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Contabilidade
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e Legislação
Destaques ÍNDICE
Nesta edição a seção Contabilidade tratará Contabilidade ...................................................................... 3
sobre escrituração contábil de matriz e filiais. • Matriz e Filiais – Escrituração
Legislação ............................................................................ 12
Carlos Alberto Silva
• Comunicados BACEN nºs 24.097/13, 24.109/13, 24.113/13,
Marcos Barbosa dos Santos
24.117/13, 24.125/13 e 24.127/13
Taxa Básica Financeira (TBF), Redutor (R) e Taxa Referencial (TR)
do Período de 19/06/2013 a 26/06/2013
• Norma Brasileira de Contabilidade C-TG nº 6/13
Apresentações Financeiras Pro Forma
• Norma Brasileira de Contabilidade NBC-T nº 44/13
Demonstrações Combinadas
• Norma Brasileira de Contabilidade NBC-TO nº 3.420/13
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CONTABILIDADE • ASSUNTOS DIVERSOS
e Legislação Manual de Procedimentos
CONTABILIDADE
No presente trabalho, desenvolveremos alguns exemplos de
Matriz e Filiais – Escrituração contabilização de transações entre matriz e filiais para que o leitor
tenha uma base de como proceder em algumas situações e das
SUMÁRIO
diversas possibilidades de registro e de controle existentes.
1. Introdução
2. Escrituração Centralizada
3. Controle das Disponibilidades 2. Escrituração Centralizada
4. Controle dos Estoques
5. Despesas Operacionais Na escrituração centralizada de matriz e filiais, o plano de contas
6. Escrituração Descentralizada
é único e terá desdobramentos que possibilitarão o agrupamento
de cada estabelecimento. Há também a possibilidade de cada filial
funcionar como uma unidade de centro de custos, quando o sistema
1. Introdução utilizado possibilita esse controle.
De acordo com o art. 252 do RIR/99 e a ITG 2.000, aprovada As possibilidades de desdobramentos vão depender da ver-
pela Resolução CFC nº 1.330/11 – Da Escrituração Contábil de satilidade do software de contabilidade utilizado, pois o número de
Filiais, a escrituração contábil de matriz e filiais poderá ser centralizada dígitos das contas, os níveis possíveis de grupos, subgrupos, contas
ou não centralizada. Portanto, a entidade que possuir filiais poderá e subcontas, assim como a utilização ou não de códigos específicos
optar por uma ou outra forma de escrituração. por centros de custos variam de programa para programa.
Na hipótese de manter a escrituração descentralizada, ao final Lembramos que, quanto maior for a necessidade de acumu-
de cada mês, o resultado de cada uma das filiais deverá ser incor- lação em subgrupos, contas e subcontas, maior será a quantidade
porado na escrituração da matriz e o Livro Diário das filiais funcionará utilizada de níveis até chegar à rubrica específica que receberá o
como um diário auxiliar. lançamento.
c) pela transferência de numerário da conta-corrente bancária da filial para a conta-corrente bancária da matriz:
Essa operação poderia ser simplificada por meio de depósito feito diretamente do caixa da filial para a conta-corrente bancária da matriz,
que é perfeitamente possível com o sistema bancário atual, mesmo que a filial e a matriz estejam localizadas em cidades distantes.
Lembramos também que, o sistema de pagamentos do Banco Central do Brasil desestimula a utilização de cheques para pagamentos
e transferências de valores superiores a R$ 5.000,00, privilegiando a utilização da Transferência Eletrônica de Disponibilidades (TED).
d) o estabelecimento matriz cuidar somente da administração Podemos ter desdobramentos de planos de contas seme-
e manter poucos itens em estoque como, por exemplo, o lhantes aos das disponibilidades, conforme segue:
almoxarifado de materiais de escritório;
Modelo 1:
e) haver um depósito central que distribui as mercadorias
1. Ativo
diretamente aos clientes, e as filiais que funcionam como
1.1 Circulante
showroom, não detendo estoques;
1.1.3 Estoques
f) haver estabelecimentos especializados em públicos dife- 1.1.3.10 Matriz
renciados, onde por exemplo, a matriz atende qualquer 1.1.3.10.0001 Estoques de Mercadorias
tipo de cliente, a filial “A” atende somente atacado, a filial 1.1.3.10.0002 Estoque de Produtos Acabados
“B” atende somente varejo, assim por diante, de modo 1.1.3.10.0003 Estoque de Produtos em Elaboração
que cada estabelecimento mantém itens e quantidades de 1.1.3.10.0004 Estoque de Embalagens
estoques distintos; 1.1.3.10.0005 Estoque de Matérias-Primas
1.1.3.10.0006 Estoque de Materiais de Consumo Industrial
g) é comum nas indústrias mais modernas trabalhar com o 1.1.3.10.0007 Almoxarifado
sistema just in time, no qual o fornecedor coloca o item 1.1.3.20 Filial “A”
venda da mercadoria e indicará que esta será retirada de depósito e) CFOP 5.907.
fechado, com destaque dos impostos devidos.
Com relação às transferências de mercadorias entre estabe-
Por sua vez, o depósito fechado, no ato da saída da mercado- lecimentos de um mesmo contribuinte, relativamente à incidência
ria para terceiros, emitirá nota fiscal em nome do estabelecimento de ICMS, há tratamentos específicos para cada uma das modali-
depositante, sem destaque do valor do imposto, a qual além dos dades de transferências existentes. Portanto, poderá haver trânsito
requisitos normalmente exigidos, conterá: não somente das mercadorias ou produtos, como também do
ICMS, que deverá ser devidamente lançado nos Livros Registro de
a) o valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuído Entradas e de Saídas de cada estabelecimento, com a respectiva
por ocasião de sua entrada no depósito fechado; transferência para o Livro de Apuração, assim como nos registros
contábeis em conta de ICMS a recolher e ICMS a recuperar, de
b) natureza da operação “Outras Saídas – Retorno Simbólico acordo com o fato ocorrido.
de Depósito Fechado”;
Por exemplo, o estabelecimento matriz transfere ao estabeleci-
c) número, série, quando adotada, e data da nota fiscal emitida mento filial mercadoria que estava em seu estoque. Além do registro
pelo estabelecimento depositante; da transferência do estoque da matriz para a filial, efetua-se também
o registro do ICMS destacado na Nota Fiscal de Transferência.
d) nome do titular, endereço e números de inscrição estadual
e no CNPJ, do estabelecimento a que se destinar a mer- Admitindo-se a transferência de mercadorias no valor de
cadoria; R$ 100.000,00, com destaque de ICMS de R$ 18.000,00, o registro será:
ICMS sobre transferência de estoque de matriz para filial conforme Nota Fiscal nº 587.
Observe que a transferência contábil do estoque é feita pelo valor do custo de aquisição registrado do item, não pelo valor total da nota
fiscal, que será composto pelo ICMS transferido. Na hipótese de a empresa utilizar a conta transitória de compras, o lançamento de transfe-
rência deve ser feito a partir dela. Se houver centralização do recolhimento do ICMS, os registros nas contas de débito e crédito do imposto
serão feitos na conta do estabelecimento que centraliza o recolhimento.
Notas Cenofisco:
1ª) Para maiores esclarecimentos sobre os procedimentos fiscais para transferência de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte,
assim como de venda em estabelecimento comercial com previsão de retirada ou saída da mercadoria de depósito fechado, pesquise o Caderno ICMS/IPI/
ISS/Outros e Legislação.
2ª) Para detalhamento na elaboração do plano de contas, recomendamos que seja verificada matéria publicada no Manual de Procedimentos Cenofisco
Contabilidade nº 45/09.
5. Despesas Operacionais
O registro das despesas operacionais de matriz e filiais também vai depender do sistema de controle de gastos utilizado pela empresa.
Cada filial, seja por meio de centros de custos ou por meio de desdobramento do plano de contas, terá suas contas de despesas, como,
por exemplo:
a) Desdobramento com a totalização no grupo de despesas: custos é rateada aos demais setores por meio de controle de horas
4. Despesas utilizadas em cada um, controladas em mapas de apontamento.
4.1 Despesas Operacionais Também poderá ocorrer o rateio mediante a distribuição dos gastos
4.1.1 Despesas Comerciais incorridos proporcionalmente ao número de microcomputadores
4.1.1.01 Despesas Comerciais Matriz utilizados em cada setor.
4.1.1.02 Despesas Comerciais Filial “A”
Veja que esse tipo de distribuição de gastos tem natureza de
4.1.2 Despesas Administrativas
controle interno, não obrigatório do ponto de vista técnico ou fiscal,
4.1.2.01 Despesas Administrativas Matriz
mas essencial sob o aspecto administrativo, sendo mais comum
4.1.2.02 Despesas Administrativas Filial “A”
em empresas com maior estrutura organizacional.
b) Totalização em cada estabelecimento:
4. Despesas
6. Escrituração Descentralizada
4.1 Despesas Operacionais
4.1.1 Despesas Operacionais Matriz Na escrituração descentralizada cada filial terá plano de con-
4.1.2 Despesas Operacionais Filial “A” tas, livro diário e livro razão próprios, como se fosse uma empresa
independente, que inclusive são registros auxiliares à escrituração
c) Centros de custos: da matriz. A opção pela descentralização acarretará a necessidade
de consolidação para preparação das demonstrações contábeis.
Matriz Filial “A” Filial “B”
4. 010 020 030 Despesas Nesses casos, as operações realizadas entre as filiais neces-
4.1 010 020 030 Despesas Operacionais sitarão de grupo de contas que serão eliminados na consolidação.
4.1.1 010 020 030 Despesas Comerciais
Por exemplo, a transferência de mercadoria de um estabeleci-
4.1.2 010 020 030 Despesas Administrativas
mento para outro, que no registro centralizado simplesmente é feito
debitando-se a conta que receberá o estoque e creditando-se a conta
Cada grupo ou subgrupo de despesas será aberto em cada do estoque do estabelecimento que a cedeu, necessitará, tanto num
um dos estabelecimentos, de acordo com as características de estabelecimento quanto noutro, de contas que reconheçam a transição.
cada um. Por exemplo, o estabelecimento que não exerça ativida-
de comercial poderá não ter contas específicas para esse tipo de O estabelecimento que cede a mercadoria não poderá registrar a
despesa. Da mesma forma, um estabelecimento essencialmente baixa do estoque como custo, muito menos reconhecer receita, pois
não realizou venda e não caberá nenhum registro em conta de resultado.
comercial poderá não ter o grupo de despesas administrativas.
Da mesma forma, o estabelecimento que recebe a mercadoria não
realizou compra e a entrada da mercadoria no estoque juntamente com
Atualmente, é bastante comum os registros das despesas
o imposto recuperável que a acompanhou terão como contrapartida
serem efetuados de forma descentralizadas, cada qual em seu também uma conta transitória, que até poderá receber a denominação
centro de custo. de fornecedor interno, mas não poderá figurar no passivo entre os
fornecedores efetivos.
No caso de haver despesas rateadas entre diversos estabele-
cimentos, é necessário efetuar o rateio mediante um critério lógico Por exemplo, admitindo-se que a matriz tenha adquirido mer-
de apropriação. Por exemplo, o setor de suporte de informática é cadorias de terceiros no valor de R$ 100.000,00 e tenha efetuado
um “prestador de serviços interno”, e as despesas desse centro de o seguinte registro em sua contabilidade por ocasião da entrada:
Aquisição de mercadorias conforme a Nota Fiscal nº 789 do fornecedor Free Pop Ltda.
Admitamos agora que a mercadoria adquirida tenha sido remetida pela matriz à sua filial “A”. A operação de transferência originou o
seguinte registro:
a) na matriz:
b) na filial “A”
Na sequência, a filial vendeu a mercadoria a terceiros por R$ 200.000,00 e irá reconhecer a receita de vendas, os respectivos impostos
e as contribuições (regime não cumulativo) e baixar os estoques como segue:
a) registro da receita:
b) registro do ICMS:
c) registro do PIS-PASEP:
d) registro da COFINS:
Admitindo-se que a própria filial receba o valor referente à venda e posteriormente o repasse à matriz, por meio de transferência bancária,
teremos:
b.2) na matriz:
a) na matriz:
b) na filial “A”:
A venda foi realizada pela filial, portanto somente ela apresenta movimentação nas contas de resultado. A consolidação dos dois balan-
cetes para a confecção das demonstrações contábeis resultaria em:
Ativo
Passivo - -
Resultado - -
Contas Transitórias - -
Consolidado
Devedor Credor
Ativo
Banco “Z” 200.000,00 -
Passivo - -
Fornecedores - 100.000,00
ICMS a Recolher - 18.000,00
PIS-PASEP a Recolher - 3.300,00
Cofins a Recolher - 15.200,00
Resultado - -
Receita Bruta de Vendas - 200.000,00
ICMS sobre Vendas 36.000,00 -
PIS-PASEP sobre vendas 3.300,00 -
COFINS sobre vendas 15.200,00 -
Custo das Mercadorias Vendidas 82.000,00 -
Totais 336.500,00 336.500,00
Veja que, tanto em relação às transferências de estoques, quanto em relação às transferências de recursos financeiros, como os sistemas
contábeis da matriz e da filial são descentralizados e portanto, incomunicáveis, houve a necessidade de utilização de contas transitórias que
são eliminadas na consolidação para elaboração das demonstrações contábeis.
•
LEGISLAÇÃO
A íntegra da legislação mencionada encontra-se disponível no Cenofisco BD On-line.
COMUNICADOS BACEN
Taxa Básica Financeira (TBF), Redutor (R) e Taxa Referencial (TR), do Período de 19/06/2013 a 26/06/2013
Sinopse: O Banco Central do Brasil, por meio dos comunicados a seguir relacionados, divulgou a Taxa Básica Financeira (TBF), o
Redutor (R) e a Taxa Referencial (TR), relativos aos períodos mencionados:
Demonstrações Combinadas
Sinopse: A NBCT- nº 44/13 dispõe sobre demonstrações combinadas.
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Tel: (41) 2169 1500
Oliveira Torres, Fauler Lanzo Pedrecca, Flavio Danelon, Gilmar Apolinário, João Carlos Ribeiro
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Barbosa dos Santos, Terezinha Massambani, Valmir Bezerra de Brito, Vitor Anderson Rubio.
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Tel: (62) 3941 0210
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Adriana Gomes Lemos Silva, Alessandra Pruano Ramos, Carina Gonçalves dos Santos,
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Herlon Nunes, Íbis Neves, Jorge Luiz de Almeida, Kelly Luciene dos Santos Fernandes, Klayton Rua Alameda Coelho Neto, 20 – sala 408 – Boa Vista – 91340-340
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