Introdução
Este trabalho tem como tema antropologia cultural no contexto das ciências. No qual diz que
As Ciências Sociais são mencionadas, pela maioria dos intelectuais, como as disciplinas de
natureza do modo de produção capitalista, ou seja, disciplinas que surgiram com o advento do
capital, após a grande indústria. Aceitá-las como ciências históricas (produtos), referentes a
um determinado desenvolvimento das forças produtivas, como resultado da atividade de toda
uma série de gerações as quais são responsáveis pela compreensão e transformações do
cenário social é algo que, recorrentemente, se observa. E também noutra perspectiva diz que
Um método é um conjunto de princípios que orientam a selecção do objecto de estudo, a
formação dos conceitos apropriados e as hipóteses. Todo método é um caminho para chegar a
algum sítio de uma maneira certa. A metodologia é um conjunto de procedimentos e regras
para produzir conhecimento e está interligada com o enquadramento teórico global. Portanto
é algo mais que uma técnica ou um conjunto delas.
Geral
Específicos
As Ciências Sociais são mencionadas, pela maioria dos intelectuais, como as disciplinas de
natureza do modo de produção capitalista, ou seja, disciplinas que surgiram com o advento do
capital, após a grande indústria. Aceitá-las como ciências históricas (produtos), referentes a
um determinado desenvolvimento das forças produtivas, como resultado da atividade de toda
uma série de gerações as quais são responsáveis pela compreensão e transformações do
cenário social é algo que, recorrentemente, se observa.
Há um pensamento equivocado de que um dos autores deveria prevalece sobre os outros
dois, como se maneira científica de pensar tivesse que ser necessariamente única, como se a
pluralidade no pensamento de uma ciência fosse um erro, uma etapa pré-científica.
Para Marx as sociedades seriam formadas pela conjugação de três partes inseparáveis a
produtiva, ideológica e a jurídico-política.
Weber, toda acção humana em que o sujeito tem em mente, isto é, mentalizada conduta ou
acção em ordem cronológica de aparecimento, são Karl Marx, Emile Durkheim e Max
Weber.
Admite-se hoje as ciências sociais tem nesses três autores clássicos seus principais
referencias. São três diferentes concepções científicas, de realidade social e três diferentes
propostas de método que não se combinam nem se completam de outros sujeitos.
A pluralidade de pensamento
Infra-estrutura produtiva
Estrutura ideológica
A superstrutura ideológica seria conjunto de relações sociais que tem como elemento as
ideias socialmente significativas, isto é, aquelas que dizem respeito directa ou indirectamente
a vida dos homens em sociedades
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As escolas
Estrutura jurídico-política
EMILE DURKHEIM
Durkheim concebe como realidades sociais as maneiras se agir, isto é, de pensar e sentir que
seriam colectivas e não individuais, como por exemplo, ideias e sentimentos patrióticos,
chamadas chamados por eles factos sociais.
factos sociais
para Durkheim o ponto mais importante é considerar que o social é decorrente da interacao
entre indivíduos, mas será sempre diferente de qualquer realidade própria de individualidades
ou da soma do que for individual naqueles que participam da vida colectiva.
Max Weber
Sociais são as acções cujos sujeitos, ao agirem tenha em mente conduta ou acção de outros e
se orientem por essa acção ou conduta.
O social deve ser definido de acordo com o que o próprio sujeito da conduta ou acção
individual que tiver mentalizado.
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Se ao agir leva em conta a conduta de outros e se orienta por ela, agir socialmente, caso
contrario, não. ao cientista social cabe apenas interpretar.
Ao dizer que três autores clássicos das ciências sócias são diferentes entre si, é justo dizer que
Weber é o mais diferente. Max e Durkheim destacam realidades colectivas como realidades
fora e acima dos indivíduos, respectivamente, classes e consciência colectiva, coisas que
Weber não aceita em hipóteses alguma.
Se há algum sentido na existência das sociedades, nas instituições nas pessoas jurídicas, este
sentido (consciente ou não ) para Weber, só poderá estar nas pessoas individuais que
participam de acções comunitária (acções nas quais as participantes tem o sentimento de
pertencer a um todo).
Weber criou a chamada socióloga compreensiva, que consiste em interpretar os sentidos, isto
é, os motivos mentalizados pelos indivíduos quando agem socialmente (seja em acções
puramente individuais, seja tomando parte em acções colectiva)
Weber chamou de tipo ideal o seu principal recurso interpretativo e apresenta uma tipologia
básica desses sentidos, bem como uma tipologia da dominação, caso especial de poder, ponto
fundamental da parte política de seu pensamento.
Existem três formas clássicas de pensar nas ciências sociais que não se excluem mas também
não se completam. Poderíamos dizer que são diferentes línguas, idiomas, cada uma com suas
regras próprias, sua gramática, sua sintaxe.
ao contrario das línguas as formas clássicas de pensar das ciências sociais não traduzem umas
nas outras. cada uma delas é uma forma independente de pensamento que levantam os seus
próprios problemas tem a sua maneira própria de resolve-los. Assim é a pluralidade nas
ciências sociais.
A Antropologia e a Psicologia
No seguinte quadro, podem-se observar, detalhadamente, a relação entre a antropologia e a
psicologia:
A Antropologia e a Sociologia
Antropologia
Objecto de estudo é:
1. Estuda a cultura humana e a forma como esta é vivenciada, em sociedade.
2. Estuda culturas e etnias, dentro da sociedade.
3. Estuda culturas diferentes.
Métodos: observação participante; entrevistas em profundidade; comparação –
histórica e diversidade cultural; compreensão holística, para desvendar aspectos
essenciais da vida humana muitas vezes inconscientes. Estudos mais micro.
Teorias e conceitos diferentes. Ex.: relativismo cultural, etnocentrismo,...
Sociologia
Objecto de estudo é:
1. O comportamento social de um grupo humano, de acordo com as variáveis:idade,
sexo, profissão, classe, prestígio, papel, mudança,...
2. A sociedade em si mesma.
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A Antropologia e a Geografia
Antropologia e Geografia
As semelhanças entre estas duas disciplinas foram evidentes, desde Franz Boas,
nomeadamente desde a publicação da sua teoria do “determinismo geográfico”
(inspirada em Ratzel) e do determinismo geográfico-climático. Boas aplicou esta
teoria nos seus estudos sobre os esquimós do Canadá.
As semelhanças destas duas ciências passam também pelo uso e criação de mapas,
como representação do espaço e do território. Os mapas e os relatórios geográficos
são apoios logísticos fundamentais na investigação antropológica
A Antropologia e a História
Antropologia e História
.
A Antropologia histórica trabalha com documentos e memórias orais. A História
tende a dar maior importância aos documentos escritos.
A antropologia tenta compreender as relações entre passado, presente e futuro, que
podem convergir metaforicamente no presente. A história tende a reconstruir,
eventualmente, o passado.
Há que considerar que, hoje, existe uma certa convergência metodológica, mas também uma
necessária interdisciplinaridade. Segundo o antropólogo ULF HANNERZ (1979: 3-4), “as
fronteiras disciplinares não se devem tornar vacas sagradas”.
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A Antropologia e a Filosofia
Para alguns autores, a origem da antropologia encontra-se na filosofia grega. Os contributos
da filosofia foram e são muito importantes para a antropologia. A filosofia contribuiu para a
reflexão sobre as condições de produção do conhecimento antropológico, enquanto problema
epistemológico. A filosofia deu azo à análise antropológica (por exemplo, a filosofia
hermeneútica de Gadamer - 1992). A filosofia também chamou a atenção da antropologia
para a forma como os seres humanos pensam e apreendem. A filosofia deu um grande
contributo para o pós-modernismo. Sobre esta questão, recomendamos a magnífica obra do
antropólogo Adolfo Yañez Casal (1996).
Definição da antropologia
O que é a Antropologia?
A origem etimológica - A palavra “antropologia” deriva das palavras gregas “logos” (estudo)
e “anthropos” (humanidade) e significa, literalmente, “estudo da humanidade”. Porém, a
antropologia, na época antiga, não era exactamente o que é actualmente. Para os gregos e
romanos, a “antropologia” era uma “ciência dedutiva”, isto é, uma discussão baseada em
deduções abstractas sobre a natureza dos seres humanos e o significado da existência
humana. O seu método de verificação do conhecimento era o método dedutivo, que consistia
em chegar a uma conclusão particular, partindo de premissas universais. Tratava-se, portanto,
de um caminho que vai do geral ao particular. A verdade radicava no facto do particular ser
uma parte mais do geral. Partia-se de uma teoria geral para testar hipóteses (propostas de
relações entre variáveis – dados que variam caso a caso) derivadas dessa teoria.
A. Antropologia Filosófica. O seu objecto de estudo é a pessoa humana como ser genérico;
aquilo que as pessoas têm em comum. Estuda generalidades e utiliza conceitos muito
abstractos. O seu método é geralmente introspectivo: dedica-se ao interior da pessoa humana
e trabalha sobre “o conceito do conceito”.
antropologia cultural) norte-americana em ciência. Boas diz que é preciso converter o ser
humano num ser científico. Para a Ilustração alemã o ser humano é duplo:
a) Por um lado, comparte características biológicas com o resto dos seres vivos. É
necessário, portanto, uma ciência que estude os humanos como um animal, a
antropologia física.
b) Por outro lado, os humanos são capazes de elaborar coisas que os animais não
podem criar: a linguagem, a tecnologia, símbolos, etc. Este conjunto de coisas que
os humanos produzem e aprendem, enquanto membros de uma sociedade, é aquilo
que os alemães chamam “KULTUR” (cultivar: algo que só podem fazer os
humanos). O estudo da “kultur” é a antropologia cultural.
Quando Franz Boas chegou aos E.U.A., empenhou-se em divulgar estas ideias, definindo a
antropologia cultural, no sentido de obras materiais e espirituais especificamente humanas.
Na luz de VELASCO e DIAZ de Rada, (1997: 18) “o trabalho de campo pode ser
considerado como: a) uma situação metodológica de encontro intercultural; b) um processo;
c) uma experiência que diferença à antropologia”. Dai que possa haver diferentes formas de
fazer trabalho de campo e de aí a necessidade de explicar as condições em que é realizado o
trabalho de campo e a produção de conhecimento.
Segundo (Geertz, 1987) citado por (Velasco e Díaz de Rada, 1997: 48) “O trabalho de campo
como processo metodológico obriga-nos a descrever, traduzir, explicar e interpretar a cultura
e as relações sociais estudadas. A descrição deve ser densa e microscópica para diferenciar os
matizes de condutas, espaços e regras culturais e interpretar melhor os significados culturais”.
Daí a importância de utilizar o diário de campo como instrumento de investigação. Explicar
significa desenhar tendências e regularidades da vida sociocultural que estudamos. Interpretar
prende-se com uma visão da antropologia como uma das Humanidades ou das Artes pela sua
forma de proceder e fazer. Interpretar é descobrir a ordem estrutural da sociedade, é captar os
significados da realidade sociocultural para os diferentes agentes implicados nela.
A observação participante
A observação participante é uma técnica de investigação fundamental mas também uma
atitude de investigação do antropólogo no terreno. Não é propriamente uma metodologia
qualitativa ou quantitativa, pode integrar as duas vertentes. O seu princípio metodológico é o
relativismo cultural. Através dela conhecemos os humanos para teorizar sobre eles.
O antropólogo deve ser aceite para poder interpretar a visão desde dentro do grupo, deve
também conseguir um trato normal e quotidiano, algo que muitas vezes só se consegue com
muito tempo, confiança e redes sociais de informantes fiáveis. O antropólogo é catalogado
geralmente como um estranho ou intruso (i.e. maneiras de vestir diferentes), pelo qual o
receio dos locais pode ser grande no início. Outras vezes, devido à nossa juventude podemos
experimentar proteccionismo e paternalismo por parte das pessoas que estudamos.
Interpretação
Antropologia interpretativa
É uma leitura enquanto textos ou como análogas a texto. a interpretação ocorre em todos
momentos do estudos da leitura do texto, pleno de significado, que é a sociedade na escrita do
texto. O antropólogo por sua vez interpretando aquelas que não passaram pelas experiencias
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do autor do texto escrito. Todos elementos da cultura analisada devem portanto ser
entendidos na luz desta textualidade, imanente à realidade cultural.
Analisa a cultura como hierarquia de significados, pretendendo que a etnografia seja uma
descrição densa, de interpretação escrita e cuja analise é possível por meio de uma inspiração
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Conclusão
Chegados a esta parte do trabalho, conclui-se que Antropologia Cultural. É uma terminologia
norte-americana. O seu fundador Franz Boas, um alemão emigrado aos E.U.A. que converteu
a museística (etapa prévia à antropologia cultural) norte-americana em ciência. Boas diz que
é preciso converter o ser humano num ser científico. Para a Ilustração alemã o ser humano é
duplo:
Por um lado, comparte características biológicas com o resto dos seres vivos. É necessário,
portanto, uma ciência que estude os humanos como um animal, a antropologia física.
Por outro lado, os humanos são capazes de elaborar coisas que os animais não podem criar: a
linguagem, a tecnologia, símbolos, etc.
Bibliografia
MATTA, Roberto da. Relativizando: Uma Introdução à Antropologia. São Paulo, 1981.
Índice
Introdução..................................................................................................................................3
Constituição e desenvolvimento das ciências sociais................................................................4
A sociedade moderna e as Ciências Sociais...............................................................................4
Pluralidade, Diversidade e interdisciplinaridade das Ciências Sociais......................................4
A pluralidade de pensamento.....................................................................................................5
Infra-estrutura produtiva............................................................................................................5
Estrutura ideológica...................................................................................................................5
Estrutura jurídico-política..........................................................................................................6
factos sociais..............................................................................................................................6
Relação da antropologia Cultural com as outras ciências humanas e sociais............................7
A Antropologia e a Psicologia...................................................................................................7
A Antropologia e a Sociologia...................................................................................................8
A Antropologia e a Geografia....................................................................................................9
A Antropologia e a História.......................................................................................................9
A Antropologia e a Filosofia....................................................................................................10
Antropologia cultural no domínio das ciências sociais............................................................10
Definição da antropologia........................................................................................................10
O que é a Antropologia?..........................................................................................................10
O objecto de estudo da antropologia........................................................................................10
A Antropologia e os seus campos de abordagem.....................................................................11
Métodos e técnicas em antropologia........................................................................................13
A etnografia e o método comparativo......................................................................................13
O método etnográfico: o trabalho de campo............................................................................13
O trabalho de campo como método.........................................................................................14
Técnicas de investigação antropológica...................................................................................15
A observação participante........................................................................................................15
Interpretação.............................................................................................................................16
Antropologia interpretativa......................................................................................................16
Conclusão.................................................................................................................................17
Bibliografia..............................................................................................................................18
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