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Física 12º Livro “Vender Desafios” Física 12º (soluções em arquivo á parte).

Vencer
Desafios
Exercícios

Digitalização por José Rodrigues


Canas de Senhorim
2020
LISBOA
EDITORA

, .
Exerc1c10s
- tor
'>qQUE5 DA SIL'.'A

stra ção
'-,QUES DA <;ILVA

-aoa e desi9 1,
lé R QUE ( ,YATTE
" C ABRAL

e- m pressã ~
: íORA

•e ssão e acabamento •
G ..FIC(', LlA

.,, i,.

Se de e Direcção Editorial
: - . ,os U NIDOS DA AM(RICA, 1-B
. -. 63 LISBOA, PORTUGAL
- 843 09 10 rAx: 21 843 09 11
díredit@lisboaed1tora .pt

2006 · Livro Auxi li r


constante de Planck h = 6,63 X 10- 3
• Js
carga elementar (carga do protão) e= 1,60 X 10-19 (
massa própria do electrão m. = 9,11 x 10- 31
kg
massa própria do protão m p = 1,67 x 10- 27
kg
massa própria do neutrão mn = 1,6 7 X 10 - 27
kg
constante de Avogadro NA= 6,02 x 10' mol-1 3

constante de Faraday
constante (molar) de gás ideal R = 8,31 J mol-1 K-1
unidade de massa atómica u = 1,66 X 10- 27
kg
permitividade do vazio ê o = 8 85 x 10-
1
12
F m-1
constante de Coulomb ko = 1/4 TCêo = 8,99 X 109 N m' C-'
constante gravitacional G = 6,67 x 10-11 N ,m' kg -2
permeabilidade do vazio
constante de Rydberg

101
deca hecto quilo mega giga tera peta
da h k M G T p

10-1 10-2 10-3 10-6 10-9 1o-12 1o-1s

deci centi mili micro nano pico fento


f
Símbolo Nome Símbolo Definição

comprimento /, L metro m o metro é o comprimento do trajecto percorrido


.Pela luz, no vazio, durante um intervalo de tempo
1/ 299 792 458 do segundo.
m quilograma kg o quilograma é a massa do protótipo
internacional do quilograma.
t segundo s o segundo é a duração de 9 192 631 770
períodos da radiação correspondente à transição
entre os dois níveis hiperfinos do estado
fundamental do átomo de césio 133.
ampere A o ampere é a intensidade de uma corrente
(intensidade de constante que, mantida em dois condutores
paralelos, rectilíneos, de comprimento infinito, de
secção circular desprezável e colocados à
distância de 1 metro um do outro, no vazio,
produziria entre estes condutores uma força igual
a 2 x 10-1 N por metro de comprimento.
T kelvin K o kelvin, unidade de temperatura
termodinâmica, é a fracção 1/ 273, 16 da
temperatura termodinâmica do ponto triplo da
água.
DE FISICA - 12.o
• quantidade de n mole mol a mole é a quantidade da matéria de um sistema
• contendo tantas entidades elementares
or quantos os átomos que existem em 0,012 kg de
RQUES DA SILVA
carbono 12.
st raçã o
RQUES DA <1LVA Quando se utiliza a mole, as entidades
a e desig1, elementares devem ser especificadas e podem
"'º .' .QUE
C ,YATTE
ser átomos, iões, electrões, outras partículas ou
~ -~ CABRAL
agrupamentos especificados de tais partículas .
. -i mpressão
=J i"ORA intensidade candeia cd a candeia é a intensidade luminosa, numa
~ressão e acabamento • luminosa "· direcção dada, de uma fonte que emite uma
(j, rlFICC, LGA.
radiação monocromática de frequência

~ LI.SBOA
I EDITORA
lflA EDITORA, S.A.
- 540 x 10 12 Hz e cuja intensidade nessa direcção
é 1/ 683 W sr- 1 •

e e Direcção Editorial
--.DOS UNIDOS DA A~ERICA, 1-B
- '63 LISBOA, PORTUGAL -
21 843 09 10 FAx 21 843 09 11 Nome Símbolo Nome Símbolo Definição
díredit@lisboaeditora.pt
- ânguio plano a, ~,y, radiano rad o radiano é um ângulo plano compreendido
e, ~ entre dois raios que~ na circunferência de um
círculo, intersectam um arco de comprimento
igual ao raio desse círculo.
ângulo sólido Q,w esterradiano sr o esterradiano é um angulo sólido que, tendo
o vértice no centro de uma esfera, intersecta

· Livro Auxili a r
~ .

- na superfície desta uma área igual à de um


quadrado tendo por lado o raio da esfera.
Símbolo Dimensão Nome Símbolo

aceleração (linear) a L T-2 metro por segundo quadrado m s-2


rad s-2
aceleração angular a \ T-2 radiano por segundo quadrado
área, superfície A, (S)
\1
L' metro quadrado m2

E M L T- 1- 3 1
volt por metro vm-'

~ L T-2 newton por quilograma N kg -'


2
campo magnético B MT I ' tesla T
q,Q TI coulomb e
s L metro m

-
comprim ento de onda À L metro m
G M-' L-2T3 I' siemens (ohm- 1
) s (Q-')
densidade (massa p M L-3 quilograma por metro kg m-3
volúmica) cúbico
densidade relativa d
fluxo magnético cI> M L2 T 2 1-1 webeí Wb
E M L2T-2 joule J
-
F MLP newton "' N
força electromotriz e, f (c) M L2T-3 J-' volt V
frequência f, V T-' hertz (por segundo) Hz (s-')
impulso de uma força l ML T ' newton segundo Ns
momento linear p ML T ' quilogramé-1' metro por segundo kg m s-1
T T segundo s
p M L2T-3 watt w
p M L-' T -' pascal Pa (N m-2)
e M-' L T4 I' farad por metro F m-'
R M L2T-3 1-2 ohm Q
·Ã
p M L3 T-3 1-2 ohm metro . Qm
W, (A) M L2T-2 joule J
velocidade (linear) U, V, W, C L T-' metro por segundo l ms-'
velocidade angular O) T-' radiano por segundo rad s-'

~ beta e, K K capa I (J sigma


y gama A À lambda T 1 tau
o delta M µ mü y 1) üpsilon
e épsilon N V nü ,., cI> <P .,
f'

ç dzêta - ç csi m X X khi

ri êta o o ómicron \f' \V psi


à Lua (distância média)
ao Sol (distância média) 1,50 X 10 11 m
à estrela mais próxima (Próxima Centauri) 4,04 X 10 16 m
ao centro da galáxia 2,2 X 10 2º m
à galáxia Andrómeda 2, 1 X 10 22 m

kg 1,99 X 10 3º 5,98 X 10 24 7,36 X 10 22


m 6,96 x 108 6,37 X 106 1,74 X 10 6
densidade média kg m-3 1410 5520 3340
período de rotação 37 d (pólos) 23 h 56 min 27,3 d
26 d (equador)
aceleração da gravidade

Aceleração
Distância Período Massa Raio da gravidade Período
média ao Sol de equatorial (valor médio de
revolução à superfície) rotação

57,9 x 106 km 0,241 ano 0,33 X 10 24 kg 2439 km 0,38 g


6 24
108 x 10 km 0,615 ano 4,87 X 10 kg 6052 km 0,91 g
150 x 106 km 1,00 ano 5,98 X 10 24 kg 6378 km 1,00g
6 24
. 9 ~ x 10 km 1,88 ano 0,642 X 10 kg 3397 km 0,38 g
6 24
· ? 78 x 10 km ! -J 11 ,9 ano 1900 X 10 kg 71398 km 2,53 g
24
1430 x 106 km · 29,5 ano 567 X 10 kg 60000 km 1,07 g
2870 x 106 km 84,0 ano 87,0 X 1024 kg 25400 km 0,92g
6 24
4500 x 10 km 165 ano 103 X 10 kg 24300 km 1,19g
\

LISBOA
EDITORA

vencer d ·e safics
Daniel Marques da Silva

, .
Exerc1c10s

-.cd' .
O_lntrodução • Vectores

01
cu
u
Co nhecimentos fundamenta is
Prob lemas reso lvidos e comentados
Prob lemas para resolve r
Questões de esco lha múltipla

1_Mecânica da partícula
6
7
9
11

·-
1 . 1_Deslocamento, posição, velocidade e aceleração
Con hecimentos fundamentais 14
e Prob lemas reso lvidos e comentados
Prob lemas para reso lver
16
20
<CU Avalie os seus con hecimentos 24
u Questões de escolha múltipla 25
cu 1 .2_Componentes tangencial e normal do vector aceleração
Con hecimentos fu ndamentais 26
:E Prob lemas reso lvidos e comentados
Prob lemas para reso lver
28
30
Aval ie os seus conhecimentos 32
Questões de escolha mú lt ipla 33
1.3 Cinemática do movimento circular
- Con hecimentos fundamentais 35
Prob lemas resolvidos e comentados 37
Prob lemas para reso lver 38
Ava li e os seus conhec imentos 42
Questões de esco lha mú lt ipla 42
1.4_Movimento sob a acção de uma força resultante constante. Os projécteis
Conhecimentos fundame nta is 44
Problemas resolvidos e co mentados 47
Problemas para resolver 53
Ava li e os seus conhecimentos 60
Questões de esco lha mú lt ipla 60 ,
1.S_Corpos sujeitos a forças de ligação (1). Aplicação das leis de Newton
'
..
quando o movimento é rectilíneo. Forças de atrito
Conhec imentos fundamentais 67
Prob lemas resolvidos e comentados 69
Prob lemas para resolver
Ava lie os se us con hecime ntos
Questões de esco lha mú ltipla
74
85
86
.
1 .6_Corpos sujeitos a forças de ligação (11). Aplicação das leis de Newton
D, FíSICA ·- 12.o quando o movimento é circular.
Conhecimentos fundamenta is 90
~
'"'IOS
ENSINO S .CUNDÁR Prob lemas reso lvidos e comentados 91
Prob lemas para reso lver 97 ~
Avalie os seus conhecimentos 109
109
QUES DA SILVA Questões de escolha múltipla

ção "'

.
1
0 QUES DA C:1LVA
Con hecimentos fundamenta is 11 7
desíg1 , Prob lemas reso lvidos e comentados 122
ê• •"' -,UE ( ,YATTE Prob lemas para reso lver 125
131 \ ai
CABRAL Ava li e os seus co nhecimentos
Questões de esco lh a mú lt ipla 131
oressão
ORA

são e acabam
3_Centro de massa e momento linear de um sistema de partículas
Conhec imentos fundamen tais 137
j
ºICC, LLA. Problemas resolvidos e comentados 141
Prob lemas para resolver 147
Ava lie os seus conhecimentos 162
Questões de esco lha mú ltipla 162

-E DITORA, S.
Jirecção Eifr
; UNIDOS DA AMÉR
LISBOA, PORTUGAL
3 09 10 FAX: 21
. 4. 1 Hidrostática
- Con hecimentos fu ndament ais
Prob lemas reso lvidos e coment ados
Prob lemas pa ra reso lve r
Aval ie os seus con hecimentos
Questões de escolha múltipla
4.2 Hidrodinâmica
- Con hecimentos fundamenta is
171
174
177
188
188
197
·dit@lisboaed1tor
Prob lemas reso lvidos e comentados 200
Problemas para reso lver 203
Ava lie os seus co nhecim entos 206
Questões de esco lha mú lt ipla 206

S_Gravitação
Conhecimentos funda mentais 209
Prob lemas resolvidos e co mentados 213
Prob lemas para resolver 216
Avalie os seus conhecimentos 224
Questões de escolha múltipla 225

2 ISB N 972-680-650 -X
1vro Auxili a
..... ~
-. .-:-~."""·,.. -~
1,

1_Campo eléctrico e potencial eléctrico

02cu 0
-a E
Conhecimentos fundamentais
Problemas resolvidos e comentados
Problemas para resolver
Avalie os seus conhecimentos
Questões de escolha múltipla

2_Circuitos eléctricos
235
241
247
260
261

Conhecimentos fundamentais 273

·-·-...u ...,ecu
,a "'
"a·-
Problemas resolvidos e comentados 281
Problemas para resolver 286
Avalie os seus conhecimentos 296
Questões de escolha múltipla 297
..., tn
u ,a
- cu
cu
w E
Conhecimentos fundamentais
Problemas resolvidos e comentados
Problemas para resolver
Avalie os seus conhecimentos
Questões de escolha múltipla
302
304
307
316
316

1_Teoria da relatividade

~
03 ,a
1.1 _Relatividade galileana
Conhecimentos fundamentais
Problemas resolvidos e comentados
Problemas para resolver
Avalie os seus conhecimentos
Questões de escolha múltipla
1.2 Relatividade einsteiniana
327
330
332
335
336

...cu
e - Conhecimentos fundamentais
Problemas resolvidos e comentados
Problemas para resolver
Avalie os seus conhecimentos
339
342
344
346
346
"tJ Questões de escolha múltipla

0 2_Introdução à física quântica


E Conhecimentos fundamentais 349
,a Problemas resolvidos e comentados 353

·-~-"'u
LL
Problemas para resolver
Avalie os seus conhecimentos
Questões de escolha múltipla
356
360
361

- 3_Núcleos atómicos e radioactividade


Conhecimentos fundamentais 364
- Problemas resolvidos e comentados
Problemas para resolver
Avalie os seus conhecimentos
Questões de escolha múltipla
369
372
375
376

Soluções
Mecânica 381
Electricidade e magnetismo 413
Física moderna 425
"'I
'
1
~

-,ES DA SILVA

a ção
'OUES DA <1LVA

e desig1 ,
0
'-ILIE ( ,YATTE
CABRAL

pressã~
::,,.,
ssão e
,, ' LéA.
' O_Vectores. Operações com vectores
Conhecimentos fundamentais

Componentes de um vector. Coordenadas de um vector

-- -

Um vector A (figura 1) pode ser caracterizado genericamente pelas suas
componentes Ax, Ay e A2 ou pelas suas coordenadas Ax, Ay e A2 :

➔ = -Ax + -Ay + -Az


A

ou: A➔ = Ax -ex + .Ar -ey + A2 -e2



A norma do vector A , que pode ser representado
~ ➔ --
y por IIA li ou 1~ 1é também conhecida por módulo, por
valor, por intensidade e por medida; determina -se
através das suas coordenadas:

➔ ➔ - - - --
IIA li ou IA l= YA/ +A/ +A/

i ·- 12 -0 CD O vector posição, as suas componentes e as suas coordenadas


S,CUNDÁRIC

~ SILVA
Adição de vectores
➔ ➔
6. C:1LVA As coordenadas do vector soma A + B são obtidas a partir da soma das
1, coordenadas dos veetores à e B:
,YATTE

➔ ➔
A+B=~+~~+~+~~+~+~~
- - -
:>

3cabam
A.
Produto escalar. Ângulo definido por dois vectores
➔ ➔
O produto ~scalar de A e B pode ser definido por qualquer uma das seguin-

m
B
tes expressões:
➔ ➔ ➔ ➔

)RA, S
A •a = IA I IB I cos e
➔ ➔

;ão Ed A . B =AxBx+AyBy+AzBz
S DA A~I
PORTUGt
Ü ,Ax: ;
boaedit · Relacionando as duas expressões é possível determinar o ângulo 0 definido
➔ ➔
pelos vectores A e B :
➔ ➔

cose
A ·B cos 0 = A, B, +➔
Av Bv+ A, Bl
IÂIIBI IA IIBI

6
Au x ili a r . ' --- - - - __- - - - . --
·~ '..
Produto vectorial
➔ ➔
O produto vectorial dos vectores A e 8 é definido por:
à X g = (AyB, -A,By) e:+(A,Bx- AxB,)e:+ (AxBy -AyB) e';

- - -
o que é equivalente à expressão simbólica:

ex eY e,
➔ ➔
A xB = Ax Ar A,
Bx Br B,

No produto vecto rial não é válida a propriedade comutativa, pois:

➔ ➔ ➔ ➔
A x B =- 8 x A

O módulo do produto vectorial dos vectores  e "f1 pode ser determinado


pela expressão:

➔ ➔ ➔ ➔
/A X 8 1= /A 1 /B I sin e
_, onde e representa o ângulo definido pelos dois vectores.

Problemas resolvidos e comentados

AY\
y ~ i---
--- ----------------- - ------
Considere o vector à representado na figura 2 cujo módulo é igual a 6.
Determine:
a) as componentes do vector;

b) o vector A .

o X
Resof ução por passos
-➔
CD
a} As componentes

do vector A obtêm-se projectando-o em cada um dos eixos.
O vector A tem como coordenadas Ax e Ay:

Ax = /A I cos 37°; Ax = 6 cos 37°; Ax = 4,8

As componentes do vector têm características vectoriais:


...

- - -
b) Ax = 4,8 ex + 3,6 er

As coordenadas do vector (4,8; 3,6) coincidem com as coordenadas do ponto


da extremidade do vector.

7
~
, -----
~
/
/
:
~


Introdução Mecânica h

J. lt ) v

Considere
. ➔ = 4,8 -ex + 3,6 -eY
os vectores A e 8➔ = 4,0 -ex - 2,0 -ey.
Determine:
➔ ➔
a) o módulo do vector A +B;
➔ ➔
b) o produto esca lar A · 8 ;
c) o ângulo definido por estes vectores .

Resolução por passos

➔ + 8➔ = (Ax + 8,) -ex + (Ay+ By)-er


a) A
➔+➔
A B = (4,8 + 4,0) -ex + (3,6 - 2,0) -er
➔ +➔
A B = 8,8 -ex + 1,6 -er
IÂ +Bl= V 8,8 2 +1,6 2 = V8(),,,9

➔ ➔ ➔ ➔ ➔ ➔
b) A · B = Ax Bx + Ay By; A · 8 = 4,8 x 4,0 + 3,6 x (-2,0); A · B = 12,0
➔ ➔
A ·B 12 . 12,0
cos 0 = - - =0 447·
cl cos 8 = IÃI llrl ; COS 0 = 6 X V2Q' 26,8 ' '
e.A - 12.0
0 = 63,4° "' 63°
O S ,CUNDARIO
(Nota: IBI = VÍ6+4 = V20 = 4,47)
DA SILVA

JA <:1LVA

~ 1,
( ,YATTE
\L

eons,'dereosvectoresA➔ =3ex
- +4ey
- e 8➔ = - 2ex
- +Sey.
-
acabame 1
lA. I Determine:
➔ ➔
a) o produto A x B ;
b) o ângulo definido por estes vectores.

Resolução por passos


ORA , S.A.
ção Edito
)S DA Ar:;,ÉRICI
a) Utilizando a expressão definição

➔ x 8➔ = (AyB, -A,By)-ex + (A ,Bx -AxB,)-er + (AxBy -AyB,) -e,


PORTUGAL
10 f-AX: 21 8 A
sboaeditora.
e substituindo as coordenadas, obtemos:
➔ xB➔ =0ex
A - +0ey
- +(15+8)e,
- ; ➔x8
A ➔ = 23 -e,

Podemos verificar que o produto vectorial de dois vectores que pertencem ao


➔ ➔
mesmo plano é um vector perpendicular a esse plano. Os vectores A e B per-
tencem ao plano xOy; o vector obtido tem a direcção do eixo Oz.

Au x ili a r ,___
~, ' 8
~ . ~


Mecânica Introdução

-
-
...., b) Utilizando a relação entre o módulo do produto vectorial e os módulos de
cada um dos dois vectores: IA
➔ ➔
x B 1= IA
➔ ➔
I IB I sin 0 e substituindo os respecti-
vos módulos podemos determinar o ângulo 0:

1A1 = VA/ + A/ = V9+16 = 5


... IB/ = VB/ + B/ = V29 = 5,4
➔ ➔
. _ /A x B / . 23
8 sm 0 = - - - = 085· 0 = 58°
sm - /Â/ /g/ 5 X 5,4 ' '
...

Problemas para resolver


J ti
O Considere o vector  definido pela origem e pelo
ponto P (-8; 6) pertencente ao plano xOy.
y

➔ 8
a) Escreva a expressão analítica de A .

/
b) Determine as características de A (norma, direcção
e sentido) . 6
. --~ ~

➔ ➔ ➔

"" Considere os vectores A , B e C, representados na 4


figura 3. Determine a expressão analítica de cada um
J
dos vectores e o respectivo módulo.
2
\
êl
T X

2 4 6 8
IT)

➔ ➔
Considere os vectores A e B representados na figura 4. Determine, anali-
ticamente:
➔ ➔
a) A e B
➔ ➔
b) A +B
y
➔ ➔
e) A -8

d) 28 -Ã
Â

45º/
X

CD

9
-
/
/
..
: ' 1 \


Introdução ~ Mecânica
,..
J


/

~--: .
-- -
Numa partícula material estão aplicadas 3 forças complana-
res F, , F2 e F3 com módulos de 20 N, 15 N e 1O N, respectiva -
mente, que estão representadas na figura 5. Determine:
a) a resultante das forças aplicadas;

X
-
b) as características da resultante das forças aplicadas;
e) uma força F4 capaz de equilibrar as 3 forças do sistema.

✓/
IT) '- ➔ ➔
Os módulos dos vectores A e 8 são iguais a 6 e 8 unidades, respectiva-

mente. Determine o produto escalar dos dois vectores quando o ângulo
por eles definido é igual a:
a) 90°
b) 180°

.,,
e) 60°
/ .....
...
~ ➔ = 3 -ex - 2-
eY +-
Considere o vector A e,
--..,
Determine o ângulo que este vector define com o eixo:
a) Ox -
E FiSICA -
,;os
12.0 b) Oz
-
.,,


E~SINO S .CUNDÁRIO A1
-~

JUES DA SILVA

o
JUES DA <1LVA
Considere
.

Determine:
➔---
os vectores: A = 3 ex - 2 er + e,

a) o ângulo definido pelos dois vectores;


e 8➔--
= 4 ex + 3 er
-•
' -'

lesigr,
QUE C ,YATTE

b) a medida da projecção do vector A sobre o vector 8 .

.
=ABRAL

Gt
➔ ➔
Os módulos dos vectores A e 8 são iguais a 3 e 4 unidades, respectiva -
...
essã:>
RA

,o e acabame 1
mente. Determine o ângulo definido pelos dois vectores, caso o módulo
do produto vectorial seja igual a:
.......,
ICC, LLA.

a)

IA

x B I= O .
r•


IA

x B I = 12 .-
-
b)

• {
e)

IA

x B I= 6 . ,

• -.
:DITORA, S.A
lirecção Edito Considere os vectores:
UN1oos DA A~tR1c,
JSBOA, PORTUGAL
3 09 1O f Ax: 21 E
➔ = 5 -ex+ 2 -er + 6 -e, ;
A ➔ = - 4 -ex + 3 -ey + 4 -e,
8 •
dit@lisboaeditora. Determine:
a) o produto A · 8;
➔ ➔

b) o ângulo definido pelos dois vectores;

e) o ângulo que o vector A define com o eixo Ox.

. lvro Auxili a r
10
. . .

,1 :
-·,... Mecânica i Introdução

Considere os vectores Â

e B representados na
y
• ft ••

figura 6 . Os módulos
dos vectores est ão
representados à escala,
considerando que o
lado de cada quadrícula
é igual a uma unidade. o X z
➔ ➔
Determine A x B . IT)

O vector  pertence ao plano xOy e tem módulo igual a 6 m e o vector


tem módulo de 8 m e pertence ao plano yOz (figura 7).
➔ ➔ y
Determine A x B .

(TI

fiJ:- Questões de escolha múltipla


As questões deste grupo são de escolha múltipla. Para cada uma delas são
indicadas quatro ou cinco hipóteses de resposta, das quais só uma está correcta .
...J
Seleccione a letra correspondente à hipótese correcta.

~ Qual o par de forças concorrentes que poderá ser equivalente a uma


força resultante de 1O N?
(A) 10 N; 10 N
(B) 10 N; 30 N
(C) 4,7 N; 4,7 N
(D) 4,7 N; 5 N

Uma pessoa que segura no cabo de uma pá aplica-lhe uma força F com

-- a intensidade de 150 N que tem o sentido indicado na figura 8. A compo-


nente da força de 150 N que actua perpendicularmente ao solo vale
aproximadamente:
(A) 75 N
(B) 130 N
(C) 150 N
(D) 175 N

CI)
/ :
Introdução , ~ Mecânica


\ ■ ,"

Observando o diagrama (figura 9) é possível concluir:


➔ ➔ ➔
(A)B + C =-A
➔ ➔ ➔
Â~ (B)A +8 =C
(C) A - 8 =C ....
(D)B -Ã =C
....
- -

CD (E)C -B = A

ÃI
Ê


• (A) 2A
(B)4C
➔ ➔
O módulo do vector B é duplo do de A (figura 1O). O módulo da soma
dos vectores indicados é igual a:

- i

0D
J3
(C) 6A
(D) VS C
(E) O
--
-
~
➔ ➔
Observe a figura 11. O módulo de V x Y é igual a:
B
-
-
-
(A) AB x AE
-
(B) AD x CD
-
;;;:.
1

'ISICA ·- 12.0 . ~ v/ 1
1
~ - -
(C) AE x AC _,
""""'I
- -

ES DA SILVA 1.:
A~ ~ y-► i r, (D) AB x AD
- -
(E) AC x AB
_,
1,'.

~ /
-
IES DA <.ILVA

...,., G) ➔ ➔

r
Observe a figura 11 . O produto escalar V · Y é igual a: ~

sig r,

--
1UE C ,YATTE D - -
(A) AB x AE
~BRAL
• 0D - -
s s ã -:> (B) AD x CD
'F - -
(C) AE x AC
, e acabam 1
C, LLA.
- -
(D) AB x AD
-
- -
(E) AC x AB
-
recção Ed it
JNIDOS DA AtllÉRl9
-
,-

'_.

..-
;BOA, PORTUGAL
09 10 f'AX'. 21 :
it@lisboaeditora

-
l v r o Au x ili a r
12 -
Mecânica da partícula
1.1_Deslocamento, posição, velocidade e aceleração

1.2_Componentes tangencial e normal do vector aceleração

1.3_Cinemática do movimento circular

1.4_Movimento sob a acção de uma força resultante constante.


Os projécteis

1.S_Corpos sujeitos a forças de ligação (1).


Aplicação das leis de Newton quando o movimento é rectilíneo.
Força de atrito

1.6_Corpos sujeitos a forças de ligação (li).


Aplicação das leis de Newton quando o movimento é circular
~,

0 ------ 1_Mecânica da partícula


Mecânica Q~

i;:,
1.1 _Deslocamento, posição, velocidade e aceleração
~

Conhecimentos fundamentais

z
Vector posição
A posição de uma partícula material num determinado
instante pode ser definida através das coordenadas do
ponto P (x, y, z), em que a partícula se encontra nesse ins-
P(x, y, z)
tante ou através do vector posição 7: =
➔ ---) ---) ---) t--
r =xex + yeY +ze,

y
( ou:
➔ ---)
r =rxex +ry ey +r,e,
---) ---))

O vector posição 7 tem as coordenadas x, y e z e as


---) ---) ---)
--
=
componentes x ex, y eY e z e,.
-=e-
,__
X Designa-se por lei do movimento a expressão que
CD Vector posição 1. define a posição da partícula em função do tempo: .::::,
Sl(A ·- 12.0

/NO S '. CUNDARI ~


7 (t) =X (t)e: + y (t)e; + Z (t)e';
,=
~
s DA SILVA

S DA ç/LVA
As equações: ~
ri
ig i;, X=X(t)
E C ,YATTE
RAL y = y(t) ,-.;
{ ~

sã::i
z=z(t)
F
são designadas por equações paramétricas do movimento.
e acabam«,
,,.;;;:;
LCA. '
Resolvendo o sistema das equações paramétricas de forma a eliminar o
,=
tempo obtém-se a equação da trajectória.
z
zJ.
Deslocamento
··,
Se uma partícula estiver no instante t 1 na posição defi-
cção Edit
DOS DA AMÉRI Pz nida por,; e no instante t2 na posição definida por,7 então
A, PORTUGAL
10 rAX: 21 a partícula no intervalo de tempo M = t2 - t 1 experimenta o
lisboaeditora ---) ---) ---)
deslocamento M = r 2 - r, que pode ser expresso em função
Y2 das coordenadas der; e de ,7:
y
---) ---) ---) ---)

/
l::,,.r = (x2-x1) ex + (y2 -y1) ey + (z2 -z1) e,
x ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ··- ·

CD Vector deslocamento&.

Auxili a r l 1 14
"-
~
-
.,
~ ...:
~~~ Mecânica : .
Velocidade média
-
Se uma partícula experimenta o deslocamento M no intervalo de tempo M,
a velocidade média nesse intervalo de tempo é definida pela razão:

V-m = -Af
f,,.t

ou v- m =-
f,,.xe t,,.y - +-f,,.z -e
- +-e
f,,.t f,,.t y
X f,,.t z

O vector velocidade média tem a mesma direcção e o mesmo sentido que o


vector deslocamento.

Velocidade (instantânea)
Se a velocidade média V.: for determinada num intervalo de tempo M tão
ínfimo que seja quase zero, dizemos que se trata da velocidade instantânea (ou
simplesmente velocidade):


V = 1·lm -M
llt ➔ O
-
f,,.t

o que é equivalente a defini-la como a derivada da posição em ordem ao tempo:

➔ di
V= - (v= r ')
dt

A velocidade v é um vector com as coordenadas vx, vYe v,:

que podem ser determinadas derivando em ordem ao tempo as equações para-


métricas do movimento:
dx dy dz
v =- V= - v=
, -dt
x dt y dt
A velocidade-:; de uma partícula num instante genérico t tem a direcção da
tangente à curva no ponto que representa, nesse instante, a posição da partícula
sendo o seu sentido, o sentido do movimento. A norma da velocidade, ll"vll = v,
exprime a rapidez ou celeridade.

- Aceleração média
Se a velocidade de uma partícula se modificar de~ para V: no intervalo de
tempo M, então essa partícula tem, nesse intervalo de tempo, a aceleração

- média:

a- =
m
xJ- f,,.t
Mecânica

Aceleração (instantânea)
Caso a aceleração média seja determinada num intervalo de tempo quase
nulo, obtemos a aceleração instantânea, que corresponde à derivada da veloci-
dade em ordem ao tempo:

a➔ =ilm
~
.
-
Af ou: e? =E!_ (c? = v ')
M➔O 13.t dt

A aceleração e? é um vector com as coordenadas ax, aYe a,:

a➔ =axex
- +ayey
- +a,-e,

que podem ser determinadas por derivação:


dvx dv,
ax=dt a =~ a, =dt
Y dt

Algumas regras de derivação

1. [k f(t)]' = k f (t)' Nota: f(t)' = df(t)


dt
[f(t) + g(t)]' = f(t)' + g(t)'
[f(t) g(t)]' = f(t)' g(t) + f(t) g(t)'

E FtSICA ·- 12.0 li. (k)' = O


;('
:~SINO S ,CUNDÁRIC (t)' =1
(t")' = n r1 - 1
JUES DA SILVA {[f(t)] "}' = n [f(t)] n- i f(t)'
o [sin t]' = cos t
;UES DA 'ILVA
[cos t]' = - sin t
esig ,,
'ilJE ( ,YATTE [sin f(t)]' = f(t)' cos f(t)
[cos f(t)] ' = - f(t)' sin f(t)
:ABRAL

essã J
1A

o e acabame
CC, LC.A.

Problemas resolvidos e comentados

DITORA, S. A .
i O deslocamento do avião

i recção Eâ ito Um controlador do tráfego aéreo verificou que um avião da TAP se


UNIDOS DA AMÉRIC
encontrava em M ·situado a 300 km para noroeste (figura 3). Passado
SBOA, PORTUGAL
09 10 FAX: 21 8<: 1,00 h verificou que o mesmo avião se encontrava em P, 100 km a leste
1t@lisboaeditora.
do centro de controlo e 0,50 h depois, encontrava-se em Q, situado a
50 km para sul do centro de controlo. Det~rmine:
a) o deslocamento do avião na 1.ª hora.
b) a velocidade média do avião no intervalo em que se deslocou entre
PeQ.
I

16 .,. . ~
,v ro Auxil ia r
F;
·- ..i .

/ , Mecânica : Mecânica da partícula


,Resolução por passos


a) O deslocamento é uma grandeza vectorial: y
ti'>.
r;J = -
, ··:.: %
-- -- --
300 cos 45°e: + 300 sin 45°e;
f ·. ·.
(M = - 212ex +212ey 1
f p
M 1 =312ex -212ey 6=.-- -- -,--;---,..--,,t-,-,...- - - - -
x-

b) Como a velocidade média é calculada a partir do desloca-

--- - -- -
mento nesse intervalo de tempo:

- - -
!':,.r2 =r0 -rp; r0 =-50ey; rp =l00ex

- =!':,.r
V
m
- · - Llr2 = - 50 ey - 100 ex

!':,.t '
V:= -1 ooe: - soe;
0,50
km
h
CD
V:= - 2ooe: - 1ooe; (km h- i 1

a que corresponde o módulo:


e

J.
Vm = Y v 2 + Vy2 = Y 2002 + 1002 •
X I V
I
I

I
I
I
I
I
I
O ciclista I
I
I
I
y I
I
I
Um ciclista percorre o circuito circular com o ra io de 60,0 m represen - ,' 60º
tado na figura 4. Verificou-se que o ciclista passou em t_com a veloci- º+----- ------ --- X B
dade de 8,0 m s- 1 que aumentou até atingir em B o valor de 10,0 m s- 1
~

valor que se ~anteve cons! ante até C. Determine:


a) o vector variação de velocidade entre A e B;
b) a aceleração média experimentada pelo ciclista entre B e C.

Resolução por passos


a) Para determinar a variação de velocidade e a

-
aceleração vai ser necessário conhecer
e Vc -
As coordenadas de cada um dos vectores
V:, V:

I
I
I
I
I

obtêm-se p rojectando cada um deles nos y I


I

I
I
eixos coordenados tendo em conta os ângu-
,' 60º
los que definem com os eixos coordenados
(figura 5):
º+.-----
' \
1
---------
X B
1
1

V: =8,0 cos 1s e: + 8,0 sin 1s e;


-- -- -
0 0 1 1
1 1
1 1
1 1
VA = 7,73 ex+ 2,07 ey 1 1

: 1s 0
\
1 1
VB = 1Ü ey 1
1
1
1
1 1

- - -
~ =-10 cos 30°e: + 10 sin 30°~ 1
1
1
1

Vc ::;: - 8,66 ex + 5,Q ey CD

LEEF1 2_02
ro A variação de velocidade experimentada entre os instantes que o ciclista
Mecânica ç;

-
~

---
~
passa em A e em B será:

Lw = v6 - vA= 1O----)
ey - 7,73 ----)
ex - 2,07 ----)
ey
.,..,
----) ----) ----)
Lw = - 7,73 ex + 7,93 er
b) A aceleração média determina-se a partir da variação de velocidade e do inter- .,,..,
valo de tempo. Para calcular o intervalo de tempo que o ciclista demorou a
~
percorrer o arco BC (a que corresponde o ângulo de 60° e o raio de 60,0 m)
vamos considerar que o movimento foi uniforme: ~
L\s M= L\s
V=-;
M V

_;:;:..
Como: L\s = L\8 r = ~ x 60 O m
3 '
-
..,...,
então: M= 7tX60,0 s;
3 X 10,0
M= 2,00X7t s
--
.....
e a aceleração média:

~=
----)
Vc
----)
-Vii
.....
m L\t . --,
----) ----) ----)
- 8,66 ex + 5,0 ey
a----) =---'---"-----'- - 10,0 ey
...,__--' 8,66 ----)
--__,__ =- - --'-- e + -- --
5,0 ----)
e
12.o ~
F1SJCA -
m 2,00 X 7t 2,00 X 7t x 2,00 X 7t Y
JS
SINO 5 .CUNDAR
O.:=- 1,38e: - 0,8oe; (m ç 2
)

ES DA SILVA
--
ES DA <1LVA

sig 1,
1uE ( ,YATTE
>BRAL
'e Lei do movimento de uma partícula

-
ssão
A posição de uma partícula, entre t = O e t = 6 s, tem a seguinte expres- __,
são: ,,_
, e acabam 1 = 2 t2e: + 3 t2e; (SI) -.
:, LGA.
Determine:
e..i
a) o deslocamento da partícula entre t = O e t = 2 s;
b) a velocidade média da par_tícula entre t = 1 se t = 2 s;

llTORA, S .
c) a expressão da lei da velocidade;
d) o módulo da velocidade quando t = 2 s;
~-
e) a equação da trajectória da partícula.
recção Edi .
NIDOS DA AMÉR! 7
lOA, PORTUGAL
)9 10 rAx: 21 ~
:@lisboaeditor, Resolução por passos

a) É necessário determinar a posição da partícula quando t = O e t = 2 s:


~
----) ----) ----)
f 2 = 2 X 2 ----)
----) ex + 3 X 2 -ey ; = 8 ex + 12 ey
2 2
f2
'r-

-
----) ----) ----)
fo = o ex + o ey;
----) ----) ----) ----) ----)
L\r =f 2 - fo = 8 ex + 12 ey (m)
,,....
-
18
rr o Au x i lia
-~ ' . . . ·~ .

~ Mecânica _ , Mecânica da partícula


_,

b) A velocidade média define-se pelo quociente entre o deslocamento e o inter-

-=-------
valo de tempo:

Vm
6.r = f2 - f1 8 ex
=- ~ + -__,_-e-'-~~
12 ey -) ex - 3--'-,
ey. Vm = 6-ex + 9-ey (m Ç 1)
M t2 - t1 2-1

e) A expressão da lei da velocidade obtém-se derivando a lei do movimento em


ordem ao tempo:

v =
d1(t)
dt; v = 4 te;+ 6 (e; (m ç 1
)

d) A expressão do módulo da velocidade:

l"vl = V v/+ v/ ; l"vl = V 16 t2 + 36 t2 =

Substituindo t por 2 s: v2 = \/52 22 m ç1;

e) A equação da trajectória contém as coordenadas de posição mas não inclui o


tempo. Obtém-se eliminando o tempo n0 sistema das equações de cada uma
das coordenadas de posição:

x =2 t2
3
{ y = 3 t2 y=-x
2

O movimento é rectilíneo.

j. Lei da velocidade

Considere uma pa rtícu la de 100 g_5> m a seguinte velocidade:


V = (16 - 12 t) e; + (12 - 9 t) e;. No instante t 0 = O a partícula encon-
.....:/ trava-se na posição~ = - s e;+ 6-e; .
Determine:
.J
a) a acelera ~ão;
b) o módu[o da força que actua na partícula no instante t = 2,0 s;
c) a expressão da lei do movimento.

Resolução por passos

a) A expressão da lei da aceleração obtém-se derivando a velocidade em ordem


ao tempo:
....
u
;


Mecânica da partícula ; Mecânica

~

=-
,,,--
b) Atendendo à segunda lei do movimento, de Newton:
=-
➔ ➔ ~
F =ma ; ➔
F = o, 100 x -12 -ex - o, 100 x 9 -ey
=

'J'J-
F =-1,2ex
- -0,9ey
- (N)
;:.=-
(:. a força é constante: não depende do tempo)

IFI = V F/ + F/ ; IFI = Y 1,22 ef- Ü,9 2 N; IFI = 1,5 N


"""""'
·e) A expressão da lei do movimento tem que ser tal que por derivação permite .,,....
=

- --
obter a velocidade. Por outro lado substituindo nela t por zero, terá que resul-
tar: r0 =- 5 ex +6 ey

( = (x 0 + 16 t- 6 f) e;+ (y0 + 12 t - 4,5 f) e;


~

r = (-5 + 16 t - 6 f )e: + (6 + 12 t - 4,5 f) e:


--
Problemas para resolver -
~

-
ilCA-12.0 Deslocamento, posição, lei do movimento e trajectória

✓• --.
NO S°CUNDARIC

- -
.
Um vector M situado no plano xOy define o ângulo 0 = 27° com o seg-
; DA SILVA mento positivo Ox do referencial. Atendendo a que a componente de M

) DA <.1LVA

ig1 1
E ( \YATTE
R.AL
no eixo Ox é:

b) a medida de M . - -
s,2 e;, determine:
a) a componente de M no eixo Oy; ----
✓-
sã J ---;

O deslocamentoG vale 5,6 m e está orientado para noroeste e o desloca- '«


~
e acabam
LtA.
mentoG vale 12,4 me está orientado para leste. Determine:

a) G b) G
cl ,: +r; d) G-G

✓• Um helicóptero elevou -se verticalmente 250 m depois seguiu 850 m


i cção Edit ,' para oeste (ponto M) e finalmente 500 m para norte (ponto P); O helicóp-
100S DA A~ÉR
,A, PORTUGAL tero manteve nestes dois últimos trajectos a mesma altitude. Conside-
3 10 rAX: 21
~lisboaed1tor
rando que o helicóptero se encontrava inicialmente na origem do refe-
4 rencial tridimensional, determine:

l a) o vector posição que define o ponto P;


b) a distância a que o helicóptero está da origem quando atinge o
ponto P.

20
•o Auxili a r
Considere um caminho circular cujos pontos se encontram à distân-
y '
cia r = 6,0 m relativamente à origem de um referencial xOy (figura 6).
Um indivíduo desloca-se pelo caminho referido desde a posição M
' = O; y = 6 m) e posteriormente até à
(x = 6 m; y = O) até à posição N (x ! P (- 6;0) M(6;
posição P (x =- 6 m; y = O). Determine o deslocamento relativo à
mudança de: .,
a) M para N;
b) N para P;
e) M para P.
CT)

O João efectuou 3 deslocamentos rectilíneos sucessivos: 4 m para y


oeste, 4 m para sul e 1 m para este. Determine o deslocamento que o
João deverá efectuar para conseguir atingir o ponto de partida.
X

Um avião desloca-se numa trajectória rectllínea situada no plano hori-


zontal. No instante t = O encontra-se num ponto P situado a 100 km a
oeste e 200 km a sul da origem do referencial indicado na figura. Trinta
;ninutos depois encontra-se num ponto Q situado 300 km a este e
200 km a norte da origem do referencial. CD
Determine:
a) o valor da velocidade média do avião;
y
b) o ponto onde se deverá encontrar o avião ao fim de Q (300;200)
45 minutos (medidos a partir do início) caso o avião
mantenha a mesma velocidade.

X
Considere um plano que está inclinado em relação ao
nível horizontal 8 = 10°. Considere um referencial em que
Ox coincide com uma linha horizontal do plano e Oy com
a linha de maior declive (figura 9). Determine, nesse refe-
P (-100;-200)
rencial, as coordenadas da aceleração da gravidade.

(TI

CD
I
G) Uma partícula move-se no plano xüy sendo as suas coordenadas de
posição dadas pelas expressões:
x = 2t y =4 t2 + 5 (SI)
~
Determine:
a) as coordenadas de posição no instante t = 3,0 s; ~

b) a equação da trajectória;
~
e) a representação gráfica da trajectória da partícula entre
t= 5,0 s;
d) o deslocamento entre t = 1,0 se t = 4,0 s.
t = 0,0 s e

--
✓• Uma partícula move-se num plano xOy sendo as suas coordenadas de ~

posição dadas pelas expressões: ,..._


X= 8t + 2 y= 6t (SI)
,._
Determine:
a) a expressão de 1 em função do tempo; ,.......
b) a equação da trajectória;
e) a norma do deslocamento da partícula entre t = 1,0 se t = 3,0 s;
.......
d) o ângulo definido pelo vector determinado na alínea anterior com e;. ...-

J.
CA - 12.o
Velocidade e aceleração

DA SILVA -i

✓"'"'
D
A figura 1O representa um trajecto horizontal constituído
por segmentos de recta e arcos de circunferência. Um
-
\'""""i
DA <1LVA

gr,
C ,YATTE
B
~
e ,_..,
V

' ---
E
automóvel parte de A, onde estava em repouso, aumenta
o valor da velocidade até B, depois manteve o mesmo
-
!AL ~ valor de velocidade até chegar a E, tendo a partir daí tra-
,ãJ vado até parar em F.
)
, v,.__ a) Ind ique, no ponto médio de cada troço, a direcção da
! acabam
A
velocidade média nesse troço.
LLA.
F
-- b) Em quais dos pontos mencionados na alínea anterior
o X

GD tem o automóvel aceleração?


'7 r:-

TORA, S.A
cção Edit . ·
__ .?.. 1---., !,,
_3fMy·'
\
11
1 ,,
'éD Na figura 11 estão representados os vectores velocidade
duma partícula em 3 instantes diferentes. Os seus yalores
1
DOS DA Atv,ÉRicl / -- são os seguintes: vA = 3,0 m ç1; v 8 = 4,0 m ç 1; Vc = 5,0 m ç •
A, PORTUGAL ,
1 10 f'AX: 21
lisboaed1tora /
/
✓1.s
/
-.
- -----
A trajectória é circular e tem o raio de 5,0 m.
/
/ a) Escreva as expressões dos vector,es deslocamento da
/
/
0 = 57º
\ -'.,
1 V:. partícula entre A e B e entre A e C.
-..__. { - 1(; X
vc f·. e b) Escreva as expressões de v";,V: e ~ -
J o ,v---
e) Determine a aceleração média da partícula entre B e C,
sabendo que demorou 2,0 s a deslocar-se de uma posi-
OI)
ção para a outra. e-:
-~ .

..-:

o Auxili a r . 22 ~
. ,~:,) l . , _\.· _,._.1_ ,.;.··:~"; .{ :.:_-'·._. ·-- .•.. -····· ·... _•·~ _·". . ·-
~ . . . ' ' .


)<..._-L Mecânica : . ' Mecânica-da partícula
• • • •• ., _, • •, • r-. .. f, . • >' • ~ • • e ,;, } " '.-s • ·1.'

Í e Um automóvel que segue numa auto-estrada descreve uma curva com o


raio de 180 m e de tal forma que o velocímetro marca continuamente
72 km h- 1 • O automóvel seguia na direcção nQrte quando iniciou a curva
e verificou-se que ao descrever a cu rva rodou 150° no sentido directo.
Caracterize a aceleração média do automóvel nesse percurso curvilíneo.

A posição de uma partícula é descrita pela seguinte expressão:


1 = 30 te;+ (40 t - 5 f )e; (SI)
Determine a expressão da:
a) velocidade em função do tempo;
b) aceleração em função do tempo._

Uma partícula material move-se num plano xOy de acordo com a lei:
1 = (4f + 3) e; + 5te;
Determine no instante t = 2,0 s:
a) a velocidade da partícula;
b) o valor da velocidade da partícula;
e) a aceleração da partícula;
d) o valor da aceleração da partícula.

Uma partícula material move-se num plano xOy de acordo com a lei:
1 = (5,0 - 1,5 t4 )e:: + (2,0 t3 - 4,0 t)e;
Determine:
a) a velocidade média da partícula entre t = O e t = 2,0 s;
b) a aceleração média da partícula entre t = 2,0 se t = 3,0 s.

A velocidade de uma partícula que se move no plano xOy é dada pela


expressão: V = (3,0 t- 2,0 f) e;+ 4,o e; (SI) (t > O)
Determine:
a) a aceleração da partícula quando t = 3,'0 s;
b) O instante em que a aceleração é nula.

Uma partícula desloca-se com a aceleração (constante): )


"ir = 4 e; + 1Oe;. No instante t ;; O, tem velocidade nula e encontra-se na
posição,; = s e;. Determine:
a) a velocidade da partícula em função do tempo;
" · b) a posição da partícula em função do tempo.

Uma partícula desloca-se com velocidade tal que:



V = 4,0 t -ex + 3,0 -ey
'.·1 A

Mecânica g
~

Atendendo a que a partícula no instante t = O se encontrava na posição


-r0 = 20-
, ex - -ey, d etermme:
.
J-a) a expressão da distância da partícula à origem em função do tempo;
b) a expressão do módulo da velocidade em função do tempo.

• Considere um movimento com a seguinte lei da velocidade:


v = (2 t2 + 3t) e; + 5 te;
Determine:
a) a expressão da lei da aceleração;
b) o ângulo definido pelos vectores v e cr no instante t = 2 s.
e Uma partícula material (m = 50 g) desloca-se no plano xOy. No instante
t = O a partícula encontra-se no ponto P0 (1,0 m; 5,0 m) com velocidade

v = 6 t-ex+ 3-ey. Determme:
.
1 .,; '
a) a lei do movimento;
b) as coordenadas da posição da partícula no instante t = 3,0 s;
e) A expressão da resultante das forças que actuam na partícula.

SICA - 12.0 G Uma partícula material com a massa de O, 100 kg está em movimento. No
NO 5 ,CUNDÀR,< instante t = O verificou-se que a pa ~tícula estava na posi ção P0 (-2,0;
-1 ,0) e se movia com velocidade V:
= 5,0 + 3,0 e; e; estando a ser ....,
➔ ➔
s DA SILVA actuada pela força (variável) F : F = 0,25 t -ex + 0,45 -ey.
Determine:
/'
;;- ' --
-
1 -
S DA <1LVA
a) a aceleração da partícula no instante t = 2,0 s; ......
i ig1 ,
E C \YATTE b) o valor da velocidade da partícula no instante t = 3,0 s; .....
IR.Al
e) a lei do movimento da partícula.
sã:i ....,
....,
.

Avalie os seus conhecimentos


e acabame
, LLA ....
.....,
Sabe ... ..,

••• caracterizar a posição de uma partícula por intermédio de um vector? ..,


r-,

••• distinguir coordenadas de um vector das componentes desse mesmo vector? -n


ITORA, S.A
••• determinar, a partir da lei do movimento, a posição da partícula num determinado instante?
ecção Edit
l:JOS DA AMÉRICA ••• relacionar a lei do movimento com as equações paramétricas do movimento?
A, PORTUGAL
9 1Ü ,AX: 21 ~ ••• determinar, a partir da lei do movimento, a equação da trajectória?
1/lisboaeditora.1
• •. determinar, a partir da lei do movimento, o deslocamento da partícula num determinado intervalo
de tempo?
••• definir as grandezas velocidade média e velocidade instantânea?
•• • determinar, a partir da lei do movimento, a expressão da lei da velocidade?
••• definir as grandezas aceleração média e aceleração instantânea?
••• determinar, a partir da lei da velocidade, a expressão da lei da aceleração?
••• determinar as características de um movimento analisando gráficos v = f (t) e a= f (t)?

o Auxili a r 24
:,:._,,.
',;)J :
~"l~ :
~ 0 •
•\.k Mecânica :
.

'fi!:- Questões de escolha múltipla


As questões deste grupo são de escolha múltipla. Para cada uma delas são
indicadas quatro ou cinco hipóteses de resposta, das quais só uma está correcta.
Seleccione a letra correspondente à hipótese correcta.

A Rita efectuou 3 deslocamentos rectilíneos sucessivos: deslocou-se 5 m


para sul, depois 3 m para este e 5 m para norte. A posição final da Rita
está situada em relação à sua posição inicial,
(A) 3 m para este. (B) 3 m para oeste.
(C) 5 m para norte. (D) 5 m para sul.
(E) 8 m para sudoeste.

Uma partícula desloca-se com um movimento que pode considerar-se ...... Questão saída em
prova de c:Efmm
resultante da composição de dois movimentos simultâneos e indepen-
dentes: um, uniformemente acelerado ao longo do eixo dos xx, outro,
uniforme ao longo do eixo dos yy.
Uma lei possível para descrever o movimento desta partícula pode ser
traduzida pela equação:
( A) ➔
r= 2,0 ..2t -ex + 1,0 -ey
(C) r = 1,0 te; + 1,0 t2 e;
(E) ➔
r = 2,0 t -ex + 1,0 t -ey

........ Um avião que voa horizontalmente larga uma bomba. Segundo um


observador ligado à superfície da Terra o movimento da bomba é:
__J

- . .J
(A) curvilíneo e uniforme.
(B) curvilíneo variado .
(C) rectilíneo variado.

- (D) rectilíneo uniformemente variado.

_j fl) Escolha um referencial que não seja inerciai:

_, (A) Um elevador na subida após a fase de arranque e antes de começar a


travar.
(B) Um elevador na descida após a fase de arranque e antes de começar a
travar.

_, (C) Uma mota que sobe uma rampa com velocidade constante.
(D) Uma bicicleta que executa uma curva circular no plano horizontal e
mantém o módulo da velocidade .
.,
25
Mecânica

1.2_Componentes tangencial e normal do vector


aceleração

Conhecimentos fundamentais

Aceleração tangencial e aceleração normal


No movimento rectilíneo e uniforme a velocidade mantém-se constante e a
aceleração é nula.
No movimento rectilíneo e uniformemente acelerado há aceleração cons-
tante no sentido do movimento. A aceleração e a resultante das forças aplicadas à
partícula, têm a direcção da tangente à trajectó ria:


a
➔ ➔ --+, ➔ ➔
Vo V V2 V3
- ~ -- ~ -- --- (;l JI - - -- -- (;] J1 X-

CI)


No movimento circular uniforme (figura 2) existe

<,,,~~~v ------~, ➔
a ' V1
aceleração que é, em cada instante, perpendicular
(normal) à direcção da velocidade e está orientada

Y ''

- =s1CA ·- 12 O

E•,sNc S·,cuN::>AR

I' II
3 -

' \
para o "centro" da trajectória; o módulo da aceleração
normal ou centrípeta, é igual a: ...

J~
I \
I \

➔ ,..
E' DA SILVA I \
1 v2
1 1 ac=-;-
10
~iJ':S DA <: ILVA
1
1
a 1
.
~~'
4

lesig1 v:[''
::-'-<'v'E ( ,YATTE
e~"'"~
1
1
1 \ I
I
1
1
Para um movimento curvilíneo e variado qual- .
I
I
I
quer, podemos afirmar que a aceleração num determi-
·essã ~ I
=J-\ '' I
I
nado instante pode ser considerada como a soma de
I
'' ,.
io e acabami '' I
I
I
duas componentes, uma, a componente tangencial,
.
' ,/ que corresponde à projecção da aceleração na direc-
''· " ' 1 ',,',,, ,,' ~

ção da tangente e outra, a componente normal, cor-


--- '

-
respondente à projecção na direcção da normal:

. CI)

cr =ate; + ane:
EDITORA, S.Af
irecção Editd
UNl::>OS DA Ar,,ER1c.'
L SBGA, PORTUG•L
cujos valores podem ser determinados geometricamente ou através das expressões:
30910 rA>C 211
dit@lisboaeditora '
dv
Oi=dt (=v')

v2
ªº=-;- (v=llvll)

1Vro Auxili a r 26
. ..
~ ..ri - ~ . .

-~ Mecânica ~

A aceleração pode ser expressa pelas coordenadas no referencial carte-


Mecânica da partícula
u
siano xOy:

e pelas coordenadas no referencial e:, O, e::

pelo que concluímos:

a2=aX2+ a y2 e a 2=a/+ a/

Uma partícula encontra-se no instante t 1 em P1 com a velocidade V: e no ins- /


/
/
/

v; como se mostra na figura 3.


/

--
/
tante t2 em P2 com a velocidade /
/

/
I

Nesse intervalo de tempo existe uma aceleração média O,:= Vi - v, I

A determinação geométrica da variação da velocidade está feita na figura 4.


t2 - t,
v; f P,
-> (TI

->
- - -- ~

/
/
/
/
I

v; f P,
CD

As componentes tangencial e normal da aceleração


As componentes da aceleração foram determinadas projectando-a segundo
as direcções da tangente e da normal. A existência de aceleração tangencial signi-
fica que o ponteiro do velocímetro girou no sentido crescente; a existência de
aceleração normal reflecte a existência de um encurvamento da trajectória . A
força que foi aplicada na partícula tem dois efeitos: aumenta a velocidade e
encurva a trajectória.

-- A segunda lei de Newton e o referencial


Nas condições dos movimentos usuais:

A aceleração adquirida por uma partícula material é directamente propor-


cional à resultante das forças que nela actuam:
➔ ➔
F=ma

27
Utilizando um referencial fixo
--
Num referencial cartesiano fixo, a resultante das forças que actuam numa

-
-
partícula, F, é definida pelas suas coordenadas cartesianas:


F = Fx-➔ -➔ -➔
ex + Fr er + F, e,
t--

e o mesmo acontece com a aceleração resultante



a
-➔ -➔ -➔
= ª x ex + ª r ey + a, e,
cr:
-
r-
A segunda lei de Newton pode ser também aplicada às coordenadas da força
,;;::_
e da aceleração:

" 1//-
Fx=m ª X Fr =mar

Utilizando um referencial ligado à partícula


F, = ma,
--
..---

(t):
1
1
L
1
1 I
/
/ /

--r/ -----
/ Consideremos uma partícula que descreve uma trajectória curvilínea. No ins-
tante ta partícula encontra-se na posição P e está sob a acção da força F. Numa
situação destas, o movimento pode ser melhor compreendido se utilizarmos um

--
,,.-

,,,,
I


et _ _ _ _ _ _ _ .J __
'
(n)

referencial cuja origem coincida, em cada instante, com a posição da partícula e
cujos versores,e; e e:, tenham a direcção da tangente à trajectória e a direcção da
normal, como mostra a figura 5.
~
-
,,..--

ll(A - 12

5,CUNDAR
0

.' '
Nesse referencial a força
(tangencial e normal):

➔ -➔ -➔
F e a aceleração cr tem as seguintes coordenadas
-
r
~
""=""'"
CD F = F1 e1 + Fn en
; DA SILVA

cr = ate:+ ane: ---....


~

? l')A CiLV.:,,_

/g ,;
---..,
._,__
, C ,YAT"i De acordo com a segunda lei de Newton, estas duas grandezas são directa-
RAl
mente proporcionais, o mesmo acontecendo com as coordenadas respectivas:
;ã:>
_,
,a:<c

F1 =ma 1 Fn= m an
e acabam 1
1
..
li,.

Problemas resolvidos e comentados /

TORA, S.Aj
•cção Edit d
oos DA Ar;.rnd
• A velocidade de uma partícula que se desloca no plano xOy varia de
acordo com a expressão:
Determine:
V= 2e; - 3 t@ (m ç 1
)

a) a aceleração;
b) a aceleração tangencial;
c) a aceleração normal.

o Auxili a r
28
Resolução por passos

a) A aceleração determina-se derivando a velocidade em ordem ao tempo:

« = oe; -3e; (m ç 2
)

A aceleração é constante (não depende do tempo).

b) Primeiro é necessário calcular a norma da velocidade. Depois derivamos essa


expressão em ordem ao tempo obtendo a aceleração tangencial:

V =1v1 = Y vX
2
+ Vy2,• v= V 4+9t2
dv 18t 9t
-ª1= V 49t
+ gf -et
dt= 2V 4+9t2 = V 4+9t2;

2 2
e) Como:a =a/ +a/ e a =a/ +a/
então-' an2 = aX2 + ay 2 - a t2

0
2 = 9_ 81 t2 = ~ -
n 4+9f 4+9f'

-On = V 4 6+ 9 t2 -e n (m Ç 2)

A trajectória é curvilínea . Se a trajectória fosse rectilínea an seria nula, pelo que a


aceleração tangencial teria que ser igual à aceleração.

• Ciclista numa pista circular

Um ciclista descreve uma trajectória circular de raio igual a


30,0 m, de O até B. O módulo da velocidade do ciclista varia
de acordo com a expressão: v = 4,0 + 0,8 t. Considerando /
/
,,
, ,
,
A

''
''
' ''
/
/
''\
que a contagem do tempo se inicia no instante em /
\
I
I \
que o ciclista passa em O, determine, para t = 5,0 s: I
I \
\
I \
a) a aceleração tangencial; 1
I \
\
I
b) a aceleração normal; '8 e
c) o módulo da aceleração;
d) a distância percorrida pelo ciclista.
CD

Resolução por passos


- - - - - - - - - - - - - - - - - - ( Visualização do problema )

• Indicar, no esquema, a velocidade em alguns pontos.


• Num ponto correspondente ao instante t = 5,0 s indicar as componentes da ace-
leração.

29
fU Mecânica .da partícula Mecânica

::

.( Estratégia e cálculos )>------------------ .=:-


a) Como conhecemos a expressão do módulo da velocidade, podemos

• V

0-~---4- V:'a: ,,
determinar, por derivação, a expressão da aceleração tangencial: .:::-
// ' ➔ ', dv 2
/ a ➔ ', 0r=dt; Or=0,8 m S-
I
I
I an ',
I
I
''
I
I
' \
• b) Para calcular a aceleração normal é necessário ter o
I \
I \
I 1
1
módulo da velocidade no instante t = 5,0 s:
1 .:::-"
1 1
1 1
1
= 4,0 + 0,8 X 5,0; V5 = 8,0 m Ç
'
!B e 8
tv:o V5

an =-v2( ·an ·= --ms


8,02 -2
=
2 1 ms-2
:;-,

e) O módulo da aceleração determina-se a partir das suas componentes:


I 30,0 1

-
~

2
a =a/ +a/ ; a 2
= 0,8 + 2, 1 ;
2 2
a=2,2 m S- 2

d) A equação da posição do ciclista sobre a trajectória é tal que a sua derivada


permite obter a velocidade:
-
r
r--,
5 = 4,0 t + 0,4 t2 r
55 = 20 + 10,0; = 30 m 55
r
pelo que o ângulo e"" 1 rad = 57° --,
_,,__ 12 e
í'
S·,CuN?-
r........,
DA SILVA

Problemas para resolver


QA <1LVA
E"
91 1
('\YAlt.
l/ll

,âJ

!
LL•
acaba
I I
I
I
~
i1

(n)
p - (t)
o ...........
'''
'
' \

\
• Na figura 8 estão representadas a aceleração e a velocidade de uma pa r-
t ícula P no instante t = 2,0 s. A t rajectória é circular e
l'vl = 8,0 m ç i_
a) Exprima a acele ração nas suas componentes tangencial e normal.
l«I = 5,0 m S- 2
e
r
r
----
b) Determine o raio da trajectória.

IT)
e) Comente a frase: "Observando a figura 8 podemos concluir que a par-
tícula se desloca no sentido do movimento dos ponteiros do relógio
r
~
--
TORA, S.
cção Edj
>O~ o,-. .A•"=I
?
I
/',

' ......
,.

',, (n) ,/~~


O
e que o valo r da velocidade está a decrescer."

Uma partícula desloca-se numa t rajectória circular com raio


-
if'"""

A, PoRTu<;;.l ➔ ... r = 3,0 m situada no plano xOy tendo-se verificado que a acelera-
10 tAX: 2 a "' / /'

-
lisboaed,to
(t),
cf ,,." ' ção tem, em determinado instante, o valor de 5,0 m S-2 estando
;{
as suas outras caracte rísticas indicadas na figura 9. Determine
nesse instante:
a) os valores da aceleração centrípeta e da aceleração tangencial;
b) o valor da velocidade da partícula.
CD ~

---=-~-
Um comboio aproxima-se duma curva apertada, aproximadamente cir-
cular, de raio r = 180 m. À entrada da curva o comboio segue à veloci-
dade de 108 km h- 1 e passados 5,0 s a sua velocidade valia 72 km h- 1•
Determine: I<
a) o valor da aceleração tangencial média no intervalo referido;
b) o valor da aceleração do comboio no instante em que seguia à veloci-
dade de 72 km h- 1• ) ..

o A lei do movimento de uma partícula é dada pela expressão:

r = (2t+ 3)e; + st2e;


Determine, a expressão da:
a) aceleração;
b) aceleração tangencial;
e) aceleração normal.

O Considere as expressões das coordenadas de uma partícula que se move


no plano xOz:
X=6t Z= 2f + 2

Determine no instante t = 2,0 s:


a) a aceleração da partícula;
b) o valor da aceleração tangencial;
e) o valor da aceleração normal.

O Uma partícula material move-se de acordo com a seguinte lei expressa


em unidades SI :

r = 3te; + (3 + t2)e;
a) Determine as componentes O: e O: do vector aceleração no instante
t= 2,0 s.
b) O movimento será curvilíneo? Determine o raio da trajectória.

• As coordenadas de uma partícula material variam em função do tempo


de acordo com as expressões, em unidades SI:

X= 5 COS t y=Ssint
Determine:
a) a lei das velocidades V e o valor da velocidade l"vl;
b) as coordenadas normal e tangencial do vector aceleração.
-
Mecânica

• As coordenadas de uma partícula material são, no SI, dadas por:


X= 3 t - (3/2) f y=-2t2+4t+2 ...
,--
Determine, para um instante genérico t:
a) a velocidade da partícula; r

-- b) o módulo da velocidade;
e) a aceleração;
d) a aceleração, expressa nas suas coordenadas tangencial e normal.
'

• Considere uma par~ícula que se move de acordo com a seguinte expres-


são: v =4te; - 3t2e; (SI)
Mostre que o movimento é curvilíneo. Classifique o movimento. ·
-
r

'
,--

• Considere uma partícula cujo movimento é descrito pela expressão


r = 6,0 te;+ (2,0 + 8,0 t - 4,9 f) e;. Determine, considerando o instante
em que a posição da partícula tem coordenada y = 1,0 m,
a) o valor da velocidade e o ângulo definido por esta com o eixo Oy;
'
r;

r;

b) o valor da aceleração tangencial.


0

··e:.- 12.c a, Um carrinho com a massa de 600 g descreve uma trajectória circular
situada num plano horizontal. Num determinado instante actuam no
-
S·,cuNOÁF ~ ~ .
37° carrinho unicamente duas forças, F, (3,6 N) e F2 (4,2 N), como mostra a
• DA SIL\A figura 1O; o carrinho segue nesse instante com a velocidade de 1,20 m s~1•
Determine, no instante referido:
S 'lA <,,VA
a) o módulo da aceleração tangencial;
ig1
EC b) o módulo da aceleração centrípeta (ou normal);
'l_,'.I(.

0D e) o raio da trajectória.
sãJ

e acabam ,
LLA .

Avalie os seus conhecimentos

ITORA , S . A
Sabe ...
ecção Edit 1
.,JOs D- A,~,; : ••• relacionar as características do movimento de uma partícula com as características das forças que
GA, PORTUG>,
9 10 ~AX 21 sobre ele actuam?
@lisboaed1tora
••• distinguir um referencial solidário com a partícula de um referencial inerciai fixo? ~
• • • relacionar as características do movimento de uma partícula com a existência de aceleração tangen-
cial e de aceleração normal?
••• determinar a aceleração tangencial?
••• determinar a aceleração centrípeta ou normal?

32
Questões de escolha múltipla

As questões deste grupo são de escolha múltipla. Para cada uma delas são
indicadas quatro ou cinco hipóteses de resposta, das quais só uma está correcta .
Seleccione a letra correspondente à hipótese correcta .

• Uma partícula descreve uma trajectória curvilínea. Determinou -se a velo- ...... Questão saída em
cidade e a aceleração da partícula num determinado instante te repre- provade Dml
sentou-se cada uma delas num esquema. Escolha o esquema correcto:

1/y ······· -.·-._


.....

~
-- ➔ ----
.· a a . ·· ... _

j)
.· ➔ .··· ·· ·-.
-. ..
. . a ➔ '
..·
~ )
' ➔
(B) ~/ ·.
. V V (C) '
(D) , (E)

• Um corpo move-se numa trajectória circular com velocidade de módulo


constante. Nestas condições:
{A) A resultante das forças que actuam no corpo só tem componente
tangencial.

(B) A velocidade é, em cada ponto, perpendicular à direcção tangente da


trajectória.
~ ) A resultante das forças que actuam no corpo é nula.
~ D) A resultante das forças que actuam no corpo é, em cada instante,
perpendicular à velocidade.
(E) A aceleração do movimento tem, em cada instante, a mesma direcção
da velocidade.

e Na figura 11 estão representados os vectores V e êr de um


rial num determinado instante. A partícula desloca-se com movimento;..
ponto mate-

V
.
(A) uniforme. (B) circular.
(CJ rectilíneo acelerado. {D) curvilíneo e uniforme.
(E) curvilíneo acele rado. OI)
'---

Observe a figura 12, que representa a aceleração e a velocidade de uma


part ícula P num determinado instante t == 3,0 s. A trajectória é circular.
(A) A partícula desloca-se no sentido directo.
{B) O valor da velocidade está a aumentar.
'''
'
:o
····• ··-·
{C) O valor da aceleração tangenciaVn ula. ''
''
(D) O valor da velocidade mantém-se constante. '
E) O movimento da partícula é retardado e circular.

0D
LEEF12_03

33
P 1 l 1 8 ,(., -.o

e Um disco gira com velocidade angular constante . A razão entre os


módulos das acelerações centrípetas de um ponto na extremidade e um
~
....

-
outro ponto situado a metade do raio é igual a:

(A)_]_
4
(B) 2.
2
-
--
(C) 1 (D)2
-
r -

-
(E)4
r-

Questão saída em ······


provade tl1!Jii1l1
• Um automóvel move-se numa estrada, com movimento uniforme, des-
crevendo uma trajectória curvilínea. Seja
"êf a aceleração, e
V a velocidade do automóvel,
O: e a;, respectivamente, as componentes
tangencial da aceleração do movimento. Nestas condições podemos
normal e
--.

-
.; afirmar que ...
t-."
(A) ... v tem a direcção de "êf.
(B) ... ª" = O➔-
- ➔ e v e, constante.
, 0 ;t O -.,

@ -
1

. .. 0 1 .=
➔-
O,ª" * O➔.,
e v e constante. --
« é cor1Stante e v é variável.
(D) ...

(E) ... v é constante e a
➔ ➔
=O . -
, ar

Questão saída em ······


provade tl1!Jii1l1 fl) Uma partícula descreve com movimento uniforme e no sentido indicado
na figura 13, uma trajectória cir-cular, centrada na origem O do sistema
-
...,..._

,, y de eixos xOy. Qual dos seguintes pares de vectores V e "êt representam,


C:,l.:

/ ,,,--- --- .....


respectivamente, a velocidade e a aceleração num ponto da trajectória? --
,i 9
"c ·--T,: r I
I
I
I
I
''
' \
1
1
1
(A ) ➔
v =4ex;
- a➔ =2ex-
- 2ey
-

sãJ í1: 1 o , x (B)v=-4~·


Y' "êf =-8~X
1 I
~
1 I
(C)v=-4e;; "i1=-8e:

-...
\ I

'
',__ - J~>1/
.b
- ... (D) v =4e;; a➔ =-8ex
- +2ey
-

0D (E)V = 2F,; a = 2-ex - 2...,..-?



ey

Questão saída em ······


provade tl1!Jii1l1
• Uma partícula de massa m move-se no plano (horizontal) xOy de acordo
com a seguinte lei do movimento:

1 (t) = (t-1 )2 e; + (t - 1)e;


=

1
Qual das-seguintes afirmações acerca do movimento está correcta?
(A) A trajectória da partícula é rectilínea.
,; (B) A componente normal da aceleração é nula.
-
1
.1 (C) a resultante das forças que actuam na partícula é constante .
.. (D) A componente da velocidade segundo o eixo Ox é constante.
(E) A componente tangencial da aceleração é constante.

r-
o Au;,cilia
34
1.3_Cinemática do movimento circular

Conhecimentos fundamentais

Descrição do movimento circular utilizando um sistema de


coordenadas polares
O movimento circular de uma partícula pode ser descrito através da posição
da partícula, expressa nas suas coordenadas cartesianas em função do tempo.
Porém a descrição do movimento fica bastante mais simplificada se utilizar-
mos um outro sistema de coordenadas. Este sistema é especialmente vantajoso
quando as partículas descrevem um movimento circular como, por exemplo, num
corpo rígido em rotação em torno de um eixo fixo, pois todos os pontos descre-
vem trajectórias circulares com igual velocidade angular. Vamos exemplificar:
Consideremos uma partícu la que está inicialmente na posição P0 e depois,
passado o tempo t está na posição P percorrendo um arco circular com o compri-
mento s (figura 1). Nesse intervalo de tempo o segmento de recta r que une o
ponto ao centro O descreveu um ângulo 0.
A posição do ponto P, num determinado instante, pod,e ser definida
y . . . ....... . . . . .'> p
pelas coordenadas cartesianas x, y ou pelas coordenadas polares r, 0:
P (x,y) P(r, 0) r s \
0 r
Podemos passar de um sistema de coordenadas para outro utili-
o X ;
zando as seguintes relações (como mostra a figura 1) :

x = rcos 0 y=rsin 0

Quando a partícula passa de P0 para P percorre o comprimento curvilí-


neos (distância medida sobre a trajectória) tal que:
o=) Descrição do movimento circular uti-
s= 0 r (0 em radiano) lizando _coordenada s cartesianas e coorde-
nadas polares.
Quando a partícula descreve uma volta completa:
s =perímetro~ 2 7t r
2 7t corresponde ao ângulo, em radianos, descrito pelo segmento r quando a par-
tícula executa uma volta completa.

Velocidade angular
A velocidade angular média wm é definida por:
.ó0
ú) =-
m M

e num determinado instante a velocidade angular é definida pelo limite para


que tende a velocidade média wm, quando M tende para zero:

d0
ou: w=-
dt

35
! ~~

, Mecânica €;~

Se um corpo rígido roda com velocidade angular coo


y
mesmo acontece com todos os seus pontos. Porém a velocidade
',,

,
,'
'~4' ,
\
\
/ A'
(linear) de cada um dos pontos é diferente (figura 2).
Verifica-se a seguinte relação entre a velocidade linear v e a
7
\
velocidade angular w.
\
\
\

(ds =der)
\
V= CO ( ---

-
1
1 dt dt
1
1
• A
X A velocidade angular é uma grandeza vectorial; a sua direc-
;:;::..,
ção é perpendicular ao plano que contém a trajectória e o seu
,-..-
CI) Todos os pontos de um corpo rígido em rotação sentido é o sentido indicado pelo polegar de uma mão direita ---.
têm a mesma velocidade angul_ar. quando se orientam os restantes dedos de acordo com o sentido ,.....-
~
da velocidade linear (figura 3).

-
,_,...

-. B
v -------. -- ] ______ _---~
<v>
A
Aceleração angular
A aceleração angular média am é definida por:

L'.co ( ,, )
lA, V\,
--
,.._.....

,,__

-
<Xm=Af 'X. \li,\ ::
e ~

:~ - 12 e
e a aceleração angular instantânea por: e
S Ct, •os-

G:J Quando
. L'.co
a= 1,m - -
t,t -, o L'.t
ou
dco d 0
a=-=-
dt df
2

-
;;-::-

':A Srt\.....

),A ·•a•-
os quatro dedos da mão
direita acompan ham o movimento circu lar
das partículas o polegar indica a direcção e o
sentido da veloc idade angu lar.
Para um determ_inado ponto que descreve um movimento de rotação,
a aceleração tangencial está relacionada com a aceleração angular:
-
r-

91
c ·,o,~
ar=ar
-
r-;:.

ã.J

Leis do movimento -
,,-.

Movimento uniforme
Se o movimento de rotação for uniforme, a velocidade angular é constante: ...
,co

co = constante ,..,
'=
x=x0 + vt e= 0 0 + co t l'ã

ã:: ;:;,~1 Movimento uniformemente acelerado


A, ?~~-,JG;_
·o rAX
•sboaed.:ora
21 Se existir aceleração e esta se mantiver constante, o movimento será unifor- .
~

!
memente acelerado. Nesse caso verifica-se:
a= constante
.
~

1 CO = C00 + a t

x=x0 + V0 t +
1
2 a t2 e = 0o + Cüo t + 21 (X t2

C0
2
= co0 2 + 2aL'.0

36
Problemas resolvidos e comentados

o. O berbequim {I)

Uma broca com 10,0 mm de diâmetro é obrigada a rodar com a veloci-


dade constante de 2400 rotações por minuto. Determine, para um
ponto situado na periferia da broca,
a) a velocidade angular;
b) a velocidade linear;
c) o ângulo 9escrito durante 2,00 s pelo segmento de recta que une
esse ponto ao eixo.

Resolução comentada

Dados: Pedidos:
w == 2400 r.p.m. ú) ==?
r== 5,0 mm V==?
0 == ? (t == 2,00 s)

( Estratégia e cálculos )1--------------------


a) Se considerarmos que durante 60 s a broca descreve o ângulo 2400 x 21t:
L'.0 2400 x 7t rad d _1 d _
ro==-==-----== 80 1t ra s == 251 ra s 1
M 60s

b} Utilizando a relação entre a velocidade linear e a velocidade angular:


V== ú) f
V== 80 X 7t X 5,o X 10- 3 m ç 1 == 1,26 m ç 1

e) Aplicando a lei do movimento uniforme:

0 == 80 x 7t x 2,00 rad == 503 rad "' 5,0 x 102 rad

• O berbequim (11)

Um berbequim está acoplado a uma serra circular com 12,0 cm de diâ-


metro. Quando se liga o berbequim, a serra atinge a velocidade de
3600 rotações por minuto ao fim de 3,00 s. Considere que o movi-
mento da serra foi uniformemente acelerado e determine:
a) a aceleração angula~ experimentada pela serra;
b) a aceleração centrípeta a que estão submetidos os pontos da perife-
ria da serra 3,00 s após se ter ligado o berbequim;
c) o número de voltas executadas pela serra 1,00 s após se ter ligado o
berbequim.

37
t ..
t t;
;
j
t
Mecânica
e:

Resolução comentada

Dados: Pedidos:
-
...
C00 =0 a=?
co = 3,600 r.p.m.
r = 6,0 cm
a, = ?
n=?
(t = 3,00 s)
(t=l,00s)
-...
( Estratégia e cálculos ) l - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

a) Podemos converter co = 3600 r.p.m. para unidades SI utilizando a definição de


-
.;;
velocidade angular:
co = ll0 = 3600 x 2n rad = 377 0 rad ç,
M 60s '
-~

.::
Aplicando a lei da velocidade do movimento uniformemente acelerado:
co = co0 + a t;
v2
377,0 = a 3,00; a= 125,7 rad ç 2 "" 126 rad ç 2
-
b) Como a, = -
r
e v= cor:
-~

a, = co 2 r= 377,0 2 x 0,060 = 8,528 x 10 3 m ç 2


"" 8,5 x 10 3 m ç 2

e) Temos primeiro que determinar o ângulo descrito, aplicando a lei do movi-


mento uniformemente acelerado e, depois o número de voltas atendendo a
-,..,

que 2n rad corresponde a uma volta :


...,.,
1 1
. e=ªº + COo t + 2 a t2; e= 2 125,7 X 1,0 2 = 62,85 rad ...
n=-
e 62,85 _
= - - = 10,0 rotaçoes
...,.,
2n 2n ,.,

."
.
~

Problemas para resolver


J -.

• Durante a leitura de um CD a velocidade linear do ponto onde se está a


fazer a leitura tem que se manter igual a 1,30 m ç 1 quer a leitura esteja a
ser feita na periferia do disco (r
xima do centro (r = 2,4 cm) .
= 5,6 cm) ou na zona que está mais pró-
.
~

Determine a velocidade angular do disco quando está a ser lida informa- .


ção que foi gravada
a) na periferia do disco;
b) na zona mais próxima do centro.
1-)

o As lâminas de um helicóptero têm 10,0 m de comprimento, medido a par-


tir do eixo de rotação. Determine o número máximo de rotações por
minuto que o rotor do helicóptero poderá executar de maneira que
nenhum dos pontos da lâmina ultrapasse a velocidade do som (340 m/ s). ·

xiliar 38

O Determine a velocidade da cidade da Figueira da Foz relativamente
ao centro da Terra em consequência do movimento de rotação da
Eixo

Terra. (Figura 4; latitude da Figueira da Foz: 40° N; rT = 6,37 x 106 m).


v
O Na figura 5 estão representados o prato de um gira-discos que está
a rodar descrevendo 33,3 rotações por minuto e o motor eléctrico
que o faz movimentar. O veio do motor está acoplado ao prato por
intermédio de uma correia que abraça dois cilindros, como está
indicado no esquema. Determine o valor de: CD
a) a velocidade angular do prato do gira-discos;
b) a velocidade angular do veio do motor;
e) O deslocamento angular experimentado pelo veio do motor durante
6,0 s.

CD


O Ligou-se uma turbina de uma central eléctrica cujas lâminas estavam em
repouso. A turbina experimentou, durante o arranque, uma aceleração
constante tendo atingido a velocidade de 2400 r.p.m. ao fim de 500 s.
Determine, durante o arranque:
a) a aceleração da turbina;
b) o número de rotações executadas pela turbina (t = 500 s).

Durante a leitura de uma sinfonia gravada num CD que demorou 70


minutos, a velocidade de rotação do disco variou entre 500 r.p.m. e
200 r.p.m. (Durante a leitura de um CD a velocidade linear do ponto
1
onde se está a fazer a leitura é sempre igual a 1,30 m ç ). Determine:
a) a aceleração angular média experimentada pelo disco;
b) a distância a que se encontra do centro a zona onde se encontram
gravadas as últimas notas da sinfonia.

• Uma motorizada que estava em repouso arranca com movimento rectilí-


1
neo uniformemente acelerado, atingindo a velocidade de 25,0 m ç ao
fim de 10,0 s. Cada um dos pneus das rodas tem exteriormente o diâme-
tro de 50,0 cm. Determine o valor da aceleração angular média experi-
mentada por cada uma das rodas.
...

Mecânica -
,',iiã;,


G) A roda de uma motorlzaâa que arranca a partir do repouso com movi-
..;;;:,
mento rectilíneo uniformemente acelerado experimenta a aceleração
2
angular a= 1,25 rad Ç • Determine, para um ponto da roda que se ~
encontra à distância de 24,0 cm do centro, após 6,0 s de a roda se ter
começado a movimentar: --
a) o valor da velocidade linear;
--
✓•
b) as componentes normal e tangencial da aceleração.

Um carrossel roda com a velocidade de 0,50 rad ç1, quando o operador


-
~
~

liga os travões de emergência passando o carrossel a deslocar-se de


acordo com a expressão:
w = 0,36 - 0,090 t (SI)
-
,--..
,...._
Determine:
a) a aceleração angular;
b) o tempo que o carrossel demora a parar. i:=..
J i:=..
• Um disco de pedra de esmeril gira, descrevendo 2000 rotações por minuto.
Quando se desliga o motor, o disco pára ao fim de 12,0 s. Determine:
a) o valor da aceleração angular média durante a travagem;
--
~
b) o valor da velocidade angular do disco após 9,0 s de se ter desligado o
motor;
e) o número de voltas dadas pelo disco após 6,0 s.
--
---
J
• Um automóvel que segue a 54,0 km h- 1, é travado parando ao fim de 8,0 s.
Durante a travagem a aceleração foi constante. O pneu tem 35,0 cm de
raio e não derrapou durante a travagem. Determine:
a) a aceleração do automóvel durante a travagem;
b) a aceleração angular experimentada pelas rodas durante a travagem; ~

e) o número de voltas dadas pelas rodas durante a travagem.


ç;...

iD Um automóvel que segue a 18,0 km h- 1, aumentou o valor da velocidade


a uma taxa constante até atingir o valor de 54,0 km h- 1 • Nesse intervalo
t.;..

r;:..
de tempo, as rodas do automóvel que têm 60,0 cm de diâmetro execu-
:ção Ed it
:is J~ ~ •~==e
'.:>:JR~JG..:._
tam 250 voltas. Determine o valor de: -
,,__

10 é!.X 2i a} o intervalo de tempo durante o qual o automóvel experimentou a ~


sboaed.;ora
variação de velocidade referida;
r-
b} a aceleração angular dos pontos pertencentes aos pneus das rodas.
1
v
e Considere o ponteiro dos segundos de um relógio cuja extremidade des-
creve uma circunferência com 1,0 cm de raio. Determine:
a} o módulo da velocidade média da extremidade do ponteiro;
b) a velocidade angular.

Au,c ilia r 40
Uma fita magnética está a ser enrolada numa bobina. A fita des-
1
loca-se sempre com a velocidade de O, 191 m ç •

a) Determine a velocidade angular do carreto que está a enrolar


a fita, no início (figura 6 - 1).
b) Após 1,80 x 10 3 s a fita está enrolada no carreto tal como se
representa na (figura 6 - li). Determine a aceleração angular
média experimentada pelo carreto nesse intervalo de tempo.

A posi'ção de uma partícula que descreve uma trajectória circular


de raio 50 cm é d~finida pela expressão:
0 = - 0,50 + 3,0 t2 (SI). Determine: II
a) o valor da velocidade angular da partícula no instante t = 2,0 s; CI)
b) a aceleração angular no instante t = 3,0 s.
J
• A velocidade angular de uma partícula, que descreve uma trajectória cir-
cular de raio 0,25 m varia de acordo com a expressão:
õ1 = (2 + 4t) e; (rad
Determine, no instante t= 3,0 s:
1
Ç ; s)

a) a velocidade (linear);
b) a aceleração angular;
e) os valores da aceleração tangencial e normal.

J
G) Considere uma partícula que descreve um movimento circular de raio
0,40 m com a seguinte lei: 0 = 2,5 t2 (SI)
Determine, no instante t = 0,60 s,
a) o valor da velocidade;
b) a aceleração expressa nas suas componentes normal e tangencial.

Uma partícula descreve uma trajectória circular de raio r = 50 cm. A posição


angular da partícula é definida pela expressão: 0 =3,0t - 0,5 f . Determine:
a) o tempo que a partícula demora até inverter o sentido do movi-
mento;
b) o número de voltas descritas pela partícula até inverter o sentido do
movimento.

• Uma partícula que descreve uma trajectória circular no plano xOy tem a
seguinte lei do movimento:
0 = 91tt- 1tt3 (rad; s)
Determine:
a) as expressões das leis da velocidade angular e da aceleração angular;
b) o tempo, contado a partir do início, que a partícula demora a descre-
ver as primeiras duas voltas.
~

v
• Uma partícula descreve uma trajectória circular de raio 0,75 m. A posição
da partícula é descrita pela expressão:
/ '\ .,,, " s = 0,30 t2 + 4,0 t + 2,0
.,,"'\ /
onde s, representa o comprimento curvilíneo medido sobre a trajectória .
'
Determine, no instante t = 2,0 s,
/
a) a aceleração tangencial;
b) a aceleração normal.

Avalie os seus conhecimentos

Sabe ...
••• relacionar as coordenadas polares com as coordenadas cartesianas?
••• definir velocidade angular?
••• relacionar a velocidade angular com a velocidade linear?
••• definir aceleração angular?
••• exprimir a lei do movimento uniforme de rotação? ."..

••• exprimir a lei do movimento uniformemente acelerado de rotação? ,.,


...
• • • determinar, a partir da lei do movimento, o deslocamento angular de um corpo em rotação?
...,.,