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Rede Ferroviária Nacional – REFER, EPE

Identificação IT.VIA.020

Designação Parâmetros para projecto de linhas de bitola 1000mm

Versão 01

Data 02.03.2009

Ficheiro It_via_020.doc

Classificação EXT
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Parâmetros para projecto de linhas
Ficheiro: It_via_020.doc
de bitola 1000 mm
Classificação: EXT

Índice:

Pág.
Índice II
Índice de tabelas e figuras V
Participantes na elaboração do documento normativo VI
Histórico do Documento VI
1. Introdução 1
1.1. Âmbito 1
1.2. Documentos normativos revogados 1
1.3. Abreviaturas, siglas e símbolos 1
1.4. Documentos de referência 3
1.5. Definições 3
1.5.1. Balastro 3
1.5.2. Banqueta de balastro 3
1.5.3. Bitola da via 3
1.5.4. Camada de sub-balastro 4
1.5.5. Contorno de referência cinemático 4
1.5.6. Curva 4
1.5.7. Curva Circular 4
1.5.8. Curva de transição 4
1.5.9. Curva composta 4
1.5.10. Curva e contracurva 5
1.5.11. Drenagem profunda 5
1.5.12. Drenagem superficial 5
1.5.13. Doucines 5
1.5.14. Escala 5
1.5.15. Escala negativa 5
1.5.16. Escala positiva 5
1.5.17. Escala teórica ou escala de equilíbrio 5
1.5.18. Excesso de escala 6
1.5.19. Infra-estrutura da via 6
1.5.20. Insuficiência de escala 6
1.5.21. Passeio 6
1.5.22. Perfil transversal tipo 6

- II/VI -
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Parâmetros para projecto de linhas
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de bitola 1000 mm
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1.5.23. Perfil misto 7


1.5.24. Perfil de nível 7
1.5.25. Plataforma da via 7
1.5.26. Superstrutura da via 7
1.5.27. Talude de escavação 7
1.5.28. Talude de aterro 7
1.5.29. Velocidade de equilíbrio 7
1.5.30. Velocidade da linha 7
1.5.31. Variação da escala em função do comprimento 7
1.5.32. Variação da escala em função do tempo 8
1.5.33. Velocidade máxima permitida 8
1.5.34. Valores limite recomendados 8
1.5.35. Valores limite máximos/mínimos 8
2. Valores limite dos parâmetros 8
3. Parâmetros de projecto 9
3.1. Plena Via 9
3.1.1. Traçado em planta 9
3.1.2. Traçado em perfil longitudinal 14
3.2. Variações instantâneas de insuficiência de escala em variações instantâneas de curvatura 16
3.2.1. Curvas circulares sem curvas de transição 17
3.2.2. Combinações de curvas circulares em planta 18
3.3. Aparelhos de Mudança de Via 20
3.3.1. Traçado em planta 20
3.3.2. Traçado em perfil longitudinal 24
4. Superstrutura da Via 24
4.1. Carril 24
4.2. Travessas 24
4.3. Fixações 24
4.4. Balastro 24
4.5. Sub-Balastro 24
4.6. Aparelhos de Mudança de Via 25
5. Contorno de referência cinemático 25
6. Perfis Transversais tipo 25
6.1. Número de Vias 25
6.2. Posição da plataforma da via relativamente aos terrenos adjacentes: 25
6.3. Elementos constantes dos perfis transversais tipo a incluir em projecto 26

- III/VI -
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6.3.1. Número de vias 26


6.3.2. Entre eixos 26
6.3.3. Estacas de piquetagem 26
6.3.4. Postes quilométricos e marcos hectométricos 26
6.3.5. Sinais fixos fundamentais 27
6.3.6. Sinais fixos ou indicadores 27
6.3.7. Caminho de cabos 27
6.3.8. Balastro sob a travessa, na prumada dos carris 27
6.3.9. Banqueta de balastro 27
6.3.10. Passeio 27
6.3.11. Plataforma da Via 27
6.3.12. Camada de sub-balastro e camadas subjacentes 27
6.3.13. Taludes 28
6.3.14. Drenagem superficial e profunda 28
6.3.15. Vedações 28
7. Sobrebitolas 29
7.1. Valores da bitola em vias equipadas com travessa de madeira 29
7.2. Valores da bitola em vias equipadas com travessa de betão monobloco com fixações Vossloh 29
ANEXO A – Parâmetros geométricos e dinâmicos A1
ANEXO B – Perfil de carril 45E1 B1
ANEXO C – Perfil de carril 46E1 C1
ANEXO D – AMV para linhas novas ou renovadas D1
ANEXO E – AMV existentes a substituir progressivamente E1
ANEXO F – Contorno de referência cinemático F1
ANEXO G – Perfil transversal tipo de via única em recta, com inclinação dupla de plataforma G1
ANEXO H – Perfil transversal tipo de via única em curva com escala inferior a 40 mm, com
inclinação dupla de plataforma H1
ANEXO I – Perfil transversal tipo de via única em curva com escala superior a 40 mm, com
inclinação única de plataforma I1
ANEXO J – Perfil transversal tipo de via dupla em recta, com inclinação dupla de plataforma J1
ANEXO K – Perfil transversal tipo de via dupla em curva com escala inferior a 40 mm, com
inclinação dupla de plataforma K1
ANEXO L – Perfil transversal tipo de via dupla em curva com escala superior a 40 mm, com
inclinação única de plataforma L1

- IV/VI -
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Parâmetros para projecto de linhas
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Índice de tabelas e figuras


Nº Designação Capítulo pág.
Tabela I Escala prática (Dlim) 3.1.1.1. 10
Tabela II Insuficiência de escala (Ilim) 3.1.1.2. 10
Tabela III Aceleração transversal ao nível da caixa (ai)lim 3.1.1.2. 11
Tabela IV Aceleração lateral não compensada ao nível da via (aq)lim 3.1.1.2. 12
Tabela V Excesso de escala (Elim) 3.1.1.3. 12
Tabela VI Variação da escala em função do tempo (dD/dt)lim 3.1.1.4. 13
Tabela VII Disfarce de escala (dD/dl)lim 3.1.1.5. 13
Tabela VIII Variação da insuficiência de escala em função do tempo (dI/dt)lim 3.1.1.6. 13
Tabela IX Comprimento das curvas circulares e alinhamentos rectos (Li)lim 3.1.1.7. 14
Tabela X Raio das curvas verticais (Rv) 3.1.2.1. 15
Tabela XI Valores mínimos dos raios (Rv)lim 3.1.2.1. 15
Tabela XII Aceleração vertical (av)lim 3.1.2.2. 16
Tabela XIII Valores limite para a variação instantânea de insuficiência de escala
em plena via ∆Ilim 3.2.1. 17
Tabela XIV Valores limite para a variação instantânea de insuficiência de escala
na via desviada dos AMV (∆Ilim) 3.2.1. 18
Tabela XV Factor (qslim) 3.2.2.1. 19
Tabela XVI Variação instantânea de insuficiência de escala (∆Is)lim, (∆Ic)lim 3.3.1.1.1. 21
Tabela XVII Valores limite de insuficiência de escala (Ilim) 3.3.1.1.1. 21
Tabela XVIII Escala (Dlim) 3.3.1.2.1. 22
Tabela XIX Insuficiência de escala (Ilim) 3.3.1.2.1. 23
Tabela XX Disfarce de escala (dD/dl)lim 3.3.1.2.1. 23
Tabela XXI Valores limite para o raio de curvas verticais (Rvlim) 3.3.2. 24
Tabela XXII Valores de bitola em travessas de madeira 7.1. 29
Tabela XXIII Valores de bitola em travessas de betão 7.2. 29
Figura 1 Combinação de uma curva circular com um alinhamento recto 3.2.1. 17
Figura 2 Combinação de elementos de traçado em planta 3.2.2. 18
Figura 3 Aparelho na forma base 3.3.1.1.1. 21

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Participantes na elaboração do documento normativo

Nome Empresa Cargo / Órgão


Fernanda Viana Rodrigues REFER E.P.E. EN – Via e Construção Civil
António Sequeira da Cruz REFER E.P.E. GO - Coordenação Central Manutenção
Uises Ferreira Souto REFER E.P.E. EN - VCC - Via

Histórico do Documento

Versão Descrição Data


01 Versão Inicial 02.03.2009

- VI/VI -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Parâmetros para projecto de linhas
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de bitola 1000 mm
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1. Introdução
1.1. Âmbito
A presente IT estabelece um conjunto de regras e de parâmetros incluindo os respectivos
limites, para o desenvolvimento de projecto de linhas de bitola 1000 mm. Aqueles valores limite
encontram-se compilados no Anexo A.
Para as linhas existentes, caso não seja possível respeitar toda a parametrização expressa no
presente documento, serão estudadas, caso a caso, as situações em que tal se verifique.

1.2. Documentos normativos revogados


Não revoga qualquer documento.

1.3. Abreviaturas, siglas e símbolos


IT instrução técnica -
AMV aparelho de mudança de via -
aq aceleração lateral não compensada no plano da via m/s2
daq/dt variação da aceleração lateral não compensada em função do tempo m/s3
ai aceleração quasi-estática paralela ao pavimento do veículo m/s2
dai/dt variação da aceleração quasi-estática paralela ao pavimento do veículo em função
do tempo m/s3
av aceleração vertical quasi-estática em curva vertical m/s2
D Escala prática mm
De escala teórica mm
Di escala da curva i mm
C factor para o cálculo do equilíbrio de escala mm.m.h2/km2
Cp coeficiente prático de escala mm.m.h2/km2
dD/dt variação de escala em função do tempo mm/s2
dD/dl variação de escala em função do comprimento mm/m
E excesso de escala mm
e distância entre os círculos de rolamento de um eixo mm
hg altura do centro de gravidade mm
I insuficiência de escala mm
Ii insuficiência de escala do elemento de traçado i mm
dI/dt variação de insuficiência de escala em função do tempo mm/s
L comprimento da curva de transição ou da variação de escala m

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Li comprimento dos elementos do traçado (curvas circulares e alinhamentos rectos) m


Ls comprimento total do(s) elemento(s) intermédio(s) entre duas variações
instantâneas de curvatura m
R raio de curva horizontal m
Ri raio da curva i m
Ro raio da via desviada do aparelho de mudança de via na sua forma base m
Rv raio de curva vertical m
s coeficiente de souplesse em conformidade com a ficha UIC 505-5 OI -
t tempo s
V velocidade da linha km/h
Vmáx velocidade máxima em curva km/h
Vmin velocidade mínima em curva km/h
2
g aceleração da gravidade – 9,81 m/s m/s2
lim valor limite (índice) -
∆aq variação total da aceleração lateral não compensada ao longo do comprimento
total da curva de transição m/s2
∆I variação total da insuficiência de escala ao longo de uma curva de transição, entre
um alinhamento recto e uma curva circular ou entre duas curvas circulares
adjacentes. mm
∆Ilim valor limite da variação instantânea da insuficiência de escala mm
∆Is variação instantânea de insuficiência de escala na ponta da agulha do ramo
desviado do aparelho de mudança de via em curvas de curvatura variável na via
desviada mm
∆Ic variação instantânea de insuficiência de escala no talão do aparelho de mudança
de via com curvas de curvatura variável na via desviada mm
∆D variação total da escala ao longo de uma curva de transição, entre um
alinhamento recto e uma curva circular ou entre duas curvas adjacentes de raios
diferentes mm
qs factor de cálculo do comprimento mínimo do elemento intermédio entre duas
variações instantâneas de curvatura m.h/km
K coeficiente prático de curvatura vertical m.h/km

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1.4. Documentos de referência


NP ENV 13803-1:2007 - Aplicações Ferroviárias – Parâmetros de projecto de traçado de via -
Bitolas de via de 1435 mm e de valor superior – Parte 1: Plena via.
EN 13803-2:2006 – Railway Applications – Track alignment design parameters – Track gauges
1435 mm and wider – Part 2: Switches and crossings and comparable alignment design
situations with abrupt changes of curvature.
prEN15273 - Railway Applications – Gauges
Ficha UIC 505-5 OI – Basic conditions common to leaflets 505-1 and 505-4.
Ficha UIC 719 R – Earthworks and track bed for railway lines.
IT.VIA.003 – Referenciação Quilométrica de Via.
IT.VIA.005 – Piquetagem Definitiva da via.
IT.GEO.001 – Fornecimento de Balastro e Gravilha.
IT.GEO.002 – Terraplenagem – Infra-estrutura da via férrea - Terminologia.
IT.GEO.006 – Características técnicas de sub-balastro.
IT.GER.004.01 – Perfis transversais de Plena Via para Via Larga.
I.T.V. n.º 15 – Correcção do traçado e piquetagem das curvas.

1.5. Definições
Para os fins da presente norma aplicam-se os seguintes termos e definições.

1.5.1. Balastro
Material granular resultante da britagem de rocha com elevada resistência ao desgaste e
à fragmentação, cujas características técnicas são definidas na IT.GEO.001 –
Fornecimento de balastro e gravilha.

1.5.2. Banqueta de balastro


Camada de balastro onde encastram as travessas e que se prolonga para além destas,
terminando numa superfície inclinada, denominada de talude do balastro.

1.5.3. Bitola da via


Distância entre as faces interiores dos carris, medida em esquadria com estes e a 15 mm
abaixo da mesa de rolamento.

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1.5.4. Camada de sub-balastro


Camada sobre a qual assenta o balastro, construída com o objectivo de assegurar o bom
comportamento da via, do ponto de vista da manutenção da sua geometria. Esta camada
contribui para a correcta degradação de cargas e das vibrações transmitidas em
profundidade, e para evacuação das águas de circulação superficial, impedindo a
contaminação do balastro e a erosão da plataforma de terraplenagem.

1.5.5. Contorno de referência cinemático


Linha de referência representando uma secção transversal perpendicular ao eixo da via,
em relação à qual se aplica um conjunto de regras de dimensionamento do material
circulante e do afastamento da infra-estrutura, definidas na norma prEN 15273, com
vista à obtenção do Gabarito máximo de construção do material circulante e do Gabarito
limite dos obstáculos.

1.5.6. Curva
Designa um elemento de traçado curvo, tanto horizontal como vertical. Nas curvas
horizontais os parâmetros são definidos para o eixo da via, desde que não seja
especificada outra referência.

1.5.7. Curva Circular


Curva de raio constante.

1.5.8. Curva de transição


Curva de raio variável.
A curva de transição pode estabelecer a ligação entre duas curvas circulares de raios
diferentes, assim como entre uma curva circular e um alinhamento recto. A clotóide e a
parábola cúbica são correntemente usadas como curvas de transição, proporcionando
uma variação constante de curvatura e da escala. Neste tipo de transições verifica-se,
normalmente, proporcionalidade entre a curvatura e a escala. Em alguns casos, os
extremos das transições são suavizados através de "doucines".
As curvas de concordância vertical normalmente não são dotadas de transição.

1.5.9. Curva composta


Curva formada por duas ou mais curvas circulares do mesmo sentido e de raios
diferentes.

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1.5.10. Curva e contracurva


Curva formada por duas curvas circulares de sentidos contrários.

1.5.11. Drenagem profunda


Sistema de drenagem que intersecta, recolhe e encaminha, para o exterior da infra-
estrutura da via, as águas que circulam a cotas próximas das da plataforma da via,
devidas à existência de níveis freáticos elevados e/ou à infiltração da água através dos
terrenos marginais à via férrea.

1.5.12. Drenagem superficial


Sistema de drenagem que recolhe e encaminha para fora da plataforma da via, as águas
pluviais que incidem directamente sobre a mesma e sobre os taludes adjacentes.

1.5.13. Doucines
Curvas de variação não linear da curvatura e da escala, colocadas no início e fim das
transições, para suavizar a taxa de variação.

1.5.14. Escala
Diferença de cotas entre as duas filas de carril.

1.5.15. Escala negativa


Quando o carril interior, numa via em curva, se situa a uma cota superior à do carril
exterior.
É inevitável nos aparelhos de via assentes em vias principais em curva com escala,
quando a via desviada está encurvada no sentido oposto ao da via directa, ou na plena
via imediatamente após a via desviada do aparelho.

1.5.16. Escala positiva


Quando o carril exterior, numa via em curva, se situa a uma cota superior à do carril
interior.

1.5.17. Escala teórica ou escala de equilíbrio


Quando a velocidade de um veículo circulando em curva é tal que a resultante do peso
do veículo e da acção da força centrifuga é perpendicular ao plano definido pelos carris, o
veículo não é submetido a uma força centrifuga não compensada e diz-se em equilíbrio.

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Para se atingir esta condição numa via em curva, torna-se necessário sobrelevar, de um
determinado valor, uma das filas de carril em relação à outra.

1.5.18. Excesso de escala


Quando a velocidade de um veículo em curva é menor que a velocidade de equilíbrio,
esse veículo é submetido a uma força centrípeta não compensada. A escala teórica é
excessiva para uma velocidade mais baixa e a resultante das forças desloca-se em
direcção ao carril interior da curva. As condições de equilíbrio poderão ser, em teoria,
restabelecidas se se tomar em consideração o valor em que a escala teórica está em
excesso para esta velocidade mais baixa. Este valor chama-se excesso de escala.

1.5.19. Infra-estrutura da via


Conjunto definido pelas camadas localizadas sob o balastro, aterros e taludes de
escavação, sistemas de drenagem superficial e profunda e onde se incluem as obras de
arte destinadas a suportar a via.

1.5.20. Insuficiência de escala


Quando a velocidade de um veículo circulando numa curva é maior que a velocidade de
equilíbrio esse veículo é submetido a uma força centrifuga não compensada. A escala
teórica é insuficiente para uma velocidade mais elevada e a resultante das forças
desloca-se em direcção do carril exterior da curva. As condições de equilíbrio poderão
ser, em teoria, restabelecidas se se tomar em consideração o valor em que a escala
teórica é insuficiente para esta velocidade mais alta. Este valor chama-se insuficiência de
escala.

1.5.21. Passeio
Espaço lateral da plataforma da via, fora da zona balastrada, delimitado pelos
dispositivos de drenagem superficial ou pela crista dos taludes de aterro.

1.5.22. Perfil transversal tipo


Representação gráfica plana dos elementos constituintes da super e infra-estrutura e dos
terrenos adjacentes, bem como do seu posicionamento relativo, num plano vertical
perpendicular à directriz. Quando a distância entre elementos deva respeitar valores
mínimos, estes constam do perfil transversal.

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1.5.23. Perfil misto


Situação em que a plataforma da via é delimitada por um talude de aterro de um dos
lados e por um talude de escavação do outro.

1.5.24. Perfil de nível


Situação em que a plataforma da via se situa a cotas aproximadas das dos terrenos a ela
adjacentes.

1.5.25. Plataforma da via


Superfície de apoio da superstrutura de via que configura o espaço necessário à
implantação dos diversos equipamentos necessários ao funcionamento da circulação
ferroviária. Corresponde ao limite superior da camada de sub-balastro, em linhas novas
ou renovadas, e à plataforma de terraplenagem, em linhas existentes.

1.5.26. Superstrutura da via


Conjunto definido pelo balastro e armamento da via (carril, travessas e fixações).

1.5.27. Talude de escavação


Superfície de terreno inclinada, resultante do desmonte de terreno natural que permite a
implantação da plataforma da via a cotas inferiores às dos terrenos a ela adjacentes.

1.5.28. Talude de aterro


Superfície de terreno inclinada, resultante da construção de um terrapleno que permite a
implantação da plataforma da via a cotas superiores às dos terrenos a ela adjacentes.

1.5.29. Velocidade de equilíbrio


Velocidade para a qual a escala da via é a escala teórica ou de equilíbrio.

1.5.30. Velocidade da linha


Velocidade máxima a que os veículos são autorizados a circular numa via ou em secções
desta.

1.5.31. Variação da escala em função do comprimento


Taxa segundo a qual a escala aumenta ou diminui ao longo de um dado comprimento da
transição.

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1.5.32. Variação da escala em função do tempo


Taxa segundo a qual a escala aumenta ou diminui relativamente à velocidade máxima de
um veículo circulando numa curva de transição.

1.5.33. Velocidade máxima permitida


Velocidade máxima permitida numa curva e nos seus elementos de transição, tendo em
consideração o raio, a escala, a insuficiência de escala, as variações da escala e da
insuficiência de escala.

1.5.34. Valores limite recomendados


Valores que devem ser aplicados pelo projectista para o traçado de novas linhas ou
secções de linha, ou para beneficiação de linhas existentes.
Estes valores asseguram os custos de manutenção da via num nível aceitável.

1.5.35. Valores limite máximos/mínimos


Valores extremos que se admite serem utilizados pela maior parte dos veículos
ferroviários à velocidade máxima.
É essencial que o uso de valores limite máximos ou mínimos, seja tão raro quanto
possível em qualquer linha.

2. Valores limite dos parâmetros


O projectista de traçado de via deve definir os valores mais apropriados dos diversos parâmetros, de
acordo com as velocidades de projecto, tendo em conta diversos factores tais como, segurança,
topografia, engenharia, históricos e económicos.
Deve procurar não exceder os valores limite recomendados que se encontram especificados na
presente IT e evitar o uso, injustificado, dos valores limite máximos (ou mínimos).

O valor limite de cada um dos parâmetros está subdividido em dois graus cujo significado é
apresentado nos pontos 1.5.34. e 1.5.35.:
− Valor limite recomendado
− Valor limite máximo (ou mínimo)

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Parâmetros para projecto de linhas
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3. Parâmetros de projecto
3.1. Plena Via
3.1.1. Traçado em planta
3.1.1.1. Escala
Os veículos circulando em curva estão submetidos a duas forças perpendiculares
ao eixo da via: uma vertical, que resulta do seu próprio peso e outra horizontal
(centrifuga ou centrípeta), proporcional ao quadrado da velocidade (V) e à
curvatura da via (1/R).
Se a resultante destas forças não for perpendicular ao plano da via, ela tem
nesse plano uma componente transversal. O sentido e a importância desta
componente são função da inclinação do plano da via sobre a horizontal. A
componente transversal é anulada se a escala for igual à escala teórica, sendo o
seu valor para via estreita dado por:

V2
De = C . [mm]
R

Onde C =8,3 mm.m.h2/km2

A escala prática, D, diferença de cotas entre as duas filas de carril, deve ser
calculada tendo em conta as influências seguintes:
− Regime de exploração, distribuição das velocidades;
− Características técnicas da via;
− Exigências em matéria de conforto.

Face aos diversos factores a ter em conta, o coeficiente prático de escala (Cp) é
fixado tomando uma percentagem do coeficiente teórico de escala. Assume-se
que a escala permite compensar cerca de 51 % a 62 % da aceleração
transversal teórica ou da escala teórica.
Sendo

V2
D = Cp. [mm]
R
com

4,2 ≤ C p ≤ 5,2 [mm.m.h 2


/ km 2 ]

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Data: 02.03.2009
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O valor limite deste parâmetro é independente da velocidade e o seu valor


depende exclusivamente da inclinação do plano e da estabilidade do veículo
nesse plano, no que se refere ao derrubamento.

Tabela I – Escala prática (Dlim)


Valor limite recomendado (mm) 80
Valor limite máximo (mm) 110

Valores superiores só poderão ser considerados em casos específicos e


devidamente justificados.

Recomenda-se que, nas vias adjacentes às plataformas de passageiros a escala


prática seja limitada ao valor de 75 mm, não dispensando o cálculo e verificação
da piquetagem das bordaduras das plataformas.
Noutras situações, tais como em passagens de nível, em pontes e em túneis,
podem igualmente impor-se restrições de escala.
Em traçados com raios de baixo valor, e no caso de curva e contra-curva, é
preciso calcular a escala prática tendo em atenção o material circulante,
garantindo o não encavalitamento dos tampões de encosto.

3.1.1.2. Insuficiência de escala


Dados os valores do raio R e da escala D, a insuficiência de escala determina a
velocidade máxima em plena curva de tal modo que:
2
Vmáx
I = 8,3. −D [mm]
R
I ≤ I lim [mm]
O valor da insuficiência de escala é limitado a:

Tabela II – Insuficiência de escala (Ilim)


Valor limite recomendado (mm) 50
Valor limite máximo (mm) 65

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Os valores de I são fixados tendo por base as seguintes considerações:

1. Solicitação da via e segurança:


O valor de I influencia as solicitações vertical e lateral da fila exterior do carril.
O valor admissível destas solicitações depende:
− do tipo de estrutura da via;
− do estado dos elementos constituintes da via;
− da qualidade geométrica da via;
− do tipo de órgãos de rolamento e suspensão dos veículos;
− das massas por eixo e das massas não suspensas dos veículos;
− do estado de manutenção dos veículos.
A utilização de um valor elevado de I presume que o perfil do carril, o
espaçamento entre travessas, as fixações do carril, a camada de balastro e a
plataforma da infra-estrutura sejam as adequadas.

2. Aspectos económicos da manutenção da via


A aplicação de valores da insuficiência de escala elevados, significa aumentar a
necessidade de vigilância e de manutenção da via, conduzindo à diminuição da
vida útil dos constituintes da superstrutura da via.

3. O conforto dos passageiros


A aceleração transversal quasi-estática na caixa (ai) que é sentida pelos
passageiros, é mais elevada que a aceleração transversal não compensada no
plano da via (aq).

a i = (1 + s )a q [m/ s ]
2

O valor máximo de ai, tendo em consideração o conforto dos passageiros, deverá


respeitar os valores da tabela III.

Tabela III – Aceleração transversal ao nível da caixa (ai)lim

Valor limite recomendado (m/s2)


1,0

Valor limite máximo (m/s2)


1,5

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O valor máximo de aq deverá respeitar os valores da tabela IV.

Tabela IV – Aceleração lateral não compensada ao nível da via (aq)lim

Valor limite recomendado (m/s2)


0,65

Valor limite máximo (m/s2)


0,85

3.1.1.3. Excesso de escala


Nas curvas de grande raio, existe geralmente uma diferença significativa entre a
velocidade dos comboios rápidos Vmáx e a dos mais lentos Vmin.
Existe excesso de escala quando a expressão seguinte toma o valor positivo:
2
Vmin
E = D − 8,3. [mm]
R
O valor do excesso de escala influencia as tensões induzidas na fila interior pelos
comboios lentos.
O seu valor máximo deverá respeitar os valores da tabela V.

Tabela V – Excesso de escala (Elim)


Valor limite recomendado (mm) 40
Valor limite máximo (mm) 60

3.1.1.4. Variação da escala em função do tempo


Através deste parâmetro exprime-se a velocidade de ascensão de uma das rodas
de um eixo durante a passagem por uma curva de transição.
Para variações de escala com declive uniforme, é desejável que se verifique a
relação seguinte:

dD V
= ∆D. máx [mm / s]
dt 3,6 L
dD  dD 
≤  [mm / s]
dt  dt lim

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O valor da variação de escala em função do tempo é limitado a:

Tabela VI – Variação da escala em função do tempo (dD/dt)lim


Valor limite recomendado (mm/s) 35
Valor limite máximo (mm/s) 40

3.1.1.5. Variação da escala em função do comprimento (disfarce de escala)


Entre os alinhamentos rectos e a plena curva circular, ou entre duas curvas
circulares de raios diferentes estabelecem-se as curvas de concordância do
traçado ao longo das quais a curvatura e a escala devem variar
proporcionalmente. A variação de escala, crescente ou decrescente, no
comprimento da curva de concordância, designa-se de disfarce de escala.
Os seus valores limite apresentam-se na tabela seguinte.

Tabela VII – Disfarce de escala (dD/dl)lim


Valor limite recomendado (mm/m) 2,5
Valor limite máximo (mm/m) 2,8

3.1.1.6. Variação da insuficiência de escala em função do tempo


No caso das curvas com variação uniforme de curvatura, e de escala pode
estabelecer-se a relação seguinte:

dI Vmax
= .I [mm / s]
dt 3,6 L

dI  dI 
≤  [mm / s]
dt  dt  lim

O valor da insuficiência de escala em função do tempo é limitado a:

Tabela VIII – Variação da insuficiência de escala em


função do tempo (dI/dt)lim
Valor limite recomendado (mm/s) 40
Valor limite máximo (mm/s) 65

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3.1.1.7. Comprimento mínimo dos elementos do traçado (curvas circulares e


alinhamentos rectos)
O comprimento efectivo de qualquer elemento de traçado (para além das curvas
de transição) deve situar-se acima de um valor mínimo, tendo em consideração
os parâmetros de projecto efectivamente aplicados no traçado da zona (escala,
insuficiência de escala e suas variações).

Tabela IX – Comprimento das curvas circulares e


alinhamentos rectos (Li)lim
Valor limite recomendado (m) Vmáx/3
Valor limite máximo (m) Vmáx/5

3.1.1.8. Comprimento das curvas de transição no plano horizontal


O comprimento das curvas de transição lineares deve ser determinado a partir
dos valores limite impostos pelos parâmetros seguintes:
− Variação da insuficiência de escala em função do tempo dI/dt
− Variação da escala em função do comprimento dD/dl e das seguintes
fórmulas:
−1
V  dI 
L ≥ max .∆I .  [m]
3,6 L  dt 
 dD 
L ≥ ∆D.  [m]
 dl 
O comprimento da curva de transição deve ser igual ou superior ao maior dos
valores obtidos a partir das fórmulas acima apresentadas para os valores de
dI/dt e dD/dl.

3.1.2. Traçado em perfil longitudinal


As curvas de concordância de traineis de inclinação diferente são arcos de circunferência.
Estas curvas têm como objectivo suprimir o vértice do ângulo que se formaria na ligação
de dois traineis com diferença de inclinação acentuada, permitindo a passagem suave do
material circulante de um para o outro trainel.
No desenvolvimento dos estudos e projectos devem ser tomados em devida conta os
seguintes aspectos:

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− No assentamento de vias novas ou renovadas, devem realizar-se concordâncias de


traineis nos pontos de mudança de inclinação, sempre que a diferença algébrica dos
declives seja igual ou superior a 4‰.
− As mudanças de inclinação devem ser evitadas em zonas de via sem balastro e em
aparelhos de mudança de via.
− Deve ser evitada a coincidência de curvas de concordância vertical com curvas em
planta, sobretudo em transições. Em caso de impossibilidade para satisfazer esta
exigência, os raios de concordância vertical serão calculados com valores tão
grandes quanto possível.
− Nas mudanças de trainel devem prever-se curvas verticais com um comprimento
mínimo de 30 m.

3.1.2.1. Raio das curvas verticais


O raio das curvas verticais deve ser calculado através da seguinte fórmula:

Vmáx
RV = [m]
12,96.aV
RV ≥ (RV )lim [m]
O valor dos raios para concordâncias verticais deverá respeitar o estabelecido na
tabela X.

Tabela X – Raio das curvas verticais (Rv)


Curva convexa (m) K .Vmáx
2

[
K ∈ 0,40 a 0,25 ]
Curva côncava (m) K .Vmáx
2

[
K ∈ 0,25 a 0,17 ]
No entanto, os valores a considerar nunca poderão ser inferiores aos indicados na tabela XI.

Tabela XI – Valores mínimos dos raios (Rv)lim


Curva Convexa (m) 1500
Linhas de circulação
Curva côncava (m) 1000
Curva Convexa (m) 400
Linhas de resguardo
Curva côncava (m) 300

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3.1.2.2. Aceleração vertical


A aceleração vertical deve ser calculada através da seguinte fórmula:
2
Vmáx
(a v ) lim =
12,96.RV
[m / s ]
2

a v ≥ (a v )lim [m / s ]
2

Os valores limite são os apresentados na tabela XII:

Tabela XII – Aceleração vertical (av)lim

Valor limite recomendado (m/s2) 0,20

Valor limite máximo (m/s2) 0,30

3.2. Variações instantâneas de insuficiência de escala em variações instantâneas


de curvatura
As regras e os valores dos parâmetros para a concepção do traçado de via, adoptados para a
determinação da velocidade máxima de circulação em vias com variação instantânea de
curvatura e, consequentemente, variação instantânea de insuficiência de escala, são aplicáveis
em situações que poderão ocorrer nos seguintes casos:
− Vias desviadas dos aparelhos de mudança de via;
− Traçado de via que não permite a adopção de curvas de transição;
− O comprimento da curva de transição é inferior ao mínimo necessário para plena via.
A relação entre escala, insuficiência de escala, velocidade e raio é dada pela expressão:

V2
I i = C. − Di [mm]
Ri

Onde: C = 8,3 mm.m.h2/km2

Em curvas com excesso de escala deve ser adoptada a equação I = - E.


Entre duas curvas adjacentes, isto é, dois arcos circulares sem elementos intermédios, a
mudança instantânea de insuficiência de escala é

∆I = I 1 ± I 2 [mm]

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No caso de
Curva e contracurva

∆I = I 1 + I 2 [mm]
Curvas compostas

∆I = I 1 − I 2 [mm]

3.2.1. Curvas circulares sem curvas de transição


O valor limite da variação instantânea de insuficiência de escala (∆Ilim), verificado na
passagem entre uma curva e um alinhamento recto é determinado pela expressão:

V2
∆I = C. [mm]
R
∆I ≤ ∆I lim

Onde C =8,3 mm.m.h2/km2

Figura 1 – Combinação de uma curva circular com um alinhamento recto

Os valores limite são os apresentados na tabela XIII.

Tabela XIII – Valores limite para a variação instantânea de insuficiência de


escala em plena via ∆Ilim

Velocidade V(km/h) V ≤ 70 70 < V ≤ 90

Valores limite recomendados (mm) 25 20

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Tabela XIV – Valores limite para a variação instantânea de insuficiência de


escala na via desviada dos AMV (∆Ilim)
Velocidade (km/h) V≤90
Valores limite recomendados (mm) 50

Valores limite máximos (mm) 60

Em plena via só devem ser usados alinhamentos rectos originando variação instantânea de
insuficiência de escala quando o espaço para os projectar é muito restrito.

3.2.2. Combinações de curvas circulares em planta


As curvas circulares podem ser combinadas formando curva e contracurva, curvas com
sentidos contrários com um elemento intermédio, curvas compostas e curvas com o mesmo
sentido com um elemento intermédio.
Em alguns casos o elemento intermédio pode ser uma curva de transição de comprimento
inferior ao necessário.

Ls
R2 R2 R2 R2
R1 R1 R1 R1

I1 I1
I= I 1 +I 2
I= I 1 + I 2 I2 I2

Ls

R1 R1 R1
R1 R R2
2
R2
R2
I=max{ I 1 ; I 2 }
I1 I= I 1 - I 2 I2 I1 I2

Figura 2 - Combinação de elementos de traçado em planta

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3.2.2.1. Comprimento mínimo do(s) elemento(s) intermédio(s) entre duas


mudanças instantâneas de curvatura (Lslim)
Deve prever-se um elemento intermédio entre duas variações instantâneas de
curvatura de modo a permitir que a caixa do veículo recupere da posição de
desequilíbrio provocado pela primeira curva, antes de abordar a segunda.
O comprimento mínimo do(s) elementos(s) intermédio(s) entre duas mudanças
instantâneas de curvatura é determinado por:

Ls lim = q s lim .V [m]


Onde
V – velocidade máxima do comboio (km/h)

qslim – factor (m.h/km), que define o comprimento mínimo entre dois pontos com

variação instantânea de curvatura (Lslim), cujos valores limite são apresentados


na tabela XV.

Tabela XV – Factor (qslim)


Velocidade V (km/h) V ≤ 70 70 < V ≤ 90

Valor limite recomendado para qslim (m.h/km)


0,20 0,25

Valor mínimo para qslim (m.h/km)


0,10 0,15

3.2.2.2. Variação instantânea de insuficiência de escala (∆I) numa variação


instantânea de curvatura em curvas combinadas
3.2.2.2.1. Comprimento do(s) elemento(s) intermédio(s) igual ou
superior ao valor limite mínimo (Ls≥Ls lim)
Se o comprimento total do(s) elemento(s) intermédio(s) é superior ao
comprimento limite, Ls≥Ls lim, as curvas devem ser consideradas de forma
independente, e a variação instantânea de insuficiência de escala, ∆I, para
cada curva, deve respeitar o especificado no ponto 3.2.1.

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3.2.2.2.2. Elemento(s) intermédios(s) de comprimento inferior ao


necessário (Ls<Ls lim) ou ausência de elemento intermédio (Ls=0)
Quando o comprimento total do(s) elemento(s) intermédio(s) não se
encontra de acordo com o definido no ponto 3.2.2.1. a velocidade máxima
permitida deve ser baseada nos seguintes casos de variações instantâneas
de insuficiência de escala:
− Curvas de sentidos opostos
∆I = I 1 + I 2 [mm]
− Curvas compostas
Ls=0

∆I = I 1 − I 2 [mm]
0 < Ls ≤ Lslim

∆I =Max {I1;I2}; [mm]


Sempre que possível esta combinação deve ser evitada, devendo ser adoptada
uma curva composta, com Ls=0.

3.3. Aparelhos de Mudança de Via


3.3.1. Traçado em planta
Os aparelhos de via deverão ser assentes em alinhamentos rectos. Em caso de
impossibilidade, para que o seu assentamento seja possível em curvas horizontais, com
ou sem escala, têm de ser projectados respeitando os princípios e os parâmetros
especificados na presente IT.

3.3.1.1. Aparelhos de mudança de via em recta


3.3.1.1.1. Via desviada
O ramo desviado dos aparelhos de via simples assentes numa via em
alinhamento recto, sem escala, deve ser projectado seguindo os requisitos e os
parâmetros especificados em 3.2.1. As curvas circulares ou as curvas que
formem uma combinação de curvas no ramo desviado deverão ser projectadas
de acordo com o especificado no ponto 3.2.2.

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1:n
R

Figura 3 - Aparelho na forma base


Em aparelhos de mudança de via dotados de curvas de transição de curvatura
variável, os valores limite para a variação instantânea de insuficiência de escala
na ponta da agulha (∆Is) e no talão (∆Ic) obedecerão ao especificado na tabela
seguinte:

Tabela XVI – Variação instantânea de insuficiência de escala (∆Is)lim e


(∆Ic)lim
Velocidade (km/h) V≤90
Valore limite recomendado (mm) 35

Valore limite máximo (mm) 60

A insuficiência da escala na via desviada dos aparelhos de via em curvas de


curvatura variável deve respeitar os valores apresentados na tabela seguinte:

Tabela XVII – Valores limite de insuficiência de escala (Ilim)


Velocidade (km/h) V≤90
Valore limite recomendado (mm) 50

Valore limite máximo (mm) 60

3.3.1.2. Aparelhos de mudança de via em curva


Quando os componentes de um aparelho de mudança de via são flectidos para

se adaptarem à curvatura de uma dada via (1 / R1 ) , a curvatura da via desviada


(1 / R0 ) é afectada. O valor final desta curvatura (1 / R2 ) depende da sua

curvatura inicial (1 / R0 ) e da curvatura imposta à via directa (1 / R1 ) . Como

consequência, os carris intermédios terão de ser encurtados ou alongados.

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O cálculo aproximado da curvatura (1 / R2 ) baseia-se na sobreposição de

curvaturas.
− Para encurvamento convergente
1 1 1
= + [1 / m]
R2 R1 R0

− Para encurvamento divergente


1 1 1
= − [1 / m]
R2 R1 R0

1/R0 [1/m] – curvatura da via desviada do aparelho na sua forma base, para uma
via directa em alinhamento recto.
1/R1 [1/m] – curvatura imposta à via directa
1/R2 [1/m] – curvatura da via desviada do aparelho após encurvamento.

3.3.1.2.1. Via directa


Quando se adapta a via directa de um aparelho de mudança de via a uma
curva, devem ser respeitados os parâmetros especificados no ponto 3.1.
da presente IT, à excepção da escala, da insuficiência de escala e do
disfarce de escala, cujos valores são adiante apresentados:

− Escala
O valor limite da escala na via directa, que permita a implantação de
aparelhos de mudança de via em curva, não poderá ser superior ao
estabelecido na tabela seguinte.

Tabela XVIII – Escala (Dlim)


Valor limite máximo (mm) 70

− Insuficiência da escala
O valor limite da insuficiência de escala, na via directa que permita a
implantação de aparelhos de via em curva, não poderá ser superior ao
estabelecido na tabela seguinte.

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Tabela XIX – Insuficiência de escala (Ilim)


Valor limite máximo (mm) 55

− Disfarce de escala
Recomenda-se não inserir AMV em curvas de transição. Sempre que esta
regra não puder ser respeitada, a variação máxima da escala ao longo de
todo o comprimento do AMV, não deve ultrapassar o valor estabelecido na
tabela seguinte:

Tabela XX – Disfarce de escala (dD/dl)lim


Valor limite máximo 0,6 mm/m

3.3.1.2.2. Via desviada


− Insuficiência de escala
Os valores limite para a insuficiência de escala da via desviada de um
aparelho de via inserido em curva, devem ser idênticos aos especificados
no ponto 3.2.1. - Tabela XIV, da presente IT.
Os mesmos valores devem igualmente ser usados sempre que seja
impossível evitar a implantação de AMV em curvas de transição.
− Excesso de escala
Deverão ser adoptados os valores especificados na tabela V.

− Escala negativa
Neste caso os valores correspondentes de insuficiência de escala
determinam-se pela expressão seguinte:

V2
I i = 8,3. + Di [mm]
Ri
Com i=1; 2

Os valores limite para a escala negativa devem resultar do ∆Ilim válido para
cada situação e do correspondente valor Ii, respeitando-se a condição
Ii≤∆Ilim.

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3.3.2. Traçado em perfil longitudinal


Os aparelhos de mudança de via deverão ser assentes em trainel. Se o assentamento de
aparelhos de via em curvas verticais for inevitável, os raios de curvatura vertical não
deverão ser inferiores aos indicados abaixo.

Tabela XXI - Valores limite para o raio de curvas verticais (Rv lim)
Raio (Rvlim) Curva Convexa Curva Côncava
Valor limite recomendado (m) 5000 3000
Valor limite mínimo (m) 3000 2000

O perfil longitudinal da via desviada num aparelho de mudança de via deve seguir o perfil
longitudinal da via directa.

4. Superstrutura da Via
4.1. Carril
O tipo de carril a aplicar deverá ser 45E1 ou 46E1, conforme desenhos constantes dos anexos B
e C, respectivamente.
Para raios superiores a 130 m, o carril poderá ser soldado em barra longa soldada.

4.2. Travessas
As travessas a aplicar devem ser de betão monobloco e em casos devidamente justificados
travessas de madeira.
O espaçamento entre travessas a adoptar deve ser de 0,60 m.

4.3. Fixações
As fixações a utilizar devem ser duplamente elásticas.

4.4. Balastro
As características técnicas do balastro a aplicar são as definidas na IT.GEO.001 – Fornecimento
de Balastro e Gravilha.

4.5. Sub-Balastro
A Especificação das características técnicas do sub-balastro são as definidas na IT.GEO.006 –
Características técnicas de sub-balastro.

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4.6. Aparelhos de Mudança de Via


Nos projectos de linhas novas ou renovadas, os aparelhos de mudança de via deverão respeitar
as características geométricas apresentadas de forma esquemática no Anexo D, e os seus
componentes deverão ter a seguinte constituição:
1. O carril deverá ser 54 E1,
2. Travessa de betão ou madeira
3. Fixação duplamente elástica
4. Cróssima de alma cheia (profilbloco)
São apresentadas no anexo E as características geométricas dos AMV ainda em serviço na Rede
Ferroviária Nacional, mas que deverão ser progressivamente substituídos pelos acima
caracterizados.

5. Contorno de referência cinemático


O contorno de referência cinemático, conforme definido no ponto 1.5, é apresentado no anexo F.

6. Perfis Transversais tipo


Os perfis transversais apresentados serão, em cada projecto, completados com os elementos
resultantes do dimensionamento efectuado, designadamente a constituição das camadas da infra-
estrutura da via, o tipo e as características dos órgãos de drenagem superficial e profunda, a
inclinação e revestimento dos taludes e a localização dos caminhos de cabos.
No caso da execução de projectos de alteração de linhas existentes, os perfis transversais tipo
apresentados na presente Instrução Técnica terão de ser adaptados em função dos condicionamentos
físicos e financeiros existentes e definidos como pressupostos base para o desenvolvimento dos
projectos.
A tipologia dos perfis transversais tipo apresentados em anexo baseia-se nos seguintes critérios:

6.1. Número de Vias


− Única;
− Dupla.

6.2. Posição da plataforma da via relativamente aos terrenos adjacentes:


− De nível;
− Em escavação;
− Em aterro;
− Em perfil misto.

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Por questões de simplificação do desenho, os perfis transversais apresentados em anexo, são


agrupados pelo número de vias, representando todos eles situações de perfis mistos:
− Via única em recta, com inclinação dupla de plataforma: Anexo G;
− Via única em curva com escala inferior a 40 mm , com inclinação dupla de plataforma:
Anexo H;
− Via única em curva com escala superior a 40 mm, com inclinação única de plataforma:
Anexo I;
− Via dupla em recta, com inclinação dupla de plataforma: Anexo J;
− Via dupla em curva com escala inferior a 40 mm, com inclinação dupla de plataforma: Anexo
K;
− Via dupla em curva com escala superior a 40 mm, com inclinação única de plataforma:
Anexo L.

6.3. Elementos constantes dos perfis transversais tipo a incluir em projecto


6.3.1. Número de vias
O número de vias consideradas é fixado pela exploração e decorre da capacidade pretendida
para uma determinada Linha ou troço de Linha.

6.3.2. Entre eixos


O entre eixos mínimo, em via dupla é 3,35 m.

6.3.3. Estacas de piquetagem


As estacas de piquetagem são colocadas de acordo com o prescrito na Instrução Técnica
- IT.VIA.005 – Piquetagem Definitiva da via, com excepção da sua localização. Esta,
tomando como referência o carril mais próximo, deverá ser executada a 2,05 m da
respectiva face de guiamento.

6.3.4. Postes quilométricos e marcos hectométricos


Os postes quilométricos e marcos hectométricos são colocados de acordo com o
especificado na Instrução Técnica IT.VIA.003 – Referenciação Quilométrica de Via, com
excepção do seu posicionamento. Este, tomando como referência o carril mais próximo,
deverá ser executado a 2,30 m da respectiva face de guiamento.

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IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Parâmetros para projecto de linhas
Ficheiro: It_via_020.doc
de bitola 1000 mm
Classificação: EXT

6.3.5. Sinais fixos fundamentais


Os perfis transversais tipo definem a localização dos sinais fixos fundamentais, tomando
como referência a face exterior do carril mais próximo.

6.3.6. Sinais fixos ou indicadores


Integram os perfis transversais, os seguintes sinais:
− Sinal de inicio de velocidade máxima autorizada;
− Indicador de aproximação;
− Indicador de aviso sonoro.

6.3.7. Caminho de cabos


Os caminhos de cabos localizam-se sob o passeio da via, pelo lado exterior dos
alinhamentos dos postes de catenária e de sinalização, devendo preferencialmente ser
constituídos por tubos.

6.3.8. Balastro sob a travessa, na prumada dos carris


A altura mínima de balastro sob a travessa, na prumada dos carris, é de 0,25 m.

6.3.9. Banqueta de balastro


A distância mínima da face interior do carril à crista do talude de balastro é de 0,80 m. a
sobreelevação da banqueta, para curvas de raio inferior a 500 m é de 0,10 m.
A inclinação do talude de balastro é de 3/2 (horizontal/vertical).

6.3.10. Passeio
O passeio tem a largura mínima de 1,0 m.

6.3.11. Plataforma da Via


A inclinação da plataforma da via tem um valor variável, a determinar em projecto.

6.3.12. Camada de sub-balastro e camadas subjacentes


No perfil transversal tipo é representada a camada de sub-balastro e subjacentes, cujas
características são determinadas em fase de projecto.

- 27/29 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Parâmetros para projecto de linhas
Ficheiro: It_via_020.doc
de bitola 1000 mm
Classificação: EXT

6.3.13. Taludes
A inclinação a conferir aos taludes de aterro e escavação e a existência ou não de
banquetas intermédias e de revestimento, resulta do estudo geológico e geotécnico e do
dimensionamento em projecto.

6.3.14. Drenagem superficial e profunda


A localização dos órgãos de drenagem a projectar é apresentada no perfil transversal
tipo.

6.3.15. Vedações
As vedações localizam-se no limite dos terrenos do domínio ferroviário.

- 28/29 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Parâmetros para projecto de linhas
Ficheiro: It_via_020.doc
de bitola 1000 mm
Classificação: EXT

7. Sobrebitolas
7.1. Valores da bitola em vias equipadas com travessa de madeira
Tabela XXII – Valores de bitola em travessas de madeira

Raio da curva (m) Bitola (mm) Sobrebitola (mm)


R ≥ 700 1000 0
350 ≤ R < 700 1005 5
250 ≤ R < 350 1010 10
150 ≤ R < 250 1015 15
90 ≤ R <150 1020 20
R < 90 1025 25

7.2. Valores da bitola em vias equipadas com travessa de betão monobloco com
fixações Vossloh
Tabela XXIII – Valores de bitola em travessas de betão

Raio da curva (m) Bitola (mm) Sobrebitola (mm)


R ≥ 300 1000 0
275 ≤ R < 300 1002,5 2,5
250 ≤ R < 275 1005 5
225 ≤ R < 250 1007,5 7,5
180 ≤ R < 225 1010 10

- 29/29 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo A
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO A – Parâmetros geométricos e dinâmicos

- A1/3 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo A
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

Parâmetro Símbolo Unidade Valore limite Valores limite máximo


recomendado ou mínimo
Escala prática Dlim mm 80 110
Insuficiência de escala Ilim mm 50 65
Aceleração lateral ao nível da caixa ai m/s2 1,0 1,5
Excesso de escala Elim mm 40 60
Variação da escala em função do tempo (dD/dt)lim mm/s 35 40
Disfarce de escala (dD/dl)lim mm/m 2,5 2,8
Variação de insuficiência de escala (dI/dt)lim mm/s
função do tempo 40 60
Aceleração lateral não compensada ao aq m/s2
nível da via 0,65 0,85
Comprimento mínimo de curvas (Li)lim m
circulares e alinhamentos rectos Vmáx/3 Vmáx/5
Raios horizontais R m - 50
Raios verticais RV m
Linhas de circulação
Curva convexa 1500
Curva côncava 1000

Linhas de resguardo
Curva convexa 400
Curva côncava 300
2
Aceleração Vertical aV m/s 0,20 0,30

- A2/3 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo A
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

Parâmetro Símbolo Unidade Valore limite Valores limite máximo


recomendado ou mínimo
Variação instantânea de insuficiência de ∆Ilim mm
escala em plena via
25
V ≤ 70 (km/h)
20
70 < V ≤ 90 (km/h)
Variação instantânea de insuficiência de ∆Ilim mm
escala na via desviada dos AMV
V ≤ 90 (km/h) 50 65
Variação instantânea de insuficiência de (∆Is)lim, (∆Ic)lim mm
escala na ponta e no talão dos AMV 35 60
Insuficiência de escala na via desviada I mm
dos AMV
V ≤ 90 (km/h) 50 60
Escala na via directa Dlim mm - 70
Insuficiência de escala na via directa Ilim mm - 55
Variação máxima de escala ao longo de dD/dl mm/m -
todo o comprimento do AMV 0,6
Raios verticais RV m
(assentamento de AMV) Curva convexa 5000 3000
Curva côncava 3000 2000

- A3/3 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo B
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO B – Perfil de carril 45E1

- B1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo B
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

Legenda
1 Eixo neutro
Área da secção transversal : 57,46 cm2
Massa por metro : 45,11 kg/m
Momento de inércia segundo eixo x-x : 1564,1 cm4
Módulo da secção - Cabeça : 214,8 cm 3
Módulo da secção - Patilha : 223,2 cm 3
Momento de inércia segundo eixo y-y : 284,7 cm4
Módulo da secção segundo eixo y-y : 44,8 cm 3 Perfil de carril 45E1 (EN 13674-4: 2006)
Dimensões indicativas : A = 43,096 mm

N.º SAP 10002001417

- B2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo C
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO C – Perfil de carril 46E1

- C1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo C
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

Legenda
1 Eixo neutro
Área da secção transversal : 58,82 cm2
Massa por metro : 46,17 kg/m
Momento de inércia segundo eixo x-x : 1641,1 cm4
Módulo da secção - Cabeça : 217 cm 3
Módulo da secção - Patilha : 236,6 cm 3
Momento de inércia segundo eixo y-y : 298,2 cm4
Módulo da secção segundo eixo y-y : 47,7 cm3 Perfil de carril 46E1 (EN 13674-1: 2003)
Dimensões indicativas : A = 18,881 mm
B = 43,881 mm

N.º SAP 10002001418

- C2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo D
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO D – AMV para linhas novas ou renovadas

- D1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo D
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

APARELHOS DE MUDANÇAS DE VIA SIMPLES PARA LINHAS DE BITOLA 1000mm


Esquemas de implantação
tg 0,09
R=220,000
24.538
9.882 14.656
21.016 3.522
1.000

5.1428°

1.315
Raio 220.000

14.55 1.890
6 3.620

0.000
Raio 22
tg 0,09
R=250.334/170.843
25.964
10.530 15.434
21.6635 4.3005
1.000

5.1428°

1.385
Raio 250.334

15.43 2.367
4
34
43

4.300
5
Raio 250.3
Raio 170.8

3
70.84

8
Raio 1

tg 0,10
R=200,000
22.822
10.493 12.329
20.522 2.300
1.000

5.7106°
1.229

0.629
Raio 200.000

10.02
9

2.300
00.000

tg 0,125
Raio 2

R=110,000
14.697
5.286 9.411
13.317 1.380
1.000

7.1250°
1.172

0.810
Raio 110.000

9.411 1.374
1.380
0.000
Raio 11

N.º SAP 10002001419

- D2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo E
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO E – AMV existentes a substituir progressivamente

- E1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo E
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

APARELHOS DE MUDANÇAS DE VIA SIMPLES PARA LINHAS DE BITOLA 1000mm


Esquemas de implantação

tg 0,11
R=220,000/140,000
21.422
9.371 12.051
18.492 2.930
1.000

6.2773°

1.320
Raio 220.000

Raio 220.000
Raio 140.000

12.05
1 2.930

40.000
Raio 1

tg 0,13
R=220,000/100,000
19.108
9.061 10.047
16.788 2.320
1.000

7.4069°
1.298
Raio 220.000

Raio 220.000
Raio 100.000

10.04 1.200
7 2.320
00.000
Raio 1

N.º SAP 10002001420

- E2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo F
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO F – Contorno de referência cinemático

- F1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo F
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

CONTORNO DE REFERÊNCIA CINEMÁTICO

670 1460 670


670
3800

2580

2800

100 100

50 50 900
264

100 100 700 100 100


400

Plataforma baixa
286

50
60

PLANO DE ROLAMENTO

N.º SAP 10002001421

- F2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo G
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO G – Perfil transversal tipo de via única em recta, com inclinação dupla
de plataforma

- G1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo G
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

PERFIL TRANSVERSAL TIPO VIA ÚNICA EM RECTA

N.º SAP 10002001422

- G2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo H
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO H – Perfil transversal tipo de via única em curva com escala inferior a
40 mm, com inclinação dupla de plataforma

- H1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo H
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

PERFIL TRANSVERSAL TIPO VIA ÚNICA EM CURVA


COM ESCALA INFERIOR A 40mm

N.º SAP 10002001423

- H2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo I
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO I – Perfil transversal tipo de via única em curva com escala superior a
40 mm, com inclinação única de plataforma

- I1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo I
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

PERFIL TRANSVERSAL TIPO VIA ÚNICA EM CURVA


COM ESCALA IGUAL OU SUPERIOR A 40mm

N.º SAP 10002001424

- I2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo J
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO J – Perfil transversal tipo de via dupla em recta, com inclinação dupla
de plataforma

- J1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo J
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

PERFIL TRANSVERSAL TIPO VIA DUPLA EM RECTA

N.º SAP 10002001425

- J2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo K
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO K – Perfil transversal tipo de via dupla em curva com escala inferior a
40 mm, com inclinação dupla de plataforma

- K1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo K
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

PERFIL TRANSVERSAL TIPO VIA DUPLA EM CURVA


COM ESCALA INFERIOR A 40mm

N.º SAP 10002001426

- K2/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo L
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

ANEXO L – Perfil transversal tipo de via dupla em curva com escala superior a
40 mm, com inclinação única de plataforma

- L1/2 -
IT.VIA.020 Versão: 01
Data: 02.03.2009
Anexo L
Ficheiro: It_via_020.doc
Classificação: EXT

PERFIL TRANSVERSAL TIPO VIA DUPLA EM CURVA


COM ESCALA IGUAL OU SUPERIOR A 40mm

N.º SAP 10002001427

- L2/2 -

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