e n t o e m q u e o Brasil co-
A b a i x o d e s u a u t i l i d a d e p o r q u e o Brasil neses, q u e a n t e s se d e d i c a v a m a esses cul-
Mas a fome de terras p a r a soja não m e ç a v a s u a c o l h e i t a . A C a r t e i r a d e Co-
planta soja p a r a e x p o r t á - l a e m g r ã o . T a m - tivos d e s u b s i s t ê n c i a .
p a r o u aí. A t a c o u t a m b é m a f l o r e s t a vir- m é r c i o E x t e r i o r d o Brasil t e n t a a m e n i z a r a
bém é a política c o m e r c i a l d ó s E s t a d o s gem ou p o u c o d e v a s t a d a d o oeste d o U m novo p r o l e t a r i a d o a p a r e c e h o j e n a
Unidos q u e d á à soja u m d e s t i n o c o n c r e t o : exportação através de cooperativas, por- periferia das cidades (principalmente de
P a r a n á . S e n d o t ã o l u c r a t i v a , a soja a d m i t e q u e se a colheita fosse m u i t o g r a n d e
alimentar r e b a n h o s . p r o j e t o s c a r o s q u e i m p l i c a m inclusive n o São P a u l o e P a r a n á ) ; os " v o l a n t e s " , de-
p o d e r i a h a v e r u m grave e s t r a n g u l a m e n t o p e n d e n t e s d o s " e m p r e i t e i r o s " ou inter-
d e s m a t a m e n t o de grandes áreas por meios de t r a n s p o r t e e a r m a z e n a g e m : isso
Isso implica n u m e n o r m e desperdício m e d i á r i o s q u e c o n t r a t a m t r a b a l h o c o m os
mecânicos. a d i a r i a a c o m e r c i a l i z a ç ã o e as e x p o r t a ç õ e s
de energia: u m a d u p l a transformação p r o p r i e t á r i o s ou as e m p r e s a s . Estes volan-
O processo m a n t é m h o j e e m d i a u m até s e t e m b r o ou o u t u b r o , c o i n c i d i n d o c o m
para que o h o m e m , por hipótese, c o n s u m a tes são t a m b é m c h a m a d o s " b o i a s - f r i a s " ,
r i t m o vertiginoso, se b e m q u e a i m p l a n - a colheita d o s E s t a d o s U n i d o s .
proteínas animais, q u a n d o pode c o n s u m i r p o r q u e levam s e m p r e f r i a s u a p e q u e n a
t a ç ã o d a soja r e m o n t e a 1950, a m o d e r -
diretamente a proteína da soja. marmita, de um lugar para outro.
nização acelerada ainda não completou 5
a n o s . As c i f r a s t e s t e m u n h a m isso: e m 1970 A soja origina diversas formas de O ê x o d o r u r a l a s s o c i a d o a o cultivo d a
O Brasil aceita - p o r e n q u a n t o - as se colhia a p e n a s u m m i l h ã o d e t o n e l a d a s , deslocamento e / o u substituição: substitui
regras d o jogo. Só i n d u s t r i a l i z a o g r ã o soja c a u s a d i r e t a m e n t e o u t r o d e s l o c a m e n -
a g o r a j á se fala em 10 milhões. outras culturas ou sistemas de produção to: d e z e n a s d e m i l h a r e s d e p r o p r i e t á r i o s
necessário p a r a seu c o n s u m o d e óleo, e diferentes e desloca gente há muito fixada
vende o resto, p r i n c i p a l m e n t e p a r a o M e r - m i n i f u n d i á r i o s t e m se r a d i c a d o , nos úl-
Já são q u a s e 8 milhõ.es d e h e c t a r e s cul- nessas terras, o n d e faziam policultivos de t i m o s 5 a n o s , e m o u t r a s t e r r a s , inclusive
cado C o m u m E u r o p e u . tivados n o P a r a n á , S a n t a C a t a r i n a e Rio subsistência alterando radicalmente suas além-fronteiras.
O p r e ç o d a soja triplicou em 1974, pois G r a n d e d o Sul (área e q u i v a l e n t e à m e t a d e dietas alimentares. N ã o se deve e s q u e c e r q u e s o m e n t e n o
caiu a p r o d u ç ã o de f a r i n h a d e p e s c a d o n o d o U r u g u a i ) .
Rio G r a n d e d o Sul, n u m a á r e a a p e n a s
Peru e a colheita de soja nos E s t a d o s O capitalismo dependente, apoiado na As p r i n c i p a i s c o n s e q ü ê n c i a s econô- u m a vez e m e i a m a i o r q u e a d o U r u g u a i ,
Unidos foi p e q u e n a . A e s p e c u l a ç ã o d a s m o d e r n i z a ç ã o , n ã o exclui m é t o d o s sel- micas: substituição do café, do milho e o havia 5 2 0 mil e s t a b e l e c i m e n t o s r u r a i s e m
multinacionais com p r o d u t o s p r i m á r i o s , v a g e n s " d e e x p a n s ã o e c o n ô m i c o - f i n a n - deslocamento do gado. 1970 ( c o n t r a 77 mil n o U r u g u a i nesse mes-
especialmente cereais, t a m b é m a j u d o u . ceira, e n ã o h á d ú v i d a d e q u e a d i n a m i ç a A s u b s t i t u i ç ã o d o c a f é se d á s o b r e t u d o m o ano). E t a m b é m q u e o l a t i f u n d i á r i o
Assim se explica q u e a á r e a s e m e a d a n o da soja d á b o m e x e m p l o disso. Ê c e r t o 110 n o r o e s t e d o P a r a n á e São P a u l o , d a s á r e a s virgens t i n h a u m a q u a n t i d a d e d e
Brasil em 74 t e n h a sido m u i t o m a i o r q u e i m a g i n a r q u e tal processo d e e x p a n s ã o a p o i a d a em tres coisas ao m e s m o t e m p o : t r a b a l h a d o r e s aos q u a i s c o n c e d i a t e r r a s
em 19-73. E m 74 a p r o d u ç ã o p a s s o u d o s 7 gere resistências, m a s q u e f o r ç a é c a p a z d e I) o a t a q u e d a f e r r u g e m , p r a g a q u e a t i n g i u p a r a q u e c o m o p r o d u z i d o se a l i m e n t a s s e ,
milhões de t o n e l a d a s : 17 vezes m a i o r q u e e n f r e n t á - l o q u a n d o são as m u l t i - g r a v e m e n t e as p l a n t a s ; 2) a política d e abastecessem o próprio estabelecimento e
cm 1964. A s a f r a a t u a l será d e 9 ou 10 n a c i o n a i s q u e se e m p e n h a m nele? e r r a d i c a ç ã o d e c a f e z a i s nessas á r e a s m a r - comercializassem o excedente. Com o
milhões d e t o n e l a d a s , q u a s e 20% da Em Ijuí, p o r e x e m p l o , velha z o n a d e ginais o n d e são f r e q ü e n t e s as g e a d a s (nos d e s a p a r e c i m e n t o d e tais d e p e n d e n t e s , o
produção m u n d i a l . colonização a l e m ã n o Rio G r a n d e d o Sul, últimos 3 anos recomeçou o estímulo para p a t r ã o n ã o m a n t é m o cultivo a n t e r i o r
D e s c o n t a d o s 3 m i l h õ e s d e t o n e l a d a s - chegou-se a v e n d e r o h e c t a r e d e t e r r a a $ p l a n t a r c a f é , m a s e m t e r r a s a l t a s livres d e porque seus rendimentos são muitos
para a i n d ú s t r i a (600 mil t o n e l a d a s de 20 mil. g e a d a s , sul d e M i n a s G e r a i s , p o r e x e m - baixos.
óleo p a r a c o n s u m o ) , s o b r a m pelo m e n o s 6 No oeste d o P a r a n á - f l o r e s t a virgem plo); 3) q u e d a dos preços i n t e r n a c i o n a i s ; o Assim, m u d a a d i e t a a l i m e n t a r d o
milhões de t o n e l a d a s d e g r ã o s : a 250 até há m u i t o p o u c o - c o n s i d e r a - s e n o r m a l c a f é é u m p r o d u t o d i s p e n s á v e l e os g r a n - b r a s i l e i r o d e classe b a i x a . O grande
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dólares p o r t o n e l a d a , u m total d e 1,5 o p r e ç o d e $ 12.0000 p o r h e c t a r e . E m San- des países i m p o r t a d o r e s , c o m o Itália, res- p r e j u d i c a d o é o feijão. O s r e n d i m e n t o s n ã o
bilhões d e d ó l a r e s n u m a só s a f r a . E m a i s o to Ângelo, u m dos tres p r i n c i p a i s polos t r i n g i r a m as c o m p r a s . d e i x a m d ú v i d a s : se p r o d u z 500 a 600
pontes de P u e r t o U n z u é a Fray Bentos (is- p r a r terras nessas á r e a s de fronteira. Se a
so vai acelerar a finalização da e s t r a d a 14 a t u a l " i n t e g r a ç ã o " c o n t i n u a r no ritmo que
no U r u g u a i , q u e corta o país de oeste a vai. será difícil classificar de estrangeiros
leste), de Colón a P a y s a n d u (onde j á espera os b o n s sócios capitalistas.
fiel e dócil a e s t r a d a 26 p a r a servir de t r â n - Por ora. no norte u r u g u a i o — ao estilo
sito ao leste, noroeste e norte), de Fede- d o q u e já dissemos ocorrer no extremo sul
ración a Constitución e Belén, de Paso de d o Rio G r a n d e d o Sul — a barreira é es-
Os caminhos da
los Libres a U r u g u a i a n a ; e t a m b é m haverá t r u t u r a l : é o p o d e r e c o n ô m i c o e político do
u m a p o n t e em São Pedro, á g u a a c i m a d a l a t i f ú n d i o pastoril. E não é verdade que o
e de Colón c a r n e e lã, o p a n o r a m a é s o m b r i o .
Talvez p a r a a A r g e n t i n a seja i m p o r -
m u l t i n a c i o n a i s q u e c o n t r o l a m o comércio
m u n d i a l de grãos e i n s u m o s modernos
a Rio Grande, 700 km. t a n t e m a n t e r u m p o r t o de b o m nível e
b a i x o custo d e m a n u t e n ç ã o . A c o n s t r u ç ã o
decidirem o u t r a s políticas?
Em instâncias histórico-políticas di-
quilos de leijào contra 1200. 1300 quilos vares, q u e é ao m e s m o t e m p o general d o d o c o m p l e x o de B r a z o Largo c o n f i r m a r i a ferentes — às q u a i s se chegará inexo-
de soja por h e c t a r e n u m a m e s m a á r e a ; até exército d o P a r a g u a i — c o m p r o u q u a s e essa hipótese. r a v e l m e n t e , m a s com a t r a s o — o Uruguai
os c a m p o n e s e s médios o p t a m pela soja, 200 mil h e c t a r e s ao Instituto P a r a g u a i o de Já se sente em G u a l e g u a y c h ú (Uru- talvez pudesse t e n t a r a reconquista de seu
m e s m o q u e não utilizem i n s u m o s m o d e r - Bienestar R u r a l . guai) a euforia d e u m i m i n e n t e salto d e s o l a d o norte; isto é, projetar, como
nos. Os c o r r e d o r e s ,de e x p o r t a ç ã o ( i m p l a n - a d i a n t e : antes talvez d o t é r m i n o d a p o n t e t a r e f a patriótica u m tipo d e colonização
Em 1974. a p r o d u ç ã o de feijão foi d e tados pelo J a p ã o , q u e controla o t r a n s p o r - P u e r t o U n z u é - Fray Bentos p o d e r ã o e s t a r fronteiriça q u e permitisse u m a afirmação
2.50 milhões de t o n e l a d a s , u m pouco te m a r í t i m o com g r a n d e s b a r c o s g r a n e - i n s t a l a d a s 68 novas i n d ú s t r i a s . estável d o h o m e m u r u g u a i o com sua
m e n o s q u e os 2,55 milhões d e 7 a n o s an- leiros e repete assim no Brasil o velho es- terra. Há modelos b e m sucedidos no país,
tes: e os r e n d i m e n t o s b a i x a m tanto q u e m a b r i t â n i c o a p l i c a d o na A r g e n t i n a e Pensar nas obras hidrelétricas da c o m o a U n i d a d e C o o p e r á r i a de Cololó, no
q u a n t o os preços q u e o p r o d u t o r recebe, Uruguai) constituem uma forma integrada Bacia significa falar de 20 milhões de d e p a r t a m e n t o de Soriano, que justifi-
e n q u a n t o o c o n s u m i d o r p a g a c a d a vez de d i f e r e n t e s sistemas d e t r a n s p o r t e s — quilowattas — isto é, energia barata e c a r i a m p r o j e t a r u m a colonizaçã autô-
mais caro. devido à insuficiência d a oferta rodoviário, ferroviário, fluvial — q u e per- abundante em curto e médio prazos. noma.
global, m a n i p u l a d a pelos i n t e r m e d i á r i o s . * mitem a e v a c u a ç ã o em m a s s a d a p r o d u ç ã o E até a o r g a n i z a ç ã o d o tipo empre-
Outro alimento popular como a man- d o interior até os portos e x p o r t a d o r e s . T o r n a - s e pois imprescindível d e s e n h a r sarial seria válida, com u m Estado forte,
dioca — c o n s u m i d a d i á r i a m e n t e c o m o São os p o n t o s de ligação d a fase t a m b é m d e s d e já a i n t e g r a ç ã o estável d a n a c i o n a l i z a d o r e a u d a z a t r á s de si. Muitas
f a r i n h a — j á t i n h a s o f r i d o u m processo de p r o d u t i v a com a f a s e a g r o - e x p o r t a d o r a , e a g r i c u l t u r a dos países d a zona e em p a r - vezes se p e n s o u por essas latitudes que as
substituição, i m p u l s i o n a d o pelo trigo. E suas projeções são t a n t o i n t e r n a s q u a n t o ticular de sua a g r o - i n d ú s t r i a alimentícia. explorações a g r o p e c u á r i a s necessitam do
c o m o a sociedade h u m a n a n ã o d á passos internacionais. Pode-se e n u m e r a r 4 co- P o r q u e , por e x e m p l o . se A r g e n t i n a , p r o p r i e t á r i o presente no local, para au-
p a r a trás em seus níveis a l i m e n t a r e s . a rredores, de norte a sul: 2 d o interior in- U r u g u a i e o sul d o Rio G r a n d e têm van- m e n t a r o r e n d i m e n t o . O fenômeno da
.meta brasileira a t u a l é se a u t o - a b a s t e c e r terno e 2 com influência transacional: tagens c o m p a r a t i v a s evidentes p a r a a m o d e r n i z a ç ã o brasileira m o s t r a a pos-
de trigo, o q u e é um d e s a f i o : p a r e c e q u e o Minas G e r a i s — Vitória p a r a m i n e r a i s ; p r o d u ç ã o de c a r n e bovina e leite, n ã o se sibilidade de q u e h a j a proprietários fora e
Brasil já chegou aos 3 milhões d e tone- São P a u l o — S a n t o s p a r a t o d a a p r o d u ç ã o j u s t i f i c a r i a m os g r a n d e s investimentos q u e q u e a p r o d u ç ã o seja a s s e g u r a d a por ad-
ladas. m a s precisa a g o r a d e 4,5 milhões paulista; P u e r t o Stroessner — Foz d e o Brasil p r e t e n d e fazer — P l a n o Polocen- m i n i s t r a d o r e s eficazes, com altos ren-
p a r a se a b a s t e c e r e as necessidades vão Iguaçu — P a r a n a g u á ; Passo de los Libres tro — na m u i t o difícil á r e a de c e r r a d o d o d i m e n t o s devido- à tecnologia utilizada.
continuar aumentando. — Porto Alegre — Rio G r a n d e . p l a n a l t o c e n t r a l c u j o c e n t r o é Brasília. (O Daí b a s t a r i a u m p e q u e n o salto de
Dos p r o d u t o s imprescindíveis p a r a 4 O c o r r e d o r q u e chega a Paranaguá c h a m a d o P l a n o Polocentro está n o c o m e ç o a u d á c i a g o v e r n a m e n t a l p a r a conceber o
de c a d a 5 brasileiros, resta f i n a l m e n t e o •pode ser visto f a c i l m e n t e sobre o t e r r e n o : d e execução, n u m a á r e a - p i l o t o d e 3 mi- p r ó p r i o E s t a d o c o m o proprietário da
arroz. E há indicações recentes d e q u e é só seguir a pista dos silos, p o r q u e já está lhões de h e c t a r e s em M i n a s G e r a i s , G o i á s terra, a p o i a d o em a s s a l a r i a d o s seguros de
t a m b é m com ele as coisas n ã o vão m u i t o montada uma infra-estrutura completa e M a t o Grosso, q u e vai p r e c i s a r d e m u i t o sua fonte d e t r a b a l h o e conscientes do
b e m . Na ú l t i m a s e m a n a de j a n e i r o deste p a r a m o v i m e n t a ç ã o de cereais, m e d i a n t e a fertilizante p a r a m e l h o r a r as p a s t a g e n s . papel histórico a c u m p r i r .
a n o houve u m E n c o n t r o E s t a d u a l d e qual as g r a n d e s e m p r e s a s c o m e r c i a m com M a s o " f e r t i l i z a n t e " principal j á existe: 1 Não se t r a t a , é claro, de jogar um
Rizicultores em I t a q u i . Rio G r a n d e d o toda f a c i l i d a d e d e n t r o d o P a r a g u a i (com- b i l h ã o d e d ó l a r e s j a p o n e s e s p a r a a im- utópico papel histórico de " e n f r e n t a r " o
Sul: p a r t i c i p a r a m 556 p r o d u t o r e s e ao p r a m a m e l h o r preço a p r o d u ç ã o e as- plantação de um complexo agro-industrial Brasil e sim a s s u m i r a responsabilidade
a b r i r sessões o Presidente d a M e s a disse: s e g u r a m u m a saída r á p i d a e o r g a n i z a d a ) . b i n a c i o n a l . " E sem reinvindicar n e n h u m a intransferível d e c o n t r i b u i r p a r a uma or-
- N ã o - aceitamos a marginalização O c o r r e d o r de Paso d e los Libres a Rio facilidade fiscal p a r a e x p o r t a ç ã o d o s g a n i z a ç ã o p r o d u t i v a m a i s racional, com o
e c o n ô m i c a e social d o setor p r i m á r i o . G r a n d e tem c o m o eixo o sistema fluvial d a l u c r o s " , s e g u n d o O E s t a d o d e S. P a u l o d e fim de acompanhar d i g n a m e n t e os
A a g r o p e c u á r i a brasileira está c a r e n t e Lagoa dos Patos e m a i s a e s t r a d a P o r t o m a r ç o de 1975. U m d a d o p a r a c o m p a r a r : projetos d e i n t e g r a ç ã o macroregional- e
de u m a política agressiva p a r a sua revi- Alegre - U r u g u a i a n a , c o n e c t a d a com P a s o 0 p r o d u t o b r u t o i n t e r n o total d o U r u g a i é continental
talização econômica e social; precisa de de los Libres já na A r g e n t i n a . Aí há u m in- 1 bilhão e 500 mil dólares. A era secular d a exploração tradi-
estímulos iguais aos c o n c e d i d o s à orga- tenso t r á f i c o de m e r c a d o r i a s , s u p e r c a - cional agrícola está q u a s e no fim. E
nização industrial e comercial, se é q u e se minhões transportam maçãs e peras do Sintetizando: trata-se de uma corrida p a r e c e q u e vai ter a m o r t e merecida: por
deseja evitar um colapso no a b a s t e c i m e n t o Alto Valle d o Rio Negro e N e u q u é n até as contra o relógio, e muito desequilibrada i n a n i ç ã o ou d e s m a n t e l a m e n t o como acon-
de a l i m e n t o s e d e m a t é r i a s - p r i m a s " . metrópoles brasileiras.~ Seu t e r m i n a l se se atenta aos recursos humanos e m tece com os trastes já imprestáveis.
(Folha d a T a r d e . Porto Alegre. 28 d e definitivo será o já iniciado g r a n d e p o r t o jogo- M o r r e n u m m o m e n t o crucial da his-
janeiro). de Rio G r a n d e . tória l a t i n o - a m e r i c a n a : o d a substituição
Eis a s i t u a ç ã o d e m o g r á f i c a d o sul d o d o s m e r c a d o s t r a n s c o n t i n e n t a i s pelos
N-as m e s m a s sessões se d e n u n c i a v a a BrasH em 1970, s e g u n d o o M i n i s t é r i o d o
existência de mais de u m m i l h ã o d e hec- Parece lógico pensar que toda a m e r c a d o s regionais e continentais.
produção das Misiones e de outros lugares P l a n e j a m e n t o (cm m i l h a r e s d e h a b i t a n -
tares improdutivos, só n o Rio G r a n d e d o tes): P a r a n á 6.930. S a n t a C a t a r i n a 2.902,
Sul. do nordeste argentino vão chegar ao É um lindo desafio esse: empreender o
Atlântico através do território brasileiro, e Rio G r a n d e d o Sul 6.665. T o t a l : 16.497. desenvolvimento total da Bacia do Prata
Sintetizando: sem reforma agrária — que devido a esse deslocamento a eco- Desses q u a s e 17 milhões q u e o c u p a m em beneficio de seus 70 milhões de ha-
elemento básico para redistribuir a renda nomia do norte e do leste do Uruguai será 580 mil q u i l ô m e t r o s q u a d r a d o s , 5 milhões bitantes. Mas para chegar a isso há que
— é pouco alentador o panorama alimen- prejudicada. têm mais d e 10 a n o s . firmando a p o p u - revelar muitas incógnitas e resolver
tar para o brasileiro médio e principal- lação ativa. Ao c o m p a s s o dessa força d e inúmeras contradições.
mente para o p obre, isto é, para os 50 Fatos políticos c o n f i r m a m essas sus- t r a b a l h o e d a s altas t a x a s d e n a t a l i d a d e se
milhões de habitantes que hoje possuem peitas: n o dia 9 de m a r ç o deste a n o deu-se a p e r f e i ç o a m as p o n t a s de lança d a civi- O q u e é r e a l m e n t e a integração? Com
apenas 15% da renda nacional. em C a m p o G r a n d e o e n c o n t r o Geisel — lização u r b a n i z a d a d o novo sul: P o r t o q u e m deve ser feita? Em q u e bases deve se
Stroessner. E n t r e os projetos p a r a início Alegre . 1 m i l h ã o d e h a b i t a n t e s ; C u r i t i b a , e s t r u t u r a r ? Q u a l é a perspectiva inte-
O p r o b l e m a é grave. U m país tão ex- i m e d i a t o q u e a c e r t a r a m estava a e s t r a d a 600 mil; Florianópolis, 250 mil; Pelotas, g r a d o r a q u e m e l h o r se a d a p t a aos países
tenso c o m o o Brasil n ã o tem t e r r a s férteis P u e r t o Stroessner - - E n c a r n a c i ó n , finan- 200 mil; S a n t a M a r i a , Rio G r a n d e e Bagé, p l a t i n o s ? Essas perspectivas têm ligação
suficientes p a r a n ã o precisar i m p o r t a r ciada pelo Brasil A p o t ê n c i a d o norte 100 mil c a d a ; U r u g a i a n a e L i v r a m e n t o , 6 0 e n t r e si? C o m o se c o m p l e m e n t a essa "nos-
a l i m e n t o s d e áreas com v a n t a g e n s com- g a r a n t e assim a s a í d a , até P a r a n a g u á , d a mil c a d a . s a " i n t e g r a ç ã o com os projetos geopo-
parativas notórias: A r g e n t i n a e U r u g u a i . produção da área paraguaia mais dinâ- Só no Rio G r a n d e d o Sul n a s c e m p o r líticos d a á r e a d o C a r i b e ?
Daí q u e é i m p o r t a n t e r e s u m i r agora as mica; e as Misiones a r g e n t i n a s ficam a n o t a n t a s c r i a n ç a s q u a n t o o total d a T r a t a - s e de u m a lista de perguntas
projeções q u e a m o d e r n i z a ç ã o e x p a n - desligadas d o resto d o país, p o r q u e de E n - p o p u l a ç ã o t r a b a l h a d o r a r u r a l q u e está q u e t o d o leitor a t e n t o p o d e a m p l i a r e que
sionista da e m p r e s a agrícola brasileira tem c a r n a c i ó n a P o s a d a s são a p e n a s 150 hoje nos c a m p o s de t o d o o U r u g u a i . E esse devem f o r m u l a r - s e os E s t a d o s e todos nós,
sobre as á r e a s f r o n t e i r i ç a s desses dois quilômetros'. p a n o r a m a d e m o g r á f i c o p o d e se e s t e n d e r com ótica nacional e sem esquecer nunca o
países. Também não é demais lembrar uma aos o u t r o s países limítrofes: na z o n a leste papel q u e joga o imperialismo, aberta-
Dezenas de m i l h a r e s de c a m p o n e s e s situação c o m o essa na Bolívia: a c o n e x ã o d o P a r a g u a i ( D e p a r t a m e n t o s d e Caa- m e n t e ou m a s c a r a d o pelas empresas mul-
brasileiros f o r a m e m p u r r a d o s até a m a r - S a n t a C r u z - C o r u m b á - São P a u l o - San- g u a z u . A m a m b a y e Alto P a r a n á ) há m e n o s tinacionais.
gem direita d o rio P a r a n á , nesta d é c a d a . tos fixa u m a o r i e n t a ç ã o d e f i n i d a p a r a o de 10 h a b i t a n t e s por q u i l ô m e t r o q u a - U m a coisa sim deve ser clara para nós,
Se diz q u e há 150 mil na l a r a n j a d e mil comércio d o leste boliviano. d r a d o ; na zona noroeste d a A r g e n t i n a s e m p r e : a i n t e g r a ç ã o deverá conduzir
q u i l ô m e t r o s q u e vai d e Bella Vista a Os formidáveis projetos hidrelétricos (Chaco. F o r m o s a Misiones, C o r r i e n t e s e n e c e s s a r i a m e n t e a um desenvolvimento
Carlos A. Lopes, e c h e g a m à r a z ã o de 200 binacionais em execução, ou projetados Três D e p a r t a m e n t o s ao norte de S a n t a a u t ê n t i c o e n ã o - d e p e n d e n t e — e no
por dia nessas terras a b s o l u t a m e n t e si- sobre os rios P a r a n á e U r u g u a i , t r a r ã o Fé) a d e n s i d a d e é 6 h a b i t a n t e s por k m e c o n ô m i c o c social, político e cultural, téc-
milares às q u e vinham t r a b a l h a n d o em o u t r a s t a n t a s vias de c o m u n i c a ç ã o . Por- q u a d r a d o ; e aí estão a p e n a s 3% d a pro- nico e científico — essa nova etnia de
sua p á t r i a . q u e com c a d a nova represa q u e se constrói d u ç ã o industrial d o país. "criolios e gringos a c r i o l l a d o s " que somos
E mais: por e x e m p l o . 1 dç c a d a 5 fica estaleeida u m a p o n t e rodoviária e O U r u g u a i não tem possibilidade al- aqui n o sul. P o r q u e já é t e m p o , depois de 4
brasileiros seria r e p r e s e n t a n t e d i r e t o dos u m a eventual via férrea, e assim a u m e n - g u m a de fazer f r e n t e à m a r é d e m o g r á f i c a e- séculos de injustiças e prorrogações, que
mandes empresários. A União de Em- tam as conexões leste - oeste. agrícola sul-brasileira. Serão p o u c o úteis, d e i x e m o s de ser um m e r o objeto da his-
presas Brasileiras s e d i a d a cm A s s u n ç ã o -— Basta p e n s a r no q u e vai a c o n t e c e r com inclusive os freios jurídicos r e f e r e n t e s a tória e nos c o n v e r t a m o s participantes
presidida pelo general brasileiro Sá T a - o rio Uruguai,: antes de 1980 p o d e r á ler limites p a r a q p e , e s t r a n g e i r o s , p o s s a m c o m - ativos d o c o m u m p r o j e t o lationameriçat)Q v
Ex-14
NAIRLÂNDIA
8 horas da manhã. Tempo de geada no 18 anos, vesgo, filho de inspetor de
Entre o Largo do Pelourinho e o Ter
Norte d o Paraná. U m vento frio varre Policia e m Maringá, c a m i s a rosa encar-
reiro de Jesus, pertinho d a Baixa do
papel e bitucas de cigarros das. d u a s ruas dida e cheirosa de suor, mal dormido:
O U JARDIM
Sapateiro, o brçga d o Maciel. Ali se
da Nairlândia - de terra, esburacadas, a — T o m e i sereno, meu!
reúnem mais d e 2 mil pessoas • biscateiros,
rua das Rosas e a das Margaridas. Com o Ele estende na p a l m a da m ã o 3 fo-
pivetes, ladrões, viciados, costureiras, al-
tempo, ficaram sendo rua de Cima (Rosas) tografias 3 x 4 e explica:
DA LIBERDADE
coólatras. E m o r a m as prostitutas da
e rua de Baixo (Margaridas). — A loira é a matriz e as d u a s m o r e n a s
cidade. São 8 ruas, becos, ruelas, tom. -
Afora os cachorros, esparramados por filiais. Por pura falta de sorte as 3 en-
badas pelo Patrimônio Histórico Nacional
tudo quanto é canto sob o solzinho da gataram cobertor de orelha pra noite in-
(é o conjunto arquitetônico colonial mais
Por Tadeu Felismíno m a n h ã , não se vê mais ninguém. As casas teira.
representativo da América Latina). Até a
estão fechadas. Mais d a metade de ma- E o neguinho t o m o u sereno porque, en-
metade do século passado era zona de
deira, pintadas c o m tinta que descorou e tre dormir sozinho n u m quarto de zona e
gente fina, residência das melhores fa
descascou. Montes de lixo reclamam dormir dentro de u m carro, é m u i t o mais
milias de Salvador. Hoje, u m dos maiores
visitas semanais dos caminhões da Lim- digno dormir no carro. A preocupação
Índices de tuberculose do m u n d o , está
Dizem: peza Pública de Arapongas," para quem com a Policia tem explicação. N a noite an-
passando por u m plano de restauração ar-
— A Nairlândia é a maior zona do Nairlândia paga - muito a contragosto - terior teve batida.
quitetônica e social.
Brasil. uma série b e m comprida de taxas e im- — E l e s vieram atrás d o Carlão, sei lá
postos. por que - ele é gente boa, saca? t a m b é m
Dilton Mascarenhas fez as fotos Fica a 35 quilômetros de Londrina,
Baiano, 24 anos, estudante de Comuni- Norte d o Paraná, entre Arapongas e D e dentro de um táxi, estacionado ao não sei onde ele se enfiou na hora, porque
cação da Universidade da Bahia, fotógrafo Apucarana, pouco mais que um quar- lado d o M a x i n g - a casa d o Geraldo - u m eu tive que cair no mato. U m a vez m e
há 2 anos. Antes, Dilton tentou ser repór- teirão de episas, ilhado por um cinturão de rapazola negro m e flagra de m á q u i n a pegaram b o d a n d o n u m q u a r t o e me
ter, mas não deu. Virou jardineiro, acabou mato: nas 4 0 casas d o lugar, vivem mais de fotográfica nas mãos. Não sossegou en- levaram. Naquele dia foi uma limpa geral.
comprando uma m á q u i n a fotográfica. Só 200 pessoas - entre prostitutas, gigolôs, quanto não expliquei direitinho que era T o d o m u n d o tava bodando. Por aqui.
sabia apertar o botão, resolveu se meter homossexuais e donos de boates. A área jornalista e não da polícia. Então, me h o m e m não pode bodá, saca?
pelas ruas de Salvador, "fotografando foi loteada há seis anos, junto à Prefeitura convidou a entrar no carro e me esconder Bodar significa dormir, descansar.
gente, a melhor maneira de aprender". E de Arapongas, por um japonês c h a m a d o do frio, até o seo Vicente abrir o bar. — E q u a n d o a Policia pega, o que acon-
fez este trabalho, O Fim do Brega do Miyake, que lhe deu premeditadamente o — M e u nome é Adelino, mas todo o tece?
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Maeielv nome de Jardim dá Liberdade. m u n d o ríie c h a m a de Tico, ou Negritiho.' • • ^ S e m p r e eles pedem grana'. N o f u n d o
eies t ã o é a fim de g r a n a . Cê sabe. né, Lá pelas dez h o r a s os gigolos c o m e ç a m t a d o de Goiás. — O u v i dizer q u e ele tá intoxicado,
s a m a n e a não g a n h a l i a d a . Se você n ã o t e m a sair d a s casas. Eles a p a r e c e m n o meio d a Fitético ficou, depois d e receber n a Jus- saca?
eles te levam p r a cadeia e te d e i x a m lá u m r u a , se e s p r e g u i ç a n d o d e b a i x o d o sol, e vão tiça os 1.700 cruzeiros q u e N a i r lhe devia. E os gigolôs:
ou dois dias. b o d a n d o . P o r r a d a na gente direto ao b a r d o Vicente, t o m a r o café. N a i r l â n d i a cresceu e p r o s p e r o u . Já teve — O , F i t é t i c o ! Ouvi dizer q u e você
eles não d ã o . q u e eles c o n h e c e m a gente, D u m c a n t o d o b a r , u m q u a r e n t ã o es- t e m p o q u e 300 m u l h e r e s - as m e l h o r e s d o m o r r e u na s e m a n a p a s s a d a . O q u e houve?
saca? T e m m u i t o s a m a n e a q u e vem p a s s a r quelético olha d e m o r a d a m e n t e as pessoas país. dizem — p a r a r a m de u m a vez só n a Esqueceu d e cair?
as férias a q u i no brega. C h e g a a q u i com as e as coisas. F u m a v a g a r o s a m e n t e u m zona de A r a p o n g a s . Foi o t e m p o dos Dizem q u e já é i m p o t e n t e , m a s q u e
férias na m ã o . d i n h e i r o vivo, e só sai p r a cigarro em cima d o o u t r o , e n c o l h i d o n o coronéis, q u e n ã o vai m u i t o longe. V i n h a c o n t i n u a p r o c u r a n d o as m u l h e r e s .
voltar p r o t r a m p o , d u r o ou com d i n h e i r o seu canto. Não fala n e m ri, a p e n a s olha e delegado d a q u i , p r o m o t o r dali, juiz de n ã o D e n t r o d o b a r t o d o m u n d o f u ç a as
das m u l h é . escuta. Se c o n s u l t a d o , r e s m u n g a respostas sei o n d e , médicos, f a z e n d e i r o s d e t u d o prateleiras, t o m a d o c a f é p a s s a d o ago-
N e g u i n h o conheceu o b r e g a q u a n d o c u r t a s , q u e o pessoal d o b r e g a e n t e n d e . q u a n t o é c a n t o d o Norte d o P a r a n á . E o r i n h a n o c o a d o r , c o m e doces, b e b e p i n g a e
morava com a família, em A p u c a r a n a . O — É o Fitético - cochica N e g u i n h o . t r a n s p o r t e de t o d a essa gente g r a ú d a , q u e c o n h a q u e . O d o n o a i n d a n ã o levantou,
pai largava o c a r r o na m ã o dele t o d o fim Depois de m u i t o s a n o s m o t o r i s t a de fechava as p o r t a s d a s b o a t e s p a r a festejar m a s todos d e i x a m na gaveta o preço d a
de s e m a n a e ele baixava na z o n a com os táxi d e s q u i t o u - s e d a m u l h e r em M i n a s sozinha com as m u l h e r e s , era o Fitético c o m p r a : c a f é em c o p o d e aperitivo, p o r
amigos. Depois foi ficando, foi f i c a n d o , Gerais e veio t r a b a l h a r no Norte do q u e m fazia. Viajava noite e dia sem p a r a r , u m . c r u z e i r o a dose, s o d i n h a p o r dois
a família foi p a r a M a r i n g á , ele disse q u e ia P a r a n á . H á sèis a n o s q u a n d o u m a pros- a c o r d a d o à b a s e de e s t i m u l a n t e s . cruzeiros.
t r a b a l h a r e m o r a r em A r a p o n g a s e ficou •tituta veterana c h a m a d a Nair a b r i u as De uns meses p a r a cá c o m e ç o u a Só depois d o , m e i o - d i a as m u l h e r e s
na N a i r l â n d i a d u m a vez. Reconhece q u e a p r i m e i r a s casas, ele veio ser o seu motoris- emagrecer sem p a r a r e a b a n d o n o u a c o m e ç a m a a p a r e c e r . P r o c u r a m lugares ao
prostituta gosta d o c a r a e n q u a n t o ele é ta p a r t i c u l a r . M a s em m e n o s d e dois a n o s profissão. Vive p l a n t a d o ao l a d o d a s r o d a s sol e ficam ali, em pé ou d e cócoras, so-
novo e dá no c o u r o e q u e " d e p o i s , confor- a " g o r d a s a f a d a " — c o m o é l e m b r a d a hoje de gigolôs. o l h a n d o e e s c u t a n d o . M a n t é m n a d a s . Nas v a r a n d a s , p r o s t i t u t a s aposen-
me a gente vai b r o c h a n d o , elas j o g a m a a f u n d a d o r a — q u e b r o u d e dividas e teve os cabelos, já b r a n c o s , s e m p r e a p a r a d o s , e t a d a s ou gigolôs servis m a n e j a m vassoura,
gente p r a s t r a ç a s " . C h e g a m e s m o a ar- q u e c o r r e r dos credores. Com o q u e lhe um t o p e t e igual ao dos pleibóis d a d é c a d a r o d i n h o e escovão.
g u m e n t a r q u e "isso a q u i n ã o tem f u t u r o " , sobrou, a i n d a conseguiu f u n d a r , p e r t o de de 50, q u a n d o ele estava na casa dos 20.
p a r a t r a ç a r seus planos: Voltar logo-logo A p u c a r a n a , u m a b o a t e de p r i m e i r a , o n d e Veste-se i m p e c a v e l m e n t e : calça de tergal A principal r o d a f o r m a - s e ao l a d o d o
a e s t u d a r , r e t o m a n d o o fio d a m e a d a a só os c a r p e t e s c u s t a r a m m a i s de 20 mil com vinco, c a m i s a b r a n c a com riscas dis- b a r d o Vicente, na v a r a n d a d e u m a casa
p a r t i r da s e g u n d a série, o n d e p a r o u no a n o cruzeiros. M a s o d i n h e i r o n ã o d a v a p a r a cretas, paletó de tergal e s a p a t o "cavalo- a b a n d o n a d a há p o u c o t e m p o . O a s s u n t o
passado, e. se Deus quiser, virar enge- t a n t o e hoje. s e g u n d o se c o m e n t a , ela está d e - a ç o " (desses com sola g r o s s a e salti- d o dia é a b a t i d a d a policia, na noite an-
nheiro eletrônico u m dia. i n a u g u r a n d o novo e m p r e e n d i m e n t o no es- nho). verniz lustrado. terior.
De r e p e n t e , a p a r e c e n o m e i o d a r o d a criou a s u a l i n g u a g e m oficial, p r ó p r i a , t o a l h a n o pescoço, escova d e d e n t e s n u m a m a s n ã o d e i x a d e ser e l e g a n t e . C o m e ç o u a
uma c r i a n ç a , d i z e m q u e a ú n i c a d o l u g a r . p a r a o q u e i n c o r p o r o u d e f i n i t i v a m e n t e a d a s m ã o s . No salão, um músico do c a r r e i r a e m B a u r u , n o Noroeste, aos 17
É o Jefinho, filho d o G e r a l d o e d a I n á , ginga, a m a n h a , o h u m o r , o t r e j e i t o e o M a x i n g d o r m e , m e t i d o até a c a b e ç a a n o s . Becão vigoroso e r a ç u d o , foi logo
casados n o civil e n o religioso e c o m re- palavrão. debaixo de u m cobertor xadrez. Benedito, p a r a r n o São P a u l o , o n d e só p e r d e u a
sidência e s t a b e l e c i d a n o M a x i n g , p o r f o r ç a D o l a d o d e b a i x o d a r u a d e C i m a en- u m g a g o d e 50 a n o s , d e s d e n t a d o , b a r b i c h a posição p a r a o M o n t e Rey, o n d e viveu
de c i r c u n s t â n c i a s f i n a n c e i r a s adversas. O c o n t r o u m a m u l h e r , q u e se d e s p e d e d a cerrada e chapéu de palha desfiado (um m o m e n t o s d e glória, m o s t r a n d o o seu
menino p u l a de colo e m colo e c o m a n d a a N a i r l â n d i a . É a B e t h , 2 2 anos, d e n t a d u r a e p r o t ó t i p o d o Jeca T a t u ) , a j u d a P a r a g u a i a f u t e b o l p a r a os m e x i c a n o s . N o final d a
festa. N ã o e s t r a n h a n i n g u é m . F a l a t u d o , m a l a s p r o n t a s . na a r r u m a ç ã o d a c a s a . M i n e i r o , s e m c a r r e i r a - q u e d u r o u m a i s d e 15 a n o s - vol-
aos 2 a n o s e meio. — T e m m u i t a m u l h e r i n d o lá p r o oeste f a m í l i a e s e m c a s a , veio p a r a r n a N a i r l â n - tou a j o g a r n o A m é r i c a e saiu" d o f u t e b o l
— C u i d a d o c o m o q u e cê p i a n a o r e l h a d o P a r a n á . Diz q u e c o m a soja, o t r i g o e a dia p o r a c a s o , d i a s a t r á s , e p e n s a e m f i c a r . por o n d e e n t r o u , n o N o r o e s t e d e B a u r u .
do Jefinho. O s a f a d i n h o d e d a t u d o , co- u s i n a (Itaipu), d i n h e i r o t á c r e s c e n d o e m Na c o z i n h a , u m a m e n i n a d e u n s 16 a n o s Depois c a s o u c o m a I n á , e n t ã o e m p r e g a d a
chicha N e g u i n h o . h o r t a . M a s n ã o sei se vou p r á lá ou p r á São m e x e u m a c a n j a n o f o g ã o a gás. doméstica em Bauru, e entrou de cabeça
Paulo. Na r o d o v i á r i a eu d e c i d o . Sobre o papel de parede do Maxing, no comércio com o dinheiro que tinha
2 horas da tarde. Pelas r u a s d a Nai-
com t l o r z i n h a s d e u m v e r d e d e s c o r a d o e a j u n t a n d o na antiga profissão. Chegou a
rlândia as m u l h e r e s c i r c u l a m , s e m m a -
—Neguinho, quem é o prefeito daqui? encardido, manchas de terra roxa. Num ter u m e m p ó r i o c o m 3 p o r t a s d e aço. M a s
quilagem," m a i s d i s p o s t a s . M u l h e r e s
— S e i n ã o , s a c a ? A c h o q u e p o d e ser o c a n t o , p a r t e dos i n s t r u m e n t o s d ' O s Invic- faliu e m p o u c o t e m p o .
bonitas e feias, novas e velhas, n e g r a s e
brancas, g o r d a s e m a g r a s . V e s t e m p o u c a s G e r a l d o . tos (o pessoal d o C o n j u n t o , q u e t e m — T e n h o o coração grande demais -
roupas, a l g u m a s t ê m as p e r n a s m a n - Paraguaia é u m a prostituta aposen- amigas na Nairlândia, toca diariamente no discute o Geraldo, c a p r i c h a n d o no por-
chadas. M a s m a i s p a r e c e m a d o l e s c e n t e s t a d a , a m a i s a n t i g a d a N a i r l â n d i a . D e p o i s Maxing a 180 c r u z e i r o s . Nos fins d e t u g u ê s , - O fiado m e a r r u i n o u .
de q u e r m e s s e s d o m i n i c a i s , e m p a r ó q u i a s d e c o r r e r o m u n d o , veio e n c e r r a r a c a r r e i r a s e m a n a vão a n i m a r bailes de clubes Sem e s t u d o - n ã o c o n s e g u i u c o n c l u i r o
de vilas e c i d a d e s p e q u e n a s . A n d a m j u n - a q u i , há 6 a n o s , a i n d a n o t e m p o d a Nair. f a m i l i a r e s , em c i d a d e s d a região). No g i n á s i o - teve q u e c o n t i n u a r se v i r a n d o n o
tas, a l g u m a s de m ã o s d a d a s , e t i r a m Lenço n a c a b e ç a , o inevitável b a t o m ver- o u t r o c a n t o , u m a v e l h a vitrola. c o m é r c i o . Foi ser, e n t ã o , a d m i n i s t r a d o r d e
soslaios p a r a os l a d o s d a s r o d a s , o n d e melho, b a s e s o b r e as r u g a s d o rosto, ela G e r a l d o e n t r a n o s a l ã o . l , 8 0 m , en- um cassino em Bauru, introduzindo-se
outras m u l h e r e s j á t o m a m c o n t a d o s seus v a r r e a v a r a n d a d o M a x i n g , f a c e i r a e v a r e t a d o , c a l m o e sério, p e r n a s g r o s s a s d o s rapidamente nos a m b i e n t e s noturnos.
amigos. O u t r a s c a r r e g a m r a d i n h o à p i l h a , a p r e s s a d a c o m o q u a l q u e r d o n a d e c a s a tempos de jogador profissional, negro. Depois disso a i n d a t e n t o u e n t r a r p a r a a
sintonizando p r o g r a m a s de m ú s i c a . zelosa. A p e s a r d o s 39 a n o s , a l g u n s fiapos b r a n c o s policia, m a s n ã o c o n s e g u i u . N a é p o c a
O vernáculo, m e s m o em rodas mistas, Vou e n c o n t r a r o G e r a l d o , p a i d o se i n s i n u a m na c a b e l e i r a , vasta e e n c a - t i n h a p a s s a d o 3 meses d a i d a d e m á x i m a
não é r e s p e i t a d o . P a r e c e q u e a N a i r l â n d i a m e n i n o J e f i n h o , n a p o r t a d o b a n h e i r o , r a p i n h a d a . Veste-se c o m s i m p l i c i d a d e , (35 anos).
E n t ã o veio p a r a a N a i r l â n d i a , há mais — O El D e d o n é u m j o r n a l z i n h o q u e so filha, sua m ã e c o r r e r i a m ao sair na r u a ? O pinados, o c o r p o inteiriço. O m e u fascínio
de 3 anos. onde a r r e n d o u d u a s casas, mes- diz verdades. Não o f e n d e n i n g u é m , m a s h o m e m , por n a t u r e z a , é mais impetuoso, é c o r t a d o por um alerta d o N e g u i n h o , ao
mo c o n t r a a vontade de Iná. deda e tira s a r r o em todas as p e q u e n a s precisa mais de sexo q u e a m u l h e r . O pé d a m i n h a orelha:
— Q u a n d o eu cheguei a q u i a i n d a havia verdades a q u i d o J a r d i m da L i b e r d a d e . h o m e m , a p r ó p r i a sociedade, precisam
m u i t o dinheiro. T i n h a m u i t o b a n d i d o Ele é feito de notas c u r t a s , fáceis de ler, disso a q u i . No e n t a n t o , o . q u e a gente vê é — I s s o aí é h o m e m , m e u , s a c a ?
t a m b é m , m a s dava pra viver. Com o t e m p o coisas q u e a gente fica s a b e n d o n a s r o d a s um preconceito c o n t r a a z o n a q u e n ã o t e m E n q u a n t o m e refaço, ele d e s c a r t a :
o m o v i m e n t o foi caindo, o d i n h e i r o de- de b a t e - p a p o . Q u a n d o sai, t o d o m u n d o vai cabimento. A própria prefeitura mar- — T e m d u a s dessas a q u i . A o u t r a m o r a
sapareceu de r e p e n t e e eu tive q u e ficar so' no Urias ler. ginaliza. Veja você q u e o J a r d i m d a Liber- na C a r m e m .
com o M a x i n g . d a d e é um l o t e a m e n t o c o m u m d a pre-
U l t i m a m e n t e , com a f a l t a de m e r c a d o feitura de A r a p o n g a s . A q u i t o d o s nós Desço p a r a a r u a d e Baixo, a d a s M a r -
M a s m e s m o o M a x i n g está a t o l a d o p a g a m o s impostos e, aliás, m u i t o m a i s d o g a r i d a s , r u m o à r o d a de b a r a l h o d o Nél-
para a p r o d u ç ã o , p r i n c i p a l m e n t e de café,
em dividas.. Sem pessimismo ele f a z u m a que t o d o m u n d o p a g a p o r aí. P a g a m o s s o n - G o r d o , o d o n o d o é m p ó r i o . No ca-
d o Norte d o P a r a n á , o m o v i m e n t o d e
previsão d a sua falência: Sicam, F u n r e s p o l , I C M , I m p o s t o sobre m i n h o sou s a u d a d o :
c a m i n h õ e s nas e s t r a d a s t e m c a í d o m u i t o .
— É b e m possível que, antes m e s m o d a E u m a g r a v e crise de d i n h e i r o t o m o u c o n t a Serviços de Q u a l q u e r N a t u r e z a , Alvará d a — O repórti gostoso!
sua r e p o r t a g e m sair no jornal, eu j á n ã o do Jardim da Liberdade. — como Geraldo S a ú d e Pública, Alvará de Licença d a D o u as explicações p e d i d a s sobre o
esteja m a i s aqui. insiste em c h a m a r . C o m isso, os p r o b l e m a s P r e f e i t u r a , e I m p o s t o Predial, também meu t r a b a l h o , i n v a r i a v e l m e n t e acabo
foram se a c u m u l a n d o e m u i t a gente p r a p r e f e i t u r a . E o b r e g a n ã o t e m asfalto, d e i x a n d o alguns cigarros e v o u - m e e m -
Ele se tornou m u i t o p o p u l a r logo q u e mudou para outros bregas. E d a í o não t e m serviço d e á g u a , n e m d e lixo, n e m b o r a , c o m convite p a r a voltar depois d a s 2
chegou. F o r m o u o M a d r u g a d a Futebol M a d r u g a d a FC faliu, depois d e c a m p a - de i l u m i n a ç ã o p ú b l i c a , n e m d e esgoto, da m a d r u g a d a , . q u a n d o a c a b a r o mo-
Clube, o t i m e da N a i r l â n d i a , q u e chegou a n h a s m e m o r á v e i s ; o El D e d o n deixou d e nem n a d a . . . . vimento.
jogar mais de 30 p a r t i d a s sem p e r d e r sair, a z o n a ficou m a i s triste. M a s Geral-
n e n h u m a . Depois foi o r e d a t o r - c h e f e d o El do. com m a g n e t i s m o e a s u a l i d e r a n ç a ,
Dedon. em principio um m u r a l s e m a n a l c o n q u i s t a d a n a t u r a l m e n t e , c o n t i n u o u sen- 6 da tarde. Localizo, n o meio d a r u a , 8 da noite. C a r l ã o é o s u j e i t o que,
feito à m ã o . sobre c a r t o l i n a , q u e ficava ex- d o o prefeito. u m a m u l h e r m o r e n a , a l t a e m a g r a , talvez s e g u n d o o N e g u i n h o (de m a n h ã ) estava
posto no 2001. o b a r d o Urias. M a i s t a r d e — I s s o a q u i é u m a válvula d e escape a m a i s b o n i t a q u e vi até a g o r a e m Nairlân- Sendo p r o c u r a d o pela Polícia n a noite an-
teve até n ú m e r o s m i m e o g r a f a d o s em biologico e psicológico p a r a a s o c i e d a d e dia. No fim d a t a r d e , c a m i n h a descalça terior. T e m 24 a n o s . e s t a t u r a m e d i a n a ,
A r a p o n g a s e d i s t r i b u í d o s em t o d o o b r e g a , Se n ã o existissem as z o n a s você j á pensou pela r u a d e t e r r a , c o m leveza. U s a r o u p a s b a r b a e s f i a p a d a , n a r i z v e r m e l h o de res-
g r a t u i t a m e n t e . G e r a l d o fala d o j o r n a l . no risco q u e a s u a i r m ã , s u a m u l h e r , s u a c u r t a s e t r a n s p a r e n t e s , t e m os seios e m - f r i a d o , cabelos c a s t a n h o s em d e s a l i n h o . É
leio. M a s t e m u m jeito alegre e sincero d e c o m o u m a g a r r a f a d e s s a s . Ela só vira pes- p o u c a s s ã o as luzes acesas. No Bar d o sões f a m i l i a r e s e f u g i u p r a N a i r l â n d i a c o m
falar, d e sorrir e d e o l h a r p a r a as pessoas. soa. gente, m u l h e r d e c o r p o e a l m a , q u a n - Urias os gigolôs assistem " M e u Rico Por- o m ú s i c o d e u m c o n j u n t o q u e a n i m a v a as
— M e u velho é rico p a c a . do, vai com você, s a c a ? É isso q u e é. Cê j á t u g u ê s " pela televisão. n o i t a d a s d o C o p ã o . Está corr) ele a t é hoje e
viu coisa m a i s linda q u e a p a l a v r a p u t a ? . m e pede para não espalhar em Londrina o
No b a r d a r u a d e Baixo, ele m e c o n t a M a s ele d o r m e t o d o dia d a s 9 d a n o i t e ' Na m i n h a c a b e ç a u m a d ú v i d a e l e m e n - seu p a r a d e i r o , q u e a f a m í l i a deve e s t a r
sobre a b a t i d a policial d a s e g u n d a - f e i r a : às 2 da m a d r u g a d a , p a r a n ã o ver M a r i z a ir, tar c o m e ç a a g a n h a r c o r p o : o n d e é q u e eu p r o c u r a n d o , " m a s eu t ô legal a q u i " .
coisa d e a l g u m "dedo-duro". p a r a o q u a r t o com o u t r o h o m e m . D a s u a vou p a s s a r a noite. E m p r i n c i p i o , a pers- Nas r u a s . d e f r o n t e as casas, u m n ú -
— T a í u m t i p o d e g e n t e q u e eu n ã o parte, ela t a m b é m t e m u m a s a í d a . pectiva d e c o m p r a r u m a m u l h e r e usá-la m e r o razoável d e c a r r o s , vindos p r i n c i p a l -
agüento. Tem um moleque por aqui, o — F i c o o l h a n d o p r o teto, s a c a ? N ã o como um objeto me parece abominável. mente de Arapongas e Apucarana. Os
Jcsuíno. q u e a n d a v a t i r a n d o u m a d e acontece nada... 9 horas. U m clarão vermelho, sensual e m a i s e l e g a n t e s vão d i r e t o p a r a o S a m a m -
c a g u e t a . O u t r o d i a j u n t e i ele n a p o r r a d a As p r o s t i t u t a s n a N a i r l â n d i a g a n h a m p e c a m i n o s o se e r g u e d a N a i r l â n d i a . e m - baia. a única boate com estacionamento
aqui em b a i x o e f u i m a r r e t a n d o ele até lá em m é d i a . 2 mil c r u z e i r o s p o r m e s . Essa b a l a d o p o r Alternar D u t r a e o u t r o s ro- p r ó p r i o , t a p e t e no c h ã o , g a r ç o m , lustres,
em c i m a . q u a n t i a t e n d e a s u b i r p a r a a t é 3 mil nos m â n t i c o s . As p r o s t i t u t a s e s t ã o t r a n s f o r - sala d e espelhos e, e n f i m , t o d o s os r e q u i n -
M a r i z a n ã o larga dele, é a s u a a m i g a . meses d e calor e a cair p a r a mil cruzeiros, m a d a s : a m a i o r i a a p a r e c e nos salões d e tes e a d i s c r i ç ã o d e u m a b o a t e d e p r i m e i r a .
Fico c o n h e c e n d o , a t r a v é s deles, d u a s no i n v e r n o , q u a n d o d i m i n u i o m o v i m e n t o . p e r u c a , o rosto i n t e n s a m e n t e m a q u i l a d o .
n o r m a i s b á s i c a s d e f i d e l i d a d e : l) H o m e m Parte do dinheiro Mariza dá para o Carlão Nas j a n e l a s , n a s p o r t a s e v a r a n d a s elas se Deu sono. Do o u t r o l a d o d a r u a , n u m a
não p o d e t r a n s a r o u t r a s m u l h e r e s . 2) A - " p r o c i g a r r o e pros p i n g ã o " , o u t r a ela o f e r e c e m . A N a i r l â n d i a virou u m a g r a n d e janela, uma mulatinha c h a m a d a Paula
m u l h e r n ã o p o d e d o r m i r de g r a ç a n e m gasta c o m os m a s c a t e s q u e a p a r e c e m feira. a g i t a d a e f o g u e t e i r a , r e f o r ç a e m altos
p e r m i t i r q u e q u a l q u e r o u t r o h o m e m passe diariamente no b r e g a e a u l t i m a fica Na p r i m e i r a c a s a , a C a r m e l â n d i a , en- b r a d o s , o convite q u e m e fez à t a r d e , p a r a
a noite c m sua c a m a . A vigilância é re- g u a r d a d a . Eles p e n s a m em sair d a Nai- c o n t r o sem m u i t o s u s t o u m a velha co- procurá-la depois das 2 da m a n h ã .
cíproca e i n v a r i a v e l m e n t e envolve u m rlandia um dia - q u a n d o o C a r l ã o tiver lá n h e c i d a . i r m ã de u m a ex-namorada A iminência de u m a c a m a chega a me
ciúme doentio. pelos 28 a n o s - com um filho e d i n h e i r o m i n h a . C h e g o u a c a i r na g a n d a i a em Lon- comover, m a s a i n d a n ã o m e h a b i t u e i c o m
— C ê tá v e n d o essa g a r r a f a - explica deles p a r a c o m e ç a r a vida. M a r i z a está d r i n a m e s m o , d e p o i s d e u m a vida re- a idéia d e u m a t o sexual a t r o c o d e di-
C a r l ã o . d i d a t i c a m e n t e , com u m v a s i l h a m e com 22 a n o s . c a t a d a até os 22 a n o s . M o ç a d e classe n h e i r o . E n q u a n t o c a m i n h o pela N a i r l â n -
d e coca-cola na m ã o - Cê a c h a q u e t e m al- m é d i a , sem m u i t o e s t u d o e sem perspec- d i a . vou b u s c a n d o o u t r a s s a í d a s . A c a b o
g u m a coisa d e m a i s v e n d e r o g a r g a l o .lá c noite na Nairlandia. S u b i t a m e n t e tivas mais a n i m a d o r a s d e c a s a r , d e u d a d e i x a n d o essa m e d i t a ç ã o p a r a m a i s t a r d e .
dela por 50. l(X) c o n t o s ? Não. ne? Pois é as r u a s estão d e novo d e s e r t a s , t o m a d a s p a s s e a r à noite no C o p ã o . b a r n o t u r n o d e Por e n q u a n t o , estou m a i s p r e o c u p a d o
isso. m e u : c o m o u t r o s c a r a s t u a m u l h e r é pelos c a c h o r r o s . As c a s a s e s t ã o f e c h a d a s e L o n d r i n a . Depois, deve ter r e c e b i d o pres- em m e virar p o r a q u i m e s m o . Talvez " e n -
— Eu t r a b a l h a v a n u m a g r a v a d o r a e m v o u r a s d e a l g o d ã o , c a f é e rarni. d e M i n a s — Cê n u n c a p e n s o u e m se a r r a n c a r d a q u i ,
L o n d r i n a e tava g a m a d a n u m d o s d o n o s . G e r a i s e São P a u l o , a n t e s d e c h e g a r a o procurar um emprego, voltar pra casa do
M a s daí o sócio foi c h e g a n d o p r o m e u Jardim Leonor. subúrbio de Londrina. teu p a i . q u a l q u e r coisa a s s i m ?
l a d o . c o m o q u e m tá a f i m d e a l g u m a coisa. —Vamos dançar - proponho. —Pra c a s a d o m e u p a i eu n ã o volto.
C o n h e c e o Celso d a T V ? Pois é. a p r i m e i r a — N u m sei d a n ç á . s a c a ? Q u a l q u e r coisa é m e l h o r q u e a q u i l o lá.
ve/. q u e eu fui. foi c o m ele. e c o n t i n u e i u m Lm c o m p e n s a ç ã o , desenvolve com des- —F. d a í . o q u e voce p e n s a e m f a z e r ?
tempão. Depois a gente começou a treza a a r t e d e s e g u r a r o f r e g u ê s , d e m e x e r — S e i lá. viu? Eu q u e r i a ter u m a c a s a
q u e b r a r o p a u . ele s e m p r e d i z i a p r a m i m por baixo, com o quadril. Q u a n t o a m i m , jóia na c i d a d e , s e m m a r i d o e sem crian-
q u e q u e r i a m e ver na z o n a p r a d e p o i s ir p a s s o b r u s c a m e n t e d e c o n f i d e n t e , d e en- ça p r a e n c h e r o s a c o . Só e u . T e m u m a s
p e d i r a r r e g o p r a ele. L a r g u e i d e l e . m a s in- trevistador, à posição de freguês, sentindo amigas minhas que tão em Londrina,
d a c o n t i n u e i t r a n s a n d o lá e m L o n d r i n a na pele os efeitos d a a r m a s e c r e t a d a s l o d o dia elas b o t a m c a d e r n i n h o d e b a i x o
c o m o u t r o s c a r a s q u e eu c o n h e c i . C o n h e c e p r o s t i t u t a s , n a s u a l u t a d i á r i a c o n t r a os in- d o b r a ç o e vão p r a p e r t o d e e s c o l a , n o f i m
o Darci, l a m b e m d a T V ? Pois é. vasores. É e x c i t a n t e , e x t a s i a n t e , u m a es- d a s a u l a s d a noite. Aí a p a r e c e m os c a r a s a
Ela se l e v a n t a , vai a t e ' o q u a r t o e volta pécie d e a r a p u c a . D e n t r o d e l a , m e e s f o r ç o fim d a s m e n i n i n h a s d a escola e e m b a r -
g a l a r u m a m u l h e r p e l o c o r a ç ã o " - e o m o se c o m u m disco, trilha s o n o r a d a Novela para m a n t e r a calma, d o m i n a r a situação, c a m . Vou ver se e n t r o n e s s a , lá p e l o a n o
iii/ p o r a q u i . e g a n h a r a c a m a d e l a . E s t a Selva d e P e d r a . C o l o c a - o n u m a p e q u e n a sair d e l a m a s n ã o t e m jeito. T e n h o a im- q u e v e m , e c o n s i g o a m i n h a c a s a . Se n ã o
seria u m a s a í d a , p a r a q u e m n ã o g o s t a d a r a d i o l a a t r á s d o b a l c ã o e volta c o m u m p r e s s ã o d e q u e . se ela f i c a r ' u m d i a e u m a d e r legal eu t e n h o q u e ir m e g u e n t a n d o
idéia cie " c o m p r a r " u m a m u l h e r . M a s n ã o copo de uisque na mão. noite s e g u i d o s a q u i . e u tico j u n t o . A p a r e n - por aqui mesmo.
sei se seria h o n e s t o p r a t i c a r o s e x o pelo temente trato de manter a compostura. Ela se d e s p e c o m d e s t r e z a , m a q u i n a l -
— T á o u v i n d o essa m ú s i c a ? S e m p r e
sexo. s e m a b a s e d e c o n h e c i m e n t o , a f e t o , q u e eu e s c u t o l e m b r o d u m a a m i g a m i n h a , Depois ela p a s s a a m ã o n a m i n h a mente. T u d o m u i t o frio. G u a r d a as roupas
s e n t i m e n t o s . E. o q u e é p i o r . n ã o sei se q u e a g o r a tá e m C i a n o r t e . Foi n e s s e s a l ã o cabeça. Depois m e beija n a boca. Existe e m c a b i d e s e se c o b r e d e r o u p a s leves,
c o n s e g u i r i a " e n g a t a r u m a m u l h e r pelo a q u i . U m a m i g o d e l a veio a q u i . b o t o u essa a l g u m a coisa d e m a t e r n a l , d e d e s p r e t e n - transparentes. Levanto-me da cama para
coração". Acabo me decidindo a baixar m u s i c a ai n a vitrola e m a n d o u ela f a z e r sioso. nesse g e s t o . I n t i m a m e n t e a c h o isso d e i x á - l a d e í t a r - s e , t a n i b é m t i r o as r o u p a s e
tia c a s a d a P a u l a c o m 2 h o r a s d e a n t e - u m e s t r i p i t i s e p r o s a m i g o s d e l e ver. Ela estranho e engraçado. d e i t o - m e a o seu l a d o .
cedência. lez. D e p o i s ele d e u a m a i o r s u r r a n e l a , R e s t a n o q u a r t o a luz v e r m e l h a d e u m
c h a m o u ela d e t u d o q u a n t o é nome e A m ú s i c a t e r m i n a e ela volta p a r a o a b a j u r . P o r u m m o m e n t o ela a i n d a fica
M c i a - N o i t e . No c a m i n h o , p a r o e m puxou o carro do b r e g a . E r a u m safado. s o f á . c o m o se n a d a tivesse a c o n t e c i d o . Sin- o l h a n d o p a r a a q u e l a luz, p e s a d a m e n t e .
frente da boate Zélia-Nena. E n t r o e en- Ela t e m u m p e r f i l b e m delineado, t o - m e c o m o se tivesse s i d o d e s p e r t a d o n a P a r e c e a d i v i n h a r q u e a n o s s a c o n v e r s a vai
contro uma mulher negra, sentada n u m b o n i t o . D e L o n d r i n a ela veio p a r a Nai- m e t a d e de u m desses sonhos q u e a gente a c a b a r a p a r e c e n d o no jornal. M a s não
c a n t o d o salão, quieta, o olhar p e r d i d o no rlândia. o n d e ficou p o u c o mais q u e u m q u e r t e r a t é o f i m . D i s s i m u l o e vou p a r a o teme:
papel d a parede. Com um paternalismo ano. Depois foi t e n t a r a vida e m Fa- sofá t a m b é m . — M e u s p a r e n t e s n u n c a v ã o ler o seu
q u e fica m e i o r i d í c u l o e m c i m a d o s m e u s xinai. m a s e m m e n o s d e u m m e s e s t a v a d e jornal, saca? E n t ã o não tem susto.
20 a n o s . t r a t o d e p u x a r a c o n v e r s a . volta: O m o v i m e n t o vai a r r e f e c e n d o na Gira b r u s c a m e n t e p a r a o lado da
— E dai. nega. qualé o problema? N a i r l â n d i a . p o r volta d a s 2 h o r a s d a parede e resmunga, antes de dormir:
Ela se volta p a r a m i m u m i n s t a n t e , d á — S ó dava m a t u t o por aqueles lados. m a d r u g a d a . O u ç o d a v a r a n d a d o Zélia- — R a p a z , às vezes d á u m a b r u t a von-
u m riso d i s s i m u l a d o r : Desses c a r a s q u e c h e g a t r e p a d o n u m N e n a . a voz d o G e r a l d o t r ê m u l a , s i b i l a n t e , tade de sumir.
— N a d a . ué. cavalo, p i c a n d o f u m o d e corda e q u e enfia m e l a n c ó l i c a , a o m i c r o f o n e d ' o s Invictos, No q u a r t o d o outro lado d o corredor, a
a m ã o z o n a f e d i d a n a t u a c a r a . D e t e s t o es- encerrando a noitada do Maxing: N e n a , u m a d a s d o n a s d a c a s a , t o s s e deses-
Já t i n h a visto essa m u l h e r à t a r d e , se t i p o d e s u j e i t o , q u e p e n s a q u e é d o n o d a — O show...já t e r m i n o u / v a m o s voltar à peradamente, rouca e asmática. Ouço
muito mais disposta e descontraída. Lem- gente, saca? T a m b é m tinha m u i t o desses realidade... p a s s o s e c o c h i c h o s n o q u a r t o a o lado.
bro que tinha a testa grande, u m rosto c o r o n e l i z i b i d o . q u e te d á u m c o p o d e uís- índia passa o trinco nas portas do Começa a me dar uma agonia mórbida,
bonito de menina, dentes brancos, o corpo q u e e f a z voce b e b e r ali, n a f r e n t e dele, n a Z é l i a - N e n a . Sem f a z e r m u i t a f o r ç a e s e m incômoda.
rigido. inteiro. A g o r a , e n f i a d a a t é a m a r r a , sem gelo n e m á g u a d e n t r o . m a i o r e s e x p l i c a ç õ e s eu a c a b e i f i c a n d o d o
m e t a d e d a testa n u m a p e r u c a alisada, o lado de dentro. F u i - m e e m b o r a n o d i a s e g u i n t e , pouco
r o s t o l a m b u s a d o d e m a q u i l a g e m . f i c a vul- O s a l ã o t e m luz n e g r a , p a p e l - p a r e d e a n t e s d o m e i o - d i a . As m u l h e r e s a i n d a não
g a r . C h a m a - s e Roseli, m a s é c o n h e c i d a com tlorzinhas vermelhas, balcão de O quarto é pequeno, bem arrumado: t i n h a m a c o r d a d o , m a s os h o m e n s estavam^
p o r t o d o m u n d o , d e s d e m e n i n a , c o m o Ín- madeira, geladeira, u m a pia, a radiola u m a c a m a de casal, u m g u a r d a - r o u p a , t o d o s lá. p e r t o d o b a r d o V i c e n t e , se es-
dia (por p a r t e d e m ã e ) . T e m 24 a n o s . atrás d o balcão, sofá r o d e a n d o o salão, u m a televisão s o b r e u m a p e q u e n a cô- p r e g u i ç a n d o d e b a i x o d o sol: o N e g u i n h o , o
l i n h a 21 q u a n d o se iniciou n a prosti- dois c a r t a z e s d a Skol p r e g a d o s n a p a r e d e . moda. Sobre a penteadeira um infinidade Fitético, t o d o s , c o m o o n t e m . P a s s o u um
tuição. Aos p o u c o s vai f a l a n d o , s e m p r e s - Sinto a m ã o dela sobre a m i n h a : é m a g r a , de frascos e u m a cabeça de plástico, sobre b o m t e m p o , a t é eu c o n s e g u i r m e s a f a r
sa. a m ã o s o b r e a m i n h a m ã o . f o r t e , c a l e j a d a p o r u m a i n f â n c i a e m la- a qual Índia deposita a peruca. daquela agonia desgraçada.
A SEMPRE NOVA
LITERATURA
BRASILEIRA
SEfiGIO SANTANNA
£ou.\\ssões
(Ijma ^jtoíK^xatw <ÍWK]r»n il ^
L. . •-,.-• - W . . - I
C r ) 35,00
f
• 4
Não podemos ficar parados vendo um país se tornar comunista por irresponsabilidade do seu povo! (Kissinger)
PRIMEIRO DOSSIÊ W. Colby explicou em seguida q u e a DOSSIÊ N O A M C H O M S K Y americanos. Os créditos necessários para
(Jean Pierre Fave) extensão d a s " o p e r a ç õ e s c a m u f l a d a s " da (Transmitido em 13 de outubro de 1974) as c o m p r a s de trigo - necessidades vitais -
O caso da CIA no Chile CIA varia com os acontecimentos leste- t a m b é m foram reduzidos.
oeste. i n d e p e n d e n t e da " d e t e n t e " . De O presidente Allende queixou-se várias
A intriga, q u e envolveu Richard Nixon lato, " p o d e acontecer a l g u m a coisa perto 0 chefe da CIA declara à C a m a r a q u e 8 .vezes d o q u e c h a m o u na Õ N U em dezem-
d u r a n t e 17 meses se c h a m o u W a t e r g a t e . de nós tão i m p o r t a n t e q u a n t o longe por milhões de dólares f o r a m utilizaddos con- bro de 72 " u m a pressão estrangeira para
Q u e m se esforça a t u a l m e n t e p a r a proteger razões de política ou s e g u r a n ç a . Pode-se tra Allende entre 1970 - 73. nos desligar d o m u n d o exterior . estran-
G e r a l d Ford é a CIA. S a b e r á o novo chefe imaginar ainda situações o n d e os in-
O diretor da CIA declarou ao Congres- gular nossa economia e paralisar nosso
d o Executivo dos E s t a d o s se d e s e m b a - teresses políticos f u n d a m e n t a i s - sejam so q u e a a d m i n i s t r a ç ã o Nixon autorizou a comércio, nos privar d o acesso às fontes
raçar rapidamente? afetados de m a n e i r a negativa. Em certos
despesa de mais de 8 milhões de dólares internacionais de financiamento".
casos, é mais a p r o p r i a d o usar u m a ação de
O caso. sabemos, estourou há alguns para atividades secretas d a Agencia d o
p e q u e n a - n v e r g a d u r a , c o m o por e x e m p l o
dias. q u a n d o o diretor dos serviços se- Chile entre 70 e 73 p a r a i m p e d i r o pre- COLBY RECUSA QUALQUER
iniciar relações com q u a l q u e r um q u e
cretos. William Colby, a d m i t i u q u e s o m a s sidente Allende de governar. COMENTÁRIO
necessite nosso apoio. M a s insisto: não é
i m p o r t a n t e s t i n h a m sido gastas por seus O objetivo das atividades clandestinas
nossa política no m o m e n t o fazer isso nos
agentes p a r a e n d u r e c e r a vida d o presi- da CIA - William Colby, seu diretor con- Colby reconheceu durante uma breve
cinco c o n t i n e n t e s " .
d e n t e chileno Salvador Allende, de 70 a lessou n u m a sessão ultrasecreta d o Con- conversa telefônica esta semana que havia
73. A pergunta " q u e operação camuflada gresso em abril último - era desesta- testemunhado perante o sub-comite Nedzi
Com f r a n q u e z a b e m a m e r i c a n a - ou da CIA você considera um s u c e s s o " ? Col- bilizar o governo marxista de Allende sobre questões de segurança , relacionadas
seja. um misto de c a n d u r a e cinismo - o by responde: " O laos. Para os Estados que havia sido eleito em 70. com o envolvimento da CIA no Chile, mas
presidente Ford tinha d e i x a d o claro q u e Unidos era i m p o r t a n t e q u e o país con- 0 governo Allende foi i n t e r r o m p i d o em se recusa comentar a carta de Harrington.
tais intervenções f a z i a m p a r t e d a r e a l i d a d e tinuasse a m i g o e não caísse em m ã o s de 11 de s e t e m b r o de 73 por u m violento gol- Nedzi, contactado em Munique onde
da política internacional, " a U R S S faz isso elementos q u e nos fossem hostis. Em vez pe de e s t a d o no qual o presidente m o r r e u . eslava cm viagem de inspeção com outros
d o o u t r o l a d o " e q u e serviam aos interes- de recorrer ao nosso poder militar e em- 1 iii sua exposição na C â m a r a . Colby membros do Comitê de Serviços Armados
ses d o pais. pregar e n o r m e s esforços políticos, é revelou q u e a CIA interveio pela primeira da Camara, também se negou a qualquer
Henry Kissinger t a m b é m deixou claro preferível influenciar personalidades e vez cm 1964. q u a n d o Allende era can- comentário.
q u e as atividades d a CIA no Chile t i n h a m grupos políticos capazes de c o n t r o l a r a d i d a t o de oposição a E d u a r d o Frei d o Par- Harrington disse na carta que pôde ler
por objetivo i m p e d i r o e s t a b e l e c i m e n t o de evolução d a s coisas. O caso d o Laos nos tido. D e m o c r a t a Cristão q u e aceitava a duas vezes as 48 páginas da transcrição do
um governo de p a r t i d o único q u e ia eli- custou s o m a s consideráveis,mas foi b a r a t o proteção n o r t e - a m e r i c á n a . depoimento de Colby praticamente sem
m i n a r os movimentos e os j o r n a i s de cm c o m p a r a ç ã o com o u t r a s m a n e i r a s de As operações da Agência, disse Colby. tomar notas: "minha memória foi a única
oposição. lazer o m e s m o negócio". eram c o n s i d e r a d a s c o m o teste p a r a a téc- fonte para o que constitui a substância
nica de uso de g r a n d e s investimentos de desse depoimento", escreveu.
Le M o n d e . 2 4 / 9 / 7 4 d i n h e i r o p a r a a c a b a r com um governo an- O diretor da CIA disse lambem que
O dedo na engrenagem
tagônico d o p o n t o de vista dos Estados depois da eleição de Allende 5 milhões de
Era de esperar. Longe de se i n t i m i d a r A CIA: é hora de voltar do frio Unidos. C o n t u d o . há noticia de interven- dólares foram cedidos pelo Comitê dos 40
com as " d e c l a r a ç õ e s " hostis de seus ad- ções semelhates da CIA em outros países para nosos esforços de "desestabilização"i
P e r g u n t a : " Q u e lei internacional nos antes da eleição de Allende. de Allende em 71,72 e 73. Mais 1
versários. Ford e Kissinger m e t e r a m o permite t e n t a r t r a n s f o r m a r o governo con-
d e d o n u m a temível e n g r e n a g e m . Depois Colby diz t a m b é m q u e todas as inter- milhão e .->00 mil dólares foi fornecido
stitucionalmente eleito de o u t r o p a í s ? " . venções da CIA contra o governo Allende para apoiar os candidatos anti-Allende
de um cessar fogo de um mes, a influente Resposta: " E u não vou j u l g a r a ques-
i m p r e n s a liberal se lançou de assalto à foram a p r o v a d a s 110 inicio pelo Comitê dos nas eleições municipais do mesmo ano
tão de saber se é p e r m i t i d o ou a u t o r i z a d o 40 em W a s h i n g t o n , u m a instancia su- (sabe-se que os candidatos da Unidade
Casa Branca. C a d a dia trazia novas o n d a s pelo direito internacional. É u m f a t o
de "revelações". O n t e m , o New York prema e secreta dos p r o b l e m a s de infor- Popular obtiveram 44% de votos).
reconhecido h i s t o r i c a m e n t e q u e tais ações mação. c h e f i a d a pelo secretário de Estado
l i m e s escreveu: " A CIA financiou várias Alguns desses fundos, testemunha Col-
são de interesse d o país q u e as e m p r e g a " . Kissinger. O Comitê dos 40 foi instituído by, foram para um jornal influente anti-
greves, c o m o a dos d o n o s de c a m i n h õ e s e Essa resposta b r u t a l d o presidente
de p e q u e n o s c o m e r c i a n t e s q u e contri- pelo presidente Kennedy n u m . , e s f o r ç o Allende ("não identificado") de Santiago.
Gerald Ford, d u r a n t e sua entrevista à im- para por sob controle d o governo as Mas, sem dúvida Irata-se do Mercúrio.
buíram amplamente para por fim ao prensa s e m a n a p a s s a d a foi excessivamente
regime de U n i d a d e P o p u l a r em s e t e m b r o atividades da CIA, depois d o prejuízo com Na sua carta de 18 de julho de 1974 ao
violenta ou excessivamente c â n d i d a . Ela os exilados c u b a n o s treinados e e q u i p a d o s representante Morgan, Harrington cita
de 73. Era necessário a p o i a r j o r n a i s e deixou a impressão c o n f u s a - e o governo
televisões ligadas aos meios anti-Allende pela Agencia q u a n d o invadiram C u b a cm Colby afirmando que o Comitê dos 40
nada fez em seguida p a r a dissipá-la - de 19t> 1.
p o r q u e . s e g u n d o um f u n c i o n á r i o d a - C I A , autorizou uma despesa de 1 milhão de
q u e os Estados Unidos se sentem livres
" n ã o a d i a n t a n a d a haver greves se nin- dólares para atividades com vistas a uma
p a r a subverter o u t r o governo c a d a vez q u e Uma audição especial
guém fica s a b e n d o " . "posterior politica de desestabilização"
a política a m e r i c a n a resolva.
em agosto de 73, um mes antes da junta
A p e r g u n t a fora feita depois d a confir- Os detalhes desse envolvimento d a CIA militar tomar o poder em Santiago.
F r a n c e Soir, 2 2 / 7 4 mação de Ford d o seguinte f a t o : a ad- 110 Chile foram*a principio fornecidos por " 0 plano integral autorizado cm agos-
m i n i s t r a ç ã o Nixon autorizou a CIA a em- Colby ao sub-eoraite de Serviços A r m a d o s to foi cancelado quando o golpe de estado
A proposta do diretor da CIA. "Agir pregar 8 milhões de dólares na c a m p a n h a da C a m a r a , presidido pelo r e p r e s e n t a n t e militar aconteceu menos de um mes mais
sobre uma situação por meios politicos ou de 1970-73 com o objetivo de a j u d a r os ad- I.ucicn N. Nedzi. d e m o c r a t a de Michign, tarde", escreve Harrington. Ele acrescenta
para-militares". versários d o governo marxista de Allende d u r a n t e a u d i ç ã o especial de um dia. em 22 contudo que Colby declarou que 34 mil
ijo Chile. Até a s e m a n a p a s s a d a , m e m b r o s ile abril de 1974. O d e p o i m e n t o foi co- dólares dos fundos foram gastos - inclusive
Além d a s p r o p o s t a s sobre o Chile q u e d o governo Nixon e d o governo Ford insis- locado à disposição d o r e p r e s e n t a n t e 2r> mil dólares depositados para certa
transcrevemos d o Le M o n d e de 24 de tiam em negar q u a l q u e r implicação dos Michel .1. Harrigton, d e m o c r a t a liberal de pessoa comprar uma estação de rádio.
s e t e m b r o . M. Colby disse n u m a entrevista Estados Unidos na m u d a n ç a d o regime Massachussets, q u e há m u i t o t e m p o (...) "No periodo que precedeu o golpe
ao T i m e : Allende. Eles c o n t i n u a m a f i r m a n d o com criticava a CIA. H a r r i n g t o n escreveu a de Estado", disse uma personalidade
- A CIA tem três f u n ç õ e s principais: insistência q u e a CIA n ã o é responsável outros m e m b r o s d o Congresso há 6 se- oficial, "havia um ponto de vista muito
t r a b a l h o científico e técnico (de detecção), pelo golpe de 73 q u e levou Allende à m o r t e m a n a s p a r a protestar contra as atividades firme do Comitê dos 40 - que é Kissinger
avaliação dos d a d o s de u m p r o b l e m a e in- e pos em seu lugar u m a j u n t a represssiva clandestinas da Agencia e contra a recusa mais ninguém - segundo o qual o governo
f o r m a ç ã o clandestina. E n i a i s u m a ^ q u a r t a de direita. de reconhece-las por p a r t e da adminis- A l l e n d e e s t a v a c o m p l e t a m e n t e desa-
r e s p o n s a b i l i d a d e : agir sobre u m a situação Os m e m b r o s d o Congresso se sentiram tração Nixon. a p e s a r de seguidos ques- creditado".
por meios políticos ou p a r a m i l j i a r e s . É u l t r a j a d o s pela notícia, c o n f i r m a d o q u e tionamentos d o Congresso. A cópia de
u m a atividade q u e segue as f l u t u a ç õ e s da M u i t a s p e r s o n a l i d a d e s o f i c i a i s do
mais u m a vez haviam sido b u r l a d o s pelo uma carta confidencial de 7 p á g i n a s en- Departamento de Estado disseram sob
política g o v e r n a m e n t a l . No caso, a ten- poder executivo. M a s i m p o r t a n t e a i n d a , o viada por Harrigton ao r e p r e s e n t a n t e juramento, durante as audiências (peran-
dência a t u a l é p a r a baixo - em t e r m o s de desenvolvimento da o p e r a ç ã o Chile a j u d o u 1 liomas E. M o r g a n , presidente d o Comitê te o sub-comite das Relações Exteriores
prestigio dessa atividade. a clarear o d e b a t e sobre a f u n ç ã o d a CIA e para assuntos estrangeiros da C a m a r a , foi do Senado) que os Estados Unidos não
ampliá-lo no Congresso e n o país. colocada a disposição d o New York Times. fizeram nenhuma tentativa de intervenção
O d e p o i m e n t o de Colby indica q u e na politica interna do Chile
Poucos h o m e n s c o m p r e e n d e m esses personalidades oficiais de alto escalão no Echvard M. Korry, antigo embaixador
choques de exércitos a n ô n i m o s nos pontos d e p a r t a m e n t o de E s t a d o e na Casa Branca no Chile declarou: "os Estados Unidos
obscuros ou conhecem a prática da arte de m a n e i r a d e l i b e r a d a e repetida enga- não procuraram influenciar ou subverter
da c a m u f l a g e m melhor q u e W. Colby. (...) naram público a m e r i c a n o e Congresso um só membro do Congresso chileno, nem
Depois de ter servido em Estocolmo e sobre a extensão d o envolvimento dos Es- sequer pressioná-lo, em nenhum momen-
R o m a . foi n o m e a d o chefe no Leste Lon- tados Unidos nos assuntos internos d o to, durante os 4 anos de minhas funções.
gínquo, divisão de W a s h i n g t o n . Voltou a Chile d u r a n t e os 3 anos de governo Allen- Nenhuma linha dura em relação do Chile
Saigon em 68 p a r a pôr em prática o esfor- de. loi aplicada, em nenhum momento".
ço de pacificação q u e incluía o célebre A vitória de Allende for ratificada pelo
P r o g r a m a Fenix. Em 1971, Fenix causou a Congresso chileno em o u t u b r o de 70 e o New York Times, 8 de setembro de 1974
-morte de 20.587 m e m b r o s e s i m p a t i z a n t e s d e p a r t a m e n t o de E s t a d o declarou mais
vietcongs. s e g u n d o as p r ó p r i a s c o n t a s de tarde q u e a A d m i n i s t r a ç ã o tinha "re- KISSINGER C E N S U R O U O
Colby... jeitado firmemente" q u a l q u e r tentativa de EMBAIXADOR AMERICANO
A p a r e n t e m e n t e , Colby é c o n t r á r i o aos b l o q u e a r sua posse. NO CHILE
t r a b a l h o s sujos. " E u o c h a m a r i a um frio M a s Colby t e s t e m u n h o u q u e o Comitê
guerreiro esclarecido", disse u m f u n - dos 40 cedeu 350 mil dólares p a r a t e n t a r , Segundo declarações de fonte gover-
cionário da CIA. " M a s n ã o e s q u e ç a m q u e sem sucesso, c o m p r a r os m e m b r o s d o namental, hoje, o secretário de Estado
esse t r a b a l h o é f r i o " . Congresso chileno. Kissinger censurou o embaixador ame-
(...) E n q u a n t o a CIA c o n d u z i a suas ricano no Chile, David H. Popper, depois
l inie. 30 de s e t e m b r o de 1974 operações clandestinas, foram reduzidos que Popper discutiu tortura e outras ques-
os e m p r é s t i m o s b a n c á r i o s p a r a o desen- tões pondo em jogo os direitos humanos,
volvimento da política de a j u d a ex- durante uma reunião com personalidades
terna dos Estados Unidos corno t a m b é m 'oficiais chilenas que falava sobre ajuda
os créditos dos b a n c o s comerciais militar.
Ex-14 39
As operações políticas camufladas contra Allende foram feitas para o b e m e no interesse do povo chileno. (Ford)
4
ERDADE
LIBERDADE
ABRE AS ASAS
SOBRE NOS LEIA EDITORIAL NA PÁGINA 5
N A O PERCA:
A M O R T E
Piroli, o escritor
fedido de Minas
D O (página 30)
O bispo de São Félix
J O R N A L I S T A (página 12)
Jornalista joga
V L A D I M I R sangue no ventilador
(página 29)
EstamosCom o M e d o
b a l h o , f e i j ã o e a r r o z lá t e m t e m p o d e
fazer ioga?
H o j e tá t o d o m u n d o n o m e s m o b a r -
A verdade é q u e quase todo m u n d o c o , n e m dá m a i s p r a t e r m u i t a d i v i s ã o
se c o n t e n t a c o m heróis: heróis d e 1917, ninguém sabe d i r e i t o o q u e o o u t r o p e n - "por uma corrida de taxi não paga..."
heróis d e W o o d s t o c k , heróis d e m a i o d e sa, n i n g u é m f a l a , m a l dá p r a e n t e n d e r ,
Impossível Estudar
68, heróis q u e f o r a m e v o l t a r a m , heróis pedir. E c a b e aqui meus elogios a e » t " "nam-
cada u m reage à suaforma e a gente t e m
q u i s m o " q u e se agiganta e q u e t e m f o r c a para
n a c i o n a i s e i m p o r t a d o s , herói-vizinho- q u e d e s c o b r i r . Se fala d o a m o r ; não j o g o
p e l o m e n o s p o r e m p a u t a c o m mais c o n s t â n -
m e u q u e a p a n h o u , e olha, cara, sou ami- e l e f o r a n ã o ; tá t o d o m u n d o s a b e n d o d a D e s c u l p e m o jeito q u e vai esta carta, cia, esta s i t u a ç ã o , a f i m d e q u e isto l e v e os " i n -
g ã o d e l e , e l e d a n ç o u e s a i u d e lá f u d i d o ; f a l t a d e a f e t o , d o m e d o d e se d a r , d e s e mas e u p r e c i s o escrever rápido senão d i c a d o s " a se v e r e m e n c u r r a l a d o s pela o p i n i ã o
herói q u e a gente julga a d o r m e c i d o e a b r i r , se m o s t r a r , q u e r o c o n h e c e r e a m a r a c a b o m e a r r e p e n d e n d o e i s t o ficará, mais i m p o r t a n t e : a d o p o v o .
d e p o i s o u v e e l e d i z e r q u e vai l e v a n d o , q u e m tá d o m e u l a d o e m e s a c a , t e n h o c o m o muitas outras coisas, g u a r d a d o a) F e r n a n d o " V A S Q S " , B u r u S P
herói q u e fala d i r e t o , q u e cita n o m e s e raiva d e q u e m m e a p e r t a a g a r g a n t a , q u e atrás d o s o l h o s e o u v i d o s e d i s t a n t e d a s PS.: Estamos, c á e m B a u r u , c o n f e c c i o n a n d o
d a t a s , q u e s e e x p õ e , q u e d i z as c o i s a s m e s u f o c a , q u e n ã o e n x e r g a as c o i s a s mãos.
u m a revista. T e r á o n o m e d e O G r i f o e será uma
c o m o são, e a g r a n d e m a i o r i a d e n ó s c o m mudando. O eterno movimento dos revista d e h u m o r , n ã o e x c l u s i v a m e n t e . Nela
C o m o v o c ê s q u e r e m q u e e u seja p o l i - a b o r d a r e m o s arte e assuntos sociais e m geral,
aquele puta m e d o d e se e x p o r (porra, e u barcos m o v i m e n t o m o v i m e n t o dos bar- t i z a d o n u m p a i s o n d e e x i s t e A I - 5 e 477? e n f i m será c u l t u r a l . C o n t e r á t a m b é m o p i n i õ e s
m e i n c l u o ) fica , e s p e r a n d o q u e u m d o s cos m o v i m e n t o m o v i m e n t o . N o d i a 20 d e o u t u b r o d i s s e r a m q u e i a m pessoais d e u m v e l h o c o l u n i s t a p o l i t i c o . N ã o
grandes t o m e alguma iniciativa, q u e diga E p a r a o n d e vai essa e n e r g i a t o d a dissolver u m a classe d o c u r s i n h o d o p o d e r e m o s c o n t a r c o m o m e s m o t e o r politico
alguma coisa q u e a gente quer ouvir, q u e a g e n t e t e m d e n t r o d a g e n t e ? Se Colégio O b j e t i v o . O pessoal a c e i t o u e se d e u m EX (motivos d e f o r ç a maior) mas é uma
q u e a gente q u e r dizer mas não t e m p e r d e , se dissipa, é r e p r i m i d a , m i l tipos e n c a m i n h o u às c l a s s e s d e s i g n a d a s o n d e revista c u l t u r a l , e c u l t u r a é h u m a n i s m o , h u m a -
c o r a g e m ; f i c a m o s aí, e s p e r a n d o a r e p o r - d e energia r e p r i m i d a , m i l tipos d e e n e r - era impossível e s t u d a r p o r c a u s a d o n i s m o è r e i v i n d i c a ç ã o s o c i a l , o l h e m n ó s na
t a g e m , e s p e r a n d o a letra d a música q u e g i a p r a se l i b e r a r , a v o z d a g e n t e é falar excesso d e gente. V o l t a m o s a nossa anti-
politica. .
a g e n t e p r e c i s a sacar nas e n t r e l i n h a s , a l g o , e m t o d o s os l u g a r e s , n a o se e s c o n - g a sala e n o s r e c u s a m o s a sair. O d i r e t o r
e s p e r a n d o d e c l a r a ç õ e s ; f i c a m o s aí,
v i b r a n d o c o m o s C a m õ e s d o E s t a d o {72¬
d e r só n o Riviera, M a i s U m , e t c .
O l h a , é começar pela gente mesmo,
não v e i o falar c o n o s c o p o i s estava e m
" r e u n i ã o " . M a r c a d a reunião para o d i a Pau no Pasquim
73), d e l i c i a d o s c o m o s l i v r o s r e t i r a d o s d e a g e n t e já s a b e a r o t i n a d o o p e r á r i o , m a s s e g u i n t e , o sr. J o r g i n h o (o d i r e t o r ) a p a r e -
circulação (mais u m t e m a p r o s p a p o s ) , c o m e ç a r p o r e l a m u i t a g e n t e já t e n t o u e ceu e a primeira coisa q u e falou foi q u e o Companheiros do EX:
e s c a n d a l i z a d o s c o m a q u e l a música q u e não d e u certo. N ã o adianta se q u e r e r pessoal d o colégio não p o d e reclamar Espero que dê tempo de enfiar isso no n 16, 9
ensaio fotográfico...
Estilo Inquisição
Detenho-me nessas considerações,
antes d e marcar m e u protesto e d o m e u
partido, o M D B , dentro d e u m a linha d e
coerência à sua programática, a o r e t r o -
cesso d a ampliação d a censura-prévia à
i m p r e n s a , n o s últimos dias.
Q u a n d o d o centenário d o g r a n d e ó r -
g ã o l i b e r a l O E s t a d o d e S. P a u l o , p r o m e - de Walter C h e l m a n , Rio.
t i d o o término d a censura-prévia, v e r i f i -
cou-se q u e jornais c o m o Opinião, M o v i -
m e n t o , Ex, n a l i n h a d o s s e m a n á r i o s , e A índio Reclama Do Mau-Humor
e m f i m , se o t r a b a l h o é a própria v i d a d o
esparsas. O o b j e t i v o inicial é u m m a p e a m e n t o
c o m p l e t o d o e s t a d o . O t r a b a l h o seria d i v i d i d o
Tribuna d a Imprensa, d o Rio, e o Jornal Os colonizadores quando chegaram à e m 3 etapas: G r a n d e Recife, Z o n a d a M a t a ,
América, e n c o n t r a r a m t e r r a s férteis, h o m e m ; q u e r e s p o s t a d ã o a esta d e c l a r a - A g r e s t e e Sertão. V a m o s atacar o G r a n d e R e c i -
d e Brasília n a l i n h a d o s d i á r i o s , c o n t i -
montes ricos e m madeira e animais d e ção q u e r e s u m e u m a situação d e t r e - fe. F o t o g r a f a n d o , a p l i c a n d o u m questinário-
n u a m s o f r e n d o censura-prévia. V e j a , a
peles valiosas, minas imensas e m r i q u e - m e n d a exploração e m q u e e s t a m o s o s padrão e d e p o i s u m d e p o i m e n t o . Para isso,
m a i s assídua r e v i s t a d e i n f o r m a ç õ e s d o estamos c o n t a n d o c o m total a p o i o d e H e r m i l o
zas d e o u r o , p r a t a e o u t r o s m i n e r a i s p r e - í n d i o s d e s d e há 5 s é c u l o s . P o r e l e é v o n -
País, j a m a i s s e l i b e r t o u d e u m a c e n s u r a B o r b a F i l h o . P o r e n q u a n t o é isso. G o s t a r i a d e
ciosos. N ó s cultivávamos e trabalhava- tade d o Parlamento d o C o n e Sul: d i z e r mais coisa. M a s vejo q u e o mais i m p o r -
q u e a f a z c a d a v e z m a i s difícil d e s e r
m o s nossas c o m u n i d a d e s , defendíamos 1. S e p o n h a f i m à d i s c r i m i n a ç ã o d o í n - t a n t e é o t r a b a l h o .
mantida.
nossos povos, não t e m e n d o a nada. d i o c o m r e l a ç ã o às t a r e f a s q u e n o s d e t e r - a) Ivan M a u r í c i o , Beth Salgueiro, R e c i f e
N u m p a n o r a m a a s s i m tão t u r v o , q u a n -
Nós o s indígenas e m p r e g a d o s , se m i n a m n a divisão d o t r a b a l h o . Q u e s e
d o o Presidente Geisel, n u m rasgo- m u i -
Salão de Humores
a l g u m d i a o c h e f e o u o patrão a m a n h e c e p a g u e e f e t i v a m e n t e e q u e não se p a g u e
to a o seu f eitio - d e c o r a g e m e altivez d e
de m a u h u m o r , s o m o s rechaçados. Ele n u n c a mais e m vales.
atitude, abriu o verbo d o governo à
não t e m interesse e m q u e o índio a p r e n - 2. N ã o s e r e s e r v e c o m e x c l u s i v i d a d e a o
Nação, c h a m a d a à realidade d o seu F a ç o cartuns h á alguns t e m p o , sem n o e n t a n -
da e siga p r o g r e d i n d o . Estamos c a n s a d o s i n d í g e n a as t a r e f a s m a i s d e s a g r a d á v e i s e
sacrifício a n t e recessão d o c a p i t a l i s m o to ter p u b l i c a d o r e g u l a r m e n t e e m n e n h u m
d e s o f r e r t a n t a injustiça, h o j e nós t r a t a m q u e e x i g e m u m m a i o r d e s g a s t e físico.
m u n d i a l , c o n t i n u a m n o País as p e r s e g u i - jornal o u revista. R e c e n t e m e n t e c o m o c a r t u m
mal p o r q u e nós t e m o s m e d o , p o r q u e 3. Q u e o p r o d u t o d o t r a b a l h o r e a l i z a - INPS, q u e ai lhes e n v i o , tirei 1 lugar n o I S a l ã o
ções a j o r n a i s e jornalistas, n o m e l h o r 9
D e i x a m o s coletivamente o Jornal d a C i d a - s a i r d e l a . S e já é d i f í c i l f a z e r j o r n a l i s m o aí n o
de. D o e u m u i t o p o r q u e o j o r n a l e r a e x a t a m e n - e i x o Rio-São P a u l o , i m a g i n e q u i n o N o r d e s t e .
te o q u e a g e n t e t i n h a p e n s a d o e m f a z e r , a ú n i - A experiência d o Jornal d a C i d a d e e n s i n o u q u e
a g e n t e t i n h a q u e ir p a r a gráfica, m o n t a g e m ,
ca coisa q u e estava i m p o r t a n d o p r o f i s s i o n a l -
m e t e r o b e d e l h o na distribuição, t u d o . T u d o é
mente p r o nosso grupo aqui n o Recife. A gente
precário, t u d o é N o r d e s t e . Não tínhamos c o n -
tinha c o n s e g u i d o abrir o jornal para a cidade,
vbdb A? dições tecnológicas e n e m h u m a n a s . M a s
os recifenses p a r t i c i p a v a m d e l e , t e l e f o n a v a m
f o m o s lá. L u t a m o s f e i t o u n s d o i d o s . A g o r a , s e n -
d a n d o sugestões, e s c r e v i a m , v i n h a m à r e d a -
te-se n o g r u p o esse s e n t i m e n t o d e q u e p o d e -
ção. Só q u e o j o r n a l t i n h a u m d o n o q u e não
mos fazer alguma coisa aqui. S e m regionalismo
ralava a m e s m a língua d a g e n t e . Ele r e a l m e n t e
babaca, sem folclorismo barato. M a s c o n s c i e n -
n u n c a c o n s e g u i u e n t e n d e r a diferença e n t r e o te d e q u e o c e n t r o d o m u n d o é o l u g a r o n d e
jornal dele os outros: sabia apenas q u e o dele estamos.
não d a v a d i n h e i r o . Daí r e s o l v e u fazer o i n e v i -
tável: m u d a r t u d o , v e n d e r p r a q u e m t i n h a Começamos a matutar e d e s c o b r i m o s q u e
">x u ".n/y d i n h e i r o p r a c o m p r a r . E aí n ã o i n t e r e s s a v a m a i s o único c a p i t a l q u e nós tínhamos e r a a h o n e s t i -
a g e n t e . M a s t u d o b e m , até q u e e l e d u r o u m u i - d a d e d e propósitos d o n o s s o t r a b a l h o e q u e
õ t o , n ã o é ? 49 n ú m e r o s ! M a i s d o q u e a g e n t e não adiantava ficar r e c l a m a n d o d o d o n o d o
n u n c a i m a g i n o u s e q u e r pensar... j o r n a l , p o i s o s d o n o s d e j o r n a l são e s e r ã o s e m -
Q u e r e r s e r r e p ó r t e r h o j e e m d i a está pre donos de jornal. Resolvemos nos organizar
v i r a n d o r o m a n t i s m o . A r e p o r t a g e m está s e n d o para fazer u m trabalho d e levantamento d a
b a n i d a d o j o r n a l i s m o . M a s a gente insiste, m e s - Arte p o p u l a r e m P e r n a m b u c o , q u e serviria
m o q u e o espaço esteja c a d a v e z mais a p e r t a - p a r a o início d e u m a série d e publicações
4 76
A
A MDB
LUTA E X P L O S Ã O DENUNCIA
DOS OS
JOVENS P E L O RADICAIS
C O L A P S O
CRITICA
SE A
RESPOSTA
DE
BRASIL ESPANHA]
A LUTA
CONTRA
MULHER
OGRANDE
COMPRADOR
ESPERA,
ULISSES O TEMPO DEILUiOES
Fora Das
Bancas.
Até Quando?
CHEGA
O semanário Crítica, do Rio, não
aparece nas bancas do país desde o dia
20 de outubro, quando deveria ter saído
seu r)P 63. O fato tem 3 versões: segundo
Alberto Dines (Folha de SP, 2/11 na
O
coluna "jornais dos jornais"), o jornal
parou por motivos financeiros; segundo
a redação de Crítica, foram "problemas
internos" e segundo um funcionário da
Editora Abril, trata-se da censura prévia,
instalada no jornal depois do 62.
A versão de censura é negada por
NATAL
Santos um dos jornalistas da equipe de
Crítica:
- Paramos para reformular o jornal,
porque estava fraco. Nada que ver com
censura. O diretor principal, Geraldo
Melo Mourão, deve voltar de viagem
daqui uns 75 dias e daqui mais umas 3
semanas voltamos às bancas. Com cara
nova.
A Distribuidora Abril não sabe
quando vai receber para distribuir o Crí-
tica que deveria ter distribuído no dia 20
O Ex-17 v a i s e r u m p r e s e n t e d e de outubro. A partir dessa segunda-
feira, de segunda em segunda recebe
g r e g o : 60 páginas, 10 c o n t o s . A o apenas avisos de n o v o s adiamentos. Um
n ú m e r o n o r m a l d e 40 páginas, funcionário da Distribuidora, acha que o
n 6 3 n ã o sai "talvez por que eles não
v a m o s a c r e s c e n t a r 20 c o m " o
p
t
I. L E S S A
c o n d u ç ã o , m a t e r i a l d e r e d a ç ã o , a l u g u e l , l u z , água). A g o r a , d ê u m a o l h a n o E x p e -
C. MARQUES
d i e n t e , veja q u a n t o s s o m o s . E i m a g i n e o estapeio na h o r a d e distribuir a grana
O s e d i t o r e s e f u n c i o n á r i o s d a Ex- E d i -
q u e s o b r a . P a r e c e a q u e l a casa o n d e não t e m p ã o : t o d o s c h i a m e n i n g u é m t e m tora c u m p r e m o dever d e c o m u n i c a r
razão. os f a l e c i m e n t o s .
L e m b r e - s e d e nós. Se p u d e r , c o m p r e 2, c o m p r e 3 Ex n e s s e d e z e m b r o . D ê u m EXPEDIENTE
p r e s e n t e a o s a m i g o s , o u t r o a nós. A j u d e a e s g o t a r n o s s a 17? e d i ç ã o . V e n h a d e lá Ex E d i t o r e s : H a m i l t o n A l m e i d a F i l h o / N a r c i s o
K a l i l i / M y l t o n S e v e r i a n o d e Silva/Paulo Patar-
u m p e d a c i n h o d o s e u 1 3 , prá g e n t e b o t a r n a r u a n o s s o 18? m a i s a l i v i a d o s .
9 ra/Amâncio Chiodi/Dácio Nitrini/Palmério
Dória de Vasconcelos/Armindo Machado/-
E, se f o r possível, u m F e l i z N a t a l prá t o d o s nós. Percival d e S o u z a / L u i s Cuerrero/Alexander
Solnik/Hermes Ursini/Vanira Codato/João
Antônio/Cláudio Favieri/Jayme Leão/Cida
Ex E d i t o r a L t d a . R u a S a n t o A n t ô n i o , 1.043. SEP
01314, SP. N e n h u m d i r e i t o reservado. Direitos
d e r e p r o d u ç ã o d a revista argentina C r i s i s , c e d i -
d o s g r a t u i t a m e n t e . T i r a g e m : 30 mil e x e m p l a -
res. D i s t r i b u i ç ã o N a c i o n a l : A b r i l S.A. C u l t u r a l e
Industrial, SP. C o m p o s t o e i m p r e s s o nas o f i c i -
nas d a P A T - P u b l i c a ç õ e s e Assistência T é c n i c a
Ltda., rua D r . V i r g í l i o d e C a r v a l h o P i n t o , 412,
SP.
H i n o à R e p ú b l i c a
Letra: Medeiros e Albuquerque (1867-1934)
Música: Leopoldo M i g u e z (1850-1902)
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz.
salada EX-16
Milagre Brasileiro:
humorista vive
ILUSTRAÇÃO LAURO
u s a d o para desempregar e s t u d a n t e s ) , o s
alunos da Faculdade d e Geografia e
disso desde os 16 G e o l o g i a p a r a l i s a r a m as a t i v i d a d e s d i d á -
ticas d a e s c o l a . P r a u s a r u m a i m a g e m
anos, no Nordeste! nada tropical, a coisa cresceu c o m o u m a
b o l a d e n e v e . A t é o d i a 17, 32 d o s 43 c u r -
sos d a U F B a , e n g l o b a n d o a t é a d i s t a n t e
O R A L ( R o m i l d o A r a ú j o Lima) é u m treal/Canadá); Exposition International Apesar d o s e s f o r ç o s d e O s c a r e seus Faculdade d e A g r o n o m i a d e C r u z das
cara q u e sobreviveu f a z e n d o c a r t u m n o de Caricature Berlin (1975); Exposition auxiliares, t ê m s a í d o d e n ú n c i a s n o s jor- A l m a s ( a 2 horas e meia d e S a l v a d o r ) ,
N o r d e s t e e ainda está vivo. Vai fazer u m a International de Caricature Athenes nais londrinenses, a t r i b u í d a s a " f o n t e s e s t a v a m " p a r a l i s a d o s " . O u seja: a maioria
e x p o s i ç ã o n o f i m d o m ê s para ajudar o (1975): e dos salões nacionais de Soroca- desconhecidas", noticiando dezenas d e a b s o l u t a d o s 8 m i l universitários d o E s t a -
filho d e nascer. Pedi para ele fazer uns ba/Piracicaba )1975). Hoje, aos 24 anos , c o n t r a t a ç õ e s d e professores s e m c o n - d o r e s o l v e u r e v e r a lamentável situação
cartuns sobre i m p r e n s a , q u e s e g u e m ex-priineiranista de Direito (1972) e jor- curso, todas baseadas e m i n d i c a ç õ e s d o e n s i n o e n f r a q u e c i d o p e l a falta d e
junto c o m s e u d e p o i m e n t o : nalismo (1975) descobri o verdadeiro sig- políticas o u familiares. S ó e m agosto a v e r b a s , p e l a evasão e d e t e n ç ã o profissio-
Até o s 75 a n o s morei em Arcoverde, nificado daquele sinal defronte as esco- Reitoria a n u n c i o u 38 c o n t r a t a ç õ e s desse nal d o s p r o f e s s o r e s pessimamente
sertão de Pernambuco. Copiava gibi e las: ATENÇÃO, ESCOLA. jeito. remunerados.
desenhava em carvão nas calçadas. Eu Ivan Maurício - Recife. N o m e s m o m ê s , sem causa justa, O s c a r
vendia também gibi na feira. Tinha fixa- O m o v i m e n t o g r e v i s t a , através d a
d e m i t i u o professor T s u t o m u H i d e s h i . d o
Assembléia G e r a l d o s Estudantes, reinvi-
Em Londrina,
ção em desenho de Zorro pulando de D e p a r t a m e n t o d e Patologia A p l i c a d a d o
um precipício. Gostava de Mandrake e d i c a a suspensão d o j u b i l a m e n t o , o a t e n -
Centro de Ciências e S a ú d e , alegando
d i m e n t o às e x i g ê n c i a s d e c a d a e s c o l a
alunos e mestres
Fantasma.Lá,as revistas da Ebaleramuma q u e " e l e n ã o era c o n v e n i e n t e para a
raridade. Eu usava para vender de segun- q u a n t o a o nível d o s c u r s o s , o a b o n o das
U n i v e r s i d a d e " . H i g h e s h i p e d i u abertura
da mão. As revistas vinham de trem. A faltas, a reposição das aulas e p r o v a s p e r -
em pânico nas mãos
d e i n q u é r i t o para q u e possa se d e f e n d e r ,
gente ficava esperando. Com 73 a n o s , vi d i d a s d u r a n t e a paralisação.Estas as r e i -
se existe a l g u m a coisa contra ele, mas a t é
um anúncio da Escola Panamericana de vindicações principais.
do genro de Ney
agora n ã o foi a t e n d i d o .
Arte. O anúncio era bonito, tinha pro- E m b o r a se c o l o q u e m c o m o u m m o v i -
O s professores d o C e n t r e d e S a ú d e
messas pro cara ficar empregado numa m e n t o e x c l u s i v a m e n t e reivindicatório,
t a m b é m protestaram contra a d e m i s s ã o .
editora. Meu pai pagou o curso e fiz em e m a l g u n s d o c u m e n t o s , crítricas " à f i l o -
A i n d a mais p o r q u e havia i n f o r m a ç õ e s
dois anos porciue o correio atrasava mui- O ginecologista O s c a r Alves, 38 anos, sofia t e c n i c i s t a d a R e f o r m a Universitária
seguras d e q u e viriam outras. C h e g a r a m
to. Na verdade, o diploma recebi, mas o mais j o v e m reitor d o Brasil, gosta d e e aos i n s t r u m e n t o s d e exceção: o D e c r e -
a m a n d a r u m p e d i d o d e esclarecimento
cadê onde publicar os quadrinhos? Vim s e g u r a n ç a . Assim q u e p e g o u a U n i v e r s i - to 477 e a L e i 5 5 4 0 " .
ao reitor, q u e n ã o t o m o u c o n h e c i m e n -
morar no Recife. Mandei novos traba- dade de Londrina, n o Paraná, o genro de O s diálogos c o m o reitor i n t e r i n o ,
to.
lhos para as editoras. Desta feita, um N e y Braga, ministro d a E d u c a ç ã o , t o m o u Augusto Mascarenhas, mostraram-se
pouco esclarecido, os quadrinhos abor- a l i b e r d a d e d e criar a AESI - Assessoria D e p o i s , n o dia 11 d e o u t u b r o , o d i r e - infrutíferos. A s b a n c a d a s d o M D B e d a
davam a eterna temática nossa: o canga- Especial d e S e g u r a n ç a e I n f o r m a ç õ e s . tor d o C e n t r o , N e l s o n R o d r i g u e s d o s A r e n a n a Assembléia Legislativa d e r a m
ço. Antes, influenciado pela temática F u n ç ã o : " l o c a l i z a r os e l e m e n t o s c o n t r á - Santos, f o i preso pelas autoridades m i l i - apoio ao m o v i m e n t o estudantil. O car-
importada, só fazia cowboys. Os dese¬ rios às d i s p o s i ç õ e s regimentares'. tares, q u e ainda n ã o d e r a m o m o t i v o . O deal D o m Avelar Brandão Vilela apare-
nhos (oram devolvidos com o conselho A AESI o r g a n i z o u u m f i c h á r i o , insti- Diretório d a Universidade d e Londrina, ceu c o m u m a espécie d e m e d i a d o r
de "praticar mais, usando modelos vivos, tuiu a " s i n d i c â n c i a i n t e r n a " , para tomar q u e representa os 6.471 estudantes, público entre a direção d a U n i v e r s i d a d e
como fazem os profissionais". O sonho d e p o i m e n t o s d e professores e alunos, e m a n d o u u m d o c u m e n t o d e protesto ao e os estudantes. N o m e i o d o m o v i m e n t o ,
estava virando pesadelo - e p o r mais que presidente d a R e p ú b l i c a : o representante d o M E C , Edson M a c h a -
u m a guarda secreta, cujos integrantes
me beliscasse, não acordaria: o pesadelo d o , esteve 2 v e z e s c o m o s universitários,
quase todos c o n h e c e m na Universidade. "Esta prisão a c o n t e c e e m m e i o a u m
era a infinita realidade batendo nos seus a q u a s e 1 mês d o início d o m o v i m e n t o n a
E mais: u m a C o m i s s ã o Especial e x a m i n a clima d e p â n i c o na c o m u n i d a d e , o n d e
76 a n o s . Parei de fazer quadrinhos. G e o c i ê n c i a s e d e s u a p r o p a g a ç ã o , as e x i -
agora a i m p l a n t a ç ã o d o p r o j e t o d e r e s o - o c o r r e r a m diversas p r i s õ e s " . ,
l u ç ã o 169, u m a e s p é c i e d e c o m p l e m e n t o g ê n c i a s d o s e s t u d a n t e s estão p r a t i c a -
Em 7967, um irmão meu, o Ruy - que M a s , a t é agora, os professores n ã o m e n t e s e m resposta. Pairam ameaças:
por sinal era quem bolava minhas cartas d o d e c r e t o 477. A originalidade d o p r o -
t o m a r a m q u a l q u e r d e c i s ã o . Talvez p o r - ano p e r d i d o para todos, reprovação e m
para as editoras - me aconselhou a fazer jeto d o ginecologista está n o artigo 2,
q u e , e m t o d o lugar q u e se r e ú n e m para massa, e t c , e outras mais sussurradas,
piadas. Meio sem jeito, fui tentando, até q u e p r e v ê a t é s u s p e n s ã o dos alunos q u e discutir o assunto, lá estão os guardas d e v e l a d a s , d e caráter p o u c o e s t u d a n t i l . O s
tjue surgiu o primeiro cartum. Criei o se apresentarem nos trabalhos escolares segurança d e Oscar. universitários c o n t i n u a m a f r e q ü e n t a r
primeiro e saí correndo por dentro de " e m desacordo c o m a moral o u a d e c ê n -
suas e s c o l a s , e s t u d a n d o as q u e s t õ e s e
mim mesmo: havia descoberto o humor. cia". O mesmo acontecerá c o m quem
Estudantes baianos
p r o c u r a n d o s o l u ç õ e s j u n t o às a u t o r i d a -
Consegui, depois de cartas e cartas para "desobedecer a d e t e r m i n a ç ã o superior
des.
as revistas de piadas do sul, publicar os n ã o manifestante i l e g a l " . A s s i m , o a l u n o
primeiros
nas revistas
desenhos
da Editora
profissionalmente
Edrel ("Mil Pia-
p o d e ser p u n i d o p o r fumar " e m lugar
n ã o p e r m i t i d o " , o u p o r ter c a b e l o c o m - gozam de total P r i m e i r a página q u a s e q u e diária n o s
jornais baianos, o m o v i m e n t o estudantil
das", "Garotas e Piadas",
quatro anos que colaborei
etc). Durante
com essa edi-
p r i d o , o u aparecer, na aula sem gravata,
etc. liberdade (quando é o d e maior amplitude d e s d e 6 8 - q u a n -
d o estavam e m m o d a , c o m a vantagem
tora, houve fases de euforia:
os desenhos publicados; e
quando via
desespero
O u t r a a m b i ç ã o d e O s c a r é ter o c o n -
trole absoluto das i n f o r m a ç õ e s q u e saem estão no banheiro) d e estar livre d e " u n s c a s c u d o s " . Ve-se
depois disso, q u e o porta-voz o u os
quando a compensação financeira que da U n i v e r s i d a d e - 554 professores, 6.471 escrevinhadores d e banheiros na UFBs,
era pouca atrasava paca. Eles começaram alunos. N i n g u é m p o d e falar sem a u t o r i - " T r i s t e s i n a / s e r p o e t a d e l a t r i n a " . " O s já n ã o são a q u i l o q u e o u t r o r a c h a m á v a -
a pagar 5 7 5 p o r página, em 7969. N o últi- z a ç ã o d e l e . M a s as vezes n ã o d á . Em c o n t e s t a d o r e s d e latrina são autênticos m o s " l e g í t i m o s r e p r e s e n t a n t e s " d o s
mo ,-no que mandei, final de 1972, eles s e t e m b r o , 40 f u n c i o n á r i o s d o Hospital revolucionários d e m e r d a " . e s t u d a n t e s . D u a s confissões, d o i s d e s a -
pagavam $35 por página. Cada página U n i v e r s i t á r i o , entre auxiliares d e e n f e r - D u a s confissões, d o i s d e s a b a f o s e n t r e b a f o s e m p u r r a d o s para b a i x o , s e m m u i t a
tinha uma média de nove quadros. Eu m a g e m e atendentes_, paralisaram o tra- os m u i t o s - p o l í t i c o s , l i t e r á r i o s , s e x u a i s - força d e e x p r e s s ã o d e p o i s q u e a " p a r a l i -
sentava na prancheta e dizia: Tem de balho p o r 1 hora, reividicando o paga- dos b a n h e i r o s d a F a c u l d a d e d e Filosofia sação" m i n i m i z o u a importância d o
sair. Cot egui anotar a produção até 200 m e n t o d e a u m e n t o já c o n c e d i d o (ga- e Ciências H u m a n a s d a U F B a , U n i v e r s i - ideário político d o s b a n h e i r o s d o c a m -
páginas, i as de 1.500 piadas. Haviam as n h a m 488 cruzeiros). D o i s r e p ó r t e r e s d o d a d e F e d e r a l d a B a h i a . O ideário políti- po, m u r a l d e r r a d e i r o , m u r o das l a m e n t a -
pressões uentro da família (até o Ruy) e ções.
jornal l o n d r i n e n s e P a n o r a m a - Valdir co—poético—contestador d o s f u t u r o s
fora de casa: pois a maioria, apesar de
C o e l h o e Jaelson Lucas - acabaram s e n - cientistas h u m a n o s e m exposição e 20 d e o u t u b r o - T o d a s as e s c o l a s a m a -
admirar os trabalhos, me desestimulava:
d o detidos p e l o administrador d o h o s p i - invenção p e r m a n e n t e não t r a d u z mais, n h e c e r a m " g u a r n e c i d a s " p o r policiais
"não tem futuro", "num dá dinheiro",
tal, Ivo Cristofoli, q u e c h a m o u duas rá- c o m t a n t a e x a t i d ã o , a p s i c o l o g i a d o s u n i - m i l i t a r e s e as r á d i o - p a t r u l h a s p e r m a n e -
"melhor arranjar emprego em escritó-
dio-patrulhas. versitários b a i a n o s . c e r a m e m constante circulação pelos
rio, banco".
D e p o i s c h e g o u o assessor d e i m p r e n s a Não q u e t e n h a m d e s a p a r e c i d o d e campus. N a Faculdade d e Filosofia e
d o reitor, R o b e r t o C o u t i n h o M e n d e s , veaz os poetas e c o n t e s t a d o r e s . C e r t a - Ciências H u m a n a s , os estudantes insisti-
Aí veio o Pasquim.Comecei a mudar a c u s a n d o os r e p ó r t e r e s d e " i n v a s ã o d e m e n t e c o n t i n u a m existir. Prova disso é a ram e m p e r m a n e c e r e m reunião, m e s m o
muita coisa dentro da minha concepção d o m i c í l i o " , mas disposto a e s q u e c e r intensa l i b e r a t u r a d e b a n h e i r o . D e s d e d e após a advertência d o Secretário d a
de humor, antes engraçadinho, aliena- t u d o se eles n ã o publicassem n a d a . O s 23 d e s e t e m b r o , c o n t u d o , o s u n i v e r s i t á - S e g u r a n ç a P ú b l i c a , e f o r a m d i s p e r s a d o s .
do. Daí pra cá publiquei também na r e p ó r t e r e s n ã o aceitaram a p r o p o s t a . rios r e s o l v e r a m criar n o v o s canais d e Boa parte deles t e n t o u n o v a reunião n o
Revista Vozes; Enciclopédia dei Humor Ficaram e s p e r a n d o o fim d e u m a r e u n i ã o expressão e m o d i f i c a r p q u a t r o p o l í t i c o C a m p o G r a n d e e f o i d i s p e r s a d a n o v a -
(Colômbia); Visão; e jornal da Cidade. E d o assessor d e i m p r e n s a c o m dois a g e n - da Universidade. m e n t e . A curva d a coisa começa a d e c l i -
participei do IX e X (197.2/1973) Salon tes d a P o l í c i a Federal. D e p o i s f o r a m l i b e - P r o t e s t a n d o c o n t r a " o b a i x o n í v e l d e n a r e a o p ç ã o f o i v o l t a r às a u ' a s .
International de Ia Caricature (Mon- rados. ensino e o jubilamento" (instrumento G u s t a v o Fa'cón
EX-16 salada
SANTA EDWIGES, PERDOAI 21,5 BILHÕES DE DÓLARES!
Decreto-Lei
n<? 477,
De 26 De Fevereiro Graças à Santa,
t e v e a idéia d e a p e l a r p a r a S a n t a E d w i g e s .
" E p a r e c e q u e as c o i s a s estão m e l h o r a n -
F O T O G R A F O A P A V O R A D O : Q U E M ME PROTEGE D A P O L i C I A?
CLASSIFICADOS
Marinaldo Guimarães
apresenta
NOVOS BAIANOS
De 5 a 9 de novembro
4?, 5? e 6?: 21 h o r a s
S á b a d o : 21:30 e à meia-noite
(sessão maldita)
D o m i n g o : 21 h o r a s
TEATRO ® B A N D E I R A N T E S
Av. Brig. Luis Antônio. 1411
. . Tel.: 36-4376
CLASSIFICADOS Dt IMPRENSA
8 a p É ^ i ^
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NADA |MAIS Se o Do M e i o Brasília e F u s c ã o . E c u b r a m - s e os d o n o s
d e Passat: o s p a r a g u a i o s g o s t a r a m m u i t o
nesse c a s o , c o m o é d e b a i x a , n ã o se d e u
maior i m p o r t â n c i a . É s e m p r e assim...
Aperta
fl 0 | Z E R fl B U R G U E S f l
d o c a r r o e... lá v i u , n é ? A g o r a , H é l i o v a i F u m a c ê s sifu - A t u r m i n h a q u e g o s t a
mofar uins bons tempos ad galleran, d e debruçar-se s o b r e o implacável artigo
o Gatilho, t o m a n d o café d e c a n e q u i n h a .
Data-vênia piou - N a c o l u n a a n t e -
281 d o vastíssimo c a r d á p i o p e n a l , p r e c i s a
saber dessa: os h o m e n s d e capa preta d o
rior, c o n t e i alguns casos d o Caveirinha Palácio d e Têmis, além d e c a n e t a r e m o
Adeus Fotógrafo!
t
JORNAL
que vai entrando sem avisar? M e desba- p r o c ó s c o n t i n u a m a estourar. já v i u : f i m d e sursis e c h u m b o . A ú n i c a
ratinaram, dando um tempo pro delega- saída é o c a r a p r o v a r q u e é u m i n f e l i z e
daPRAIA
do chegar. O delegado chegou, viu que Edmundo pirou - D e p o i s q u e o Gali- conseguir atestado d e p o b r e z a . M a s
eu era da Folha de SP e maneirou. Auto- nha passou a biritar d e m a i s n o h o t e l d e n e m s e m p r e o c a r a é d u r ã o ; daí c o r r e o
mmrísm s e u G u e d e s , c h u t a r a m - n o para a Penita. risco d e ver a multa c o n v e r t i d a e m p e n a .
rizou a fotografar os bandidos (?).
ANOI-N'1 NATAl 21-9-75 CftS3J0 U l t i m a m e n t e , o s e c r e t á r i o d o diretor C o m o já e s c r e v i a q u i , o b a r a t o s a i c a r o
Aí começa a segunda cena: os caras
mostrando os bandidos. "Olhe pra má- estava s e n d o o E d m u n d o c o m p o r t a d o pacas. C u b r a m - s e !
quina aí! segura firme o revórverí", dizia jovem q u e galgou o posto de confiança.
o tira. Botou os caras tudo iuntinho pre- O b i c h o tanto p e d i u q u e o m e r e t í s s i m o C a ç a às bruxas - O s s h e r l o q u e s
parando o cenário à base de porrada. Fiz corregedor concordou em mandá-lo estão d a n d o e m c i m a d o s d e s m u n h e c a n -
a foto e saí rapidinho. Voltei pro jornal. para a C o l ô n i a Penal d e B a u r u , o n d e f a l - tes s e r e s q u e p u l u l a m e m t o r n o d o H i l t o n
Entrego o filme e n o dia seguinte vejo a tavam d o i s anos para s e r e m c u r t i d o s . E H o t e l e a d j a c ê n c i a s . Isso p o r q u e e s t a b e -
ioto publicada: só então noto duas balas não é que o Edmundo queimou o chão? leceu-se entre eles e o m u l h e r i l m o t o r i -
RECIFE, UMA CIDADE no tambor do 38 que o tira tinha dado Esta p e g o u m a l , p o r q u e e l e vai ter q u e z a d o u m a feroz concorrência: h o u v e
pro bandido posar! Moral da história: viver p i r a d o . . . se vacilar, d a n ç a . L a m e n - u m dia e m q u e o time dos desmunheca-
quando a polícia chegar, chame o t á v e l , E d m u n d o : v o c ê assim p r e j u d i c o u dos e a mulherada trocaram unhadas e
ladrão! toda a turma. p u x õ e s d e c a b e l o atrás d o G i n á s i o C a e -
tano d e C a m p o s , na disputa d o m o n o p ó -
B A I X A S O C Amando
IEDADE Chiodi
Diplomas - Foi c o m o máximo p r a - lio d o trottoir.
Anunciamos zer q u e estive na Casa d e Detenção para
participar da solenidade de entrega de Fumeta inocente - O m e u c o n s i d e r a -
De Amanhã o u t u b r o e, a o q u e t u d o i n d i c a , 6 m i l a t é
dezembro.
m u i t o c o m o clássico " s a b e s c o m q u e m
falas?" R e s u l t a d o : o c o i t a d o foi g r a m -
H é l i o d a n ç o u - N a véspera n a t a l i n a p e a d o , a o m e s m o t e m p o q u e l h e intruja-
de 73, Hélio Rubens d e Carvalho, notó- Presunto na Zona Norte - A o q u e vam u m n a c o d e canabis. N a p r e s e n ç a d o
r i o caranguejeiro, escafedeu-se do xilin- t u d o i n d i c a , aqueles chafras q u e fritaram capa-preta, o tira justificava o flagra:
Estudantes Os caminhos
para a d r ó d e S u z a n o (SP). H é l i o , a s e g u i r , m a n - três m o ç o i l o s n u m a r u a d e bairro e l e - " t a v a n o b o l s o d a camisa d o f u m e t a ,
brincam Hare, Hare.
de trânsito Eles <hegaidm Põs-Craduacão d o u u m a c a r t i n h a para o meretíssimo gante, e m abril, f i z e r a m u m a caca n o E x c e l ê n c i a " . M a s f o i aí q u e o m e r e t í s s i -
c a p a - p r e t a d a II V a r a A u x i l i a r d o J ú r i , m e n o s a p r a z í v e l Jardim C e e i , b u r a q u e i r a mo, c o m notória perplexidade, consta-
da Z o n a N o r t e p a u l i s t a . A l i , numa
Afogados é uma zona inocentando o doutor Paranhos da acu-
t e n e b r o s a n o i t e , as metrancas p i p o c a -
t o u q u e o infeliz trajava uma.camisa sem
b o l s o . O m e r e t í s s i m o n ã o teve d ú v i d a s :
sação de t e r p r e s u n t a d o u m c e r t o D e d é ,
nas águas p r e n c o c r i s t a l i n a s d o r i o S a p u - ram e i m e d i a t a m e n t e , das alturas, S ã o absolveu o b e b u m , a essa altura s ó b r i o , e
caí. C o n s i d e r a n d o - s e q u e H é l i o e r a a P e d r o s a c o u dois c a r t õ e s v e r m e l h o s - e n t u b o u o rato.
testemunha principal e o capa-preta c o m o diria o Beija-Flor. N a v e r d a d e , foi
acusador parecia chamar-se S i d o n , d e t u d o b r o n c a p o r q u e , dias antes, dois C a r t a d a cadeia - F i n i n h o m e e s c r e v e
tão v a s e l i n a , o d o u t o r P a r a n h o s , a q u e l e vagaus h a v i a m faturado o s u p e r m e r c a d o d a P e n i t a : " d e s c u l p e se m e d i r i j o a v o c ê ,
q u e se d i z i n j u s t a m e n t e a c u s a d o d e i n t e - d e u m japa, p e r t o d a l i , e m a n d a d o arre- mas não t e n h o a mais n i n g u é m q u e p o s -
grar esquadrólogas fileiras d e a n t a n h o , bites para c i m a d e d o i s chafras q u e t e n - sa f a z e r a l g o p o r m i m " . F i n i n h o , n a c a r -
livrou-se d a gaiola. E Hélio? T e v e q u e taram i m p e d i r o p i n o t e . t a , p e r g u n t a : " a Justiça é p a r a t o d o s o u
p u x a r p a r a o i n t e r i o r e, e s t e a n o , f o i N o b a n g u e - b a n g u e d o Jardim C e e i , os só p a r a o s m e n o s a f o r t u n a d o s ? Eu n ã o
r e c o m p e n s a d o : passou a integrar u m chafras d i z e m q u e r e c e b e r a m azeitonas t e n h o condições d e pagar u m a d v o g a d o
cartaz a cores c o m o u m d o s d e z mais p r i m e i r o . T e r i a m se limitado a dar o t r o - b o m , e t a m b é m não t e n h o orientação
perigosos b a n d i d o s d a metrópole. A c o . M a s , s e g u r a m e n t e , u m d o s falecidos s u f i c i e n t e p a r a d e s m a s c a r a r essa farsa;
" C l a r i m " é o mais n o v o jornal d e C a m - b e m da verdade, Hélio continuava a era barra l i m p a , o q u e c o m p l i c a a coisa espero q u e você perca uns minutos d e
pinas. O n » 0 t e m d e s e m p r e g o , h o s p í c i o , m a n d a r suas c a r a n g a s p a r a a q u e l e v i z i - c o n s i d e r a v e l m e n t e . Ressaltamos n a o c a - t e u p r e c i o s o t e m p o e v e n h a até a q u i . "
valsa, a s s o m b r a ç ã o , d e s e n v o l v i m e n t o , n h o país q u e , s e a c a b a r a m u a m b a e o s i ã o : n a rua A r g e n t i n a , t o d o m u n d o Fininho m e c o n t a , a i n d a , q u e g u a r d a
etc. Este m ê s sai o n? 1. fumacê, f e c h a para balanço. Aliás, mais b u f o u , p o r q u e a patota e r a d e alta. M a s c o n s i g o u m a Bíblia q u e l h e e n t r e g u e i ,
fX-76 salada
E Q U E M T O M A C O N T A D O NOSSOQUARTEIRÃO?NINGUÈM.
CLASSIFICADOS DE IMPRENSA
VírcTNAM
BALANÇO BALA POR BALA.
Segunda
mm remessa:
C o m o é o Seu
B r e v e m e n t e , para v e r c o m o a n d a m os Na rua Santo Antônio, Bela Vista,
" U m jornal q u e respeita a g r a n d e
b o x i x o s . Inté. q u a r t e i r ã o e n t r e as r u a s 13 d e M a i o e D r .
i m p r e n s a c o m o se fosse sua m ã e " é o
Pedaço? Fotografe,
C a v e i r i n h a f o i - s e - Israel Assis Luís B a r r e t o ( o n d e f i c a a r e d a ç ã o d o Ex), lema d o n? 1 d e " S c a p s " , l a n ç a d o e m
M a c h a d o , o C a v e i r i n h a , foi d e v i d a m e n - o b a r m a i s m o v i m e n t a d o é o Pássaro P r e - Curitiba p o r L.C. R e t t a m o z o e. V a z . A
Leve A o Museu
te fritado na G u a n a b a r a , p o r s h e r l o q u e s to, q u e t e m u m a vitrola eletrônica e u m g r a n d e r e p o r t a g e m é a respeito' d e u m
paulistas. O m o ç o , d e s d e q u e d e r a o pássaro p r e t o a n d a n d o p e l o b a l c ã o . Lá se b o r d e l d e luxo, o 4 Bicos. T a m b é m v e n -
Clementina de Jesus
É o fim da picada. publicitárias d e a n u n c i a n t e s e agências q u e
A nova d a n ç a /
p r e f e r e m investir n o s órgãos t r a d i c i o n a i s . M a s
Percival d e S o u z a q u e b a l a n ç a mas n ã o cansa c o n t a m o s c o m a sua colaboração. Para r e c e b e r
A n o v a d a n ç a q u e faz p a r t e /
Inspetor De
Uma vez disse Villa-Lobos: "Eu sou o " C o m p l e m e n t o " d u r a n t e u m a n o , basta enviar
da " P o l í t i c a d a Boa V i z i n h a n ç a " folclore". Clementina poderia dizer o u m c h e q u e visado e m n o m e d e " C o m p l e m e n -
E lá na favela t o d a b a t u c a d a / mesmo. Passou a infância debruçada nas to E d i t o r i a l " - R u a Frei G a s p a r , 104, sala 35 C E P
Quarteirão Era já t e m b o o g i e - w o o g i e
A t é as c a b r o c h a s só d a n ç a m , /
cantigas de sua mãe, nas modas
por seu pai violeiro,
tiradas
nos cantos de senza-
1 1 . 1 0 0 - S a n t o s / SP.
A g r a d e c e m o s m u i t o , p o r isso. José R o d r i -
Pau No Bexiga
cupon preenchido:
foi p o r isso q u e aderiu tipo de música que praticamente se
D o A m a z o n a s a o Rio G r a n d e , / extingiu no Brasil, e p o r um fatalismo NOME
especial (oi a ela reservada a honra de PROFISSÃO
S ã o Paulo e Rio
O c o r o n e l Erasmo Dias, Secretário d a preservar e legar à posteridade esse tra- RUA
O boogie-woogie, boogie-woogie, N"
S e g u r a n ç a P ú b l i c a d e SP, é o m a i o r balho.
boogie-woogie BAIRRO
defensor d o decreto q u e instituiu a volta
A nova d a n ç a q u e surgiu
d o inspetor d e quarteirão, e x t i n t o d e s d e H e r m i n i o Bello d e C a r v a l h o CEP
1959. O d e c r e t o f o i a s s i n a d o e m (Boogie-Woogie na Favela - Denis Brean) CIDADE uOtWESTADO
70 salada
C A M P A N H A D O III REICH: FAÇA U M F I L H O E P O D E M O R R E R .
EX-16
CLASSIFICADOS
revistas de, a r q u i t e t u r a , H Q , a r t e
decoração» cinema, m o d a , avia- RODRIGO FARIAS LIMA E FLÁVIO
BRUNO APRESENTAM:
ção, automobilismo, fotografia,
ciências e, n a t u r a l m e n t e , os T h e
One Show. Graphis Annual e
M o d e n Publicyt da vida.
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Mulher Boa, t i n h a 3 c a t e g o r i a s : c r u z d e b r o n z e (4 a 6
f i l h o s ) , c r u z d e p r a t a (6 a 8 f i l h o s ) e c r u z
Em Tempo
d e o u r o (8 f i l h o s o u m a i s ) .
Em agosto d e 1939, 3 milhões d e
é a Mãe
h o m e m da rua. Nessa época, a p r e o c u -
pação c o m a " f e c u n d i d a d e " e r a tão f o r t e
q u e n e n h u m a m u l h e r , d e n t r e as 18
A luta c o n t r a a falta d e f i l h o s , i n i c i a d a
milhões d e alemãs d e d i c a d a s à e d u c a ç ã o
pelos nazistas d e s d e q u e c h e g a r a m ao
d o s f i l h o s , f o i e n v i a d a a t r a b a l h a r nas
poder, concentrou-se primeiro e m tor-
fábricas, a n t e s d e 1 9 4 3 . C o m e ç o u e n t ã o
n o d a m u l h e r e m a n c i p a d a . Era p r e c i s o , a
u m a luta v i o l e n t a c o n t r a o h o m o s s e x u a -
t o d o c u s t o , forçá-la a r e i n t e g r a r - s e n o
l i s m o , a prostituição e o a b o r t o , q u e d a v a
lar, s e g u n d o a v e l h a t e o r i a d o s três " K " :
c a m p o cie c o n c e n t r a ç ã o e a t é p e n a d e
Kuche, Kinder, Kirche (cozinha, crian-
morte.
ças, c a p e l a ) . N u m a é p o c a e m q u e as
Por não p a r t i c i p a r d o esforço d e m o -
mulheres conquistavam o direito de
g r á f i c o , o s l a r e s s e m f i l h o s , as m u l h e r e s
v o t o e l u t a v a m p o r sua libertação, o Par-
estéreis e a t é as m u l h e r e s " d e m a s i a d o
tido Nacional-Socialista publicava, e m
velhas para e n g r a v i d a r " também foram
j a n e i r o d e 1 9 2 1 , e d i t a l e m q u e se c o m -
a l v o d o s e u g e n i s t a s n a z i s t a s . D a s 16
p r o m e t i a a " e x c l u i r p a r a s e m p r e as
milhões d e m u l h e r e s casadas até o f i n a l
m u l h e r e s d e t o d a e q u a l q u e r posição
d e 1938, 2 2 , 5 % não t i n h a m filhos. Por
i m p o r t a n t e n o domínio d a política".
isso f o i c r i a d a n o v a l e i s o b r e o d i v ó r c i o ,
A partir d e 1933, h o u v e o c u i d a d o d e e m 1938. A s s i m , d e 42 m i l e m 1932, o n ú -
m o d i f i c a r os p r o g r a m a s das j o v e n s e s c o - m e r o d e divórcios p a s s o u a 62 m i l e m
lares: lugar d e m u l h e r e r a e m casa e não 1938. O s t r i b u n a i s , m e d i a n t e s i m p l e s
na u n i v e r s i d a d e . E m j u n h o d e 1936, u m a declaração d o m a r i d o acusando a
lei p r o i b i u às m u l h e r e s o e x e r c í c i o d a s mulher de esterilidade, p o d i a m decretar
f u n ç õ e s d e j u i z , p r o m o t o r e vários o divórcio.
outros cargos elevados na magistratura.
O c a s a m e n t o , tal c o m o a Igreja d e f e n -
A m u l h e r , s e g u n d o o s n a z i s t a s , só e r a
d e , t o r n a - s e r a p i d a m e n t e , n o espírito d a
c a p a z d e julgar d e a c o r d o c o m os seus
SS, o i n i m i g o d a f e c u n d i d a d e . U m d i a ,
s e n t i m e n t o s , e r a i n c a p a z d e f a z e r justiça
H i m m l e r f e z esta c o n f i d e n c i a a o s e u
d e a c o r d o c o m o p a r t i d o . A s médicas
massagista finlandês, D r . Felix K e r s t e n :
casadas também p e r d e r a m o e m p r e g o ,
f x p e r i m e n t e viajar c o m " D e p o i s da guerra o código m a t r i m o -
" d i a n t e d a n e c e s s i d a d e d e se d e d i c a r e m
a gente. Á terra d o n i a l será m o d i f i c a d o a f i m d e l e g a l i z a r a
à produção d e filhos".
b i g a m i a . O c a s a m e n t o é o b r a diabólica
M a l b o r o , é m a i s 60 P o r mais s u r p r e e n d e n t e q u e isso p o s s a
d a I g r e j a . A s s u a s l e i s são i m o r a i s . N a
outros países. parecer, a m a i o r i a das m u l h e r e s a c a b o u
b i g a m i a , c a d a m u l h e r será p a r a a o u t r a
V o c ê mora c o m uma por considerar q u e o culto da materni-
u m estimulante a f i m d e representar,
família d o país hospedeiro, d a d e , a p e s a r d e t o d a s as d e s v a n t a g e n s d a
para o m a r i d o , a m u l h e r i d e a l , s o n h a d a ,
discriminação c o n t r a o sexo f e m i n i n o ,
faz c u r s o d e l í n g u a s , à i m a g e m e semelhança das atrizes d e
e r a u m b e m n e c e s s á r i o à pátria. A f i m d e
ou freqüenta o campus de cinema".
mostrar seus s e n t i m e n t o s a n t i b u r g u e s e s
Em o u t u b r o d e 1939, H i m m l e r p u b l i -
uma Universidade. de verdadeiras nacional-socialistas, p r o -
c o u o seguinte édito:
Basta falar i n g l ê s o u curaram assemelhar-se ao ideal f e m i n i -
" P a r a além d o s limites das leis, d o s
o u t r a l í n g u a , ter e n t r e n o d e l o u r a r e l u z e n t e , d e ancas largas,
E X P E R I M E N T O DE costumes e das opiniões burguesas, tal-
CONVIVÊNCIA INTERNACIONAL 15 e 30 a n o s , e n a t u r a l m e n t e , cabelos atados n a n u c a o u entrançados
v e z n e c e s s á r i o s , c u m p r e h o j e às m u l h e -
òr«a. conaulter d. U N E S C O e m c o r o a na cabeça. N o s ônibus d e
u m pai legal q u e financia res e m o ç a s d e p u r o s a n g u e a l e m ã o a
B e r l i m , as m o ç a s m a q u i l a d a s e r a m t r a t a -
BRASIL o Programa. n o b r e tarefa d e p e d i r aos s o l d a d o s q u e
das c o m o " p u t a s " . A e s b e l t e z t a m b é m
p a r t e m p a r a a f r e n t e - e isto q u e r elas
e r a c o m b a t i d a . T o d o m u n d o s a b e q u e as
s e j a m c a s a d a s o u n ã o - q u e as f a ç a m
m u l h e r e s e x c e s s i v a m e n t e magras não
m ã e s . U m a t a l c o n c e p ç ã o n ã o será
ESCRITÓRIO NACIONAL p o d e m ter muitos filhos.
e m p r e e n d i d a c o m espírito frívolo, m a s
S. P a u l o - R u a B a r ã o d e C a p a n e m a 340 t e l : 81.5497 O aniversário d e n a s c i m e n t o d a m ã e
c o m a g r a n d e consciência d o d e v e r q u e
d e A d o l f H i t l e r - 12 d e a g o s t o - f o i e s c o -
E s c r i t ó r i o R e g i o n a i s - B e l o H o r i z o n t e , t e l : 24.1865; C u r i t i b a , t e l : 22.3344; d e v e a n i m a r u m s o l d a d o q u e n ã o s a b e se
l h i d o p a r a a " f e s t a d a s mães a l e m ã s " .
L o n d r i n a , t e l : t e l : 22.0519: .Rio d e j a n e i r o , t e l : 224.0828 224.1233: P o r t o A l e g r e , t e l : voltará a v e r , u m d i a , o c é u d e s e u p a í s . "
N e s s e d i a , as m ã e s d e m u i t o s f i l h o s e r a m
( C o n d e n s a d o d o livro Em N o m e d a R a ç a ,
condecoradas, c o m grande pompa, c o m
d e M a r c Itillel)
EX-16 salada
55: LACERDA QUASE DÁ O GOLPE E PEDE ASILO A CUBA
Insurge-se o general Lott contra o presidente da República
REVOLUÇÃO NO RIO Chefes do exercito não se conformaram com a substituição do ministro da Guerra —
segundo um comunicado hoje dado à publicidade — Esperam a solidariedade da
Marinha e da Aeronáutica — Solidário com Lott o marechal Mascarenhas de Morais
R I O . 11 ( M o i - i i l i n n s i l ) - I r i í c n l e - \ s credcneiar-nns poma Intérprete d o * a n -
6 h n r a v i l n m a n h ã d e h o j e . rio M i n i s t é r i o seios ilo Exército, o b j e t i v a n d o n r e t o r -
riu ( i n r r r a . r e c e b e m o s a «.etíninte n o t a : no d n situação i * " q u a d r o s n o r m a i s d a
n
Café; Carlos
Prado Kelly, Munhoz da Rocha e o Cél. O a m o r é c o m o duas b o r b o l e t a s
Petrobrás e brecar os eleitos de outubro.
jurandir Bizarria Mamede (o do discurso q u e estivessem s o b r e u m a rosa,
Demitiu Lott, nomeou o Gal. Fiúza de
Quer Chupar
pluvioso), e outros. (Napoleão escreveu a mais l i n d a d e todas d o j a r d i m .
Castro para a pasta vaga e começou a O a m o r t e m q u e haver.
aos seus veteranos: "Bastará dizerdes:
conspirar, de dentro do Catete, com Se n ã o h o u v e s s e o a m o r
Cana e Assobiar.
eu estive na batalha de Austerlitz; para
Carlos Lacerda, o Brigadeiro Eduardo n ã o havia n a d a b o n i t o . O a m o r são duas
que vos respondam: eis um bravo!" Os
Gomes (Ministro da Aeronáutica) e os estrelas a brilhar, a brilhar.
políticos que andaram no Tamandaré,
Almirante Pena Boto e Amorim do Vale A rosa e o sol s ã o a m o r .
Chuva - A terra fofa abria-se em valas. dia 10 de novembro de 55, f caram ;
por O a m o r é a p o e s i a . O a m o r são dois
(Ministro da Marinha). Não esqueceu,
Estava tudo empapado. O tropical muito tempo marcados. Apenas, no seu passarinhos a construir a sua casinha.
naturalmente, de instruir o chefe de
Aurora dos políticos, o chalé preto da caso, talvez não coubesse o adjetivo final O a m o r é n ã o haver p o l í c i a s .
polícia, Menezes Cortes: como na últi-
viúva Canrobert Pereira da Costa. Pinga- da exaltação napoleônica.)
ma cena de "Casablanca", recolhesse I n á c i o Silva C r u z , 10 a n o s
vam os negros ciprestes e o verde das far- Os passageiros do Tamandaré iam de
"os suspeitos de sempre". O golpe
das. Só o s coveiros da chuva - os formi- crista baixa. Talvez, à mesa do coman-
começara a se mover, como uma aranha
gões não lhes subiam pelas pernas. Nis- dante, provando frutas e café, falassem
no escuro. NATAL
so, o Coronel Bizarria Mamede, amigo do serviço que não completaram. Seu
O GOLPE BEM DADO - Em São Cristó-
do morto, abriu um discurso - três pági- golpe saiu pela culatra, como as vezes Estou farto d e ser p o b r e e d e viver
vão, Lott, o Ministro da Guerra demitdo
nas datilografas em espaço dois. Não acontecia com os principiantes na boa e n u m a barraca d e lata agora sinto q u e
(por ser nacionalista e defensor da posse m o r r o sinto a m o r t e a c h e g a r vejo_
sondou a caverna escura do Nada, a face velha Chicago de Fitzgerald. Por que
aos eleitos), fitava a parede do seu quar- tudo perdido é p e r m a n e n t e este rio
da Morte. Desceu foi o pau no sistema haviam falhado? Como diligente mãe
to. De repente parou de fitar, ergueu-se pobre
eleitoral vigente. Ele e a UDN achavam que descobre maconha na bolsa da filha,
de um pulo, vestiu a farda, fez meia dú- só
que ]uscelino Kubitscheck e Jango não se perguntavam, no convés do Taman-
zia d e t e l e f o n e m a s , p a r t i u p a r a o p a l á c i o sinto q u e m o r r o
deviam tomar posse: não haviam alcan- daré: mas o quê, Santo Deus, mas o quê
da Guerra. Operários noturnos cami- a m o r t e é fria
çado "maioria absoluta" no pleito de fizemos de errado? A resposta, iam te-la mas viver nisto, n ã o .
nhavam para a gare da Central do Brasil.
outubro. De onde Mamede tirou essa dentro de poucos anos. Estou s ó .
Despachou ordens, lacradas, para
idéia? Não foi certamente de Xenofonte. (Em tempo: ao regressar do cruzeiro, Fica este p o e m a para q u a n d o m e
comandantes e oficiais da sua confiança
Era o dia primeiro do mês de novembro Carlos Lacerda, aconselhado por ami- e n c o n t r a r e m t e r e m v e r g o n h a desta
(nacionalistas e/ou legalistas): impedis- miséria.
de 7955. gos, teria pedido asilo à embaixada
sem, a qualquer custo, a ação da Mari-
NOSTALGIA - Novembro de 1955... cubana). Vitor Pinho M o r e i r a , 8 anos
nha e da Aeronáutica. Ocupou, logica-
Doroty Dandrige flertou com Ibraim foel Rufino dos Santos
mente, o Departamento de Polícia Fede-
Suede no "Snack-Bar" do Country. O
ral. Só uma grande unidade fora do Rio
Cineac ("Você me encontra às 3, no café,
não lhe prestou imediata solidariedade. N Ó S S O M O S TRISTES
que nós vamos lá, eu falo com ele e está
tudo arranjado.
vamos ao Cineac,
Se você quiser,
assistir aos
depois
desenhos"
(Lott dirigira-se
ciplina,
a todas em nome da dis-
ferida por Mamede, e da legali- Poetas De 8 Anos N a n o i t e d e carnaval e u m u i t o triste,
Cantam Dores
e via todas as pessoas m a g o a d a s .
dade, amaeaçada por Carlos Luz.) O Pre-
- p{ograma de funcionário público, E a c o r d o c é u t a m b é m estava
sidente da República ligou para Lott: aborrecida.
segundo o humorista Sérgio Porto)... O
Cineac
sacional
mostrou vários dias a nossa
vitória sobre o Paraguai, 3 a 1,
sen-
que estava fazendo?
mandou
Lott nem
dizer que estava muito
atendeu,
ocupa- De Quem Já E os h o m e n s das laranjas s e m a p r e g o a r .
E e u n ã o sabia o q u e tinha s i d o .
tâÊÊ
A mata cobre 150 mii km2 ao norte de Mato Grosso, área quando a maioria das fazendas se estabeleceu; e grandes pro-
equivalente a dois terços do Estado de São Paulo. São os 150 mil prietários, que haviam comprado as fazendas " n o mapa", pas-
km2 da Prelazia de São Félix, dirigida por Pedro Casaldáliga Pia, saram a expulsar quem encontrassem em suas terras: índios ou
(foto) pastor de 70 mil almas, o primeiro bispo ameaçado de ser velhos posseiors de até 25 anos atrás. A mata era grande: mui-
expulso do país. tos se esconderam nela, alguns para sempre.
Deus é grande, mas a mata é maior: foi o que os sertanejos O conflito principal envolvia posseiros e a fazenda Codeara.
começaram a falar, depois que a região do Araguaia foi desti- Só entre 67 e 70, " a Codeara gastou 300 mil cruzeiros em
nada à criação extensiva de gado, c o m incentivos da Sudam, repressão contra os posseiros de Santa Terezinha", diz o bispo
em 1966. Hoje, os 150 mil km2 da Prelazia estão divididos em de São Félix.
apenas 73 propriedades, as menores c o m 100 km2, outras c o m
500, 1.000, 2.000 km2 - e uma delas, a Suiá-Missu, do grupo Pedro, o bispo de São Félix, 47 anos, nasceu em Barcelona,
Liquigás, considerada a maior fazenda de gado do mundo, Espanha. Poeta, autor de 3 livros: Üriel, 1965; Clamor Elemen-
com 5.000 km2 e aeroporto capaz de receber um Jumbo (300 taí, 1971; e Tierra Nuestra, Libertad, 1974. Jornalista, diretor
toneladas de carne numa só viagem). A área média das fazen- durante 4 anos da revista Iris, editada em Madri pelos claretia-
das é 2.000 km2, tamanho aproximado da Agropecuária Tama- nos. A guerra civil o atingiu em plena infância. Seu tio, padre,
kavy, de Silvio Santos. foi assassinado por anarquistas. " M i n h a família era tipicamen-
te católica, de direita. Ajudei, naquela hora, mesmo sendo
A mata passou a ser maior que Deus principalmente em 73,
criança, a esconder padres e freiras". Entrou para o seminário
quando órgãos de segurança vasculharam a área da Prelazia
logo após o fim da guerra/com 11 anos. Ordenou-se aos 21,
(São Félix, Cascalheira, Serra Nova, Porto Alegre, Pontinópolis,
como claretiano, e logo começou a trabalhar numa cidade
Santa Terezinha, meio Parque Nacional do Xingu, 7 aldeias
operária, Sabadel. "Isso já me abriu uma grande consciência
carajás e uma tapirapé). Padres, freiras, professores presos,
social." Chegou ao Brasil em 68, atendendo a apelos do Vatica-
posseiros perseguidos, o bispo confinado em casa, todos acu-
no e à força de sua vocação missionária. Já tinha estado na Áfri-
sados de incitação à violência. U m simples slide com a palavra
ca, onde introduziu os cursilhos de cristandade, na época
mata, usado num curso de alfabetizacão, foi considerado peça tachados de "modernistas, comunistas, protestantes, anticleri-
de acusação. Os conflitos, porém, já haviam começado em 66, cais e iluministas".
EX-76
73
e fiquei. S. Felix
o, incluída a ilha d o B a n a n a l , estava p r a -
ticamente desatendida e m termos de 9 de agosto de 1970, 17,00
Pastoral. Incidentalmente, u m a v e z p o r horas, pelo policial, André, de
a n o , passava u m p a d r e e m a l g u m a s p a r - São Félix, que se encontrava
tes, rápido, e a Santa Sé, p o r m e i o d a
N u n c i a t u r a , v i n h a insistindo fazia uns 4 bêbado. A t i r o u - m e sem
mais alto aí
e s c r a v i d ã o b r a n c a e m t o d a a História d o
país.
U m h i s t o r i a d o r t e m d i t o q u e os h i s t o -
riadores atuais d o Brasil têm a v a n t a g e m
d e p o d e r v i v e r , n u m a é p o c a só, t o d a s as
é p o c a s d a História h u m a n a . É p o c a d a
e s c r i v i d ã o , é p o c a d o f e u d a l i s m o e as ú l -
t i m a s é p o c a s d a História M o d e r n a , d a
CONTINUA
História a t u a l .
Escravidão e F e u d a l i s m o f o r a m o título
"Escravidão e F e u d a l i s m o n o N o r t e d e
M a t o G r o s s o " d o p r i m e i r o relatório mais do, c o m o consta e m documentos m a n - tentar n o v a m e n t e p e l o m e n o s apavorar
c o m p l e t o q u e m a n d e i à Presidência d a d a d o s p o r nós p a r a d i f e r e n t e s a u t o r i d a - aos p e d r e i r o s , p e d i a o p a d r e Jentel q u e
R e p u b l i c a , a o Ministério d o interior, ao d e s d o país, d e p o i s d e t e r e m s o f r i d o o s comunicasse ao p o v o o q u e significava a
Ministério d a A g r i c u l t u r a , a c h o q u e ao posseiros os máximos v e x a m e s d e parte construção d o ambulatório. Q u e t o m a s -
M i n i s t é r i o d a Justiça, a o G o v e r n a d o r d o d a C o d e a r a . . . roças q u e i m a d a s . . . c e r c a s , s e m consciência. N ã o e r a e v i d e n t e m e n -
M a t o G r o s s o , à Presidência d a C N B B e casas d e r r u b a d a s , q u e i m a d a s , a n i m a i s te d o interesse d o s e l e m e n t o s d a e q u i p e
a o N ú n c i o d o P a p a . A l i á s , o Sr. N ú n c i o dos posseiros castrados, posseiros perse- pastoral; era u m a obra e m favor d o
me r e s p o n d e u e l o g i a n d o a preocupação g u i d o s , ameaçados. A jagunçada a p a v o - povo.
pastoral... m a s m e p e d i n d o q u e evitasse rando o povo. O p o v o p o r iniciativa própria e n t e n -
q u e o relatório a p a r e c e s s e n a i m p r e n s a Chegou um momento em que a Mis- d e u essa colocação. E c o m b a s t a n t e i n g e -
d o exterior, p o r q u e p o d e r i a ser u t i l i z a d o são, e u já s e n d o b i s p o , d e c i d i u c o n s t r u i r n u i d a d e se propôs d e f e n d e r a c o n s t r u -
p a r a d e n i g r a r a i m a g e m d o B r a s i l . (Eu u m ambulatório d e n t r o das ruas d e Santa ç ã o . S e g u r a m e n t e , n e m e l e s n e m nós
t e n h o e n t e r r a d o vários peões nesse T e r e z i n h a . D e s d e o início a Missão i m a g i n a m o s q u e a C o d e a r a fosse reagir
c e m i t é r i o d e .São Félix, a l g u m a s v e z e s t o m o u c o n t a d o setor Saúde p o r causa c o m o reagiu.
s e m caixão, m u i t a s v e z e s s e m n o m e , u m d e q u e não havia n e n h u m p o s t o d e saú- Estava u n i g r u p o d e s e r t a n e j o s , p o s s e i - .
simples apelido d e " B a i a n o " o u Zé o u d e , n e n h u m t i p o d e assistência o f i c i a l r o s , 15 n a q u e l a h o r a , c o m s u a miseráveis
Pretinho, e t c . ) e m S a ú d e e n e n h u m h o s p i t a l n a região armas, sustentando, garantindo, a c o b e r -
N ã o podíamos agir nas f a z e n d a s . N ã o t o d a (fora o H o s p i t a l d o índio e m Santa tando o trabalho dos pedreiros na nova
tínhamos condições de resolver Izabel d a Ilha d o B a n a n a l ) , e m c o n d i - c o n s t r u ç ã o d o a m b u l a t ó r i o , atrás, n u m
n e n h u m p r o b l e m a trabalhista dos ções m u i t o tristes s e m p r e , p e l o m e n o s b a n a n a l , d e n t r o d e u m a sanja q u e f o i
peões, q u e a i n d a h o j e c o n t i n u a m prati- n o q u e se r e f e r e a o a t e n d i m e n t o . considerada depois dramaticamente
c a m e n t e à m a r g e m d a s leis trabalhistas N ó s t í n h a m o s u m t e r r e n o q u e já e r a d e p e l a polícia, c o m o sendo
d o país. M a s p o d í a m o s g r i t a r , d e v í a m o s propriedade da antiga Prelazia d e C o n - u m a t r i n c h e i r a , n é , d e a l g u é m q u e já
denunciar. c e i ç ã o d o A r a g u a i a . Estávamos p l e n a -
t i v e s s e f e i t o e s t u d o s d e estratégia m i l i t a r ,
Um livro
que já
foi público
P u b l i q u e i o l i v r o , U m a Igreja d a A m a -
zônia E m C o n f l i t o C o m o L a t i f ú n d i o e a
M a r g i n a l i z a ç ã