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EC 130 B4 (ESQUILO)
1
OBJETIVOS
2
ÍNDICE
01 – Generalidades.......................................................................................................................04
02 – Estrutura...............................................................................................................................16
04 – Rotor Principal......................................................................................................................43
06 – Rotor de Cauda....................................................................................................................74
07 – Sistema Elétrico...................................................................................................................80
08 – Servocomandos...................................................................................................................94
09 – Sistemas Hidráulicos...........................................................................................................104
11 – Sistema de Combustível.....................................................................................................128
12 – Instrumentos Anemobarométricos......................................................................................135
15 – Instalação do Motor............................................................................................................147
16 – Detecção de Fogo..............................................................................................................184
17 – Complemento VEMD..........................................................................................................192
3
GENERALIDADES
4
DOCUMENTOS DA AERONAVE
DOCUMENTOS DE OPERAÇÃO
- O MANUAL DE VÔO (P.M.V.) é o livro de cabeceira do piloto, no qual constam: limitações,
procedimentos normais e de emergência, e os desempenhos. O manual de Vôo é aprovado pelas
autoridades aeronáuticas.
- O PROGRAMA DE MANUTENÇÃO (M.S.M) destina-se principalmente aos responsáveis pela
manutenção.Fixa as periodicidades e programas de inspeções, prazos de troca de óleo e controle
de lubrificantes, tempos limites de funcionamento.
• DOCUMENTOS DE MANUTENÇÃO
Estes documentos são destinados aos técnicos e incluem todas as informações necessárias para
manter a aeronave em condições de voa. 3 tipos de manuais:
- MANUAL DE DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO (5.0.5)
- MANUAL DE MANUTENÇÃO DA AERONAVE (A.M.M)
- MANUAL DE CIRCUITOS E ESQUEMAS (W.O.M)
• DOCUMENTOS ESPECIAIS:
Estes documentos transmitem rapidamente aos operadores as instruções ou dados relativos a
fatos novos (acidente, incidente, modificação).
Conforme o tipo ou urgência do evento, a informação é enviada por TELEX Especial (S.T.X.),
Nota de Informação (I.N.) ou Boletim de Serviço (S.B.T.)
• DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Estes documentos fornecem o número de referência (P/N) para aprovisionamento de materiais.
DOCUMENTOS DO MOTOR
- Manual de Manutenção (M.E.M.)
- Catálogo Ilustrado de Peças e Catálogo de Ferramentas
- Cartas e Boletins de Serviço
DOCUMENTOS DE EQUIPAMENTOS
- Cartas e Boletins de Serviço (se aplicável).
- Manuais de Revisão (MRV)
- Manual de Manutenção dos Equipamentos (MCM)
NOTA: Todos os documentos da aeronave atendem aos requisitos da norma A TA 100. Assim,
todos os manuais são divididos em "Capítulo - Seção - Assunto" conforme a ATA 100.
5
DESCRIÇÃO DO HELICÓPTERO
6
CAIXA DE TRANSMISSÃO PRINCIPAL (MGB)
Concepção modular. Fixação por suspensão flexível bidirecional. Dois estágios de redução (1 par
de engrenagens cônicas, 1 trem de engrenagens epicicloidais). Lubrificação por pressão com
sistema de arrefecimento do óleo. Inclui o freio rotor e 2 acionamento para as bombas hidráulicas.
ROTOR DE CAUDA
Rotor de cauda carenado do tipo "FENESTRON".
Maior segurança no solo e durante operações em baixa altitude. Consumo de potência nula em
alta velocidade de cruzeiro. Redução de ruídos.
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CAIXA DE TRANSMISSÃO TRASEIRA (CTT)
Caixa de redução angular e conceito modular, lubrificação por salpico.
8
PRINCIPAIS DIMENSÕES
9
PONTOS DE REFERÊNCIA DA ESTRUTURA
10
LEVANTAMENTO E NIVELAMENTO
O helicóptero e levantado por macacos posicionados em 3 pontos de levantamento integrados na
estrutura.
O nivelamento é verificado utilizando-se um clinômetro que permanece reto suportado por 2
blocos V e alinhados longitudinal e lateralmente no piso mecânico.
O plano de referência Z está na horizontal (nivelada) quando se lê no clinômetro:
0° lateral e -2° longitudinal.
PESAGEM E LOCALIZAÇÃO DE CG
Apesar do helicóptero ser pesado quando sai da fábrica, o operador pode querer verificar o peso
após modificações maiores.
Quando o helicóptero é nivelado, os 3 macacos são posicionados em células de pesagem.
O peso do helicóptero é registrado na Ficha de Pesagem como a soma dos pesos medidos em
cada ponto de apoio de macaco.
A posição do centro de gravidade (C.G.) do helicóptero vazio é determinada pelo cálculo dos
momentos (ex. peso multiplicado pela distância do ponto de apoio do macaco até os planos X, Y).
A posição do c.g. deve estar dentro dos limites de C.G. especificado para decolagem e pouso no
Manual de Voa para o tipo de helicóptero.
11
CONFIGURAÇÕES ESPECIAIS DO HELlCÓPTERO
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IÇAMENTO
O helicóptero pode ser içado (vero cartão de trabalho) a partir de um anel no centro da cabeça do
rotor principal.
Recomenda-se reduzir o peso da aeronave:
- pela drenagem do combustível,
- pela remoção das pás do rotor principal.
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LAYOUT DO POSTO DE PILOTAGEM
PAINEL DE ALARME
O painel de alarme informa a tripulação sobre uma pane em algum sistema através do acendimento
da luz do sistema correspondente.
O teste das luzes é iniciado pelo botão no console de comando dos sistemas.
Um seletor Noite/Dia é utilizado para modificar a luminosidade do:
- painel de alarme
- VEM.O.
- indicador de NR
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LUZ VERMELHA ACESA= AÇÃO IMEDIATA DO PILOTO
Um alarme sonoro soa ao mesmo tempo em que uma luz vermelha se acende ou uma
informação de Primeiro Limite (FLI) ocorre ou os limtes de NR (Min ou Max) são atingidos
(ver capítulo 4.6).
15
ESTRUTURA
SUBCONJUNTOS ESTRUTURAIS
NOTA: Utilização de um novo conceito: mistura de tecido de fibra de vidroJcarbono nas camadas
de fabricação do Fenestron e da capota.
16
DIMENSÕES DAS PORTAS DE ACESSO E PAINÉIS
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ESTRUTURA CENTRAL
É a parte mais resistente da estrutura, uma vez que suporta diretamente os esforços em voa
(exemplo: sustentação FN e peso P) e os esforços no pouso.
1-Piso mecânico
2 -Caverna traseira. Fixação da estrutura traseira.
3 - Vigas longituniais (1 esquerda e 1direita).
Fixação das vigas da estrutura inferior,
4 - Vigas transversais. Suporta o tanque de combustível
5 - Caverna dianteira inclinada 15° para trás
6 -Caverna superior inclinada r para frente
7 - Cavernas longitudinais em X. Chapas reforçadas.
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ESTRUTURA TRASEIRA
A estrutura traseira consiste de 3 cavernas ligadas por vigas. As cavernas dianteiras e traseiras
suportam o motor.
Sobre a terceira caverna, a de junção, está fixado o cone de cauda, que pode ser facilmente
removido, A estrutura traseira é adaptada como bagageiro traseiro.
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CAPOTA
Toda a capota dianteira é fabricada de material composto. As vigas tubulares fabricadas em tecido
de carbono formam a parte traseira da capota. A capota absorve a energia de um impacto frontal
em caso de acidente.
NOTA: As vigas são usina das e quimicamente polidas, suportadas lateralmente pelas travessas,
são rebitadas nas vigas laterais da estrutura central e suportam a parte dianteira do trem de pouso.
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CONE DE CAUDA
O cone de cauda é formado por cavernas circulares envolvidas por um revestimento. Um conjunto
de chapas dá maior rigidez ao conjunto.
O cone de cauda suporta:
- a bateria,
- o estabilizador horizontal, fixado entre 2 cavernas reforçadas,
- o eixo de acionamento do rotor de cauda,
- o fenestron.
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O FENESTRON
O fenestron, com um estator, é fixado ao cone de cauda por rebites. Os estatores suportam a
caixa de cauda.
EMPENAGEM
A empenagem é constituída por:
- um estabilizador horizontal (1),
- uma deriva superior (2),
Em pousos excessivamente cabrados, um esqui de cauda protege a quilha inferior (3).
Estas superfícies vertical e horizontal agem como estabilizadores, isto é quando submetidos a um
vento relativo, tendem a:
- se opor às mudanças de atitude do helicóptero,
- trazer o helicóptero de voltar para sua atitude original após algum desvio.
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PARTICULARIDADES DO ESTABILIZADO R HORIZONTAL
O estabilizador possui um perfil NACA assimétrico, com um ângulo negativo em relação à referência
horizontal (plano Z); quando submetido a um vento relativo V, o aerofólio gera uma força
aerodinâmica F que tende a estabilizar o helicóptero.
PORTAS
O helicóptero possui as seguintes portas fabricadas em fibra de carbono e colmeia nomex:
- uma porta (1) do lado esquerdo, para acesso ao banco do piloto
- uma porta deslizante (2) do lado esquerso, para acesso à cabine, que pode ser aberta, e travada
na posição aberta, durante o voo.
- uma porta da cabine ampla (5) do lado direito, para acesso à cabine e ao posto de pilotagem,
- uma portinhola (6) para acesso à cabine em caso de cargas volumosas,
- uma porta do bagageiro esquerdo (3) e uma porta do bagageiro direito (7), simétrica, fabricado
em fibra de vidro/carbono colméia nomex.
- uma porta do bagageiro traseiro (4) fabricada em fibra de vidro/carbono/colméia nomex.
Todas as portas abaixo possuem travas de segurança com chave.
23
As portas dos bagageiros esquerdo e direito são articuladas na parte superior por dobradiças e
podem ser mantidas abertas por hastes pneumáticas.
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INDICAÇÃO DE TRAVAMENTO DAS PORTAS DOS BAGAGEIROS LATERAIS
As portas dos bagageiros são mantidas fechadas por 2 travas, cada qual comanda uma
microswitch. Quando as travas não estão acionadas, as microswitches em paralelo acendem uma
luz no painel de alarme. Estas portas podem ser mantidas abertas por 2 hastes penumáticas para
cada porta e limitam a sua abertura.
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TREM DE POUSO TIPO ESQUI
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RESSONÂNCIA NO SOLO
Quando o helicóptero voa, os rotores, o motor e os eixos de acionamento geram vibrações que se
propagam através da estrutura. Cada componente da estrutura tem uma frequência natural de
vibração que lhe é própria e depende principalmente de seu peso, rigidez ou flexibilidade (ou seja,
de sua forma, dimensões e materiais).
O helicóptero está, então, submetido a vibrações complexas que podem aumentar (aumento da
amplitude da vibração) ou diminuir (diminuição da amplitude da vibração). O projetista tenta
obviamente reduzir o nível vibratório "sintonizando" a frequência natural dos componentes do
helicóptero. Em voo, o helicóptero está isolado e em um determinado regime de voo, o nível
vibratório se estabiliza, não aumenta nem diminui.
Ao contrário, no solo, com o rotor girando, as vibrações encontram no trem de pouso um ponto de
apoio e, se acontecer que a frequência natural do trem de pouso coincidir com a frequência das
vibrações provenientes do rotor principal, as vibrações são aumentadas a cada giro das pás, essas
vibrações recebem um "eco" como um novo impulso. Então, a amplitude das vibrações aumenta
muito rapidamente, tornando-se divergentes e as oscilações resultantes podem provocar a
destruição ou capotagem do helicóptero. Este fenômeno é chamado RESSONÂNCIA NO SOLO.
A "forma de bigode" do trem de pouso e os três pontos de fixação, com apoio em elastômero,
absorvem naturalmente as vibrações do solo oscilando sobre o ponto de fixação central traseiro.
Outro ponto a observar é que a flexibilidade dos tubos transversais, atenuam a desaceleração
vertical do helicóptero durante o toque no solo.
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TRANSMISSÃO DO ROTOR PRINCIPAL
FUNÇÕES DA TRANSMISSÃO DO ROTOR PRINCIPAL
O sistema de transmissão principal transmiste a potência do motor para o rotor principal.
GENERALIDADES
A CTP suporta o cárter do mastro do rotor no qual está montado o mastro do rotor. O mastro do
rotor transmite esforços cíclicos periódicos verticais e horizontais para a CTP (vibrações normais
do rotor a ncoonde roé a velocidade angular do rotor). Se a CTP estivesse fixada de forma rígida
no piso mecânico, esta vibração seria transmitida para a estrutura da aeronave. A solução adotada
consiste em colocar, entre a C.T.P. e a estrutura, uma suspensão flexível que absorva a maior parte
das vibrações. Tais sistemas são conhecidos por filtrar as vibrações.
28
O conjunto rotor principal/CTP está, portanto, ligado à estrutura da aeronave em 2 pontos:
- A nível do mastro do rotor por 4 barras rígidas que transmitem a sustentação do rotor à estrutura.
- Anível da C.T.P. por uma suspenção flexível que, colocada entre o fundo da caixa e a estrutura,
recebe os esforços Fx, Fy, os momentos Mx, My e o torque reação do rotor principal CR.
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A CTP é suspensa como um pêndulo que oscila em torno do ponto O (Ponto de interseção das 4
barras de suspensão).
- Dois coxins laminados (L 1, L2) recebem em cisalhamento os esforços Fx, My , segundo o eixo
longitudinal.
- Dois outros coxins (11, 12) recebem em cisalhamento os esforços Fy, Mx segundo o eixo lateral.
O torque reação do rotor (CR) é suportado em compressão pelos 4 coxins laminados. Os 2 pares
de coxins laminados estão presos na barra transversal (T) que concentram os esforços e
praticamente só trabalha em tração.
Esse tipo de suspensão é chamada "bi-direcional" uma vez que trabalha segundo os eixos
longitudinal e lateral.
30
O elemento básico da suspensão flexível é um coxim laminado cilíndrico formado por vários discos
finos de borracha e de dural colados.
Uma das faces de cada coxim Iaminado (são 4 elementos ao todo) fica solidária com a C.T.P. e a
outra face com a estrutura.
A transmissão do torque reação (CR) do rotor principal se faz por compressão dos coxins.
31
COMPONENTES DA SUSPENSÃO DA CTP
Para transmitir o torque em autorrotação, quando os esforços mudam de direção, cada coxim
laminado é dotado de um segundo elemento que só é comprimido quando o torque muda de
direção. Em caso de destruição de um coxim, o conjunto é mantido no lugar por um suporte (3) e
continua a transmitir o torque do rotor em compressão.
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Observar que os coxins longitudinais (L) e laterais (I) não têm a mesma espessura.
LIGAÇÃO MOTOR/CTP
A ligação motor/CTP compreende:
- um cárter (1) fixado à CTP e uma trompa de ligação (3) fixada ao motor.
- um anel cardan (2) unindo o cárter (1) à trompa de ligação (3).
- o eixo de potência (4) que transmite o torque do motor à CTP através do pinhão de entrada.
33
NECESSIDADE DE UM ACOPLAMENTO ARTICULADO
A CTP é montada numa suspensão flexível e sujeita a oscilações de pequena amplitude em vôo.
O objetivo da ligação anel cardan (2) e trompa de ligação (3) é:
- manter a distância constante entre a CTP e o motor
- alinhar o eixo de potência com o pinhão de entrada da CTP
- absorver o torque reação do motor.
Nestas condições, o eixo de potência (4) transmite somente o torque do motor.
34
COMPONENTES DA LIGAÇÃO MOTOR/CTP
35
CAIXA DE TRANSMISSÃO PRINCIPAL (CTP)
REDUÇÕES DA CTP
MÓDULOS DA CTP
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O eixo do pinhão cônico (9) está montado sobre um rolamento de roletes cônicos com um anel de
em puxo capaz de absorver temporariamente um empuxo axial invertido (em autorrotação e
frenagem do rotor). Os satélites são flexíveis de forma que os satélites podem oscilar em torno de
seus rolamentos esféricos; o que assegura em todos os casos o correto assentamento de seus
dentes (esforços distribuídos uniformemente entre os 5 satélites).
37
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DA CTP
As engrenagens e os rolamentos da C.T. P., bem como os rolamentos do mastro do rotor (ver
4.2.2.), são lubrificados e arrefecidos por óleo sob pressão.
A bomba de engrenagens succiona o óleo do fundo da caixa de transmissão principal e o envia
para o trocador de calor (radiador). O óleo arrefecido passa pelo filtro e pelos giclês para lubrificar
todos os rolamentos, pinhões da CTP e os rolamentos do mastro.
Em seguida, o óleo desce por gravidade para o fundo da CTP.
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FREIO ROTOR
AÇÃO DO COMANDO: Acionado por um garfo de comando (7), o anel (8) desliza na guia (2)
empurrando, por intermédio de um diafragma (5) o flange móvel (4): as sapatas apeiam-se contra
o disco.
Quando o garfo (7) é acionado no sentido" frenagem", o rolete (6) descreve um arco de circulo de
centro O e, apoiando-se na guia (2), empurra o anel (8), resultando assim na FRENAGEM.
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Função do diafragma (5) --
Quando a força necessária à frenagem é alcançada, o diagrama se deforma sob força constante,
logo:
O TORQUE DE FRENAGEM É CONSTANTE.
Peso..............................................................................................................2,1 kg
Torque de frenagem.....................................................................................8,2 m.daN
Rotação máx. de frenagem..........................................................................170 rpm
Intervalo obrigatório entre duas frenagens...................................................5 mim
Distância "sapatas-disco".............................................................................0,5 mm
Esforço de frenagem no comando do piloto.................................................15 daN
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ROTOR BRAKE COMPONENTES
COMANDO FLEXIVEL DE ESFERAS
Elemento móvel do comando.
Lâmina flexível de aço inoxidável deslizando entre duas fileiras de esferas.
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ROTOR PRINCIPAL
ROTOR PRINCIPAL
O rotor principal assegura a sustentação e a translação do helicóptero. É constituído por:
- mastro (3) do rotor principal
- cabeça do rotor (2)
-3pás (1)
O mastro do rotor principal é fixado à CTP, ele aciona a cabeça do rotor e transmite à estrutura a
sustentação do rotor.
A cabeça do rotor principal, fixada no mastro, suporta as pás. Está localizada no centro da
sustentação proveniente das pás e absorve os esforços inerentes à rotação do rotor (forças
centrífugas, esforços de batimento e de arrasto (avanço e recuo)).
As pás transformam a energia mecânica do motor em forças aerodinâmicas (sustentação).
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IDENTIFICAÇÃO DO ROTOR
Os punhos das pás são balanceados para compensar o peso da tesoura giratória. Por outro lado,
punhos e pás são ajustados funcionalmente por meio da regulagem de suas hastes de comando
de passo. A fim de evitar desregulagens decorrentes de remoção e instalação desses
componentes:
- só existe uma posição de montagem possível da cabeça ao mastro do rotor (ver 4.3.3.).
- cada pá/punho /haste de passo forma um conjunto que é identificado por uma cor diferente (na
ordem: amarelo, azul e vermelho).
44
45
COMPONENTES DO MASTRO DO ROTOR PRINCIPAL
As barras de suspensão, embora não façam parte do mastro do rotor, estão aqui mostradas para
efeito da explicação.
46
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CONJUNTO DO PLATÔ CÍCLlCO
Dois anéis (1), em material auto-lubrificante, permitem a inclinação do conjunto do platô cíclico na
rótula (2).
O rolamento de 4 contatos (3) é lubrificado através da graxeira (4) e está protegido contra a chuva
e poeira através dos defletores (5 e 11). Um orifício (10) com rosca sobre cada braço do platô
rotativo permite instalar a ferramenta para a regulagem dos comandos de voa.
Uma lâmina (6), presa ao platô rotativo, permite a sincronização idos pulsos do estroboscópio
durante o controle do tracking das pás. As hastes equipadas com 2 terminais (7) de roscas opostas
permitem ajustar o ângulo de passo das pás por rotação do corpo das hastes (8) quando as contra
porcas (9) são destorqueadas. A rotação no sentido "+" gravado no corpo da haste corresponde ao
aumento do passo da pá: uma rotação de um flat (1/6 de volta) no corpo da haste muda a trajetória
da pá cerca de 6mm.
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A: Calço laminado (Regulage da folga dos anéis (1) na rótula) (2)
49
Algumas vantagens da cabeça Starflex em relação à cabeça articulada:
- Manutenção qua~ nula (nenhuma articulação, nenhuma lubrificação, etc.).
- Caráter a prova de falhas (fail safe) devido ao emprego de materiais compostos (a deterioração
eventual é lenta e visível).
- Manutenção "On-condition" (não tem revisão geral).
- Concepção modular. Todas as peças são aparafusadas. É fácil substituir os elementos críticos
(Mancal esférico, Adaptadorde freqüência)
- Peso reduzido: 55 kg (Em comparação, a CRP do Alouette 3 pesa 105 kg).
50
51
COMPONENTES DA CRP
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Todas as peças da cabeça do rotor são perfeitamente simétricas ou à prova de erros.
NENHUMA POSSIBILIDADE DE ERRO NA MONTAGEM/DESMONTAGEM.
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PÁS DO ROTOR PRINCIPAL
RECIPROCAMENTE, um rotor está desbalanceado quando os esforços não são iguais em todas
as pás. A variação periódica dos esforços resultantes da rotação geram vibrações, cuja amplitude
depende da diferença dos esforços entre as pás.
Para que todas as pás tenham o mesmo momento estático, acrescentam-se a sua extremidade
pesos que modificam, de acordo com o desejado, ao mesmo tempo seu peso P e a localização do
centro de gravidade, ou seja, seu momento estático.
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BALANCEAMENTO AERODINÂMICO DAS PÁS
Para que cada pá tenha a mesma sustentação (para um mesmo ângulo de passo), as pequenas
divergências de fabricação são compensadas com o uso de compensadores (tab) que prolongam
o bordo de fuga próximo à ponta da pá (0.8 R).
Quando o compensador (tab) não está alinhado com o perfil, ele gera uma força aerodinâmica F,
cujo momento (IF) torce a ponta da pá modificando suas características aerodinâmicas,
aumentando ou diminuindo a sustentação.
56
BALANCEAMENTO AERODINÂMICO DO ROTOR (TRACKING)
As pás são entregues pelo fabricante funcionalmente idênticas, dentro de tolerãncias. Isso não
impede que três pás tomadas ao acaso, montadas em punhos da cabeça, cuja geometria não seja
idêntica (apesar das tolerâncias especificadas serem rígidas), apresentem (em determinado passo
coletivo) pequenas diferenças de sustentação geradoras de vibração.
Para eliminar essas diferenças de sustentação, altera-se o comprimento das hastes de comando
de passo, adaptando, assim, o ângulo de passo das pás a suas características aerodinâmicas. Por
convenção, usa-se a PÁ AMARELA como referência; regulando o comprimento da haste, alinha-
se a trajetória das pás azul e vermelha com a trajetória da pá amarela:
- Para aumentar a sustentação de uma pá é necessário aumentar o comprimento de sua haste.
- Para diminuir a sustentação de uma pá é necessário diminuir o comprimento de sua haste.
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MAIN ROTOR BLADES
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SISTEMA DE MONITORAMENTO DA ROTAÇÃO DO ROTOR (NR)
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COMPONENTES DO SISTEMA DE MONITORAMENTO DE NR
A roda fônica com "n" dentes gira em frente ao captor com a mesma rotação do mastro, ou seja,
de NR
.......que induz um pulso elétrico (sinal). Os pulsos elétricos têm uma freqüência igual ao número
de variação de fluxo por segundo, ou seja:
60
Como "n" (número de dentes) é constante, a frequência do sinal é proporcional à RPM do rotor
(NR).
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UNIDADE DOS SISTEMAS AUXILIARES (ASU) (CONTINUAÇÃO)
DESCRIÇÃO E FUNÇÃO
A Unidade do Sistema Auxiliar (ASU) assegura as funções elétricas auxiliares do helicóptero. Ela
processa todos os alarmes sonoros, alguns alarmes visuais e alguns sinais elétricos específicos.
O ASU (1) incorpora dois cartões de circuito impresso básico que assegura as seguintes funções:
Um terceiro Cartão de Circuito Impresso: "EBCAU" (4) (Unidade Auxiliar de Comando do Motor
de Back-up) está instalado em um local reservado para circuitos impressos opcionais na ASU e
assegura as seguintes funções:
- controle de back-up do motor (modo Back-up),
- retorno para a função neutra da válvula de back-up do combustível.
NOTA: OASU é alimentado com 28 V de a partir de uma alimentação dupla. Ele é protegido por
fusíveis ou disjuntores localizados nos painéis de fusíveis ou disjuntores.
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1-Unidade Auxiliar do Sistema
2 -Cartão de circuito impresso n 1
3-Cartão de circuito impresso n 2
4 -Unidade Auxiliar de Comando do Motor de Back-up
DISPOSITIVOS ANTIVIBRATÓRIOS
GENERALIDADES
As pás são submetidas a esforços alternados periódicos, em batimento e arrasto, que provocam
esforços e reações na cabeça do rotor:
- Momentos de flexão e de torção aplicados no mastro.
- Esforços de cisalhamento no mastro.
Esforços alternados e reações na cabeça se repetem regularmente a cada giro e em cada pá. A
frequência é igual a 3Ω, uma vez que há 3 pás que giram à velocidade o. As reações da cabeça do
roto r provocam, através do mastro, das barras de suspensão e do cárter da CTP, vibrações
verticais e horizontais (laterais) que se propagam na estrutura.
Essas vibrações são sentidas no posto de pilotagem (principalmente as vibrações verticais, as mais
incômodas), onde, justamente, um ambiente confortável é essencial.
Nota-se que as vibrações de 3Ω são absolutamente normais, uma vez que são produzidas pelo
próprio princípio fundamental do rotor e não comprometem seu balanceamento estático ou
aerodinâmico. É necessário, portanto, acostumar-se com essas vibrações e procurar atenuá-Ias.
Vimos que a suspensão bidirecional da CTP destina-se a filtrar as vibrações. Ora, ela "deixa passar"
vibrações e procurou-se melhorar o nível vibratório utilizando-se de dispositivos anti-vibratórios
baseados no princípio do ressonador.
PRINCIPIO DO RESSONADOR
Podemos esquematizar o comportamento dinâmico de uma estrutura por meio de uma mola K e
uma massa M, suspensa no rotor, que excita a estrutura por uma carga dinâmica Fo de freqüência
3m.
A massa M responde a essa excitação (Força F1) em função do valor de M e da freqüência própria
do sistema "massa M", mola K, freqüência que depende ao mesmo tempo de M e da elasticidade
da mola. Assim, de acordo com as características dinâmicas da estrutura (M e K), podemos ter uma
ampliação ou atenuação das vibrações, mas ainda teremos vibrações.
Se pendurarmos na massa M uma outra massa m (m < M) por intermédio de uma mola k (esse
sistema se chama ressonador), modificaremos as condições vibratórias. Com efeito, a massa m,
acionada através da massa M, vai se opor ao esforço de excitação FO, isto é, tende a diminuí-Io
e mesmo anulá-Io se sua freqüência própria for igual à freqüência de excitação 3Ω.
(A freqüência própria do ressonador é expressa por .Jk/m) Isto significa que, se a freqüência do
ressonador for igual à freqüência de excitação, a resposta da estrutura é nula:
a massa M deixa de vibrar, o ressonador anula as vibrações.
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É evidente que um sistema assim tão simples não existe. A estrutura constitui, dinamicamente, de
um conjunto heterogêneo de massas tais que M e de molas tais que k e seria necessário, para
suprimir todas as vibrações, associar a cada par "M/k" um ressonador, o que, naturalmente, é
impensável. Entretanto, é possível limitar o número de ressonadores, fazendo uma escolha
cuidadosa de sua localização, para que as vibrações verticais sejam as mais fracas possíveis na
cabine. Assim o EC-130 comporta 3 ressonadores iguais aos do ESQUILO.
- Um debaixo do assento do piloto e do co-piloto, o que transforma a cabina numa área calma.
- Um na cabeça do rotor principal, ou seja, na própria fonte das forças de excitação.
GENERALIDADES
O desenho nos mostra, a grosso modo, como varia a amplitude das vibrações verticais, sem
ressonador de cabine, Vê-se que essa curva forma barrigas (área de fortes vibrações) e nós em
que as vibrações são nulas. Nota-se também que as vibrações são fortes na cabine.
O ressonador da cabine (massa m fixada na extremidade de uma lâmina de aço flexível k) é
colocado debaixo do assento do piloto e do copiloto, onde aparece, então, um nó de vibrações,
uma vez que o efeito do ressonador ajustado à freqüência 3co é anular as vibrações no ponto de
fixação da mola "K". O nível vibratório de cabine melhora, principalmente sob o assento do piloto e
do copiloto.
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A massa m vibra num plano sensivelmente vertical.
Esse ressonador atua sobre os próprios esforços de excitação. A massa m, colocada no eixo da
cabeça do rotor, é mantida por três molas k que Ihes permite bater (vibrar) no plano horizontal em
qualquer direção. O sistema "massa m, molas k", excitado pelos esforços alternados periódicos
aplicados na cabeça do roto r, responde à freqüência de excitação de tal maneira que contraria os
esforços excitadores.
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RESSONADOR DA CABINE
O nível vibratório da aeronave pode ser melhorado acrescentando ou removendo arruelas de peso
nas lâminas de aço junto às massas do ressonador, conforme especificado no AMM 53.32.00, 5-1.
68
ACIONAMENTO DO ROTOR DE CAUDA
SISTEMA DE ACIONAMENTO DO ROTOR DE CAUDA
A potência é transmitida da tomada de potência traseira do motor ao rotor de cauda através de:
-um eixo dianteiro (1)
-um eixo intermediário (2)
-um eixo traseiro (3)
-uma caixa de transmissão traseira (4)
Os eixos são conectados uns aos outros, ao motor e à caixa de transmissão traseira (CTT) por 4
flectores (ver § 3). O eixo longo intermediário é suportado por 4 conjuntos rolamentos de
esferas/suportes montados em anéis de elastômero que amortecem as vibrações do sistema
(amortecedores viscoelásticos "deflexão e torção") e 1 rígido, alinhando o conjunto suportei
rolamentos de esferas fixados nos suportes do cone de cauda.
69
Nota: O desalinhamento entre o cone de cauda, a estrutura traseira e a CTT é compensado pela
instalação de flectores (compostos de uma pilha de discos flexíveis fixados com buchas).
O rolamento N° 1 é rígido e tem alinhamento automático. Ele fornece uma rigidez específica para
assegurar uma vibração axial ótima.
Nota: Aestanqueidade dos flanges e o respeito à folga J2 assegura a liberdade de rotação
necessária para os semi-anéis de esferas.
70
Os rolamentos N° 2, 3, 4 e 5 suportam a seção do eixo central e absorve as vibrações. São
rolamentos lubrificáveis.
O detector elétrico de limalha equipado com uma conexão auto-obturante para drenagem é
instalado no cárter cônico da CTT e envia um sinal de massa ao painel de alarme assim que os
depósitos de limalha aparecem e faz com que a luz âmbar "TGB CHIP" se acenda.
72
CAIXA DE TRANSMISSÃO TRASEIRA (CTT):
A CTT é composta de dois módulos:
O módulo de potência:
- O torque do eixo de acionamento do rotor de cauda é enviado ao pinhão de entrada (20) através
de um terminal estriado (16). Este pinhão (20) é montado em dois rolamentos de esferas (21)
montados opostos. Os rolamentos de esfera mantêm o pinhão na posição correta, suportam as
cargas da engrenagem e e asseguram a ausência de folga axial.
- O pinhão de saída (18) é montado em dois rolamentos de esferas (19) montados opostos, e aciona
o rotor em rotação por meio de estrias. Os rolamentos de esfera montados opostos mantêm o
pinhão na posição correta e asseguram a ausência de folga axial. Eles suportam as cargas da
engrenagem e o empuxo do rotor.
O módulo de comando:
- A alavanca de comando da CTT (1) transmite o movimento translacional do comando flexível de
esferas para a haste de comando (4) da CTT. O movimento translacional da haste de comando (4)
da CTT, guiado pelo guia (2), é transmitido por um rolamento duplo (5) para o eixo de comando (6)
do rotor de cauda que gira na mesma rotação do rotor.
O eixo de comando (6) do rotor de cauda é guiado dentro do pinhão de saida (18) por buchas de
fricção (8) (10). O parafuso (3) é usado para ajustar o batente de passo máximo.
73
ROTOR DE CAUDA
O rotor de cauda controla o helicóptero no eixo de guinada. As forças envolvidas são o torque
reação do rotor principal (Cr) e o empuxo do rotor de cauda (Ty) cujo momento M = L.Ty sobre o
centro de gravidade.
74
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO ROTOR DE CAUDA
75
Nota: O helicóptero não é equipado com servocomando traseiro, portanto os pesos chineses
superior e inferior reduzem os esforços de comando equilibrando o momento de retorno das pás
para a posição de passo nulo.
76
DESCRIÇÃO DAS PÁS DO ROTOR DE CAUDA
As pás do rotor de cauda são fabricadas em liga de alumínio e consistem de duas seções: O
aerofólio da pá e a raíz da pá,
- O aerofólio da pá gera o empuxo do roto r de cauda É formado com uma torção em envergadura
integrada, com uma mudança de perfil progressiva da ponta à raiz,
- A raiz da pá é oca, É suportada no cubo por dois mancais deslizantes e uma haste de mudança
de passo, para permitir que a pá articule e mude o ângulo de passo. Um furo permite a fixação da
barra tensão-torção com um parafuso,
- A bucha é conectada ao platô de comando
Como o helicóptero não é equipado com servocomandos traseiros, os pesos chineses superior e
inferior reduzem os esforços de comando, equilibrando o momento de retorno das pás para a
posição de passo nulo.
O balanceamento da cabeça do roto r de cauda (CRT) deve ser verificado ou refeito, se necessário,
se um ou vários elementos forem substituídos, A CRH é balanceada pela instalação de um conjunto
calculado de arruelas especiais em 6 pontos do cubo da cabeça,
78
79
SISTEMA ELÉTRICO
GERAÇÃO DE CORRENTE CONTINUA
A rede elétrica do helicóptero pode ser alimentada a partir de 3 fontes de corrente contínua:
O ARRANQUE-GERADOR, acionado pelo motor, é a fonte normal de energia elétrica em voo:
alimenta os sistemas do helicóptero e carrega a bateria. Na fase de partida, em que aciona o motor,
o arranque-gerador é alimentado pela bateria ou pela fonte externa (EPU) e funciona como
um motor elétrico.
A BATERIA permite partidas autônomas do motor e a alimentação dos circuitos, no solo, com o
motor parado. EM VOO, EM CASO DE PANE DO GERADOR, ELA EFETUA A ALIMENTAÇÃO
(durante um tempo limitado dependendo do estado de sua carga).
A FONTE EXTERNA (EPU) substitui, no solo, a bateria para dar partida no motor e para efeturar
os testes elétricos.
A conjunção ou disjunção das fontes de energia elétrica à barra de distribuição é feita pelos relés
C. Quando os contatos dos relés estão fechados, a fonte correspondente pode alimentar a barra
principal de distribuição. O fechamento dos relés da bateria e do gerador só será possível se a fonte
externa estiver desconectada, isto para evitar que se estabeleçam correntes incontroláveis
(perigosas para o equipamento) geradas entre as várias fontes de alimentação elétrica.
80
COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO E SUAS FUNÇÕES
A bateria, o gerador e a fonte externa são comandados, monitorados e protegidos pelos seguintes
equipamentos:
- Os relés K4, K5, K6: efetuam a conjunção de cada fonte de geração à barra principal de
distribuição.
- O relé de partida K3 conecta a barra de distribuição ao arranque "m23p".
- O botão "FONTE EXTERNA/BAT" comanda a alimentação por fonte externa ou por bateria.
~ O botão "GER" comanda a conjunção do gerador.
- O botão "CHAVE GERAL" é um comando de emergência que provoca a disjunção simultânea da
bateria e do gerador ou da fonte extema quando energizada.
- O botão "VENTIL" e a chave "PARTIDA" comandam respectivamente a ventilação e a partida do
motor.
,- O botão "REARM GER" permite tentativa de conjunção do gerador após uma disjunção acidental.
- O relé K1 impede a excitação e a conjunção do gerador durante a partida ou a ventilação do
motor.
- O relé K2 impede a conjunção da bateria e do gerador quando a fonte externa está energizada.
- O cartão de circuito impresso Z1 comanda a conjunção e a disjunção do gerador, assim como
regula sua tensão em 28.5 V ± 0.25 V.
- A sonda amperimétrica MCR (enrolamento) detecta corrente de retorno (reversa) para o gerador.
- As luzes "GER." e "BAT" acesas indicam a disjunção da fonte correspondente.
- A luz "P BAT" se acende caso a temperatura interna da bateria ultrapasse 71°C.
- Cartão de proteção Z2: em caso de sobretensão (U > 31.5 V), a bobina "b'' do relé biestável é
ligada à massa e corta a alimentação dos relés K1 e K4 isolando o gerador da barra principal PP12.
O temporizador "T" evita o rearme em caso de defeito eletrônico permanente do circuito.
-A amperagem e a voltagem são indicadas no V.E.M.D.
Contactores, relés, reguladores de tensão, cartões de circuito impresso e sonda estão reunidos e
um conjunto funcional: A CAIXA ELÉTRICA.
81
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO
82
Nota: a disposição dos botões de comando varia conforme a versão ou a personalização da
aeronave: consultar o Manual de Voo.
83
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO
85
1- O acionamento do botão (FONTE EXT/BAT) energiza O relé K2 que passa para a posição
"trabalho". O relé da fonte externa K6 é energizado através de K2 (normalmente aberto) na posição
trabalho e de K5 na posição repouso: conjunção da fonte externa; a fonte externa alimenta a barra
principal de distribuição. Os circuitos de excitação do relé da bateria K5 e do relé do gerador K4
são cortados enquanto o relé K2 estiver na posição "trabalho".
2- As luzes "BAT" e "GER", alimentadas através dos contatos repouso dos relés K4 e K5, se
acendem.
3- O voltímetro indica a tensão fornecida pela fonte externa.
86
ALIMENTAÇÃO POR GERADOR
87
DETECÇÃO DE SOBRETENSÃO E CORRENTE DE RETORNO
Em funcionamento normal, o gerador alimenta a barra PP12 através do relé K4. A tensão é
monitorada antes do relé K4 pelo cartão de detecção Z2, localizado na caixa elétrica.
Se a tensão se tornar superior a 31,5 Volts, o cartão de sobretensão fornece massa à bobina "b"do
relé biestável que move seus contatos e corta a alimentação do relé K1 e do relé K4.
A abertura do relé K4 isola o gerador da barra PP12 e provoca o acendimento da luz GER. A
abertura de K1 corta a excitação do gerador.
NOTA: Quando o gerador tiver sido isolado da barra PP12 após uma sobretensão, o módulo - U >
31,5 V - retoma à sua posição de repouso. A bobina "b" do relé biestável não está mais conectada
à massa.
88
FUNÇÃO DE "REARME" DO GERADOR
Após uma sobretensão, é possível reverter para uma configuração normal. Pressionando-se o
botão "REARMGER", alimenta-se a bobina a do relé biestável, que muda seus contatos.
Quando energizado, o relé K1 muda seus contatos para a posição "trabalho" e o relé K4 energizado
conecta o gerador à barra principal PP12.
Simultaneamente, a excitação do gerador é alimentada através da resistência R. Esta resistência
tem o objetivo de limitar a corrente de excitação para evitar uma nova sobretensão, que poderia
isolar outra vez o gerador através do cartão de sobretensão. O temporizador T da bobina a do relé
biestável evita o rearme quando a sobretensão for contínua.
O botão "CHAVE GERAL" permite, em caso de emergência (acidente por exemplo), cortar
simultaneamente o gerador e a bateria.
Quando o botão "CHAVE GERAL" é acionado, o relé K1 de excitação do gerador não é mais
alimentado:
E O GERADOR É DESCONECTADO.
O relé K5 não é mais alimentado:
A BATERIA É ISOLADA DA BARRA PRINCIPAL PP12
89
DIRETO DA BATERIA
- A barra direto bateria, painel 16 Alpha, é alimentada pela bateria quando o botão direto bateria é
pressionado, qualquer que seja o estado dos botões "FONTE EXT/ BAT" e "CHAVE GERAL"
-Uma luz é incorporada ao botão "DIR. BAR":
90
DISTRIBUiÇÃO DA CORRENTE AOS CIRCUITOS CONSUMIDORES
A partir da barra de distribuição PP12 (na caixa elétrica), a corrente é fornecida a 3 barras de
distribuição PP5-PP6-PP9 nas quais estão ligados os circuitos consumidores.
Cada circuito principal alimentado pelas barras de distribuição PP5-PP6-PP9 é protegido por fusível
(ou por disjuntores térmicos que podem ser rearmados (em caso de disjunção decorrente de uma
pane momentânea (dependendo da modificação da caixa elétrica). O motoventilador do circuito de
refrigeração do óleo motor e da CTP, grande consumidor, é igualmente protegido por um fusível, já
que é ligado diretamente à PP12. Todos os outros circuitos são protegidos por fusíveis de fusão
rápida ou disjuntores. Os fusíveis ou disjuntores das barras PP5-PP6-PP9 estão reunidos em 2
painéis acessíveis ao piloto, que pode substituí-Ios ou rearmá-Ios em voo. Um Conjunto de fusíveis
"sobressalente"encontra-se ao alcance do piloto. Em cada fusível está indicado a corrente que pode
suportar.
91
GERAÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA 250 V.A.
LOCALIZAÇÃO NO HELICÓPTERO
CARACTERíSTICAS DO INVERSOR ESTÁTICO
92
93
SERVOCOMANDOS
FINALIDADE DOS SERVOCOMANDOS
Os esforços de pilotagem dos comandos de voo são auxiliados por servocomandos hidráulicos que
permitem ao piloto controlar a aeronave sem esforço e com precisão.
95
ESPECIFICAÇÕES
A figura abaixo ilustra um servocomando durante a retração. O comando do piloto move a alavanca
de entrada para baixo em ângulo de -9, causando o giro das válvulas seletoras no sentido -9. A
pressão é admitida nas câmaras-A de cada corpo são e o fluído das câmaras B de cada corpo vai
ao retorno. O servocomando se retraí. O movimento de retração do servo dura enquanto houver
ação na alavanca de entrada do servocomando.
Este é o princípio de deslocamento do movimento de saída do servocomando em relação ao
movimento de entrada (comando do piloto):
96
VÁLVULA SELETORA DUPLA - COMPONENTE DE SEGURANÇA
( 1) Funcionamento normal
A válvula seletora principal comandada pela alavanca de entrada (5) e gira livremente no interior
da válvula seletora de emergência (backup).
A válvula seletora de emergência está presa por três esferas (3) mantidas em seus rebaixos por
uma mola espiral (4). Enquanto, a força F1 exercida na alavanca de entrada for inferior à força F2
exercida pela mola (4) de travamento, a seletora principal gira no interior da válvula seletora de
emegência e alimenta o servocomando.
Este é o funcionamento normal.
97
SINALIZAÇÃO DE GRIPAGEM DAS VÁLVULAS SELETORAS DOS SERVOCOMANDOS
98
Na ausência de pressão hidráulica, o pistão de teste (1) sob ação da mola (R), gira a válvula seletora
de emergência (8). As esferas saem de seus rebaixos e levantam o balancim. A microswitch é
acionada: a luz SERVO se acende.
A pressão hidráulica empurra o pistão do atuador de teste. A válvula seletora de emergência retorna
à posição inicial, travada pelas três esferas submetidas à ação da mola (6). Os contatos da
microswitch estão abertos e a luz servo apaga.
99
GRIPAGEM DE UMAVÁLVULASELETORA
As válvulas seletoras principal e de emergência agora agem como uma unidade única. Qualquer
ação na alavanca faz a válvula seletora de emergência girar: a microswitch é acionada e a luz
SERVO se acende.
Nota: A luz se apaga quando o comando retorna à posição onde ocorreu a gripagem, uma vez que,
nessa posição, as esferas retornam aos seus rebaixos de travamento.
Todas as microswitches estão em sua posição de "trabalho" (as seletoras de emergência giraram,
empurradas pelos pistões de teste). O circuito de monitoramento está aberto e a luz SERVO se
acende.
100
Pressionando o botão de teste (3) fecha-se o circuito de monitoramento: a luz SERVO deve se
apagar, indicando que:
- todas as microswitches estão em posição "trabalho"
- o circuito de monitoramento está correto (todos os conectores estão conectados a continuidade
do circuito).
Ao pressionar o botão de teste (3), se houver um curto-circuito (como mostrado acima), a luz
SERVO permanece apagada.
Se não houver curto-circuito, pressionando o botão de teste (3), o circuito de monitoramento se
fecha (a massa é perdida) e a luz SERVO se acende.
101
Em caso de gripagem de uma das válvulas seletoras a microswitch correspondente passa para
"trabalho" e o circuito de monitoramento se abre: a luz SERVO se acende.
NOTA: A luz "SERVO" também se acende em caso de queda de pressão hidráulica do sistema
direito ou esquerdo.
LOCALlZAÇÃO.DOS COMPONENTES
102
O terminal do servocomando consiste em um atuador (1) alimentado pelo sistema hidráulico
superior (esquerdo).
Em voo, quando o esforço (F) sobre o servocomando for inferior ao valor permitido, a pressão
preponderante (P) mantém o pistão no batente superior. A microswitch (2) está em "repouso".
Se o esforço (F) sobre o servocomando exceder o limite permitido, a microswitch vai em trabalho e
a luz LlMIT se acende.
Nota: Quando o transistor T não polarizado estiver bloqueado.a luz "LlMIT" se apaga.
Um restritor (3) amortece qualquer queda de pressão causada por movimentos rápidos do
servocomando.
O tempo de carregamento do capacitor (C) retarda o lcendimento da luz "LlMIT" em resposta aos
pequenos picos de esforços dinâmicos.
NOTA: As microswitches (4) na cadeia longitudinal, também atuam no acendimento da luz LlMIT
a fim de proteger os componentes da cabeça do rotor,
103
SISTEMAS HIDRÁULICOS
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DO SISTEMA HIDRÁULICO
• O sistema inferior (DIR (Verde) alimenta os corpos inferiores dos servocomandos do rotor
principal. A bomba (3), acionada por uma correia poly-V, succiona o fluído hidráulico do reservatório
(4).
104
1- Reservatório do sistema inferior
2- Bloco hidráulico do sistema inferior
3- Bomba do f/stema inferior
4- Reservat6fio do sistema superior
5- Bomba âo sistema superior
6- Bloco hidráulico do sistema superior
7- Servocomandos do rotor principal
105
1-Reservatório hidráulico (dianteiro)
2 -Bomba hidráulica acionada por correia
3 -Filtro com indicador de entupimento
4 - Válvula reguladora
5-Manocontator conectado à luz indicadora "HYD"
6 -Servocomando direito
7 - Servocomando dianteiro
8 -Servocomando esquerdo
9 - Válvula reguladora
10 -Menocontetor coneciedo à luz "HYD"
11 -Filtro com indicador de entupimento
12 -Bomba hidráulica acionada por ABEX
13-Reservatório hidráulico (traseiro)
106
( 1) Unidades hidráulicas direita e esquerda
107
( 2) Bombas hidráulicas
108
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA HIDRÁULICO
( 1) Funcionamento normal
Os dois sistemas hidráulicos estão pressurizados e a luz de alarme "HYDR" está apagada.
109
( 2) Queda de pressão no sistema hidráulico superior
As luzes de alarme "HYD", "LlMT" e "SERVO" se acendem, indicando ao piloto que o sistema
hidráulico superior (Esquerdo) falhou.
110
(3) Queda de pressão do sistema hidráulico inferior direito
As luzes de alarme "HYD" e "SERVO" se acendem. Se a luz "LlMIT" estiver apagada, isto indica
que o sistema hidráulico inferior falhou.
111
COMANDOS DOS ROTORES
PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DOS COMANDOS DE VOO
Os comandos de voo, que agem no ângulo de passo dos rotares principal e de cauda, permitem
que o piloto controle o voo da aeronave: variação de atitude, de velocidade e de proa.
A alavanca de passo coletivo (1) controla a sustentação FN do rotor principal (variação coletiva do
passo). Lembrete: FN se decompõe em um vetor "sustentação" S e um vetor "velocidade" V, cujo
sentido e intensidade são controlados pelo cíclico (2), que comanda a inclinação do disco do roto r
(variação cíclica de passo).
O "bloco dos pedais" (3) con\rola o em puxo Ty do rotor de cauda, isto é, a proa da aeronave.
112
( 2) Ação do comando do rotor de cauda
É mais simples: quando o pedal direito é empurrado para a frente, o passo do rotor de cauda
aumenta e o empuxo Ty aumenta. Com o pedal esquerdo para frente, ocorre o contrário.
113
Deslocamento da alavanca de passo coletivo: o platô cíclico é comandado em A, B e C. Ele se
desloca paralelamente a ele mesmo sem modificar o ângulo de passo cíclico.
DESCRIÇÃO GERAL
As cadeias de comando que ligam o cíclico (10), a alavanca de passo coletivo (11) e o platô cíclico
(1) são formadas de hastes rígidas conectadas funcionalmente entre si através de guinhóis. Em
cada uma das cadeias de comando que acionam o platô cíclico, um servocomando hidráulico (2),
(3), (14) desenvolve os esforços necessários à pilotagem. Na versão básica, a aeronave é equipada
com comandos simples e sem piloto automático (duplo comando e piloto automático são opcionais).
114
1 -Platô cíclico
2 -Servocomando de rolagem esquerdo
3 -Servocomando de arfagem
4 -Unidade misturadora
5 -Coletivo do piloto
6 -Tubo de conjugação das alavancas de passo coletivo
7 -Cíclico do piloto
8 -Tubo de conjugação dos cíclicos
9 -Guinhol do comando lateral
10 -Cíclico do copiloto (duplo comando de desmontagem rápida)
11 -Coletivo do copiloto
12 -Acoplamento "passo coletivo - regulação do motor"(ver capítulo 14)
13 -Hastes de atuação nos servocomandos
14 -Servocomando de ralagem (direito)
O guinhol do comando lateral é um balancim que inverte o movimento das cadeias direita e
esquerda (ralagem).
115
EXEMPLOS:
( 1) Ação do cíclico em lateral
Se o cíclico for deslocado para a direita, as cadeias de rolagem se deslocam em sentido contrário
e no mesmo valor fazendo o platô cíclico se inclinar para a direita em torno do eixo Y (que passa
pelo servocomando de arfagem).
Nota: As alavancas do comando coletivo são balanceadas pela mola de compensação. A tensão
da mola é ajustável.
116
COMPONENTES DO COMANDOS DO ROTOR PRINCIPAL
( 1) Manche cíclico
O manche cíclico possui um mecanismo de fricção regulável que permite ao piloto modificar o
esforço no comando (observar que o sistema hidráulico elimina os esforços de comando).
117
1-Cíclico do piloto
2 -Roda de ajuste da fricção
3 -Arruela elástica
4 - Calota móvel
5 -Calota móvel
6 - Calota de fricção fixa no piso
NOTA: as alavancas do comando cíclico são balanceadas no eixo longitudinal pela mola (6) de
compensação. A tensão da mola é ajustável.
NOTA: Para evitar o travamento involuntário durante o voo, o travamento no passo mínimo
necessita de duas ações por parte do piloto:
- abaixando inteiramente o manche do comando do coletivo,
- deslizando o tubo (2) para cima a fim de encaixar o gancho (6) por baixo do pino de travamento
(9).
118
119
(4 ) Batentes de regulagem e detecção de esforços de arfagem
( 5) Unidade misturadora
NOTA: O comando do antecipador do coletivo (8) conectado ao tubo de torque do coletivo fornece
a informação da posição do comando do coletivo para o FADEC. Consultar o Capítulo 1.
NOTA: As alavancas do coletivo são balanceadas pela mola do compensador (7). É possível regular
a tensão da mola.
120
PRINCIPIO DE REGULAGEM DOS COMANDOS DO ROTOR PRINCIPAL
Referências de regulagem das cadeias de comando: um pino de imobilização por cadeia. Com
os pinos colocados, o manche ciclico fica em posição neutra e o coletivo a meio curso (50 %).
121
Referências de regulagem do platô cíclico: uma ferramenta especial imobiliza na posição de
regulagem (Platô perpendicular ao mastro e servocomandos a meio curso). Em cada
servocomando, um pino centraliza a alavanca de entrada entre os batentes.
Pontos de regulagem
- as 3 hastes de comando de passo;
- as 3 hastes de atuação nos servocomandos
Regulagem
- entre o platâ cíclico e o rotor: posicionar a ferramenta A entre a estrela e o punho superior (ver
figura) e ajustar as hastes de comando de passo.
- entre a cadeia de comando e o servocomando: ajustar as hastes de atuação dos servocomandos
a fim de poder colocar os parafusos entre as hastes de atuação e o servocomando sem esforço.
Pontos de referência: dois índices fixados na coroa da CTP em frente às hastes de atuação dos
servocomandos dianteiro e esquerdo.
Regulagem: regular os parafusos batentes em cada comando a fim de obter a cota X (e, assim, o
passo), conforme especificado no Manual de Manutenção para tal posição do comando ..
122
Os pinos de imobilização das cadeias de comando se encaixam em furos ajustados na estrutura e
nos comandos. Com o pino encaixado, o comando fica solidário com a estrutura, portanto, fixo.
123
COMANDO DO ROTOR DE CAUDA
- Quando o pedal esquerdo é empurrado, o platô de comando do rotor de cauda, acionado pela
alavanca de entrada da cn, diminui: o ângulo de passo da pá do rotor de cauda.
- Inversamente, quando o pedal direitoé empurrado, o platô de comando aumenta e o ângulo de
passo da pá aumenta.
124
COMPONENTES DO COMANDO DO ROTOR DE CAUDA
NOTA: A variação de NR está associada à posição dos pedais, Portanto, o conjunto de fricção de
guinada (6) fornece pouca resistência.
125
PRINCIPIO DE REGULAGEM DO COMANDO DO ROTOR DE CAUDA
126
Os batentes secundários são fornecidos para evitar distorção de itens da cadeia de comando.
127
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
GENERALIDADES
O motor é equipado com um sistema de alimentação de combustível compreendendo uma bomba
de baixa pressão, um filtro, uma bomba de alta pressão que fomece combustível para a câmara de
combustão através de um regulador de vazão de combustível. Para detalhes do sistema de
combustível interno do motor, consultar a documentação do fabricante do motor.
O sistema de combustível do helicóptero tem por objetivo:
- durante a partida, levar até as bombas de pressão do motor, o combustível sob pressão contido
no tanque localizado em um nível inferior.
- informar o piloto sobre o funcionamento do sistema.
128
COMPONENTES DO SISTEMA DE COMBUSTIVEL E SUAS FUNÇÕES
129
(2) Entupimento do filtro "
Se o combustível estiver poluído, as impurezas se depositam no cartucho filtrante e a vazão através
do filtro diminui progressivamente, Esta diminuição da vazão aumenta a pressão na entrada do
filtro, Quando a diferença de pressão atinge 0,7 bar, um manocontactor diferencial de pressão
acende a luz "FUEL FILT".
Quando o filtro está entupido, a pressão na entrada do filtro torna-se maior do que a tensão da mola
da válvula bypass, que se abre, O motor continua a ser alimentado, MAS COM COMBUSTIVEL
POLUÍDO.
130
COMANDOS E CONTROLES DO SISTEMA DE COMBUSTIVEL
131
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE COMBUSTIVEL
NOTA: O revestimento em elastômero (10) que cobre a válvula e suas conexões drena possíveis
vazamentos para o compartimento do tanque de combustível.
133
PRINCIPIO DO TRANSMISSOR DE LlQUIDÔMETRO TIPO CAPACITIVO
134
INSTRUMENTOS ANEMOBAROMÉTRICOS
DESCRIÇÃO DO SISTEMA ANEMOBAROMÉTRICO
PRINCIPIO
Os instrumentos do sistema anemobarométrico indicam:
- a altitude do helicóptero: ALTíMETRO;
- a velocidade relativa do helicóptero com a relação ao ar: VELOCíMETRO;
- a velocidade vertical do helicóptero: INDICADOR DE RAZÃO DE SUBIDA/DESCIDA.
135
COMPONENTES DO SISTEMA ANEMOBAROMÉTRICO
Observar que o tubo pitot está instalado à esquerda do eixo longitudinal da aeronave, pois é
nesta área que o fluxo de ar é menos perturbado.
1-Tubo PITOT
2 -Resistência isolada por mica
3-Cabo de alimentação
4- Terminal de conexão da tubulação
5 -Suporte do pitot
136
LOCALIZAÇÃO DOS COMANDOS E CONTROLES DO SISTEMA ANEMOBAROMÉTRICO
137
ILUMINAÇÃO INTERNA E EXTERNA
ILUMINAÇÃO INTERNA
ILUMINAÇÃO DA CABINE
- As luminárias e luzes de leitura são alimentadas diretamente pela bateria. Elas proporcionam um
ambiente iluminado quando o botão "DOME LT" do console está pressionado.
- As 4 luzes de leitura podem ser orientáveis. Elas se acendem quando o botão ao lado da luz é
pressionado.
138
ILUMINAÇÃO DO PAINEL DE INSTRUMENTOS E DO CONSOLE
A fonte de iluminação 148L é alimentada pelas barras de distribuição PP5 & PP6 pressionando o
botão "INST LTS 1" a fim de assegurar a iluminação dos instrumentos em operação normal.
A fonte de iluminação 149L é alimentada pelas barras de distribuição D. BATT pressionando o
botão "INST LTS 2" a fim de asegurar a iluminação integrada ao painel de instrumentos em
funcionamento de emergência.
Os potenciômetros "INST 1", "INST 2" e o seletor DAY / NIGHT 1 / NIGHT 2 garantem a intensidade
da luz.
139
FUNCIONAMENTO NORMAL
A fontede iluminação normal 148L sob o piso da cabine do lado direito, o botão INST LTS 1 console
e o seletor DAY / NIGHT 1 / NIGHT 2 controlam a iluminação dos instrumentos em operação normal.
A fonte de iluminação normal é alimentada pelas barras PP6 & PP5.
FUNCIONAMENTO DE EMERGÊNCIA
A fonte de iluminação em emergência 149L sob o piso da cabine do lado direito, o botão INST LTS
2 no console e o seletor controlam a iluminação dos instrumentos em funcionamento de
emergência.
A fonte de iluminação de emergência é alimentada diretamente pela bateria. Quando o botão "INST
LTS 2" é pressionado e o seletor DAY/N IGHT 1/NIGHT 2 é colocado na posição NIGHT 1 ou
NIGHT 2, apenas a iluminação integrada do painel de instrumentos e a luz do painel de comando
se acendem.
140
ILUMINAÇÃO EXTERNA
A iluminação externa é assegurada por três luzes de posição, uma luz anticolisão e dois faróis: um
farol de táxi e um farol de pouso.
A luz anticolisão é composta por uma caixa incluindo os circuitos de controlee de retardo da luz
estroboscópica. É alimentada com 28 Vdc a partir da barra de distribuição PP6 através do disjuntor
6.3 A no painel 31Alfa. O botão "NCOL LT" no console é usado para acender a luz anticolisão.
141
As três luzes de posição são alimentadas com 28 Vdc vindo da barra de distribuição PP6 através
do disjuntor de 6.3Ado painel 31 Alfa.
O botão "POST LTS" no console é usado para acender as três luzes de posição.
FARÓIS DE POUSO
O farol de taxi de 150 W tem um ângulo negativo em elevação para iluminar a área de pouso
embaixo da aeronave.
As chaves "LlTE" à esquerda nos punhos do coletivo do piloto e do copiloto acendem ou apagam
o farol. Quando uma das duas chaves está ligada, a bobina do relé de potência acende o farol de
pouso fixo esquerdo. O farol é alimentado com 28 Vdc a partir da barra de distrubuição PP9 através
do disjuntor 6.3 Ado painel 31 Alfa.
O relé também acende a luz "LlTE" no painel de instrumentos. Esta luz é alimentada a partir da
barra PP6 através de um disjuntor no painel 31Alpha. Esta luz se acende quando a chave para
acender o farol de pouso fixo direito é acionado.
O farol de pouso fixo direito de 450W está posicionado para iluminar intensamente a área de pouso.
As chaves "LlTE" à direita nos punhos do coletivo do piloto e copiloto acendem ou apagam o farol.
Quando uma das duas chaves é acionada, a bobina do relé de potência acende o farol de pouso
fixo. O farol é alimentado com 28V a partir da barra de distribuição PP9 através do disjuntor de 20
A do painel 32 Alfa.
O relé também acende a luz "LlTE" no painel de instrumentos. Esta luz é alimentada a partir da
barra de distribuição PP6 através do disjuntor de 6.3 Ano painel 31 Alfa.
Esta luz se acende quando a chave para acender o farol de pouso fixo esquerdo é acionada. Aluz
"LlTE" é testada ao pressionara botão "W/LT TEST" no console.
NOTA: Achave "LlTE" à direita dos punhos do coletivo do piloto e do copiloto tem uma posição
"RET". É utilizada para recolher o farol se um farol de pouso retrátil opcional estiver instalado.
142
BANCOS -AQUECIMENTO- VENTILAÇÃO
BANCOS E EQUIPAMENTOS DA CABINE
BANCOS TRASEIROS
..•
Os bancos traseiros possuem sistema de amortecimento de impactos, fixados nos trilhos, dentro
de uma estrutura tipo caixa, que é a parafusada na estrutura do helicóptero
143
BANCOS DIANTEIROS
Os bancos bancos dianteiros possuem sistema de amortecimento de impactos (sentido longitudinal
2:30°), e são aju~áveis no sentido longitudinal
144
O fluxo de ar quente vindo do compressor é controlado pelas válvulas de controle (5, 6) ao lado do
banco do piloto.
O restritor (3) é um disco simples com um orifício para limitar o fluxo de ar sangrado de P2.
145
SISTEMA DE VENTILAÇÃO DA CABINE
A ventilação é assegurada pelo ar reciciado da cabine succionado atrás do barto traseiro direito e
enviado de volta para os difusores no teto da cabine por um ventilador elétrico.
As saidas de ar orientáveis no teto da cabine pode ser ajustável individualmente regulando o fluxo
ou fechando o fluxo de ar.
NOTA: para reciclar o ar de dentro da cabine as janelas do lado esquedo ou do lado direito podem
ser abertas.
146
INSTALAÇÃO DO MOTOR
MOTOR ARRIEL
O helicóptero é equipado com um motor ARRIEL 2B1. Os aspectos tecnológicos e funcionais deste
motor estão descritos no Manual de Instrução do fabricante do motor.
Este capítulo trata somente da instalação do motor na aeronave, isto é:
- sua fixação,
- seu circuito de arrefecimento de óleo,
- seus comandos e controles,
- seu circuito elétrico de partida.
Generalidades
O motor TUR80MECA ARRIEL 281 é um motor do tipo turboeixo de 650 kW (870 hp). Está
localizado em um compartimento separado, a prova de fogo, atrás da CTP e acima do bagageiro
traseiro. Ele está conectado a CTP através de um eixo instalado entre os dois flectores. Trata-se
de um motor de concepção modular, à turbina livre, composto por 5 módulos independentes:
- Módulo do compressor axial (estágio único com válvula de dreno).
- Módulo da geradora de gases:
- um compressor centrífugo;
- uma câmara de combustão anular;
- uma turbina geradora de gases com estágio simples.
- Módulo da turbina livre.
- Módulo do redutor de velocidade:
. reduz a velocidade da turbina livre de 39158 rpm para 6000 rpm.
- Módulo da árvore de saída:
transmite a potência à CTP e aos eixos de acionamento acessório.
FIXAÇÃO DO MOTOR
O motor está instalado em um compartimento a prova de fogo. Na parte dianteira está preso à CTP
por uma trompa de ligação.
A fixação do motor no piso da estrutura traseira é realizada por dois amortecedores de borracha.
148
O tubo de ligação do motor apoia-se sobre o suporte (1).
Duas braçadeiras (2) prendem o tubo de ligação sobre seu suporte. O suporte é fixado na parede
de fogo horizontal através de 2 amortecedores de borracha (4) protegidos por defletores (3).
149
ATENÇÃO
Cuidado com o sentido de instalação do suporte (1). Ver o A.M.M.
GENERALIDADES
Os rolamentos e engrenagens do motor são lubrificados e reÚigerados pela circulação de óleo sob
pressão. Após lubrificar o motor, o óleo está carregado de "calorias", portanto, muito quente. É
necessário, antes de reciclá-lo, baixar sua temperatura a fim de conservar todas as suas
propriedades lubrificantes. É este o papel do circuito de arrefecimento do óleo.
150
COMPONENTES DO SISTEMA
FUNCIONAMENTO GERAL
Após ter lubrificado o motor, o óleo quente, succionado pelas bombas de retorno (10), é enviado
ao circuito de arrefecimento. O óleo atravessa o radiador (18), onde um fluxo de ar o resfria e
retorna ao reservatório (15). Então, um novo ciclo se inicia com a bomba de pressão (9)
succionando o óleo do reservatório e enviando-o para o circuito de lubrificação interno do motor.
Ao atingir 77 C, o termocontator (14), cuja lâmina bimetálica se dilatou, fecha seu contato, o relé R
através do contato de alimentação (1) é energizado através do amplificador. O relé (1) se fecha e
o moto-ventilador é alimentado. Quando a temperatura cai abaixo de 68°C o termocontator abre
seu contato, e o motoventilador pára.
152
CONTROLE DO CIRCUITO DE LUBRIFICAÇAO DO MOTOR
- Um detector de limalha (11), instalado na saída das bombas de retorno de óleo, causa o
acendimento da luz âmbar "ENG. CHIP"(3) no painel de alarme. O sinal entre o detector de limalha
e o painel de alarme é assegurado pelo cartão de circuito impresso W2 da Unidade Auxiliar de
Sistemas (ASU).
153
154
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES E PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
155
REGULAÇÃO DOS MOTORES
156
Uma explicação simplificada do controle de N1 - e, portanto, do controle de rpm do rotor (N2) - é a
seguinte:
Em uma variação de carga, o FADEC, usando os parâmetros de entrada (Torque, T1, N1, P3, N2,
T4.5) e dos antecipadores (passo coletivo/e posição do pedal) calcula o valor de N1; ele compara
este valor com o N1 real e determina por uma função proporcional uma nova posição do dosador
através do motor passo a passo para restabelecer a NF (N2) ao valor do sinal.
O motor é controlado através de uma chave seletora no painel de instrumentos, um punho rotativo
no coletivo e um sistema de emergência (Back-up) automático: EBCAU (Engine Back-up Ancillary
Control Unit) (Unidade de Controle Auxiliar de Emergência do Motor).
Potenciômetro liberando uma tensão proporcional à posiÇãO do passo coletivo, O FADEC utiliza
esta tensão para antecipar as variações de potência induzidas pelas mudanças de passo
158
- ANTECIPADOR PASSO-COLETIVO (sinal XPC)
O antecipador do coletivo é um potenciômetro que transmite um sinal XPC imediato (posição do
passo coletivo) para o FADEC. O FADEC alimenta-o com uma tensão de 10 V.
Esta função de "antecipador" primeiramente adapta a rotação da geradora de gases (N1) a fim de
equalizar a potência fornecida com a potência necessária e, assim, manter a rotação de N2 (NF)
constante. Além disso, o antecipador passo-coletivo fornece um sinal imediato de variaÇão de
carga (XPC) que antecipa a fase de detecção e assegura uma reação rápida da função de
regulação.
Em caso de pane do antecipador passo - coletivo, o FADEC muda para o modo
integral/proporcional a fim de manter a rotação de NR igual ao sinal gerado de N2* qualquer que
seja o ângulo de passo coletivo.
Os punhos rotativos (1) e (12) fixados aos tubos dos coletivos do piloto (2) e do copiloto (11)
controlam o regime do motor. O punho rotativo do piloto (1) é conectado ao carne (5) sob a base
da alavanca do coletivo do piloto (3). O carne (5) possui duas pistas:
- a pista interna consiste de uma rampa que aciona a microswitch de detecção da posição "IOlE",
- a pista externa, equpada com dois entalhes (13) e (14), aciona a microswitch de detecção da
posição "fora do entalhe FLlGHT ".
159
O entalhe (14) do carne (5) materializa a posição "FLlGHT". O entalhe (13) mantém o carne (5) na
posição "IOlE". Uma mola (4) exerce uma força de retorno na posição "FLlGHT" sobre o carne (5)
assim que o punho sai dos ntalhes (13) e (14).
Quando os comandos do copiloto estão instalados, o coletivo do copiloto (11) também é equipado
com um punho rotativo (12). Os tubos dos coletivos do piloto (2) e do copiloto (11) são equipados
com pinhões (6) e (9). Os pinhões estão conectados por uma haste com um rack (8) alojado dentro
do tudo de conjugação (7) do coletivo.
O punho rotativo (1) do coletivo (2) possui duas posições principais separadas de 30°, que
corresponde à velocidade de rotação do motor:
- posição "FLlGHT": regime normal do motor (controle NF/N2),
- posição "IDLE": regime do motor em màrcha lenta.
POSIÇÃO "FLlGHT"
O punho rotativo (1) normalmente está na posição "FLlGHT". O entalhe (7) do came (3) materializa
a posição "FLlGHT". Para avisar o piloto que o punho rotativo foi inadvertidamente movido para
fora da posição "FLlGHT", a microswitch (6) causa o acendimento da luz vermelha "TWT GRIP" no
painel de alarme e ativa um alarme sonoro assim que o rolete da microswitch (6) sai do entalhe (7).
160
POSIÇÃO "IDLE"
O entalhe (4) mantém o came (3) na posição "IDLE".
Na posição "IDLE", a microswitch (5) é ativada e envia o sinal elétrico para o computador do FADEC
que controla a vazão de combustível para obter um regime de marcha lenta do motor.
No controle normal do motor (FADEC), quando o punho rotativo (1) é colocado em "IDLE", o
comando de back-up do motor (EBCAU) não é iniciado.
Esta posição é utilizada nos seguintes casos:
- partida do motor em tempo frio,
- marcha lenta no solo,
- pane do motor,
- pane do rotor de cauda,
- treinamento de autorrotação.
161
UNIDADE DOSADORA PRINCIPAL DE COMBUSTIVEL
O conjunto da válvula dosadora (1) que regula a vazão de combustível necessária, é acionada por
um atuador duplo (2) composto de dois motores passo a passo (um para cada canal A & B). Uma
válvula (4) com um DP constante assegura uma vazão de combustível que é diretamente
proporcional à posição da válvula dosadora sem ser afetada pelas variações de carga da vazão de
combustível.
- O FADEC recebe o sinal de posição dosadora através do transmissor de posição.
162
DESCRIÇÃO DA REGULAÇÃO DE EMERGÊNICA (BACK-UP) (EBCAU)
O cartão EBCAU (Unidade Auxiliar de Controle de Emergênica (Back-Up) do Motor) possui duas
funções principais:
Função de regulação de Emergência do motor (Back-up):
Esta função é utilizada:
- em voo, quando houver uma pane maior do FADEC,
- no solo, durante os ensaios periódicos da função de regulação do motor ~ emergênica (back-
up).
NOTA: Qualquer detecção de pane é enviada para o VEMD pela ligaçãoARINC e é gravada. Na
função "MANUTENÇÃO" (MAINT), a página "FAILURE" do VEMD pode ser utilizada para consultar
estas panes.
163
FUNCIONAMENTO DA REGULAÇÃO DE EMERGÊNCIA (BACK-UP) (EBCAU)
Em caso de uma pane maior do FADEC, o FADEC congela a posição da válvula dosadora principal
de combustível e envia o sinal "pane maior" para o EBCAU e a função de regulação de back-up do
motor é ativada e as luzes "GOV" vermelha e âmbar se acendem. A função de regulação de back-
up do motor é ativada automaticamente. Ele controla a valvula dosadora de combustivel de back-
up para manter uma NF/NR constante (em pelo menos de 350 ms).
Entre as duas funções, não há variação de potência uma vez que a válvula dosadora principal de
combustível está congelada.
A pane do FADEC não é reversível, consequentemente, o voo termina na função de back-up.
164
O botão TEST EBCAU é utilizado em manutenção periódica no solo (não utilizado em voo).
Pressionando-se este botão, o próprio FADEC simula uma pane maiordo FADEC. O FADEC
congela a válvula dosadora principal e envia o sinal de autorização de regulação na função de
emergência (back-up) para o EBCAU.
Automaticamente, o motor aumenta o regime de NF para 102 %.
165
Após o teste, quando o botão de teste EBCAU é solto, o FADEC envia um sinal para o EBCAU que
faz com que a válvula dosadora de back-up volte para a posição neutra.O FADEC é controlado
novamente.
166
COMPONENTES DA CADEIA DE CONTROLE DO MOTOR E SUA LOCALIZAÇÃO
GENERALIDADES
Os parâmetros de potência são:
RPM DA GERADORA DE GASES (N1/Ng).
A potência desenvolvida pelo motor é em função de N1, que varia diretamente com a quantidade
de combustível queimado (consumo do motor). A N1 aumenta quando o consumo aumenta.
TEMPERATURA DOS GASES na entrada da turbina livre.
A temperatura T4.5 depende essencialmente da quantidade de combustível queimado.
167
TORQUE DO MOTOR (Tm)
O torque transmitido para os rotores pela turbina livre. O torque do motor é igual à potência
UTILIZADA PELOS ROTORES (a potência varia em função do passo coletivo).
Como Ω (roto r rpm) é constante, a potência utilizada pelo rotor é proporcional ao torque do motor.
Com a ajuda destes 3 parâmetros, o piloto é informado como o motor está funcionando e...
... ASSIM ELE PODE RESPEITAR AS LIMITAÇÕES IMPOSTAS À AERONAVE
Isto permite estabelecer o perfil dos regimes de utilização que devem ser obrigatoriamente
respeitados (durante o vôo) para evitar um dano prematuro do motor.
168
FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO
Como se sabe, as condições atmosféricas (temperatura e pressão) do ar determinam o fluxo do
ar que entra no motor. Este fluxo influencia diretamente no desempenho do motor.
Desta forma o fabricante do motor estabeleceu então uma lei de regime variável para a geradora
de gases do ARRIEL 281 que leva em consideração condições atmosféricas do local de
decolagem:
170
CONTROLE DA TEMPERATURA DOS GASES (T4.5)
A temperatura dos gases é medida na entrada da turbina livre. Os detetores são termopares
"cromel-alumel" que liberam uma tensão proporcional à temperatura a ser medida. Oito sondas
duplas estão distribuídas no fluxo gasoso e ligadas em paralelo de forma a medir uma temperatura
média. Quatro das sondas duplas estão ligadas ao VEMD, as outras 4, ao FADEC.
NOTA
O papel das resistências de homogeneização é modificar o sinal de forma a obter, para uma dada
temperatura, a mesma indicação, seja qual for o motor. As resistências de homogeneização são
ajustadas em fábrica.
171
O eixo do torquímetro compreende:
- um eixo de transmissão munido de quatro dentes eqüidistantes
- um eixo de referência solidário em uma extremidade do eixo de transmissão e munido também,
na outra extremidade, de quatro dentes eqüidistantes. Os oito dentes formam uma roda fônica indu-
zindo variações de campo magnético diante de um captor.
Compreende-se que a torção do eixo de transmissão ocasiona um deslocamento relativo dos
dentes, portanto, o sinal elétrico proveniente do captor será modificado em função do torque.
Este sinal é processado pelo FADEC que envia ao VEMD uma tensão proporcional ao torque.
DESCRIÇÃO DO VEMD
( 1) Composição
O VEMD é constituído de três módulos: 2 módulos processadores e um módulo de tela LCO (Liquid
Crystal Oisplay).
Os dois processadores recebem e processam as mesmas informações, além de comparar seus
resultados. Em caso de diferença, uma mensagem de erro é mostrada. Se um dos módulos estiver
em pane, as funções permanecem disponíveis no outro módulo.
172
( 2) Controles
Dez botões enfileirados verticalmente do lado direito do painel frontal do V.E.M.D.
Eles estão agrupados em 3 conjuntos funcionais:
- Botões "OFF1" e "OFF2".
Pressionando-se o botão "OFF1" (1) ou "OFF2" (2), liga-se ou desliga-se o módulo processador e
a tela associada (tela superior para a linha 1 e tela inferior para a linha 2).
- Botões "SCROLL", "RESET", "SELECT", "ENTER", Estes botões permitem controlar o V.E.M.D.
"SCROLL" (3) para selecionar a página desejada
"RESET" (4) para voltar à página nominal
"SELECT" (5) para selecionar um campo
"+" e "-" (6, 7) para modificar um valor
"ENTER" (8) para validar um campo
- Botões "BRT +" e "BRT -" Pressionando-se estes botões modifica-se progressiva e
simultaneamente o brilho das telas.
"BRT -" (9) para diminuir o brilho
"BRT +" (10) para aumentar o brilho
173
( 3) Teste padrão
O teste padrão é usado para verificar as telas.
É ativado pressionando-se o botão "W/LT" (Teste Alarme) no console e, ao mesmo tempo, o teste
das luzes do painel de alarme.
A página idêntica é apresentada nas duas telas e inclui:
- áreas com cores diferentes
- uma área de mensagem "software reference".
174
O VEMD NO MODO OPERACIONAL
Em função dos parâmetros N1 e NR, o VEMD detecta três modos operacionais: corte, partida ou
voo. Na energização e após seu auto-teste, o VEMD indica três parâmetros: T4.5, N1 e torque na
tela LCD superior (modo partida),
Quando N1 ultrapassa 60%, o VEMD muda automaticamente para a indicação do voo. A tela
superior indica todas as informações associadas às limitações do motor no FLI (Indicador de
Primeira Limitação).
Os três parâmetros primários do motor (N1,T4.5 e torque) são visualizados sob uma forma
sintética fácil de ser utilizada para o controle da potência do motor: .
0 = sem potência
9.6 = PMC (Potência Máxima Contínua
10.0 = MTOP (Potência Máxima de Decolagem)
10.8 = Potência Máxima Transitória
175
-Desempenho
Pressionando-se duas vezes a tecla "SCROLL", a página "Desempenho" ("Performance") é
acessada, Com o auxílio das teclas "SELECT''''+'' , "_" e "ENTER", o piloto pode registrar os
dados de peso transportado, O VEMD calcula então o peso total "A,U,W" (Ali Up Weight), os
pesos máximos de decolagem dentro do efeito solo (lGE) e fora do efeito solo (OGE),
177
O VEMD NO MODO "CONFIG"
( 1) Generalidades
O modo "CONFIG" inclui o acréscimo de opcionais, a possibilidade de modificar o sistema de
unidades (SI ou IMPERIAL) e a possibilidade de modificar a unidade para Altitude.
Este modo pode ser ativado somente se o VE.M.D. detectar o estado "engine stop" (corte do motor),
e se as duas linhas estiverem operacionais.
( 2) Funcionamento
Para se obter acesso a este modo:
- Pressionar "OFF1" e "OFF2" para desligar as duas linhas do VE.M.D.
- Pressionar e segurar os botões "SELECT" e"ENTER".
( 1) Generalidades
Este modo fornece acesso as diferentes paginas necessárias para manutenção do V.E.M.D. e
sistema aviônico associado. Ele só pode ser ativado se o VEM.D. detectar o estado "engine stop"
(corte do motor). Existem 2 modos de funcionamento, dependendo da operacionalidade dos
módulos.
- modo de duas linhas no caso das duas linhas do VE.M.D. estarem operacionais. Nesta
configuração, o menu de manutenção está em progresso na tela superior.
- modo de uma linha se uma das duas linhas não estiver operacional.
( 2) Funcionamento
FUNCIONAMENTO COM AS DUAS LINHAS
Para acessar o modo de funcionamento com duas linhas:
- Pressionar "OFF1" e "OFF2" para desligar as duas linhas do V.E.M.D.
- Pressionar os botões "SCROLL" e "RESET" e mantê-los pressionados.
- Pressionar os botões "OFF1" e "OFF2" para ligar as duas linhas do VE.M.D.
Assim que as mensagens "TEST IN PROGRESS" e "RELEASE KEY" forem apresentadas, soltar
os botões "SCROLL" e "RESET".
A página "MAINTENANCE MENU" é apresentada.
A mensagem "HARMONISATION IN PROGRESS" seguida por "HARMONISATION ENDED" pode
ser mostrada se a harmonização do conteúdo dos dois módulos for necessária. Caso contrário,
somente a mensagem "HARMONISATION ENDED" é mostrada.
- A função "ENGINE POWER CHECK" não está disponível no modo duas linhas.
179
( 4) Função"FLlGHT REPORT
Esta função permite que os últimos~elatórios de voo sejam apresentados.
Na simbologia de localização da página, um indicador alfanumérico evolui de acordo com as
páginas.
Pressionar o botão "+" para mover para o relatório de voo mais recente e no botão "-" para mover
para os mais antigos.
Quando a função "FLlGHT REPORT" estiver ativada, a página apresentada corresponde ao último
relatório de voo.
As informações contidas nas páginas "FLlGHT REPORT" do modo "MAINT" são idênticas às
apresentadas no modo "FLlGHT".
( 5) Função "FAILURE
Esta função permite acessar as 6 páginas de manutençãodo V.E.M.D. e do sistema aviô'pico.
O V.E,M.D. pode registrar ate 256 panes. Estas panes são registradas em uma memória que,
quando cheia, apaga a mais antiga a fim de poder armazenar a mais recente.
As panes e diagnósticos são dadas para cada voo.
Pressionar o botão "+" para mover para o voo mais recente com panes detectadas e o botão "-"
para mover para as mais antigas.
A escolha da função "FAILURE" ativa a página "FAILURE DIAGNOSIS" que apresenta:
- o número total dos voos registrados,
- o número dos voos com panes, com o número das panes detectadas.
180
Assim que o voo for selecionado, pressionar o boião "ENTER" para validar a seleção e apresentar
a página "COMPLETE DIAGNOSIS".
181
NOTA: Para mostrar os parâmetros registra dos pela linha 2, é necessário acessaro modo "MAINT"
pelo modo de funcionamento somente com a linha 2.
Para mostrar os parâmetros registra dos pela linha 1, é necessário acessaro modo "MA IN T" pelo
modo de funcionamento com a linha 1ou com as duas linhas.
182
( 8) Função "TRANS.RESET"
Esta função permite transferir os dados de configuração de uma linha do computador para a outra.
É utilizada principalmente após a troca de um módulo. Esta função pode ser ativada somente no
modo de duas linhas em funcionamento.
Caso contrário, as mensagens "MODE NOT AVAILABLE" e "SWITCH ON BOTH LANES" são
mostradas na página "MAINTENANCE MENU" ao selecionar a função.
As transferências são possíveis do computador da linha 1 para o computador da linha 2 e
inversamente.
Para selecionar o sentido de transferência, pressionar o botão "SELECT" e validar sua escolha com
o botão "ENTER".
183
ARQUITETURA DO VEMD
O VEMD funciona em duplex, isto é, todos os sinais de entrada são recebidos e processados pelos
dois módulos do processadores (exceto para a conexão digital NR/NF utilizada somente pelo
módulo 1). Os processadores trocam seus resultados através de uma linha cruzada (crosstalk) e
os compara. Se houver alguma diferença, uma mensagem de erro é exibida.
Cada sinal de entrada para um módulo processador é conectado a dois multiplexadores: um é
controlado pelo módulo que recebe o sinal e o outro pelo módulo oposto. Cada módulo é alimentado
eletricamente por uma barra de distribuição da aeronave. Se uma barra for perdida, a outra barra
alimenta os dois módulos através das interconexões do módulo tela.
MULTIPLEXADOR: circuito que processa vários sinais de entrada de forma sequencial, controlados
pela CPU. CPU (Central Processing Unit - Unidade Central de Processamento): microprocessador
que processa e indica os dados.
ADC (Analog-to-Digital Converter - Conversor Analógico para-Digital): unidade que converte os
sinais analógicos em formato binário utilizável pela CPU.
184
DIAGRAMA DOS DADOS PARA VEMD
185
CIRCUITO DE PARTIDA DO MOTOR
GERAL
Para dar partida, o motor deve receber um aporte externo de energia para iniciar seu ciclo funcional,
estado a partir do qual ele atinge progressivamente sua autonomia, isto é, dispensa a energia
externa e torna-se produtor de energia. O circuito de partida cria as condições necessárias para o
processo de partida do motor.
Para iniciar o processo de partida, o motor necessita de:
-Ar. A massa de ar necessária é obtida pelo acionamento da geradora de gases (portanto, dos
compressores) com o auxílio de um motor de arranque.
-Combustível.
- Centelhas de alta energia para inflamar a mistura "ar-combustível". As descargas elétricas
produzidas por um sistema de ignição (caixa de ignição) que alimenta 2 "ignitores".
UMA VEZ INFLAMADA, a mistura "ar-combustível" começa a fornecer energia que, somando-se
à energia do motor de arranque, aumenta a rotação da geradora de gases.
Assim:
- a vazão de ar aumenta (os compressores giram cada vez mais rápido). A vazão de combustível
aumenta (a bomba de combustível gira cada vez mais rápido).
... e ... a rpm da geradora de gases e a potência aumentam.
O processo se desenvolve até que o motor tenha atingido o regime de autonomia.
Nota: Ao dar partida no motor, é obrigatório estar no regime "IDLE", com o punho rotativo na posição
"IDLE". Quando o motor atinge o regime de marcha lenta, o piloto pode então mover o punho
rotativo para a posição "FLlGHT" (VOO).
Antes de aplicar potência, a temperatura do óleo do motor deve ser superior a 0° C.
186
NOTA. A taxa de compressão dos compressores é elevada. O motor possui, portanto, em regime
de utilização, um rendimento termodinâmico interessante.
Mas, no momento da partida e da aceleração, a vazão de ar é muito alta e deve ser reduzido e,
para evitar fenômenos perturba dores no escoamento de ar (apagamento ou estol de compressor),
é necessário reduzir a vazão de ar. Esta função é automática. A função de redução de ar é realizada
por uma válvula de sangria que funciona automaticamente pela comparação das pressões P3 e
PO. A abertura e fechamento da válvula de sangria é indica da no VEMD.
187
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO CIRCUITO DE PARTIDA
188
DETECÇÃO DE FOGO
DESCRIÇÃO DA DETECÇÃO DE FOGO DO MOTOR
O circuito de detecção de fogo inclui urna luz "ENG FIRE" no painel de alarme de pane para alertar
os pilotos se a temperatura aumenta anormalmente na área do motor: para isto, 3 detectores são
instalados ao redor da parte externa do motor em pontos críticos.
-Detectores de fogo
O elemento sensível um detector térmico bimetálico, cujos contatos se abrem quando uma
temperatura alta e anormal é detectada, e o contato ínterrornpe e abre o circuito de detecção.
189
-Funcionarnento do detector
Os detectores de fogo instalados em série formam uma linha de detecção conectada ao Cartão No
1 da Caixa ASU. Quando o detector se abre, o Cartão sente o aumento da resistência do circuito e
a luz "ENG FIRE" se acende no painel de alarme.
Um botão "FIRE TEST" é utilizado para testar funcionalmente o circuito (a luz ENG FIRE se acende)
através da simulação de um detector aberto. O valor da resistência através dos terminais do contato
40W do relé é o mesmo (1.8KQ) conforme a resistência integrada nos detectares.
Se uma temperatura alta de modo anormal dor detectada por um dos três detectores, o contato
associado abre e interrompe o circuito de detecção.
O Cartão No 1 da ASU (Unidade do Sistema Auxiliar) detecta a abertura do circuito, provocando o
acendimento da luz "ENG FIRE" no painel de alarme e o envio de um sinal sonoro (GONG) ao fone
do capacete.
190
TESTE DE FUNCIONAMENTO DE DETECÇÃO DE FOGO NO MOTOR
191
COMPLEMENTO VEMD
PAINEIS DE CONTROLE E DE INDICAÇÃO
Para ligar o equipamento, monitorar o voo e estar alerta de panes, o equipamento é provido de:
ASU: Unidade de Sistemas Auxiliares que processa todos os alarmes sonoros, alguns alarmes
visuais e alguns sinais eletricos especificos.
LACU: Unidade Auxiliar de Controle e Iluminaca'o para controles eletricos e monitoramento das
unidades dos sistemas principais, opcionais e de iluminacao.
PWC: Paine! de Alarme, o qual notifica o photo quando urn sistema falha.
VEMD: Indicador Multifuncao dos Parametros de Celula e Motor, o qual realiza o calculo e mostra
os dados de comando de voo do helicoptero.
Uma serie de indicadores padrao, isto é, o indicador de velocidade, altimetro, indicador de
velocidade vertical e bussola de emergencia
LACU
A Unidade Auxiliar de Controle e Iluminacao (LACU) é utilizada pelo piloto para iniciar os
equipamentos do helicóptero.
O painel dianteiro inclui:
Chave OFF/DAY/NIGHT.
Dois potenciometros:
Interno: projetor de iluminacao do painel de instrumentos,
Externo: equipamentos do console (incluindo a LACU) e da bOssola de emergencia.
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UNIDADE DE SIST EMAS AUXIL IARES ( ASU)
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0 VEMD esta localizado no painel, de instrumentos e é utilizado para exibir os parametros do motor
e da celula. Ele substitui diversos indicadores convencionais, tais como, indicadores de N1 e T4.5,
torquimetro, liquidometro do combustivel, indicadores de temperatura e pressao do Oleo do motor,
voltimetro e amperimetro, indicador de temperatura externa.
DESCRIÇÃO DO VEMD
Composição
O VEMD tem tres modulos: 2 modulos processadores e um modulo Tela de Cristal Liquido (LCD).
Os dois processadores recebem e processam os mesmos dados e comparam seus respectivos
resultados. Uma discrepancia leva a exibicao de uma mensagem de erro. Se um dos modulos
falhar, as funções ainda estarão disponiveis no outro módulo.
Os 3 módulos saã independentemente intercambiaveis. Urn procedimento de manutencão permite
que o novo modulo processador carregue a configuracão existente a partir de outro modulo. E
tambern incorporado funções tais como, o lndicador de Primeira Limitacao (FLI), contagem de ciclo,
verificagao da potencia do motor, calculo do desempenho.
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COMANDOS
Os dez botões são verticalmente posicionados no lado direito do painel dianteiro do VEMD.
Eles estao reunidos em 3 conjuntos:
- botões "OFF1" e "OFF2" .
ao pressionar os botões "OFF 1" e "OFF2" o modulo processador e a tela associada (tela
superior para a linha 1 e inferior para a linha 2) ligam e desligam.
- botões "SCROLL", "RESET", "SELECT", "ENTER", "+" e "-".
Estes botões permitem controlar o VEMD.
"SCROLL" para selecionar a pagina desejada
"RESET" para retornar a pagina nominal
"SELECT" para selecionar um campo
"+" e para modificar urn valor
"ENTER" para validar urn campo
NOTA: O comando "SCROLL" esta tambem disponivel nas alavancas do coletivo.
Botões "BRT +" e "BRT —"
Pressionando estes botões a luminosidade das telas pode ser
progressivamente e simultaneamente modificada. "BRT —" para diminuir a
luminosidade.
"BRT +" para aumentar a luminosidade.
Quando a N1 excede 60%, o VEMD muda automaticamente para a tela "FLI". A tela de LCD
superior exibe todos as dados de limitação do motor no FLI (Indicador da Primeira Limitação).
Os três parametros primarios do motor (N1, T4.5 e torque) são, exibidos de uma forma sintetica
fácil para monitorar a potência do motor:
0 = sem potência
96 = PMC (Potência Maxima Continua).
100 = MTOP (Potência Maxima de Decolagem).
108 = Potência Máxima Transitória
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Conforme as parametros N1, T4, TQ, N2, Po e OAT, o VEMD detecta três modos operacionais:
Corte, partida ou vôo.
No arranque e após o autoteste, o VEMD exibe três parametros: T4.5, N1 e torque na tela de LCD
superior (modo de partida).
De acordo corn o Manual de Vôo, o piloto pode verificar a potencia do motor selecionando
"Engine Power Check" (Verificação da Potência do Motor). Durante o vôo, o piloto pressiona o
botão "scroll".
As comparações do VEMD e o modo estabelecido T4.5 e as leituras de Torque estabelecidas
para um valor maximo de T4.5 e um valor minimo de TQ (calculado como uma função de N1,
OAT, Po, N2 e corrente geradora e tensao).
O teste funciona em três fases denominadas pelos retangulos na tela inferior do VEMD. Se os
parametros de vôo não forem atualizados, o teste repete na fase anterior.
No final do teste, que durou aproximadamente 40 segundos, os resultados são mostrados na
tela inferior.
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Ao pressionar "SCROLL" duas vezes, a pagina "Performance" é exibida; o piloto, em seguida, utiliza
as teclas "+", "2 e "ENTER" para registrar a carga útil carregada.
O VEMD calcula o Peso Total (AUW), os pesos maximos de decolagem em condições de IGE ou
OGE.
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A FUNÇÃO "FLIGHT REPORT" (RELATORIO DE VÔO)
Esta funcão permite que os últimos 32 relatórios de vôo (31 antes do BS 31.003) sejam exibidos.
Na simbologia de localização da página, um indicador alfanumerico evolui conforme as paginas.
Pressionar o botão "+" para mudar para o relatório de vôo mais recente e a botão para mover para
aqueles mais antigos. Quando a função "FLIGHT REPORT" esta ativada, a página exibida
corresponde ao último relatório de vôo.
As informações contidas nas paginas "FLIGHT REPORT" do modo de "Manutençãao" (MAINT) são
identicas aquelas do modo de "Voo" (FLIGHT).
Os parametros recebidos em duas linhas do VEMD são analisados durante todo o voo. Se um
parametro estiver fora do alcan ce valido ou se u ma discrepa ncia for detectada entre as
duas linhas, ele não é mais exibido e seu simbolo é mostrado em ambar.
Se o calculo de FLI não estiver coerente ou se um dos parametros N1, T4.5 ou TQ for perdido, a
tela muda automaticamente para o modo da escala 3. Se uma ou mais falhas dos
paremetros forem detectadas, uma mensagem de erro é exibida na área de mensagem
na tele Celula ou Motor.
Em caso de Perda do parametro N1, o VEMD considera pela ausencia que o valor de N1 é
inferior a 10% de modo que a pagina "FLIGHT REPORT" (relatorio de voo) pode ser exibida no
final do voo.
Se uma linha estiver inoperante, os parametros podem ser calculados e exibidos pela outra
linha.
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Funcionamento
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"TRQ CALIBRATION MANUAL" (calibração manual de torque)
Esta pagina permite calibrar a medicao de torque do VEMD a fim de corrigir as dispersões inerentes
a linha de medição (Consultar 77-00-00).
Uma curva de conversão é definida a partir de quatro pontos de medição especificos para os quais
os dois valores são fornecidos (um Torque e uma tensão de entrada do VEMD).
O operador coloca o torque em % e a tensão correspondente em mV.
Assim como a pagina "TRQ CALIBRATION MANUAL", esta pagina permite calibrar a medição de
torque do VEMD.
Em seguida, de qualquer forma o VEMD mede e registra a tensão de entrada derivada do
transmissor para cada valor de torque em % colocado pelo operador e simulado no transmissor de
pressao do Oleo do torquimetro.
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CONFIGURAÇÃO DA AERONAVE
Esta pagina lista os equipamentos opcionais que tern uma influencia nas aplicações do VEMD; ela
permite selecionar as unidades exibidas. Estas opções fornecidas são:
- "AUXILIARY FUEL TANK"
- "BATTERY TEMP. PROB" - "FLOWMETER"
- "SLING"
- "UNITY SYSTEM"
- "ALTITUDE UNITY"
- "GPS" (Post BS EC120B 31-003)
Quando estas opções são declaradas não instaladas, a sigla "N/l" e exibida a direita da descrição.
Quando estas opções são declaradas instaladas, a letra "I" é exibida na direita de sua descrição,
exceto para o fluxometro onde o VEMD pernnite e aciona a seleção da unidade. Quando uma
unidade for selecionada, este fluxometro é considerado como instalado.
Cuidado, se as opções são declaradas instaladas, mas não estiver no helicoptero, o VEMD detecta
uma falha na instalacao.
MODO DE MANUTEÇÃO
Este modo garante acesso a diferentes paginas necessarias para a manutenção do VEMD e para
o sistema de avionicos relacionado. Este modo e ativado somente quando o VEMD detecta urn
estado de "parada do motor". (Após o BS EC120 31- 003, este modo pode ser acessado na
condição "FLIGHT" se urn "OVERLIMIT" (sobrelimite) for registrado durante o voo). Ao acessar
este modo com as duas linhas de calculo:
Os botões "OFF1" e "OFF2" são desligados nas duas linhas do VEMD.
As chaves "SCROLL" e "RESET" são pressionadas simultaneamente e mantidas nesta posição.
Os botões "OFF1" e "OFF2" são pressionados para operar o VEMD.
Após a exibição das mensagens "TEST IN PROGRESS" e "RELEASE KEY", as chaves "SCROLL"
e "RESET" são liberadas.
Em seguida, a mensagem "MAINTENANCE MENU" é exibida no tela do alto.
Na chave no modo "MAINT" com duas linhas de calculo em operação, o VEMD pode exibir a
mensagem "HARMONISATION IN PROGRESS" seguida pela mensagem "HARMONISATION
201
ENDED" se for necessario para harmonizar o conteudo dos módulos de calculo. Caso contrario,
somente a mensagem "HARMONISATION ENDED" é exibida na tela.
Página "MAINTENANCE MENU":
Esta página esta disponível na tela superior no modo de linha dupla e no modo de linha 1 simples
e na tela inferior na linha simples (somente linha 2). O operador pode encontrar nesta pagina 6
funções de manutenção disponiveis conforme o modo de funcionamento. A seleção da função é
feita corn o botão "SELECT". A escolha da função selecionada (que aparece no video inverso) deve
ser validada com o botão "ENTER".
Pressionar o botão "RESET" para retornar a página "MAINTENANCE MENU". Para retornar a um
outro modo ("FLIGHT" ou "CONFIG"), desligar as duas linhas pressionando os botões "OFF1" e
"OFF2".
Esta função permite que os últimos 32 relatórios de voo (31 antes do BS 31.003) sejam exibidos.
Na simbologia de localização da página, um indicador alfanumerico evolui conforme as páginas.
Pressionar o botão "+" para mudar para o relatório de vôo mais recente e o botão "-" para mover
para aqueles mais antigos.
Quando a função "FLIGHT REPORT" esta ativada, a página exibida corresponde ao ultimo relatorio
de vôo.
As informacOes contidas nas paginas "FLIGHT REPORT" do modo de "Manutencao" (MAINT) são
identicas aquelas do modo de "Vôo" (FLIGHT).
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FUNÇÃO "FAILURE"
O VEMD pode registrar até 250 panes (256 antes do BS 31.003). Esta pane é registrada em uma
memória que quando completa, apaga a mais antiga a fim de estocar a mais recente. As panes e
os diagnósticos são dados a cada vôo.
Pressionar o botao "+" para mover para o voo mais recente com panes detectadas e o botão "-"
para mover para as mais antigos. A escolha da função "FAILURE" ativa a página "FAILURE
DIAGNOSIS" que exibe:
o numero total de vôos registrados,
o numero de voos com panes, com o número de panes detectadas.
Uma vez selecionado o voo, pressionar o botão "ENTER" para validar a seleção e exibir a pagina
"COMPLETE DIAGNOSIS". Esta pagina exibe:
-o número de voo selecionado na pagina anterior,
-o tempo passado a partir do inicio do voo antes da detecção da pane selecionada,
-o número total de panes detectadas durante o voo,
-a identificação do teste que detectou a pane,
-a lista de LRU (Elemento substituivel em linha) passivel a erro,
-o parametro ilícito bem como a letra "I" (Intermitente) ou "P" (Permanente) seguido par um digito
correspondente ao número de detecção de pane. Um código colorido é utilizado para materializar
a probabilidade de diminuição do elemento em pane. Pressionar o botao "ENTER" para ter acesso
a uma das páginas "PARAMETER" relacionadas ao elemento em pane
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FUNÇÃO "OVER LIMIT"
Esta função permite a exibição das ultimas 32 páginas de sobrelimite (31 antes do BS 31.003).
Na simbologia de localização da pagina, um indicador alfanumérico evolui conforme as 31 páginas.
Quando a função "OVER LIMIT" esta ativada, a página exibida corresponde aos últimos
sobrelimites registrados.
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VERIFICAÇÃO DA POTÊNCIA DO MOTOR
Esta função pode ser acessada na tela inferior (linha 2) somente da seguinte forma:
pressionando "OFF1" e/ou "OFF2" para desligar as duas linhas do VEMD.
pressionando simultaneamente e mantendo as chaves "SCROLL" e "RESET".
pressionando OFF2" para operar a linha 2.
Após a exibicao das mensagens "TEST IN PROGRESS" e "RELEASE KEY", as chaves "SCROLL"
e "RESET" sao liberadas.
A página "MAINTENANCE MENU" aparece na tela inferior. Neste caso, a função "ENGINE POWER
CHECK" esta acessivel.
A Função "ENGINE POWER CHECK"
Esta função permite a exibição das últimas 8 verificações de potencia do motor bem como as
parametros utilizados para o cálculo. Na simbologia de localização da página, um indicador
alfanumerico evolui conforme as 8 paginas.
Pressionar o botão "+" para ir as verificações da potencia do motor mais recentes e o botão "2
mover para aquelas mais antigas.
O conteudo da pagina "ENGINE POIWER CHECK" no modo "MAINT" e identico ao da página
"ENGINE ROMER CHECK RESULT" do modo "FLIGHT".
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As transferencias são, possiveis da linha 1 de calculo para a linha 2 de calculo e vice-versa. A
transferencia é selecionada pela chave "SELECT". A seleção é validada pela chave "ENTER" e um
campo "YES/NO" é exibido para confirmar esta seleção. "YES" ou "NO" é selecionado com a chave
"SELECT" e esta seleção é validada corn a chave "ENTER".
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