CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS/MG

TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

Seminário BIM 4D, 5D e 6D

Felipe Krauss de Souza e Silva

Gabriel de Abreu Menezes
Guilherme Teodoro
Higor Cesar Fais Invernizzi
Mirian Cardoso Naves

Engenharia Civil
10º Período Noturno

Varginha - MG
2019
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1 O BIM E SUAS DIMENSÕES

1.1 Definição do BIM

Segundo Kymmell (2008), o BIM (Building Information Modeling) é uma simulação

de projeto que pode fornecer informações de todo o ciclo de vida de uma edificação a partir de
um modelo tridimensional construído por meio de um software.
O processo tradicional CAD (Computer Aided Design) é um processo baseado em
projetos desenvolvidos em duas dimensões (2D). Os projetos 2D são menos informativos porque
contam somente com o desenho baseado em linhas. O BIM busca a interação de informações ao
projetar uma casa e expande as possibilidades de desenho para além das três dimensões (X, Y e
Z). Quando desenvolvido em uma plataforma BIM o projeto pode auxiliar o projetista a obter
automatização dos dados, quantitativos e algumas pranchas de projeto, assim como apontar
incompatibilidades de projetos (ANDRADE, 2012).
A vantagem mais óbvia é a interoperabilidade, que é a interpretação e troca de dados
através de softwares utilizados no desenvolvimento de projetos, o que resulta no aumento de
produtividade. A plataforma permite que vários profissionais acessem o mesmo projeto de
diferentes lugares como exemplifica a Figura 01, atualizando o projeto constantemente e, só do
resultado ser apresentado de imediato, isso já evita o tão temido retrabalho, e com isto vem de
brinde a redução na duração da fase de projeto (EASTMAN et al. 2014).
Figura 01: Conceito de interoperabilidade.

Fonte: (Manzione, 2013).

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A aplicação da tecnologia BIM em uma empresa ajuda a reduzir erros em obtenção de

dados de projetos e tais erros, se não previstos, podem ocasionar enormes prejuízos financeiros
(EASTMAN et al. 2014).
Um dos equívocos que mais acontecem e ocasionam atrasos e desperdícios na
construção de uma edificação é a incompatibilidade entre projetos. A partir de um modelo
tridimensional, que reúne todos os projetos necessários à construção de um edifício e seus
complementares, uma vez que se modifique algum detalhe na planta baixa, suas fachadas e cortes
automaticamente serão ajustados, reduzindo a falta de compatibilização e inconsistência entre os
desenhos bidimensionais. Isso ocorre porque a informação é coordenada e simultânea. Ao inserir
informações no modelo, as mesmas são inseridas no banco de dados do próprio modelo. Sendo
assim, com o uso dos sistemas BIM não é necessário fazer uma definição dos ambientes por sua
planta baixa e em seguida localizar janelas e portas, por exemplo (ANDRADE, 2012).

1.2 Dimensões do BIM

O BIM 2D e 3D são sobre as dimensões em suas representações espaciais e as demais

dimensões são a respeito de informações adicionais ao projeto, como pode se observar nas
seções a seguir.
De acordo com Campestrini et al. (2015) “Quanto mais dimensões tiver o modelo,
maiores serão os tipos de informações possíveis de serem modeladas a partir deles, tornando as
tomadas de decisão mais complexas e acertadas”.

1.2.1 BIM 4D.

É a dimensão que adiciona informações das atividades construtivas que estão
relacionadas a determinadas datas em um cronograma e uma sequência construtiva, definindo
quando cada elemento será comprado, armazenado, preparado, instalado, utilizado. Organiza
também a disposição do cantero de obras, a manutenção e movimentação das equipes, os
equipamentos utilizados e outros aspectos que estão cronologicamente relacionados
(CAMPESTRINI et al., 2015). Na Figura 02 é possível observar uma Ilustração BIM 4D.
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Figura 02: Ilustração BIM 4D.

Fonte: (KeepCAD Tecnologia, 2015).

Para essa dimensão do BIM são usados softwares que permitem explorar e avaliar
a capacidade de construção de um projeto antes de sua execução, ao mesmo tempo em
que melhora a confiabilidade dos custos e aumenta a coordenação entre as partes
interessadas. Os softwares mais utilizados para essa finalidade do BIM são:

 Vico 4D BIM Scheduling (Trimble)

 Solibri (Nemetschek)

 Synchro Pro

 Navisworks (Autodesk)

 Navigator (Bentley)

 BIM 360 Glue (Autodesk)

 Think Project

 Zutec
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1.2.1 BIM 5D
A quinta dimensão do BIM possui todas as informações da quarta dimensão com a
adição de informações referentes aos custos da implementação do projeto como custo de
materiais, mão-de-obra e equipamentos, com isso é possível gerar orçamentos e modelos
com todos os itens quantificáveis de uma edificação. Isso permite maior controle
sobre os custos totais da obra e uma melhor análise orçamentária de cada etapa construtiva
(CAMPESTRINI et al., 2015). Na Figura 02 são expressas as informações do BIM 5D.

Figura 03: Processo integrado do BIM 5D.

Fonte: (Brito, 2016).

Existem vários softwares que trabalham com plataformas integradas onde os

usuários podem escolher entre fluxos de trabalho focados em projeto, custo e tempo ,
alguns desses softwares são:

 Arquimedes (CYPE)

 Vico 5D BIM Estimating (Trimble)

 Presto (Soft)

 Mideplan (Arktec)

 iTwo (RIB)
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1.2.1 BIM 6D
A sexta dimensão do BIM está relacionada ao uso da edificação, custos de operação da
edificação, simulações de consumo de energia e água, conforto acústico e térmico. Todas essas
informações adicionadas ao projeto contribuem para a execução de uma edificação mais
sustentável e que contribui para a preservação do bem-estar do ambiente de sua implantação
(CAMPESTRINI et al., 2015). Na Figura 04 é possível observar uma modelagem BIM 6D.

Figura 04: Modelagem BIM 6D.

Fonte: (Vasilije, 2016).

A realização de análises pelo modelo de economia energética de um projeto

através do BIM 6D é necessária, pois isso leva a uma considerável economia de energia.
Como parte do processo BIM, podemos calcular as reduções usando toda a análise de
energia do edifício e chegar a uma economia total de 20%. Existem alguns softwares
que trabalham com o BIM 6D como:

 Green Building Studio (Autodesk)

 EcoDesigner (Graphisoft)

 EnergyPlus (CYPE)

 AecoSIM Energy Simulator (Bentley)

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2 CONCLUSÃO

É possível observar a importância da implantação do BIM e suas dimensões em um

projeto, não só do ponto de vista espacial como orienta o BIM 3D, como no caso de tubulações
hidráulicas que ocupam o mesmo espaço de vigas em um projeto, mas também em vários outros
casos como cronogramas de atividades de execução de uma edificação que tem uma ordem que
podem comprometer o andamento da obra, e que poderiam ser melhor segmentados (BIM 4D),
ou no caso de custos desnecessários gerados por desperdício de material devido ao emprego de
materiais em dimensões maiores que as necessárias (BIM 5D), ou até mesmo na redução do
consumo energia através da análise de consumo e observação de corte de consumos
desnecessários (BIM 6D).
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REFERÊNCIAS

ANDRADE, L. S. de. A contribuição dos sistemas BIM para o planejamento orçamentário

das obras públicas: estudo de caso do auditório e da biblioteca de Planaltina. Dissertação
(Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de Brasília, Brasília, 2012

BRITO, A. NOBRE. Avaliação da modelagem BIM 5D no orçamento de obras públicas.

Monografia de Projeto Final. Universidade de Brasília. [Distrito Federal] 2016.

CAMPESTRINI, T. F. et al. Entendendo BIM: Uma visão do projeto de construção

sob o foco da informação. 1. ed. Curitiba, 2015.

EASTMAN, C. et al.; Manual de BIM: um guia de modelagem da informação da

construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores. 1 ed.
Porto Alegre: Bookman Editora Ltda, 2014.

KEEPCAD Tecnologia. BIM – 3D, 4D, 5D, 6D. Disponível em: < http://www.keepcad.com.
br/blog/2015/07/91/BIM---3D,-4D,-5D,-6D> Acesso em: 20 nov.2019.

KYMMELL, W. Building Information Modeling: Planejamento e Gestão de Projetos de

Construção com CAD 4D e simulações. Nova York. 2008.

VASILIJE GROUP. BIM & PMO. Disponível em: < http://vasilijegroup.com/bim-pmo/>

Acesso em: 20 nov. 2019.