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Mesmo em condições normais existe extravasamento A osmolalidade do líquido extracelular gira em torno de
pequeno e normal de albumina para o ambiente 280 mOsm/l e, no plasma a osmolalidade total é igual a
extravascular, que retorna à circulação via linfáticos (fluxo osmolalidade efetiva, mantendo-se equilíbrio osmótico. A
dez vezes maior que a taxa de síntese diária de albumina osmolalidade plasmática pode ser estimada:
– toda a albumina percorre o espaço intersticial uma vez a
cada 24 a 48 horas). [Na plasma + K plasma] x 2 + Glicose plasma / 18 +
Uréia plasma/ 2,8.
Citocinas inflamatórias aumenta a porosidade capilar
aumenta o extravasamento edema local.
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Um indivíduo saudável pode manter concentração diária Desbalanço Hídrico: toxicidade hídrica e desidratação são
de uréia plasmática até 100 vezes a concentração urinária, definidas com base na quantidade de água e sal perdidos
necessitando de volume urinário mínimo de 500mL para ou ganhos.
manter homeostasia.
Classificação de desidratação, segundo DAN (2009):
Doentes e idosos mínimo 1.000mL de diurese. 1.Isotônica: perda proporcional de água e sal, como na
ingestão inadequada de fluidos e sal, ascite e uso de
Em resposta ao trauma, doenças agudas, perda de volume diuréticos.
sanguíneo ou débito cardíaco diminuído, os rins ativam os
2.Hipertônica: maior perda de água que de sal, como na
sistemas renina angiotensina-aldosterona, vasopressina e
peptídeo natriurético, levando a maior retenção de sódio e sudorese, diarréia osmótica e ingestão inadequada de
água. Tais pacientes, após reposição volêmica, retêm água e vômitos.
água e sódio, resultando em edema característico dos 3.Hipotônica: maior perda de sal que água, como na
processos agudos. sudorese e reposição de água pura.
Os rins estão menos aptos para alterar as concentrações Princípios da reposição de fluidos
de potássio que sódio. O objetivo da reposição de fluidos é trazer o paciente para
um estado de hemodinâmica e osmolalidade corporal
BALANÇO EXTERNO DE LÍQUIDOS normais. Principais pontos da terapia:
* identificar déficits e completá-los;
O melhor método para estimar balanço hídrico médio é o * providenciar as necessidades basais de sódio, potássio e
peso e variações de peso corporal, como é visto em água;
unidades renais. O único inconveniente é que esta medida * identificar as perdas que estão ocorrendo e providenciar
incluirá líquidos armazenados no intestino e em outras sua reposição.
cavidades e, portanto, ficam perdidos para a função renal.
Vários fatores modificam a necessidade diária de água.
Entradas Perdas
Ingestão – 2.200mL Suor – 1000mL São eles:
Metabolismo – 300mL Fezes – 100mL
Urina – 1.400mL a) Febre: aumentada devido a hiperventilação e
TOTAL – 2.500mL TOTAL – 2.500mL aumento da evaporação. Febre de 39º. C aumenta a
Tabela 2: Esquema de BH. necessidade em 500 ml por dia. A elevação de 1º. C
implica necessidade de administração de 250 ml de
Cuidados intensivos são necessários nas fases agudas água ou 12,5% acima da necessidade hídrica diária.
das doenças críticas, quando os fluidos são seqüestrados b) Sudorese excessiva: acima de 29º. C de temperatura
para o espaço intersticial. Reposição insuficiente ambiente e na ausência de ar condicionado, a
falência circulatória e hipoperfusão tecidual, o que pode necessidade aumenta até 25%, de acordo com a
resultar em necessidade de até 10L de solução cristalóide. temperatura.
c) Hipermetabolismo; acréscimo de 25 – 50% como em
Em pacientes críticos, pode ser necessário manter o débito grandes queimados.
urinário entre 50 a 100mL/h, mesmo que no período pós- d) Hipometabolismo: necessidade diminuída como no
operatório de cirurgias não-complicadas não seja hipotireoidismo.
necessário um débito urinário tão alto para a excreção e) Desidratação: a presença de diarréia, vômitos ou
adequada de produtos do catabolismo. perda de sucos digestivos através de fístulas.
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A avaliação do sódio urinário em 24 horas é um bom constipação, paralisia, parestesias, confusão mental,
parâmetro de excesso ou falta em pessoas normais, mas arritmia cardíaca e morte.
em situações patológicas não é um bom método de
avaliação. Pode ser desencadeada por hipoaldosteronismo, síndrome
de Cushing, acidose diabética, desnutrição, diarréia,
Deficiência e toxicidade - WAITZBERG (2009) fistulas, vômitos, diurese osmótica, inotxicação digitálica e
na presença de hipomagnesemia.
A hiponatremia é definida quando a concentração de sódio
é inferior a 135mEq/L. Pode ser aguda ou não. Na A hipercalemia é definida quando o valor é superior a
hiponatremia aguda tem-se letargia, fraqueza, covulsões e 5,0mEq/L. Os sintomas normalmente ocorrem quando os
até morte. A hiponatremia hipotônica (dilucional) pode ser valores atingem 5,5mEq/L e incluem parestesias, paralisia,
causada por perdas excessivas (diarréia, fistulas TGI), dores musculares, confusão mental, arritmia, elevação de
síndrome de secreção inapropriada de ADH e síndrome onda T ao ECG e parada cardíaca. A DRI é de 4,7g para
nefrótica. homens e mulheres adultos e idosos.
A hipernatremia é definida com concentrações superiores Tabela 3: Valores de ingestão adequada de sódio e
a 145mEq/L, observada em pacientes neurológicos e na potássio segundo ciclo de vida (COZZOLINO &
presença de entubação orotraqueal COMINETTI, 2013)
Estágio de vida Sódio (g/dia) Potássio (g/d)
POTÁSSIO 1 – 3 anos 1,0 3,0
4 – 8 anos 1,2 3,8
Principal cátion intracelular. A baixa concentração de 9 – 13 anos 1,5 4,5
potássio plasmática pode desencadear hipocalemia, 14 – 50 anos 1,5 4,7
particularmente se acompanhada de alcalose. 51 – 70 anos 1,3 4,7
>70 anos 1,2 4,7
Em algumas situações, a deficiência de potássio corpórea Gestantes e 1,5 nd
total pode vir acompanhada de hipercalemia, decorrente nutrizes
de estado catabólicos associados à oligúria.
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CARACTERÍSTICA DA ALTERAÇÃO DE PH E CONDIÇÕES ASSOCIADAS (KRAUSE)
Segundo Dan (2009), existe considerações específicas para os diferentes distúrbios respiratórios e metabólicos, onde:
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