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AULA 03
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Língua Portuguesa para concursos
Curso Regular
Teoria e questões comentadas
Prof. Ludimila Lamounier – Aula 03
AULA 03
SUMÁRIO PÁGINA
1. Aspectos Introdutórios – Classes de Palavras 03
2. Classes de Palavras 04
2.1 Substantivo 04
2.1.1 Classificação dos Substantivos 04
2.1.2 Formação dos Substantivos 05
2.1.3 Flexão dos Substantivos 06
2.2 Adjetivo 15
2.2.1 Classificação dos Adjetivos quanto à Formação 16
2.2.2 Flexão dos Adjetivos 18
2.3 Advérbio 20
2.3.1 Palavras Denotativas 22
2.4 Preposição 23
2.4.1 Preposição Acidental 23
2.4.2 Emprego das Preposições 24
2.4.3 Carga Semântica das Preposições 24
2.5 Conjunções 25
2.5.1 Conjunções Coordenativas 25
2.5.2 Conjunções Subordinativas 26
2.6 Interjeição 30
2.7 Artigo 31
2.8 Numeral 35
2.8.1 Emprego do Numeral 36
2.9 Pronome 36
2.10 Verbo 38
2.10.1 Flexão dos Verbos 38
Questões Propostas 42
Gabarito 53
Questões Comentadas 54
2. Classes de Palavras
2.1 Substantivo
Substantivo Concreto
Designa os seres que possuem existência independente ou que nossa
imaginação considera como tal, podem ser reais ou imaginários
(pessoas, animais, vegetais, plantas, minerais, lugares, coisas, gases
e entidades).
Exemplos: Deus, Maria, gato, bicho, flor, prata, país, livro, hidrogênio,
parque.
Substantivo Abstrato
Designa os seres de existência dependente, ou seja, que não existem
em nosso mundo exterior (sentimentos, ações, qualidades, estados,
etc.). Sua existência depende dos seres concretos.
Exemplos: amor, ódio, raiva, compaixão (sentimentos); produção,
viagem, brincadeira (ações); beleza, feiura, generosidade (qualidades);
vida, morte, medo, nervosia, alegria (estados).
Substantivo Primitivo
O substantivo primitivo não deriva de outro, na verdade, ele é o
responsável pela formação de novas palavras.
Exemplos: casa, folha, árvore, livro, pedra, ferro, planta, cabeça.
Substantivo Derivado
É aquele que deriva de outras palavras, com o acréscimo de prefixos
e,ou sufixos.
Exemplos: livraria, livreiro, jornaleiro, diarista, bananeira.
Substantivo Simples
É aquele que se forma por meio de um único radical.
Exemplos: mesa, escola, armário, leite, banana, papel, homem, caneta.
Substantivo Composto
É aquele que se forma pela justaposição ou aglutinação de dois ou
mais radicais.
Exemplos: porco-espinho, amor-perfeito, erva-doce, beija-flor, planalto,
FLEXÃO DE GÊNERO
Temos os gêneros masculino e feminino. Alguns substantivos têm
uma única forma para os dois gêneros. São, portanto, uniformes e
subdividem-se em três tipos que veremos em seguida.
Substantivo Comum de dois gêneros
Apresenta uma só forma para os gêneros feminino e masculino.
Distingue-se o gênero pela anteposição ou posposição de um
determinante (artigo, pronome, adjetivo, etc.).
Exemplos: o pianista/a pianista, aquela telefonista/aquele telefonista, uma
cliente/um cliente, colega bonito/colega bonita.
Substantivo Sobrecomum
Possui uma só forma para o masculino e o feminino. A distinção é
feita dentro do contexto, não há outra forma de diferenciação.
Exemplos: a testemunha, a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o
monstro, o carrasco, o indivíduo.
Substantivo Epiceno
Existe apenas uma forma e um gênero para designar animais de
ambos os sexos. Para mostrar a diferença, usamos as expressões
macho e fêmea.
Exemplos: crocodilo macho/crocodilo fêmea, cobra macho/cobra fêmea,
jacaré macho/jacaré fêmea, onça macho/onça fêmea, águia macho/águia
fêmea.
Substantivo Biforme
Apresenta uma forma específica para o masculino e outra para o
feminino (normalmente marcada pela desinência a).
Exemplos: professor/professora, prefeito/prefeita, aluno/aluna,
ministro/ministra, menino/menina.
Aqui, cabe fazer uma divisão:
Alguns são heterônimos: possuem radicais distintos para
masculino e feminino.
Exemplos: pai/mãe, homem/mulher, genro/nora, boi/vaca,
cavalheiro/dama, cavalo/égua.
Atenção!
Alguns substantivos nos proporcionam dúvidas quanto ao gênero por
causa de uma não relação entre gênero gramatical e sexo.
Vamos ver alguns?
Palavras masculinas: o apêndice, o champanha, o clã, o derma, o
eclipse, o eczema, o formicida, o guaraná, o herpes, o telefonema, o
trema, o tracoma, o vernissage, o alvará, o aneurisma, o
estratagema.
FLEXÃO DE NÚMERO
Regra Geral
Forma-se o plural ao se acrescentar a desinência “s” ao singular, caso
os substantivos terminem por vogal ou ditongo.
Exemplos: menino(s), casa(s), cidade(s), areia(s).
Substantivos Compostos
O substantivo composto se forma pela justaposição ou aglutinação de
dois ou mais radicais. Usamos as regras a seguir.
Os dois elementos variam:
Se o substantivo for formado por: substantivo + substantivo.
Exemplos: couves-flores, mestres-salas, porcos-espinhos.
Se o substantivo for formado por: substantivo + adjetivo.
Exemplos: obras-primas, guardas-noturnos, amores-perfeitos,
cachorros-quentes.
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
o bem-me-quer e os bem-me-queres
a) ave-maria
b) amor-perfeito
c) salário-maternidade
d) alto-falante
e) bate-boca
Comentários
Temos, aqui, uma questão comum em provas da banca FCC. A
banca apresenta uma expressão e questiona qual outra, entre
as alternativas, segue a mesma regra de formação do plural.
Percebe-se que o termo lugares-comuns é um substantivo
composto por justaposição de dois radicais.
Vimos que os substantivos compostos seguem algumas
regrinhas na formação do plural, ou seja, podem ter flexionados
os seus dois elementos, apenas um ou, ainda, nenhum deles.O
substantivo apresentado no comando da questão pertence ao
grupo de substantivos compostos que possui variação em seus
dois elementos para a formação do plural.
Assim, de acordo com as regras, os dois elementos variam
se o substantivo for formado por: substantivo + substantivo,
substantivo + adjetivo, adjetivo + substantivo e numeral
+ substantivo.
No caso de lugares-comuns, temos substantivo + adjetivo.
Vamos, agora, analisar as alternativas da questão:
a) ave-maria (ave-marias): palavra invariável (interjeição) +
palavra variável (substantivo). Neste caso, apenas o segundo
elemento varia.
b) amor-perfeito (amores-perfeitos): substantivo + adjetivo.
Neste caso, os dois elementos variam. Note que esta
alternativa é a resposta.
c) salário-maternidade (salários-maternidade): substantivo +
substantivo, e o segundo faz o papel de adjetivo. Neste caso,
apenas o primeiro elemento varia.
FLEXÃO DE GRAU
Grau aumentativo
Forma-se por meio do acréscimo de sufixos aumentativos à forma
regular dos substantivos primitivos.
Vamos ver alguns sufixos aumentativos e exemplos?
-ázio: copázio, gatázio.
-ona: mulherona.
-orra: cabeçorra, beiçorra.
-uça: dentuça, carduça.
-aréu: fogaréu, povaréu.
-arra: bocarra, naviarra.
-aça: barcaça, caraça, barbaça.
-alha: muralha, fornalha.
-aço: calhamaço, ricaço.
-ão, -alhão, -zarrão, -eirão, -zão: caldeirão, paredão, casarão,
vozeirão, garrafão, vagalhão, grandalhão, homenzarrão, asneirão.
-anzil: corpanzil.
-astro: poetastro.
-az: lobaz.
Grau diminutivo
Forma-se por meio do acréscimo de sufixos diminutivos à forma
regular dos substantivos primitivos.
Vamos ver alguns sufixos diminutivos e exemplos?
-ico: burrico, marica(s).
-im: flautim, espadim.
-inho: caderninho, toquinho.
-isco: chuvisco.
-ito, -ita: rapazito, senhorita.
-zinho, -zinha: papelzinho, irmãzinha, cãozinho, ruazinha.
-oca: engenhoca.
-acho: riacho, fogacho.
-ejo: lugarejo.
-ebre: casebre.
-eto, -eta: poemeto, saleta.
-ola: fazendola, rapazola.
-ote: velhote.
-ucho, -ucha: papelucho, casucha.
-ulo, -ula: glóbulo, radícula.
-ilho: pecadilho.
-ela: ruela, viela.
Onde mais?
A gente não se dá conta, mas existe um outro vício (eu diria:
vírus) de linguagem infectando indiscriminadamente brasileiros
de todas as idades, sexos e estratos sociais.
Falo do insidioso “onde”. Sim: insidioso. À primeira vista,
“onde” parece uma palavra inocente e inofensiva. Mas, sem
fazer alarde, o danado do “onde” foi se imiscuindo na nossa
vida, invadindo frases que não lhe dizem respeito e diminuindo
consideravelmente as oportunidades de emprego para palavras
honestas como “que”, “o qual” e “das quais”.
Todos os momentos em que deveríamos usar “em que”, muitas
situações nas quais antigamente se usava “nas quais” e uma
série de casos “onde” pedem nada além de um simples “que”,
de repente, viraram momentos “onde”, situações “onde” e
casos “onde”. Casos “onde”?!!
Esse maldito “onde” é ainda mais perigoso, porque, na maioria
das vezes, a gente nem nota que ele está ali, apodrecendo uma
frase inteira. Tem vezes “onde” a gente consegue perceber,
mas existem construções mais elaboradas “onde” até os
ouvidos mais sensíveis acabam engambelados.
É diferente do irritante “com certeza”, que tem uma melancia
pendurada no pescoço e não esquece de se anunciar a cada
aparição. Não é como a praga do gerundismo, que sempre vai
estar chamando a atenção de todos os que não suportam estar
ouvindo quem insiste em estar falando desse jeito. O “onde”,
não. O “onde” é discreto. Vai chegar um momento “onde” você
e eu vamos passar a falar assim e vamos achar normal.
Confesso que eu não tinha me dado conta do problema até
conversar com o professor Eduardo Martins em seu programa
na Rádio Eldorado, o “De palavra em palavra”. (Parênteses.
Sim, existe ALGUÉM nesse país que leva “Xongas” a sério. E
esse alguém é ninguém menos que o professor Eduardo
Martins. Não, leitor, você não precisa mais ler “Xongas”
escondido, ou fingindo que está com os olhos no resto da
página. O Eduardo Martins também lê! — obrigadíssimo pela
audiência, Professor.) Depois do programa do professor
Eduardo, vi o assunto sendo discutido no programa de TV do
professor Pasquale, e ainda recebi várias newsletters pela
Internet que tocavam no problema do “onde”. Ou seja: os
estudiosos já estão há muito tempo cientes do problema. Agora
é preciso envolver o resto da população no combate a essa
epidemia. Aliás, aqui vai uma sugestão à produção da próxima
“Casa dos Artistas”: vamos fazer da Tiazinha, da Feiticeira e
dos Gêmeos os garotos-propaganda de uma campanha pela
erradicação do “com certeza”, do “eu vou estar transferindo a
sua ligação” e do “tem casos onde”. O absurdo maior é que o
Comentários
Esta questão aborda as classificações que vimos sobre
substantivo. É uma boa oportunidade para fixarmos essas
definições a respeito da classe de palavra substantivo. As
alternativas apresentam vocábulos para serem analisados, de
forma a identificarmos suas classificações.
Vamos rever alguns conceitos?
Substantivo próprio: aplicado a determinado ser da espécie.
Substantivo comum: aplicado a todos os seres de uma
espécie.
Substantivo simples: formado por meio de um único radical.
Substantivo composto: formado pela justaposição de dois ou
mais radicais.
Substantivo concreto: designa os seres de existência
independente, sejam reais ou imaginários.
Substantivo abstrato: designa os seres de existência
dependente, ou seja, que não existem em nosso mundo
exterior.
Agora, vamos examinar os substantivos constantes das
alternativas:
2.2 Adjetivo
Observações importantes!
Temos alguns adjetivos que são empregados com valor de
substantivo – são os chamados adjetivos substantivados.
Exemplo: os antepassados (os homens antepassados).
De modo inverso, também existem os substantivos adjetivados,
que são os substantivos empregados com valor de adjetivo.
Exemplos: camisa cinza (camisa de cor idêntica à da cinza, que significa
resíduos de combustão), vestido rosa (vestido de cor idêntica à da rosa, que
é uma designação de flor).
Outro ponto a ser destacado é a locução adjetiva: expressão
(preposição+substantivo) que se refere a algum substantivo e atribui-
lhe as mesmas características que o adjetivo, ou seja, exerce a função
de adjetivo.
Exemplos: aves da noite, paixão sem freio, blusa de couro, pessoa sem
mácula.
Adjetivo Primitivo
É aquele que não deriva de outra palavra.
Exemplos: útil, forte, triste, fraco.
Adjetivo Derivado
Deriva de um substantivo ou um verbo e apresenta um prefixo ou
sufixo.
Exemplos: teimoso, desleal, cabeludo, pontual, respeitado, mulherengo.
Adjetivo Simples
É aquele que apresenta um único radical.
Exemplos: português, escuro, castanho.
Adjetivo Composto
É formado pela união de dois ou mais radicais.
Exemplos: luso-brasileiro, verde-escuro, castanho-claro.
Adjetivo Pátrio
É também conhecido por gentílico. Indica a naturalidade ou
nacionalidade dos seres.
Exemplos: Brasília – brasiliense, São Paulo (capital) – paulistano.
CIDADE URGENTE
Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana
dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e
sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do
ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos
serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a
“questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios
de comunicação.
Não poderia ser diferente: com 85% da população nas cidades
(chegará a 90% ao final desta década), quem pode esquecer a
relevância do tema?
Parece incrível, mas os grandes operadores do sistema
econômico e político tratam os problemas das cidades como
grilos que irritam ao estrilar. Passados os incômodos de cada
crise, quem ganha dinheiro no caos urbano toca em frente seus
negócios e quem ganha votos, sua campanha. Só alguns
movimentos populares e organizações civis – Passe Livre,
Nossa São Paulo e outros – insistem em plataformas, debates e
campanhas para enfrentar os problemas e encontrar soluções
sustentáveis.
A criação do Ministério das Cidades, no governo Lula, fazia
supor que o Brasil enfrentaria o desafio urbano, integrando as
políticas públicas no âmbito municipal, estabelecendo
parâmetros de qualidade de vida e promovendo boas práticas.
Passados quase 12 anos, o ministério é mais um a ser
negociado nos arranjos eleitorais.
A gestão é fragmentada, educação para um lado e saúde para
outro, habitação submetida à especulação imobiliária,
saneamento à espera de recursos que vão para as grandes
obras de fachada, transporte inviabilizado por um século de
submissão ao mercado do petróleo. A fragmentação vem do
descompasso entre União, Estados e municípios, desunidos por
um pacto antifederativo, adversários na disputa pelos tributos
que se sobrepõem nas costas dos cidadãos.
(....) Uma nova gestão urbana pode nascer com a participação
das organizações civis e movimentos sociais que acumularam
experiências e conhecimento dos moradores das periferias e
usuários dos serviços públicos. Quem vive e estuda os
problemas, ajuda a achar soluções.
Marina Silva, Folha de São Paulo, 7/1/2014
Comentários
Esta questão trata, como expressado em seu comando, do
processo de formação dos adjetivos. Vimos, acima, que os
adjetivos podem ser primitivos ou derivados e simples ou
compostos.
Os adjetivos derivados, como o próprio nome revela, derivam
de um substantivo ou verbo (e sempre apresentam um prefixo
ou sufixo).
Para resolver a questão, vamos analisar os adjetivos constantes
das alternativas e identificar a sua formação.
a) brasileiro: deriva de Brasil (substantivo)
pesquisador: deriva de pesquisa (substantivo)
FLEXÃO DE NÚMERO
Adjetivo Simples
O plural do adjetivo simples se faz com as mesmas regras do
substantivo.
Adjetivo Composto
O adjetivo composto se forma por dois ou mais radicais. Usamos as
regras a seguir.
Varia apenas o último elemento:
Se o adjetivo for formado por: adjetivo + adjetivo.
Exemplos: cabelos castanho-escuros, casacos azul-claros.
Obs: o adjetivo surdo-mudo flexiona seus dois elementos.
Se o substantivo for formado por: palavra invariável +
palavra variável (nessa ordem).
Exemplos: bem-educados, recém-formados.
Nenhum elemento varia:
Se o adjetivo for formado por: adjetivo + substantivo.
Exemplos: blusas verde-oliva, brincos azul-turquesa, vestidos
amarelo-ovo.
Se o adjetivo for uma locução formada por: cor + de +
substantivo.
Exemplos: blusas cor-de-rosa, vestidos cor-de-café.
Obs: os adjetivos azul-marinho, azul-celeste e azul-ferrete também
são invariáveis.
FLEXÃO DE GRAU
Grau comparativo de inferioridade
Menos do que.
Exemplo: Os adultos são menos alegres do que as crianças.
Grau comparativo de igualdade
Igual a, como, tanto, quanto, tão quanto.
Exemplo: Os adultos são tão alegres quanto as crianças.
Importante
Exemplo: Joana é mais gorda que grande. Aquele prédio é maior que este.
Maria é menor que a prima. Sandra é mais pequena que magra.
2.3 Advérbio
Atenção!
Locução Adverbial: é a expressão preposicionada que se equivale a
um advérbio.
• de afirmação: sem dúvida, com certeza, de fato, por
certo, etc.;
• designação: eis.
Eis o dia em que temos alegria.
2.5 Conjunções
Exemplos:
Eu concordo com João. (a preposição com estabelece uma relação de
subordinação entre os vocábulos)
Maria e Sandra chegaram. (os vocábulos Maria e Sandra possuem uma
relação de coordenação)
Márcio foi estudar, e Ana foi trabalhar. (as orações Márcio foi estudar e Ana
foi trabalhar possuem um elo de coordenação)
É necessário que Maria volte para casa. (a conjunção que cria um elo de
subordinação entre as orações É necessário e que Maria volta para casa)
Atenção!
Comentários
Para resolver esta questão precisamos lembrar-nos do que
vimos na parte teórica sobre conjunções. Lá, há um alerta
sobre a existência de palavras que podem pertencer a diversos
grupos de conjunções. Então, o mais importante não é
memorizar as conjunções, e sim observá-las em seus contextos
e, com base nessa verificação, colocá-las em um dos grupos
semânticos que vimos.
Portanto, vamos verificar as alternativas para identificar qual o
sentido de cada uma das conjunções originais do texto e das
conjunções propostas para as substituições.
a) "Então eles, os heróis, chegaram a uma ilha deserta
chamada Tinis, ao alvorecer" / assim
2.6 Interjeição
Comentários
Para resolver esta questão precisamos conhecer as classes de
palavras.
Como vimos, oxalá é uma interjeição que exprime o
sentimento de desejo de que certa coisa aconteça.
Verificamos que a substituição de oxalá por tomara que é
adequada e mantém o sentido original do trecho, pois ambos os
termos possuem o mesmo significado.
Gabarito: CERTA
2.7 Artigo
Importante
Ainda vamos estudar os numerais e os pronomes, entretanto, é
importante registrar, neste momento, algumas relações dos artigos
com essas duas classes de palavras.
Todos
Usamos o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento
posterior, se este aceitar o seu emprego.
Exemplos:
Todos os jogadores ganharam medalhas.
Todas as garotas devem ser estudiosas.
Todos vocês foram escolhidos.
Todo
Com o pronome indefinido todo, usamos o artigo para indicar
totalidade. Cuidado: não usamos para indicar generalização.
Exemplos:
Toda a cidade participou das comemorações. (a cidade toda)
Toda cidade festeja seu padroeiro. (qualquer cidade, todas as cidades)
Cujo
Não se usa artigo antes nem após o pronome relativo cujo.
Exemplo:
As leis, cujos artigos foram revogados, serão estudadas amanhã. (errado:
cujos os artigos)
Ambos
Usamos o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, se
este aceitar o seu emprego.
Comentários
Para resolver esta questão precisamos examinar a classe
gramatical da palavra a nas duas ocorrências dela no texto.
Na primeira ocorrência, o termo a acompanha o substantivo
isenção e o determina de modo preciso e particular. Dessa
maneira, concluímos que a é um artigo definido.
Por sua vez, na segunda ocorrência, o termo a acompanha o
substantivo contrapartidas, mas não se comporta como artigo.
Antes de mais nada, se fosse artigo, estaria no plural (as).
Aqui, o vocábulo a é uma preposição.
Portanto, o termo a não pertence à mesma classe
gramatical em ambas as ocorrências.
Gabarito: ERRADA
2.8 Numeral
2.9 Pronome
Pronome Pessoal
É empregado como maneira de designar diretamente as pessoas do
discurso (no singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa:
a quem se fala; 3ª pessoa: de quem se fala.
Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes,
os, as. Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco.
Obs: os pronomes de tratamento são pessoais.
Você, o senhor, a senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc.
Obs: todos os pronomes pessoais são pronomes substantivos.
Pronome Possessivo
É empregado como forma de atribuir posse às pessoas gramaticais.
Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus,
tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.
Pronome Demonstrativo
É usado para mostrar a posição e a situação, no tempo e no espaço,
dos seres em referência às pessoas do discurso.
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Pronome Relativo
O pronome relativo se refere, em uma oração, a um termo de outra
oração (antecedente).
Que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais,
as quais, onde.
Pronome Indefinido
É aquele empregado, em uma oração, caso tenhamos a intenção de
fazer referência à terceira pessoa do discurso de modo vago. Também
podemos usá-lo para expressar quantidade indeterminada.
Alguns podem flexionar-se em gênero e número.
Algum, alguns, tudo, nenhum, nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém,
nada, algo, etc.
Pronome Interrogativo
É empregado de modo a fazer um questionamento direto ou indireto.
Que, quem, qual, quanto.
2.10 Verbo
Exemplos:
João trabalha no campo. (ação)
Ana deseja que Maria passe no concurso. (desejo)
Fábio está alegre. (estado)
A criança cresceu. (mudança de estado)
Ventou pouco. (fenômeno)
FLEXÃO DE NÚMERO
Singular: o verbo se refere a uma pessoa ou coisa.
Trabalho, trabalhas, trabalha.
Plural: o verbo tem como sujeito mais de uma pessoa ou coisa.
Trabalhamos, trabalhais, trabalham.
FLEXÃO DE PESSOA
O verbo se flexiona para designar as três pessoas do discurso (no
singular ou no plural).
Singular: eu, tu, ele, ela.
Plural: nós, vós, eles, elas.
FLEXÃO DE MODO
Modos são as diversas formas que possui o verbo para demonstrar a
atitude da pessoa que fala em referência ao fato, à ação que anuncia.
Indicativo: expressa atitude de certeza.
Trabalhei bastante para conquistar o salário que tenho.
Subjuntivo: indica atitude de dúvida, de desejo, de hipótese.
Se você vier a Brasília, visite o Palácio da Alvorada.
Imperativo: exprime atitude de vontade (ordem, convite, conselho,
súplica, pedido).
Marisa, faça aquele bolo de chocolate.
FLEXÃO DE TEMPO
Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o processo
representado pelo verbo.
São três tempos naturais: presente, pretérito, futuro. Ou seja,
indicam um acontecimento no momento em que se fala, antes do
momento em que se fala e após o momento em que se fala.
Tempos do Indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito
imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro
do pretérito.
Tempos do Subjuntivo: presente, pretérito imperfeito e futuro.
Atenção!
Por enquanto, vamos estudar apenas isso sobre os verbos. A Aula 05
será específica sobre o assunto verbo. É melhor vermos com calma
essa parte tão vasta e detalhada da nossa língua.
Comentários
Para resolver esta questão precisamos lembrar-nos do que
vimos na parte teórica sobre artigos: toda palavra precedida
de artigo torna-se um substantivo.
Portanto, vamos verificar as alternativas para identificar qual
forma verbal sublinhada é acompanhada por um artigo.
A alternativa c apresenta a palavra alvorecer precedida de
preposição + artigo (a + o). Dessa forma, o artigo o determina
o verbo alvorecer e o transforma em substantivo.
Gabarito: C
QUESTÕES PROPOSTAS
Muitos acreditam que chegamos à velhice do Estado nacional. Desde 1945, dizem,
sua soberania foi ultrapassada pelas redes transnacionais de poder, especialmente
as do capitalismo global e da cultura pós-moderna. Alguns pós-modernistas levam
mais longe a argumentação, afirmando que isso põe em risco a certeza e a
racionalidade da civilização moderna, entre cujos esteios principais se insere a
noção segura e unidimensional de soberania política absoluta, inserida no conceito
de Estado nacional. No coração histórico da sociedade moderna, a Comunidade
Europeia (CE) supranacional parece dar especial crédito à tese de que a soberania
político-nacional vem fragmentando-se. Ali, tem-se às vezes anunciado a morte
efetiva do Estado nacional, embora, para essa visão, uma aposentadoria oportuna
talvez fosse a metáfora mais adequada. O cientista político Phillippe Schmitter
argumentou que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para
além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o contexto
contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em
confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de contextos”.
É verdade que a CE vem desenvolvendo novas formas políticas, que trazem à
memória algumas formas mais antigas, como lembra o latim usado por Schmitter.
Estas nos obrigam a rever nossas ideias do que devem ser os Estados
contemporâneos e suas inter-relações. De fato, nos últimos anos, assistimos a
Negras nuvens
Mordes meu ombro em plena turbulência
Aeromoça nervosa pede calma
Aliso teus seios e toco
Exaltado coração
Em Lisboa
Faz algazarra a malta em meu castelo
Pálidos economistas pedem calma
Conduzo tua lisa mão
Por uma escada espiral
E no alto da torre exibo-te o varal
Onde balança ao léu minh'alma
a) dois
b) promovido
c) bem
d) pagos
e) estorvo
Deve-se ter muito cuidado ao redigir qualquer enunciado com a palavra “logo”,
pois uma falha de pontuação ou em sua colocação na frase pode levar a
substancial alteração de sentido.
Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso [...], sentiu que era a hora de
formar seu próprio grupo.
Outra redação para a frase acima, iniciada por "Já tinha uma carreira..." e
fiel ao sentido original, deve gerar o seguinte elo entre as orações:
a) de maneira que
b) por isso
c) mas
d) embora
e) desde que
Estamos entrando no terço final de 2009 com uma visão mais clara sobre os fatores
que levaram à crise financeira que nos atingiu a partir do colapso do banco Lehman
Brothers. Um dos pontos centrais na sua construção foi, certamente, a questão da
regulação e controle das instituições financeiras. Mesmo não sendo a origem
propriamente dita da crise, a regulação falha permitiu que os elementos de
fragilidade no sistema assumissem enormes proporções. Depois de termos vivido
um longo período em que prevaleceu a ilusão da racionalidade intrínseca aos
mercados financeiros, hoje há novamente o reconhecimento das fragilidades e dos
riscos sistêmicos associados a seu funcionamento.
(Luiz Carlos Mendonça de Barros, Valor Econômico, 31/8/2009.)
A preposição para em “para depois atingir” tem a mesma função significativa que
nas ocorrências “para salvar o sistema bancário” e “para dar um impulso”
(expressões em negrito no texto).
A pior fase da crise foi superada, a reação começou e a produção brasileira deve
crescer neste ano 0,8%, segundo a nova projeção do Banco Central (BC), contida
no Relatório de Inflação, uma ampla análise trimestral da economia nacional e do
cenário externo. A estimativa é mais animadora que a dos especialistas do setor
privado. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê uma contração de
0,4%. No setor financeiro, a bola de cristal dos economistas indicava, no começo
da semana, um PIB 0,57% menor que o de 2008. Seria um exagero, no entanto,
qualificar como otimista a avaliação dos técnicos do BC. A recuperação, segundo
eles, dependerá principalmente do consumo e o resultado poderá ser inferior ao
previsto, se as condições de emprego piorarem e os incentivos fiscais forem
revertidos. Além disso, o investimento privado continua baixo e deve recuperar-se
lentamente, porque ainda há muita capacidade ociosa nas empresas. Quanto às
exportações, continuarão afetadas pela retração da economia internacional e não
se pode esperar do setor externo nenhuma contribuição ao crescimento da
atividade industrial.
(O Estado de S. Paulo. Editorial, 29/06/2009.)
O termo “porque” (em negrito no texto) confere ao período em que ocorre a ideia
de conclusão, justificando as razões para a superação da pior fase da crise.
O etanol ainda está longe de ter um mercado global. Apresentado desde o início
da década como a grande solução energética para o mundo, para substituir uma
fonte não renovável (o petróleo) e reduzir a emissão de poluentes, o etanol ainda
não conquistou os fabricantes de veículos e os consumidores do mundo inteiro.
Falta uma padronização internacional para transformar-lhe em uma commodity
facilmente comercializável nos diferentes mercados e ainda persistem barreiras
protecionistas em muitos países. Nos EUA, por exemplo, há uma tarifa de
importação de US$ 0,54 por galão. Para entrar na União Europeia, o etanol
brasileiro paga 19 centavos de euro por litro.
É grande o potencial de mercado para o etanol brasileiro nos EUA. Na União
Europeia, o potencial é menor, pois lá o programa energético prevê a utilização de
10% de combustíveis renováveis no consumo total em 2020. Cálculos da União da
Indústria da Cana-de-Açúcar — Unica indicam que isso resultaria na demanda de
14 bilhões de litros de etanol por ano (outra parte seria atendida por biodiesel).
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 18/02/2010, com adaptações.)
Sírio Possenti. Os humores da língua. São Paulo: Mercado de Letras, 1998, p. 86.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E E A B E A B D C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D C E E E E E C C E
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Esta questão trata das classes de palavras substantivo e artigo.
Aqui, você precisa analisar dois substantivos (velhice e tese) e
identificar se eles foram empregados no texto de forma genérica e
com sentido indefinido.
Para tanto, temos que examinar se esses substantivos são
determinados por algum artigo. Vocês se lembram do que vimos a
respeito disso na parte teórica da aula? Vamos revisar?
Artigo é a palavra variável que vem antes do substantivo e serve, de
uma forma geral, para determinar (ou indeterminar), particularizar
(ou generalizar) esse substantivo.
Os artigos definidos (o, a, os, as) determinam o substantivo de
modo preciso e os artigos indefinidos (um, uma, uns, umas)
determinam o substantivo de modo vago, impreciso, geral.
Ao observar os termos velhice e tese, percebemos que ambos vêm
precedidos de à, que é a contração do artigo a com a preposição a
(crase – ainda vamos estudar).
Dessa forma, os dois substantivos a que o comando se refere são
acompanhados pelo artigo a.
Como vimos, a artigo definido determina, de modo preciso, o
substantivo. Portanto, a questão está errada ao afirmar que os
substantivos velhice e tese estão empregados com sentido genérico.
É, justamente, o contrário.
GABARITO: ERRADA
Comentários
Esta questão aborda o emprego da classe de palavra conjunção.
Para resolvê-la, você deve analisar o uso do conectivo pois. A
questão solicita que você identifique a ideia introduzida por essa
conjunção.
Na parte teórica, eu chamei atenção para a importância de se fazer
uma correta análise do valor semântico das conjunções no contexto
em que são empregadas, em vez de memorizar a quais grupos esses
conectivos pertencem.
Vamos, então, ao trecho do texto:
O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação
europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem
uma pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece
sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii, condominii
ou federatii, numa variedade de contextos”.
Ao lermos esse fragmento, percebemos claramente que a
conjunção pois inicia uma oração que tem por objetivo
explicar (apresentar um motivo) algo dito anteriormente.
Assim, pois introduz uma ideia de explicação e não de consequência.
GABARITO: ERRADA
Comentários
Esta questão se refere ao emprego semântico de advérbios. O
enunciado apresenta três advérbios (atualmente, enfim e assim) e
pergunta quais outros podem substituí-lo de forma correta.
Para resolver questões com esta, temos que analisar o contexto e
identificar a carga semântica dos vocábulos questionados.
Comentários
Esta questão aborda a classe de palavras adjetivo. As alternativas
apresentam opções de palavras para serem analisadas de acordo
com seu emprego na canção de Chico Buarque.
A banca questiona qual palavra não exerce papel adjetivo. Vamos
relembrar a teoria?
Adjetivo é a palavra variável que acompanha o substantivo para
precisar-lhe e modificar-lhe o significado. Ou seja, o adjetivo expressa
as qualidades, defeitos ou características de um substantivo.
Ele serve para:
• Caracterizar os seres, os objetos ou as noções nomeadas
pelos substantivos. Dessa forma, pode indicar qualidade
(ou defeito); modo de ser; aspecto, aparência, tipo; e
estado.
• Estabelecer com os substantivos uma relação de tempo,
de espaço, de matéria, de finalidade, de propriedade, de
procedência, etc.
Visto isso, vamos examinar as palavras constantes das alternativas.
Alternativa a: teus é um pronome possessivo que acompanha o
substantivo seios. Portanto, é um pronome adjetivo.
Alternativa b: qual é um pronome indefinido que acompanha o
substantivo esquina. Dessa forma, é um pronome adjetivo.
Alternativa c: nervosa é uma palavra que está vinculada ao
substantivo aeromoça. Observe como nervosa caracteriza aeromoça.
Assim, classificamos nervosa como adjetivo.
Alternativa d: alguma é um pronome indefinido que acompanha o
substantivo esquina. Dessa maneira, é um pronome adjetivo.
Alternativa e: calma. Verifique que calma não tem relação com
qualquer substantivo no fragmento Aeromoça nervosa pede calma.
Como essa palavra não acompanha, muito menos caracteriza um
a) dois
b) promovido
c) bem
d) pagos
e) estorvo
Comentários
Esta questão, assim como a anterior, trata da classe de palavras
adjetivo. É um tipo de questão sempre presente nas provas da FGV.
As alternativas apresentam opções de palavras para serem
examinadas de acordo com seu emprego no texto.
A banca pergunta qual a palavra que exerce papel adjetivo. Vamos
relembrar a teoria?
Adjetivo é a palavra variável que acompanha o substantivo para
precisar-lhe e modificar-lhe o significado. Ou seja, o adjetivo expressa
as qualidades, defeitos ou características de um substantivo.
Ele serve para:
• Caracterizar os seres, os objetos ou as noções nomeadas
pelos substantivos. Dessa forma, pode indicar qualidade
(ou defeito); modo de ser; aspecto, aparência, tipo; e
estado.
• Estabelecer com os substantivos uma relação de tempo,
de espaço, de matéria, de finalidade, de propriedade, de
procedência, etc.
Agora, vamos analisar as palavras constantes das alternativas.
Alternativa a: dois é um numeral que acompanha o substantivo
pecadilhos. Portanto, é um numeral adjetivo. Observe a palavra
pecadilho: ela está flexionada no grau diminutivo, conforme vimos na
parte teórica, lembram-se?
Alternativa b: promovido é verbo, indica uma ação, mas não se
preocupe com isso agora, veremos o tema, de maneira aprofundada,
na Aula 05.
Alternativa c: bem é advérbio de modo, pois modifica o sentido do
verbo dar.
Comentários
Esta questão trata do emprego semântico da palavra logo. O
enunciado questiona qual sentença, entre as apresentadas nas
alternativas, empregou a palavra logo em sentido unicamente
temporal.
Comentários
Esta questão aborda o tema adjetivos. O enunciado apresenta uma
sentença e questiona qual a quantidade de adjetivos constante dela.
Para resolver questões como esta, temos que examinar o
fragmento e identificar as palavras apresentadas. Desse modo,
verificamos quais os termos correspondem ao solicitado.
Vamos fazer uma revisão da parte teórica?
Adjetivo é a palavra variável que acompanha o substantivo para
precisar-lhe e modificar-lhe o significado. Ou seja, o adjetivo expressa
as qualidades, defeitos ou características de um substantivo.
Ele serve para:
• Caracterizar os seres, os objetos ou as noções nomeadas
pelos substantivos. Dessa forma, pode indicar qualidade
(ou defeito); modo de ser; aspecto, aparência, tipo; e
estado.
• Estabelecer com os substantivos uma relação de tempo,
de espaço, de matéria, de finalidade, de propriedade, de
procedência, etc.
Comentários
Esta questão aborda duas classes de palavras: artigo e preposição.
O enunciado apresenta um trecho de texto e questiona qual a
quantidade de artigo definido e de preposição constante dele.
Para resolver questões como esta, temos que analisar o trecho e
identificar os vocábulos apresentados. Dessa maneira,
verificamos quais os termos correspondem ao solicitado.
Vamos fazer uma revisão da parte teórica?
Artigo é a palavra variável que vem antes do substantivo e serve, de
uma forma geral, para determinar (ou indeterminar), particularizar
(ou generalizar) esse substantivo. Observe que, às vezes, é pelo
artigo que conseguimos saber o gênero e o número do substantivo. O
artigo sempre concorda em gênero e número com o substantivo a que
se refere.
Os artigos definidos (o, a, os, as) determinam o substantivo de
modo preciso, particular.
Preposição é a palavra invariável que serve de conexão entre duas
outras ou entre orações, de forma a subordiná-las. Observe que a
primeira palavra (antecedente) fica modificada ou completada pela
segunda (consequente).
Vamos marcar os artigos definidos no trecho do comando?
Ora, as mazelas da imigração só podem ser resolvidas com a
integração dos estrangeiros às sociedades, associada a uma enfática
cooperação internacional, a fim de extrair da miséria e da
Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso [...], sentiu que
era a hora de formar seu próprio grupo.
Outra redação para a frase acima, iniciada por "Já tinha uma
carreira..." e fiel ao sentido original, deve gerar o seguinte
elo entre as orações:
a) de maneira que
b) por isso
c) mas
d) embora
e) desde que
Comentários
Esta questão trata de conjunções e seu devido emprego
semântico. O enunciado apresenta a expressão ainda que e
questiona qual conjunção, entre as apresentadas nas alternativas,
pode substituí-la de maneira correta.
Para resolver questões como esta, temos que examinar o contexto
e identificar a carga semântica das palavras apresentadas.
Desse modo, verificamos qual conjunção constante das alternativas
Comentários
Esta questão se refere ao emprego semântico de vocábulos e
expressões. O enunciado apresenta cinco alternativas e solicita que
o candidato marque aquela em que as palavras em negrito possuem
o mesmo valor semântico.
Para resolver questões como esta, temos que examinar o contexto
e identificar a carga semântica das palavras solicitadas.
Estamos entrando no terço final de 2009 com uma visão mais clara
sobre os fatores que levaram à crise financeira que nos atingiu a
partir do colapso do banco Lehman Brothers. Um dos pontos centrais
na sua construção foi, certamente, a questão da regulação e controle
das instituições financeiras. Mesmo não sendo a origem propriamente
dita da crise, a regulação falha permitiu que os elementos de
fragilidade no sistema assumissem enormes proporções. Depois de
termos vivido um longo período em que prevaleceu a ilusão da
racionalidade intrínseca aos mercados financeiros, hoje há novamente
o reconhecimento das fragilidades e dos riscos sistêmicos associados
a seu funcionamento.
(Luiz Carlos Mendonça de Barros, Valor Econômico, 31/8/2009.)
Comentários
Esta questão se refere ao emprego de adjetivos. O enunciado
apresenta um termo (falha) e pergunta se ele funciona como adjetivo
que caracteriza o substantivo regulação.
Vamos rever a teoria?
Adjetivo é a palavra variável que acompanha o substantivo para
precisar-lhe e modificar-lhe o significado. Ou seja, o adjetivo expressa
as qualidades, defeitos ou características de um substantivo.
Ele serve para:
• Caracterizar os seres, os objetos ou as noções nomeadas
pelos substantivos. Dessa forma, pode indicar qualidade
(ou defeito); modo de ser; aspecto, aparência, tipo; e
estado.
• Estabelecer com os substantivos uma relação de tempo,
de espaço, de matéria, de finalidade, de propriedade, de
procedência, etc.
Comentários
Para resolver esta questão, vamos analisar as alternativas,
examinar o contexto e identificar a carga semântica das
palavras e expressões solicitadas.
Alternativa a.
Nesta alternativa, temos que nos lembrar da Aula 01, certo? Vocês
se lembram de que a elipse é a substituição por zero? Assim, a
palavra existiria no local, mas suprime-se o termo para evitar sua
repetição desnecessária.
Ao relermos o trecho do texto, percebemos que o termo retirado foi a
palavra demanda - não a palavra queda, como propõe a alternativa.
Alternativa b.
Nesta alternativa, o vocábulo pois indica uma ideia de explicação ao
que foi antes afirmado. Dessa forma, pois é uma conjunção
coordenativa explicativa.
Alternativa c.
Nesta alternativa, a conjunção subordinativa quando expressa
sentido de tempo.
Alternativa d.
Nesta alternativa, sugiro que você faça a substituição mental das
expressões propostas. Assim, facilita-se a identificação semântica de
cada termo em relação ao contexto. Com isso, é possível concluir que
qualquer expressão constante da alternativa pode substituir a
expressão ante o sem alterar o sentido original. Esta é a resposta da
questão.
GABARITO: E
Comentários
Esta questão trata de conjunções e seu devido emprego
semântico. O enunciado apresenta a conjunção embora e questiona
se ela pode ser substituída por outros termos.
Para resolver esta questão, temos que examinar o contexto e
identificar a carga semântica de cada vocábulo constante do
enunciado. Vamos rever?
Comentários
Esta questão trata da classe de palavra preposição. O enunciado
apresenta três sentenças e questiona se a preposição para tem a
mesma função semântica em todas elas.
Vamos relembrar a definição de preposição?
Preposição é a palavra invariável que serve de conexão entre duas
outras ou entre orações, de forma a subordiná-las. Observe que a
primeira palavra (antecedente) fica modificada ou completada pela
segunda (consequente).
Agora, vamos examinar as três ocorrências da palavra para.
Comentários
Esta questão se refere a duas classes de palavras: artigo e
preposição. O enunciado apresenta expressão (desde o) formada
por preposição + artigo e questiona se ela foi empregada de forma
correta.
Vamos relembrar?
Preposição é a palavra invariável que serve de conexão entre duas
outras ou entre orações, de forma a subordiná-las. Observe que a
primeira palavra (antecedente) fica modificada ou completada pela
segunda (consequente).
Artigo é a palavra variável que vem antes do substantivo e serve, de
uma forma geral, para determinar (ou indeterminar), particularizar
(ou generalizar) esse substantivo. Observe que, às vezes, é pelo
artigo que conseguimos saber o gênero e o número do substantivo. O
artigo sempre concorda em gênero e número com o substantivo a que
se refere.
Os artigos definidos (o, a, os, as) determinam o substantivo de
modo preciso, particular.
Para resolver questões como esta, temos que analisar o contexto e
identificar a carga semântica dos vocábulos questionados.
Vamos analisar a sentença?
“Apresentado desde o início da década como a grande solução energética
para o mundo...”
Observe que o emprego da preposição desde e do artigo o está de
acordo com a norma. A preposição desde foi empregada com sua
carga semântica mais comum (indicar movimento de afastamento, no
tempo, de um ponto inicial). Por sua vez, o artigo o determina o
substantivo início de forma precisa e particular.
Chegamos, portanto, à conclusão de que a afirmativa está correta.
GABARITO: CERTA
Comentários
Esta questão trata do emprego de substantivos e verbos. Vamos
revisar?
Substantivo é a palavra que designa os seres em geral, coisas ou
ideias (pessoas, lugares, instituições, entidades, animais, plantas,
minerais, vegetais, gases, entes de natureza espiritual ou mitológica,
etc.).
Verbo é a palavra variável em pessoa, número, tempo, modo e voz
que indica um processo (ação, desejo, estado, mudança de estado,
fenômeno) representado no tempo. Quando procuramos um verbo no
dicionário, nós o encontramos no modo infinitivo (andar, comer, fazer,
sorrir, ser, dormir), que significa o “nome do verbo”, ou seja, sua
denominação.
De fato, a palavra militar pode se encaixar em ambas as classes de
palavra acima explicadas.
Como substantivo, militar significa aquele que integra uma das
Forças Armadas. Como verbo, militar significa atuar (trabalhar) em
um partido, em uma organização ou a favor de alguma causa.
No trecho em análise, temos que verificar se o emprego da palavra
militar causou ambiguidade, por causa desse “duplo sentido” da
palavra.
Se analisarmos o contexto, verificamos que houve ambiguidade. Isso
porque podemos compreender que tanto o jornalista expressa
reclamação sobre uma intromissão das Forças Armadas na liberdade
Comentários
Esta questão aborda o emprego da locução prepositiva a despeito
de.
Vamos relembrar?
Preposição é a palavra invariável que serve de conexão entre duas
outras ou entre orações, de forma a subordiná-las. Observe que a
primeira palavra (antecedente) fica modificada ou completada pela
segunda (consequente).
Assim como as outras classes já estudadas, as preposições também
podem apresentar-se como locuções prepositivas. Observe que
essas locuções sempre terminam por uma preposição.
Também aprendemos que as preposições, isoladamente, são
palavras que não possuem sentido. Entretanto, ao serem colocadas
nas sentenças, passam a ter uma carga semântica.
Observe que a expressão a despeito de possui um valor semântico de
concessão. Para resolver a questão, temos que analisar as
alternativas e identificar qual contém a expressão responsável pela
correta substituição.
Vamos ver as alternativas?
Alternativa a.
Em vista de indica uma ideia de causa, tal como as seguintes: em
virtude de e por causa de.
Prezado aluno,
Ludimila