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Projecto Base
Júri
Presidente: Prof.º João Hipólito
Orientador: Prof.º José Saldanha Matos
Eng.ª Marisa Silva
Vogal: Prof.ª Helena Pinheiro
Setembro de 2009
i
Reabilitação da ETAR do Magoito Recorrendo a Reactores
Biológicos por Membranas
(Volume I)
Projecto Base
Júri
Presidente: Prof.º João Hipólito
Orientador: Prof.º José Saldanha Matos
Eng.ª Marisa Silva
Vogal: Prof.ª Helena Pinheiro
Setembro de 2009
ii
iii
Agradecimentos
Eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que de algum modo contribuíram para a elaboração da
minha dissertação.
Em primeiro lugar, queria agradecer ao P rof.º José Saldanha Matos do IS T que me orientou e sem o
qual a realização deste trabalho não teria sido possível.
Gostaria de agradecer ao meu padrinho, o Arquitecto Isidro Almeida, pelo esclarecimento de dúvidas
e pelos conselhos prestados sobre as Peças Des enhadas.
Queria, ainda, agradecer a todos os meus amigos e colegas que me acompanharam em todos os
moment os, altos e baixos. Em especial gostaria de agradecer o grande apoio do Bruno Santos,
Elisabete Marques, Miguel Contente, David Cardoso, João Rocha e Daniel Martins.
E por último, falt a agradecer à minha família por todo o infindável apoio e paciência prestados que,
mesmo nos piores momentos, nunc a deixaram de me consolar, nomeadamente ao meu pai,
Eng.º José Henriques, à minha mãe, Maria José Oliveira, à minha irmã, Eng.ª Fedra Oliveira e aos
meus avós.
A todos eles devo a realização deste primeiro grande sonho, na minha carreira profissional!
iv
Resumo
A ETAR de Magoit o localiza-se no concelho de Sintra e foi projectada inicialmente para receber o
efluente de 5200 habitantes. Actualmente, apresenta problemas de funcionamento, sendo nec essário
proceder à sua reabilitação. Uma das soluções elegíveis consiste na aplicação de membranas nos
reactores biológicos (MBR). Esta tecnologia, baseada frequentemente num tratamento de lamas
activadas de arejamento prolongado conjugado com a filt ração de membranas, exige um tratamento
preliminar adequado permitindo eliminar a etapa de decantação secundária e o tratamento terciário
de desinfecção por radiação ultra-violet a. Quando comparada com as tecnologias convencionais
apresenta, como vantagens, um efluente com maior qualidade, uma menor área de implantação, um
tempo de retenção de lamas superior, um MLSS mais elevado e um menor risco de libertação de
odores. Contudo, apresenta algumas des vantagens, como sejam os elevados custos de investimento
inicial, elevados consumos energéticos e uma maior complexidade de exploração.
Em Portugal, não existem ainda E TA R que recorram a esta tecnologia para o t ratamento de efluentes
domésticos, não represent ando, este facto, nat uralmente, impedimento à sua utilização.
Este trabalho pret ende constituir uma contribuição para a divulgação da tecnologia MBR em E TA R, e
também, indirectamente, um incentivo à reutilização de águas residuais tratadas.
v
Abstract
The Magoito’s WWTP is located in Sintra County, and it was designed to receive the effluent of
5200 inhabitants. It has, nowadays, operational problems the reason why it´s import ant to promote its
rehabilitation. One of the most realistic solutions is the application of mem branes (MBR) on the
existing reactors. This technology is a result of the combination between activated sludge proc ess and
membranes filt ration. It requires a suitable preliminary t reatment and allows the elimination of the
secondary settlement stage and the tertiary treatment by UV disinfection. When compared with
conventional technologies, MBR has as advantages the effluent of better quality, the lower projected
area, the higher age of sludges and MLSS, and lower odors emissions. However, the MBR has
disadvant ages such as higher capital costs, higher energy consumptions and more complexity in
operations and maintenance.
In Portugal, t here is not yet any WWTP with t his new technology for domestic sewage. However, this
doesn’t constitute an obstacle to the implementation of MBR in our country.
This doc ument can allow the dissemination of this technology on WWTPs and encourage t he reusing
of wastewater treatment.
This study consists on the development of the application as well as the relevant details associat ed to
the MBR technology, for the case study of WWTP of Magoito.
th
The rehabilitation of Magoito WWTP is designed for a population around 6000 inhabitants for the 40
year. The global cost for the rehabilitation is estimated in 1.000.000 €. Fifty percent of this value is due
to MBR system.
vi
Volume I
Índice do texto
1 Introdução............................................................................................................................... 1
1.1 Enquadramento................................................................................................................ 1
1.2 Objectivos ....................................................................................................................... 2
1.2.1 Objectivo geral.......................................................................................................... 2
1.2.2 Objectivos específicos ............................................................................................... 2
1.3 Estrutura do trabalho......................................................................................................... 3
2 Considerações gerais ............................................................................................................... 5
2.1 Situação portuguesa no sector de saneamento de águas residuais ......................................... 5
2.1.1 Aspectos gerais ........................................................................................................ 5
2.1.2 Níveis de atendimento em drenagem e tratamento em Portugal ...................................... 5
2.1.3 Infra-estruturas de tratamento de águas residuais em Portugal........................................ 8
2.1.4 Reutilização e descargas de águas residuais em Portugal .............................................. 9
2.2 Aspectos de tratamento de águas residuais ....................................................................... 11
2.2.1 Capitação em águas residuais .................................................................................. 11
2.2.2 Tipos de tratamento de águas residuais ..................................................................... 11
2.3 Reactor biológico por membranas..................................................................................... 14
2.3.1 Considerações gerais .............................................................................................. 14
2.3.2 Processo de filtração por membranas ........................................................................ 15
2.3.3 Tipos de reactores biológicos por membranas............................................................. 24
2.3.4 Factores que influenciam o funcionamento do sistema MBR ......................................... 26
2.3.5 Estimativa de custos ................................................................................................ 30
2.3.6 Consumos de energia.............................................................................................. 34
2.3.7 Limpeza das membranas ......................................................................................... 36
2.3.8 Vantagens e desvantagens dos sistemas MBR ........................................................... 37
3 Esquema e cálculos para o Projecto Base de reabilitação da ETAR de Magoito ............................. 39
3.1 Enquadramento.............................................................................................................. 39
3.2 Situação actual .............................................................................................................. 39
3.2.1 Considerações introdutórias ..................................................................................... 39
3.2.2 Descrição e caracterização do sistema de tratamento .................................................. 39
3.2.3 Problemas de funcionamento e exploração................................................................. 46
3.3 Elementos base ............................................................................................................. 47
3.3.1 Considerações gerais .............................................................................................. 47
3.3.2 População de Projecto ............................................................................................. 48
3.3.3 Caudais de Projecto ................................................................................................ 48
3.3.4 Carga poluente de Projecto ...................................................................................... 50
3.3.5 Geologia e geotecnia............................................................................................... 50
3.4 Solução adoptada........................................................................................................... 50
3.4.1 Considerações introdutórias ..................................................................................... 50
3.4.2 Aspectos legislativos e critérios de qualidade.............................................................. 50
3.4.3 Objectivos de qualidade do efluente tratado................................................................ 51
3.4.4 Destino final dos resíduos ........................................................................................ 51
3.4.5 Descrição do futuro sistema de drenagem afluente a adoptar........................................ 52
3.4.6 Esquema de tratamento da solução adoptada............................................................. 52
3.4.7 Reabilitações/remodelações propostas ...................................................................... 53
3.4.8 Descrição e caracterização dos edifícios da ETAR ...................................................... 56
3.5 Dimensionamento hidráulico do sistema............................................................................ 57
3.5.1 Fase líquida............................................................................................................ 57
3.5.2 Fase sólida............................................................................................................. 64
3.5.3 Perfil hidráulico e perfis longitudinais ......................................................................... 65
3.5.4 Arruamentos e vedação ........................................................................................... 65
3.5.5 Rede de “água de serviço”........................................................................................ 66
3.6 Equipamento electromecânico.......................................................................................... 66
3.6.1 Fase líquida............................................................................................................ 66
3.6.2 Fase sólida............................................................................................................. 74
3.7 Estimativa de investimento inicial...................................................................................... 76
3.8 Síntese ......................................................................................................................... 76
4 Conclusões finais ................................................................................................................... 79
Referências bibliográficas............................................................................................................... 83
vii
Índice de Figuras do texto
Figura 2.1 - E volução do nível de at endimento da população com rede de drenagem e com
tratamento de águas residuais (adaptado de PEAASAR 2007-2013). ................................................6
Figura 2.2 - Níveis de atendimento em drenagem e t ratamento em diferentes regiões do p aís
(adaptado de REAADTA R, 2006, e PEAASAR 2007-2013)...............................................................7
Figura 2.3 - Variação dos níveis de atendiment o em drenagem e tratament o ao longo do país
(adaptado de REAADTA R, 2006). ...................................................................................................7
Figura 2. 4 - Distribuição das instalações de t ratamento ao longo do país (adaptado de
REAADTA R, 2006). .......................................................................................................................8
Figura 2.5 - Níveis de tratamento aplicados em Portugal (adaptado de Silva, 2007). ..........................9
Figura 2.6 - Pontos de rejeição existentes em Portugal (adaptado de REAA DTAR, 2006). ...............10
Figura 2.7 - Distribuição dos pontos de descarga ao longo do país (adaptado de REAADTA R,
2006). .........................................................................................................................................10
Figura 2.8 - Diferenças entre os sistemas MBR e convencional. .....................................................15
Figura 2.9 - Esquema representativo da filt ração por membranas (adapt ado de E venblij, 2006). .......15
Figura 2.10 - Esquema representativo dos diferentes tipos de processos de filtração por
membranas (adaptado de E venblij, 2006). .....................................................................................16
Figura 2.11 - Membranas com diferentes tipos de materiais............................................................17
Figura 2.12 - Estrutura de membranas isotrópicas e anisotrópicas (adaptado de Maestri, 2007). ......18
Figura 2.13 - Tipos de filtração por membrana (adaptado de E venblij, 2006). ...................................18
Figura 2.14 - Unidade do módulo (adaptado de Lorente, 2007). ......................................................19
Figura 2.15 - Rede de drenagem entre as membranas dispostas na vertical (adaptado de
Lorente, 2007). ............................................................................................................................20
Figura 2.16 - Módulo de fibra oc a em tubagem (adaptado de Lorente, 2007). ..................................20
Figura 2.17 - Módulos de fibra oca: a) Em tubagem, b) Em placas (K ubota e Zenon). ......................21
Figura 2.18 - Módulos tubulares: a) em aço inoxidável; b) em PVC (adaptado de Maestri, 2007). .....22
Figura 2.19 - Esquema de funcionamento de um módulo tubular (adaptado de Lorente, 2007). ........22
Figura 2.20 - Esquema do corte trans versal dum módulo enrolado em espiral (adapt ado de
Lorente, 2007). ............................................................................................................................23
Figura 2.21 - Esquema representativo de um módulo enrolado em es piral (adapt ado de
Lorente, 2007). ............................................................................................................................23
Figura 2.22 - Esquema representativo de um módulo enrolado em es piral (adapt ado de
Lorente, 2007). ............................................................................................................................24
Figura 2.23 - Esquemas dos sistemas SMB R. a) SMBR com módulo de membranas planas; b)
SMBR com módulos de membranas de fibra oca (adapt ado de KUB OTA). ......................................25
Figura 2.24 - Esquema dos sistemas EMBR e EMB R com módulos de membranas de fibra oca
na fotografia (adaptado de K UBOTA). ...........................................................................................25
Figura 2.25 - Curva de crescimento da biomassa (adaptado de Metcalf & Eddy, 2003). ....................27
Figura 2.26 - Comport amento do caudal produzido de permeado à medida que se aumenta o
parâmetro P TM (adapt ado de TARDIEU, 1997, in Maestri, 2007). ...................................................28
viii
Figura 2.27 - Fenómeno de polarização de concentraç ão (adaptado de E venblij, 2006). ..................28
Figura 2.28 - Camada acumulada na superfície da membrana (biofilme) (adaptado de
KUBOTA). ...................................................................................................................................29
Figura 2.29 - Estreitamento dos poros da membrana (adaptado de Metcalf & Eddy, 2003). ..............30
Figura 2.30 - Obstrução dos poros (adaptado de Metcalf & Eddy, 2003). .........................................30
Figura 2.31 - Fenómeno de polarização de concentraç ão (adaptado de Metcalf & Eddy, 2003). ........30
Figura 2.32 - E volução do custo do sistema MB R para a capacidade de 44 l/s (adaptado de
Adham et al., 2007). .....................................................................................................................31
Figura 2.33 - P eso dos diferentes custos de operação e manutenção no custo t otal do sistema
MBR com capacidade de 44l/s (ada ptado de Adham et al., 2007). ..................................................33
Figura 2.34 - Percentagem do Consumo energético das componentes do sistema EMBR
(Zhang, 2003). .............................................................................................................................35
Figura 2.35 - Consumo total de energia do sistema EMBR analisado por Zhang, 2003. ....................35
Figura 2.36 - Aspecto do afluente inicial e do efluente final após atravessar do sistema MBR. ..........37
Figura 3.1 - Fot ografia aérea da Praia e da E TAR de Magoito. .......................................................40
Figura 3.2 - Esquema do sistema de drenagem da área servida. ....................................................40
Figura 3.3 - Esquema dos emissários afluentes à E TAR de Magoito. ..............................................41
Figura 3.4 - Esquemas de tratamento das fases líquida e sólida da situação actual. .........................41
Figura 3.5 - Esquema de tratamento da actual E TAR do Magoito. ...................................................42
Figura 3.6 - Fotografias de diferentes órgãos da E TA R de Magoito: a) estação elevatória inicial;
b) gradagem; c) desarenador; d) canal “Parshall”. ..........................................................................42
Figura 3. 7 - Fotografias da E TA R de Magoito: a) e b) t anques de lamas activadas; c)
decantadores secundários; d) sistema de tratamento de lamas móvel. ............................................44
Figura 3.8 - Fot ografia do a) microtamis ador e b) da estação elevatória final da ETA R do
Magoito. ......................................................................................................................................44
Figura 3.9 - Caudal médio diário nos anos 2005, 2006, 2007 e nos primeiros 5 meses de 2008. .......45
Figura 3.10 - Fotografia da foz da ribeira da Mata no período estival. ..............................................46
Figura 3.11 - Qualidade microbiológica na ribeira da Mata antes da E TA R, em 2007 e 2008, em
termos de coliformes fecais, coliformes totais, Escherichia coli e estreptococos. ..............................47
Figura 3.12 - Represent ação esquemática do futuro traçado do emissário afluente à E TA R de
Magoito. ......................................................................................................................................52
Figura 3.13 - Esquema de tratamento da soluç ão adoptada (MBR). ................................................53
Figura 3.14 – Vista frontal do equipamento “Monobelt”. ..................................................................75
ix
Índice de Quadros do Texto
Quadro 2.1 - P rocessos de filtração por membranas (adaptado de Mulder, 1996, Koros et al.,
1996, in E venblij, 2006, e de Schneider & Tsutiya, 2001 in Maestri, 2007). ......................................16
Quadro 2. 2 - Materiais constituintes das membranas (adaptado de Mulder, 1996, in Evenblij,
2006). .........................................................................................................................................17
Quadro 2.3 - Vantagens e des vantagens dos diferentes tipos de tecnologias MB R (adaptado de
Torres, 2006 in Maestri, 2007). .....................................................................................................26
Quadro 2.4 - Diferent es substâncias que podem afectar o desempenho de uma membrana
(adaptado de Metcalf & Eddy, 2003)..............................................................................................29
Quadro 2.5 - Empres as que cont ribuíram para a realização do estudo económico da MWH
Americas, Inc (adaptado de Adham et al., 200 7). ...........................................................................31
Quadro 2.6 - Dados base da estimativa orçamental (adaptado de Adham et al., 2007). ....................32
Quadro 2.7 - Custos de investimento inicial (em milhares de euros) (adapt ado de Adham et al.,
2007). .........................................................................................................................................32
Quadro 2. 8 - Custos de operação e manutenção (milhares de euros por ano) (Adham et al.,
2007). .........................................................................................................................................33
Quadro 2.9 - Características do sistema EMBR (Zhang, 2003)........................................................34
Quadro 3.1 - Características dos principais órgãos de tratamento da fase líquida. ...........................44
Quadro 3.2 - Eficiências da E TAR (2005 a 2008). ..........................................................................45
Quadro 3.3 - Quadro síntese dos dados base de dimensionamento. ...............................................47
Quadro 3.4 - Estimativa populacional de projecto. ..........................................................................48
Quadro 3.5 - Capitações e factor de afluência à rede. ....................................................................49
Quadro 3.6 - Caudais de projecto. .................................................................................................49
Quadro 3.7 - Concentração e cargas poluentes afluentes à E TAR. .................................................50
Quadro 3.8 - Objectivos mínimos de qualidade do efluente. ............................................................51
Quadro 3.9 - Características da Bacia de Ret enção. ......................................................................57
Quadro 3.10 - Características do Descarregador da Bacia de Ret enção. .........................................58
Quadro 3.11 - Dimensionament o do grupo elevat ório: dados gerais. ...............................................59
Quadro 3.12 - Características do Sistema Elevat ório. .....................................................................59
Quadro 3.13 - Canal de recurso: Características geomét ricas e condições de funcionamento. ..........60
Quadro 3.14 - Canal principal: Características geométricas e condições de funcionamento. .............61
Quadro 3.15 - Valores indicativos para o dimensionamento do desarenador/desengordurador e
respectivo equipamento................................................................................................................61
Quadro 3.16 - Valores adoptados para o dimensionamento do desarnador/desengordurador. ..........62
Quadro 3.17 - Desarenador/desengordurador: Características geométric as. ....................................62
Quadro 3.18 Desarenador/desengordurador: Condições de funcionament o. ....................................62
Quadro 3.19 - Tanque de homogeneização: Características geométricas. .......................................63
Quadro 3.20 - Tanque de homogeneização: Características de funcionamento. ...............................63
Quadro 3.21 - Tanque de membranas: Condições de funcionamento. .............................................63
Quadro 3.22 - Reservatório final: Características geométricas. .......................................................63
x
Quadro 3.23 - Reservatório final: Condições de funcionamento. .....................................................64
Quadro 3.24 - Estação elevatória de escorrências e drenados: Características geométricas. ............64
Quadro 3.25 - Valores adoptados para o tanque de lamas. .............................................................64
Quadro 3.26 - Tanque de lamas - características geomét ricas. .......................................................65
Quadro 3.27 - Grupo electrobomba da estação elevatória de “by-pass”: Características. ..................66
Quadro 3.28 - Grade manual: Características geomét ricas. ............................................................67
Quadro 3.29 - Grade manual: Velocidades estimadas. ...................................................................67
Quadro 3.30 - Tamisador: Características geométricas e condições de funcionamento. ...................68
Quadro 3.31 - Critérios de dimensionamento do canal “Parshall”. ...................................................68
Quadro 3.32 - Características geomét ricas do canal “Parshall”. ......................................................69
Quadro 3.33: Condiç ões de funcionamento do canal “Pars hall”. ......................................................69
Quadro 3.34 - Quantidade de ar. ...................................................................................................70
Quadro 3.35 - Características do sistema de injecção de ar. ...........................................................70
Quadro 3.36 - Características dos agitadores. ...............................................................................71
Quadro 3.37 - Grupo electrobomba do tanque de homogeneização: Características. .......................71
Quadro 3.38 - Critérios de dimensionamento das membranas. .......................................................72
Quadro 3.39 - Características das membranas. .............................................................................72
Quadro 3.40 - Produção de lamas em excesso. .............................................................................73
Quadro 3.41 - Grupo electrobomba de lamas: Características. .......................................................73
Quadro 3.42 - Grupo electrobomba de escorrências e drenados: Características. ............................74
Quadro 3.43 - Monobelt: Critérios de dimensionament o..................................................................74
Quadro 3.44 - Monobelt: Características de funcionamento e geométricas. .....................................74
Quadro 3.45 Características das bombas doseadoras. ...................................................................75
Quadro 3.46 - Armazenamento de lamas desidratadas: características. ..........................................75
Quadro 3.47 - Armazenamento de lamas desidratadas: condições de funcionamento. .....................76
Quadro 3.48 - S íntese do orçament o. ............................................................................................76
xi
Volume II
xii
Simbologia
xiii
Símbolos Designação Unidade
tr Tempo de retenção s
v Velocidade m/s
V Volume m 3 ou L
vr Velocidade de rotação rpm
α Ar ejectado por unidade de comprimento m 3/m.min ou l/m.s
3
β Produção de lamas em excesso m /dia ou l/s
ΔHc Perda de carga contínua m
ΔHl Perda de carga localizada m
Abreviaturas
Abreviatura Designação
AR Águas residuais
CA Acetato de celulose
xiv
Abreviatura Designação
xv
1 INTRODUÇÃO
1.1 ENQUADRAMENTO
A ETAR de Magoito loc aliza-se junto à margem esquerda da Ribeira da Mata, a cerca de 300 m da
2
foz (praia de Magoito), e ocupa uma área de cerca de 3700 m . Esta ETAR trata as águas residuais
provenientes dos aglomerados de Bolembre, Magoito, Tojeira, Aldeia Galega, Arneiro dos
Marinheiros, Font anelas, Gouveias e P ernigem. A E TA R entrou em funcionamento em 2001 e foi
dimensionada para s ervir uma população, em ano horizont e de projecto, de 5200 habitant es,
3
correspondendo a um caudal médio diário de projecto de 1150 m /dia, muito superior ao que
actualmente se verifica.
Segundo dados fornecidos pelos SMAS de Sintra e da recolha de informação, a partir de visitas
efectuadas à E TAR, deduziu-se que os principais problemas actuais da E TA R (a chegada do efluente
à ETA R por bombagem, uma deficiente decantação, a inexistência de uma etapa de espessament o e
desidratação adequada para as lamas e a descarga próximo da praia do Magoito) justificam a
necessidade de reabilitação. Com vista à eliminação destes problemas, desenvolveram -se duas
soluções possíveis de t ratamento. A solução “1” preconizava a adaptação e remodelação do actual
esquema de tratamento da E TA R de Magoito (lamas acti vadas de arejamento prolongado) para um
sistema de reactor biológico de membranas (MB R). A solução “2” previa a reabilitação da E TAR,
mantendo o actual esquem a de tratamento da fas e líquida (arejament o prolongado com decantaç ão
secundária e desinfecção por UV), e melhorando o esquema de trat amento da fase sólida.
A solução “1” foi a adopt ada visto ser a que promovia qualidade superior do efluente final, permitindo
a eliminação da operação de decantação secundária. Esta solução é a que exige menor área de
implantaç ão e a que minimiza o risco de libertação de odores. Apresent a como pri ncipais
des vantagens o custo do investimento inicial e os elevados c onsumos de energia. O sistema MB R
resulta da junção do tratament o de lamas activadas com arejamento prolongado com a filtraç ão de
membranas, tirando partido das vantagens destes dois tipos de tratamento. De modo a que o
processo de tratamento decorra nas melhores condições , é necessário recorrer a um tratamento
preliminar adequado e, só de seguida o afluent e pode entrar no tanque de arejamento onde estão
instaladas as membranas. As membranas funcionam como barreira física à passagem de sólidos e
de bactérias, sendo responsáveis pela separação líquido-sólido.
Actualmente, em Portugal, vê-se que ainda não existem ETA R em funcionamento, para águas
residuais domésticas, que recorram a este tipo de tecnologia. Contudo, no estrangeiro já é uma
tecnologia em desenvolvimento desde os anos 70, existindo já muitas estações de t ratamento que
1
recorrem a membranas. Sendo o sistema MBR uma tec nologia nova em Portugal, não existe
informaç ão de campo disponível.
A água é um recurso limitado e indispensável à sobrevivência do ser humano e, apesar da água ser o
recurso em maior abundância na superfície da Terra, apenas uma pequena parte desta pode s er
tratada em condições viáveis para consumo humano. Este facto, associado ao problema de se
assistir a um forte crescimento demográfico, económico e industrial, a nível mundial, ao aquecimento
global e ainda ao facto de se verificar um uso descuidado e intensivo da água, leva à escassez deste
recurso tão precios o. Por estes motivos, devem-se foment ar e estimular as tecnologias que garantam
o desenvolvimento s ustentável e assegurem a quantidade e qualidade de água nec essária à
preservação do meio ambiente. Nesta vert ente, é important e que se promova e incentive, de uma
forma geral, a reutilização de efluentes. Em várias zonas do País onde se verific a escassez de água,
por exemplo no Alentejo e no Algarve, torna-se essencial uma aposta na reutilização da água, numa
perspectiva de sustent abilidade a médio e longo praz o. Face a um sucessivo aumento d o preço da
água para consumo público, a reutilização torna-se cada vez mais necessária. As águas residuais
convenientemente tratadas podem ser usadas para resolver problemas de falta de água nas origens,
nomeadamente para a agricultura, rega de espaços verdes urbanos e lavagem.
As crescentes exigências impostas legalmente para a descarga de águas residuais fiz eram com que
a reutilização de águas residuais tratadas se justifique, também, como fonte alt ernativa para
abastecimento ou para fins compatíveis. Em muitos casos, as descargas ocorrem em meios
receptores ec ologicamente s ensíveis, o que obrigará a um aumento do grau de tratamento nas
ETA R. Para minimizar a área de implantação e para garantir um efluente com qualidades elevadas ,
pode recorrer-se à instalação da tecnologia de Bior reactores de Membranas. Assim, o efluente
tratado causará, em princ ípio, menor impacte negativo ambiental no meio receptor e apres entará
qualidade suficiente para ser reutilizado na própria instalação de tratamento na lavagem de
equipamentos e para rega dos terrenos circundantes.
1.2 OBJECTIVOS
2
c) desenvolver, além dos cálculos, as peças desenhadas e medições e orçamento corres pondentes.
O Volume I desenvolve-se ao longo de quatro capítulos. No presente capít ulo, é introduzido o tema
do Projecto B ase, são descritos os objectivos e é des envolvida a estrutura do trabalho. No capítulo 2
descreve-se sucintamente a situação Portuguesa no sector de saneamento de águas residuais, são
apresentados conceitos importantes para o tratamento de águas residuais, e as principais noç ões e
características do funcionament o de um reactor biológico por membranas. Apres entam -se os
diferentes processos de filtração por membranas, tipos de reactores biológicos por membranas e
factores que influenciam o funcionamento do sistema MBR. Apresentam-s e ainda estimativas de
custos (investimento inicial e de operação e manutenção) de diferent es sistemas MBR, consumos de
energia e, por fim, as principais vantagens e des vantagens deste processo. No terceiro capít ulo
descrevem -se as opções tomadas no âmbito do esquema de trat ament o e os cálculos associados à
reabilitação da E TAR de Magoito. Apresent a-se a situação actual da E TAR de Magoito, os dados
base de dimensionament o, e a solução adoptada para a reabilitação da E TA R. Por fim, é
apresentada a estimativa do investimento inicial e desenvolve-se uma síntese geral. No quarto e
último capítulo sintetizam -se as principais conclusões. Ainda no V olume I descrevem -se, em anexo,
as medições e o orçamento que serviu de base à estimativa do investimento inicial.
3
4
2 CONSIDERAÇÕES GERAIS
5
O PEAASAR 2007-2013 impõe como um dos objectivos principais servir 90% da populaç ão de
Portugal com redes de drenagem e tratamento de águas residuais urbanas, sendo que cada sistema
deverá at ender pelo m enos 70% da população, garantindo t arifas compat íveis com a capacidade
económic a dos respectivos utentes. O objectivo nacional de 90% de serviç o, também já fazia parte
das metas do PEAASAR 2000-2006. Cont udo, apesar de se ter registado, nestes anos, um elevado
incremento no sector, não foi cumprida esta meta. Na Figura 2.1 apresenta-se a evolução da taxa de
atendimento da população com rede de drenagem e com tratamento de águas residuais , entre 1990 e
2006.
Nível de atendimento
77%
73% 72%
68% 66%
62% 64%
61%
58%
42%
31%
0%
6
Nível de atendimento
89% 89%
86%
82% 81%
77% 77% 76% 77% 78%
72% 71% 68% 72%
68% 67% 69% 70%
59%
46% 45%
39%
25%
Continente Minho e Cavado, Douro Vouga, Tejo Sado e Guadiana Ribeiras Açores Madeira
Lima Ave e Mondego, Mira do
Leça Lis e Algarve
Ribeiras
do Oeste
Figura 2.3 - Variação dos níveis de atendimento em drenagem e tratamento ao longo do país (adaptado
de REAADTAR, 2006).
Pela análise da Figura 2.3 conclui-se que, de facto, são as Regiões Autónomas e as Regiões do
Nort e do país que apres entam os níveis mais reduzidos de atendimento. O facto destas regiões
7
apresentarem índices de drenagem e de tratamento menores , deve-se, nomeadamente, à densidade
populacional e à topografia muit o acidentada.
ETAR FSC
Massas de água Massas de água
Regiões Hidrográficas Regiões Hidrográficas
Limite de Concelho Limite de Concelho
Figura 2.4 - Distribuição das instalações de tratamento ao longo do país (adaptado de REAADTAR, 2006).
A disposição das ETA R, ao longo do país, é bastante dispersa, enquanto que as FSC se encontram
maioritariamente no norte e interior de Portugal Continental, nomeadamente nas regiões hidrográficas
do Douro e do Vouga, Mondego, Lis e Ribeiras do Oeste. Este facto acontece não só porque os
aglomerados populacionais apresentam uma densidade populacional reduzida com distâncias
consideráveis entre eles, mas também devido à topografia bastante acidentada que dificulta e
condiciona a construção de longos emissários.
Numa avaliação global, verifica-se que o número de FSC é superior ao número de E TA R. Contudo, o
número destas últimas tem vindo a aumentar com a des activação, nos últimos anos, de muitas FSC
8
para dar lugar à construção de novas E TA R, dispondo de trat amento secundário ou de tratamento
terciário.
A maioria das E TA R existentes em P ortugal apresenta tratamento secundário, como se pode verific ar
pela Figura 2.5.
19% 18%
6%
12%
45%
No que se refere ao tipo de tecnologia de trat amento utilizada, verifica-se uma grande variedade em
todo o país, desde as tecnologias convencionais, como lamas activadas, até tecnologias patenteadas
de última geração. S egundo o Relatório A nual do Sector de Águas e Resíduos em P ortugal
(RASARP, 2007), em tempos houve tendência para a utilização de tecnologias como sistemas de
tanques Imhoff, leitos percoladores e discos biológicos. Mais tarde, verificou-se a preferência pela
utilização de lamas activadas, designadamente na variante de arejamento prolongado para
populações novas, ou sistemas de lagunagem. Hoje em dia são utilizadas as várias tecnologias do
mercado, adoptando-se a solução que se considera mais adequada para cada caso. As ETAR, que
apresentam trat ament o terciário para desinfecção, recorrem maioritariamente a tecnologias como a
cloragem, e a radiação ultra-violeta.
Actualmente, que se saiba, não existe em Portugal nenhuma E TAR, para águas residuais
domésticas, que recorra ao sistema de Biorreactores de Membranas, sendo esta uma tecnologia, por
isso, inovadora no país, do pont o de vista da aplicação.
9
Pontos de rejeição de águas residuais
12%
88%
Segundo o REAADTA R, o número de descargas directas nos meios hídric os receptores tem vindo a
diminuir, o que se reflecte na melhoria da qualidade da água desses meios.
Através da Figura 2.7 pode-se ter uma breve ideia da distribuição dos pontos de descarga, ao longo
do país.
Figura 2.7 - Distribuição dos pontos de descarga ao longo do país (adaptado de REAADTAR, 2006).
10
Numa tentativa de diminuir os impactes negativos que advêm das descargas de águas residuais,
pode ser import ante implementar sistemas que promovam a reutilização das águas tratadas. A
reutilização das águas residuais é um aspecto important e, não só porque a água é um bem essencial
para a saúde pública, que corre sérios riscos de escassez (devido ao us o descuidado e ao
aquecimento global), mas também porque poderá ser uma alternativa viável, económica e segura,
quer do ponto de vista sanitário quer ambiental para os diversos tipos de utilização.
O sistema de Biorreactores de Membranas constitui uma tecnologia muit o aliciant e, visto que permite
obter um efluente de elevada qualidade e pronto a ser reutilizado para variados fins. No capítulo 2.3.
é efectuada uma análise mais detalhada desta temática.
A fase líquida é constituída por várias etapas de tratamentos correspondendo a diferentes proc essos
e/ou operações de tratamento. As etapas de tratamento podem ser divididas em quatro grupos:
tratamento preliminar; tratamento primário, tratamento secundário e, por fim, tratamento terciário.
11
Pode ainda ser considerado um quint o tratamento, o chamado pré-tratamento. O pré-tratamento é
efectuado quando se realiza o tratamento conjunto de águas residuais domésticas e águas residuais
industriais para garantir a compatibilid ade entre estes dois tipos de águas e visa eliminar, por
exemplo, s ubstâncias tóxicas (pH elevados, temperaturas elevadas, elevadas quantidades de
gorduras, metais pesados, etc.) que possam interferir negativamente no funcionamento da E TAR. O
pré-tratamento pode ser efectuado à entrada do c olector industrial, ou na intercepção do colector
industrial com o colector doméstico.
Em seguida realiza-se uma breve descrição dos principais tipos de tratamentos mais realizados em
ETA R.
PRELI MINA R
O tratamento preliminar consiste numa sucessão de etapas, tendo como principal objectivo assegurar
um melhor funcionamento dos órgãos de tratamento a jusante, evit ando o desgaste precoce de
determinados equipamentos como consequência dos efeitos nocivos de alguns constituintes da s
águas residuais. Nesta etapa pode proceder-s e à remoção de sólidos grosseiros, areias e óleos e
gorduras.
O tratamento preliminar é realizado recorrendo a processos físicos, tais como: gradagem manual e/ ou
mecânica; desarenação e remoção de escumas e gorduras.
É habitual, nesta etapa, visto ser a primeira, realizar-se a medição do caudal afluente à E TA R.
Os processos de tratament o primário mais comuns em Port ugal são os seguint es:
decantaç ão estática;
decantaç ão lamelar.
Por vezes, para aumentar a eficiência do tratamento primário, recorre-se à adição de reagentes
(tratamento primário físico-químico).
É no tratamento secundário que se consegue remover a maioria da matéria orgânica e a maioria dos
sólidos suspensos totais, e por este motivo é considerada uma etapa relevante da fase líquida.
12
lamas activadas por arejamento prolongado (baixa carga) na variante de vala de oxidação – trat a-
se de um sistema de lamas activadas que opera com valores baixos da relação F/M
(substrato/microrganismos ), com elevadas concentraç ão de MLSS (“licor misto”), elevados
períodos de arejamento, idade de lamas elevada, elevada taxa de recirculação de lamas e
reduzida taxa de lamas em excesso. Este tipo de tratamento inclui tanque de arejamento (forma
oval em planta), decantador secund ário e sistema de recirculação de lamas, sistema de lamas em
excesso e sistema de arejamento. A vala de oxidação dispensa a decantação primária por reagir
bem às eventuais pontas de carga orgânica, e a etapa de estabilização de lamas uma vez que as
lamas em excesso se apresentam suficientement e mineralizadas;
lamas activadas (média carga) de mistura complet a – trata-s e de um sistema de lamas activadas
que opera com valores médios da relação F/M, com elevadas concent ração de MLSS, elevados
períodos de arejamento e consumo de oxigénio, idade das lamas elevada, moderada taxa de
recirculação de lamas e uma taxa muito reduzida de lamas em excesso. Este tipo de tratamento
inclui decantador primário, t anque de arejamento (forma rectangular em plant a), decantador
secundário e sistema de recirculação de lamas, de lamas em excesso e de arejamento. Este tipo
de tratamento exige um processo de estabilização de lamas, pois as lamas purgadas não se
encontram suficientemente mineralizadas;
leitos percoladores – t rata-se de um tipo de trat ament o que ocorre devido à filtração da água
residual através de um meio poroso parcialmente submerso. A configuração ideal para este tipo
de processo inclui o decantador primário seguido de leito perc olador e por fim pelo decantador
secundário. As lamas em excesso res ultantes do processo não são suficientemente
mineralizadas e por este motivo necessitam do de vido processo de estabilização;
lagunagem – os processos de lagunagem podem ser classificados consoante os níveis de
oxigénio, nomeadamente, em lagoas aeróbias, anaeróbias e facultativas. As lagoas aeróbias
operam na presença de oxigénio. O oxigénio é obtido de um modo natural, através do contacto
com a atmosfera, ou mecânico, através de agitadores de superfície ou difusores instalados no
fundo da lagoa. O arejamento mecânico t em a vantagem de cont ribuir para que a biomassa se
mantenha em suspensão. As lagoas aeróbias podem ainda dispor de sistema de recirculação de
lamas. As lagoas anaeróbias funcionam na ausência de oxigénio, para tal são, por vez es,
cobertas evitando o cont acto com a atmosfera. Têm a facilidade de trat ar águas residuais com
características bastante variáveis a nível de sólidos, óleos e gorduras, sendo indicadas para o
tratamento de águas residuais industriais. Nas lagoas facultativas o arejamento é, apenas,
garantido através do contacto com a atmosfera. Cons equentemente, parte dos afluentes sólidos
tem tendência a sedimentar e formar uma camada de substrato orgânico, no fundo da lagoa. Com
o tempo há tendência para que a camada de substrat o aumente e, por conseguinte, se formem
condições anaeróbias. Periodicamente, é acons elhável a extracção de lamas. Assim parte da
depuração das águas residuais, numa lagoa facultativa, é feita em condições aeróbias e outra é
realizada em condições anaeróbias (Metcalf & Eddy, 2003). Os processos de lagunagem têm
como principais vantagens os baixos custos de investimento e exploração e razoáveis
percentagens de remoç ão de CBO5 e SS T;
discos biológicos rotativos – neste processo de tratamento utiliza-se uma série de discos
agrupados e instalados segundo um eixo horizontal. Os discos rotativos podem ser de
poliestireno ou de policloreto de vinil o e são instalados num reactor biológico, parcialmente
13
imersos na água residual. O movimento circular efec tuado pelos discos, é induzido pelo eixo
horizontal (activado por um motor). Em geral, uma unidade de discos apresenta as dimensões d e
2
cerca de 3.5 m de diâmetro, 7.5 m de comprimento e 9300 m de área s uperficial, em que cerca
de 40% fica submersa. Neste tipo de tratamento por vezes, junt o à periferia dos discos, proceder-
se à instalação de difusores que facilitam o arejamento e cont ribuem para a rotação dos discos.
Grande parte do arejamento deste processo é garantida pelo contacto dos discos com a
atmosfera. Quando as águas residuais atravessam os discos, estes funcionam como barreiras
aos sólidos. Este tipo de tratamento exige um adequado tratamento preliminar (Metcalf & Eddy,
2003). Apresenta como principais vantagens os baixos custos de manutenção, dis pensa da
recirculação de lamas, reduzido tempo de retenção e baixos níveis de ruídos. Este tratamento
obriga à c onstrução de uma infra -estrutura de cobertura (para proteger o equipamento de
temperaturas muito baix as) e exige uma manutenção regular.
Existem ainda outros tipos e vertent es de tratamento biológico designadamente por leitos de
macrófitas (também designadas por fito -E TAR ou lagoa de macrófitas) e biofiltração.
O sistema MBR envolve duas fases distintas. Numa primeira fase o afluente, após tratamento
preliminar, entra num tanque de lamas activadas e é submetido ao tratamento biológico. Em seguida,
o efluente passa por um sistema de filtração de membranas onde se realiza a separaç ão
sólido-líquido, (Figura 2. 8).
14
Sistema Sistema
MBR Convencional
Águas Residuais Águas Residuais
Afluentes Afluentes
Tratamento Tratamento
Preliminar Preliminar
Reactor
Reactor biológico
Biológico
(com Membranas)
Decantador
Descarga do efluente secundário
Tratamento
terciário
Descarga
do efluente
Figura 2.8 - Diferenças entre os sistemas MBR e convencional.
Assim, graças à barreira física (membranas) que impede a passagem das bactérias, o sistema MBR
facilita o controlo dos parâmetros principais de operaç ão do sistema. A tecnologia MB R permite
eliminar a etapa de decantação secundária e garante a redução do volume do reactor biológico. O
efluente tratado será extraído a partir do interior das membranas, enquant o que a biomassa se
mantem no int erior do reactor biológico. A conjugação do trat amento por membranas com o
tratamento de lamas activadas garante a elevada qualidade do permeado produzido, com baixas
concentrações de SS T, de compostos orgânicos e de nutrientes. Em alguns c asos, o tratamento
terciário específico (nomeadamente a desinfecção por radiação ultra-violeta) também pode s er
eliminada, devido à elevada qualidade, do ponto de vista microbiológico, do permeado à saída do
reactor biológico de membranas.
Afluente
Poros da
Membrana
Membrana
Permeado
Figura 2.9 - Esquema representativo da filtração por membranas (adaptado de Evenblij, 2006).
15
Pode deste modo afirmar-se que a membrana é um equipamento que funciona como filtro semi-
permeável que separa a parte sólida, da parte líquida, do afluente. A membrana tem a capacidade de
filtrar a nível molec ular, permitindo apenas a passagem de partículas que sejam inferiores à dimens ão
dos poros da mesma. De acordo com o tamanho dos poros da membran a, o processo de filtração por
membranas pode ser classificado como:
microfiltração (MF);
ultrafiltração (UF);
nanofiltração (NF);
osmose inversa (OI).
Na Figura 2.10 podem visualizar-s e as componentes removidas por cada processo de filtração.
Açucares Bactérias
MF
UF
Processo de
Filtração
NF
OI
Figura 2.10 - Esquema representativo dos diferentes tipos de processos de filtração por membranas
(adaptado de Evenblij, 2006).
Através do Quadro 2.1 pode analisar-se a gama de pressões, a dimensão dos poros das membranas,
exemplo de aplicação e os componentes removidos , que estão associados a cada processo por
filtração de membranas.
Quadro 2.1 - Processos de filtração por membranas (adaptado de Mulder, 1996, Koros et al., 1996, in
Evenblij, 2006, e de Schneider & Tsutiya, 2001 in Maestri, 2007).
É import ante referir que, de um modo geral, quanto menor é a dimensão dos poros da membrana,
maior é a pressão necessária para realizar a filtraç ão e c onsequentemente maior es serão os
consumos de energia associados.
16
Para o tratament o de águas residuais os proc essos de filtração por membrana mais utilizados são a
ultrafiltração e a microfiltraç ão.
MATERIAL
As membranas podem ser fabricadas a partir de diferent es matérias, tais como cerâmica, metal e
materiais orgânicos. As membranas mais comercializadas são as de materiais orgânic os, porque
apresentam c aracterísticas adequadas à obtenção de permeados de boa qualidade, associados a
custos reduzidos quando comparadas com membranas de out ros materiais. As membranas de
cerâmica, são em média 10 vez mais caras que as membranas de material orgânico (Owen et al.,
1995, in E venblij, 2006).
Quadro 2.2 - Materiais constituintes das membranas (adaptado de Mulder, 1996, in Evenblij, 2006).
Acetato de celulose CA
Poliéterimida PEI
Poliacrilonitrilo PAN
Polietileno PE
Membranas de cerâmica
Através da Figura 2.11 podem visualizar-se, à esquerda membranas de material orgânico, e à direita
membranas de material cerâmico.
ESTRUTURA
A nível estrutural as membranas podem ser classificadas em is otrópicas e anisotrópicas. As
membranas isotrópicas apresentam uma estrutura uniforme ao longo de toda a sua extensão. Em
contrapartida, as membranas anisotrópicas, também conhecidas como membranas assimétricas
apresentam diferentes camadas com diferentes permeabilidades (E venblij, 2006).
17
Na Figura 2.12 s ão apresent ados esquemas representando diferentes tipos de membranas
isotrópicas e anisot rópic as.
Membranas Isotrópicas
Porosa Densa
Membranas Anisotrópicas
Porosa Densa
As membranas podem ainda ser classificadas de densas e poros as, dependendo das características
da superfície das membranas em c ontacto com o afluente. As membranas densas não apresentam
poros na superfície de contacto com o afluent e. As membranas porosas, como o nome indica
apresentam poros ao longo da sua superfície na sua constituição.
TIPOS DE FILTRAÇÃO
O processo de filtração pode processar-se de dois modos distintos: filtração convencional (da
literatura inglesa “dead-end filtration”) ou filtração tangencial (da literatura inglesa “c ross flow
filtration”).
A partir da Figura 2.13 pode-se averiguar as principais diferenças entra a filt ração convencional e a
filtração tangencial.
Afluente
Afluente
Material
retido
Membrana
Membrana
Permeado
Permeado
18
Apesar da filtração convencional ser mais suscept ível a problemas de acumulação de material na sua
superfície, o caudal de permeado filtrado é superior ao da filtração tangencial.
A nível de custos, a filtração convencional torna-se num método mais económic o, isto porque a
filtração tangencial exige uma constante recirculação do afluente o que provoca elevados consumos
de energia.
membranas;
estruturas de suporte que garantem a resistência necessária ao bom funcionament o do processo
de filtração, assegurando o suporte das pressões envolvidas;
rede de drenagem que encaminha o permeado para o reservat ório final.
Os módulos são responsáveis por encaminhar o permeado que resulta da filtração por membrana ,
impedindo o contacto do permeado com o afluente não tratado. Segundo Luque, 1999 (in Lorente,
2007), para se dimensionar um módulo de membranas é nec essário ter -se em conta que:
MÓDULOS PLANOS
Este tipo de módulos foi dos primeiros a aparecer no mercado, e tem uma estrutura bastante simples.
Estes módulos são os mais utilizados em Estações de Tratamento de Água Residuais.
Cada unidade do módulo é constituída por uma placa plana rígida e por duas membranas que s ão
instaladas nas faces da placa. Entre as membranas e a placa é instalada uma rede de drenagem que
é responsável pelo encaminhamento do permeado (Figura 2. 14).
Permeado Membranas
Retido
Afluente
Placa rígida
Permeado
19
Os constituintes do módulo são colocados verticalment e ou horizontalmente na estrutura e selados
nos bordos, facilitando apenas o escoamento do permeado através de tubagens até à extremidade do
módulo. Em seguida, são colocados os restantes módulos, também na mesma posição. Estes
apresentam o mesmo processo de funcionament o que o primeiro (Figura 2.15).
Permeado
Afluente Retido
Figura 2.15 - Rede de drenagem entre as membranas dispostas na vertical (adaptado de Lorente, 2007).
A densidade volumétrica dos módulos planos é relativamente baixa quando c omparada com módulos
de fibras ocas ou espirais. Os módulos de membranas planas permitem uma fácil montagem e
desmont agem das membranas. O custo e o c onsumo de energia dos módulos planos é reduzido
quando comparado com os outros módulos.
Neste tipo de módulos o escoamento é efectuado, em geral, do interior para o exterior das fibras. Em
seguida, o permeado é encaminhado para o exterior da tubagem como se pode visualizar na Figura
2.16.
Permeado Permeado
Tubo
Fibras Ocas colector Tubagem
Afluente Retido
Cada fibra da membrana é bastante densa e apresent a o tamanho de um poro. Segundo Lorente,
2007, são comercializadas fibras com diâmetros compreendidos entre 0.19 e 1. 25 mm.
O número de fibras instaladas na tubagem varia ent re aproximadamente 100 e 22 500 fibras (Maestri,
2007). Estes valores dependem das variáveis: diâmet ro da fibra; diâmet ro do módulo; do fabricante e
do tipo do processo de filtração por membrana (MF, UF, NF, OI) em uso (Figura 2.17).
20
a)
b)
Figura 2.17 - Módulos de fibra oca: a) Em tubagem, b) Em placas (Kubota e Zenon).
Em geral, a velocidade de operação recomendada em módulos de fibra oca é de 0.5 m/s a 2.5 m/s o
que faz com que o escoament o se dê em regime laminar. Deste modo, as fibras ficam sujeitas a
elevadas tensões tangenciais (velocidades elevadas e diâmetros muito reduzidos) (Lorente, 2007).
não podem ser sujeitos a elevadas pressões de funcionamento, o que limita o caudal do
permeado;
as fibras entopem facilmente porque apresentam diâmetros reduzidos, sendo por este motivo
necessário realiz ar um adequado tratamento preliminar;
os custos de substituição são elevados (Lorente, 2007).
MÓDULOS TUBULARES
Este género de módulo é um dos mais simples que existe no mercado. As membranas são instaladas
no interior de uma tubagem (em geral de PV C ou aço inoxidável) (Figura 2. 18). No interior da
tubagem existem também canais tubulares que permitem o escoamento do afluente. Estes canais
apresentam diâmetros que variam aproximadamente entre 3 a 25 mm e comprimentos que podem
variar de 25 cm e alguns metros. O dimensionamento destes canais é efectuado tendo em conta a
minimização do consumo de energia e a minimização dos custos de fabrico (Lorent e, 2007).
21
a) b)
Figura 2.18 - Módulos tubulares: a) em aço inoxidá vel; b) em PVC (adaptado de Maestri, 2007).
Neste tipo de módulos o afluente escoa pelo interior da tubagem e à medida que é filtrado pelas
membranas vai dando origem ao permeado. O permeado é então encaminhado para o exterior
através de uma tubagem adjac ente (Figura 2.19).
Afluente Retido
22
Espaço de escoamento
do afluente
Espaço de escoamento
do permeado
Membrana
Figura 2.20 - Esquema do corte transversal dum módulo enrolado em espiral (adaptado de Lorente, 2007).
Nos módulos enrolados em espiral tanto o escoament o do afluente como do permeado é realizado no
interior da tubagem. O escoamento efectua-se em direcção ao tubo central. O tubo central é o
equipamento responsável por encaminhar, em condições óptimas, o permeado para destino final
(Figura 2. 21).
Permeado
23
Permeado
Disco de membrana
Permeado
Eixo
oco
Figura 2.22 - Esquema representativo de um módulo enrolado em espiral (adaptado de Lorente, 2007).
O afluent e entra nos discos lateralment e, trans versalmente ao eixo oco. O processo de filtraç ão
ocorre ao longo do disco rotativo. À medida que o permeado s e vai formando é escoado, através de
canais, até ao interior do eixo oco, para depois ser encaminhado para os seus diferentes fins.
O movimento uniforme circular garante a remoção cont ínua do material que possa ficar retido na
superfície das membranas.
Estes módulos apresentam como des vantagens os elevados consumos de energia e a grande
dificuldade na ampliação do sistema. Por este motivo, estes módulos são utilizados em aplicações de
pequena escala.
24
Água
Residual
Módulo de
Membranas Permeado
b)
Bioreactor
a)
Figura 2.23 - Esquemas dos sistemas SMBR. a) SMBR com módulo de membranas planas; b) SMBR com
módulos de membranas de fibra oca (adaptado de KUBOTA).
Nos MBR com módulos submersos, o permeado é obtido por diferenças de pressão ent re a coluna de
líquido no interior do biorreactor e os canais do permeado. Em geral, estes MBR têm um caudal de
permeado menor que os MBR de módulos externos. Isto, porque a pressão t ransmembranar (P TM) é
limitada e o mec anismo de limpeza não é tão eficiente (Viana, 2004).
Módulo de
Membranas
Bioreactor
Permeado
Figura 2.24 - Esquema dos sistemas EMBR e EMBR com módulos de membranas de fibra oca na
fotografia (adaptado de KUBOTA).
Nos MBR com módulos externos, o permeado é obtido por diferenças de pressão positivas entre a
coluna de líquido no interior do biorreactor e uma válvula reguladora de pressão. Nestes MBR pode
também recorrer-se a uma bomba de sucção que pode ser ligada aos canais do permeado. Com a
instalação de uma bomba deste tipo no sistema garante-se o aumento do caudal do permeado
(Viana, 2004).
Este tipo de MBR tem maior flexibilidade de operação. Contudo, apresenta maior consumo de
energia. Devido ao elevado consumo de energia, este tipo de MB R é mais viável em pequenas ou
médias instalações (Schneider & Tsutiya, 2001 in Maestri, 2007).
25
Em seguida, apres enta-se um quadro s íntese, Quadro 2.3, com as vantagens e des vantagens de um
sistema de SMBR e de um sistema de EMBR.
Quadro 2.3 - Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de tecnologias MBR (adaptado de Torres,
2006 in Maestri, 2007).
Tipo de
Vantagens Desvantagens
MBR
No que se refere a substâncias tóxicas, estas devem ser evitadas pois podem inibir directamente, a
partir de c erta concentração, o metabolismo dos microrganismos. São exemplo destas substâncias,
designadamente os metais pesados (por exemplo, chumbo e zinc o), a amónia, os catiões alcalinos e
alcalinos terrosos, entre outros.
26
2.3.4.3 CONCENTRAÇÃO DE BIOMASSA
A concentração de biomassa é também um parâmetro que deve s er controlado para s e manter em as
condições necessárias a um eficiente tratamento biológico. No biorreactor, é necessário que a
concentração de biomassa se encontre na fase de crescimento exponencial, conforme se apresenta
na Figura 2. 25.
exponencial
crescimento
estacionária
adaptação
Fase de
endógena
Fase de
Fase
Fase
Concentração
Substrato
Biomassa
Tempo
Figura 2.25 - Curva de crescimento da biomassa (adaptado de Metcalf & Eddy, 2003).
Através da curva anterior é fácil verificar que é na fase de crescimento exponencial que se garante
maior velocidade de crescimento dos microrganismos, e o maior consumo de substrato.
2.3.4.4 AREJAMENTO
O arejamento é necessário, de forma cont ínua, para fornecer oxigénio à biomassa para que se possa
promover o processo biológico em condições aeróbias. Em sistemas de MBR com módulos
submers os, como já foi referido ant eriormente, o arejament o garante ainda a turbulência necessária
para evit ar a acumulação de matéria sólida na superfície da membrana.
Assim, segundo Vis vanat han, 2000 (in Maestri, 2007), para que um sistema MB R opere em boas
condições, as concentrações de SS T devem ser inferior es a 40 000 mg/ L. Segundo Metcalf & Eddy,
(2003), a concentração óptima de SS T num biorreactor varia ent re 5 000 e 20 000 mg/L.
27
Deduz-se que quanto maior for o P TM maior será o caudal de permeado produzido. Contudo, na
prática, esta linearidade só se verifica nos primeiros instant es, porque à medida que se aumenta a
PTM, a quantidade de partículas retidas na superfície da membrana aumenta também rapidamente.
Esta variação pode ser ilustrada pelo gráfico apresentado na Figura 2.26.
Caudal
Caudal máximo
Caudal crítico
PTM PTM
crítico
Figura 2.26 - Comportamento do caudal produzido de permeado à medida que se aumenta o parâmetro
PTM (adaptado de TARDIEU, 1997, in Maestri, 2007).
Pela anális e da Figura 2.26 pode constatar-se que numa fase inicial o caudal aumenta até se atingir
um determinado patamar, correspondente ao caudal máximo. A partir deste valor, por mais que se
aumente a P TM o caudal não aumenta significativamente, o que significa que a membrana acumulou
matéria sólida à superfície, resultando no aumento da perda de carga. Nesta situação, deve proceder-
se à limpeza das membranas. Para controlar esta situação, é fixado um caudal crítico que permite
controlar o desempenho do biorreactor. S empre que se atinja este valor crítico deve proceder-se à
limpeza das membranas.
POLARIZAÇÃO DE CONCENTRAÇÃO
O fenómeno de polarização de concentração refere-se à acumulação de substâncias na interface
membrana/solução até formar uma camada que c onsequentemente vai avançando em direcção ao
afluente (Figura 2.27).
Afluente Permeado
Polarização de
concentração
Pressão p 1 Pressão p 2
Membrana
Δp = p1 -p2
28
A camada formada por partículas retidas acaba por funcionar t ambém como filtro e pode levar à
diminuição significativa do caudal do permeado produzido.
FOULING
Quadro 2.4 - Diferentes substâncias que podem afectar o desempenho de uma membrana (adaptado de
Metcalf & Eddy, 2003).
Na Figura 2.28 apres enta-se uma fotografia que define o aspecto do biofilme formado na superfície
da membrana.
Metcalf & Eddy (2003) definem ainda três processos que podem provocar o “fouling”/ polarização de
concentração. São eles os seguintes:
29
Afluente
Permeado
Permeado
formação de uma camada devido à polarização de concentração – ocorre quando a maioria dos
sólidos suspensos do afluent e apresentam um diâmetro superior ao dos poros da membrana
(Figura 2. 31).
Afluente
Permeado
30
Quadro 2.5 - Empresas que contribuíram para a realização do estudo económico da MWH Americas, Inc
(adaptado de Adham et al., 2007).
Fornecedores Tipo de MBR Objectivo Impacte de custos
Koch Membrane Systems
Módulos de Valorizar a área ef ectiva
Reduzir os custos de
f ibra oca da membrana; minimizar a
substituição das membranas
submersos ruptura das f ibras
Huber Technologies Inc.
Módulos com
discos rotativos Reduzir o arejamento Reduzir os custos de energia
submersos
Parkson Corporation
Módulos Reduzir o arejamento e Reduzir os custos de energia,
tubulares aumentar o f luxo reduzir custos de capital das
externos operacional membranas
Kruger Inc. Reduzir os custos de limpeza e
Módulos planos Melhorar a ef icácia na
os custos de substituição das
submersos limpeza das membranas
membrana
3 000
2 500
2 000
1 500
1 000
500
0
2000 2003 2006
Ano
Figura 2.32 - Evolução do custo do sistema MBR para a capacidade de 44 l/s (adaptado de Adham et al.,
2007).
A diminuição do custo dos sistemas MBR, que se t em verificado na última década, deve-se
essencialmente ao desenvolvimento da tecnologia e ao aumento da concorrência no mercado. O
aumento dos custos associados às instalações está ligado ao aument o do custo do cimento e das
matérias -primas necessárias à realização das obras de construç ão civil e do equipamento.
Os dados base considerados para a determinação da estimativa de custos dos sistemas MBR (para a
capacidade de 44 l/s e 220 l/s) são apresentados no Quadro 2.6.
31
Quadro 2.6 - Dados base da estimativa orçamental (adaptado de Adham et al., 2007).
Critérios Unidades Valor
Água bruta
CBO5 mg/l 290
CQO mg/l 630
SST mg/l 320
Amónia mg/l 30
Fósf oro total mg/l 2
Temperatura ºC 20
Condições de dimensionamento do reactor biológico
Carga hidráulica m3/m2/dia a 25 ºC 0.7 Submersos 1.2 Externo
MLSS g/l 8
Tempo de retenção hidráulico h 6
Idade de lamas dias 10
Efluente final
CBO5 mg/l <2
Amónia mg/l <1.0
Azoto mg/l <10
Fósf oro total mg/l <2.0
Os dados base referem-s e a parâmetros característicos de água residual bruta, e que se podem
considerar aceitáveis em Portugal, para águas residuais domésticas, condições adequadas de
funcionament o do reactor e características ou requisitos do efluente final. É importante referir que são
apresentados dois valores para a carga hidráulica: o que caracteriza um sistema MB R submerso,
3 2 3 2
0.7 m /m /dia e o que caracteriza o sistema MB R externo, 1.2 m /m /dia. O sistema MB R externo
apresenta um valor superior ao do sistema MB R submerso porque para a limpeza das membranas
exige-se a recirculaç ão do MLSS em toda a superfície das membranas , para evitar a deposição de
sólidos à superfície.
Quadro 2.7 - Custos de investimento inicial (em milhares de euros) (adaptado de Adham et al., 2007).
44 220
Caudal médio
(l/s) (l/s)
Trabalhos prévios 410 1 638
Tanques 399 1 862
Sistema mecânico de elevação do equipamento 44 55
Sistema de membranas 1 126 - 1 849 4 606 - 6 151
Material mecânico 381 2 195
Edifício dos ventiladores e bombas 217 763
Sistema de dosagem de cloro 197 986
Subtotal 2 775 - 3 498 12 105 - 13 650
Equipamento eléctrico 417 - 525 1 763 - 2 143
Equipamento mecânico 361 - 455 1 529 - 1 857
Trabalhos de campo 250 - 315 1 058 - 1 286
Subtotal 3 802 - 4 792 16 455 - 18 936
Custos de estrutura 571 - 719 2 416 - 2 936
Subtotal - Custos de construção e equipamento 4 373 - 5 511 18 871 - 21 871
Terreno 655 1 528
Contigencias 656 - 827 2 779 - 3 376
Projecto de engenharia/Jurídico/Administrativo 656 - 827 2 779 - 3 376
Total - Investimento Inicial
326 339 - 7 820 25 956 - 30 152
O Quadro 2. 7 apresenta os custos de investimento inicial (em milhares de euros ). Para uma
capacidade de 44 l/s estima-se que o investimento inicial, excluindo terrenos, contingências e
projecto, varie entre 4 373 000 € e 5 511 000 €, enquanto que para um sistema com capacidade de
220 l/s, varie entre 18 871 000 € e 21 871 000 €.
Quadro 2.8 - Custos de operação e manutenção (milhares de euros por ano) (Adham et al., 2007).
44 220
Caudal médio
(l/s) (l/s)
Consumo de energia 70 348
Reparação/substituição do equipamento 30 - 45 126 - 177
Limpeza química 7 37
Desinfecção química 4 21
Substituição dos difusores 2 11
Substituição das membranas 32 - 84 153 - 379
Trabalhadores 28 78
Total - O&M 173 - 240 773 - 1 050
Assim, para uma capacidade de 44 l/s estima-se que o custo de operaç ão e manut enção do sistema
MBR varie entre 173 000 €/ ano e 240 000 €/ ano, enquanto que num sistema com capacidade de
220 l/s varie entre 773 000 €/ano e 1 050 000 €/ano. Através da Figura 2.33 é possível visualizar
quais as operações e actividades de manutenção que, em média, têm maior influência no c usto total
de operação e manutenção do sistema MBR com capacidade de 44 l/s.
13%
34%
28%
6% 19%
Assim, verifica-se que os custos de energia (34%), e os custos relacionados com a substituição das
membranas (28% ), são os que apresentam maior “peso” nos custos de operação e manutenção. As
operações que exigem maior consumo de energia são o arejamento e a limpeza das membranas.
33
2.3.6 CONSUMOS DE ENERGIA
O consumo de energia é um aspecto importante a ter em conta no dimensionament o de uma estação
de tratamento de águas residuais pois afecta directamente os encargos de operação e manutenç ão
durante todo o período de vida útil da E TAR.
Uma das des vantagens da aplicação do sistema MBR é o elevado consumo energético. O consumo
energético depende do tipo de sistema MB R adoptado, do tipo de filtraç ão e do caudal de permeado.
Para o tratamento de mesma carga orgânica, o sistema SMBR exige, em geral, muito menor
consumo energético que um sistema EMBR. As componentes que contribuem para o aumento do
consumo de energia no sistema SMBR são o sistema de arejamento, os grupos electrobomba, o
módulo de membranas propriamente dito e os agitadores. Destas componentes, a que apresenta
maior influência no consumo total de energia é o sistema de arejamento (c erca de 30%) (Lopetegui e
Trouvé). Segundo Côté et al. (1998), in Viana (2004), o consumo de energia num sistema de EMBR
3
apresenta valores típicos que variaram entre 2 e 10 kWh/m e o consumo de energia num sistema de
3
SMBR situa-se habitualmente entre 0.2 e 0.4 kWh/m .
Os sistemas MBR que recorrem à filtração convencional apresentam menores consumos de energia
quando comparados com os sistemas MBR com filtração t angencial, para a mesma carga orgânica
afluente e para a produção da mesma quantidade de permeado.
O elevado consumo de energia do sistema EMBR deve -se principalmente ao sistema de arejamento,
aos grupos electrobomba, ao sistema de tubagens, ao módulo de membr anas propriamente dito e à
perda de carga ao longo do circuito de recirculação de lamas. Segundo Zhang (2003) o módulo de
membranas é a componente que consome mais energia num sistema EMBR, variando entre 38% e
52% do total da energia consumida. Segundo o mesmo autor, o consumo total de energia de um
sistema EMBR em condições normais, com as características apresentadas no Quadro 2. 9, sujeito a
um efluente com aproximadamente 653 mg/l de CQO, e 56 mg/l de azoto, no qual se realize lavagens
periódicas às membranas (em contracorrente) e no qual tenha lugar constante recirculação de lamas,
3
é cerca de 2 kWh/m de permeado.
34
O consumo total de energia de um sistema EMB R de baixo consumo energético é, em geral, 5 vezes
superior ao de um sistema convencional de lamas activadas (L opet egui e Trouvé).
80.00
70.00
60.00
Percentagem (%)
50.00
40.00
30.00
20.00
10.00
0.00
0 48 96 168 216 240 264 288 312 336 360 384 386 387 388 408 421 432
Tempo (horas)
Sistema de aerejamento Sistema de tubagens Grupos electrobomba
Módulo de Membrana Sistema de Recirculação
Figura 2.34 - Percentagem do Consumo e nergético das componentes do sistema EMBR (Zhang, 2003).
3.50
Consumo total de energia
(kWh/m3 de permeado)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
0 100 200 300 400
Tempo (horas)
Figura 2.35 - Consumo total de energia do sistema EMBR analisado por Zhang, 2003.
Através dos gráficos averigua-se que existe um período inicial, de adaptação do sistema, onde se
verificam baixos consumos de energia. O período inicial diz respeito ao tempo necessário para que se
atinja a concentração ideal de MLSS no interior do reactor biológico. A pós este período, o caudal de
permeado vai diminuindo gradualmente, devido à acumulação de sólidos nos interstícios das
membranas, e consequentemente verifica -se o aumento do consumo total de energia. Para minimiz ar
a possibilidade de ocorrência de fenómeno do tipo “fouling” pode realizar-se uma lavagem rápida
(5 min), em contrac orrente, que garanta uma diminuição do consumo total de energia. Quando o
consumo de energia atinge valores elevados, é importante que se efectue a limpez a das membran as
de um modo mais eficiente.
35
2.3.7 LIMPEZA DAS MEMBRANAS
A limpeza das membranas é um processo muito importante, que contribui para a boa eficiência do
sistema MBR. Como mencionado anteriormente, à medida que se vai realizando o processo, as
membranas vão ret endo partículas que são res ponsáveis pela diminuição do caudal do permeado
produzido. Para manter relativamente constante o caudal de permeado, deve efectuar-se a limpeza
das membranas com dada frequência. Segundo Cheryan, 1998, in Lorente (2007) a limpeza pode s er
de nat ureza física, química e térmica:
física: através de jactos de água a elevada pressão. Os jactos de água são utilizados quando os
agentes químicos não se revelam muito eficientes.
química: na limpeza são utilizados diferentes agentes químicos que permitem eliminar e destruir
determinadas substâncias;
térmica: sob a forma de calor, permite acelerar a velocidade das reacções químicas;
LIMPEZA FÍSICA
A limpeza de membranas inicia-se, em geral, com uma operação física, que consiste em mergulhar
as membranas em água. Esta primeira operação permite eliminar algumas partíc ulas que se
encontram acopladas à membrana e ainda a maioria das partículas que se encontra à superfície da
mesma. Esta operação garante a redução dos reagentes necessários para eliminar as partículas que
ainda ficam associadas à membrana (Lorente, 2007).
LIMPEZA QUÍMICA
Os agentes químicos podem actuar de diferentes maneiras . Por este motivo, distinguem-se os
seguintes mecanismos de limpeza química:
ácidos: que permitem eliminar sais met álicos e óxidos metálicos. Os agent es mais utilizados para
a limpeza química de membranas são o ácido clorídrico e ácido sulfúric o (preço reduzido), ácido
nítrico (oxidante forte que actua facilmente sobre compostos orgânicos que tem a des vantagem
36
de ser bastante corrosivo), ácido fosfórico (bastante eficaz na eliminação de catiões metálicos e
permite controlar o pH da solução que tem a des vantagem de ser oneroso) e os ácidos orgânicos;
alcalinos: permitem remover a sílica, part ículas inorgânicas coloidais e orgânicas . São exemplos
de agentes alcalinos soda cáustica (base muito simples), o carbonato de sódio (económico mas
em contrapartida pode levar à formação de depósitos de carb onato de cálcio na superfície da
membrana), os fosfatos e o hipoclorito de sódio;
tensioactivos: permitem eliminar substancia hidrofóbicas. Os mais conhecidos são os sulfonat os,
os sulfatos e os fosfatos;
agentes quelantes: são agentes que reagem com os átomos metálicos e permitem sequestrar
catiões metálicos e, consequentement e, reduzir a formação de sais metálicos. O agente quelante
mais utilizado é o EDTA;
enzimas: são agentes especialmente importantes para a limpeza de membranas que não
suportam alt as temperaturas. As proteases são um exemplo de enzimas muito utilizadas neste
âmbito, pois facilitam a eliminação de proteínas (Lorente, 2007).
A B
Figura 2.36 - Aspecto do afluente inicial e do efluente final após atravessar do sistema MBR.
Além de se apresentar como uma tec nologia fiável, necessita de menor área de aplicaç ão quando
comparada com as tecnologias convencionais. Deste modo, podem enumerar-se as seguintes
vantagens do sistema de MB R, quando comparado com os sistemas convencionais de lamas
activadas e de leitos percoladores:
elevada qualidade do efluente final, com possibilidade da reutilização das águas residuais
tratadas para usos compat íveis;
redução da área de implantação da E TAR;
pode operar com idade das lamas elevadas o que pode conduzir a uma reduç ão de produção de
lamas;
concentração elevada de biomassa no reactor biológico;
eliminação da etapa de decantação sec undária e, cons equentemente, dos problemas associados
a esta etapa;
redução da emissão de odores, permitindo a sua instalaç ão em ambientes fechados.
37
As des vantagens dizem respeito ao elevado investimento inicial, assim como aos elevados encargos
energéticos. Alguns problemas de operação passam pela colmatação das membranas. Assim,
sucintamente, apres entam -se as principais des vantagens:
38
3 ESQUEMA E CÁLCULOS PARA O P ROJECTO BAS E DE REABILITAÇÃO DA ETAR DE
MAGOITO
3.1 ENQUADRAMENTO
O presente Projecto Base foi elaborado na sequência do Estudo Prévio e visa a reabilitação da
Estação de Tratamento de Águas Residuais (E TAR) de Magoito. A ETA R de Magoito localiza-se no
concelho de Sintra, na margem Sul da ribeira da Mata, próximo da praia de Magoito. Esta estação de
tratamento recebe os efluentes das povoações de Bolembre, Magoito, Tojeira, Aldeia Galega, Arneiro
dos Marinheiros, Fontanelas, Gouveia e Pernigem da freguesia de São João Das Lampas.
Em fase anterior ao present e Projecto Base foram estudadas duas soluções de trat amento para a
ETA R. A denominada Solução “1” preconiza va a adaptação e remodelação do actual esquema de
tratamento da E TAR de Magoito (lamas activadas de arejament o prolongado) para um sistema de
MBR (Membrane bioreactor) a instalar nos reactores biológicos existentes . Por outro lado, a
Solução “2” previa a reabilitação da E TAR mantendo o mesmo esquema de tratamento da fase
liquida: lamas activadas na variante de arejamento prolongado, incluindo desinfecção por radiaç ão
UV, e melhoramento do esquema de tratamento da fase sólida. Tendo em conta os vários critérios de
selecção (solução mais vantajosa do ponto de vista técnico, social, económico e ambiental) acabou
por ser adoptada, para desenvolvimento posterior, a solução “1”.
39
A Figura 3.1 diz respeit o a uma fotografia aérea da Praia e da ETA R de Magoit o.
Actualmente o sistema apresenta três emissários afluentes à E TA R. Os dois emissários que chegam
a Nort e da E TA R unem-se numa câmara de visita localizada na margem Norte da ribeira da Mata
imediatamente a mont ante da estação. Esta câmara de visita apresenta uma queda gravítica, de
forma a que o colector possa passar sob a ribeira da Mata. No interior do recinto da E TAR existe uma
estação elevatória que permite bombar os caudais para a cabeça da obra de entrada.
40
A sul da E TA R aflui o emissário que transporta as águas residuais provenientes da freguesia de
Fontanelas. Este emissário aflui graviticament e à ETA R e entra directamente na obra de entrada.
Na Figura 3.3 apresent a-se o esquema de chegada dos emissários à estação de tratament o de
Magoito.
Fase Fase
Líquida Sólida
Águas Residuais
Lamas
Afluentes
Tamisação
Desinfecção
Descarga do efluente
Figura 3.4 - Esquemas de tratamento das fases líquida e sólida da situação actual.
41
A desidratação mecânica das lamas era feita inicialmente através de um sistema de sacos. Mais
tarde, veio a recorrer-s e a uma unidade móvel de filtro de banda. Actualmente, a E TAR apresenta
ainda dois leitos de secagem de recurso.
Deste modo, o esquema de tratamento existente na E TAR de Magoito é o indicado na Figura 3.5.
EE Obra de Entrada
Tanque de Arejamento
Decantadores Secundários
Linha
Desinfecção por Cloro de Água
Ultra-Violeta
Desidratação
Mecânica
Legenda
Fase Líquida
Leitos de Secagem
Fase Sólida
O efluente bruto é elevado até à obra de entrada a partir de uma estação elevat ória localizada à
cabeça da E TAR. Na obra de ent rada, o efluente elevado passa por uma grelha mecânica onde tem
lugar a gradagem mecânica. Caso seja necessário realizar eventuais manutenções na grelha
mecânica, o efluente é des viado para um c anal lateral em “by-pass” onde existe uma grelha manual.
Em seguida, o efluente é encaminhado para um desarenad or onde as areias acumuladas no fundo
são removidas manualmente e encaminhadas para um aterro sanitário. Após o desarenador, o
efluente passa por um canal “Parshall” onde é efectuada a medição do caudal.
Na Figura 3.6 apresent am-se fotografias da estação elevat ória inicial, da gradagem, do desarenador
e do canal “Pars hall”.
a) b)
a) b) c) d)
Figura 3.6 - Fotografias de diferentes órgãos da ETAR de Magoito: a) estação elevatória inicial;
b) gradagem; c) desarenador; d) canal “Parshall”.
42
c) d)
Após a obra de entrada, o efluente é encaminhado até aos tanques de arejamento por uma conduta
com escoamento sob pressão. O tratamento biológico é concretizado em duas linhas independentes
constituídas por um tanque de arejamento (planta rectangular) e um decantador secundário, cada
uma. Nos tanques de lamas activadas o arejamento e a agitação do “licor misto” são garantidos
através de arejadores superficiais conforme se pode ver na Figura 3.7 b). Parte das lamas
provenientes da decantação são recirculadas, de modo a manter uma c oncent ração suficiente de
lamas frescas nos tanques de arejamento.
O proc esso de trat ament o de lamas em excesso foi seleccionado tendo em conta a di mensão da
ETA R de Magoito e o esquema de tratamento biológico adoptado, compreendendo as seguintes
etapas:
As lamas em excesso são conduzidas p ela acção de grupos electrobomba para um tanque coberto,
situado no int erior do edifício de tratamento de lamas, afluindo posteriormente, por bombagem, ao
equipamento de espessamento e desidratação das lamas.
Actualmente apenas uma das linhas segue o tratamento secundário descrito anteriormente. O out ro
tanque de arejamento serve de reservatório para afluências excessivas , em tempo húmido, e o
respectivo decantador secundário está a ser utilizado para espessar as lamas em excesso, antes de
serem encaminhadas para desidrat ação mecânica.
Na Figura 3.7 apresent am-se fotografias dos tanques de lamas activadas, dos decant adores
secundários e do tratamento de lamas móvel.
43
a) b)
c) d)
O tratamento de afinação é constituído por uma mic rotamisação para diminuir a conc entração de
sólidos suspensos antes da et apa de desinfecção por ultravioleta. A pós a desinfecção por radiaç ão
UV é adicionado hipoclorito de sódio ao efluente, antes da descarga no meio receptor.
A Figura 3. 8 diz respeito a fot ografias do microt amisador e da estação elevat ória final da E TA R do
Magoito.
a) b)
Figura 3.8 - Fotografia do a) microtamisador e b) da estação elevatória final da ETAR do Magoito.
44
EFICIÊNCIA DA ETAR
Foram avaliados os resultados das análises para o controlo de qualidade da ETA R de Magoit o para
os anos de 2005 a 2008, fornecidos pelos SMAS de Sintra. Analisaram -se os resultados de caudal
afluente à ETA R e ainda alguns parâmetros de qualidade, nomeadamente oxidabilidade,
condutividade, pH, CBO5, CQO, amónia, nitritos, nitratos, azoto Kjldhal, azoto total, fósforo total,
oxigénio dissolvido, SST, sulfatos, óleos e gorduras e d etergentes. Em seguida, efectua-se uma
síntese das principais ideias desta pesquisa.
Desde a entrada em operação da E TAR de Magoito, até 2008, verific a-se que o caudal afluente à
ETA R aumentou significativamente, para mais do dobro do valor inicial, nos períodos estivais. Este
facto é justificado devido ao aumento significativo da população servida pela E TA R, à desactivaç ão
de fossas sépticas existentes e consequente ligação à rede de drenagem , e ao aumento da
população flutuante durante a época balnear, potenciado pela proximidade da cidade de Lisboa. O
aumento de caudal torna-se mais gravoso nos períodos chuvosos, devido às afluências indevidas à
rede de drenagem e às infiltrações ao longo da rede. Na Figura 3.9 apresenta-se a curva de evoluç ão
do caudal médio, desde Janeiro de 2005 até Abril de 2008.
1600
2005 2006 2007 2008
1400
1200
1000
Caudal (m 3/dia)
800
600
400
200
0
Jul-05
Jul-06
Jul-07
Mar-05
Mar-06
Mar-07
Mar-08
Mai-05
Mai-06
Mai-07
Set-05
Set-06
Set-07
Jan-05
Nov-05
Jan-06
Nov-06
Jan-07
Nov-07
Jan-08
Mês
Figura 3.9 - Caudal médio diário nos anos 2005, 2006, 2007 e nos primeiros 5 meses de 2008.
No que se refere à qualidade da água residual afluent e à E TA R de Magoito, a avaliação tem sido
efectuada através de um programa de controlo analítico com determinação de parâmet ros físico s,
químicos e microbiológicos. No Quadro 3.2 apresenta-se um resumo das eficiências da E TA R em
relação aos parâmetros CB O5, CQO, SS T, entre 2005 e 2008.
45
Da análise do Quadro 3.2, verifica-se que a E TA R de Magoito tem apresentado eficiências globais de
tratamento que variam entre 74% e os 94% para a CBO5, e entre 75% e 82% para a CQO. As
eficiências de trat ament o nos últimos anos foram sempre superiores a 80% para os SS T. No que diz
respeito à remoção de microrganismos, os valores obtidos no efluente cumprem geralmente os
critérios de qualidade após o tratamento de desinfecção por radiação ult raviolet a e a adição de cloro.
Na Figura 3.10 ilustra-se o aspecto actual da ribeira da Mata, junto da foz, em período estival.
46
100000
2007 2008
10000
(ufc/100 mL)
1000
100
10
Abr-08
Dez-07
Jun-07
Jul-07
Out-07
Mar-08
Fev-08
Mai-08
Ago-07
Set-07
Nov-07
Jan-08
Mês
Coliformes Fecais Coliformes Totais Escherichia Coli Estreptococos
Figura 3.11 - Qualidade microbiológica na ribeira da Mata antes da ETAR, em 2007 e 2008 , em termos de
coliformes fecais, coliformes totais, Escherichia coli e estreptococos.
Pelo gráfico apres entado verifica-se que a ribeira da Mata apresenta elevado grau de poluição já
antes da descarga do efluente da ETA R. Através de análises recolhidas verificou -se, por diversas
vezes, que a ribeira da Mata apresent a uma qualidade inferior à qualidade do efluente final da E TAR,
no que diz respeito aos parâmetros microbiológicos.
Existem ainda outros factores que puderam conduzir ao agravamento da qualidade da água da ribeira
da Mata, que são as descargas directas de colectores pluviais e o escoamento de efluentes de fossas
sépticas. As descargas directas de colectores pluviais podem causar impactes negativos signific ativos
nos meios receptores, ao nível de qualidade da água.
No presente trabalho, considerou-se para o ano de reabilitação da E TAR o ano de 2008 e para os
anos de horizonte de projecto o ano 2028 e 2048, respectivament e para o equipamento
electromecânico e para as obras de construção civil. Em s íntese, os dados bas e principais
encontram-s e no Quadro 3. 3.
47
3.3.2 POPULAÇÃO DE PROJECTO
As estimativas populacionais nos anos horizonte projecto foram obtidas a partir dos res ultados dos
Cens os Populacionais, admitindo que a variação populacional apresenta um comportamento em
evolução geométrica.
Dos resultados obtidos é importante salient ar que a freguesia de S ão João das Lampas evoluiu de
7690 habitant es para 9665 habitant es entre 1991 e 2001. Estes result ados corres pondem a uma taxa
geométrica de evolução de 2.3%. Contudo não é expectável que a taxa de crescimento verificada
nesse período se mantenha em anos posteriores. Antes pelo contrário, poderá ter tendência para
diminuir.
Assim, para estimar a população nos anos horizonte projecto optou-se por considerar uma taxa de
crescimento de 2.3% até 2028, e uma taxa de crescimento nula nos anos seguintes, até 2048.
Uma vez que a E TA R de Magoito fica localizada junto à praia de Magoito verifica-s e, nos períodos
estivais, um aumento signific ativo da população. Por este motivo foi ainda estimada uma populaç ão
sazonal flut uant e. A população flutuante foi determinada com base em informação retirada dos
Cens os de 2001, analisando a capacidade total associada aos alojamentos existentes. Considerou-se
2 habitantes flut uant es por fogo.
48
Quadro 3.5 - Capitações e factor de afluência à rede.
Valores (Pop. Residente)
Simbolo Unidade
2008 2028 2048
Capitação (Ano 0) I/(hab.dia) 160 150 140
Capitação (pop flutuante - Ano 0) I/(hab.dia) 160 160 160
Precentagem de População ligada % 70% 80% 90%
Factor de afluência - 0.80 0.80 0.80
População Flutuante % 50% 50% 50%
Considerou-se 50% do t otal do pot encial da população flutuante, para efeito de cálculo,
correspondente aos períodos de maior afluência.
Tendo em atenç ão os valores mencionados é possível determinar os caudais de projecto através das
seguintes expressões:
A valiando a curva do caudal afluente à E TA R nos últimos anos, que se encontra na Figura 3.9,
considerou-se um caudal de infiltração 1.5 vez es superior ao caudal médio.
Assim, através do raciocínio descrito, foi possível obter os valores dos c audais de projecto que se
encontram apres entados no Quadro 3. 6.
49
3.3.4 CARGA POL UENT E DE PROJECTO
Com base no estudo efectuado relativo aos resultados das análises para o controlo de qualidade da
ETA R de Magoito (entre o ano 2005 e o ano 2008), estimaram-se os valores das cargas poluent es de
projecto, considerando as concentraç ões médias e o c audal médio afluent e à E TA R. Esta estimativa
foi determinada apenas para o período estival, em que não há influência significativa de caudais
indevidos de origem freática. No Quadro 3.6 apresenta-se a síntese de resultados, em termos da
CBO5, CQO e SST, assim como da população equivalente, e da capitação correspondente.
Quadro 3.7 - Concentração e cargas poluentes afluentes à ETAR.
Para se entender melhor a solução adoptada apresenta-se, em seguida, uma descrição dos principais
aspectos legislativos e os critérios de qualidade do efluente tratado. Descreve-se, também,
sumariament e, o sistema de drenagem afluente à E TA R d e Magoito, apresentando-se seguidamente
o esquema de tratamento adoptado. Por fim, procede-se à caracterização dos vários processos e
operações que ocorrem na E TA R.
50
1 de Agosto. Os Dec retos referidos transpõem, para o direito interno, di versas Directivas
Comunitárias.
O Decreto-Lei nº 236/98 faz a transposição, entre outras, das seguintes Directivas pertinentes do
Cons elho Europeu:
7//464/CEE e 80/68/ CEE, referent es à poluição causada por det erminadas substâncias perigosas
lançadas no meio aquático;
78//659/CEE, referente à qualidade das águas doces que necessitam de ser protegidas ou
melhoradas a fim de estarem aptas para a vida dos peixes;
A descarga é efectuada muito próxima do mar, em zona balnear. Sendo a praia de Magoito o meio
receptor indirecto, e pelo Decreto-Lei 236/98 para águas balneares, o valor máximo recomendado de
coliformes fecais é 100 NMP/100 ml, pelo que se optou por considerar este valor c omo um dos
objectivos de qualidade do efluente trat ado.
Assim, pela análise da legislação em vigor, aplicada ao present e caso de estudo, consideram-se os
objectivos de qualidade do efluente trat ado da E TAR de Magoito apresentados no Quadro 3.8.
51
Os gradados e as areias deverão ser encaminhados para deposição em aterro, de modo controlado.
A solução proposta para o sistema de drenagem afluent e permite que os três emissários cheguem
graviticamente à E TA R, possibilitando a desactivaç ão da actual estação elevat ória inicial. Em seguida
apresenta-se, na Figura 3.12, o traçado do novo emissário afluente à ETA R.
Figura 3.12 - Representação esquemática do futuro traçado do emissário afluente à ETAR de Magoito.
O emissário termina na primeira câmara de visita da E TA R, câmara 1, onde está prevista a instalaç ão
de uma válvula mural. A função desta válvula será a de poder obturar a passagem das águas
residuais para o colector que termina na obra de entrada. Consequentemente, garante-se que o nível
da água na câmara 1 suba e descarregue o efluente para um out ro colector que permite a ligaç ão a
uma bacia de retenção (para emergência).
Em conformidade com o definido recomenda-se que a solução de tratamento, para a fase líquida,
possa ser constituída por obra de entrada e reactor biológico por membranas.
52
A solução proposta prevê a aplicação e remodelação do actual esquema de t ratamento da E TA R de
Magoito (lamas activadas de arejamento prolongado) para um sistema de MB R. O sistema MB R será
instalado nos tanques (reactores biológicos) existentes.
Na fase s ólida, as lamas serão encaminhadas previamente para um tanque de lamas para, de
seguida, serem tratadas mecanicamente através de equipamento tipo “Monobelt”, que permite
realizar o espessamento e a desidratação das lamas. Este equipamento será descrito com maior
detalhe no capítulo 3.6.2.
EE Tratamento de Odores
Areias Gradagem
Gorduras Tamisador
Manual By-pass
Classificador
de Areias
Desarenador/
Fase Sólida
Separador de Desengordurador
Gorduras
Tanque de
Lamas
Lamas
Regularização Membranas excesso
EE de Reservatório Monobelt
Escorrências (água de serviço)
e Drenados
Descarga – Ribeira da Mata
(Boca do Lobo) Meio de
disposição final
Figura 3.13 - Esquema de tratamento da solução adoptada (MBR).
No Desenho 4, V olume II, apresenta-se, com maior detalhe, o diagrama de blocos da soluç ão
adoptada.
Como já atrás referido, à cabeç a da E TA R prevê -se a construção de uma câmara de visita (caixa 1),
que terá a função de encaminhar a água para a obra de entrada (ou bacia de ret enção).
Da bacia de retenção a água residual bruta poderá ser encaminhada posteriormente para a estação
elevatória inicial.
53
Para colmatar event uais emergências, como seja um tempo de manutenção superior ao tempo de
retenção da bacia, prevê-s e a construção de um descarregador de superfície que encaminhará o
efluente directamente para a ribeira, evitando o galgamento da bacia de retenção.
A bacia de retenção será implantada entre o reactor biológico e a estação elevat ória actualmente
existentes.
O efluente, antes de ent rar na estação elevat ória, passa por uma câmara de visita (caixa 4), que
também já existe na E TA R. A caixa 4 actual já inclui um ces to de gradagem que será mantido, pois
permite uma gradagem prévia, o que facilita a conservação dos grupos electrobomba e aumenta o
respectivo rendimento.
O sistema MB R exige um trat amento preliminar bastante eficiente, para evitar que possam s er
danificadas as membranas. Tendo em conta este facto, optou-se por desactivar a obra de entrada
actual, uma vez que esta não garante a qualidade mínima do efluente suficiente para evitar danos
nas membranas.
Assim, prevê-se a construção de uma nova obra de entrada localizada no mesmo local da anterior,
mas disposta segundo a direcção S ul-Nort e. A nova obra de entrada será constituída pelos seguintes
órgãos: tamisação (gradagem manual no “by-pass”), desarenador/desengordurador e canal
“Parshall”.
À entrada da E TAR as águas residuais são descarregadas na câmara 1 que, em condições normais
de funcionamento, encaminha as águas para a obra de entrada. Na obra de entrada, se o circuit o se
der normalmente, as águas ficam sujeitas à tamisação. Caso contrário, são des viadas para o canal
de recurso (canal “by-pass”) onde será instalada a grade manual. A jusante do canal de recurso as
águas residuais poderão ser reencaminhadas novamente para a obra de entrada, para prosseguir o
tratamento, ou ser des viadas, através de um colector gravítico, para a bacia de retenção. No canal
principal, os gradados serão compactados e removidos mecanicamente de modo a reduzir
substancialmente o volume e t eor de humidade, sendo posteriorment e armaz enados em contentores
e transportados a destino final.
54
Em seguida o efluente é encaminhado para um canal “P arshall”onde se procede à medição do caudal
afluente à ETA R.
A areia depositada é arrastada, através de uma ponte raspadora, at é um pequeno poço, de onde é
bombada para um classificador de areias, at ravés de uma bomba centrífuga. No classific ador de
areias, a areia é separada da água e em seguida é armazenada em contentores apropriados. As
gorduras, acumuladas à superfície, são removidas por meio de um raspador de superfície preso à
ponte rolante que as conduz a uma caleira. Esta caleira estará ligada a um equipament o denominado
de separador de gorduras, onde se procede à extracção de grande parte da água que as gorduras
contêm. As fracções separadas são colocadas em contentor e transportadas a destino final e o
líquido é conduzido até à estação de escorrências e drenados para posteriormente volta r a entrar no
circuito de tratamento ao nível da obra de entrada.
Na reabilitação do actual reactor biológico não serão efectuadas alterações a ní vel estrut ural, apenas
a nível de funcionalidade. A primeira linha de tratamento dos actuais tanques de arejamento será
utilizada como tanque de homogeneização, enquanto que a segunda permitirá a instalação do
sistema MBR. O local onde actualmente existem os decant adores e a estação elevatória de lamas,
será aproveit ado para a instalação dos equipamentos e acessórios associados ao sistema MBR.
No tanque de homogeneiz ação serão instaladas bombas submers íveis para elevação do efluente
para o tanque de membranas, e quatro agitadores para rearejamento e evitar a libertação de odores.
55
3.4.7.5 TANQUE DE MEMBRANAS
É no tanque de lamas activadas que serão instaladas as membranas e onde serão garantidas todas
as condições óptimas para que o processo decorra com a melhor eficiência.
As membranas irão operar na gama de ult rafiltração, de modo a garantir elevados rendimentos de
remoção de sólidos suspensos e elevados graus de depuração. O equipamento operará no interior do
tanque de lamas activadas com elevadas concent rações de sólidos.
O efluent e tratado será extraído a partir do interior das membranas, enquanto que a biomassa se
manterá no interior do tanque. A conjugação do tratamento por membranas com a produç ão de lamas
activadas concent radas garante a elevada qualidade do permeado produzido, com baixas
concentrações de SS T, compostos orgânicos e nutrientes, bem como a sua desinfecção. A qualidade
do permeado é tal que permite a reutilização para rega de es paços verdes.
No tanque de membranas será ainda instalada uma bomba submers ível, para elevar as lamas até ao
tanque de lamas, no interior do edifício de lamas.
Após a filtração por membranas, o permeado é encaminhado por um colector gravítico até ao
reservat ório final.
Assim, os leitos de secagem e o actual edifício de tratamento de lamas serão demolidos , para permitir
a construção do novo edifício.
56
No interior deste novo edifício será construído o tanque de lamas e instalado o equipamento de
espessamento e desidrataç ão das lamas.
Nesse sentido, a bacia de retenção para a E TA R de Magoito foi projectada não só para permitir
amort ecer os caudais de ponta, mas também facilitar qualquer acção de manutenção que s eja
necessário realiz ar na E TA R.
A bacia de retenção foi dimensionada para o caudal previsto do ano horizonte projecto (40 anos) e de
modo a garantir um tempo de retenç ão de aproximadamente 10 h. No Quadro 3.9 são apresentadas
as características da bacia de retenção.
Quadro 3.9 - Características da Bacia de Retenção.
Grandeza Símbolo Unidade Valor
Caudal médio (Ano 40) Qm m3/s 0.007
Tempo de retenção tr h 10
Largura do reservatório b m 6.50
Comprimento do reservatório L m 12.00
Área superficial As m2 78.00
Profundidade do reservatório p m 3.00
3
Volume do reservatório V m 234.00
57
Quadro 3.10 - Características do Descarregador da Bacia de Retenção.
O Desenho 10, Volume II, apresent a a planta, cortes e pormenores da bacia de retenção.
γ Qe H m
P 1.2 10 3 (3)
η
onde,
P - potência a instalar [k W];
Qe - caudal elevado [l/s];
Hm - altura manométrica [m];
η - rendimento do grupo [-];
3
- peso volúmico [N/m ];
1.2 - coeficiente de segurança [-].
A altura manométrica foi det erminada tendo em conta o desnível geométrico (entre o nível mínimo do
poço e a cota de soleira da obra de entrada), e as perdas de carga cont ínuas e localizadas ao longo
do circuito. A perda de carga unitária foi obtida através da expressão de Hazen-Williams,
expressão (4).
1
Varia em função do material da conduta elevatória. No presente caso considerou -se 130, visto tratar-se de uma
tubagem em PP corrugado.
58
O volume do poço de bombagem existente garant e o bom funcionamento dos grupos electrobomba,
isto porque o volume mínimo necessário é inferior ao disponível. Assim, é possível garantir:
o volume útil nec essário em função do núme ro de arranques por hora admitidos e do caudal
elevado: 15 Q T ;
a diferença de níveis entre as sondas correspondentes ao arranque dos grupos (mínimo de
15 cm);
o nível mínimo no poço (função do tipo e características do grupo);
a folga admitida em relação à entrada do afluente (considerada não inferior a 20 cm).
No Quadro 3. 11 apresenta-s e uma síntese dos valores obtidos e das constantes utilizadas para o
dimensionamento do grupo elevatório e do poç o de bombagem.
Quadro 3.11 - Dimensionamento do grupo elevatório: dados gerais.
59
Neste caso, considerou-se um grupo elevatório operacional e um outro de res erva (1+1 grupos
electrobomba). Ambos deverão ser do tipo submersível, permitindo elevar um caudal de 24.9 l/s
(caudal de pont a do ano horizonte projecto), a uma altura de elevação de aproximadamente 24 m,
com uma pot ência de cerca de 5 k W.
As tubagens e acessórios da estação elevatória deverão ser em ferro fundido, não dispensando o
devido tratamento anti-c orrosivo, aplicado no interior e exterior.
CANAL DE RECURSO
O dimensionamento do canal de gradagem manual inclui a determinação da largura do canal, que
depende e do tipo de grade a instalar. Será necessário cumprir os limites de velocidade, máxima e
mínima, de passagem na grade. Este facto é indispensável para garantir o bom funcionamento desta
etapa, evit ando a sedimentação da matéria orgânica no canal (incumprimento da velocidade m ínima)
e o arrastamento dos sólidos grosseiros (incumprimento da velocidade máxima).
A velocidade máxima de atravessamento não deverá exceder 0.8 m/s e nem deverá ser inferior a
0.5 m/s, para o caudal médio. Para o caudal de ponta, a velocidade de atravessamento deverá rondar
o valor 0.9 m/s.
tipo de grade: grade média, de limpeza manual, inclinada a 45º relativamente à soleira do canal;
um grau de colmatação máximo nas grades de 50% da secção de passagem;
velocidade de aproximação às grades compreendida ent ra 0.5 e 0.8 m/s;
velocidade máxima de passagem na grade, de 0.9 m/s;
espaçamento entre barras de 27 mm;
3
capitação média de produção de gradados 50 L/1000 m .
Para que a grade manual esteja instalada nas devidas condições, o canal de recurso deverá ter no
mínimo uma largura de 0.4 m, proporcionando as condições de escoamento apresentadas no Quadro
3.13.
Quadro 3.13 - Canal de recurso: Características geométricas e condições de funcionamento.
Características do canal a montante da grelha Unidade Valor
Rebaixamento após grelha m 0.10
Largura do canal m 0.40
Declive m/m 0.005
Coeficiente de rugosidade m1/3/s 85
Caudal médio (Ano 0) m3/s 0.005
Caudal de ponta (Ano 40) m3/s 0.025
Altura do escoamento (Qponta) m 0.07
Velocidade de escoamento (Qponta) m/s 0.85
O escoamento afluente ao canal de recurso será controlado por meio de um sistema de comportas.
60
CANAL PRINCIPAL
No canal principal da obra de entrada processar-se-á a gradagem mecânica através de um t amisador
construído em aço inoxidável, seguindo-se a medição de caudal. O tamisador permite remover os
sólidos grosseiros presentes na água residual afluente e efectuar a compactação dos mesmos,
direccionando-os para num contentor apropriado. Este equipamento será caracterizado com maior
detalhe no parágrafo 3.6.1. 2. A medição de caudal será efectuada através de um canal “Parshall”.
O canal principal deverá apresentar dimens ões suficientes de modo a assegurar uma adequada
instalação do tamisador e do canal “Parshall”, assim como o escoamento adequado dos caudais
afluentes. As características principais do canal principal estão indicadas no Quadro 3.14.
Quadro 3.14 - Canal principal: Características geométricas e condições de funcionamento.
Características do canal de montante do tamisador Unidade Valor
Rebaixamento após Tamisador m 0.05
Largura do canal m 0.40
Declive m/m 0.005
Coeficiente de rugosidade m1/3/s 85
Caudal médio (Ano 0) m3/s 0.005
Caudal de ponta (Ano 40) m3/s 0.025
Altura do escoamento (Qponta) m 0.07
Velocidade de escoamento (Qponta) m/s 0.85
O escoamento afluente ao canal principal será contr olado por meio de um sistema de comportas.
DESARENADOR/DESENGORDURADOR
Os processos de desarenaç ão e desengorduramento oc orrerão num tanque rectangular, a jus ante do
canal “P arshall”. O dimensionamento deste órgão realizou -se com base na gama de valores de
2
parâmetros específicos que se encontram definidos no Quadro 3.15 .
Quadro 3.15 - Valores indicativos para o dimensionamento do desarenador/desengordurador e respectivo
equipamento.
Grandeza Unidade Gama de Valores
3
Ar injectado por unidade de comprimento m /(m.min) 0.2 a 0.5
3 3 3
Quantidade de areia retida m /10 m 0.004 a 0.2
Tempo de retenção min 2a5
Profundidade m 2a5
Comprimento m 7.5 a 20
Largura m 2.5 a 7
Relação entre largura e profundidade - 1:1 a 5:1
Distância dos difusores ao fundo m 0.45 a 0.6
61
Quadro 3.16 - Valores adoptados para o dimensionamento do desarnador/desengordurador.
Grandeza Unidade Valor Adoptado
Diametro minimo das partículas removidas mm 0.15
3
Ar injectado por unidade de comprimento m /(m.min) 0.3
3 3 3
Quantidade de areia retida m /10 m 0.05
Tempo de retenção min 3
Temperatura ºC 22
Caudal de ponta (40 anos) m3/s 0.025
Através dos valores indicados obtiveram-se as características geomét ricas do
desarenador/des engordurador, que constam do Quadro 3.17.
Quadro 3.17 - Desarenador/desengordurador: Características geométricas.
Por fim, apres entam-se, no Quadro 3. 18, as condições de funcionamento previstas para o
desarnador/ desengordurador.
Quadro 3.18 Desarenador/desengordurador : Condições de funcionamento.
Grandeza Unidade Valor Adoptado
Tempo de retenção min 4.5
Ar ejectado m3/dia 1728
Areia removida m3/dia 0.108
No Desenho 11 do Volume II apresenta-se a planta, cortes e pormenores da obra de entrada.
TANQUE DE HOMOGENEIZAÇÃO
Em conformidade com o referido anteriormente, o tanque de homogeneização será reabilitado, mas
não sofrerá modificações a nível de estrutura e características geométricas.
62
Quadro 3.19 - Tanque de homogeneização: Características geométricas.
Características do Tanque existente Símbolo Unidade Valor
Formato Paralelipipedo quadrado
Lado da base L m 10.00
Profundidade p m 4.00
Área superfícial As m2 100.00
Volume V m3 400.00
Bordo livre* Δl m 0.50
Altura total hmax m 4.50
* Valor estimado
TANQUE DE MEMBRANAS
O tanque de membranas também será somente reabilitado e não sofrerá modificações a nível de
estrutura. As características geométricas que o tanque de membranas apresenta são iguais às
características geomét ricas do tanque de homogeneização ( Quadro 3.19).
63
Quadro 3.23 - Reservatório final: Condições de funcionamento.
Caracteristicas do Tanque existente Símbolo Unidade Valor
Tempo de retenção (Ano 40, Qp) trmín h 0.9
Tempo de retenção (Ano 40, Qm) trméd h 3.2
Tempo de retenção (Ano 0, Qm) trmáx h 4.7
No Desenho 13 do Volume II apresenta-se a planta, cortes e pormenores do reservat ório final.
TANQUE DE LAMAS
As lamas produzidas no tratamento biológico podem ser classificadas em lamas em excesso e em
lamas recirculadas. As lamas produzidas em excesso no tratament o biológico, serão elevadas do
fundo do t anque de membranas até ao tanque de lamas que será instalado no edifico de lamas. Este
tanque será coberto de forma a controlar os efeitos da libertação de eventuais odores.
64
Quadro 3.26 - Tanque de lamas - características geométricas.
Grandeza Símbolo Unidade Valor
Largura/comprimento b/L - 1
Largura b m 3.10
Profundidade p m 3.50
Volume V m3 33.64
Os Desenhos 15 e 16, V olume II, apresentam os alçados e a planta, cortes e p ormenores do edifício
de tratamento de lamas.
O troço que promove a ligação ent re a obra de entrada e o tanque de homogeneizaç ão será mantido.
O funcionamento deste troç o, em pressão, condicionou o circuito da fase líquida a montante, pois,
para que o escoamento s e dê neste troço é necessário garantir c arga hidráulica suficiente a
montant e, na caixa final da obra de entrada.
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Relativamente ao assentamento das tubagens ou colectores, este deve ser realizado em
conformidade com os perfis longitudinais e com os pormenor es apresentados nos Desenhos 22, 25 e
26, do Volume II. Recomenda-se, para este efeito, que se proceda à implantação de marcos
indicadores de altimetria e planimetria, ao longo do traçado. Este procedimento será da
responsabilidade do Empreiteiro e deverá ser aprovado pela Fiscalização. Como tal, o Empreiteiro
deverá respeitar os procedimentos usuais para este tipo de operações e dispor do equipamento
necessário. Caso a Fiscalização assim o entenda, as tubagens serão envoltas em saibro ou areia
devidamente compactada.
As coordenadas das câmaras de visita, que se apres entam nas plantas respectivas, devem ser
cumpridas, independentemente do posicionament o, não muit o rigoroso, dos colectores nas plantas.
O traç ado dos perfis longitudinais dos colectores gravíticos e c ondutas elevatórias da E TA R s ão
apresentados nos Desenhos 17, 18 e 19, Volume II. O perfil hidráulico da E TA R de Magoito é
apresentado no Des enho 9, Volume II.
65
A vedaç ão do recinto e o portão actuais da E TAR apresentam -se em mau estado de conservação e
por este motivo aconselha-se a sua substituição, conforme se apresenta no Desenho 2 1 do
Volume II.
Esta água servirá essencialmente para a limpeza de órgãos, equipamentos e arruamentos e ainda
para a rega dos jardins da E TA R. Para consumo humano, s erá mantida a rede de água potável
existente.
GRUPOS ELECTROBOMBA
Segundo o dimensionamento efectuado é indicado que se proceda à substituição do grupo
electrobomba da estação elevatória de “by-pass”. Será instalado um grupo electrobomba do tipo
submers ível, adequado para águas residuais. O cesto de gradagem existente na E TA R (localizado
imediatamente a mont ante da estação elevat ória “by-pass”) encontra-se em boas condições, quer de
conservação quer de funcionamento, e por este motivo será mantido para prot eger o grupo
electrobomba.
Deverá ser armazenado, no edifico de apoio, um grupo electrobomba de reserva que funcionará no
caso de avaria do grupo instalado. Este grupo electrobomba deverá apresentar as mesmas
características que as que estão apres entadas no Quadro 3. 27.
66
3.6.1.2 OBRA DE ENTRADA
COMPORTAS E VÁLVULAS
Serão instaladas c omportas manuais na obra de entrada, para permitirem o isolamento do canal
principal ou do canal de rec urso. As comportas serão em aç o inox AIS I 304.
A jusante do canal de recurso será instalada uma válvula mural para impedir ou accionar o des vio da
água para “by-pass”. Este tipo de válvula á constituído por um tabuleiro metálico rectangular que se
desloca na vertical e é guiado lateralmente. O tabuleiro em aço inox é apoiado e embebido numa
soleira quando a válvula está fecha da. No caso em estudo, a válvula será accionada manualmente
por meio de um volante. As características das válvulas murais que se encontram na caixa 1, 4 e 9,
são idênticas à descrita anteriormente.
GRADE MANUAL
Nos Quadros 6.2 e 6.3 apresentam-se, respectivamente, as características geométricas e as
velocidades de projecto da grade manual.
Quadro 3.28 - Grade manual: Características geométricas.
Grandeza Símbolo Unidade Valor
Espessura das barras eb m 0.01
Espaçamento entre barras bg m 0.027
Comprimento das barras Lg m 0.05
Número de barras a instalar nb - 12
Número de espaços ne - 12
Largura efectiva do canal, na grade be m 0.32
Largura teórica do canal bteórica m 0.43
Note-se que se optou por uma grade manual média, para reduzir o risco de danos nas membranas.
As grades deverão s er construídas em aço inox AISI 304 e a secção trans versal deverá s er
rectangular. Com as grades manuais deverão ser fornecidos ancinhos de limpeza.
TAMISADOR
A gradagem mecânica prevista no canal principal será realizada através de um tamisador. O
tamisador previsto será constituído por um cilindro formado por grelha ou chapa perfurada e por um
parafuso sem -fim, vertical. Tant o a grelha como a chapa perfurada garantem a retenção de s ólidos
com diâmet ro superior a 3 mm e possuem um pente de limpeza automática. O parafuso sem fim
permite o transporte e compactação dos sólidos, que serão descarregados num contentor anexo ao
tamisador. Deste modo, o tamisador garante não só a gradagem mecânica, mas também o transporte
e compactação dos res íduos sólidos.
67
Este equipamento electromecânico deverá ser igual ou equivalente ao tamisador da Huber
®
Technology Rotamat , modelo R09 de 300 mm, cujas características principais são indicadas no
Quadro 3.30.
MEDIÇÃO DE CAUDAL
A jusante da gradagem mecânica encont ra-s e, no canal principal, um medidor de caudal em canal do
tipo “Pars hall”.
(5)
onde:
3
Q – caudal de afluente (m );
Keu – constantes adimensionais;
h – altura de escoamento (m).
Os critérios de dimensionamento considerados para o dimensionament o do canal “P arshall”
apresenta-se no Quadro 3.31.
Quadro 3.31 - Critérios de dimensionamento do canal “Parshall”.
Critérios de dimensionamento Símbolo Unidade Valor
Caudal máximo Qmáx m3/s 1.11E-01
Caudal mínimo Qmín m3/s 1.50E-03
Altura mínima hmín m 0.03
Altura máxima hmáx m 0.45
Submergência (h´/h) S - 0.60
O canal “P arshall” deverá verificar os critérios de dimensionamento (no ano 0, no ano 20 e no ano 40)
e também deverá apresentar dimensões compat íveis com o canal principal.
Após efectuadas várias iterações averiguou-se que o c anal “Parshall” mais adequado a este caso é o
tipo 6’’ (6 polegadas), cujas características geométricas se encontram definidas no Quadro 3.32.
68
Quadro 3.32 - Características geométricas do canal “Parshall”.
Caracteristicas geométricas Símbolo Unidade Valor
Expressão - - Q=Khu
Designação - - Parshall de 6´´
Parâmetro K K - 0.38
Parâmetro u u - 1.58
Largura a montante bm mm 397.0
Largura na zona crítica bc mm 152.4
Largura a jusante bj mm 394.0
Comprimento da zona convergente L< mm 610.0
Comprimento da zona crítica Lc mm 305.0
Comprimento da zona divergente L> mm 610.0
As condições de funcionamento do “P arshall” desde o ano zero até ao ano horizont e projecto,
apresentam -se no Quadro 3.33.
Quadro 3.33: Condições de funcionamento do canal “Parshall”.
Condições de Funcionamento
Qafluente h
Ano
m 3/s m
Verão
Qm 0.005 0.068
2008
Qp 0.021 0.158
Qm 0.006 0.075
2028
Qp 0.024 0.173
Qm 0.007 0.077
2048
Qp 0.025 0.178
Inverno
Qm 0.005 0.061
2008
Qp 0.018 0.144
Qm 0.005 0.068
2028
Qp 0.021 0.160
Qm 0.006 0.070
2048
Qp 0.022 0.165
Associado ao medidor de c audal “P arshall” será ainda instalada uma sonda de nível do tipo
ultrasónic o. A sonda de nível permite monitorizar continuamente a altura das águas residuais,
efectuando a conversão automática de nível para caudal e emitindo sinais para registo à distância no
sistema informático de gestão e controlo. O sistema transmissor cons iste num transdutor electrónico
que detecta o nível do líquido no canal “Parshall”, e de um conversor electrónic o que dará um sinal
analógico proporcional à altura de escoamento no canal. O transdutor será montado numa cons ola
metálica, sobre o canal, respeitando as distâncias indicadas pelo fabricant e. As unidades electrónicas
serão instaladas em caixa estanque com protecção adequada.
69
Quadro 3.34 - Quantidade de ar.
Quantidade de ar Símbolo Unidade Valor
Ar injectado por unidade de comprimento α L/(m.s) 7.50
Factor de segurança FS - 1.50
Caudal de Ar Qar l/s 19.13
CLASSIFICADOR DE AREIAS
A remoção das areias depositadas no fundo é feita por uma pont e raspadora que se desloca
longitudinalment e ao longo do desarenador e encaminha as areias para um poço a montante do
canal. As areias são extraídas do poço por meio de um sistema de “air lift” e são drenadas para um
classificador de areias que será instalado ao lado do canal. O classificador de areias fará a separaç ão
das areias do líquido e a lavagem e extracção das areias através de um parafuso sem fim, para um
contentor anexo. As águas resultantes do processo são descarregadas através de um sistema de
“overflow” para um colector de ligação à caixa 14.
70
SEPARADOR DE GORDURAS
A remoç ão das gorduras e sobrenadantes, do desarenador/desengordurador, é feita através de um
raspador de superfície acoplado à pont e referida, sendo posteriormente enc aminhados para uma
calha colectora, no topo do canal, e em seguida conduzidos para um separador de gorduras instalado
em caixa metálica em aço inox.
A remoção das gorduras é feita através de um s eparador mecânico, constituído por um sistema de
correntes associado a um raspador de superfície que desbasta a superfície do líquido e deposita as
gorduras no contentor de recolha. As gorduras serão descarregadas di rectament e em contentor,
anexo ao separador de gorduras, enquant o que as escorrências são des viadas para a caixa 13.
AGITADORES
De modo a homogenizar, do ponto de vista de parâmetros de qualidade, a água residual no interior
do tanque, serão instalados três agitadores submersíveis. Cada agitador será instalado junto a um
canto do tanque de homogeneização de modo a também minimizar a sediment ação ao longo do
tanque e a acumulação de sólidos nos cant os do tanque de homogeneização. Os agitadores deverão
apresentar as características apresentadas no Quadro 3.36.
Quadro 3.36 - Características dos agitadores.
Características Unidade Valor
Número de agitadores - 3
Potência nominal do motor kW 1.50
Diâmetro da hélice m 0.21
Velocidade de rotação da hélice rpm 1 350
Os agitadores e res pectivos acoplamentos deverão ser em aço inox A IS I 316L, excepto a câmara de
óleo e cobert ura da hélic e que deverá ser em “vinylester” SMC CR30.
A conduta de elevação deverá ser devidament e amarrada nas paredes do reactor biológico.
71
Deverá s er armazenado, no edifico de apoio, um grupo electrobomba de reserva que s ubstituirá, em
caso de avaria, o grupo instalado. Este grupo electrobomba deverá apresentar as mesmas
características que as apresentadas no Quadro 3.37.
MEMBRANAS
As membranas escolhidas foram as planas submers íveis, pois para além de apresentarem as
vantagens descritas do capítulo 2.3.2.3, são as que apresentam, de ac ordo com a informaç ão
disponível, maior fiabilidade.
Para o dimensionament o das membranas é necessário ent rar em linha de conta com os dados
indicados no Quadro 3.38.
Quadro 3.38 - Critérios de dimensionamento das membranas.
Ano
Critérios de dimensionamento Unidade 2028 2048
Caudal médio diário m3/dia 547.9 571.6
Caudal médio horário m3/h 22.8 23.8
Factor de ponta - 1.8 1.8
3
Dimensões do tanque m 10×10×4
As membranas a instalar no t anque de membranas deverão ser do Modelo EM A ISI 316D da Kubota,
ou equivalente. As características das membranas do Modelo EM AIS I 316D s ão indicadas no
Quadro 3.39.
Quadro 3.39 - Características das membranas.
Características das membranas Unidade Valor
Modelo - Modelo EM AISI 316D
Módulos de membranas de microfiltração - 4.0
2
Superfície de membrana por módulo m 250.0
2
Superfície de membrana total m 1000
2
Carga hidráulica adequada l/m /h 23
Concentração de sólidos na camara das membranas g/l 11
Número de câmaras de membranas - 1.0
Número de linhas de módulos por câmara - 1
Largura da câmara m 5
Comprimento da câmara m 4.6
Altura da câmara m 3.8
Volume útil de cada câmara das membranas m3 78.7
72
Quadro 3.40 - Produção de lamas em excesso.
Condições de Funcionamento
Ano Produção de Lamas em excesso
Verão
β m3/dia 8.0
2008
β l/s 0.09
β m3/dia 9.9
2028
β l/s 0.11
β m3/dia 11.0
2048
β l/s 0.13
Inverno
β m3/dia 6.7
2008
β l/s 0.08
β m3/dia 8.7
2028
β l/s 0.10
β m3/dia 9.8
2048
β l/s 0.11
O grupo electrobomba foi dimensionado para o caudal do ano horizonte projecto, durante a época
balnear que é a mais des vantajosa. Assim, o grupo deverá apresentar as características do Quadro
3.41.
Quadro 3.41 - Grupo electrobomba de lamas: Características.
Grandeza Símbolo Unidade Valor
Potência P kW 1.30
Diâmetro da tubagem D mm 80.00
Pressão máxima pmáx bar 6.00
Caudal máximo Qmáx l/s 0.29
Altura manométrica máxima Hm m 8.67
Consumo energético E kWh/a 1245
A conduta de elevação, na fase inicial, deverá ser devidament e amarrada às paredes do t anque de
membranas e no trajecto final, às paredes do edifico de lamas.
CESTO DE GRADAGEM
Uma vez que a estação elevatória de escorrências e de drenados recebe não só as escorrências e
drenados, mas também as águas residuais provenientes do edifício de apoio, projectou-se um cesto
de gradagem que será instalado na c aixa de visita (caixa 18), imediatamente a montante da estação.
Este equipamento permite a retenção de sólidos grosseiros que poderiam reduzir a eficiência ou
mesmo danificar o grupo electrobomba. O cesto de gradagem deverá apresentar a forma de obelisco
com base rectangular, sendo perfurado em t odas a faces. Para garantir o bom funcionamento do
2
grupo elevatório, cada secção de vazão do cesto deverá possuir, no máximo, 900 mm
(30mm×30mm). Este cesto deverá ser construído totalmente em aço inox AIS I 316 e de verá possuir
uma tampa no fundo para facilitar a descarga dos detritos para o contentor. A operação de limpeza do
cesto deverá ser realizada periodicamente, para evitar a acumulação excessiva de detritos.
73
As dimensões finais do cesto deverão ser definidas pelo fornecedor, tendo em cont a o Desenho 24
do Volume II.
GRUPO ELECTROBOMBA
O grupo electrobomba deverá ser do tipo submers ível adequado para águas residuais e deverá s er
equipado com mot or estanque de classe de protecção adequada. O grupo deverá apresentar as
características do Quadro 3.42.
Quadro 3.42 - Grupo electrobomba de escorrências e drenados: Características.
Grandeza Símbolo Unidade Valor
Potência P kW 1.30
Diâmetro da tubagem D mm 80.00
Pressão máxima pmáx bar 6.00
Caudal máximo Qmáx l/s 0.23
Altura manométrica máxima Hm m 8.68
Consumo energético E kWh/a 1245
Deverá ser armaz enado, no edifico de apoio, um grupo electrobomba de res erva que substituirá, no
caso de avaria, o grupo instalado. Este grupo electrobomba deverá apresentar as mesmas
características que as que estão apres entadas no Quadro 3. 42.
MONOBELT
Para o tratamento de lamas prevê-se a utilização de equipament o “Monobelt” ou equivalente, porque
se trata de um equipamento compacto que realiza o espessamento e a desidratação das lamas.
Admite lamas com concentrações entre 0.5% e 15%. Para o dimensionamento deste equipamento
• Nº de u
recorreu-se aos critérios de dimensionamento apresentados no Quadro 3.43.
Quadro 3.43 - Monobelt: Critérios de dimensionamento. • Capaci
74
A alimentação das lamas em excesso ao Monobelt deve ser realizada recorrendo a uma bomba do
3
tipo parafus o excêntrico, de velocidade variável, com a capacidade de 2. 0 a 8.0 m /h à pressão de
2
2.0 k gf/cm . O motor de accionamento apresentará velocidade variável e uma potência de 2.2 k W.
Bolo resultante
75
Ano Lamas desidra- TRH
Verão
Quadro 3.47 - Armazenamento de lamas desidratadas: condições de funcionamento.
2003 1.49 12.1
Lamas desidratadas Tempo máximo de 2023 1.46 12.3
Ano
(m 3/dia) retenção (dias uteis) 2043 1.45 12.4
Verão Inverno
2008 0.30 20.00 2003 1.30 13.8
2023 1.28 14.1
2028 0.37 16.11
2043 1.27 14.2
2048 0.41 14.48
Inverno
2008 0.25 23.79
2028 0.32 18.49
2048 0.37 16.38
O valor global desta empreitada deverá rondar 1 milhão de euros, dos quais cerca de metade diz
respeito a reabilitaç ão do reactor biológico, recorrendo ao sistema de membranas. O investiment o em
tratamento de lamas ascende a cerca de 20% do valor total da empreitada.
3.8 SÍNTESE
Como síntes e deste capít ulo é importante re ferir que o Sistema MB R se afigura c omo uma soluç ão
viável para a reabilitação da E TAR do Magoito.
A vantagem mais significativa do Sistema MBR é o facto de poder produzir um efluente final com uma
+
qualidade bastante elevada (CBO5 < 5 mg/l, SS T < 5 mg/l, NH4 < 5 mg/l e coliformes totais < 100
NMP/100 ml). Note-se que para s e obter, no sistema convencional de lamas activadas a mesma
76
qualidade microbiológica do efluente final, seria necessário recorrer a tratamentos de desinfecção,
que podem constituir soluções bastante onerosas.
O sistema MBR torna-se bastante vantaj oso em locais onde é importante a reutilização de águas
residuais, por exemplo, na proximidade de zonas urbanas muito desenvolvidas, em locais onde existe
escassez de água e na proximidade de campos de golfe.
Esta solução causa menores impactes ambientais pois o grau de contaminação da água e solo do
meio rec eptor será significativamente reduzido.
O Sistema MBR apresenta menores riscos de libertação de odores que o sistema convencional, o
que minimiza os impactes negativos na envolvente da E TAR. Existem E TAR que possuem o sistema
MBR em edifício fechado, ou seja, o biorreactor é instalado dentro de um edifício, sem causar riscos
para os operadores ou visitantes da E TAR.
Para além dos factores mencionados anteriormente, o sistema MB R, quando comparado com o
sistema convencional, permite reduzir a área de impl antação.
As vantagens que este sistema apresenta a nível de funcionalidades são a idade de lamas e a
elevada concentração de biomassas no reactor. A idade de lamas é superior à do sistema
convencional de lamas activadas, reduzindo-se a produção de lamas.
Actualmente, o custo de investiment o inicial do Sistema MBR constitui uma des vantagem. Contudo,
verifica-se uma tendência para a redução desse custo, devido à contínua evolução da tecnologia e ao
aumento da concorrência no mercado. Por outro lado, o custo do investimento inicial pode s er
compens ado, pelo menos parcialmente, at ravés de event uais benefícios retirados da reutilização de
efluentes para rega e outros usos compatíveis. A utilização deste sistema torna-se bastante
interessante em zonas onde exista escassez de água, não só do ponto de vista económico, mas
cultural e social.
77
78
4 CONCLUSÕES FINAIS
A situação Portuguesa no sector de s aneamento de águas residuais enc ontra -se em constante
desenvolvimento. Segundo o PEASAAR II, espera-se que, em 2013, 90% da população nacional seja
servida com redes de drenagem e tratamento de águas residuais urbanas e cada sistema atenda pelo
menos 70% da população da bacia tributária. Para atingir estes objecti vos será necessário incentivar
a construção de novas infra-estruturas, designadamente colectores gravíticos, estações elevatórias,
condutas elevat órias e estações de tratamento de águas residuais. E se este tipo de obra for
devidamente projectada e planeada, contribuirá para a qualidade da água dos meios receptores.
Cons equentemente, os impactes negativos que ainda se verificam sobre os meios receptores terão
tendência a diminuir.
Note-se que quanto maior for o grau de tratamento numa E TA R, maior será a qualidade do efluente
final e menor será o impacte negativo causado no meio receptor. Isto, porque quanto maior o grau de
tratamento maior o grau de remoção e eliminação de parâmetros poluentes. O tratamento preliminar
remove apenas os sólidos grosseiros, óleos e gorduras, tendo como principal função remover
parâmetros que possam danificar equipamentos ou infra -estrut uras que se desenvolvem a jusant e, no
circuito de tratamento. O tratamento primário remove, nat uralmente, mais de 20% de CBO5 e 50% de
sólidos suspensos totais. O tratamento secundário permite remover, frequentemente, mais de 70% de
CBO5 e dos sólidos suspensos totais.
É importante que uma E TA R funcione com condições óptimas, para que não haja riscos de obt er
efluentes finais de má qualidade, que consequentemente possam poluir o meio ambiente e coloc ar
em risco a saúde pública.
O presente estudo diz respeito ao Projecto Base de “Reabilitação da E TAR de Magoito, recorrendo a
Reactores Biológic os por Membranas ”, que tratará os efluentes das povoações de Bolembre,
Magoito, Tojeira, Aldeia Galega, Arneiro dos Marinheiros, Fontanelas, Gouveia e Pernigem da
freguesia de São João das Lampas.
A ETA R de Magoito apres enta actualmente problemas operacionais e funcionais que resultam numa
fraca fiabilidade, nomeadamente, decorrentes da chegada do efluente bruto à E TAR por bombagem
(que é interrompida em caso de falta de energia), de uma deficient e decantação, da inexistência de
uma etapa de espessamento e desidratação de lamas adequada e da descarga no meio receptor,
próximo da praia do Magoito. Uma das soluções de tratamento pass íveis de adoptar, com vista a
eliminar os problemas existentes, e que se afigura como uma solução tecnicament e viável, consiste
no tratamento biológico recorrendo à tecnologia MBR.
O sistema MBR seleccionado para a E TAR de Magoito é do tipo SMB R que apresent a experiência
comprovada no mercado int ernacional. Recorreu-se a módulos planos porque apresent am preços
mais acessíveis comparativament e com outros tipos de módulos.
79
O sistema MBR exige uma manutenção adequada e um t ratamento preliminar eficiente, para que
funcione em condições óptimas. Os factores que mais podem influenciar o funcionamento do sistema
são a concent ração de biomassa no biorreactor, arejamento no biorreactor, a concentração de sólidos
suspensos totais, pressão transmembrana r e o fenómeno de colmatação da membrana.
Actualmente, a tec nologia MB R aplicada ao tratamento de águas residuais domésticas é muit o pouco
conhecida no contexto nacional. Contudo, o sistema MBR garante elevada qualidade do efluente
final, com possibilidade da reutilização das águas residuais tratadas, redução da área de implantaç ão
da E TA R, menor produção de lamas e eliminação das et apas de dec antação secundária e e de
desinfecção adicional.
As des vant agens do sistema MBR residem nos custos elevados de investimento inicial, nos custos de
manutenção e operaç ão (associados maioritariamente ao consumo de energia e à substituição das
membranas) e à necessidade de mão-de-obra es pecializada.
Prevê-se que os custos deste tipo de sistema venham a sofrer, no futuro, reduç ão mais ou menos
significativa. Assim, crê-se que esta t ecnologia pode vir a ganhar progressivamente “expressão” no
nosso país, num contexto de necessidade de reutilização dos efluentes.
O facto de não existir experiência neste domínio em Portugal não deve, por si só, inviabilizar a s ua
utilização. Esta tecnologia tem vindo a des envolver-se, a nível mundial, a um ritmo acentuado.
Prevê-se também a substituição total da obra de entrada e do sistema de tratamento da fase sólida, e
a substituição parcial do reactor biológic o. A substituição da obr a de entrada deve-se ao facto de
apresentar diversos problemas de funcionalidade, associado ao facto do sistema MBR exigir um
tratamento preliminar muito eficiente, para que as membranas não se danifiquem. Em casos
extremos, o funcionamento deficiente do tratamento preliminar pode provocar graves situações ao
nível da qualidade do efluente final.
Para além das modificações do esquema de tratamento, prevê-se ainda a reabilitação de infra-
estruturas existentes. Alguns dos equipamentos existentes serão aproveitados e outros serão
desactivados ou substituídos por equipament o novo. As alterações projectadas implicam, também, a
remodelação das instalações eléctricas e da instrumentação e controlo das operações e proc essos
da E TAR. Contudo, esta vertent e não foi objecto do presente estudo.
Em cenário conservativo, a população servida pela E TAR no ano 40 (incluindo população flutuante) é
3
da ordem de 6000 habit antes, à qual corresponde um caudal médio de 572 m /dia e uma carga
orgânica de 259 kg de CB O5/dia.
80
Prevê-se que o custo da empreitada ascenda a um valor próximo de 1 000 000 €, dos quais pelo
menos metade diz respeito às intervenções a realizar no reactor biológico. Cerca de 250 000 € diz em
respeito ao custo de construção civil e 750 000 € ao custo do equipamento.
Apesar da verba de investimento inicial ser elevada poder-se-á tirar partido, no futuro, da qualidade
do efluente final, at ravés da venda da água residual tratada para fins agríc olas, industriais e/ou
sócio-culturais. O benefício será tanto maior quanto mais elevado for, no futuro, o custo da água de
3
abastecimento no Conc elho de Sintra, e que actualmente ronda 0.5 €/m .
81
82
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Sítios na internet:
85
86
Anexo I
(Medições e Orçamento)
A1
2.2 Desenvolvimento prático e adaptação para a
obra do Plano de Segurança e Saúde e da
Compilação Técnica e implementação das
medidas necessárias, para os trabalhos de
execução previstos de acordo com o definido
no Caderno de Encargos.
Nota: Deve ser apresentado o desenvolvimento
prático para uma das empreitadas das infra-
estruturas previstas. VG 1 1 1 3.500,00 3.500,00
TOTAL 3.500,00
2.3 Desmatagem, demolições genéricas e limpeza
dos locais de intervenção e órgãos a reabilitar
ou desactivar, incluindo o transporte a
va zadouro (ou outro destino que a fiscalização
indique) dos resíduos produzidos e lamas
retiradas, designadamente no recinto da ETAR,
obra de entrada, tanques de arejamento,
decantadores secundários, estações
elevatórias, edifício de lamas existente e leitos
de secagem VG 1 1 1 7.500,00 7.500,00
TOTAL 7.500,00
2.4 Desactivação, desmontagem e transporte a
va zadouro (ou outro destino que a fiscalização
indique) das serralharias, tubagem e
equipamentos metalomecânicos e
electromecânicos a substituir ou desactivar no
âmbito da presente empreitada,
designadamente grupos electrobomba
submersíveis, grades mecânicas e manuais,
arejadores de superfície, unidade de
tratamento de lamas e, eventualmente,
microtamisador e sistema de desinfecção por
UV. VG 1 1 1 2.500,00 2.500,00
TOTAL 2.500,00
TOTAL (do Subcapítulo) 15.000,00
TOTAL (do Capítulo) 15.000,00
3 Acessos, arruamentos e arranjos exteriores
3.1 Beneficiação do trecho final do caminho de
acesso à ETAR, incluindo drenagem de águas
superficiais para a linha de água adjacente,
eventual beneficiação do pavimento e todos os
trabalhos necessários à boa realização da
tarefa. VG 1 1 1 2.000,00 2.000,00
TOTAL 2.000,00
3.2 Substituição parcial da vedação existente por
nova em paneis de rede plastificados a
polyester, na cor verde RAL 6005, com 2.00m
de altura, e postes de aço galvanizado DN1
1/2", com 2.40 de altura cravados no betão,
plastificados a polyester, na cor verde RAL
6005, incluindo a desmontagem e transporte a
va zadouro da existente, fundação dos novos
postes e todos os trabalhos e acessórios
necessários VG 1 1 1 10.000,00 10.000,00
TOTAL 10.000,00
3.3 Alteração e beneficiação dos arruamentos e
caminhos de circulação no interior da ETAR,
incluindo eventual remoção de pavimento
existente, execução de camadas de forma,
aplicação de revestimento superficial e
construção de valetas e lancis VG 1 1 1 3.200,00 3.200,00
TOTAL 3.200,00
A2
3.4 Construção de valetas ao longo da periferia sul
da ETAR e arruamentos confinantes, incluindo
condução das águas de escorrência
superficiais até à linha de água. VG 1 1 1 1.500,00 1.500,00
TOTAL 1.500,00
TOTAL (do Subcapítulo) 16.700,00
TOTAL (do Capítulo) 16.700,00
4 Trabalhos finais
4.1 Organização e entrega das Telas Finais da
obra de cada uma das empreitadas das infra-
estruturas previstas, em papel e suportes
informáticos, de acordo com o definido no
Caderno de Encargos. VG 1 1 1 1.000,00 1.000,00
TOTAL 1.000,00
4.2 Organização e entrega do Manual de
Instruções de Funcionamento e de Manutenção
e cada uma das empreitadas das infra-
estruturas previstas, de acordo com o definido
no Caderno de Encargos. VG 1 1 1 1.000,00 1.000,00
TOTAL 1.000,00
4.3 Fornecimento e instalação de todas as telas e
placas identificadoras da Empreitada, incluindo
a publicitação de eventuais comparticipações
da Comunidade Europeia, de acordo com o
definido no Caderno de Encargos. VG 1 1 1 1.500,00 1.500,00
TOTAL 1.500,00
TOTAL (do Subcapítulo) 3.500,00
TOTAL (do Capítulo) 3.500,00
TOTAL DOS TRABALHOS AUXILIARES 60.200,00
A3
1.2.1 Fornecimento, aplicação, vibração e cura de
betão C30/37 (EC3), incluindo armaduras de
aço A400NR e cofragens, descofragens,
ensaios de controlo, execução de aberturas e
todos os trabalhos e materiais necessários
3
para a boa execução da tarefa. m
a) Em fundações ou lajes de fundo 49,80 49,80
b) Em paredes 76,97 76,97
Nota: inclui cofragem para betão à vista nas
superfícies das faces expostas e em contacto
com o efluente
c) Em lajes e caleiras 2,29 2,29 129 350,00 45.170,97
TOTAL 45.170,97
1.2.2 Fornecimento e aplicação de betão de
regularização e limpeza (C12/15), aplicado
em camada de 0,10 m de espessura,
incluindo todos os trabalhos necessários . m3 12,26 12,26 12 75,00 919,62
TOTAL 919,62
1.2.3 Fornecimento colocação vibração e cura de
Betão simples C20/25 para enchimentos, com
25kg de fibras "Dramix" por m 3 de betão
aplicado, misturado na autobetoneira,
afagado à colher quando necessário,
incluindo moldes e resinas de colagem, em
enchimentos de acordo com a geometria dos
desenhos do projecto, e todos os trabalhos
necessários. m3 22,59 22,59 23 110,00 2.485,14
TOTAL 2.485,14
1.2.4 Execução de juntas de trabalho, incluindo a
colocação de perfil "water-stop", todos os
varões e cofragens adicionais, tratamento das
superfícies do betão e todos os trabalhos
necessários. ml 38,80 38,80 39 20,00 776,00
TOTAL 776,00
TOTAL (do Subcapítulo) 49.352,00
1.3 Revestimentos
1.3.1 Impermeabilização exterior das paredes de
betão enterradas, com pintura betuminosa do
tipo "INERTOL F" da "SIKA", ou equivalente,
em duas demãos cruzadas, incluindo todos
os trabalhos e materiais necessários. m2 264,16 264,16 264 9,00 2.377,42
TOTAL 2.377,42
1.3.2 Pintura, após acabamentos, das faces de
estrutura de betão armado em contacto com o
efluente com resina epóxidica do tipo
"POXITAR-N" da "SIKA", ou equivalente,
aplicada em duas demãos cruzadas, incluindo
todos os trabalhos e materiais necessários. m2 111,00 111,00 111 13,00 1.443,00
TOTAL 1.443,00
1.3.3 Pintura em superfícies exteriores à vista com
tinta acrílica para protecção do betão, de alta
resistência, do tipo "SIKAGARD 681-S
BETONCOLOR-incolor" da "SIKA", ou
equivalente, incluindo todos os trabalhos e
materiais necessários. m2 112,51 112,51 113 11,00 1.237,62
TOTAL 1.237,62
TOTAL (do Subcapítulo) 5.058,00
1.4 Serralharia
1.4.1 Fornecimento e montagem de guarda corpos
em PRFV, com uma altura de 0,90 m,
incluindo todos os trabalhos e acessórios
necessários. m 16,79 16,79 17 45,00 755,55
TOTAL 755,55
A4
1.4.4 Fornecimento e colocação de tampas em
chapa xadrez, para abertura com 1.00 x 1.00
m na câmara de válvulas, incluindo um aro
comum em perfis de ferro, metalização,
tratamento anti-corrosivo, pintura e todos os
trabalhos acessórios e complementares,
conforme Peças Desenhadas e C.E. Un 1 1 1 300,00 300,00
TOTAL 300,00
TOTAL (do Subcapítulo) 1.056,00
1.5 Equipamentos
1.5.1 Medidor de caudal electromagnético,
flangeado, DN 80, PN 10. Un 1,00 1 1 2.000,00 2.000,00
TOTAL 2.000,00
1.5.2 Picagem para a instalação de Manómetro. Un 1,00 1 1 270,00 270,00
TOTAL 270,00
1.5.3 Grupo electrobomba submersível
caracterizado por: Q= 25 l/s; Hm=6 m,
Nº<1500 rpm, incluindo curva a 90º fixação e
sistema para elevação. Un 2,00 2 2 2.744,48 5.488,95
TOTAL 5.488,95
1.5.4 Sondas de nível do tipo bóia de plástico com
interruptor mecânico para comando dos
grupos electrobomba, incluindo todos os
acessórios e trabalhos necessários. Un 3,00 3 3 150,00 450,00
TOTAL 450,00
1.5.5 Fornecimento e montagem de ventilador
helicoidal tubular de insuflação de ar,
Q= 800 m³/h, Ps= 100 a 150 Pa, para
instalação em chaminé de arejamento,
incluindo todos os acessórios e trabalhos
complementares. Un 1,00 1 1 500,00 500,00
TOTAL 500,00
1.5.6 Fornecimento e montagem de tubagem para
insuflação ou extracção de ar com DN 100
mm, curva a 180º e troço recto flangeado
numa extremidade, comprimento de 1 m e 5
mm de espessura em aço, incluindo placas,
parafusos, anilhas e porcas de fixação,
metalização, tratamento anti-corrosivo,
pintura e todos os trabalhos acessório e
complementares conforme Desenhos e C.E. Un 5 5 5 250,00 1.250,00
TOTAL 1.250,00
1.5.7 Fornecimento e montagem de braçadeiras
para suporte da tubagem para insuflação ou
extracção de ar, incluindo todos os trabalhos
acessório e complementares. Un 4 4 4 45,00 180,00
TOTAL 180,00
1.5.8 Fornecimento e montagem de deflector em
chapa de aço inox, incluindo todos os
trabalhos acessórios e complementares
conforme Desenho e C.E. Un 1,00 1 1 450,00 450,00
TOTAL 450,00
TOTAL (do Subcapítulo) 10.589,00
1.6 Tubagens e acessórios
1.6.1 Fornecimento e montagem de troços de
tubagens em FFD, DN 100, PN 10 com
extremidades flangeadas e comprimento
aproximado de 4.00 m. Un 1,00 1 1 948,36 948,36
TOTAL 948,36
1.6.2 Tubo em FFD, DN 100, PN 10 com
extremidades flangeadas e comprimento
aproximado de 0.50 m. 2,00 2 2 102,24 204,48
TOTAL 204,48
A5
1.6.3 Tubo em FFD, DN 100, PN 10 com
extremidades flangeadas e comprimento
aproximado de 1 m. Un 1,00 1 1 438,91 438,91
TOTAL 438,91
1.6.4 Fornecimento e montagem de ligador boca
flange em FFD para PVC, DN 100 x 110. Un 1,00 1 1 71,90 71,90
TOTAL 71,90
1.6.5 Cone de redução 80 x 100 em FFD, PN 10,
com extremidades flangeladas. Un 1,00 1 1 73,19 73,19
TOTAL 73,19
1.6.6 Curva a 90º em FFD, DN 80, PN 10 com
extremidades flangeadas. Un 7,00 7 7 73,19 512,31
TOTAL 512,31
1.6.7 Válvula de cunha elástica em FFD, DN 80
flangeada, tipo curto, para PN 10, de
comando manual por volante. Un 3,00 3 3 228,40 685,21
TOTAL 685,21
1.6.8 Válvula de retenção esférica elástica, em
FFD, DN 80, flangeada, para PN 10. Un 1,00 1 1 462,91 462,91
TOTAL 462,91
1.6.9 Tê flangeado em FFD, DN 80 x 80, PN 10. Un 1,00 1 1 108,38 108,38
TOTAL 108,38
1.6.10 Junta de desmontagem auto-travada em FFD,
DN 80, PN10, flangeada. Un 4,00 4 4 353,28 1.413,13
TOTAL 1.413,13
1.6.11 Passa-muros em FFD, DN 80, PN 10 com
extremidades flangeadas na passagem do
poço de bombagem, com aro de ancoragem.
Un 2,00 2 2 516,35 1.032,70
TOTAL 1.032,70
1.6.12 Passa-muros em FFD, DN 100 mm, PN 10
com extremidades flangeadas na passagem
da câmara de válvulas, com aro de
ancoragem. Un 1,00 1 1 578,63 578,63
TOTAL 578,63
TOTAL (do Subcapítulo) 6.530,00
1.7 Diversos
1.7.1 Fornecimento e montagem de pórtico "Turco",
rotativo, com caixa redutora desmultiplicadora
e capacidade de 250kg, incluindo todos os
acessórios e trabalhos complementares. Un 1,00 1 1 450,00 450,00
TOTAL 450,00
1.7.2 Fornecimento de bóias salva-vidas de 2,5 kg
com cintas reflectoras, incluindo retenida de
8 mm de diâmetro com 30 m de comprimento
e cor de laranja. Un 2,00 2 2 100,00 200,00
TOTAL 200,00
1.7.3 Placas de identificação de perigo, em PVC
rígido opaco, com as dimensões de 300 x 300
mm, para aparafusamento e incluindo todos
os acessórios necessários:
Perigo de afogamento Un 2,00 2 2 150,00 300,00
TOTAL 300,00
TOTAL (do Subcapítulo) 950,00
TOTAL (do Capítulo) 82.000,00
2 OBRA DE ENTRADA
2.1 Movimento de terras
A6
2.1.1 Execução de escavação em terreno semi rijo
para implantação das fundações, por meios
mecânicos adequados, incluindo todas as
entivações necessárias a uma perfeita
estabilização das valas, rebaixamento do
nível freático quando necessário, eventuais
reparações e desvios de infra-estruturas, e
todos os trabalhos necessários. m3
Nota: o volume é calculado como o dos
sólidos geométricos limitados inferiormente
pela cota da superfície do b etão de limpeza
das fundações, lateralmente por superfícies
verticais tangentes às faces exteriores das
paredes ou das fundações e superiormente
pela cota do terreno existente 18,90 18,90 19 9,00 170,06
TOTAL 170,06
2.1.2 Remoção e transporte dos produtos
sobrantes a vazadouro, incluindo todos os
trabalhos necessários, com empolamento de
25%. m3 23,62 23,62 24 4,00 94,48
TOTAL 94,48
TOTAL (do Subcapítulo) 265,00
2.2 Betões
2.2.1 Fornecimento, aplicação, vibração e cura de
betão C30/37 (EC3), incluindo armaduras de
aço A400NR e cofragens, descofragens,
ensaios de controlo, execução de aberturas e
todos os trabalhos e materiais necessários
3
para a boa execução da tarefa. m
a) Em fundações ou lajes de fundo 5,22 5,22
b) Em paredes 10,78 10,78
Nota: inclui cofragem para betão à vista nas
superfícies das faces expostas e em contacto
com o efluente
c) Em lajes e caleiras 7,46 7,46 23 300,00 7.037,25
TOTAL 7.037,25
2.2.2 Fornecimento e aplicação de betão de
regularização e limpeza (C12/15), aplicado
em camada de 0,10 m de espessura,
incluindo todos os trabalhos necessários. m3 0,81 0,81 1 75,00 60,68
TOTAL 60,68
2.2.3 Fornecimento colocação vibração e cura de
Betão simples C20/25 para enchimentos, com
25kg de fibras "Dramix" por m3 de betão
aplicado, misturado na autobetoneira,
afagado à colher quando necessário,
incluindo moldes e resinas de colagem, em
enchimentos de acordo com a geometria dos
desenhos do projecto, e todos os trabalhos
necessários. m3 0,94 0,94 1 110,00 103,86
TOTAL 103,86
2.2.4 Execução de juntas de trabalho, incluindo a
colocação de perfil "water-stop", todos os
varões e cofragens adicionais, tratamento das
superfícies do betão e todos os trabalhos
necessários. ml 6,70 6,70 7 20,00 133,93
TOTAL 133,93
TOTAL (do Subcapítulo) 7.336,00
2.3 Revestimentos
2.3.1 Impermeabilização exterior das paredes de
betão enterradas, com pintura betuminosa do
tipo "INERTOL F" da "SIKA", ou equivalente,
em duas demãos cruzadas, incluindo todos
os trabalhos e materiais necessários. m2 129,25 129,25 129 9,00 1.163,25
A7
TOTAL 1.163,25
2.3.2 Pintura, após acabamentos, das faces de
estrutura de betão armado em contacto com o
efluente com resina epóxidica do tipo
"POXITAR-N" da "SIKA", ou equivalente,
aplicada em duas demãos cruzadas, incluindo
todos os trabalhos e materiais necessários. m2 112,63 112,63 113 13,00 1.464,22
TOTAL 1.464,22
2.3.3 Pintura em superfícies exteriores à vista com
tinta acrílica para protecção do betão, de alta
resistência, do tipo "SIKAGARD 681-S
BETONCOLOR-incolor" da "SIKA", ou
equivalente, incluindo todos os trabalhos e
materiais necessários. m2 10,24 10,24 10 11,00 112,64
TOTAL 112,64
TOTAL (do Subcapítulo) 2.740,00
2.4 Serralharia
2.4.1 Fornecimento e colocação de tampas em
chapa xadrez, para abertura com 1.00 x 1.00
m na câmara de válvulas, incluindo um aro
comum em perfis de ferro, metalização,
tratamento anti-corrosivo, pintura e todos os
trabalhos acessórios e complementares,
conforme Peças Desenhadas e C.E. Un 1 1 1 300,00 300,00
TOTAL 300,00
TOTAL (do Subcapítulo) 300,00
2.5 Equipamentos
2.5.1 Comportas para canal em aço inox com 500
mm de largura e uma altura de 1000 mm,
incluindo guias também em aço inox
embutidas nas paredes dos canais VG
c/400 x 900mm 2,00 2 2 244,41 488,82
c/400 x 800mm 2,00 2 2 215,08 430,16
TOTAL 918,99
2.5.2 Tamisador/compactador de grelha fixa com
fuso de 3 mm para canal de 400 mm,
incluindo quadro de alimentação e comando e
dispositivo de ligação a saco plástico Un 1,00 1 1 33.806,93 33.806,93
TOTAL 33.806,93
2.5.3 Grade de limpeza manual em aço inox para
canal de 400 mm de largura e 1 m de altura,
com espaçamento entre barras de 27 mm VG 1,00 1 1 596,36 596,36
TOTAL 596,36
2.5.4 Contentor de recolha dos gradados de
plástico, com 200 litros e rodas de
deslocamento VG 3,00 3 3 240,93 722,78
TOTAL 722,78
2.5.5 Canal Parshall de 6", pré-fabricado equipado
com sensor de nível ultrassónico com
indicador instantâneo local e indicador
instantâneo e totalizador na sala de comando VG 1,00 1 1 4.692,69 4.692,69
TOTAL 4.692,69
2.5.6 Fornecimento e montagem de deflector em
chapa de aço inox, incluindo todos os
trabalhos acessórios e complementares
conforme Desenho e C.E. Un 1,00 1 1 450,00 450,00
TOTAL 450,00
2.5.7 Fornecimento e montagem de ponte
raspadora de fundo e superfície, para
desarenador/desengordurador com
comprimento total de 4 m e largura 1 m Un 1,00 1 1 14.874,15 14.874,15
TOTAL 14.874,15
A8
2.5.8 Válvula mural em aço inox diâmetro 200 mm,
incluindo guias também em aço inox e volante
de manobra VG 1,00 1 1 300,00 300,00
TOTAL 300,00
2.5.9 Fornecimento e montagem do sistema de
extracção das areias composto por "Air-lift"
incluindo grupo compressor Un 1,00 1 1 1.606,12 1.606,12
TOTAL 1.606,12
2.5.10 Fornecimento e montagem do sistema de
difusão de ar de bolha grossa incluindo
tubagem e sistema de fixação Un 1,00 1 1 1.967,51 1.967,51
TOTAL 1.967,51
2.5.11 Fornecimento e montagem do classificador de
areia, incluindo todos os trabalhos acessório
e complementares Un 1,00 1 1 10.523,64 10.523,64
TOTAL 10.523,64
2.5.12 Fornecimento e assentamento de separador
de gorduras conforme o projecto, incluindo
caixa de colecta de drenados, tubagem de
entrada e saída, acessórios e todos os
trabalhos necessários Un 1,00 1 1 21.774,50 21.774,50
TOTAL 21.774,50
TOTAL (do Subcapítulo) 92.234,00
TOTAL (do Capítulo) 102.900,00
3 REACTOR BIOLÓGICO
3.1 Trabalhos preliminares
3.1.1 Reabilitação e regularização das superfícies
em contacto com efluente, incluindo remoção
total da pintura, picagem das superfícies
degradadas, aplicação de novo revestimento
à base de argamassas para reparação não-
retrátil tipo "MOTEX DUR PLUS" da
"WEBER", tratamento anti-corrosivo de
eventuais armaduras expostas e todos os
trabalhos e acessórios necessários à boa
2
realização do trabalho (valor estimado). m 180 180 180 37,50 6.750,00
TOTAL 6.750,00
3.1.2 Reabilitação e regularização das superfícies
exteriores, incluindo remoção total da pintura,
picagem das superfícies degradadas,
aplicação de novo revestimento à base de
argamassa para reparação não-retrátil tipo
"MOTEX DUR BASIC" da "WEBER", ou
equivalente, tratamento anti-corrosivo de
eventuais armaduras expostas e todos os
trabalhos e acessórios necessários à boa
realização do trabalho (valor estimado). m2 60 60 60 27,50 1.650,00
TOTAL 1.650,00
3.1.3 Selagem de eventuais fissuras em estruturas
de betão mediante a injecção de caldas
poliméricas de baixa viscosidade isentas de
solventes, à base de resinas epoxídicas, do
tipo "SIKADUR 52 INJECTION" da "SIKA" ou
equivalente em fissuras com menos de 5mm
de afastamento, e à base de resina de
poliuretano, do tipo "SPETEC PUR 51" da
"TECNOCRETE" ou equivalente, nas
restantes situações (valor estimado). ml 26 26 26 60,00 1.560,00
TOTAL 1.560,00
A9
3.1.4 Demolição de elementos de betão dos
tanques de arejamento e decantadores
secundários existentes para acomodar o
sistema de tratamento por membranas,
nomeadamente do sistema de distribuição de
efluente aos tanques de arejamento e as
câmaras de saída dos decantadores
secundários de acordo com as peças
desenhadas, incluindo transporte dos
materiais sobrantes a aterro. m3 1,00 1,00 1 70,00 70,00
TOTAL 70,00
TOTAL (do Subcapítulo) 10.030,00
3.2 Betões
3.2.1 Preparação das superfícies de betão
endurecido nas zonas de contacto com novo
betão, incluindo picagem para tornar rugosa,
limpeza, desengorduramento e aplicação de
um ligante do tipo "IKOSIT KC 220/60" da
"SIKA", ou esquivalente. m2 4,00 4,00 4,00 22,50 90,00
TOTAL 90,00
3.2.2 Fornecimento e aplicação de betão C35/45
(XA3, NP EN206), incluindo, armaduras de
aço A400NR, cofragens, descofragens,
escoramentos, juntas de trabalho na base das
paredes e ou quando indicado nos desenhos,
tratamento das juntas de betonagem,
operações de cura e todos os trabalhos e
materiais necessários e complementares, de
acordo com o definido no Caderno de
Encargos e com os desenhos e pormenores
do projecto. m3 8,55 8,55 9 450,00 3.847,50
TOTAL 3.847,50
3.2.3 Fornecimento e aplicação de betão simples
C25/30 em enchimentos, incluindo cofragens
e descofragens e todos os materiais e
trabalhos necessários. m3 81,70 81,70 82 90,00 7.353,00
TOTAL 7.353,00
TOTAL (do Subcapítulo) 11.291,00
3.3 Revestimentos
3.3.1 Pintura, após acabamentos, das faces de
estrutura de betão armado em contacto com o
efluente com resina epóxidica do tipo
"POXITAR-N" da "SIKA", ou equivalente,
aplicada em duas demãos cruzadas, incluindo
todos os trabalhos e materiais necessários. m2 791,00 791,00 791,0 13,00 10.283,00
TOTAL 10.283,00
3.3.2 Pintura em superfícies exteriores à vista com
tinta acrílica para protecção do betão, de alta
resistência, do tipo "SIKAGARD 681-S
BETONCOLOR-incolor" da "SIKA", ou
equivalente, incluindo todos os trabalhos e
2
materiais necessários. m 247,50 247,50 247,5 11,00 2.722,50
TOTAL 2.722,50
TOTAL (do Subcapítulo) 13.006,00
3.4 Equipamento electromecânico
3.4.1 Fornecimento e instalação de sistema de
tratamento por MBR completo, incluindo
módulos de membranas, grupos
electrobombas, sistema de ar comprimido,
tubagens, acessórios e todos os acessórios e
trabalhos necessário à boa realização da
tarefa. Un 1 1 1 480.000,00 480.000,00
TOTAL 480.000,00
A10
3.4.2 Fornecimento e montagem de deflector em
chapa de aço inox, incluindo todos os
trabalhos acessórios e complementares
conforme Desenho e C.E. Un 3,00 3 3 450,00 1.350,00
TOTAL 1.350,00
3.4.3 Fornecimento e montagem de grupo
electrobomba submersível a instalar no
tanque de homogeneização de caudal de
impulsor tipo vortex para água residual com
uma concentração de sólidos máxima de 1%,
para Q = 25 l/s, H = 6 m.c.a., incluindo
pedestal, guias de elevação e todos os
acessórios de montagem necessários. Un 2 2 2 2.744,48 5.488,95
TOTAL 5.488,95
3.4.4 Fornecimento e montagem de grupo
electrobomba submersível de impulsor tipo
vorte x ou monocanal para água residual com
uma concentração de sólidos máxima de 3%,
para Q = 3 l/s, H = 9,8 m.c.a., pedestal, guias
de elevação e todos os acessórios de
montagem necessários, para instalar no
tanque de membranas. Un 2,00 2,00 2 2.068,74 4.137,47
TOTAL 4.137,47
3.4.5 Fornecimento e montagem de sondas de
nível do tipo bóia com interruptor mecânico,
incluindo cabos de ligação ao quadro eléctrico
e caixas de transição Un 4,00 4,00 4 125,00 500,00
TOTAL 500,00
3.4.6 Fornecimento e montagem de agitador
submersível para instalar no tanque de
homogeneização. O agitador será fornecido
com a respectiva guia de instalação que
permite o posicionamento do agitador a altura
ajustável e respectivos suportes, base para
turco de elevação, incluindo plataforma para
operações de manutenção e todos os
trabalhos e acessórios necessários. Un 3,00 3,00 3 5.200,00 15.600,00
TOTAL 15.600,00
TOTAL (do Subcapítulo) 507.076,00
3.5 Serralharia
3.5.1 Substituição, fornecimento e montagem de
guarda corpos em PRFV, com uma altura de
0,80 m de cor verde ou amarela, incluindo
todos os trabalhos e acessórios necessários. ml 60 60 60 50,00 3.000,00
TOTAL 3.000,00
3.5.2 Fornecimento e assentamento de porta em
perfil de alumínio, com painel de vidro de 6
mm, almofada em chapa de alumínio e
bandeira em grelhas fixas de alumínio,
incluindo todos os trabalhos inerentes,
conforme peças desenhadas Un
a) Com 0.80 x 2.00 m (Pe2) 1,00 1 1 443,00 443,00
TOTAL 443,00
3.5.3 Fornecimento e assentamento de janela em
perfil de alumínio com quatro folhas
basculantes e vidro de 6 mm, incluindo todos
os trabalhos inerentes, conforme peças
desenhadas Un
a) Com 2.00 x 2.00 m (J1) 2,00 2 2 1.106,00 2.212,00
TOTAL 2.212,00
TOTAL (do Subcapítulo) 5.655,00
3.6 Tubagens e acessórios
A11
3.6.1 Fornecimento e montagem de tubagem e
acessórios em ferro fundido dúctil, para águas
residuais, com juntas automáticas, incluindo
suportes chumbados à estrutura de betão,
juntas de estanquidade do tipo “SIKASWELL
P-PERFIS” da SIKA na ligação com
elementos de betão e todos os trabalhos e
acessórios necessários. Un
Troços rectilíneos DN 250 (de 0,51 m a
1.00 m) 1 1 1 600,00 600,00
Troços rectilíneos DN 250 (de 5.01 m a
5,90 m) 1 1 1 900,00 900,00
Curvas a 90º DN 250 1 1 1 450,00 450,00
Braçadeiras DN 250 3 3 3 90,00 270,00
TOTAL 2.220,00
TOTAL (do Subcapítulo) 2.220,00
TOTAL (do Capítulo) 549.300,00
4 TRATAMENTO DE LAMAS
4.1 Movimento de terras
4.1.1 Escavação em terreno de qualquer natureza
para implantação do edifício incluindo
entivação, baldeação dos produtos
escavados e rebaixamento do nível freático
(se necessário), todas as rampas
sobrelargurais e trabalhos acessórios
necessários para a boa execução da tarefa m3 16,50 16,50
1,16 1,16
5,44 5,44
18,75 18,75 42
35% rocha 15 30,00 439,40
65% terra 27 8,00 217,61
TOTAL 657,01
4.1.3 Transporte a vazadouro dos produtos
sobrantes, incluindo carga, descarga e
espalhamento em local aprovado pelo Dono
de Obra, admitindo empolamento de 25% m3 52,31 52,31 52 3,00 156,93
TOTAL 156,93
4.1.4 Fornecimento, colocação e espalhamento de
brita D 50 = 0.05 em fundação de laje de
3
pavimento, incluindo todos os trabalhos m 13,25 13,25 13 59,00 781,99
TOTAL 781,99
TOTAL (do Subcapítulo) 1.596,00
4.2 Betões
4.2.1 Fornecimento e colocação de betão de
3
limpeza com 200 kg de cimento por cada m ,
incluindo a regularização do aterro de
fundação m3 0,55 0,55 1 110,00 60,50
TOTAL 60,50
4.2.2 Fornecimento e colocação em obra de betão
C30/37 XS1, incluindo cofragens, aço
A400ER e todos os trabalhos inerentes m3
16,50 16,50
4,43 4,43
6,92 6,92
4,47 4,47
1,60 1,60 34 425,00 14.414,88
TOTAL 14.414,88
A12
4.2.3 Fornecimento, colocação, vibração e cura de
betão armado em betão C25/30 XC2 e aço
A400NR, incluindo cofragens, ensaios de
controlo dos materiais e todos os trabalhos
necessários para a boa execução da tarefa m3 8,33 8,33 8 400,00 3.333,60
TOTAL 3.333,60
4.2.4 Execução de laje de pavimento em betão
simples C20/25 XC1, incluindo malhasol
CQ38 e todos os trabalhos inerentes. m3 13,25 13,25 13 375,00 4.970,25
TOTAL 4.970,25
TOTAL (do Subcapítulo) 22.779,00
4.3 Alvenarias, Emboços e Rebocos
4.3.1 Execução paredes exteriores em alvenaria de
tijolo furado com 0.25 m de espessura,
incluindo argamassa de assentamento ao
traço 1/4, verga para vãos, todos os trabalhos
e materiais necessários m2 258,83 258,83
a deduzir -18,00 -18,00
a deduzir -37,54 -37,54 203 19,00 3.862,42
TOTAL 3.862,42
4.3.2 Execução de paredes interiores em alvenaria
de tijolo furado com 0.15 m de espessura,
incluindo argamassa de assentamento ao
traço 1/4, verga para vãos, todos os trabalhos
e materiais necessários m2 16,24 16,24
a deduzir -2,80 -2,80 13 17,00 228,48
TOTAL 228,48
4.3.3 Salpico, emboço e reboco de paredes
exteriores com argamassa de cimento e areia
ao traço 1/4, com 0.02 m de espessura,
incluindo todos os trabalhos e materiais
necessários m2 201,50 201,50
22,34 22,34
a deduzir -18,00 -18,00
a deduzir -30,14 -30,14 176 15,00 2.635,50
TOTAL 2.635,50
4.3.4 Fornecimento e assentamento de placas de
granito rugoso com 8 mm de espessura
assentes com cimento cola em alçados
exteriores, incluindo cortes, remates, fecho de
juntas e todos os trabalhos e materiais
necessários m2 50,00 50,00
a deduzir 1,10 1,10
a deduzir 7,40 7,40 59 121,00 7.078,50
TOTAL 7.078,50
4.3.5 Salpico, emboço e reboco de paredes
interiores com argamassa de cimento, cal e
areia ao traço 1/3/6, com 0.02 m de
espessura, incluindo todos os trabalhos e
materiais necessários m2 183,08 183,08
a deduzir -18,00 -18,00
a deduzir -36,14 -36,14
a deduzir -4,20 -4,20
15,60 15,60 140 15,00 2.105,10
TOTAL 2.105,10
4.3.6 Salpico, emboço e reboco de tectos interiores
com argamassa de cimento, cal e areia ao
traço 1/3/6, com 0.02 m de espessura,
incluindo todos os trabalhos e materiais
necessários m2 114,05 114,05 114 17,00 1.938,77
TOTAL 1.938,77
A13
4.3.7 Emboço e reboco interior com argamassa de
500 kg de cimento por m 3, com 0.02 m de
2
espessura e aditivo impermeabilizante m 24,00 24,00 24 17,00 408,00
TOTAL 408,00
TOTAL (do Subcapítulo) 18.257,00
4.4 Pinturas e revestimentos
4.4.1 Pintura com tinta de água nas demãos
convenientes nas paredes interiores m2 140,34 140,34 140 5,00 701,70
TOTAL 701,70
4.4.2 Pintura a duas demãos de tinta plástica para
exteriores, na cor branca, nas superfícies
exteriores m2 175,70 175,70 176 6,00 1.054,20
TOTAL 1.054,20
4.4.3 Pintura a tinta plástica de cor branca, a duas
demãos em tectos interiores. m2 114,05 114,05 114 6,00 684,27
TOTAL 684,27
4.4.4 Pintura das superfícies interiores em contacto
com o esgoto com duas demãos de tinta à
base de resina epoxídica do tipo "Inertol
Poxitar" ou equivalente 24,00 24,00 24 8,00 192,00
TOTAL 192,00
4.4.5 Fornecimento e colocação de betonilha de
0.05 m de espessura com argamassa de
cimento e areia ao traço 1/4, incluindo todos
os trabalhos e materiais necessários. m2 114,05 114,05 114 9,00 1.026,41
TOTAL 1.026,41
4.4.6 Fornecimento e assentamento de
revestimento em azulejo cerâmico, incluindo
cortes, remates, cimento cola, refecho das
juntas, todos os trabalhos e materiais
necessários. m2 2,26 2,26
12,60 12,60
-1.20 x
a deduzir 0.70 -0,84
- 0.70
a deduzir x 2.00 -1,40 13 26,00 327,99
TOTAL 327,99
4.4.7 Fornecimento e assentamento de mosaico
hidráulico assente sobre betonilha 2
m 111,79 111,79 112 29,00 3.241,91
TOTAL 3.241,91
4.4.8 Fornecimento e assentamento de lajetas de
betão 0.50x0.50 no exterior, incluindo todos
os materiais e trabalhos inerentes m2 21,00 21,00 21 30,00 630,00
TOTAL 630,00
TOTAL (do Subcapítulo) 7.858,00
4.5 Cantarias
4.5.1 Fornecimento e assentamento de peitoril
completo em pedra da região com canal e
pingadeira, incluindo todos os materiais e
trabalhos inerentes Un
a) Com 2.20 x 0.30 x 0.10 m (J1 e J2) 5,00 5 5 121,00 605,00
b) Com 1.20 x 0.30 x 0.10 m (J3) 1,00 1 1 66,00 66,00
TOTAL 671,00
4.5.2 Fornecimento e assentamento de ombreiras
completas em pedra da região, incluindo
todos os materiais e trabalhos inerentes Un
a) Com 2.00 x 0.30 x 0.10 m (J1) 8,00 8 8 110,00 880,00
b) Com 1.00 x 0.30 x 0.10 m (J2) 2,00 2 2 56,00 112,00
c) Com 0.50 x 0.30 x 0.10 m (J3) 2,00 2 2 28,00 56,00
d) Com 4.50 x 0.30 x 0.10 m (Pe1) 2,00 2 2 246,00 492,00
A14
e) Com 2.00 x 0.30 x 0.10 m (Pe2) 2,00 2 2 110,00 220,00
TOTAL 1.760,00
4.5.3 Fornecimento e assentamento de verga
completa em pedra da região, incluindo todos
os materiais e trabalhos inerentes Un
a) Com 2.20 x 0.30 x 0.10 m (J1 e J2) 6,00 6 6 121,00 726,00
b) Com 1.20 x 0.30 x 0.10 m (J3) 4,00 4 4 66,00 264,00
c) Com 3.70 x 0.30 x 0.10 m (Pe1) 2,00 2 2 203,00 406,00
c) Com 1.00 x 0.30 x 0.10 m (Pe2) 1,00 1 1 56,00 56,00
TOTAL 1.452,00
TOTAL (do Subcapítulo) 3.883,00
4.6 Serralharias
4.6.1 Fornecimento e assentamento de portões em
perfil de alumínio, incluindo todos os
trabalhos inerentes, conforme peças
desenhadas Un
a) Com 3.50 x 4.50 m (Pe1) 2,00 2 2 3.438,00 6.876,00
TOTAL 6.876,00
4.6.2 Fornecimento e assentamento de porta em
perfil de alumínio, com painel de vidro de 6
mm, almofada em chapa de alumínio e
bandeira em grelhas fixas de alumínio,
incluindo todos os trabalhos inerentes,
conforme peças desenhadas Un
a) Com 0.80 x 2.00 m (Pe2) 1,00 1 1 443,00 443,00
TOTAL 443,00
4.6.3 Fornecimento e assentamento de porta em
perfil de alumínio, com folha em chapa de
alumínio, incluindo todos os trabalhos
inerentes, conforme peças desenhadas Un
a) Com 2.00 x 0.70 m (Pi) 3,00 3 3 388,00 1.164,00
TOTAL 1.164,00
4.6.4 Fornecimento e assentamento de janela em
perfil de alumínio com quatro folhas
basculantes e vidro de 6 mm, incluindo todos
os trabalhos inerentes, conforme peças
desenhadas Un
a) Com 2.00 x 2.00 m (J1) 3,00 3 3 1.106,00 3.318,00
TOTAL 3.318,00
4.6.5 Fornecimento e assentamento de janela em
perfil de alumínio, com duas folhas
basculantes e vidro de 6 mm, incluindo todos
os trabalhos inerentes, conforme peças
desenhadas Un
a) Com 2.00 x 1.00 m (J2) 1,00 1 1 553,00 553,00
TOTAL 553,00
4.6.6 Fornecimento e assentamento de janela em
perfil de alumínio, com uma folha basculante
e vidro de 6 mm, incluindo todos os trabalhos
inerentes, conforme peças desenhadas Un
a) Com 1.00 x 0.50 m (J2) 1,00 1 1 139,00 139,00
TOTAL 139,00
4.6.7 Fornecimento e colocação de guarda em aço
galvanizada completa com altura de 1.00 m,
incluindo pintura a tinta de esmalte sobre
sub-capa e todos os materiais e trabalhos
inerentes. m 8.15 8.15 0 139,00 0,00
TOTAL 0,00
TOTAL (do Subcapítulo) 12.493,00
4.7 Cobertura
A15
4.7.1 Fornecimento e colocação de laje aligeirada 9.40 x
tipo PREMOLDE ou equivalente 9.40 +
4.70 x
m2 4.40 109,04 109 47,00 5.124,88
TOTAL 5.124,88
4.7.1.1 Execução de cobertura completa em telha do
tipo aba-canudo, incluindo estrutura pré-
fabricada e todos os trabalhos e materiais
necessários. m2 145,36 145,36 145 59,00 8.576,24
TOTAL 8.576,24
TOTAL (do Subcapítulo) 13.701,00
4.8 Redes internas
4.8.1 Execução de rede de água fria completa em
aço inox, incluindo abertura e fecho de roços,
válvula de seccionamento roscada,
acessórios de montagem e todos os trabalhos
e materiais necessários. Un 1,00 1 1 1.601,00 1.601,00
TOTAL 1.601,00
4.8.2 Execução de rede interior de drenagem de
águas residuais domésticas completa em
PVC para 0,40 MPa, incluindo acessórios e e
todos os trabalhos inerentes. Un 1,00 1 1 1.383,00 1.383,00
TOTAL 1.383,00
4.8.3 Fornecimento e instalação de tubagem em
PVC com f150 para drenagem de águas
pluviais da cobertura, incluindo acessórios e
todos os trabalhos necessários. Un 1,00 1 1 1.601,00 1.601,00
TOTAL 1.601,00
TOTAL (do Subcapítulo) 4.585,00
4.9 Desidratação de lamas
4.9.1 Unidade compacta de
espessamento/desidratação de lamas do tipo
"MONOBELT", com tela de 1,5 m incluindo
bomba de lavagem e todos os acessórios. Un 1,00 1 1 48.882,19 48.882,19
TOTAL 48.882,19
4.9.2 Sistema de preparação manual e doseamento
de polielectrólito em polietileno de 1000l, com
electroagitador e indicador de nível, bomba
doseadora de rotor excêntrico incluindo todas
as tubagens e acessórios. Un 1,00 1 1 11631,97 11631,97
TOTAL 11631,97
4.9.2 Fornecimento e montagem de
electrocompressor próprio para um caudal de
7m 3/h. e uma pressão de 7 bar Un 1,00 1 1 1.132,00 1.132,00
TOTAL 1.132,00
4.9.3 Fornecimento e montagem de electroagitador
no tanque de lamas Un 1,00 1 1 1.317,00 1.317,00
TOTAL 1.317,00
4.9.4 Fornecimento e montagem de indicador de
nível do tipo ultrassónico no tanque de lamas,
com indicação no quadro eléctrico
Un 1,00 1 1 1.198,00 1.198,00
TOTAL 1.198,00
4.9.5 Fornecimento e montagem de bomba de
alimentação de lamas do tipo rotor excêntrico
de caudal regulável, própria para um caudal
de 2-8 m 3/h e uma pressão de 2 bar m 1,00 1 1 3.089,00 3.089,00
TOTAL 5.485,00
4.9.6 Fornecimento e assentamento de tubagem e
acessórios em aço inox para alimentação de
lamas Conj 1,00 1 1 2.514,00 2.514,00
TOTAL 2.514,00
A16
4.9.7 Fornecimento e assentamento de tubagens,
válvulas e acessórios em PVC p/ as bombas
doseadoras Conj 1,00 1 1 420,00 420,00
TOTAL 420,00
4.9.8 Fornecimento e montagem de grupos
electrobomba p/água de lavagem de eixo
vertical para Q= 6.0 m 3/h e Hm=70 m.c.a un 1,00 1 1 1.400,00 1.400,00
TOTAL 1.400,00
4.9.9 Fornecimento e montagem de reservatório de
água em PRV com capacidade para 5.0 m 3
un 1,00 1 1 1.200,00 1.200,00
TOTAL 1.200,00
4.9.10 Fornecimento e assentamento de tubagens,
válvulas e acessórios p/as bombas água de
lavagem Conj 1,00 1 1 2.096,00 2.096,00
TOTAL 2.096,00
4.9.11 Fornecimento montagem de ventilador de
tecto, para o caudal de 1600 m 3/h a 6 m.c.a.
Un 1,00 1 1 839,00 839,00
TOTAL 839,00
4.9.12 Fornecimento de contentores apropriados
para armazenamento de lamas desidratadas
com capacidade para 6 m 3 Un 1,00 1 1 1.467,00 1.467,00
TOTAL 1.467,00
TOTAL (do Subcapítulo) 67.950,00
4.10 Ventilação e remoção de odores
4.10.1 Fornecimento e montagem de filtro de carvão
activado com 3.0 m de diâmetro e 3538 kg de
carvão, incluindo electroventilador centrífugo
para um caudal de 8500 m 3/h e todos os
acessórios inerentes Un 1,00 1 1 45.600,00 45.600,00
TOTAL 45.600,00
TOTAL (do Subcapítulo) 45.600,00
TOTAL (do Capítulo) 198.700,00
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE
5 ESCORRÊCIAS E DRENADOS
5.1 Trabalhos preliminares
5.1.1 Reabilitação e regularização das superfícies
em contacto com efluente, incluindo remoção
total da pintura, picagem das superfícies
degradadas, aplicação de novo revestimento
à base de argamassas para reparação
não-retrátil tipo "MOTEX DUR PLUS" da
"WEBER", tratamento anti-corrosivo de
eventuais armaduras expostas e todos os
trabalhos e acessórios necessários à boa
2
realização do trabalho (valor estimado). m 6,40 6,40 6 37,50 240,00
TOTAL 240,00
5.1.2 Reabilitação e regularização das superfícies
exteriores, incluindo remoção total da pintura,
picagem das superfícies degradadas,
aplicação de novo revestimento à base de
argamassa para reparação não-retrátil tipo
"MOTEX DUR BASIC" da "WEBER", ou
equivalente, tratamento anti-corrosivo de
eventuais armaduras expostas e todos os
trabalhos e acessórios necessários à boa
realização do trabalho (valor estimado). m2 6 6 6 27,50 165,00
TOTAL 165,00
A17
5.1.3 Selagem de eventuais fissuras em estruturas
de betão mediante a injecção de caldas
poliméricas de baixa viscosidade isentas de
solventes, à base de resinas epoxídicas, do
tipo "SIKADUR 52 INJECTION" da "SIKA" ou
equivalente em fissuras com menos de 5mm
de afastamento, e à base de resina de
poliuretano, do tipo "SPETEC PUR 51" da
"TECNOCRETE" ou equivalente, nas
restantes situações (valor estimado). ml 2 2 2 60,00 120,00
TOTAL 120,00
TOTAL (do Subcapítulo) 405,00
5.2 Betões
5.2.1 Preparação das superfícies de betão
endurecido nas zonas de contacto com novo
betão, incluindo picagem para tornar rugosa,
limpeza, desengorduramento e aplicação de
um ligante do tipo "IKOSIT KC 220/60" da
"SIKA", ou esquivalente. m2 1,00 1,00 1,00 22,50 22,50
TOTAL 22,50
5.2.2 Fornecimento e aplicação de betão C35/45
(XA3, NP EN206), incluindo, armaduras de
aço A400NR, cofragens, descofragens,
escoramentos, juntas de trabalho na base das
paredes e ou quando indicado nos desenhos,
tratamento das juntas de betonagem,
operações de cura e todos os trabalhos e
materiais necessários e complementares, de
acordo com o definido no Caderno de
Encargos e com os desenhos e pormenores
do projecto. m3 2,50 2,50 3 450,00 1.125,00
TOTAL 1.125,00
5.2.3 Fornecimento e aplicação de betão simples
C25/30 em enchimentos, incluindo cofragens
e descofragens e todos os materiais e
trabalhos necessários. m3 1,00 1,00 1 90,00 90,00
TOTAL 90,00
TOTAL (do Subcapítulo) 1.238,00
5.3 Revestimentos
5.3.1 Pintura, após acabamentos, das faces de
estrutura de betão armado em contacto com o
efluente com resina epóxidica do tipo
"POXITAR-N" da "SIKA", ou equivalente,
aplicada em duas demãos cruzadas, incluindo
todos os trabalhos e materiais necessários. m2 6,40 6,40 6 13,00 83,20
TOTAL 83,20
5.3.2 Pintura em superfícies exteriores à vista com
tinta acrílica para protecção do betão, de alta
resistência, do tipo "SIKAGARD 681-S
BETONCOLOR-incolor" da "SIKA", ou
equivalente, incluindo todos os trabalhos e
2
materiais necessários. m 6,00 6,00 6,0 11,00 66,00
TOTAL 66,00
TOTAL (do Subcapítulo) 150,00
5.4 Equipamento electromecânico
5.4.1 Fornecimento e montagem de grupo
electrobomba submersível de impulsor tipo
vorte x ou monocanal para água residual com
uma concentração de sólidos máxima de 3%,
para Q = 6.0 l/s, H = 3,55 m.c.a., pedestal,
guias de elevação e todos os acessórios de
montagem necessários. Un 2,00 2,00 2 2.068,74 4.137,47
TOTAL 4.137,47
A18
5.4.2 Fornecimento e montagem de sondas de
nível do tipo bóia com interruptor mecânico,
incluindo cabos de ligação ao quadro eléctrico
e caixas de transição Un 4,00 4,00 4 125,00 500,00
TOTAL 500,00
TOTAL (do Subcapítulo) 4.637,00
5.6 Serralharia
5.6.1 Fornecimento e colocação de tampas em
chapa xadrez, para abertura com 1.00 x 0.80
m na câmara de válvulas, incluindo um aro
comum em perfis de ferro, metalização,
tratamento anti-corrosivo, pintura e todos os
trabalhos acessórios e complementares,
conforme Peças Desenhadas e C.E. Un 1 1 1 280,00 280,00
TOTAL 280,00
5.6.2 Fornecimento e colocação de tampas em
chapa xadrez, para abertura com 1.60 x 1.00
m na câmara de válvulas, incluindo um aro
comum em perfis de ferro, metalização,
tratamento anti-corrosivo, pintura e todos os
trabalhos acessórios e complementares,
conforme Peças Desenhadas e C.E. Un 1 1 1 500,00 500,00
TOTAL 500,00
TOTAL (do Subcapítulo) 780,00
TOTAL (do Capítulo) 7.200,00
6 DIVERSOS
6.1 Tubagem de ligação entre órgãos
6.1.1 Reabilitação do circuito de tubagens de
ligação entre órgãos, incluindo fornecimento e
assentamento de tubagem corrugada nos
trechos gravíticos, parede lisa nos circuitos
em pressão e ferro fundido dúctil quando à
vista, construção de câmaras de visita tipo e
maciços de amarração e todos os trabalhos e
materiais acessórios necessários à realização
da tarefa, nomeadamente a eventual remoção
de tubagens, câmaras de visita e outros
elementos existentes que interfiram com os
novos circuitos. VG 1 1 1 8.000,00 8.000,00
TOTAL 8.000,00
6.1.2 Execução de câmara de by-pass quadrada,
em betão simples, com tampa metálica
incluindo válvula mural VG 4 4 4 586,50 2.346,00
TOTAL 2.346,00
6.1.3 Fornecimento e montagem de cesto de
recolha de detritos em aço inoxidável AISI
316 e cabo de material sintético com
resistência à rotura não inferior a 5kN,
incluindo guias e todos os trabalhos e
acessórios necessários VG 1 1 1 300,00 300,00
TOTAL 300,00
TOTAL (do Subcapítulo) 10.646,00
6.2 Instalações eléctricas e de comando
6.2.1 Execução de circuitos alimentação e controlo
dos novos equipamentos instalados e
compatibilização ou substituição dos
equipamentos existentes que se verifiquem
desadequados ou defeituosos, incluindo
fornecimento e instalação de cabos eléctricos,
reabilitação de quadros eléctricos,
compatibilização do sistema de controlo
(autómato programável) e todos os trabalhos
e acessórios necessários ao correcto VG 1 1 1 7.000,00 7.000,00
A19
funcionamento da instalação.
TOTAL 7.000,00
TOTAL (do Subcapítulo) 7.000,00
6.3 Rede de água de serviço
6.3.1 Execução de rede de água de serviço para
reutilização da água tratada em trabalhos de
operação e manutenção da ETAR, incluindo
fornecimento e montagem de grupo
hidropressor, fornecimento e instalação de
tubagem de distribuição e bocas de rega, e
todos os trabalhos, materiais e acessórios
necessários à realização da tarefa. VG 1 1 1 4.500,00 4.500,00
TOTAL 4.500,00
TOTAL (do Subcapítulo) 4.500,00
TOTAL (do Capítulo) 22.100,00
TOTAL DA REABILITAÇÃO DA ETAR 962.200,00
Resumo do Orçamento
Trabalhos Preliminares 60 200 €
Estaleiro 25 000 €
Trabalhos Preparatórios 15 000 €
Acessos, Arruamentos e Arranjos Exteriores 16 700 €
Trabalhos Finais 3 500 €
Reabilitação da ETAR 962 200 €
Bacia de Retenção e reabilitação da Estação Elevatória 82 000 €
Obra de Entrada 102 900 €
Reactor Biológico 549 300 €
Tratamento de Lamas 198 700 €
Estação Elevatória de escorrências e drenados 7 200 €
Diversos 22 100 €
Total sem arredondamento 1 022 400 €
Arredondamento -22 400 €
Total 1 000 000 €
A20
Reabilitação da ETAR do Magoito Recorrendo a Reactores
Biológicos por Membranas
(Volume II)
Projecto Base
Júri
Presidente: Prof.º João Hipólito
Orientador: Prof.º José Saldanha Matos
Eng.ª Marisa Silva
Vogal: Prof.ª Helena Pinheiro
Setembro de 2009
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Reabilitação da ETAR do Magoito Recorrendo a Reactores
Biológicos por Membranas
(Volume II)
Projecto Base
Júri
Presidente: Prof.º João Hipólito
Orientador: Prof.º José Saldanha Matos
Eng.ª Marisa Silva
Vogal: Prof.ª Helena Pinheiro
Setembro de 2009
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Índice de Peças Desenhadas
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