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Guia de Identificação dos Peixes do Estuário dos rios Timonha e Ubatuba

Book · December 2015

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6 authors, including:

Filipe Augusto Gonçalves de Melo Eronica Araujo Dutra


Universidade Estadual do Piauí (UESPI) Universidade Estadual do Piauí, Parnaíba
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SEE PROFILE SEE PROFILE

Joelson Queiroz Vianna


Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
3 PUBLICATIONS   3 CITATIONS   

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Estuarine Fishes from Timonha and Ubatuba Rivers View project

Taxonomy, systematics and biogeography of genus Astyanax, integrative project involving morphology and molecular data View project

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PROJETO PESCA SOLIDÁRIA

GUIA DE IDENTIFICAÇÃO
DOS PEIXES DO ESTUÁRIO
DOS RIOS TIMONHA E UBATUBA

Filipe Augusto Gonçalves de Melo1


Erônica Araújo Dutra2
Joelson Queiroz Viana2
Talita Magalhães Araújo2
Ana Sara Ferreira de Souza2
Isaac dos Santos Moura2

1- Professor Adjunto da Universidade Estadual do Piauí,


responsável pela parte de identificação, taxonomia e
sistemática dos peixes estuarinos, editor e organizador.
2 - Alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UESPI,
Campus Parnaíba e estagiários do projeto Pesca Solidária.

Parnaíba, PI
2015
Copyright 2015 by Filipe Augusto Gonçalves de Melo

Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária


Christiane Maria Montenegro Sá Lins CRB/3 - 952

P964

Projeto Pesca Solidária: guia de identificação dos peixes do estuário dos rios
Timonha e Ubatuba/ Filipe Augusto Gonçalves de Melo [et al.] – Parnaíba:
Sieart, 2015.

100 p.: Il; col.


ISBN: 978-85-60146-70-3

1. Ictiologia. 2. Estuário. 3. Pesca. 4. Zoologia. I. MELO, Filipe Augusto Gonçalves


de. II. DUTRA, Erônica Araújo. III. VIANA, Joelson Queiroz. IV. ARAÚJO, Talita
Magalhães. V. SOUZA, Ana Sara Ferreira de. VI. MOURA, Isaac dos Santos.
VII. Título.
CDD 597
PROJETO PESCA SOLIDÁRIA
PATROCINADO PELA PETROBRAS,
POR MEIO DO PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL”.

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES
E
PARCEIRAS

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ


COMISSÃO ILHA ATIVA
EMBRAPA MEIO NORTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
ICMBIO - APA Delta do Parnaíba
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
AQUASIS
Comissão Ilha Ativa - CIA

Presidente
Leandro Inakake de Souza

Vice-presidente
Liliana Oliveira Souza

Secretária
Kesley Paiva da Silva

Sub-secretária
Daniele Alves Lopes

Dedicatória:
Tesoureiro
Mario Lucio de Moraes Damasceneo

Á memória
Sub-tesoureito
Alan Elias Silva
de
Conselho Fiscal
Gustavo Wilson Alves Nunan,
Francinalda Maria Rodrigues da Rocha
Flávio Luiz Simões Crespo
grande conhecedor
Adilson Silva de Castro
Luciano Silva Galeno
e
Ana Maria Brandão de Oliveira
Maria Antônia de Oliveira Santos
entusiasta
Endereços
dos
Sede: Rua Benedito dos Santos Lima - São Benedito
Parnaíba - PI - CEP: 64.202-245
peixes marinhos
www.comissãoilhaativa.org.br

Contatos
cia@comissaoilhaativa.org.br
AGRADECIMENTOS

O organizador agradece:

A minha amada esposa, Cristiane, por seu estímulo, apoio e sugestões valiosas.
Aos pescadores de Cajueiro da Praia e Chaval, seus familiares e suas Colônias de Pescadores,
em especial ao Sr. Lucimar e sua família, pela enorme paciência, pela receptividade, atenção e
solicitude em relação aos nossos pedidos. Agradecemos a eles também por suas verdadeiras aulas
de biologia e taxonomia de peixes marinhos
A profa. Rosineide Candeas de Araújo, diretora do Campus da UESPI de Parnaíba, por ter
disponibilizado espaço para armazenamento dos peixes dessa coleção de referência do estuário
dos rios Timonha e Ubatuba e por ter entendido a importância e significado dessa coleção.
Aos autores, alunos da UESPI de Parnaíba, que assumiram o compromisso do retorno à sociedade
dos estudos realizados nessa casa.
Ao colega Prof. Dr. Antônio Hosmylton Carvalho Ferreira pela revisão cuidadosa.
À Universidade Estadual do Piauí, em especial aos colegas do Curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas por terem permitido este trabalho e pelo incentivo.
A Alfredo Carvalho Filho pela ajuda em relação a identificação de algumas espécies e
informações sobre as mesmas.
Às instituições de apoio financeiro e logístico: CIA e PETROBRAS por terem concedidos bolsas de
estudo para Ana Sara Ferreira de Souza e Joelson Queiroz Viana e recursos que permitiram esse estudo.
A Francisco Brandão Júnior por seu interesse, apoio em relação a elaboração desse manual e
paciência principalmente nos momentos finais.
Ao grupo de estudos em ictiofauna, profs. Dr. César Fernandez, Dra. Edna Carvalho Pereira e
Dra Alitiene Pereira pelo apoio, sugestões e troca de ideias ao longo dessa jornada. Bem como ao
amigo e assistente da Embrapa da Embrapa, senhor Francisco Diassis Coelho da Silva.
Sumário

INTRODUÇÃO...........................................................Pág. 09 ORDEM BATRACHOIDIFORMES..................................Pág. 29


Família BATRACHOIDIDAE
METODOLOGIA...........................................................Pág. 10 Batrachoides surinamensis (Bloch & Schneider, 1801)
Termos técnicos e medidas....................................Pág. 12 ..............................................................................Pág. 30

ORDEM ELOPIFORMES..............................................Pág. 13 ORDEM LOPHIIFORMES.............................................Pág. 31


Família ELOPIDAE Família Ogcocephalidae
Elops saurus Linnaeus, 1766..................................Pág. 14 Ogcocephalus vespertilio (Linnaeus, 1758)..............Pág. 32

Família MEGALOPIDAE ORDEM MUGILIFORMES...........................................Pág. 33


Megalops atlanticus Valenciennes, 1874................Pág. 15 Família MUGILIDAE
Mugil curema (Valenciennes, 1836).......................Pág. 34
ORDEM ALBULIFORMES............................................Pág. 16
Família ALBULIDAE ORDEM ATHERINIFORMES........................................Pág. 35
Albula vulpes (Linnaeus, 1758)...............................Pág. 17 Família ATHERINOPSIDAE
Atherinella brasiliensis (Quoy & Gaimard,1824)
ORDEM CLUPEIFORMES............................................Pág. 18 .............................................................................Pág. 36
Família CLUPEIDAE
Opisthonema oglinum (Lesueur, 1818)...................Pág. 19 ORDEM BELONIFORMES...........................................Pág. 37
Harengula sp...........................................................Pág. 20 Família HEMIRAMPHIDAE
Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758)...........Pág. 38
Família ENGRAULIDAE
Lycengraullis batessi (Günther, 1868).....................Pág. 21 ORDEM SCORPAENIFORMES.....................................Pág. 39
Lycengraullis grossidens (Agassiz, 1829).................Pág. 22 Família DACTYLOPTERIDAE
Dactylopterus volitans (Linnaeus, 1758)................Pág. 40
ORDEM SILURIFORMES.............................................Pág. 23
Família ARIIDAE ORDEM PERCIFORMES.............................................Pág. 41
Aspistor luniscutis (Valenciennes, 1840)..................Pág. 24 Família CENTROPOMIDAE
Bagre bagre (Linnaeus, 1758).................................Pág. 25 Centropomus undecimalis (Bloch, 1792)................Pág. 42
Cathorops spixii (Agassiz, 1829).................Pág. 26 Centropomus parallelus Poey, 1860.......................Pág. 43
Sciades herzbergii (Bloch, 1794).............................Pág. 27
Sciades proops (Valenciennes, 1840).....................Pág. 28 Família SERRANIDAE
Alphestes afer (Bloch, 1793)..................................Pág. 44
Epinephelus adscensionis (Osbeck, 1771)..............Pág. 45 Pomadasys corvinaeformis (Steindachner, 1868)
Epinephelus morio (Valenciennes, 1828)...............Pág. 46 .............................................................................Pág. 70
Família SPARIDAE
Família PRIACANTHIDAE Archosargus probatocephalus (Walbaum, 1792)
Priacanthus arenatus Cuvier, 1829........................Pág. 47 .............................................................................Pág. 71
Archosargus rhomboidalis (Linnaeus, 1758)
Família CARANGIDAE .............................................................................Pág. 72
Carangoides crysos (Mitchill, 1815).......................Pág. 48 Calamus penna (Valenciennes, 1830)....................Pág. 73
Caranx hippos (Linnaeus, 1766)............................Pág. 49
Chloroscombrus crysurus (Linnaeus, 1766) Família POLYNEMIDAE
.............................................................................Pág. 50 Polydactylus virginicus (Linnaeus, 1758)................Pág. 74
Oligoplites palometa (Cuvier, 1832).......................Pág. 51
Oligoplites saurus (Bloch & Schneider, 1801) Família SCIAENIDAE
.............................................................................Pág. 52 Bairdiella ronchus (Cuvier, 1830)...........................Pág. 75
Selene browni (Cuvier, 1816)..................................Pág. 53 Cynoscion acoupa (Lacepéde, 1801)......................Pág. 76
Selene vomer (Linnaeus, 1758 ).............................Pág. 54 Cynoscion leiarchus (Cuvier, 1830)........................Pág. 77
Trachinotus carolinus (Linnaeus, 1766)..................Pág. 55 Cynoscion microlepidotus (Cuvier, 1830)...............Pág. 78
Trachinotus falcatus (Linnaeus, 1758)...................Pág. 56 Isopisthus parvipinnis (Cuvier, 1830).....................Pág. 79
Larimus breviceps Cuvier, 1830..............................Pág. 80
Família LUTJANIDAE Micropogonias furnieri (Desmares, 1823)..............P.ág. 81
Lutjanus alexandrei Moura & Lideman 2007 Menticirrhus americanus (Linnaeus, 1758).............Pág.82
.............................................................................Pág. 57 Stellifer brasiliensis (Schultz, 1945).......................Pág. 83
Lutjanus analis (Cuvier, 1828)...............................Pág. 58
Lutjanus jocu (Bloch & Schneider, 1801)................Pág. 59 Família EPHIPPIDAE
Lutjanus synagris (Linnaeus, 1758)........................Pág. 60 Chaetodipterus faber (Broussonet, 1782)
Ocyurus chrysurus (Bloch, 1791)............................Pág. 61 ..............................................................................Pág.84
Família LOBOTIDAE Lobotes surinamensis (Bloch, 1790)
.............................................................................Pág. 62 Família SPHYRAENIDAE
Sphyraena barracuda (Walbaum, 1792).................Pág. 85
Família HAEMULIDAE
Anisotremus virginicus (Linnaeus, 1758)................Pág. 63 Família TRICHIURIDAE
Eucinostonus Argenteus Baird e Girard, 1855.........Pág. 64 Trichiurus lepturus (Linnaeus, 1758)......................Pág. 86
Diapterus Auratus Ranzani, 1840...........................Pág. 65
Genyatremus luteus (Bloch, 1790).........................Pág. 66 Família SCOMBRIDAE
Haemulon plumieri (Lacepéde, 1802).....................Pág. 67 Scomberomorus brasiliensis Collete, Russo & Zavala, 1978
Haemulom parra (Desmarest, 1823)......................Pág. 68 .............................................................................Pág. 87
Orthopristis ruber (Cuvier, 1830)...........................Pág. 69
Família STROMATEIDAE
Peprilus paru Linnaeus, 1758.................................Pág. 88

ORDEM PLEURONECTIFORMES..................................Pág. 89

Família PARALICHTHYIDAE
Citharichthys spilopterus (Gunther, 1862).............Pág. 90

ORDEM TETRAODONTIFORMES.................................Pág. 91

Família DIODONTIDAE
Chilomycterus antillarum (Jordan & Rutter, 1897)
.............................................................................Pág. 92

Família TETRAODONTIDAE
Lagochephalus laevigatus (Linnaeus, 1766)...........Pág. 93
Sphoeroides testudineus (Linnaeus,1758)..............Pág. 94

Outras Espécies Encontradas no Estuário..............Pág. 95

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................Pág. 97

“A Saúna é veiaca!”

Lucimar das tainhas


ao iniciar sua explicação
de como captura esses peixes.
INTRODUÇÃO

Figura 1. Localização do Estuário dos Rios Tomonha e Ubatuba.


Mapa Google Earth.

O sistema estuarino Timonha / Ubatuba está Poucos trabalhos tem se dedicado a ex-
localizado na divisa dos Estados do Ceará e Piauí. plorar a diversidade da ictiofauna estuarina das
Os rios Timonha e Ubatuba têm suas nascentes regiões norte e nordeste do Brasil (Marceniuk et
na Serra da Ibiapaba, cadeia montanhosa que al., 2013). Esse livro tem por objetivo descrever
acompanha as divisas entre os dois estados, e parte da diversidade do pescado comercia-
ao encontrarem o mar, recebem as águas de lizada na região do estuário dos rios Timonha
diversos rios e lagoas que terminam na Barra e Ubatuba. O presente trabalho apresenta os
do Timonha (figura 1). É uma região estuarina resultados parciais obtidos pelo projeto Pesca
que abriga uma das maiores áreas de mangue Solidária, sub-projeto “Identificação das Espé-
do nordeste brasileiro e oferece um importante cies Comerciais do Estuário dos rios Timonha e
berçário para a reprodução de inúmeros ani- Ubatuba“. Além de descrições das espécies de
mais marinhos. Nesse complexo ecossistema peixes da região, o trabalho apresenta fotos e
habita uma fauna de peixes pouco estudada e dados sobre distribuição geográfica, habitat e
que serve de sustento para muitos pescadores biologia das espécies.
artesanais da região (Mai et al., 2012).

11
METODOLOGIA

Para a realização deste trabalho foram fei-


tas amostragens no mercado público de Chaval,
CE, no período de agosto de 2014 a agosto de
2015 (figura 2). Por igual período de tempo, peixes
foram obtidos a partir de pescadores da região
de Chaval e Cajueiro da Praia, PI. Também
foram realizadas coletas com rede de arrasto
nas margens do estuário em Cajueiro da Praia e
Chaval (figuras 3 e 4 ). Todas as espécies encon-
tradas foram fotografadas a fresco sempre que
possível (figura 5) . Espécimes capturados vivos
foram eutanasiados com solução de Eugenol,
óleo de cravo, logo após fixados em formalina
a 10%, posteriormente conservados em álcool
70%. Licença de coleta foi expedida pelo MMA/
ICMBIO número 43544-1.
Espécimes foram identificados com base
em chaves dicotômicas, manuais de identifica-
ção, descrições originais e revisões taxonômi-
cas (Carpenter, 2002; Espirito Santo et al., 2005;
Figueiredo & Menezes, 1978; Lessa & Nóbrega,
2000; Menezes & Figueiredo, 1980; Marceniuk, Figura 2. Equipe do projeto adquirindo peixes no mercado
2005; Marceniuk & Menezes, 2007; Menezes & público de Chaval. Peixes vendidos nesse mercado são
Figueiredo, 1985; Menezes & Figueiredo, 2000; pescados no estuário.
Menezes et al., 2015; Moura & Lindeman, 2007;
Nóbrega et al., 2010; Spilman, 2000).
A classificação seguida foi a de Nelson
(2006) e Menezes et al., (2003). meio de compra ou doação que estão agora
Terminologia utilizada para descrições mor- tombados na Coleção Ictiológica da UESPI,
fológicas das espécies foi a mesma utilizada por Campus Parnaíba (UESPIPHB), além de pesqui-
Bemvenutti & Fischer (2010). sa em diversas publicações. A descrição das
As descrições das espécies resultam da famílias resulta da compilação de várias fontes
análise dos exemplares obtidos em coleta, por bibliográficas.

12
Figura 3.
Coleta com rede do tipo picaré, arrasto,
em Cajueiro da Praia, Porto do Itam.

Figura 4.
Coleta com rede do tipo picaré, arrasto,
no Porto dos Mosquitos em Chaval.

Figura 5.
Preparação para fotografia
dos peixes.

13
Termos técnicos e medidas

Vista lateral
de um
scianideo

14
ORDEM ELOPIFORMES

Peixes da ordem Elopiformes habitam maxila superior extendendo-se além do olho;


oceanos tropicais e subtropicais. Nessa ordem ponta do focinho não sobrepondo a boca;
estão incluídos os peixes popularmente nenhum canal sensorial extendendo-se até
conhecidos como mocinhas, ubaranas, a pequena pré-maxila.
tarpão e camurupim. Membros da ordem Elopiformes
Apresentam coloração prateada, apresentam um tipo de larva característica
nadadeira pélvica em posição abdominal; conhecida como Leptocephala.
corpo esguio, usualmente comprimido; Duas famílias de Elopiformes ocorrem no
aberturas branquiais amplas; nadadeira estuário dos rios Timonha e Ubatuba: Elopidae
caudal furcada; escamas ciclóides; boca e Megalopidae.
margeada por pré maxila e dentes maxilares;

15
ELOPIDAE Elops saurus Linnaeus, 1766 Ubarana

Descrição. Corpo fusiforme e alongado; Literatura recomendada: Figueiredo &


atinge cerca de 20 cm de comprimento Menezes (1978).
total; boca grande, terminal com dentes
pequenos; origem da nadadeira dorsal Distribuição e habitat: Atlântico ocidental,
aproximadamente na metade do corpo; de Cape Cod ao sudeste do Brasil. Habita
nadadeira anal curta situada entre a águas costeiras. Material testemunho:
dorsal e caudal; nadadeira dorsal única; UESPIPHB 532.
nadadeiras pélvicas abaixo à dorsal;
nadadeira caudal furcada; escamas Biologia. Alimenta-se de peixes de pequeno
diminutas e numerosas; dorso levemente porte e crustáceos. Juvenis alimentam-se
escuro, laterais e ventre prateados; de larvas de insetos.
nadadeiras hialinas e levemente
amareladas. Observação. Baixo valor comercial.

16
MEGALOPIDAE Megalops atlânticus
(Valenciennes, 1846)
Camurupim

Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente Biologia. Alimenta-se de pequenos peixes


comprimido; boca grande e oblíqua; e crustáceos. sobrevive em águas com
mandíbula projetada para frente; cor pouco oxigênio dissolvido. Vem a superfície
prateada, com o dorso escuro; nadadeiras engolir ar periodicamente (respiração
pélvicas situadas adiante da dorsal; atmosférica). A bexiga natatória ligada a
nadadeira dorsal única com 13-16 raios; cavidade bucal é modificada para esse
último raio da dorsal prolongado em um tipo de respiração.
filamento que se destaca; anal com 22-25
e linha lateral com 41-48 escamas; placa Tamanho máximo encontrado. 39,5 cm.
óssea alongada na região gular; nadadeira
caudal furcada. Literatura recomendada: Tamanho máximo na literatura consultada.
Figueiredo & Menezes (1978).
2,5 m.
Distribuição e habitac: Atlântico. No
Observação. Espécie com média
Atlântico ocidental é assinalada da
importância comercial. Considerada
Nova Escócia até a Argentina. Vive em
ameaçada pela International Union of
águas costeiras, em geral salobras. Lote
testemunho UESPIPHB 436. Conservation of Nature (IUCN) Adams et
al. (2012).

17
ORDEM ALBULIFORMES

A ordem Albuliformes é um grupo de Apresentam corpo roliço, coloração


peixes marinhos cosmopolitas que ocorre prateada; nadadeiras sem espinhos, peitorais
nos mares de todo mundo. São raros em em posição baixa, pélvicas se localizam
ambientes estuarinos e de água doce. posteriormente a base da nadadeira dorsal;
No estuário dos rios Timonha e Ubatuba aberturas branquiais amplas; nadadeira
ocorre uma famíia de Albuliformes típica de caudal furcada; escamas ciclóides; boca em
mares tropicais: Albulidae. posicão ventral.

18
Albula vulpes
ALBULIDAE
(Linnaeus, 1758)
Ubarana-focinho-de-rato

Descrição. Corpo fusiforme e alongado; Distribuição e habitat: Em todos mares


atinge cerca de 1 m de comprimento quentes. Vive em águas rasas. Lote de
total; exemplar examinado tem 23 cm de referência: UESPIPHB 467.
comprimento; boca grande, ventral; origem
da nadadeira dorsal aproximadamente Biologia. Alimenta-se de moluscos,
na metade do corpo; nadadeira anal camarões, caranguejos, outros
curta; nadadeira dorsal única; nadadeiras invertebrados de e de peixes de pequeno
pélvicas abaixo e após à dorsal; nadadeira porte.
caudal bifurcada; escamas diminutas
e numerosas; dorso levemente escuro, Observação. Baixo valor comercial.
laterais e ventre prateados; nadadeiras
hialinas e levemente amareladas.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (1978).

19
ORDEM CLUPEIFORMES

Clupeiformes compreendem as Muitas espécies de Clupeiformes são


sardinhas, manjubas, anchovas, arenques alimentadores de plâncton, com rastros
e arengas São peixes de pequeno porte, branquias longos e algumas vezes muito
comprimidos lateralmente, prateados e numerosos.
com quilha mediada formada por escamas Este grupo é muito importante na
modificadas. Nadadeiras pélvicas, quando pescaria comercial.
presentes, diminutas, posicionadas Foram identificadas cinco espécies de
ventralmente abaixo da dorsal. Sem espinhos Clupeiformes pertencentes a duas famílias:
nas nadadeira. Clupeidae e Engraulidae.

20
Opisthonema oglinum
CLUPEIDAE
(Lessueur, 1818)
Sardinha-bandeira

Descrição. Corpo fusiforme e lateralmen- prolongado; nadadeira caudal furcada


te comprimido; atinge cerca de 10 cm com margens escurecidas; laterais e ven-
de comprimento total. boca terminal; tre prateados.
primeiro arco branquial com mais de 100 Literatura recomendada: Figueiredo &
rastros branquiais curtos na parte inferior; Menezes (1978).
origem da nadadeira dorsal aproximada-
mente na metade do corpo; nadadeiras Distribuição: Atlântico ocidental, do golfo
pélvicas abaixo à dorsal; nadadeira anal do Mainé até Santa Catarina. Lote teste-
com 21-26 raios; uma mancha negra munho: UESPIPHB 454.
arredondada na parte superior da mar-
gem da abertura branquial, seguidas de Observação. Espécie com baixo valor
outras bem menores, alinhadas horizon- comercial.
talmente; último raio da nadadeira dorsal

21
CLUPEIDAE Harengula sp Arenga-do-olhão

Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente exceção da nadadeira caudal que tem


comprimido, boca terminal; atinge cerca as margens fracamente escurecidas.
de 10 cm de comprimento total; nadadeira
dorsal única, situada aproximadamente Literatura recomendada: Figueiredo &
na metade do corpo; nadadeiras Menezes (1978).
pélvicas abaixo à dorsal; nadadeira anal
curta; possui quilha serrilhada no ventre; Observação: Distingue-se de Harengula
rastros branquiais finos; escamas do clupeola (Cuvier, 1829) por não apresentar
corpo firmemente presas; dorso e parte mancha negra no tronco.
superior das laterais do corpo levemente
cinza, com faixa horizontal prateada; Distribuição: Atlântico ocidental, do
ventre prateado; uma pequena mancha golfo do Mainé até Santa Catarina. Lote
escura na base superior da nadadeira
testemunho: UESPIPHB 516.
caudal; nadadeiras trans lúcidas , com

22
Lycengraulis batesii
ENGRAULIDAE
(Günther, 1868)
Arenga-branca

Descrição. Corpo fusiforme e lateralmente linha da base das nadadeiras pélvidas.


comprimido. Atinge cerca de 20 cm de As escamas soltam-se facilmente ao
comprimento total. Boca grande, com manuseio. Dorso levemente esverdeado
dentes caniniformes bem espaçados na a azulado, laterais e ventre prateados.
mandíbula, dando um aspecto serrilhado.
Focinho proeminente e arredondado. Literatura recomendada: Figueiredo &
Primeiro arco branquial com 14 rastros Menezes (1978).
branquiais curtos na parte inferior. Origem
da nadadeira dorsal aproximadamente Distribuição: ocorre a leste do oceano
na metade do corpo. Origem da Atlantico Central e Sul, incluindo as
nadadeira anal abaixo da metade da drenagens dos rios Orinogo, Manacacias,
base da nadadeira dorsal. Nadadeiras Guianas e bacia Amazônica. Após lote
pélvicas anteriores à dorsal. Extremidade testemunho: UESPIPHB 530.
das nadadeiras peitorais alcança a

23
Lycengraulis grossidens
ENGRAULIDAE (Agassiz, 1829)
Arenga-branca

Descrição. Corpo fusiforme e lateralmen- nuseio. Dorso levemente esverdeado a


te comprimido. Atinge cerca de 20 cm de azulado, laterais e ventre prateados.
comprimento total. Boca grande, com Literatura recomendada: Figueiredo &
dentes caniniformes bem espaçados na Menezes (1978).
mandíbula, dando um aspecto serrilhado.
Focinho proeminente e arredondado. Distribuição e habitat: Ocorre desde a
Primeiro arco branquial com 16-26 ras- Venezuela (19 N) até a Argentina (apro-
tros branquiais curtos na parte inferior. ximadamente 41 S). Habita águas cos-
Origem da nadadeira dorsal aproxima- teiras rasas até a profundidade de 40 m,
damente na metade do corpo. Origem prefere águas de baixa salinidade e entre
da nadadeira anal abaixo da metade da em rios costeiros e estuarinos. Após lote
base da nadadeira dorsal. Nadadeiras testemunho: UESPIPHB 515.
pélvicas anteriores à dorsal. Extremida-
de das nadadeiras peitorais alcança a Biologia. Espécie predadora, alimenta-se
linha da base das nadadeiras pélvidas. de zooplâncton, crustáceos e principal-
As escamas soltam-se facilmente ao ma- mente de pequenos peixes.

24
ORDEM SILURIFORMES

A ordem Siluriformes é um grupo de a origem da nadadeira dorsal.


peixes cosmopolita ocorrendo na Ásia, Áfri- Boca terminal ou inferior. Possuem de
ca, Europa, Américas e Oceania. A ordem dois a três pares de barbilhões . Nadadeira
inclui mais de 3.560 espécies distribuídas dorsal e peitorais com acúleo serrilhado.
em 37 famílias (Eschmeyer & Fong, 2015), Corpo revestido por pele sem escamas,
vulgarmente, conhecidas como bagres ou escuro no dorso e pálido no ventre.
bodós e habitando água doce, salobra ou Habitam águas marinhas, estuarinas e
marinha nos seus mais variados ambientes. doces de regiões temperadas quentes e
No estuário dos rios Timonha e Ubatuba tropicais, em regiões litorâneas pouco
ocorrem pelo menos cinco espécies da fa- profundas, sobre fundos de lama ou areia.
mília Ariidae, a única família representada No estuário dos rios Timonha e Ubatuba, os
na área de estudo. bagres são capturados em curral e espinel
Bagres da família ariidae apresentam principalmente e possuem considerável
cabeça formada por placas ósseas, rugosas importância comercial para região
e visíveis sob a pele, que se extendem até

25
Aspistor luniscutis
ARIIDAE (Valenciennes, 1840) Bagre-amarelo

Descrição. Corpo comprimido dorso tão longa quanto a base da nadadeira


lateralmente; boca inferior com dois pares anal. nadadeira caudal furcada;
de barbilhoes no maxilar inferior, um par
no superior; dentes palatinos não situados Literatura recomendada: Figueiredo &
em projeções carnosas salientes; sem Menezes (1978), Marceniuk (2005) e
membrana entre as narinas; placa dorsal Marceniuk & Menezes (2007).
grande, quase tão longa quanto larga;
escudo cefálico granulado visível abaixo Distribuição. Norte e leste da América do
da pele; nadadeira pélvica pós nadadeira Sul em águas marinhas e estuarinas. Lote
dorsal; nadadeira adiposa longa, sua base testemunho: UESPIPHB 392.

26
Bagre bagre
ARIIDAE (Linnaeus, 1758) Bagre-fita

Descrição. Corpo comprimido dorso inferior; nadadeiras laranja-claro com


lateralmente; boca com um par de pigmentos escuros esparsos.
barbilhões no maxilar inferior, um par
no superior achatado comprido que se Literatura recomendada: Figueiredo &
extende além da nadadeira pélvica; sem Menezes (1978), Marceniuk (2005) e
membrana entre as narinas; nadadeira Marceniuk & Menezes (2007).
adiposa curta, menos da metade do
comprimento da base da nadadeira Distribuição e habitat: Norte e sudeste da
anal; nadadeira anal longa com 32 a 35 América do Sul. Relativamente comum
raios; nadadeira caudal furcada; Corpo em nosso litoral, predominantemente
escuro na região dorsal tornando-se nas águas salgadas, mas também nos
gradativamente mais claro na parte estuários. Lote testemunho: UESPIPHB 483.

27
Cathorops spixii
ARIIDAE (Agassiz, 1829) Bagre-bandeira

Descrição. Corpo comprimido dorso claro com pigmentos escuros esparsos.


lateralmente; boca com três pares de
barbilhões, um no maxilar inferior e dois Literatura recomendada: Figueiredo &
mentonianos; sem membrana entre as Menezes (1978), Marceniuk (2005) e
narinas; sulco mediano no dorso da cabeça Marceniuk & Menezes (2007)
sem constrição; nadadeira adiposa curta,
menos da metade do comprimento da Distribuição e habitat: Nordeste da
base da nadadeira anal; nadadeira América do Sul das Guianas até o sul do
caudal furcada; Corpo escuro na região Brasil. Presente em ambientes marinhos e
dorsal tornando-se gradativamente mais estuarinos. Lote testemunho: UESPIPHB 468.
claro na parte inferior; nadadeiras laranja-

28
ARIIDAE Sciades herzbergii (Bloch, 1794) Bagre-camboeiro

Descrição. Corpo comprimido dorso Literatura recomendada: Marceniuk (2005)


lateralmente; boca com três pares de e Marceniuk & Menezes (2007).
barbilhões, um no maxilar inferior e dois
mentonianos; barbilhões maxilares escuros Distribuição e habitat: Norte e sudeste da
e longos, quase chegando até a base América do Sul das Guianas até o sul do
das nadadeiras peitorais; narinas unidas Brasil. Presente em ambientes marinhos
por dobra de pele; placa pré-dorsal e estuarinos. Está presente em todo
semi-lunar e de ramos estreitos; nadadeira estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Lote
adiposa curta, menos da metade do testemunho: UESPIPHB 401.
comprimento da base da nadadeira
anal; nadadeira caudal furcada; corpo Métodos de pesca na região: Principalmente
escuro na região dorsal tornando-se artesanal com redes de emalhar, curral e
gradativamente mais claro na parte inferior. anzol.

29
Sciades proops
ARIIDAE (Valenciennes, 1840) Bagre-cambeba

Descrição. Corpo comprimido dorso Literatura recomendada: Marceniuk (2005)


lateralmente; boca com três pares de e Marceniuk & Menezes (2007).
barbilhões, um no maxilar inferior e dois
mentonianos; barbilhões maxilares escuros Distribuição e habitat: Norte e sudeste da
e longos, quase chegando até a base América do Sul das Guianas até o sul do
das nadadeiras peitorais; narinas sem Brasil. Presente em ambientes estuarinos,
membranas entre si; placa pré-dorsal mas também de água doce. Está presente
pequena em forma decrescente, seu em todo estuário dos rios Timonha e
comprimento na linha mediana muito Ubatuba. Lote testemunho : UESPIPHB 484.
menor que sua largura, processo occipital
sem constrição em sua base, mais longo que Métodos de pesca na região: Principalmente
sua parte distal; nadadeira adiposa lonnga, artesanal com redes de emalhar, curral e
mais da da metade do comprimento anzol.
da base da nadadeira anal; nadadeira
caudal furcada; Corpo escuro na região
dorsal tornando-se gradativamente mais
claro na parte inferior.

30
ORDEM BATRACHOIDIFORMES

A ordem Batrachoidiformes compreen- glândulas de veneno; nadadeiras pélvicas


de um grupo de espécies que se caracte- são anteriores e localizam-se ventralmente
rizam por possuir corpo sem escamas, ca- a câmara branquial.
beça deprimida, olhos em posição dorsal. São carnívoros, vivem sobre o fundo e de
Apresentam espinhos dorsais e operculares preferência em águas rasas costeiras.
e coloração escura. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba
Possuem duas nadadeiras dorsais, ocorre uma espécie que também é comum
sendo a anterior formada por dois ou três no norte e nordeste do Brasil que pertence a
espinhos em cuja base podem ocorrer família Batrachoididae.

31
Batrachoides surinamensis
BATRACHOIDIDAE (Bloch & Schneider, 1801) Pacamão

D e s c r i ç ã o . Corpo achatado dorso Distribuição e habitat: Atlântico Ocidental,


ventralmente; escamas muito pequenas de Honduras ao sudeste do Brasi. Presente
inseridas na pele; opérculo com dois nos substratos lodosos rasos e junto as
espinhos fortes e divergentes; sub-opérculo algas podendo entrar em ambientes
também com dois espinhos; região pré- dulce aquícolas. Parece predar peixes
dorsal e entre os olhos sem escamas; bentônicos; está presente em todo
abertura branquiais grandes; mandíbula estuário dos rios Timonha e Ubatuba. Lote
ligeiramente prognata; nadadeiras testemunho: UESPIPHB 458.
peitorais e caudal arredondadas; corpo
escuro, coloração marrom na região dorsal Métodos de pesca na região: Principalmente
tornando-se gradativamente mais claro artesanal com redes de emalhar, curral e
na parte inferior. Literatura recomendada: anzol.
Espirito Santo et al. (2005).

32
ORDEM LOPHIIFORMES

Lophiiformes apresentam forma servir como alimento. Nadadeiras pélvicas,


de corpo bizarro, são todos marinhos quando presentes, localizam-se à frente das
sendo a maioria habitantes de grandes peitorais.
profundidades. Todos representantes dessa Na região de estudo foram
ordem possuem uma modificação do encontradas duas espécies pertencentes
primeiro raio da nadadeira dorsal em uma a família Ogcocephalidae: Ogcocephalus
estrutura chamada de ilício, que se situa em verpertilio, com focinho longo, de
uma cavidade localizada entre a boca e a comprimento igual ou maior que a largura
ponta do focinho. O ilício funciona como da boca e O. notatus, com focinho curto,
isca para atrair outros peixes que possam bem menor que a largura da boca.

33
Ogcocephalus vespertilio
OGCOCEPHALIDAE (Linnaeus, 1758) Peixe-cachimbo

Descrição. Corpo muito deprimido, de Literatura recomendada: Figueiredo &


aspecto losangular quando visto de Menezes (1978).
cima; focinho longo, boca pequena,
subfrontal; aberturas branquiais recuadas Distribuição e habitat. Ocorre no Atlântico
posicionadas perto da base das nadadeiras Ocidental, desde o Caribe ao sul do Brasil.
peitorais, a meia-distância entre o rostro e o Consegue deslocar-se sobre o fundo do
início da nadadeira caudal; pele áspera, mar utilizando suas nadadeiras peitorais.
com muitas projeções dérmicas; cor Lote testemunho: UESPIPHB 431.
marrom-acinzentado, nadadeiras peitorais
e caudal em geral com margem negra.

34
ORDEM MUGILIFOMES

Ordem mugiliformes compreende Apresentam duas nadadeiras dorsais


as tainhas e saúnas que estão agrupadas curtas, triangulares e bem separadas
em uma única família, Mugilidae. uma da outra, a anterior com quatro
Grupo que apresenta o corpo quase espinhos e a posterior com um espinho
cilíndrico anteriormente e lateralmente e um número variável de raios moles.
comprimido posteriormente. Boca terminal, Nadadeiras peitorais em posição lateral e
relativamente pequena e de forma angular superior, acima da linha média do corpo.
quando fechada; dentes são diminutos, Nadadeiras pélvicas ficam um pouco atrás
flexíveis, distribuídos em séries irregulares, das peitorais, mas em posição ventral.
os mais externos sendo em geral um pouco Sua carne é bem apreciada. Um gênero
mais desenvolvidos. Olho é parcialmente e uma espécie da família mugilidae foi
recoberto por um pálpebra adiposa. identificado.

35
Mugil curema Valenciennes,
MUGILIDAE 1836 Tainha

Descrição. Corpo alongado, comprimido. posicionado na metade entre a ponta do


Maior altura na vertical através da origem da focinho e a base da nadadeira caudal. Uma
nadadeira dorsal. Perfil da dorsal levemente conspícua mancha escura que se estende
convexo da vertical através da borda anterior sobre grande parte da porção basal da
da órbita ao pedúnculo caudal, levemente nadadeira peitoral.
côncavo ao longo do pedúnculo caudal. Perfil
ventral da cabeça e corpo fortemente convexo L i t e r a t u r a r e c o m e n t a d a d a : Menezes &
da ponta da mandíbula inferior ao pedúnculo Figueiredo (1985) e Menezes et al. (2015).
caudal, reto a levemente côncavo ao longo
do pedúnculo caudal, a vertical através da Distribuição. Do Estado do Pará ao Rio Grande
base reta a levemente côncava ao longo do do Sul.
pedúnculo caudal, para vertical através da
base da nadadeira caudal. Diâmetro orbital Hábitos. Espécie abundante no estuário,
maior do que o comprimento do focinho. Olho encontrada em zonas estuarinas de águas
grandemente coberto por tecido adiposo, salobras, canais de maré, desembocadura
deixando apenas uma área central ovalada de rios, lagoas salobras e hipersalinas, águas
não coberta em adultos. Tecido adiposo marinas costeiras, túbidas e claras. Alimenta-
quase ausente em espécimes menores 30 a 35 se de detrito e plâncton. Lote testemunho:
milímetros de comprimento padrão. Nadadeira UESPIPHB 368.
peitoral não alcançando a vertical através
da origem do primeiro espinho da nadadeira Importância comercial. Alta.
dorsal.Nadadeira anal com três espinhos e nove
a dez raios ramificados em adultos. Observação. Juvenis são chamados de saúnas
Primeiro espinho da nadadeira dorsal pela população local.

36
ORDEM ATHERINIFORMES

Peixes da ordem Atheriniformes estuário dos rios Timonha e Ubatuba.


são morfologicamente parecidos com Atherinideos possuem boca pequena
Mugiliformes (tainhas e saúnas), pois e terminal. Apresentam uma faixa lateral
também possuem duas nadadeiras dorsais, prateada, a primeira nadadeira dorsal
nadadeira peitoral em posição lateral e composta de espinhos fracos e localizada
superior e nadadeira pélvica anterior a próximo á região mediana do tronco. São
primeira dorsal. peixes pequenos com no máximo 15 cm de
Foi diagnosticada uma espécie comprimento
pertencente a família Atherinidae no

37
Atherinella brasiliensis
ATHERINOPSIDAE (Quoy & Gaimard, 1824) Manjuba

Descrição. 35 a 40 séries transversais Distribuição e habitat. Ocorre da Ve-


de escamas, da margem superior do opér- nezuela ao Rio Grande do Sul. Espécie
culo à base da nadadeira caudal. Nada- comum nos ambientes mais costeiros e
deira anal com 17 a 22 raios; origem da presente em todo estuário dos rios Timo-
primeira nadadeira dorsal um pouco atrás nha e Ubatuba. Alimenta-se de plâncton
da origem da nadadeira anal; origem da e detritos vegetais e, em menor escala,
nadadeira peitoral na altura da margem de pequenos peixes e invertebrados. Lote
superior do olho. testemunho: UESPIPHB 430.

Literatura recomendada: Figueiredo & Tamanho máximo encontrado. 13 cm.


Menezes (1978) e Espirito Santo et al. (2005).

38
ORDEM BELONIFORMES

Peixes da ordem Beloniformes possuem ficam na região abdominal e possuem seis


um bico longo, formado pelo grande raios. Peitorais geralmente curtas. A linha
prolongamento de ambas as maxilas, lateral situa-se na parte lateral inferior do
providas de numerosos dentes pequenos corpo.
e finos. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba
Corpo longo e estreito, em geral foram identificadas três espécies pertencente
prateado lateral e inferiormente. As a ordem Beloniformes: Hemiramphus
nadadeiras possuem apenas raios e tanto brasiliensis (Linnaeus, 1758), Hyporhamphus
a dorsal como a anal se situam muito para roberti (Valenciennes, 1847) e Strongylura
trás, próximo da cauda. Nadadeiras pélvicas timocu (Walbaum, 1792)

39
Hemiramphus brasiliensis
HEMIRAMPHIDAE (Linnaeus, 1758) Peixe-agulha

Descrição. Formato geral do corpo alongado, Distribuição e habitat. Amplamente distribuído


cilindrico; boca superior, mandíbula inferior em ambas as costas do Atlântico. No
projetada de maneira a formar um rostro Atlântico Ocidental, é encontrado desde a
sem escamas; porção anterior ao olho região da Nova Inglaterra (EUA) até o sudeste
sem crista; nadadeiras peitorais laterais do Brasil. Muito abundante no nordeste do
em posição superior; nadadeiras pélvicas Brasil. Vive na superfície de águas costeiras,
em posição abdominal; caudal e anal geralmente em cardumes alimentando-se
posteriormente posicionadas; nadadeira de algas, detritos e pequenos crustáceos.
caudal com o lóbulo inferior nitidamente Realiza desovas ao longo do ano todo. Lote
maior que o superior; nadadeira anal com testemunho: UESPIPHB 461.
12-13 raios. Padrão geral de cor prateado;
parte superior do corpo escura e inferior Tamanho máximo encontrado. 34 cm.
branca; mandíbula quase totalmente negra;
nadadeiras dorsal e caudal mais escuras que Tamanho máximo na literatura consultada.
as demais nadadeiras; ponta da mandíbula, 40 cm.
lóbulo superior da nadadeira caudal e parte
da nadadeira dorsal alaranjadas. Importância comercial. Capturado com rede
de emalhe superficial; grande importância
Literatura recomendada: Figueiredo & para a pesca artesanal como fonte de renda,
Menezes (1978) e Espirito Santo et al. (2005). isca e alimentação.

40
ORDEM SCORPAENIFORMES

Apresentam escudo cefálico ósseo bem família Exocoetidae. São peixes de fundo
desenvolvido com espinhos quilhados na que se locomovem com o auxílio das
parte posterior de cada lado e nadadeiras nadadeiras pélvicas no ambiente onde
peitorais muito longas e arredondadas, vivem, geralmente com lama ou areia.
membranas entre os raios inferiores. No estuário dos rios Timonha e Ubatuba
Apesar do grande tamanho da foram identificadas duas espécies: uma
nadadeira peitoral, não são utilizadas para pertencente a família Dactylopteridae e
o planeio fora da água, como acontece outra a família Triglidae.
com o os verdadeiros peixes voadores da

41
Dactylopterus volitans
DACTYLOPTERIDAE (Linnaeus, 1758) Voador

Descrição. Corpo achatado. Nadadeira oriental; neste último estende-se das


dorsal com seis a sete espinhos e oito Bermudas à Argentina. Vivem nas zonas
raios. nadadeira anal com seis raios. rasas dos estuários e já foram capturados
Dentes presentes nas maxilas, mas não no mar em profundidades de até 62 m. Lote
no palato. Cor predominante escura, testemunho: UESPIPHB 449.
mas variável entre marrom e negra. Raios
das nadadeiras alternam faixas escuras e Tamanho máximo na literatura consultada.
claras. Ventre claro. Nadadeiras pélvicas 45 cm.
e anal claras.
Literatura recomendada: Figueiredo & Tamanho máximo encontrado. 39,5 cm.
Menezes (1980).
Importância comercial. Não é consumido.
Distribuição e hábitos. Ocorre no Atlântico

42
ORDEM PERCIFORMES

Até recentemente Ordem Perciformes No estuário dos rios Timonha e Ubatuba


era a mais diversificada dentre as ordens foram identificados representantes as
de vertebrados e também como um grupo famílias Lutjanidae, a família das Ciobas e
dominante entre os peixes neotropicais. Carapitangas, Haemulidae, a família dos
Incluia 160 famílias até Betancur-R et al. Corós, Sciaenidae, a família das pescadas,
(2013) redefini-la em um agrupamento Carangidae, a família dos peixes-galo e
natural com um conjunto menor de famílas Echeneididae, a família das rêmoras.
e espécies. Por questões práticas, seguimos o
Atualmente Perciformes é constituída esquema tradicional de classificação
pelas famílias Centrarchidae, Percidae, para Perciformes conforme Nelson (2006),
Apogonidae, Pomatomidae, Echeneididae, sabendo que futuros trabalhos adotarão a
Carangidae, Lutjanidae, Haemulidae, proposta classificatória de Betancur-R et al.
Sciaenidae e Chaetodontidae. Várias outras (2013).
famílias foram alocadas em novas ordens.

43
Centropomus undecimalis
CENTROPOMIDAE (Bloch, 1792) Camurim

Descrição. Corpo alongado, fusiforme. mais claros, com pouca pigmentação.


Mandíbula inferior pronunciada, prognata. Figueiredo & Menezes (1980).
Primeiro arco branquial com 13-21 rastros.
Oito espinhos na primeira nadadeira dorsal. Distribuição e hábitos. Distribui-se do
Um espinho mais 11 raios moles na segunda sul da Florida (EUA) ao sul do Brasil.
nadadeira dorsal. Escamas ctenóides. Linha Adultos encontrados em águas marinhas
lateral com 67 a 77 escamas perfuradas, superficiais, de substrato mole e em
de cor escura. Segundo espinho da profundidades de menos de 20 m. Juvenis
nadadeira anal geralmente menos nos estuários e lagunas, tanto em águas
desenvolvido, quase nunca ultrapassando salobras quanto hipersalinas. Lote
a extremidade do terceiro; terceiro raio testemunho: UESPIPHB 463.
da anal levemente curvo. Extremidade da
pélvica não alcançando margem anterior Tamanho máximo na literatura consultada.
do ânus, mas ultrapassando um pouco o 150 cm e 25 kg.
comprimento da peitoral. Corpo prateado,
com tonalidade mais escura no dorso. Tamanho máximo encontrado. 39,5 cm.
Nadadeiras dorsais, parte anterior da anal
e lobo inferior da caudal enegrecidos. Importância comercial. Alta.
Peitorais, pélvicas e lobo superior da caudal

44
Centropomus parallelus Poey,
CENTROPOMIDAE 1860 Camurim

Descrição. Corpo alongado, fusiforme. Distribuição e hábitos. Distribui-se da Flórida


Sete a oito espinhos na primeira nadadeira (EUA) ao sul do Brasil. Habita estuários e
dorsal. Terceiro espinho da nadadeira área costeira até aproximadamente 30
dorsal maior do que o quarto. Um espinho m de profundidade. Lote testemunho:
mais 10 raios moles na segunda nadadeira UESPIPHB 425.
dorsal. Escamas ctenóides. Linha lateral
com 79 escamas perfuradas, de cor
Tamanho máximo na literatura consultada.
escura. Segundo espinho da nadadeira
60 cm.
anal maior do que o terceiro, chegando
a base da nadadeira caudal; terceiro raio
da anal levemente curvo. Extremidade Tamanhos mínimo e máximo encontrados.
da pélvica não alcançando margem 16,5 cm e 26 cm.
anterior do ânus, mas ultrapassando um
pouco o comprimento da peitoral. Corpo Importância comercial. Carne saborosa e
prateado, com tonalidade mais escura de grande valor comercial.
no dorso e pigmentação escura esparsa
nas nadadeiras dorsal, caudal e anal. Arte de pesca ou forma de captura. Assim
Literatura recomendada: Figueiredo & como C. undecimalis, pode ser capturado
Menezes (1980). com rede de emalhar e linha de mão.

45
Alphestes afer
SERRANIDAE (Bloch, 1793) Peixe-gato

Descrição. Corpo alongado com escamas Literatura recomendada: Figueiredo &


pequenas. Boca ampla e terminal, com Menezes (1980).
muitos dentes pequenos. Primeiro arco
branquial com 21 a 24 rastros. Caracteriza- Distribuição e hábitos. Distribui-se da
se por apresentar no ângulo do pré- Flórida (EUA) ao Estado de São Paulo.
opérculo um espinho grande, achatado Habita estuários e área costeira até
e voltado para a frente. Nadadeira dorsal aproximadamente 35 m de profundidade.
com 11 espinhos e 18 a 19 raios; nadadeira Lote testemunho: UESPIPHB 476.
anal com 8 a 9 raios. Colorido do corpo
variando de alaranjado a marrom. Várias Tamanho máximo na literatura consultada.
pequenas manchas irregulares laranjas 33 cm.
com algumas manchas sem formato
definido de tonalidade escura. Manchas Tamanho máximo encontrado. 23,5 cm.
escuras formam faixas transversais e se
prolongam nas nadadeiras. Importância comercial. Alta.

46
Epinephelus adscensionis
SERRANIDAE (Osbeck, 1771) Garoupa-pintada

Descrição. Corpo alongado com escamas Distribuição e hábitos. De águas tropicais


pequenas. Boca ampla e terminal, com do Atlântico. Na costa americana, distribui-
muitos dentes pequenos. Terceiro ao se de Massachusetts ao Estado de São
quinto espinhos da nadadeira dorsal Paulo. Lote testemunho: UESPIPHB 445.
mais longos que os demais; margem
posterior da nadadeira caudal convexa; Tamanho máximo na literatura consultada.
cabeça sem pontuações negras, às 60 cm .
vezes com manchas grandes escuras e
arredondadas, corpo totalmente coberto Tamanho máximo encontrado. 22,5 cm
por manchas escuras e arredondadas.
Duas ou três manchas escuras maiores Importância comercial. Alta.
sob a base da nadadeira dorsal e uma
superiormente no pedúnculo caudal.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (1980).

47
Epinephelus morio
SERRANIDAE (Valenciennes, 1828) Sirigado

Descrição. Corpo alongado com escamas sachusetts até o Estado de São Paulo.
pequenas. Boca ampla e terminal, com Vive em fundos rochosos, desde a costa
muitos dentes pequenos. Segundo espinho até mais de 100 m de profundidade. Lote
da nadadeira dorsal mais longo que os testemunho: UESPIPHB 444.
demais; margem posterior da nadadeira
caudal reta ou côncava; algumas pontu- Tamanho máximo na literatura consultada.
ações negras minúsculas ao redor e abaixo pelo menos 70 cm e 12 kg .
dos olhos. Coloração geral marrom-aver-
melhada, com manchas claras espalhadas Tamanho máximo encontrado. 23,2 cm.
no corpo.
Importância comercial. Alta.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (1980). OBS: Incluída na categoria de quase
ameaçada pela IUCN (Intenational Union
Distribuição e hábitos. Distribui-se de Mas- Conservation of Nature).

48
Priacanthus arenatus
PRIACANTHIDAE (Cuvier, 1829) Olho-de-boi

Descrição. Porte médio a pequeno. Boca Distribuição e hábitos. Distribui-se do


muito inclinada com dentes pequenos. Canadá ao norte da Argentina. Noturno.
Corpo lateralmente comprimido, coberto vive em fundos rochosos e até 130 m de
de escamas pequenas e ásperas. profundidade. Alimenta-se de pequenos
Nadadeira dorsal com 10 espinhos e 10 a 15 peixes, crustáceos e poliquetas. Lote
raios; anal com três espinhos e 14 a 16 raios. testemunho: UESPIPHB 448.
Nadadeiras pélvicas mais curtas do que o
comprimento da cabeça. Coloração geral Tamanho máximo na literatura consultada.
rósea e olhos grandes. Até 40 cm.

Literatura recomendada: Figueiredo & Tamanho máximo encontrado. 21,5 cm.


Menezes (1980).
Importância comercial. Alta.

49
Carangoides crysos
CARANGIDAE (Mitchill, 1815) Guarajuba

Descrição. Formato geral do corpo Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,


fusiforme; boca terminal; corpo coberto desde o Canadá até a Argentina. Pelágico,
por muitas escamas ciclóides pequenas; costeiro, em cardumes. Alimenta-se
adultos com nadadeira peitoral comprida principalmente de peixes, mas também de
falcada e maior do que o comprimento crustáceos, moluscos e zooplâncton.Lote
da cabeça; nadadeira dorsal com 22 a testemunho UESPIPHB 369.
25 raios; anal com 19 a 21; linha lateral
com 42 a 56 escudetes; ramo inferior Tamanho máximo encontrado. 29 cm.
do primeiro arco branquial com 23 a 28
rastros, incluindo rudimentos; lóbulos da Tamanho máximo na literatura consultada.
nadadeira caudal com mesmo tamanho; 70 cm.
peito com escamas; Coloração prateada
ou levemente amarelada; região dorsal Importância comercial. Média. Sua carne
verde-azulada; jovens con 7 faixas verticais é considerada de boa qualidade.
escuras.
Literatura recomendada: Menezes &
Figueiredo (1980) e Espirito Santo et al.,
(2005).

50
Caranx hippos
CARANGIDAE (Linnaeus, 1766) Xaréu

Descrição. Formato geral do corpo fusiforme, inferior da nadadeira peitoral (ausente em


mais alto que Carangoides crysos, achatado exemplares muito pequenos); jovens com
lateralmente; boca terminal; corpo coberto faixas verticais escuras no corpo.
por muitas escamas ciclóides pequenas; Literatura recomendada: Menezes &
adultos com nadadeira peitoral comprida Figueiredo (1980).
falcada e maior do que o comprimento
da cabeça; nadadeira dorsal com 19 a 21 Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,
raios; anal com 15 a 17; linha lateral com desde o Canadá até o Uruguai. Forma
23 a 42 escudetes; ramo inferior do primeiro cardumes e frequenta regiões estuarinas.
arco branquial com 14 a 28 rastros, incluindo Alimenta-se basicamente de peixes, mas
rudimentos; região ventral adiante das come também invertebrados. UESPIPHB 417.
nadadeiras pélvicas nua, com exceção de
um pequeno conjunto mediano de escamas; Tamanho máximo encontrado. 17 cm.
lóbulos da nadadeira caudal com mesmo
tamanho; peito com escamas; Coloração Tamanho máximo na literatura consultada.
do dorso verde-azulado; lado do corpo 1m.
prateada a amarelada; uma mancha negra
proeminente na margem do opérculo, ao Importância comercial. Média. Sua carne é
nível do olho; outra ovalada, na região considerada de boa qualidade.

51
Chloroscrombus chrysurus
CARANGIDAE (Linnaeus, 1766) Palometa

Descrição. Fenda bucal quase vertical; Distribuição e habitat. Ocorre de


formato geral do corpo ovalado, perfil Massachusets (EUA) até o Uruguai. Forma
ventral mais convexo que o dorsal, cardumes e frequenta regiões estuarinas.
achatado lateralmente; nadadeira dorsal Alimenta-se basicamente de peixes,
com 8 espinhos anteriormente, seguidos de mas come também invertebrados. Lote
1 espinho e 25 a 28 raios; linha lateral sem testemunho: UESPIPHB 370.
escudos, mas com algumas escamas mais
desenvolvidas na região do pedúnculo Tamanho máximo encontrado. 17 cm.
caudal; ramo inferior do primeiro arco
branquial com 30 a 37 rastros, incluindo Tamanho máximo na literatura consultada.
rudimentos; lóbulo superior da nadadeira 30 cm.
caudal um pouco maior do que o lóbulo
inferior; corpo prateado; região dorsal azul- Importância comercial. Média.
esverdeada; uma mancha negra na parte
dorsal do pedúnculo caudal.
Literatura recomendada: Menezes &
Figueiredo (1980).

52
Oligoplites palometa
CARANGIDAE (Cuvier, 1832) Timbiro

Descrição. Boca terminal, grande, focinho Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,


pontudo; pré-maxilar com uma fileira de desde a Guatemala até São Paulo. Espécie
dentes; corpo alongado com formato pelágica, frequente em águas de baixa
losangular, achatado lateralmente, perfil salinidade, também no mar, até 50 m de
ventral moderadamente convexo; primeira profundidade. Alimenta-se basicamente
nadadeira dorsal com quatro a cinco de peixes e crustáceos, jovens comem
espinhos anteriormente; sem escamas; linha escamas que arrancam de outros peixes.
lateral sem escudetes; nadadeira peitoral Lote testemunho: UESPIPHB 517.
com 18 raios; dois espinhos anteriores
da nadadeira anal, pélvicas reduzidas Tamanho máximo encontrado. 12,2 cm.
primeiro arco branquial com 14 a 19 rastros,
excluindo rudimentos; corpo prateado ou Tamanho máximo na literatura consultada.
esbranquiçado, nadadeiras amareladas. 50 cm.

Literatura recomendada: Menezes & Importância comercial. Média.


Figueiredo (1980).
Métodos de pesca na região. Redes de
emalhar e em currais.

53
Oligoplites saurus
CARANGIDAE (Bloch & Schneider, 1801) Timbiro

Descrição. Boca terminal, maxilar não pro- chusets (EUA) até o Rio Grande do Sul.
tráctil, mandíbula inferior não notoriamente Pelágico, costeiro, também em enseadas
expandido; pré-maxila com duas fileiras de e baías e mesmo em águas de pouca
dentes; formato geral do corpo losangular, salinidade, em todas as profundidades.
achatado lateralmente, perfil ventral mo- Alimenta-se basicamente de peixes e
deradamente convexo; primeira nadadei- crustáceos, jovens comem escamas que
ra dorsal com quatro a seis espinhos ante- arrancam de outros peixes. Lote testemu-
riormente; primeiro arco branquial com 17 nho: UESPIPHB 371.
a 21 raios, excluindo rudimentos; nadadeira
peitoral menor do que o comprimento da Tamanho máximo encontrado. 29,5 cm.
cabeça; linha lateral sem escudetes; 11 a
15 raios na nadadeira anal; corpo pratea- Tal comamanho máximo na literatura con-
do; região dorsal azul-esverdeada. sultada. 30 cm.

Literatura recomendada: Menezes & Fi- Importância comercial. Média.


gueiredo (1980).
Métodos de pesca na região. Redes de
Distribuição e habitat. Ocorre de Massa- emalhare em currais.

54
CARANGIDAE Selene browni (Cuvier, 1816) Galo

Descrição. Boca terminal, perfil da cabeça espinho e 17 raios na nadadeira anal.


curvo; corpo alto, altura contida entre
1,6 a 1,9 vezes na distância entre a Literatura recomendada: Menezes &
ponta do focinho e a extremidade dos Figueiredo (1980).
raios medianos da nadadeira caudal;
extremamente achatado lateralmente, Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,
perfil ventral convexo; primeiro arco do México ao Espírito Santo. Lote
branquial com 29 a 31 rastros incluindo testemunho UESPIPHB 372.
rudimentos; corpo aparentemente nú
com escamas diminutas; oito espinhos na Tamanho máximo encontrado. 15,5 cm
nadadeira dorsal seguidos de 23 raios; um

55
CARANGIDAE Selene vomer (Linnaeus, 1766) Galo-de-Penacho

Descrição. Boca terminal; corpo alto, altu-


ra contida de 1,4 a 1,7 vezes na distância
entre a ponta do focinho e a extremidade
dos raios medianos da nadadeira caudal;
extremamente achatado lateralmente,
perfil ventral quase reto; primeiros raios das
nadadeiras dorsal e anal muito alonga-
dos; nadadeiras pélvicas prolondadas nos
indivíduos jovens; primeiro arco branquial
com 35 rastros incluindo rudimentos; corpo
prateado ou esbranquiçado, mais escuro
dorsalmente. jovens com quatro a cinco
faixas verticais escuras interrompidas; filho-
tes apresentam manchas verticais escuras
falhadas. Literatura recomendada Menezes
& Figueiredo (1980).

Distribuição e habitat. Do Maine (EUA) ao


Uruguai. Pelágico, costeiro, frequente em
áreas protegidas, enseadas e baías, sobre Tamanho máximo na literatura consultada.
fundos de areia ou pedra; jovens comuns 50 cm.
em águas estuarinas. Forma pequenos
cardumes e alimenta-se principalmente Importância comercial. Alta importância
de peixes e crustáceos. Lote testemunho: como recurso pesqueiro.
UESPIPHB 438.
Métodos de pesca na região. Redes de
Tamanho máximo encontrado. 26 cm. emalhar e em currais

56
Trachinotus carolinus
CARANGIDAE
(Linnaeus, 1758)
Piraroba

Descrição. Boca terminal; perfil do corpo Distribuição e habitat. Ocorre desde Massa-
ovalado, achatado lateralmente, perfil ven- chusetts (EUA) até o Estado do Rio Grande
tral convexo; primeiro rastro branquial com do Sul. Pelágico costeiro, encontrado até
14-16 rastros branquiais; nadadeira dorsal 50 m de profundidade. Indivíduos pequenos
com 22 a 27 raios, anal com 20 a 24 raios; são comumente capturados na praia areno-
caudal muito grande, quase tão grande sa de Cajueiro da Praia com rede arrasto do
quanto a metade do comprimento padrão; ripo picaré. Alimenta-se de invertebrados,
corpo prateado; região ventral esbranqui- principalmente moluscos e crustáceos e
çada ou amarelada. também peixes pequenos.

Literatura recomendada: Menezes & Figuei- Tamanho máximo na literatura. 65 cm.


redo (1980).
Tamanho máximo encontrado. 7,3 cm.

57
Trachinotus falcatus
CARANGIDAE
(Linnaeus, 1758)
Pampo

Descrição. Boca terminal; perfil ovalado do Distribuição e habitat. Ocorre desde


corpo; corpo alto, proporcionalmene mais Massachusetts (EUA) até São Paulo.
alto que em Trachinotus carolinus, tornando- Indivíduos pequenos são comumente ados
se mais alongado em exemplares de grande em praias arenosas de pouca profundidade;
porte. corpo achatado lateralmente, perfil os adultos são pelágicos e habitam áreas
ventral convexo; primeiro arco branquial com profundidades de até 90 m. Lote
com 16 a 22 rastros branquiais; nadadeira testemunho: UESPIPHB 423.
dorsal com 17 a 21 raios, anal com 16 a 19
raios; prateado sem manchas; nadadeiras Tamanho máximo na literatura. 120 cm.
amareladas com pontas enegrecidas;
jovens alternando entre preto e prateado. Tamanho máximo encontrado. 28 cm.
Literatura recomendada: Menezes &
Figueiredo (1980).

58
Lutjanus alexandrei
LUTJANIDAE
Moura & Lindeman, 2007
Baúna-de-fogo

Descrição. Boca terminal, grande e protractil, Literatura recomendada: Moura & Lindeman
com uma fileira de dentes cônicos em (2007).
cada mandíbula; um proeminente par de
dentes caniniformes na mandíbula superior. Distribuição e habitat. Porção tropical do
Corpo moderadamente alto. Nadadeira Atlântico ocidental, do Maranhão ao sul
dorsal com 11 espinhos e 13 a 14 raios. da costa da Bahia. Exemplares pequenos
Nadadeira anal com três espinhos e sete habitam zonas rasas dos estuários e baías,
a oito raios, peitoral com 16 a 17 raios. Oito fundos rochos e coralinos da zona entre-
rastros branquiais no primeiro ramo do arco marés. Maiores ocorrem em águas de maior
branquial inferior, excluindo os rudimentos. profundidae, pelo menos 54 m. Após lote
Cinco séries de escamas entre a linha testemunho: UESPIPHB 374.
lateral e a nadadeira dorsal. 47 escamas
perfuradas da linha lateral, seis linhas claras Tamanho máximo na literatura. 24,3 cm.
verticais finas que se alternam entre faixas
escuras grossas na lateral do corpos. Tamanho máximo encontrado. 22 cm.

Importância comercial. Alta.

59
Lutjanus analis
LUTJANIDAE
(Cuvier, 1828)
Cioba

Descrição. Boca terminal. Corpo dos primeiros raios da dorsal. Nadadeiras


moderadamente alto. Mancha negra avermelhadas, principalmente as pélvicas,
lateral do corpo grande em exemplares anal e lobo inferior da caudal.
jovens e pequena, mas bem evidente, em Literatura recomendada: Menezes &
exemplares de grande porte. Margem da Figueiredo (1980).
nadadeira anal angulosa, os raios medianos
bem mais desenvolvidos que os demais. Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,
Dentes caninos relativamente pequenos, os de Massachusetts (EUA) ao sudeste do Brasil.
da maxila superior um pouco maiores que Jovens são comuns em fundos rochosos e
os da inferior. Apresenta de 10 a 11 espinhos coralinos em pouca profundidade os adultos
na nadadeira dorsal. Anal com três espinhos preferem águas de maior profundidade.
e sete a oito raios. Corpo prateado, mais Após lote testemunho UESPIPHB 373.
escuro superiormente, com tonalidades
avermelhadas inferiormente. Uma estria Tamanho máximo na literatura. 80 cm .
azulada irregular (escura em álcool) da
parte média do maxilar até a margem Tamanho máximo encontrado. 22,3 cm.
inferior do olho. Uma mancha escura
arredondada acima da linha lateral, abaixo Importância comercial. Alta.

60
Lutjanus jocu
LUTJANIDAE
(Bloch & Schneider, 1801)
Carapitanga

Descrição. Porte robusto. Focinho cônico Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,


e pontudo. em desenvolvidos no pré- do Canadá ao sudeste do Brasil. Exemplares
maxilar. Dentes caninos uma faixa clara pequenos habitam zonas rasas dos estuários
aproximadamente triangular, que se e baías, fundos rochos e coralinos da zona
extende do meio do focinho até o opérculo. entre-marés. Maiores ocorrem em águas
Corpo marrom-escuro superiormente e mais profundas. Lote testemunho: UESPIPHB
avermelhado, inferiormente. Parte posterior
464.
da nadadeira dorsal e da anal com perfis
arredondados. Nadadeiras alaranjadas ou
amareladas. Tamanho máximo na literatura. 70 cm
Literatura recomendada: Menezes &
Figueiredo (1980). Tamanho máximo encontrado. 25,5 cm.

Importância comercial. Alta

61
Lutjanus synagris
LUTJANIDAE
(Linnaeus, 1758)
Ariacó

Descrição. Boca terminal. Nadadeira dorsal profundidades de cerca de 400 m.


com 10 espinhos e 11 a 13 raios. Mancha Exemplares jovens são relativamente comuns
negra nos lados do corpo situada abaixo dos em recifes de coral e regiões de pedras do
primeiros raios da nadadeira dorsal. Mancha litoral. Lote testemunho: UESPIPHB 420.
negra em contato com linha lateral, 1/4 ou
menos pode estar abaixo da linha. Faixas Biologia. Alimenta-se princialmente de
longitudinais amareladas, pelo menos seis.
crustáceos e peixes.
Nadadeiras pélvicas e anal são amareladas
e a caudal avermelhada. Nadadeira caudal
com mancha escura em sua extremidade. Tamanho máximo na literatura. 40 cm

Literatura recomendada: Menezes & Tamanho máximo encontrado. 21,0 cm.


Figueiredo (1980).
Importância comercial. Alta
Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,
da Carolina do Norte ao sudeste do Arte de pesca na região. Linha e rede de
Brasil. Ocorre desde águas litorâneas até emalhar.

62
Ocyurus chrysurus
LUTJANIDAE
(Bloch, 1791)
Guaiuba

Descrição. Boca terminal. Corpo fusiforme. alimentam-se de plantôn. Lote testemunho:


Nadadeira dorsal com 10 espinhos e 12 a UESPIPHB 375.
14 raio, nadadeira anal com três espinhos e Biologia. Alimenta-se principalmente de
nove raios e nadadeira peitoral com 15 a 16 crustáceos e peixes.
raios. Coloração geral rosada, ventre claro,
linha amarelada grossa que vai do focinho Tamanho máximo na literatura. 70 cm
ao pedúnculo caudal. Possui pontos verde-
amarelados no dorso. Apresenta linhas
Tamanho máximo encontrado. 28,7 cm.
amareladas finas no ventre.

Literatura recomendada: Menezes & Importância comercial. Alta


Figueiredo (1980).
Arte de pesca na região. Linha e rede de
Distribuição e habitat. Atlântico ocidental, emalhar.
de Massachusetts (EUA) até o sul do
Brasil. Exemplares jovens vivem em águas
litorâneas, geralmente associados a recifes e

63
Lobotes surinamensis
LOBOTIDAE
(Bloch, 1790)
Chacarona

Descrição. Boca terminal. Cabeça pequena. Argentina. Habitam as águas rasas, perto
Maxila inferior nitidamente mais longa e da praia ou em alto-mar, sobre fundos de
robusta que a superior. Corpo muito alto, pedra e também água salobra, junto à
comprimido lateralmente. Perfil superior desembocadura de rios. Lote testemunho:
com uma concavidade acentuada na UESPIPHB 473.
região situada atrás dos olhos. Nadadeiras
dorsal posterior e anal alongadas, em Comportamento. Juvenis imitam
direção à caudal, dando à parte posterior folhas de mangue tomando posição
do corpo um aspecto de cauda tripla. aproximadamente paralela à superfície da
Variação de cor nos juvenis. Adultos com água.
coloração marrom, um pouco mais escura
superiormente, com exceção das peitorais Tamanho máximo na literatura. 75 cm e 15
que são claras. Literatura recomendada: kg.
Menezes & Figueiredo (1980).
Tamanho máximo encontrado. 41,0 cm.
Distribuição e habitat. No Atlântico
ocidental; ocorre da Nova Inglaterra à Importância comercial. Alta

64
Anisotremus virginicus
HAEMULIDAE
(Linnaeus, 1758)
Coró-dourado

Descrição. Corpo relativamente curvo claras alternadas, uma faixa negra vertical
e alto, maior altura cerca de 2 vezes no da origem da nadadeira dorsal até a base
comprimento padrão. Perfil dorsal muito da nadadeira peitoral e outra inclinada,
mais curvo que o ventral. Focinho truncado, mais anterior, originando-se na parte superior
pouco maior que o diâmetro orbital. Boca do corpo e estendendo-se através do olho
pequena, extremidade posterior do maxilar até a parte inferior da mandíbula. Literatura
apenas ultrapassando ligeiramente a vertical recomendada: Menezes & Figueiredo (1980).
que passa pela margem anterior da órbita.
10 a 11 séries de escamas entre a linha lateral Distribuição. Da Flórida ao sudeste do Brasil.
e a origem da nadadeira dorsal. Corpo do Lote testemunho: UESPIPHB 478.
adulto com faixas longitudinais escuras e

65
Eucinostomus argenteus
GERREIDAE
Baird & Girard, 1855
Carapitu

Descrição. Corpo alto, rombóide, sem Distribuição. Encontrada no Pacífico leste e


estrias longitudinais escuras. Boca terminal no Atlântico. No Atlântico ocidental, esten-
e protrátil. Nadadeiras dorsal e anal com de-se de New Jersey (EUA) ao sul do Brasil.
a base revestida de escamas. Margem
do pré-opérculo lisa. Nadadeira anal com Hábitos. Epécie abundante em águas ra-
três espinhos, o primeiro reduzido, segundo sas de praias arenosas, lagoas costeiras de
maior, porém ligeiramente mais curto que água salobra e em estuários. Alimenta-se de
o terceiro. Segundo espinho da nadadeira pequenos invertebrados e algas e alcança
anal menor que o diâmetro do olho; dorsal cerca de 30 cm. Lote testemunho: UESPIPHB
espinhosa com a ponta enegrecida, mas 500.
sem a faixa branca separando-a da parte
basal da nadadeira. Sulco do pré-maxilar Tamanho máximo na literatura consultada.
contínuo, não interrompido anteriormente 30 cm.
por escamas Nadadeira caudal bifurcada.
Cor uniformemente prateada. Tamanho máximo encontrado. 13,0 cm.
Literatura recomendada: Menezes & Figuei-
redo (1980) e Espirito Santo et al (2005). Importância comercial. Muito baixa devido
ao seu reduzido tamanho médio.

66
GERREIDAE Diapterus auratus Ranzani, 1840 Carapeba

Descrição. Corpo alto, rombóide, sem es- Distribuição. Da Carolina do Norte (EUA) até
trias longitudinais escuras. Boca terminal e Santa Catarina.
protrátil. Margem do pré-opérculo serrilha.
Comprimento padrão medindo o dobro Hábitat. Epécie de águas estuarinas rasas
da altura da cabeça. Nadadeiras dorsal de substrato lodoso. Também tolera águas
e anal com a base revestida de escamas. hipersalinas em área de mangue. UESPIPHB
Nadadeira dorsal com 9 espinhos e 10 raios. 418.
Nadadeira anal com 3 espinhos (o segundo
muito longo e forte) e oito raios. Nadadeira Tamanho máximo na literatura consultada.
caudal bifurcada. Cor uniformemente pra- 35 cm.
teada. Tamanho máximo encontrado. 16,5 cm.
Literatura recomendada: Menezes & Figuei-
redo (1980) e Espirito Santo et al. (2005). Importância comercial. Baixa devido ao seu
reduzido tamanho médio.

67
Genyatremus luteus
HAEMULIDAE
(Bloch, 1790)
Coró-zumbi

Descrição. Boca terminal e pequena; a ex- na parte dorsal; apresenta faixa escura na
tremidade posterior do maxilar ultrapassan- região pré-dorsal que se destaca; nadadeira
do apenas ligeiramente a vertical que passa peitoral quase hialina com tonalidade leve-
pela margem anterior da órbita; focinho mente escura; pélvicas, anal e caudal ama-
rombudo, curto, menor ou no máximo igual reladas com pigmentação ou faixa escura.
ao diâmetro orbital; parte anterior da região Literatura recomentada: Menezes & Figuei-
interorbital com uma saliência pronunciada; redo (1980).
preo-pérculo serrilhado; corpo ovalado e
alto, a maior altura pouco mais que duas Distribuição. Atlântico ocidental do Caribe
vezes no comprimento padrão; nadadeira até São Paulo. Lote testemunho: UESPIPHB
dorsal com 13 espinhos e 12 raios, nadadeira 376.
anal com 3 espinhos e 11 raios e nadadeira
peitoral com 17 a 18 raios; nadadeira caudal Capturado em rede de emalhar.
emarginada; coloração prateada a escura

68
Haemulon plumieri
HAEMULIDAE
(Lacepède, 1802)
Coró-roxo

Descrição. Boca grande, ampla. Focinho As estrias da cabeça são muito mais nítidas e
cônico. Perfil dorsal quase regularmente contrastam com as estrias do resto do corpo.
convexo da ponta do focinho à origem da Atrás da margem livre do préopérculo existe
nadadeira dorsal. Seis séries de escamas uma pequena mancha negra alongada.
entre a linha lateral e a parte com espinhos Juvenis apresentam mancha arredondada
da nadadeira dorsal. Nadadeira dorsal escura na base da cauda.
com 12 espinhos e 15 a 17 raios. 21 a 27 Literatura recomendada: Menezes &
rastros, inclusive rudimentos, no primeiro Figueiredo (1980).
arco branquial. Estrias escuras, azuladas em
vida, obliquas e irregulares que se estendem Distribuição e habitat. Do Sudeste dos
da ponta do focinho a parte posterior Estados Unidos (Baía de Chespeake) até
da cabeça. Estas estrias praticamente o sudeste do Brasil. Fundos rochosos e
se continuam pelo corpo, mas de forma coralinos, mas também ocorrem em fundos
interrompida, pois resultam da existência de areia, águas rasas com menos de 10
de pequenas manchas escuras restritas ao metros de profundidade. Lote testemunho:
centro de cada escama. UESPIPHB 488.

69
Haemulon parra
HAEMULIDAE
(Dermarest, 1823)
Cambuba

Descrição. Corpo fusiforme; boca terminal; Literatura recomendada: Menezes e


borda do pré-opérculo serrilhada. Presença Figueiredo (1980).
de escamas que recobrem os infra-orbitais
localizados entre a boca e o olho; primeira Distribuição e habitat: Atlântico ocidental,
nadadeira dorsal com 11a 12 espinhos; da Flórida até São Paulo. Espécie costeira,
segunda nadadeira dorsal com um espinho capturada com maior frequência pela rede
mais 16 a 18 raios moles ramificados; de emalhar, entre profundidades de 5 e 50
Nadadeira anal com três espinhos mais 8 m. UESPIPHB 377.
raios moles ramificados; nadadeira peitoral
com 17 raios; escamas recobrem mais de um Tamanho médio na literatura consultada.
terço do comprimento das nadadeiras dorsal, 25 cm.
anal e peitoral; pélvica imediatamente atrás
da peitoral; coloração do corpo prateada, Tamanho máximo encontrado. 40 cm.
mas escamas com mancha marrom no seu
centro. Nadadeiras escurecidas, levemente Capturado em linha e rede de emalhar.
marrons e acinzentadas.

70
Orthopristis ruber
HAEMULIDAE
(Cuvier, 1830)
Coró

Descrição. Boca terminal e pequena. concentração dessas manchas na cabeça,


Focinho cônico, maior que o diâmetro com exceção da parte superior. No troncoos
orbital. Extremidade posterior do maxilar pontos distribuiem-se ao longo das séries de
apenas alcançando a vertical que passa escamas, formando estrias oblíquas no dorso
pela margem anterior da órbita. Pré- e horizontais abaixo da linha lateral.
opérculo apenas finamente serreado. Corpo Literatura recomentada: Menezes &
alongado, alto, maior altura contida 2,5 Figueiredo (1980).
a 3 vezes no comprimento padrão. Perfil
dorsal acentuadamente mais curvo que o Distribuição e hábitat. Do Caribe ao sul
ventral. Parte com espinhos da nadadeira do Brasil. Tipicamente costeiro até águas
dorsal contínua com a parte constituída com profundidade entre 10 e 210m. Lote
por raios. Parte com raios da nadadeira testemunho: UESPIPHB 471.
dorsal e nadadeira anal apenas com uma
baínha basal de escamas. Coloração Tamanho máximo na literatura consultada.
geral castanho. Dorso acizentado, mais 40 cm.
claro ventralmente. Pequenas máculas
escuras a amarelas pelo corpo. Maior Tamanho máximo encontrado. 20 cm.

71
Pomadasis corvinaeformis
HAEMULIDAE
(Steindachner, 1802)
Canaro

Descrição. Corpo fusiforme; boca terminal; Literatura recomendada: Menezes &


borda do pré-opérculo serrilhada sem Figueiredo (1980).
espinho engrandecido; perfil dorsal
acentuadamente mais curvo que o ventral, Distribuição e hábitat: Atlântico ocidental,
região anterior (da ponta do focinho á da Flórida até o sudeste do Brasil. Espécie
origem da nadadeira dorsal) regularmente comum na região litorânea do estuário.
convexa; extremidade posterior do maxilar Aparece com frequência em arrastões de
atingindo a vertical que passa pela margem praia. Lote testemunho: UESPIPHB 419.
anterior da órbita; nadadeira dorsal com 12
espinhos ; segunda nadadeira dorsal com Tamanho máximo na literatura consultada.
13 a 15 raios moles ramificados; escamas 25 cm.
nas membranas entre os raios da nadadeira
dorsal; pélvica imediatamente atrás da Tamanho máximo na literatura consultada.
peitoral; nadadeira anal com três espinhos 16,5 cm.
mais 7 raios moles ramificados; 10 fileiras de
escamas abaixo da linha lateral; coloração Importância comercial. Baixa.
do corpo prateada, 6 faixas escuras laterais
verticais de tonalidade fraca.

72
Archosargus probatocephalus
SPARIDAE
(Walbaum, 1792)
Sargo-de-dente

Descrição. Corpo ovalado, alto e Literatura recomendada: Menezes &


moderadamente comprimido; cabeça Figueiredo (1980).
grande, boca pequena, a extremidade
posterior do maxilar nunca ultrapassando Distribuição e habitat. Ocorre no Atlântico
o centro do olho; margem do pré-opérculo Ocidental, da Nova Escócia (Canadá) até a
lisa. Um espinho pequeno anterior à origem região sudeste do Brasil. Habitos costeiros, em
da nadadeira dorsal, voltado para frente, águas salobras até 30 m de profundidade.
um pouco oculto por pele.Nadadeira Lote testemunho: UESPIPHB 393.
dorsal com 11 a 12 espinhos e 11 a 13 raios.
Nadadeira anal com três espinhos e 10 a Espécie classificada como quase ameaçada
11 raios e nadadeira peitoral com 14 raios. pela União Internacional para Conservação
Corpo com seis a sete faixas verticais escuras da Natureza (IUCN) em 2015
largas e bem evidentes.

73
Archosargus rhomboidalis
SPARIDAE
(Linnaeus, 1758)
Salema

Descrição. Corpo ovalado, alto e Literatura recomendada: Menezes &


moderadamente comprimido; cabeça Figueiredo (1980).
grande, boca pequena, a extremidade
posterior do maxilar nunca ultrapassando Distribuição e habitat. Distribui-se no Atlântico
o centro do olho; margem do pré-opérculo Ocidental, de Nova Jérsei (EUA) até o Rio
lisa. Um espinho pequeno anterior à origem de Janeiro, incluindo o leste do Golfo do
da nadadeira dorsal, voltado para frente, México e o Mar do Caribe. Espécie costeira,
um pouco oculto por pele. Nadadeira dorsal preferindo águas sobre fundos de areia ou
com 13 espinhos e 10 a 11 raios. Nadadeira lama, nos estuários e ocasionalmente em
anal com três espinhos e 10 a 11 raios e regiões de coral e pedra. Lote testemunho:
nadadeira peitoral com 14 raios. Possui UESPIPHB 384.
mancha negra arredondada lateral bem
evidente situada junto à origem da linha Tamanho máximo na literatura consultada.
lateral. Corpo possui estrias verticais estreitas, 35 cm.
melhor evidentes em exemplares jovens com
seis a sete faixas. Tamanho máximo encontrado. 15 cm.

74
Calamus penna
SPARIDAE
(Valenciennes, 1830)
Peixe-pena

Descrição. Corpo ovalado, alto e claras, com alguma pigmentação escura


moderadamente comprimido; cabeça esparsa.
grande, boca pequena, a extremidade
posterior do maxilar nunca ultrapassando Literatura recomendada: Menezes &
o centro do olho; margem do pré-opérculo Figueiredo (1980).
lisa. 45 a 49 escamas na linha lateral e
geralmente 15 ou 16 raios na nadadeira Distribuição e habitat. Ocorre da Flórida
peitoral. Nadadeira anal com três espinhos e (EUA) até o sudeste do Brasil. Até 90 m de
10 raios. Coloração prateada com manchas profundidade. Lote testemunho: UESPIPHB
e sete faixas transversais escuras, indistintas 378.
e esparsas estrias finas longitudinais pouco
nítidas. Faixa escura transversal que se Tamanho máximo na literatura consultada.
extende da margem inferior do olho até 90 cm.
parte ventral da cabeça. parte superior
da base da nadadeira peitoral com uma Tamanho máximo encontrado. 18 cm.
mancha escura pequena. Nadadeiras

75
Polydactylus virginicus
POLYNEMIDE
(Linnaeus, 1758)
Barbudo

Descrição. Corpo comprimido e alongado; Literatura recomendada: Menezes &


boca inferior, o focinho muito mais longo Figueiredo (1980).
que a mandíbula com ponta arredondada;
margem posterior do maxilar truncada; Distribuição. Ocorre desde a Flórida (EUA) e
margem posterior do préopérculo serreada. Bahamas até a Argentina.
Nadadeira dorsal anterior com oito espinhos
flexíveis; nadadeira dorsal posterior com Hábitat. Comum em áreas estuarinas
11 a 13 raios; nadadeira peitoral com salobras e ao redor de lagoas hipersalinas,
15 raios superiores e sete raios inferiores sobre fundos lodosos. Lote testemunho:
livres e filamentosos formando a «barba». UESPIPHB 429.
Nadadeiras pélvicas situadas atrás das
peitorais, em posição abdominal. Nadadeira Tamanho máximo na literatura consultada.
anal com três espinhos e 12 a 14 raios. 32 cm.
Nadadeira caudal bifurcada. Coloração
cinza prateado, ligeiramente mais escuro Tamanho máximo encontrado. 20,5 cm
no dorso; nadadeiras pálidas, peitoral e
pélvica com área escurano centro; juvenis
cor de areia.

76
Bairdiella ronchus
SCIAENIDAE
(Cuvier, 1830)
Curucaia-de-esporão

Descrição. Dentes cônicos e pequenos e mais ou menos paralelas abaixo da linha


dispostos em uma faixa estreita em no lateral; nadadeiras dorsal e caudal com a
pré-maxilar e mandíbula. Pré-opérculo parte terminal enegrecida; parte anterior
serreado, espinhos do ângulo mais fortes da anal com intensa pigmentação escura;
que os demais. Nadadeira dorsal anterior dorsal posterior e pélvicas claras.
com 10 a 11 espinhos, posterior com 1
espinho e 20 a 26 raios; anal com 2 espinhos Literatura recomendada: Figueiredo &
e 7 a 9 raios, segundo espinho muito forte e Menezes (1980).
desenvolvido. primeiro arco branquial com
21 a 27 rastros. Cor acizentada na parte Distribuição e habitat. Distribui-se do Caribe
superior do corpo e prateada inferiormente; ao sul do Brasil (Santa Catarina). Ocorre
estrias escuras pouco nítidas presentes nos de preferência em águas costeiras. Lote
lados do corpo, oblíquas na parte superior testemunho: UESPIPHB 465.

77
Cynoscion acoupa
SCIAENIDAE
(Lacepède, 1801)
Pescada-amarela

Descrição. Corpo fusiforme; boca terminal; Distribuição e habitat: Ocorre do Panamá


18 rastros no primeiro arco branquial; corpo até a Argentina em áreas costeiras, lagoas
recoberto por escamas; primeira dorsal com estuarinas, incluindo regiões de mangue, e
10 espinhos, segunda com um espinho e baías abertas às vezes encontrada em água
17 a 22 raios; nadadeira pélvica logo após doce. Lote testemunho: UESPIPHB 432.
a peitoral; nadadeira anal curta com dois
espinhos e 7 a 8 raios; caudal pontuda ou Importância comercial. Alta
romboidal; coloração do corpo prateada,
acinzentada no dorso; nadadeiras peitorais, Tamanho máximo na literatura. Alcança
pélvicas e anal claras e amareladas, dorsal pouco mais de 1 m de comprimento e 100kg
e caudal escuras, com pigmentação escura de peso.
mais intensa em suas partes distais.
Tamanho máximo encontrado. 50 cm.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (1980). Métodos de pesca na região. Capturada
pela rede de emalhar em profundidade de
10 a 30 m.

78
Cynoscion leiarchus
SCIAENIDAE
(Cuvier, 1823)
Pescada-branca

Descrição. Corpo fusiforme; boca terminal; Observação: Também chamada de perna-


18 rastros no primeiro arco branquial; corpo de- moça pelos pescadores do estuário.
recoberto por escamas pequenas; primeira
dorsal com 10 espinhos, segunda com um Distribuição e habitat: Atlântico ocidental
espinho e 23 raios; nadadeira pélvica logo do Panamá ao sudeste do Brasil. Ocorre
após a peitoral; nadadeira anal curta com principalmente em águas estuarinas,
dois espinhos e 10 a 12 raios; caudal pouco sobre fundos de lama e areia, mas pode
pontuda; coloração do corpo prateada, ser encontrada também no ambiente
acinzentada no dorso; nadadeiras peitorais, marinho, em profundidade de até 50m. Lote
pélvicas e anal claras; dorsal anterior testemunho: UESPIPHB 379.
escura, a parte posterior mais clara, com a
margem enegrecida; caudal escura, com Tamanho máximo na literatura consultada.
pigmentação escura mais intensa em suas 60 cm de comprimento e 2 a 2,5 quilos de
partes distais. peso.

Literatura recomendada: Figueiredo & Tamanho máximo encontrado. 27 cm .


Menezes (1980).

79
Cynoscion microlepidotus
SCIAENIDAE
(Cuvier, 1823)
Pescada-dentuça

Descrição. Corpo fusiforme; boca grande Literatura recomendada: Figueiredo &


e superior; mandíbula superior com dentes Menezes (1980).
grandes caninos; escamas pequenas,
ciclóides, podendo apresentar 140 ou mais Distribuição e habitat. Atlântico ocidental,
escamas na linha lateral; primeira dorsal do Golfo da Venezuela ao sudeste do Brasil.
com 10 espinhos e segunda com 1 espinho Espécie encontrada mais comumente em
e 22 a 25 raios; nadadeira pélvica logo fundos de areia e lama. Lote testemunho:
após a peitoral; nadadeira anal curta com UESPIPHB 433.
2 espinhos e 8 a 10 raios; nadadeira caudal
romboidal; coloração prata levemente Importância comercial. Média.
esverdeada no dorso e prata nos lados e no
ventre; ponta da primeira dorsal enegrecida; Tamanho máximo na literatura consultada.
nadadeiras dorsais, peitorais, pélvicas e 100 cm.
anal pouco amareladas; nadadeira caudal
escurecida. Tamanho máximo encontrado. 34,5 cm.

80
Isopisthus parvipinnis
SCIAENIDAE
(Cuvier, 1830)
Pescada-gó

Descrição. Corpo fusiforme; boca terminal. Distribuição e habitat: Atlântico ocidental, da


Nadadeira dorsal anterior com 7 a 8 espinhos, Costa Rica até Santa Catarina. Encontrada
bem separada da posterior, que tem um geralmente sobre fundos de areia e lama,
espinho e 18 a 22 raios; nadadeira anal em águas costeiras de pouca profundidade
com dois espinhos 16 a 20 raios; nadadeira (50 m) e também em regiões estuarinas.
caudal truncada em exemplares adultos. Após lote testemunho: UESPIPHB 435.
Rastros branquiais moderadamente longos,
2 a 9 nos primeiros arcos branquiais. Escamas Biologia. Alimenta-se principalmente de
ciclóides. Corpo acizentado a prateado, pequenos camarões.
mais escuro na parte dorsal; nadadeiras
claras; uma mancha escura difusa na base Tamanho máximo na literatura. 25 cm
da nadadeira peitoral.
Tamanho máximo encontrado. 18 cm.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (1980).

81
Larimus breviceps
SCIAENIDAE
Cuvier,1830
Bocarra

Descrição. Porte robusto; perfil alto até na base das nadadeiras peitorais.
pouco atrás da cabeça, depois afilando
rapidamente até a cauda; boca muito Literatura recomendada: Figueiredo &
grande e quase vertical, sem dentes caninos; Menezes (1980).
mandíbula sem barbilhões. Nadadeira
dorsal anterior com 10 espinhos, posterior Distribuição e habitat: Das Antilhas e Costa
com um espinho e 26 a 29 raios; anal com Rica até o Litoral de Santa Catarina.
dois espinhos e seis a sete raios; nadadeira Encontrada em águas litorâneas, geralmente
caudal romboidal; rastros branquiais longos em profundiades inferiores a 50 m, sobre
e numerosos, 28 a 33 no primeiro arco fundos de lama e areia. Ocorre em estuários.
branquial. Escamas relativamente grandes, Lote testemunho: UESPIPHB 477.
ctenoides no corpo e no topo da cabeça
e cicloides nos lados da cabeça. Prateado, Tamanho máximo na literatura consultada.
um pouco mais escuro superiormente; 30 cm.
nadadeiras pélvicas e anal. amareladas,
dorsal e peitorais claras com alguma Tamanho máximo encontrado. 23,5 cm
pigmentação escura; uma mancha escura

82
Micropogonias furnieri
SCIAENIDAE
(Desmares, 1823)
Curuca

Descrição. Corpo fusiforme; boca protrátil; Distribuição e hábitat: Atlântico ocidental,


margem do pré-opérculo serrilhado; corpo do Caribe até a Argentina. Espécie costeira,
recoberto por escamas ctenoides no corpo encontrada em fundos de lama e areia, mais
e topo da cabeça, ciclóides no rostro, parte comumente em profundidades inferiores
lateral da cabeça e opérculo; primeira a 60 m. Ocorrem em estuários, ambiente
dorsal com 10 espinhos, segunda com utilizado pelos juvenis para alimentação e
um espinho e 26 raios; nadadeira pélvica crescimento. Lote testemunho: UESPIPHB 380.
logo após a peitoral; caudal ligeiramente
pontuda; coloração do corpo prateada a Biologia. Alimentam-se de organismos de
marrom, mais escuro no dorso; estrias dorsais fundo, principalmente anelídeos, crustáceos
oblíquas e escuras acompanhando as séries e pequenos peixes.
de escamas até um pouco abaixo da linha
lateral; nadadeiras dorsal anterior e caudal Tamanho máximo na literatura. 60 cm
com margem negra, as demais nadadeiras
claras com pigmentação esparsa. Tamanho máximo encontrado. 27 cm.

Literatura recomendada: Figueiredo & Importância comercial. Média


Menezes (1980).

83
Menticirrhus americanus
SCIAENIDAE
(Linnaeus, 1758)
Judeu

Descrição. Corpo fusiforme; boca inferior; Distribuição e habitat: Atlântico ocidental do


corpo recoberto por escamasctenóides; cabo de Cod até a Argentina. Encontrada
nadadeira dorsal anterior 10 a 11 espinhos, geralmente sobre fundos de areia e lama,
posterior com um espinho e 22 a 26 raios; em águas costeiras de pouca profundidade
anal com 1 espinho e 6 a 8 raios; margem e também em regiões estuarinas. Lote
posterior da nadadeira caudal em forma testemunho: UESPIPHB 442.
de S, o lobo inferior geralmente um pouco
mais longo que o superior; coloração geral
Tamanho máximo na literatura: Alcança
do corpo cinza-prateada com manchas
escuras alongadas e oblíquas, às vezes cerca de 50 cm de comprimento.
pouco nítidas; parte inferior esbranquiçada;
nadadeiras peitorais escuras; pélvicas, anal Tamanho máximo encontrado:
e dorsal posterior claras, com pigmentação Maior exemplar examinado possui
escura esparsa; dorsal anterior com a parte aproximadamente 25 cm.
superior enegrecida; caudal com a margem
terminal enegrecida. Observação: Também chamado de papa-
terra, betara.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (1980).

84
Stellifer brasiliensis
SCIAENIDAE
(Schultz, 1945)
Curucaia-de-esporão

Descrição. Corpo fusiforme; boca sub- Literatura recomendada: Figueiredo &


terminal, quase ventral, o focinho mais Menezes (1980).
saliente que a maxila superior, estando a
boca fechada; nadadeira dorsal anterior Distribuição e habitat. Distribuição restrita a
com 10 espinhos, posterior com 1 espinho costa nordeste e sudeste do Brasil. Ocorre em
e 20 a 22 raios; anal com 2 espinhos e fundos de areia ou lama, mais comumente
9 raios; nadadeira caudal romboidal;
em áreas estuarinas, onde exemplares
primeiro raio das nadadeiras pélvicas
jovens são encontrados em grande número.
prolongado em filamento; corpo prateado
nos lados e inferiormente, castanho-claro a Lote testemunho: UESPIPHB 465.
escuro superiormente, com estrias escuras
laterais pouco nítidas ao longo das séries Observação: Menezes et al (2003) assinala
longitudinais de escamas; nadadeiras essa espécie para Atlântico sul ocidental da
peitorais e pélvicas predominantemente Bahia até Santos.
claras e levemente alaranjadas com alguma
pigmentação escura; nadadeiras dorsal, Tamanho máximo na literatura consultada.
anal e caudal predominantemente escuras. 18 cm

Tamanho máximo encontrado. 23 cm

85
Chaetopdipterus faber
EPHIPPIDAE
(Broussonet, 1782)
Parum

Descrição. Corpo alto e arredondado e Literatura recomendada: Menezes e


muito comprimido lateralmente. Boca Figueiredo (1985).
pequena, maxilar termina antes do olho.
Nadadeira dorsal anterior com 9 espinhos, Distribuição e hábitos. De Massachussets
posterior com 21 a 23 raios. Nadadeira anal (EUA) ao Rio Grande do Sul. Em águas
com três espinhos e 18 a 19 raios; caudal e costeiras rasas de até 40m, próximo a
marginada. Lóbulos das nadadeiras dorsal costões, em baías, estuários, mangues e rios
posterior e anal prolongados posteriormente. costeiros e sobre fundos de areia e cascalho.
Linha lateral com 46 a 49 escamas. Cor cinza- Lote testemunho: UESPIPHB 381.
pérola com barras verticais, esmaecidas nos
adultos e bem nítidas nos juvenis. Pouca importância comercial.

86
Sphyraena barracuda
SPHYRAENIDAE
(Walbaum, 1792)
Barracuda

Descrição. Corpo alongado e cabeça Hábito. Juvenis vivem em águas costeiras


grande; boca grande, superior, maxilar de pouca profundidade, às vezes formando
ultrapassa a margem anterior do olho e cardumes e alimentando-se principalmente
apresenta dentes caninos evidentes. Primeira de pequenos peixes. Adultos são predadores
nadadeira dorsal com cinco espinhos e solitários em águas afastadas em áreas de
a segunda com um espinho e nove raios. recifes. Lote testemunho: UESPIPHB 446.
Nadadeira anal com dois espinhos e de
sete a oito raios e nadadeira peitoral com 13 Reprodução. Desova parece ocorrer em alto
raios. Corpo escuro superiormente, prateado mar, pois estádios larvais e pós-larvais tem
nos lados e esbranquiçado no ventre; parte sido coletados com frequencia em águas
lateral póstero-inferior com manchas escuras abertas.
pequenas esparsas.
Observação: Também chamado de feijão
Literatura recomendada: Menezes e pela comunidade de pescadores do
Figueiredo (1985). estuário.

Distribuição. Possui ampla distribuição. Tamanho máximo encontrado na literatura:


No Atlântico ocidental estende-se de 3 m.
Massachusetts, ao sul do Brasil.
Tamanho máximo encontrado. 37 cm

87
Trichiurus lepturus
TRICHIURIDAE
(Linnaeus, 1758)
Espada

Descrição. Corpo alongado, bastante (EUA) até a Argentina no Atlântico ocidental.


comprimido lateralmente apresentando um Hábitos. São pelágicos e ocorrem nas
formato inconfundível e muito similar a uma encostas da plataforma continetal, em
espada ou um cinto. Boca grande, superior, profundidades de até 100m. Noturnos e
cônica e provida de dentes caniniformes gregários. São encontrados em águas
poderosos. Nadadeira dorsal longa e notória. estuarinas pouco profundas. Juvenis são
Nadadeira anal baixíssima e indistinta. Não bentônicos, em águas rasas. Alimentam-se
possui nadadeiras pélvicas nem caudal. de crustáceos e peixes. Lote testemunho:
Apresenta coloração prateada brilhante. UESPIPHB 382.
Cabeça com áreas marrons e reflexos
dourados. Dorsal cinza-prateado. Filamento Tamanho máximo na literatura consultada.
posterior negro. 200 cm.

Literatura recomendada: Figueiredo & Tamanho máximo encontrado. 85,0 cm.


Menezes (2000).
Importância comercial. Baixa.
Distribuição. Distribui-se de Massachusetts

88
Scomberomorus brasiliensis
SCOMBRIDAE
Collete, Russo & Zavala, 1978
Serra

Descrição. Corpo alongado, fusiforme e Distribuição: Ocorre desde a América


lateralmente comprimido. Focinho cônico Central até o sul do Rio Grande do Sul.
ou pontudo. Maxilas pontiagudas, região
posterior das maxila superior exposta. Corpo Hábitos. São costeiros e habitam águas
coberto por pequenas escamas. Primeira superficiais. Lote testemunho: UESPIPHB 455.
dorsal com 17 a 19 espinhos, seguida com
15 a 19 raios e 8 a 10 pínulas. Nadadeira anal Tamanho máximo na literatura consultada.
com 16 a 20 raios e 8 a 10 pínulas. Região 96 cm.
lateral do corpo com manchas cor de
bronze. Região lateral do corpo com 30 a 60 Tamanho máximo encontrado. 25,0 cm.
manchas arredondadas arranjadas em 2 a 4
fileiras longitudinais, mas sem estrias. Mancha Importância comercial. Alta.
negra na primeira dorsal. Nadadeira peitoral
escura. Nadadeiras pélvicas e anal claras. Forma de captura. Rede de emalhar e linha
de mão.
Literatura recomendada: Figueiredo &
Menezes (2000).

89
STROMATEIDAE Peprilus paru Linnaeus, 1758 Gostoso

Descrição. Corpo alto elíptico, alto e escurecidas. Nadadeiras peitoral e caudal


comprimido lateralmente. Focinho obtuso, são pálidas
curto, com boca pequena, oblíqua. Olho
envolvido por tecido adiposo. Nadadeira Distribuição: Atlântico ocidental de New
pélvica ausente. Dorsal e anal longas e York, Estados Unidos , até a Argentina. Lote
similares. Região anterior prolongada em testemunho: UESPIPHB 383.
lóbulos falcados. Nadadeira peitoral longa e
pontuda. Nadadeira caudal furcada. Dorso Tamanho máximo na literatura consultada.
azul-cizento a azul-cobalto. resto do corpo 30 cm.
branco prateado; margens das nadadeiras

90
ORDEM PLEURONECTIFORMES
Peixes como os linguados e as soias dorsal e anal e a capacidade de controlar
estão inclusos nessa ordem. Adultos não a pigmentação do lado ocular para se
possuem simetria bilateral em função de clamuflar com o fundo. Outra característica
que um olho migra de um lado do crânio relacionada ao hábito bentônico é a perda
para o outro logo no início da vida do peixe. da bexiga natatória.
Portanto há um lado ocular e outro cego que Muitas espécies são comercialmente
varia conforme a família. Essa migração do importantes e servem como fonte de
olho está acompanhada por modificações alimento.
complexas no esqueleto da cabeça e No estuário foram identificadas
comportamentais. O corpo é achatado duas espécies, Citharichthys spilopterus
e os adultos nadam com o lado ocular (Gunther, 1862) e Syacium micrurum
para cima, e repousam sobre o lado cego, Ranzani, 1840, pertencentes a mesma
muitas vezes se enterrando no substrato família, Paralichthyidae, caracterizada
arenoso. São carnívoros. Apresentam por apresentar olhos do lado esquerdo do
extremo alongamento das nadadeiras corpo.

91
Citharichthys spilopterus
PARALICHTHYDAE
(Gunther, 1862)
Linguado

Descrição. Corpo alongado. Perfil superior Distribuição. Distribui-se de New Jersey (EUA)
da cabeça levemente côncavo, sem até a Lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul.
entalhe pronunciado em frente ao olho
superior. nadadeira dorsal com 75 a 84 raios, Hábitos. De fundo, em águas marinhas e
começando pouco à frente do nível dos estuarinas de salinidade variada, sobre
olhos; anal com 56 a 63 raios; nadadeiras substrato lodoso e arenoso-lodoso, da orla
peitorais nos dois lados; nadadeiras pélvicas até uns 75m de profundidade. Predador
raiada e muitas estreitas na base do que de peixes e pequenos invertebrados. Lote
na ponta. Primeiro arco branquial com 13 testemunho: UESPIPHB 472.
a 20 rastros. Cor marrom-clara. Nadadeiras
dorsal, caudal e anal com pequenas Tamanho máximo na literatura consultada.
manchas escuras, as maiores regularmente 20 cm.
espaçadas.
Tamanho máximo encontrado. 23,5 cm.

92
ORDEM TETRAODONTIFORMES
Este grupo engloba 10 famílias de divertículo nele situado.
peixes marinhos, estuarinos e de água Ao inflar o estômago o corpo aparentará
doce. Alguns são habitantes de recifes de ser muito maior do que de fato é, o que
coral. Tetraodontiformes apresentam uma permitirá afugentar possíveis predadores.
série de mofificações evolutivas: perda de Esse comportamento é realizando quando
vários ossos cranianos, dentição peculiar o baiacu é irritado ou assustado.
modificada para durofagia, redução das Diodontídeos possuem o corpo coberto
aberturas branquiais, linha lateral variando de por espinhos e uma só placa de dentes na
múltipla a inexistente, redução ou perda das maxila e na mandíbula. Tetraodontídeos não
nadadeiras pélvicas, escamas modificadas possuem espinhos, mas tem duas placas de
em espinhos, placas ou escudos. dentes na maxila e na madíbula.
Tetraodontiformes apresentam a Foram identificadas cinco espécies
habilidade de produzir som ao triturar com de Tetraodontiformes: Colomesus psittacus
a mandíbula, ou com os dentes faringeanos (Bloch & Schneider, 1801), Lagocephalus
ou por vibrar a bexiga natatória. laevigatus (Linnaeus, 1766). Sphoeroides
Duas das três famílias que ocorrem na testudineus (Linnaeus, 1758), Chilomycterus
região estudada possuem a propriedade antillarum Jordan & Rutter, 1897 e
de inflar o estômago altamente modificado Cantherhines macrocerus (Hollard, 1855) sp.
ao engolir água ou ar para uma câmara ou

93
Chilomycterus antilarum
DIODONTIDAE (Jordan & Rutter, 1897) Baiacu-graviola

Descrição. Corpo globoso, recoberto marinhas ou em áreas lamosas. Os adultos


por espinhos. Nadadeira dorsal com 11 ficam perto da costa e são demersais; os
a 13 raios; anal com 10 a 12 raios. Corpo juvenis são pelágicos. Lote testemunho:
esbranquiçado, com manchas escuras; uma UESPIPHB 491.
barra clara embaixo dos olhos Literatura
recomendada: Menezes & Figueiredo Tamanho máximo na literatura consultada.
(2000). 25 cm.

Distribuição. Ocorre desde o sudeste da Tamanho máximo encontrado. 32 cm


Flórida (EUA) até o nordeste brasileiro.
Utilização pelo homem. Não é consumido;
Hábitos. Peixes essencialmente coralinos em outras partes, é apreciado como peixe
que também ocorrem entre as macrófitas ornamental.

94
Lagocephalus laevigatus
TETRAODONTIDAE (Linnaeus, 1766) Baiacu-xaréu

Descrição. Corpo alongado, olhos grandes. Hábitos. Demersal: habita ambientes mais
Nadadeira dorsal com 13 a 14 raios, na costeiros e um pouco mais profundas que
metade posterior do corpo nadadeira anal as outras espécies, até cerca de 60m de
com 12 a 13 raios; com a margem posterior profundidade. Adultos pelágicos, ocorrendo
côncava. Corpo superiormente escuro, perto da costa; juvenis na costa ou em mar
prateado-esverdeada; cinco a seis faixas aberto. Solitário ou formando pequenos
escuras dorsais irregulares nadadeiras com cardumes. São predadores vorazes que
pigmentação escura esparsa, a caudal mais atacam peixes e invertebrados com muito
intensamente pigmentada, com exceção vigor. Lote testemunho: UESPIPHB 497.
de sua parte distal. Literatura recomendada:
Menezes & Figueiredo (2000). Tamanho máximo na literatura consultada.
60 cm.
Distribuição. Ocorre tanto no Atlântico
oriental como no ocidental; neste, estende- Tamanho máximo encontrado. 16 cm.
se da Nova Inglaterra à Argentina.

95
Sphoeroides testudineus
TETRAODONTIDAE (Linnaeus, 1758) Baiacu

Descrição. Corpo moderadamente Hábitos. Restrito a águas superficiais, em


alongado. Padrão de colorido da região zonas de águas salobras ou hipersalinas,
dorsal com linhas claras isolando manchas sobre fundos arenosos e lodosos, e em
escuras de formatos diversos; lateralmente manguezais. Aparentemente se alimenta
aparecem manchas negras arredondadas de organismos bentônicos. Lote testemunho:
de tamanho variados e geralmente existe UESPIPHB 504.
uma ou duas estrias brancas transversais
na região interorbital; nadadeira caudal Tamanho máximo na literatura consultada.
escura distalmente, clara anteriormente , 30 cm.
com uma estria escura indistinta na parte
basal; demais nadadeiras claras; Projeções Tamanho máximo encontrado. 21,7 cm
espinhosas normalmente imbutidas na
pele, sendo visíveis apenas os orifícios por Utilização pelo homem. Espécie tóxica,
onde os acúleos se exteriorizam. Literatura porém é consumida pelos pescadores do
recomendada: Menezes & Figueiredo estuário.
(2000).
Observação: Também é chamado de
Distribuição. Distribui-se de Nova Jersey até cuquim pintado
o Estado de Santa Catarina

96
Outras Espécies Encontradas no Estuário

Astroscopus ygraecum
URANOSCOPIDAE (Cuvier, 1829) Anequim

Gobionellus oceanicus
GOBIIDAE (Pallas, 1770) Boca-de-ouro

97
Prionotus punctatus
TRIGLIDAE (Bloch, 1797) Voador

Cantherhines macrocerus
BALISTIDAE (Hollard, 1855) Cangolo

98
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Teleostei (3). São Paulo, Museu de Zoologia - Guia Prático de Identificação. Marcelo
da Universidade de São Paulo. 96p. Spzpilman. Rio de Janeiro. 288p.

100
Projeto Pesca solidária Monitoramento de Aves:
Alberto Campos e Jason Alan Mobley
Coordenadores CIA (Aquasis)
Geral
Leandro Inakake de Souza Peixe-boi
Liliana Oliveira Souza (CIA)
Comunicação
Francisco Brandão Diagnóstico e Monitoramento da Pesca
Rodrigo de Salles (IFCE) e Kesley Paiva da
Financeiro Silva (CIA)
Mario Lucio de Moraes Damasceno
Abundância de caranguejo-uçá:
Socioambiental João Marcos de Góes (UFPI)
Marcelo Apel
Apoio Técnico
Pesquisa Ordenamento Pesqueiro
Francinalda Maria Rodrigues da Rocha Heleno Francisco dos Santos,
Patrícia Passos Claro,
Educação Ambiental Neuza Maria Gonçalves e Silmara Erthal
Ana Maria Brandão (ICMBio)

Gerente de Mídias Sociais Geração de Emprego e Renda


Jailson Nunes Leocadio e Maria de Fátima Vieira Crespo, Rodrigo
Ismael Cavalcante de Souza Alexandre de Lima, Ricardo Rayan
Nascimento Rocha, Marcos Fernando
Pesquisas Valverde.
Qualidade de Água
Janaina Mitsue Kimpara, Laurindo A. Rodri- Produção de Sistema
gues, Alexandres Kemenes, de Informação Geográfica
Waldemir Queiroz (EMBRAPA) Ricardo Miguel de Paula Peres
e Ruceline Paiva Melo Lins;

Ictiofauna
Cezar A. F. Fernandes, Francisca E. A. Cunha
(UFPI), Filipe A. G. de Melo (UESPI), e Alitiene
M. L Pereira (EMBRAPA);

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