PREFEITURA DE ITAPIPOCA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE ITAPIPOCA
COORDENADORIA PEDAGÓGICA
Descritor 23COMPREENSÃO
– Gabarito (D)
4º E 5º ANOS
Questão 01 - Descritor 23 – Gabarito (C)
Selecione diversos textos (Gêneros) que você quer explorar e coloque dobrado dentro da caixa.
Faça sorteio de um ou dois textos por dia e leia para a turma, em seguida faça as perguntas que
estão na sequência do texto.
Obs:
1. Poderá também explorar outros questionamentos no texto referente a descritores, mas tudo
tem que ser breve.
2. Pelo menos um dia na semana escolha um aluno para sortear o texto e ler para a turma.
3. O professor também pode selecionar outros gêneros de outras fontes.
4. Poderá conter também nessa caixinha itens dos simulados aplicados anteriormente, pois o
objetivo dessa atividade é fazer com que os alunos tenham contato com o maior número de
gêneros textuais .
5. Não tem importância se repetir o texto no sorteio, pois quanto mais o aluno conhece o texto
mais ele vai aprendendo sobre o mesmo.
Treino de leitura
Esses textos também poderão ser utilizados para o treino de leitura, desde que a escola defina
pessoas para realizar esse momento com o aluno. Definido o apadrinhamento de aluno, prepare
um caderno ou um bloco de papel e cole a tabela abaixo para o acompanhamento da leitura.
Data: / /
Aluno (a):
Texto:
Quantidade de palavras:
Tempo:
Erros:
Professor (a):
Responsável pela Avaliação:
Escolha texto pequeno e só depois os textos grandes. O objetivo dessa atividade é o treino para
uma leitura fluente.
Ao apresentar o texto para o aluno ele deverá ler sozinho e dentro do tempo determinado.
Enquanto ele não conseguir realizar a leitura no tempo proposto , não será apresentado a ele outro
texto e nem as perguntas de compreensão. A pessoa responsável para a realização dessa
atividade preencherá as informações acerca do desenvolvimento da leitura do aluno na tabela de
acompanhamento.
Obs:
1. Caso não tenha pessoas suficientes para apadrinhar um ou mais alunos, a escola poderá
escolher os alunos pelo grau de dificuldade. Nesse caso selecione os alunos leitores não
fluentes para o treino .
2. O aluno só vai para o texto seguinte quando conseguir ler dentro do tempo determinado.
3. A Escola define a quantidade de dias que o aluno será contemplado com essa atividade.
4. Vale ressaltar que essa atividade deverá ser monitorada e a definição de uma pessoa para
realizar essa atividade com o mesmo aluno deverá ser priorizada.
Texto 01
OVO FRITO
Segundo esse texto, quem estava revoltado por não ter um dia especial?
A) Bacalhau.
B) Brigadeiro.
C) Ovo frito.
D) Panetone.
Uma história para cada dia do ano. Ed. Brasileitura. p. 16. (P050385ES_SUP)
Papai e mamãe me contaram que vamos morar em outra casa. Vamos mudar
de casa, de rua e de cidade. Mamãe me deu uma grande caixa azul e disse:
– Junte seus brinquedos mais queridos nesta caixa.
Depois, ela me disse:
5 – Esta caixa vermelha é para guardar os brinquedos menos queridos.
Quando eu já estava quase acabando, mamãe chegou com uma caixa verde.
– A caixa verde é para separar os sapatos que não cabem mais nos seus pés.
Depois, mamãe trouxe outras caixas coloridas para as roupas, para os
chapéus, para os joguinhos, para os carrinhos e para minha coleção de figurinhas.
10 De repente, eu me lembrei das outras coisas que queria levar.
– Como vou guardar aquilo tudo que ainda falta?
– Mamãe, como vou levar o cantinho atrás da porta onde gosto de brincar?
– E o desenho que fiz no muro do jardim?
– E aquele buraquinho na porta da cozinha?
DIAS, Vera Lúcia. Junta, separa e guarda. São Paulo: Callis, 2010. Fragmento. (P051044RJ_SUP)
FONTE: BOLETIM PEDAGÓGICO 5º ANO SPAECE 2013 ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA
Nesse texto, o trecho em que a expressão destacada indica uma ideia de tempo é
A) “– Junte seus brinquedos mais queridos nesta caixa.” (l. 3).
B) “... os sapatos que não cabem mais nos seus pés.” (l. 7).
C) “Depois, mamãe trouxe outras caixas coloridas...” (l. 8).
D) “– E o desenho que fiz no muro do jardim?” (l. 13).
Texto 04
A HISTÓRIA DO MICROSCÓPIO
FONTE: BOLETIM PEDAGÓGICO 5º ANO SPAECE 2013 ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA
No trecho “Ele produziu microscópios tão eficientes...” (l. 12-13) , a palavra destacada
está no lugar de
A) Hans Janssen.
B) Zacharias.
C) Galileu Galilei.
D) Anton van Leeuwenhoek.
Você se lembra do tempo em que era preciso esperar o outono para comer morango
e o inverno para chupar laranjas? Se não, é porque faz muito tempo mesmo: hoje em dia,
essas frutas estão no supermercado o ano inteiro. Poda e irrigação se juntaram à genética e
à química e permitem que os agricultores acelerem ou retardem o ciclo natural das plantas.
Hoje, as frutas são de todas as épocas.
A manga, por exemplo, graças a substâncias químicas como paiobutazol e ethefon,
tem uma produção uniforme ao longo do ano. O produtor pode até adequar a colheita ao
período mais propício para o mercado interno ou externo. Além do calendário, a agricultura
moderna também ignora a geografia: a maçã, fã do frio, já dá na Bahia. Fruto de cruzamentos
genéticos, a variedade Eva suporta trocadilhos e o calor nordestino desde 2004.
“Os produtores aprenderam a explorar nossos climas e solos e passaram a produzir
a mesma fruta em várias regiões”, explica Anita Gutierrez, engenheira agrônoma da
Companhia deEntrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, a CEAGESP. O que não
significa que não exista sazonalidade: ainda há variação no volume de algumas frutas e
verduras por culpa de estiagem, excesso de chuvas ou frio fora do comum. Ainda falta podar
o clima.
SILVA, Michele. Superinteressante. São Paulo: Abril, abr. 2009, ed. 264, p. 46. (P090035A9_SUP)
No trecho “hoje em dia, essas frutas estão no supermercado o ano inteiro.” (l. 3), a
expresão em destaque indica uma ideia de
A) causa.
B) intensidade.
C) modo.
D) tempo.
O BURRO E O CÃO
Ao ver seu dono passando a mão na cabeça do cão, pode-se dizer que o burro sentiu
A) alegria.
B) compaixão.
C) raiva.
D) inveja.
A MENINA CORAJOSA
Esta história aconteceu com a minha bisavó paterna e foi contada pela filha dela,
que é minha avó. Quando criança, minha bisavó morava num sítio. Seu pai sustentava a
família trabalhando na roça. Todos os dias, ela ia levar comida para o pai no roçado, um
lugar longe de casa. Sua cachorrinha sempre ia com ela.
5 Um dia, quando levava a marmita para o pai, andando bem tranquila pela trilheira,
num lugar onde a mata era fechada, viu que a cachorrinha começou a choramingar e a
se enrolar nas próprias pernas. A menina percebeu que alguma coisa estranha estava
acontecendo. Olhou para os lados e viu uma onça bem grande, com o bote armado, a
ponto de pular do capinzeiro em cima dela.
10 No que viu a onça, a menina ficou encarando a danada. Pouco a pouco, sempre
olhando para o bicho, ela foi se afastando para trás sem se virar. Quando pegou uma boa
distância, a menina correu em disparada até se sentir segura.
Quando chegou em casa, estava sem voz. Depois de muito tempo é que
conseguiu falar. Os homens da fazenda pegaram as armas e foram procurar a onça. Mas
15 não a encontraram.
Minha bisavó foi muito corajosa, porque na hora em que ela viu a onça, conseguiu
lembrar do que o povo dizia: “Onça não ataca de frente, porque tem medo do rosto da
pessoa. Quem quiser se ver livre dela basta encarar a danada e não lhe dar as costas”.
TOMAZ, Cristina Macedo. De boca em boca. São Paulo: Salesiana, 2002. (P050102A9_SUP)
FONTE: BOLETIM PEDAGÓGICO 5º ANO SPAECE 2013 ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA
Tudo pode acontecer numa biblioteca, pois é lá que moram a fantasia, a magia e
a imaginação...
— Racumim, vá logo cumprir sua missão! – disse a mãe daquele ratinho.
— Tá bom, mãe, tá bom! Você manda e não pede!
5 Racumim largou o jogo no ratiogame e lá se foi porque ordens são ordens.
Quando entrou na biblioteca, ficou de boca aberta. Nunca havia recebido uma missão tão
importante como aquela. Eram muitos livros para ele roer sozinho. Só podia ser um
prêmio. Ah! Que felicidade!
Começou logo pelo maior livro que viu. Era bem grande e com capa dura. Quando
10 abriuo livro, viu desenhos lindos: pássaros, flores, florestas e crianças, tudo de que ele
gostava.
Antes de roer, começou a folhear com aquela curiosidade própria dos pequeninos.
Havia muitas letras e ele já as conhecia de outras aventuras. Quis descobrir mais.
— Será que consigo ler? — e ficou ali como todo filhote, interessado em
15 desvendar aqueles mistérios.
Sem se dar conta, já estava lendo as primeiras palavras e gaguejando as
primeiras frases. Nem ele mesmo acreditava no que estava fazendo. Ficou tão
maravilhado, que mal podia esperar para voltar àquela biblioteca no dia seguinte e
continuar sua missão.
20 Mamãe Racumim estava toda empolgada porque todos de sua família estavam
cumprindo a missão por ela determinada, mas notou que Racumim estava diferente. Ele
saía de casa com tanto entusiasmo que a deixava orgulhosa. Achou melhor conferir de
perto, porque rato muito quieto...
Enquanto isso, na biblioteca, Racumim se deliciava com aquelas aventuras,
25 romances, histórias de terror (as de gato). Tudo aquilo o deixava fascinado. Tanto que
não viu sua mãe chegando. [...]
MADUREIRA, Maria Célia; FERREIRA, Maria Raquel. Deu rato na biblioteca. Juiz de Fora: Franco Editora, 2010. p.3-7. Fragmento.
(P090395ES_SUP)
No trecho “Quando entrou na biblioteca, ficou de boca aberta.” (l. 6), a expressão
destacada tem o mesmo sentido que ficar
A) apavorado.
B) entediado.
C) impressionado.
D) indiferente.
De acordo com esse texto, a missão que a mãe de Racumim determinou a ele era
A) aprender a ler.
B) desvendar mistérios.
C) ler vários livros.
D) roer o livros.
No trecho “ — Será que consigo ler?” (l. 15), o uso do ponto de interrogação sugere
que o rato ficou
A) espantado.
B) confuso.
C) curioso.
D) indeciso.
Texto 10
No trecho “... agregou os minérios em sua composição.” (ℓ. 10), a palavra destacada
refere-se à
A) água.
B) mata.
C) rocha.
D) terra.
Qual é o assunto desse texto?
A) o desmatamento da Mata Atlântica.
B) a satirsfação do professor aposentado.
C) a restauração do equilíbrio ambiental.
D) a água da chuva que cai a meses.
Texto 11
FUGA
Nesse texto, o trecho “E o barulho recomeçou.” (l. 24), evidencia que o menino é
A) corajoso.
B) educado.
C) irritado.
D) teimoso.
A atitude do pai em relação ao filho demonstra
A) autoridade.
B) cuidado.
C) distração.
D) insegurança.
No trecho “...como ele fizera com a despensa.” (l. 20), refere-se ao
A) barulho.
B) filho.
C) operário.
D) pai.
Texto 12
A MENTIRA
João chegou em casa cansado e disse para sua mulher, Maria, que queria tomar
um banho, jantar e ir direto para a cama. Maria lembrou a João que naquela noite eles
tinham ficado de jantar na casa de Pedro e Luíza. João deu um tapa na testa [...] e
declarou que, de maneira nenhuma, não iria jantar na casa de ninguém. Maria disse que
5 o jantar estava marcado há uma semana e seria uma falta de consideração com Pedro e
Luíza, que afinal eram seus amigos, deixar de ir. João reafirmou que não ia. Encarregou
Maria de telefonar para Luíza e dar uma desculpa qualquer. Que marcassem o jantar para
a noite seguinte. Maria telefonou para Luíza e disse que João chegara em casa muito
abatido, até com um pouco de febre, e que ela achava melhor não tirá-lo de casa aquela
10 noite. Luíza disse que era uma pena, que tinha preparado uma Blanquette de Veau que
era uma beleza, mas que tudo bem. Importante é a saúde e é bom não facilitar. Marcaram
o jantar para a noite seguinte, se João estivesse melhor. João tomou banho, jantou e foi
se deitar. Maria ficou na sala vendo televisão. Ali pelas nove bateram na porta. Do quarto,
João, que ainda não dormira, deu um gemido. Maria, que já estava de camisola, entrou
15 no quarto para pegar seu robe de chambre. João sugeriu que ela não abrisse a porta.
Naquela hora só podia ser um chato. Ele teria que sair da cama. Que deixasse bater.
Maria concordou. Não abriu a porta.
Meia hora depois, tocou o telefone, acordando João. Maria atendeu. Era Luíza
querendo saber o que tinha acontecido.
20 – Por quê? – perguntou Maria.
– Nós estivemos aí há pouco, batemos, batemos, e ninguém atendeu.
– Vocês estiveram aqui?
– Para saber como estava o João. O Pedro disse que andou sentindo a mesma
coisa há alguns dias e queria dar umas dicas. O que houve?
25 – Nem te conto – contou Maria, pensando rapidamente. – O João deu uma piorada.
Tentei chamar um médico e não consegui. Tivemos que ir a um hospital.
– O quê? Então é grave. [...]
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Festa de criança. São Paulo: Ática, 2000, p. 77. Fragmento. (P070094C2_SUP)
FONTE: NOVO MAIS EDUCAÇÃO 2017 CADERNO DE TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Está todo mundo lá na praia, nadando feliz e contente, quando vem um tubarão.
Como é que ele escolhe qual pessoa morder? Uni-duni-tê?
De acordo com a pesquisa do especialista em tubarões da Universidade da
Flórida (EUA), George Burgess, a escolha fashion do banhista é um dos fatores que o
5 bicho leva em consideração: quem usa trajes que combinem preto e branco tem mais
chances de levar uma bela mordida.
Burgess analisou dados de ataques de tubarão registrados nos últimos 50 anos
no município de Volusia, uma região costeira da Flórida conhecida pela alta incidência de
ataques (no período analisado, foram 231). Nessa análise, percebeu que a maioria das
10 pessoas mordidas estava usando branco e preto.
Mas por que o tubarão gosta dessa combinação? O cara ainda não sabe ao certo.
Mas, segundo ele, é provável que o fenômeno esteja ligado à habilidade dos tubarões em
enxergarem contrastes. Não por menos, a combinação de preto e amarelo também não
se mostrou segura.
15 Além disso, Burgess constatou outras coisas interessantes (e outras nem tanto):
a maioria dos ataques acontece aos domingos (provavelmente porque é o dia em que a
praia está mais cheia), a menos de 2 metros de profundidade (porque é onde a maioria
das pessoas geralmente fica) e (isso sim é legal) durante a Lua nova. “Isso porque as
marés, afetadas pela Lua, trazem os peixes preferidos dos tubarões para mais perto da
20 costa”, diz o especialista.
Disponível em: <http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/tubaroes-preferem-banhistas-que-usam-preto-e-branco/>.
Acesso em: 13 jul. 2011. (P090639C2_SUP)
FONTE: NOVO MAIS EDUCAÇÃO 2017 CADERNO DE TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
O trecho “O cara ainda não sabe ao certo.” (ℓ. 11-12) é próprio da linguagem
A) científica.
B) informal.
C) regional.
D) técnica.
Esse texto serve para
A) ensinar técnicas para se pegar um tubarão.
B) apresentar uma pesquisa sobre ataque de tubarões.
C) contar a história de via de um cientista.
D) informar sobre as tendências de roupa de praia.
De acordo com o texto, quem tem mais chances de levar uma mordida de turbarão?
A) pessoas com mais de 50 anos de idade.
B) banhistas com trajes em preto e branco.
C) pessoas que vão à praia no período da noite.
D) o tubarão não tem preferência em seus ataques.
Texto 14
Recebi sua carta com um menino pescando uma botina velha em cima. Recebi
também os retratos que você mandou. Já remeti esses retratos para São Paulo, para o
desenhista que vai fazer desenhos para o livro que eu fiz e que se chama – Circo de
Cavalinhos (a Emília [...] diz Circo de Escavalinho). Mas estou com medo que o desenhista
5 não faça você parecido e mamãe vai ficar danada. A Emília vive se queixando dos
desenhistas, que nunca pintam como ela é.
O sítio de Dona Benta está ficando uma beleza. Agora apareceu um outro freguês,
o João Faz de conta, que é um boneco falante, irmão do tal Pinocchio [...]. Narizinho está
crescendo e cada vez com o nariz mais arrebitado.
10 A casa dos pinguins vai bem. É meio triste porque só tem dois habitantes, dois
pinguins, que passam o dia inteiro um olhando para o outro. Já devem estar enjoados de
tanto olhar, não? Enquanto não aparecer por lá um pinguinzinho há de ser isso.
A casa de Alarico é alegre porque tem um pinguinzinho sabido que é você.
Adeus meu caro amigão e diga ao papai que quando vier cá outra vez não deixe
15 de trazer você para ver a máquina que a gente põe um níquel e sai um pedacinho de
chewing gum.
Até logo. Lembranças a papai, mamãe [...].
Monteiro Lobato.
Disponível em: <http://www.projetomemoria.art.br/MonteiroLobato/monteirolobato/carta.html>. Acesso em: 19 abr. 2013.
(P050458E4_SUP)
No trecho “... o livro que eu fiz...” (l. 3) , a palavra destacada refere-se ao nome
A) Alarico.
B) Dona Benta.
C) Emília.
D) Monteiro Lobato.
De acordo com esse texto, a casa dos pinguins é meio triste porque nela
A) há bonecos falantes.
B) há moradores sabidos.
C) há poucos habitantes.
D) há retratos e desenhos.
Nesse texto, a expressão “chewing gum” foi escrita de forma diferente para indicar
A) a fala de uma personagem.
B) a presença de uma gíria.
C) o título de um livro de histórias.
D) o uso de palavras estrangeiras.
Texto 15
OPERAÇÃO RANGO
Já eram sete horas da noite. Beto desceu a escada de dois em dois degraus e
pulou os quatro últimos, como costumava fazer. Preparou o lanche antes que a mãe e a
irmã voltassem do supermercado. Beto embrulhou tudo em papel alumínio, colocou num
saco plástico e amarrou na ponta do fio que pendia do terracinho.
5 Lá em cima, Miguel devorou os dois sanduíches de presunto com queijo,
reforçados com gostosos ovos fritos, especialidade do amigo, acompanhados de
refrigerante e do delicioso bolo da Marlene.
Beto subiu novamente. Ainda sem fôlego, deu umas batidinhas na porta e
sussurrou:
10 – Miguel?
– Estou aqui. Valeu, cara, o sanduíche estava muito bom... Beto...Você não
contou nada pra Bel, né?
– Eu não.
– E o Dunga, apareceu?
15 – Que nada, continua sumido. A Bel está superchateada, ela tinha acabado de
ganhar o gato da menina – Beto lembrou-se de um detalhe importante. – A dona Maria
ligou lá em casa, brava, disse que está procurando você há meia hora e mandou você ir
jantar. Eu disse que você estava no banheiro.
– Xi, agora melou... Droga! Liga pra ela e fala que sua mãe me convidou pra
20 jantar, aliás já fala de uma vez que eu vou dormir na sua casa.
FURNARI, Eva. Operação rango. In: O segredo do violinista. São Paulo: Ática, 1998. p. 37-8. Fragmento. (P070124C2_SUP)
FONTE: NOVO MAIS EDUCAÇÃO 2017 CADERNO DE TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
ALÔ... É DO HOSPITAL?
De acordo com esse texto, Filó trocou de acessórios várias vezes que cansou porque
A) não se sentiu bem com seus trajes.
B) confiou demais em si mesma.
C) deu muito ouvido aos seus amigos.
D) se sentiu muito feia.
Texto 18
Era uma vez uma folhinha que nasceu num dia ensolarado de Primavera, era a
folhinha mais verdinha e bonita de um velho diospireiro1, vivia presa num ramo da árvore
com as suas irmãzinhas.
Todos os dias a folhinha brincava com as suas irmãzinhas presas no ramo do velho
5 diospireiro, bailavam ao sabor da brisa do vento e gargalhavam pela vida feliz que tinham.
O tempo foi passando, a Primavera passou, o Verão entrou e com o seu sol forte
aquecia a folhinha que toda vaidosa por ser a mais bonita se espreguiçava ao sentir o seu
calor.
Certo dia as suas irmãs repararam que a linda folhinha já não era a mais verdinha,
10 agora estava a ficar cheia de manchas amarelas e castanhas e comentaram isso com a
bonita folhinha… Sim, tinha chegado o Outono. O sol e a brisa do Verão tinham partido,
e tinha chegado o vento frio do Outono, que a pouco e pouco iria arrancar uma a uma as
folhas do velho diospireiro.
A partir daquele dia a folhinha ficou triste e já não tinha vontade de brincar, pois
15 sabia que um dia iria ser arrancada da árvore, atirada para o chão pelo vento e
provavelmente iria ser apanhada pelo varredor das ruas e ser colocada dentro do caixote
do lixo.
Os dias foram passando e a folhinha ia perdendo as forças vendo as suas irmãs
sendo arrancadas da velha árvore pelo vento do Outono. A folhinha quase que não
20 conseguia ter forças para lutar contra o Outono, até que um dia, o vento forte de Outono
soprou, soprou, soprou… e arrancou a folhinha do ramo da árvore e atirou-a para o chão.
A folhinha ficou caída no chão desesperada a chorar porque pensou que a vida dela tinha
terminado ali. Só que, nesse preciso momento, ia a passar uma menina chamada Maria
que procurava uma folhinha para oferecer à sua avozinha que fazia anos.
25 De repente a menina olhou para o chão e viu uma folhinha castanha e amarela, era
a folha de Outono mais bonita que alguma vez tinha visto. A Maria pegou a folha, limpou-
a e levou-a para casa. A menina quando chegou a casa deu a linda folhinha de Outono à
sua avozinha que ficou radiante com o presente da neta.
E a linda folhinha de Outono voltou a ser feliz e aconchegada durante todo o Inverno
30 dentro do livro preferido de receitas da avozinha da Maria.
*Vocabulário:
1diospireiro: árvore de caqui.
Disponível em: <http://www.historias.com/>. Acesso em: 10 dez. 2014. Fragmento. (P050062H6_SUP)
FONTE: BOLETIM PEDAGÓGICO 5º ANO SPAECE 2016 ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA
Lá em casa mora um siri. Não fui eu que trouxe, não. Ele veio me seguindo pela
praia. Atravessou a rua, desviou dos carros. Eu só espiava. Ele vinha atrás. O siri não tem
cama. Dorme na tigela de comida do cachorro. E o cachorro tem medo do siri porque já
levou um beliscão no focinho. Eu não sei o que o siri come, nem o que ele bebe. Mas ele
5 continua vivo e mora nessa casa faz tempo. Acho até que engordou. Minha mãe também
engordou. Eu perguntei para minha mãe:
— O que tem aí dentro da sua barriga? Ela respondeu com uma cara toda feliz:
— Um bebê. Seu irmão. Eu fiquei lembrando do siri e fiz outra pergunta:
— Será que o siri também tem um bebê na barriga? Minha mãe fez cara de quem
10 não sabia o que dizer. Mas disse:
— Ah, siri não. Siri põe ovo.
— E você não põe?
— Claro que não!
— Você tem certeza que o bebê tá dentro da sua barriga, mãe?
15 — Tenho, filho.
— E por que você comeu ele?
Minha mãe deu uma gargalhada. Me abraçou bem comprido e disse que ia me
explicar tudo, tintim por tintim, mais tarde. Ela falou assim: tintim por tintim.
Então, eu me esqueci do siri, do bebê e só pensei: “Tintim é o barulho que os copos
20 fazem quando os adultos batem um contra o outro em dia de festa!” Aí comecei a lembrar
do meu aniversário...
Por que será que meu pensamento pensa desse jeito?
Quer dizer, por que ele fica pulando de uma ideia para outra sem parar?
Aliás, por falar em pular... Alguém quer pular corda comigo?
LEITE, Milu. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/creche-pre-escola/siri-bebe-corda-634326.shtml>. Acesso em: 5 dez. 2014. (P050175H6_SUP)
FONTE: BOLETIM PEDAGÓGICO 5º ANO SPAECE 2016 ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA
Qual trecho desse texto comprova que o narrador é também personagem dessa
história?
A) “Não fui eu que trouxe, não.”. (ℓ. 1)
B) “O siri não tem cama.”. (ℓ. 2-3)
C) “E o cachorro tem medo do siri...”. (ℓ. 3)
D) “Ela respondeu com uma cara toda feliz:...”. (ℓ. 7)
Nesse texto, no techo “— E por que você comeu ele?” (l. 16), o uso do ponto de
interrogação indica
A) uma admiração.
B) uma curiosidade.
C) uma dúvida.
D) um pedido.
De acordo com esse texto, onde o sirí dorme?
A) no mar.
B) na tigela.
C) no tapete.
D) na cama.
Texto 22
Há uma lenda que explica a razão de Curaçao ser uma ilha tão colorida. Consta
que um governador, há muitos anos, sentia dores de cabeça terríveis por todas as
construções serem pintadas de branco e refletirem muito a luz do sol. Ele teria então
sugerido algo a seus conterrâneos: colocar outras cores nas fachadas de suas residências
5 e comércios; ele mesmo passaria a usar o amarelo em todas as construções que tivessem
a ver com o governo. E assim nasceu o colorido dessa simpática e pequena ilha do Caribe.
E quem se importa se a história é mesmo real? Todo o colorido de Punda e
Otrobanda combina perfeitamente com os muitos tons de azul que você vai aprender a
reconhecer no mar que banha Curaçao, nos de branco, presentes na areia de cada uma
10 das praias de cartão-postal, ou nos verdes do corpo das iguanas, o animal símbolo da
ilha.
Acostume-se, aliás, a encontrar bichinhos pela ilha. Sejam grandes como os
golfinhos e focas do Seaquarium, os lagartos que vivem livres perto das cavernas Hato,
ou os muitos peixes que vão cercar você assim que entrar nas águas da lindíssima praia
15 de Porto Mari. Tudo em Curaçao parece querer dar um “oi” para o visitante assim que o
avista.
A ilha, porém, tem mais do que belezas naturais. Descoberta apenas um ano
antes do Brasil, Curaçao também teve um histórico [...] que rendeu ao destino uma série
de atrações [...], como o museu Kura Hulanda, ou as Cavernas Hato. [...]
20 Disponível em: <http://zip.net/bhq1CS>. Acesso em: 11 out. 2013. Fragmento. (P070104F5_SUP)
FONTE: BOLETIM PEDAGÓGICO 5º ANO SPAECE 2015 ENSINO FUNDAMENTAL LÍNGUA PORTUGUESA
No trecho “Ele teria então sugerido algo...” (l. 3-4), a palavra destacada substitui
A) azul.
B) Curaçau.
C) gonvernador.
D) sol.
Texto 23
O GAMBÁ
Nesse texto, o autor usou a expressão “Vivinho da silva” (l. 8) com a intenção de
A) chamar a atenção dos leitores.
B) confirmar a presença do gambá.
C) estabelecer diálogo com os leitores.
D) explicar a presença do gambá.
No trecho “O intruso não lhe dizia respeito.” (ℓ. 13), a palavra destacada refere-se a
A) patrão.
B) garçom.
C) Corcundinha.
D) intruso.
De acordo com esse texto, o gambá não queria desafiar ninguém porque
A) percebeu que os homens estavam com medo.
B) já tinha alvoroçado os homens naquela noite.
C) estava encolhido de medo e susto.
D) se acomodou, ficando imóvel diante da mesa.
Texto 24
Você chega em casa, solta a bolsa, lava as mãos, abre a geladeira e mata a sede
com um refrescante copo d´agua. A caminho do banho, dá um alô para as queridas
plantas e constata que estão precisando ser regadas. Isso você fará com prazer, já a
louça esperando na pia e as roupas de molho na máquina de lavar, ih, melhor esperar.
5 Agora faça uma pausa e volte ao começo da matéria. Entre em casa novamente e imagine
o seu mundo sem água. Não dá sequer para conceber a ideia, não é mesmo?
Dia 22 de março é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas para
celebrar o Dia Mundial da Água. Mais do que uma comemoração, é um momento para
conscientizar a população do planeta a respeito dos problemas relativos à escassez deste
10 elemento indispensável à vida. Cerca de dois terços do corpo humano são constituídos
de água, assim como a superfície terrestre, que tem dois terços de sua composição
líquida. É o elemento que melhor simboliza a essência humana. No entanto, embora a
Terra seja conhecida como o "planeta azul", a água disponível para consumo não é tão
abundante como se pode imaginar.
VITÓRIA, Mônica. Disponível em: <http://msn.bolsademulher.com/mundomelhor/dia_mundial_da_agua-69807.html>.
Acesso em: 22 mar. 2010. Fragmento. (P070058BH_SUP)
FONTE: NOVO MAIS EDUCAÇÃO 2017 CADERNO DE TESTE DE LÍNGUA PORTUGUESA
No trecho, “...as roupas de molho na máquina de lavar, ih, melhor esperar.”, o termo
em destaque é um exemplo de linguagem
A) científica.
B) informal.
C) regional.
D) técnica.
Texto 25
UNIVERSIDADE MONSTROS
Até chegar à forma que conhecemos hoje, o dinheiro passou por muitas
modificações. No início da civilização, o comércio era na base do escambo, ou seja, na
troca de mercadorias. Só no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas feitas de
ouro e prata. A princípio, essas peças eram fabricadas em processos manuais e muito
5 rudimentares, mas já refletiam a mentalidade e cultura do povo da época.
Durante a Idade Média, surgiu o costume de guardar as moedas com ourives e,
como garantia, era entregue um recibo. Era bem parecido com o processo que acontece
hoje quando depositamos o dinheiro no banco e, depois, usamos o cartão para resgatar.
Aos poucos esses comprovantes passaram a ser usados para efetuar pagamentos,
10 circulando no comércio e dando origem à moeda de papel.
Com o surgimento dos bancos, essas instituições assumiram para si a função de
emitir as moedas de papel, que foram chamadas também de Bilhetes de Banco. No Brasil,
os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor
preenchido à mão, como é feito com os cheques.
15 Aos poucos, como já acontecia com as moedas, os governos passaram a controlar
a emissão de cédulas de dinheiro para evitar as falsificações e garantir o poder de
pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem seus bancos centrais, que são
encarregados de emitir cédulas e moedas.
A confecção das moedas contemporâneas obedece a um rigoroso padrão de
20 impressão, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de
durabilidade. As principais unidades monetárias usam a base centesimal, isto é, a moeda
divisionária da unidade equivale a um centésimo de seu valor. No caso do Brasil, temos
o Centavo de Real.
No mundo moderno, além do dinheiro vivo, impresso em cédulas reguladas pelo
25 Governo, o comércio também usa outros mecanismos financeiros de intenção de
pagamento, como o cheque e o cartão de crédito/débito. Essas tecnologias foram criadas
para dar mais praticidade e segurança para as transações. [...]
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/curiosidades/como-surgiu-dinheiro.htm/acesso:20/09/2017
Em 1294, foi levado à atenção do imperador Kublai Khan o caso de dois chineses
presos por praticarem jogos de azar. Surpreendidos, não tiveram condições para destruir
as cartas que também produziam, nem as matrizes usadas para imprimi-las. Não se sabe
a pena atribuída por Kublai Khan aos infratores, mas o incidente é o mais antigo registro
5 existente mencionando jogos de cartas. Aquele que realmente criou esse novo tipo de
jogo morreu sem o reconhecimento de ter deixado um legado cultural importante para a
humanidade. Até porque, à época, cuidava de uma atividade ilegal, e tudo o que queria
era permanecer desconhecido.
Jogos de cartas na China compõem um conjunto de jogos designados por
10 expressões que contêm sempre a palavra pai, que significa literalmente ‘placa’. Vários
jogos são praticados usando o princípio das ‘placas’, caracterizadas por terem uma face
uniforme, onde o valor de cada carta é desconhecido, e a outra face com desenhos e
símbolos usados para formar as combinações em cada jogo. Esse atributo tanto é
verificado em baralhos como nos dominós e nas peças de Mah Jong. As cartas de jogar,
15 feitas em papel, designam-se em chinês por zhi pai; dominós, por gu pai (placas de osso)
e as peças de Mah Jong, normalmente fabricadas em marfim, por ya pai.
Nossas cartas chinesas, longínquas precursoras dos baralhos atuais, eram (e ainda
são) pequenos retângulos alongados, com dimensões médias em torno de 10 x 2,5 cm,
portanto bem menores que as cartas de jogar modernas. Tanto na aparência física como
20 na composição e regras dos jogos, pouco se assemelham ao baralho moderno.
Mas como essas cartas evoluíram e chegaram até a Europa, tomando a forma,
estrutura e padrão que hoje nos é familiar? Temos aqui muita especulação e pouca
certeza. O fato é que outros padrões de cartas de jogar orientais têm muito pouco a ver
na aparência e estrutura com os jogos de cartas europeus que originaram o moderno
25 baralho, com o qual disputamos nosso buraco, pôquer, bridge, truco...
http://copag.com.br/tudo-sobre-baralhos/origens/acesso:20/09/2017
O assunto do texto é:
A) jogos de cartas na China.
B) o caso de dois chineses presos.
C) um legado importante para a humanidade.
D) a história do padrão familiar da China.
O VIOLINO MÁGICO
Dário era um bom mocinho, alegre e esperto, estimado por todos que o conheciam.
Um dia despedindo-se de sua família e de seus amigos, saiu de casa, para ganhar
honradamente a vida. Ele era o mais velho dos cinco filhos que tinha o tio Pedro; e como
a miséria lhes batia à porta, forçoso foi que o moço saísse, para não sobrecarregar o pai,
5 em prejuízo dos irmãos menores, e também para ver se melhorava de sorte.
Ao despedir-se, o pai lhe dera por toda fortuna uma moeda de prata; e ele julgou-
se rico, porque não conhecia o valor do dinheiro.
Caminhava alegremente pela estrada que conduzia à cidade, quando encontrou
um velhinho, abrigado à sombra de uma árvore, gemendo e chorando.
10 Dotado de excelente coração, Dário tratou desveladamente do enfermo, e deu-lhe
a sua única moeda de prata.
O velhinho, agradecido, disse:
— Já que foste tão caridoso, vou fazer-te um presente. Aqui tens este violino. todas
as vezes que o tocares, quem o ouvir não poderá resistir ao desejo de dançar.
15 Dário saiu satisfeito com o presente, e pouco adiante, encontrou-se com um judeu,
homem avarento, que espoliava todo o mundo, emprestando dinheiro a altos juros, em
troca de bons e valiosos penhores de prata, ouro e pedras preciosas, que nunca mais
entregava aos respectivos donos.
Naquele mesmo instante o judeu acabava de perder um vintém, e procurava-o
20 aflitamente, como se se tratasse de imensa fortuna.
O moço ofereceu-se para ajudá-lo; e, como tinha boa vista, enxergou a moeda de
cobre caída no meio dos espinhos. La apanhá-la, mas o avarento não o consentiu,
pensando que Dário fosse capaz de roubá-la.
— Ah! judeu, disse Dário consigo mesmo: desconfias de mim! Deixa estar que me
25 pagarás...
Esperou sentado; e, assim que viu o miserável dentro dos espinhos, começou a
tocar o violino.
O judeu, escutando aqueles harmoniosos sons, começou a dançar; e quanto mais
Dário tocava, tanto mais ele saltava, quase sem fôlego, rasgando a roupa, ferindo-se nos
30 espinhos.
— Pára!... Pára!... cessa esse violino do diabo! Pára, que já não posso mais!
Berrava o judeu, desesperado, sempre a dançar.
O rapaz, porém, continuava sempre a vibrá-lo.
— Pelo amor de Deus, pára com essa música, que te darei uma bolsa de ouro!...
35 disse, enfim, o avarento.
— Ah! Isso é outro modo de falar! respondeu o mocinho, emudecendo o mágico
violino, depois que o judeu atirou a bolsa. [...]
https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregado
+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/acesso:
21/09/2017
TOTAL DE PALAVRAS 397
TEMPO: 03 MINUTOS E 25 SEGUNDOS
ATÉ 10 ERROS
No trecho “O rapaz, porém, continuava sempre a vibrá-lo.” (l. 35), o termo destacado
refere-se ao
A) Dário.
B) Judeu.
C) Velhinho
D) Violino.
Texto 29
O BOM JUIZ
Zenóbio era empregado da Limpeza Pública; – exercia tão baixo cargo porque não
encontrara de pronto outra colocação e necessitava sustentar uma numerosa família.
Trabalhava alegremente, sem se importar com os tolos preconceitos sociais, porque era
um desses homens sensatos que pensam, com justa razão, que é o homem que nobilita
5 o emprego, e não o emprego que nobilita o homem. Há varredores honrados, do mesmo
modo que há ministros desonestos.
Um dia em que estava varrendo uma rua pouco frequentada, achou uma bolsa
contendo cem mil-réis. Em vez de ficar com o achado, como era honesto, procurou o
dono, e tanto fez que o encontrou
10 Mas esse homem, que era um negociante, sovina, avaro e miserável em vez de
ficar agradecido, retirou de dentro dez mil-réis, e acusou o varredor de ter roubado.
Foram à justiça.
O juiz, um bom, honrado e digno magistrado, ouviu a acusação, e depois a defesa.
Em seguida sentenciou da seguinte forma:
15 — O comerciante diz que perdeu uma bolsa com cem mil-réis, e que o varredor
Zenóbio a achou. Ele, pelo seu lado diz que a entregou sem conferir, tal como a havia
encontrado. Ora, como a bolsa contém noventa e não cem mil-réis, que o negociante
alega, claro está que não é esta. Assim, mando que entregue a bolsa ao varredor, e
deverá pagar ainda por cima as custas.
20 Zenóbio ficou muito satisfeito, ao passo que o outro ainda teve que gastar mais
dinheiro, para castigo de sua ganância e perversidade.
https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregado
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21/09/2017
O MACACO E O MOLEQUE
Iaiá Romana era o apelido porque toda a gente conhecia uma velhinha que possuía
uma bela roça, onde havia além de muitas outras frutas, uma bela plantação de
bananeiras.[...]
Um dia, apareceu-lhe na roça um macaco, que lhe disse:
5 — Ó tiazinha, por que é que a senhora não colhe essas bananas, que já estão
maduras, e não as põe na dispensa? Se não tiver quem lhe faça esse serviço, aqui estou
eu, ao seu dispor.
Romana aceitou o oferecimento. O macaco, porém, assim que se pilhou trepado
nas bananeiras, começou a comer as maduras e jogar as verdes para a velha, que,
10 desesperada, jurou vingar-se.
Desde esse dia, vivia constantemente a procurar um meio de apanhá-lo. Qual! O
bicho era esperto, e ela ficava sempre lograda.
Mas, um dia, a velha lembrou-se de fazer uma figura de alcatrão, fingindo um
moleque, e colocou-lhe um tabuleiro de bananas bem madurinhas no cabo, como, se as
15 estivesse vendendo.
Poucas horas depois apareceu o macaco. Supondo que era mesmo um pretinho,
pediu uma banana. O moleque ficou calado.
— Moleque, dá-me uma banana, senão levas um sopapo! gritou.
O moleque permaneceu calado, e o macaco desandou-lhe a mão, ficando com ela
20 grudada no alcatrão.
— Moleque, larga a minha mão, senão levas outro sopapo!... repetiu o macaco.[...]
O macaco soltou outro bofetão, e ficou com a outra mão grudada.
— Moleque! moleque! larga as minhas duas mãos, senão levas um pontapé!...
berrou enfurecido.[...]
25 O macaco deu-lhe um pontapé, ficando com o pé preso.
— Moleque dos diabos, larga meu pé que te dou outro pontapé! exclamou.[...]
O macaco deu outro pontapé, e ficou com os pés presos.
Aí não se conteve mais, e disse:
— Moleque dos infernos, larga os meus dois pés e as minhas mãos, senão te dou
30 uma umbigada! [...]
O macaco deu-lhe uma umbigada, e ficou completamente agarrado ao alcatrão.
Assim que o viu preso, Iaiá Romana apareceu, foi ao mato, cortou umas varinhas,
e começou a dar-lhe com toda a força uma sova enorme, enquanto ia dizendo:
— Eu não te disse, macaco, que havias de me pagar? Toma lá agora, para não
35 vires caçoar comigo!
O macaco tanto se debateu, que afinal conseguiu se livrar do alcatrão, e nunca
mais quis graças com a velha Romana.
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21/09/2017
TOTAL DE PALAVRAS 378
TEMPO: 03 MINUTOS E 10 SEGUNDOS
ATÉ 8 ERROS
No trecho “... dá-me uma banana, senão levas um sopapo!” (l. 21), a palavra destacada
significa
A) dá uma pancada.
B) dá um chute.
C) dá um susto.
D) dá um empurrão.
O DR. GRILO
No trecho “O Dr. Grilo para lá se dirigiu,...” (l. 11), a palavra destacada indica uma ideia
de
A) modo.
B) tempo.
C) lugar.
D) intensidade.
A CASA MAL-ASSOMBRADA
Isolada de outras habitações havia uma casa onde ninguém morava, porque se
dizia que era mal-assombrada; à meia-noite ouviam-se ruídos de correntes, gritos,
gemidos e suspiros, e uma luzinha brilhava, ora numa janela, ora noutra. O proprietário
não achava alugador, e mesmo não queria saber dela, que ia se arruinando pouco a
5 pouco.
Um dia procuraram-no duas mulheres – mãe e filha – muito pobres, que acabavam
de ser expulsas da casinha em que moravam. Pediam-lhe licença para ocupar a casa
mal-assombrada.
O homem admirou-se daquele pedido, e depois de avisá-las dos perigos que
10 corriam, consentiu sem dificuldade.
As duas mulheres no mesmo dia mudaram-se.
Eram onze horas da noite quando foram se deitar, nada tendo visto nem ouvido de
extraordinário. A mãe, como já era velha, e se sentia cansada das arrumações, dormiu
logo. A filha, porém, ficou acordada, rolando na cama, sem conseguir adormecer.
15 Uma hora depois, ouviu o sino da matriz bater meia-noite. No mesmo instante a
moça escutou um ruído estranho, enquanto uma voz gemia:
— Eu caio!... Eu caio!...
Ela olhou para cima, de onde parecia vir a voz. Nada viu, mas disse:
— Pois caia, com Deus e a Virgem Maria!
20 Do teto do quarto caíram duas pernas.
A mesma voz assim falou mais três vezes, e a rapariga dando sempre a mesma
resposta, viu cair sucessivamente o tronco, os braços e a cabeça de um homem.
Os quatro pedaços reuniram-se, e apareceu uma criatura humana, tão pálida
como um cadáver, que lhe falou:
25 — Se não tens medo, vem comigo.
Adelaide acompanhou-o atravessando toda a casa, até chegarem ambos ao
quintal.
Aí debaixo de um tamarindeiro, o morto mandou-a cavar a terra, encontrando uma
lata com dinheiro, que transportaram para dentro.
30 Chegando ao quarto, disse-lhe o defunto:
— Eu sou uma alma penada, que ando sofrendo por causa deste dinheiro. Quando
era vivo, roubei-o de uma pobre viúva, desgraçando-a, bem como aos órfãos, seus filhos.
Deste dinheiro, a metade é para você e sua mãe, e a outra metade é para distribuir com
os pobres, e mandar dizer cem missas por minha alma.
35 Acabando de falar, a alma penada desapareceu.
Adelaide fez tudo o que ele havia mandado, e ficou rica para o resto de sua vida.
https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregado
+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/acesso:
21/09/2017
TOTAL DE PALAVRAS 368
TEMPO: 03 MINUTOS
ATÉ 8 ERROS
OS TRÊS MINISTROS
Miramil III, grande e poderoso monarca, tinha três ministros que se gabavam de
saber tudo quanto havia, quando não passavam de homens vulgares.
Uma vez, saindo a passeio com eles, encontrou um velho, que lhes tirou
respeitosamente o chapéu.
5 — Quanta neve vai pela serra! disse o rei.
— Já é tempo dela, real senhor, respondeu o velho roceiro.
— Quantas vezes já queimaste a casa?
— Duas, real senhor.
— Quantas vezes tens de queimá-la?
10 — Três, real senhor.
— Se eu te mandar três patos, serás capaz de os depenar?
— Quantos mandardes, real senhor.
Saindo dali o soberano ordenou que os três ministros respondessem o que ele
havia conversado com o velho, sob pena de serem enforcados.
15 Os sabichões pediram uma semana de espera. Leram quantos livros
encontraram, mas não puderam entender o que queria dizer o rei.
Resolveram, então, ir consultar o velhote às escondidas.
O velho comprometeu-se a responder com a condição de lhe darem eles a roupa
que traziam consigo.
20 Os ministros aceitaram. Despiram-se.
— Quanta neve vai pela serra, quer dizer que já tenho a cabeça muito branca, e
por isso respondi que já era tempo dela, pois já era bem velho. Queimar a casa, é casar
uma filha, porquanto quem casa uma filha, gasta tanto, como se tivesse tido um incêndio.
E os três patos para depenar, são os senhores.
25 Quando o ancião acabou de falar, apareceu o rei, que se achava escondido.
Os três ministros ficaram com medo, mas o monarca sossegou-os. Não os mandou
matar, condenou-os, porém, a dar bons dotes às três filhas do velho que ainda estavam
por casar.
Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregad
o+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/>
Acesso em: 21/09/2017
Nesse texto, no trecho “— Já é tempo dela, real senhor, respondeu o velho...” (l. 6), é
um exemplo de linguagem
A) científica.
B) formal.
C) informal.
D) regional.
No trecho “Quando o ancião acabou de falar, apareceu o rei,...” (l. 25), a palavra em
destaque aprenta uma ideia de
A) intensidade.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
A MOÇA DO LIXO
Passavam um dia duas fadas por um jardim formosíssimo e bem tratado, quando
viram um monte de estrume que o chacareiro havia deixado para estercar a terra.
— Que coisa nojenta! Disse uma delas. Como é que se consente num jardim tão
belo tamanha porcaria, ainda que seja por um momento!...
5 — Tive uma idéia, disse a outra. Eu fado para que essa esterqueira se transforme
numa mulher tão linda como Leona, a princesa adivinha, que é a mais formosa criatura
do mundo.
— E eu fado, retorquiu a outra, para que ela tenha um anel no dedo. Enquanto
estiver com esse anel, só poderá pronunciar a palavra “porcaria”, sem que nada mais
10 possa dizer. Tirando-lhe o anel, será uma moça instruída e espirituosa, ao passo que,
quem o usar, ficará com o mesmo defeito.
As duas fadas desapareceram, e, do estrume, surgiu uma moça maravilhosamente
formosa.
Era nos jardins reais. O príncipe, passando por acaso, viu-a e ficou apaixonado.
15 Perguntando-lhe quem era, de onde vinha, como se chamava, só obteve em resposta:
— Porcaria! Porcaria!...
Admirado por ouvir aquela grosseria, tão suja, em boca tão formosa, sua alteza
insistiu. Em vão! A deslumbrante moça respondia sempre:
— Porcaria!... Porcaria!...
20 O príncipe quis fazê-la sua esposa, mas o rei, os ministros, os conselheiros da
coroa e os grandes dignatários não o consentiram.
Não podendo, entretanto, deixar de vê-la a todos os instantes, o futuro soberano
fê-la alojar no palácio.
Tempos depois teve de se casar, como era obrigado por lei. Deram-lhe como
25 noiva uma princesa, filha de um imperador vizinho e aliado
Preparando-se a toilette da noiva, uma criada lembrou-se que Porcaria tinha um
anel sem igual.
Tirou-o, e apresentou-o à sua nova ama, que o enfiou no dedo
Quando o cortejo chegou à igreja, na hora da celebração do casamento,
30 perguntando o padre à noiva, se livremente recebia o príncipe, ouviu-a dizer:
— Porcaria!... Porcaria!...
Não houve meios de se lhe arrancar outra coisa:
— Porcaria!... Porcaria!... falava sempre.
O príncipe, em vista daquilo, exclamou:
35 — Não! Não me serve! Porcaria por porcaria, tenho lá na palácio uma melhor.
Foram buscar a outra, que encontraram falando e conversando com todo o
espírito, e o casamento foi celebrado.
Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregad
o+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/>
Acesso em: 21/09/2017
No trecho “— Não! Não me serve!” (l. 35), o uso do ponto de exclamação indica
A) aborrecimento.
B) satisfação.
C) surpresa.
D) tristeza.
A ONÇA E A RAPOSA
Sendo inseparáveis amigas, a raposa e a onça brigaram um dia. Aquela, por ser
ladina e esperta, conseguia fugir e evitar a sua inimiga, todas as vezes que se
encontravam.
Por mais estratagemas que empregasse, a onça nunca pôde agarrá-la. Lembrou-
5 se, então, de se fingir de morta.
A notícia correu pelo mato, e os bichos foram ver o cadáver, deitado de barriga para
o ar. Sabendo que a sua adversária morrera, a raposa quis certificar-se se era verdade.
Dirigiu-se com muita cautela para o lugar onde o corpo se achava, e, chegando perto,
perguntou:
10 — Então a onça está morta de verdade?
— Está, respondeu o macaco.
— Ela já arrotou? perguntou a raposa.
— Ainda não, disse o lagarto. Por quê? Quando a gente morre, costuma arrotar?
— Pois você não sabia? O meu defunto avô, quando faleceu, arrotou três vezes,
15 respondeu a raposa.
A onça ouvindo aquilo, arrotou.
— Os mortos não arrotam, exclamou a raposa, correndo.
Desesperada por ver que o seu plano falhara, a onça levantou-se, e desistiu da
vingança.
20 Dsiponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregad
o+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/>
Acesso em: 21/09/2017
Nesse texto, o trecho “Quando a gente morre, costuma arrotar?”, evidencia a fala de
qual personagem?
A) Do macaco.
B) Do lagarto.
C) Da onça.
D) Da raposa.
De acordo com esse texto, qual foi o motivo pelo qual a raposa inventou uma história?
A) Para se livrar da onça.
B) Porque queria pegar o lagarto.
C) Para ganhar uma competição.
D) Para descobrir se a onça estava morta.
No trecho “... a onça nunca pôde agarrá-la.” (l. 4), o termo em destaque refere-se
A) ao lagarto.
B) ao macaco.
C) à vingança
D) à raposa.
Texto 36
O ANEL MÁGICO
Tão dócil, meigo e de melhor índole, ninguém havia como o Carlito, e por isso toda
a gente o estimava. Os próprios bichos queriam-lhe muito, porque ele lhes não fazia mal
algum, de modo que tinha amigos em toda a parte.
Crescendo, ficando mocinho, Carlito nem por isso perdeu as suas qualidades e o
5 seu excelente coração.
Uma vez, estava ele à porta de casa, quando viu passar um velhinho, tão velho e
parecendo tão enfermo, que mal podia caminhar. O rapaz saiu à rua, deu o braço ao
velho, e trouxe-o para dentro, servindo-lhe de jantar, até que, restabelecido, criou forças
e pôde caminhar.
10 — Já que és tão bom moço, dou-te este anel de condão. Com ele conseguirás tudo
quanto quiserdes, bastando enfiá-lo no dedo, e formular o desejo.
Carlito, achou-se possuidor de tão precioso objeto, vendo que nada mais tinha a
recear, foi correr mundo.
Durante muitos anos viajou por terra e por mar, em quase todos os países do
15 mundo, chegando finalmente à Arábia.
Aí, passeando em uma das cidades, teve o ensejo de ver Ercília, formosa filha de
um importante chefe de tribo.
Loucamente apaixonado, foi pedi-la, em casamento[...
Como no primeiro dia, fez extraordinários prodígios de bravura. Abriu caminho por
20 entre as cerradas fileiras inimigas [...] Estava terminada a guerra.
O chefe da tribo árabe, encantado com Carlito, não demorou o seu casamento
com Ercília.
Disponível em
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregad
o+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/>
Acesso em: 21/09/2017
UM RAIO DE SOL
Uma formosa manhã de maio, limpa, alegre, fresca, perfumada, é um dos maiores
encantos da natureza.
Em uma dessas lindas manhãs de primavera, bem cedo, ainda à hora em que o sol
se faz anunciar pelos seus primeiros raios, Helena, ainda dormia! Como sorri em algum
5 sonho alegre! Ainda ninguém entrou no quarto dela, e apesar disto, a Heleninha já hoje
recebeu um beijo. [...] Foi um raio de sol que, penetrando por uma fenda, passou nos
lábios de Helena, e ficou todo espantado por encontrar uma menina ainda a dormir. Mas,
de repente, Helena acorda, esfrega os olhos, relanceia a vista por todos os lados para
ver quem a acordou, e dá com o raio de sol.
10 — Raiozinho brilhante, disse-lhe ela, quem sabe mesmo se já trabalhaste muito
esta manhã?
— É verdade que sim, respondeu o raio, já hoje trabalhei muito. Quando meu pai
me despede não dá licença que me divirta, e tem razão, porque eu, quando estou mais
contente, é quando trabalho.
15 — Teu pai? Mas quem é teu pai?
— É o sol. Mora lá em cima, muito alto, no céu. Os filhos são os raios do sol meus
irmãos, que à minha semelhança, alumiam e aquecem a terra.
— Mas, tornou Helena, teus irmãos poderiam entrar contigo no quarto?
— De modo nenhum; a fenda era estreitíssima. Só eu pude passar.[...]
20 — Eu queria que tu, disse Helene, me contasses tudo o que tens feito e o que viste
no teu passeio esta manhã.
— Oh! já vi muitas coisas. Não posso contar todas; mas, se gostas dir-te-ei
algumas. Quanto rompi da montanha, entrei numa floresta, e dei claridade a uma família
de cotias que se recolhiam à toca, e pareciam alegríssimas; naturalmente tinham dançado
25 toda a noite em algum gramado. Na mesma floresta alumiei um ninho de sabiás negros.
A mãe, mal me viu, acordou o marido, depois os filhinhos, e todos a um tempo,
principiaram a cantar.[...]
— Oh! conta-me ainda mais alguma coisa, disse a pequenina. Não vistes crianças
esta manhã?
30 — Ora, se vi! e muitas! Levantaram-se bem cedo.[...]
— Lindo raio, obrigada por tantas coisas boas que hoje me ensinaste. Se voltares
amanhã, à mesma hora, eu te prometo que não me hás de encontrar na cama;
aproveitarei a tua formosa luz para continuar a minha tarefa.
Dizendo isto, Helena levantou-se e foi abrir a janela de par em par[...]
Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregado
+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/> Acesso
em: 21/09/2017
HOTEL TRANSYLVÂNIA
A) afirmação.
B) conclusão.
C) negação.
D) oposição.
O cágado e seu companheiro urubu foram convidados para uma festa no céu. O
urubu, querendo debicá-lo, disse:
— Então, compadre cágado, já sei que vai à festa e eu quero ir em sua
companhia.
5 — Pois não, respondeu o outro, contanto que você leve a sua viola.
Separaram-se, ficando o urubu de ir à casa do cágado, para irem juntos.
No dia seguinte, logo muito cedo, o urubu apareceu. O cágado estava à janela, e
assim que o viu voando, escondeu-se.
O outro entrou, e foi a mulher quem o recebeu. Convidou-o a passar para a sala
10 de jantar.
— Venha cá para dentro tomar uma xícara de café. Deixe aí a sua violinha, que
ninguém a quebra.
O cágado, assim que o urubu passou, meteu-se dentro da viola.
— E seu marido, comadre?
15 — Ora, mandou pedir mil desculpas, mas já foi adiante.
O urubu, acabando o café, pegou na viola sem nada desconfiar, abriu vôo e
chegou ao céu.
Perguntaram-lhe pelo cágado, sabendo que haviam combinado vir juntos.
— Qual! Pois vocês pensam que ele vem? Quando lá embaixo ele nem sabe
20 andar, quanto mais voar!
Pilhando-o distraído, o cágado saiu da viola e apareceu no meio dos outros, que
se admiraram muito ao vê-lo.
Dançaram e brincaram até tarde.
Acabada a festa, usando do mesmo estratagema, o cágado meteu-se dentro da
25 viola.
O urubu descia voando, quando o cágado se mexeu sem querer.
— Ah! é assim que você sabe voar? Pois voa mais depressa, exclamou o
companheiro virando a caixa.
O cágado despenhou-se daquela imensa altura, e, quando vinha cegando à terra,
30 vendo que ia se esborrachar sobre uma pedra, começou a berrar:
— Arreda, pedra, senão eu te esborracho!
Quem caiu foi ele, que se achatou completamente, ficando com a forma que ainda
hoje conserva.
Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregado
+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/> Acesso
em: 21/09/2017
De acordo com o texto, ao descobrir o cágado na viola o urubu virou a caixa para
A) ensiná-lo a voar.
B) competir com ele.
C) dá-lhe uma lição.
D) fazê-lo pedir desculpas.
No trecho “— Arreda, pedra, senão eu te esborracho!” (ℓ. 30), a palavra em destaque
sugere que a pedra
A) seria queimada.
B) seria esmagada.
C) ficaria furada.
D) ficaria suja.
Texto 40
A PRINCESA ADIVINHA
Luísa era uma princesa, que tinha tudo quanto pode haver de mais formoso. Quem
a via, ficava logo perdido de amores.
Pretendentes sem conta, todos os reis da terra, apareceram, pedindo-a em
casamento. Luísa recusou-os, declarando que só se casaria com o homem, fosse quem
5 fosse, capaz de fazer uma adivinhação que ela não conseguisse decifrar.
Sabendo disso, um rapaz, conhecido como Zé Tolinho, quis ver se obtinha aquele
impossível[...]
Saiu de casa, em companhia de uma cachorra chamada Pita, levando um pedaço
de pão, que a madrasta lhe dera. [...]
10 Sentindo fome, estava para trincar o pão, quando se lembrou que a madrasta podia
tê-lo envenenado.
Para experimentar deu-o à cadelinha, que caiu morta no mesmo instante.
Estava a enterrar o pobre animalzinho, e ia pô-lo no buraco que cavara, mas não
teve tempo: uma nuvem de urubus desceu, e alguns, mais ousados, devoraram-na de
15 pronto [...]
Tolinho caminhou adiante, levando os urubus mortos.
Chegando a uma casa que havia à beira da estrada, três bandidos tomaram-lhe à
força os urubus. Havia muitos dias que se achavam foragidos da polícia, e morriam de
fome. Atiraram-se aos urubus, julgando que eram galinhas, e morreram envenenados.
20 Vendo-os mortos, Tolinho escolheu a melhor espingarda, e prosseguiu na jornada.
Um pouco mais longe avistou um macaco trepado sobre uma árvore. Apontou a
espingarda, fez fogo, mas errou o tiro, indo porém matar uma pomba-rola que não vira.
Depenou-a, assou-a, fazendo fogo com a madeira conhecida como santa-cruz, e
comeu-a. Sentia sede, e não tendo água, aparou o suor que lhe escorria do rosto, e
25 bebeu-o.
Terminado o frugal jantar, marchou pelo caminho em fora, encontrando um cavalo
morto, levado pela correnteza do rio, enquanto os urubus o comiam.
Meia légua mais além, reparou que um burro escavava o chão, até encontrar uma
panela com dinheiro, ali enterrada. Apanhou o dinheiro, montou no animal e chegou ao
30 palácio.
Quando Luísa soube que um novo pretendente se apresentava, marcou a hora para
a audiência.
No salão principal do régio paço, perante a corte, na presença dos maiores sábios,
e mais ilustres literatos, Tolinho compareceu, e propôs o enigma...
35 Em vão Luísa tentou adivinhar o enigma.
Não o conseguindo, cumpriu a sua palavra, desposando Tolinho.
Disponível em:
<https://books.google.com.br/books?id=ifjrAQAAQBAJ&pg=PT144&lpg=PT144&dq=zen%C3%B3bio+era+empregado
+da+limpeza+p%C3%BAblica&source=bl&ots=ESpmi8SDDC&sig=4KPBJi_iLj8K--tYJPM7TD4T-E4&hl=pt-/> Acesso
em: 21/09/2017