Disciplina Empreendedorismo e sustentabilidade

Unidade 4: Empreendedorismo e sustentabilidade

Empreendedorismo e
Sustentabilidade
Unidade 4 : Empreendedorismo e
Sustentabilidade

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Unidade 4: Empreendedorismo e sustentabilidade

Empreendedorismo e Sustentabilidade

Autor (a):
Jácomo Chiaratto Jr
capa por: kjpargeter/ Kues / Freepik

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Unidade 4: Empreendedorismo e sustentabilidade

Sumário
Introdução................................................................4
1. O que é empreendedorismo sustentável?...............5
Síntese da unidade...................................................10
Referência Bibliográfica...........................................11

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 Disciplina Empreendedorismo e sustentabilidade
Unidade 4: Empreendedorismo e sustentabilidade
Empreendedorismo
e Sustentabilidade
Introdução
Por tudo que aprendeu nas três unidades de estudos
anteriores, você já deve estar convencido de que em-
preendedorismo e sustentabilidade são assuntos que
podem ajudá-lo muito, seja na vida pessoal, seja na
carreira profissional. Saber empreender o empodera,
na medida em que lhe abre perspectivas de autonomia
na concretização de suas ideias ou, em palavras mais
simples, lhe dá a possibilidade de ser dono do próprio
nariz.
Além disso, os métodos para a criação de um empre-
endimento o ajudam a organizar as ideias e pode ser
aplicado a qualquer processo de realização. Assim, ter
uma atitude empreendedora pode ser um diferencial
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importante em vários momentos da sua vida.
Da mesma forma, é crucial, hoje em dia, para qualquer
pessoa que se pretenda bem formada, entender o que
significa sustentabilidade e todas as implicações que a
evolução desse conceito tem trazido para a sociedade,
principalmente considerando que os preceitos da sus-
tentabilidade tendem a estar cada vez mais presentes
no dia a dia. Portanto, é bem provável que você se de-
pare no futuro com situações associadas a esse tema.
Estar inteirado desse assunto não o deixará fora da
conversa e poderá lhe abrir portas promissoras na sua
carreira profissional.
Então vamos lá. Chegou o momento de você conhecer
como os dois temas estão relacionados.

1. O que é empreendedorismo
sustentável?
Como foi visto na unidade 3, sob o ponto de vista em-
presarial, a sustentabilidade tem como função estabe-
lecer o equilíbrio do tripé social-econômico-ambiental,
o que significa gerar resultados econômicos satisfató-
rios e ao mesmo tempo criar benefícios sociais e am-
bientais. Para perseguir esses objetivos, as empresas
vêm incorporando na sua gestão métodos que objeti-
vam agregar qualidade ambiental aos seus sistemas de
produção.
Essa mudança reflete as transformações que vêm
ocorrendo na postura das empresas, alinhando sua es-
tratégia de marketing ao que o mercado consumidor
cada vez mais valoriza: ações que visem a preservação
do meio ambiente.
Vale destacar que a solução para conciliar os interesses
de cada ponta do tripé da sustentabilidade ainda está
em elaboração e talvez seja um processo que nunca se
1 BORGES, Cândido. (30/2014). Empreendedorismo Sustentável – 1ª. Edição. Disponível em: <https://integrada.minhabibliote-
ca.com.br/#/ books/9788502221741/>, pág. 4, Minha Biblioteca
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encerre, pois o desempenho ambiental tende a se tor-
nar um pré-requisito ao contínuo movimento de ino-
vação que impulsiona o desenvolvimento da humani-
dade.
Além de influenciar a gestão empresarial, a influência
dos princípios de sustentabilidade sobre o empreende-
dorismo deu origem a um novo conceito, denominado
empreendedorismo sustentável, de onde têm-se deri-
vado oportunidades inovadoras. A raiz de negócio des-
se tipo de empreendimento tem como enfoque nichos
de mercado voltados a produtos e serviços de cunho
social e ambiental. Estudos1 sobre esse segmento
apontam tipos de empreendedorismo sustentável, al-
guns deles apresentados no Quadro 1, a seguir.
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Quadro 1 – Tipos de Empreendedorismo Sustentável

Indicador Tipo
Negócio ambiental
Nicho da sustentabilidade explorado
Negócio social
Sustentabilidade como meio
Papel da sustentabilidade
Sustentabilidade como objetivo
Com responsabilidade social empresarial
Uso da responsabilidade social empresarial
Sem responsabilidade social empresarial
Fonte: BORGES et al., 2013, p. 84.

As categorias listadas acima dão uma noção geral das
configurações possíveis que o empreendimento sus-
tentável pode assumir, contudo não são categorias es-
tanques, havendo possibilidade de negócios com focos
de exploração social e ambiental conjunta.
naturais são exemplos de campos com amplas oportu-
nidades de exploração. A agroecologia e a produção de
alimentos orgânicos já se tornaram uma realidade em
escala regional na Serra da Mantiqueira entre o sul de
Minas Gerais e o norte de São Paulo.

Empreendimentos com apelo ambiental vêm surgindo No Quadro 2 são apresentadas as categorias de negó-
sob estilos variados, a busca de uma vida mais saudável cios com vocação ambiental.
e em harmonia com o meio ambiente tem atraído mui-
tas pessoas. Assim, produtos e serviços que remetem
à ideia de autossuficiência, produção de alimentos or-
gânicos, movimentos de “slow food”, reciclagem de re-
síduos pós-consumo e artesanato feitos com insumos

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Quadro 2 – Categorias de Negócios Ambientais

Categoria Exemplo
Produtos mais eficientes energeticamente ou com baixo
impacto ambiental, como a fabricação e a instalação de
Produtos ecoeficientes equipamentos de energia solar e de recuperadores de ca-
lor, produção de móveis de bambu e construção de casas
ecológicas.
Viagens, atividades, atrativos e pousadas em ambientes
Turismo e lazer na natureza
naturais.
Produção de alimentos orgânicos, restaurante vegetaria-
Agricultura orgânica e extrativismo no, extrativismo de produtos florestais como castanhas,
ervas ou madeiras.

Reciclagem e reutilização Reutilização de garrafas pet ou reciclagem de lâmpadas

Fonte: BORGES et al., 2013, p. 84.

Não fique por fora...

Para saber o que é slow food acesse http://www.

slowfoodbrasil.com/ quem sabe você também
vai aderir a essa ideia.

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Adeptos também dos princípios de sustentabilidade,

Desenvolvimento Orgânico existem empreendimentos que podem ser classificados
como negócios sociais, em ramos do tipo: produtos para
Muitos alimentos orgânicos consumidos na portadores de necessidades especiais, entidades promo-
toras de microcrédito, comércio justo e negócios na base
Região Metropolitana de São Paulo são pro-
da pirâmide. No Quadro 3 podem ser observados alguns
duzidos no município de Gonçalves – MG.
exemplos dessas formas de negócios.
Leia a matéria http://www.abcsem.com.br/
noticias/407/goncalves-em-minas-se-trans-
forma-em-polo-de-producao-de-organicos e
descubra como a produção em base orgânica
é uma alternativa viável de desenvolvimento
sustentável.

Quadro 3 – Possibilidades de Negócios Sociais

Categoria Exemplo
Produtos para portadores de necessidades Produtos com foco em portadores de necessidades especiais, como
especiais confecções especializadas em roupas para cadeirantes ou para idosos
Microcrédito Grameen Bank, fundado por Muhammad Tunus
Comércio justo Parceria entre produtores e consumidores de café
Serviços de comunicação, como telefonia, ou bens de consumo,
Negócios na base da pirâmide como alimentos, ofertados de forma mais acessível para os mais
pobres
Fonte: BORGES et al., 2013, p. 84.

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É preciso que se diga que o empreendedorismo susten-
tável tem peculiaridades na forma de atuação. Como
qualquer outro tipo de iniciativa, as chances de sucesso
são maiores se os valores e as crenças do negócio estão
mais próximos daqueles de quem pretende empreen-
der. Assim, o mais comum no empreendedorismo sus-
tentável é relegar o lucro em prol do objetivo principal,
que é contribuir para o desenvolvimento com base sus-
tentável. Por isso, essa modalidade de negócio pode exi-
gir um compromisso pessoal do empreendedor muito
mais envolvente do que outros tipos de oportunidades.
Grameen Bank – O pouco que,
dividido, transforma-se em muito
O economista Muhammad Tunus, junto com o
Grameen Bank, foram agraciados com o prê-
mio Nobel da Paz em 2006. Seu legado foi a
criação do microcrédito bancário, que, a par-
tir de 1976, foi capaz de tirar da miséria mi-
lhões de pessoas em Bangladesh. Você pode
saber como isso foi possível lendo as páginas
26 a 30 do livro de João Amato Neto, A Era do
Ecobusiness: criando negócios sustentáveis,
disponível na Biblioteca Digital em http://
anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/pu-
blications/9788520439647/pages/45.
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Vale a pena saber mais sobre essa respeitabi-
líssima figura internacional e como é possí-
vel gerar negócios sociais. Para isso, acesse o
site https://www.yunusnegociossociais.com/
muhammad-yunus.
Ampliando horizontes
A Revista Página 22 é uma publicação que di-
vulga iniciativas de vários matizes com foco
na sustentabilidade. Em 2014 lançou o Guia de
Inovação para a Sustentabilidade de Micros e
Pequenas Empresas, que apresenta uma refi-
nada seleção de negócios bem-sucedidos no
tripé econômico-social-ambiental. É uma lei-
tura que pode esclarecê-lo ainda mais sobre
a via prática da sustentabilidade, com gran-
de chance de ser inspiradora. Então aprovei-
te a acesse a edição mais recente do Guia em
http://pagina22.com.br/
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Síntese da unidade
Nesta unidade você pôde entender o que acontece quando empreendedorismo e sustentabilidade se juntam. Para
isso, conheceu casos práticos do que hoje é chamado de empreendedorismo sustentável e o amplo leque de opor-
tunidades de geração de negócios que vem se abrindo.

Assim, acreditamos que agora, depois de ter lido todos os textos indicados, você será capaz não só de ter um bom
desempenho na avaliação final deste curso, como também de aplicar os conceitos aprendidos e contribuir para
que se reverta a expectativa de esgotamento dos recursos naturais do planeta.

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Referência Bibliográfica
BORGES, Cândido. Empreendedorismo Sustentável. São Paulo: Saraiva, 2014. [Minha Biblioteca]. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788502221741/pageid/1>.
BORGES, C. et. al. Empreendedorismo sustentável: proposição de uma tipologia e sugestões de pesquisa. Revista
de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v.2, n.1, p. 77-100. 2013. Publicação eletrônica disponível
em http://regepe.org.br/index.php/regepe/article/view/36 . Acesso em: 17/02/2017.
AMATO NETO, João. A Era do Ecobusiness: criando negócios sustentáveis. Barueri/SP: Manole, 2015. Disponível
na Biblioteca Digital em: <http://anhembi.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520439647/pages/45>.

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