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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

LEIDIANY MENDES CUNHA SOUZA

Dificuldades de Aprendizagem da escrita e da leitura.

a)

Manhuaçu
2011
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Dificuldades de Aprendizagem da escrita e da leitura.

1 INTRODUÇÃO.

Através de experiências científicas constatou-se que o sucesso da


criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento
fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social.

A criança aprende naturalmente a falar a linguagem do grupo em


que vive, cabe assim a escola desenvolver a linguagem oral que o aluno traz,
através da atividade pedagógica, que deve garantir a aprendizagem da leitura e da
escrita.

Quando se fala das dificuldades de leitura e escrita, e


especificamente do processo da alfabetização, e muito importante que sejam
questionadas as condições da criança que o inicia, verificando se ela já adquiriu
suficiente desenvolvimento físico, intelectual e emocional, bem como todas as
habilidades e funções necessárias para aprender.

Ao alfabetizador cabe a responsabilidade de, através de situações


concretas envolvendo objetos e o próprio corpo do aluno, com atividades motoras,
preparar a criança antes de expô-la a atividades gráficas.

O preparo para iniciar a leitura e a escrita depende de uma


complexa integração dos processos neurológicos e de uma harmoniosa evolução de
habilidades básicas, como percepção, esquema corporal, lateralidade e outros.

A importância do desenvolvimento das habilidades básicas pode ser


vista de uma maneira mais sistemática na pré-escola, que tem o papel de fornecer a
criança os pré-requisitos necessários para a aprendizagem da leitura e da escrita.
Esses pré-requisitos podem citar alguns como a percepção, onde será através dos
órgãos dos sentidos que a criança estabelecerá o contato com o mundo exterior,
organizando e compreendendo os fenômenos que ocorrem. O esquema corporal,
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que é uma habilidade que implica o conhecimento do próprio corpo, de suas partes,
dos movimentos, das posturas e das atitudes. A Lateralidade, onde pode ser
definida a partir da preferência neurológica que se tem por um lado do corpo, no que
diz respeito à mão, pé, olho e ouvido; onde está à preferência será importante para
desenvolver diferentes atividades, inclusive a leitura.

Outro requisito seria a orientação espacial temporal, ou seja, ver-se


e ver as coisas no espaço em relação a si próprio, dirigir-se, avaliar os movimentos e
adaptá-los no espaço. Coordenação viso motora, que é a integração entre os
movimentos do corpo e a visão o ritmo, pois dá à criança a noção de duração e
sucessão, no que diz respeito à percepção dos sons no tempo, onde a falta deste
pode causar uma leitura lenta, silabada, com pontuação e entonação inadequadas.

A análise e síntese visual e auditiva, que é uma habilidade onde


acriança precisa ter de visualizar o todo, dividi-lo em partes e depois juntá-las para
voltar ao todo. As habilidades visuais, pois é necessário para a criança ler e escrever
que seus olhos funcionem perfeitamente. Habilidades auditivas, pois será através da
visão e da audição que os símbolos gráficos são recebidos e conduzidos ao cérebro
para serem retidos. E por fim a linguagem oral, por ser uma etapa anterior à
linguagem escrita, a linguagem oral se constitui num pré-requisito básico para a
alfabetização, conseqüentemente, para a aprendizagem da leitura e da escrita.

Para que as crianças com dificuldades de aprendizagem possam


vencer suas barreiras, conseguirem progresso intelectual não devem apenas estar
pronto a aprender, mas devem ser dadas as mesmas oportunidades de
aprendizagem.
Nesse contexto é papel da escola, com professores devidamente
capacitados desenvolverem um trabalho educacional visando o desenvolvimento da
criança com dificuldades de aprendizagem.
Para que o educador possa concretizar seu objetivo como tal, se
faz necessário que este conheça alguns aspectos do desenvolvimento humano tais
como o desenvolvimento físico que são as mudanças no corpo físico, cérebro,
capacidade sensorial e habilidades motoras, o desenvolvimento cognitivo onde há
mudanças na capacidade mental tais como aprendizagem, memória, raciocínio,
pensamento e linguagem e o desenvolvimento psicossocial onde ocorrem mudanças
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na personalidade do individuo, isto decorrente das condições onde este inserido.


O trabalho irá apresentar pesquisa bibliográfica, revisão literária,
buscando assim questões sobre os distúrbios da leitura e da escrita, suas causas e
como é visto por variados autores.

Alguns profissionais desconhecem certas dificuldades, diante disso


o objetivo é mostrar que é preciso conhece-lás para que assim possam intervir de
maneira correta.

Objetivos:

Objetivos gerais:

 Estudar e analisar os distúrbios de aprendizagem na leitura e


escrita dos alunos.

Objetivos específicos:

 Mostrar as causas desses distúrbios e o que pode ser feito


para trabalhar com essas deficiências e como estás afetam a
vida tanto do profissional como do aluno, como questões sobre
alguns distúrbios relacionados com as dificuldades de
aprendizagem e da leitura;

 Detectar os principais aspectos que interferem no processo de


aprendizado;

 Criar alternativas para o enfrentamento do problemático;

 Apontar alternativas metodológicas para enfrentamento das


dificuldades;

 Identificar quais as dificuldades da aprendizagem;

 Verificar a freqüência da participação dos pais no processo de


ensino aprendizagem dos alunos;
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É preciso que se analisem cada fator deste de forma singular,


levando em conta que o ser humano é um ser único.
É preciso que a escola como espaço educativo se volte para a
realidade e procure retirar tudo o que é significativo na vida do aluno e que
mereça ser incluído na proposta curricular para receber um tratamento cientifica
adequado pela mediação do saber elaborado.
Nesta perspectiva o núcleo do trabalho educativo é um processo
de ensino aprendizagem. Ensinar bem, visando à formação global do educando, é a
função essencial da escola.
Assim no decorrer do presente trabalho será feito uma pesquisa
bibliográfica acrescida de entrevistas sendo alvo de estudo a Escola Municipal
Delizete Brandão Baião, localizada na cidade de Matipó, para que assim seja
realizada uma observação sobre as dificuldades da leitura e da escrita entre os
alunos do Ensino Fundamental de Sete Anos, entre o 1º e 2º ano, procurando
mostrar que no cotidiano das salas de aula é possível perceber nos alunos certa
dificuldade na aprendizagem.
Perante tal situação, este projeto é importante para os membros do
grupo que lidam diretamente com está problemática, trazendo conhecimentos novos
que possam ser utilizados na resolução dessas dificuldades, no contexto da reflexão
sobre o processo de ensino aprendizagem, atento as características do aluno quanto
ao perfil do professor, já que ambos são peças-chave para compreender o contexto
da aprendizagem escolar.
A família e a escola têm papéis formadores, mas cada um com suas
responsabilidades e com papéis bem definidos, ambos ensinam e educam. Não é
mais cabível e nem aceitável no mundo de hoje, que se tomem atitudes condenáveis
em relação aos alunos com dificuldades de aprendizagem, tanto na escola quanto
em casa.
Assim, o processo de ensino aprendizagem não pode ser tratado
como algo isolado e único no espaço da sala de aula. Faz-se necessário que o
trabalho educacional transcenda os muros da escola como práticas educativas que
enlace o contexto social do aprendiz, proporcionando-lhe condições que possibilite o
desenvolvimento da capacidade de aprender sempre.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Nos últimos anos, o termo distúrbio de aprendizagem tem


despertado grandes discussões relacionadas à definição, fatores causais e
procedimentos terapêuticos, com isso se levantaram questões importantes.
Assencio-Ferreira (2005, p. 44) refere que “não existe nada mais inteligente e
intrincado para o cérebro do que capacitar-se na leitura e escrita!”.

Podemos assim classificar os transtornos de aprendizagem segundo


os dois manuais internacionais de diagnóstico: CID – 10: organizado pela
Organização Mundial de Saúde - OMS/1992

(...) grupos de transtornos manifestados por comprometimentos específicos


e significativos no aprendizado de habilidades escolares. Estes
comprometimentos no aprendizado não são resultados diretos de outros
transtornos (tais como retardo mental, déficits neurológicos grosseiros,
problemas visuais ou auditivos não corrigidos ou perturbações emocionais)
embora eles possam ocorrer simultaneamente em tais condições (OMS,
1993, p. 237).

DSM– Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. IV-


organizado pela Associação Psiquiátrica Americana/1995:

Os transtornos de aprendizagem são diagnosticados quando os resultados


do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de
leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do
esperado para sua idade, escolarização ou nível de inteligência... Os
transtornos de aprendizagem podem persistir até a idade adulta (1995, p.
46)

Em uma abordagem pedagógica, Paín (1992) relata que:


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Certos fatores podem interferir, significativamente, no processo de


aprendizagem, sendo necessária muita atenção aos acontecimentos que
representaram uma mudança considerável para a criança e para a família.
Estes quase sempre estão ligados a uma perda, pois os lutos deterioram a
aprendizagem e tornam improdutivos todos os esforços empregados para
dominar a situação anterior (PAIN, 1992, p?).

Os distúrbios de aprendizagem da leitura e da escrita podem ser


atribuídos as mais variadas causas, podendo elas ser de ordem Orgânica, como:
cardiopatias, encefalopatias, deficiências sensoriais, deficiências motoras,
deficiências intelectuais, disfunção cerebral e outras enfermidades de longa duração.
Podem se apresentar também sobre fatores psicológicos, tais como: desajustes
emocionais provocados pela dificuldade que a criança tem de aprender, o que gera
ansiedade, insegurança e auto conceito negativo.

Outra forma de se manifestar seria sobre fatores Pedagógicos,


através de métodos inadequados de ensino; falta de estimulação pela pré-escola
dos pré-requisitos necessários à leitura e à escrita, falta de percepção, por parte da
escola, do nível de maturidade da criança. Através de fatores sócio-culturais, onde
poderá ocorrer uma falta de estimulação, desnutrição, privação cultural do meio,
marginalização das crianças com dificuldades de aprendizagem pelo sistema de
ensino comum. Cócco e Hailer (1996, p.7), elucidam que: “Aprender a ler e escrever
é apropriar-se do código lingüístico, torna-se um usuário da leitura e da escrita”.

Sabemos que a leitura e a escrita é de fundamental importância para


o aluno e a partir desse processo que esses alunos poderão criar seu próprio
conhecimento e ter noção do mundo que vive, podendo contribuir durante o seu
crescimento para mudança significativa. A leitura oral é marcada por omissões,
distorções e substituições de palavras, com respostas lentas e vacilantes e com
comprometimento do texto lido. A perturbação na leitura interfere significativamente
no rendimento escolar.

Tanto quanto a fala, a leitura não é um comportamento natural, mas


um processo adquirido em longo prazo e em certas circunstâncias de vida que
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determinam o sucesso ou o fracasso na aprendizagem. O processo da leitura


envolve a identificação dos símbolos impressos (letras e palavras) através dos
órgãos da visão. O relacionamento dos símbolos gráficos com os sons que eles
representam, a criança tem de diferenciar visualmente cada leitura impressa e
perceber que cada símbolo gráfico tem um correspondente sonoro. E a
compreensão e análise crítica do que foi lido: o indivíduo percebe os símbolos
gráficos, compreender seu significado, julga e assimila os fatos de acordo com a sua
vivência.

Já a escrita é uma das formas superiores de linguagem, requer que


a pessoa seja capaz de conservar a idéia que tem em mente, ordenando-a numa
determinada seqüência e relação.

Escrever significa relacionar o signo verbal, que já é um significado,


a um signo gráfico. É planejar e esquematizar a colocação correta de palavras ou
idéias no papel. O ato de escrever envolve, portanto, um duplo aspecto: o
mecanismo e a expressão do conteúdo ideativo. Na escrita se estabelece uma
relação entre a audição, o significado e a palavra escrita. Quando a criança já tem o
significado do objeto interiorizado, seu processo de escrita fica mais fácil. Como
existe sempre relação entre a palavra impressa e o som, a criança precisa primeira
aprender a ler para depois escrever. Colomer & Teberosky (2003) afirmam que:

a escrita é uma representação da linguagem falada com uma longa


história social. O aprendizado da escrita consiste em se apropriar de um
objeto de conhecimento, de natureza simbólica, que representa a
linguagem. Durante essa apropriação, tanto a representação simbólica
como a linguagem é afetada pela escrita (COLOMER, T. & TEBEROSKY,
A. Aprender a Ler e a Escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre:
Artmed, 2003.)

Podemos citar alguns distúrbios relacionados à aprendizagem da


leitura e da escrita:

Dislexia, ou transtorno do desenvolvimento da leitura, manifesta-se


uma leitura oral lenta, com omissões, distorções e substituições de palavras, com
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interrupções, correções, bloqueios. Produz-se uma afetação, também, da


compreensão leitora. O início costuma situar-se em torno dos sete anos, ou em
casos mais graves, antes do nível anterior. Deve ser excluídas do diagnóstico do
transtorno: a deficiência mental, a escolarização escassa ou inadequada e os
déficits auditivos e visuais.

Disfalia que é uma dificuldade de compreensão ou expressão.

Disgrafia, o termo disgrafia é uma dificuldade parcial, porém não


possibilita a aprendizagem da escrita. A criança disgráfica não é portadora de defeito
visual nem motor, e tampouco de qualquer comprometimento intelectual ou
neurológico. No entanto, ela não consegue idealizar no plano motor o que captou no
plano visual. Existem vários níveis de disgrafia, desde a incapacidade de segurar um
lápis ou de traçar uma linha, até a apresentada por crianças que são capazes de
fazer desenhos simples, mas não de copiar figuras ou palavras mais complexas. As
crianças disgráfica mais velhas conseguem reproduzir legivelmente uma palavra,
mas distorcem a seqüência dos movimentos quando escrevem.

Dislalia, onde a criança apresenta dificuldade na articulação do


fonema. A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer em fonemas ou
sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição
ou deformação dos fonemas de modo geral, a palavra do dislálico é fluida, embora
possa ser até ininteligível, podendo o desenvolvimento de a linguagem ser normal
ou levemente retardado. Não se observam transtornos no movimento dos músculos
que intervêm na articulação e emissão da palavra.
Disfemia, também conhecido como gagueira. Quando não superada
na infância, a disfemia deve ser tratada. A disfemia é um distúrbio que provoca
dificuldade em se expressar por meio da fala. Conhecida popularmente como
gagueira, a disfemia é um problema que ocorre principalmente em mulheres.
Caracteriza-se por interrupções bruscas na fala que podem ser tônicas ou crônicas.
Para Fonseca (1995):

“a criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser “classificada”


como deficiente. Trata-se de uma criança normal que aprende de uma
forma diferente, a qual apresenta uma discrepância entre o potencial atual
e o potencial esperado. Não pertence a nenhuma categoria de deficiência,
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não sendo sequer uma deficiência mental, pois possui um potencial


cognitivo que não é realizado em termos de aproveitamento educacional. O
risco está em não se detectar esses casos, não se proporcionando no
momento propício às intervenções pedagógicas preventivas nos períodos
de maturação mais plásticos. Se não se detectarem esses casos, a escola
com o seu critério seletivo de rendimento pode influenciar e reforçar a
inadaptação, culminando, muitas vezes, mais tarde, no atraso mental, na
delinqüência ou em sociopatias (FONSECA, V. Da. Introdução Às
Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas: 1995.)

É necessário que profissionais que lidam com estas questões


estejam devidamente preparados para enfrentar a situação e saber lidar de melhor
forma com essas crianças, podendo ajudar no desenvolvimento das mesmas.
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3 METODOLOGIA

A presente pesquisa será realizada na Escola Municipal Delizete


Brandão Baião do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e envolverão como sujeitos da
pesquisa os alunos do 1º ano, 1ª série, 2ª série além dos segmentos (professores e
pais).
A pesquisa constará de pesquisa bibliográfica e revisão de literatura
e de campo onde será observado o interesse das crianças pela leitura e troca de
diálogo sobre os temas que gostam de ler e a interação no ato da leitura.
Durante este processo serão investigados métodos utilizados por
professores para despertar o gosto pela leitura.
Observação do desempenho dos alunos nas leituras realizadas em
sala de aula.
Seleção dos alunos que farão parte da pesquisa.
Entrevistas com alguns alunos onde responderão se gostam ou não
de ler, quais tipos de leitura que gostam.
Analisar os dados registrados nas observações com apoio de um
referencial teórico.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSENCIO-FERREIRA, V. J. O Que Todo Professor Precisa Saber


Sobre Neurologia. São José dos Campos: Pulso, 2005.

Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da


CID – 10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas,
1993.

CÓCCO, Maria Fernandes ; HAILER, Marcos Antônio.Didática da


Alfabetização.São Paulo: FTD, 1996.

COLOMER, T. & TEBEROSKY, A. Aprender a Ler e a Escrever:


uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.

DSM – IV – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos


Mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

Disfemia:http://www.mundoeducacao.com.br/psicologia/disfemia.ht
m. Acesso em: 19/03/2010

Dislalia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dislalia. Acesso em 19/03/2010

FONSECA, V. da. Introdução Às Dificuldades de Aprendizagem.


Porto Alegre, Artes Médicas: 1995.

GARCÌA, Jesus Nicasio: Manual de dificuldade da Aprendizagem.

JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas


de Aprendizagem. 12ºedição. Editora ática. São Paulo, 2002.

PAÍN, S. Diagnóstico e Tratamento dos Problemas de


Aprendizagem. 4ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 1992.
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