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Referencial Curricular

de Alagoas

Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
2019
2019
(Fonte: Agência Alagoas – Foto: Márcio Ferreira)

O governador Renan Filho, por meio do receber a ave, pelo Instituto para Preservação
Decreto nº 55.235, de 22 de setembro de da Mata Atlântica (IPMA), em terras da Usina
2017, institui a ave Mutum como símbolo Utinga Leão, no município de Rio Largo.
do Estado de Alagoas, em comemoração Escolhemos o Mutum de Alagoas para
ao bicentenário da emancipação política representar o Referencial Curricular de
de Alagoas. Alagoas, pois a história de resistência,
O regresso do Mutum de Alagoas (Pauxi resiliência e bravura da ave símbolo de
mitu) aconteceu 42 anos depois da ave, Alagoas, assemelha-se com a história do
genuinamente alagoana, ter sido decla- povo alagoano.
rada à beira da extinção. Pedro Nardelli foi Desse modo, o artista plástico da cidade
quem redescobriu o Mutum de Alagoas de Major Izidoro e egresso da Escola Esta-
aqui e o levou, no final da década de 1970, dual Constança de Góes Monteiro, Lucas
para o Rio de Janeiro. Pereira França, criou uma linda arte para
Atualmente, em processo de reintrodução o Referencial Curricular de Alagoas, inspi-
na fauna de Alagoas, alguns espécimes estão rado no Mutum de Alagoas, no povo e no
num viveiro, especialmente construído para território alagoano.
REFERENCIAL CURRICULAR DE ALAGOAS

ALAGOAS
2019
HELOÍSA GABRIELA SANTOS SILVA - ESCOLA ESTADUAL PEDRO JOAQUIM DE JESUS
JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS FILHO
Governador de Alagoas

JOSÉ LUCIANO BARBOSA DA SILVA


Vice-Governador de Alagoas
Secretário de Estado da Educação de Alagoas

LAURA CRISTIANE DE SOUZA


Secretária Executiva de Educação

SÉRGIO PAULO CALDAS NEWTON


Secretário Executivo de Gestão Interna

RICARDO LISBOA MARTINS


Superintendência de Políticas Educacionais

WILANY FÉLIX BARBOSA


Superintendência do Sistema Estadual de Educação

ROSEANE FERREIRA VASCONCELOS


Superintendência da Rede Estadual de Ensino

CARLOS RUBENS ARAÚJO DJALMA BARROS DE SIQUEIRA NETO


Presidente da Undime/AL Vice Presidente da Undime/AL

ANA DEYSE RESENDE DOREA


Secretária de Coord. Técnica

GLAUCIANE VEIGA WANDERLEY


Secretária de Finanças

VALQUÍRIA DE LIMA SOARES LUCAS RINALDO VIEIRA DA SILVA


Presidente do Conselho Estadual de Presidente da União Nacional dos Conselhos
Educação de Alagoas – CEE/AL Municipais de Alagoas – UNCME/AL
COORDENAÇÃO GERAL

Ricardo Lisboa Martins Rosa Maria Melo dos Santos


Secretaria de Estado da Educação de Alagoas União Nacional dos Dirigentes Municipais de
SEDUC/AL Educação | UNDIME/AL

COORDENAÇÃO DE ETAPA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Patrícia Gomes de Siqueira REDATORES DE EDUCAÇÃO INFANIL


Coordenadora de Educação Infantil Cristina de Fátima da Silva Peiter
Jádina Inácio da Rocha Castro
Ricardo Almeida Maciel

COORDENAÇÃO DE ETAPA ENSINO FUNDAMENTAL

Márcia Cristina Batista da Silva Fabiana Alves de Melo Dias


Anos Iniciais do Ensino Fundamental Anos Finais do Ensino Fundamental

LINGUAGEM

REDATORES DE REDATORES DE LÍNGUA INGLESA


Língua Portuguesa Jair do Nascimento Porto
Quitéria Rosa Pereira Oliveira Sandra Felisberto da Rocha
Luciana Santos Silva
Vanda Pereira Leite Dias

REDATORAS DE ARTE REDATORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA


Angela Neumy Fragoso Fatimi Adalberto Gomes de Lima Júnior
Juliana Fernanda Mello Amorim Gedalva Queiroz Brito

MATEMÁTICA

REDATORES MATEMÁTICA
Cláudio Henrique de Morais Silva
Eliane Silva Araújo Correia
Terence Coelho Lopes de Magalhães

CIÊNCIAS DA NATUREZA

REDATORES DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


Bernadete Fernandes de Araújo
Cristiane de Castro Laranjeira Rocha
Juliane dos Santos Medeiros

CIÊNCIAS HUMANAS

REDATORAS DE GEOGRAFIA REDATORES DE HISTÓRIA


Klévia Lima Delmiro Josafá Ferreira Campos
Rozilene Belo Barros dos Santos Luciana Tenório Costa Silva

ROSILÂNIA MACEDO DA SILVA


Articulador de Conselhos - CEE/AL
JOSÉ NEILTON NUNES ALVES
Articulador de Regime de Colaboração UNDIME/AL

MURILO FIRMINO DA SILVA


Articulador de Conselhos - CEE/AL
LUCAS RINALDO VIEIRA SILVA
Articulador de Conselhos - UNCME/AL
FICHA CATALOGRÁFICA

SECRETARIA DE ESTADO DA UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS


EDUCAÇÃO DE ALAGOAS DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
Avenida Fernandes, s/n - Farol Av. Dom Antônio Brandão, 218 - Farol
Maceió – AL CEP: 57.051-190 - Maceió/AL
CEP: 57055-055 Telefone: (82) 3336.6637    Celular: (82)
Sítio: http://www.educacao.al.gov.br/ 98147.2669
Sítio: undimeal@bol.com.br
À COMUNIDADE ESCOLAR Este documento contempla competên-
cias e habilidades essenciais em todo territó-
A Secretaria de Estado da Educação rio brasileiro, por meio da Base Nacional Co-
apresenta às Comunidades Escolares das mum Curricular da Educação Infantil e Ensino
13 Regionais de Educação de Alagoas e seus Fundamental, bem como as experiências das
102 municípios, o REFERENCIAL CURRICU- pessoas que vivem, aprendem e ensinam no
LAR DE ALAGOAS. território alagoano.
O Referencial Curricular de Alagoas é um O Referencial Curricular de Alagoas pro-
documento para todo território alagoano, cons- põe que a educação escolar alagoana deva or-
truído democraticamente, com participação ganizar a formação e desenvolver as potencia-
dos alagoanos, mas principalmente, professo- lidades de todos os envolvidos nos processos
res e instituições de ensino de Alagoas. de ensino e de aprendizagem.
O Referencial Curricular de Alagoas nas- Crianças e estudantes, em suas diversida-
ceu de um processo com inúmeras interven- des, valorizadas em seu território, aprenderão
ções e contribuições dos mais variados cola- e ampliarão os saberes historicamente cons-
boradores, BNCC e os referenciais estadual truídos pela humanidade e pelo povo alagoano.
e municipais, além de pesquisas, consultas A Escola, em seu papel transformador,
públicas, seminários, grupos de trabalhos, vi- precisa promover uma Aprendizagem Signi-
sitas técnicas, leituras críticas por especialis- ficativa, considerando a variedade de inter-
tas, oficinas, debates, audiências públicas etc. faces que o Ensino do conhecimento escolar
Todo o trabalho de (re)elaboração do realiza, por meio da inovação, da contextuali-
Referencial Curricular de Alagoas contou zação, da interdisciplinaridade, da pesquisa e
com uma equipe de técnicos e especialistas: dos letramentos.
coordenadores, redatores, articuladores da
Profª. Drª. Laura Cristiane de Souza
SEDUC, da UNDIME, UNCME e CEE.
Secretária de Estado da Educação de Alagoas
SUMÁRIO
Apresentação...................................................................... 13
Alagoas, um Território de Aprendizagens............................ 19
Apresentação do Ensino Fundamental................................. 51

LINGUAGENS.................................................................... 59
Língua Portuguesa.............................................................. 59
Introdução.......................................................................................................................61
Contexto histórico do componente curricular Língua Portuguesa..............................64
Concepções de Língua Portuguesa...............................................................................67
Contextualizando as competências...............................................................................69
Organização curricular do componente Língua Portuguesa........................................75
Organizador Curricular de Língua Portuguesa..............................................................75
Língua Portuguesa - Anos Iniciais do Ensino Fundamental..........................................92
Letramento digital durante a alfabetização...................................................................95
Anos Iniciais por eixos (práticas de Linguagem)............................................................95
Língua Portuguesa - Anos Finais do Ensino Fundamental............................................97
Campos de atuação nos Anos Finais.............................................................................98
Transição entre Etapas.................................................................................................100
Referências...................................................................................................................104

Arte.................................................................................. 259
Apresentação................................................................................................................261
Ensino da Arte no Brasil e seus marcos legais.............................................................262
O Componente Curricular Arte e a BNCC...................................................................264
Metodologias e abordagens no Componente Curricular Arte...................................265
O currículo e a Arte na Pós-modernidade  ..................................................................268
A Arte e seus processos de hibridações......................................................................270
Componente curricular Arte e o desenvolvimento de Competências cognitivas
e socioemocionais .......................................................................................................272
O papel do arte educador e suas mediações...............................................................275
O Componente Curricular Arte no Ensino Fundamental............................................276
Organização do Componente Curricular Arte............................................................280
O Organizador Curricular do Componente Arte.........................................................289
Referências...................................................................................................................361
Educação Física................................................................. 365
Apresentação................................................................................................................367
Introdução.....................................................................................................................368
Educação Física e seus Marcos Legais.........................................................................369
Educação Física e os princípios de Ensino e de Aprendizagem..................................370
Educação Física e os temas contemporâneos............................................................372
Estrutura da Educação Física para o Ensino Fundamental..........................................372
Educação Física no Ensino Fundamental – Anos Iniciais.............................................382
Educação Física no Ensino Fundamental – Anos Finais...............................................382
Organizador Curricular dos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental................384
Referências...................................................................................................................407

Língua Inglesa................................................................... 409


Introdução.....................................................................................................................411
Concepções Históricas e Evolução do Componente..................................................412
Concepções Específicas do Componente Adotadas no Documento........................417
Língua Inglesa nos Anos Iniciais...................................................................................423
Organizador Curricular do Componente Curricular...................................................424
Referências...................................................................................................................460

MATEMÁTICA.................................................................. 463
Matemática....................................................................... 463
Apresentação................................................................................................................465
Área de Matemática......................................................................................................470
Organização do Conhecimento Escolar de Matemática.............................................475
Metodologias no ensino de Matemática......................................................................492
Organizador Curricular.................................................................................................497
Referências...................................................................................................................547
.............................................................................................................................................
CIÊNCIAS HUMANAS...................................................... 553
Geografia.......................................................................... 553
Apresentação ...............................................................................................................555
Marco regulatório..........................................................................................................557
A área de Ciências Humanas........................................................................................558
Competências Gerais da BNCC...................................................................................560
Concepções históricas e evolução do componente Curricular de Geografia...........562
Conhecendo os princípios do Raciocínio Geográfico.................................................563
Conceitos Geográficos.................................................................................................566
Competências Específicas do componente curricular de Geografia.........................568
O Currículo de Geografia..............................................................................................570
O papel do educador no processo curricular...............................................................575
O papel do estudante no processo curricular.............................................................576
Organização Curricular do Componente de Geografia..............................................577
Transição entre as Etapas.............................................................................................580
Objetos do conhecimento Aplicado ao Ensino Fundamental Anos Iniciais...............581
Objetos do conhecimento Aplicado ao Ensino Fundamental Anos Finais.................582
Apresentando o Organizador Curricular de Geografia...............................................585
Referências...................................................................................................................620

História............................................................................. 623
Apresentação................................................................................................................625
Marco Regulatório da BNCC.........................................................................................627
A Área de Ciências Humanas .......................................................................................628
Contexto histórico e evolução do componente curricular de História......................631
Competências específicas de História para o Ensino Fundamental..........................632
O currículo e o componente curricular de História.....................................................634
Organização do Ensino Fundamental – Anos Iniciais e Finais.....................................636
Organizador Curricular de História..............................................................................638
Referências.........................................................................................................................

CIÊNCIAS DA NATUREZA................................................ 671


Ciências da Natureza......................................................... 671
Breve Histórico das Concepções do Ensino de Ciências da Natureza.......................674
Ciências da Natureza no Ensino Fundamental............................................................678
As Unidades Temáticas................................................................................................688
Desdobramentos Didático-Pedagógicos – DesDP.....................................................697
Um Olhar para o Território Alagoano...........................................................................700
Organizador Curricular de Ciências da Natureza Anos Iniciais/Anos Finais ..............705
Referências ...................................................................................................................719

Anexo I -
Resolução CNE/CP nº 2 de 22 de dezembro de 2017........... 723
Anexo II -
Resolução CEE/AL Nº 1/2019 de 6 de maio de 2019........... 733
ALAGOAS, UM
TERRITÓRIO DE
APRENDIZAGENS
A área territorial de Alagoas é de
27.767,661 km², compreendido por
102 municípios e conforme IBGE1, a
população totaliza 3.322.820 habi-
tantes, com densidade demográfica
de aproximadamente 119,31 hab/
km². Com relevo formado por planície
litorânea, planalto a norte e depres-
são no centro, o ponto mais elevado
é a Serra de Santa Cruz, com 844 m
acima do nível do mar. Localizado na
Região Nordeste, o Estado faz limi-
tes com Pernambuco, Sergipe, Bahia
e o oceano Atlântico. Em quase todo
território alagoano, o clima é tropical,
com temperaturas entre 18°C e 26°C.
O inverno é a estação em que ocorre
maior índice de chuvas. Os principais
rios são: Ipanema, Moxotó, Mundaú,
Paraíba do Meio e São Francisco. O
território é dividido geograficamente
em três Mesorregiões:

1 População e Densidade Demográfica estimadas para


2018, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/panorama)
10
20 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

Mesorregiões de Alagoas
Mesorregião do Agreste Alagoano

Composta pelas Microrregiões de Arapira-


ca, Palmeira dos Índios e Traipu: Está loca-
lizada na área central do estado, está entre
o Sertão e a Mata Atlântica. Nos seus 24
municípios predominam culturas de feijão,
fumo, amendoim, mandioca, milho, caju,
algodão e cana-de-açúcar. Neles, são en-
contrados minerais como: amianto, argila,
calcário e ferro.
Mesorregião do Leste Alagoano

Formada pelas Microrregiões do Litoral


Norte Alagoano, Maceió, Mata Alagoana,
Penedo, São Miguel dos Campos e Serra-
na dos Quilombo. Com 52 municípios, é a
Mesorregião mais habitada. Há um intenso
turismo por causa de suas belíssimas praias.
A zona da mata chama atenção, principal-
mente pela flora e fauna da Mata Atlântica.
Historicamente, a cana de açúcar é a cultura
predominante. Possui o Porto do Jaraguá e
Aeroporto Zumbi dos Palmares. Além do tu-
rismo, o comércio e a indústria fortalecem a
economia da região.
Mesorregião do Sertão Alagoano

Compreende as Microrregiões alagoanas


do Sertão do São Francisco, Batalha, Santa-
na do Ipanema e Serrana do Sertão Alagoa-
no: É formada pela união de 26 municípios
agrupados em quatro microrregiões. O
clima nessa Mesorregião é semiárido, com
baixa umidade relativa do ar. Vegetação
de caatinga menos populosa. A economia
desta mesorregião está baseada principal-
mente na pecuária. Desenvolve criação de
caprinos e bovinos, além da cultura do cul-
tivo de feijão e mandioca.
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 11
21

O povo de Alagoas tem caracte- van, Rainha Marta e muitos outros.


rísticas marcantes: resistência, ale- Os sotaques e expressões típicas
gria, resiliência e cordialidade. Com como oxe, oxente, arretado, pocar,
origem étnico-racial na miscigena- vôte, bulir, avia, catenga, resenha,
ção entre os índios que já habitavam mangar e muitas outras, definem
a região, os europeus - principal- também o território de Alagoas.
mente portugueses - e dos negros Os encantos naturais de Alagoas
trazidos da África. A maioria da po- reforçam o turismo como um grande
pulação autodeclara-se parda, com vetor da economia. Destacam-se as
significativa parcela de brancos. A belas praias, lagoas, lagunas e rios,
vida e experiências do povo alagoa- especialmente toda a região banha-
no, do Litoral, da Zona da Mata, do da pelo Rio São Francisco. É crescen-
Agreste e do Sertão, caracterizam te o turismo ecológico e de aventura,
todo seu território com sua grande com descobertas de trilhas, sítios
riqueza cultural, que se destaca no arqueológicos e reservas da mata
artesanato, folclore, culinária, arqui- Atlântica. O comércio e os serviços
tetura, religiosidade, produção lite- têm grandes destaques na econo-
rária, festas, danças, músicas, flora, mia do Estado. Pelo interior, as gran-
fauna, lagunas, rios, praias e mares. des feiras livres trazem os produtos
Pode-se dizer o quão são admi- da agricultura familiar e da pecuária.
rados o filé alagoano, a singeleza, As culturas da cana-de-açúcar, ar-
a cerâmica e jóias ecológicas indí- roz, feijão, macaxeira, inhame, milho,
genas e quilombolas. O sururu de banana, abacaxi, coco, laranja, algo-
capote, caldinho de massunim ou dão e fumo são destaque. O Estado
de feijão, fritada de siri, peixada, bu- também possui rebanhos bovinos,
chada, queijo manteiga, tapioca ou equinos, caprinos, bubalinos, pisci-
um arroz de tempero com um pirão cultura e ovinos. A indústria alagoana
de galinha de capoeira. O Coco de destaca-se nos setores alimentício,
roda, Reisado e Pastoril encantam açúcar, álcool, têxtil, químico, cloro
toda gente, são muito apreciados de químico, cimento, mineração, produ-
vaquejada e cavalhada. Território da ção de petróleo e gás natural.
liberdade dos povos indígenas e dos Mesmo com grande influência
quilombolas, destacando-se filhos branco europeia, destaca-se que os
ilustres como: Zumbi dos Palmares, povos tradicionais, indígenas e qui-
Graciliano Ramos, Aurélio Buarque lombolas, estão por todo Estado e
de Holanda, Nise da Silveira, Jorge garantem, principalmente, as identi-
de Lima, Linda Mascarenhas, Dja- dades culturais do local.
12
22 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

Povos Indígenas e Quilombolas

Povos indígenas
Povos Indígenas em
Alagoas: Aconã,
Karapotó, Kariri-Xocó,
Karuazu, Katokinn,
Jeripancó, Kalankó,
Koiupanká
Tingui-botó,
Wassu-cocal,
Xukuru-Kariri

Povos Quilombolas: http://www.iteral.al.gov.br/dtpaf/comunidades-quilombolas-de-alagoas/


Mapa%20das%20Comunidades%20Quilombolas-2011.JPG/image_view_fullscreen
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 13
23

A seguir, apresentaremos perspectivas e dimensões do Referencial


Curricular de Alagoas, o qual é construído a partir do processo de imple-
mentação da Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil e En-
sino Fundamental, conforme a Resolução CNE/CP nº 2 de 22 de dezem-
bro de 2017, que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum
Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente, ao longo das etapas e res-
pectivas modalidades, no âmbito da Educação Básica.

Referencial Curricular de Alagoas


O Ministério da Educação, em parceria com o Conselho Nacional de
Secretários de Educação - CONSED, a União Nacional dos Dirigentes Mu-
nicipais de Educação - UNDIME e o Fórum Nacional dos Conselhos Esta-
duais de Educação - FNCEE desenvolveu um processo de (re)elaboração
dos documentos curriculares dos Estados e Municípios, por meio de um
grande trabalho de regime de colaboração. Este processo permitiu a po-
tencialização e otimização dos recursos materiais e humanos de Estados
e Municípios.
Em Alagoas, o processo de regime de colaboração se materializou por
meio da SEDUC/AL, UNDIME/AL, CEE/AL e UNCME/AL. O objetivo do
processo foi reelaborar o Referencial Curricular de Alagoas, definindo um
documento para o território alagoano, com base nos documentos curri-
culares dos Sistemas de Ensino municipais e estadual, para nortear o tra-
balho docente nas escolas de Alagoas. Neste contexto, especialistas re-
datores, articuladores e coordenadores foram selecionados e ajustaram o
documento curricular preliminar - Referencial Curricular de Alagoas, que
passou por uma grande consulta pública e contou com a participação e
contribuição das comunidades educativas dos 102 municípios alagoanos.
Em Alagoas, optou-se por um documento curricular para o território,
denominado Referencial Curricular de Alagoas. Desta forma, falar de um
documento que referencie processos didático-pedagógicos é referir-se a
currículos declarados e ocultos, que se formam e ganham forma nas vivên-
cias e experiências históricas e diárias, a partir de referenciais como: povos,
tradições, atividades, cultura e economia entre outros. Partimos do princípio
que Referencial Curricular é um conjunto de reflexões de cunho educacional
que dispõe de orientações didáticas para os educadores das diversas áreas
14
24 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

do conhecimento, respeitando seus mento, reconhecimento e desen-


estilos pedagógicos e a diversidade volvimento pleno nas singularida-
cultural de cada localidade. des e diversidades.
Para a construção de uma pro- A sociedade contemporânea
posta curricular ampliada, que se impõe necessidades de desenvol-
efetive na prática, se faz necessá- vimento de competências, específi-
rio que as concepções, em torno cas das culturas digitais do Séc. XXI,
dos elementos articuladores, sejam que vão muito além do acúmulo de
bem definidos e alinhados entre to- informações. Nesse contexto, é real
dos os que a desenvolvem, espe- a necessidade de se formar um su-
cialmente em torno das especifici- jeito crítico, comunicativo, criativo,
dades que compõem o território e participativo, colaborativo, aberto
cada etapa da Educação Básica. Para ao novo, protagonista e autêntico
pensar numa proposta de referen- em suas escolhas, um sujeito que
cial curricular é necessário definir de convive, respeita e aprende com as
qual currículo estamos falando, para diferenças e as diversidades.
quem é construído, quais objetivos A necessidade do Estado de
e como pensar a educação, ao mes- Alagoas em revisar seu Referencial
mo tempo em que surge a necessi- Curricular é decorrente da relevan-
dade de dialogar com questões cen- te aproximação da prática educa-
trais do processo educativo: o que cional em relação às orientações
aprender, para que aprender, como expressas nas Diretrizes Curricula-
ensinar, como promover redes de res Nacionais, em consonância com
aprendizagem colaborativa e como a Base Nacional Comum Curricular
avaliar o aprendizado. (BNCC). A BNCC é um documento
A partir desses elementos, de- de caráter normativo e apresenta
finem-se, como balizadores deste as aprendizagens essenciais que
documento curricular, os princí- foram definidas para assegurar o
pios éticos, estéticos e políticos desenvolvimento de competências
que norteiam e fundamentam uma gerais, habilidades que se consubs-
educação voltada para o desenvol- tanciam, no âmbito pedagógico.
vimento humano global, conside- Para tanto, serão apresentados
rando o sujeito em todas as suas neste Referencial Curricular de Ala-
dimensões: cognitivas e socioe- goas, elementos estruturantes que
mocionais. Pensar a formação in- devem ser adotados nos currículos
tegral desse sujeito é pensar uma escolares, como forma de garan-
educação voltada ao seu acolhi- tir os direitos de aprendizagem de
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 15
25

todas as crianças, jovens e adultos No que tange o Plano Nacional de


alagoanos a partir de suas especifi- Educação - PNE (2014 - 2024, Metas
cidades, com foco em seu desenvol- 4 e 8), o Estado precisa fortalecer seu
vimento integral, ou seja, uma ferra- papel de coordenação no território,
menta de estímulo à reflexão sobre realizando busca ativa e viabilizan-
o que e como pensar, construir e do o planejamento de matrículas,
executar um currículo, consideran- de forma integrada aos Municípios,
do as particularidades regionais e bem como incorporando instrumen-
locais com a participação de todos tos de monitoramento e avaliação
os responsáveis e interessados. contínua em colaboração com os
Segundo a Lei de Diretrizes e Municípios e com a União. Há ainda
Bases da Educação Nacional LDBEN a necessidade de que os Estados e
(1996), no art. 22, a educação bá- Municípios projetem a ampliação e
sica tem por finalidade desenvol- a reestruturação de suas escolas na
ver o educando, assegurar-lhe a perspectiva da educação integral e,
formação comum, indispensável nesse contexto, é estratégico consi-
para o exercício da cidadania e for- derar a articulação da escola com os
necer-lhe meios para progredir no diferentes equipamentos públicos,
trabalho e em estudos posterio- espaços educativos, culturais e es-
res. Já o art. 32 tem por objetivo, portivos, revitalizando os projetos
a formação básica do cidadão. Na pedagógicos das escolas nessa dire-
educação formal, os resultados das ção. A política pública deve fortalecer
aprendizagens precisam expres- sistemas educacionais inclusivos em
sar e apresentar a possibilidade de todas as etapas, viabilizando acesso
utilizar o conhecimento para tomar pleno à educação básica obrigatória
decisões pertinentes em situações e gratuita. A juventude (jovens e jo-
que requerem sua aplicação. A esse vens adultos, conforme o Estatuto
conhecimento mobilizado, opera- da Juventude) do campo, das re-
do e aplicado, em situação, dá-se o giões mais pobres e negra; devem
nome de competência. Outro de- ganhar centralidade nas medidas
safio é assegurar acesso pleno de voltadas à elevação da escolarida-
crianças, adolescentes e jovens no de de forma a equalizar os anos de
ensino fundamental, esforço que estudo em relação aos demais re-
exige colaboração entre redes es- cortes populacionais. Os Estados e
taduais e municipais e acompanha- os Municípios devem se organizar e
mento da trajetória educacional do entender esses desafios como com-
estudante. promissos com a equidade, contan-
16
26 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

do com o apoio federal para viabilizar cias específicas, definidas a partir


o atendimento das pessoas com de- da mobilização de conhecimentos
ficiências, transtornos globais do de- (conceitos e procedimentos), ha-
senvolvimento e altas habilidades ou bilidades (práticas cognitivas e só-
superdotação em salas de recursos cio emocionais), atitudes e valores
multifuncionais, classes, escolas ou para resolver demandas complexas
serviços especializados, públicos ou na vida cotidiana do pleno exercício
conveniados. da cidadania e do mundo do traba-
Salienta-se que o processo de lho. Tais competências estão agru-
regime de colaboração para imple- padas e organizadas em Unidades
mentação da BNCC da Educação Temáticas, visando uma progres-
Infantil e Ensino Fundamental, de- sividade e continuidade no trata-
finido pela Resolução CNE/CP nº mento dado à construção do co-
2 de 22 de dezembro de 2017, que nhecimento nesta etapa de ensino.
institui e orienta a implantação da Em cada Unidade Temática, for-
Base Nacional Comum Curricular, mam-se os Objetos de conhecimen-
a ser obrigatoriamente respeitada, to, que correspondem aos conteú-
ao longo das etapas e respectivas dos conceituais referentes a essas
modalidades no âmbito da Educa- Unidades. Completando-se com as
ção Básica, traz competências ge- habilidades, que são distribuídas de
rais para a formação do sujeito da forma que propiciem uma progressi-
ação educacional em sua integrali- vidade de conhecimentos no Ensino
dade. Indica ainda, dez competên- Fundamental - Anos Iniciais e Anos
cias gerais a serem desenvolvidas Finais. Conforme a BNCC,
dentro de uma cone-
xão entre as etapas e “As aprendizagens essenciais concorrem para
os campos de expe- assegurar o desenvolvimento das dez compe-
riências e/ou as áreas tências gerais, que consubstanciam no âmbito
de conhecimento, vi- pedagógico. As competências são definidas
sionando que, ao final como mobilização de conhecimentos (con-
de todo o processo, a ceitos e procedimentos) habilidades (práticas
criança e/ou estudan- cognitivas e sócio emocionais), atitudes e valo-
te tenha assegurado o res para resolver demandas complexas na vida
direito a essas compe- cotidiana do pleno exercício da cidadania e do
tências nos processos mundo do trabalho. (BRASIL, 2017)”
de ensino. Para todas
as áreas, há competên-
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 17
27

As concepções sobre os processos do como e por que ensi-


nar devem estar bem delimitadas para que assegurem o desen-
volvimento e a aprendizagem e se materializem no trabalho da
organização pedagógica, tanto na Educação Infantil, quanto no
Ensino Fundamental - Anos Iniciais e Anos Finais. Neste contex-
to, são definidas as metas, o plano de trabalho, as estratégias
de ensino, respeitando o tempo e o ritmo das fases do desen-
volvimento das crianças e dos jovens, bem como a avaliação
de forma contínua e as concepções prévias, até a mobilização
e consolidação da aprendizagem em sua totalidade. Desta for-
ma, o Referencial Curricular de Alagoas garante e ratifica o que a
BNCC define como competências gerais para as três etapas de
ensino (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio)
da Educação Básica, objetivando que a criança/estudante as te-
nha desenvolvido, através de toda sua trajetória.
O Referencial Curricular de Alagoas orienta o território de
Alagoas nos Sistemas de Ensino, a efetivação do trabalho e
planejamento didático-pedagógico, pautado na consecução
das 10 competências da BNCC, ao longo dos processos de en-
sino das etapas da Educação Básica, áreas de conhecimento,
componentes curriculares e ações complementares desen-
volvidas nas escolas de Alagoas.
18
28 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Valorizar e utilizar os conhe- 4. Utilizar diferentes linguagens


cimentos historicamente - verbal (oral ou visual-mo-
construídos sobre o mundo tora, como LIBRAS) e escri-
físico, social, cultural e digi- ta, corporal, visual, sonora e
tal para entender e explicar a digital - bem como conheci-
realidade; continuar apren- mento das linguagens artís-
dendo e colaborar para a tica, matemática e científica,
construção de uma socieda- para se expressar e partilhar
de justa, democrática e inclu- informações, experiências,
siva; ideias e sentimentos em dife-
rentes contextos e produzir
2. Exercitar a curiosidade in- sentidos que levem ao enten-
dimento mútuo;
telectual e recorrer à abor-
dagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a re- 5. Compreender, utilizar e
flexão, a análise crítica, a ima- criar tecnologias digitais de
ginação e a criatividade, para informação e comunicação
investigar causas, elaborar de forma crítica, significa-
e testar hipóteses, formular tiva, reflexiva e ética nas
e resolver problemas e criar diversas práticas sociais (in-
soluções (inclusive tecnoló- cluindo as escolares) para se
gicas) com base nos conheci- comunicar, acessar e disse-
mentos das diferentes áreas; minar informações, produ-
zir conhecimentos, resolver
3. Valorizar e fruir as diversas problemas e exercer prota-
gonismo e autoria na vida
manifestações artísticas e
culturais, das locais às mun- pessoal e coletiva;
diais, e também participar
de práticas diversificadas da
produção artístico-cultural;
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 19
29

6. Valorizar a diversidade de 8. Conhecer-se, apreciar-se e


saberes e vivências culturais cuidar de sua saúde física e
e apropriar-se de conheci- emocional, compreenden-
mentos e experiências que do-se na diversidade hu-
lhe possibilitem entender as mana e reconhecendo suas
relações próprias do mundo emoções e as dos outros,
do trabalho e fazer escolhas com autocrítica e capacida-
alinhadas ao exercício da ci- de para lidar com elas;
dadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, auto-
nomia, consciência crítica e
9. Exercitar a empatia, o diálo-
go, a resolução de conflitos e a
responsabilidade; cooperação, fazendo-se res-
peitar e promovendo o res-
7. Argumentar com base em peito ao outro e aos direitos
fatos, dados e informa- humanos, com acolhimento
ções confiáveis, para for- e valorização da diversida-
mular, negociar e defender de de indivíduos e de grupos
ideias, pontos de vista e sociais, seus saberes, identi-
decisões comuns que res- dades, culturas e potenciali-
peitem e promovam os dades, sem preconceitos de
direitos humanos, a cons- qualquer natureza;
ciência socioambiental e o
consumo responsável em
âmbito local, regional e glo-
10. Agir pessoal e coletivamen-
te com autonomia, respon-
bal, com posicionamento sabilidade, flexibilidade,
ético em relação ao cuidado resiliência e determinação,
de si mesmo, dos outros e tomando decisões com base
do planeta; em princípios éticos, demo-
cráticos, inclusivos, susten-
táveis e solidários.
20
30 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

Além das competências gerais telectuais e culturais. Consideran-


para a educação básica, o docu- do a concepção de educação inte-
mento traz competências e habili- gral inclusiva defendida na BNCC,
dades específicas por área e com- as diversidades dos indivíduos que
ponente curricular específica, que compõem cada grupo de estudan-
se desdobram em consonância com tes deve ser considerada para ga-
as especificidades de cada etapa. rantir que todos os estudantes se-
Vale ressaltar, que elas oportunizam jam contemplados nos processos
a articulação horizontal, numa pers- de ensino e de aprendizagem.
pectiva interdisciplinar: na Educa- Para tanto, a concepção de su-
ção Infantil, entre os campos de ex- jeito, defendida neste documento,
periência e no Ensino Fundamental, se refere a sua historicidade e seus
entre as áreas de conhecimento, direitos. No caso da criança, na
perpassando todos os componen- educação infantil defende-se que,
tes curriculares e também a articu- nas interações, relações e práticas
lação vertical, ou seja, a progressão cotidianas vivenciadas, ela constrói
entre os grupos etários da educa- sua identidade pessoal e coletiva,
ção infantil e entre os anos iniciais brinca, imagina, fantasia, deseja,
e finais do Ensino Fundamental aprende, observa, experimenta,
permitindo a continuidade das ex- narra, questiona e constrói senti-
periências dos estudantes, de acor- dos sobre a natureza e a sociedade,
do com as especificidades da área/ produzindo cultura (BRASIL, 2009,
saber. Considerando esses pres- p.12). Com o apoio dos Parâme-
supostos e em articulação com as tros Nacionais de Qualidade para a
competências gerais da Educação Educação Infantil, esta concepção
Básica, os campos de experiências pode ser ampliada: a criança é um
e componentes curriculares, devem ser humano único, completo e, ao
garantir às crianças desenvolvimen- mesmo tempo, em crescimento e
to de competências específicas. em desenvolvimento. Isso porque
Diante da compreensão do por- ela tem características necessárias
quê e de como ensinar, é necessá- para ser assim considerada: consti-
rio se definir para quem ensinar. A tuição física, formas de agir, pensar
educação básica compreende su- e sentir. É um ser em crescimento
jeitos em diversas etapas do de- porque seu corpo está continua-
senvolvimento humano - crianças, mente aumentando em peso e al-
jovens e adultos - e com diferentes tura. É um ser em desenvolvimento
características físicas, sociais, in- porque essas características estão
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 21
31

em permanente transformação. É por meio da interação e do brincar


As mudanças que vão acontecen- que a infância se caracteriza, que a
do são qualitativas e quantitativas criança aprende e se desenvolve.
— o recém-nascido é diferente do Nessa perspectiva, o documen-
bebê que engatinha que é diferente to determina que seis direitos de
daquele que já anda, já fala, já tirou aprendizagem e desenvolvimento
as fraldas. O crescimento e o de- sejam assegurados para as crian-
senvolvimento da criança pequena ças nesta prática, enquanto sujeitos
ocorrem intrinsecamente tanto no sócio históricos e culturais. Sendo
plano físico quanto no psicológico. assim, tais eixos apontam caminhos
Embora dependente do adulto que assegurem a compreensão de
para sobreviver, a criança é um ser que as crianças aprendem em situa-
capaz de interagir num meio natu- ções nas quais possam desempe-
ral, social e cultural desde bebê. A nhar um papel ativo em ambientes
partir de seu nascimento, o bebê que as convidem a vivenciar desa-
reage ao entorno, ao mesmo tem- fios e a sentirem-se provocadas
po em que provoca reações, mar- a resolvê-los, nas quais possam
cando a história daquela família. construir significados sobre si, os
Os elementos de seu entorno que outros e o mundo social e natural.
compõem o meio natural (o clima, Compreendendo garantia de direi-
por exemplo), social (os pais, por tos para cumprimento de deveres
exemplo) e cultural (os valores, por em busca de uma sociedade ala-
exemplo) irão configurar formas de goana justa, democrática e inclu-
conduta e modificações recíprocas siva, a BNCC aponta os direitos de
dos envolvidos. aprendizagem e desenvolvimento,
Diante deste entendimento, é que são conviver, brincar, participar,
importante que a criança seja con- explorar, expressar e conhecer-se.
siderada a partir de suas necessi- Ao ingressar no Ensino Funda-
dades e interesses, colocando-a mental, a criança continua a mes-
no centro do planejamento e da ma, no entanto, a proposta de
prática pedagógica. Para tanto é educação se reconfigura. As Leis
necessário que o professor planeje Federais 11.114/2005, 11.274/2006
e proporcione situações nas quais e 12.796/2013 (que altera a Lei
as interações e brincadeiras sejam 9.394/96 em acordo com a Emenda
eixos articuladores, possibilitando Constitucional 59/2009) instituí-
que as crianças se expressem, por ram uma nova organização do En-
meio das suas diversas linguagens. sino Fundamental e definiram, em
22
32 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

algumas delas, a antecipação do sino assegurarem essa transição


Ensino Fundamental a ser iniciado de forma a dar continuidade aos
aos seis anos de idade e ampliaram processos de aprendizagem e de
sua duração para nove anos. Ou- desenvolvimento; efetivamente
tras ampliaram a obrigatoriedade integrando e buscando garantir de
escolar, estendendo-a dos quatro fato o que o é de direito à Educação
aos dezessete anos de idade. Essa Infantil e à Educação Básica. Para
organização traz inevitáveis ques- tanto, esse referencial tem por ex-
tionamentos e a obrigatoriedade pectativa apontar elos entre o que
- ao estado conjuntamente aos mu- se propõe como trabalho de quali-
nicípios - na estruturação de orien- dade nas duas etapas.
tações que favoreçam à articulação É imprescindível conhecer o que
entre as etapas educativas propor- é próprio de cada etapa e, principal-
cionando uma transição entre os mente, o que é realizado no fazer diá-
distintos espaços de socialização rio pedagógico, a fim de pensar em
da criança em respeito ao momen- estratégias que coloquem a criança
to das práticas e as concepções de em primeiro plano, isto é, ressaltan-
ambas as etapas educacionais para do sua capacidade de aprender e as
que venham a ser integradas a partir habilidades a serem conquistadas,
do reconhecimento de suas diferen- considerando o caminho de vivên-
tes histórias, valores e concepções. cias transcorrido até esse ponto
Desse modo, a transição da Educa- de transição. Pensar em ações que
ção Infantil para o Ensino Fundamen- envolvam ambas as etapas é crucial
tal se constitui em um momento em para que as crianças possam, desde
que se faz necessário o respeito à a educação infantil (re)conhecer os
singularidade das duas etapas como anos iniciais do ensino fundamen-
também a um lugar em que a crian- tal como continuidade, espaço de
ça precisa transitar alicerçada numa novos desafios e conquistas, onde
base que garanta seus direitos e vi- não se deixa de ser criança, embora
vências de aprendizagem, conside- o desenvolvimento inerente a cada
rando o passar de uma etapa para grupo etário requeira a maturidade
outra como parte integrante do pro- que possibilitará a permanência com
cesso de desenvolvimento infantil e sucesso dessa criança e seu pleno
integral do sujeito. desenvolvimento.
As DCNEI e a BNCC para a Edu- A transição se caracteriza por
cação Infantil, apontam a neces- mudanças pedagógicas na es-
sidade de as Instituições de en- trutura educacional, decorrentes
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 23
33

principalmente da diferenciação • Evitar atividades que priorizem a


dos componentes curriculares. alfabetização e/ou antecipação
Como bem destaca o Parecer de conteúdos do EF para crianças
CNE/CEB nº 11/2010, “os estu- em idade de pré-escola, como
dantes, ao mudarem do professor forma de preparação para a en-
generalista dos anos iniciais para trada no ensino fundamental;
os professores especialistas dos
diferentes componentes curricu-
lares, costumam se ressentir dian- • Apresentar aos pais a proposta
te das muitas exigências que têm pedagógica da IEI destacando a
de atender, feitas pelo grande nú- importância de atividades lúdi-
mero de docentes dos anos finais” cas, com ênfase no brincar, ob-
(BRASIL, 2010). Realizar as neces- jetivando o desenvolvimento de
sárias adaptações e articulações, diversas habilidades e compe-
tanto no 5º quanto no 6º ano, para tências para toda a vida;
apoiar os estudantes nesse pro-
cesso de transição, pode evitar
ruptura no processo de aprendi- • Articulação/diálogo entre a Ins-
zagem, garantindo-lhes maiores tituição de Educação Infantil (IEI)
condições de sucesso. com a Escola de Ensino Funda-
Importante destacar que, en- mental (EEF) apresentando pro-
quanto sujeitos da ação em idade posta/concepção de educação
de pré-escola, a criança precisa trabalhada de modo que a EEF
ser reconhecida e respeitada a crie mecanismos de adaptação
partir de suas especificidades e, no primeiro ano;
para garantir minimamente seu
desenvolvimento e formação é
necessário: • Alinhamento da concepção de
criança, educação, desenvolvi-
mento e aprendizagem entre as
duas etapas da educação básica.
24
34 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

Desse modo, é importante des- Os principais mediadores nesse


tacar que essa articulação deve ser processo de transição da educação
organizada e orientada respeitan- infantil para os anos iniciais são os
do os objetivos de cada etapa, por professores com planejamentos
exemplo, o objetivo da Educação efetivos elaborados em conjunto
Infantil não é a alfabetização, con- com as crianças e para as crian-
forme o que preconiza o Caderno 3 ças; uma proposta de educação
do Programa Nacional de alfabeti- integrada, na qual os professores
zação da Idade Certa (PNAIC) para da educação infantil olhem para os
a Educação Infantil: anos iniciais e os professores dos
anos iniciais se voltem para a edu-
Embora crianças da pré-escola possam cação infantil, atentos a uma con-
se alfabetizar por interesse particular tinuidade e complexidade ludica-
a partir das interações e da brincadei- mente construídas (HECK,2012).
ra com a linguagem escrita, não cabe à Assim, propomos para as duas
pré- escola ter a alfabetização da tur- etapas em questão uma continui-
ma como proposta. Na Educação In- dade dialogada, respeitando suas
fantil, muito mais importante do que, especificidades, contudo com-
por exemplo, ensinar as letras do alfa- preendendo que toda a historici-
beto é familiarizar as crianças, desde dade construída e vivenciada pela
bebês, com práticas sociais em que a criança da Educação Infantil aden-
leitura e a escrita estejam presentes tra como saberes no Ensino Funda-
exercendo funções diversas nas inte- mental, constituindo-se possibi-
rações sociais; é dar-lhes oportunida- lidade para saberes cada vez mais
de de perceberem lógicas da escrita complexos, não descartando em
tais como sua estrutura peculiar (não nenhum momento a ludicidade tão
se fala como se escreve), sua estabili- presente e fundamental na apren-
dade (as palavras não mudam quando dizagem da criança que ocupa esse
a professora lê uma história) e os múl- lugar de transição. Como aponta
tiplos papéis que desempenha nas so- a BNCC, o referido lugar deve ser
ciedades contemporâneas (utilitário e mapeado a partir das:
estético). (BRASIL, 2016, p. 26)
[...] informações contidas em rela-
tórios, portfólios ou outros regis-
tros que evidenciem os processos
vivenciados pelas crianças ao longo
de sua trajetória na Educação In-
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 25
35

fantil podem contribuir para a com- paço e materiais considerados nas


preensão da história de vida es- diferentes atividades e seus modos
colar de cada estudante do Ensino de organização: tempo em sala de
Fundamental. Conversas ou visitas aula, brincadeiras livres, hora da re-
e troca de materiais entre os pro- feição, saídas didáticas, atividades
fessores das escolas de Educação permanentes, sequências didáticas,
Infantil e de Ensino Fundamental atividades de sistematização, pro-
– Anos Iniciais também são impor- jetos etc. Considerando sempre a
tantes para facilitar a inserção das ludicidade e interação como enca-
crianças nessa nova etapa da vida deadores dos processos de aprendi-
escolar” (BNCC, 2018, p.51). zagem da criança para que a integra-
ção da Educação Infantil ao conjunto
Para que as crianças possuam da Educação Básica, através dos pri-
modos próprios de compreender meiros anos do Ensino Fundamental,
e interagir com o mundo, cabe às se concretize sem rupturas favore-
unidades de ensino, através das cendo a continuidade da aprendi-
suas propostas curriculares, fa- zagem de saberes espontâneos e
vorecer a criação de um ambiente científicos com sucesso.
escolar onde a infância possa ser Os processos de ensino e
vivida sem rupturas em toda a sua aprendizagem guardam, em si,
plenitude, um espaço e um tempo conceitos diferentes porém, urge,
de encontro entre os seus próprios nesse contexto de um entrelaça-
espaços e tempos respeitando a mento, para que se possa assegurar
identidade do ser criança. Por isso, ao estudante a competência neces-
o acolhimento, adaptação, adequa- sária em cada ano/etapa do ensino
ções entre outros procedimen- escolar, levando o professor a pen-
tos, não são pertencentes apenas sar nos processos que envolvem o
à etapa da Educação Infantil, mas aprender. Dentro desse contexto,
são imprescindíveis nos primeiros os processos de ensino e aprendi-
anos do Ensino Fundamental. zagem perpassam pelas Diretrizes
Para que essa fase da transição Nacionais para a Educação Básica,
logre êxito, o planejamento da esco- pela BNCC (BRASIL, 2017), pelo Re-
la precisa contemplar os critérios de ferencial Curricular de Alagoas, pelo
organização das crianças em classes Projeto Político Pedagógico da es-
ou turmas, a definição de objetivos cola e pelo Plano de Aula do profes-
por agrupamentos etários, bem sor. Todos esses documentos nor-
como o planejamento do tempo, es- teiam a ação didática do professor,
26
36 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

assim como também expressam e perpassam as concepções de mundo,


de sociedade, de escola e de estudante que queremos formar. Com isso, o
Currículo se configura dentro de uma multiplicidade de saberes e prática de
ambientes de aprendizagem, em que se legitima a identidade sócio cultural
de um povo.
Os professores, ao prepararem suas aulas, devem considerar esse
ambiente em que os estudantes vivem, para que visualizem objetos, coi-
sas e fenômenos que permitam interação, visando facilitar o diálogo e as
relações interpessoais. Além disso também, devem ser consideradas as
concepções prévias de mundo que o estudante já possui. Segundo Cam-
pos e Nigro (1999), é preciso considerar aquilo que o estudante pensa a
respeito de determinado assunto, suas ideias e conhecimentos já adqui-
ridos fora do ambiente escolar.
As condições de aprendizagem se fazem a partir de vários modos, em
que se consideram desde o acesso do estudante à escola, ao tempo de
hora/aula que se dedica, entre outros fatores que devem ser respeita-
dos como forma de assegurar ao estudante o tempo necessário ao seu
desenvolvimento cognitivo. Assim como, se faz necessário observar as
dificuldades e avanços obtidos, ou seja, o desempenho cognitivo do estu-
dante, intervindo em tempo hábil, em que possa oportunizar a ele o avan-
ço progressivo da aprendizagem.
A articulação teórica e prática deve permear o ensino de cada disciplina,
de modo que a prática aqui mencionada não se restrinja aos experimentos
no laboratório ou observações, mas acontecendo sempre que conheci-
mentos são mobilizados para entender a realidade e sempre que saia do
plano das abstrações conceituais para o plano real (RIO GRANDE DO SUL,
2006). Kleiman e Moraes (2009) defendem a perspectiva de uma educação
que seja para além da transmissão de conhecimentos e, nesse sentido, é
importante que se adotem nas escolas, metodologias de ensino que bus-
quem inovar as práticas pedagógicas, oferecendo ao estudante a opor-
tunidade de uma postura ativa, interessada e comprometida no processo
de aprendizagem, práticas diferentes das que se encontram nas salas de
aula mais tradicionais. Para tanto, é imprescindível a inclusão não só dos
conteúdos, mas também, sua contextualização, experimentação, integra-
ção entre disciplinas, áreas de conhecimento, vivências e convivência em
tempos e espaços escolares e extraescolares, mediante aulas e situações
diversas (BRASIL, 2013).
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Referencial Curricularde
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Educação Infantil
Fundamental 27
37

Conforme Santomé apud Brasil (2013) na educação básica a proposta


baseia-se em metodologias mistas, as quais são desenvolvidas em pelo
menos dois espaços/tempos. Um deles destinado ao aprofundamento
conceitual no interior das disciplinas, e outro, voltado a atividades inte-
gradoras, desenvolvidas a partir de várias estratégias ou temáticas, me-
diante a organização do projeto pedagógico da escola. Estes projetos
podem privilegiar as relações entre situações reais existentes nas práti-
cas sociais (ou simulações de situações) e os conteúdos das disciplinas,
tendo como fio condutor as conexões com o mundo do trabalho e com a
sociedade em geral.
As estratégias inovadoras se materializam com a utilização de ma-
teriais didáticos tecnológicos diversos, imbuídas de intencionalidades e
planejamento estratégico. O aparato tecnocientífico contribui para enri-
quecer a prática de sala de aula, a democratização do acesso e uso pe-
dagógico da internet, que é um desafio, mas ao mesmo tempo, constitui
uma aliada na consolidação da aprendizagem.
No Ensino Fundamental, orienta-se que o recurso das mídias digitais
seja explorado reflexivamente de modo a analisar os aspectos negativos
e positivos de seu uso, assim aproximando do mundo das crianças e dos
jovens, tornando as aulas mais atrativas e prazerosas. Essas estratégias
não podem ser interpretadas como receitas prontas, mas sim, quebrar
as barreiras entre a escola e o contexto sociocultural, contribuindo para
o desenvolvimento das competências socioemocionais para lidar com os
conflitos e as adversidades sociais. Em consonância com a BNCC (2017)
orienta-se que, nos processos de ensino, se utilize os diversos tipos tex-
tuais e recursos midiáticos, tais como filmes, documentários, artigos de
jornais e revistas, simulações de experimentos, pautados na concepção
de se ter um estudante proativo, gerenciador do seu aprendizado.

Um Referencial para Educação Inclusiva


A educação inclusiva parte do princípio de que todos têm direito de
acesso ao conhecimento sem nenhuma forma de discriminação. Tem
como objetivo reverter a realidade histórica do país marcada pela desi-
gualdade e exclusão. A política educacional inclusiva do Referencial Curri-
cular de Alagoas é orientada pelo reconhecimento deste direito, respeito
28
38 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

à individualidade e valorização da diversidade. A educação é um direito


garantido a todas as pessoas, com ou sem deficiência, e obrigatória para
crianças, adolescentes e jovens dentro da faixa etária de 04 a 17 anos.
O Referencial Curricular de Alagoas preconiza e fundamenta a im-
portância para o território alagoano, da promoção da educação inclu-
siva, no que tange o Atendimento Educacional Especializado - AEE à
estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista, trans-
tornos globais de desenvolvimento, bem como o cuidado e o trabalho
individualizado de estudantes com altas habilidades e superdotação2.
O Atendimento Educacional Especializado - AEE oferecido ao estu-
dante é construído a partir das necessidades educacionais específicas
visando a definição dos recursos necessários e às atividades a serem de-
senvolvidas. A responsabilidade da elaboração do Plano de Atendimen-
to Educacional Especializado - PAEE, é do professor da Sala de Recursos
Multifuncionais - SRM em interlocução com o professor regente de aula
ou de turma. Para isso o professor da sala de AEE recebe da escola e famí-
lia do estudante informações sobre as suas necessidades específicas, em
relação a sua participação na escola e a sua aprendizagem. Essas informa-
ções devidamente fundamentadas são enviadas por meio de relatório e
anexada ao Plano de Desenvolvimento do Estudante - PDI com base nes-
tes dados o Professor de AEE elabora seu plano de atendimento.
Os recursos de acessibilidade na educação são aqueles que assegu-
ram aos estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida, condições
de acesso ao currículo para a utilização dos materiais didáticos e peda-
gógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de

2 Com base nos termos da Convenção da ONU de 13 de dezembro de 2006, Decreto Federal nº 196
de 09 de julho de 2008, da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de
2008, do Decreto Federal nº 7611/2011, da Resolução CNE 04/2009, da resolução CEE nº 460/2013, da
Resolução SEE/2197 de 26 de outubro de 2012, da Lei 12. 764 de 12 de dezembro de 2012, que institui a
Política Nacional de proteção dos direitos a pessoas com Transtorno do Espectro Autista, Lei 13.234 de 29
dezembro de 2015; que altera a Lei 9394 de 1996 ( LDB) para dispor sobre a identificação, o cadastramento e
o atendimento , na educação básica e na educação superior de estudantes com altas habilidades/superdo-
tação, Nota técnica nº 04/2014/MEC/SECADI/DEEE da Lei 13.146 Lei Brasileira de Inclusão de 06 de junho
de 2015, do Decreto nº 6.949 de 25 de agosto de 2009 que promulga a Convenção Internacional sobre os
direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinado em Nova York, em 30 de março
de 2007 e da Resolução nº 4 de 13 de julho de 2010; que define diretrizes curriculares nacionais gerais para a
Educação Básica tendo como fundamento garantir a democratização do acesso a inclusão, permanência e
conclusão com sucesso das crianças, jovens e adultos na educação na instituição Educacional a aprendiza-
gem para a continuação dos estudos e a extensão da obrigatoriedade e gratuidade da Educação Básica.
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 29
39

comunicação e informações. O atendimento que ocorre na SRM ca-


racteriza-se como um atendimento educacional especializado que visa
à complementação do atendimento educacional comum, no contra tur-
no de escolarização, para estudantes com quadros de deficiências ou de
transtornos globais do desenvolvimento ou que apresentem altas habi-
lidades/superdotação, matriculados em escolas comuns, em quaisquer
dos níveis de ensino.
No AEE, devem-se abordar questões pedagógicas que são diferen-
tes das oferecidas em escolas comuns e que são necessárias para melhor
atender as especificidades desses estudantes. As atividades da sala de
recursos não podem ser confundidas com aula de reforço, com o atendi-
mento clínico e tampouco, com um espaço de socialização. As atividades
desenvolvidas nesse serviço não devem ter como objetivo o ensino de con-
teúdos acadêmicos, tais como a Língua Portuguesa, a Matemática, dentre
outros. A finalidade do atendimento educacional especializado é promover
o desenvolvimento da cognição e metacognição, atividades de enriqueci-
mento curricular, ensino de linguagens e códigos específicos de comunica-
ção e sinalização, ajudas técnicas e tecnologias assistivas.
O professor de SRM pode atender os estudantes de forma individual
ou em pequenos grupos compostos por necessidades educacionais
semelhantes, em módulos, 02 vezes por semana, sendo a frequência
determinada pelo professor de sala de recurso e de acordo com o seu
plano de atendimento. Esse atendimento deve estar articulado com a
proposta pedagógica da escola de origem do estudante. O AEE integra a
proposta político-pedagógica da escola, envolve a participação da famí-
lia para garantir pleno acesso e participação dos estudantes e deve ser
realizado em articulação com as demais políticas públicas. A equipe da
escola deve trabalhar articuladamente com os profissionais da saúde,
da assistência social e das outras áreas afins, para atender toda a diver-
sidade dos seus estudantes.
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40 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

Contextualização, desdobramentos e temas


integradores e contemporâneos
O Referencial Curricular de Alagoas sugere Organizadores Curricu-
lares para Educação Infantil e Ensino Fundamental, conforme a BNCC,
orientando a organização do ensino e aprendizagem de competências e
habilidades descritas como saberes essenciais para todos os brasileiros
em escolarização. Destacamos que o Referencial Curricular de Alagoas é
a expressão do que concerne cada território, além do que já preconiza os
saberes essenciais da BNCC.
O trabalho didático-pedagógico desenvolvido pela escola, a partir dos
componentes curriculares, deve se organizar considerando as identidades
dos estudantes que, em linhas gerais se constituem uma rica heterogenei-
dade, presente no rosto das diversidades da sociedade brasileira, especial-
mente do território alagoano, advindas dos aspectos sociais, econômicos,
políticos, religiosos, culturais e ecológico.
O Referencial Curricular de Alagoas também estabelece que as diver-
sidades que constituem a sociedade brasileira e alagoana abrangem os
jeitos de ser, viver e pensar. O currículo escolar deve abordar as diversi-
dades como parte integrante das temáticas que constituem as relações
sociais. Dessa maneira, o caminho para a efetivação de uma sociedade
democrática, em que as diferenças sejam respeitadas e os direitos dos
diferentes sujeitos e grupos sociais sejam garantidos em suas represen-
tações, na organização social, política, econômica e cultural do país, só é
possível por um processo educativo que considere e respeite as diversi-
dades das construções humanas.
Portanto, o currículo escolar deve incluir na abordagem dos conteúdos
escolares as discussões sobre questões de gênero, étnico-raciais e reli-
giosas, multiculturalismo, entre outras. É necessário que a discussão das
diferenças faça parte do contexto escolar, compreendida a partir de suas
dimensões históricas e sociais e das relações que se estabelecem entre
os diferentes sujeitos de uma sociedade. As múltiplas relações sociais no
Brasil diferenciam homens e mulheres, heterossexuais e homossexuais,
negros, índios e brancos, restringindo os direitos e as oportunidades entre
os sujeitos em função da discriminação e do preconceito.
A Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental marcam
a entrada na educação escolar da criança em processo de formação e de-
ReferencialCurricular
Referencial Curricular de Alagoas
Alagoas--Educação Infantil
Ensino Fundamental 31
41

senvolvimento humano. Nessa perspectiva, a educação nessas etapas


da Educação Básica deve considerar os saberes socialmente construídos
pelo/a pequeno estudante, partindo de sua identidade e territorialidade,
trazendo à tona as práticas e o desenvolvimento de suas habilidades, re-
fletido em seu poder de intervenção social, a partir dos aspectos: sociais,
culturais, políticos, religiosos, étnico, geracionais, de gênero e diversida-
de sexual e ambientais.
O Referencial Curricular de Alagoas apresenta uma perspectiva de en-
sino e contextualização que parte dos saberes e identidades do território
alagoano, principalmente elementos das culturas indígenas e quilombo-
las: artesanato, pinturas corporais, danças, jogos, lutas, lendas, religião,
língua, origem, relações étnico raciais, território, história de Alagoas, his-
tória oral, costumes, tradições, processo de demarcação, remédios, chás,
interação com a fauna e flora e muito mais.
Dessa forma, a Escola, enquanto ambiente de sistematização de sa-
beres e enquanto espaço de democratização do acesso ao conhecimento
científico do ser humano, em sua prática pedagógica, deve se organizar
de tal forma que possa identificar práticas de preconceitos, rótulos e dis-
criminação presentes nas relações sociais a partir de discursos negativos,
para assim, trabalhar em sua base curricular a sensibilidade e o equilíbrio
do reconhecimento, do respeito, da valorização das diversidades presen-
tes no ser humano e sua participação na construção histórica e social para
a vida no planeta.
O Referencial Curricular de Alagoas apresenta, no Organizador Curri-
cular, os Desdobramentos Didático-Pedagógicos - DesDP que têm como
objetivo contextualizar e abordar os referenciais definidos nos espaços,
regiões, locais e territórios de Alagoas. O DesDP apresentam exemplos
e possibilidades, como sugestão para ampliar ações pedagógicas, sobre-
tudo para o ensino e desenvolvimento da aprendizagem significativa. As
etapas de Ensino, campos de experiências e componentes curriculares
são pautados no território alagoano, considerando os saberes essenciais
da BNCC e os saberes diversificados que precisam fazer parte do trabalho
curricular desenvolvido em cada escola.
A Resolução CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017, que institui e
orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respei-
tada obrigatoriamente ao longo das etapas e respectivas modalidades
no âmbito da Educação Básica, trata da parte diversificada, que deve ser
32
42 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

composta de elementos do território, contempla-


dos nos currículos escolares e nos documentos cur-
riculares dos sistemas de ensino:

Art. 7º Os currículos escolares relativos a todas as etapas e


modalidades da Educação Básica devem ter a BNCC como
referência obrigatória e incluir uma parte diversificada,
definida pelas instituições ou redes escolares de acordo
com a LDB, as diretrizes curriculares nacionais e o atendi-
mento das características regionais e locais, segundo nor-
mas complementares estabelecidas pelos órgãos norma-
tivos dos respectivos Sistemas de Ensino. Parágrafo único.
Os currículos da Educação Básica, tendo como referência à
a BNCC, devem ser complementados em cada instituição
escolar e em cada rede de ensino, no âmbito de cada sis-
tema de ensino, por uma parte diversificada, as quais não
podem ser consideradas como dois blocos distintos jus-
tapostos, devendo ser planejadas, executadas e avaliadas
como um todo integrado.

Os Desdobramentos Didático-Pedagógico - Des-


DP, enquanto estratégia do Referencial Curricular de
Alagoas, apresentam os elementos do território Ala-
goas, observando diversos aspectos e possibilidades
de interlocução com este território.
Para Educação Infantil, o Referencial Curricular
de Alagoas, apresenta no Organizador Curricular os
Campos de Experiências, Objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento, Grupos por faixas etárias e os
DesDP, com a seguinte estrutura:
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 33
43

Organizador Curricular - Educação Infantil

Campos de Experiências

Crianças bem
Bebês Crianças pequenas Grupos por Faixas etárias
pequenas
Objetivos de Aprendiza-
gem e Desenvolvimento
DesDP DesDP DesDP

Para Ensino Fundamental, o Referencial Curricular de Alagoas, apresenta no


Organizador Curricular Campos de Atuação, Práticas de Linguagem3, Objeto de
Conhecimento, Habilidades e os DesDP, com a seguinte estrutura:

Organizador Curricular - Ensino Fundamental

Campos de Atuação ou Práticas de Objeto de Habilidades DesDP


Unidades Temáticas Linguagem³ Conhecimento

As perspectivas do território alagoano são contempladas pelos DesDP, abor-


dando exemplos ou sugestões locais. Importante destacar que os DesDP não
esgotam as possibilidades de interação e intervenção didático-pedagógicas
com o território.
O trabalho didático-pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar nos
Sistemas de Ensino e território de Alagoas abrange a intervenção e modificação
das relações com o mundo que vivemos, para tanto os projetos integradores,
transversais e interdisciplinares abordam uma variedade complexa de Temas
Integradores e Contemporâneos, que estarão sempre presentes no desenvol-
vimento do ensino e aprendizagem. É importante acrescentar que os currícu-
los da Educação Básica, tendo como referência a BNCC, devem também incluir
3 Coluna exclusiva do organizador curricular do componente Língua Portuguesa
34
44 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

temas transversais, que tratem de questões contemporâneas relevantes


para o desenvolvimento da cidadania que afetam a vida humana em esca-
la local, regional e global.
A inclusão de temas transversais, de forma integradora, por outro lado,
propicia efetiva integração interdisciplinar e contextualizadora de sabe-
res de diferentes disciplinas e áreas de conhecimento. É oportuno regis-
trar que alguns temas transversais são exigidos por legislação e normas
específicas, tais como o processo de envelhecimento, respeito e valori-
zação do idoso (Leis nº 8.842/1994 e nº 10.741/2003), direitos da crian-
ça e do adolescente (Lei nº 8.069/1990), educação para o trânsito (Lei nº
9.503/1997), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999 , Parecer CNE/CP
nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/2012), educação alimentar e nutri-
cional (Lei nº 11.947/2009), educação em direitos humanos (Decreto nº
7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/2012),
educação das relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afro-
-brasileira, africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Pare-
cer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/2004), bem como saúde,
sexualidade e gênero, vida familiar e social, educação digital, educação
para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecno-
logia e diversidade cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução
CNE/CEB nº 7/2010).

Avaliação para uma Educação Integral


A avaliação definida pelo Referencial Curricular de Alagoas é en-
tendida como processo contínuo de apropriação, construção e reconstru-
ção da aprendizagem, como ação educativa e se dará de forma contínua e
cumulativa. Contínua, porque ocorrerá ao longo dos processos de ensino
e de aprendizagem, no qual o professor deverá selecionar e elencar os ins-
trumentos avaliativos que serão utilizados a partir das competências e ha-
bilidades básicas de cada componente curricular. Cumulativa, por ser um
processo gradativo de aprendizagem, fortalecendo o conhecimento cons-
truído pelo estudante e, servindo de “ponte” para novas aprendizagens.
Essas concepções de avaliação deverão ser vivenciadas em todas
as etapas e modalidades da Educação Básica, observando as especifi-
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 35
45

cidades de cada uma. Nesse contexto, não se pode,


nem se deve avaliar sob uma única visão, mas com
um olhar político-pedagógico que oportunize a to-
dos o êxito escolar e o prosseguimento nos estu-
dos, conduzindo os estudantes às oportunidades
de desenvolvimento enquanto seres conscientes,
éticos e críticos, inserindo-os no mundo do traba-
lho, da inovação, tecnologias e da informação.
A avaliação que possibilite a formação integral
deve estar ancorada em um ensino que tenha por ob-
jetivo o desenvolvimento, de todas as capacidades
da pessoa humana, e não apenas voltada para os as-
pectos cognitivos. Assim, a avaliação faz sentido nas
aprendizagens de natureza sociocultural, quando en-
volve as dimensões afetivas, emocionais, biológicas,
simbólicas, éticas, estéticas e outras que contribuem
para a formação humana. Nessa forma de verificação
de aprendizagem, há uma conversão dos métodos de
correções tradicionais (verificação de erros e acertos)
em métodos investigativos, capazes de indicar as al-
ternativas de solução e tipos de intervenções peda-
gógicas necessárias em cada situação de aprendiza-
gem do sujeito envolvido no processo.
A avaliação no contexto da Educação Integral
considera perspectivas para maior reflexão frente os
processos e formas de promoção do ensino, tempos
e espaços de aprendizagem, bem como qualidade de
ensino. A rede estadual de São Paulo, por meio do do-
cumento “Diretrizes do Programa de Ensino Integral”
elenca os seis princípios norteadores da avaliação em
Educação Integral, São Paulo (2018)4:

4 Centro de Referências em Educação Integral https://educacaointegral.


org.br/glossario/avaliacao-na-educacao-integral/
36
46 - -ALAGOAS,
ALAGOAS,UM
UMTERRITÓRIO
TERRITÓRIO DE
DE APRENDIZAGENS
APRENDIZAGENS- -

#1. Quem avalia tem decisões a tomar no sentido de qualificar o que


está sendo avaliado: o avaliador deve refletir sobre a atribuição de valor
nos processos de ensino e aprendizagem;

#2. A avaliação está a serviço da formação do educando e não o inverso.


Da maneira como a escola está tradicionalmente organizada, os processos
avaliativos costumam determinar os conteúdos de ensino, e desta forma a
educação acaba perdendo sua função original (a desenvolver habilidades e
competências para a vida, garantir o desenvolvimento integral, etc). A avalia-
ção deve portanto servir à melhoria do ensino, e não o contrário.

#3. A avaliação deve ir além da verificação da aprendizagem. O re-


sultado das avaliações de aprendizagem deve necessariamente servir
como ponto de partida para uma reflexão aprofundada dentro da escola:
os resultados avaliativos só têm sentido na medida em que servem para
orientar os próximos passos do planejamento e oferecer diretrizes para a
tomada de decisões.

#4. A avaliação expressa valores, concepções, crenças e o posicio-


namento político-ideológico do avaliador. Não existe processo avaliativo
neutro. A concepção do que é um “educador” e um “educando” se traduz
nos mecanismos avaliativos utilizados. Se por exemplo o educando é en-
tendido como alguém que deve acumular informações, a avaliação medirá
o número de informações memorizadas (“provas”). Se, por outro lado, o
educando for compreendido como um ser potente, capaz de aprender e
dotado de saberes, a avaliação terá um caráter mais dinâmico, processual
e com função diagnóstica.

#5. O melhor procedimento de avaliação é o procedimento de ensi-


no. É impossível educar sem avaliar. Na medida em que se devem inves-
tigar os conhecimentos prévios dos educandos antes de iniciar novos
percursos de aprendizagem, a avaliação é parte inerente do processo de
educação.

#6. O ‘produto’ do trabalho do professor não é a aula, mas sim a apren-


dizagem do estudante. O professor deve direcionar suas estratégias e mé-
todos de ensino para atender as necessidades específicas dos estudantes.
ReferencialCurricular
Referencial Curricularde
deAlagoas
Alagoas-- Ensino
Educação Infantil
Fundamental 37
47

Na perspectiva da Educação Integral, a avaliação


é muito mais que o desempenho dos estudantes pois
considera a gestão educacional e a atividade docente
como processos que devem ser avaliados, dentro de um
contexto de ação-reflexão-ação, promovendo replane-
jamento em todas as instâncias de gestão.
Salientamos, que o Referencial Curricular de Alagoas
apresenta um olhar diferenciado e ampliado para avalia-
ção na perspectiva da Educação Integral. Os aprendiza-
dos não se referem apenas às habilidades acadêmicas e
conteúdos escolares, mas passam por habilidades so-
cioemocionais, de convivência, de respeito à diversida-
de, de estar e agir no mundo: os aprendizados atitudinais
também precisam ser contemplados nos processos ava-
liativos em Educação Integral. Segundo Antoni Zaballa,
no livro “Prática educativa: como ensinar”, os conteúdos
e competências a serem avaliados devem considerar ca-
pacidades motoras, de equilíbrio, autonomia, relação in-
terpessoal e inserção social.
A avaliação em Educação Integral é sobretudo uma
avaliação processual, muito mais do que uma avaliação
de resultados. Uma vez que o ponto de partida é a sin-
gularidade de cada estudante, torna-se difícil estabe-
lecer parâmetros universais. A avaliação deve conside-
rar os saberes prévios dos estudantes, o que querem
aprender, quais suas formas de aprendizado. A partir
de uma avaliação inicial, pode-se não apenas conhecer
o estudante, como traçar estratégias metodológicas
de ensino para atender às suas próprias necessidades
e interesses. A avaliação em educação integral é, por-
tanto, um instrumento processual de acompanhamen-
to da aprendizagem tanto pelo estudante como pelos
que promovem o ensino e aprendizagem, contemplan-
do os diversos saberes, aproximando os conteúdos
escolares dos saberes comunitários de cada território,
convidando o avaliando a se auto avaliar e a traçar seu
próprio percurso nos caminhos do conhecimento.
NAEDJA MARIA DOS SANTOS- ESCOLA ESTADUAL SANTOS FERRAZ
APRESENTAÇÃO
DA ETAPA ENSINO
FUNDAMENTAL
É com grande satisfação que apresentamos à
comunidade escolar e toda sociedade alagoana, o
Referencial Curricular de Alagoas para o Ensino Fun-
damental.   Neste documento, são apresentadas es-
pecificidades da prática pedagógica que se traduzirão
no currículo, compondo um conjunto de reflexões e
orientações didáticas   para os educadores que atuam
nas áreas do conhecimento dos Anos Iniciais e Finais.
Ao propor este documento curricular, a partir do
texto introdutório, busca-se garantir uma abordagem
do conhecimento científico e escolar,  contemplando
questões como diversidade, preservação ambiental,
desenvolvimento sustentável, relações afetivas, ino-
vação e o uso das tecnologias.
A necessidade do nosso Estado em reelaborar o Re-
ferencial Curricular para o Ensino Fundamental se deu
pela relevante aproximação da prática educacional às
orientações expressas na Base Nacional Comum Cur-
ricular. Para tanto, são apresentados elementos estru-
turantes que devem ser adotados nos currículos e na
prática como forma de garantir um ensino fundamental
enquanto direito do estudante, a partir de suas especificida-
des com foco em seu desenvolvimento integral, consideran-
do as particularidades regionais e locais com a participação
de todos os interessados e responsáveis.
O Referencial do Ensino Fundamental está fundamenta-
do nas dez competências gerais da BNCC, desdobrando-se
nas áreas do conhecimento: Linguagem (Língua Portugue-
sa, Arte, Educação Física e Língua Inglesa), Matemática,
Ciências Humanas (Geografia e História) e Ciências da Na-
tureza. As competências específicas de cada área estão
apresentadas nos componentes curriculares, a fim de pre-
parar o leitor para compreender as competências do com-
ponente curricular.
A construção do referencial para o Ensino Fundamen-
tal foi organizado em 04 etapas: (i) reunião de organização
e rotina da equipe; (ii) composição e reuniões com grupos
de trabalho (GT) com professores e especialistas para dis-
cussão e troca de conhecimentos entre os membros sob
a coordenação dos redatores; (iii) estudo comparativo dos
referenciais curriculares da rede estadual de Alagoas e dos
municípios de Maceió, Penedo e Teotônio Vilela; (iv) encon-
tros e imersão em comunidades indígenas e tradicionais de
Alagoas, a fim de subsidiar e garantir a contextualização dos
territórios alagoanos no texto.
O Referencial Curricular de Alagoas, para os Anos Ini-
ciais e Finais do Ensino Fundamental, traz a discussão dos
sujeitos que queremos formar, do processo de transição e
progressão entre as etapas, além de sugestões e possibili-
dades com o objetivo de subsidiar os professores em suas
atividades pedagógicas levando-se, em consideração, os
elementos dos territórios alagoanos.
Assim, convidamos todos a interagir neste território de
possibilidades. Vamos lá?!
TEXTO INTRODUTÓRIO
LINGUAGENS
A linguagem, conforme os Parâmetros Curricula-
res Nacionais, é “uma forma de ação interindividual
orientada para uma finalidade específica; um proces-
so de interlocução que se realiza nas práticas sociais
existentes numa sociedade, nos distintos momentos
de sua história” (BRASIL, 1998, p. 20).
Em consonância com a quarta competência geral
da BNCC (2017), as atividades humanas realizam-se
nas práticas sociais, mediadas por diferentes lingua-
gens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e, contemporanea-
mente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas
interagem consigo mesmas e com os outros, consti-
tuindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações,
estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores
culturais, morais e éticos.
As linguagens são utilizadas para a produção de
conhecimentos e compreensão dos fenômenos natu-
rais, sociais e culturais, contribuindo para a interação
das demais áreas. A linguagem, verbal ou não verbal1,
serve de meio de comunicação de ideias ou sentimen-
tos, podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos
sentidos, o que leva a distinguirem-se várias espécies
de linguagens: visual, auditiva, tátil, entre outras. A or-
ganização e sistematização da área da linguagem na
Educação Básica envolvem os componentes curricu-
lares de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, Arte
e Educação Física. Esses componentes integram con-
cepções relacionadas às atividades humanas media-
das por diferentes linguagens.
Esta articulação resgata a unidade no desen-
volvimento na aquisição do conhecimento curri-
cular, de modo a potencializar o desenvolvimento
1 A linguagem não verbal utiliza-se do desenho, da dança, dos sons, dos
gestos, da expressão fisionômica, das cores.
54 - LINGUAGENS -

das respectivas competências música, na escultura, na pintura,


e habilidades, integrando os co- na dança no teatro e outras. Con-
nhecimentos científico, acadê- forme a terceira competência ge-
mico e escolar, conforme a BNCC ral da BNCC, “valorizar e fruir as
(2017), documento norteador do diversas manifestações artísticas
nosso referencial. A integração e culturais, das locais às mundiais,
dos componentes curriculares da e também participar de práticas
área perpassa: diversificadas da produção artís-
Pelo componente Língua Por- tico cultural”. Associados e es-
tuguesa, no qual cabe o trabalho timulados pelo contexto em que
em uma perspectiva enuncia- o ser humano se encontra e sua
tivo-discursiva, evidenciando a identidade social, os modos de fa-
linguagem em uso, proporcionan- zer arte possibilitam a criação de
do aos estudantes experiências símbolos que, de alguma maneira,
de letramentos sociais, dentro e expressam o que não está aparen-
fora do espaço escolar, de forma a te, dando-lhe sentido, falando ao
possibilitar a participação signifi- sentimento e à imaginação.
cativa e crítica nas diversas práti- A Educação Física é o compo-
cas sociais permeadas/constituí- nente curricular que tematiza as
das pela oralidade, pela escrita e práticas corporais; onde os sujeitos
por outras linguagens. são oportunizados a compreender,
Língua Inglesa que, por sua vez, refletir criticamente, interpretar e
exerce grande influência para a for- recriar valores, sentidos e significa-
mação do educando, contribuindo dos às diversas manifestações das
para melhorar sua comunicação, práticas corporais, reconhecendo
aumentar seu repertório cultural, a historicidade da cultura corporal
inserir-se, responsavelmente, na de movimento e suas relações com
cultura digital e argumentar usan- a organização da vida de forma in-
do textos, orais e escritos, para dividual e coletiva, como também o
efetivar seus argumentos. respeito à cultura e às origens das
A Arte é uma forma do ser hu- práticas corporais, sem exclusão
mano expressar suas emoções, para todos que a praticam.
sua história, sua cultura através de É pela linguagem que se
valores estéticos, beleza, harmo- podem construir os quadros
nia, equilíbrio e outros. Inúmeras de referências culturais, como
são as formas em que a arte pode concepções e ideologias, mitos,
ser representada, em especial na representações, conhecimento
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 55

científico e arte. A linguagem oral, relevante que compreendam que


escrita, imagética ou corporal, faz as linguagens são dinâmicas, e que
parte da atividade discursiva, ou todos participem desse proces-
seja, do ato de falar, de expressar so de constante transformação
claramente ideias, informações ou (BNCC, 2017).
sentimentos a alguém. É importante considerar, tam-
A sistematização das lingua- bém, o aprofundamento da re-
gens produz um conjunto de dis- flexão crítica sobre os conhe-
posições e atitudes, como ler, in- cimentos dos componentes da
terpretar, pesquisar, selecionar área, dada a maior capacidade de
informações, analisar, argumentar abstração dos estudantes no En-
e produzir textos orais e escritos. sino Fundamental. Essa dimensão
Sobretudo “valorizando e utilizan- analítica é proposta não como fim,
do os conhecimentos historica- mas como meio para a compreen-
mente construídos sobre o mundo são dos modos de se expressar e
físico, social, cultural e digital para de participar no mundo, consti-
entender e explicar a realidade tuindo práticas mais sistemati-
[...]”, conforme a primeira compe- zadas de formulação de questio-
tência geral da BNCC (2017). namentos, seleção, organização,
A linguagem possibilita ao ho- análise e apresentação de desco-
mem a apreensão do mundo ex- bertas e conclusões.
terior, dando-lhe meios para se Dessa forma, cabe-nos refle-
posicionar criticamente perante os tir: Que cidadão queremos for-
outros, tornando-o agente trans- mar? sujeitos autônomos, criati-
formador. Dessa forma, a lingua- vos, que consigam interagir, que
gem é compreendida como o maior possam aprofundar uma reflexão
mediador da convivência humana, de forma crítica e promover mu-
assim como das transformações danças na sua realidade. É deste
que a educação busca. cidadão que o mundo atual ne-
Garantir os direitos de apren- cessita e para quem nosso refe-
dizagem relacionados às múltiplas rencial precisa oportunizar.
linguagens é dever da escola, e o Considerando o exposto e em
mais importante é que os estu- articulação com as competências
dantes se apropriem das especi- gerais da Educação Básica, a área
ficidades de cada linguagem, sem de Linguagens deve garantir aos
perder a visão do todo no qual elas alunos o desenvolvimento de com-
estão inseridas. Mais do que isso, é petências específicas, apresenta-
56 - LINGUAGENS -

das no quadro a seguir.


COMPETÊNCIAS flitos e à cooperação.
ESPECÍFICAS DE
LINGUAGENS PARA O 4. Utilizar diferentes linguagens
para defender pontos de vista
ENSINO FUNDAMENTAL
que respeitem o outro e pro-
movam os direitos humanos,
1. Compreender as linguagens a consciência socioambien-
como construção humana, tal e o consumo responsável
histórica, social e cultural, de em âmbito local, regional e
natureza dinâmica, reconhe- global, atuando criticamente
cendo-as e valorizando-as frente a questões do mundo
como formas de significação contemporâneo.
da realidade e expressão de
subjetividades e identidades
5. Desenvolver o senso esté-
tico para reconhecer, fruir e
sociais e culturais.
respeitar as diversas mani-
2. Conhecer e explorar di- festações artísticas e cultu-
versas práticas de lingua- rais, das locais às mundiais,
gem (artísticas, corporais inclusive aquelas perten-
e linguísticas) em diferen- centes ao patrimônio cul-
tes campos da atividade tural da humanidade, bem
humana para continuar como participar de práticas
aprendendo, ampliar suas diversificadas, individuais e
possibilidades de partici- coletivas, da produção ar-
pação na vida social e cola- tístico-cultural, com respei-
borar para a construção de to à diversidade de saberes,
uma sociedade mais justa, identidades e culturas.

3.
democrática e inclusiva.
Utilizar diferentes lingua-
6. Compreender e utilizar tec-
nologias digitais de infor-
gens – verbal (oral ou vi- mação e comunicação de
sual-motora, como Libras, forma crítica, significativa,
e escrita), corporal, visual, reflexiva e ética nas diversas
sonora e digital –, para se práticas sociais (incluindo as
expressar e partilhar in- escolares), para se comuni-
formações, experiências, car por meio das diferentes
ideias e sentimentos em linguagens e mídias, produ-
diferentes contextos e pro- zir conhecimentos, resolver
duzir sentidos que levem ao problemas e desenvolver
diálogo, à resolução de con- projetos autorais e coletivos.
Fonte: (BNCC, 2017)
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 57

As competências específicas da
área da linguagem corroboram com as
competências gerais da BNCC (2017),
mais especificamente a terceira com-
petência específica em consonância
com a quarta competência geral, que
remete às diferentes linguagens com
o objetivo de [...] expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos
e produzir sentido que levem ao en-
tendimento mútuo.
A sexta e última competência espe-
cífica da área da linguagem dialoga em
conformidade com a quinta competên-
cia geral da BNCC (2017), em relação
às TDIC (Tecnologias Digitais de Infor-
mação e Comunicação): Compreender,
utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética
nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, aces-
sar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.
O objetivo dessa área de conhe-
cimento é possibilitar, assim, que os
estudantes usem adequadamente a
linguagem e produzam novos conhe-
cimentos, sobretudo, tendo-a como
elemento de integração social que os
permita desenvolver e manifestar ha-
bilidades em sua vida cotidiana.
LINGUAGENS
LÍNGUA PORTUGUESA

EMILLY CRISTINY FERREIRA DE LIMA – ESCOLA ESTADUAL PRINCESA ISABEL


Língua Portuguesa
INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 61
CONTEXTO HISTÓRICO DO COMPONENTE CURRICULAR, LÍNGUA PORTUGUESA.............64

CONCEPÇÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA................................................................ 67


3.1 Atualizações trazidas pela BNCC...................................................................................67
3.2 Reflexões sobre letramento digital................................................................................68

CONTEXTUALIZANDO AS COMPETÊNCIAS............................................................ 69
4.1 Competências de LP dialogando com as Competências Gerais..................................69
4.2 Competências Específicas da LP....................................................................................71

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO COMPONENTE LÍNGUA PORTUGUESA .............. 75

ORGANIZADOR CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA........................................ 75


6.1 Os campos de atuação ...................................................................................................76
6.2 As práticas de linguagem ...............................................................................................77
6.3 Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP).......................................................91

Língua Portuguesa - Anos Iniciais


7. PROCESSOS NOS ANOS INICIAIS......................................................................... 92
7.1 Alfabetização...................................................................................................................92
7.2 Ortografização................................................................................................................94
7.3 Letramento .....................................................................................................................94

8. LETRAMENTO DIGITAL, DURANTE A ALFABETIZAÇÃO........................................ 95

9. ANOS INICIAIS POR EIXOS (PRÁTICAS DE LINGUAGEM)....................................... 95


9.1 Oralidade.........................................................................................................................95
9.2 Análise Linguística/Semiótica........................................................................................95
9.3 Leitura/Escuta ................................................................................................................96
9.4 Produção de Textos .......................................................................................................96

Língua Portuguesa - Anos Finais


10. CAMPOS DE ATUAÇÃO NOS ANOS FINAIS........................................................... 98
10.1 Campo jornalístico........................................................................................................98
10.2 Campo de atuação da vida pública ..............................................................................98
10.3 Campo das práticas investigativas..............................................................................98
10.4 Campo artístico-literário..............................................................................................98

11. TRANSIÇÃO ENTRE ETAPAS............................................................................... 100


11.1 Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental Anos Iniciais em
Língua Portuguesa........................................................................................................100
11.2 Transição dos Anos Iniciais para os Anos Finais do Ensino Fundamental.................101
11.3 Transição dos Anos Finais do Ensino Fundamental para o Ensino Médio.............. 102

12. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 104


1. INTRODUÇÃO
O Componente Curricular, Língua
Portuguesa (LP), apresenta uma pro-
posta contextualizada e alinhada à reali-
dade do Estado de Alagoas, dialogando
com os documentos nacionais, regio-
nais e municipais que norteiam o ensi-
no e a aprendizagem em nosso país. O
texto se fundamenta na Base Nacional
Comum Curricular – BNCC (2017), um
dos marcos legais mais recentes, em se
tratando de Referencial Curricular.
Partindo das dificuldades encon-
tradas no cotidiano das escolas, rela-
cionadas a oralidade leitura, escrita,
análise linguística/semiótica e inter-
pretação de textos, conforme vemos
nos resultados das avaliações exter-
nas, vê-se a importância do currículo
e sua aplicabilidade para a garantia da
consolidação das competências e ha-
bilidades, trazidas pela BNCC. Dessa
forma, este documento colaborará
para que cada profissional docente,
que compõe a educação de Alagoas,
possa atuar, em virtude da transfor-
mação necessária que nossos estu-
dantes, da rede municipal, estadual
e particular, possam desenvolver as
competências desejadas para cada
62 - LÍNGUA PORTUGUESA -

segmento da educação básica, no elevando a importância de inserir,


Estado de Alagoas. no contexto escolar, as práticas de
A partir deste referencial, a linguagem, presentes no cotidiano
escola precisará reformular o seu dos estudantes, explorando a orali-
Projeto Político Pedagógico, en- dade, a escrita a produção de texto
quanto documento, autônomo, e a leitura. Amplia-se, assim, suas
vivo, adequado ao seu alunado e formas de letramento, conforme o
às características do local, onde a que propõe a BNCC para o ensino
escola se encontra, mas sempre de Língua Portuguesa.
buscando diálogo com o global, ga- Com base nas competências
rantindo as melhores oportunida- gerais da BNCC, o ensino da Lín-
des possíveis de desenvolvimento gua Portuguesa, se articula com
para os educandos. Dessa forma, os outros componentes curricula-
a equidade apresentada na BNCC res, reafirmando o caráter integral
se consolida, respeitando as parti- do ensino no cumprimento de sua
cularidades locais, com as compe- função social. As competências es-
tências e habilidades específicas pecíficas da LP corroboram para os
do componente, que são comuns direitos de aprendizagem e deve-
e devem estar presentes, em todas res de ensino, devem contemplar
as unidades escolares de ensino, o indivíduo de forma contextuali-
do Estado de Alagoas. zada à atualidade, garantindo aos
Apresentam-se aqui, neste do- estudantes, dessa forma, o acesso
cumento, as concepções históricas à diversidade textual nas múltiplas
que envolvem o ensino da Língua situações comunicativas da lingua-
Portuguesa no Brasil e a relevância gem.
de um ensino com foco nas práticas O componente curricular LP
de linguagem. apresenta um ensino baseado em
O ensino da língua está embasa- competências e habilidades, con-
do na concepção de que o sujeito é forme propõe a BNCC e, sobre-
constituído pela linguagem em uso, tudo, objetiva o ensino de forma
através de sua ação em práticas integrada com práticas de lingua-
sociais vivenciadas, principalmen- gem organizadas, a partir de eixos
te, em nosso território alagoano. e dimensões, contemplando cam-
Nesse sentido, o documento traz pos de atuação que se inter-rela-
o ensino da Língua Portuguesa na cionam com o uso e a reflexão da
perspectiva dos multiletramentos, linguagem sem, no entanto, deixar
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 63

de lado, o ensino da norma-padrão conhecimentos, assim como a na-


da língua, sobretudo as normas tureza das mediações de cada eta-
gramaticais da língua, na prática de pa, o Referencial apresenta o perfil
linguagem Análise Linguística/Se- desejável para a transição do estu-
miótica, de forma contextualizada dante entre as etapas subsequen-
ao uso e a reflexão da linguagem. tes, com enfoque no equilíbrio e
Propõe-se, para os Anos Ini- na linearidade das competências e
ciais do ensino fundamental, como habilidades que compõem o com-
práticas de linguagem, apresentar ponente curricular de LP.
dois processos de análise linguísti- O organizador curricular con-
ca/semiótica: alfabetização, nos 1º templa os campos de atuação, as
e 2º anos, e ortografização, para os práticas de linguagem, os objeto
3º ao 5º anos, como também os as- de conhecimento, as habilidades
pectos notacionais, sendo o letra- como práticas cognitivas e socioe-
mento comum para os dois ciclos. mocionais e os desdobramentos
Nos Anos Finais do Ensino didático-pedagógicos, refletindo
Fundamental, o jovem é mais par- sobre o trabalho com as habilida-
ticipativo e mais crítico em situa- des específicas, oferecendo pos-
ções comunicativas e interage sibilidades para o desenvolvimento
com um número de pessoas cada da ação docente.
vez maior. Nessa etapa, se faz O componente curricular LP
necessário um aprofundamento busca o cumprimento de sua fun-
na abordagem do trabalho com ção social, no sentido de levar o
os gêneros textuais que circulam estudante à prática social, através
em todas as esferas comunicati- das linguagens presentes em seu
vas, do ponto de vista geral, mas cotidiano, assim como também
priorizando as especificidades dos qualificar para a cidadania e capa-
gêneros que permeiam nosso co- citar para o aprendizado perma-
tidiano, com foco em estratégias nente. Nesse sentido, cabe aqui
linguístico-discursivas. reiterar que aprender uma língua é
Para garantir a integração e mais que aprender palavras e suas
continuidade dos processos de regras combinatórias, é apreender
aprendizagem do componente seus sentidos culturais e o modo
curricular de LP e, respeitando suas como as pessoas entendem e in-
singularidades e as diferentes rela- terpretam a realidade e a si mes-
ções que elas estabelecem com os mas nos processos de interação
social.
64 - LÍNGUA PORTUGUESA -

falta de coesão textual, pobreza de


vocabulário etc.) colocou em xeque
2. CONTEXTO o modelo adotado e, diante das
HISTÓRICO DO críticas e protestos, a disciplina de
COMPONENTE Comunicação e Expressão acabou
CURRICULAR, sendo extinta, retomando-se o en-
LÍNGUA sino de Português.
PORTUGUESA Nesse período, incrementou-
-se a discussão sobre o uso da gra-
Em consonância com as dimen- mática e das normas cultas, se elas
sões social e histórica, as discipli- aprisionam a língua ou não. Assim,
nas curriculares são compreendi- alguns linguistas teceram consi-
das, não apenas como instâncias derações sobre o ensino da língua.
de transposição didática de conhe- Evanildo Bechara, por exemplo, de-
cimentos produzidos pelas ciên- fendia que, tanto o uso privilegiado
cias de referência, mas a área que da gramática normativa, como da
permite socializar elementos in- pura oralidade, era um equívoco,
ternos e externos, não apenas que pois não existia uma única língua
reproduzem ou divulgam ideias e, padrão, assim como a língua fun-
sim, produzem saberes e práticas cional, falada por cada um, tinha
próprias que compõem a cultura no uma gramática intrínseca. Em con-
universo escolar. sonância, Luft criticava o “ensino
Com a publicação da Lei de Di- opressivo da língua materna”, uma
retrizes e Bases da Educação Na- vez que propunha que o ponto de
cional (LDB) 5.692/1971, o ensino partida para o ensino da língua fos-
de Língua Portuguesa foi trans- se a gramática que o estudante do-
formado em Comunicação e Ex- minava em sua fala.
pressão. Como consequência de De acordo com os Parâmetros
tais diretrizes, os exercícios de ex- Curriculares Nacionais (1998, p.
pressão oral passaram a integrar 19), entre as críticas mais frequen-
boa parte dos livros didáticos e os tes que se faziam ao ensino tradi-
textos literários mais elaborados cional destacavam-se:
foram substituídos por crônicas de
linguagem coloquial. “a desconsideração da realidade
Na década de 1980, o péssimo e dos interesses dos estudantes;
rendimento dos estudantes em a excessiva escolarização
redação (inúmeros erros na grafia, das atividades de leitura e de
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 65

produção de texto; o uso do texto nova crítica do ensino de Língua


como expediente para ensinar Portuguesa, no entanto, só se es-
valores morais e como pretexto tabeleceria mais consistentemen-
para o tratamento de aspectos te no início dos anos 80, quando
gramaticais; a excessiva valorização as pesquisas produzidas por lin-
da gramática normativa e a guistas, independente da tradição
insistência nas regras de exceção, normativa e filológica e os estudos
com o consequente preconceito desenvolvidos em variação linguís-
contra as formas de oralidade tica e psicolinguística, entre outras,
e as variedades não-padrão; o possibilitaram avanços nas áreas
ensino descontextualizado da de educação e psicologia da apren-
metalinguagem, normalmente dizagem, principalmente no que se
associado a exercícios mecânicos refere à aquisição da escrita.
de identificação de fragmentos Língua e pensamento são
linguísticos em frases soltas; conceitos inseparáveis, interde-
a apresentação de uma teoria pendentes. Enquanto se aprende
gramatical inconsistente uma língua, estrutura de língua, desen-
espécie de gramática tradicional volvem-se os esquemas mentais
mitigada e facilitada.” pela possibilidade de abstrair das
coisas e do tempo que a língua per-
O ensino da Língua Portuguesa mite. Processos e procedimentos
apresenta algumas alterações no linguísticos favorecem o pensa-
decorrer dos tempos, tais como: o mento e a sua organização (COR-
nome do componente; as mudan- REIA, 2003, p. 511).
ças em seus conteúdos e objetivos; Nos últimos anos, vem se for-
a ruptura em relação ao ensino tra- mando um consenso entre os es-
dicional, que se fundamentava no tudiosos da língua de que os pro-
ensino da gramática. Porém, ao se- cessos, de ensino, e aprendizagem
rem observados separadamente, inicial de leitura e escrita e dos dife-
os fatores relativos ao didático, ao rentes usos da linguagem, devem
acadêmico e ao oficial, percebe-se ocorrer de modo simultâneo, desde
que cada uma dessas três esferas o momento em que a criança entra
contribuiu de modo diferenciado e na escola. Isso pressupõe garantir
significativo para aumentar o con- o acesso à diversidade de textos e
junto de forças que precisaria ser de situações comunicativas de uso
efetivada para tais mudanças. da linguagem, bem como a oportu-
Conforme os PCNs (1998), a nidade de refletir cotidianamente
66 - LÍNGUA PORTUGUESA -

sobre as características e o funcio- apropriadamente às situações e


namento da linguagem. aos propósitos definidos”
Atualmente, na perspectiva dia- (PCN BRASIL: MEC/SEF, 1998 P. 19).
lógica de trabalho do componente Nesse sentido, o fenômeno da
curricular Língua Portuguesa, há um variação linguística ganha desta-
destaque para a característica cons- que, uma vez que em situações de
titutivamente heterogênea da lín- uso, as variedades linguísticas apa-
gua. Torna-se o texto, portanto, uma recem, sendo, portanto, uma das
ocorrência comunicativa e também competências de Língua Portugue-
o produto da atividade discursiva oral sa, trazidas pela BNCC, a de com-
ou escrita que forma um todo signi- preender esse fenômeno, demons-
ficativo, independentemente da sua trando atitude respeitosa, diante de
extensão. Para que um texto seja vis- variedades linguísticas e rejeitando
to como texto, ele precisa ser com- preconceitos linguísticos.
preendido como unidade significati- É importante ressaltar que não
va global e não pela “soma” de suas se trata de propor um olhar ape-
partes, isto é, ele deve ser formado nas para os indícios gramaticais
por um conjunto de relações estabe- das variedades possíveis de serem
lecidas a partir de vários elementos observados nos níveis fonéticos,
de textualidade, caso contrário, po- fonológicos, morfológicos, lexicais
derá não passar de uma sequência e sintáticos da língua mas, sobre-
de frases desconexas. tudo, para as diferenças valorativas
Pode-se dizer que hoje é pra- que hierarquizam as variedades.
ticamente consensual que as prá- Os grupos sociais fazem diferen-
ticas devem partir do uso possí- tes avaliações em relação a alguns
vel aos estudantes para permitir usos de linguagem, ficando assim
a conquista de novas habilidades estabelecida uma espécie de dife-
linguísticas, particularmente da- rença de classe social em relação a
esses usos, uma vez que
quelas associadas aos padrões da escrita, sempre consi- algumas variedades são
derando que: positivamente avaliadas,
“a razão de ser das propostas de leitura e escuta é a ao passo que outras são
compreensão ativa e não a decodificação e o silêncio; desprestigiadas.
a razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita Atualmente, a con-
é a interlocução efetiva, e não a produção de textos cepção de língua com
para serem objetos de correção; as situações didáticas diversos usos e como
têm como objetivo levar os estudantes a pensar sobre instrumento de enuncia-
a linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 67

ção, discurso e intercomunicação definição de objetos, habilidades e


começou a ganhar corpo. Nessa conteúdos. Os diferentes gêneros
visão, o papel desempenhado pelo discursivos são os objetos de en-
estudante passou a ser pensado sino, relacionados aos campos, ou
como agente ativo, autônomo e esferas de uso da linguagem, e a
construtor de suas próprias habili- gramática normativa é vista de for-
dades e conhecimentos, de forma ma contextualizada a partir, sobre-
que os processos de leitura e de tudo, da análise da estrutura dos
escrita passaram a ser vistos como enunciados.
o resultado da interação entre au-
tor, texto e leitor. 3.1 Atualizações
trazidas pela BNCC
3. CONCEPÇÕES Em Língua Portuguesa, a BNCC
DE LÍNGUA dialoga com os documentos an-
PORTUGUESA teriores, a partir das concepções
de linguagem e o trabalho com
Com base em estudos sobre os diversos gêneros discursivos,
a língua e seu ensino, chegou-se contextualizados ao momento em
ao entendimento de que o sujeito que vivemos.
é constituído pela linguagem em Atualmente, as prática de lin-
uso, através de sua ação em prá- guagem atualmente estão transfor-
ticas sociais. Assim, o ambiente madas pelas tecnologias digitais de
escolar passou a aceitar/receber informação e comunicação (TDIC),
textos que lhe eram, antes, exter- o que significa dizer que surgem (e
nos, buscando um ensino da língua, devem ser contempladas nas ativi-
baseado nas práticas sociais de lin- dades de todos os eixos propostos
guagem, garantindo significado ao do componente) novos gêneros,
aprendizado formal. textos e formas de produção com
A perspectiva discursiva, atual- diversas semioses e mídias.
mente presente - e até mesmo Levando em conta o ensino da
consolidada - nos documentos língua, nas mais diversas formas
curriculares estudados e que nos em que aparecem, a perspectiva
quais foi baseado este referencial, dos multiletramentos - cabe res-
apresenta o texto em sua materia- saltar que é na escola, decerto,
lidade, sendo, portanto, a unidade onde deve acontecer o contato
de trabalho do componente de Lín- com os mais diversos gêneros tex-
gua Portuguesa e responsável pela tuais. Estes, entendidos, enquanto
68 - LÍNGUA PORTUGUESA -

práticas sociais, formas relativa- para a vida cotidiana etc. –, mas de


mente estáveis de enunciados dis- também fomentar o debate e ou-
poníveis numa determinada cultu- tras demandas sociais que cercam
ra, por meio dos quais realizamos essas práticas e usos. É preciso
atividades sociais. saber reconhecer os discursos de
Com o intuito de inserir o estu- ódio, refletir sobre os limites entre
dante nas práticas sociais, a pro- liberdade de expressão e ataque a
posta para o ensino de LP, trazido direitos, aprender a debater ideias,
pela BNCC (2017) busca promo- considerando posições e argumen-
ver os multiletramentos na escola, tos contrários.
tanto no sentido das novas tecno- Nesse sentido, cabe à escola,
logias, os gêneros digitais inseri- inserir-se cada vez mais no cotidia-
dos no contexto escolar, quanto no no do estudante, trazendo para seu
sentido de trazer para esse espa- espaço as práticas de linguagem
ço todas as práticas de linguagem que estão presentes na vida dessas
presentes no cotidiano dos estu- crianças e adolescentes, a exemplo
dantes, ampliando, assim, suas for- das linguagens contemporâneas,
mas de letramento. como os gêneros multimidiáticos.
Com relação ao meio digital,
reiteramos que ele é público e tam- 3.2 Reflexões sobre
bém democrático: todos podem letramento digital
acessá-lo e alimentá-lo continua- Quando nos referimos ao letra-
mente. Diante disso, nos indaga- mento digital, relacionamos este a
mos: Se esse é um espaço livre e um sistema de mídias, composto
muito comum à maioria de nossas por livros, televisões, computa-
crianças e adolescentes, porque a dores e seus aplicativos. Tratar do
escola teria que, de alguma forma, letramento digital distingue um
considerá-lo? domínio do letramento. É o nome
Eis, então, a demanda que se que damos, então, à ampliação do
coloca para a escola: contemplar, leque de possibilidades de conta-
de forma crítica, essas novas práti- to com a escrita, também em am-
cas de linguagem e produções, não biente digital (tanto para ler quanto
só na perspectiva de atender às para escrever) (COSCARELLI; RI-
muitas demandas sociais que con- BEIRO, 2005, p. 9).
vergem para um uso qualificado e Nesse sentido, letrar é consi-
ético das TDIC – necessário para derar a necessidade de domínio
o mundo do trabalho, para estudar, das ferramentas, quanto ao uso da
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 69

internet, do computador e de suas mo aqueles que não tem acesso à


tecnologias, em conjunto com as tecnologia, mantém contato com
habilidades mentais dos estudan- diversas formas de letramentos
tes. Esse processo não é novidade cotidianamente, fazendo-se ne-
para eles, afinal, já dominam mui- cessário valorizar esse conheci-
tos dos meios interativos, como mento extraescolar trazido pelos
jogos em celulares e videogames. nossos estudantes e que serão
Ser letrado digital pressupõe as- instrumentos do trabalho pedagó-
sumir mudança nos modos de ler e gico, disposto a integrar a sala de
escrever códigos e sinais verbais e aula com o cotidiano dos estudan-
não verbais; ir além das imagens e tes, tornando os processos de lei-
desenhos, se comparados às for- tura, enquanto práticas sociais.
mas de leitura e escrita feitas no
livro, até porque o suporte sobre 4. CONTEXTUALIZANDO
o qual estão os textos digitais é a AS COMPETÊNCIAS
tela, também digital.
Sobre essa relação ensino de 4.1 Competências de LP
língua e tecnologia, não se trata de dialogando com as
considerar os recursos tecnológi- competências gerais
cos em si, como objetivos de ensi- Embora voltadas ao ensino de
no; o importante é que a proposta Língua Portuguesa, as propostas
pedagógica inclua o uso da tecno- aqui apresentadas também dizem
logia como uma prática social. respeito à articulação do ensino do
Desse modo, este referencial, componente com os demais com-
em consonância com a BNCC, pro- ponentes da área de Linguagens,
cura contemplar a cultura digital, e também com as outras áreas de
diferentes linguagens e diferentes conhecimento, reafirmando o ca-
letramentos, desde aqueles basi- ráter integral do ensino no cumpri-
camente lineares, com baixo nível mento de sua função social.
de hipertextualidade, até aqueles Os conhecimentos da Língua
que envolvem a hipermídia. Portuguesa, desenvolvidos a par-
É necessário, portanto, que a tir de atividades voltadas para o
escola não se veja como a única uso e reflexão dos diferentes eixos
promotora ou única responsável que organizam o componente, de-
pelos letramentos, já que a comu- vem estar em serviço da ampliação
nidade também exerce influência da participação do estudante em
nos letramentos dos sujeitos, mes- práticas de linguagem de diferen-
70 - LÍNGUA PORTUGUESA -

tes esferas de atividade social. As


competências dos estudantes, Compreender o fenômeno da
portanto, direitos de aprendiza- variação linguística, demonstrando
gem e deveres de ensino devem, atitude respeitosa, diante de
contemplar o indivíduo de forma variedades linguísticas e rejeitando
contextualizada ao mundo atual, preconceitos linguísticos.
cada vez mais volátil, incerto, com- (BNCC, 2017)
plexo e ambíguo.
Para o uso e a reflexão da lin- Esta 4ª Competência Específica
guagem desde o primeiro ano do de LP, vai se relacionar diretamente
Ensino Fundamental, é necessário com a 9ª competência geral trazida
garantir, aos estudantes o acesso pela BNCC:
à diversidade textual e de situa-
ções comunicativas da linguagem.
O trabalho com gêneros textuais, Exercitar a empatia, o diálogo,
respeitando o desenvolvimen- a resolução de conflitos e a
to cognitivo de cada série/ano, é cooperação, fazendo-se respeitar
abordado de forma mais aprofun- e promovendo o respeito ao
dada em nosso organizador cur- outro e aos direitos humanos,
ricular, partindo dos Campos de com acolhimento e valorização
Atuação até os Desdobramentos da diversidade de indivíduos
Didático-Pedagógicos (DESDP). e de grupos sociais, seus
É importante, também, garantir saberes, identidades, culturas e
a oportunidade de reflexão coti- potencialidades, sem preconceitos
diana sobre as características e de qualquer natureza.
o funcionamento da língua. Isso (BNCC, 2017)
permitirá que se ampliem os seus
repertórios de conhecimento e O ensino da língua, com foco na
processo de letramento. Merece concepção enunciativo-discursiva,
destaque, em função do uso social conforme proposto pelo documen-
da língua, o estudo respeitoso e to da BNCC, direciona-se também
reflexivo das variedades linguísti- a este documento, visando garan-
cas, conforme competência espe- tir a reflexão da língua nessa mes-
cífica do componente: ma perspectiva. O que quer dizer
que a concepção de reflexão so-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 71

bre a linguagem visa entender seu vo, estreitando a ligação entre es-
funcionamento, nas mais diversas cola e comunidade.
manifestações. Disso depende o Nessa perspectiva, a 3ª Com-
despertar da consciência linguís- petência Específica do Compo-
tica no estudante (PEREIRA, 2010) nente de LP aponta a leitura, a es-
e, para tanto, o professor também cutar e a produção de textos orais,
deve ter esse conhecimento, inclu- escritos e multissemióticos que
sive nos Anos Iniciais e durante o circulam em diferentes campos de
processo de ortografização. atuação e mídias, com compreen-
são, autonomia, fluência e criti-
4.2 Competências cidade, de modo a se expressar e
Específicas da LP partilhar informações, experiên-
A 1ª Competência Específi- cias, ideias e sentimentos e conti-
ca Do Componente Curricular LP nuar aprendendo.
compreende a língua, como fenô- No processo de aquisição da
meno cultural, histórico, social, va- escrita, entende-se que toda e
riável, heterogêneo e sensível aos qualquer produção traz consigo
contextos de uso, reconhecendo-a intenções sociais, culturais e pes-
como meio de construção de iden- soais, apontando para o registro a
tidades de seus usuários e da co- ser realizado a partir de situações
munidade a que pertencem. de uso da língua, por meio de um
No aspecto da leitura, faz-se determinado gênero textual em
necessário que o estudante te- seu contexto social sem, no entan-
nha contato com textos comuns to, deixar de desenvolver e apri-
ao seu contexto social, ampliando morar o domínio da norma escrita.
seus conhecimentos sobre língua A 2ª Competência Específica do
e realizando o processo de com- Componente Curricular de LP cor-
preensão do texto. Dessa forma, robora para a apropriação da lin-
o uso dos gêneros textuais, para guagem escrita, reconhecendo-a
leitura, discussão e produção tex- como forma de interação nos dife-
tual, mediada pelo docente e com rentes campos de atuação da vida
a interação entre os estudantes, social e utilizando-a para ampliar
possibilitam a realização da leitura suas possibilidades de participar da
enquanto prática social, além de cultura letrada, de construir conhe-
instrumento para o trabalho coleti- cimentos (inclusive escolares) e de
72 - LÍNGUA PORTUGUESA -

se envolver com maior autonomia Nas estratégias de análise linguís-


e protagonismo na vida social. tica, os estudantes são levados a per-
Diante da função da escola, ceber determinadas regularidades e
em levar o estudante a perceber irregularidades ortográficas e grama-
a língua enquanto artefato so- ticais. A apresentação de conceitos e
cial de comunicação e expressão exemplos, bem como as atividades
cultural, abordando-a, a partir de sugeridas, devem ser organizadas
uma realidade linguística hetero- com o objetivo de levar o estudante a
gênea, perpassada por todas as resolver questões de uso e sistema-
regiões do nosso país, é encarada tização das normas linguísticas, com
como variedades desprestigia- maior autonomia possível, no decor-
das social ou culturalmente, a 4ª rer dos anos escolares. Essa auto-
Competência Específica de Lín- nomia, conforme as competências
gua Portuguesa ressalta que cabe específicas, 6ª e 7ª do Componente
à escola levar o estudante a com- LP, se dará mediante a análise dos
preender o fenômeno da variação textos, a partir de informações, ar-
linguística, demonstrando atitude gumentos e opiniões, manifestados
respeitosa, diante de variedades em interações sociais e nos meios de
linguísticas e rejeitando precon- comunicação, posicionando-se ética
ceitos linguísticos. Cabe a esco- e criticamente, em relação a conteú-
la, também, possibilitar que se- dos discriminatórios que ferem direi-
jam falantes capazes de adequar tos humanos e ambientais. Também
o uso da língua, às mais diversas reconhecer o texto como lugar de
situações contextuais, conforme manifestação e negociação de senti-
aponta a 5ª Competência Espe- dos, valores e ideologias.
cífica do Componente LP, - em- Conforme o Referencial curri-
pregar, nas interações sociais, a cular da Rede Estadual de Ensino
variedade e o estilo de linguagem de Alagoas (2014), é importante
adequados às situações comuni- proporcionar momentos prazero-
cativas e aos interlocutores. sos para que os estudantes leiam o
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 73

que for de sua preferência, que compartilhem com os colegas


suas impressões e opiniões sobre o que leram. Nesse sentido,
a 8ª Competência de LP considera a seleção de textos e livros,
para uma leitura de forma integral, de acordo com os objetivos
e interesses dos estudantes.
Destaque para a literatura, tendo seu enfoque necessá-
rio, em todos os anos do ensino fundamental, para garantir
o uso estético da linguagem e a experiência com o sensível,
recomendação presente na 9ª Ccompetência Específica do
Componente de LP, detalhada no quadro de competências. É
interessante propor leituras por pura fruição, de escolha dos
próprios estudantes, bem como apresentar os clássicos da
literatura universal. Devem-se buscar também apresentar
livros de autores alagoanos, como por exemplo: Sertão, fol-
clore e cultura alagoana” e “Guerreiro de coração” de Thia-
go Amaral, e “Zé Muquém pegou o trem”, de Pedro Lucena,
entre tantas outras obras, com vistas à aproximação, desse
estudante, com a literatura local, suas especificidades e mo-
dos estéticos de apresentação.
Com a finalidade de proporcionar, aos estudantes expe-
riências que contribuam para ampliação dos letramentos,
de forma a possibilitar a participação significativa e críti-
cas, nas diversas práticas sociais permeadas/constituídas
pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens (BNCC,
pp.65-66, 2017), a 10ª Competência do Componente LP,
considera a mobilização de práticas da cultura digital, di-
ferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais meio de
produção de novos sentidos, vislumbrando aprender e re-
fletir sobre o mundo com intuito de realizar diferentes pro-
jetos de autoria do estudante.
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS, DE LÍNGUA
PORTUGUESA, PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social,
variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecen-
do-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da
comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de
interação, nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizan-
do-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada,
de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver
com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que
circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreen-
são, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e par-
tilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar
aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando
atitude respeitosa, diante de variedades linguísticas e rejeitando
preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem,
adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gêne-
ro do discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões, manifestados em in-
terações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-se ética
e criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que ferem
direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto, como lugar de manifestação e negociação de
sentidos, valores e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objeti-
vos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pessoal, en-
tretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvol-
vimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras
manifestações artístico-culturais, como formas de acesso às dimen-
sões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial
transformador e humanizador da experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e
ferramentas digitais para expandir as formas de produzir sentidos
(nos processos de compreensão e produção), aprender e refletir so-
bre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
(BNCC, 2017)
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 75

cular da Educação Básica do Estado


5. ORGANIZAÇÃO de Alagoas, como mais uma coluna,
CURRICULAR DO além das já contempladas na BNCC
COMPONENTE (2017), em todos os componentes
LÍNGUA curriculares. É importante ressal-
PORTUGUESA tar que é, a partir dos campos de
O componente Língua Portu- atuação que se desenrolam todos
guesa apresenta uma estrutura os saberes do componente e de-
específica, em relação aos demais les depende a seleção dos gêneros
componentes do Ensino Funda- textuais, por exemplo.
mental. O quadro de habilidades Os quadros estão organizados
está organizado, de modo pecu- por etapa do Ensino Fundamental,
liar, trazendo as seções, campos de distribuídos ano a ano - 1º ao 5º ano
atuação e práticas de linguagem. e 6º ao 9º ano, de modo a abordar
Essa peculiaridade se deve, sobre- as habilidades distribuídas pelos
tudo, às situações de uso da língua, campos de atuação e as práticas de
através das práticas de linguagem, linguagem correspondentes.
cuja organização está proposta na Os quadros são diretrizes nor-
BNCC e foram, portanto, mantidas teadoras para o planejamento dos
neste referencial. professores, cabendo, então, à
escola analisar e refletir sua rea-
6. ORGANIZADOR lidade escolar, aplicando as ade-
CURRICULAR quações necessárias, adiantando
DE LÍNGUA ou postergando objetos de co-
PORTUGUESA nhecimento, à sua realidade para,
então, construírem seus currícu-
O Organizador Curricular de LP los. Reiteramos, ainda, que o en-
está estruturado de acordo com sino, baseado em competências
o estabelecido na BNCC (2017). e habilidades, conforme propõe a
Nele, contemplam-se: Campos de BNCC e adotado neste documen-
atuação; Práticas de Linguagem; to, pressupõe o trabalho pedagó-
Objeto de conhecimento; Habilida- gico com os objetos de conheci-
des e Desdobramentos Didático- mento de forma integrada e não
-Pedagógicos. Convém ressaltar, estanque. Desse modo, os itens
aqui, que a coluna Desdobramen- dos quadros estão amalgamados,
tos Didático-Pedagógicos - DesDP, sendo que a divisão se justifica
foi acrescida ao Referencial Curri- pela necessidade de explicitação
76 - LÍNGUA PORTUGUESA -

clara que, em um quadro curricu- ca) por campos de atuação aponta


lar, é inevitável. para a importância da contextua-
lização do conhecimento escolar,
• Os campos de atuação para a ideia de que essas práticas
derivam de situações da vida social
Cada um dos eixos apresenta- e, ao mesmo tempo, precisam ser
dos, a seguir, relaciona-se com as situadas em contextos significati-
práticas de linguagem elencadas vos para os estudantes.
na organização curricular do com- Conforme indicado pela BNCC,
ponente Língua Portuguesa. Além adotamos os cinco campos de atua-
das práticas de linguagem, outra ção considerados: Campo da vida
categoria, presente na organiza- cotidiana (somente Anos Iniciais),
ção e que se articula com as práti- Campo artístico-literário, Campo
cas são os campos de atuação em das práticas de estudo e pesqui-
que essas práticas se realizam. sa, Campo jornalístico/midiático e
Desse modo, assim como o Campo de atuação na vida pública,
proposto na BNCC, a organização sendo que esses dois últimos apa-
das práticas de linguagem (leitura recem fundidos nos Anos Iniciais do
de textos/produção de textos, ora- Ensino Fundamental, com a deno-
lidade e análise linguística/semióti- minação Campo da vida pública:

Anos Iniciais Anos Finais


Campo da vida cotidiana
Campo artístico-literário Campo artístico-literário

Campo das práticas de estudo Campo das práticas de estudo


e pesquisa e pesquisa

Campo jornalístico-midiático
Campo da vida pública
Campo de atuação na vida pública
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 77

Estes campos contemplam di- considerados estruturantes para o


mensões formativas importantes ensino do componente Língua Por-
de uso da linguagem na escola e tuguesa, de acordo com a BNCC,
fora dela e criam condições para embasamos este referencial a par-
uma formação que possibilita a tir dos eixos estruturantes do en-
atuação em atividades do dia a dia, sino da língua, também presentes
no espaço familiar e escolar, uma nos principais documentos curri-
formação que contempla a produ- culares nacionais, que correspon-
ção do conhecimento e a pesqui- dem às práticas de linguagem.
sa; o exercício da cidadania, que Assim, as práticas de linguagem
envolve, por exemplo, a condição estão divididas em eixos para uma
de se inteirar dos fatos do mundo melhor compreensão desses pro-
e opinar sobre eles, de poder pro- cessos, com vistas a atender todas
por pautas de discussão e soluções as vertentes da língua em situa-
de problemas, como forma de vis- ções comunicativas. Dessa forma,
lumbrar formas de atuação na vida o ensino da Língua Portuguesa vai
pública; uma formação estética, compreender os aspectos aponta-
vinculada à experiência de leitura dos abaixo, já trazidos pela BNCC:
e escrita do texto literário e à com-
preensão e produção de textos ar- • Oralidade;
tísticos multissemióticos. • Leitura/escuta;
As habilidades devem ser con- • Produção (escrita e multisse-
sideradas, sob as perspectivas da miótica);
continuidade das aprendizagens e • Análise linguística/semiótica.
da integração dos eixos organiza-
dores e objetos de conhecimento, Dentre as práticas de lingua-
ao longo dos anos de escolariza- gem, trazidas pela BNCC, aborda-
ção. Por esses motivos, optou-se remos os eixos que as compõem:
por apresentar os quadros de habi- O Eixo Leitura enfoca as prá-
lidades distribuídos por ano. ticas de interação, abordando a
leitura em seus vários modos de
• As Práticas de linguagem apresentação com gêneros orais,
escritos, multissemióticos, en-
Partindo do conjunto de prin- quanto práticas sociais, dentro e
cípios e pressupostos sobre as fora do espaço escolar. Assim, “um
diversas formas de letramentos, dos objetivos principais da escola
os chamados multiletramentos, é justamente possibilitar que seus
78 - LÍNGUA PORTUGUESA -

estudantes possam participar das várias práticas sociais


que se utilizam da leitura e da escrita na vida da cidade [e
do sertão, ou seja, de onde se vive], de maneira ética, crítica
e democrática” (ROJO, 2009, p. 107). Neste sentido, o tra-
balho, com gêneros na Língua Portuguesa, compreenderá,
conforme preconiza a BNCC, as leituras para: “fruição esté-
tica de textos e obras literárias; pesquisa e embasamento
de trabalhos escolares e acadêmicos; realização de proce-
dimentos; conhecimento, discussão e debate sobre temas
sociais relevantes; sustentar a reivindicação de algo no
contexto de atuação da vida pública; ter mais conhecimento
que permita o desenvolvimento de projetos pessoais, den-
tre outras possibilidades”.
A leitura é vista a partir de um sentido mais amplo, en-
globando muito mais que o texto escrito, mas também ima-
gens estáticas, (foto, pintura, desenho, esquema, gráfico,
diagrama) ou em movimento (filmes, vídeos, etc.), assim
como também o som (música) que acompanha muitos tex-
tos digitais.
O tratamento das práticas leitoras compreende dimen-
sões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão, tais
como as apresentadas a seguir:
–– Reconstrução e reflexão sobre as condições de produção e recepção
dos textos pertencentes a diferentes gêneros e que circulam nas di-
ferentes mídias e esferas/campos de atividade humana
—— Relacionar o texto com suas condições de produção, seu contexto sócio his-
tórico de circulação e com os projetos de dizer: leitor e leitura previstos, ob-
jetivos, pontos de vista e perspectivas em jogo, papel social do autor, época,
gênero do discurso e esfera/campo em questão etc.
—— Analisar a circulação dos gêneros do discurso nos diferentes campos de
atividade, seus usos e funções relacionados com as atividades típicas do
campo, seus diferentes agentes, os interesses em jogo e as práticas de
linguagem em circulação e as relações de determinação desses elemen-
tos sobre a construção composicional, as marcas linguísticas ligadas ao
estilo e o conteúdo temático dos gêneros.
—— Refletir sobre as transformações ocorridas nos campos de atividades em
função do desenvolvimento das tecnologias de comunicação e informa-
ção, do uso do hipertexto e da hipermídia e do surgimento da Web 2.0:
novos gêneros do discurso e novas práticas de linguagem próprias da cul-
tura digital, transmutação ou reelaboração dos gêneros em função das
transformações pelas quais passam o texto (de formatação e em função
da convergência de mídias e do funcionamento hipertextual), novas for-
mas de interação e de compartilhamento de textos/ conteúdos/informa-
ções, reconfiguração do papel de leitor, que passa a ser também produtor,
dentre outros, como forma de ampliar as possibilidades de participação na
cultura digital e contemplar os novos e os multiletramentos.
—— Fazer apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas,
dentre outras, envolvidas na leitura crítica de textos verbais e de outras
produções culturais.
—— Analisar as diferentes formas de manifestação da compreensão ativa (répli-
ca ativa) dos textos que circulam nas redes sociais, blogs/micro blog, sites e
afins e os gêneros que conformam essas práticas de linguagem, como: co-
mentário, carta de leitor, post em rede social, gif, meme, fanfic, vlogs varia-
dos, political remix, charge digital, paródias de diferentes tipos, vídeos-mi-
nuto, e-zine, fanzine, fanvídeo, vidding, gameplay, walkthroug, detonado,
machinima, trailer honesto, playlists comentadas de diferentes tipos etc.,
de forma a ampliar a compreensão de textos que pertencem a esses gêne-
ros e a possibilitar uma participação mais qualificada do ponto de vista ético,
estético e político nas práticas de linguagem da cultura digital.
–– Dialogia e relação entre textos
—— Identificar e refletir sobre as diferentes perspectivas ou vozes presentes nos
textos e sobre os efeitos de sentido do uso do discurso direto, indireto, indireto
livre, citações etc.
—— Estabelecer relações de intertextualidade e interdiscursividade que permitam
a identificação e compreensão dos diferentes posicionamentos e/ou perspec-
tivas em jogo, do papel da paráfrase e de produções como as paródias e a esti-
lizações.

–– Reconstrução da textualidade, recuperação e análise da organização tex-


tual, da progressão temática e estabelecimento de relações entre as par-
tes do texto.
—— Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições, substi-
tuições e os elementos coesivos que contribuem para a continuidade do texto e
sua progressão temática.
—— Estabelecer relações lógico-discursivas variadas (identificar/ distinguir e rela-
cionar fato e opinião; causa/efeito; tese/ argumentos; problema/solução; defi-
nição/exemplos etc.).
—— Selecionar e hierarquizar informações, tendo em vista as condições de produ-
ção e recepção dos textos.

–– Reflexão crítica sobre as temáticas tratadas e validade das informações


—— Refletir criticamente sobre a fidedignidade das informações, as temáticas, os
fatos, os acontecimentos, as questões controversas presentes nos textos lidos,
posicionando-se.

–– Compreensão dos efeitos de sentido provocados pelos usos de recursos


linguísticos e multissemióticos em textos pertencentes a gêneros diver-
sos
—— Identificar implícitos e os efeitos de sentido decorrentes de determinados usos
expressivos da linguagem, da pontuação e de outras notações, da escolha de
determinadas palavras ou expressões e identificar efeitos de ironia ou humor.
—— Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas e formatação
de imagens (enquadramento, ângulo/vetor, cor, brilho, contraste), de sua se-
quenciação (disposição e transição, movimentos de câmera, remix) e da perfor-
mance – movimentos do corpo, gestos, ocupação do espaço cênico e elementos
sonoros (entonação, trilha sonora, sampleamento etc.) que nela se relacionam.
—— Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas de volume,
timbre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização etc. em ar-
tefatos sonoros.
–– Estratégias e procedimentos de leitura
—— Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos
e interesses, levando em conta características do gênero e suporte do
texto, de forma a poder proceder a uma leitura autônoma em relação
a temas familiares.
—— Estabelecer/considerar os objetivos de leitura.
—— Estabelecer relações entre o texto e conhecimentos prévios, vivên-
cias, valores e crenças.
—— Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos senti-
dos, da forma e da função do texto), apoiando-se em seus conheci-
mentos prévios sobre gênero textual, suporte e universo temático,
bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, da-
dos da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e
inferências realizadas antes e durante a leitura de textos.
—— Localizar/recuperar informação.
—— Inferir ou deduzir informações implícitas.
—— Inferir ou deduzir, pelo contexto semântico ou linguístico, o significado
de palavras ou expressões desconhecidas.
—— Identificar ou selecionar, em função do contexto de ocorrência, a acep-
ção mais adequada de um vocábulo ou expressão.
—— Apreender os sentidos globais do texto.
—— Reconhecer/inferir o tema.
—— Articular o verbal com outras linguagens – diagramas, ilustrações, fo-
tografias, vídeos, arquivos sonoros etc. – reconhecendo relações de
reiteração, complementaridade ou contradição entre o verbal e as ou-
tras linguagens.
—— Buscar, selecionar, tratar, analisar e usar informações, tendo em vista
diferentes objetivos.
—— Manejar de forma produtiva a não linearidade da leitura de hipertextos
e o manuseio de várias janelas, tendo em vista os objetivos de leitura.

–– Adesão às práticas de leitura


—— Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura,
textos de divulgação científica e/ou textos jornalísticos que circulam
em várias mídias.
—— Mostrar-se ou tornar-se receptivo a textos que rompam com seu uni-
verso de expectativa, que representem um desafio em relação às suas
possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoian-
do-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros
e a temática e nas orientações dadas pelo professor.
82 - LÍNGUA PORTUGUESA -

Reiteramos aqui, conforme mais demandantes, passando


já ressaltado na perspectiva da de processos de recuperação de
BNCC, que as habilidades não são informação (identificação, reco-
desenvolvidas de forma descon- nhecimento, organização) a pro-
textualizada, portanto, a proposta cessos de compreensão (compa-
deste referencial engloba a leitura ração, distinção, estabelecimento
de textos que pertencem a gêne- de relações e inferência) e de re-
ros que circulam nos mais diversos flexão sobre o texto (justificação,
contextos de uso. Apresentamos, análise, articulação, apreciação e
a seguir, os campos de uso des- valorações estéticas, éticas, polí-
tacando as habilidades de leitura, ticas e ideológicas);
oralidade e escrita, de forma con-
• da consideração da cultura digi-
textualizada pelas práticas, gêne-
tal e das TDIC;
ros e diferentes objetos do conhe-
cimento em questão. • da consideração da diversidade
O aprofundamento cognitivo e cultural, de maneira a abranger
a complexidade textual das aulas produções e formas de expressão
de leitura devem aumentar, pro- diversas, a literatura infantil e ju-
gressivamente, desde os Anos Ini- venil, o cânone, o culto, o popular,
ciais do Ensino Fundamental até o a cultura de massa, a cultura das
Ensino Médio. Esta complexidade mídias, as culturas juvenis etc.,
se expressa pela articulação: de forma a garantir ampliação de
repertório, além de interação e
• da diversidade dos gêneros tex-
trato com o diferente.
tuais escolhidos e das práticas
consideradas em cada campo; É importante que os estudan-
tes sejam partícipes em diversas
• da complexidade textual que se
atividades de leitura com níveis
concretiza pela temática, estru-
crescentes de complexidade, pos-
turação sintática, vocabulário,
sibilitando que se amplie o seu re-
recursos estilísticos utilizados,
pertório textual.
orquestração de vozes e lingua-
Diante disso, é possível que o
gens presentes no texto;
professor possa trabalhar com gê-
• do uso de habilidades de leitura neros que não estejam sugeridos
que exigem processos mentais em determinados anos. Assim, se
necessários e progressivamente fizer mais sentido que um gênero
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 83

mencionado e/ou habilidades a ele • comentar e indicar diferentes pro-


relacionadas no 9º ano sejam tra- duções culturais por meio de rese-
balhados no 8º, isso não configura nhas ou de playlists comentadas;
um problema, desde que ao final do
• descrever, avaliar e recomendar
nível a diversidade indicada tenha
(ou não) um game em uma rese-
sido contemplada.
nha, gameplay ou vlog; escrever
Mesmo em relação à progres-
verbetes de curiosidades cien-
são das habilidades, seu desenvol-
tíficas;
vimento não se dá em curto espaço
de tempo, podendo supor diferen- • sistematizar dados de um es-
tes graus e ir se complexificando tudo em um relatório ou relato
durante vários anos. multimidiático de campo;
O Eixo da Produção de Textos
• divulgar conhecimentos especí-
busca contemplar as práticas de
ficos por meio de um verbete de
linguagem relacionadas à interação
enciclopédia digital colaborativa;
e à autoria (individual ou coletiva)
do texto escrito, oral e multisse- • relatar fatos relevantes para a
miótico, com diferentes finalidades comunidade em notícias;
e projetos enunciativos. O trabalho
• cobrir acontecimentos ou levan-
com a produção de textos se fará a
tar dados relevantes para a co-
partir de gêneros a serem produzi-
munidade em uma reportagem;
dos com enfoque nas mais variadas
situações comunicativas comuns • expressar posição em uma carta
ao cotidiano dos estudantes. As- de leitor ou artigo de opinião;
sim, contemplam-se produções,
• denunciar situações de desres-
tais como as descritas abaixo:
peito aos direitos por meio de
• construir um álbum de persona- fotorreportagem, fotodenúncia,
gens famosas, de heróis/heroí- poema, lambe-lambe, microrro-
nas ou de vilões ou vilãs; teiro, dentre outros.
• produzir um almanaque que O tratamento das práticas de
retrate as práticas culturais da produção de textos compreen-
comunidade; narrar fatos coti- de dimensões inter-relaciona-
dianos, de forma crítica, lírica ou das às práticas de uso e refle-
bem-humorada em uma crônica; xão, tais como:
–– Consideração e reflexão sobre as condições de produção dos
textos que regem a circulação de diferentes gêneros nas dife-
rentes mídias e campos de atividade humana
—— Refletir sobre diferentes contextos e situações sociais em que se
produzem textos e sobre as diferenças em termos formais, esti-
lísticos e linguísticos que esses contextos determinam, incluindo-
-se aí a multissemiose e características da conectividade (uso de
hipertextos e hiperlinks, dentre outros, presentes nos textos que
circulam em contexto digital).
—— Analisar as condições de produção do texto no que diz respeito ao
lugar social assumido e à imagem que se pretende passar a respei-
to de si mesmo; ao leitor pretendido; ao veículo ou à mídia em que
o texto ou produção cultural vai circular; ao contexto imediato e ao
contexto sócio-histórico mais geral; ao gênero do discurso/campo
de atividade em questão etc.
—— Analisar aspectos sociodiscursivos, temáticos, composicionais e
estilísticos dos gêneros propostos para a produção de textos, es-
tabelecendo relações entre eles.

–– Dialogia e relação entre textos


—— Orquestrar as diferentes vozes nos textos pertencentes aos gê-
neros literários, fazendo uso adequado da “fala” do narrador, do
discurso direto, indireto e indireto livre.
—— Estabelecer relações de intertextualidade para explicitar, sustentar
e qualificar posicionamentos, construir e referendar explicações e
relatos, fazendo usos de citações e paráfrases, devidamente mar-
cadas e para produzir paródias e estilizações.

–– Alimentação temática
—— Selecionar informações e dados, argumentos e outras referências
em fontes confiáveis impressas e digitais, organizando em rotei-
ros ou outros formatos o material pesquisado, para que o texto a
ser produzido tenha um nível de aprofundamento adequado (para
além do senso comum, quando for esse o caso) e contemple a sus-
tentação das posições defendidas.
–– Construção da textualidade
—— Estabelecer relações entre as partes do texto, levan-
do em conta a construção composicional e o estilo
do gênero, evitando repetições e usando adequada-
mente elementos coesivos que contribuam para a
coerência, a continuidade do texto e sua progressão
temática.
—— Organizar e/ou hierarquizar informações, tendo em
vista as condições de produção e as relações lógico
discursivas em jogo: causa/efeito; tese/argumentos;
problema/solução; definição/exemplos etc.
—— Usar recursos linguísticos e multissemióticos de for-
ma articulada e adequada, tendo em vista o contexto
de produção do texto, a construção composicional e o
estilo do gênero e os efeitos de sentido pretendidos.

–– Aspectos notacionais e gramaticais


—— Utilizar, ao produzir textos, os conhecimentos dos
aspectos notacionais – ortografia padrão, pontuação
adequada, mecanismos de concordância nominal e
verbal, regência verbal etc., sempre que o contexto
exigir o uso da norma-padrão.

–– Estratégias de produção
—— Desenvolver estratégias de planejamento, revisão,
edição, reescrita/redesign e avaliação de textos, consi-
derando-se sua adequação aos contextos em que fo-
ram produzidos, ao modo (escrito ou oral; imagem es-
tática ou em movimento etc.), à variedade linguística e/
ou semioses apropriadas a esse contexto, os enuncia-
dores envolvidos, o gênero, o suporte, a esfera/ campo
de circulação, adequação à norma-padrão etc.
—— Utilizar softwares de edição de texto, de imagem e de
áudio para editar textos produzidos em várias mídias,
explorando os recursos multimídias disponíveis.
86 - LÍNGUA PORTUGUESA -

No eixo da produção deve-se que possa ter mobilizado os estu-


conceber as práticas de produção dantes para tanto.
buscando contemplar os gêneros O Eixo da Oralidade diz res-
que circulam nos mais diversos peito às práticas de linguagem que
campos da atividade humana, prio- ocorrem em situação oral, seja face
rizando aqueles que estejam pre- a face ou por outros modos de in-
sentes no cotidiano dos estudan- teração, tais como: aula dialoga-
tes de nossa comunidade escolar. da, web conferência, mensagem
Dessa forma, é preciso conside- gravada, spot de campanha, jingle,
rar, por exemplo, que nas atividades seminário, debate, programa de
de escrita de um texto argumenta- rádio, entrevista, declamação de
tivo no 7º ano, devido à mobilização poemas (com ou sem efeitos so-
frente a um tema, pode envolver noros), peça teatral, apresenta-
análise e uso de diferentes tipos de ção de cantigas e canções, playlist
argumentos e movimentos argu- comentada de músicas, vlog de
mentativos, que podem estar pre- game, contação de histórias, dife-
vistos para o 9º ano. Da mesma for- rentes tipos de podcasts e vídeos,
ma, o manuseio de uma ferramenta dentre outras.
ou a produção de um tipo de vídeo O tratamento das práticas
proposto para uma apresentação orais propostas na BNCC e con-
oral no 9º ano pode se dar no 6º ou templadas também neste refe-
7º anos, em função de um interesse rencial compreende:
–– Consideração e reflexão sobre as condições de produção dos tex-
tos orais que regem a circulação de diferentes gêneros nas dife-
rentes mídias e campos de atividade humana
—— Refletir sobre diferentes contextos e situações sociais em que se pro-
duzem textos orais e sobre as diferenças em termos formais, estilísti-
cos e linguísticos que esses contextos determinam, incluindo-se aí a
multimodalidade e a multissemiose.
—— Conhecer e refletir sobre as tradições orais e seus gêneros, conside-
rando-se as práticas sociais em que tais textos surgem e se perpe-
tuam, bem como os sentidos que geram.

–– Compreensão de textos orais


—— Proceder a uma escuta ativa, voltada para questões relativas ao con-
texto de produção dos textos, para o conteúdo em questão, para a ob-
servação de estratégias discursivas e dos recursos linguísticos e mul-
tissemióticos mobilizados, bem como dos elementos paralinguísticos
e cinésicos.

–– Produção de textos orais


—— Produzir textos pertencentes a gêneros orais diversos, consideran-
do-se aspectos relativos ao planejamento, à produção, ao redesign, à
avaliação das práticas realizadas em situações de interação social es-
pecíficas.

–– Compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de


recursos linguísticos e multissemióticos em textos pertencentes
a gêneros diversos
—— Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas de
volume, timbre, intensidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincroni-
zação, expressividade, gestualidade etc. Produzir textos levando em
conta efeitos possíveis.

–– Relação entre fala e escrita


—— Estabelecer relação entre fala e escrita, levando-se em conta o modo
como as duas modalidades se articulam em diferentes gêneros e prá-
ticas de linguagem (como jornal de TV, programa de rádio, apresenta-
ção de seminário, mensagem instantânea etc.), as semelhanças e as
diferenças entre modos de falar e de registrar a escrita e os aspectos
sociodiscursivos, composicionais e linguísticos de cada modalidade
sempre relacionados com os gêneros em questão.
—— Oralizar o texto escrito, considerando-se as situações sociais em que
tal tipo de atividade acontece, seus elementos para linguísticos e ciné-
sicos, dentre outros.
—— Refletir sobre as variedades linguísticas, adequando sua produção a
esse contexto.
88 - LÍNGUA PORTUGUESA -

O Eixo da Análise Linguística/ de léxico e de variedade linguística


Semiótica busca considerar as ou estilização e alguns mecanismos
estratégias (meta)cognitivas dos sintáticos e morfológicos, de acor-
usos da língua. Mediante análise e do com a situação de produção, a
avaliação dos recursos linguísticos, forma e o estilo de gênero.
envolvidos nos processos de leitu- Com relação às análises dos
ra e escrita, assim como também textos multissemióticos, devem-
nos efeitos de sentidos que esses -se considerar as formas de com-
recursos provocam nos textos, nas posição e estilo de cada uma das
situações de produção dos gêne- linguagens que os integram, tais
ros trabalhados e nos estilos ado- como: plano/ângulo/lado, figura/
tados durante a escrita. fundo, profundidade e foco, cor e
Assim, no que diz respeito à intensidade nas imagens visuais
linguagem verbal oral e escrita, as estáticas, acrescendo, nas ima-
formas de composição dos textos gens dinâmicas e performances,
dizem respeito à coesão, coerência as características de montagem,
e organização da progressão temá- ritmo, tipo de movimento, dura-
tica dos textos, influenciadas pela ção, distribuição no espaço, sin-
organização típica (forma de com- cronização com outras linguagens,
posição) do gênero em questão. No complementaridade e interfe-
caso de textos orais, essa análise rência etc, assim como, ritmo,
envolverá também os elementos andamento, melodia, harmonia,
próprios da fala – como ritmo, altura, timbres, instrumentos, samplea-
intensidade, clareza de articulação, mento, na música.
variedade linguística adotada, es- Os conhecimentos grafofôni-
tilização etc. –, assim como os ele- cos, ortográficos, lexicais, mor-
mentos para linguísticos e cinésicos fológicos, sintáticos, textuais,
– postura, expressão facial, gestua- discursivos, sociolinguísticos e
lidade etc. No que tange ao estilo, semióticos que operam nas aná-
serão levadas, em conta as escolhas lises linguísticas e semióticas
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 89

necessárias à compreensão e à especial, as variedades linguísti-


produção de linguagens estarão, cas devem ser objeto de reflexão
concomitantemente, sendo cons- e o valor social, atribuído às varie-
truídos, durante o Ensino Fun- dades de prestígio e às variedades
damental. Assim, as práticas de estigmatizadas, que está relacio-
leitura/escuta e de produção de nado a preconceitos sociais, deve
textos orais, escritos e multisse- ser tematizado.
mióticos oportunizam situações Esses conhecimentos linguísti-
de reflexão sobre a língua e as lin- cos operam em todos os campos/
guagens de uma forma geral, em esferas de atuação.
que essas descrições, conceitos e Para fins de organização do
regras operam e, nas quais, serão, quadro de habilidades do compo-
ao mesmo tempo, concomitante- nente, foi considerada a prática
mente construídos: comparação principal (eixo), mas uma mesma
entre definições que permitam habilidade incluída no eixo Leitu-
observar diferenças de recortes e ra pode também dizer respeito
ênfases na formulação de concei- ao eixo Produção de textos e vi-
tos e regras; comparação de dife- ce-versa. O mesmo cabe às ha-
rentes formas de dizer “a mesma bilidades de análise linguística/
coisa” e análise dos efeitos de semiótica, cuja maioria foi incluída
sentido que essas formas podem de forma articulada às habilidades
trazer/ suscitar; exploração dos relativas às práticas de uso – leitu-
modos de significar dos diferentes ra/escuta e produção de textos.
sistemas semióticos etc. São apresentados em tópicos,
Cabem também reflexões so- referentes a todos os campos os
bre os fenômenos da mudança e conhecimentos linguísticos rela-
da variação linguística, inerentes cionados à ortografia, pontuação,
a qualquer sistema linguístico, e conhecimentos gramaticais (mor-
que podem ser observados em fológicos, sintáticos, semânticos),
quaisquer níveis de análise. Em entre outros:
–– Fono-ortografia
—— Conhecer e analisar as relações regulares e irregulares entre fonemas e grafemas na
escrita do português do Brasil.
—— Conhecer e analisar as possibilidades de estruturação da sílaba na escrita do portu-
guês do Brasil.

–– Morfossintaxe
—— Conhecer as classes de palavras abertas (substantivos, verbos, adjetivos e advérbios)
e fechadas (artigos, numerais, preposições, conjunções, pronomes) e analisar suas
funções sintático-semânticas nas orações e seu funcionamento (concordância, re-
gência).
—— Perceber o funcionamento das flexões (número, gênero, tempo, pessoa etc.) de clas-
ses gramaticais em orações (concordância).
—— Correlacionar as classes de palavras com as funções sintáticas (sujeito, predicado,
objeto, modificador etc.).

–– Sintaxe
—— Conhecer e analisar as funções sintáticas (sujeito, predicado, objeto, modificador etc.).
—— Conhecer e analisar a organização sintática canônica das sentenças do português do
Brasil e relacioná-la à organização de períodos compostos (por coordenação e subor-
dinação).
—— Perceber a correlação entre os fenômenos de concordância, regência e retomada
(progressão temática – anáfora, catáfora) e a organização sintática das sentenças do
português do Brasil.

–– Semântica
—— Conhecer e perceber os efeitos de sentido nos textos, decorrentes de fenômenos
léxico-semânticos, tais como aumentativo/diminutivo; sinonímia/antonímia; polisse-
mia ou homonímia; figuras de linguagem; modalizações epistêmicas, deônticas, apre-
ciativas; modos e aspectos verbais.

–– Variação linguística
—— Conhecer algumas das variedades linguísticas do português do Brasil e suas diferen-
ças fonológicas, prosódicas, lexicais e sintáticas, avaliando seus efeitos semânticos.
—— Discutir, no fenômeno da variação linguística, variedades prestigiadas e estigmati-
zadas e o preconceito linguístico que as cerca, questionando suas bases de maneira
crítica.

–– Elementos notacionais da escrita


—— Conhecer as diferentes funções e perceber os efeitos de sentidos provocados nos
textos pelo uso de sinais de pontuação (ponto final, ponto de interrogação, ponto de
exclamação, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos) e de pontuação e sinalização dos
diálogos (dois pontos, travessão, verbos de dizer).
—— Conhecer a acentuação gráfica e perceber suas relações com a prosódia.
—— Utilizar os conhecimentos sobre as regularidades e irregularidades ortográficas do
português do Brasil na escrita de textos
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 91

6.1 Desdobramentos Diante desses questionamen-


Didático- tos, foi pensado na coluna “Desdo-
Pedagógicos bramentos didático-pedagógicos
(DesDP) (DesDP)”, enquanto ações, que
As atividades didáticas, enten- possibilitam alcançar as habilidades
didas como meios de organização que contemplem as competências
do trabalho pedagógico em sala de propostas para a formação do es-
aula, concretizam um conjunto de tudante, trazendo importantes im-
procedimentos específicos, pró- plicações para o trabalho docente,
prios da situação de ensino e apren- sobretudo no que diz respeito ao
dizagem e servem como mediado- contexto social e cultural, possibi-
ras da relação entre os estudantes e litando ao currículo acompanhar e
um objeto de conhecimento, como alcançar as mudanças constantes
também, entre as relações sociais na sociedade.
inerentes ao âmbito escolar. É no ensino da Língua Portu-
Ao se considerar competências, guesa, a partir da perspectiva da
enquanto conhecimentos, habilida- BNCC, que se propõe uma abor-
des e atitudes que o estudante de- dagem enunciativo-discursiva
verá apresentar ao término da etapa, pressupondo a integração dos
é importante levantar alguns ques- estudantes ao mundo das lingua-
tionamentos: As atividades didáti- gens, contemplando os diversos
co-pedagógicas contribuem para o letramentos. Nesse sentido, cabe
desenvolvimento das competências à escola levar o estudante à com-
e habilidades de LP? As atividades preensão da língua em contextos
estão articuladas entre si, de modo a sociais de uso, ampliando as ha-
alcançar adequadamente o conjun- bilidades necessárias para o uso
to de competências propostas pela efetivo da linguagem.
BNCC que envolvem as competên- Os DesDP têm a finalidade de
cias gerais, as competências da área apresentar possibilidades didáti-
de linguagem e as competências es- co-pedagógicas ao planejamento
pecíficas do componente curricular do professor para com o trabalho
LP? A aprendizagem acontece de de desenvolvimento das habili-
forma significativa? Os estudantes dades propostas pela BNCC, so-
estão absorvendo adequadamente bretudo, trazer subsídios para as
o conhecimento? Existe a interação ações didáticas, alinhadas ao Ob-
no processo de aprendizagem? O jeto do Conhecimento e as Habili-
estudante é visto como “centro” no dades do Componente Curricular
processo de aprendizagem? Língua Portuguesa.
ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Muito já se falou aqui sobre as concepções do
componente propostos neste documento, mas
agora ganham destaque as concepções que en-
volvem os processos, diretamente ligados aos
primeiros anos do ensino de Língua Portuguesa
no Ensino Fundamental: alfabetização, ortografi-
zação e letramento.
Aqui, buscam-se ampliar experiências das
crianças vindas das instituições de educação in-
fantil, sobretudo, as experiências ligadas ao cam-
po “Escuta, fala, pensamento e imaginação”.

7. PROCESSOS NOS ANOS


INICIAIS
A BNCC apresenta dois processos de análise
linguística: alfabetização, no 1º e 2º anos, e orto-
grafização, sobretudo, do 3º ao 5º, onde também
aparecem os aspectos notacionais (pontuação,
acentuação, etc). E o letramento, que perpassa
os dois primeiros ciclos e mais a etapa dos Anos
Finais também, ou seja, alfabetização e letramen-
to devem acontecer enquanto sinônimos.

• 7.1 Alfabetização
Além da preocupação com as práticas so-
ciais de leitura e escrita, isto é, uma perspectiva
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 93

enunciativa e discursiva, que per- a diferença para uma educação


corre toda a fundamentação das bem sucedida ou não.
orientações da BNCC, e anunciam O professor alfabetizador pre-
a forte presença da perspectiva da cisa estudar bem, em suas forma-
alfabetização, relacionada ao le- ções inicial e continuada, todos os
tramento, o desenvolvimento de processos envolvidos na alfabe-
uma consciência fonológica dos tização, pois suas intervenções,
fonemas do português do Brasil e como mediador da apropriação do
o conhecimento do alfabeto desse sistema alfabético, garantirá uma
português, em seus vários forma- aquisição, por parte dos estudan-
tos, além do estabelecimento de tes, sem traumas e garantirá a
relações grafo fônicas entre esses formação de leitores e produtores
dois sistemas de materialização da textuais eficientes.
língua; são direitos de aprendiza- A prática de linguagem de Aná-
gem definidos para a alfabetização, lise Linguística/Semiótica está
que espera-se que ocorra nos dois muito fortemente relacionada ao
primeiros anos do Ensino Funda- processo da alfabetização nos dois
mental. Neste referencial, adota- primeiros anos do Ensino Funda-
mos as mesmas orientações pre- mental, como pode ser visto no
vistas na BNCC. Organizador Curricular do compo-
A decodificação (processo de nente (ver anexo).
leitura) e codificação (processo de O Campo de experiência Traços,
escrita), ou seja, a apropriação do sons, cores e formas, da Educação
sistema de escrita alfabética, ne- Infantil, contempla atividades lúdi-
cessitam, para se efetivarem, da cas que certamente contribuirão
tomada da consciência fonológica. para os processos de desenvolvi-
Embora se deva considerar sua re- mento da consciência fonológica,
lação com o letramento, todas as por exemplo, ao propor atividades
etapas da alfabetização precisam de aliteração e rimas, com músi-
ser pensadas de forma distinta, cas, trava-línguas, etc, que podem
pois esse processo, diferente da e devem ser retomadas, durante
aquisição da fala, não é natural, é a alfabetização. Selecionar músi-
convencional. Pensar em cada eta- cas da cultura local, ou comuns ao
pa e perceber a maturidade bioló- convívio social das crianças, por
gica, o desenvolvimento motor e exemplo, faz com que o processo
cognitivo da criança para cada uma de alfabetização seja também um
destas fases do processo, faz toda processo de letramento.
94 - LÍNGUA PORTUGUESA -

• 7.2 Ortografização • 7.3 Letramento


Esse processo, de reconheci- Esse processo, que envolve a
mento das regularidades e irregu- leitura e escrita de textos escritos,
laridades da Língua Portuguesa do sobretudo, como dito anteriormen-
Brasil, que complementa a alfabe- te, envolve todos os anos do Ensino
tização, como um processo dos Fundamental I, não apenas relacio-
Anos Iniciais, é um processo mais nado ao processo de alfabetização.
longo, e deve ser focalizado, sobre- Aos estudantes devem ser dadas
tudo, com mais amplitude, do 3º ao oportunidades de participação de
5º ano, da primeira etapa. situações de leitura e produção e
Conforme a BNCC, revisão de textos antes, durante e
depois da alfabetização. Isso permi-
“na construção do conhecimento tirá que se ampliem seu repertório
da ortografia do Brasil, há três de conhecimentos, quanto o seu
relações que são muito importantes: processo de letramento, melhores
a) as relações entre a variedade de condições de produzir textos es-
língua oral falada e a língua escrita critos de diferentes gêneros e para
(perspectiva sociolinguística); diferentes finalidades.
b) os tipos de relações fono-
ortográficas do português do Os processos de alfabetização
Brasil; e c) a estrutura da sílaba do e ortografização contribuem para
português do Brasil (perspectiva a definição de atividades, textos e
fonológica). Há, ainda, outros tipos de gêneros abordados nos Anos Ini-
regularidades de representação: as ciais: a leitura e a produção com-
regulares contextuais e as regulares partilhadas com o docente e os
morfológico-gramaticais, para as colegas, os gêneros propostos
quais o estudante, ao longo de seu para leitura/escuta e produção
aprendizado, pode ir construindo oral, escrita e multissemiótica, nos
“regras”. As regulares contextuais primeiros Anos Iniciais, serão mais
têm uma escrita regular (regrada) pelo simples, tais como listas, bilhetes,
contexto fonológico da palavra; é o convites, fotolegenda, manchetes,
caso de: R/RR; S/SS; G+A,O,U/ GU+E,I; etc, pois favorecem um foco maior
C+A,O,U/QU+E,I; M+P,B/N + outras, na grafia, tornando-se mais com-
por exemplo“ plexas, conforme se avança nos
(BNCC, 2017).
Anos Iniciais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 95

8. LETRAMENTO teraja gradualmente com os meios


DIGITAL, DURANTE virtuais, esse processo não é novi-
A ALFABETIZAÇÃO dade para eles, afinal, já dominam
muitos dos meios interativos. O
A reflexão é necessária, pois os letramento digital torna o ensino
estudantes de 1.° e 2.° anos estão em ambiente escolar, mais signifi-
em processo de alfabetização e o cativo para os estudantes.
termo letramento deve sempre apa-
recer associado e, quando falamos
em letramento digital, relacionamos 9. ANOS INICIAIS POR
este processo inicial de alfabetiza- EIXOS (PRÁTICAS
ção e letramento a um sistema de DE LINGUAGEM)
mídias, composto por livros, televi-
sões, computadores, celulares, ta- Nos Anos Iniciais, resumida-
blets e seus aplicativos. Trata-se da mente, pode-se dizer que a orga-
ampliação do leque de possibilidades nização curricular se apresenta da
de contato com a escrita também seguinte forma:
em ambiente digital (tanto para ler,
quanto para escrever) (COSCAREL- • 9.1 Oralidade
LI; RIBEIRO, 2005, p. 9). O conhecimento e o uso da lín-
Alfabetizar letrando nos meios gua oral são aprofundados, bem
digitais, significa possibilitar o pro- como as características de intera-
cesso de codificação e decodifica- ções discursivas e as estratégias de
ção do código escrito e considerar fala e escuta em intercâmbios orais;
a necessidade de domínio das ferra-
mentas, quanto ao uso da internet, • 9.2 Análise Linguística/
do computador e de suas tecnolo- Semiótica
gias, em conjunto com as habilida- A alfabetização é sistematiza-
des mentais dos estudantes. da, particularmente nos dois pri-
Como os processos de aqui- meiros anos, e são desenvolvidas,
sição de leitura e escrita ocorrem ao longo dos três anos seguintes,
gradualmente e o mesmo acon- a observação das regularidades e a
tece no letramento digital, pois se análise do funcionamento da língua
capacita a criança ao domínio do e de outras linguagens e seus efei-
teclado, fazendo com que ela in- tos nos discursos;
96 - LÍNGUA PORTUGUESA -

• 9.3 Leitura/Escuta de compreensão e interpretação


O letramento é ampliado, por do texto. Realidade evidenciada
meio da progressiva incorporação nos textos que são escolhidos,
de estratégias de leitura em textos entre diferentes gêneros tex-
de nível de complexidade crescente; tuais, para leitura, discussão e
produção textual. O apoio do pro-
• 9.4 Produção de Textos fessor e a interação entre os es-
O letramento é ampliado pela tudantes possibilitarão identificar
progressiva incorporação de es- dados que propiciem a interpre-
tratégias de produção de textos de tação do texto, sendo possível,
diferentes gêneros textuais. em algumas atividades, elaborar
as respostas coletivamente.
A Língua Portuguesa, nos Anos No processo de aquisição da es-
Iniciais, do Ensino Fundamental, tem, crita, entende-se que toda e qual-
como objetivo principal, alfabeti- quer produção traz consigo inten-
zação, ortografização e letramento ções sociais, culturais e pessoais.
dos estudantes e a sua integração Desse modo, o registro deve ser
ao mundo das linguagens, possibili- feito, a partir de situações de uso
tando a compreensão da língua em da língua, por meio de um gênero
contextos sociais de uso, ampliando textual em seu contexto social sem,
as habilidades necessárias para o uso no entanto, deixar de cumprir um
efetivo da linguagem verbal escrita. dos principais papéis da instituição
Ler e escrever são competências escolar: desenvolver e aprimorar o
fundamentais para a inserção do in- domínio da norma escrita padrão.
divíduo no mundo letrado, além de Nas estratégias de análise lin-
serem indispensáveis para possibi- guística e semiótica, os estudantes
litar ao cidadão interferir na realida- são levados a perceber determina-
de que o cerca e transformá-la, pois das regularidades e irregularidades
passa a ter consciência do uso inten- ortográficas e gramaticais. A apre-
cional da linguagem no processo de sentação de conceitos e exemplos,
interlocução, sobretudo, com base bem como as atividades sugeri-
em experiências, desafios e refle- das, devem ser organizadas com o
xões vivenciados em sala de aula. objetivo de levar os estudantes a
No aspecto da leitura, é neces- resolver questões de uso e siste-
sário o estudante progredir em matização das normas linguísticas,
seus conhecimentos sobre língua com a maior autonomia possível,
e mundo para realizar o processo no decorrer dos anos escolares.
ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Nos Anos Finais do Ensino Funda-
mental o jovem é mais participativo e
mais crítico em situações comunicativas
e interagem com um número de pessoas
cada vez mais amplo.
Nessa etapa, se faz necessário um
aprofundamento na abordagem do tra-
balho com os gêneros que circulam em
todas as esferas: pública, campo jorna-
lístico/midiático e atuação da vida pú-
blica, com foco em estratégias linguís-
tico discursiva. Além desses gêneros,
a escola não pode negligenciar aque-
las consideradas como práticas con-
temporâneas, comuns ao meio digital:
curtir, comentar, publicar, curar, entre
outras. Nesse sentido, faz-se necessá-
rio que o tratamento, com essas novas
práticas, seja efetivo, em sala de aula,
inclusive no que diz respeito à confia-
bilidade da informação, das falsas notí-
cias digitais, da manipulação das mídias
com esses jovens.
98 - LÍNGUA PORTUGUESA -

10. CAMPOS DE de seus contextos de produção, o


ATUAÇÃO NOS que contextualiza e confere signi-
ANOS FINAIS ficado a seus preceitos.

No campo jornalístico, a ênfase No campo das práticas investi-


aos textos informativos e opinati- gativas, devem ser enfatizados os
vos, com habilidades relativas ao gêneros didático-expositivos, im-
trato e respeito às diferenças, bem pressos ou digitais, do 6º ao 9º ano,
como, com a participação ética e sendo a progressão dos conheci-
respeitosa em discussões e deba- mentos marcada pela indicação do
tes. Já para os textos publicitários que se operacionaliza na leitura, es-
se prevê o tratamento das ques- crita e oralidade. Esses textos ser-
tões publicitárias, presentes em virão de base para a reformução de
campanhas e anúncios da impren- conhecimentos, a partir da elabora-
sa do estado de Alagoas, buscando ção de textos-síntese, como qua-
desenvolver habilidades para lidar dro-sinópticos, esquemas, gráficos,
com os textos multissemióticos infográficos, tabelas, resumos, en-
e com as mais diferentes mídias, tre outros, que permitam o proces-
no sentido de promover a análise samento e a organização de conhe-
dos mecanismos de persuasão e, cimentos em práticas de estudo e
assim, auxiliar na produção de um de dados levantados em diferentes
consumo mais consciente. fontes de pesquisa.

No campo de atuação da vida O Campo artístico-literário


pública é preciso destacar os será a oportunidade de colocar os
textos legais e normativo, abrin- estudantes diante das manifes-
do-se espaço para aqueles que tações artísticas em geral e, de
regulam a convivência em socie- forma particular e especial, com
dade, como regimentos (da esco- a arte literária de Alagoas, ofere-
la, da sala de aula) e estatutos e cendo as condições para que se
códigos (Estatuto da Criança e do possa reconhecer, valorizar e fruir
Adolescente, Código de Defesa essas manifestações. Neste cam-
do Consumidor, Código Nacional po, enfoca-se o letramento literá-
de Trânsito etc.), até os de ordem rio conforme proposto por Cosson
mais geral, como a Constituição (2014), proporcionando aos estu-
e a Declaração dos Direitos Hu- dantes, contato com o texto lite-
manos, sempre tomados a partir rário. Uma vez que “é na escrita e
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 99

na leitura dos textos literários que a oportunidade de amadurecer e


podemos construir nosso próprio ampliar o domínio das práticas de
modo de dizer, nossa própria lin- linguagem que já se conhece. Além
guagem, sendo através dessa lei- dessa premissa, a aprendizagem da
tura e dessa escrita que podemos língua materna é vista como instru-
nos encontrar enquanto seres mento importante para a obtenção
pertencentes a nossa comunida- e a construção de conhecimentos
de” (OLIVEIRA, 2018). nas demais áreas do saber.
As propostas de trabalho com
Os conhecimentos sobre a lín- a Língua Portuguesa indicam a sis-
gua, as demais semioses e a nor- tematização de um conjunto de
ma-padrão não devem ser toma- disposições e atitudes, como ler,
dos como uma lista de conteúdos interpretar, pesquisar, selecionar
dissociados das práticas de lingua- informações, analisar, argumentar
gem, mas como propiciadores de e produzir textos orais e escritos.
reflexão e respeito do funciona- Possibilita que os estudantes usem
mento da língua no contexto des- adequadamente a língua e produ-
sas práticas. zam novos conhecimentos sobre
Os objetivos que dizem respei- esta e a partir desta. Dessa forma,
to à norma são transversais a todo eles podem participar do mundo so-
o referencial, como por exemplo cial, incluindo cidadania, trabalho e
o conhecimento da ortografia, da continuidade dos estudos. Portanto,
pontuação, da acentuação, entre a língua é vista como elemento de in-
outros e precisam estar presentes tegração social que permite ao estu-
em todas as séries, sendo aborda- dante desenvolver e manifestar tais
dos conforme o ano escolar. Deste habilidades em sua vida cotidiana.
modo, assumimos aqui uma pers- O viés metodológico prevê ati-
pectiva de progressão de conheci- vidades que favoreçam o desenvol-
mentos que vai das regularidades vimento da observação, da percep-
às irregularidades e dos usos mais ção e da ampliação ou descoberta
frequentes e mais simples aos me- do mundo pelos estudantes, inte-
nos habituais e mais complexos. ragindo com o uso da língua para a
solução de problemas cotidianos.
Tratando-se da língua mater- O objeto linguístico central é o tex-
na, a escola nunca parte do zero. to e seus aspectos gramaticais;
Ensinar português é, portanto em para isso, estuda-se elementos lin-
especial, oferecer aos estudantes guísticos e aspectos da grafia, for-
100 - LÍNGUA PORTUGUESA -

necendo meios para o estudante 11.1 Transição da


perceber as especificidades dos di- Educação Infantil
versos gêneros textuais e analisar para o Ensino
seu conteúdo, sua estrutura, seu Fundamental Anos
objetivo, o público-alvo, o local de Iniciais em Língua
circulação etc. Portuguesa
O professor deve encarar o de- Na transição da Educação Infantil
safio de preparar os estudantes para o Ensino Fundamental Anos Ini-
para compreender os mecanismos ciais, aprofundam-se as experiências
linguísticos que se encontram à sua com a língua oral e escrita já iniciadas
disposição e, assim, permitir-lhes na família e na Educação Infantil.
atingir os objetivos propostos no Nos Anos Iniciais, valorizam-se
ensino da Língua Portuguesa. as situações lúdicas de aprendiza-
gem, que apontam para a necessá-
11. TRANSIÇÃO ENTRE ria articulação com as experiências
ETAPAS vivenciadas na Educação Infantil. Tal
articulação precisa prever tanto a
A transição entre as etapas da progressiva sistematização dessas
Educação Básica requer atenção, experiências quanto o desenvolvi-
para que haja equilíbrio entre as mento, pelos estudantes, de novas
mudanças introduzidas, garantin- formas de relação com o mundo,
do integração e continuidade dos novas possibilidades de ler e formu-
processos de aprendizagem, res- lar hipóteses sobre os fenômenos,
peitando suas singularidades e as de testá-las, de refutá-las, de ela-
diferentes relações que elas esta- borar conclusões, em uma atitude
belecem com os conhecimentos, ativa na construção de conheci-
assim como a natureza das media- mentos (BNCC, 2017 p. 56).
ções de cada etapa (BNCC, 2017). Conforme os direitos e os ob-
Torna-se necessário estabele- jetivos de aprendizagem e desen-
cer estratégias de acolhimento e volvimento, compreendidos como
adaptação tanto para os estudantes elemento balizador e indicativo de
quanto para os docentes, de modo objetivos a serem explorados no
que a nova etapa se construa em- segmento da Educação Infantil - que
basada nos saberes previamente serão ampliados e aprofundados no
adquiridos em cada etapa, vislum- Ensino Fundamental para o compo-
brando uma perspectiva de conti- nente Curricular de Língua Portugue-
nuidade de seu percurso educativo. sa - o campo de experiência envolve:
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 101

Discriminar os diferentes tipos de sons e ritmos e interagir com a


Traços, sons, música, percebendo-a como forma de expressão individual e coletiva.
cores Expressar-se por meio das artes visuais, utilizando diferentes materiais.
e formas Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras,
jogos, imitações, observações e expressão corporal.

Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de


interação, por diferentes meios.
Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal,
Escuta, fala, organizando e adequando sua fala ao contexto em que é produzida.
pensamento e Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.
imaginação
Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando
compreensão da função social da escrita e reconhecendo a leitura
como fonte de prazer e informação.

Fonte: BNCC, 2017

Esses campos de experiên- escrita de um modo mais signifi-


cias possibilitam apresentar uma cativo” (BRASIL, 2010).
síntese das habilidades e compe- A transição requer mudanças
tências referente ao componente pedagógicas na composição edu-
curricular da Língua Portuguesa na cacional, sobretudo, na percepção
Educação Infantil. da diferenciação dos componentes
curriculares. Como bem destaca o
11.2 Transição dos Anos Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os
Iniciais para os Anos estudantes, ao mudarem do pro-
Finais do Ensino fessor generalista dos Anos Iniciais
Fundamental para os professores especialistas
Como aponta o Parecer CNE/ dos diferentes componentes cur-
CEB nº 11/201029, “os conteú- riculares, costumam se ressentir
dos dos diversos componentes diante das muitas exigências que
curriculares [...], as crianças, ao têm de atender, feitas pelo grande
descortinarem o conhecimen- número de docentes dos Anos Fi-
to do mundo por meio de novos nais” (BRASIL, 2010). É necessário
olhares, lhes oferecem oportu- realizar as adaptações e articula-
nidades de exercitar a leitura e a ções, tanto no 5º quanto no 6º ano,
102 - LÍNGUA PORTUGUESA -

a fim de apoiar os estudantes nes- ciadas, capazes de contemplar


se processo de transição, deven- suas necessidades e diferentes
do-se evitar a ruptura no processo modos de inserção social. Sendo
de aprendizagem, garantindo-lhes assim, a escola cumpre o papel
maiores condições de sucesso na da formação de novas gerações.
aquisição dos saberes dessa etapa. É importante que a instituição
Devido à necessidade da apro- escolar preserve o compromisso
priação das diferentes lógicas de de estimular a reflexão e a análise
organização dos conhecimentos aprofundada e contribua para o
relacionados às áreas, é impor- desenvolvimento, no estudante,
tante, retomar e ressignificar as de uma atitude crítica em relação
aprendizagens do Ensino Funda- ao conteúdo e à multiplicidade
mental – Anos Iniciais no contex- de ofertas midiáticas e digitais
to das diferentes áreas, visando (BNCC, 2017).
o aprofundamento e a ampliação Conforme a BNCC, nos Anos
de repertórios dos estudantes Finais do Ensino Fundamental, os
(BNCC, 2017). conhecimentos sobre a língua,
demais semioses e sobre a nor-
11.3 Transição do Ensino ma padrão se articulam aos de-
Fundamental - Anos mais eixos em que se organizam
Finais para o Ensino os objetivos de aprendizagem e
Médio desenvolvimento da Língua Por-
O adolescente, na etapa dos tuguesa. Dessa forma, as aborda-
Anos Finais do ensino fundamen- gens linguística, metalinguística e
tal, participa com maior criticida- reflexiva ocorrem sempre a favor
de em situações comunicativas da prática.
diversas, ampliando a interação Vislumbrando as etapas ante-
com um número de interlocuto- riores de escolarização, os ado-
res cada vez maior, sobretudo no lescentes e jovens já conhecem e
contexto escolar. fazem uso de gêneros que circulam
Nessa fase da vida, as mudan- nos campos de atuação das práti-
ças implicam na compreensão cas artístico-literárias, de estudo
do adolescente como sujeito em e pesquisa, jornalístico/midiático,
desenvolvimento, com singula- de atuação na vida pública (BNCC,
ridades e formações identitárias 2017 p. 134).
e culturais próprias, que deman- Veremos, abaixo, os objetivos
dam práticas escolares diferen- desses campos de atuação:
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 103

• Campo de atuação da vida pública relacionadas ao estudo, à


Neste campo o objetivo é ampliar pesquisa e à divulgação científica,
e qualificar a participação dos favorecendo a aprendizagem
jovens nas práticas relativas ao dentro e fora da escola.
debate de ideias e à atuação
• Campo jornalístico-midiático
política e social.
Objetiva ampliar e qualificar a
• Campo artístico-literário participação dos estudantes
Participação em situações de nas práticas relativas ao trato
leitura, fruição e produção de com a informação e opinião,
textos literários e artísticos, que estão no centro da esfera
representativo da diversidade jornalística/midiática.
cultural e linguística, que
Em consonância com as compe-
favorecem experiências estéticas.
tências específicas do componente
• Campo das práticas de estudo e curricular Língua Portuguesa para o
pesquisa Ensino Fundamental, esses tópicos
Relativo à participação em demonstram bem os objetivos al-
situações de leitura e escrita que cançados pelos estudantes ao tér-
possibilitem conhecer os textos mino do Ensino Fundamental Anos
expositivos e argumentativos, Finais, possibilitando a continuidade
a linguagem e as práticas progressiva no ensino médio.
104 - LÍNGUA PORTUGUESA -

12. REFERÊNCIAS p. 505-513, set./dez. 2003

____, Mônica F. B. A constituição


BRASIL. Base Nacional Comum social da mente: (re) descobrindo Je-
Curricular. 2017 rome Bruner e construção de significa-
dos. Estudos de Psicologia, v. 8, n. 3, p.
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ROJO, R. Letramentos múltiplos,


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SOARES, Magda. Letramento: um


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História de uma disciplina curricular. In:
BAGNO, Marcos (Org.). Linguística da
norma. São Paulo: Loyola, 2002.
QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
1º ANO

Conhecimento
Campos de

Linguagem
Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Leitura/es- Protocolos (EF01LP01) Utilizar projetos e/ou sequências didáticas


cuta (com- de leitura Reconhecer que proponham, por exemplo, a oralização
partilhada e que textos são de textos (como preparar-se para apresen-
autônoma) lidos e escritos tar ou gravar uma leitura — cantiga, poema
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

da esquerda etc. — para pais ou colegas) pode orientar


para a direita atividade de leitura feita pelo professor e
e de cima para acompanhada pelo estudante em material
baixo da pá- impresso, projetado na lousa ou por apa-
gina. relhos eletrônicos. Noções de localização,
como direita e esquerda e cima e baixo, já
constam no currículo da educação infantil.
Uma avaliação prévia dessas noções é
fundamental para que essa habilidade seja
bem sucedida.

Escrita Corres- (EF01LP02) Utilizar temas de interesse dos estudantes


(compar- pondência Escrever, es- (o funcionamento da biblioteca de classe, o
tilhada e fonema- pontaneamente estudo sobre algum tema da vida cotidiana,
autônoma) -grafema ou por ditado, como higiene pessoal, a elaboração de uma
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

palavras e fra- receita culinária saudável e com produtos


ses de forma disponíveis na epoca do ano e na comunida-
alfabética – de onde a escola está inserida, a produção
usando letras/ de orientações para uma brincadeira, etc).
grafemas que A previsão da escrita pode ser situada em
representem textos curtos, e de acordo com as possibi-
fonemas. lidades e necessidades dos estudantes. As
atividades propostas no currículo podem
ocorrer em grupos, em duplas e individual-
mente.

Escrita Construção (EF01LP03) Criar condições para a realização de com-


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

(compar- do sistema Observar paração entre escritas, para potencializar


tilhada e alfabético/ escritas con- a reflexão sobre o sistema de escrita.
autônoma) Conven- vencionais, Deve-se favorer a prática de leitura e escrita
ções da comparando-as de modo permanente nas salas de alfabeti-
escrita às suas produ- zação, valorizando a análise de referenciais
ções escritas, estáveis de escrita, como o nome próprio e
percebendo os textos da tradição oral, que possibilitam
semelhanças e um avanço na compreensão das relações
diferenças. grafema-fonema.
Análise Conheci- (EF01LP04) -
linguística/ mento do Distinguir as
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO
semiótica alfabeto do letras do alfa-
(Alfabetiza- português beto de outros
ção) do Brasil sinais gráficos.

Análise Construção (EF01LP05) Realizar, no 1º ano, a análise de palavras e


linguística / do sistema Reconhecer suas partes devem ser realizadas a partir
semiótica alfabético o sistema de do trabalho com textos da tradição oral e
(Alfabetiza- escrita alfabéti- listas, progredindo para uma análise cada
ção) ca como repre- vez mais ajustada de partes menores da pa-
sentação dos lavra, no que se refere: à quantidade (quan-
sons da fala. tas letras e sons a compõem); à qualidade
(quais letras correspondem a quais sons); à
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

ordem das letras na escrita de cada palavra.


Podem ser criados espaços de reflexão a
respeito da correspondência fonema-gra-
fema (do princípio alfabético à construção
da ortografia), por meio da comparação
reflexiva entre palavras — habilidade
(EF01LP03) — de modo progressivamente
autônomo, a partir de textos genuínos do
repertório local que atendam interesses
temáticos dos estudantes.

Análise Construção (EF01LP06) -


linguística/ do sistema Segmentar
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

semiótica alfabético oralmente


(Alfabetiza- e da orto- palavras em
ção) grafia sílabas.

Análise Construção (EF01LP07) -


linguística/ do sistema Identificar
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

semiótica alfabético fonemas e sua


(Alfabetiza- e da orto- representação
ção) grafia por letras.

Análise lin- Construção (EF01LP08) Partir de textos conhecidos é possível para


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

guística/ do sistema Relacionar prever análises fonológicas, até chegar a


semiótica (Al- alfabético e elementos so- orientar análises de palavras e partes delas,
fabetização) da ortografia noros (sílabas, culminando com a análise da relação fone-
fonemas, partes ma-grafema, partindo de atividades de leitura
de palavras) com de textos ou palavras em voz alta (compar-
sua representa- tilhada). Esta habilidade é conhecimento
ção escrita. fundamental para realizar procedimentos de
translineação (mudança de linha).
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Análise linguís- Constru- (EF01LP09) Comparar -


tica/ semiótica ção do palavras, identificando
(Alfabetização) sistema semelhanças e dife-
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

alfabético renças entre sons de


e da orto- sílabas iniciais, me-
grafia diais e finais.

Análise linguís- Conheci- (EF01LP10) Nomear Utilizar textos, da tradição oral


tica/ mento do as letras do alfabeto e regionais em atividades de leitura
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

semiótica (Alfa- alfabetodo recitá-lo na ordem das e escrita, podem contribuir para a
betização) português letras. compreensão da relação existente
do Brasil entre fala e escrita.

Análise linguís- Conheci- (EF01LP11) Conhecer, Recomenda-se que, inicialmente, a


tica/ semiótica mento das diferenciar e relacionar prática em alfabetização seja orien-
(Alfabetização) diversas letras em formato tada com o uso de letra maiúscula
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

grafias do imprensa e cursiva, de imprensa, tanto em atividades


alfabeto/ maiúsculas e minús- de leitura, quanto de escrita. Pos-
Acentuação culas. teriormente, os materiais como
livros, revistas, jornais impressos e
digitais permitem o acesso a outros
tipos de letra, favorecendo a análise
e reconhecimento de situações de
uso dos diferentes tipos, além da
letra cursiva, de uso mais frequente
no contexto escolar.

Análise linguís- Segmen- (EF01LP12) Reconhe- -


tica/ semiótica tação de cer a separação das
TODOS OS CAMPOS DE

(Alfabetização) palavras/ palavras, na escrita, por


Classifi- espaços em branco.
cação de
palavras
ATUAÇÃO

por nú-
mero de
sílabas

Análise linguís- Constru- (EF01LP13) Comparar -


TODOS OS CAMPOS DE

tica/ semiótica ção do palavras, identificando


(Alfabetização) sistema semelhanças e dife-
alfabético renças entre sons de
sílabas iniciais, me-
ATUAÇÃO

diais e finais.
Análise linguís- Pontuação (EF01LP14) Identificar Potencializar a reflexão sobre
tica/ semiótica outros sinais no texto aspectos textuais, como esse da
TODOS OS CAMPOS DE

(Alfabetização) além das letras, como habilidade, através de situações de


pontos finais, de inter- revisão processual coletiva do texto.
rogação e exclamação A progressão está prevista pela am-
e seus efeitos na ento- pliação gradativa dos sinais a serem
ATUAÇÃO

nação. utilizados, mas também deve-se


considerar o nível de autonomia do
estudante.

Análise linguís- Sinonímia (EF01LP15) Agrupar Pode-se estudar dois grupos de


tica/ semiótica e antoní- palavras pelo critério palavras: um que contenha uma
(Alfabetização) mia/ Mor- de aproximação de lista de palavras com seus sinôni-
fologia/ significado (sinonímia) mos e outro que contenha a mesma
Pontuação e separar palavras pelo lista de palavras com seus antôni-
critério de oposição mos. A tarefa é identificar o critério
de significado (anto- de agrupamento de cada uma das
nímia). listas. Depois disso, dada uma lista
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

de palavras, pode-se elaborar um


grupo que contenha os sinônimos
destas, a partir de um rol dado;
depois, elaborar outro grupo que
contenha os seus antônimos, a par-
tir de outro rol. No currículo escolar,
a progressão pode organizar-se a
partir da complexidade lexical e do
nível de autonomia requerido do
estudante.

Leitura/escuta Compreen- (EF01LP16) Ler e Pode-se considerar características


(compartilhadae são em compreender, em dos textos selecionados e dos gê-
autônoma) leitura colaboração com os neros previstos. Nas atividades de
colegas e com a ajuda estudo, convém focalizar as caracte-
do professor, quadras, rísticas que forem importantes para
quadrinhas, parlendas, a compreensão do texto, articular
trava-línguas, dentre essas características à finalidade do
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

outros gêneros do texto, prever um trabalho dialógico


campo da vida coti- e reflexivo, assim como a compara-
diana, considerando a ção entre textos por semelhanças e
situação comunicativa diferenças.
e o tema/assunto do
texto e relacionando
sua forma de organiza-
ção à sua finalidade.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Escrita Escrita (EF01LP17) Plane- Ajudar os estudantes de duas formas: como


(compar- autônoma jar e produzir, em escrita do texto ditado pela turma e/ou
tilhada e e compar- colaboração com os intervindo no processo de planejamento e
autônoma) tilhada colegas e com a ajuda produção, coletivamente e em duplas, com
do professor, listas, a produção pelo ditado ao professor e pela
agendas, calendários, parceria com colegas, de acordo com a
avisos, convites, complexidade do gênero.
receitas, instruções de
montagemelegendas
para álbuns, fotos ou
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

ilustrações (digitais
ou impressos), dentre
outros gêneros do
campo da vida coti-
diana, considerando a
situaçãocomunicativa
e o tema/assunto/
finalidade do texto.

Escrita Escrita (EF01LP18) Registrar, Pode-se tratar de alguns aspectos textuais,


(compar- autônoma em colaboração com como a organização em versos: escrita de
tilhada e e compar- os colegas e com a cada um, em uma linha, o que implica saber
autônoma) tilhada ajuda do professor, onde começam e terminam. No registro
cantigas, quadras, coletivo de textos que não se sabe de cor
quadrinhas, parlen- (reescrita/ditado ao professor), o foco pode
das, trava-línguas, estar nos aspectos textuais (sequência
dentre outros gêneros dos fatos, relação entre eles, articulação
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

do campo da vida co- dos trechos, realização de concordância


tidiana, considerando nominal e verbal etc.), pois os estudantes,
a situação comunica- embora possam conhecer o conteúdo, têm
tiva e o tema/assunto/ que elaborar um texto que não está previa-
finalidade do texto. mente definido, situação que é fundamental
para o desenvolvimento do estudante como
produtor de textos, mesmo antes de saber
grafá-los.
Oralidade Produção (EF01LP19) Recitar É possível articular a habilidade ao eixo de
de texto parlendas, quadras, reflexão sobre o sistema de escrita. Para
oral quadrinhas, trava-lín- tanto, pode-se prever que, antes de recitar,
guas, com entonação seja feita leitura, em colaboração com os
adequada e observan- colegas ou o professor, garantindo-se que
do as rimas. os estudantes acompanhem com os textos
em mãos. Além disso, é possível estudar
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

recitações gravadas, analisando as dife-


rentes performances, de modo a constituir
um repertório de recursos e condições que
permitamumdesempenhodemelhorquali-
dade. Há, aqui, oportunidade de trabalho in-
terdisciplinar com a habilidade (EF15AR17),
da Arte, no que se refere a recitar textos
ritmados com a entonação adequada.

Análise Forma de (EF01LP20) Iden- Desenvolver esta habilidade na forma de


linguística/ compo- tificar e reproduzir, uma intensa participação dos estudantes a
semiótica sição do em listas, agendas, textos organizados em tais gêneros. Proje-
(Alfabetiza- texto calendários, regras, tos de coletâneas de jogos e/ou brincadei-
ção) avisos, convites, ras (de roda, de corda, de correr etc.) - com
receitas, instruções de as respectivas instruções - impressos ou
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

montagemelegendas digitais, em vídeo ou áudio, podem viabili-


para álbuns, fotos ou zar esse trabalho.
ilustrações (digitais
ou impressos), a
formatação e dia-
gramação específica
de cada um desses
gêneros.

Escrita Escrita (EF01LP21) Escrever, É possível trabalhar de forma interdisci-


(compar- comparti- em colaboração com plinar com as habilidades (EF12EF04), da
tilhada e lhada os colegas e com a Educação Física; (EF01HI04), da História;
autônoma) ajuda do professor, e (EF01GE04), da Geografia, associadas
listas de regras e à identificação, discussão e produção de
regulamentos que textos sobre regras de convivência e sua
organizam a vida na importância.
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

comunidade escolar,
dentre outros gêneros
do campo da atuação
cidadã, considerando
a situação comunica-
tiva e o tema/assunto
do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Escrita Produção (EF01LP22) Planejar e Pode-se, por exemplo, propor a


(compar- de textos produzir, em colaboração produção de conteúdo de diagramas
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

tilhada e com os colegas e com estabelecidos previamente. No caso da


autônoma) a ajuda do professor, entrevista, a aproximação, ao gênero,
diagramas, entrevistas, poderá ser articulada, regionalmente, a
curiosidades, dentre ou- estudos das culturas locais, por meio
tros gêneros do campo de entrevistas aos parentes e amigos
investigativo, digitais ou mais velhos dos estudantes.
impressos, considerando
PESQUISA

a situação comunicativa
e o tema/assunto/finali-
dade do texto.

Oralidade Planeja- (EF01LP23) Planejar e A habilidade pode prever, tanto a ora-


mento de produzir, em colaboração lização de textos escritos produzidos,
texto oral com os colegas e com quanto a produção diretamente oral,
Exposição a ajuda do professor, por meio de gravações em áudio e/ou
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

oral entrevistas, curiosidades, em vídeo dos textos previstos, utilizan-


dentre outros gêneros do do-se esquemas de apoio escritos.
campo investigativo, que
possam ser repassados
oralmente por meio de
ferramentas digitais, em
áudio ou vídeo, conside-
PESQUISA

rando a situação comuni-


cativa e o tema/assunto/
finalidade do texto.

Análise Forma de (EF01LP24) Identificar e Utilizar projetos que prevejam a elabo-


linguística / composi- reproduzir, em enuncia- ração de blogs, vlogs, canais digitais
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

semiótica ção dos dos de tarefas escolares, ou jornais - digitais ou impressos - nos
(Alfabetiza- textos/ diagramas, entrevistas, quais sejam apresentadas entrevistas
ção) Adequação curiosidades, digitais ou e/ou curiosidades viabilizam o trabalho,
do texto às impressos, a formatação pois incluem a leitura de estudo e a
normas de e diagramação especí- produção dos textos. Na organização
escrita fica de cada um desses do currículo, a progressão pode se dar
gêneros, inclusive em pela diversificação do tema abordado,
suas versões orais. pela complexidade dos textos e pelo
nível de autonomia do estudante, que
pode se efetivar pela organização de
habilidades em que as tarefas sejam
realizadas em colaboração e, progres-
sivamente, com autonomia.
Escrita Escrita (EF01LP25) Produzir, A atividade de recontagem de histórias
(compar- autônoma tendo o professor como prevê a elaboração de um texto, cujo
tilhada e ecomparti- escriba, recontagens conteúdo já é conhecido pelo estudan-
autônoma) lhada de histórias lidas pelo te. O currículo pode focalizar, nessa ati-
professor, histórias vidade, a capacidade de textualização,
imaginadas ou baseadas ou seja, de redigir o enunciado, con-
em livros de imagens, siderando a sua organização interna:
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

observando a forma de sequência temporal de ações, relações


composição de textos de causalidade estabelecidas entre
narrativos (personagens, os fatos, emprego de articuladores,
enredo, tempo e espaço). adequados entre os trechos do enun-
ciado, utilização do registro literário,
manutenção do tempo verbal, estabe-
lecimento de coerência e coesão, entre
os trechos do texto, e demais aspectos.
A progressão horizontal pode apoiar-se
na extensão e/ou na complexidade das
histórias programadas e no foco nesse
ou naquele aspecto da composição
(personagens/enredo/tempo/espaço).

Análise Formas de (EF01LP26) Identificar Associar à participação dos estu-


linguística/ compo- elementos de uma nar- dantes a textos organizados nos
semiótica sição de rativa lida ou escutada, gêneros previstos. Enquanto eles não
(Alfabetiza- narrativas incluindo personagens, compreenderem a base alfabética do
ção) enredo, tempo e espaço. sistema de escrita, é importante prever
atividades de leitura colaborativa de
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

estudo, capazes de propiciar a análise


dos recursos indicados, assim como
a roda de leitura. O texto exposto para
que os estudantes possam ver onde o
professor está lendo e acompanhar as
suas indicações é recurso de grande
relevância. Há, aqui, oportunidade
para o trabalho interdisciplinar com
as habilidades (EF15AR18), da Arte; e
(EF01HI06), da História, associadas à
identificação de elementos narrativos,
em textos lidos, escutados e, também,
encenados.
1º / 2º ANO

Conhecimento
Linguagem
Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Campos de

Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Leitura/escuta Decodi- (EF12LP01) Ler A leitura de textos da tradição


TODOS OS CAMPOS DE

(compartilhadae ficação/ palavras novas oral, como cantigas regionais e


autônoma) Fluênciade com precisão na nacionais, poemas, letra de mú-
leitura decodificação, no sicas, entre outros textos, cuja
caso de palavras de organização estrutural facilite a
ATUAÇÃO

uso frequente, ler memorização, é importante para


globalmente, por a construção dessa habilidade.
memorização.

Leitura/escuta Formação (EF12LP02) Buscar, É possível prever a leitura cola-


(compartilhadae de leitor selecionar e ler, borativa, que é, inclusive, no que
autônoma) com a mediação do diz respeito à seleção de textos,
professor (leitura a atividade, na qual se estuda
compartilhada), um texto, por meio de questões
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

textos que circulam problematizadoras feitas pelo


em meios impres- professor, após uma leitura
sos ou digitais, inicial do texto (ou sem realizá-
de acordo com as -la, de acordo com o objetivo).
necessidades e A progressão do trabalho com
interesses. leitura se dá, a partir do nível de
complexidade dos textos e da
autonomia do estudante (tra-
balho coletivo, grupos, duplas,
autônomo).

Escrita Constru- (EF12LP03) Copiar O desenvolvimento, desta ha-


(compartilhadae ção do textos breves, bilidade, supõe a mobilização
autônoma) sistema mantendo suas da atenção do estudante para
alfabético/ características e com todas as características
Estabeleci- voltando para o gráficas do texto: pontuação
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

mento de texto sempre que (medial e final), paragrafação,


relações tiver dúvidas sobre acentuação, presença de letras
anafóricas sua distribuição maiúsculas, distribuição gráfica
na referen- gráfica,espaçamen- de suas partes, translineação e
ciação e to entre as palavras, a constante mediação do pro-
construção escrita das palavras fessor em todas as etapas das
da coesão e pontuação. atividades propostas. Os textos
selecionados devem ser curtos
ou trechos significativos de um
texto mais longo.
Leitura/escuta Compreen- (EF12LP04) Ler Nas atividades de estudo, con-
(compartilhadae são em e compreender, vém focalizar as características
autônoma) leitura em colaboração que forem importantes para a
com os colegas compreensão do texto, articular
e com a ajuda do essas características à finalidade
professor ou já com do texto, prever um trabalho
certa autonomia, dialógico e reflexivo, assim
listas, agendas, como a comparação entre textos
calendários, avisos, por semelhanças e diferenças.
convites, receitas,
instruções de mon-
tagem (digitais ou
impressos), dentre
outros gêneros
do campo da vida
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

cotidiana, conside-
rando a situação
comunicativa e o
tema/assunto do
texto e relacionan-
do sua forma de
organização à sua
finalidade.

Escrita Escrita (EF12LP05) Plane- A atividade de recontagem


(compartilhada comparti- jar e produzir, em de histórias prevê a elabora-
e autônoma) lhada colaboração com ção de um texto, cujo con-
os colegas e com a teúdo é conhecido. Dessa
ajuda do professor, forma, é focalizada, nessa
(re)contagens de atividade, a capacidade de
histórias, poemas textualização, ou seja, de
e outros textos redigir o enunciado. Já a
versificados (letras atividade de escrita de textos
de canção, qua- conhecidos de memória,
drinhas, cordel), envolve apenas o registro
poemas visuais, gráfico do texto que, nesse
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

tiras e histórias em caso, é tão conhecido, quan-


quadrinhos, dentre to o conteúdo temático.
outros gêneros do
campoartístico-lite-
rário, considerando
a situação comuni-
cativa e a finalidade
do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Oralidade Produção de (EF12LP06) Planejar e Para o desenvolvimento desta ha-


texto oral produzir, em colabora- bilidade, pode-se propor que haja:
ção com os colegas e a) análise da situação comunicativa
com a ajuda do profes- e dos gêneros com a finalidade de
sor, recados, avisos, compreender as suas característi-
convites, receitas, ins- cas, de modo a oferecer repertório
truções de montagem, para a produção; b) planejamento,
dentre outros gêneros produção e revisão dos textos,
do campo da vida coti- com apoio do registro escrito; c)
diana, que possam ser acesso e utilização de ferramentas
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

repassados oralmente digitais que viabilizem a produção


por meio de ferramen- dos textos, em áudio ou vídeo.
tas digitais, em áudio Assim, planejamento e produção
ouvídeo,considerando podem ser programados para
a situação comunica- momentos sucessivos. Além disso,
tiva e o tema/assunto/ recomenda-se prever o trabalho em
finalidade do texto. colaboração, desde o coletivo até o
organizado em duplas/grupos.

Análise linguís- Forma de (EF12LP07) Identificar Projetos de coletâneas de cantigas,


tica/semiótica composição e (re)produzir, em can- parlendas, trava-línguas são sempre
(Alfabetização) do texto tiga, quadras, quadri- ótimas propostas que viabilizam
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

nhas, parlendas, tra- esse trabalho. Há, aqui, oportunida-


va-línguas e canções, de para o trabalho interdisciplinar
rimas, aliterações, com as habilidades (EF15AR14),
assonâncias, o ritmo (EF15AR15) e (EF15AR17), da Arte,
de fala relacionado ao associadas à experimentação com
ritmo e à melodia das fontes sonoras e identificação de
músicas e seus efeitos elementos constitutivos da música.
de sentido.

Leitura/escuta Compreensão (EF12LP08) Ler e Recomenda-se começar o seu estu-


(compartilhada em leitura compreender, em do pela especificidade dos portado-
e autônoma) colaboração com os res típicos (jornais e revistas — por
colegas e com a ajuda exemplo — impressos e digitais),
do professor, fotole- para que os estudantes possam
gendas em notícias, conhecer o local de publicação dos
manchetes e lides em textos, contextualizando-os quanto
notícias, álbum de à extensão, orientação de valores e
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

fotos digital noticioso características gráficas. As rodas de


e notícias curtas para jornal são boas atividades para esse
público infantil, dentre estudo. A leitura colaborativa, tra-
outros gêneros do balhada na habilidade (EF12LP02),
campo jornalístico, é atividade fundamental para a
considerando a situa- realização desse trabalho, seja com
ção comunicativa e o textos impressos ou digitais.
tema/assunto do texto.
Leitura/escuta Compreensão (EF12LP09) Ler e No campo publicitário, circulam
(compartilhada em leitura compreender, em textos multimodais, articulando
e autônoma) colaboração com os imagem, texto verbal, cores e,
colegas e com a ajuda quando radiofônicos, televisivos ou
do professor, slogans, digitais, sons também. No trabalho
anúncios publicitários com esses textos, dois aspectos
e textos de campanhas são fundamentais: compreender as
de conscientização marcas linguísticas e recursos de
destinados ao público outras linguagens no contexto da
infantil, dentre outros função dos gêneros e finalidade dos
gêneros do campo textos (como o uso do imperativo,
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

publicitário, consi- metáforas etc) e tematizar as rela-


derando a situação ções de consumo, tal como, estão
comunicativa e o tema/ constituídas na sociedade hoje,
assunto do texto. relacionando-as com a sustentabi-
lidade. A leitura colaborativa, tra-
balhada na habilidade (EF12LP02),
é atividade fundamental para a
realização desse trabalho.

Leitura/escuta Compreensão (EF12LP10) Ler e A leitura, proficiente desses textos,


(compartilhada em leitura compreender, em requer, além da mobilização das es-
e autônoma) colaboração com os tratégias de leitura, a compreensão
colegas e com a ajuda de suas características, na relação
do professor, cartazes, com a função do gênero e com a
avisos, folhetos, regras finalidade do texto, nas situações
e regulamentos que comunicativas em que circulam.
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

organizam a vida na
comunidade escolar,
dentre outros gêneros
do campo da atuação
cidadã, considerando a
situação comunicativa
e o tema/assunto do
texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Escrita Escrita com- (EF12LP11) Escrever, em -


(compar- partilhada colaboração com os colegas
tilhada e e com a ajuda do professor,
autônoma) fotolegendas em notícias,
manchetes e lides em notí-
cias, álbum de fotos digital
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

noticioso e notícias curtas


para público infantil, digitais
ou impressos, dentre outros
gêneros do campo jornalísti-
co, considerando a situação
comunicativa e o tema/
assunto do texto.

Escrita Escrita com- (EF12LP12) Escrever, em Priorizar temas relevantes para a


(compar- partilhada colaboração com os colegas comunidade escolar, ou a região
tilhada e e com a ajuda do professor, onde a unidade escolar está
autônoma) slogans, anúncios publicitá- inserida, como campanhas de
rios e textos de campanhas preservação de parques, praças,
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

de conscientização desti- de cuidado com os animais, entre


nados ao público infantil, outros, de modo a criar situações
dentre outros gêneros do comunicativas em que faça sen-
campo publicitário, consi- tido a conscientização de outros
derando a situação comu- interlocutores da comunidade
nicativa e o tema/ assunto/ escolar.
finalidade do texto.

Oralidade Produçãode (EF12LP13) Planejar, em O acesso e a utilização de ferra-


texto oral colaboração com os colegas mentas digitais que viabilizem a
e com a ajuda do professor, produção dos textos em áudio ou
slogans e peça de cam- vídeo são fundamentais - cobrem
panha de conscientização aos seus os gestores, caso estes
destinada ao público infantil recursos não estejam disponíveis
que possam ser repassados para os estudantes. A habilidade
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

oralmente por meio de prevê oralizar textos escritos na


ferramentas digitais, em preparação de materiais gravados
áudio ou vídeo, consideran- em vídeo (para exibição na TV,
do a situação comunicativa em vlogs, em canais de mídias
e o tema/assunto/finalidade digitais etc.), e em áudio (para
do texto. exibição em rádio e canais das
mídias digitais etc.).
Análise Forma de (EF12LP14) Identificar e Projetos que prevejam a leitura
linguística composição reproduzir, em fotolegendas de matérias de relevância social
/semiótica do texto de notícias, álbum de fotos (local ou global) publicadas em
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

(Alfabeti- digital noticioso, cartas revistas/jornais específicos, e


zação) de leitor (revista infantil), elaboração de cartas de leitor
digitais ou impressos, a a respeito destas, viabilizam o
formatação e diagramação desenvolvimento da habilidade,
específica de cada um des- pois incluem a leitura de estudo
ses gêneros, inclusive em das características do gênero e a
suas versões orais. produção dos textos.

Análise Forma de (EF12LP15) Identificar a A habilidade está intimamente


linguística/ composição forma de composição de associada ao aprendizado da
CAMPO DA VIDA

semiótica do texto slogans publicitários. (EF12LP16), pois o slogan é cons-


(Alfabeti- titutivo do anúncio publicitário.
zação) Recomenda-se, portanto, que a
PÚBLICA

articulaçãoentreestashabilidades
seja contemplada.

Análise Forma de (EF12LP16) Identificar e A previsão curricular de projetos


linguística/ composição reproduzir, em anúncios de elaboração de campanhas pu-
semiótica do texto publicitários e textos de blicitárias (impressas ou digitais)
(Alfabeti- campanhas de conscienti- relativas a questões de relevância
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

zação) zação destinados ao público social pode viabilizar o desenvol-


infantil (orais e escritos, vimento da habilidade, pois inclui
digitais ou impressos), a a leitura de estudo das caracte-
formatação e diagramação rísticas do gênero e a produção
específica de cada um des- dos textos.
ses gêneros, inclusive o uso
de imagens.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF12LP17) Ler e É importante que se contemplem referências


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

compreender, em cola- variadas dos gêneros em foco nessa habilidade,


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

boração com os colegas articulando a complexidade dos textos, textos,


e com a ajuda do profes- visando as possibilidades dos estudantes neste
sor, enunciados de tare- nível de ensino. Nas atividades de estudo, convém
fas escolares, diagramas, focalizar as características que forem importantes
curiosidades, pequenos para a compreensão do texto, articular essas carac-
Compreensão em leitura

relatos de experimentos, terísticas à finalidade do texto, prever um trabalho


entrevistas, verbetes dialógico e reflexivo, assim como a comparação
de enciclopédia infantil, entre textos por semelhanças e diferenças.
entre outros gêneros
do campo investigativo,
considerando a situação
comunicativa e o tema/
assunto do texto.

(EF12LP18) Apreciar Atividadesquefavorecemodesenvolvimentodessa


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

poemas e outros textos habilidade são, entre outras, a leitura colaborativa


versificados, observando — para estudo dos textos e modelização de proce-
rimas, sonoridades, dimentos e comportamentos leitores —, a roda de
jogos de palavras, reco- leitores e o diário de leitura — para socialização de
nhecendo seu pertenci- impressões sobre leituras realizadas e circulação
Apreciação estética/Estilo

mento ao mundo ima- de critérios de apreciação utilizados pelos diferen-


ginário e sua dimensão tes leitores, como na habilidade (EF35LP21).
de encantamento, jogo e
fruição.

(EF12LP19) Reconhecer, É importante considerar que esta habilidade re-


Análise linguística/ semiótica (Alfabetização)

Formas de composição de textos poéticos

em textos versificados, laciona-se com a (EF35LP31): ambas preveem


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

rimas, sonoridades, identificar recursos típicos dos textos versificados,


jogos de palavras, relacionando-os com impressões e sensações por
palavras, expressões, eles provocadas, sendo que, na (EF35LP31), apro-
comparações, relacio- funda-se o estudo, focalizando os efeitos de sen-
nando-as com sensações tido provocados pelo uso de metáforas e recursos
e associações. rítmicos (progressão vertical). O desenvolvimento
desta habilidade demanda a programação de ati-
vidades de estudo coletivo, em especial no 1º e 2º
ano, quando os estudantes ainda não se encontram
alfabetizados. Convém, portanto, que a mediação
do professor e o envolvimento sistemático do estu-
dante em práticas colaborativas de leitura e escrita
sejam contemplados já nesses momentos iniciais.
ENSINO FUNDAMENTAL - 1° AO 5° ANO

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Leitura/ Reconstrução (EF15LP01) Identificar a Espera-se que o estudante re-


escuta das condições função social de textos conheça que, para informar-se
(compar- de produção que circulam em campos sobre a vacinação contra febre
tilhada e e recepção de da vida social dos quais amarela, por exemplo, pode-se
autônoma) textos participa cotidianamente ler notícias publicadas em
(a casa, a rua, a comu- jornais impressos e digitais que
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

nidade, a escola) e nas circulam na esfera pública. Por


mídias impressa, de mas- outro lado, se quiser comentar
sa e digital, reconhecendo uma matéria publicada em um
para que foram produzi- jornal impresso, deve concluir
dos, onde circulam, quem que o melhor gênero é a carta
os produziu e a quem se de leitor. Ou seja, não é em
destinam. qualquer gênero que se busca
qualquer informação: para cada
intenção de dizer, há um gênero
que é mais adequado.

Leitura/ Estratégia de (EF15LP02) Estabelecer O uso dessas informações


escuta leitura expectativas em relação é importante durante todo o
(compar- ao texto que vai ler (pres- processo de leitura, pois permi-
tilhada e suposiçõesantecipadoras te uma melhor compreensão e
autônoma) dos sentidos, da forma e maior fluência.
da função social do tex-
to), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios
sobre as condições de
produção e recepção
desse texto, o gênero,
o suporte e o universo
temático, bem como
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

sobre saliências textuais,


recursos gráficos, ima-
gens, dados da própria
obra (índice, prefácio
etc.), confirmando an-
tecipações e inferências
realizadas antes e durante
a leitura de textos, che-
cando a adequação das
hipóteses realizadas.
Leitura/ Estratégia de (EF15LP03) Localizar Na elaboração do currículo,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

escuta leitura informaçõesexplícitasem é necessário considerar que


(compar- textos. a compreensão de um texto
tilhada e requer a mobilização simultâ-
autônoma) nea de várias habilidades e a
utilização de diversos procedi-
mentos, de acordo com o grau
de autonomia do estudante, a
finalidade e o tipo de leitura a
ser realizada.

Leitura/ Estratégia de (EF15LP04) Identificar o Ao trabalhar com textos multis-


escuta leitura efeito de sentido produzi- semióticos, é preciso conside-
(compar- do pelo uso de recursos rar que os sentidos dependem
tilhada e expressivos gráfico-vi- da articulação entre texto verbal
autônoma) suais em textos multisse- e recursos gráfico-editoriais.
mióticos. Ler o texto sem considerar essa
relação é ignorar que posicio-
namentos político-ideológicos,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

religiosos, valores éticos e


estéticos também podem
se apresentar nos recursos
gráfico-visuais. Dessa forma,
é preciso prever situações de
aprendizagem nas quais acon-
teçam a explicitação reflexiva e
colaborativa da maneira como
o leitor proficiente realiza essa
operação.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação
Pedagógicos (DesDP)

Produçãode Planejamento (EF15LP05) Planejar, com a É possível prever, uma progres-


textos de texto ajuda do professor, o texto que são do ensino com base nos
(escrita será produzido, considerando gêneros a serem abordados na
compar- a situação comunicativa, os prática de produção de textos,
tilhada e interlocutores (quem escreve/ ao longo dos anos, de modo a
autônoma) para quem escreve); a finali- contemplar demandas locais,
dade ou o propósito (escrever nacionais e universais de forma
para quê); a circulação (onde espiral: um mesmo gênero pode
o texto vai circular); o suporte aparecer mais de uma vez em
(qual é o portador do texto); textos e/ou pode demandar
a linguagem, organização e tarefas cada vez mais complexas
forma do texto e seu tema e (produzir o final de um conto de
pesquisando em meios im- aventura lido, produzir um livro
pressos ou digitais, sempre com contos de aventura etc.). É
que for preciso, informações possível propor atividades que
necessárias à produção do contemplem o ato de planejar
texto, organizando em tópicos com autonomia progressiva e,
os dados e as fontes pesqui- ainda, pensar em agrupamentos
/TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

sadas. didáticos, como, por exemplo,


habilidades que envolvam gê-
neros literários e requeiram a
criação de conteúdo temático
e habilidades que envolvam
gêneros de outras ordens, como
argumentar e expor, contem-
plando-se a ação de planejar
de modo progressivo ao longo
dos anos.

Produçãode Revisão de (EF15LP06) Reler e revisar o A progressão do ensino pode


textos textos texto produzido com a ajuda apoiar-se na complexidade dos
(escrita do professor e a colaboração gêneros e dos textos, assim
compar- dos colegas, para corrigi-lo e como no grau de autonomia
tilhada e aprimorá-lo, fazendo cortes, do estudante a cada etapa da
autônoma) acréscimos, reformulações, aprendizagem pretendida. Reler
correções de ortografia e e revisar o texto produzido
pontuação. com a ajuda do professor e a
colaboração dos colegas, para
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo


cortes, acréscimos, reformu-
lações, como adequação de
tempo verbal básico (passado
x presente), emprego de re-
cursos gráficos suplementares
(distribuição espacial, margem,
marcação de parágrafo, letra
maiúscula),correções de orto-
grafia e pontuação.)
TODOS OS CAMPOS Produçãode Edição de (EF15LP07) Editar a versão A progressão pode ser pensada
textos textos final do texto, em colaboração com base em critérios como o
(escrita com os colegas e com a aju- suporte em jogo, os recursos
DE ATUAÇÃO

compar- da do professor, ilustrando, e as ferramentas de edição a


tilhada e quando for o caso, em suporte serem utilizados, o grau de
autônoma) adequado, manual ou digital. autonomia do estudante na
realização da tarefa etc.

Produçãode Utilização de (EF15LP08) Utilizar software, É possível envolver conhecimen-


textos tecnologia inclusive programas de edição tos procedimentais necessários
(escrita digital de texto, para editar e publicar ao uso do software, que podem
compar- os textos produzidos, explo- ser articulados à habilidade em
tilhada e rando os recursos multisse- projetos de elaboração de textos
autônoma) mióticos disponíveis. encontrados em: folhetos com
orientações sobre questões/
problemas locais; guias, pes-
quisas sobre povos indígenas/
africanos; entre outros. Há,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

aqui, oportunidade de trabalho


interdisciplinar com a habilidade
(EF15AR26), da Arte, no que se
refere à utilização de diferentes
tecnologias e recursos digitais
nos processos de criação. A
habilidade pode, ainda, ser arti-
culada a outras que proponham
a contextualização da prática de
produção de textos.

Oralidade Oralidade (EF15LP09) Expressar-se em Adaptar o padrão de linguagem


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

pública/ situações de intercâmbio oral à situação da comunicação. A


Intercâmbio com clareza, preocupando-se progressão ao longo dos cinco
conversacio- em ser compreendido pelo Anos Iniciais pode apoiar-se
nal em sala interlocutor e usando a palavra no grau de complexidade do
de aula com tom de voz audível, boa gênero oral estudado, no foco
articulação e ritmo adequado. em habilidade de planejamento
ou produção e no grau de au-
tonomia a ser conquistado pelo
estudante a cada etapa.

Oralidade Escuta atenta (EF15LP10) Escutar, com É possível articular esta ha-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

atenção, falas de professores e bilidade à organização de se-


colegas,formulandoperguntas quências didáticas para ensino
pertinentes ao tema e solici- de textos orais que envolvam
tando esclarecimentos sempre procedimentos e comporta-
que necessário. mentos próprios desse tipo de
situação comunicativa, como
tomar notas e escutar atenta-
mente, com solicitação formal
de pedido de turno.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Oralidade Características (EF15LP11) Estudar os diferentes tipos de conversação,


da conversa- Reconhecer em diferentes situações comunicativas. Gra-
ção espon- características vações em áudio e/ou vídeo dessas conversas
tânea da conversação permitem a análise dos mais variados fatores
espontânea que podem interferir na fluidez e na eficácia
presencial, dos eventos registrados. Do ponto de vista
respeitando os da progressão, recomenda-se o trabalho em
turnos de fala, colaboração realizado coletivamente, progre-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

selecionando e dindo para o trabalho em grupos/duplas, até


utilizando, du- o autônomo, a depender da complexidade do
rante a conver- gênero, do tema e do texto.
sação, formas
de tratamento
adequadas, de
acordo com
a situação e
a posição do
interlocutor.

Oralidade Aspectos não (EF15LP12) Pode-se prever o estudo de diversas situa-


linguísticos Atribuir signifi- ções de comunicação oral no que se refere
(paralinguís- cado a aspectos aos recursos paralinguísticos, de modo a: a)
ticos) no ato não linguísticos analisar os efeitos de sentido produzidos por
da fala (paralinguís- eles; b) reconhecer a adequação (ou não) das
ticos) obser- escolhas do locutor; c) constituir um repertó-
vados na fala, rio de recursos possíveis de serem utilizados;
como direção d) selecionar os recursos mais adequados
do olhar, às intenções de significação do discurso a
riso, gestos, ser produzido. A habilidade poderá também
movimentos ser prevista de modo articulado à análise de
da cabeça (de textos orais, em uma determinada situação
concordância comunicativa, de modo a aproximar os estu-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

ou discordân- dantes das características desses textos e da


cia), expressão diversidade de recursos paralinguísticos que
corporal, tom compõem a sua multimodalidade. É interes-
de voz. sante, do ponto de vista da progressão, pre-
ver uma trajetória que vá do trabalho coletivo
em colaboração até aproximar-se do trabalho
autônomo.Há,aqui,oportunidadedetrabalho
interdisciplinar com a habilidade (EF15AR19),
da Arte, no que se refere à identificação de
elementos teatrais na vida cotidiana.
Oralidade Relato oral/ (EF15LP13) Pode-se organizar habilidades que envolvam
Registro for- Identificar as finalidades indicadas, articuladas aos seus
mal e informal finalidades da respectivos gêneros, além de expor ideias so-
interação oral bre temas estudados e argumentar a respeito
em diferentes de aspectos controversos de temas em geral.
contextos A solicitação de informações pode referir-se
comunicativos a espaços como: biblioteca ou secretaria da
(solicitar infor- escola, sobre passeios previstos no calendá-
mações, apre- rio escolar, como visitas a exposições de arte
sentar opiniões, e distintos museus. Trata-se de uma situação
informar, relatar comunicativa na qual o estudante precisa
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

experiências estar preparado, saber o tipo de informação


etc.). a ser solicitada em cada ocasião e o modo
de fazê-lo naquele espaço. A progressão
no desenvolvimento desta habilidade pode
pautar-se pelo foco na análise ou na prática
de escuta do gênero previsto; pelo grau de
complexidade do gênero e/ou do texto oral
envolvido; pela situação comunicativa em
jogo e pelo grau de autonomia a ser conquis-
tado pelo estudante a cada etapa.

Leitura/ Leitura de (EF15LP14) Pode-se considerar as características dos


escuta imagens em Construir o sen- gêneros mencionados e dos textos a serem
(compar- narrativas tido de histórias sugeridos. A tirinha contém crítica aos
tilhada e visuais em quadrinhos valores sociais; provoca efeitos de humor;
autôno- e tirinhas, organiza-se em tira de poucos quadrinhos; é
ma) relacionando publicada em jornais e revistas. A HQ é mais
imagens e pala- extensa: trata-se de histórias com trama mais
vras e interpre- complexa e de diferentes tipos; é publicada
tando recursos em revistas e livros. Convém que o trabalho
gráficos (tipos proposto seja dialógico e reflexivo, utilizan-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

de balões, de do análise e comparação por diferenças e


letras, onoma- semelhanças. Critérios para a progressão
topeias). podem ser: a complexidade do gênero em
foco, a extensão e a complexidade dos textos
e/ou dos recursos e o grau de autonomia do
estudante a cada etapa do ensino. Há, aqui,
oportunidadedetrabalhointerdisciplinarcom
a habilidade (EF15AR04), da Arte, no que se
refere a conhecer quadrinhos e tirinhas como
uma expressão artística.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF15LP15) Reco- Para o desenvolvimento dessa habilidade, é


Leitura/escuta (compartilhada e autô-

nhecer que os tex- fundamental que sejam propostos critérios para


tos literários fazem a seleção de textos, livros e sites que: possuam
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

parte do mundo qualidade estética; não subestimem a capacidade


Formação do leitor literário

do imaginário e do leitor; abordem adequadamente os temas, do


apresentam uma ponto de vista dos estudantes; sejam represen-
dimensão lúdica, tativos de diferentes culturas, inclusive as menos
de encantamento, prestigiadas. É ainda necessário prever o desenvol-
valorizando-os, em vimento de projetos de leitura por autores, gêneros
sua diversidade e região, valorizando a cultura de diferentes grupos
cultural, como sociais.
noma)

patrimônio artístico
da humanidade.

(EF15LP16) Ler e Ler (silenciosamente e em voz alta), e compreen-


compreender, em der, em colaboração com os colegas e com a ajuda
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

colaboração com do professor e, mais tarde, de maneira autônoma,


os colegas e com a textos narrativos de maior porte, como contos (po-
ajuda do professor pulares, de fadas, acumulativos, de assombração
Leitura colaborativa e autônoma

e, mais tarde, de etc.) e crônicas.) Pode-se prever uma progressão


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

maneira autônoma, vertical que articule leitura com produção coletiva e


textos narrativos autônoma de um gênero no ano, e uma progressão
de maior porte horizontal que garanta uma variedade de gêneros,
como contos (po- ao longo dos anos, considerando a complexidade
pulares, de fadas, dos textos e gêneros. É possível pensar, também,
acumulativos, de a progressão em um mesmo gênero, a partir da
assombração etc.) e escolha de textos mais complexos: a habilidade
crônicas. poderá ser a mesma em dois anos seguidos, por
exemplo, e a progressão se dará pela complexida-
de do texto.
(EF15LP17) Apre- Atividades que podem favorecer o desenvol-
ciar poemas visuais vimento dessa habilidade são, entre outras, a
e concretos, obser- leitura colaborativa — para estudo dos textos e
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) vando efeitos de modelizaçãodeprocedimentosecomportamentos
sentido criados pelo leitores —, a roda de leitores e o diário de leitura
formato do texto na - para socialização de impressões sobre leituras
página, distribuição realizadas e circulação de critérios de apreciação
e diagramação das utilizados pelos diferentes leitores, como na ha-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

letras, pelas ilustra- bilidade (EF35LP21). É importante considerar a


ções e por outros disponibilidade de materiais digitais nas escolas,
Apreciação estética/Estilo

efeitos visuais. com recursos como: som, movimento e imagem. A


organização de saraus e de slams cria um espaço
de socialização de poemas selecionados, de acordo
com os critérios de apreciação ética, estética e
afetiva, constituídos pelos estudantes. É possível,
ainda relacionar essa habilidade a tradição oral de
disputa de repentes, emboladas e trovas, comuns
em nossa região.

(EF15LP18) Rela- Relacionar texto com ilustrações e outros recursos


rio/Leituramultissemiótica
Leitura/escuta (comparti-

Formação do leitor literá-

cionar texto com gráficos, objetivando compreensão. É possível pro-


TODOS OS CAMPOS DE

ilustrações e outros por atividades de leitura colaborativa coletiva, des-


lhada e autônoma)

recursos gráficos. tinadas a modelizar procedimentos de articulação


entre texto verbal e visual, analisando, inclusive, o
projeto gráfico-editorial como um todo. Propostas
ATUAÇÃO

de apreciações estéticas e afetivas colaboram para


a percepção, pelo estudante, das diferentes pers-
pectivas, pelas quais uma obra pode ser vista.

(EF15LP19) Re- Recontar possibilita a aprendizagem de conteúdos


contar oralmente, como: a) características típicas do registro literá-
com e sem apoio rio; b) organização dos fatos em ordem temporal,
de imagem, textos linear ou não, reconhecendo que a escolha, por
literários lidos pelo uma ou outra, acarreta diferenças no texto para
professor. garantir a coerência e a coesão; c) estabelecimento
de relações de causalidade entre os fatos - quando
houver -, utilizando os articuladores adequados.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Pode-se prever o reconto coletivo, capaz de propi-


ciar, seja o resgate de aspectos relevantes do texto
original eventualmente omitidos ou mal realizados,
Contagem de histórias

seja a discussão de soluções possíveis. Sempre


que possível, a recontagem deve acontecer a partir
de textos originais e integrais, escritos em registro
literário. Além disso, convém definir situações
Oralidade

comunicativas específicas para a contação de


histórias, como rodas com familiares e /ou cole-
gas, saraus etc.
Conhecimento
Desdobramentos Didático-

Linguagem
Campos de

Habilidades

Práticas de

Objeto de
Pedagógicos (DesDP)
Atuação

Escrita Construção (EF02LP01) Utilizar, O ditado diagnóstico, seguido de


(compar- do sistema ao produzir o texto, levantamento das necessidades de
tilhada e alfabético/ grafia correta de aprendizagem, para seleção de obje-
autônoma) Conven- palavras conhecidas tivos da escola/professor e trabalho
ções da ou com estruturas si- com erros mais frequentes da turma
escrita lábicas já dominadas, são etapas ineteressantes para essa
letras maiúsculas em habilidade. Os conhecimentos sobre
início de frases e em a convenção ortográfica, ao longo
substantivos pró- dos anos, podem prever o uso do
prios, segmentação dicionário, além de orientar o ensino
entre as palavras, de procedimentos como: rever a
ponto final, ponto de escrita para conferir a ortografia;
interrogação e ponto recorrer a fontes confiáveis e anotar
de exclamação. as regularidades descobertas. Os
conhecimentos sobre ortografia são
diferentes daqueles relacionados à
construção da base alfabética. As-
sim, convém que os objetivos esta-
beleçam, em ortografia, uma pro-
gressão que se inicie apenas após
a compreensão da base alfabética.
No caso da pontuação, é indicado
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

trabalhar de forma específica, consi-


derando que ela faz parte do ato de
textualizar/escrever, não se resumin-
do ao estudo dos sinais de pontua-
ção. A compreensão, do sistema de
pontuação, acontece pela análise da
ocorrência em textos, e pela reflexão
sobre os sentidos, provocados sobre
os textos em diferentes situações
de escrita.

Análise Construção (EF02LP02) Seg- -


TODOS OS CAMPOS

linguística/ do sistema mentar palavras em


semiótica alfabético sílabas e remover
DE ATUAÇÃO

(Alfabetiza- e da orto- e substituir sílabas


ção) grafia iniciais, mediais
ou finais para criar
novas palavras.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO Análise Construção (EF02LP03) Ler e Os conhecimentos sobre ortografia
linguística/ do sistema escrever palavras sãodiferentesdaquelesrelacionados
semiótica alfabético com correspondên- à construção da base alfabética,
(Alfabetiza- e da orto- cias regulares diretas devendo, portanto, ser tematizados,
ção) grafia entre letras e fone- apenas após a construção desta
mas (f, v, t, d, p, b) última.
e correspondências
regularescontextuais
(c e q; e e o, em
posição átona em
final de palavra).

Análise Construção (EF02LP04) Ler e es- Pode-se aprofundar esta habilida-


TODOS OS CAMPOS

linguística/ do sistema crever corretamente de, enfatizando procedimentos de


semiótica alfabético palavras com sílabas análise comparativa da escrita, que
DE ATUAÇÃO

(Alfabetiza- e da orto- CV, V, CVC, CCV, potencializam as possibilidades de


ção) grafia identificando que compreensão e avanço do estu-
existem vogais em dante.
todas as sílabas.

Análise Construção (EF02LP05) Ler e -


linguística/ do sistema escrever correta-
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

semiótica alfabético mente palavras com


(Alfabetiza- e da orto- marcas de nasalidade
ção) grafia (til, m, n).

Análise Conheci- (EF02LP06) Perceber O princípio acrofônico é um indi-


linguística/ mento do o princípio acrofôni- cador de possibilidades de som da
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

semiótica alfabeto do co que opera nos letra, não oferecendo referências


(Alfabetiza- português nomes das letras do para todos os fonemas, pois a escri-
ção) do Brasil alfabeto. ta brasileira é também ortográfica.

Análise Conheci- (EF02LP07) Escrever É importante considerar que o uso


TODOS OS CAMPOS DE

linguística/ mento das palavras, frases, da letra cursiva requer maior cuida-
semiótica diversas textos curtos nas do, pois implica emendar as letras,
(Alfabetiza- grafias do formas imprensa e além de precisão no movimento
ção) alfabeto/ cursiva. a ser feito. Habilidades motoras,
ATUAÇÃO

Acentuação adquiridas ao longo da educação


infantil, são ncessárias para o bom
desenvolvimento desta habilidade.

Análise Segmen- (EF02LP08) Segmen- -


TODOS OS CAMPOS DE

linguística/ tação de tar corretamente as


semiótica palavras/ palavras ao escrever
(Alfabetiza- Classifica- frases e textos.
ção) ção de pa-
ATUAÇÃO

lavras por
número de
sílabas
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Análise Pontuação (EF02LP09) Usar O estudo da pontuação acontece de


linguística/ adequadamente duas maneiras: a) na leitura: analisar os
semiótica ponto final, ponto de efeitos de sentido, produzidos pelo uso
(Alfabetiza- interrogação e ponto feito no texto; b) na escrita: de modo
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

ção) de exclamação. epilinguístico, no uso da linguagem,


discutir possibilidades de pontuar, anali-
sar os efeitos de sentido, produzidos
pelas diversas possibilidades que se
colocam (ponto final, de interrogação,
de exclamação) e selecionar a mais ade-
quada às intenções de significação. As
situações de revisão processual coletiva
do texto potencializam a reflexão sobre
aspectos textuais como esses.

Análise Sinonímia e (EF02LP10) Identi- Na elaboração do currículo, deve-se


linguística/ antonímia/ ficar sinônimos de considerar que a progressão vertical já
semiótica Morfologia/ palavras de texto está definida, posto que esta habilidade
(Alfabetiza- Pontuação lido, determinando a avança em relação à (EF01LP15). É
ção) diferença de sentido fundamental associar o seu desenvolvi-
entre eles, e formar mento às práticas de leitura de textos,
antônimos de pala- conforme indicado. Do ponto de vista
vras encontradas em metodológico, orientar a continuidade
texto lido pelo acrés- da reflexão, a partir de inventários
cimo do prefixo de (nesse caso, um inventário de antôni-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

negação in-/im-. mos constituídos por prefixos variados


— in, im, des, anti, por exemplo -, e
também sem prefixação). No que tange
aos sinônimos, o grau de complexidade
lexical (palavras mais difíceis) também
pode definir a progressão. Além disso, é
preciso considerar o nível de autonomia
requerido do estudante para realizar a
tarefa, que deve ser progressivamente
alcançada.
Análise Morfologia (EF02LP11) Formar A progressão, no que se refere a esta
TODOS OS CAMPOS DE

linguística/ o aumentativo e o di- habilidade, deve prever diminutivos e


semiótica minutivo de palavras aumentativos não regulares (com ou-
(Alfabetiza- com os sufixos -ão e tras terminações). Além disso, é im-
ção) -inho/-zinho. portante analisar os usos do diminutivo
ATUAÇÃO

e aumentativo nos textos, que podem


acarretar sentidos depreciativos, pejora-
tivos e afetivos.

Leitura/es- Compreen- (EF02LP12) Ler e A estrutura rítmica das cantigas e


cuta (com- são em compreender com canções permite que se estabeleçam
partilhada e leitura certa autonomia relações entre o que se canta e o que
autônoma) cantigas, letras de está escrito, criando condições para
canção, dentre outros uma leitura de ajuste, possibilitando a
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

gêneros do campo da reflexão sobre o sistema de escrita.


vida cotidiana, con-
siderando a situação
comunicativa e o
tema/assunto do tex-
to e relacionando sua
forma de organização
à sua finalidade.

Escrita Escrita (EF02LP13) Planejar A habilidade pode ser ampliada com


(compar- autônoma e produzir bilhetes outras que contemplem a aprendiza-
tilhada e e comparti- e cartas, em meio gem de procedimentos de consulta, a
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

autônoma) lhada impresso e/ou di- ambientes digitais em colaboração e/ou


gital, dentre outros com a ajuda do professor.
gêneros do campo da
vida cotidiana, con-
siderando a situação
comunicativa e o
tema/assunto/finali-
dade do texto.

Escrita Escrita (EF02LP14) Planejar É possível prever projetos de elaboração


(compar- autônoma e produzir pequenos de livros, contendo diferentes relatos
tilhada e e comparti- relatosdeobservação pessoais temáticos, diários das ativida-
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

autônoma) lhada de processos, de des desenvolvidas na classe, relatos de


fatos, de experiências passeios realizados pela escola, entre
pessoais, mantendo outras possibilidades.
as características do
gênero,considerando
a situação comunica-
tiva e o tema/assunto
do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação
(DesDP)

Oralidade Produção (EF02LP15) Cantar Cantar cantigas e canções, obedecendo


de texto cantigas e canções, ao ritmo e à melodia e respeitando seus
oral obedecendo ao limites emocionais e os dos colegas. A
ritmo e à melodia. cantoria pode acontecer com os estudan-
tes, acompanhando a letra da canção.
Pode-se prever que, antes de cantar,
seja feita leitura das letras das canções,
em colaboração com os colegas ou o
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

professor, garantindo que os estudantes


acompanhem com os textos em mãos.
Há, aqui, oportunidade de trabalho inter-
disciplinar com a habilidade (EF15AR14),
da Arte, no que se refere à identificação
e exploração de elementos constitutivos
da música (ritmo e melodia), por meio de
cantigas e canções.

Análise Forma de (EF02LP16) Iden- Projetos de troca de cartas, em classes


linguística/ composição tificar e reproduzir, de escolas diferentes, de sessões de
semiótica do texto em bilhetes, reca- degustação de pratos da região, acompa-
(Alfabetiza- dos, avisos, cartas, nhados de um livro de receitas ou de um
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

ção) e-mails, receitas vlog que as apresenta, podem ser boas


(modo de fazer), propostas para viabilizar esse trabalho.
relatos (digitais ou
impressos), a for-
matação e diagra-
mação específica
de cada um desses
gêneros.

Análise Forma de (EF02LP17) Iden- No 2º ano, a atividade de leitura colabora-


linguística/ composição tificar e reproduzir, tiva cria bons espaços para o estudo das
semiótica do texto em relatos de marcas temporais do texto. Já a de revi-
(Alfabetiza- experiências pes- são coletiva, processual e final possibilita
ção) soais, a sequência a análise da adequação delas em textos
dos fatos, utilizan- produzidos. Projetos, para elaborar as
do expressões que memórias do grupo, podem ser ótimas
marquem a pas- oportunidades para a produção desses
sagem do tempo textos; sites como o do Museu da Pessoa
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

(“antes”, “depois”, oferecem boas referências.


“ontem”, “hoje”,
“amanhã”, “outro
dia”, “antigamen-
te”, “há muito
tempo” etc.), e o
níveldeinformativi-
dade necessário.
(EF02LP18) Plane-
jar e produzir carta-
zes e folhetos para
divulgar eventos da
escola ou da comu-
nidade, utilizando
Escrita linguagem persua-
Escrita
(compar- siva e elementos
comparti- -
tilhada e textuais e visuais
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

lhada
autônoma) (tamanho da letra,
leiaute, imagens)
adequados ao gê-
nero, considerando
a situação comu-
nicativa e o tema/
assunto do texto.

(EF02LP19) Plane-
jar e produzir, em
colaboração com
os colegas e com a
ajuda do professor,
notícias curtas para
público infantil,
para compor jornal
Produção falado que possa
Oralidade de texto ser repassado oral- -
oral mente ou em meio
digital, em áudio
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

ou vídeo, dentre
outros gêneros do
campo jornalístico,
considerando a
situação comuni-
cativa e o tema/
assunto do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Leitura/ Imagens (EF02LP20) Reconhecer a Relacionar a função à outras


escuta (com- analíticas função de textos utilizados áreas do conhecimento, como
partilhada e em textos para apresentar informa- matemática e ciências, para
autônoma) ções coletadas em ativida- se expressar e partilhar infor-
des de pesquisa (enquetes, mações, experiências, ideias e
pequenas entrevistas, sentimentos em diferentes con-
registros de experimenta- textos. É possível, ao estudante,
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

ções). deduzir, sabendo qual é a função


desse campo de atuação — por
meio da análise das caracterís-
ticas dos textos indicados —,
que papel tais gêneros possuem
no estudo e desenvolvimento da
pesquisa. As questões a serem
respondidas pelos estudantes,
então, seriam: qual a contribui-
çãoqueumaenquete/entrevista/
relato de pesquisa pode oferecer
à pesquisa? Sendo assim, qual a
sua função?

Leitura/ Pesquisa (EF02LP21) Explorar, com -


PRÁTICAS DE ESTUDO

escuta (com- a mediação do professor,


partilhada e textos informativos de di-
autônoma) ferentes ambientes digitais
CAMPO DAS

E PESQUISA

de pesquisa, conhecendo
suas possibilidades.

Escrita Produção (EF02LP22) Planejar e pro- É possível/Podem-se atividades


(compar- de textos duzir, em colaboração com que indiquem a ação de planejar,
tilhada e os colegas e com a ajuda de modo coletivo, a textualização
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

autônoma) do professor, pequenos em colaboração com os colegas.


relatos de experimentos,
entrevistas, verbetes de
enciclopédiainfantil,dentre
outros gêneros do campo
investigativo, digitais ou
impressos, considerando
PESQUISA

a situação comunicativa e
o tema/assunto/finalidade
do texto.
Escrita Escrita (EF02LP23) Planejar e -
ESTUDO E PESQUISA

(compar- autônoma produzir, com certa auto-


tilhada e nomia, pequenos registros
PRÁTICAS DE
CAMPO DAS

autônoma) de observação de resulta-


dos de pesquisa, coerentes
com um tema investigado.

Oralidade Planeja- (EF02LP24) Planejar e Considerar que a habilidade


mento de produzir, em colaboração inclui, tanto elaborar textos orais,
texto oral com os colegas e com a quanto oralizar textos escritos. É
Exposição ajuda do professor, relatos possível, por exemplo, preparar
oral de experimentos, registros um relato oral de uma viagem
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

de observação, entrevistas, de estudo integrado com outros


dentre outros gêneros do componentes e/ou áreas do
campo investigativo, que conhcecimento, organizando
possam ser repassados previamente um esquema orien-
oralmente por meio de tador, selecionando recursos
ferramentas digitais, em a serem empregados na apre-
áudio ou vídeo, conside- sentação (esquemas, imagens,
rando a situação comuni- gráficos). Da mesma forma, é
cativa e o tema/assunto/ possível escrever um relato e
finalidade do texto. lê-lo, em voz alta, na gravação de
um vídeo, selecionando recursos
da mídia utilizada (som, imagem,
movimento etc.).

(EF02LP25) Identificar e
Forma de reproduzir, em relatos de
composi- experimentos, entrevistas,
CAMPO DAS PRÁTICAS DE

Análise
ção dos verbetes de enciclopédia
linguística/
ESTUDO E PESQUISA

textos/ infantil, digitais ou im-


semiótica -
Adequação pressos, a formatação e
(Alfabetiza-
do texto às diagramação específica de
ção)
normas de cada um desses gêneros,
escrita inclusive em suas versões
orais.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

Formação do leitor literário (EF02LP26) Ler Pode-se focalizar, nessa atividade, a capacidade de textualização, ou
Leitura/escuta (comparti-

e compreender, seja, de redigir o enunciado, considerando a sua organização interna:


CAMPO DAS PRÁTICAS DE

com certa au- sequência temporal de ações, relações de causalidade, estabelecidas


lhada e autônoma)
ESTUDO E PESQUISA

tonomia, textos entre os fatos, emprego de articuladores adequados entre os trechos


literários, de gê- do enunciado, utilização do registro literário, manutenção do tempo
neros variados, verbal, estabelecimento de coerência e coesão, entre os trechos do
desenvolvendo texto, entre outros aspectos. As atividades podem, ainda, prever uma
o gosto pela progressão da habilidade ao longo do ano, indicando a produção em
leitura. duplas ou autônoma.

(EF02LP27) A atividade de recontagem de histórias prevê a elaboração de um


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO

Escrita autônoma e comparti-

Reescrever tex- texto, cujo conteúdo já é conhecido pelo estudante, sendo, mesmo
(compartilhada e autônoma)

tos narrativos assim, importante prever habilidades que indiquem o planejamento


literários lidos da situação comunicativa e do texto, parte a parte, tarefa que poderá
pelo professor. ser coletiva. Dessa forma, o currículo pode focalizar, nessa atividade,
a capacidade de textualização, ou seja, de redigir o enunciado, con-
siderando a sua organização interna: sequência temporal de ações,
relações de causalidade estabelecidas entre os fatos, emprego de
E PESQUISA

articuladores adequados entre os trechos do enunciado, utilização do


Escrita

lhada

registro literário, manutenção do tempo verbal, estabelecimento de


coerência e coesão entre os trechos do texto, entre outros aspectos.

(EF02LP28) Re- Considerar que esta habilidade articula-se à (EF01LP26), representan-


Formas de composição de narrativas
Análise linguística /semiótica (Alfa-

conhecer o con- do uma progressão vertical. O trabalho, a ser desenvolvido, é o mes-


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

flito gerador de mo que o previsto para a habilidade (EF01LP26), considerando-se


uma narrativa que, no 2º ano, é possível que os estudantes já tenham compreendido
ficcional e sua a base alfabética do sistema de escrita e, dessa maneira, possam ler
resolução, além os textos, junto com o professor, no momento do estudo, até utilizan-
de palavras, do recursos de ressaltar trechos relevantes.
expressões
e frases que
betização)
PESQUISA

caracterizam
personagens e
ambientes.

(EF02LP29) Observar e apreciar, em poemas visuais, o formato do texto na pági-


Formas de composição de textos poé-
Análise linguística /semiótica (Alfabe-

Observar, em na, as ilustrações e outros efeitos visuais, relacionado-os com o texto


poemas visuais, escrito. O desenvolvimento, desta habilidade, demanda a previsão
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

o formato do de práticas de leitura e de estudo de poemas visuais, para que as


texto na página, suas características fundamentais sejam identificadas: a presença de
as ilustrações e ilustração realizada por meio das letras e palavras; a criação de efei-
outros efeitos tos visuais incomuns (direção de escrita; linearização original; efeitos
visuais. rotativos, inversões, por exemplo); a ocupação figurativa do espaço
disponível. As atividades colaborativas são mais adequadas para o
ticos visuais

desenvolvimento da habilidade, em especial as coletivas, com me-


PESQUISA

diação do professor. Como pode haver estudantes ainda não alfabe-


tização)

tizados, no início do 2º ano, é fundamental a exposição do texto aos


estudantes, com indicações explícitas da leitura que está sendo feita.
3º ano

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Análise Construção (EF03LP01) Ler e Realizar diagnóstico com os estudantes defi-


linguística / do sistema escrever palavras nirá a escolha de qual regularidade trabalhar
semiótica (Or- alfabético e com correspon- depende do diagnóstico a ser realizado com
tografização) da ortografia dências regulares os estudantes. A realização de ditado inicial
contextuais entre para verificar e organizar as intervenções
grafemas e fo- necessárias com os diferentes tipos de ocor-
nemas – c/qu; g/ rências regulares contextuais (aquelas em
gu; r/rr; s/ss; o que o contexto define a letra a ser utilizada),
(e não u) e e (e ampliando-se a habilidade para ocorrências ir-
não i) em sílaba regulares: som do S (auxílio, cidade); do Z; do
átona em final de LH (família e toalha etc.). Nesse caso, a habi-
palavra – e com lidade se articulará com outras que tratam da
marcas de nasali- ortografia, como a (EF03LP03) e (EF35LP13).
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

dade (til, m, n). É possível, ainda, propor habilidades que


orientem a análise de grupos de palavras do
tipo das previstas na habilidade, para levanta-
mento de semelhanças e diferenças, seguido
do registro das conclusões. Ainda que não se
chegue a formalizar as regras, esses registros
poderão ser consultados até que a grafia
corretaestejaautomatizada.Deve-seobservar
que a construção da ortografia só se inicia
após a aquisição da base alfabética.

Análise Construção (EF03LP02) Ler A construção da ortografia inicia-se apenas


linguística / do sistema e escrever corre- após a aquisição da base alfabética. Esta
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

semiótica (Or- alfabético e tamente palavras habilidade pode ser articulada às demais que
tografização) da ortografia com sílabas CV, tratam da ortografia, respeitando a orienta-
V, CVC, CCV, VC, ção de realizar ditado inicial para verificar e
VV, CVV, identifi- organizar as intervenções com os diferentes
cando que exis- tipos de ocorrências que se fizerem necessá-
tem vogais em rias. A habilidade poderá prever, no primeiro
todas as sílabas. semestre, a escrita convencional de palavras
de uso frequente e, no segundo, sem essa
observação, o que permite uma progressão
na aprendizagem.
Análise Construção (EF03LP03) Ler Ler e escrever corretamente, ou seja, com
linguística / do sistema e escrever corre- grafia correspondente à norma padrão, pa-
semiótica (Or- alfabético e tamente palavras lavras com os dígrafos lh, nh, ch, que sejam
tografização) da ortografia com os dígrafos comuns ao etudante, palavras que façam par-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

lh, nh, ch. te de sua realidade. Pode-se orientar a análise


comparativa de ocorrências, para favorecer
a observação de semelhanças e diferenças.
Exemplo: comparar as diferentes formas de
marcar a nasalização. Os casos previstos pela
habilidade podem aparecer em ano anterior,
observando-se a restrição de que a constru-
ção da ortografia só se inicia após a aquisição
da base alfabética, com habilidades que pre-
vejam a colaboração.

Análise Conhecimen- (EF03LP04) Usar É importante, na elaboração do currículo,


linguística / to das diver- acento gráfico considerar que o desenvolvimento desta habi-
semiótica (Or- sas grafias (agudo ou circun- lidade deve acontecer depois que o estudante
tografização) do alfabeto/ flexo) em monos- construir uma certa proficiência na escrita.
Acentuação sílabos tônicos Todo esse trabalho pode ser realizado sem o
terminados em uso da metalinguagem (utilizar terminologia
a, e, o e em da gramática para se referir às questões
palavras oxítonas abordadas, por exemplo, substantivo, adjeti-
terminadas em a, vo, concordância verbal etc.). No entanto, é
e, o, seguidas ou preciso ressaltar que o uso torna a linguagem
não de s. mais econômica, podendo facilitar a reflexão.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

No processo de ensino, o recurso à metalin-


guagem é posterior à compreensão do fato
discutido, e orienta-se que: a) a progressão
da acentuação inicie-se com as pautas de
memorização, nas quais palavras são afixadas
em cartazes para que o estudante possa con-
sultar ao escrever; b) ao longo dos anos, as
regularidades sejam discutidas por meio de
um movimento dialógico de análise e reflexão,
seguido de emprego na produção textual.

Análise Segmen- (EF03LP05) Convém que se programe o desenvolvimento


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

linguística / tação de Identificar o desta habilidade para uma etapa posterior


semiótica (Or- palavras/ número de síla- à da construção de uma certa proficiência
tografização) Classificação bas de palavras, na escrita. É preciso ressaltar que o uso
de palavras classificando-as da metalinguagem torna a linguagem mais
por número em monossíla- econômica, podendo facilitar a reflexão. No
de sílabas bas, dissílabas, processo de ensino, o recurso à metalingua-
trissílabas e gem é posterior à compreensão do fato discu-
polissílabas. tido. Trata-se de habilidade a ser proposta na
progressão do trabalho com acentuação.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Análise Construção (EF03LP06) Identi- Convém que o trabalho com essa ha-
linguística/ do sistema ficar a sílaba tônica bilidades seja prevista para etapas em
semiótica (Or- alfabético em palavras, classi- que o estudante já apresente uma certa
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

tografização) ficando-as em oxí- proficiência na escrita e seja antecedido


tonas, paroxítonas e pelos estudos de separação das pala-
proparoxítonas. vras em sílabas.

Análise Pontuação (EF03LP07) Identifi- A pontuação de discurso direto inclui


linguística/ car a função na lei- o emprego de verbos dicendi — que
TODOS OS CAMPOS DE

semiótica (Or- tura e usar na escrita indicam quem está falando e de que
tografização) ponto final, ponto de modo: por exemplo, disse o rapaz;
interrogação, ponto respondeuprontamente;entreoutros—
de exclamação e, em em diversos locais do enunciado (antes,
ATUAÇÃO

diálogos (discurso no interior ou depois da fala).


direto), dois-pontos
e travessão.

Análise Morfologia (EF03LP08) Identifi- O trabalho com esta habilidade deve


TODOS OS CAMPOS

linguística/ car e diferenciar, em prever a utilização instrumental desse


semiótica (Or- textos, substantivos saber para tomar decisões sobre a
DE ATUAÇÃO

tografização) e verbos e suas legibilidade do texto produzido, espe-


funções na oração: cialmente durante a revisão processual
agente, ação, objeto coletiva.
da ação.

Análise Morfossintaxe (EF03LP09) Iden- -


linguística / tificar, em textos,
semiótica (Or- adjetivos e sua
CAMPOS DE
TODOS OS

ATUAÇÃO

tografização) função de atribuição


de propriedades aos
substantivos.

Análise Morfologia (EF03LP10) Reco- -


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

linguística / nhecer prefixos e


semiótica (Or- sufixos produtivos
tografização) na formação de
palavras derivadas
de substantivos,
de adjetivos e de
verbos, utilizando-os
para compreender
palavras e para for-
mar novas palavras.
Leitura/escuta Compreensão (EF03LP11) Ler e As instruções de montagem, por exem-
(compartilha- em leitura compreender, com plo, organizam-se pela presença de:
da e autôno- autonomia,textosin- apresentação e nomeação de todas as
ma) juntivosinstrucionais peças; esquema gráfico de montagem;
(receitas, instruções instruções, propriamente. Podem con-
de montagem etc.), ter também uma relação de cuidados
com a estrutura pró- relacionados ao uso, a depender da
pria desses textos especificidade do produto. Caracteri-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

(verbos imperativos, zam-se pela presença do imperativo ou


indicação de passos infinitivo nas instruções. Nas atividades
a serem seguidos) e de estudo, convém focalizar as carac-
mesclando palavras, terísticas que forem importantes para a
imagens e recursos compreensão do texto, articular essas
gráfico- visuais, características à finalidade do texto,
considerando a prever um trabalho dialógico e reflexivo,
situação comunicati- assim como a comparação entre textos
va e o tema/assunto por semelhanças e diferenças.
do texto.

Leitura/escuta Compreensão (EF03LP12) Ler e Admitir poemas, crônicas etc. que


(compartilha- em leitura compreender, com atendam à finalidade de expressar e
da e autôno- autonomia, cartas relatar sentimentos, opiniões e aconte-
ma) pessoais e diários, cimentos da vida pessoal. O elemento
com expressão de fixo do texto é a data em cada registro.
sentimentos e opi- A linguagem costuma ser informal, mas
niões, dentre outros também pode tender para o literário.
gêneros do campo O diário (relato de um personagem de
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

da vida cotidiana, de uma história determinada) pode ser real


acordo com as con- ou fictício, assim como as cartas. Isso
venções do gênero coloca a possibilidade de que, na elabo-
carta e considerando ração do currículo, sejam previstas ativi-
a situação comu- dades com ou a partir de obras literárias
nicativa e o tema/ lidas. O desenvolvimento da habilidade
assunto do texto. favorece o trabalho com projetos de
leitura envolvendo os gêneros citados.

Produção de Escrita cola- (EF03LP13) Planejar É possível especificar o desenvolvimen-


textos borativa e produzir cartas to de habilidades relativas às cartas
(escrita com- pessoais e diários, pessoais ficcionais, a partir de obras
partilhada e com expressão de literárias de relevância (como O Gato
autônoma) sentimentos e opi- Malhado e a Andorinha Sinhá, de Jorge
niões, dentre outros Amado).
gêneros do campo
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

da vida cotidiana,
de acordo com as
convenções dos gê-
neros carta e diário
e considerando a
situação comunicati-
va e o tema/assunto
do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF03LP14) Planejar e pro- (Planejar e produzir de forma coletiva e


duzir textos injuntivos ins- individual textos injuntivos (instrucio-
trucionais, com a estrutura nais), com a estrutura própria desses
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

própria desses textos (verbos textos (verbos imperativos, indicação


Escrita
Escrita imperativos, indicação de de passos a serem seguidos) e mes-
(compar-
colabora- passos a serem seguidos) e clando palavras, imagens e recursos
tilhada e
tiva mesclando palavras, imagens gráfico-visuais, considerando a situação
autônoma)
e recursos gráfico-visuais, comunicativa e o tema/ assunto do texto,
considerando a situação co- privilegiando temas escolhidos voltados
municativa e o tema/ assunto para a comunidade local, que tenham
do texto. significado social)

(Assistir, em vídeo digital, a programa de


culinária infantil de receitas saudáveis e,
a partir dele, planejar e produzir receitas,
adequando ingredientes conforme esta-
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

(EF03LP15) Assistir, em
ção do ano e produção local, em áudio
Produção vídeo digital, a programa de
ou vídeo.) A habilidade poderá envolver
Oralidade de texto culinária infantil e, a partir
tanto a escrita quanto a oralização de
oral dele, planejar e produzir
uma receita conhecida, conforme orien-
receitas em áudio ou vídeo.
tação. Nesse caso, as habilidades podem
ser ampliadas. A oralização não envolve
produção de conteúdo, mas a leitura
expressiva de textos já produzidos.

Deve-se considerar que a progressão


vertical desta habilidade já está ga-
rantida, considerando-se a habilidade
(EF02LP16). Se, no 2º ano, o trabalho
(EF03LP16) Identificar e poderia se dar apenas por frequentação,
reproduzir, em textos injun- no 3º ano, o aprofundamento pode ser
tivos instrucionais (receitas, realizado por sequências didáticas. A
instruções de montagem, atividade de leitura colaborativa pos-
Análise digitais ou impressos), a sibilita estudar os recursos previstos,
Forma de
linguística/ formatação própria desses enquanto a de revisão processual e final
compo-
semiótica textos (verbos imperativos, possibilita analisar a adequação dos
sição do
(Ortografi- indicação de passos a serem textos produzidos. Um projeto a ser
texto
zação) seguidos) e a diagramação realizado, por exemplo, é a criação de
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

específica dos textos desses vlog, com apresentação de receitas da


gêneros (lista de ingredientes região, o que pode ser previsto no currí-
ou materiais e instruções de culo local. Observe-se aqui, oportunidade
execução – “modo de fazer”). para o trabalho interdisciplinar com as
habilidades (EF03MA02), (EF03MA08)
e (EF03MA09), da Matemática para a
leitura com compreensão e utilização de
números decimais e divisão em receitas.
(EF03LP17) Identificar e re-
produzir, em gêneros episto-
lares e diários, a formatação
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Análise própria desses textos (relatos Uma proposta de trabalho interessante


Forma de
linguística/ de acontecimentos, expres- pode ser escrever para pessoas de dife-
compo-
semiótica são de vivências, emoções, rentes estados para saber como é a vida
sição do
(Ortografi- opiniões ou críticas) e a delas. É possível, ainda, produzir um blog
texto
zação) diagramação específica dos ou enviar e-mails.
textos desses gêneros (data,
saudação, corpo do texto,
despedida, assinatura).

(EF03LP18) Ler e compreen-


der, com autonomia, cartas
dirigidas a veículos da mídia
impressa ou digital (cartas
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Leitura/
de leitor e de reclamação a
escuta Com-
jornais, revistas) e notícias,
(compar- preensão -
dentre outros gêneros do
tilhada e em leitura
campo jornalístico, de acor-
autônoma)
do com as convenções do
gênero carta e considerando
a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.

(EF03LP19) Identificar e Localizar, Identificar e discutir o propó-


discutir o propósito do uso sito do uso de recursos de persuasão
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Leitura/ de recursos de persuasão (cores, imagens, escolha de palavras,


escuta Com- (cores, imagens, escolha de jogo de palavras, tamanho de letras) em
(compar- preensão palavras, jogo de palavras, textos publicitários e de propaganda,
tilhada e em leitura tamanho de letras) em textos como elementos de convencimento). A
autônoma) publicitários e de propa- leitura colaborativa, trabalhada na habili-
ganda, como elementos de dade (EF12LP02), é atividade fundamen-
convencimento. tal para a realização desse trabalho.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF03LP20) Produzir Produzir anúncios publicitários, textos de cam-


cartas dirigidas a veícu- panhas de conscientização destinados ao público
los da mídia impressa ou infantil, observando os recursos de persuasão
(escrita compartilhada e autônoma)

digital (cartas do leitor utilizadosnostextospublicitáriosedepropaganda


ou de reclamação a jor- (cores, imagens, slogan, escolha de palavras, jogo
nais ou revistas), dentre de palavras, tamanho e tipo de letras, diagrama-
outros gêneros do cam- ção). Pode-se prever atividades que ampliem a
po político-cidadão, com habilidade,orientandooestudodascaracterísticas
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

opiniões e críticas, de dos espaços dos leitores em mídias impressas


Escrita colaborativa
Produção de textos

acordo com as conven- e digitais, bem como as regras de uso desses


ções do gênero carta e ambientes. É possível propor análise de participa-
considerando a situação ções de leitores nesses ambientes, para refletirem
comunicativa e o tema/ sobre o respeito à diversidade de opinião sobre
assunto do texto. temas atuais, diferenciando ‘argumentação’ e
‘divulgação de discurso de ódio’.

(EF03LP21) Produzir Convém prever o trabalho contextualizado em


(escrita compartilhada e autônoma)

anúncios publicitários, projetos interdisciplinares que abordem temá-


textos de campanhas de ticas relevantes para a comunidade local, como
conscientização destina- a conservação do patrimônio público, a preser-
dos ao público infantil, vação de recursos naturais, a conscientização
observando os recursos sobre a necessidade de consumo sustentável, o
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

de persuasão utilizados repúdio ao preconceito, a valorização da cultura


Escrita colaborativa
Produção de textos

nos textos publicitários local, entre outros.


e de propaganda (cores,
imagens, slogan, escolha
de palavras, jogo de
palavras, tamanho e tipo
de letras, diagramação).

(EF03LP22) Planejar e (Planejar e produzir, em colaboração com os


produzir,emcolaboração colegas, telejornal para público infantil com algu-
com os colegas, telejor- mas notícias e textos de campanhas que possam
nal para público infantil ser repassados oralmente ou em meio digital, em
Planejamento e produção de texto

com algumas notícias e áudio ou vídeo, considerando a situação comu-


textos de campanhas que nicativa, a organização específica da fala nesses
possam ser repassados gêneros e o tema/assunto/ finalidade dos textos,
oralmente ou em meio privilegiando fatos e notícias culturais da região.)
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

digital, em áudio ou A habilidade pode referir-se tanto à produção


vídeo, considerando a oral quanto à oralização de textos escritos a se-
situação comunicativa, a rem gravados em vídeo. Há, aqui, oportunidade
organizaçãoespecíficada de trabalho interdisciplinar com as habilidades
Oralidade

fala nesses gêneros e o (EF15AR26), da Arte; e (EF35EF03), da Educação


tema/assunto/finalidade Física, no que se refere à comunicação de infor-
dos textos. mações por múltiplas linguagens.
(EF03LP23) Analisar Recomenda-se que o desenvolvimento desta
miótica (Ortografização)
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

Análise linguística/ se-

Forma de composição o uso de adjetivos em habilidade venha associado a diferentes práticas


cartas dirigidas a veícu- de leitura e escrita de cartas dirigidas a mídias
los da mídia impressa ou impressas ou digitais.
digital (cartas do leitor
dos textos

ou de reclamação a jor-
nais ou revistas), digitais
ou impressas.

(EF03LP24) Ler/ouvir (Ler/ouvir, compreender e explicar, com autono-


e compreender, com mia, relatos de observações e de pesquisas em
autonomia, relatos de fontes de informações, considerando a situação
observações e de pesqui- comunicativa e o tema/assunto do texto.) Relatos
sas em fontes de infor- de experimentos e de pesquisas são textos úteis
mações, considerando a notrabalhocomtemasqueremetamdiretamente
situação comunicativa e a questões sociais, como relações estabelecidas
o tema/assunto do texto. entre crianças e o celular; o impacto das redes
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

sociais na vida da criança; a presença da violên-


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

cia no cotidiano da cidade; entre outros. Convém


focalizar as características que forem impor-
tantes para a compreensão do texto, articular
essas características à finalidade do texto, prever
um trabalho dialógico e reflexivo, assim como
Compreensão em leitura

a comparação entre textos por semelhanças e


diferenças. Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades (EF03MA26),
(EF03MA27), (EF03MA28), da Matemática (EF-
03CI06), (EF03CI09), da Ciência; (EF03HI03), da
História; e (EF03GE01), da Geografia, associadas
a coleta, leitura, comparação e interpretação de
dados de pesquisas.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

DesdobramentosDidático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Produção Produção de (EF03LP25) Planejar As pesquisas podem assumir caráter


de textos textos e produzir textos para interdisciplinar, com temas próprios
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

(escrita apresentar resultados do Estado de Alagoas. Há, aqui, opor-


compar- de observações e de tunidade de trabalho interdisciplinar
tilhada e pesquisas em fontes de com as habilidades (EF03MA26), (EF-
autônoma) informações, incluindo, 03MA27), (EF03MA28), da Matemática;
quando pertinente, (EF03CI06), (EF03CI09), de Ciências;
imagens, diagramas (EF03HI03), da História; e (EF03GE01),
e gráficos ou tabelas da Geografia, associadas à coleta,
PESQUISA

simples, considerando a leitura, comparação e interpretação de


situação comunicativa e dados, com apoio de recursos multisse-
o tema/assunto do texto. mióticos, incluindo gráficos e tabelas.

Análise Forma de (EF03LP26) Identificar e Projetos que prevejam a elaboração


linguística/ composição reproduzir, em relatórios de pesquisas sobre questões sociais
semiótica dos textos de observação e pes- relevantes a serem divulgadas em se-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

(Ortografi- Adequação quisa, a formatação e minários viabilizam o trabalho. Há, aqui,


zação) do texto às diagramação específica oportunidadedetrabalhointerdisciplinar
normas de desses gêneros (passos com as habilidades (EF03MA26), (EF-
escrita ou listas de itens, tabe- 03MA27) e (EF03MA28), da Matemática;
las, ilustrações, gráficos, (EF03CI06) e (EF03CI09), da Ciência;
resumo dos resultados), (EF03GE01), da Geografia; e (EF03HI03),
inclusive em suas ver- da História, associadas à coleta, leitura,
PESQUISA

sões orais. comparação e interpretação de dados,


com apoio de recursos multissemióticos
(listas, tabelas, ilustrações, gráficos).

Oralidade Performances (EF03LP27) Recitar cor- Recitar cordel e cantar repentes e embo-
orais del e cantar repentes e ladas, observando as rimas e obedecen-
emboladas, observando do ao ritmo e à melodia, e respeitando
as rimas e obedecendo os seus limites emocionais, demons-
ao ritmo e à melodia. trando a habilidade de forma individual
para a professora, ou em grupo para a
turma/escola.
3º AO 5º ANO

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF35LP01) Ler As atividades que mais potencializam o desen-


Decodificação/Fluência de
Leitura/escuta (comparti-

e compreender, volvimento da fluência leitora são aquelas em


TODOS OS CAMPOS DE

silenciosamente que o leitor estuda textos que lerá em voz alta,


lhada e autônoma)

e, em seguida, em em colaboração com outro leitor mais profi-


voz alta, com au- ciente. A leitura precisa ser contextualizada
tonomia e fluência, em uma situação comunicativa genuína, como
ATUAÇÃO

textos curtos com uma leitura dramática (situação em que atores


leitura

nível de textualida- fazem a leitura de um texto teatral para uma


de adequado. audiência, interpretando os personagens).

(EF35LP02) Se- Quatro aspectos podem ser considerados:


Leitura/escuta(compartilhadaeautônoma)

lecionar livros da a seleção de materiais de leitura; o uso de


biblioteca e/ou do espaços, nos quais esses materiais circulam;
cantinho de leitura a apreciação e o compartilhamento da leitura.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

da sala de aula e/ O primeiro aspecto implica em utilizar critérios


ou disponíveis em pessoais de apreciação (estética, tema etc.). O
meios digitais para segundo, envolve frequentar salas de leitura e
leitura individual, bibliotecas físicas e digitais, sabendo solicitar
Formação de leitor

justificando a ou encontrar materiais de leitura. O terceiro


escolha e com- e o quarto envolvem utilizar os critérios de
partilhando com apreciação pessoal para divulgar sua opinião, a
os colegas sua respeito de materiais lidos, em espaços esco-
opinião, após a lares, como uma roda de leitores, ou digitais,
leitura. como sites de comentários sobre livros lidos.

(EF35LP03) Identi- É necessário considerar que esta é uma habi-


ficar a ideia central lidade que envolve várias outras: localização
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

do texto, demons- de informação, inferenciação, articulação de


trando compreen- trechos do texto, (re)construção de informa-
são global. ções. No entanto, é preciso considerar, ainda,
que o desenvolvimento, de cada uma dessas
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

habilidades, pode ser mais difícil em um gêne-


ro e/ou tipo de texto do que em outros, depen-
dendo da complexidade em questão. Localizar
informações pode envolver, entre outros as-
pectos, a articulação de trechos, diferentes de
um mesmo texto. Assim, a progressão curricu-
Compreensão

lar da habilidade (EF35LP03) pode apoiar-se,


tanto no desenvolvimento conexo de outras,
quanto na complexidade do gênero ou tipo de
texto a ser estudado.
(EF35LP04) Inferir Inferir informações implícitas nos textos lidos,
informações im- observando o contexto das mesmas. Consi-
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) plícitas nos textos dere-se que, para estabelecer inferências é
lidos. necessário explicitar as pistas textuais e/ou as
informações prévias, articulando-as entre si.
Além disso, é a leitura colaborativa que pode
potencializar o trabalho com as estratégias de
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

leitura (antecipação, inferenciação, verifica-


ção, localização, construção de informações
pela articulação de trechos dos textos, ge-
neralização). A leitura colaborativa (conferir
Estratégia de leitura

EF12LP02) permite a criação de um espaço


de circulação de informações, no qual pistas
textuais e conhecimentos prévios podem ser
articulados coletivamente pelos estudantes, o
que possibilita a apropriação desses procedi-
mentos e a ampliação da competência leitora.

(EF35LP05) Inferir É necessário considerar que o desenvolvimen-


Estratégia de leitura
TODOS OS CAMPOS

o sentido de pala- to desta habilidade é conexo ao das demais,


(compartilhada e

vras ou expressões responsáveis pela compreensão leitora, espe-


Leitura/escuta
DE ATUAÇÃO

desconhecidas em cialmente as inferenciais, ou seja, aquelas que


autônoma)

textos, com base consistem em (re)construir sentidos com base


no contexto da em pistas do texto.
frase ou do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF35LP06) Recuperar Todo falante de uma língua possui conheci-


relações entre partes de mentos gramaticais internalizados no proces-
um texto, identificando so de aquisição da linguagem. Sem eles, não
substituições lexicais conseguiria comunicar-se oralmente. Esses
(de substantivos por saberes possibilitam a análise e o estudo
sinônimos) ou pronomi- dos textos, em especial quando se trata das
nais (uso de pronomes atividades epilinguísticas: aquelas, nas quais
anafóricos – pessoais, se analisa o uso dos recursos textuais, e não
possessivos, demons- a sua sistematização em categorias. Esta irá
trativos)quecontribuem acontecendo gradativamente, ao longo do
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

para a continuidade do Ensino Fundamental, depois da compreensão


texto. do sistema de escrita e da constituição de
uma proficiência básica em leitura e escrita.
Os recursos citados são os que possibilitam a
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

coesão textual. Ex.: Hoje, Ana lembrou-se de


seu avô. Ela não o vê há quase três anos (ELA
retoma ANA; O recupera AVÔ; SEU retoma
ANA.).A progressão curricular pode jogar
Estratégia de leitura

com a complexidade dos textos, o foco do


trabalho (substituições lexicais ou pronomi-
nais; os diferentes tipos de substituição em
cada um dos casos), os procedimentos didá-
ticos programados e o grau de autonomia do
estudante.

(EF35LP07) Utilizar, Para os dois primeiros anos, é importante


Construção do sistema alfabético/ Conven-

ao produzir um texto, desenvolver habilidades de análise e aprendi-


(escrita compartilhada e autônoma)

conhecimentos linguís- zagem dos conhecimentos linguísticos, aqui


ticos e gramaticais, tais implicados. No caso da ortografia, pode-se
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

como ortografia, regras utilizar a análise, reflexão e utilização das


básicas de concordân- regularidades diretas e contextuais nos Anos
cia nominal e verbal, Iniciais, após a aquisição da base alfabética;
pontuação (ponto final, e as regularidades morfológico-gramaticais
Produção de textos

ponto de exclamação, nos Anos Finais. Paralelamente, podem ser


ções da escrita

ponto de interrogação, propostashabilidadesqueenvolvamfamiliari-


vírgulas em enumera- zação com as ocorrências ortográficas irregu-
ções) e pontuação do lares ao longo do Ensino Fundamental.
discurso direto, quando
for o caso.
(EF35LP08) Utilizar, Pode-se tratar esta habilidade, visando con-

Construção do sistema alfabético/ Estabelecimento de rela-


ções anafóricas na referenciação e construção da coesão
ao produzir um texto, textualizar as atividades de revisão processual
recursos de referencia- e final, quando se analisa a pertinência da
ção (por substituição utilização de recursos coesivos em função
lexical ou por pronomes das intenções de significação, procurando
pessoais, possessivos tanto evitar problemas de compreensão pelo
e demonstrativos), leitor quanto garantir a coerência do texto.
(escrita compartilhada e autônoma)

vocabulário apropriado
ao gênero, recursos
de coesão pronominal
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

(pronomes anafóricos)
e articuladores de rela-
ções de sentido (tempo,
Produção de textos

causa, oposição, con-


clusão, comparação),
com nível suficiente de
informatividade.

(EF35LP09) Organizar -
Planejamentodetexto/Progres-
(escrita compartilhada e autô-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

são temática e paragrafação

o texto em unidades
de sentido, dividindo-o
em parágrafos segundo
Produção de textos

as normas gráficas e
de acordo com as ca-
racterísticas do gênero
textual.
noma)

(EF35LP10) Identificar O desenvolvimento desta habilidade deve


gêneros do discurso considerar resgatar e/ou articular as ativi-
oral, utilizados em dife- dades propostas com as habilidades orais
rentes situações e con- desenvolvidas nos dois anos anteriores,
Forma de composição de gêneros orais

textos comunicativos, especialmente as que se estendem por todos


e suas características os Anos Iniciais. Recomenda-se o trabalho
linguístico-expressivas em colaboração realizado coletivamente, pro-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

e composicionais (con- gredindo para situações em que a autonomia


versação espontânea, é cada vez mais requerida.
conversação telefônica,
entrevistas pessoais,
entrevistas no rádio ou
na TV, debate, noticiário
de rádio e TV, narração
Oralidade

de jogos esportivos no
rádio e TV, aula, debate
etc.).
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF35LP11) Ouvir gravações, Pode-se prever, ainda, refletir sobre as si-


canções, textos falados em tuações comunicativas em que os textos
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

diferentes variedades linguís- circulam, de modo a identificar as mais


ticas, identificando caracte- apropriadas para o uso de determinada
rísticas regionais, urbanas e variedade linguística. Há, aqui, oportuni-
rurais da fala e respeitando as dade para o trabalho interdisciplinar com
Variação linguística

diversas variedades linguísti- as habilidades (EF03GE01), da Geografia;


cas como características do (EF03HI07) e (EF03HI08), da História,
uso da língua por diferentes no que se refere à identificação de carac-
Oralidade

grupos regionais ou diferentes terísticas regionais, urbanas e rurais da


culturas locais, rejeitando fala, respeitando as diversas variedades
preconceitos linguísticos. linguísticas.
Análise linguística/ semió-

alfabético e da ortografia
Construção do sistema

(EF35LP12) Recorrer ao dicio-


TODOS OS CAMPOS DE

tica (Ortografização)

Podem-se considerar as orientações


nário para esclarecer dúvida
apresentadas na habilidade (EF04LP03),
sobre a escrita de palavras,
tanto no que se refere aos aspectos con-
especialmente no caso de
ceituais, quanto ao nível de autonomia do
palavras com relações irregu-
ATUAÇÃO

estudante para realizá-la.


lares fonema-grafema.
alfabético e da ortografia
miótica (Ortografização)

Construção do sistema
Análise linguística/ se-

(EF35LP13) Memorizar a
TODOS OS CAMPOS DE

grafia de palavras de uso


Deve-se observar que a construção da
frequente nas quais as rela-
ortografia inicia-se após a aquisição da
ções fonema-grafema são
base alfabética.
irregulares e com h inicial que
ATUAÇÃO

não representa fonema.


miótica (Ortografização)
Análise linguística/ se-
TODOS OS CAMPOS DE

(EF35LP14) Identificar em tex-


tos e usar na produção textual
pronomes pessoais, posses- -
Morfologia

sivos e demonstrativos, como


ATUAÇÃO

recurso coesivo anafórico.


(EF35LP15) Opinar e defender
ponto de vista sobre tema

(escrita compartilhada e
polêmico relacionado a situa-
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

ções vivenciadas na escola e/

Escrita colaborativa
Produção de textos
ou na comunidade, utilizando
-
registro formal e estrutura
adequada à argumentação,
autônoma)

considerando a situação co-


municativa e o tema/assunto
do texto.

(EF35LP16) Identificar e
Forma de composição dos textos

reproduzir, em notícias,
Análise linguística/ semiótica

manchetes, lides e corpo de


Projetos, que prevejam a elaboração de
notícias simples para público
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

cartas de reclamação (de serviços, de


infantil e cartas de reclamação
produtos etc.) para serem publicadas em
(revista infantil), digitais ou
(Ortografização)

revistas e jornais impressos ou em sites


impressos, a formatação e
específicos,viabilizamodesenvolvimento
diagramação específica de
da habilidade.
cada um desses gêneros,
inclusive em suas versões
orais.

Buscar e selecionar,de forma objetiva,


com o apoio do professor, informações
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

de interesse sobre fenômenos sociais


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

e naturais, em textos que circulam em


meios impressos ou digitais. Indicar as-
(EF35LP17) Buscar e selecio-
sunto, foco e autores e material de leitura
nar, com o apoio do professor,
possível. Nos ambientes digitais, convém,
informações de interesse
não só considerar as características
sobre fenômenos sociais e
do ambiente e da ferramenta de busca
naturais, em textos que circu-
para definir procedimentos, como ainda,
lam em meios impressos ou
estabelecercritériosdeconfiabilidadedos
digitais.
sites. Há, aqui, oportunidade de trabalho
interdisciplinar com as habilidades (EF-
Pesquisa

03MA18), da Matemática; (EF03HI02)


e (EF03HI03), da História, associadas à
realização de pesquisas.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

Oralidade Escuta de (EF35LP18) A habilidade de escuta de textos orais pode prever:


textos orais Escutar, com a) procedimentos de registro de informações,
atenção, consideradas importantes e de dúvidas a serem
apresentações apresentadas ao final da exposição; b) elaboração
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

de trabalhos de questões a serem feitas ao locutor, ao final da


realizadas por exposição, para esclarecimentos, posicionamentos,
colegas, formu- em relação à fala etc.; c) trabalho em colaboração
lando pergun- inicial até chegar, progressivamente, ao autônomo.
tas pertinentes Tal habilidade é fundamental para a formação do
ao tema e estudante; pode-se desenvolver, esta habilidade,
solicitando na discussão de temas sociais relevantes para a
PESQUISA

esclarecimen- comunidade local.


tos sempre que
necessário.

Oralidade Compreensão (EF35LP19) É possível orientar para que a recuperação do


de textos orais Recuperar as conteúdo, ouvido, aconteça, por meio de esquemas
CAMPO DAS PRÁTICAS DE

ideias princi- ou tabelas, prevendo, portanto, habilidades que


ESTUDO E PESQUISA

pais em situa- envolvam diferentes situações formais de escuta


ções formais e induzam ao ensino das formas de registro que
de escuta de possibilitem a recuperação da fala.
exposições,
apresentações
e palestras.
Oralidade Planejamento (EF35LP20) Pode ser desenvolvida no interior de projetos e/
de texto oral Exportrabalhos ou sequências que articulem a especificidade dos
Exposição oral ou pesquisas textos, no gênero, exposição oral ao trabalho in-
escolares, em terdisciplinar, prevendo, por exemplo, temas como
sala de aula, alimentação saudável; brinquedos/brincadeiras de
com apoio de ontem e de hoje; povos do Brasil; entre outros. É
recursos mul- possível prever atividades destinadas a familiari-
tissemióticos zar o estudante com habilidades que envolvam o
(imagens, dia- acesso aos recursos multissemióticos, presentes
grama, tabelas nos textos e a pesquisa de conteúdo temático. A
etc.), orien- progressão, tanto horizontal, quanto vertical, pode
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

tando-se por pautar-se pelo grau de complexidade dos trabalhos


roteiro escrito, e/ou pesquisas, na alternância do foco do ensino
planejando o (o gênero e sua organização geral; os recursos a
tempo de fala serem mobilizados; a produção do roteiro; etc.)
e adequando e o grau de autonomia a ser conquistada, pelo
a linguagem à estudante a cada etapa. Há, aqui, oportunidade
situação comu- de trabalho interdisciplinar com as habilidades
nicativa. (EF03MA26), (EF03MA27), (EF03MA28), da Ma-
temática; (EF03CI06), (EF03CI09), de Ciências;
(EF03HI03), da História; e (EF03GE01), da Geogra-
fia, associadas à coleta, leitura, comparação e inter-
pretação de dados, com apoio de recursos multis-
semióticos (listas, tabelas, ilustrações, gráficos).

Leitura/ Formação do (EF35LP21) Ler Supor a constituição de critérios de apreciação


escuta leitor literário ecompreender, estética e afetiva de materiais de leitura. Para tanto,
(compar- de forma autô- é preciso garantir: oferta de material de leitura de
tilhada e noma, textos qualidade estética, ética, temática e linguística; es-
autôno- literários de paços nos quais diferentes leitores possam trocar
ma) diferentes gê- informações sobre materiais lidos (físicos ou digi-
neros e exten- tais). Três atividades potencializam esse trabalho:
sões, inclusive a roda de leitores (na qual os estudantescomentam
aqueles sem livros de escolha pessoal lidos); o diário pessoal
ilustrações, de leitura (na qual, os estudantes registram as
estabelecendo impressões que vão tendo sobre o que leem e que
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

preferências socializam com os colegas); a leitura programada


por gêneros, (na qual, livros de maior extensão são lidos e estu-
temas, autores. dados coletivamente, com mediação do professor).
A progressão da aprendizagem pode apoiar-se no
grau de complexidade dos gêneros e textos previs-
tos (assim como dos seus respectivos temas), nos
autores selecionados e no grau de autonomia que
se pretende atingir a cada etapa do ensino.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF35LP22) Perceber Reconhecer os diálogos, não apenas pelas marcas


Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

Formação do leitor literário/ Leitura multis-

diálogos em textos gráficas que os apresentam (dois pontos-travessão;


narrativos,observando dois pontos-aspas, por exemplo), ou pela presença
o efeito de sentido de dos verbos dicendi (introdutórios das falas de tercei-
verbos de enunciação ros), mas também - e sobretudo -, a partir da signifi-
e, se for o caso, o uso cação do texto. Na elaboração do currículo, pode-se,
de variedades linguísti- por exemplo, propor projetos que organizem uma
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

cas no discurso direto. exposição de diálogos famosos (de personagens de


livros lidos); ou a produção de vídeos, em duplas,
contendo um diálogo selecionado pelos estudantes.
A complexidade dos gêneros e textos previstos pelos
currículos, as marcas linguísticas dos diálogos e o
semiótica

grau de autonomia do estudante, proposta para cada


ano, podem ser bons critérios para a progressão da
aprendizagem.

(EF35LP23) Apreciar -
Apreciação estética/Estilo
Leitura/escuta (comparti-

poemas e outros
textos versificados,
lhada e autônoma)

observando rimas,
CAMPO ARTÍSTICO-

aliterações e diferentes
modos de divisão dos
LITERÁRIO

versos, estrofes e
refrões e seu efeito de
sentido.

(EF35LP24) Identifi- Atividades que favorecem o desenvolvimento dessa


car funções do texto habilidade são, entre outras, a leitura colaborativa
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

dramático (escrito — para estudo dos textos e modelização de proce-


para ser encenado) dimentos e comportamentos leitores —, e a roda
e sua organização de leitores, como na habilidade (EF35LP21). Na
por meio de diálogos elaboração do currículo, a organização de leituras
entre personagens e dramáticas de textos teatrais (leituras feitas por um
marcadores das falas grupo de pessoas que assumem os diferentes papéis
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

das personagens e de da peça teatral, representando-os) cria um espaço de


cena. socialização dos textos, além de possibilitar o desen-
Textos dramáticos

volvimento da fluência leitora, como na habilidade


(EF35LP01). A complexidade dos gêneros e textos
previstos, as marcas linguísticas dos textos dramá-
ticos e o grau de autonomia do estudante, proposta
para os três anos em jogo, podem ser bons critérios
para a progressão da aprendizagem.
(EF35LP25) Criar Na elaboração do currículo, é importante considerar
narrativas ficcionais, que a criação de narrativas ficcionais difere da recon-
Produção de textos (escrita compartilhada e com certa autonomia, tagem por solicitar a criação de conteúdo temático,
utilizando detalhes sendo, portanto, mais complexa. É possível prever o
descritivos, sequências estudo de narrativas representativas da cultura local,

Escrita autônoma e compartilhada


de eventos e imagens nacional e universal (culturas africana e latino-ame-
apropriadas para ricana, por exemplo), além de ampliar a habilidade
sustentar o sentido do com a criação parcial (produzir parte desconhecida
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

texto, e marcadores de um conto lido) e/ou colaboração no planejamen-


de tempo, espaço e de to. Pode-se, ainda, analisar as características dos
fala de personagens. gêneros, a partir do estudo dos recursos, presentes
nos textos, e prever a progressão horizontal e verti-
cal (ampliando a complexidade do gênero ou texto
autônoma)

proposto nos diferentes anos), começando com


produção coletiva, seguida de trabalho em duplas/
grupos para chegar à produção autônoma.

(EF35LP26) Ler e -
Produção de textos (escrita comparti-

compreender, com
Escrita autônoma e compartilhada

certa autonomia, nar-


rativas ficcionais que
apresentem cenários
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

e personagens, obser-
vando os elementos da
lhada e autônoma)

estrutura narrativa: en-


redo, tempo, espaço,
personagens, narrador
e a construção do
discurso indireto e
discurso direto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Atuação Habilidades
(DesDP)

(EF35LP27) Ler e com- -


(escritacompartilhadae

preender, com certa


Produção de textos

Escrita autônoma autonomia, textos em


CAMPO ARTÍSTICO-

versos, explorando rimas,


sons e jogos de palavras,
autônoma)
LITERÁRIO

imagens poéticas (senti-


dos figurados) e recursos
visuais e sonoros.

(EF35LP28) Declamar Pode-se orientar estudos de textos poéticos da


ARTÍSTICO-

Oralidade

Declama-
LITERÁRIO

poemas, com entonação, cultura local, nacional, tradicionais e aqueles re-


CAMPO

postura e interpretação ferentes às culturas periféricas, especialmente os


ção

adequadas. mais representativos e vivos nas culturas locais.

(EF35LP29) Identificar, Convém que o desenvolvimento, desta habi-


Análise linguística /semiótica

em narrativas, cenário, lidade, venha associado à participação dos


CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Formas de composição de

personagem central, con- estudantes a textos organizados, nos gêneros


flito gerador, resolução previstos. O trabalho, a ser desenvolvido, é
e o ponto de vista com o mesmo que o previsto para a (EF01LP26),
(Ortografização)

base no qual histórias observando-se que, do 3º ao 5º ano, os estu-


são narradas, diferencian- dantesjá estarão alfabetizados, sendo capazes
narrativas

do narrativas em primeira de ler por si mesmos. Esta habilidade repre-


e terceira pessoas. senta uma progressão vertical em relação à
(EF01P26).

(EF35LP30) Diferenciar Deve-se considerar que o foco, desta habili-


Análise linguística /semiótica (Ortogra-

discurso indireto e dade, é a separação gráfica que, no discurso


discurso direto, determi- direto, se estabelece entre o discurso do nar-
nando o efeito de sentido rador e o do personagem, o que não ocorre no
de verbos de enunciação discurso indireto. Por outro lado, a fala de um
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

Discurso direto e indireto

e explicando o uso de personagem pode vir organizada em uma varie-


variedades linguísticas no dade linguística diferente do texto do narrador:
discurso direto, quando trata-se de recurso de caracterização de per-
for o caso. sonagem, ou de suas intenções. O importante
é analisar a coerência desse fato no interior
do texto. Esta habilidade representa uma pro-
fização)

gressão vertical em relação à (EF04LP05) e


(EF03LP07).

(EF35LP31) Identificar, É importante que o desenvolvimento, desta


Forma de composição
semiótica (Ortografi-

em textos versificados, habilidade, venha associado a atividades cola-


Análise linguística /

de textos poéticos
CAMPO ARTÍSTICO-

efeitos de sentido decor- borativas de leitura, oralização e análise. Con-


rentes do uso de recur- vém, portanto, que a mediação do professor e
sos rítmicos e sonoros e o envolvimento sistemático do estudante, em
LITERÁRIO

de metáforas. práticas de leitura e escrita, sejam contempla-


zação)

dos nos dois primeiros anos.


4º ANO

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF04LP01) Gra- Desenvolver atividades que possibilitem


TODOS OS CAMPOS

far palavras utili- registrar corretamente os tipos de palavras


Construção
Análise linguís- zando regras de previstas. As regulares diretas são (P, B, F, V,
do sistema
DE ATUAÇÃO

tica /semiótica correspondência T, D), aquelas cujos sons são parecidos. As


alfabético e
(Ortografização) fonema-grafema contextuais são aquelas, em que o contexto
da ortografia
regulares diretas interno da palavra é que determina que letra
e contextuais. usar (R/RR, M/N, NH).

(EF04LP02)
Ler e escrever,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

corretamente,
palavras com
Construção sílabas VV e
Análise linguís-
do sistema CVV em casos
tica /semiótica
alfabético e nos quais a
(Ortografização)
da ortografia combinação
VV (ditongo)
é reduzida na
língua oral (ai,
ei, ou).

(EF04LP03) Lo- Propor atividades que leve a familiarização


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

calizar palavras do gênero verbete (impresso e/ou digital),


Conheci- no dicionário reconhecendo suas partes e o tipo de infor-
mento do para esclarecer mações que apresentam, e com o portador
Análise linguís- alfabeto do significados, e sua organização interna: ordem alfabética
tica /semiótica portuguêsdo reconhecendo o progressiva (letra inicial; inicial e 2ª letra,
(Ortografização) Brasil/Ordem significado mais etc.); forma de apresentação das palavras
alfabética/ plausível para (verbos no infinitivo, substantivos e adjetivos
Polissemia o contexto que no masculino singular, etc.); apresentação das
deu origem à várias acepções possíveis da palavra.
consulta.

Identificar as sílabas das palavras; reconhecer


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

(EF04LP04) qual sílaba é tônica; identificar quais têm


Usar acento vogais abertas e quais têm vogais fechadas;
Conhecimen-
gráfico (agudo reconhecer sinais gráficos como o acento
Análise linguís- to das diver-
ou circunflexo) agudo e o circunflexo; relacionar o primeiro
tica /semiótica sas grafias
em paroxítonas com vogais abertas e o segundo, com as
(Ortografização) do alfabeto/
terminadas fechadas. A progressão da acentuação ini-
Acentuação
em -i(s), -l, -r, cia-se com as pautas de memorização, nas
-ão(s). quais, palavras são afixadas em cartazes que
o estudante pode consultar, ao escrever.
(EF04LP05)
Identificar a
função na leitura
e usar, adequa-
damente, na es-
crita ponto final,
de interrogação,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise linguís- de exclamação,


tica /semiótica Pontuação dois-pontos e
(Ortografização) travessão em
diálogos (dis-
curso direto),
vírgula em
enumerações e
em separação
de vocativo e de
aposto.

(EF04LP06) Identificar substantivos e pronomes pessoais,


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Identificar em ligados ao verbo, assim como, a necessidade


textos e usar na de estabelecer a concordância verbal entre
produçãotextual eles na constituição da coesão e da coerência
Análise linguís-
a concordância do texto. Prever um trabalho reflexivo de ob-
tica/semiótica Morfologia
entre substanti- servação, análise, comparação e derivação de
(Ortografização)
vo ou pronome regularidades no trabalho com as classes de
pessoal e verbo palavras e suas funções no enunciado; e usar
(concordância os saberes gramaticais, como ferramentas de
verbal). constituição da legibilidade.

(EF04LP07) Prever um trabalho reflexivo de observação,


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Identificar em análise, comparação e levantamento de re-


textos e usar na gularidades que caracterizem as classes de
produçãotextual palavras; e usar os saberes gramaticais, como
Análise linguís-
Morfossin- a concordância ferramentas de constituição da legibilidade
tica/semiótica
taxe entre artigo, do texto.
(Ortografização)
substantivo e
adjetivo (con-
cordância no
grupo nominal).

(EF04LP08) Realizar ditados diagnósticos, de modo a


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Reconhecer e identificar as possíveis ocorrências que ainda


grafar, correta- não são grafadas, convencionalmente, pelos
mente, palavras estudantes, de modo a planejar intervenções
Análise linguís-
derivadas com adequadas.
tica/semiótica Morfologia
os sufixos
(Ortografização)
-agem, -oso,
-eza, -izar/-isar
(regulares mor-
fológicas).
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Práticas de

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF04LP09) Ler e com- Focalizar as características/elementos


preender, com autonomia, que forem importantes para a compreen-
Leitura/escuta (compartilhada e
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

boletos, faturas e carnês, são do texto, articular a existência des-


dentre outros gêneros do sas características à finalidade do texto,
Compreensão em leitura

campo da vida cotidiana, prever um trabalho dialógico e reflexivo


de acordo com as conven- no estudo dos textos, assim como a
ções do gênero (campos, comparação entre textos, do mesmo
itens elencados, medidas gênero e de gêneros diferentes, estabele-
de consumo, código de cendo semelhanças e diferenças
autônoma)

barras) e considerando a
situação comunicativa e a
finalidade do texto.

Favorecer o estudo das cartas de recla-


mação que circulam em situações de
comunicação, em que um cidadão pro-
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

(EF04LP10) Ler e com- cura manifestar insatisfação ou resolver


preender, com autonomia, algum problema que pode relacionar-se
cartas pessoais de re- a um serviço ou a um produto adquirido,
clamação, dentre outros por exemplo. Trata-se de um gênero que
gêneros do campo da vida possibilita o exercício da cidadania, daí
cotidiana, de acordo com a importância do seu ensino. Podem ser
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Compreensão em leitura

as convenções do gênero enviadas diretamente ao responsável,


carta e considerando a pelo problema, ou serem publicadas em
situação comunicativa e jornais e revistas em seções específicas.
otema/assunto/finalidade A linguagem é sempre mais formal
do texto. e polida. Organizam-se, a partir dos
seguintes elementos: local e data, desti-
natário, cumprimento, apresentação do
problema, despedida e remetente.
(EF04LP11) Planejar e
produzir, com autonomia,

(escrita compartilhada e autônoma)


cartas pessoais de re-
Propor a produção textual com o gênero
clamação, dentre outros
de cartas pessoais e de reclamação
gêneros do campo da vida
e três vetores do processo de escrita
cotidiana, de acordo com
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

(situação/tema ou assunto/finalidade).
as convenções do gênero
Envolve, ao menos, duas operações
carta e com a estrutura
Escrita colaborativa
Produção de textos

distintas, que podem ser tratadas, em


própria desses textos
separados: planejar e produzir, que sig-
(problema, opinião, argu-
nificam organizar as ideias para, depois
mentos), considerando a
colocá-las no papel.
situação comunicativa e
otema/assunto/finalidade
do texto.

(EF04LP12) Assistir, em
Produção de texto oral

Possibilitar a análise de textos, dos


vídeo digital, a programa
gêneros previstos, para extrair as suas
infantil com instruções
características, de acordo com a situa-
CAMPO DA VIDA

de montagem, de jogos
çãocomunicativa;planejamentodotexto
e brincadeiras e, a partir
a ser produzido, considerando a situação
COTIDIANA

Oralidade

dele, planejar e produzir


em que irá circular; produção/textualiza-
tutoriais em áudio ou
ção deste.
vídeo.

(EF04LP13) Identificar
Análise linguística/semiótica (Ortografi-

e reproduzir, em textos
injuntivos instrucionais
(instruções de jogos
Forma de composição do texto

Realizar leitura colaborativa, estudando


digitais ou impressos), a
os recursos previstos, enquanto a de
formatação própria desses
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

revisão processual e final possibilita


textos (verbos imperati-
analisar a adequação dos textos produ-
vos, indicação de passos
zidos. Um projeto interessante, pode-se
a ser seguidos) e formato
elaborar um blog, vlog ou revista temáti-
específico dos textos orais
ca de jogos.
ou escritos desses gêne-
ros (lista/ apresentação
zação)

de materiais e instruções/
passos de jogo).
(compartilhadae

(EF04LP14) Identificar,
CAMPO DA VIDA

Leitura/escuta

Compreensão

em notícias, fatos, partici-


autônoma)

em leitura
COTIDIANA

pantes, local e momento/


tempo da ocorrência do
fato noticiado.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

Compreensão em (EF04LP15) Visualizar a articulação de informações, de dife-


Distinguir fatos rentes partes do texto, a inferenciação e a ativação
(compartilhada e
CAMPO DA VIDA

de opiniões/su- de repertório prévio. Além disso, requer, também,


Leitura/escuta

gestões em textos a identificação de valores éticos e/ou políticos, no


autônoma)

(informativos, texto, e de elaboração de apreciações, relativas a


PÚBLICA

leitura

jornalísticos, pu- esses e a outros valores.


blicitários etc.).

(EF04LP16) Prever o trabalho contextualizado, a partir de temá-


Produzir notícias ticas relevantes para a comunidade local e para o
sobre fatos ocor- interesse dos estudantes, como eventos da comu-
ridos no universo nidade, ações comunitárias em desenvolvimento,
escolar, digitais ou propostas governamental e da própria escola,
impressas, para o realização de eventos esportivos, notícias a respei-
(escrita compartilhada e autônoma)

jornal da escola, to de funcionamento de bibliotecas e espaços cul-


noticiando os fa- turais, funcionamento de espaços públicos, pro-
tos e seus atores blemas que a cidade/comunidade vivencia, entre
e comentando outros. Nessa perspectiva, é necessária análise de
decorrências, de textos, no gênero em questão, para explicitar suas
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

acordo com as principais características e repertoriar a produção.


Escrita colaborativa
Produção de textos

convenções do Dessa forma, pode-se desmembrar a habilidade,


gênero notícia e prevendo-se o estudo do gênero e da situação
considerando a comunicativa em que a produção irá circular. Com
situação comuni- foco numa progressão horizontal que se inicie com
cativa e o tema/ o trabalho colaborativo coletivo e avance para as
assunto do texto. atividades em grupo/duplas e autônomas.

(EF04LP17) Prever, tanto a produção oral, quanto a oralização


Produzir jornais de textos escritos. Com vista a adequação do texto
radiofônicos prevê: a) produzir a escrita do texto a ser lido; e/
Planejamento e produção de texto

ou televisivos e ou b) organizar esquema do texto a ser produzido


entrevistas veicu- oralmente, o que requer muito ensaio coletivo,
ladas em rádio, com análise crítica; c) estudar os recursos a serem
TV e na internet, empregados nesse material, considerando a espe-
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

orientando-se por cificidade da mídia e ambiente, no qual será vei-


roteiro ou texto culado o material. Além disso, pode-se prever: a)
e demonstrando a seleção e estudo dos textos a serem produzidos
conhecimentodos para compreender suas características, de acordo
Oralidade

gêneros jornal com a situação comunicativa; b) o planejamento/


falado/televisivo e pesquisa do conteúdo temático e considerando a
entrevista. situação em que irá circular o tipo de mídia.
(EF04LP18) Associar diferentes práticas de escuta atenta e

Forma de composição dos textos


Analisar o padrão crítica de entrevistas e jornais radiofônicos e/

Análise linguística/semiótica
entonacional e a ou televisivos, para que os estudantes possam
expressão facial perceber e se familiarizar com os padrões de-
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

e corporal de notacionais e a expressão corporal próprios de


(Ortografização) âncoras de jornais âncoras e entrevistadores nesses meios. Convém
radiofônicos ou prever, ainda, que as atividades sejam realizadas,
televisivos e de com base em gravações de discursos autênticos
entrevistadores/ (registrados nessas situações), tornando possível
entrevistados. assistir, analisar, reassistir e tirar dúvidas relativas
ao estudo.

(EF04LP19) Ler Perceber que é por meio dos textos expositivos de


Leitura/escuta(compartilhada

e compreender divulgação científica que o conhecimento produ-


Compreensão em leitura

textos expositivos zido, em diversas áreas, é registrado e divulgado.


CAMPO DAS PRÁTICAS DE

de divulgação A leitura destes textos vai sempre ser solicitada


ESTUDO E PESQUISA

científica para nas diversas disciplinas, e o prosseguimento dos


crianças, conside- estudos pode depender da proficiência constituída
e autônoma)

rando a situação pelo estudante. A leitura colaborativa é atividade


comunicativa e o fundamental, a fim de socializar um entendimento
tema/ assunto do mútuo.
texto.

(EF04LP20) Re- Averiguar os textos de divulgação científica, aca-


Leitura/escuta(compartilhada

Imagens analíticas em textos

conhecer a função dêmicos, de pesquisa e também nos de imprensa


de gráficos, dia- (reportagens, artigos de divulgação científica,
CAMPO DAS PRÁTICAS DE

gramas e tabelas artigos acadêmicos, relatórios de pesquisa, etc.),


ESTUDO E PESQUISA

em textos, como é comum a presença de infográficos que sinteti-


forma de apresen- zem dados, esquemas visuais que simulem uma
e autônoma)

tação de dados e situação descrita, tabelas que apresentem dados


informações. coletados e gráficos que os agrupem, oferecendo
uma visão geral e comparada de respostas a uma
enquete, por exemplo.
Habilidades Desdobramentos Didático-
Pedagógicos (DesDP)

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Atuação

Produção de Produção de (EF04LP21) Planejar e Trabalhar com temáticas significa-


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

textos textos produzir textos sobre temas tivas para o país, região, cidade,
(escrita com- de interesse, com base em ou comunidade, como ambiente
partilhada e resultados de observações e sustentabilidade (tratamento do
autônoma) e pesquisas em fontes de lixo, água etc.), aspectos relacio-
informações impressas nados à saúde etc., articulados de
ou eletrônicas, incluindo, modo interdisciplinar, em projetos
quando pertinente, ima- que prevejam situações comuni-
gens e gráficos ou tabelas cativas orais em interação com
simples, considerando a estudantes de outros períodos do
situação comunicativa e o Ensino Fundamental.
tema/assunto do texto.

Produção de Escrita autô- (EF04LP22) Planejar e Elaborar verbetes para enciclopé-


textos noma produzir, com certa auto- dias digitais ou produzir um dossiê
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

(escrita com- nomia, verbetes de enci- impresso sobre um tema estudado


partilhada e clopédia infantil, digitais ou pela classe, que contenha verbetes
autônoma) impressos, considerando a respeito dos conteúdos relativos
a situação comunicativa e a esse tema. Articula a produção
o tema/ assunto/finalidade textual com o gênero verbete de
do texto. enciclopédia e três vetores do
processo de escrita (situação/tema
ou assunto/finalidade). Envolve,
ao menos, duas operações distin-
tas, que podem ser tratadas em
separado: planejar e produzir, que
significam organizar as ideias para
depois colocá-las no papel.

Análise Forma de (EF04LP23) Identificar e


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO

linguística/ composição reproduzir, em verbetes


semiótica dos textos de enciclopédia infantil,
(Ortografiza- Coesão e digitais ou impressos, a
ção) articuladores formatação e diagramação
específica desse gênero
(título do verbete, definição,
detalhamento, curiosida-
E PESQUISA

des), considerando a situa-


ção comunicativa e o tema/
assunto/finalidadedotexto.
Análise Forma de (EF04LP24) Identificar e
DE ESTUDO E PESQUISA
CAMPO DAS PRÁTICAS

linguística/ composição reproduzir, em seu formato,


semiótica dos textos tabelas, diagramas e gráfi-
(Ortografiza- Adequaçãodo cos em relatórios de ob-
ção) texto às nor- servação e pesquisa, como
mas de escrita forma de apresentação de
dados e informações.

Produção de Escrita autô- (EF04LP25) Planejar e


DE ESTUDO E PESQUISA
CAMPO DAS PRÁTICAS

textos noma produzir, com certa autono-


(escrita com- mia, verbetes de dicionário,
partilhada e digitais ou impressos,
autônoma) considerando a situação
comunicativa e o tema/as-
sunto/finalidade do texto.

Análise Forma de (EF04LP26) Observar, Propor Práticas de leitura e estudo


linguística/ composição em poemas concretos, o de poemas concretos, para que as
semiótica de textos poé- formato, a distribuição e a suas características fundamentais
(Ortografiza- ticos visuais diagramação das letras do sejam identificadas: o tipo de
ção) texto na página. ocupação do espaço, no qual, se
insere, seja ele a página de um
livro, a tela de um computador ou
de um projetor. Incluem-se, nessa
ocupação, a disposição, o tipo e
tamanho das letras, a direção da
escrita, o tipo de linha presumido
e a diagramação. Convém esclare-
cer, ainda, que, nos poemas con-
cretos, não há, necessariamente,
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

figurativizaçãonasrepresentações.
Assim, o texto verbal não precisa
ser grafado, de modo a represen-
tar figuras. As atividades colabo-
rativas são mais adequadas para o
desenvolvimentodahabilidade,em
especial as coletivas, com media-
ção do professor.

Análise Forma de (EF04LP27) Identificar, em Analisar textos poéticos da cultura


CAMPO ARTÍSTICO-

linguística/ composição textos dramáticos, marca- local, regional ou nacional, assim


semiótica de textos dores das falas das perso- como aqueles referentes às cultu-
(Ortografiza- dramáticos nagens e de cena. ras periféricas, especialmente os
LITERÁRIO

ção) mais relevantes para as culturas


locais.
5º ANO

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Atuação

(EF05LP01) Grafar Realizar ditados iniciais, de modo a identificar as possíveis


Construção do sistema alfabético
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

palavras utili- ocorrências que ainda não são grafadas convencionalmen-


Análise linguística/semiótica

zando regras de te pelos estudantes, para planejar intervenções adequadas.


correspondência Nesse caso, a habilidade se conecta com todas as demais
fonema-grafema que tratam do ensino de ortografia.
regulares, contex-
(Ortografização)

e da ortografia

tuais e morfológi-
cas e palavras de
uso frequente com
correspondências
irregulares.

(EF05LP02) Iden- Esclarecer que uma palavra pode ter inúmeros significa-
Conhecimento do alfabeto do português do Brasil/Or-

tificar o caráter dos, em função de vários aspectos relacionados com o


polissêmico das contexto de uso: gíria, tempo, registro linguístico — li-
Análise linguística/semiótica (Ortografização)

palavras (uma terário, usual, acadêmico, científico etc. Sendo assim, é


mesma palavra fundamental considerar essas variáveis, seja na leitura
com diferentes de um texto (reconhecendo o sentido correspondente ao
significados, de contexto), ou na elaboração de um texto (empregando-a de
acordo com o acordo com as intenções de significação).
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

contexto de uso),
dem alfabética/ Polissemia

comparando o
significado de
determinados
termos utilizados
nas áreas cientí-
ficas com esses
mesmos termos
utilizados na
linguagem usual.

Identificar as sílabas das palavras; reconhecer qual sílaba


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise linguística/semiótica

Conhecimento das diversas

é tônica; identificar quais têm vogais abertas e quais têm


grafias do alfabeto/ Acen-

vogais fechadas; reconhecer sinais gráficos, como o acen-


(EF05LP03) Acen-
to agudo e o circunflexo; relacionar o primeiro com vogais
tuar corretamente
abertas e o segundo, com as fechadas. Depois disso,
(Ortografização)

palavras oxítonas,
requer que os estudantesidentifiquem as regularidades
paroxítonas e
da acentuação apontadas na habilidade. A progressão da
proparoxítonas.
acentuação inicia-se com as pautas de memorização, nas
tuação

quais, palavras são afixadas em cartazes que o estudante


pode consultar ao escrever.
(EF05LP04) Dife-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

renciar, na leitura
Análise linguística/semiótica

de textos, vírgula, Ampliar o estudo dos recursos de pontuação, previstos


ponto e vírgula, na habilidade (EF04LP05), contemplando o estudo de
dois-pontos e novos usos da vírgula, dos dois pontos, ponto e vírgula,
reconhecer, na reticências, aspas e parênteses. Da mesma forma, prevê:
(Ortografização)

leitura de textos, identificar os novos sinais gráficos; reconhecer, na leitura,


o efeito de sentido a sua função; usá-los no texto para garantir legibilidade e
Pontuação

que decorre do para provocar os efeitos de sentido desejados.


uso de reticências,
aspas, parênteses.

No trabalho com esta habilidade, é interessante prever um


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

trabalho reflexivo de observação, análise, comparação e


Análise linguística/semiótica

derivação de regularidades no trabalho com os tempos ver-


(EF05LP05) Iden-
bais e usar, tais saberes, como ferramentas de constituição
tificar a expressão
da legibilidade do texto. Além disso, é possível propor que,
de presente, pas-
na produção escrita, o estudante utilize esse saber para
(Ortografização)

sado e futuro em
garantir a manutenção do tempo verbal predominante, o
tempos verbais do
que confere coesão e coerência ao texto. Esses saberes
Morfologia

modo indicativo.
devem servir de ferramenta para tomar decisões sobre a
legibilidade do texto produzido, especialmente, durante a
revisão processual coletiva.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise linguística/semiótica

(EF05LP06) Fle- Trabalhar com verbos e pronomes pessoais sujeito, assim


xionar, adequada- como identificar a necessidade de estabelecer a concor-
mente, na escrita dância verbal na constituição da coesão e da coerência do
e na oralidade, os texto. É interessante prever um trabalho reflexivo de obser-
(Ortografização)

verbos em concor- vação, análise, comparação e derivação de regularidades


dância com pro- no trabalho com as classes de palavras e suas funções no
Morfologia

nomes pessoais/ enunciado; e usar os saberes gramaticais como ferramen-


nomes sujeitos da tas de constituição da legibilidade. Esta habilidade está
oração. estreitamente relacionada à (EF04LP06).
Conhecimento
Linguagem
Práticas de
Campos de

Objeto de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF05LP07) Prever a análise da articulação, entre trechos de


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Identificar, em enunciados, e avaliar os sentidos produzidos pelas


Análise linguística/semiótica

textos, o uso de conjunções empregadas e sua adequação às intenções


conjunções e a de significação pretendidas. Por meio de atividades
relação que es- de uso da linguagem no texto, especialmente nos
tabelecem entre momentos de revisão processual e final, deve-se
(Ortografização)

partes do texto: instrumentalizar o estudante para resolver problemas


adição, opo- de compreensão que o interlocutor possa vir a ter. Na
Morfologia

sição, tempo, progressão, pode-se considerar a variedade de re-


causa, condição, cursos possíveis, progressivamente mais complexos,
finalidade. garantindo sempre o trabalho em colaboração.

Reconhecer - com maior sistematização em relação à


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

habilidade (EF03LP10) -, que há palavras que derivam


Análise linguística/semiótica

(EF05LP08)
de outras e que têm o seu sentido modificado pelo
Diferenciar
acréscimo de afixos ou no início ou no final delas.
palavras primi-
Esses afixos possuem sentidos regulares, sendo
tivas, derivadas
possível identificar o significado de uma palavra deri-
(Ortografização)

e compostas, e
vada, se a primitiva e o afixo forem conhecidos. Além
derivadas por
disso, há, ainda, as palavras compostas por justapo-
Morfologia

adição de prefi-
sição e aglutinação. É interessante a reflexão, a partir
xo e de sufixo.
de inventários, prevendo-se o uso desse saber para
resolver problemas de compreensão vocabular.

(EF05LP09) Ler
e compreender,
Considerar as características dos textos selecionados
com autonomia,
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

para leitura e dos gêneros previstos. As instruções de


textos instru-
jogos, por exemplo, organizam-se pela presença de:
cional de regras
título, jogadores, material para jogar, objetivo, regras.
de jogo, dentre
Pode-se indicar, ainda, o grau de dificuldade. O texto
outros gêneros
adequa-se ao portador e ao espaço de circulação,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

do campo da
alterando a linguagem, apresentando imagens, por
vida cotidiana,
exemplo. Se for um jogo digital, haverá referências
Compreensão em leitura

de acordo com
específicas desse espaço. Nas atividades de estudo,
as convenções
convém focalizar as características que forem impor-
do gênero e
tantes para a compreensão do texto, articular essas
considerando
características à finalidade do texto, rever um trabalho
a situação
dialógico e reflexivo, assim como a comparação entre
comunicativa e
textos por semelhanças e diferenças.
a finalidade do
texto.
Considerar, tanto o trabalho com as habilidades de
leitura, quanto as características de cada um dos
(EF05LP10) Ler gêneros do campo da vida cotidiana (organização
e compreender, interna; marcas linguísticas; conteúdo temático) e dos
com autonomia, textos específicos a serem lidos. Atentar para o fato
anedotas,piadas de que o trabalho previsto é com autonomia. Convém
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

e cartuns, dentre considerar as características dos textos selecionados


outros gêneros para leitura e dos gêneros previstos. Os cartuns, por
do campo da exemplo, são textos humorísticos que articulam lin-
vida cotidiana, guagem verbal e gráfico-visual, apresentando críticas
de acordo com ao comportamento humano e aos valores, referin-
as convenções do-se a situações genéricas e pessoas comuns. São
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Compreensão em leitura

do gênero e textos em que a compreensão depende da articulação


considerando entre linguagem verbal e gráfico-visual. Assim como
a situação para as anedotas, a inferenciação é habilidade indis-
comunicativa e pensável para a construção do sentido em cartuns. Os
a finalidade do currículos podem prever projetos de leitura em que
texto. se organizem exposições de cartuns de autores es-
pecíficos ou de temas relevantes em um determinado
momento da vida social.

(EF05LP11)
Registrar, com
autonomia, ane-
dotas, piadas e
(escrita compartilhada e autônoma)

cartuns, dentre
outros gêneros
do campo da
vida cotidiana,
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

de acordo com
as convenções
Escrita colaborativa
Produção de textos

do gênero e
considerando
a situação
comunicativa e
a finalidade do
texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF05LP12) Pla- Possibilitar a contextualização em projetos temáticos,


nejar e produzir, como, por exemplo, estudo de jogos de diferentes cultu-
com autonomia, ras (indígenas, latino-americanas, africanas etc.) inclusive
textos instrucio- jogos do cotidiano dos estudantes, elaboração de um
nais de regras DVD, com diversos jogos de tabuleiro da década de 1960,
de jogo, dentre produção de um livro, com jogos inventados pela classe,
outros gêneros tarde de jogos na escola, contendo espaços com jogos da
(compartilhada e autônoma)

do campo da infância da comunidade escolar, entre outros. É possível


CAMPO DA VIDA COTIDIANA

vida cotidiana, de propor habilidades que: a) envolvam análise de textos


acordo com as dos gêneros do campo da vida cotidiana em questão,
Escrita colaborativa

convenções do de modo a explicitar suas características, construindo


gênero e consi- registros que possam repertoriar a produção; b) orientem
derando a situa- o uso de procedimentos escritores, como: reler o que
çãocomunicativa está escrito para continuar, consultar o planejamento
Escrita

e a finalidade do para tomar decisões no momento da escrita e revisar no


texto. processo e ao final.

Possibilitar o acesso e a utilização de ferramentas digitais


que viabilizem a produção dos textos em áudio ou vídeo.
Para o desenvolvimento desta habilidade, pode-se propor:
(EF05LP13)
a) a análise de vlogs, identificando os gêneros que nele
Assistir, em
circulem; b) a seleção do gênero mais indicado para a
vídeo digital, a
apresentação de críticas do tipo de produto a ser comen-
postagemdevlog
tado; c) critérios de análise dos produtos focalizados; d)
infantil de críticas
estudo de recursos da mídia utilizada, assim como dos
de brinquedos e
paratextuais que compõem a performance do locutor. As
livros de litera-
atividades a serem desenvolvidas, além das indicações
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

tura infantil e, a
já apresentadas, podem: a) envolver análise de textos do
Produção de texto oral

partir dele, pla-


gênero resenha, para compreender as suas característi-
nejar e produzir
cas, de acordo com a situação comunicativa; b) prever
resenhas digitais
o planejamento do texto a ser produzido, considerando
em áudio ou
a situação em que irá circular; c) orientar a produção/
vídeo.
Oralidade

textualização deste. A progressão horizontal pode apoiar-


-se na extensão e complexidade das resenhas previstas,
assim como nas operações sucessivas.
Possibilitar meio de intens comparecimento dos estudan-

Análise linguística/semiótica (Ortografi-


(EF05LP14) Iden- tes a textos organizados nos gêneros previstos. A ativida-
tificar e reprodu- de de leitura colaborativa e a de revisão processual e final
zir, em textos de possibilitam estudar os recursos e analisar a adequação

Forma de composição do texto


resenha crítica dos textos produzidos. A participação de sites - ou blogs
de brinquedos -, em que são apresentadas resenhas de livros para os
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

ou livros de demais frequentadores, assim como a elaboração de um


literatura infantil, blog ou jornal de resenhas de livros e/ou brinquedos,
a formatação viabilizam o trabalho. A progressão pode dar-se pela
própria desses diversificação do objeto cultural resenhado, pela comple-
textos (apresen- xidade dos textos e pelo nível de autonomia do estudante,
tação e avaliação que pode se efetivar pela organização de habilidades em
zação)

do produto). que as tarefas sejam realizadas em colaboração e, pro-


gressivamente, com autonomia.

(EF05LP15) Ler/
assistir e com-
preender, com Focar nos textos do campo político-cidadão e jornalísti-
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

autonomia, notí- co. Convém o estudo da especificidade dos portadores


cias, reportagens, (jornais e revistas impressos e digitais, blogs e vlogs),
vídeos em vlogs para que os estudantes possam conhecer o local de
argumentativos, publicação dos textos, contextualizando-os, quanto à
dentre outros gê- extensão, orientação de valores e características gráficas
neros do campo e, também, quanto aos recursos digitais disponíveis
CAMPO DA VIDA COTIDIANA

Compreensão em leitura

político-cidadão, (como postagem imediata de comentários a respeito das


de acordo com as matérias publicadas). A leitura proficiente desses textos
convenções dos requer a compreensão de suas características (recursos
gêneros e consi- multimodais, marcas linguísticas) na relação com a fun-
derando a situa- ção do gênero e a finalidade do texto, e com a situação
çãocomunicativa comunicativa em que circulam.
e o tema/assunto
do texto.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

Propor textos que abordem o mesmo assunto, em diferentes


Leitura/escuta (comparti-

Compreensão em leitura (EF05LP16) Com-


mídias. Para discutir qual informação é mais confiável, é preciso
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

parar informações
definir critérios que podem abranger diferentes aspectos, como:
lhada e autônoma)

sobre um mesmo
indicação completa de fonte da matéria; autoria reconhecida em
fato veiculado em
sua área de atuação; credibilidade do veículo (qual jornal, qual
diferentes mídias
blog, qual revista); endereço idôneo do site; disponibilização de
e concluir sobre
recursos de comunicação com leitores; entre outros. A progres-
qual é mais confiá-
são horizontal pode se dar pelo grau de autonomia do estudante,
vel e por quê.
na realização da tarefa, e pela complexidade dos textos.

(EF05LP17) Pro-
Abordar temáticas relevantes, socialmente, e do interesse dos
duzir roteiro para
estudantes, como eventos esportivos, espaços de lazer disponí-
edição de uma
veis para crianças na região, ações possíveis de serem realizadas
reportagemdigital
pela população, visando o desenvolvimento sustentável na cida-
sobre temas de in-
de, o papel da tecnologia digital no município, a disponibilização
(escrita compartilhada e autônoma)

teresse da turma,
de equipamentos públicos e o seu uso pelos cidadãos, a condição
a partir de buscas
do transporte público local, entre outras. A habilidade requer a
de informações,
análise de textos, no gênero indicado, para explicitar suas princi-
imagens, áudios e
pais características e repertoriar a produção. Assim, a habilidade
vídeos na internet,
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

pode ser desmembrada em: a) estudo do gênero e da situação


de acordo com as
Escrita colaborativa
Produção de textos

comunicativa em que a produção irá circular; b) análise de am-


convenções do
bientes digitais, como sites, blogs, páginas de jornais online, para
gênero e conside-
repertoriar a produção; c) produção do roteiro. Recomenda-se
rando a situação
uma progressão horizontal que se inicie com o trabalho colabo-
comunicativa e o
rativo coletivo e avance para as atividades em grupo/duplas e
tema/assunto do
autônomas.
texto.

Acessar e utilizar ferramentas digitais que viabilizem a produção


(EF05LP18) Ro-
dos textos em áudio ou vídeo. O tratamento dessa habilidade
teirizar, produzir e
pode prever: a) análise de vlogs, identificando os gêneros que
editar vídeo para
nele circulem; b) seleção do gênero mais indicado para a apre-
vlogs argumenta-
sentação de críticas do tipo de produto a ser comentado; c)
tivos sobre produ-
critérios de análise dos produtos focalizados; d) estudo de recur-
tos de mídia para
sos da mídia utilizada, assim como os paratextuais que compõem
público infantil
a performance do locutor. As atividades a serem desenvolvidas,
(filmes, desenhos
além das indicações já apresentadas, podem: a) envolver análise
animados, HQs,
de textos do gênero resenha, para compreender as suas carac-
Planejamento e produção de texto

games etc.), com


terísticas, de acordo com a situação comunicativa; b) supor a
base em conheci-
pesquisa do conteúdo temático; c) prever o planejamento do tex-
mentos sobre os
to a ser produzido, considerando a situação em que irá circular;
mesmos, de acor-
c) orientar a produção/textualização deste; d) orientar a revisão
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

do com as con-
colaborativa. A progressão horizontal pode tomar, como critério,
vençõesdogênero
as diferentes etapas e operações envolvidas no desenvolvimento
e considerando a
da habilidade, além do foco nos diversos aspectos, em jogo nas
situação comuni-
atividades. Do ponto de vista da progressão, é possível propor
cativa e o tema/
Oralidade

habilidades que orientem a produção/revisão colaborativa e que


assunto/finalidade
estejam inseridas em projetos de produção de jornais editados
do texto.
para circular em blogs e rádios comunitárias da escola.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Contemplar questões controversas,


sobre temas de interesse da região e/ou
recorrentes da realidade brasileira, como:
demarcação de terras indígenas, uso
sustentável de recursos naturais, entre
(EF05LP19)Argumentar
outros. Como também, temas regionais e
oralmente sobre acon-
locais. Pode-se, ainda, propor diferentes
tecimentos de interesse
situações e gêneros para um melhor
social, com base em
desenvolvimento da habilidade, assim
conhecimentos sobre
como atividades de planejamento e de
fatos divulgados em TV,
produção. A habilidade requer pesquisa
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

rádio, mídia impressa e


de conteúdo temático e definição de
digital,respeitandopon-
Produção de texto

situações comunicativas que envolvam


tos de vista diferentes.
o gênero a ser utilizado para argumen-
tar (debate, discussão em roda etc.),
Oralidade

de modo a proporem-se situações de


ensino-aprendizagem desses textos e
gêneros.

(EF05LP20) Analisar Associar a recepção atenta e crítica a


Análise linguística/semiótica

a validade e força discursos, sobre produtos de mídia para


Forma de composição dos

de argumentos em o público infantil. Compreende refletir e


CAMPO DA VIDA PÚBLICA

argumentações sobre analisar os textos midiáticos referidos,


produtos de mídia para com o objetivo de reconhecer a força dos
(Ortografização)

público infantil (filmes, argumentos e seu poder de persuasão na


desenhos animados, apresentação de tais produtos. Coloca-se,
HQs, games etc.), com como condição para o desenvolvimento
textos

baseemconhecimentos dessa habilidade, o conhecimento do


sobre os mesmos. produto pelo estudante.

Identificar aspectos relativos a comunica-


Forma de composição dos textos

ções orais (algumas entrevistas, vídeos


Análise linguística/semiótica

(EF05LP21) Analisar o
de vlogs) ou oralizadas (fala de âncora
padrão entonacional,
ou locutor de notícias, por exemplo). Seu
CAMPO DA VIDA PÚBLICA

a expressão facial e
desenvolvimento permite, ao estudante,
corporal e as escolhas
perceber e avaliar o papel persuasivo
(Ortografização)

de variedade e registro
do padrão entonacional, da expressão
linguísticos de vloggers
corporal e da variedade linguística sele-
de vlogs opinativos ou
cionada no discurso argumentativo de
argumentativos.
vlog. Esta habilidade relaciona-se com a
(EF04LP18).
Analisar verbetes de dicionário, ferramen-
tas indispensáveis na vida escolar; por
isso, é imprescindível que o estudante os
conheça e seja proficiente na sua leitura.
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) É composto por duas partes: cabeça (ou
entrada) - palavra, da qual se busca o sig-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

(EF05LP22) Ler e com-


nificado -, e corpo - informações lexicais
preender verbetes de
e linguísticas sobre a cabeça. Deve-se
dicionário,identificando
considerar que, além de conhecer essa
a estrutura, as infor-
estrutura, o estudante precisa saber que,
mações gramaticais
no dicionário, as entradas são organiza-
(significado de abrevia-
Compreensão em leitura

das por ordem alfabética; os verbos são


turas) e as informações
apresentados no infinitivo; o singular
semânticas.
e o masculino são a forma padrão de
apresentação de substantivos e adjetivos.
É preciso saber também o contexto da
palavra para poder selecionar as acepções
adequadas. Esse aprendizado deve acon-
tecer no uso, em situações genuínas.

Possibilitar, aos estudantes, meios


para realizar a interpretação dos dados
de gráficos, tabelas e outros recursos
que compõem, sobretudo, os textos do
campo de estudo e pesquisa. É impor-
tante orientá-los para ler, por exemplo,
o título dos gráficos (pois indicam o que
representam os dados), as legendas (pois
esclarecem quais são os dados apresen-
tados), os eixos (para verificar qual será
a articulação) e comparar as sínteses
que as colunas/fatias representam. Feita
(EF05LP23) Comparar
a leitura de um dos recursos, a ideia é
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)

informações apresen-
que façam a do segundo e, depois, que
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

tadas em gráficos ou
realizem a articulação dos dados de cada
tabelas.
recurso, sem esquecer que o foco é a
compreensão do problema abordado. A
leitura colaborativa é uma atividade que
Imagens analíticas em textos

potencializa esse trabalho. Há, aqui, opor-


tunidade de trabalho interdisciplinar com
as habilidades (EF03MA26), (EF03MA27),
(EF03MA28), da Matemática (EF03CI06),
(EF03CI09), da Ciência; (EF03HI03), da
História; e (EF03GE01), da Geografia,
associadas a coleta, leitura, comparação e
interpretação de dados de pesquisas, com
apoio de recursos multissemióticos.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Atuação Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)

(EF05LP24) Pla- Propor temáticas relevantes para o país ou região,


nejar e produzir comomeio-ambienteesustentabilidade(tratamento
texto sobre tema do lixo, água etc.), aspectos relacionados à saúde
de interesse, orga- etc., articuladores, de modo interdisciplinar em pro-
nizando resultados jetos que prevejam situações comunicativas orais,
de pesquisa em com outros estudantesde períodos mais avançados
Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

fontes de informa- do Ensino Fundamental. As habilidades podem ser


ção impressas ou articuladas com a prática de linguagem oral, preven-
digitais, incluindo do exposição oral para outras turmas. Há possibili-
imagens e gráficos dade de desmembrar a habilidade, prevendo outras
ou tabelas, consi- que orientem procedimentos de busca de informa-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

derando a situação ções em ambientes digitais e uso de programas que


comunicativa e o permitam a construção de tabelas e gráficos. Há,
tema/assunto do aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar com
texto. as habilidades (EF05MA24) e (EF05MA25), da Mate-
mática, no que se refere à utilização e interpretação
de gráficos e tabelas em textos. É possível definir o
gênero a ser estudado (verbete de curiosidade, texto
Produção de textos

expositivo) e propor habilidades que: a) envolvam


análise de textos dos gêneros em questão para
explicitar as suas características; b) orientem o uso
de procedimentos escritores, como: reler o que está
escrito para continuar, consultar o planejamento
para tomar decisões e revisar no processo e ao final.

(EF05LP25) Re- Contemplar a leitura dramática prévia, intermediária


presentar cenas de entre a simples leitura e a representação, a leitura
textos dramáticos, dramática, fundamental para a ampliação da fluência
reproduzindo as compreensiva na leitura, consiste em os atores
falas das persona- lerem suas falas, em voz alta, na própria cena. Po-
gens, de acordo dem ser previstas habilidades que indiquem a co-
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

com as rubricas laboração, de modo a favorecer o desenvolvimento


de interpretação e da fluência, pela leitura reiterada e compreensiva. A
Performances orais

movimento indica- progressão horizontal pode tomar, como critério, as


das pelo autor. etapas de preparação das atividades (planejamento;
ensaio; execução), o grau de complexidade dos
Oralidade

gêneros e textos previstos e o grau de autonomia a


ser conquistada, pelo estudante, em cada momento
do ensino.
(EF05LP26) Uti- Considerar que esta habilidade implica: a) utilizar

Análise linguística/semiótica (Ortografização)


lizar, ao produzir conhecimentos linguísticos e gramaticais, como
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

Adequação do texto às normas de escrita


o texto, conheci- ferramenta, para garantir a coesão e a coerência; b)
mentoslinguísticos aprender e utilizar as convenções relativas à escrita

Forma de composição dos textos


e gramaticais: de citações. O desenvolvimento da habilidade supõe
regras sintáticas a participação dos estudantes a textos organizados
de concordância nos gêneros previstos. A atividade de leitura cola-
nominal e verbal, borativa de estudo de textos dos gêneros em jogo,
convenções de assim como a revisão processual e final, possibi-
escrita de citações, litam estudar os recursos e analisar a adequação
pontuação (ponto dos textos produzidos. Orienta-se que os currículos
final, dois-pontos, prevejam habilidades que contemplem as referidas
vírgulas em enu- atividades.
merações) e regras
ortográficas.

(EF05LP27) Utili- Considerar que esta habilidade explicita os tipos de


Análise linguística/semiótica (Ortogra-

zar, ao produzir o articuladores referidos pelas habilidades (EF05LP07)


Forma de composição dos textos

texto, recursos de e (EF35LP14). Trata-se de utilizar, na produção dos


CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

coesão pronominal textos, os recursos previstos. Para tanto, é neces-


(pronomes anafóri- sário estudá-los, o que pode ser feito por meio das
cos) e articuladores leituras colaborativas de estudo de texto. Na revisão
Coesão e articuladores

de relações de coletiva processual e final, analisa-se a adequação


sentido (tempo, do uso dos recursos, de modo a garantir a coerência
causa, oposição, e legibilidade do texto. Na progressão, pode-se con-
conclusão, compa- siderar o nível de autonomia do estudante, que, no
PESQUISA

ração), com nível currículo, se efetiva pela organização de habilidades


fização)

adequado de infor- em que as tarefas sejam realizadas em colaboração


matividade. e, progressivamente, com autonomia.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)


Atuação

(EF05LP28) Propor a leitura e estudo de ciberpoemas e minicontos


Forma de composição de textos poéticos visuais

Observar, digitais, para que as suas características fundamentais


Análise linguística/semiótica (Ortografização)

em ciber- sejam identificadas: o modo de ocupação do espaço — que


poemas e pode não ser estático; a presença de recursos de áudio e
minicontos movimento; o emprego de recursos de interação entre leitor
infantis em e texto para definição - ou não -, dos rumos do poema; etc.
mídiadigital, A constituição da proficiência do estudante, na leitura dos
os recursos textos, dependerá, tanto da análise dos efeitos de sentido
multisse- produzidos pela utilização dos recursos multissemióticos,
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

mióticos quanto do estudo da adequação destes para a legibilidade


presentes do texto e para a manutenção da sua coerência. As ativi-
nesses tex- dades colaborativas são mais adequadas para o desenvol-
tos digitais. vimento da habilidade, em especial, as que são realizadas
coletivamente, com a mediação do professor. A progressão
horizontal pode dar-se pela complexidade dos textos e pelo
nível de autonomia a ser atingido pelo estudante a cada
etapa.
ORGANIZADOR CURRICULAR ENSINO
FUNDAMENTAL - Anos Finais
6º ANO
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Habilidades
Atuação

Conhecimento (DesDP)

Reconstrução (EF06LP01) Reconhecer Garantir formas de acesso a textos jorna-


do contexto a impossibilidade de lísticos, de diferentes jornais e revistas,
de produção, uma neutralidade abso- impressos ou digitais. A comparação de
circulação e luta no relato de fatos notícias que se referem a um mesmo fato
recepção de e identificar diferentes ou assunto, relatadas de formas diferentes,
textos graus de parcialidade/ pode ser uma primeira forma de realizar
Caracterização imparcialidade dados essa reflexão sobre parcialidade/imparciali-
CAMPO JORNALÍSTICO\MIDIÁTICO

do campo pelo recorte feito e pelos dade em textos dessa esfera. Há, aqui, opor-
jornalístico e efeitos de sentido advin- tunidade de trabalho interdisciplinar com
relação entre dos de escolhas feitas as habilidades (EF69AR15), (EF69AR33),
os gêneros pelo autor, de forma a da Arte; e (EF67EF17), da Educação Física,
em circulação, poder desenvolver uma no que se refere à compreensão crítica
mídias e práti- atitude crítica frente aos de diferentes pontos de vista sobre temas
cas da cultura textos jornalísticos e controversos e de relevância social. Promo-
digital tornar-se consciente das ve uma visão crítica de gêneros jornalísticos
Leitura

escolhas feitas enquan- como a notícia e a reportagem


to produtor de textos.
Reconstrução (EF06LP02) Estabelecer Perceber os gêneros, como a crônica, a
do contexto relação entre os diferen- charge, a reportagem, o editorial, o artigo
de produção, tes gêneros jornalísti- de opinião, a carta de leitor, entre outros,
circulação e cos, compreendendo a serem produções que dialogam (mantêm
recepção de centralidade da notícia. relação de intertextualidade) com o que
textos foi noticiado: o aprofundamento sobre um
Caracterização fato ou assunto, uma opinião ou crítica são
do campo feitos em torno de algo que é/foi notícia.
jornalístico e Deve-se levar, em consideração, que o
relação entre contato direto e frequente com os portado-
os gêneros res (impressos ou digitais) e, em especial,
em circulação, a leitura de matérias correlacionadas,
mídias e práti- possibilita ao estudante perceber essas
cas da cultura relações entre os gêneros. Prever um traba-
digital lho articulado e contínuo, envolvendo todas
as áreas e a biblioteca, sala de leitura ou
CAMPO JORNALÍSTICO\MIDIÁTICO

equivalente, favorece a inserção na prática


de leitura de textos jornalísticos e possibilita
ao estudante perceber essas relações, ao
ser orientado a, por exemplo, acompanhar a
seção de cartas de leitor de uma edição que
faz remissão a uma notícia publicada em
data anterior. Dessa forma, trazer notícias
da região, e/ou locais é importante para que
Leitura

o estudante conheça mais sobre a realidade


da sua região.

Fazer análise comparativa e à reflexão,


com base em inventários que apresentem
palavras em textos, para que cada uma
delas possa ser compreendida na acepção
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

adequada, ou seja, no contexto. Práticas de


Análise linguística/ semiótica

(EF06LP03) Analisar leitura e/ou produção de textos são, portan-


Léxico/morfo- diferenças de sentido to, essenciais para a contextualização desse
logia entre palavras de uma ensino. No que se refere à progressão,
série sinonímica. pode-se pensar: a) no grau de complexidade
lexical a ser contemplado (palavras mais
fáceis/mais difíceis); b) no grau de comple-
xidade dos gêneros e textos envolvidos; c)
no nível de autonomia requerido do estu-
dante para realizar a tarefa.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF06LP04) Entender a construção prévia ou conexa de conhecimentos morfos-


Analisar a sintáticos, relacionados a três classes de palavras (substantivos;
função e as adjetivos; verbos) e a modos verbais e categorias gramaticais a
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

flexões de elas relacionadas. Convém lembrar, ainda, que as concordâncias


Análise linguística/ semiótica

substantivos verbal e nominal, assim como a manutenção e a correlação dos


e adjetivos tempos verbais, implicadas nesta habilidade, colaboram para a
e de verbos coesão e a coerência. A habilidade é importante sobretudo na
nos modos escrita, para efetivar intenções de significação. Demanda a análise
Indicativo, dos tópicos mencionados em textos de todos os campos de atua-
Morfossintaxe

Subjuntivo e ção, pressupondo práticas de leitura e/ou produção, nas quais a


Imperativo: (re)construção dos sentidos do texto esteja relacionada aos efeitos
afirmativo e coesivos, produzidos pelas funções e flexões de substantivos,
negativo. adjetivos e verbos.

(EF06LP05) Organizar com base em dois pontos articulados: 1) resolver, na


Identificar produção ou na leitura, algum problema de compreensão/redação,
os efeitos de considerando o sentido provocado pelo uso inadequado ou incoe-
sentido dos rente do modo de algum verbo; 2) sistematizar o conhecimento,
modos ver- depois de devidamente compreendida a etapa anterior (1). Em
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

bais, consi- ambos os casos, sugere-se que as atividades sejam organizadas, a


Análise linguística/ semiótica

derando o partir de estudo comparativo (realizado a partir de inventários) de


gênerotextual verbos empregados em textos lidos, buscando a especificidade do
e a intenção sentido de cada modo, ou seja, o traço de significado que os carac-
comunicativa. teriza como pertencentes, ao mesmo modo, por meio da compara-
ção para estabelecer diferenças e semelhanças. Do ponto de vista
Morfossintaxe

da progressão horizontal, sugere-se, inicialmente, um trabalho


colaborativo (coletivo e em grupos/duplas), que progrida para o
autônomo. Um segundo critério é a complexidade dos gêneros e
textos previstos para o estudo em cada momento.

(EF06LP06) Realizar em contextos de uso, e não em atividades isoladas os


Empregar, tópicos gramaticais citados nessa habilidade. Por essa razão, su-
adequada- gere-se que o estudo, das concordâncias nominal e verbal, venha
mente, as sempre: a) programado para situações de comunicação em que a
regras de norma-padrão é requerida; b) associado ao planejamento da fala
concordância em situações formais, à produção e à revisão de textos ou à análi-
nominal (rela- se, com vistas a compreender os efeitos de sentido produzidos por
ções entre os este ou aquele uso. Recomenda-se, ainda, articular esta habilidade
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

substantivos com as de análise de gravações de palestras, debates etc., no caso


Análise linguística/ semiótica

e seus deter- das produções orais. Requer discussões sobre variação linguística
minantes) e e práticas orais, de leitura e/ou produção de textos, especialmente
as regras de em situações públicas e formais. Pressupõe, ainda, o domínio
concordância e/ou estudo conexo das regras dos dois tipos de concordância
verbal (rela- mencionados, de classes de palavras (nome e verbo) e de catego-
Morfossintaxe

ções entre o rias gramaticais a ela relacionadas. (Estreitamente relacionada à


verbo e o su- EF69LP56, EF06LP11, EF07LP10 e EF08LP04).
jeito simples e
composto).
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF06LP07) Realizar o estudo dos tópicos gramaticais envolvidos, seja


Identificar, em realizado em contextos de uso, e não em atividades isoladas.
textos, períodos Por essa razão, sugere-se que esses conteúdos sejam propos-
compostos por tos sempre vinculados à leitura, à produção e à revisão, com
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

orações separadas vistas à compreensão de seu papel na (re)construção do texto


Análise linguística/ semiótica

por vírgula sem a e na produção de efeitos de sentido determinados. Recomen-


utilizaçãodeconec- da-se: a) que o foco do trabalho seja a resolução de proble-
tivos, nomeando- mas de compreensão e manutenção da legibilidade do texto,
-os como períodos considerando-se as intenções de significação; (b) que a com-
compostos por preensão, de cada aspecto, anteceda a sistematização; (c) que
Morfossintaxe

coordenação. a metalinguagem seja empregada, de modo que o estudante


compreenda o que se diz. Ao longo do ano, a progressão pode
apoiar-se na complexidade dos gêneros e textos programados
para o desenvolvimento da habilidade.

(EF06LP08) Iden- Promover reflexão e análise linguística/semiótica, possibili-


tificar, em texto ou tando que o estudo dos tópicos gramaticais envolvidos seja
sequência textual, realizado em contextos de uso, e não em atividades isoladas.
orações como Por essa razão, sugere-se que esses conteúdos sejam pro-
unidades consti- postos sempre vinculados à leitura, à produção e à revisão,
tuídas em torno de com vistas à compreensão de seu papel na (re)construção do
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

um núcleo verbal texto e na produção de efeitos de sentido determinados. Re-


Análise linguística/ semiótica

e períodos como comenda-se: a) que o foco seja a resolução de problemas de


conjunto de ora- compreensão e manutenção da legibilidade do texto, conside-
ções conectadas. rando-se as intenções de significação; b) que a compreensão,
de cada aspecto, anteceda a sistematização; c) que a metalin-
guagem seja empregada, de modo que o estudante compreen-
Morfossintaxe

da o que se diz. O foco desta habilidade está na percepção da


oração e do período como unidades básicas da organização
sintática do texto, assim como no reconhecimento da função
do verbo como núcleo oracional.

(EF06LP09) Clas- Para reflexão e análise linguística/semiótica, segue as


sificar, em texto ou recomendações da habilidade anterior, (EF06LP08). Reco-
sequência textual, menda-se: a) que o foco seja a resolução de problemas de
os períodos sim- compreensão e manutenção da legibilidade do texto, conside-
ples compostos. rando-se as intenções de significação; b) que a compreensão
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

de cada aspecto anteceda a sistematização; c) que a meta-


Análise linguística/ semiótica

linguagem seja empregada, de modo que o estudante com-


preenda o que se diz. (Convém que o desenvolvimento, desta
habilidade, nos currículos, venha programado para depois
do trabalho previsto para EF06LP08 e para antes de qualquer
habilidade de análise de períodos). Ao longo do ano, a pro-
Morfossintaxe

gressão pode apoiar-se, seja no foco da identificação dos tipos


de períodos (simples/compostos), seja na complexidade dos
gêneros e textos envolvidos nas práticas de leitura/produção
programadas para o desenvolvimento da habilidade.
(EF06LP10) Iden- Entender que o desenvolvimento, desta habilidade, não se
tificar sintagmas constitua como um fim, em si mesmo, mas que contribua
Análise linguística/ se-
TODOS OS CAMPOS DE

nominais e verbais para uma compreensão global, por parte do estudante, do


como constituin- papel da sintaxe no funcionamento da língua. Isso significa
tes imediatos da propor atividades que associem essas análises à leitura e à
oração. produção de textos, com foco nos efeitos de sentido que as
ATUAÇÃO

estruturas sintáticas estudadas podem produzir. Atividades


miótica

Sintaxe
lúdicas, em que os estudantes possam explorar livremente
Conhecimento diferentes alternativas.
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos Didático-Peda-
Objeto de

Habilidades
Atuação

gógicos (DesDP)

(EF06LP11) Utilizar, ao pro- Mobilizar conhecimentos linguísticos e gra-


Elementos notacionais da escrita/morfossintaxe

duzir texto, conhecimentos maticais específicos na produção de textos de,


linguísticos e gramaticais: qualquer campo de atuação ou gênero, como
tempos verbais, concordân- utilização adequada dos tempos verbais, con-
cia nominal e verbal, regras cordância, ortografia, pontuação etc. Pressupõe
ortográficas, pontuação etc. discussões sobre variação linguística e práticas
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

de leitura e/ou produção de textos, especial-


Análise linguística/ semiótica

mente em situações públicas e formais. Requer,


ainda, domínio e/ou estudo conexo de tópicos
de análise linguística como os mencionados.
(Estreitamente relacionada à EF69LP56). Para
o desenvolvimento da habilidade convém as-
sociar às práticas de leitura e/ou produção de
textos dos mais diversos gêneros e campos de
atuação.

(EF06LP12) Utilizar, ao Propor práticas de oralidade, leitura ou escrita


produzir texto, recursos de de textos dos gêneros, previstos para estudo.
coesão referencial (nome Será, nessas condições, que o estudante poderá
e pronomes), recursos refletir sobre a adequação do(s) recurso(s)
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

semânticos de sinonímia, que pretenda empregar. Em caso de produções


Análise linguística/ semiótica

antonímia e homonímia e escritas, recomenda-se que as atividades de


mecanismos de represen- produção e revisão, em que o foco seja o uso
tação de diferentes vozes desses elementos coesivos na construção do
Semântica Coesão

(discurso direto e indireto). texto de um determinado gênero. A progressão,


vertical ou horizontal, pode apoiar-se no tipo
de recurso coesivo a ser abordado, no grau de
complexidade dos gêneros ou textos a serem
considerados e no nível de autonomia que se
pretende levar o estudante a conquistar.
6º / 7º ANO

Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Habilidades
Atuação

Conhecimento (DesDP)

Reconstrução do (EF67LP01) Ana- Utilizar textos que estejam mais pró-


contexto de produ- lisar a estrutura ximos da realidade dos estudantes,
ção, circulação e e funcionamento levando-os a aprender que, no ambiente
recepção de textos dos hiperlinks em virtual, um texto pode apresentar, seja
Caracterização do textos noticiosos no corpo do texto, ou na página em que
campo jornalístico e publicados na Web e figura, links que levam a outros conteú-
relação entre os gê- vislumbrar possibili- dos. Uma notícia, por exemplo, pode
neros em circulação, dades de uma escrita remeter a outras notícias e a reportagens
mídias e práticas da hipertextual. anteriores, inserindo-se em uma série
cultura digital de textos jornalísticos sobre um mesmo
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

fato; Essa análise pode ser associada


a pequenos exercícios, voltados à pro-
dução de hipertextos, em que será ne-
cessário que o estudante defina, em um
texto produzido por ele, palavras-chave
que levarão a outros links, observando
a relevância e a relação dos textos que
decidir linkar ao seu, a fim de vislumbrar
Leitura

essa possibilidade de escrita, como prevê


a habilidade.

Apreciação e réplica (EF67LP02) Explorar Sugerir que os estudantes elaborem texto


o espaço reservado que exponham seus pontos de vistas,
ao leitor nos jornais, para serem publicados em sites e/ou
revistas, impressos e jornais locais, podendo, ainda, propor
on-line, sites noticio- atividades que conduzam à tomada de
sos etc., destacando decisão, quanto a não compartilhar
notícias, fotorrepor- textos duvidosos e/ou denunciar o trata-
tagens, entrevistas, mento ético e desrespeitoso que deter-
charges, assuntos, minado veículo ou jornalista/autor tenha
temas, debates em dado ao tema/assunto/fato.
foco, posicionando-
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

-se de maneira ética


e respeitosa frente
a esses textos e
opiniões a eles rela-
cionadas, e publicar
notícias, notas jorna-
lísticas, fotorrepor-
tagem de interesse
Leitura

geral nesses espaços


do leitor.
Relação entre textos (EF67LP03) Com- Viabilizar o acesso a diversos textos jor-
parar informações nalísticos de diferentes jornais e revistas,
sobre um mesmo impressos ou digitais, locais, regionais
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

fato divulgadas em e nacionais, para fazer comparação de


diferentes veículos e notícias que se referem a um mesmo fato
mídias, analisando e ou assunto e que foi relatado de formas
avaliando a confiabi- diferentes, pode ser uma primeira forma
lidade. de realizar essa reflexão sobre parcia-
lidade/imparcialidade, em textos dessa
esfera. Neste trabalho, devem ser priori-
zadas as mídias que circulam no Estado
Leitura

de Alagoas, nos mais diversos meios de


comunicação.

Estratégia de leitura (EF67LP04) Distin- Realizar ações que levem à discussão de


CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Distinção de fato e guir, em segmentos temas e fatos do universo de interesse


opinião descontínuos de dos estudantes, mobilizando-os para o
textos, fato da opi- exercício implicado na habilidade. Antes
nião enunciada em de lidarem, com textos de circulação
relação a esse mes- social, por exemplo, pode-se apresentar
mo fato. um fato e promover uma discussão em
que os estudantes se posicionem sobre
ele e, em seguida, refletir sobre em que
Leitura

os textos que construíram para opinar


são diferentes do fato em si.

Estratégia de leitura: (EF67LP05) Identi- Possibilitar o acesso dos estudantesa


identificação de ficar e avaliar teses/ exemplares de gêneros que tratem de
teses e argumentos opiniões/posiciona- questões controversas ou de objetos
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Apreciação e réplica mentos explícitos culturais (no caso da resenha crítica e


e argumentos em do comentário, especialmente) com, os
textos argumentati- quais, tenham familiaridade e possam
vos (carta de leitor, mobilizar conhecimentos prévios para
comentário, artigo apoiá-los, tanto na avaliação de posições
de opinião, resenha e argumentos nos textos de terceiros,
crítica etc.), manifes- quanto na manifestação de discordância,
tando concordância visto que não é possível avaliar nem
Leitura

ou discordância. posicionar-se a respeito do que não se


conhece.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Efeitos de (EF67LP06) Identificar os Reconhecer os efeitos de sentido,


sentido efeitos de sentido provocados provocados por recursos léxicos
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

pela seleção lexical, topicali- empregados em textos do campo jor-


zação de elementos e seleção nalístico/midiático. Para isso, deve-se
e hierarquização de informa- analisar a coerência desses efeitos
ções, uso de 3ª pessoa etc. tanto em relação às intenções presu-
midas do texto, quanto à finalidade do
gênero e características dos espaços
de circulação do texto. Assim, como
também, poderá ser feita comparação
Leitura

com gênero da esfera jornalística que


circulem dentro e fora do Estado.

Efeitos de (EF67LP07) Identificar o Distinguir os recursos de persuasão,


sentido uso de recursos persuasivos utilizados nos traços característicos
em textos argumentativos do discurso persuasivo, identifican-
diversos (como a elaboração do, por exemplo, a força que um
do título, escolhas lexicais, argumento de autoridade, usado para
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

construções metafóricas, a sustentar uma opinião pode trazer ao


explicitação ou a ocultação texto. Esta habilidade, assim como
de fontes de informação) as demais que são comuns aos dois
e perceber seus efeitos de anos, pode garantir a progressão,
sentido. sendo marcada pelo grau de com-
plexidade da seleção dos textos
argumentativos e pela variedade dos
gêneros propostos, dentre eles, co-
Leitura

mentários, crônicas, artigos de opi-


nião, charges, propagandas etc.

Efeitos de (EF67LP08) Identificar os Propor um estudo, mais aprofundado,


sentido efeitos de sentido devidos à dos recursos próprios da fotogra-
Exploração escolha de imagens estáticas, fia, como os citados, fazendo uma
da multis- sequenciação ou sobreposi- ligação com a disciplina de Arte,
semiose ção de imagens, definição de por exemplo, promovendo, assim,
figura/fundo, ângulo, profun- um desenvolvimento produtivo para
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

didade e foco, cores/tonali- ambos. Também será possível definir


dades, relação com o escrito uma progressão na proposição dos
(relações de reiteração, com- gêneros a serem trabalhados em cada
plementação ou oposição) ano. Por exemplo, pode-se começar
etc. em notícias, reportagens, abordando a fotografia em notícias,
fotorreportagens,foto-denún- reportagens e anúncios publicitários
cias, memes, gifs, anúncios para, em seguida, propor abordar os
publicitários e propagandas gêneros, em que a imagem predomi-
Leitura

publicados em jornais, revis- na e é potencialmente o que produz


tas, sites na internet etc. significados.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Estratégias (EF67LP09) Planejar notícia Articular esta habilidade com as


de produção: impressa e para circulação em que tratam da revisão de textos e
planejamento outras mídias (rádio ou TV/ às de análise linguística e semióti-
de textos vídeo), tendo em vista as con- ca, sendo estas últimas fundamen-
informativos dições de produção, do texto tais para avaliar a adequação dos
– objetivo, leitores/espectadores, recursos que se pretende utilizar
veículos e mídia de circulação em relação aos efeitos de sentido
etc. –, a partir da escolha do fato intencionados, o que constitui
a ser noticiado (de relevância uma marca do gênero notícia.
para a turma, escola ou comuni- Pensar numa progressão que
dade), do levantamento de dados pode ser explorada, em relação às
e informações sobre o fato – que mídias selecionadas: produzir uma
pode envolver entrevistas com notícia impressa e uma notícia
envolvidos ou com especialis- para rádio ou TV implica domí-
tas, consultas a fontes, análise nio de recursos de linguagens,
de documentos, cobertura de diferenciados e mais ou menos
eventos etc.–, do registro dessas complexos. Planejar, para uma
informações e dados, da escolha ou outra mídia, em um ou outro
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

de fotos ou imagens a produzir gênero, também implica o uso


ou a utilizar etc. e a previsão de de gêneros secundários, ou seja,
uma estrutura hipertextual (no aqueles mais elaborados, diferen-
caso de publicação em sites ou ciados: planejar, por exemplo, uma
Produção de textos

blogs noticiosos). notícia para TV envolve a produ-


ção de um roteiro específico, que
sinalize as entradas e articulações
entre texto verbal e não verbal
(efeitos sonoros, perspectiva da
câmera, cortes de imagens etc.).

Textualização, (EF67LP10) Produzir notícia Integrar esta habiliadade com a


tendo em impressa tendo em vista carac- anterior (EF67LP09).
vista suas terísticas do gênero – título ou
condições de manchete com verbo no tempo
produção, as presente, linha fina (opcional),
características lide, progressão dada pela ordem
do gênero em decrescente de importância dos
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

questão, o es- fatos, uso de 3ª pessoa, de pa-


tabelecimento lavras que indicam precisão –, e
de coesão, o estabelecimento adequado de
adequação coesão e produzir notícia para
Produção de textos

à norma-pa- TV, rádio e internet, tendo em


drão e o uso vista, além das características
adequado de do gênero, os recursos de mí-
ferramentas dias disponíveis e o manejo de
de edição recursos de captação e edição de
áudio e imagem.
Desdobramentos

Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de
Habilidades Didático-Pedagógicos
Atuação
Conhecimento
(DesDP)

Estratégias (EF67LP11) Planejar resenhas, Levar o estudante a pla-


de produção: vlogs, vídeos e podcasts variados, nejar textos que tenham
planejamento e textos e vídeos de apresentação posicionamento crítico,
de textos ar- e apreciação próprios das culturas preparando argumentos,
gumentativos juvenis (algumas possibilidades: fan- que se insiram no contex-
e apreciativos zines, fanclipes, e-zines, gameplay, to de vida desses estu-
detonado etc.), dentre outros, tendo dantese, considerando
em vista as condições de produ- o contexto de produção
ção do texto – objetivo, leitores/ (interlocutores, intencio-
espectadores, veículos e mídia de nalidades, etc.). Neste
circulação etc. –, a partir da escolha planejamento de textos
de uma produção ou evento cultural devem ser considerados
para analisar – livro, filme, série, como objeto de aprecia-
game, canção, videoclipe, fanclipe, çãoprodutosrepresentati-
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

show, saraus, slams etc. – da busca vos das culturas juvenis.


de informação sobre a produção
ou evento escolhido, da síntese de
informações sobre a obra/evento
Produção de textos

e do elenco/seleção de aspectos,
elementos ou recursos que possam
ser destacados positiva ou negativa-
mente ou da roteirização do passo a
passo do game para posterior grava-
ção dos vídeos.

Textualização (EF67LP12) Produzir resenhas crí-


de textos ar- ticas, vlogs, vídeos, podcasts varia-
gumentativos dos e produções e gêneros próprios
e apreciativos das culturas juvenis (algumas possi-
bilidades: fanzines, fanclipes, e-zi-
nes, gameplay, detonado etc.), que
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

apresentem/descrevame/ouavaliem
produções culturais (livro, filme,
série, game, canção, disco, video-
Produção de textos

clipe etc.) ou evento (show, sarau,


slam etc.), tendo em vista o contexto
de produção dado, as características
do gênero, os recursos das mídias
envolvidas e a textualização adequa-
da dos textos e/ou produções.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Produção e edição de textos (EF67LP13) Produzir, revisar e editar textos Articular um trabalho com profissionais
publicitários, levando em conta o contexto que usam aplicativos de edição de textos,
de produção dado, explorando recursos da disponibilização, desses, aplicativos
CAMPO JORNALÍSTICO/

multissemióticos, relacionando elementos para os/as estudantes/as e do investimen-


Produção de textos

verbais e visuais, utilizando adequadamente to no trabalho colaborativo.


estratégias discursivas de persuasão e/ou
publicitários

convencimento e criando título ou slogan


MIDIÁTICO

que façam o leitor motivar-se a interagir


com o texto produzido e se sinta atraído
pelo serviço, ideia ou produto em questão.

(EF67LP14) Definir o contexto de produção Considerar todos os cenários para a reali-


da entrevista (objetivos, o que se pretende zação da entrevista, podendo ser feito uma
Planejamento e produção de entrevistas orais

conseguir, porque aquele entrevistado etc.), divisão, no que diz respeito à habilidade,
levantar informações sobre o entrevista- propondo uma progressão que contemple
do e sobre o acontecimento ou tema em o trabalho nos dois anos: em um ano, o
questão, preparar o roteiro de perguntar trabalho com a entrevista feita oralmente
e realizar entrevista oral com envolvidos para ser transcrita e retextualizada e, em
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

ou especialistas relacionados com o fato outro, o trabalho com entrevistas que


noticiado ou com o tema em pauta, usando deverão ser finalizadas, em áudio e em
roteiropreviamenteelaboradoeformulando vídeo, envolvendo o uso de aplicativos de
outras perguntas a partir das respostas da- captação e edição de imagem e som.
das e, quando for o caso, selecionar partes,
transcrever e proceder a uma edição escrita
do texto, adequando-o a seu contexto de
Oralidade

publicação, à construção composicional do


gênero e garantindo a relevância das infor-
mações mantidas e a continuidade temática.

(EF67LP15) Identificar a proibição imposta Distinguir o que é proibição imposta, do


Estratégias e procedimentos de leitura em textos legais e

ou o direito garantido, bem como as cir- que são direitos garantidos e compreender
cunstâncias de sua aplicação, em artigos os contextos de aplicação da norma ou
relativos a normas, regimentos escolares, direito em textos jurídicos, normativos e
regimentos e estatutos da sociedade civil, reguladores elaborados para diferentes
regulamentações para o mercado publici- âmbitos da vida em sociedade. Analisar
tário, Código de Defesa do Consumidor, as características dos gêneros da natureza
Código Nacional deTrânsito, ECA, Constitui- indicada, que passam, por exemplo, pelo
ção, dentre outros. reconhecimento de como se organizam
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

(os títulos, capítulos, artigos, parágrafos,


incisos etc.), dos recursos linguísticos
usados para identificar o que é proibição
e o que é direito (que implica observar a
linguagem jurídica e o vocabulário recor-
rente — por exemplo, uso de palavras,
como garantia, direito, obrigação ou o
normativos

uso predominante do tempo presente do


indicativo e, em menor frequência, do
Leitura

futuro do indicativo, e os efeitos de senti-


do provocados por esses usos).
Linguagem
Campos de

Práticas de Objeto de Desdobramentos Didático-


Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Contexto de (EF67LP16) Explorar e analisar Conhecer as características dos


produção, espaços de reclamação de direitos espaços de circulação de gêne-
circulação e e de envio de solicitações (tais ros que impliquem a solicitação
recepção de como ouvidorias, SAC, canais e/ou reclamação de direitos, a
textos e práti- ligados a órgãos públicos, plata- participação na vida da comu-
cas relaciona- formas do consumidor, platafor- nidade, do Estado ou país — e
das à defesa mas de reclamação), bem como textos que possibilitem essas
de direitos e de textos pertencentes a gêneros ações —, o que permite, aos
à participação que circulam nesses espaços, re- estudantes, que organizem o
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

social clamação ou carta de reclamação, seu discurso (oral ou escrito),


solicitação ou carta de solicitação, utilizando recursos adequados,
como forma de ampliar as pos- aos interlocutores, com vistas a
sibilidades de produção desses atingir seus objetivos.
textos em casos que remetam a
reivindicações que envolvam a
escola, a comunidade ou algum
de seus membros como forma de
se engajar na busca de solução de
Leitura

problemas pessoais, dos outros e


coletivos.

Relação entre (EF67LP17) Analisar, a partir do Fazer estas análises, a partir de


contexto de contexto de produção, a forma de itens como: a) o levantamento e
produção e organização das cartas de solici- a discussão de questões polê-
características tação e de reclamação (datação, micas locais; b) o debate a seu
composi- forma de início, apresentação respeito; c) a eleição de crité-
cionais e contextualizada do pedido ou da rios, no decorrer dos debates,
estilísticas dos reclamação, em geral, acompa- para analisar-se a pertinência de
gêneros (carta nhadadeexplicações,argumentos reclamações e solicitações. Para
de solicitação, e/ou relatos do problema, fórmula garantir a progreesão, pode-se
carta de recla- de finalização mais ou menos definir a abordagem dos dois
mação, peti- cordata, dependendo do tipo de gêneros nos dois primeiros
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

ção on-line, carta e subscrição) e algumas das anos; ou prever um gênero para
carta aberta, marcas linguísticas relacionadas cada ano.
abaixo-assina- à argumentação, explicação ou
do, proposta relato de fatos, como forma de
etc.) possibilitar a escrita fundamen-
Apreciação e tada de cartas como essas ou de
réplica postagens em canais próprios de
reclamações e solicitações em
situações que envolvam questões
Leitura

relativas à escola, à comunidade


ou a algum dos seus membros.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Atuação

Habilidades
Conhecimento (DesDP)

(EF67LP18) Identificar o
CAMPO DE ATUAÇÃO NA

Estratégias,
objeto da reclamação e/
procedimen-
ou da solicitação e sua
tos de leitura
sustentação, explicação
em textos
VIDA PÚBLICA

ou justificativa, de forma
reivindicató-
a poder analisar a perti-
Leitura

rios ou propo-
nência da solicitação ou
sitivos
justificação.

(EF67LP19) Realizar
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

levantamento de ques-
tões, problemas que
Estratégia de requeiram a denúncia de
produção: pla- desrespeito a direitos,
nejamento de reivindicações, recla-
Produção de textos

Relacionar a habilidade (EF67LP17).


textos reivin- mações, solicitações
dicatórios ou que contemplem a
propositivos comunidade escolar ou
algum de seus membros
e examinar normas e
legislações.

Articular esta habilidade com habilidades


definidas para o campo da vida pública, no
que se refere ao cuidado com a curadoria
de informação. Utilizar também, procedi-
mentos como grifar, fazer anotações, bem
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

como produções de textos que apoiem a


(EF67LP20) Realizar compreensão como resumos, esquemas
pesquisa, a partir de etc., serão importantes no processo de
Curadoria de recortes e questões compreensão dos textos selecionados,
informação definidos previamente, durante a pesquisa. Embora não especifi-
usando fontes indicadas cado na habilidade, convém que cuidados
e abertas. com a verificação da fidedignidade das
fontes, também estejam no foco do trabalho
proposto. Há, ainda, oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com a habilidade
(EF06MA33), da Matemática, associada ao
Leitura

planeamento e coleta de dados para realiza-


ção de pesquisas.
Propor pesquisa, envolvendo as diferentes
áreas que podem acontecer no interior
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

de projetos integradores. A divulgação


de resultados pode culminar em feiras de
(EF67LP21) Divulgar
ciências ou em eventos de fechamento do
resultados de pesquisas
ano, possibilitando formas de divulgação
Estratégias de por meio de apresen-
que envolvam toda a comunidade escolar.
escrita:textua- tações orais, painéis,
Esses eventos podem ser planejados entre
lização, revi- artigos de divulgação
várias escolas, de uma mesma cidade, ou de
Produção de textos

são e edição científica, verbetes de


regiões diferentes no interior de um determi-
enciclopédia, podcasts
nado estado. Por exemplo, pode-se prever a
científicos etc.
criação, de site ou blog, em que se concen-
tre as produções dos dois anos, que podem
variar no gênero, visto que esses espaços
suportam várias mídias.
DE ESTUDO E PESQUISA
CAMPO DAS PRÁTICAS

(EF67LP22) Produzir Utilizar gêneros de apoio que facilitem à


Produção de textos

Estratégias de resumos, a partir das compreensão dos textos, pois são meios
escrita:textua- notas e/ou esquemas para se chegar a uma outra produção (a
lização, revi- feitos, com o uso ade- principal) ou para o estudo de apropriação
são e edição quado de paráfrases e de conceitos que serão aplicados em outros
citações. contextos.
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

(EF67LP23) Respeitar os
Identificar as informações mais relevantes,
turnos de fala, na partici-
fazer inferências sobre o que é dito e rela-
pação em conversações
cioná-las a outras informações para, a partir
e em discussões ou
disso, elaborar perguntas sobre possíveis
atividades coletivas, na
dúvidas ou se posicionar e argumentar
Conversação sala de aula e na escola
em relação ao que foi dito. É importante
espontânea e formular perguntas
garantir que essa participação qualificada
coerentes e adequadas
seja solicitada frequentemente e que sejam
emmomentosoportunos
propostos momentos de avaliação da turma
em situações de aulas,
sobre essas participações, no sentido de
Oralidade

apresentação oral, semi-


aprimorá-las.
nário etc.
Campos de

Linguagem
Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Atuação

Habilidades
Conhecimento (DesDP)

Procedimen- (EF67LP24) Tomar nota de Propor uma progressão, quanto à situa-


tos de apoio à aulas, apresentações orais, ção em que a tomada de notas é solici-
compreensão entrevistas (ao vivo, áudio, tada: a partir de materiais gravados, até
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

Tomada de TV, vídeo), identificando e ser proposto para ser realizada, durante
nota hierarquizandoasinforma- as interações (reuniões, aulas, apresenta-
ções principais, tendo em ções orais, seminários etc.). A progressão
vista apoiar o estudo e a também pode ser pensada em termos de
produção de sínteses e re- modos de organização dessa tomada de
flexões pessoais ou outros notas: uso de setas, itens, abreviaturas,
objetivos em questão. pequenos esquemas etc., que podem
Oralidade
PESQUISA

ser compartilhados entre os colegas,


em momentos a serem planejados pelo
professor.

Textualização (EF67LP25) Reconhecer Considerar o envolvimento, tanto da


Progressão e utilizar os critérios de leitura, quanto produção de textos. Na
temática organização tópica (do leitura - em especial, na leitura colaborati-
geral para o específico, va -, o estudo do texto possibilita o re-
do específico para o geral conhecimento dos critérios empregados
etc.), as marcas linguís- na organização dos tópicos, assim como
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

ticas dessa organização a identificação das marcas linguísticas


(marcadores de ordenação utilizadas para tanto. A produção dos
e enumeração, de explica- textos próprios oferece a oportunidade
ção, definição e exemplifi- de emprego dos aspectos estudados.
Análise linguística/ semiótica

cação, por exemplo) e os A progressão pode ter, como critério, a


mecanismos de paráfrase, complexidade dos textos organizados nos
de maneira a organizar gêneros propostos; o grau de aprofun-
mais adequadamente a damento do tratamento a ser dado aos
coesão e a progressão aspectos selecionados para cada ano; e
temática de seus textos. o nível de autonomia do estudante, ao
realizar o trabalho (em colaboração —
coletivo, em grupos e/ou duplas — e de
modo autônomo).
Textualização (EF67LP26) Reconhecer Propor práticas permanentes e regula-
a estrutura de hipertexto res de leitura de textos de divulgação
em textos de divulgação científica em ambientes digitais, através
científica e proceder à de uma atividade interdisciplinar, com
remissão a conceitos e vistas a contemplar todas as áreas de
relações por meio de notas conhecimento, de modo que, de um lado,
de rodapés ou boxes. o professor de Língua Portuguesa possa
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

colaborar com os demais, no sentido


de orientar, por exemplo, o ensino de
procedimentos de leitura e de produção
desses textos, e, de outro, os demais
Análise linguística/semiótica

professores possam colaborar com o de


Língua Portuguesa, orientando-o quanto
aos recursos das linguagens específicas
(cartografia, gráficos/infográficos, simula-
ções, por exemplo) usados na construção
de sentidos dos textos. É condição, para
isso a programação de estudos e planeja-
mentos coletivos. O acesso à Internet e/
ou a computadores também é relevante.

Relação entre (EF67LP27) Analisar, entre Utilizar, para o desenvolvimento desta


textos os textos literários e entre habilidade uma análise do que trazem de
estes e outras manifes- outros textos da literatura nacional, os
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

tações artísticas (como textos da literatura alagoana, em suas


cinema, teatro, música, mais diversas manifestações (cordel,
artes visuais e midiáticas), texto em prosa, poemas, etc) assim como
referências explícitas ou também outras manifestações artísti-
implícitas a outros textos, co-culturais. Distinguir os gêneros que
quanto aos temas, perso- serão trabalhados em cada ano, garantin-
Leitura

nagens e recursos literá- do, assim, a progressão entre os anos.


rios e semióticos
Campos de

Linguagem
Práticas de
Atuação Objeto de Desdobramentos Didático-
Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Estratégias de (EF67LP28) Ler, de forma autônoma, Colaborar, para a motivação do


leitura Aprecia- e compreender – selecionando pro- estudante, leituras autônomas, a
ção e réplica cedimentos e estratégias de leitura partir de ações e projetos de leitura,
adequados a diferentes objetivos tais como: (1) acolher as mais
e levando em conta características variadas produções culturais, com
dos gêneros e suportes –, romances enfoque nas locais e regionais,
infanto-juvenis, contos populares, mas não excluindo as nacionais,
contos de terror, lendas brasileiras, oferecendo um amplo e variado
indígenas e africanas, narrativas de acervo de livros; (2) prever projetos
aventuras, narrativas de enigma, que envolvam o cultivo da leitura
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

mitos, crônicas, autobiografias, de livre escolha; (3) rodas de con-


histórias em quadrinhos, mangás, versa sobre obras lidas; (4) outros
poemas de forma livre e fixa (como eventos culturais, como saraus,
sonetos e cordéis), vídeo-poemas, mostras de cinema, teatro, música,
poemas visuais, dentre outros, com apresentações das obras dos
expressando avaliação sobre o texto artistas alagoanos, além de aulas de
Leitura

lidoeestabelecendopreferênciaspor campo para visitação de biblioteca,


gêneros, temas, autores. exposições de livros, feiras, etc.

Reconstrução (EF67LP29) Identificar, em texto dra- Distinguir os elementos constitu-


da textualidade mático, personagem, ato, cena, fala tivos do gênero, texto dramático,
Efeitos de senti- e indicações cênicas e a organização seja em relação à sua forma e aos
dos provocados do texto: enredo, conflitos, ideias recursos usados nessa forma de se
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

pelos usos de principais, pontos de vista, universos estruturar, através da leitura e da


recursos linguís- de referência. encenação desses textos, levando
ticos e multisse- o estudante a experienciar a cena,
mióticos assim como também poderá ser
proposto a visitação de teatro para
assistirem as peças teatrais, enri-
Leitura

quecendo a experiência com o texto


dramático.

Construção da (EF67LP30) Criar narrativas ficcio- Experimentar o fazer literário,


textualidade nais, tais como contos populares, através da criação, pelo/a estudan-
Relação entre contos de suspense, mistério, terror, te, de gêneros literários narrativos.
textos humor, narrativas de enigma, crôni- A produção, aqui, também deve ser
cas, histórias em quadrinhos, dentre entendida como processo que en-
outros, que utilizem cenários e volve as operações de planejamen-
personagens realistas ou de fantasia, to, produção e revisão dos textos,
observando os elementos da estru- por meio da criação de oficinas
tura narrativa próprios ao gênero literárias, em parceria com profis-
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

pretendido, tais como enredo, per- sionais da biblioteca/sala de leitura


sonagens, tempo, espaço e narrador, e com professores/as de Arte.
Produção de textos

utilizando tempos verbais adequa-


dos à narração de fatos passados,
empregando conhecimentos sobre
diferentes modos de se iniciar uma
história e de inserir os discursos
direto e indireto.
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-


Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Construção da (EF67LP31) Criar poemas com-


textualidade postos por versos livres e de
Relação entre forma fixa (como quadras e sone-
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

textos tos), utilizando recursos visuais,


semânticos e sonoros, tais como
Produção de textos

cadências, ritmos e rimas, e poe-


mas visuais e vídeo-poemas, ex-
plorando as relações entre imagem
e texto verbal, a distribuição da
mancha gráfica (poema visual) e
outros recursos visuais e sonoros.

Fono-orto- (EF67LP32) Escrever palavras com Levar o estudante a desenvolver


Análise linguística/
TODOS OS CAMPOS

grafia correção ortográfica, obedecendo esta habilidade, sempre associando


as convenções da língua escrita. a práticas de produção e/ou revisão
DE ATUAÇÃO

de textos, especialmente em situa-


semiótica

ções públicas e formais em que a


ortografia é requisito necessário.

Elementos (EF67LP33) Pontuar textos ade- Envolver o estudante, de forma


TODOS OS CAMPOS DE

notacionais da quadamente. frequente e sistemática, em práticas


Análise linguística/

escrita públicas e formais de leitura e/ou


produção de textos escritos, em que
a pontuação correta deve ser obser-
semiótica
ATUAÇÃO

vada: e-mail de trabalho, entrevistas,


notícias, artigo de divulgação cientí-
fica, reportagem multimidiática etc.

Léxico/morfo- (EF67LP34) Formar antônimos Estabelecer a compreensão das


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

logia com acréscimo de prefixos que relações semânticas que podem


Análise linguística/ semiótica

expressam noção de negação. se estabelecer entre as palavras da


língua. Relaciona-se com a habili-
dade EF06LP03 e todas as demais
que envolvem processos de forma-
ção de palavras, especialmente os
derivativos. Práticas de leitura e/ou
produção de textos são, portanto,
essenciais para a contextualização
desse ensino.
Léxico/morfo- (EF67LP35) Distinguir palavras
TODOS OS CAMPOS DE

logia derivadas por acréscimo de afixos


Análise linguística/ e palavras compostas.
semiótica
ATUAÇÃO

Coesão (EF67LP36) Utilizar, ao produzir Associar com práticas de oralidade,


texto, recursos de coesão re- leitura ou escrita de textos dos
ferencial (léxica e pronominal) gêneros previstos para estudo. Será,
e sequencial e outros recursos nessas condições, que o estudante
expressivos adequados ao gênero poderá refletir sobre a adequação
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

textual. expressiva do(s) recurso(s) que pre-


Análise linguística/ semiótica

tenda empregar. Em caso de produ-


ções escritas, recomenda-se prever
atividades de produção e revisão,
em que o foco seja o uso desses
elementos coesivos na construção
do texto de um determinado gênero.
Em caso de textos orais, podem ser
analisadas, coletivamente, apresen-
tações previamente gravadas.

Sequências (EF67LP37) Analisar, em diferen- Propor atividades focalizem, tanto


TODOS OS CAMPOS DE

textuais tes textos, os efeitos de sentido os efeitos de sentido produzidos na


Análise linguística/

decorrentes do uso de recursos leitura, quanto a adequação do uso.


linguístico-discursivos de pres- Do ponto de vista da progressão,
crição, causalidade, sequências sugere-se, inicialmente, um trabalho
semiótica
ATUAÇÃO

descritivas e expositivas e ordena- colaborativo (coletivo e em grupos/


ção de eventos. duplas), que progrida para o autô-
nomo.

Figuras de (EF67LP38) Analisar os efeitos de Desenvolver esta habilidade, con-


TODOS OS CAMPOS DE

linguagem sentido do uso de figuras de lin- textualizando projetos de produção


Análise linguística/

guagem, como comparação, me- de textos do campo literário; na


táfora, metonímia, personificação, elaboração de artigos de divulgação
hipérbole, dentre outras. de conhecimento; em projetos de
semiótica
ATUAÇÃO

estudo das figuras de linguagem em


textos literários ou de divulgação de
conhecimento.
ENSINO FUNDAMENTAL – 6º AO 9º ANO

Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF69LP01) Diferenciar Incluirprojetosqueabordemassuntospolêmicos


liberdade de expressão de específicos, tanto da escola, em que o estudante
discursos de ódio, posicio- está inserido, quanto do Estado de Alagoas, pro-
nando-se contrariamente porcionando a participação efetiva, do mesmo,
a esse tipo de discurso e nas discussões dessas questões: promovendo
vislumbrandopossibilidades debates, relatos, discussões em sala de aula so-
de denúncia quando for o bre temas polêmicos que envolvam preconceito,
caso. racismo, homofobia, sexualidade, garantindo a
participação (envolvimento de todos os estudan-
Relação entre gêneros e mídias
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

tes); convidando órgãos como CRÁS/CREAS para


palestras e dinâmicas que proporcionem, ainda
mais, o debate e façam os estudantes se coloca-
rem no lugar do outro.
Apreciação e réplica

Pode ser pensado em um trabalho interdis-


ciplinar com as habilidades (EF69AR15),
(EF69AR33), da Arte; e (EF67EF17), da Edu-
cação Física, no que se refere à compreensão
Leitura

crítica de diferentes pontos de vista sobre temas


controversos e de relevância social.

(EF69LP02) Analisar e Selecionar peças publicitárias mais significati-


compararpeçaspublicitárias vas para os estudantes, que façam parte de seu
variadas (cartazes, folhe- convívio local, que os tenham, como público-
tos, outdoor, anúncios e -alvo, de modo que compreendam seu caráter
propagandas em diferentes apelativo e percebam as estratégias e os argu-
mídias, spots, jingle, vídeos mentos usados para chamar a atenção. Realizar
etc.), de forma a perceber atividades, em grupo, com pesquisas sobre o
a articulação entre elas em mesma tema, porém com gêneros diferentes,
campanhas, as especificida- destacando os elementos do textos, de acordo
des das várias semioses e com as suas especificidades, cabendo ao pro-
mídias, a adequação dessas fessor(a) o pale auxiliar, fazendo com que estes
Relação entre gêneros e mídias
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

peças ao público-alvo, aos estabeleçam possíveis semelhanças e diferenças


objetivosdoanunciantee/ou
da campanha e à construção
composicional e estilo dos
Apreciação e réplica

gêneros em questão, como


forma de ampliar suas
possibilidades de com-
preensão (e produção) de
Leitura

textos pertencentes a esses


gêneros.
(EF69LP03) Identificar, em Garantir que os estudantes compreendam a

Estratégia de leitura: apreender os sentidos


notícias, o fato central, suas relação de sentido, entre imagem e texto verbal,
principais circunstâncias e através de modalidades didáticas que garantam
eventuais decorrências; em a regularidade dessa prática de leitura, como
reportagens e fotorrepor- as rodas de jornais ou rodas de conversa e
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

tagens o fato ou a temática as leituras compartilhadas desses variados


retratada e a perspectiva de gêneros. Para isso, levar, para sala de aula,
abordagem, em entrevistas diferentes notícias impressa ou em mídias,
os principais temas/subte- fazendo-os perceber os elementos constituintes
mas abordados, explicações do texto e promovendo análise com discussão
globais do texto

dadas ou teses defendidas aprofundada sobre os processos de distribuição


em relação a esses subte- e recepção de imagem, observando a simulta-
mas; em tirinhas, memes, neidade,contrariedadeseimplicaçõespresentes
Leitura

charge, a crítica, ironia ou nos textos. Observar, nos textos, as narração e


humor presente. a narratividade.
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Atuação

Habilidades
Conhecimento (DesDP)

Efeitos de (EF69LP04) Identificar Articular estudo, de variados gêneros


sentido e analisar os efeitos de publicitários, às discussões contempo-
sentido que fortalecem râneas, sobre propaganda e consumo,
a persuasão nos textos como a influência da propaganda no
publicitários, relacio- comportamento de adolescentes e jovens
nando as estratégias de e a ética na propaganda, mostrando como
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

persuasão e apelo ao diariamente as figuras de linguagem são


consumo com os recur- utilizadas e a ambiguidade, para deixar o
sos linguístico-discur- texto mais apelativo, mais chamativo.
sivos utilizados, como Trabalhar a relação verbal e não verbal, nos
imagens, tempo verbal, textos, e os verbos que demostram apelo
jogos de palavras, figu- nas publicidades.
ras de linguagem etc., Trabalhar o conceito de slogam. Fazer
com vistas a fomentar pesquisa de slogans de marcas famosas
Leitura

práticas de consumo para que os estudantes percebam que logo


conscientes. se associa ao produto.

Efeitos de (EF69LP05) Inferir e Planejar ações e parcerias que possibilitem,


sentido justificar, em textos aos estudantes, acesso regular a jornais e
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

multissemióticos – tiri- revistas, em diferentes mídias. Explorar tex-


nhas, charges, memes, tos que facilitem a identificação do humor,
gifs etc. –, o efeito de ironia ou crítica como: anedotas, piadas,
humor, ironia e/ou crí- tiras, charges. Aqui, há, a oportunidade para
tica pelo uso ambíguo o trabalho interdisciplinar com a habilidade
de palavras, expressões (EF69AR03), da Arte, no que se refere à
ou imagens ambíguas, identificação, inferência e justificativa de
de clichês, de recursos situações em que diferentes linguagens são
Leitura

iconográficos, de pon- integradas, como textos multissemióticos e


tuação etc. artes visuais, por exemplo.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Desdobramentos Didático-
Práticas de

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP06) Produzir e publicar


Trabalhar o estudo das
notícias, fotodenúncias, fotorrepor-
principais caracteristícas
tagens, reportagens, reportagens
dos gêneros selecionados,
multimidiáticas, infográficos, pod-
orientando a realização das
casts noticiosos, entrevistas, cartas
diferentes operações de pro-
de leitor, comentários, artigos de
dução de textos, quais sejam:
Relação do texto com o contexto de produção e experimentação de papéis sociais

opinião de interesse local ou global,


contextualização (definição
textos de apresentação e apreciação
da situação comunicativa em
de produção cultural – resenhas
que o texto será produzido),
e outros próprios das formas de
planejamento (envolve a ela-
expressão das culturas juvenis,
boração do conteúdo temático
tais como vlogs e podcasts cultu-
e a organização do texto, parte
rais, gameplay, detonado etc.– e
a parte), elaboração (o proces-
cartazes, anúncios, propagandas,
so da construção do texto),
spots, jingles de campanhas sociais,
revisão processual (durante a
dentre outros em várias mídias,
produção e final). Essas ope-
vivenciando de forma significativa
rações podem, inicialmente,
o papel de repórter, de comentador,
ser realizadas em situações
de analista, de crítico, de editor ou
coletivas e em grupos, com
articulista, de booktuber, de vlog-
mais apoio do professor e, de
ger (vlogueiro) etc., como forma
modo gradual, envolver graus
de compreender as condições de
crescentes de autonomia
produção que envolvem a circulação
do/a estudante para realizá-la.
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

desses textos e poder participar e


Há, aqui, oportunidade de
vislumbrar possibilidades de parti-
trabalho interdisciplinar com
cipação nas práticas de linguagem
as habilidades (EF67EF01)
do campo jornalístico e do campo
e (EF67EF02), da Educação
Produção de textos

midiático de forma ética e respon-


Física, no que se refere a
sável, levando-se em consideração
experimentação, observação,
o contexto da Web 2.0, que amplia
produção e crítica, especifi-
a possibilidade de circulação desses
camente no caso dos jogos
textos e “funde” os papéis de leitor
eletrônicos.
e autor, de consumidor e produtor.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-
Habilidades
Atuação
Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP07) Produzir textos em Articular operações de contextua-


diferentes gêneros, considerando lização, planejamento, elaboração
sua adequação ao contexto produ- do texto (o processo de textua-
ção e circulação – os enunciadores lização) e revisão, processual e
envolvidos, os objetivos, o gênero, final. Essas operações podem,
o suporte, a circulação -, ao modo inicialmente, ser realizadas em
(escrito ou oral; imagem estática situações coletivas e em grupos,
ou em movimento etc.), à variedade com mais apoio do professor e,
linguística e/ou semiótica apropriada de modo gradual, envolver graus
a esse contexto, à construção da crescentes de autonomia do/a
textualidaderelacionadaàsproprieda- estudante para realizá-la. Com
des textuais e do gênero), utilizando relação à progressão, pode ser
estratégias de planejamento, elabora- com base nos gêneros propostos
ção, revisão, edição, reescrita/rede- para cada ano, sempre cuidando
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

sign e avaliação de textos, para, com de contemplar a diversidade de


a ajuda do professor e a colaboração linguagens e mídias em que os
dos colegas, corrigir e aprimorar as gêneros sugeridos se constituem
produções realizadas, fazendo cortes, (impresso, rádio, tv. etc.)
Produção de textos

acréscimos, reformulações, correções


de concordância, ortografia, pontua-
Textualização

ção em textos e editando imagens,


arquivos sonoros, fazendo cortes,
acréscimos, ajustes, acrescentando/
alterando efeitos, ordenamentos etc.

(EF69LP08) Revisar/editar o texto Propor um trabalho articulado


Revisão/ediçãodetextoinformativoeopinativo

produzido – notícia, reportagem, rese- com profissionais responsáveis


nha, artigo de opinião, dentre outros pelas salas de informática, com
–, tendo em vista sua adequação ao conhecimento de aplicativos e
contexto de produção, a mídia em ferramentas de edição; assim
questão, características do gênero, como, também, a necessidade de
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

aspectos relativos à textualidade, a se recorrer a ferramentas gratuitas


relação entre as diferentes semioses, de edição de imagens, áudios e
a formatação e uso adequado das textos impressos. Pode-se propor
Produção de textos

ferramentas de edição (de texto, foto, também um trabalho colaborativo


áudio e vídeo, dependendo do caso) e nos processos de revisão/edição
adequação à norma culta. entre os/as estudantes e entre
estudantes e professores/as.
Campos de Atuação

Conhecimento
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Linguagem
Práticas de Habilidades

Objeto de
(DesDP)

(EF69LP09) Planejar uma Discutir a relação entre as esferas publicitária e


Planejamento de textos de peças publicitárias de campa-

campanha publicitária sobre jornalística, conforme sinalizado nas orientações


questões/problemas, temas, relativas à leitura. Essa habilidade proporciona
causas significativas para a uma atividade para o levantamento do interesse
escola e/ou comunidade, a dos estudantes com as questões sociais da
partir de um levantamento comunidade. Assim como na outra habilidade,
de material sobre o tema ou pode ser feito um trabalho articulado com
evento, da definição do pú- profissionais que usam aplicativos de edição de
blico-alvo, do texto ou peça a textos, da disponibilização desses aplicativos
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

ser produzido – cartaz, ban- para os/as estudantes/as e do investimento no


ner, folheto, panfleto, anún- trabalho colaborativo, recomenda-se articular as
cio impresso e para internet, propostas com a exploração dos documentos
spot, propaganda de rádio, reguladores (campo da vida pública) da propa-
Produção de textos

TV etc. –, da ferramenta de ganda e publicidade, com vistas ao desenvolvi-


edição de texto, áudio ou mento de uma postura ética em relação à esfera
nhas sociais

vídeo que será utilizada, do publicitária.


recorte e enfoque a ser dado,
das estratégias de persuasão
que serão utilizadas etc.

(EF69LP10) Produzir notícias Planejar a atividade, considerando a mídia em


*Considerar todas as habilidades dos eixos leitura e produção que se referem

para rádios, TV ou vídeos, que o gênero se realizará (uma notícia para TV,
podcasts noticiosos e de rádio ou ambiente digital), para que o roteiro
opinião, entrevistas, comen- seja feito considerando os recursos próprios da
tários, vlogs, jornais radio- mídia em jogo. É interessante considerar que
fônicos e televisivos, dentre esta habilidade demanda seleção e progressão
outros possíveis, relativos dos gêneros listados, do ponto de vista das
a fato e temas de interesse mídias, das habilidades mobilizadas e do gê-
pessoal, local ou global e nero em questão (dos mais informativos aos
textos orais de apreciação e mais opinativos). Em oralidade, a produção de
a textos ou produções orais, em áudio ou vídeo

opinião – podcasts e vlogs entrevistas (6º a 9º) e reportagem multimídia


noticiosos, culturais e de (8º e 9º) já estão previstas. Os demais gêneros
opinião, orientando-se por da lista poderão ser distribuídos, ao longo dos
Produção de textos jornalísticos orais

roteiro ou texto, consideran- quatro anos: para 6º e 7º anos, gêneros que


do o contexto de produção e se realizam em áudio, que implicam uso de
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

demonstrando domínio dos aplicativos menos complexos; para 8º e 9º anos,


gêneros. gêneros que envolvem o uso de aplicativos de
vídeos. Também é possível selecionar gêneros
que façam uso das várias mídias e abordar
gradativamente os recursos dessas mídias.
Por exemplo, para 6º e 7º anos, entrevistas
em áudio e comentários em vídeo; para 8º e 9º
Oralidade

anos, entrevistas e mesas de debate em áudio e


em vídeo. Inicialmente, sugere-se que questões
locais sejam prioridade sobre as globais.
(EF69LP11) Identificar e ana- Desenvolver esta habilidade a partir do exercício
*Considerar todas as habilidades dos eixos leitura e produção que

lisar posicionamentos defen- de identificar e analisar, começando com mate-


se referem a textos ou produções orais, em áudio ou vídeo

didos e refutados na escuta riais previamente gravados (debates, entrevistas


de interações polêmicas em etc.). Também podem ser feitas participações,
entrevistas, discussões e de- face a face, ou a distância, mediadas pela tecno-
bates (televisivo, em sala de logia, em situações variadas, como discussões,
aula, em redes sociais etc.), participação em debates, palestras e reuniões.
entre outros, e se posicionar
frente a eles.
Produção de textos jornalísticos orais
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Oralidade
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-


Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP12) Desenvol-
*Considerar todas as habilidades dos eixos leitura e produção que se referem a textos ou

ver estratégias de pla-


nejamento, elaboração,
revisão, edição, reescri-
ta/ redesign (esses três Refletir sobre aplicabilidade das estra-
últimos quando não for tégias de planejamento, elaboração,
situação ao vivo) e ava- revisão, edição, reescrita/redesign e
liação de textos orais, avaliação dos textos. Por exemplo:
áudio e/ou vídeo, consi- se a proposta é a produção de um
derando sua adequação programa noticioso em vídeo, será
aos contextos em que necessário, depois de definido o fato/
foram produzidos, à assunto: 1) usar câmeras de captação
Planejamento e produção de textos jornalísticos orais

forma composicional de vídeo e áudio e aplicativos de


e estilo de gêneros, edição do material gravado; 2) após
a clareza, progressão pesquisa e seleção de informações,
temática e variedade produzir roteiros com indicações do
linguística empregada, texto a ser lido pelo âncora/jornalista,
produções orais, em áudio ou vídeo

os elementos relacio- das entradas de entrevistas ou outras


nados à fala, tais como imagens gravadas. Já, na produção
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

modulação de voz, de um programa noticioso para rádio,


entonação, ritmo, altura haverá variação dos recursos para
e intensidade, respira- captação, do grau de detalhamento da
ção etc., os elementos notícia (que, para rádio, em geral, é
cinésicos, tais como menor), da presença ou não de efei-
postura corporal, movi- tos sonoros de fundo etc.
mentos e gestualidade
Oralidade

significativa, expressão
facial, contato de olho
com plateia etc.
Vincular esta habilidade a projetos

Participação em discussões orais de temas controversos de interesse da turma e/ou de


interdisciplinares, como os de inter-
venção social, de interesse da comu-
nidade dos estudantes, que também
mobilizam habilidades do campo da
vida pública (no estudo da questão
problema/tema, caso ela envolva o
conhecimento de normas e leis, por
exemplo) e de práticas de estudo
e pesquisa (como a realização de
enquetes para coletar dados a serem
(EF69LP13) Engajar-se
tratados e usados na formulação de
e contribuir com a
argumentos para apoiar uma posição
busca de conclusões
assumida). No contexto da comunida-
comuns relativas a
de, motivar o engajamento do adoles-
problemas, temas ou
cente,mobilizandoosestudantespara
questões polêmicas de
problemas do seu entorno imediato
interesse da turma e/ou
- turma, escola, comunidade, bairro,
de relevância social.
cidade -, passando para problemas da
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

natureza mais ampla, mas que, ainda


assim, guardem relação com ques-
tões locais. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (EF69AR15), (69AR33),
relevância social

da Arte; e (EF67EF17), da Educação


Física, no que se refere à compreen-
Oralidade

são crítica, de diferentes pontos de


vista sobre temas controversos e de
relevância social.
Participação em discussões orais de temas controver-
sos de interesse da turma e/ou de relevância social

(EF69LP14) Formular
perguntas e decompor,
com a ajuda dos cole-
gas e dos professores,
tema/questãopolêmica,
explicações e ou argu-
mentos relativos ao ob-
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

jeto de discussão para


análise mais minuciosa
e buscar em fontes
diversas informações
ou dados que permitam
analisar partes da ques-
Oralidade

tão e compartilhá-los
com a turma.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Habilidades
Atuação

Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Participação (EF69LP15) Apresentar Fazer relação de trabalho inter-


em discussões argumentos e contra-argu- disciplinar com as habilidades
CAMPO JORNALÍSTICO/

orais de temas mentos coerentes, respei- (EF69AR15), (EF69AR33), da


controversos tando os turnos de fala, na Arte; e (EF67EF17), da Educação
de interesse da participação em discussões Física, no que se refere à com-
turma e/ou de sobre temas controversos preensão crítica de diferentes
Oralidade
MIDIÁTICO

relevância social e/ou polêmicos. pontos de vista sobre temas


controversos e de relevância
social.

Construção (EF69LP16) Analisar Desenvolver esta habilidade,


composicional e utilizar as formas de através de práticas de leitura,
composição dos gêneros produção e análise de textos, nas
jornalísticos da ordem do quais, seja possível relacionar as
relatar, tais como notícias formas de composição do gênero
(pirâmide invertida no im- mencionadas às especificidades
presso X blocos noticiosos do campo de atuação em que
hipertextuaisehipermidiáti- circulam, aos temas e finalidades
cos no digital, que também dos gêneros e às peculiaridades
pode contar com imagens da mídia em que são publicadas.
de vários tipos, vídeos,
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

gravações de áudio etc.), da


Análise linguística/ semiótica

ordem do argumentar, tais


como artigos de opinião e
editorial (contextualização,
defesa de tese/opinião e
uso de argumentos) e das
entrevistas: apresentação e
contextualização do entre-
vistado e do tema, estrutura
pergunta e resposta etc.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP17) Perceber e analisar os recur- Desenvolver esta atividade asso-


sos estilísticos e semióticos dos gêneros ciando-a a práticas de leitura e/ou
jornalísticos e publicitários, os aspectos produção de textos dos gêneros
relativos ao tratamento da informação jornalísticos e publicitários pre-
em notícias, como a ordenação dos vistos. É possível desmembrar
eventos, as escolhas lexicais, o efeito de a habilidade, ainda, nas duas
imparcialidade do relato, a morfologia do operações implicadas (perceber/
verbo, em textos noticiosos e argumen- analisar), assim como nos gêneros
tativos, reconhecendo marcas de pessoa, (jornalísticos/publicitários) e/ou
número, tempo, modo, a distribuição dos nos recursos linguísticos e semió-
verbos nos gêneros textuais (por exem- ticos, neles envolvidos.
plo, as formas de pretérito em relatos; as
formas de presente e futuro em gêneros
argumentativos; as formas de imperativo
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

em gêneros publicitários), o uso de


Análise linguística/ semiótica

recursos persuasivos em textos argu-


mentativos diversos (como a elaboração
do título, escolhas lexicais, construções
metafóricas, a explicitação ou a ocultação
de fontes de informação) e as estratégias
de persuasão e apelo ao consumo com
os recursos linguístico-discursivos utili-
Estilo

zados (tempo verbal, jogos de palavras,


metáforas, imagens).

(EF69LP18) Utilizar, na escrita/reescrita Refletir sobre a importância desta


de textos argumentativos, recursos habiliadde para prever situações de
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

linguísticos que marquem as relações de revisão processual e final do texto,


Análise linguística/ semiótica

sentido entre parágrafos e enunciados do para avaliar: a) se as expressões


texto e operadores de conexão adequa- utilizadas para ligar trechos do
dos aos tipos de argumento e à forma de texto garantem o estabelecimento
composiçãodetextosargumentativos,de das relações necessárias para a
maneira a garantir a coesão, a coerência compreensão adequada do que se
e a progressão temática nesses textos quer dizer; b) se a progressão das
(“primeiramente, mas, no entanto, em ideias garante que não se perca o
Estilo

primeiro/segundo/terceiro lugar, final- sentido do texto.


mente, em conclusão” etc.).
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Efeito de (EF69LP19) Analisar, em gêneros Considerar que o estudo, do


sentido orais que envolvam argumentação, discurso oral, implica a criação
os efeitos de sentido de elementos de condições que o possibi-
típicos da modalidade falada, como litem, como: gravações em
a pausa, a entonação, o ritmo, a vídeo para serem analisadas;
gestualidade e expressão facial, as discussão coletiva a respeito
hesitações etc. das impressões de cada es-
tudante a respeito dos efeitos
de sentido produzidos pelos
elementos empregados na
fala; participação em situações
comunicativas orais diversas,
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

com o intuito de estudar a


Análise linguística/ semiótica

performance do enunciador. A
progressão pode se dar: a) pela
complexidade do texto e do
gênero; b) pelo grau de autono-
mia do estudante, ao realizar as
atividades; c) pelo tratamento
dado ao conteúdo, que pode
ser, por participação ou para
aprofundamento.

Reconstrução (EF69LP20) Identificar, tendo em Reconhecer as especificida-


das condições vista o contexto de produção, a des da esfera jurídica em que
de produção forma de organização dos textos os textos mencionados são
e circulação normativos e legais, a lógica de produzidos e circulam. Seria
e adequação hierarquização de seus itens e pertinente apresentar reflexões
do texto à subitens e suas partes: parte inicial com estudo sistemático e
construção (título – nome e data – e ementa), progressivo sobre o campo
composicional blocos de artigos (parte, livro, da vida pública: Quem são os
e ao estilo de capítulo, seção, subseção), artigos atores envolvidos? Quais os
gênero (caput e parágrafos e incisos) e interesses dessa esfera? Que
(Lei, código, parte final (disposições pertinentes gêneros do discurso são pro-
estatuto, códi- à sua implementação) e analisar duzidos nessa esfera? Quais
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

go, regimento efeitos de sentido causados pelo suas finalidades de contratos,


etc.) uso de vocabulário técnico, pelo leis, regulamentos, estatutos,
uso do imperativo, de palavras e autorização de funcionamento,
expressões que indicam circuns- medida provisória, editais, den-
tâncias, como advérbios e locuções tre outros gêneros? De modo
adverbiais, de palavras que indicam geral, são gêneros que norma-
generalidade, como alguns prono- tizam e regulamentam direitos
mes indefinidos, de forma a poder e deveres do cidadão nos mais
compreender o caráter imperativo, variados papéis sociais e saber
Leitura

coercitivo e generalista das leis e de ler esses textos é fundamental


outras formas de regulamentação. para a vida pública.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF69LP21) Posicionar-se em Favorecer a participação dos jovens em mo-


relação a conteúdos veiculados vimentos de bairros, centros culturais comu-
em práticas não instituciona- nitários etc., que promovem práticas culturais
lizadas de participação social, locais que se constituem como formas de
sobretudo àquelas vinculadas resistência, defesa e direitos de diferentes
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

a manifestações artísticas, pro- naturezas. Exemplos, dessas manifestações,


duções culturais, intervenções são os saraus, as rodas de rap ou as batalhas
urbanas e práticas próprias das de slam que acontecem nas periferias, cujo
culturas juvenis que pretendam objetivo é promover o direito à cultura, em que
denunciar, expor uma proble- se leem poemas, crônicas e se cantam raps de
Apreciação e réplica

mática ou “convocar” para uma autoria, com conteúdos críticos, em relação a


reflexão/ação, relacionando esse algum aspecto da realidade. É recomendável
texto/produçãocomseucontexto que a escola acolha, problematize e legitime
de produção e relacionando as essas práticas e favoreça o empoderamento
Leitura

partes e semioses presentes para dos jovens para uma atuação cada vez mais
a construção de sentidos. qualificada.

Desenvolver esta habilidade, levando em conta


CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

(EF69LP22) Produzir, revisar e


que a prática, de reivindicar direitos ou propor
editar textos reivindicatórios ou
Textualização, revisão e edição

soluções para problemas, favoreça o engaja-


propositivos sobre problemas
mento dos/as estudantes/as em questões de
que afetam a vida escolar ou da
interesse público, em especial do seu entorno
comunidade, justificando pontos
imediato. A implantação de projetos de inter-
Produção de textos

de vista, reivindicações e deta-


venção pode favorecer essa prática e possi-
lhando propostas (justificativa,
bilita o desenvolvimento dessa habilidade em
objetivos, ações previstas etc.),
contextos significativos para os/as estudantes/
levando em conta seu contexto
as. Projetos que integrem as diferentes áreas
de produção e as características
mobilizam uma gama de conhecimentos e
dos gêneros em questão.
habilidades, potencializando aprendizagens.

(EF69LP23) Contribuir com a es-


Incorporar práticas, como assembleias de
crita de textos normativos, quan-
estudantes, com caráter deliberativo e forma-
do houver esse tipo de demanda
ção de grupos de trabalho para organização
na escola – regimentos e estatu-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

de eventos, como os citados na descrição das


tos de organizações da sociedade
habilidades. Essas práticas também favorecem
Textualização, revisão e edição

civil do âmbito da atuação das


vivências de leitura e de produção de textos
crianças e jovens (grêmio livre,
variados, como atas de reunião, estatutos e
clubes de leitura, associações
regulamentos. Há oportunidade de trabalho
culturais etc.) – e de regras e
Produção de textos

interdisciplinar com a habilidade (EF67EF09),


regulamentos nos vários âmbitos
da Educação Física, no que se refere à com-
da escola – campeonatos, festi-
preensão e contribuição com textos normativos
vais, regras de convivência etc.,
e regramentos de convívio que viabilizem a
levando em conta o contexto de
participação de todos na prática de exercícios
produção e as características dos
físicos.
gêneros em questão.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Vincular as situções de interação oral nesse


(EF69LP24) Discutir casos,
campo (vida pública) a projetos interdisciplina-
reais ou simulações, subme-
res, para garantir a abordagem de maior núme-
tidos a juízo, que envolvam
ro de documentos normativos e reguladores.
(supostos) desrespeitos a
Diante da lista aberta, desses documentos, é
artigos, do ECA, do Código
possível propor projetos diferenciados para
de Defesa do Consumidor,
cada ano. Por exemplo, em uma discussão
do Código Nacional de Trân-
sobre meio ambiente e consumismo, po-
sito, de regulamentações do
de-se propor a análise de uma propaganda,
mercado publicitário etc.,
associando-a à leitura do Código Nacional do
como forma de criar fami-
Consumidores, ao ECA e ao Código Brasileiro
liaridade com textos legais
de Auto-regulamentação Publicitária. Propor
– seu vocabulário, formas de
exercícios de retextualização desses textos,
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

organização, marcas de estilo


como a reescrita de um artigo de lei, em
etc. -, de maneira a facilitar
linguagem informal, pode colaborar para a
a compreensão de leis, for-
interpretação deles. É recomendável que o ECA
talecer a defesa de direitos,
seja um documento revisitado, ao longo dos
fomentar a escrita de textos
quatro anos, dada a sua relevância. Há, ainda,
normativos (se e quando isso
oportunidade de trabalho interdisciplinar com
for necessário) e possibilitar
a habilidade (EF67EF09), da Educação Física,
Discussão oral

a compreensão do caráter
no que se refere à compreensão e contribui-
interpretativo das leis e as vá-
Oralidade

ção com textos normativos e regramentos de


rias perspectivas que podem
convívio que viabilizam a participação de todos
estar em jogo.
na prática de exercícios físicos.

(EF69LP25) Posicionar-se
de forma consistente e sus-
Considerar que, em participações, face a face
tentada em uma discussão,
ou a distância, mediadas pela tecnologia, em
assembleia, reuniões de co-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

situações variadas, como discussões, par-


legiados da escola, de agre-
ticipação em debates, palestras e reuniões,
miações e outras situações
enquanto o outro fala, quem está na escuta
deapresentaçãodepropostas
analisa o que é dito e planeja uma resposta
e defesas de opiniões, respei-
imediata. Articular, essa habilidade, com as que
tando as opiniões contrárias
sugerem o procedimento de tomada de notas,
e propostas alternativas e
começando por fazê-lo com material gravado,
fundamentando seus posi-
Discussão oral

que pode ser revisto indefinidamente, para


cionamentos, no tempo de
depois fazê-lo no ato da interação, favorecerá
Oralidade

fala previsto, valendo-se de


uma resposta mais qualificada de quem escuta.
sínteses e propostas claras e
justificadas.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

Considerar a tomada de notas,


como registro de um gênero de
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

(EF69LP26) Tomar nota em discus-


apoio, à compreensão do ouvido,
sões, debates, palestras, apresentação
assistido. É comum, em práticas
de propostas, reuniões, como forma
como debates, palestras, reuniões,
de documentar o evento e apoiar a
aulas e suas variantes em outras
própria fala (que pode se dar no mo-
mídias. Pode ser proposta uma
mento do evento ou posteriormente,
progressão que indique, tanto a
quando, por exemplo, for necessária
variação dos objetivos da tomada
a retomada dos assuntos tratados
de notas, quanto a situação em
em outros contextos públicos, como
Oralidade

que ela é solicitada - se, a partir de


Registro

diante dos representados).


materiais gravados ou se durante
as interações (reuniões, aula etc.).

(EF69LP27) Analisar a forma com-


Análise de textos legais/normativos, propositivos e reivin-

posicional de textos pertencentes a


gêneros normativos/ jurídicos e a
gêneros da esfera política, tais como Utilizar o contexto e as questões
propostas, programas políticos (posi- locais dos estudantes para as
cionamento quanto a diferentes ações produções. Já que esta habilidade
a serem propostas, objetivos, ações é proposta para todos os anos, é
previstas etc.), propaganda política possível, por exemplo, prever uma
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

(propostas e sua sustentação, posicio- progressão para que, a cada ano,


namento quanto a temas em discus- se abordem programas políticos
Análise linguística/semiótica

são) e textos reivindicatórios: cartas de uma esfera diferente. Também


de reclamação, petição (proposta, para os textos reivindicatórios, é
suas justificativas e ações a serem possível selecionar um gênero,
adotadas) e suas marcas linguísticas, para cada ano, procurando arti-
de forma a incrementar a compreen- culá-los aos textos normativos
são de textos pertencentes a esses jurídicos trabalhados.
dicatórios

gêneros e a possibilitar a produção de


textos mais adequados e/ou funda-
mentados quando isso for requerido.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP28) Observar os mecanismos


de modalização adequados aos textos
Associar esta habilidade a
jurídicos, as modalidades deônticas,
(EF89LP16), como forma de
que se referem ao eixo da conduta
ampliá-la e, tal como apontado
(obrigatoriedade/permissibilidade)
para a habilidade, sugere-se
como, por exemplo: Proibição: “Não
que o desenvolvimento se dê,
se deve fumar em recintos fechados.”;
tanto por meio da leitura de es-
Obrigatoriedade:“A vida tem que valer
tudo, quanto das atividades de
a pena.”; Possibilidade: “É permitido
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

revisão. Há, aqui, oportunidade


a entrada de menores acompanhados
de trabalho interdisciplinar
de adultos responsáveis”, e os me-
Análise linguística/semiótica

com a habilidade (EF67EF09),


canismos de modalização adequados
da Educação Física, no que se
aos textos políticos e propositivos,
refere a compreensão e contri-
as modalidades apreciativas, em que
buição com textos normativos
o locutor exprime um juízo de valor
e regramentos de convívio que
(positivo ou negativo) acerca do que
viabilizem a participação de
Modalização

enuncia. Por exemplo: “Que belo


todos na prática de exercícios
discurso!”, “Discordo das escolhas de
físicos.
Antônio.” “Felizmente, o buraco ainda
não causou acidentes mais graves.”
e adequação do texto à construção composicional e ao estilo de
Reconstrução das condições de produção e recepção dos textos

Envolver diferentes áreas de


conhecimento, uma vez que
cada uma delas possui termi-
(EF69LP29) Refletir sobre a relação
nologia e recursos linguísticos
entre os contextos de produção dos
próprios. Ler um infográfico
gêneros de divulgação científica – tex-
de uma reportagem sobre uma
to didático, artigo de divulgação cientí-
descoberta arqueológica, por
fica, reportagem de divulgação cientí-
exemplo, é diferente de ler um
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

fica, verbete de enciclopédia (impressa


texto do mesmo gênero sobre
e digital), esquema, infográfico (está-
a variação do IDH ou do custo
tico e animado), relatório, relato multi-
de vida de uma determinada
midiático de campo, podcasts e vídeos
localidade, ao longo de um
variados de divulgação científica etc.
período específico. O fato de a
– e os aspectos relativos à construção
natureza dos conhecimentos
composicional e às marcas linguística
ser diversa, no exercício de
características desses gêneros, de
uma inferência, por exemplo,
forma a ampliar suas possibilidades de
leva o estudante a analisar (na
compreensão (e produção) de textos
leitura) ou mobilizar (na produ-
pertencentes a esses gêneros.
ção) recursos de linguagens,
gênero
Leitura

comumente usados nas dife-


rentes áreas de conhecimentos.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Atuação Habilidades
(DesDP)

(EF69LP30) Comparar, Comparar informações entre diferentes


com a ajuda do profes- fontes é essencial para o desenvolvimento
sor, conteúdos, dados e das diversas dimensões do pensamento
informações de diferentes científico. O trabalho, com projetos integra-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

fontes, levando em conta dos interdisciplinares, poderá potencializar


seus contextos de produção o desenvolvimento dessas dimensões. É
e referências, identificando possível propor a progressão no grau de
coincidências, complemen- ajuda dada pelo professor (com vistas à
taridades e contradições, construção da autonomia do estudante) e
de forma a poder identificar na complexidade do que comparar (quan-
erros/imprecisões con- tidade e tipos de fontes, tipos de gêneros
Relação entre textos

ceituais, compreender e a comparar — dos predominantemente


posicionar-se criticamente verbais aos multimidiáticos), que proce-
sobre os conteúdos e infor- dimentos, estratégias e ferramentas usar,
mações em questão. considerando os gêneros selecionados para
Leitura

o ano, e em que gêneros os estudantestece-


rão suas apreciações a cada ano.

(EF69LP31) Utilizar pistas Associar o desenvolvimento, desta habili-


linguísticas tais como “em dade, a atividades de leitura que articulem
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E

primeiro/segundo/terceiro a compreensão do texto ao estudo de sua


lugar”, “por outro lado”, organização e dos mecanismos e recursos
“dito de outro modo”, isto correspondentes, assim como também
é”, “por exemplo” – para a propostas de sumarização dos textos
Apreciação e réplica

compreender a hierarqui- estudados. A progressão pode se dar pela


zação das proposições, complexidade do texto e/ou do gênero e
sintetizandooconteúdodos pelo grau de autonomia do estudante ao
PESQUISA

textos. realizar o trabalho (em colaboração — co-


Leitura

letiva, em grupos, em duplas — e de modo


autônomo).

(EF69LP32) Selecionar Associar esta habilidade a um trabalho in-


Estratégias e procedimentos de leitura Relação do

Procedimentos e gêneros de apoio à compreensão

informações e dados rele- terdisciplinar com a habilidade (EF06LI09),


vantes de fontes diversas no que se refere a identificar informações
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

(impressas, digitais, orais precisas em textos.


etc.), avaliando a qualidade
e a utilidade dessas fontes,
e organizar, esquemati-
camente, com ajuda do
verbal com outras semioses

professor, as informações
necessárias (sem excedê-
-las) com ou sem apoio
de ferramentas digitais,
em quadros, tabelas ou
gráficos.
Leitura
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação
Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Estratégias e (EF69LP33) Articular o verbal Propor uma progressão para


procedimentos com os esquemas, infográfi- estudo das formas de retextua-
de leitura Rela- cos, imagens variadas etc. na lizar, definindo, por exemplo
ção do verbal (re)construção dos sentidos a retextualização de tabelas e
com outras dos textos de divulgação gráficos simples, para depois
semioses científica e retextualizar do passar para gráficos e infográ-
Procedimentos discursivo para o esquemático ficos mais complexos. Pode-se
e gêneros de – infográfico, esquema, tabela, iniciar com exercícios pequenos
apoio à com- gráfico, ilustração etc. – e, ao de retextualização de tabelas e
preensão contrário, transformar o con- depois de infográficos simples
teúdo das tabelas, esquemas, que compõem reportagens de
infográficos, ilustrações etc. divulgação para textos escritos,
em texto discursivo, como de modo a integrá-los na re-
forma de ampliar as possibili- portagem apenas na linguagem
dades de compreensão desses verbal e vice-versa. Esse exercí-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

textos e analisar as caracterís- cio pode ir se complexificando


ticas das multissemioses e dos ao longo dos anos, tanto em
gêneros em questão. relação à quantidade de infor-
mação concentrada em um
infográfico, quanto na comple-
xidade dos textos selecionados
para a leitura. Como se trata de
lidar com textos de divulgação
científica, um desenvolvimento
articulado com as diferentes
áreas de conhecimento pode
Leitura

potencializar as aprendizagens
do estudante.

Estratégias e (EF69LP34) Grifar as partes Propor uma progressão, tanto


procedimentos essenciais do texto, tendo em para o ensino e a aprendizagem
de leitura Rela- vista os objetivos de leitura, de procedimentos de leitura
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

ção do verbal produzir marginálias (ou tomar para estudo e das formas de
com outras notas em outro suporte), retextualizar o que se lê (com a
semioses sínteses organizadas em itens, produção dos gêneros de apoio
Procedimentos quadro sinóptico, quadro com- à compreensão), quanto para a
e gêneros de parativo, esquema, resumo complexidade dos textos sele-
apoio à com- ou resenha do texto lido (com cionados para a leitura.
preensão ou sem comentário/análise),
mapa conceitual, dependendo
do que for mais adequado,
como forma de possibilitar
uma maior compreensão do
Leitura

texto, a sistematização de
conteúdos e informações e
Campos de

Linguagem
Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Consideração (EF69LP35) Planejar textos de divul- Propor a progressão de gêneros,


das condições gação científica, a partir da elaboração de forma horizontal ou vertical,
de produção de esquema que considere as pesqui- observando o grau de complexi-
de textos de sas feitas anteriormente, de notas e dade que pode estar relacionado,
divulgação sínteses de leituras ou de registros de tanto ao nível de aprofundamento
científica experimentos ou de estudo de campo, da pesquisa, com busca de mais ou
Estratégias de produzir, revisar e editar textos volta- menos fontes para um tratamento
escrita dos para a divulgação do conhecimen- do objeto de uma ou de diferentes
to e de dados e resultados de pesqui- perspectivas e uso de mais gêneros
sas, tais como artigo de divulgação de apoio (entrevistas, roteiros etc.),
científica, artigo de opinião, reporta- quantoàquantidadedelinguagens
gem científica, verbete de enciclopé- usadas na produção de sentidos.
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

dia, verbete de enciclopédia digital Comoexemplo,nahipótesedeuma


colaborativa , infográfico, relatório, progressão na vertical, pode-se
relato de experimento científico, relato eleger a reportagem de divulgação
(multimidiático) de campo, tendo em científica como um gênero a ser
vista seus contextos de produção, que trabalhado no 8º e 9º anos, optando
podem envolver a disponibilização por uma produção impressa e/ou
de informações e conhecimentos televisiva no 8º ano e uma produ-
Produção de textos

em circulação em um formato mais ção para o ambiente virtual, com


acessível para um público específico hiperlinkseinfográficoscomalgum
ou a divulgação de conhecimentos grau de interatividade, no 9º.
advindos de pesquisas bibliográficas,
experimentos científicos e estudos de
campo realizados.

Estratégias de (EF69LP36) Produzir, revisar e editar Desenvolver esta habilidade,


escrita:textua- textos voltados para a divulgação do através da seleção de gêneros,
lização, revi- conhecimento e de dados e resulta- na hipótese de uma progressão
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

são e edição dos de pesquisas, tais como artigos na vertical, como a reportagem
de divulgação científica, verbete de de divulgação científica como
enciclopédia, infográfico, infográfico um gênero a ser trabalhado no
animado, podcast ou vlog científico, 8º e 9º anos, optando por uma
relato de experimento, relatório, rela- produção impressa e/ou televisiva,
tório multimidiático de campo, dentre no 8º ano, e uma produção para o
outros, considerando o contexto de ambiente virtual, com hiperlinks
Produção de textos

produção e as regularidades dos gê- e infográficos com algum grau de


neros em termos de suas construções interatividade, no 9º. Do ponto de
composicionais e estilos. vista didático, é indicado que se
contemple um estudo das princi-
pais características dos gêneros
selecionados.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação
(DesDP)

(EF69LP37) Produzir roteiros para Associar com a habilidade (EF69LP36).


Estratégias de produção elaboração de vídeos de diferentes
CAMPO DAS PRÁTICAS DE

tipos (vlog científico, vídeo-minu-


Produção de textos
ESTUDO E PESQUISA

to, programa de rádio, podcasts)


para divulgação de conhecimentos
científicos e resultados de pesqui-
sa, tendo em vista seu contexto de
produção, os elementos e a cons-
trução composicional dos roteiros.

(EF69LP38) Organizar os dados Desenvolver ensaios com apoio do material


Estratégias de produção: planejamento e produção de

e informações pesquisados em preparado, de modo que o apresentador tenha


painéis ou slides de apresentação, ideia do tempo que gastará e dos recursos
levando em conta o contexto de linguísticos e semióticos que usará em sua
produção, o tempo disponível, as fala (como vai iniciar, como introduzirá cada
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

características do gênero apre- dado, como finalizará, qual o ritmo e as en-


sentação oral, a multissemiose, tonações adequadas para prender a atenção
as mídias e tecnologias que serão da audiência, como se movimentará etc.). Na
utilizadas, ensaiar a apresentação, progressão, podem ser propostas apresenta-
considerando também elemen- ções iniciais breves, com apoio de texto a ser
tos paralinguísticos e cinésicos consultado/lido, até chegar às apresentações
e proceder à exposição oral de mais longas e elaboradas, com material de
apresentações orais

resultados de estudos e pesquisas, apoio à audiência mais sofisticado (com info-


no tempo determinado, a partir gráficos, vídeos etc.), com fala apoiada apenas
do planejamento e da definição de no material oferecido à audiência, sem leitura
Oralidade

diferentes formas de uso da fala – da exposição, e, ainda, com previsão de partici-


memorizada, com apoio da leitura pação da audiência/do público.
ou fala espontânea.

(EF69LP39) Definir o recorte Definir a progressão para o trabalho com as


temático da entrevista e o entrevis- entrevistas, ao longo dos quatro anos, podendo
tado, levantar informações sobre partir da definição de habilidades diferentes,
o entrevistado e sobre o tema começando por entrevistas com um profis-
da entrevista, elaborar roteiro de sional, para conhecer melhor o seu campo de
perguntas, realizar entrevista, a atuação, numa apresentação, para os colegas,
partir do roteiro, abrindo possibili- sobre a profissão do entrevistado, até chegar a
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

dades para fazer perguntas a partir entrevistas para coletar dados de um determi-
da resposta, se o contexto permitir, nado grupo social, por meio da elaboração de
tomar nota, gravar ou salvar a enquetes (cujos resultados serão organizados
entrevista e usar adequadamente em tabelas ou gráficos) ou roteiros mais ela-
as informações obtidas, de acordo borados que poderão fazer parte de artigos de
Estratégias de produção

com os objetivos estabelecidos. divulgação, seminários etc. Propor exercícios


que simulem situações de entrevista em que os
estudantes sejam solicitados a propor novas
perguntas, a partir das respostas dadas, o que
pode significar um material final mais rico. Há,
Oralidade

aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar


com a habilidade (EF07LI02), da Língua Ingle-
sa, no que se refere à condução de entrevistas.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Desdobramentos Didático-
Atuação Habilidades
Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP40) Analisar, em gravações de Desenvolver atividades propostas


seminários, conferências rápidas, trechos que: (a) articulem o estudo dos
Elementos paralinguísticos e cinésicos Apresentações orais
de palestras, dentre outros, a construção diferentes aspectos da construção
composicional dos gêneros de apresen- composicional desses gêneros com
tação – abertura/saudação, introdução ao sua adequação às intenções de
tema, apresentação do plano de exposição, significação em foco e à necessida-
desenvolvimento dos conteúdos, por meio de de compreensão do interlocutor;
do encadeamento de temas e subtemas (b) prevejam e orientem as estra-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

(coesão temática), síntese final e/ou conclu- tégias e técnicas de escuta atenta
são, encerramento –, os elementos paralin- e de tomada de notas, necessárias
guísticos (tais como: tom e volume da voz, à compreensão desses gêneros e
pausas e hesitações – que, em geral, devem à interação entre apresentador e
Análise linguística/semiótica

Construção composicional

ser minimizadas –, modulação de voz e en- ouvintes; (c) recomendem o uso


tonação, ritmo, respiração etc.) e cinésicos dametalinguagemcorrespondente,
(tais como: postura corporal, movimentos e apenas depois de realizadas as
gestualidade significativa, expressão facial, atividades de compreensão, obser-
contato de olho com plateia, modulação vação e análise.
de voz e entonação, sincronia da fala com
ferramenta de apoio etc.), para melhor
performar apresentações orais no campo
da divulgação do conhecimento.

(EF69LP41) Usar adequadamente ferra- Programar atividades de apresen-


mentas de apoio a apresentações orais, tação oral, para todos os anos, que
escolhendo e usando tipos e tamanhos envolvam o uso das ferramentas,
de fontes que permitam boa visualização, em foco. É importante que as
topicalizandoe/ouorganizandooconteúdo ferramentas sejam utilizadas como
em itens, inserindo de forma adequada recurso orientador da apresentação
imagens, gráficos, tabelas, formas e ele- e não como simples reprodução
Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações orais

mentos gráficos, dimensionando a quanti- da fala do apresentador. Recomen-


dade de texto (e imagem) por slide, usando da-se que a seleção dos recursos,
progressivamente e de forma harmônica de cada ferramenta seja orientada
recursos mais sofisticados como efeitos de por sua adequação à especificidade
transição, slides mestres, layouts persona- da questão discutida, às intenções
lizados etc. de significação do produtor e às
possibilidades de compreensão
do interlocutor. Sugere-se, ainda,
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

que sejam consideradas outras


ferramentas, como retroprojetor,
cartazes e flipchart, por exemplo,
não apenas para o caso de não
Análise linguística/semiótica

haver recursos disponíveis para as


ferramentas digitais, mas também
porque podem ser adequadas ao
trabalho: o registro de uma apre-
sentação de grupos, após uma dis-
cussão coletiva, por exemplo, pode
ser agilizado por meio de cartazes,
páginas do flipchart ou transparên-
cias para um retroprojetor.
Conhecimento

Desdobramentos
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de

Didático-
Habilidades
Atuação

Pedagógicos
(DesDP)

(EF69LP42) Analisar a construção composicional dos Trabalhar o estudo


Construção composicional e estilo Gêneros de divulgação científica

textos pertencentes a gêneros relacionados à divulgação de recursos relativos:


de conhecimentos: título, (olho), introdução, divisão do (a) à organização
texto em subtítulos, imagens ilustrativas de conceitos, interna do texto ver-
relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, bal; (b) aos recursos
esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, paratextuais, como
tabelas, mapas) etc., exposição, contendo definições, imagens, boxes,
descrições, comparações, enumerações, exemplifica- infográficos etc. É
ções e remissões a conceitos e relações por meio de importante que o tra-
CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA

notas de rodapé, boxes ou links; ou título, contextuali- tamento, a ser dado


zação do campo, ordenação temporal ou temática por a esses recursos,
tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com seja de correlação, de
fotos, ilustrações, áudios, vídeos etc., e reconhecer complementaridade,
Análise linguística/ semiótica

traços da linguagem dos textos de divulgação científica, focalizando-se que


fazendo uso consciente das estratégias de impessoali- o sentido do texto é
zação da linguagem (ou de pessoalização, se o tipo de derivado da articula-
publicação e objetivos assim o demandarem, como em ção entre eles, sem o
alguns podcasts e vídeos de divulgação científica), 3ª que a compreensão
pessoa, presente atemporal, recurso à citação, uso de doconteúdotemático
vocabulário técnico/especializado etc., como forma de pode resultar parcial,
ampliar suas capacidades de compreensão e produção superficial ou até
de textos nesses gêneros. inadequada.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP43) Identificar e utilizar Vincular esta habilidade ao uso de


os modos de introdução de outras tecnologia digital, visto que contempla
vozes no texto – citação literal e sua também a preocupação com o aprendi-
formatação e paráfrase –, as pistas zado de elementos de normatização do
linguísticas responsáveis por intro- texto científico (como incluir e formatar
duzir no texto a posição do autor e uma citação no texto, organização de
Marcas linguísticas Intertextualidade

dos outros autores citados (“Segun- referências bibliográficas) que comu-


do X; De acordo com Y; De minha/ mente circula em ambientes virtuais ou,
nossa parte, penso/amos que”...) mesmo quando impresso, implica uma
Análise linguística/ semiótica

e os elementos de normatização produção digitalizada. Assim, convém


CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

(tais como as regras de inclusão e propor atividade colaborativa entre


formatação de citações e paráfra- professores de Língua Portuguesa e de
ses, de organização de referências Informática (ou componente similar),
bibliográficas) em textos científicos, bem como que orientem a escola no
desenvolvendo reflexão sobre o que diz respeito ao acesso e ao uso de
modo como a intertextualidade e computadores e aplicativos.
a retextualização ocorrem nesses
textos.

(EF69LP44) Inferir a presença de Planejar, ao longo dos quatro Anos


valores sociais, culturais e humanos Finais do ensino fundamental, a or-
e de diferentes visões de mundo, ganização sistemática de práticas de
em textos literários, reconhecendo leitura de gêneros e textos literários os
Reconstrução das condições de produção, circulação e recepção

nesses textos formas de estabelecer mais diversos, para que a experiência


múltiplos olhares sobre as identida- necessária ao desenvolvimento dessa
des, sociedades e culturas e consi- habilidade se torne possível. Destaca-
derando a autoria e o contexto social mos a importância de a escola abrir-se,
e histórico de sua produção. acolher e legitimar produtos culturais
representativos de diferentes grupos
sociais - das práticas de literatura mais
prestigiadas historicamente (com a
exploração da chamada arte dos clás-
sicos) às práticas consideradas margi-
nais e as características de diferentes
localidades do estado de Alagoas.
A progressão pode pautar-se pelos
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

diferentes valores selecionados pela


comunidade escolar, pelas realidades
Apreciação e réplica

culturais e/ou pelos autores Alagoanos,


entre outros clássicos, pelo grau de
complexidade dos gêneros e textos a
serem estudados e pelo grau de auto-
Leitura

nomia requerida do estudante a cada


etapa desse ensino.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Reconstrução (EF69LP45) Posicionar-se cri- Associar a habilidade (EF69LP46).


das condições ticamente em relação a textos Sendo necessário desenvolvê-la
de produção, pertencentes a gêneros como através de atividades de leitura,
circulação e quarta-capa, programa (de teatro, análise e discussão oral dos
recepção, dança, exposição etc.), sinopse, gêneros e textos citados, contex-
apreciação e resenha crítica, comentário em tualizadas em situações de efetiva
réplica blog/vlog cultural etc., para se- escolha - individual ou coletiva
lecionar obras literárias e outras - de produções culturais as mais
manifestações artísticas (cinema, diversas. São essas práticas que
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

teatro, exposições, espetáculos, permitem ao estudante refletir,


CD’s, DVD’s etc.), diferenciando discutir e deliberar com base em
as sequências descritivas e ava- argumentos explícitos.
liativas e reconhecendo-os como
gêneros que apoiam a escolha do
livro ou produção cultural e con-
Leitura

sultando-os no momento de fazer


escolhas, quando for o caso.

Reconstrução (EF69LP46) Participar de práticas Abrir espaços para acolher e


das condições de compartilhamento de leitura/ legitimar produtos culturais repre-
de produção, recepção de obras literárias/ sentativos de diferentes grupos
circulação e manifestações artísticas, como sociais do estado de Alagoas e/
recepção, rodas de leitura, clubes de leitura, ou das comunidades onde estão
apreciação e eventos de contação de histórias, inseridas as escolas, combatendo
réplica de leituras dramáticas, de apre- estereótipos e preconceitos. É pos-
sentações teatrais, musicais e de sível propor uma progressão dos
filmes, cineclubes, festivais de tipos de práticas, priorizando para
vídeo, saraus, slams, canais de cada ano um pequeno conjunto
booktubers, redes sociais temá- delas. Um dos critérios para essa
ticas (de leitores, de cinéfilos, de progressão pode ser considerar a
música etc.), dentre outros, tecen- complexidade implicada em cada
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

do, quando possível, comentários prática, no que se refere ao uso


de ordem estética e afetiva. da tecnologia e à complexidade do
gênero. Outros critérios a serem
considerados são o grau de com-
plexidade dos gêneros e textos
explorados e o nível de autonomia
Leitura

a ser desenvolvido pelo estudante


a cada momento.
Práticas de Linguagem

Didático-Pedagógicos
Campos de Atuação

Desdobramentos
Objeto de
Habilidades
Conhecimento

(DesDP)
Reconstrução (EF69LP47) Analisar, em textos narrativos ficcio-
da textualidade nais, as diferentes formas de composição (próprias
e compreensão de cada gênero), os recursos coesivos que cons-
dos efeitos troem a passagem do tempo e articulam suas par-
de sentido pro- tes, a escolha lexical típica de cada gênero para a
vocados pelos caracterização dos cenários e das personagens e os
usos de recursos efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais,
linguísticos e dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação
multissemióticos e das variedades linguísticas (no discurso direto,
se houver) empregados, identificando o enredo e
o foco narrativo e percebendo como se estrutura
a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de
sentido decorrentes do foco narrativo típico de
cada gênero, da caracterização dos espaços físico
e psicológico e dos tempos cronológico e psicoló-
gico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de
personagens em discurso direto e indireto), do uso
de pontuação expressiva, palavras e expressões
conotativas e processos figurativos e do uso de
Leitura

recursos linguístico-gramaticais próprios de cada


gênero narrativo.

Reconstrução (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos pro-


CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

da textualidade duzidos pelo uso de recursos expressivos sonoros


e compreensão (estrofação, rimas, aliterações etc), semânticos (fi-
dos efeitos guras de linguagem, por exemplo), gráfico-espacial
de sentido pro- (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens
vocados pelos e sua relação com o texto verbal.
usos de recursos
Leitura

linguísticos e
multissemióticos
Campos de

Linguagem
Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Adesão às (EF69LP49) Mostrar-se Colaborar para a motivação do estu-


práticas de interessado e envolvido dante para leituras mais desafiadoras
leitura pela leitura de livros de através de projetos que articulem o
literatura e por outras trabalho em sala de aula com a sala
produções culturais do de leitura e/ou biblioteca, em que
campo e receptivo a se possa contar com leituras com-
textos que rompam com partilhadas planejadas (feitas pelo
seu universo de expec- professor ou mediador de leitura,
tativas, que representem preferencialmente), assim como
um desafio em relação rodas de biblioteca em que se possa
às suas possibilidades apresentar obras mais complexas
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

atuais e suas experiên- com sugestão de escolha de leitura,


cias anteriores de leitura, articuladas com conversas posterio-
apoiando-se nas marcas res sobre obras lidas.
linguísticas, em seu
conhecimento sobre os
gêneros e a temática e
Leitura

nas orientações dadas


pelo professor.

Relação entre (EF69LP50) Elaborar Desenvolver atividades de produção,


textos texto teatral, a partir da levando em conta alguns aspectos da
adaptação de romances, progressão, observando os gêneros
contos, mitos, narrativas escolhidos (iniciando com um conto
de enigma e de aventu- ou uma crônica, por exemplo, ou
ra, novelas, biografias selecionando cenas de romances), a
romanceadas, crônicas, complexidade dos enredos dos textos
dentre outros, indicando selecionados, o grau de autonomia
as rubricas para carac- esperado dos/as estudantes/as nas
terização do cenário, produções dessa natureza (análises
do espaço, do tempo; de trechos de adaptações já existen-
explicitando a caracteri- tes, feitas coletivamente, passando
zação física e psicológica para análises em grupos, produções
das personagens e dos de adaptações de trechos de textos
seus modos de ação; feitas coletivamente, seguidas de pro-
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

reconfigurando a inser- duções em duplas ou grupos e, por


ção do discurso direto fim, individualmente). Há, aqui, opor-
Produção de textos

e dos tipos de narrador; tunidade para o trabalho interdiscipli-


explicitando as marcas nar com a habilidade (EF69AR30), da
de variação linguística Arte, no que se refere à composição
(dialetos, registros e jar- de improvisações e acontecimentos
gões) e retextualizando o cênicos com base em textos dramáti-
tratamento da temática. cos e outros estímulos.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação
Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Consideração (EF69LP51) Engajar-se ati- Considerar que o engajamento dos/


das condições vamente nos processos de as estudantes/as no processo de
de produção planejamento,textualização, produção de textos literários supõe
Estratégias revisão/ edição e reescrita, uma motivação interna que pode
de produção: tendo em vista as restrições ser provocada externamente pelas
planejamento, temáticas, composicionais e práticas culturais adotadas: rodas e
textualizaçãoe estilísticas dos textos pre- clubes de leitura, eventos culturais,
revisão/edição tendidos e as configurações como saraus, mostra de cinema
da situação de produção – o e show de esquetes, entre outros.
leitor pretendido, o suporte, Eventos como esses, além das par-
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

o contexto de circulação do cerias necessárias entre as equipes


texto, as finalidades etc. – e de gestão e a equipe de profissio-
Produção de textos

considerando a imaginação, nais (responsáveis pela biblioteca,


a estesia e a verossimi- professores de Língua Portuguesa,
lhança próprias ao texto de arte, de dança etc.), envolvem a
literário. colaboração entre os/as estudan-
tes/as no processo de produção e
de circulação dos textos.

Produção de (EF69LP52) Representar Promover eventos culturais dentro


textos orais cenas ou textos dramáticos, e fora da escola, em que represen-
considerando, na caracte- tações dramáticas sejam realizadas.
rização das personagens, Nesses eventos, a participação da
os aspectos linguísticos e comunidade assume grande rele-
paralinguísticos das falas vância. O desenvolvimento desta
(timbre e tom de voz, pau- habilidade pode ser potencializado
sas e hesitações, entonação através de um trabalho interdis-
e expressividade, varieda- ciplinar com professores da área
des e registros linguísticos), - em especial, professores de Arte
os gestos e os desloca- e de Educação Física - no interior
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

mentos no espaço cênico, de projetos culturais. Há, aqui,


o figurino e a maquiagem especial oportunidade de trabalho
e elaborando as rubricas interdisciplinar com a habilidade
indicadas pelo autor por (EF69AR30), da Arte, no que se
meio do cenário, da trilha refere à composição de improvi-
Oralidade

sonora e da exploração dos sações e acontecimentos cênicos


modos de interpretação. com base em textos dramáticos e
outros estímulos.
Conhecimento
Desdobramentos

Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Didático-Pedagógicos
Atuação

(DesDP)

(EF69LP53) Ler em voz alta textos literá- Considerar que a leitura


rios diversos – como contos de amor, de em voz alta colabora
humor, de suspense, de terror; crônicas para o desenvolvimento
líricas, humorísticas, críticas; bem como da fluência leitora, na
leituras orais capituladas (compartilhadas medida em que, para
ou não com o professor) de livros de maior alcançar a expressivida-
extensão, como romances, narrativas de de desejada, os/as estu-
enigma, narrativas de aventura, literatura dantes terão que ler os
infanto-juvenil; contar/recontar histórias textos muitas vezes, tra-
tanto da tradição oral (causos, contos de balhando, por exemplo,
esperteza, contos de animais, contos de a entonação, o ritmo, as
amor, contos de encantamento, piadas, ênfases que devem dar
dentre outros) quanto da tradição literária a certos trechos. Esse
escrita, expressando a compreensão e exercício contribui para
interpretação do texto por meio de uma automatizar o processo
leitura ou fala expressiva e fluente que de identificação de
respeite o ritmo, as pausas, as hesita- palavras. Na descrição
ções, a entonação indicados tanto pela da habilidade, também é
pontuação quanto por outros recursos previsto que essa prática
gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, de leitura seja significa-
caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa tiva, que tenha um fim: a
leitura ou esse conto/reconto, seja para escuta em determinado
análise posterior, seja para produção de contexto. Nesse sentido,
audiobooks de textos literários diversos a leitura em voz alta
ou de podcasts de leituras dramáticas pode estar associada
Produção de textos orais, Oralização

com ou sem efeitos especiais e ler e/ou às práticas sugeridas


declamar poemas diversos, tanto de forma anteriormente, com a
livre quanto de forma fixa (como quadras, realização de saraus, as
sonetos, liras, haicais etc.), empregando os oficinas de criação, a
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

recursos linguísticos, paralinguísticos e ci- produçãodeaudiobooks


nésicos necessários aos efeitos de sentido para bibliotecas, blogs e
pretendidos, como o ritmo e a entonação, outras redes sociais etc.
o emprego de pausas e prolongamentos, o
tom e o timbre vocais, bem como eventuais
Oralidade

recursos de gestualidade e pantomima que


convenham ao gênero poético e à situação
de compartilhamento em questão.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos Didático-
Objeto de Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF69LP54) Analisar os efeitos de Desenvolver atividades que possam:


sentido decorrentes da interação a) orientar a organização de atividades
Recursos linguísticos e semióticos que operam nos textos pertencentes aos gêneros literários

entre os elementos linguísticos sistemáticas de leitura compreensiva


e os recursos paralinguísticos e de textos do campo artístico-literário;
cinésicos, como as variações no b) programar, de forma associada ao
ritmo, as modulações no tom de referido em atividades de estudo dos
voz, as pausas, as manipulações recursos verbais constitutivos do texto
do estrato sonoro da linguagem, literário (figuras de linguagem, ritmo,
obtidos por meio da estrofação, rimas etc.), visando a identificação dos
das rimas e de figuras de lin- efeitos de sentido que produzem; c)
guagem como as aliterações, as prever, para o processo de declamação
assonâncias, as onomatopeias, de poemas ou de contação de histórias,
dentre outras, a postura corporal a identificação dos recursos extraver-
e a gestualidade, na declamação bais e cênicos que poderiam ser neces-
de poemas, apresentações musi- sários para a interpretação dos textos;
cais e teatrais, tanto em gêneros d) orientar, no caso da leitura dramática
em prosa quanto nos gêneros ou representação de textos teatrais, o
poéticos, os efeitos de sentido estudo prévio do texto e a leitura atenta
decorrentes do emprego de figuras das rubricas, para que a representação
de linguagem, tais como compa- seja adequada ao indicado no texto, ga-
ração, metáfora, personificação, rantindo uma compreensão mais fiel às
metonímia, hipérbole, eufemismo, intenções de significação presumidas.
ironia, paradoxo e antítese e os Há, aqui, oportunidade para o trabalho
efeitos de sentido decorrentes do interdisciplinar com as habilidades
Análise linguística/semiótica

emprego de palavras e expressões (EF69AR30) e (EF69AR32), da Arte, no


CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

denotativas e conotativas (adjeti- que se refere à exploração, análise e


vos, locuções adjetivas, orações criação de diálogos entre textos literá-
subordinadas adjetivas etc.), que rios e outras manifestações, de diferen-
funcionam como modificadores, tes linguagens artísticas.
percebendo sua função na carac-
terização dos espaços, tempos,
personagens e ações próprios de
cada gênero narrativo.
(EF69LP55) Reconhecer as varie- Refletir sobre as variedades da língua,
dades da língua falada, o conceito a partir de observações, tais como: a)
de norma-padrão e o de preconcei- cada variedade será tratada em termos
to linguístico. de adequação aos seus contextos
de uso; b) aborde-se as normas de
prestígio, inclusive a norma-padrão,
como variedades sociais entre outras,
explicitando-se as circunstâncias
particulares em que são requeridas;
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

c) sejam sempre feitas associações à


Análise linguística/ semiótica

construção de conhecimentos espe-


cíficos sobre o fenômeno da variação
linguística (noções e conceitos básicos
Variação linguística

da sociolinguística). Há, aqui, oportu-


nidade de trabalho interdisciplinar com
as habilidades (EF07LI22) e (EF07LI23),
da Língua Inglesa, no que se refere ao
reconhecimento de variedades linguísti-
cas refutando preconceitos.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)


Atuação

(EF69LP56) Fazer Estabelecer um trabalho comparativo com normas e


uso consciente regras de outras variedades da língua, possibilitando
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

e reflexivo de explorar a ideia de adequação/inadequação da varie-


Análise linguística/ semiótica

regras e normas dade usada ao contexto de produção do texto escrito


da norma-padrão ou falado e, ainda, combater preconceitos linguísticos.
em situações de Também é importante enfatizar que as criações literárias
Variação linguística

fala e escrita nas podem ser material rico para reflexões sobre adequação
quais ela deve ser do uso ao contexto, visto que, não raro, subvertem
utilizada. regras e normas da norma-padrão para produzir efeitos
de sentido, como trazer para o texto outras variedades
da língua, para manter coerência com a construção de
certa personagem e/ou contexto social.
ENSINO FUNDAMENTAL – 7º ANO Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Atuação

Habilidades
Conhecimento (DesDP)

Reconstrução (EF07LP01) Dis- Levar o estudante a perceber como as esco-


do contexto tinguir diferentes lhas de palavras e outros recursos semióticos
de produção, propostas edito- (imagens, cores, fontes de letra etc.) ajudam a
circulação e riais – sensaciona- produzir sentidos, possibilitando o desenvol-
recepção de lismo, jornalismo vimento de um olhar crítico sobre esse campo
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

textos; investigativo etc. – de atuação, uma vez que, por meio da análise
Caracterização de forma a identi- de primeiras páginas, das escolhas do que vira
do campo ficar os recursos manchete e do modo como são formuladas,
jornalístico e utilizados para por exemplo, é possível perceber a que tipo de
relação entre impactar/chocar o jornalismo se dedica o jornal ou programa — o
os gêneros leitor que podem que contribui para a percepção de que não
em circulação, comprometeruma existe jornalismo neutro. É importante conside-
mídias e práti- análise crítica da rar que, ao diferenciar as propostas editoriais, é
Leitura

cas da cultura notícia e do fato preciso refletir sobre a relação entre elas e o pú-
digital. noticiado. blico a que se destina cada jornal ou programa.

Reconstrução (EF07LP02) Com- Levar em conta o contexto dos estudantes,


do contexto parar notícias e fazendo comparativos de noticias e reportagens
de produção, reportagenssobre circuladas em jornais, rádios e redes de TV
circulação e um mesmo fato locais, antes de acessar outros jornais regionais
recepção de divulgadas em e de grande circulação. Isso tornará o trabalho
textos; diferentes mídias, mais significativo para os estudantes, uma vez
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Caracterização analisando as que os textos farão referência a fatos e assuntos


do campo especificidades da localidade, mais próximos e passíveis de
jornalístico e das mídias, os serem mais facilmente identificados.
relação entre processos de (re)
os gêneros elaboração dos
em circulação, textos e a conver-
mídias e práti- gência das mídias
cas da cultura em notícias ou
Leitura

digital. reportagens mul-


tissemióticas.
Léxico/morfo- (EF07LP03) For- Associar a práticas de leitura, produção ou orali-
logia mar, com base dade, de forma que o estudante possa observar
em palavras pri- esses processos em ação e refletir sobre como
mitivas, palavras são produtivos e criativos. Portanto, a apro-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

derivadas com os priação desses mecanismos pelo estudante é o


Análise linguística/semiótica

prefixos e sufixos seu foco, e não a memorização da terminologia


mais produtivos gramatical correspondente. Jogos de invenção
no português. de palavras derivadas por prefixação e/ou sufi-
xação, com o objetivo de refletir sobre a signifi-
cação resultante, podem ser muito produtivos.
Exemplo: formação de grupos que experimen-
tem criar palavras usando os afixos estudados
e depois desafiando os demais a explicitar os
recursos usados e os sentidos resultantes.

Morfossintaxe (EF07LP04) Reco- Relacionar com outras habilidades de análise


nhecer, em textos, com foco na sintaxe da oração e do período,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

o verbo como o envolvendo um trabalho prévio com classes de


Análise linguística/ semiótica

núcleo das ora- palavras e com as funções e categorias grama-


ções. ticais associadas a cada uma delas. É impor-
tante que essas análises contribuam para uma
compreensão global, por parte do estudante, do
papel da sintaxe no funcionamento da língua.
Isso significa propor atividades que associem
essas análises, à leitura e à produção de textos,
com foco nos efeitos de sentido que as estrutu-
ras sintáticas estudadas podem produzir.

Morfossintaxe (EF07LP05) Iden- Relacionar esta habilidade ao envolvimento


tificar, em orações de outras habilidades de análise com foco na
Análise linguística/ se-
TODOS OS CAMPOS DE

de textos lidos sintaxe da oração e do período, especialmente


ou de produção EF07LP04 e EF07LP07.
própria, verbos
de predicação
ATUAÇÃO

completa e incom-
miótica

pleta: intransitivos
e transitivos.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF07LP06) Empre- Fazer um exercício reflexivo, voltado para o uso da língua,


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise linguística/ semiótica

gar as regras básicas em contextos de uso, e não em atividades isoladas. Sugeri-


de concordância mos, pois, que o estudo das concordâncias nominal e verbal
nominal e verbal em venha sempre: a) programado para situações de comuni-
situações comunica- cação em que a norma-padrão é requerida; b) associado ao
tivas e na produção planejamento da fala, produção e revisão de textos, assim
Morfossintaxe

de textos. como à análise, com vistas a compreender os efeitos de


sentido produzidos por este ou aquele uso. É interessante
articular esta habilidade com as de análise de gravações de
palestras, debates etc., para as produções orais.

(EF07LP07) Iden- Relacionar esta habilidade ao desenvolvimento de todas


TODOS OS CAMPOS DE

tificar, em textos as demais habilidades de análise, com foco na sintaxe da


Análise linguística/

lidos ou de produção oração e do período.


própria, a estrutura
Morfossintaxe

básica da oração:
semiótica
ATUAÇÃO

sujeito, predicado,
complemento (obje-
tos direto e indireto).

(EF07LP08) Iden- Relacionar esta habilidade ao desenvolvimento de todas


TODOS OS CAMPOS DE

tificar, em textos as demais habilidades de análise, com foco na sintaxe da


Análise linguística/

lidos ou de produção oração e do período.


própria,adjetivosque
Morfossintaxe

ampliam o sentido
semiótica
ATUAÇÃO

do substantivo sujei-
to ou complemento
verbal.

(EF07LP09) Iden- Relacionar à habilidade (EF07LP08).


TODOS OS CAMPOS DE

tificar, em textos
Análise linguística/

lidos ou de produção
própria, advérbios e
Morfossintaxe

locuções adverbiais
semiótica
ATUAÇÃO

que ampliam o sen-


tido do verbo núcleo
da oração.

(EF07LP10) Utilizar, Relacionar com as habilidades (EF69LP56) e a (EF06LP11),


TODOS OS CAMPOS DE

ao produzir texto, co- no que se refere à mobilização de conhecimentos linguís-


Análise linguística/

nhecimentos linguís- ticos e gramaticais específicos na produção de textos, de


ticos e gramaticais: qualquer campo de atuação ou gênero. Para seu desenvol-
Morfossintaxe

modos e tempos vimento, fazem-se necessárias discussões sobre variação


semiótica
ATUAÇÃO

verbais, concordân- linguística e práticas de leitura e/ou produção de textos,


cia nominal e verbal, especialmente em situações públicas e formais.
pontuação etc.
(EF07LP11) Iden- Propor conteúdos, sempre vinculados à leitura, à produção
tificar, em textos e à revisão, com vistas à compreensão de seu papel na (re)
lidos ou de produção construção do texto e na produção de efeitos de sentido de-
própria, períodos terminados. Recomenda-se: (a) que o foco do trabalho seja
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

compostos nos a resolução de problemas de compreensão e manutenção da


Análise linguística/ semiótica

quais duas orações legibilidade do texto, considerando-se as intenções de signi-


são conectadas por ficação; (b) que a compreensão de cada aspecto anteceda a
vírgula, ou por con- sistematização; (c) que a metalinguagem seja empregada de
junções que expres- modo que o estudante compreenda o que se diz. .
sem soma de sentido
Morfossintaxe

(conjunção “e”) ou
oposição de sentidos
(conjunções “mas”,
“porém”).

(EF07LP12) Reco- Proporcionar atividades organizadas, com base em práticas


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

nhecer recursos de de leitura e produção, focalizando as diferentes possibilida-


Análise linguística/ semiótica

coesão referencial: des de referenciação no processo de coesão, considerando


substituições lexicais a legibilidade do texto, as intenções de significação e as
(de substantivos possibilidades de compreensão do interlocutor.
Semântica Coesão

por sinônimos) ou
pronominais (uso de
pronomes anafóricos
– pessoais, posses-
sivos, demonstra-
tivos).
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)


Atuação

(EF07LP13) Estabelecer re- Entender que esta habilidade pressupõe conheci-


lações entre partes do texto, mentos prévios sobre substantivos e pronomes,
Análise linguística/ se-
TODOS OS CAMPOS DE

identificando substituições além de categorias gramaticais, a que essas clas-


lexicais (de substantivos por ses de palavras estão associadas, e relacionando-
sinônimos) ou pronominais -se com a habilidade EF07LP12.
(uso de pronomes anafóricos
ATUAÇÃO

– pessoais, possessivos, de-


miótica

Coesão

monstrativos),quecontribuem
para a continuidade do texto.

(EF07LP14) Identificar, em Compreender as atitudes que o locutor/escritor


TODOS OS CAMPOS DE

textos, os efeitos de sentido do pode assumir em relação àquilo que diz (estraté-
Análise linguística/

uso de estratégias de modali- gias de modalização), como parte de seu ponto de


zação e argumentatividade. vista particular, assim como, também, os recursos
Modalização

de que ele se vale para convencer ou persuadir


semiótica
ATUAÇÃO

o ouvinte/leitor. É necessário que o estudante


desenvolva esta habilidade para, então, conseguir
desenvolver a habilidade EF08LP16.
ENSINO FUNDAMENTAL – 8º ANO
Campos de

Práticas de
Linguagen
Objeto de Desdobramentos Didático-
Habilidades
Atuação

Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Reconstrução (EF08LP01) Identificar Oferecer material diversificado


do contexto de e comparar as várias edi- aos estudantes, além dos jornais
produção, circu- torias de jornais impres- televisivos e radiofônicos (a que
lação e recepção sos e digitais e de sites os estudantes, em geral, têm
de textos noticiosos, de forma a acesso, em casa), garantindo
Caracterizaçãodo refletir sobre os tipos de acesso aos impressos e aos
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

campo jornalísti- fato que são noticiados e digitais. Ao dar foco a esta ha-
co e relação entre comentados, as escolhas bilidade, é importante articular
os gêneros em sobre o que noticiar e esse trabalho de comparação
circulação, mídias o que não noticiar e o à discussão sobre fake news e
e práticas da destaque/enfoque dado modos de apurar a fidedignidade
cultura digital e a fidedignidade da das informações. Nesse sentido,
informação. o acesso à internet e um trabalho
voltado para o ensino de proce-
Leitura

dimentos de busca e seleção de


sites confiáveis são necessários.

Relação entre (EF08LP02) Justificar Articular esta habilidade com a


textos diferenças ou semelhan- que sugere a comparação das
ças no tratamento dado propostas editoriais dos jornais
CAMPO JORNALÍSTICO/

a uma mesma informa- (EF07LP01), assim como, é


ção veiculada em textos importante considerar que as su-
diferentes, consultando gestões apresentadas, nos cam-
sites e serviços de che- pos das habilidades (EF06LP01),
MIDIÁTICO

cadores de fatos. (EF07LP02), (EF89LP03),


Leitura

(EF89LP01), (EF89LP02), cabem


para esta habilidade também.
Textualização de (EF08LP03) Produzir Levar em consideração o con-
textos argumen- artigos de opinião, tendo texto social do estudante, para
tativos e aprecia- em vista o contexto de contemplar as mais diferentes
tivos produção dado, a defesa operações de produção de
de um ponto de vista, texto, a partir de características
utilizando argumentos a serem observadas: a) con-
e contra-argumentos e textualização: definir a situação
articuladores de coesão comunicativa em que o texto
que marquem relações será produzido (quem serão os
de oposição, contraste, leitores, onde circulará, com
exemplificação, ênfase. que finalidade, em qual gênero);
b) planejamento: que envolve a
elaboraçãodoconteúdotemático
(o que será dito) e a organiza-
ção do texto, parte a parte; c)
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

elaboração do texto (o processo


de textualização); d) revisão
processual (durante a produção)
e final. Essas operações podem,
Produção de textos

inicialmente, ser realizadas em


situações coletivas e em grupos,
com mais apoio do professor e,
de modo gradual, envolver graus
crescentes de autonomia do/a
estudante para realizá-la.

Aná- Fono-ortografia (EF08LP04) Utilizar, ao Relacionar às habilidades


TODOS OS CAMPOS DE

lise produzir texto, conhe- EF69LP56, EF06LP11 e


lin- cimentos linguísticos e EF07LP10, associando-as
guís- gramaticais: ortografia, sempre a práticas de leitura e/
tica/ regências e concordân- ou produção de textos dos mais
ATUAÇÃO

se- cias nominal e verbal, diversos gêneros e campos de


mióti- modos e tempos verbais, atuação.
ca pontuação etc.

Aná- Léxico/morfo- (EF08LP05) Analisar Relacionar com as habilidades


TODOS OS CAMPOS DE

lise logia processos de formação EF07LP03 e EF07LP35.


lin- de palavras por com-
guís- posição (aglutinação e
tica/ justaposição),aproprian-
ATUAÇÃO

se- do-se de regras básicas


mióti- de uso do hífen em
ca palavras compostas.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF08LP06) Identificar, em Reconhecer a estrutura básica de uma oração,


textos lidos ou de produção em textos lidos ou próprios e, portanto, direta-
Análise linguística/ se-
TODOS OS CAMPOS DE

própria, os termos consti- menterelacionadaaodesenvolvimentodetodas


tutivos da oração (sujeito e as demais habilidades de análise, com foco na
seus modificadores, verbo sintaxe da oração e do período. Propor ativida-
Morfossintaxe

e seus complementos e des que associem, essas análises, à leitura e


ATUAÇÃO

modificadores). à produção de textos, com foco nos efeitos de


miótica

sentido que podem se associar às estruturas


sintáticas em estudo.

(EF08LP07) Diferenciar, em Organizar atividades, a partir do estudo com-


textos lidos ou de produção parativo de enunciados, nos quais um mesmo
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

própria, complementos di- verbo é empregado com regências ou inade-


Análise linguística/ semiótica

retos e indiretos de verbos quadas ou com alteração de sentidos. Reco-


transitivos, apropriando-se menda-se, ainda, que a metalinguagem só seja
da regência de verbos de empregada depois de compreendido o aspecto
uso frequente. em foco. Do ponto de vista da progressão ho-
rizontal, sugere-se, inicialmente, um trabalho
Morfossintaxe

colaborativo (coletivo e em grupos/duplas), que


progrida para o autônomo. Um segundo critério
é a complexidade dos gêneros e textos previstos
para o estudo em cada momento.

(EF08LP08) Identificar, em Organizar o desenvolvimento desta habilidade,


textos lidos ou de produção com base em dois pontos: a) a realização de
própria, verbos na voz ativa uma leitura mais superficial do texto, analisan-
e na voz passiva, interpre- do os efeitos de sentido provocados pelo uso
tando os efeitos de sentido das vozes do verbo; b) a sistematização do
de sujeito ativo e passivo conhecimento produzido no momento anterior.
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

(agente da passiva). Em ambos os casos, sugere-se que as ativi-


Análise linguística/ semiótica

dades sejam organizadas, a partir de estudo


comparativo de enunciados, organizados na
voz passiva e na ativa, analisando os efeitos de
sentido decorrentes dessa organização sintática.
Recomenda-se, ainda, que o estudo da voz
Morfossintaxe

passiva sintética, muito presente em textos de


divulgação científica e argumentativos, e que a
metalinguagemsósejamempregadosdepoisde
compreendido o aspecto em foco.
(EF08LP09) Interpretar efei- Organizar as atividades para o desenvolvimento
tos de sentido de modifica- desta habilidade, considerando dois pontos
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

dores (adjuntos adnominais articulados: 1) resolver problemas de com-


Análise linguística/ semiótica

– artigos definido ou indefi- preensão/redação, decorrentes de sentidos, as-


nido, adjetivos, expressões sociados ao substantivo por modificadores; 2)
adjetivas) em substantivos sistematizar o conhecimento discutido na etapa
com função de sujeito ou de anterior (1). Em ambos os casos, sugere-se que
complemento verbal, usan- as atividades sejam organizadas, focalizando os
Morfossintaxe

do-os para enriquecer seus sentidos que os modificadores acrescentam aos


próprios textos. substantivos e, portanto, aos enunciados, e a
relação dessa modificação com os significados
pretendidos para o texto.

(EF08LP10) Interpretar, em Articular com a habilidade (EF08LP09).


textos lidos ou de produção
Análise linguística/ se-
TODOS OS CAMPOS DE

própria, efeitos de sentido


de modificadores do verbo
(adjuntos adverbiais –
Morfossintaxe

advérbios e expressões
ATUAÇÃO

adverbiais), usando-os para


miótica

enriquecer seus próprios


textos.

(EF08LP11) Identificar, em Assegurar que o estudo dos tópicos gramati-


TODOS OS CAMPOS DE

textos lidos ou de produção cais, envolvidos seja realizado em contextos


Análise linguística/

própria, agrupamento de de uso, e não em atividades isoladas. Por essa


orações em períodos, dife- razão, sugere-se que esses conteúdos sejam
Morfossintaxe

renciando coordenação de propostos sempre vinculados à leitura, à produ-


semiótica
ATUAÇÃO

subordinação. ção e à revisão, com vistas à compreensão de


seu papel na (re)construção do texto e na pro-
dução de efeitos de sentido determinados.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)


Atuação

(EF08LP12) Identifi- Desenvolver esta habilidade, com base em dois


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

car, em textos lidos, pontos articulados: 1) resolver um problema de


Análise linguística/ semiótica

orações subordinadas compreensão/redação, decorrente da organização


com conjunções de uso sintática do enunciado por período composto por
frequente, incorporan- subordinação; 2) sistematizar o conhecimento dis-
do-as às suas próprias cutido na etapa anterior (1). Sugere-se que as ativi-
produções. dades sejam organizadas focalizando as diferentes
Morfossintaxe

possibilidades de organização sintática do enunciado,


considerando a legibilidade do texto, as intenções de
significação e as possibilidades de compreensão do
interlocutor.

(EF08LP13) Inferir efei- Desenvolver esta habilidade, com base em dois pon-
tos de sentido decorren- tos articulados: 1) resolver um problema de com-
tes do uso de recursos preensão/redação, decorrente do emprego de uma
de coesão sequencial: determinada conjunção ou articulador; 2) sistematizar
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

conjunções e articulado- o conhecimento discutido na etapa anterior (1). Suge-


Análise linguística/ semiótica

res textuais. re-se que as atividades sejam organizadas focalizando


diferentes possibilidades de articulação dos trechos,
os articuladores correspondentes, considerando,
tanto a legibilidade do texto, como as intenções de
significação e as possibilidades de compreensão do
Morfossintaxe

interlocutor. Recomenda-se, ainda, que a metalingua-


gem só seja empregada depois de compreendido o
aspecto em foco. Conferir, ainda, comentários realiza-
dos à (EF06LP05).

(EF08LP14) Utilizar, ao Desenvolver esta habilidade associando-a a práticas


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

produzir texto, recursos de oralidade, leitura ou escrita de textos dos gêneros


Análise linguística/ semiótica

de coesão sequencial previstos para estudo. Será, nessas condições, que o


(articuladores) e refe- estudante poderá refletir sobre a adequação expressi-
rencial (léxica e pro- va do(s) recurso(s) que pretenda empregar. Em caso
nominal), construções de produções escritas, é interessante prever ativida-
passivas e impessoais, des de produção e revisão, em que o foco seja o uso
discurso direto e indireto desses elementos coesivos na construção do texto
Semântica

e outros recursos ex- de um determinado gênero. Em caso de textos orais,


pressivos adequados ao podem ser analisadas, coletivamente, apresentações
gênero textual. previamente gravadas.
(EF08LP15) Estabelecer Relacionar esta habilidade as habilidades EF07LP12
relações entre partes e EF07LP13. Podendo ser organizada, com base em
do texto, identificando dois pontos articulados: 1) resolver um problema de
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

o antecedente de um compreensão/redação, decorrente da presença e/ou


Análise linguística/ semiótica

pronome relativo ou o emprego de pronomes relativos, seus antecedentes


referentecomumdeuma e/ou referentes comuns de cadeias de substituição
cadeia de substituições lexical; 2) sistematizar o conhecimento discutido
lexicais. na etapa anterior (1). Sugere-se que as atividades
sejam organizadas, com base em práticas de leitura e
produção, focalizando as diferentes possibilidades de
referenciação no processo de coesão, considerando a
Coesão

legibilidade do texto, as intenções de significação e as


possibilidades de compreensão do interlocutor.

(EF08LP16) Explicar os Relacionar com a habilidade EF07LP14. O desenvolvi-


TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

efeitos de sentido do mento, desta habilidade, pode organizar-se, com base


Análise linguística/ semiótica

uso, em textos, de es- em dois pontos articulados: 1) resolver problemas de


tratégias de modalização compreensão, decorrentes da presença de estratégias
e argumentatividade demodalizaçãoouargumentação,tambémrelevantes
(sinais de pontuação, para (re)estabelecer a progressão temática; 2) siste-
adjetivos, substantivos, matizar o conhecimento discutido na etapa anterior
Modalização

expressões de grau, ver- (1). Recomenda-se propostas de leitura e/ou produ-


bos e perífrases verbais, ção de textos, em que as estratégias de modalização
advérbios etc.). e/ou de argumentação sejam necessárias à eficácia
do texto.
ENSINO FUNDAMENTAL – 8º / 9º ANO
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Atuação

Habilidades
Conhecimento (DesDP)

Reconstrução (EF89LP01) Ana- Analisar os aspectos referidos na habilidade


do contexto lisar os interesses envolve a inclusão de reflexões sobre: a rapidez
de produção, que movem o e a instantaneidade das informações e suas
circulação e campo jornalísti- consequências (dentre elas, o risco de um trata-
recepção de co, os efeitos das mento superficial do fato ou assunto); a criação
textos novas tecnologias de canais de notícias independentes; a abertura
Caracterização no campo e as para uma participação mais ativa dos leitores
do campo condições que que influenciam as pautas dos jornais e se
jornalístico e fazem da informa- tornam produtores de conteúdo (com envio de
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

relação entre ção uma merca- fotos, vídeos e textos verbais); o fenômeno das
os gêneros doria, de forma a fake news e a presença mais ostensiva da pro-
em circulação, poderdesenvolver paganda. Dada a importância dessas reflexões, a
mídias e práti- uma atitude crítica progressão se faz de forma predominantemente
cas da cultura frente aos textos vertical, possibilitando, de um ano para outro,
digital jornalísticos. o seu aprofundamento. Há, aqui, oportunidade
para o trabalho interdisciplinar com a habilidade
(EF09LI06), da Língua Inglesa, no que se refere à
Leitura

distinção e análise da qualidade das informações


em textos jornalísticos.

Reconstrução (EF89LP02) Ana- Considerar que, para uma presença mais crítica e
do contexto lisar diferentes ética nas redes, é necessário um trabalho com as
de produção, práticas (curtir, capacidades de leitura mais complexas, como as
circulação e compartilhar, co- que exigem, do leitor, um posicionamento e uma
recepção de mentar, curar etc.) apreciação ética sobre o que se lê. É importante
textos e textos perten- favorecer discussões sobre as consequências de
Caracterização centes a diferentes se compartilhar ou fazer comentários nas mídias
do campo gêneros da cultura digitais, reconhecendo as intencionalidades do
jornalístico e digital (meme, outro (por meio da análise dos recursos usados
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

relação entre gif, comentário, na produção dos sentidos do que o outro disse)
os gêneros charge digital e de se posicionar, criticamente, em relação ao
em circulação, etc.) envolvidos que lê — o que significa desenvolver habilidades
mídias e práti- no trato com a paraumaparticipaçãoqualificadadoadolescente
cas da cultura informação e e do jovem.
digital opinião, de forma
a possibilitar uma
presença mais
Leitura

crítica e ética nas


redes.
Estratégia (EF89LP03) É importante convocar habilidades de leitura,
de leitura: Analisar textos de mais complexas, visto que é esperado, do leitor,
apreender opinião(artigosde posicionar-se de forma fundamentada e ética,
os sentidos opinião, editoriais, em relação ao que lê. Apostar, em modalidades
globais do cartas de leitores, didáticas, que favoreçam a pesquisa e o aprofun-
texto comentários, damento sobre os assuntos/fatos em evidência,
Apreciação e posts de blog e pode contribuir muito para o desenvolvimento
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

réplica de redes sociais, desta habilidade. Uma delas é a roda de leitura


charges, memes, de textos jornalísticos, em que os estudan-
gifs etc.) e posi- tescompartilham leituras feitas e exercitam a
cionar-se de forma argumentação, junto aos seus pares — o que
crítica e funda- também possibilita o exercício de respeito à
mentada, ética e palavra do outro.
respeitosa frente
a fatos e opiniões
Leitura

relacionados a
esses textos.

Estratégia (EF89LP04) Iden- Prever uma progressão curricular, tanto na


de leitura: tificar e avaliar seleção dos gêneros argumentativos propostos,
apreender teses/opiniões/ como na complexidade dos textos dos variados
os sentidos posicionamentos gêneros. Independentemente do tipo de pro-
globais do explícitos e implí- gressão que se decida propor, é importante que
texto citos, argumentos os estudantes tenham acesso a exemplares dos
Apreciação e e contra-argu- gêneros que tratem de questões controversas
réplica mentos em textos ou de objetos culturais (no caso da resenha
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

argumentativosdo crítica e do comentário, especialmente) com, os


campo (carta de quais tenham familiaridade e possam mobilizar
leitor, comentário, conhecimentos prévios para apoiá-los, tanto na
artigo de opinião, avaliação de posições e argumentos nos textos
resenha crítica de terceiros, quanto na manifestação de dis-
etc.), posicionan- cordância, visto que não é possível avaliar nem
do-se frente à posicionar-se a respeito do que não se conhece.
questão contro-
Leitura

versa de forma
sustentada.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF89LP05) Analisar o Considerar que o desenvolvimento desta habilida-


efeito de sentido produzido de, possibilita, ao leitor, tecer apreciações sobre
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

pelo uso, em textos, de a abordagem dos textos jornalísticos. Diante


recurso a formas de apro- de uma reportagem, por exemplo, perceber um
priação textual (paráfrases, predomínio de citações ou de discurso direto para
citações, discurso direto, trazer, ao texto, diferentes vozes que apresentam
Efeitos de sentido

indireto ou indireto livre). uma mesma ideia, versão ou um mesmo posicio-


namento sobre o fato ou assunto, em oposição
a outras vozes discordantes a essa ideia, versão
ou posicionamento que são apenas parafraseadas
Leitura

pelo jornalista, pode sinalizar uma tendência do


autor a enfatizar as vozes dos primeiros.

(EF89LP06) Analisar o uso Considerar que analisar um argumento de auto-


de recursos persuasivos em ridade, usado para sustentar uma opinião, por
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

textos argumentativos di- exemplo, é ir além da identificação desse tipo


versos (como a elaboração de argumento no texto. Analisar implica uma
do título, escolhas lexicais, avaliação (portanto, um exercício de crítica) da
construções metafóricas, a sua pertinência, considerando o contexto de uso,
Efeitos de sentido

explicitação ou a ocultação por exemplo. A progressão, no desenvolvimento


de fontes de informação) e desta habilidade, pode ser marcada pelo grau de
seus efeitos de sentido. complexidade da seleção dos textos argumen-
tativos e pela variedade dos gêneros propostos,
Leitura

dentre eles, comentários, crônicas, artigos de


opinião, charges, propagandas etc.

(EF89LP07) Analisar, em Propor uma progressão horizontal, nesta habili-


Efeitos de sentido Exploração da multissemiose

notícias, reportagens e dade, considerando que é prevista, para os dois


peças publicitárias em ultimos anos do segmento, elegendo as notícias e
várias mídias, os efeitos de reportagens multimídias para o 8º ano e as peças
sentido devidos ao trata- publicitárias multimídias, para o 9º; ou propor
mento e à composição dos uma progressão vertical, trabalhando com esses
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

elementos nas imagens em gêneros nos dois anos e elegendo textos mais
movimento, à performance, complexos no último ano.
à montagem feita (ritmo,
duração e sincronização
entre as linguagens – com-
plementaridades, interfe-
rências etc.) e ao ritmo,
melodia, instrumentos e
Leitura

sampleamentos das músi-


cas e efeitos sonoros.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF89LP08) Planejar reportagem Planejar a produção de uma reporta-


impressa e em outras mídias (rádio gem, considerando uma progressão
ou TV/vídeo, sites), tendo em vista as no trabalho com a produção de textos
Estratégia de produção: planejamento de textos informativos

condições de produção do texto – ob- jornalísticos, obseravando, tanto os


jetivo, leitores/espectadores, veículos esforços de pesquisa sobre o fato/
e mídia de circulação etc. – a partir da assunto e à elaboração do texto, en-
escolha do fato a ser aprofundado ou volvendo, por exemplo, a consulta de
do tema a ser focado (de relevância maior número de fontes e a articulação
para a turma, escola ou comunidade), de diferentes vozes, quanto o uso
do levantamento de dados e informa- de recursos de outras linguagens na
ções sobre o fato ou tema – que pode produção de sentidos.
envolver entrevistas com envolvidos
ou com especialistas, consultas a
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

fontes diversas, análise de documen-


tos, cobertura de eventos etc. -, do
registro dessas informações e dados,
da escolha de fotos ou imagens a
Produção de textos

produzir ou a utilizar etc., da produção


de infográficos, quando for o caso, e
da organização hipertextual (no caso a
publicação em sites ou blogs noticio-
sos ou mesmo de jornais impressos,
por meio de boxes variados).

(EF89LP09) Produzir reportagem Relacionar com a habilidade anterior


impressa, com título, linha fina (op- (EF89LP08). Contemplar um estudo
tativa), organização composicional das principais características dos
Estratégia de produção: textualização de textos informativos

(expositiva, interpretativa e/ou opi- gêneros selecionados e realização das


nativa), progressão temática e uso diferentes operações de produção de
de recursos linguísticos compatíveis textos, quais sejam: a) contextualiza-
com as escolhas feitas e reportagens ção: definição da situação comunica-
multimidiáticas, tendo em vista as tiva, em que o texto será produzido
condições de produção, as caracterís- (quem serão os leitores, onde cir-
ticas do gênero, os recursos e mídias culará, com que finalidade, em qual
disponíveis, sua organização hipertex- gênero); b) planejamento: que envolve
tual e o manejo adequado de recursos a elaboração do conteúdo temático (o
de captação e edição de áudio e ima- que será dito) e a organização do texto
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

gem e adequação à norma-padrão. parte a parte; c) elaboração do texto:


o processo da construção do texto
(textualização); d) revisão processual
(durante a produção) e final. Essas
Produção de textos

operações podem, inicialmente, ser


realizadas em situações coletivas e em
grupos, com mais apoio do professor
e, de modo gradual, envolver graus
crescentesdeautonomiado/aestudan-
te para realizá-la.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

Estratégia de produção: planejamento de textos argumentativos e aprecia- (EF89LP10) Planejar artigos É interessante considerar que a seleção
de opinião, tendo em vista do artigo de opinião para esses dois Anos
as condições de produção Finais significa uma progressão no traba-
do texto – objetivo, leitores/ lho com os gêneros argumentativos desse
espectadores, veículos e campo. Planejar e produzir um artigo de
mídia de circulação etc. –, a opinião demanda apreciações de caráter
partir da escolha do tema ou político sobre os fatos/assuntos tratados.
questão a ser discutido(a), Em qualquer dos casos, a apreciação
da relevância para a turma, envolve assumir uma postura argumen-
escola ou comunidade, do tativa ética. O planejamento de gêneros
levantamento de dados e argumentativos como o artigo de opinião
informações sobre a questão, implica, ainda, mobilizar com maior
de argumentos relacionados intensidade habilidades que devolvam o
adiferentesposicionamentos pensamento crítico, visto que se propõe a
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

em jogo, da definição – o que dar uma resposta a uma questão polêmica


pode envolver consultas a que vai exigir do/a autor/a interpretar
fontes diversas, entrevistas informações selecionadas, avaliar o racio-
com especialistas, análise de cínio e explicar evidências. Os currículos
Produção de textos

textos, organização esque- podem propor uma progressão horizontal


mática das informações e no trabalho com o gênero, em relação à
argumentos – dos (tipos de) mediação do professor e à colaboração
argumentos e estratégias que entre pares: em colaboração em um ano
pretendeutilizarparaconven- (coletivo e em grupos), avançando para o
tivos

cer os leitores. trabalho com autonomia no ano seguinte.

(EF89LP11) Produzir, revisar Discutir a relação entre as esferas publi-


Estratégias de produção: planejamento, textualização,

e editar peças e campanhas citária e jornalística, contemplando um


publicitárias, envolvendo estudo das principais características dos
o uso articulado e com- gêneros selecionados. Pode ser realizado
plementar de diferentes também um trabalho articulado com pro-
peças publicitárias: cartaz, fissionais que usam aplicativos de edição
revisão e edição de textos publicitários

banner, indoor, folheto, de textos, da disponibilização desses


panfleto, anúncio de jornal/ aplicativos para os/as estudantes/as, e
revista, para internet, spot, do investimento no trabalho colaborativo,
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

propaganda de rádio, TV, a recomenda-se articular as propostas com


partir da escolha da questão/ aexploraçãodosdocumentosreguladores
problema/causa significativa (campo da vida pública) da propaganda
para a escola e/ou a comu- e publicidade, com vistas ao desenvolvi-
Produção de textos

nidade escolar, da definição mento de uma postura ética em relação à


do público-alvo, das peças esfera publicitária.
que serão produzidas, das
estratégias de persuasão e
convencimento que serão
utilizadas.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos
Atuação Objeto de
Habilidades Didático-Pedagógicos
Conhecimento
(DesDP)

Estratégias (EF89LP12) Planejar coletivamente Vincular esta habilidade


de produção: a realização de um debate sobre a projetos interdiscipli-
planejamento tema previamente definido, de nares, uma vez que ela
e participação interesse coletivo, com regras dialoga com habilidades
em debates acordadas e planejar, em grupo, dos campos da vida pú-
regrados participação em debate a partir do blica e práticas de estu-
levantamento de informações e ar- do e pesquisa. Participar
gumentos que possam sustentar o de um debate é ação
posicionamento a ser defendido (o complexa que mobiliza
que pode envolver entrevistas com habilidades de curadoria
especialistas, consultas a fontes de informação (na pes-
diversas, o registro das informa- quisa para aprofundar o
ções e dados obtidos etc.), tendo tema escolhido e para o
em vista as condições de produção preparo dos argumen-
do debate – perfil dos ouvintes e tos), de produção de
demais participantes, objetivos do textos argumentativos
debate, motivações para sua reali- (mobilizando conhe-
zação, argumentos e estratégias de cimentos sobre movi-
convencimento mais eficazes etc. mentos argumentativos
e participar de debates regrados, e recursos linguísticos
na condição de membro de uma para a construção das
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

equipededebatedor,apresentador/ ideias que se quer apre-


mediador, espectador (com ou sentar/defender), além
sem direito a perguntas), e/ou de outras habilidades
de juiz/avaliador, como forma de próprias de situações
compreender o funcionamento do orais que implicam to-
debate, e poder participar de forma mada de notas enquanto
convincente, ética, respeitosa e o outro fala, uso de
Oralidade

crítica e desenvolver uma atitude recursos de entonação,


de respeito e diálogo para com as ritmo e expressão facial
ideias divergentes. e corporal).
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos Didático-
Objeto de

Habilidades
Atuação

Pedagógicos (DesDP)

(EF89LP13) Planejar entrevistas orais Contemplar todo o processo impli-


Estratégias de produção: planejamento, realização e edição de entrevistas orais

com pessoas ligadas ao fato noticiado, cado na produção de entrevistas:


especialistas etc., como forma de obter planejar (seleção de assunto e de
dados e informações sobre os fatos quem será entrevistado, curadoria de
cobertos sobre o tema ou questão dis- informação etc.), produzir (elaboração
cutida ou temáticas em estudo, levando do texto, recorrendo aos recursos das
em conta o gênero e seu contexto de diferentes linguagens e aos aplicati-
produção, partindo do levantamento vos necessários, em caso de textos
de informações sobre o entrevistado em áudio e vídeo) e, implicitamente,
e sobre a temática e da elaboração de revisar (avaliar a adequação da en-
um roteiro de perguntas, garantindo a trevista ao meio em que circulará, se
relevância das informações mantidas autônoma, ou selecionar e organizar
e a continuidade temática, realizar os trechos relevantes para compor a
entrevista e fazer edição em áudio ou notícia ou reportagem).
vídeo, incluindo uma contextualização
inicial e uma fala de encerramento para
publicação da entrevista isoladamente
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

ou como parte integrante de reporta-


gem multimidiática, adequando-a a seu
contexto de publicação e garantindo a
relevância das informações mantidas e
a continuidade temática.
Oralidade
(EF89LP14) Analisar, em textos argu- Programar atividades com textos
Argumentação:movimentosargumentativos,
tipos de argumento e força argumentativa

mentativos e propositivos, os movi- argumentativos que apresentem os


mentosargumentativosdesustentação, três movimentos, para que os(as)
refutação e negociação e os tipos de estudantespossam se familiarizar
argumentos, avaliando a força/tipo dos com as marcas dessas construções
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Análise linguística/semiótica

argumentos utilizados. textuais, de modo a construir um


bom repertório no final do 9º ano. A
progressão pode se dar pelo aspecto
da argumentação programado para
estudo, pela complexidade dos gêne-
ros e textos previstos, ou, ainda, pelo
grau de autonomia do(a) estudante.

(EF89LP15) Utilizar, nos debates, ope- Propor o estudo de debates gravados,


radores argumentativos que marcam a focalizando os aspectos indicados
defesa de ideia e de diálogo com a tese (operador argumentativo e a relação
do outro: concordo, discordo, con- com o posicionamento dos interlo-
cordo parcialmente, do meu ponto de cutores), assim como a participação
vista, na perspectiva aqui assumida etc. efetiva de debates, de modo a criar-se
uma situação de exercício da habili-
dade estudada, já que a participação
supõe réplicas e tréplicas às manifes-
tações dos diferentes debatedores.
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

Projetos envolvendo debates de ques-


Análise linguística/ semiótica

tões polêmicas de relevância social


(os efeitos do uso da tecnologia no
mundo; consumo consciente; com-
portamentosquepodemgarantiruma
vida sustentável ao planeta; o impacto
do bulling na vida das pessoas, por
exemplo) podem criar um espaço
Estilo

bastantepropícioaodesenvolvimento
dessa habilidade.
Campos de

Linguagem
Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação
Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Desenvolver esta habilidade e


(EF89LP16) Analisar a mo- modo que aconteça tanto por
dalização realizada em textos meio da leitura de estudo, quanto
noticiosos e argumentativos, das atividades de revisão. O foco
por meio das modalidades é a análise dos efeitos de sentido
apreciativas, viabilizadas por produzidos pelos recursos em-
classes e estruturas gramati- pregados, considerando a sua
cais como adjetivos, locuções coerência tanto com as intenções
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

adjetivas, advérbios, locuções presumidas do texto, quanto com


Análise linguística/ semiótica

Modalização
adverbiais, orações adjetivas as especificidades dos gêneros.
e adverbiais, orações relati- O estudo da modalização é fun-
vas restritivas e explicativas damental para uma compreensão
etc., de maneira a perceber a crítica dos efeitos de neutralidade
apreciação ideológica sobre produzidos pelo discurso jorna-
os fatos noticiados ou as lístico. No currículo da escola, a
posições implícitas ou assu- progressão pode se dar tanto pelo
midas. usodametalinguagem,quantopela
complexidade dos textos.

Considerar que esta habilidade


(EF89LP17) Relacionar textos
põe em jogo outras, especialmente
e documentos legais e nor-
as que se referem a identidades
mativos de importância uni-
individuais e de grupos, bem como
versal, nacional ou local que
à necessidade de se colocar no
envolvam direitos, em espe-
lugar do outro, experimentando e
cial, de crianças, adolescentes
valorizando diferentes vivências
e jovens – tais como a Decla-
culturais e, ao mesmo tempo,
ração dos Direitos Humanos,
atuando em favor da desconstrução
a Constituição Brasileira, o
de desigualdades que ferem direi-
ECA -, e a regulamentação
Reconstrução tos básicos, como o direito à vida.
da organização escolar – por
do contexto A progressão pode se estabelecer
exemplo, regimento escolar
de produção, a partir de questões do universo
-, a seus contextos de pro-
circulação e imediato do estudante, levando as
dução, reconhecendo e anali-
recepção de discussões para o universo mais
sando possíveis motivações,
textos legais e amplo e retornando para questões
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

finalidades e sua vinculação


normativos locais. Há, aqui, especial oportuni-
com experiências humanas
dade para o trabalho interdiscipli-
e fatos históricos e sociais,
nar com a habilidade (EF09HI16),
como forma de ampliar a
da História, no que se refere a
compreensão dos direitos e
conhecer e identificar relações
deveres, de fomentar os prin-
entre textos legais sobre direitos
cípios democráticos e uma
humanos, as normas de convi-
atuação pautada pela ética da
vência dos locais de vivência do
responsabilidade(ooutrotem
estudante, processos de afirmação
Leitura

direito a uma vida digna tanto


de direitos e instituições voltadas à
quanto eu tenho).
defesa desses direitos.
Linguagem
Campos de

Práticas de
Objeto de Desdobramentos Didático-
Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Contexto de (EF89LP18) Explorar e analisar Criar condições para o conhe-


produção, instâncias e canais de participação cimento dos espaços referidos,
circulação e disponíveis na escola (conselho de assim como dos textos dos
recepção de escola, outros colegiados, grêmio gêneros que neles circulam.
textos e práti- livre), na comunidade (associações, Nesse estudo, é de grande
cas relaciona- coletivos, movimentos, etc.), no relevância o levantamento das
das à defesa munícipio ou no país, incluindo características e procedimentos
de direitos e formas de participação digital, como convencionadosparaaobtenção
à participação canais e plataformas de participação de informações sobre propostas
social (como portal e-cidadania), serviços, em estudo, e a participação de
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

portais e ferramentas de acompa- debates e manifestação de opi-


nhamentos do trabalho de políticos niões. A progressão pode se dar
e de tramitação de leis, canais de tanto pelo modo de tratamento
educação política, bem como de pro- do conteúdo — por frequenta-
postas e proposições que circulam ção ou para aprofundamento
nesses canais, de forma a participar — quanto pela complexidade
do debate de ideias e propostas na dos textos.
esfera social e a engajar-se com a
busca de soluções para problemas
Leitura

ou questões que envolvam a vida da


escola e da comunidade.

Relação entre (EF89LP19) Analisar, a partir do Desenvolver a leitura e produção


contexto de contexto de produção, a forma de de textos tendo como contexto
produção e organização das cartas abertas, inicial as produções e questões
características abaixo-assinados e petições on-li- locais dos estudantes. Sugere-se
composi- ne (identificação dos signatários, a definição de uma progressão
cionais e explicitação da reivindicação feita, para o trabalho com os textos
estilísticas dos acompanhada ou não de uma breve reivindicatórios apresentados na
gêneros apresentação da problemática e/ou descrição da habilidade. Cabe
Apreciação e de justificativas que visam sustentar enfatizar, ainda, que a natureza
réplica a reivindicação) e a proposição, dos textos reivindicatórios mo-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

discussão e aprovação de propostas bilizará habilidades propostas


políticas ou de soluções para pro- no campo jornalístico/midiático,
blemas de interesse público, apre- visto que esses textos supõem o
sentadas ou lidas nos canais digitais uso da argumentação.
de participação, identificando suas
marcas linguísticas, como forma de
possibilitar a escrita ou subscrição
consciente de abaixo-assinados e
textos dessa natureza e poder se
Leitura

posicionar de forma crítica e funda-


mentada frente às propostas
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos
Objeto de
Atuação

Habilidades Didático-Pedagógicos
Conhecimento
(DesDP)

Estratégias e (EF89LP20) Comparar propostas Analisar propostas políti-


procedimen- políticas e de solução de problemas, cas e solução de proble-
tos de leitura identificando o que se pretende mas do contexto local dos
em textos fazer/implementar, por que (motiva- estudantes— para depois
reivindicató- ções, justificativas), para que (ob- compará-los a outros —,
rios ou propo- jetivos, benefícios e consequências o que torna a abordagem
sitivos esperados), como (ações e passos), dos textos indicados mais
quando etc. e a forma de avaliar significativa para os estu-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

a eficácia da proposta/solução, dantes, uma vez que pos-


contrastando dados e informações sibilitará uma avaliação da
de diferentes fontes, identificando eficácia das propostas e
coincidências, complementaridades soluções para o seu entor-
e contradições, de forma a poder no. Para um trabalho mais
compreender e posicionar-se critica- significativo, também vale
mente sobre os dados e informações a pena enfatizar a impor-
usados em fundamentação de pro- tância de articular essas
postas e analisar a coerência entre leituras em contextos de
Leitura

os elementos, de forma a tomar projetos que envolvam as


decisões fundamentadas. diferentes áreas.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Habilidades
Atuação
Pedagógicos (DesDP)

(EF89LP21) Realizar enquetes e pes- Perceber esta habilidade, prevista

Estratégia de produção: planejamento de textos reivin-


quisas de opinião, de forma a levantar para os dois últimos anos, como
prioridades, problemas a resolver ou uma progressão em relação à habi-
propostas que possam contribuir para lidade (EF67LP19). Sendo possível
melhoria da escola ou da comunidade, propor uma progressão para os
caracterizar demanda/necessidade, dois anos indicados, em relação ao
documentando-a de diferentes manei- gênero a ser selecionado.
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

ras por meio de diferentes procedi-


mentos, gêneros e mídias e, quando
for o caso, selecionar informações e
dicatórios ou propositivos

dados relevantes de fontes pertinentes


diversas (sites, impressos, vídeos
Produção de textos

etc.), avaliando a qualidade e a utilida-


de dessas fontes, que possam servir
de contextualização e fundamentação
de propostas, de forma a justificar a
proposição de propostas, projetos
culturais e ações de intervenção.

(EF89LP22) Compreender e comparar


textos Apreciação e réplica Pro-
Apreender o sentido geral dos

as diferentes posições e interesses em


CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA

jogo em uma discussão ou apresenta-


ção de propostas, avaliando a validade
e força dos argumentos e as conse-
quências do que está sendo proposto
dução/Proposta

e, quando for o caso, formular e nego-


ciar propostas de diferentes naturezas
Oralidade

relativas a interesses coletivos envol-


PÚBLICA

Escuta

vendo a escola ou comunidade escolar.

(EF89LP23) Analisar, em textos argu- Avaliar a força dos argumentos a


Movimentos argumentativos e força dos argumentos

mentativos, reivindicatórios e proposi- partir de um trabalho permanente


tivos, os movimentos argumentativos de alimentação temática e reflexões
utilizados (sustentação, refutação e da turma sobre temas atuais e
negociação), avaliando a força dos controversos. A progressão pode
argumentos utilizados. se dar pela complexidade do texto e
do gênero; pelo tipo de tratamento
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

didático — por frequentação (aos


gêneros/textos) ou para aprofunda-
Análise linguística/ semiótica

mento; pelo grau de autonomia do


estudante (em colaboração coletiva
— em grupos, em duplas — ou de
modo autônomo); pelo tratamento
dado ao conteúdo — mais ou
menos complexo, mais ou menos
aprofundado, mais ou menos
implicado à realidade cotidiana do
estudante.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Objeto de

Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF89LP24) Realizar pesquisa, Considerar que esta habilidade se articula


estabelecendo o recorte das com as definidas para o campo de práticas de
questões, usando fontes aber- estudo e pesquisa, no que se refere ao cuidado
tas e confiáveis. com a curadoria de informação. Nesse sentido,
procedimentos como grifar, fazer anotações,
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

bem como produções de textos, que apoiem a


compreensão, como resumos, esquemas etc.,
serão importantes no processo de compreen-
Curadoria de informação

são desses textos. Cuidados, com a verificação


da fidedignidade das fontes, também precisam
estar no foco. Além dos aspectos procedimen-
tais envolvidos, o estudante também terá que
mobilizar todos os conhecimentos construídos
sobre os usos dos recursos linguísticos e seus
Leitura

efeitos de sentido, para avaliar o que selecio-


nar em sua pesquisa.

(EF89LP25) Divulgar o resul- Divulgar os resultados, em culminância de


Estratégias de escrita: textualização, revi-

tado de pesquisas por meio de feiras de ciências ou em eventos de fechamen-


apresentações orais, verbetes to do ano, uma vez que se recomenda a pro-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

de enciclopédias colaborativas, posição de pesquisa envolvendo as diferentes


reportagens de divulgação áreas no interior de projetos integradores, pos-
científica, vlogs científicos, sibilitando a produção de diferentes formas de
vídeos de diferentes tipos etc. divulgação que envolvam toda a comunidade
escolar. Esses eventos podem ser planejados,
Produção de textos

entre várias escolas de uma mesma cidade ou


de regiões diferentes no interior do Estado. Por
são e edição

exemplo, pode-se prever a criação de site ou


blog, em que se concentrem produções dos
dois anos que podem variar no gênero, visto
que esses espaços suportam várias mídias.
(EF89LP26) Produzir resenhas, Realizar os procedimentos de planejamento
Estratégias de escrita: textualiza-

a partir das notas e/ou es- e a elaboração de resenhas, resultantes de


CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA

quemas feitos, com o manejo variadas leituras de estudo, com cuidado para
adequado das vozes envolvidas o tratamento dos dados e das informações
ção, revisão e edição

(do resenhador, do autor da coletadas, durante a curadoria da informação.


Produção de textos

obra e, se for o caso, também Faz-se necessário que o estudante aprenda


dos autores citados na obra re- a usar a sua voz e das fontes consultadas na
senhada), por meio do uso de construção dos sentidos que se pretende. Por
paráfrases, marcas do discurso exemplo, se a intenção é reforçar uma determi-
PÚBLICA

reportado e citações. nada ideia ou posição, predominarão, no texto,


vozes que reforcem essa ideia ou posição.

(EF89LP27) Tecer considera- Proporcionar a participação dos estudantes em


ções e formular problematiza- eventos mais qualificado, como audiência (par-
ções pertinentes, em momen- te do público a que se dirige um apresentador
tos oportunos, em situações ou debatedor), com finalidade de desenvolver a
de aulas, apresentação oral, capacidade de identificar as informações mais
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

seminário etc. relevantes, fazer inferências sobre o que é dito


e relacioná-las a outras informações para, a
partir disso, elaborar perguntas sobre possí-
Conversação espontânea

veis dúvidas ou se posicionar e argumentar em


relação ao que foi dito. As anotações, resul-
tantes da tomada de notas, podem servir de
apoio nessas situações. É importante garantir,
que essa participação qualificada, seja solici-
Oralidade

tada frequentemente e que sejam propostos


momentos de avaliação da turma sobre essas
participações, no sentido de aprimorá-las.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos (DesDP)
Atuação

(EF89LP28) Tomar nota de Levar em consideração que a tomada de notas,


Procedimentos de apoio à compreensão Tomada videoaulas, aulas digitais, como registro, é considerada um gênero de apoio
apresentações multimídias, à compreensão do ouvido, assistido. Como proce-
vídeos de divulgação cientí- dimento, está vinculada a diferentes situações, em
fica, documentários e afins, qualquer campo de atuação. É comum, em práti-
identificando, em função dos cas como debate, palestras, reuniões, aulas e suas
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

objetivos, informações prin- variantes em outras mídias. Supõe a capacidade


cipais para apoio ao estudo e de identificar informações relevantes e sintetizá-las
realizando, quando necessário, em notas, de modo coerente, garantindo a possi-
uma síntese final que destaque bilidade de retomada das ideias pelo(a) seu(sua)
e reorganize os pontos ou con- autor(a).
ceitos centrais e suas relações
e que, em alguns casos, seja
acompanhada de reflexões
Oralidade

pessoais, que podem conter


de nota

dúvidas, questionamentos,
considerações etc.

(EF89LP29) Utilizar e perceber Contextualizar esta habiliadde com projetos de


mecanismos de progressão produção de revistas (impressas ou digitais) de
temática, tais como retomadas divulgação de conhecimentos, blogs e/ou vlogs e
anafóricas (“que, cujo, onde”, murais temáticos, relacionados a trabalhos inter-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

Textualização Progressão temática

pronomes do caso reto e oblí- disciplinares. Recomenda-se: a) que o estudo dos


quos, pronomes demonstrati- aspectos referidos, seja programado, por meio
Análise linguística/semiótica

vos, nomes correferentes etc.), de atividades de leitura e/ou produção de textos


catáforas (remetendo para que considerem os efeitos de sentido, por eles
adiante ao invés de retomar o produzidos e a relação que estabelecem entre os
já dito), uso de organizadores trechos do enunciado; b) que a sistematização dos
textuais, de coesivos etc., e conhecimentosemetalinguagemcorrespondente
analisar os mecanismos de (terminologia gramatical) só sejam realizadas/em-
reformulação e paráfrase utili- pregadas, depois que os aspectos em foco tiverem
zados nos textos de divulgação sido compreendidos.
do conhecimento.

(EF89LP30) Analisar a estrutu- Colaborar, entre todas as áreas, com vistas a


ra de hipertexto e hiperlinks em contemplar textos de divulgação científica de
textos de divulgação científica todas elas, de modo que, de um lado, o professor
que circulam na Web e proce- de Língua Portuguesa possa colaborar com os
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

der à remissão a conceitos e demais, no sentido de orientar, por exemplo, o


relações por meio de links. ensino de procedimentos de leitura e de produção
Análise linguística/semiótica

desses textos, e, de outro, os demais professores


possam colaborar com o de Língua Portuguesa,
orientando-o, quanto aos recursos das linguagens
específicas (cartografia, gráficos/infográficos, si-
mulações, por exemplo), usados na construção de
Textualização

sentidos dos textos. É condição, para isso, que as


escolas prevejam projetos e/ou atividades interdis-
ciplinares, com acesso irrestrito a computadores
conectados à Internet.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-

Objeto de
Atuação Habilidades
Pedagógicos (DesDP)

(EF89LP31) Analisar e utilizar moda- Associar as habilidades (EF89LP16) e


lização epistêmica, isto é, modos de (EF69LP28), sugerindo que o desen-
indicar uma avaliação sobre o valor volvimento aconteça tanto por meio da
de verdade e as condições de verda- leitura/escuta de estudo, quanto das ati-
CAMPO DE ATUAÇÃO NA VIDA PÚBLICA

de de uma proposição, tais como os vidades de produção e revisão de textos


asseverativos – quando se concorda orais e escritos. Isso porque analisar a
Análise linguística/ semiótica

com (“realmente, evidentemente, modalização está associado ao uso des-


naturalmente, efetivamente, claro, ses recursos em ações de linguagem,
certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou tanto na condição de produtor como de
discorda de (“de jeito nenhum, de interlocutor dos respectivos textos.
forma alguma”) uma ideia; e os qua-
Modalização

se-asseverativos, que indicam que se


considera o conteúdo como quase
certo (“talvez, assim, possivelmente,
provavelmente, eventualmente”).

(EF89LP32) Analisar os efeitos Relacionar a habilidade (EF67LP27).


de sentido decorrentes do uso de Pode ser trabalhada numa progressão
mecanismos de intertextualidade que pode ser formulada com base nos
(referências, alusões, retomadas) gêneros propostos, partindo do estudo
entre os textos literários, entre esses das relações intertextuais entre obras
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

textos literários e outras manifesta- literárias de diferente tempos e, em


ções artísticas (cinema, teatro, artes seguida, de adaptações de obras para
Relação entre textos

visuais e midiáticas, música), quanto outras linguagens (do romance para o


aos temas, personagens, estilos, cinema) para, posteriormente, propor
autores etc., e entre o texto original um estudo comparativo entre a obra
e paródias, paráfrases, pastiches, original e produções parodísticas, seja
Leitura

trailer honesto, vídeos-minuto, vid- de empresas, seja de fãs.


ding, dentre outros.

(EF89LP33) Ler, de forma autônoma, Colaborar para a motivação do estudan-


e compreender – selecionando pro- te para leituras autônomas, podendo
cedimentos e estratégias de leitura ocorrer de diversos modos: 1) acolher
adequados a diferentes objetivos as mais variadas produções culturais,
e levando em conta características oferecendo um amplo e variado acervo
Estratégias de leitura Apreciação e réplica

dos gêneros e suportes – romances, de livros, enfatizando a literatura ala-


contoscontemporâneos,minicontos, goana; 2) prever projetos que envolvam
fábulas contemporâneas, romances o cultivo da leitura de livre escolha; 3)
juvenis, biografias romanceadas, rodas de conversa sobre obras lidas; 4)
novelas, crônicas visuais, narrativas outros eventos culturais, como saraus,
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

de ficção científica, narrativas de mostras de cinema, teatro, música etc.


suspense, poemas de forma livre e Para um trabalho dessa dimensão, é
fixa (como haicai), poema concreto, necessária a articulação dos professo-
ciberpoema, dentre outros, expres- res da área — o que possibilitará ex-
sando avaliação sobre o texto lido plorar as diferentes linguagens —, bem
e estabelecendo preferências por como a pessoa responsável pela sala de
gêneros, temas, autores. leitura e/ou biblioteca.
Leitura
Linguagem
Campos de

Práticas de

Objeto de Desdobramentos Didático-


Atuação

Habilidades
Conhecimento Pedagógicos (DesDP)

Reconstrução Comparar a realização do


datextualidade (EF89LP34) Analisar a organi- texto dramático em diferentes
e compreen- zação de texto dramático apre- contextos, ou seja, analisar as
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

são dos efeitos sentado em teatro, televisão, diferenças e semelhanças entre


de sentidos cinema, identificando e perce- um texto dramático criado para
provocados bendo os sentidos decorrentes o palco, para o cinema e para a
pelos usos dos recursos linguísticos e TV ou o rádio, por exemplo; com
de recursos semióticos que sustentam sua que recursos se pode contar em
linguísticos e realização como peça teatral, cada caso e como eles ajudam
Leitura

multissemió- novela, filme etc. a produzir os sentidos preten-


ticos didos.

(EF89LP35) Criar contos ou


Levar o estudante a experi-
crônicas (em especial, líricas),
mentar o fazer literário pelo/a
crônicas visuais, minicontos,
estudante nos gêneros literários
narrativas de aventura e de
em prosa. A produção também
ficção científica, dentre outros,
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

deve ser entendida como pro-


com temáticas próprias ao gê-
Construção da cesso que envolve as operações
nero, usando os conhecimentos
Produção de textos

textualidade de planejamento, produção e


sobre os constituintes estru-
revisão dos textos, por meio da
turais e recursos expressivos
criação de oficinas literárias, em
típicos dos gêneros narrativos
parceria com profissionais da
pretendidos, e, no caso de pro-
biblioteca/sala de leitura e com
dução em grupo, ferramentas
professores/as de Arte.
de escrita colaborativa.
(EF89LP36) Parodiar poemas Levar o estudante a experimen-
conhecidos da literatura e criar tar o fazer literário nos gêneros
textos em versos (como poe- literários líricos. A produção,
mas concretos, ciberpoemas, aqui, também deve ser entendi-
haicais, liras, microrroteiros, da como processo que envolve
lambe-lambes e outros tipos de as operações de planejamento,
poemas), explorando o uso de produção e revisão dos textos,
recursos sonoros e semânticos por meio da criação de oficinas
(como figuras de linguagem literárias, em parceria com pro-
Relação entre e jogos de palavras) e visuais fissionais da biblioteca/sala de
textos (como relações entre imagem leitura e com professores/as de
e texto verbal e distribuição da Arte. O diferencial, desta habi-
CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO

mancha gráfica), de forma a lidade, em relação à habilidade


propiciar diferentes efeitos de do 6º e 7º anos, que também
Produção de textos

sentido. sugere o trabalho com gêneros


líricos. Isso se dá pelo fato de
que, aqui, há necessariamente
umtrabalhointertextualexigido,
visto que sugere o trabalho com
paródias de textos conhecidos.

(EF89LP37) Analisar os efeitos Contextualizar, esta habilidade,


de sentido do uso de figuras com projetos de produção de
de linguagem como ironia, textos do campo literário, com
eufemismo, antítese, aliteração, a elaboração de artigos de
assonância, dentre outras. divulgação de conhecimento,
com projetos de estudo das
figuras de linguagem, em tex-
tos literários ou de divulgação
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Figuras de de conhecimento. No que diz


Análise linguística/ semiótica

linguagem respeito à progressão, pode se


dar com base na complexidade
do gênero/texto ou do grau
de autonomia do estudante ao
realizar o trabalho, podendo,
ainda, ocorrer um exercício cola-
borativo (coletivo e em grupos/
duplas), que progrida para o
autônomo.
ENSINO FUNDAMENTAL – 9º ANO
Campos de

Práticas de
Linguagen
Objeto de Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Atuação

Habilidades
Conhecimento (DesDP)

Reconstrução (EF09LP01) Analisar o Propor um trabalho que parta das expe-


do contexto fenômeno da dissemi- riências dos adolescentes, nos espaços
de produção, nação de notícias falsas de grande circulação das noticias falsas,
circulação e nas redes sociais e as “fake news” no Facebook e Whatsapp e
recepção de desenvolver estratégias que os prepare para analisar e averiguar os
textos para reconhecê-las, a diferentes elementos que constituem es-
Caracterização partir da verificação/ sas mensagens e que dão ou não credibili-
do campo avaliação do veículo, dade a elas. Prever projetos, que envolvam
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

jornalístico e fonte, data e local da pu- toda a comunidade escolar para se criar
relação entre blicação, autoria, URL, uma rede de proteção contra as notícias
os gêneros da análise da forma- falsas, pode mobilizar os estudantespara
em circulação, tação, da comparação ações permanentes de filtro, dessas fake
mídias e práti- de diferentes fontes, news, antes de compartilharem esse tipo
cas da cultura da consulta a sites de de mídia.
digital curadoria que atestam a
fidedignidade do relato
Leitura

dos fatos e denunciam


boatos etc.

Relação entre (EF09LP02) Analisar e Analisar e comentar a qualidade da co-


textos comentar a cobertura bertura dos fatos, pela imprensa, sendo
da imprensa sobre fatos necessário investir em procedimentos de
CAMPO JORNALÍSTICO/

de relevância social, curadoria que vão, desde o refinamento


comparando diferentes da capacidade de selecionar palavras,
enfoques por meio do expressões ou frases-chave para busca de
uso de ferramentas de um mesmo fato veiculado pelos diferentes
MIDIÁTICO

curadoria. veículos e mídias, até buscar informações


Leitura

sobre a proposta editorial e o grau de


confiabilidade dos veículos pesquisados.

Textualização (EF09LP03) Produzir ar- Produzir um artigo de opinião, a partir de


de textos ar- tigos de opinião, tendo apreciações de caráter políticos, sobre os
gumentativos em vista o contexto de fatos/assuntos tratados, mobilizando, com
e apreciativos produção dado, assu- maior intensidade habilidades que desen-
CAMPO JORNALÍSTICO/MIDIÁTICO

mindo posição diante de volvam o pensamento crítico, visto que se


tema polêmico, argu- propõe a dar uma resposta a uma questão
mentando de acordo polêmica que vai exigir do/a autor/a inter-
com a estrutura própria pretar informações selecionadas, avaliar o
Produção de textos

desse tipo de texto e raciocínio e explicar evidências. Há, aqui,


utilizando diferentes oportunidade para o trabalho interdisci-
tipos de argumentos – plinar com a habilidade (EF09LI12), da
de autoridade, compro- Língua Inglesa, associada à produção de
vação, exemplificação textos com posicionamento crítico.
princípio etc.
Fono-orto- (EF09LP04) Escrever Associar o desenvolvimento, desta habili-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

grafia textos corretamente, de dade, a práticas de leitura e/ou produção


Análise linguística/ semiótica
acordo com a norma- de textos dos mais diversos gêneros e
-padrão, com estruturas campos de atuação. Recomenda-se, ainda,
sintáticas complexas que: a) as atividades propostas definam os
no nível da oração e do conhecimentos a serem abordados, consi-
período. derando os tópicos, já previstos para anos
anteriores; b) explicitem as estruturas
sintáticas complexas a serem estudadas;
c) evitem a perspectiva do conceito gra-
matical puro, a metaleitura.

Morfossintaxe (EF09LP05) Identificar, Relacionar as demais habilidades de aná-


em textos lidos e em lise, com foco na sintaxe da oração e do
produções próprias, período (especialmente EF09LP06). Reco-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

orações com a estrutura menda-se que o desenvolvimento, desta


Análise linguística/ semiótica

sujeito-verbodeligação- habilidade, não se constitua como um fim


-predicativo. em si mesmo, mas que contribua para
uma compreensão global, por parte do
estudante, do papel da sintaxe no funcio-
namento da língua. Isso significa propor
atividades que associem essas análises à
leitura e à produção de textos, com foco
nos efeitos de sentido que podem se asso-
ciar às estruturas sintáticas em estudo.

Morfossintaxe (EF09LP06) Diferenciar, Relacionar ao desenvolvimento de todas


TODOS OS CAMPOS DE

em textos lidos e em as demais habilidades de análise com foco


Análise linguística/

produções próprias, o na sintaxe da oração e do período (espe-


efeito de sentido do uso cialmente EF09LP05).
dos verbos de ligação
semiótica
ATUAÇÃO

“ser”, “estar”, “ficar”,


“parecer” e “permane-
cer”.
Conhecimento
Linguagem
Campos de

Práticas de
Desdobramentos Didático-Pedagógicos

Objeto de
Habilidades
Atuação

(DesDP)

(EF09LP07) Comparar o uso Reforçar um compromisso fundamental da


de regência verbal e regência escola: ser o espaço em que os/as estudantes
nominal na norma-padrão aprendem a utilizar as variedades de maior
com seu uso no português prestígio e, com as quais, tenham pouca
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

brasileiro coloquial oral. familiaridade, sem, no entanto, discriminar as


Análise linguística/ semiótica

demais, utilizando falares de diversas regiões


do país e fazendo associações culturais. Esse
estudo possibilita, de um lado, colocar, em
questão, as origens das regras da norma-
-padrão para relativizá-las; de outro lado,
Morfossintaxe

favorece a compreensão da língua, como algo


que muda no tempo e no espaço, de modo a
legitimar todas as variedades e seus contex-
tos culturais.

(EF09LP08) Identificar, em Organizar o desenvolvimento desta habili-


textos lidos e em produções dade, através de dois pontos articulados:
próprias, a relação que con- 1) resolver um problema de compreensão/
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

junções (e locuções conjunti- redação, decorrente do emprego de uma de-


Análise linguística/ semiótica

vas) coordenativas e subordi- terminada conjunção ou locução conjuntiva;


nativas estabelecem entre as 2) sistematizar o conhecimento discutido na
orações que conectam. etapa anterior. Sugerimos que as atividades
sejam organizadas, focalizando diferentes
possibilidades de articulação dos trechos,
Morfossintaxe

as conjunções e locuções correspondentes,


considerando, tanto a legibilidade do texto,
como as intenções de significação e as possi-
bilidades de compreensão do interlocutor.

(EF09LP09) Identificar efeitos Organizar o desenvolvimento desta habilida-


Elementos notacionais da escrita/
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

de sentido do uso de ora- de, com base em dois pontos articulados: 1)


Análise linguística/ semiótica

ções adjetivas restritivas e resolver um problema de compreensão/reda-


explicativas em um período ção, decorrente da presença e/ou emprego de
composto. orações adjetivas restritivas ou explicativas
em períodos compostos; 2) sistematizar o
conhecimento discutido na etapa anterior (1),
morfossintaxe

associada à habilidade (EF09LP08), no que


diz respeito ao trabalho com a metalingua-
gem e a abordagem da progressão textual e
da seleção dos textos.
(EF09LP10) Comparar as re- Reconhecer que as variedades relacionam-se,
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise linguística/ semiótica gras de colocação pronominal sobretudo, à linguagem oral e que a utilização
na norma-padrão com o seu de uma variedade linguística, não padrão, em
uso no português brasileiro textos escritos, é possível quando se preten-
coloquial. de, por exemplo, caracterizar um personagem
(textos da esfera literária) e também que
as variedades coloquiais não são idênticas
no país inteiro, devido a fatores regionais,
sociais e temporais. Todos esses fatores não
Coesão

podem ser utilizados para que uma variante


seja considerada superior a outra.

(EF09LP11) Inferir efeitos de Organizar o desenvolvimento desta habilida-


sentido decorrentes do uso de de, com base em dois pontos articulados: 1)
recursos de coesão sequencial resolver um problema de compreensão/reda-
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

(conjunções e articuladores ção, decorrente da presença e/ou emprego


Análise linguística/ semiótica

textuais). de recursos de coesão sequencial; 2) siste-


matizar o conhecimento discutido na etapa
anterior (1). Sugere-se que as atividades
sejam organizadas focalizando as diferentes
possibilidades de articulação de trechos de
enunciados no estabelecimento da progres-
são temática, considerando a legibilidade do
Coesão

texto, as intenções de significação e as possi-


bilidades de compreensão do interlocutor.

(EF09LP12) Identificar estran- Contextualizar esta habilidade em projetos de


geirismos, caracterizando-os leitura e/ou produção de textos de qualquer
segundo a conservação, ou campo, ou, ainda, em projetos de estudo do
TODOS OS CAMPOS DE ATUAÇÃO

Análise linguística/ semiótica

não, de sua forma gráfica de recurso a estrangeirismos e de sua pertinên-


origem, avaliando a pertinên- cia em diferentes gêneros e textos de campos
cia, ou não, de seu uso. diversos. É necessária a leitura crítica e/ou
Variação linguística

a produção monitorada de textos, em que


estrangeirismos são frequentes (informática,
moda, tecnologia etc.), em qualquer campo
de atuação
LINGUAGENS
ARTE

ARISTEU JOAQUIM MARINHO DE ALMEIDA – ESCOLA ESTADUAL EDITE MACHADO


ARTE
1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 261

2. ENSINO DA ARTE NO BRASIL E SEUS MARCOS LEGAIS.................................... 262

3. O COMPONENTE CURRICULAR ARTE A E BNCC............................................... 264

4. METODOLOGIAS E ABORDAGENS NO COMPONENTE CURRICULAR ARTE...... 265

5. O CURRÍCULO E A ARTE NA PÓS-MODERNIDADE  ........................................... 268

6. A ARTE E SEUS PROCESSOS DE HIBRIDAÇÕES................................................ 270

7. COMPONENTE CURRICULAR ARTE E O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS


COGNITIVAS E SOCIOEMOCIONAIS ................................................................ 272

8. O PAPEL DO ARTE EDUCADOR E SUAS MEDIAÇÕES........................................ 275

9. O COMPONENTE CURRICULAR ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL.................. 276


9.1. A arte nos Anos Iniciais................................................................................................277
9.2. A arte nos Anos Finais..................................................................................................279

10. ORGANIZAÇÃO DO COMPONENTE CURRICULAR ARTE.................................. 280


10.1. Competências específicas de arte............................................................................281
10.2. Dimensões do conhecimento em arte.....................................................................283
10.3. As linguagens artísticas.............................................................................................284
10.4. Objetos do conhecimento e os conteúdos..............................................................286
10.5. Habilidades.................................................................................................................288
10.5.1. Habilidades nos Anos Iniciais.................................................................................288
10.5.2. Habilidades nos Anos Finais...................................................................................288

11. O ORGANIZADOR CURRICULAR DO COMPONENTE ARTE............................... 289


11.1. Desdobramento didático pedagógico -DesDP........................................................289
11.2. O desdobramento e sua contextualização...............................................................291
11.3. Organizador Anos Iniciais..........................................................................................294
11.4. Organizador Anos Finais............................................................................................325

12. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 361


1. APRESENTAÇÃO
A Arte é indispensável na vida das
pessoas e na sociedade desde os
primórdios da civilização, uma vez que
é constituída por modos específicos de
manifestações criativas dos sujeitos ao
interagirem consigo mesmo e com o
mundo em que vivem. Refletir sobre as
concepções de arte pode contribuir bas-
tante quando se depara com situações
em que a arte está envolvida, ou seja, a
arte enquanto conhecimento a ser cons-
truído, enquanto linguagem a ser desen-
volvida, experimentada e fruída; expres-
são a ser exteriorizada e refletida.
Enquanto conhecimento a ser cons-
truído, arte é interdisciplinaridade e essa
concepção está relacionada a proces-
sos, com características próprias e im-
prescindíveis ao desenvolvimento do ser
humano na sua totalidade e subjetivida-
de, desenvolvendo competências cogni-
tivas e socioemocionais.
Como construção de conhecimento,
a Arte e suas dimensões desenvolvem a
sensibilidade por meio de práticas artís-
ticas e pedagógicas, além de oportunizar
vivências e significados essenciais para o
desenvolvimento do sujeito aprendente.
262 - ARTE -

O Componente Curricular Arte Esse esforço, ao explicitar uma


do Referencial Curricular de Ala- ideia, pensamento e visão através
goas explora as dimensões do ser, da produção artística como repre-
pertencer, perceber e estar no sentação simbólica da realidade
mundo, revelando sentidos, além interior e exterior, constitui a arte
de construir pontes entre as ori- como um sistema de represen-
gens culturais de cada sujeito e sua tações construtoras de símbolos,
participação no aprendizado. que propiciam o desvelar da cultura
Uma educação humanizada e e o acesso a ela.
inclusiva respeita as individuali- Em relação ao sujeito apren-
dades pessoais, a história do su- dente, torna-se essencial construir
jeito, as características culturais e seu modo de ser pelo aprendizado,
suas territorialidades, criando um respeitando e valorizando a diver-
ambiente escolar enriquecedor sidade de formas de conhecimen-
e oportunizando a expressão de to e seu processo de construção,
emoções, sensações e intenções no qual os fazeres se relacionam,
inspiradas naquilo que toca os sen- envolve uma série de ações/opera-
timentos de cada um. Esse contato ções conectadas a esse sujeito em
sensível com o mundo imaginário que o conhecer, o fazer, o expres-
e real, repleto de signos que refle- sar, o comunicar e o interagir ins-
tem as relações sociais, permeiam tauram práticas inventivas a partir
o cotidiano, tornando-o vivo e em da vivência de cada um, que com-
constante transformação por meio preende, relaciona, ordena, classi-
de produções artísticas. fica, transforma e cria, relacionan-
Nas linguagens, o conhecimen- do a arte e vida.
to artístico na experiência do fazer,
revela a função social e ética da 2. O ENSINO DA ARTE
arte como produção social humana NO BRASIL E SEUS
que   não fragmenta o ser racional MARCOS LEGAIS
e o ser sensível, pois transita en-
tre o inteligível e a sensibilidade. Antes de se constituir um com-
A intencionalidade do processo ponente curricular obrigatório, a
criativo enquanto materialização Arte percorreu um longo caminho
do fazer, direciona o indivíduo am- histórico que vem desde a época da
pliando o universo de cada ser, sua colonização, passando pelos ensi-
visão de mundo em um contexto namentos dos jesuítas que perdu-
de interação sociocultural. raram até 1816, quando D. João VI
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 263

trouxe a Missão Artística Francesa da criança. Nesse universo criativo,


para o Brasil com o intuito de for- o artista plástico Augusto Rodri-
mar uma Escola de Arte. O ensino gues funda, em 1948, a Escolinha
da Arte sob os moldes da escola de Arte do Brasil, no Rio de Janei-
francesa, vinculada à apreensão ro, ligado ao movimento de rede-
artística da natureza começa a ser mocratização da educação que
questionado, principalmente a par- tinha como objetivo a construção
tir de propostas vindas dos EUA e do processo educacional do nosso
da Inglaterra, voltadas para a for- País, valorizando a capacidade cria-
mação de desenhistas industriais. dora dos estudantes.
O embate de escolas e peda- A partir de 1950, as disciplinas
gogias perdurou até os inícios de Desenho, Trabalhos Manuais, Músi-
1920, quando predominavam aqui ca e Canto Orfeônico faziam parte
no Brasil, a cópia de quadros e de- dos programas das escolas primá-
senhos geométricos. Nesse mo- rias e secundárias na escola tradi-
mento, a Arte passa a ser incluída cional. Eram valorizadas, principal-
no currículo escolar como ativida- mente, as habilidades manuais com
de integrativa, apoiando o apren- uma visão utilitarista e imediatista
dizado de outras disciplinas, porém da arte. O ensino da Arte era volta-
mantendo como eixo o desenho e do essencialmente para o domínio
seus exercícios de cópia. técnico, tendo em comum, entre
A Semana de Arte Moderna de as linguagens, a reprodução de
1922 trouxe não só um novo pensa- modelos com diferentes caracte-
mento para as artes brasileiras como rísticas de acordo com o contexto
também para suas metodologias político e social de cada época.
pedagógicas, por meio da Arte-Edu- Em 1958, Lúcio Costa influen-
cação, impulsionada com as ideias de ciado pelas ideias da Escola   de
livre expressão de Mário de Andrade Bauhaus (movimento que unificou
e Anita Malfatti, que acreditavam que disciplinas como arquitetura, es-
a Arte tinha como finalidade principal cultura, pintura e desenho indus-
permitir que as crianças expressas- trial), elaborou um programa de
sem seus sentimentos.   ensino em desenho que fortale-
No final da década de 1940, sur- ceu o processo de ensino de Arte
ge um movimento de valorização no Brasil, resultando na promul-
da arte infantil, com o aparecimen- gação de uma lei que permitia a
to de ateliês, orientados por artis- criação de classes experimentais
tas voltados para a livre expressão para o ensino de Arte, com a fina-
264 - ARTE -

lidade de investigar alternativas e incluída no currículo escolar do En-


experimentações para os currícu- sino Fundamental com o título de
los e programas que se definiram, Educação Artística, sendo apenas
posteriormente, como normas uma atividade educativa e não dis-
gerais para o Ministério da Edu- ciplina. Com a aprovação da LDB nº
cação. A criação das classes ex- 9.394/96 Educação Artística como
perimentais no Brasil, segundo Componente Curricular passou a
Passos, Ferreira e Matte (s.d, p. ser obrigatória nos diversos níveis
2), “se deu efetivamente com a da educação básica.
aprovação dos Pareceres 31/58 e Em 31 de janeiro de 2006, com
77/58, expedidos pelo Ministério base na formação específica ple-
da Educação e Cultura”. na em uma das linguagens: Artes
A implantação da Lei de Diretri- Visuais, Dança, Música e Teatro,
zes e Base da Educação Brasileira, conforme Resolução CNE/CEB nº
de 1961, que regulamentou a uni- 1, o nome Educação Artística foi
formização dos programas esco- modificado para Arte. Formação
lares e sugeriu a introdução formal essa que em 2016 com a Lei nº
à arte na escola, o Canto Orfeôni- 13.278/2016 tornou obrigatório as
co foi substituído pela Educação linguagens artísticas artes visuais,
Musical. Com novo olhar, a música dança, música e teatro no Compo-
passou a ser sentida tocada, dan- nente Curricular Arte.
çada, além de cantada, buscando
o desenvolvimento sensorial e a 3. O COMPONENTE
socialização das crianças que são CURRICULAR ARTE
estimuladas a experimentar, im- E A BNCC
provisar e criar. As aulas de Dese-
nho e Artes Plásticas assumiram A Base Comum Curricular -
características mais expressivas, BNCC é um documento oficial de
buscando a espontaneidade, valo- caráter normativo que define o
rizando o crescimento ativo e pro- conjunto orgânico e progressivo de
gressivo do estudante de forma aprendizagens essenciais e indis-
inventiva e autônoma, proporcio- pensáveis que todos os estudantes
nado descobertas e a auto-expres- devem desenvolver ao longo das
são do estudante. etapas e modalidades da Educa-
Em 1971, pela Lei de Diretrizes ção Básica. Assegura os direitos de
e Bases da Educação Nacional nº aprendizagem e desenvolvimento,
5.692/71 - LDB, Art. 7º, a Arte é visando à formação humana inte-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 265

gral e à construção de uma socie- simples ato criador, que respon-


dade justa, democrática e inclusiva. de aos desafios que surgem num
A partir da BNCC, as redes de constante processo de transfor-
ensino e instituições escolares pú- mação do homem e da realidade
blicas e particulares passam a ter que o cerca.
uma referência nacional obrigatória
para a elaboração ou adequação de 4. METODOLOGIAS
seus currículos e propostas peda- E ABORDAGENS
gógicas. Essa referência é o ponto NO COMPONENTE
em que se quer chegar em cada eta- CURRICULAR ARTE
pa da Educação Básica, enquanto os
currículos traçam o caminho até lá. As metodologias e abordagens
Na perspectiva de implemen- estimulam percepções e encontros
tação da base comum curricular diferenciados ao valorizar habilida-
no estado de Alagoas e em regi- des, competências e experiências
me de colaboração com os muni- específicas. Analisando o que dife-
cípios, comunidade educacional e rencia metodologia de abordagem,
sociedade alagoana, a atualização percebe-se que as metodologias
da proposta do componente cur- são diretrizes que orientam os pro-
ricular Arte se faz necessária para cessos de ensino e aprendizagem
o devido alinhamento do processo e que se concretizam em estraté-
de ensino e aprendizagem. gias, abordagens e técnicas con-
O desenvolvimento de compe- cretas, específicas, diferenciadas,
tências e  habilidades a nível nacio- ou seja, metodologia é como se es-
nal, garante o direito de aprendiza- tabelece a relação entre sujeitos e
gens  básicas em Arte que atendam objetos de ensino e pesquisa.
às especificidades das diferentes Enquanto que a abordagem tem
etapas, modalidades e regiões. como base a transculturalidade, que
A Arte como objeto de conhe- valoriza a identidade dos diversos
cimento, seja ele científico, técnico povos, sociedades e práticas cultu-
ou filosófico tem em comum seu rais, concentrando-se nos diálogos,
caráter de criação, inovação e seus encontros e construções conjuntas
processos de hibridação (não se das diversas culturas e tradições,
restringe somente a transmissão valorizando o surgimento do novo
do  conhecimento e nem tão pouco e de novas identidades culturais, ou
a prática e ao saber). Ela estrutura seja, é como chegar nos sujeitos e
e organiza o mundo do sujeito, pelo suas culturas híbridas.
266 - ARTE -

É importante considerar articu- dade proposta por Fernando Her-


lações metodológicas que mobili- nández com a ideia de cultura visual
zem ações e experiências significa- busca referenciais de arte, arqui-
tivas que estimulem o interesse do tetura, história, mediação cultural,
estudante em aprender, de forma psicologia e antropologia, que não
que o processo seja conduzido em se organiza somente com base em
direção ao conhecimento, amplian- nomes de peças, fatos e sujeitos,
do o que se conhece, conhecendo mas na relação estabelecida com
o desconhecido, conquistando a seus significados culturais. Defen-
autonomia nos modos de perceber de-se, de acordo com Hernández
e interferindo na realidade. (2000, p. 54), uma abordagem que
A Abordagem Triangular, considere “a arte e a cultura como
nos termos de Ana Mae Barbo- mediadores de significados, na
sa (2010), considerada a base da qual o significado pode ser inter-
maioria dos programas de Ar- pretado e construído, as imagens
te-Educação, possui três eixos podem informar àqueles que as
de aprendizagem, sem ordem veem sobre eles mesmos e sobre
preestabelecida: apreciar, contex- temas relevantes no mundo”.
tualizar e fazer. Tais eixos podem As aprendizagens artísticas
ampliar a capacidade cognitiva e exploram diversos conceitos que
crítica dos sujeitos aprendentes, visam potencializar a experiência
estimulando-os a criarem suas com arte. Conceitos de forma e
próprias manifestações poéticas conteúdos que articulados   aos
e artísticas com um repertório elementos de linguagens criam
cultural alimentado pelas próprias estilos, discursos e poéticas.
produções. Hoje esses eixos pas- Esse processo criador, nos ter-
saram a ser chamados dimensões mos de Vygotsky (1979), ao in-
e conforme a BNCC (2017), am- terpor a realidade , a imaginação,
pliadas com mais três, formando a emoção e a cognição, envolve
assim as seis dimensões do co- reconstrução, reelaboração e re-
nhecimento: criação, crítica, este- descoberta. Ensinar Arte signifi-
sia, expressão, fruição e reflexão. ca proporcionar aos estudantes
Outras concepções de educa- o conhecimento a partir de um
ção estética, artística e cultural, no modo formativo, inventivo, de
entanto, vêm trilhando caminhos fazer, exprimir e conhecer. A edu-
próprios nas escolas e nos progra- cação torna-se mais verdadeira,
mas educativos. A interdisciplinari- conforme propõe Freire (1977),  à
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 267

medida que estimula a expressi- Na metodologia ativa, o estu-


vidade dos seres humanos, a Arte dante é o protagonista e maior res-
é um instrumento de apropriação ponsável pelo processo de apren-
da realidade descobrindo mundos dizado. O objetivo desse modelo
e recriando-o poeticamente. de ensino é incentivar que os estu-
O processo de socialização dantes desenvolvam a capacidade
dá-se pelo contato com o outro de absorção de conteúdos de ma-
e, também, pelo contato com a neira autônoma e participativa.
produção do outro (texto, pintura, A sala de aula invertida, que tem
música, dança etc.). A cultura ge- por objetivo otimizar o tempo em
ral aproxima os homens, pois per- sala, faz com que o estudante che-
mite a identificação de uns com gue com um conhecimento prévio,
os outros. Para Wallon (2008), o tire dúvidas com os professores e
meio social e a cultura constituem interaja com os colegas para fazer
as condições, as possibilidades e projetos, resolver problemas ou
os limites do desenvolvimento do analisar estudos de caso conside-
organismo. Os três campos fun- rados também métodos ativos.
cionais – o motor, o afetivo e cog- A metodologia ativa não é a ati-
nitivo são tratados pelo autor de vidade, mas a construção didática
forma indissociável, uma vez que o que o professor faz e que vai colo-
desenvolvimento de um, necessa- car o estudante, cognitivamente e
riamente, causa impactos qualita- socioemocionalmente, engajado
tivos nos demais. Por isso, o sujeito no processo de aprendizagem.
aprendente precisa ser entendido O Ensino Híbrido é uma pro-
em seu contexto, e seu desenvolvi- posta de educação que se carac-
mento como resultado de sua inte- teriza por mesclar dois modos
ração com esse meio. de ensino: o on-line e o off-line,
É importante considerar que as momento em que o estudante
práticas pedagógicas sofrem cons- estuda sozinho, em grupo, com
tantes modificações em busca de o professor ou colegas, valori-
novos caminhos.   As metodologias zando a interação e o aprendiza-
de aprendizado, no campo da Arte/ do coletivo e colaborativo. Outra
Educação, caminham para novas metodologia ativa é a Espiral da
configurações e propostas que apre- Aprendizagem, que utiliza tec-
sentam uma complexidade multis- nologias educacionais, como um
sensorial incorporadas e integradas recurso para a identificação de
às metodologias ativas e híbridas. problemas que surgem, a partir
268 - ARTE -

dos conhecimentos, sentimentos 5. O CURRÍCULO E


e valores prévios de cada sujeito A ARTE NA PÓS-
aprendente. Os problemas iden- MODERNIDADE
tificados podem ser agrupados,
por afinidade, e representam o A arte ocupa um espaço vivo
ponto de partida do processo en- e em constante mutação. Nes-
sino-aprendizagem. se sentido, propor um currículo,
Não se propõe, aqui, uma receita, voltado para a compreensão das
mas possibilidades de combinações linguagens artísticas, de forma
metodológicas flexíveis que se ade- significativa se faz necessário para
quem à realidade de cada contex- estabelecer vínculos, entre cultu-
to escolar. Pode-se considerar um ra, conhecimento e aprendizagem.
mundo conectado e digital, com me- Por isso, é importante compreen-
todologias ativas que se expressam, der como os vínculos são estabe-
por meio de modelos de ensinos hí- lecidos e como se dão os proces-
bridos, porém o que irá determinar, sos de integrações entre eles, para
qual metodologia ou abordagem se- que as relações sejam estabeleci-
rão utilizadas, são as especificidades das, de forma consciente.
de cada território, no qual a institui- Pode-se afirmar, conforme
ção escolar está inserida.   Marcelo Gruman (2012, p.2) que
Trabalhar com modelos flexí- “cultura” se refere ao significado
veis, que utilizem projetos reais, que um grupo social dá a sua ex-
jogos e informação contextuali- periência, incluindo, aqui, idéias,
zada, equilibrando a colaboração crenças, costumes, artes, lingua-
com a personalização, é o cami- gem, moral, direito, culinária etc.
nho mais significativo, poden- A cultura é dinâmica, se trans-
do ser planejado e desenvolvido forma incessantemente, incor-
de várias formas e em contextos porando novos elementos, aban-
diferentes.   Cabe ao professor, donando antigos, mesclando-os
atuar como condutor e mediador transformando-os num tercei-
de práticas pedagógicas que po- ro com novo sentido. Trata-se,
tencializem a aprendizagem na portanto, do mundo das repre-
sala de aula, de modo que os es- sentações, incorporadas simbo-
tudantes possam decodificar e licamente na complexidade das
compreender aspectos da cultura manifestações culturais. Cultura
de maneira crítica e aprofundada não é acessório da condição hu-
(AROUCA, 2012, p.9). mana, é, sim, seu substrato. O ser
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 269

humano é humano porque produz ralmente nos identifica está de an-


cultura, dando sentido à expe- temão resolvido e que as integra-
riência objetiva, sensorial. ções se dão  entre as diferenças.
O ensino da Arte busca trazer As relações, entre escola, cul-
as experiências e os conhecimen- tura e estética, devem atender um
tos dos estudantes para dentro da campo muito maior do que mera-
escola, trabalhando, a partir deles, mente procedimentos tecnicis-
para eles e, com eles, o currículo tas e conceitos descontextualiza-
oculto   de cada um, de forma in- dos da realidade local. É essencial
tencional. A Arte, como uma área que os trabalhos desenvolvidos,
de conhecimento, opera com a or- pelas escolas e professores de
ganização imaginativa do sujeito, Arte, considerem o cotidiano do
a partir da experiência universal da estudante, construindo-se um
humanidade e das experiências par- ambiente de aprendizagem, pul-
ticulares de cada um, resguardados sante e diretamente conectado
os princípios da unidade na diversi- com a realidade.
dade, da harmonia na heterogenei- O currículo, como um espaço
dade e do equilíbrio nas diferenças habitado por uma pluralidade de
(PEREIRA, 1993). vozes que interagem e negociam
A cultura do Estado de Alagoas, sentidos, espaços, tempos e valo-
como um repertório de significa- res. Precisa tornar claro, as infinitas
dos, práticas e valores construí- possibilidades de integrações que
dos e compartilhados por grupos o Componente Curricular Arte, e
identitários, tem atenção especial, suas linguagens artísticas, irá tra-
como objeto de estudo, valorizan- balhar. É com esse olhar que esco-
do e buscando diminuir distâncias, las e professores devem direcionar
entre o erudito e o popular. O res- seus projetos, planejamentos e
gate e a valorização do território planos, percebendo as especifi-
alagoano e suas tradições popula- cidades de seu território, com o
res, estabelecem pontes e diminui objetivo de despertar em cada es-
as assimetrias, entre os estudan- tudante, por meio das dimensões
tes, os saberes e a escola. do conhecimento, a ampliação e o
Os vínculos criados, entre cul- desenvolvimento de percepções
tura e currículo, estabelecem in- de mundo e de pertencimento.
tegrações transculturais entre as A educação, pela Arte, tem, por
diferenças identitárias. Afirma-se, finalidade, a formação e o desen-
isto, por entender que, o que cultu- volvimento global do ser huma-
270 - ARTE -

no, assumindo uma visão plural, 6. A ARTE E SEUS


singular e integral da criança, do PROCESSOS DE
adolescente, do jovem e do adulto HIBRIDAÇÕES
– considerando-os como protago-
nistas da aprendizagem –, promo- As manifestações artísticas, na
vendo uma educação voltada ao pós-modernidade, assumem cada
seu acolhimento, inclusão, reco- vez mais culturas híbridas em suas
nhecimento e desenvolvimento formas. Os processos de ensino e
pleno de competências socioe- aprendizagem atravessam, por-
mocionais, nas suas singularida- tanto, as linhas imaginárias das
des e diversidades. circularidades dos produtos híbri-
Essa concepção de Educação dos da arte. As linguagens explo-
Integral, que é apresentada para o radas, pelo componente curricular
componente curricular Arte, ne- Arte, quer sejam literárias, cêni-
cessita, para o seu pleno desenvol- cas, musicais ou visuais têm como
vimento, de um olhar inovador por objetivo sensibilizar o olhar, ex-
parte da gestão escolar, ou seja, pandir possibilidades de criações,
do porteiro à direção, todos de- explorar o sensorial, o lúdico e dar
vem estar envolvidos e integrados voz a formação do indivíduo, por
à proposta pedagógica da escola, meio de diferentes formas de ex-
superando a fragmentação e pos- pressões. Garantir uma elabora-
sibilitando a quebra de paradigmas ção mais consciente de trabalhos
no desenvolvimento do trabalho à serem desenvolvidos, conside-
dos professores, inclusive no tra- rando o cidadão do século 21, de
balho das equipes de gestão. forma inovadora e prazerosa, evita
Uma gestão colaborativa e ino- a simples reprodução de técnicas
vadora, aberta á mudança de com- adquiridas, além de possibilitar a
portamento e atitudes, promove e hibridação no processo de criação
assegura aprendizagens que vão e evidenciar diferentes maneiras
além das estritamente cognitivas, de entrecruzar as linguagens ar-
criando ambientes de aprendiza- tísticas, entre si, com outros re-
gens que proporcionem a inclu- cursos, suportes e técnicas.
são que incorporem o universo do A multiplicidade e diversidade
sujeito aprendente, trabalhando das artes, no panorama contem-
valores éticos, estéticos e sociais, porâneo resultam, entre outras
como também escolhas artísticas, coisas, das misturas e hibridismo,
padrões e potencialidades. entre gêneros, suportes, técnicas,
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 271

tecnologias, mídias e linguagens A hibridação na arte, para San-


que foram se acentuando, a par- dra Rey (2004), refere-se às formas
tir do final do século XIX e que in- artísticas que não se constituem,
troduziram a fotografia, o cinema, enquanto aplicações ou explora-
o vídeo, a arquitetura, o design e ções de uma técnica tomada como
suas variadas misturas no panteão um sistema fechado, constituindo
das artes. Disso, resulta a quase um dado preliminar no processo
impossibilidade de categorização de criação. Ao contrário, nas pro-
ou apontamento de tendências da posições que recorrem à hibri-
arte contemporânea (SESC/SP). dação, inventam procedimentos,
Essa integração, entre as lin- realizam cruzamentos e combina-
guagens e seus processos criati- ções diversas que podem assumir
vos de hibridações são constan- proposições poéticas, lúdicas, so-
temente encontrados na área das ciológicas, filosóficas, conceituais,
artes. Para Santaella (2003), em ecológicas e/ou políticas.
se tratando de arte, “são muitas Cartaxo (2009) afirma que a arte
razões para esse fenômeno da hi- é uma área híbrida. De modo que
bridização, entre os quais devem permite revisões, mudanças e que-
estar incluídas as misturas de ma- bras de paradigmas, dentre eles, o
teriais, suportes e meios”. rompimento de fronteiras do conhe-
Conforme Sandra Rey (2004), o cimento. O limite, entre um cenó-
termo hibridação compreende “as grafo e um artista plástico, está em
diversas definições e implicações cada trabalho que é executado. O
que definem grande parte da arte cenógrafo pode ser um artista plás-
contemporânea, indicando as for- tico, e este pode ser um cenógrafo.
mas artísticas que misturam técni- Um xilogravurista pode ser um cor-
cas e tradições diferentes, tais como delista, e os cordelistas, geralmente
podemos constatar nas instalações, são xilogravuristas. Esse hibridismo
arte híbrida por excelência, nos ví- propicia um trânsito harmônico, en-
deos que cruzam técnicas de dese- tre a literatura e as artes plásticas. O
nho, modelagem, com a fotografia professor, no lugar de ser um repro-
e a edição digital; no tratamento da dutor, deve ser um autor. Para isso a
fotografia analógica pelos meios di- pesquisa é o caminho, inclusive para
gitais, [...] nas apropriações de obje- trabalhar com experiências múltiplas
tos, materiais e procedimentos ori- de expressões artísticas.
ginalmente estrangeiros à arte; na O importante, para Cartaxo
net-art e na arte interativa”. (2009), nessa revisão do conceito
272 - ARTE -

de polivalência, é que   deve haver manter relações sociais positivas


uma criticidade, no sentido mais e tomar decisões de maneira res-
amplo possível. Se há resistência ponsável, entre outros.
em aceitar a denominação poliva- Uma educação, voltada para o
lência, que se busque outro nome, desenvolvimento artístico, a for-
que seja hibridismo, concomitância, mação de leitores e apreciadores
interface, multiculturalidade, entre críticos, como também para a for-
outras. A questão é que as expres- mação de novos públicos, promove
sões artísticas não acontecem, nem a integração dos diversos aspec-
são criadas isoladamente, logo, tos inerentes à condição humana.
também não devem ser tratadas Trabalhar com a cognição, levando
pedagogicamente, dessa forma. em conta os sentidos produzidos
pelos aspectos socioemocionais,
7. COMPONENTE abre, novos olhares, sobre o signifi-
CURRICULAR cado do processo de conhecimen-
ARTE E O to humano.
DESENVOLVIMENTO Redimensionar as práticas
DE COMPETÊNCIAS artísticas, através do desenvol-
COGNITIVAS E vimento de uma abordagem di-
SOCIOEMOCIONAIS dático-pedagógica, com base na
conscientização das competên-
Reconhecer que o processo cias emocionais e sociais, contri-
de aprendizagem se dá na intera- bui para o aprendizado escolar e
ção entre estudantes, educadores colabora para a permanência dos
e escola, e que está fortemente jovens na escola.
permeado por um “currículo ocul- A intencionalidade no desen-
to” de crenças, valores e atitu- volvimento de competências so-
des que é ensinado de forma não cioemocionais em Arte, visa à pro-
explícita na escola, é importante moção e o desenvolvimento das
para superação da fragmentação relações pessoais e interpessoais,
do conhecimento. Nesse proces- de forma fundamentada nos qua-
so de formação, tanto crianças, tro pilares da educação: apren-
adolescentes, jovens e adultos der a fazer, aprender a conviver,
aprendem a colocar em prática, as aprender a conhecer e aprender
melhores atitudes e habilidades a fazer. Trabalhar com Arte, quer
para controlar emoções, alcançar seja nas Artes Visuais, Dança, Mú-
objetivos, demonstrar empatia, sica e Teatro de forma individual
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 273

ou integrada, oportuniza novas Em consonância com as Com-


experiências e conhecimentos, petências Gerais da BNCC, pode-
estimulando o protagonismo, a -se destacar algumas competên-
criticidade e criatividade, de modo cias socioemocionais, facilmente
colaborativo e responsável, cul- identificáveis e que estão intrin-
tivando o autoconhecimento em secamente ligadas à Arte, como,
diferentes esferas, contextos e di- por exemplo, a  competência ge-
versidades culturais. ral 2, 3, 4, 8 e 9:

Competência: 2 - PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO

O que:  Exercitar a curiosidade intelectual e utilizar as ciências com criticidade e criatividade.


Para: Investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções.

Competência: 3 - REPERTÓRIO CULTURAL

O que:  Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais


Para: Fruir e participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Competência: 4 - COMUNICAÇÃO

O que: Utilizar diferentes linguagens.


Para: Expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias, sentimentos e produzir sentidos que levem
ao entendimento mútuo.

Competência: 8 - AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO

O que: Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana e apreciar-se.


Para: Cuidar de sua saúde, física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica
e capacidade para lidar com elas.

Competência: 9 - EMPATIA E COOPERAÇÃO

O que: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação.


Para: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e  valoriza-
ção da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sempreconceitosdeorigem,etnia,gênero,idade,habilidade/necessidade,convicçãoreligiosaoudequalquer
outra natureza, reconhecendo-se, como parte de uma coletividade, com a qual, deve se comprometer.

   
274 - ARTE -

O que se propõe, por meio desse mento do olhar pedagógico, agora de


exercício, que pode ser desenvolvido forma intencional, para a integração,
também nas demais competências entre as competências cognitivas e
da Área de Linguagens e específicas socioemocionais com suas relações
da Arte, é estimular o desenvolvi- e subdimensões abaixo relacionadas.

COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS

A RELAÇÃO CONSIGO MESMO


AUTOCONHECIMENTO (Autoaceitação, Autoconfiança, Autoproposição, Resiliência)

A RELAÇÃO COM O OUTRO


COLABORAÇÃO (Aceitação do outro, Liderar e ser liderado, Empatia, Pertencimento,
Trabalho em equipe, Trabalho em redes)

A RELAÇÃO COM A LINGUAGEM


COMUNICAÇÃO (Uso da linguagem, Expressão Corporal, Desenvoltura,
Argumentação, Entusiasmo)

A RELAÇÃO COM COMPROMISSOS, PROJETOS E TAREFAS


RESPONSABILIDADE (Determinação, Responsabilidade, Autogestão)

A RELAÇÃO COM NOVAS EXPERIÊNCIAS E COM


ABERTURA PARA O SITUAÇÕES DE INCERTEZAS E MUDANÇAS
NOVO (Valorização da diferença, Apreciação estética, Curiosidade,
Flexibilidade)

A RELAÇÃO COM SITUAÇÕES COMPLEXAS E A TOMADA


RESOLUÇÃO DE DE DECISÃO
PROBLEMAS (Compreender e analisar, Pesquisar e aplicar, Raciocínio lógico,
Avaliar e gerenciar)

A RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO CIENTÍFICO


PENSAMENTO CRÍTICO (Investigação, Autoria, Estabelecer conexões, Metacognição)

A RELAÇÃO COM A CRIAÇÃO


CRIATIVIDADE (Insight, Imaginação, Inovação, Experimentação)
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 275

8. O PAPEL DO ARTE O professor que estabelece re-


EDUCADOR E SUAS lações entre o currículo formal e a
MEDIAÇÕES realidade cotidiana, proporciona
um espaço aberto para investiga-
O desenvolvimento do vínculo ção de temáticas, de forma apro-
afetivo, entre professor e estu- fundada, voltada para descober-
dante, torna-se o diferencial no tas, tanto de criação, quanto de
processo de ensino-aprendiza- percepções críticas e estéticas. A
gem, defendido por Pichon Rivière utilização de diferentes estratégias
(1994), o docente deve se ver e didáticas, de forma criativa, dinâ-
ser visto dentro de um referencial mica e inovadora, com atividades
humanista e cognitivista. Desem- práticas associadas aos conheci-
penhando o papel de mediador, mentos teóricos, favorecem o de-
entre o estudante e o mundo que senvolvimento do diálogo.
o rodeia, o professor auxilia, tanto A presença pedagógica é es-
na construção do desenvolvimento sencial para que aconteça uma
cognitivo e socioemocional, como boa mediação da aprendizagem.
na construção de uma aprendiza- Ela trata da qualidade das intera-
gem mais  significativa e integral. ções professor-estudante, esta-
É preciso que o mediador con- belecendo um clima que favoreça
sidere a área de Arte, como tam- à aprendizagem. A qualidade, das
bém a de Educação, seu campo de interações e mediações do pro-
estudo e aprendizagem, reconhe- fessor, envolve uma atuação, vol-
cendo as linguagens artísticas e a tada para acolher e construir uma
cultura campos heterogêneos de relação de confiança entre os es-
pesquisa e fonte inesgotável de tudantes, explorar o potencial de
investigação, desde a formação aprendizagem em situações de
inicial à continuada. É importan- conflito e promover a aprendi-
te que o professor se reconheça zagem. É importante que a ges-
como mediador na construção do tão do ensino e da aprendizagem
conhecimento artístico e cultural mediada pelo professor, aconte-
do sujeito, estabelecendo pos- ça antes com o preparo de uma
síveis elos entre a educação for- boa aula, durante com a prática
mal e o aprendizado do cotidiano, pedagógica em sua plenitude e,
respeitando e garantindo espaços depois, é o momento para refletir
para que os estudantes se expres- e avaliar seu planejamento e diag-
sem a sua maneira. nosticar a necessidade de plane-
276 - ARTE -

jar novas ações para o exercício 9. O COMPONENTE


da sua prática. CURRICULAR
O uso de metodologias inte- ARTE, NO ENSINO
gradoras abrem portas para   que FUNDAMENTAL
o modo de atuação do professor
promova a mediação no processo No Ensino Fundamental, o com-
de aprendizagem com qualidade, ponente curricular Arte está cen-
onde a construção do conhecimen- trado nas linguagens artísticas:  Ar-
to seja coletiva, a problematização tes Visuais, Dança, Música e Teatro.
fomente o aprender a aprender e Essas linguagens articulam saberes,
multiletramentos, de modo que as referentes a produtos e fenômenos
atividades sejam estruturadas por artísticos e envolvem as práticas de
meio de projetos conectando o en- criar, ler, produzir, construir, exterio-
sino com a prática.   rizar e refletir sobre formas artís-
Historicamente, o conheci- ticas. A sensibilidade, a intuição, o
mento e o ensino da Arte têm pensamento, as emoções e as sub-
sido criados, recriados e reinven- jetividades se manifestam como
tados em diferentes linguagens, formas de expressão comunicação
com novas formas de expressão e e interação no processo de aprendi-
investigação do mundo. Associa- zagem em Arte.
dos e estimulados pelo contexto Na BNCC (2017), a organiza-
em que o ser humano se encontra ção do componente Arte, para o
e sua identidade social, os modos Ensino Fundamental, está dividi-
de fazer Arte  possibilitam a cria- da em dois ciclos: 1º ao 5º (Anos
ção de símbolos que, de alguma Iniciais) e 6º ao 9º (Anos Finais),
maneira, expressam o que não o que significa tempo maior que
está aparente, dando-lhe sen- o anual para que os estudan-
tido, falando ao sentimento e à tes atinjam as expectativas de
imaginação. Cabe ao componen- aprendizagem. Convém respeitar
te curricular Arte [...] com suas os diferentes ritmos de aprendi-
especificidades na maneira de zagens, pois não existe uma hie-
observar o mundo e refletir so- rarquia e nem uma ordem a ser
bre ele, proporcionar um espaço, seguida para o desenvolvimento
voltado para descobertas tanto do trabalho. No âmbito didáti-
de criação, quanto de percepções co, favorece o uso de diferentes
críticas e estéticas (AROUCA. abordagens e graus de complexi-
2012, p.11). dade, de acordo com o ciclo.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 277

No Referencial Curricular de Ala- currículos e a adequação às reali-


goas, o componente Arte, para o dades locais.
Ensino Fundamental, continua sen- Para garantir a integração, equi-
do trabalhado em ciclos (1º ao 5º líbrio e continuidade dos proces-
dos Anos Iniciais e 6º ao 9º dos Anos sos de aprendizagens das crianças,
Finais) conforme a BNCC, só que o adolescentes, jovens e adultos, é
desenvolvimento, desse trabalho, é importante o respeito às singulari-
feito ano a ano, de acordo com as fa- dades de cada sujeito e as relações
ses de progressão proposta nesse que eles estabelecem com os co-
componente que contempla o de- nhecimentos, assim como a natu-
senvolvimento das competências e reza das mediações em cada etapa
habilidades propostas para o com- e períodos de transições.
ponente curricular Arte com um Com esse olhar, propõe-se o de-
olhar progressivo e espiral, ou seja, senvolvimento, principalmente nos
a progressão das aprendizagens períodos de transições, de estraté-
não está proposta de forma linear, gias de acolhimento e adaptações
rígida ou cumulativa com relação a para crianças e adolescentes para
cada linguagem artística ou objeto possibilitar que essa nova etapa seja
de conhecimento. construída com base no que o estu-
Nesse sentido, é proposto um dante sabe e é capaz de fazer, dando
movimento, onde as novas ex- continuidade de forma progressiva
periências estejam relacionadas às experiências vividas na Educação
às anteriores e às posteriores na Infantil, Anos Iniciais e Anos Finais.
aprendizagem em Arte com a cria-
ção de Desdobramentos Didático 9.1 A arte nos Anos
Pedagógico, onde a cada ano, fases Iniciais
de progressão irão complementar A Arte nos Anos Iniciais, deve
e orientar com possibilidades o de- considerar os direitos de aprendiza-
senvolvimento das habilidades. gem e desenvolvimento garantidos
Os conteúdos devem ser cons- e estabelecidos pela BNCC para ob-
tantemente retomados, durante o jetivar a integração e a continuidade
trabalho pedagógico do professor, dos processos de ensino e aprendi-
procurando oferecer uma apro- zagem das crianças vindas da Edu-
priada construção do conheci- cação Infantil, bem como a sua am-
mento dos estudantes, acerca das pliação e aprofundamento.
práticas, possibilitando o aumento As experiências e vivências ar-
da flexibilidade na delimitação dos tísticas, centradas nos interesses
278 - ARTE -

das crianças e nas culturas infantis, expressarem criativamente em


devem assegurar possibilidades de seu fazer investigativo, por meio
expressões criativas em seu fazer da ludicidade, propiciando uma
investigativo, a continuidade do experiência de continuidade em
desenvolvimento, de forma inte- relação à Educação Infantil. É im-
gral e lúdica nas quatro linguagens portante que, nas quatro lingua-
artísticas, permitindo   que expe- gens artísticas, as experiências e
riências e vivências artísticas este- vivências estejam centradas nos
jam centradas nos interesses das interesses das crianças e nas cul-
crianças e nas culturas infantis. turas infantis, tendo em vista o
Nos dois primeiros anos do Ensi- compromisso de assegurar aos
no Fundamental, a ação pedagógica estudantes, o desenvolvimento
deve ter, como foco, a alfabetização, das competências relacionadas à
a fim de garantir amplas oportuni- alfabetização e ao letramento, so-
dades para que os estudantes se bretudo nos dois primeiros anos
apropriem do sistema de escrita al- do Ensino Fundamental.
fabética, de modo articulado ao de- Ao longo do Ensino Fundamen-
senvolvimento artístico, integrando tal – Anos Iniciais, a progressão do
outras habilidades de leitura e de conhecimento ocorre pelo apro-
escrita, como também o envolvi- fundamento e pela consolidação
mento em práticas diversificadas de das aprendizagens anteriores, pela
letramentos e multiletramentos. ampliação das práticas de lingua-
Ao ingressar no Ensino Funda- gem e pela experiência estética e
mental – Anos Iniciais, as crian- intercultural das crianças, conside-
ças vivenciam a transição de uma rando, tanto seus interesses e suas
orientação curricular estruturada expectativas, quanto o que ainda
por campos de experiências da precisam aprender. Ampliar a auto-
Educação Infantil, em que as inte- nomia intelectual, a compreensão
rações, os jogos e as brincadeiras de normas e os interesses pela vida
norteiam o processo de aprendi- social, possibilita lidar com siste-
zagem e desenvolvimento, para mas mais amplos, que dizem res-
uma organização curricular estru- peito às relações dos sujeitos entre
turada por áreas de conhecimento si, com a natureza, com a história,
e componentes curriculares. Nes- com a cultura, com as tecnologias e
sa nova etapa da Educação Básica, com o ambiente (BNCC, 2017).
o ensino da Arte deve assegurar O Componente Curricular Arte,
às crianças,   possibilidades de se ao possibilitar o acesso à leitura,
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 279

à criação e à produção nas diver- 9.2 A arte nos Anos


sas linguagens artísticas, contribui Finais
para o desenvolvimento de habili- A Arte nos Anos Finais possi-
dades relacionadas tanto à lingua- bilita a ampliação das interações,
gem verbal quanto às linguagens tendo como ponto de partida as
não verbais, além de competências manifestações artísticas e culturais
cognitivas e socioemocionais. locais, regionais, estaduais, nacio-
Os conteúdos e temas tra- nais e internacionais de diferentes
balhados no componente Arte épocas e contextos, contribuindo
devem estar relacionados, de tal para o aprofundamentos das apren-
maneira, que possam sedimen- dizagens nas diferentes linguagens
tar a aprendizagem artística dos de forma sistematizada e diversifi-
estudantes nos Anos Iniciais. Tal cada contemplando as diversidades
aprendizagem diz respeito à pos- culturais e seus territórios.
sibilidade dos estudantes desen- Nesse caso, é importante con-
volverem um processo contínuo siderar os direitos de aprendiza-
e cada vez mais complexo no do- gem e desenvolvimento garantidos
mínio do conhecimento artístico e e estabelecidos pela BNCC e obje-
estético, seja no exercício do seu tivar a integração e a continuidade
próprio processo criador, por meio dos processos de ensino e apren-
das formas artísticas, seja no con- dizagem dos estudantes vindos
tato com artistas e suas obras de dos Anos Iniciais, bem como a sua
arte, além de outras formas pre- ampliação, consolidação e apro-
sentes nas culturas do seu territó- fundamento de acordo com as ha-
rio ou na natureza. bilidades a serem desenvolvidas
Os objetos de conhecimento a nessa etapa.
serem trabalhados nos Anos Ini- As experiências e vivências ar-
ciais devem levar em consideração tísticas, centradas nos interesses
a utilização de aulas   combinadas dos estudantes e nas culturas ju-
com práticas individuais e coleti- venis, de forma contextualizada,
vas, explorando a diversidade das contemplando a diversidade e os
linguagens artísticas de forma territórios de Alagoas, devem asse-
transcultural e interdisciplinar, uti- gurar possibilidades de expressões
lizando o processo colaborativo na criativas em seu fazer investigativo,
construção das relações sociais, do dando continuidade ao desenvolvi-
conhecimento e aprendizagem.   mento de forma integral e lúdica nas
quatro linguagens artísticas.
280 - ARTE -

A ação pedagógica deve garan- estar relacionados, de tal maneira,


tir amplas oportunidades para que que possam sedimentar a apren-
os estudantes, de modo articulado, dizagem artística dos estudantes
desenvolvam outras habilidades ar- nos Anos Finais. Tal aprendizagem
tísticas aliadas ao seu envolvimento diz respeito à possibilidade dos
em práticas diversificadas de letra- estudantes desenvolverem um
mentos e multiletramentos. processo contínuo e cada vez mais
Ao longo do Ensino Fundamental complexo no domínio do conheci-
– Anos Finais, a progressão do co- mento artístico e estético, seja no
nhecimento ocorre pela consolida- exercício do seu próprio processo
ção das aprendizagens anteriores criador, por meio das formas artís-
e pela ampliação, aprofundamento ticas, seja no contato com obras de
e consolidação das práticas de lin- arte e com outras formas presen-
guagem e da experiência estética tes nas culturas do seu território
e intercultural, considerando tanto ou na natureza.
seus interesses e suas expectativas Os objetos de conhecimento
quanto o que ainda precisam apren- a serem trabalhados nos Anos Fi-
der. Ampliam-se a autonomia inte- nais devem levar em consideração
lectual, a compreensão de normas e a utilização de aulas combinadas
os interesses pela vida social, o que com práticas individuais e cole-
lhes possibilita lidar com sistemas tivas,   explorando a diversidade
mais amplos, que dizem respeito às das linguagens artísticas de forma
relações dos sujeitos entre si, com transcultural e interdisciplinar, uti-
a natureza, com a história, com a lizando o processo colaborativo na
cultura, com as tecnologias e com o construção das relações sociais, do
ambiente (BNCC, 2017). conhecimento e aprendizagem.
O Componente Curricular Arte,
ao possibilitar o acesso à leitura, 10. ORGANIZAÇÃO
à criação e à produção nas diver- DO COMPONENTE
sas linguagens artísticas, contribui CURRICULAR ARTE
para o desenvolvimento de habili-
dades, relacionadas tanto à lingua- A organização da disciplina
gem verbal quanto às linguagens Arte no Referencial Curricular de
não verbais, além de competências Alagoas passou por momentos de
cognitivas e socioemocionais. estudos e pesquisas em busca de
Os conteúdos e temas traba- possíveis adequações tendo como
lhados no componente Arte devem objetivo oferecer aos sistemas e
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 281

unidades de ensino, em especial 10.1 Competências


aos professores de Arte, um ma- específicas de arte
terial que oriente os processos de As aprendizagens essenciais
desenvolvimentos, sem tirar a au- definidas pela BNCC “devem
tonomia das escolas e professores concorrer para assegurar aos es-
na construção do seus currículos e tudantes o desenvolvimento de
planos de aulas, respeitando suas dez competências gerais”, com
especificidades locais. Nesse sen- suas dimensões e subdimensões,
tido, há uma articulação com a unificando direitos de aprendiza-
forma de organização da BNCC e gens e desenvolvimento de for-
acrescentou-se uma quarta colu- ma progressiva.
na destinada aos desdobramento Com esse entendimento as
didático pedagógico das habilida- competências, de uma forma am-
des da base, ampliando o olhar e pla, passam a ser definidas como
as possibilidades de mediações e a mobilização de conhecimen-
intervenções artísticas. tos (conceitos e procedimentos),
Compreendendo a importân- habilidades (práticas, cognitivas
cia na elaboração de um docu- e socioemocionais), atitudes e
mento estadual norteador, que valores que se inter-relacionam
garanta a flexibilização na orga- e desdobram-se em procedi-
nização curricular do componen- mentos didáticos para a Edu-
te Arte, torna-se necessário que cação Básica. Nesse sentido, é
os responsáveis pela elaboração importante   considerar o enten-
do currículo de Arte nas escolas, dimento e a articulação entre as
garantam o desenvolvimento das Competências Gerais (cognitivas
competências específicas por e socioemocionais) e da Área de
meio das dimensões do conhe- Linguagens assegurando o de-
cimento em Arte. É importante senvolvimento das Competên-
trabalhar as linguagens artísticas cias Específicas de Arte.
e seus objetos do conhecimento As competências específicas de
de modo que estimulem e desen- Arte no Referencial Curricular de
volvam as habilidades   propostas Alagoas, foram alinhadas com as da
para cada ciclo/blocos (1º ao 5º e BNCC com o objetivo de   unificar
6º ao 9º) do Ensino Fundamental, entendimentos e práticas.
contemplando a construção da
aprendizagem em espiral e a pro-
gressão do conhecimento.
282 - ARTE -

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE ARTE


1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produ-
ções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indí-
genas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas so-
ciedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte
como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferen-
tes contextos e dialogar com as diversidades.
2. Compreender as relações entre as linguagens da Arte e suas prá-
ticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das no-
vas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo
audiovisual, nas condições particulares de produção, na prática de
cada linguagem e nas suas articulações.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais – es-
pecialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que cons-
tituem a identidade brasileira, sua tradição e manifestações con-
temporâneas, reelaborando-as nas criações em Arte
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imagi-
nação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no âmbito
da Arte.
5. Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesqui-
sa e criação artística.
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, com-
preendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de pro-
dução e de circulação da arte na sociedade.
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas,
tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, inter-
venções e apresentações artísticas.
8. Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e
colaborativo nas artes.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacio-
nal, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões de
mundo.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 283

10.2 Dimensões do DIMENSÕES DO


conhecimento CONHECIMENTO
As Dimensões do Conhe-
1- CRIAÇÃO:  
cimento propostas pela BNCC
propõem possibilidades de Refere-se ao fazer artístico, quando
abordagens de forma articula- os sujeitos criam, produzem e cons-
troem, uma atitude intencional e in-
da, integrada e simultânea que vestigativa que confere materialidade
permitem experiências artís- estética a sentimentos, ideias, desejos
ticas de forma mais significati- e representações em processos,
va, uma vez que compreende- acontecimentos e produções artísti-
mos que elas são constituídas cas individuais ou coletivas.
por materialidades verbais, e Essa dimensão trata do apreender o
não verbais, sensíveis, senso- que está em jogo durante o fazer artís-
riais e subjetivas. tico, processo permeado por tomadas
de decisão, entraves, desafios, confli-
O que antes era tratado
tos, negociações e inquietações.
como eixos temáticos, no
componente Arte de Ala- 2- CRÍTICA:
goas será tratado como pro- Refere-se às impressões que impul-
priedades do conhecimento sionam os sujeitos em direção a novas
que abrem caminhos para compreensões do espaço em que
a construção e o aprofun- vivem, com base no estabelecimento
damento do conhecimento de relações, por meio do estudo e da
pesquisa, entre as diversas experiên-
e  experiências artísticas. cias e manifestações artísticas e cultu-
rais vividas e conhecidas.
Essa dimensão articula ação e pen-
samento propositivos, envolvendo
aspectos estéticos, políticos, históri-
cos, filosóficos, sociais, econômicos e
culturais.

3- ESTESIA:
Refere-se à experiência sensível dos
sujeitos em relação ao espaço, ao
tempo, ao som, à ação, às imagens, ao
próprio corpo e aos diferentes mate-
riais.
284 - ARTE -

Essa dimensão articula a sensibilidade 10.3 As linguagens


e a percepção, tomadas como forma
de conhecer a si mesmo, o outro e o artísticas
mundo. Nela, o corpo em sua totalida- O Componente Curri-
de (emoção, percepção, intuição, sen- cular Arte está  centrado no
sibilidade e intelecto) é o protagonista desenvolvimento de com-
da experiência. petências e habilidades me-
4- EXPRESSÃO: diadas pelas Artes Visuais,
Dança, Música e Teatro, lin-
Refere-se às possibilidades de ex-
teriorizar e manifestar as criações guagens artísticas, que por
subjetivas por meio de procedimentos sua vez de forma integrada,
artísticos, tanto em âmbito individual dão origem às Artes Integra-
quanto coletivo. das conforme a BNCC. Sen-
Essa dimensão emerge da experiência do assim, as linguagens ar-
artística com os elementos consti- tísticas e as Artes Integradas
tutivos de cada linguagem, dos seus dentro de suas especificida-
vocabulários específicos e das suas des definem os objetos de
materialidades.
conhecimento e habilidades
5- FRUIÇÃO: a serem trabalhados ao lon-
Refere-se ao deleite, ao prazer, ao go do Ensino Fundamental.
estranhamento e à abertura para se
sensibilizar durante a participação em
práticas artísticas e culturais.
Essa dimensão implica disponibilidade
dos sujeitos para a relação continuada
com produções artísticas e culturais
oriundas das mais diversas épocas,
lugares e grupos sociais.

6- REFLEXÃO:
Refere-se ao processo de construir
argumentos e ponderações sobre as
fruições, as experiências e os proces-
sos criativos, artísticos e culturais. É a
atitude de perceber, analisar e interpre-
tar as manifestações artísticas e cultu-
rais, seja como criador, seja como leitor.
ARTES VISUAIS
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 285
Explora múltiplas culturas visuais, dialogando com as diferenças e conhecendo
outros espaços e possibilidades inventivas e expressivas, ampliando os limites es-
colares e criando novas formas de interação artística e de produção cultural, sejam
elas concretas ou simbólicas. Conhece processos e produtos artísticos e culturais,
nos diversos tempos históricos e contextos sociais que utilizam da expressão visual
como elemento de comunicação, resultando em explorações plurais e transforma-
ções de materiais, de recursos tecnológicos e de apropriações da cultura cotidiana.

DANÇA
Articula os aspectos sensíveis, epistemológicos e formais do movimento dan-
çado ao seu próprio contexto, problematizando e transformando percepções acer-
ca do corpo e da dança, por meio de arranjos que permitem novas visões de si e
do mundo. Oportunizando o repensar dualidades e binômios (corpo versus mente,
popular versus erudito, teoria versus prática), em favor de um conjunto híbrido e
dinâmico de práticas artísticas mediante a articulação dos processos cognitivos
e das experiências sensíveis explorando por meio do corpo pensamentos e senti-
mentos discutindo e significando relações entre corporeidade e produção estética.

MÚSICA
Amplia e produz conhecimentos musicais explorando a percepção, experimen-
tação, reprodução, manipulação e criação de materiais sonoros diversos, dos mais
próximos aos mais distantes da cultura musical dos estudantes. Possibilitando vi-
vências músicas inter-relacionada à diversidade e ao desenvolvimento de saberes
musicais fundamentais para uma participação crítica e ativa na sociedade.

TEATRO
Estabelece experiências artísticas multissensoriais de encontro com o outro
em performance, onde o corpo é origem de criação ficcional de tempos, espaços
e sujeitos distintos de si mesmo, por meio do verbal, não verbal e da ação física de
forma coletiva e colaborativa, mediadas por processos de criações (jogos, improvi-
sações, atuações, encenações) caracterizados pela interação entre atuantes e es-
pectadores. Possibilitando troca de experiências e aprimoramento da percepção
estética, imaginação, consciência corporal, intuição, memória, reflexão e a emoção.

ARTES INTEGRADAS
Além dessas linguagens, temos uma quinta denominada Artes Integradas que
explora as relações e articulações entre as diferentes linguagens, inclusive aquelas
possibilitadas pelo uso das tecnologias de informação e comunicação, além de tra-
balhar em seus processos de criações com projetos temáticos, matrizes estéticas
e patrimônio cultural.
286 - ARTE -

É importante que o componente  10.4 Objetos de


curricular Arte leve em conta o diá- conhecimento e os
logo tanto entre as linguagens artís- conteúdos
ticas como as da área, além de pos- Os objetos de conhecimento
sibilitar o contato e reflexão acerca a serem trabalhados no Referen-
das formas estéticas híbridas, tais cial Curricular de Alagoas direcio-
como as artes literárias, circenses, o nam caminhos, como conteúdos,
cinema e a performance. conceitos e processos artísticos
Facilitar um trânsito criativo, devem ser explorados em cada lin-
fluido e desfragmentado entre as guagem que, por sua vez, definem
linguagens artísticas, construindo as combinações de objetos e habi-
uma rede de interlocução, inclusive, lidades a serem trabalhadas e seus
com outros componentes curricu- desdobramentos.
lares, temas, assuntos ou habilida- É importante observar que os
des afins de diferentes componen- objetos de conhecimento con-
tes, podem compor projetos nos forme a BNCC, mudam de acordo
quais saberes se integrem, gerando com a linguagem artística ou uni-
experiências de aprendizagem am- dade temática a ser trabalhada.
plas e complexas. Conforme quadros abaixo, os três
primeiros objetos são comuns a
todas as linguagens e apenas um
às Artes Integradas. O objeto ma-
terialidades é trabalhado somente
em Artes Visuais e Música e outros
objetos são específicos para Artes
Integradas, Artes Visuais e Música.   
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 287

ARTES VISUAIS
1. Contexto e práticas 1, 2 e 3
2. Elementos da linguagem Comum às linguagens
3. Processos de criação artísticas e às
4. Materialidades artes integradas
5. Matrizes estéticas e culturais*
6. Sistemas de linguagem
4
DANÇA Comum em artes visuais
1. Contexto e práticas e música
2. Elementos da linguagem
3. Processos de criação
5
Comum em artes visuais
TEATRO
(anos iniciais) e artes
1. Contexto e práticas
integradas
2. Elementos da linguagem
3. Processos de criação
6 (artes visuais)
MÚSICA 3 e 4 (Artes Integradas)
1. Contexto e práticas Específicos
2. Elementos da linguagem
3. Processos de criação
4. Materialidades
5. Notação e registro musical

ARTES INTEGRADAS
1. Processos de criação
2. Matrizes estéticas e culturais
3. Patrimônio cultural
4. Arte e tecnologia
288 - ARTE -

10.5 Habilidades 10.5.1 As habilidades nos


As habilidades garantem o de- Anos Iniciais
senvolvimento das competências As habilidades nos Anos Ini-
específicas de Arte e expressam as ciais são as mesmas do 1º ao 5º
aprendizagens essenciais que de- ano, sendo 26 espeVcíficas para os
vem ser asseguradas. Anos Iniciais, com o intuito de per-
Relacionadas, aos objetos de mitir que os Sistemas e as Redes de
conhecimento, as habilidades es- Ensino, as escolas e os professores
tão sempre vinculadas à lingua- organizem seus currículos e suas
gens artísticas específicas, que, propostas pedagógicas, com a de-
em conformidade com a BNCC, es- vida adequação aos seus contextos
tão devidamente identificadas com e especificidades.
seus respectivos códigos. A progressão das aprendiza-
gens não está proposta de forma
linear, rígida ou cumulativa com
relação a cada linguagem ou obje-
EF 15 AR 01 to de conhecimento, mas propõe
um movimento, no qual, cada nova
experiência se relaciona com as an-
teriores e as posteriores na apren-
dizagem de Arte.

10.5.2 As habilidades nos


Anos Finais
As habilidades nos Anos Finais
ENSINO são as mesmas do 6º ao 9º ano, sen-
FUNDAMENTAL
do 35 específicas para os Anos Finais,
com o intuito de permitir que os Sis-
1o AO 5o temas e as Redes de Ensino, as esco-
las e os professores organizem seus
currículos e suas propostas pedagó-
gicas, com a devida adequação aos
ARTE seus contextos e especificidades.
A progressão das aprendizagens
não está proposta de forma linear,
HABILIDADE rígida ou cumulativa com relação a
01 cada linguagem ou objeto de conhe-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 289

cimento, mas propõe um movimen- dos, pois preocupa-se, também,


to, no qual, cada nova experiência se com as dimensões sócio-afetiva,
relaciona com as anteriores e as pos- emocional, pessoal e ética, tendo
teriores na aprendizagem de Arte. como direção a formação de valo-
res e de sujeitos emancipados só-
11. ORGANIZADOR cio-politicamente. O saber artísti-
CURRICULAR, co passa a ser visto como um saber
COMPONENTE sócio-cultural que é produzido nas
ARTE DO ESTADO relações e práticas sociais e pode
DE ALAGOAS expressar-se de múltiplas formas.
São apresentadas novas possi-
O Organizador Curricular de bilidades e desdobramentos para
Arte está estruturado, de acordo as habilidades, considerando os 5
com a BNCC, considerando Artes anos para o desenvolvimento das
Visuais, Dança, Música, Teatro e as 26 habilidades nos Anos Iniciais e 4
Artes Integradas, os objetos de co- anos para o desenvolvimento das
nhecimento e habilidades que es- 35 habilidades nos Anos Finais. A
tão devidamente identificadas com intencionalidade e direcionamento
seus respectivos códigos. Após no DesDP do Componente Curri-
essa ordem, surge o Desdobramen- cular Arte, visa distribuir e oportu-
to Didático Pedagógico - DesDP. nizar a construção e a progressão
do conhecimento, a cada ano, con-
11.1. DESDOBRAMENTO siderando como Fase de Progres-
DIDÁTICO são, as ações propostas, a cada ano,
PEDAGÓGICO - através dos verbos INTRODUZIR,
DESDP APROFUNDAR E CONSOLIDAR.
Os verbos utilizados para des-
O Desdobramento Didático Pe- creverem a progressão do conhe-
dagógico - DesDP surge no Orga- cimento, em fases, a cada ano, de
nizador Curricular de Arte, tendo, modo observável, deverão orientar
como foco, as práticas de ensino e, as ações dos professores na de-
sobretudo, o processo de ensinar finição do tipo de abordagem que
e aprender Arte nos diversos con- devem enfatizar seu trabalho peda-
textos de prática escolar. Enquanto gógico. Em outras palavras, esses
a Didática tem relação direta com o verbos podem auxiliar o professor
conteúdo que se ensina e aprende, a levar em conta as capacidades já
a Pedagogia vai além dos conteú- desenvolvidas por seus estudantes.
290 - ARTE -

FASES DE O que se pretende oferecer,


PROGRESSÃO nessas fases de progressões, é
uma expectativa das capacidades
INTRODUZIR artísticas que os estudantes de-
Possibilita a familiarização vem desenvolver gradualmente,
dos estudantes com os ou seja, aquilo que cada sujeito,
conhecimentos, em foco,
aprendente, deve ser capaz de rea-
ou retomada, se já tiver
sido objeto de ensino- lizar a cada ano. O aprendizado e
-aprendizagem em mo- a progressão, entretanto, depen-
mentos anteriores. derão do processo por ele desen-
volvido, do patamar em que ele se
APROFUNDAR
encontra e das possibilidades que o
O conhecimento deve ser ambiente escolar lhe propiciar, em
trabalhado e aprofundado
direção a avanços e expansões.
de maneira sistemática,
com vista ao domínio pe- Essa distribuição, evidente-
los estudantes. mente, não é rígida. Ela mostra,
10. apenas, a fase da progressão, con-
CONSOLIDAR siderando 5 anos nos Anos Iniciais
e 4 anos nos Anos Finais, ambos
O conhecimento, tendo
sido trabalhado e apro- com habilidades específicas a se-
fundado, sistematica- rem desenvolvidas em cada etapa.
mente, nos anos anterio- É importante ressaltar, que as
res, deve ser enfatizado, aprendizagens relativas às fases de
de modo a assegurar sua progressões apontadas, não cons-
consolidação.
tituem fases a serem observadas
numa cadeia linear. Elas são simul-
tâneas e exercem influência umas
sobre as outras.
Nesse sentido, os desdobra-
mentos apresentados na coluna a
seguir, indicam uma metodologia
em espiral, onde, a cada ano, de-
ve-se considerar qual Fase de Pro-
gressão norteará o processo de
ensino e aprendizagem, ou seja,
se irá Introduzir, aprofundar, apro-
fundar e/ou consolidar. A Aprendi-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 291

zagem em Espiral, acontece sem-   É importante que o Compo-


pre iniciando pelo DIAGNÓSTICO nente Arte, nos Anos Iniciais e fi-
(levantamento do conhecimento nais do Ensino Fundamental esteja
prévio do conhecimento adquirido) pautado no território alagoano,
antes de introduzir, aprofundar e/ considerando os saberes essen-
ou consolidar os conteúdos. ciais da BNCC e os saberes diver-
As possibilidades e detalha- sificados, integrados, que fazem
mento das habilidades, apresenta- parte do trabalho curricular desen-
dos na coluna do desdobramento, volvido em cada escola. As pers-
são identificados por meio de uma pectivas do território alagoano a
numeração que está diretamente serem contempladas pelo DesDP,
ligada a habilidade relacionada. abordam possibilidades metodoló-
A apresentação sequencial e a gicas ou sugestões de abordagem
divisão das Artes Visuais, Dança, e intervenção local.  
Música, Teatro e Artes, integradas Os DesDP não esgotam as pos-
por cores, no organizador curricu- sibilidades de interação e interven-
lar de Alagoas, se deve à necessi- ção didático-pedagógicas com o
dade de organização e busca de território. O trabalho desenvolvi-
clareza na exposição da Progres- do pela comunidade escolar, nos
são do Conhecimento e da Espiral sistemas de ensino do território
da Aprendizagem. alagoano, abrange a intervenção
e modificação das relações com o
mundo que vivemos. Os projetos
11.2.O DESDOBRAMEN- integradores, transversais e in-
TO E SUA CONTEX- terdisciplinares, do componente
TUALIZAÇÃO Arte, possibilitam uma abordagem
variada e complexa criando pon-
Os Desdobramentos Didático- tes com temas tradicionais e con-
-Pedagógicos - DesDP garantem o temporâneos, que estarão sempre
alinhamento da parte diversificada presentes no desenvolvimento do
com a BNCC (BRASIL, 2017), que ensino e aprendizagem relevantes
incorpora elementos do território para a construção da cidadania que
alagoano, de forma contextuali- afetam a vida humana em escala
zada, possibilitando a ampliação local, regional e global.
de ações pedagógicas, sobretudo, A vida e as experiências do povo
para o ensino e desenvolvimento alagoano, quer seja do litoral, zona
de uma aprendizagem significativa. da mata, agreste ou sertão, defi-
292 - ARTE -

nem o seu território de riqueza cul- Deodoro e Água Branca fazem par-
tural, que se destaca no artesana- te da nossa tradição. Destacamos,
to, folclore, culinária, arquitetura, ainda, os artistas populares, o Fol-
religiosidade, produção literária, clore alagoano seus folguedos e
festas, danças, músicas, flora, fau- danças: Coco de Roda, Guerreiro,
na, lagunas, rios, praias e mares. Chegança, Fandango, Marujada,
O Componente Curricular Arte, Reisado e Pastoril, Caboclinhas,
do Estado de Alagoas, apresenta Maracatu, Taieira, Quilombo, Pre-
uma perspectiva de ensino e con- sépios, Bandos, Cambindas, Boi
textualização que parte dos saberes de Carnaval, Urso de Carnaval, Gi-
e identidades do território alagoa- gantões, Cobra Jararaca, Pagode,
no, contemplando, principalmente, Baianas, Dança de São Gonçalo,
elementos das culturas indígenas e Samba-de-Matuto, Bumba meu
quilombolas:   pinturas corporais, a boi, Mané do Rosário, Toré, Negras
cerâmica e jóias ecológicas indíge- da Costa. O Desdobramento do
nas e quilombolas, lendas, danças, Componente Curricular Arte de
musicalidades, costumes, tradi- Alagoas, de forma contextualizada,
ções, suas origens e relações étni- objetiva trabalhar na perspectiva
cos raciais, suas interações e inte- de reconhecimento e valorização
grações na pós-modernidade. das diversificadas e dinâmicas re-
Além desses elementos cultu- ferências culturais de diferentes
rais indígenas e quilombolas, Ala- grupos formadores da sociedade
goas, do litoral ao sertão, possui alagoana. Quanto mais se conhece
um rico patrimônio cultural:  a ren- e aprende sobre a diversidade cul-
da Filé do Pontal da Barra, a renda tural de Alagoas e suas tradições,
de Bilros de São Sebastião, o bico mais se aprende a identificar e va-
e a renda Singeleza de Marechal lorizar as diferenças.
QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
11.3. ORGANIZADOR CURRICULAR – ARTE (Anos Iniciais)

Conhecimento
1º ANO
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
Desdobramento Didático Pedagógico - DesDP
INTRODUZIR

(EF15AR01) Identificar e apreciar Conhecer as manifestações artísticas visuais e culturais,


formas distintas das artes visuais seja como leitor ou criador construindo, argumentos e
Contextos e práticas

tradicionais e contemporâneas, ponderações sobre as fruições, as experiências e os pro-


cultivando a percepção, o imaginá- cessos criativos, artísticos e culturais de forma lúdica.
rio, a capacidade de simbolizar e o Trabalhar distintas formas de artes visuais, tendo como
repertório imagético. ponto de partida, preferencialmente as manifestações
artísticas e culturais locais, seguidas pelas regionais,
estaduais, nacionais e mundiais.
1. ARTES VISUAIS

(EF15AR02) Explorar e reconhecer Compreender a existência de diferentes padrões artísti-


elementos constitutivos das artes cos e estéticos, como fato histórico contextualizado nas
Elementos da lin-

visuais (ponto, linha, forma, cor, diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo
espaço, movimento etc.). observar as produções presentes no entorno, assim como
guagem

as demais do patrimônio cultural e do universo natural.


Perceber os elementos da linguagem visual, sua constru-
ção, formas, combinações entre si e seus significados.

(EF15AR03) Reconhecer e analisar a Conhecer conteúdos e atividades, dotadas de aspectos


Matrizes estéticas e

influência de distintas matrizes esté- étnicos e socioculturais que permitam o compartilhar


ticas e culturais das artes visuais nas de valores e memórias, próprias da comunidade local,
manifestações artísticas das culturas regional, nacional e mundial.
culturais

locais, regionais e nacionais. Reconhecer e valorizar a cultura das local, como patri-
mônioculturaldacomunidade,apresentandosentimento
de pertencimento.
(EF15AR04) Experimentar diferen- Desenvolver uma ideia, a partir do estabelecimento de
tes formas de expressão artística novas relações com as variadas formas de expressões
(desenho, pintura, colagem, quadri- unindo a sensibilidade, a percepção e o intelecto, de
nhos, dobradura, escultura, mode- modo consciente e autônomo.
lagem, instalação, vídeo, fotografia Conhecer materiais, suportes e instrumentos, com
etc.), fazendo uso sustentável de propriedades expressivas e construtivas, bem como,
materiais, instrumentos, recursos e técnicas na produção de formas visuais.
Materialidades

técnicas convencionais e não con- Estimular a espontaneidade que propicie construções de


vencionais. formas plásticas e visuais, em espaços diversos.
Conhecer produções artísticas, a partir de estímulos
diversos, como a imaginação, emoção e a observação
de modelos naturais e artificiais etc.

(EF15AR05) Experimentar a criação Cria, de forma intencional, apreendendo, durante o fazer


em artes visuais de modo indivi- artístico sentimentos, ideias, desejos e representações
dual, coletivo e colaborativo, explo- em processos, acontecimentos e produções artísticas
rando diferentes espaços da escola individuais ou coletivas, permeados por tomadas de
1. ARTES VISUAIS (cont.)

e da comunidade. decisão, desafios, conflitos e negociações.


Explorar experiências pessoais, sociais e culturais, por
meio de atividades artísticas.
Conhecer sua própria identidade e contextos sociais,
culturais, históricos e ambientais, desenvolvendo senti-
mento de pertencimento.
Identificar os espaços da escola e de fora dela no âm-
bito da Arte.
Compartilhar saberes e produções entre os estudantes,
por meio de exposições, intervenções, eventos artísticos
e culturais.

(EF15AR06) Dialogar sobre a sua Retratar histórias por meio de obras criativas, amplian-
Processos de criação

criação e as dos colegas, para do a habilidade de identificar, criar e improvisar obras de


alcançar sentidos plurais. arte, articulando ação e pensamentos propositivos.
Dialogar, por meio da arte visual, desenvolvendo e
mantendoumaatitudedetrabalhocoletivo,articulandoa
percepção, imaginação, emoção, sensibilidades e refle-
xão, ao realizar e fluir produções artísticas, desenvolven-
do a autonomia, a autoria e a crítica.

(EF15AR07) Reconhecer algumas Conhecer artistas, instituições e espaços artísticos e


Sistemas da

categorias do sistema das artes culturais.


linguagem

visuais (museus, galerias, institui-


ções, artistas, artesãos, curadores
etc.).
(EF15AR08) Experimentar e Conhecer as manifestações artísticas e culturais da

Reconhecer os recursos tecnológicos como forma de


apreciar formas distintas de mani- dança, seja como leitor ou participante, construindo
argumentos e ponderações sobre as fruições, as expe-

pesquisa e contato com ícones das Artes Visuais.


festações da dança presentes em
diferentes contextos, cultivando a riências e os processos criativos, artísticos e culturais
de forma lúdica e dinâmica.
percepção, o imaginário, a capaci-
Reconhecer a dança, como um bem cultural, que faz
dade de simbolizar e o repertório
parte das culturas humanas, com atividades inerentes à
corporal. natureza do homem.
Experimentar distintas formas de dança, tendo, como
ponto de partida, preferencialmente as manifestações
artísticas e culturais locais, seguidas pelas regionais,
estaduais, nacionais e mundiais.
Criar, estabelecer e manter relações entre o pensa-
mento artístico, sua contextualização, a dança e sua
identidade cultural.
Conhecer e contextualizar as diferentes tendências das
danças, em diferentes contextos socioculturais, res-
peitando e compreendendo as diversas manifestações
e grupos sociais e étnicos de dança como patrimônio
cultural material e imaterial de um povo.

(EF15AR09) Estabelecer relações Conhecer o corpo e suas potencialidades expressiva, de


concepções estéticas na arte por meio de atividades diversas.

entre as partes do corpo e destas forma consciente, autônoma e espontânea.


Conhecer a diversidade da Cultura Visual, suas formas e

com o todo corporal na construção Compreender o funcionamento corporal, ampliando sua


do movimento dançado. experimentação de movimento, de forma lúdica, social
e cultural.
2. DANÇA

(EF15AR10) Experimentar diferen- Experimentar movimentos corporais, considerando as


tes formas de orientação no espaço mudanças de velocidade, tempo, de ritmo, som, espaço,
(deslocamentos, planos, direções, performance e o desenho do corpo no espaço.
caminhos etc.) e ritmos de movi- Possibilitar movimentos corporais e artísticos que
mento (lento, moderado e rápido) possibilitemamplaexperimentaçãocorporal,promoven-
na construção do movimento do habilidades corporais e cognitivas, de forma lúdica,
dançado. por meio de práticas que estimulem a atenção, concen-
tração, memorização, coordenação motora, reprodução
de sequências de movimentos, equilíbrio, fruição, ritmo,
espaço, som, performance.

(EF15AR11) Criar e improvisar movi- Elaborar e improvisar movimentos coreográficos,


Processos de criação

mentosdançadosdemodoindividual, considerando as experiências individuais e coletivas, de


coletivo e colaborativo, considerando cada estudante, estimulando o protagonismo e amplian-
os aspectos estruturais, dinâmicos e do o repertório de movimentos, expressões, técnicas e
expressivos dos elementos constitu- estilos, sempre considerando os diferentes níveis, cor-
tivos do movimento, com base nos pos, conhecimentos e gostos.
códigos de dança.

(EF15AR12) Discutir, com respeito Socializar experiências vivenciadas com relação a dan-
e sem preconceito, as experiências ça, seus estudos e práticas, respeitando e considerando
Processos de

pessoais e coletivas em dança a diversidade de gostos e estilos de danças.


vivenciadas na escola, como fonte
criação

para a construção de vocabulários e


repertórios próprios.
(EF15AR13) Identificar e apreciar Apreciar a música, como forma de expressão e mani-

Contexto e práticas
criticamente diversas formas e festação cultural, distinguindo elementos básicos, como
gêneros de expressão musical, modalidades, estilos, funções e usos em diversas cultu-
reconhecendo e analisando os usos ras e contextos ampliando seu conhecimento de mundo.
e as funções da música em diversos
contextos de circulação, em espe-
cial, aqueles da vida cotidiana.

(EF15AR14) Perceber e explorar os Compreender, de forma lúdica e criativa, elementos mu-


elementos constitutivos da música sicais básicos, explorando a musicalidade com práticas
Elementos da lin-

(altura, intensidade, timbre, melo- voltadas para o desenvolvimento e aprimoramento dos


dia, ritmo etc.), por meio de jogos, sentidos, por meio do uso da voz e ou de instrumentos
guagem

brincadeiras, canções e práticas musicais.


diversas de composição/criação,
execução e apreciação musical.

(EF15AR15) Explorar fontes sono- Conhecer fontes sonoras, por meio do corpo e da
ras diversas, como as existentes no observação da natureza, manipulação de objetos, expe-
próprio corpo (palmas, voz, percus- rimentando as potencialidades sonoras da natureza, de
Materialidades

são corporal), na natureza e em ob- objetos e do próprio corpo.


jetos cotidianos, reconhecendo os
elementos constitutivos da música
e as características de instrumentos
musicais variados.
3. MÚSICA

(EF15AR16) Explorar diferentes Pesquisar materiais e elementos gráficos para escrita


formas de registro musical não con- e leitura dos sons e músicas, como também recursos
Notação e registro

vencional (representação gráfica de digitais e tecnológicos, responsáveis registros e capta-


sons, partituras criativas etc.), bem ções sonoras e visuais.
como procedimentos e técnicas de
registro em áudio e audiovisual,
musical

e reconhecer a notação musical


convencional.

(EF15AR17) Experimentar improvi- Conhecer, manusear e produzir instrumentos musicais,


sações, composições e sonorização a partir de diferentes materiais, identificando e traba-
Processos de criação

de histórias, entre outros, utilizando lhando estilos e elementos musicais (melodia, ritmo e
vozes, sons corporais e/ou instru- harmonia) e sons emitidos por eles de forma individual
mentos musicais convencionais ou ou coletiva.
não convencionais, de modo indivi- Experimentar e ampliar o conhecimento musical exerci-
dual, coletivo e colaborativo. tando a voz, através do canto, estimulando a capacidade
de improvisar, compondo e interpretando músicas,
como, também, utilizando o corpo na produção de sons.

(EF15AR17) Experimentar improvi- Conhecer, manusear e produzir instrumentos musicais,


sações, composições e sonorização a partir de diferentes materiais, identificando e traba-
Processos de criação

de histórias, entre outros, utilizando lhando estilos e elementos musicais (melodia, ritmo e
vozes, sons corporais e/ou instru- harmonia) e sons emitidos por eles de forma individual
mentos musicais convencionais ou ou coletiva.
não convencionais, de modo indivi- Experimentar e ampliar o conhecimento musical, exer-
dual, coletivo e colaborativo. citando a voz, através do canto, estimulando a capaci-
dade de improvisar, compondo e interpretando músicas,
como também utilizando o corpo na produção de sons.
(EF15AR18) Reconhecer e apreciar Conhecer o teatro, como manifestação artística que
formas distintas de manifestações agrega outras linguagens artísticas, desvendando limites
do teatro presentes em diferentes epossibilidadesdocorpo,comomaterialidadeexpressiva,
contextos, aprendendo a ver e em diversos contextos socioculturais, apreciando e reali-
a ouvir histórias dramatizadas e zando a leitura, como espectador em espetáculos teatrais.
cultivando a percepção, o imaginá- Conhecer e explorar a linguagem das artes cênicas e
rio, a capacidade de simbolizar e o seu processo de composição teatral, como expressão
Contextos e práticas

repertório ficcional. de concepções e suas potencialidades expressivas que


possibilita a cultura do desenvolvimento da leitura,
percepção e fruição de obras teatrais articulando esses
conhecimentos ao repertório pessoal.
Identificar o jogo dramático e todas as suas particulari-
dades e compreender as distinções entre teatro e jogo.

(EF15AR19) Descobrir teatralidades Conhecer a diversidade de gêneros e modalidades tea-


na vida cotidiana, identificando trais, analisando possibilidades de interpretações, ges-
Elementos da linguagem

elementos teatrais (variadas ento- tos, vozes e movimento do próprio corpo, em diferentes
nações de voz, diferentes fisicalida- contextos sociais da vida cotidiana, estabelecendo a
des, diversidade de personagens e relação entre fala, expressão e movimento.
narrativas etc.). Investigar a prática da representação, do movimento, da
percepção, do espaço e do corpo, em toda a sua expres-
4. TEATRO

sividade cotidiana.
Estabelecer relações, entre as teatralidades do cotidiano
e a arte teatral.

(EF15AR20) Experimentar o traba- Vivenciar a prática da linguagem cênica que propõe uma
lho colaborativo, coletivo e autoral aprendizagemsobremovimento,corpo,gestoserecursos
em improvisações teatrais e proces- cênicos, utilizando o jogo e a improvisação teatral, como
sos narrativos criativos em teatro, instrumento mediador no processo de criação, de ensino,
explorando desde a teatralidade dos e de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora.
gestos e das ações do cotidiano até Possibilitar elaborações de cenas que encorajem e estimu-
elementos de diferentes matrizes lem a liberdade de criação no processo de aprendizagem.
estéticas e culturais.

(EF15AR21) Exercitar a imitação Vivenciar personagens e composições teatrais, utilizando


e o faz de conta, ressignificando a ludicidade do jogo, da improvisação, da imitação, da
objetosefatoseexperimentando-se dramatização, do faz de conta e do brincar, como meio
no lugar do outro, ao compor e paraodesenvolvimentodaespontaneidade,cooperaçãoe
encenar acontecimentos cênicos, coletividade, dentro do processo de aprendizagem.
Processos de criação

por meio de músicas, imagens, Experimentar cenas, explorando a autonomia dos edu-
textos ou outros pontos de partida, candos, incentivando situações imaginárias para criação
de forma intencional e reflexiva. de personagens e tendo, como ponto de partida, pre-
ferencialmente temas e contextos regionais, estaduais
e nacionais que possibilitem a imersão, em diferentes
gêneros teatrais, bem como as diversas linguagens
artísticas que o teatro agrega.
(EF15AR22) Experimentar possibi- Vivenciar personagens e composições teatrais utilizando
lidades criativas de movimento e de a ludicidade do jogo, da improvisação, da imitação, da
voz na criação de um personagem dramatização, do faz de conta e do brincar como meio
4. TEATRO (Cont.)

Processos de criação (Cont.)


teatral, discutindo estereótipos. para o desenvolvimento da espontaneidade, cooperação
e coletividade dentro do processo de aprendizagem.
Experimentar cenas explorando a autonomia dos edu-
candos, incentivando situações imaginárias para criação
de personagens e tendo como ponto de partida prefe-
rencialmente temas e contextos regionais, estaduais
e nacionais que possibilitem a imersão em diferentes
gêneros teatrais bem como as diversas linguagens
artísticas que o teatro agrega.

(EF15AR23) Reconhecer e experi- Organizar conhecimentos e práticas de diversas lingua-


mentar, em projetos temáticos, as gens artísticas de forma integrada, estabelecendo pontes
Processos de criação

relações processuais entre diversas mediadas pela temática trabalhada, facilitando o discer-
linguagens artísticas. nimento das linguagens trabalhadas, a elaboração e a
construção e fruição de práticas de forma integral.
Explorar as artes desenvolvendo uma interlocução que
dialogue com as áreas e dimensões do conhecimento de
forma lúdica e sensorial, respeitando e considerando as
experiências adquiridas e/ou desenvolvidas.

(EF15AR24) Caracterizar e experi- Conhecer a arte elaborada a partir de uma temática,


mentar brinquedos, brincadeiras, trabalhando a aprendizagem e a globalização do conhe-
5. ARTES INTEGRADAS

jogos, danças, canções e histórias cimento potencializado através das artes visuais, dança,
Matrizes estéticas culturais

de diferentes matrizes estéticas e música e teatro de modo que ambas direcionem para
culturais. um mesmo objetivo.
Pesquisar as linguagens artísticas em suas especifi-
cidades explorando gêneros, modalidades e estilos de
forma associadas de forma lúdica as produções visuais
e literárias, interpretações cênicas e musicais de forma
indissociável e simultânea partindo preferencialmente
de temáticas artísticas e culturais regionais, estaduais,
nacionais e mundiais.

(EF15AR25) Conhecer e valorizar Conhecer a diversidade cultural, respeitando suas ori-


o patrimônio cultural, material e gens e características contribuindo para o aprimoramen-
imaterial, de culturas diversas, em to de atitudes voltadas para a valorização e conservação
Patrimônio cultural

especial a brasileira, incluindo-se do patrimônio cultural, material e imaterial regional,


suas matrizes indígenas, africanas estadual, nacional e mundial.
e europeias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção de vo-
cabulário e repertório relativos às
diferentes linguagens artísticas.
(EF15AR26) Explorar diferentes Conhecer as diferentes tecnologias de forma consciente,
tecnologias e recursos digitais ética e responsável direcionando para a elaboração, con-
(multimeios, animações, jogos fecção e/ou divulgação de trabalhos artísticos pensados
eletrônicos, gravações em áudio e e produzidos utilizando diversos recursos e materiais de
vídeo, fotografia, softwares etc.) forma integrada sempre voltada para um determinado
nos processos de criação artística. tema que contemple preferencialmente as quatro lingua-
5. ARTES INTEGRADAS (Cont.)

gens artísticas.
Pesquisar recursos multimídia para o desenvolvimento
e produção de trabalhos artísticos integrados, gerando
produtos de forma individual ou coletiva, ampliando,
facilitando e aprofundando dos conhecimentos adqui-
ridos de forma sistematizada, significativa aliado as
tecnologias digitais.
Compreender a cultura digital e suas potencialidades
oportunizando visitas, pesquisas, criação, edição e
manipulaçãodeequipamentostecnológicosnecessários
para a acessar a diversidade artística e cultural das
Arte e tecnologia

linguagens e suas múltiplas formas de expressões.


Reconhecer a diversidade de saberes, experiências e
práticas artísticas em diferentes realidades, culturas,
contextos e tipos de artes, expandindo o repertório de
conhecimento e possibilidades de práticas.
2º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
Desdobramento Didático Pedagógico - DesDP
APROFUNDAR

(EF15AR01) Identificar e Conhecer e analisar as manifestações artísticas visuais e


apreciar formas distintas das culturais seja como leitor ou criador construindo argumentos
Contextos e práticas

artes visuais tradicionais e e ponderações sobre as fruições, as experiências e os proces-


contemporâneas, cultivando sos criativos, artísticos e culturais de forma lúdica.
a percepção, o imaginário, a Trabalhar distintas formas de artes visuais tendo como ponto
capacidade de simbolizar e o de partida preferencialmente as manifestações artísticas e
repertório imagético. culturais locais seguidas pelas regionais, estaduais, nacionais
e mundiais.

(EF15AR02) Explorar e reco- Compreender e identificar a existência de diferentes padrões


nhecer elementos constituti- artísticos e estéticos como fato histórico contextualizado
Elementos da lin-

vos das artes visuais (ponto, nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo
linha, forma, cor, espaço, observar as produções presentes no entorno, assim como as
guagem

movimento etc.). demais do patrimônio cultural e do universo natural.


Perceber e entender os elementos da linguagem visual, sua
construção, formas, combinações entre si e seus significados.
1. ARTES VISUAIS

(EF15AR03) Reconhecer Conhecer e compreender atividades dotadas de aspectos


Matrizes estéticas e

e analisar a influência de étnicos e socioculturais que permitam o compartilhar de


distintas matrizes estéticas e valores e memórias próprias da comunidade local, regional,
culturais das artes visuais nas nacional e mundial.
culturais

manifestações artísticas das Reconhecer e valorizar a cultura das local como patrimônio
culturas locais, regionais e cultural da comunidade, apresentando sentimento de perten-
nacionais. cimento.

(EF15AR04) Experimentar di- Desenvolver e articular uma ideia a partir do estabelecimento


ferentes formas de expressão de novas relações com as variadas formas de expressões
artística (desenho, pintura, unindo a sensibilidade, percepção e o intelecto de modo cons-
colagem, quadrinhos, dobra- ciente e autônomo.
dura, escultura, modelagem, Conhecer e experimentar materiais, suportes e instrumentos
instalação, vídeo, fotografia com propriedades expressivas e construtivas, bem como
etc.), fazendo uso sustentável técnicas na produção de formas visuais.
de materiais, instrumentos, Estimular e reconhecer a espontaneidade que propicie cons-
Materialidades

recursos e técnicas conven- truções de formas plásticas e visuais em espaços e contextos


cionais e não convencionais. diversos.
Conhecer, criar e recriar produções artísticas, a partir de es-
tímulos diversos como a imaginação, emoção e a observação
de modelos naturais e artificiais etc.
(EF15AR05) Experimentar Criar e produzir de forma intencional apreendendo durante o
a criação em artes visuais fazer artístico sentimentos, ideias, desejos e representações
de modo individual, coletivo em processos, acontecimentos e produções artísticas indivi-
e colaborativo, explorando duais ou coletivas permeados por tomadas de decisão, desa-
diferentes espaços da escola fios, conflitos e negociações.
e da comunidade. Explorar e conhecer experiências pessoais, sociais e culturais
por meio de atividades artísticas.
Conhecer e compreender sua própria identidade e contextos
sociais, culturais, históricos e ambientais desenvolvendo
sentimento de pertencimento.
Identificar e utilizar os espaços da escola e de fora dela no
âmbito da Arte.
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

Compartilhar saberes e produções entre os estudantes por


meio de exposições, intervenções, eventos artísticos e cultu-
rais.

(EF15AR06) Dialogar sobre Retratar histórias e experiências por meio de obras criativas,
Processos de criação

a sua criação e as dos cole- ampliando a habilidade de identificar, criar e improvisar obras
gas, para alcançar sentidos de arte, articulando ações e pensamentos propositivos.
plurais. Dialogar por meio da arte visual, desenvolvendo e mantendo
uma atitude de trabalho coletivo e pessoal, articulando a
percepção, imaginação, emoção, sensibilidades e reflexão ao
realizar e fluir produções artísticas, desenvolvendo a autono-
mia, a autoria e a crítica.

(EF15AR07) Reconhecer al- Conhecer e visitar artistas visuais locais e ou regionais iden-
Sistemas da linguagem

gumas categorias do sistema tificando categorias distintas de estilos, materiais e espaços


das artes visuais (museus, utilizados para exposição e divulgação dos trabalhos.
galerias, instituições, artistas, Reconhecer e manusear recursos tecnológicos como forma
artesãos, curadores etc.). de pesquisa, contato e registro das Artes Visuais.
Conhecer e compreender a diversidade da Cultura Visual,
suas formas e concepções estéticas na arte por meio de
atividades diversas.
Conhecer e analisar as manifestações artísticas e culturais
da dança seja como leitor ou participante construindo argu-
mentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e
os processos criativos, artísticos e culturais de forma lúdica
e dinâmica.
Reconhecer a dança como um bem cultural, que faz parte
(EF15AR08) Experimentar e
das culturas humanas com atividades inerentes à natureza do
apreciar formas distintas de
homem.
manifestações da dança pre-
Experimentar e desenvolver distintas formas de dança tendo
sentes em diferentes contex-
como ponto de partida preferencialmente as manifestações ar-
tos, cultivando a percepção,
tísticas e culturais locais seguidas pelas regionais, estaduais,
o imaginário, a capacidade
nacionais e mundiais.
de simbolizar e o repertório
Criar, estabelecer e manter relações entre o pensamento ar-
Contextos e práticas

corporal.
tístico, sua contextualização, a dança e sua identidade cultural.
Conhecer e contextualizar as diferentes tendências das
danças em diferentes contextos socioculturais, respeitando e
compreendendo as diversas manifestações e grupos sociais e
étnicos de dança como patrimônio cultural material e imaterial
de um povo.

(EF15AR09) Estabelecer rela- Conhecer e reconhecer o corpo e suas potencialidades ex-


ções entre as partes do corpo pressivas de forma consciente, autônoma e espontânea.
e destas com o todo corporal Compreender e desenvolver o funcionamento corporal am-
na construção do movimento pliando sua experimentação de movimento de forma lúdica,
dançado. social e cultural.
2. DANÇA

(EF15AR10) Experimentar di- Experimentar e compreender movimentos corporais, con-


Elementos da linguagem

ferentes formas de orientação siderando as mudanças de velocidade, tempo, de ritmo,


no espaço (deslocamentos, som, espaço, performance e o desenho do corpo no espaço.
planos, direções, caminhos Possibilitar e desenvolver movimentos corporais e artísticos
etc.) e ritmos de movimento quepossibilitemamplaexperimentaçãocorporal,promovendo
(lento, moderado e rápido) habilidades corporais e cognitivas de forma lúdica por meio de
na construção do movimento práticas que estimulem a atenção, concentração, memoriza-
dançado. ção, coordenação motora, reprodução de sequências de movi-
mentos, equilíbrio, fruição, ritmo, espaço, som, performance.

(EF15AR11) Criar e impro-


visar movimentos dançados
Elaborar, improvisar e produzir movimentos coreográficos
de modo individual, coletivo
considerando as experiências individuais e coletivas de cada
e colaborativo, considerando
estudante, estimulando o protagonismo e ampliando o reper-
os aspectos estruturais,
tório de movimentos, expressões, técnicas e estilos sempre
dinâmicos e expressivos dos
considerando os diferentes níveis, corpos, conhecimentos e
elementos constitutivos do
gostos.
movimento, com base nos
códigos de dança.
Processos de criação

(EF15AR12) Discutir, com


respeito e sem preconceito,
as experiências pessoais e Socializar e entender experiências vivenciadas com relação a
coletivas em dança vivencia- dança, seus estudos e práticas respeitando e considerando a
das na escola, como fonte diversidade de gostos e estilos de danças.
para a construção de vocabu-
lários e repertórios próprios.
(EF15AR13) Identificar e
apreciar criticamente diversas
formas e gêneros de expres-

Contexto e práticas
Apreciar e reconhecer a música como forma de expressão e
são musical, reconhecendo
manifestação cultural, distinguindo elementos básicos como
e analisando os usos e as
modalidades, estilos, funções e usos em diversas culturas e
funções da música em diver-
contextos ampliando seu conhecimento de mundo.
sos contextos de circulação,
em especial, aqueles da vida
cotidiana.

(EF15AR14) Perceber e
Elementos da linguagem

explorar os elementos cons-


titutivos da música (altura, Compreender e desenvolver de forma lúdica e criativa ele-
intensidade, timbre, melodia, mentos musicais básicos, explorando a musicalidade com
ritmo etc.), por meio de práticas voltadas para o desenvolvimento e aprimoramento
jogos, brincadeiras, canções dos sentidos por meio do uso da voz e ou de instrumentos
e práticas diversas de com- musicais.
posição/criação, execução e
apreciação musical.

(EF15AR15) Explorar fontes


sonoras diversas, como as
existentes no próprio corpo
(palmas, voz, percussão cor- Conhecer e identificar fontes sonoras por meio do corpo e da
3. MÚSICA

poral), na natureza e em obje- observação da natureza, manipulação de objetos experimen-


Materialidades

tos cotidianos, reconhecendo tando as potencialidades sonoras da natureza, de objetos e do


os elementos constitutivos da próprio corpo.
música e as características
de instrumentos musicais
variados.

(EF15AR16) Explorar dife-


Notação e registro musical

rentes formas de registro


musical não convencional
(representação gráfica de Pesquisar e conhecer materiais e elementos gráficos para
sons, partituras criativas escrita e leitura dos sons e músicas como também recursos
etc.), bem como procedi- digitais e tecnológicos responsáveis registros e captações
mentos e técnicas de registro sonoras e visuais.
em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical
convencional.

(EF15AR17) Experimentar
Conhecer, manusear e produzir instrumentos musicais a
improvisações, composições
partir de diferentes materiais, identificando e trabalhando
Processos de criação

e sonorização de histórias,
estilos e elementos musicais (melodia, ritmo e harmonia) e
entre outros, utilizando vozes,
sons emitidos por eles de forma individual ou coletiva.
sons corporais e/ou instru-
Experimentar e ampliar o conhecimento musical exercitando
mentos musicais convencio-
a voz através do canto, estimulando a capacidade de improvi-
nais ou não convencionais,
sar compondo e interpretando músicas, como também utili-
de modo individual, coletivo e
zando o corpo na produção de sons.
colaborativo.
Conhecer e reconhecer o teatro como manifestação artística que
(EF15AR18) Reconhecer e agrega outras linguagens artísticas desvendando limites e possibilida-
apreciar formas distintas des do corpo como materialidade expressiva em diversos contextos
de manifestações do teatro socioculturais, apreciando e realizando a leitura como espectador dos
Contextos e práticas presentes em diferentes espetáculos teatrais.
contextos, aprendendo a ver e Conhecer e explorar a linguagem das artes cênicas e seu processo de
a ouvir histórias dramatizadas composição teatral como expressão de concepções e suas potencia-
e cultivando a percepção, lidades expressivas que possibilita a cultura do desenvolvimento da
o imaginário, a capacidade leitura, percepção e fruição de obras teatrais articulando esses conheci-
de simbolizar e o repertório mentos ao repertório pessoal.
ficcional. Identificar o jogo dramático e todas as suas particularidades e com-
preender as distinções entre teatro e jogo.

(EF15AR19) Descobrir tea- Conhecer e perceber a diversidade de gêneros e modalidades teatrais,


tralidades na vida cotidiana,
Elementos da lin-

analisando possibilidades de interpretações, gestos, vozes e movimen-


identificando elementos tea- to do próprio corpo em diferentes contextos sociais da vida cotidiana
trais (variadas entonações de estabelecendo a relação entre fala, expressão e movimento.
guagem

voz, diferentes fisicalidades, Investigar e descobrir a prática da representação, do movimento da


diversidade de personagens e percepção do espaço e do corpo em toda a sua expressividade cotidiana.
narrativas etc.). Estabelecer relações entre as teatralidades do cotidiano e a arte teatral.

(EF15AR20) Experimentar o
trabalhocolaborativo,coletivo Vivenciar e desenvolver a prática da linguagem cênica que
e autoral em improvisações propõe uma aprendizagem sobre movimento, corpo, gestos
4. TEATRO

teatrais e processos narrativos e recursos cênicos, utilizando o jogo e a improvisação teatral


criativos em teatro, exploran- como instrumento mediador no processo de criação, de ensi-
do desde a teatralidade dos no, e de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora.
gestos e das ações do cotidia- Possibilitar elaborações de cenas que encorajem e estimulem
noatéelementosdediferentes a liberdade de criação no processo de aprendizagem.
matrizes estéticas e culturais.

(EF15AR21) Exercitar a Vivenciar personagens e composições teatrais utilizando a ludi-


imitação e o faz de conta, cidade do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização,
ressignificando objetos e do faz de conta e do brincar como meio para o desenvolvimento
fatos e experimentando-se no da espontaneidade, cooperação e coletividade dentro do pro-
lugar do outro, ao compor e cesso de aprendizagem.
encenar acontecimentos cê- Experimentar cenas explorando a autonomia dos educandos,
nicos, por meio de músicas, incentivando situações imaginárias para criação de persona-
imagens, textos ou outros gens e tendo como ponto de partida preferencialmente temas
pontos de partida, de forma e contextos regionais, estaduais e nacionais que possibilitem a
intencional e reflexiva. imersão em diferentes gêneros teatrais bem como as diversas
linguagens artísticas que o teatro agrega.

Vivenciar personagens e composições teatrais utilizando a ludicidade


do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização, do faz de conta
(EF15AR22) Experimentar
Processos de criação

edobrincarcomomeioparaodesenvolvimentodaespontaneidade,coo-
possibilidades criativas
peração e coletividade dentro do processo de aprendizagem.
de movimento e de voz na
Experimentar cenas explorando a autonomia dos educandos, incen-
criação de um personagem
tivando situações imaginárias para criação de personagens e tendo
teatral, discutindo estereó-
como ponto de partida preferencialmente temas e contextos regionais,
tipos.
estaduais e nacionais que possibilitem a imersão em diferentes gêneros
teatrais bem como as diversas linguagens artísticas que o teatro agrega.
Organizar e identificar conhecimentos e práticas de diver-
sas linguagens artísticas de forma integrada, estabelecendo

Processos de criação
(EF15AR23) Reconhecer pontes mediadas pela temática trabalhada, facilitando o
e experimentar, em proje- discernimento das linguagens trabalhadas, a elaboração e a
tos temáticos, as relações construção e fruição de práticas de forma integral.
processuais entre diversas Explorar e planejar as artes desenvolvendo uma interlocução
linguagens artísticas. que dialogue com as áreas e dimensões do conhecimento de
forma lúdica e sensorial, respeitando e considerando as expe-
riências adquiridas e/ou desenvolvidas.

Conhecer e identificar a arte elaborada a partir de uma


temática, trabalhando a aprendizagem e a globalização do
conhecimento potencializado através das artes visuais, dança,
Matrizes estéticas culturais

(EF15AR24) Caracterizar e música e teatro de modo que ambas direcionem para um


experimentar brinquedos, mesmo objetivo.
brincadeiras, jogos, danças, Pesquisar e entender as linguagens artísticas em suas
canções e histórias de dife- especificidades explorando gêneros, modalidades e estilos
rentes matrizes estéticas e de forma associadas de forma lúdica as produções visuais e
culturais. literárias, interpretações cênicas e musicais de forma indisso-
ciável e simultânea partindo preferencialmente de temáticas
artísticas e culturais regionais, estaduais, nacionais e mun-
diais.
5. ARTES INTEGRADAS

(EF15AR25) Conhecer e
valorizar o patrimônio cultu-
ral, material e imaterial, de
culturas diversas, em especial Conhecer e compreender a diversidade cultural, respeitando
a brasileira, incluindo-se suas sua origens e características contribuindo para o aprimora-
Patrimônio cultural

matrizes indígenas, africanas mento de atitudes voltadas para a valorização e conservação


e europeias, de diferentes do patrimônio cultural, material e imaterial regional, estadual,
épocas, favorecendo a cons- nacional e mundial.
trução de vocabulário e reper-
tório relativos às diferentes
linguagens artísticas.

Conhecer e explorar as diferentes tecnologias de forma cons-


ciente, ética e responsável direcionando para a elaboração,
confecção e/ou divulgação de trabalhos artísticos pensados e
produzidos utilizando diversos recursos e materiais de forma
integrada sempre voltada para um determinado tema que
contemple preferencialmente as quatro linguagens artísticas.
(EF15AR26) Explorar dife- Pesquisar e experimentar recursos multimídia para o de-
rentes tecnologias e recursos senvolvimento e produção de trabalhos artísticos integrados,
digitais (multimeios, ani- gerando produtos de forma individual ou coletiva, ampliando,
mações, jogos eletrônicos, facilitando e aprofundando dos conhecimentos adquiridos de
gravações em áudio e vídeo, forma sistematizada, significativa aliado as tecnologias digitais.
fotografia, softwares etc.) Compreender e desenvolver a cultura digital e suas poten-
nos processos de criação cialidades oportunizando visitas, pesquisas, criação, edição e
artística. manipulação de equipamentos tecnológicos necessários para
a acessar a diversidade artística e cultural das linguagens e
Arte e tecnologia

suas múltiplas formas de expressões.


Reconhecer a diversidade de saberes, experiências e práticas
artísticas em diferentes realidades, culturas, contextos e tipos
de artes, expandindo o repertório de conhecimento e possibi-
lidades de práticas.
Conhecimento
3º ANO

Objeto de
Temáticas
Unidades
Habilidades
Desdobramento Didático Pedagógico - DesDP
APROFUNDAR

(EF15AR01) Identificar e Conhecer, analisar e interpretar as manifestações artísticas


apreciar formas distintas visuais e culturais seja como leitor ou criador construindo argu-
Contextos e práticas

das artes visuais tradicio- mentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e os


nais e contemporâneas, processos criativos, artísticos e culturais de forma lúdica.
cultivando a percepção, o Trabalhar distintas formas de artes visuais tendo como ponto de
imaginário, a capacidade partida preferencialmente as manifestações artísticas e culturais
de simbolizar e o repertório locais seguidas pelas regionais, estaduais, nacionais e mundiais.
imagético.

(EF15AR02) Explorar e re- Compreender, identificar e entender a existência de diferentes


Elementos da lingua-

conhecer elementos cons- padrões artísticos e estéticos como fato histórico contextualiza-
titutivos das artes visuais do nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo
(ponto, linha, forma, cor, observar as produções presentes no entorno, assim como as
espaço, movimento etc.). demais do patrimônio cultural e do universo natural.
Perceber, entender e pesquisar os elementos da linguagem
visual, sua construção, formas, combinações entre si e seus
gem

significados.
1. ARTES VISUAIS

(EF15AR03) Reconhecer Conhecer, compreender e analisar atividades dotadas de as-


Matrizes estéticas e

e analisar a influência de pectos étnicos e socioculturais que permitam o compartilhar


distintas matrizes estéticas de valores e memórias próprias da comunidade local, regional,
e culturais das artes visuais nacional e mundial.
culturais

nas manifestações artís- Reconhecer e valorizar a cultura das local como patrimônio
ticas das culturas locais, cultural da comunidade, apresentando sentimento de pertenci-
regionais e nacionais. mento.

(EF15AR04) Experimentar Desenvolver, articular e produzir uma ideia a partir do estabe-


diferentes formas de ex- lecimento de novas relações com as variadas formas de expres-
pressão artística (desenho, sões unindo a sensibilidade, percepção e o intelecto de modo
pintura, colagem, quadri- consciente e autônomo.
nhos, dobradura, escultura, Conhecer, experimentar e trabalhar com materiais, suportes e
modelagem, instalação, instrumentos com propriedades expressivas e construtivas, bem
vídeo, fotografia etc.), como técnicas na produção de formas visuais.
fazendo uso sustentável de Estimular, reconhecer e valorizar a espontaneidade que propicie
Materialidades

materiais, instrumentos, construções de formas plásticas e visuais em espaços e contex-


recursos e técnicas con- tos diversos.
vencionais e não conven- Conhecer, criar e recriar produções artísticas, a partir de estí-
cionais. mulos diversos como a imaginação, emoção e a observação de
modelos naturais e artificiais etc.
(EF15AR05) Experimentar Criar, de forma intencional e investigativa apreendendo, durante
a criação em artes visuais o fazer artísticos, sentimentos, ideias, desejos e representações
de modo individual, cole- em processos, acontecimentos e produções artísticas individuais
tivo e colaborativo, explo- ou coletivas, permeados por tomadas de decisão, desafios,
rando diferentes espaços conflitos e negociações.
da escola e da comunidade. Explorar, conhecer e trabalhar com experiências pessoais,
sociais e culturais, por meio de atividades artísticas.
Conhecer, compreender e valorizar sua própria identidade e
contextos sociais, culturais, históricos e ambientais, desenvol-
vendo sentimento de pertencimento.
Identificar, utilizar e explorar os espaços da escola e de fora
dela, no âmbito da Arte.
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

Compartilhar saberes e produções, entre os estudantes, por


meio de exposições, intervenções, eventos artísticos e culturais.

(EF15AR06) Dialogar Retratar histórias, experiências e ideias, por meio de obras


Processos de criação

sobre a sua criação e as criativas, ampliando a habilidade de identificar, criar e improvisar


dos colegas, para alcançar obras de arte, articulando ações e pensamentos propositivos.
sentidos plurais. Dialogar, por meio da arte visual, desenvolvendo, mantendo e
ampliando uma atitude de trabalho coletivo e pessoal, articulan-
do a percepção, imaginação, emoção, sensibilidades e reflexão,
ao realizar e fluir produções artísticas, ampliando a autonomia, a
autoria e a crítica.

(EF15AR07) Reconhecer Conhecer, visitar e receber artistas visuais locais e regionais,


algumas categorias do identificando categorias distintas de estilos, materiais e espaços
Sistemas da linguagem

sistema das artes visuais utilizados para exposição e divulgação dos trabalhos.
(museus, galerias, insti- Reconhecer, manusear e explorar recursos tecnológicos, como
tuições, artistas, artesãos, forma de registro, pesquisa, criação e desenvolvimento de pro-
curadores etc.). jetos.
Conhecer e compreender a diversidade da Cultura Visual, suas
formas e concepções estéticas da arte, monumentos históricos
por meio de atividades diversas.
(EF15AR08) Experimentar Conhecer, analisar e interpretar as manifestações artísticas e
e apreciar formas distintas culturais da dança, seja como leitor ou participante, construindo
de manifestações da dança argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e
presentes em diferentes os processos criativos, artísticos e culturais de forma lúdica e
contextos, cultivando a dinâmica.
percepção, o imaginário, a Reconhecer a dança, como um bem cultural, que faz parte das
capacidade de simbolizar e culturas humanas, com atividades inerentes à natureza do ho-
o repertório corporal. mem.
Experimentar, desenvolver e pesquisar distintas formas de
dança, tendo, como ponto de partida, preferencialmente, as ma-
nifestações artísticas e culturais locais, seguidas pelas regionais,
estaduais, nacionais e mundiais.
Contextos e práticas

Criar, estabelecer e manter relações entre o pensamento artísti-


co, sua contextualização, a dança e sua identidade cultural.
Conhecer e contextualizar as diferentes tendências das danças,
em diferentes contextos socioculturais, respeitando e compreen-
dendo as diversas manifestações e grupos sociais e étnicos de
dança, como patrimônio cultural material e imaterial de um povo.

(EF15AR09) Estabelecer Conhecer, reconhecer e preparar o corpo e suas potencialida-


relações entre as partes do des expressivas, de forma consciente, autônoma e espontânea.
corpo e destas com o todo Compreender, desenvolver e ampliar o funcionamento cor-
corporal na construção do poral, ampliando sua experimentação de movimento, de forma
movimento dançado. lúdica, social e cultural.

(EF15AR10) Experimentar Experimentar, compreender e entender movimentos corporais,


2. DANÇA

diferentes formas de orien- considerando as mudanças de velocidade, tempo, de ritmo, som,


Elementos da linguagem

tação no espaço (desloca- espaço, performance e o desenho do corpo no espaço.


mentos, planos, direções, Possibilitar, desenvolver e ampliar movimentos corporais
caminhos etc.) e ritmos de e artísticos que possibilitem ampla experimentação corporal,
movimento(lento,modera- promovendo habilidades corporais e cognitivas de forma lúdica,
do e rápido) na construção por meio de práticas que estimulem a atenção, concentração,
do movimento dançado. memorização, coordenação motora, reprodução de sequências
de movimentos, equilíbrio, fruição, ritmo, espaço, som, perfor-
mance.

(EF15AR11) Criar e impro- Elaborar, improvisar e produzir movimentos coreográficos,


visar movimentos dança- considerando as experiências individuais e coletivas, de cada
dos de modo individual, estudante,estimulandooprotagonismoeampliandoorepertório
coletivo e colaborativo, de movimentos, expressões, técnicas e estilos, sempre conside-
considerando os aspectos rando os diferentes níveis, corpos, conhecimentos e gostos.
estruturais, dinâmicos e
expressivos dos elementos
constitutivos do movimen-
to, com base nos códigos
de dança.

(EF15AR12) Discutir, com Socializar, entender e compreender experiências vivenciadas


Processos de criação

respeito e sem preconcei- com relação a dança, seus estudos e práticas, respeitando e
to, as experiências pes- considerando a diversidade de gostos e estilos de danças.
soais e coletivas em dança
vivenciadas na escola,
como fonte para a cons-
trução de vocabulários e
repertórios próprios.
(EF15AR13) Identificar Apreciar, reconhecer e explorar a música, como forma de ex-
e apreciar criticamente pressão e manifestação cultural, distinguindo elementos básicos
diversas formas e gêneros como modalidades, estilos, funções e usos em diversas culturas
de expressão musical, e contextos, ampliando seu conhecimento de mundo.

Contexto e práticas
reconhecendoeanalisando
os usos e as funções da
música em diversos con-
textos de circulação, em
especial, aqueles da vida
cotidiana.

(EF15AR14) Perceber e Compreender, desenvolver e exercitar, de forma lúdica e criati-


explorar os elementos va, elementos musicais básicos, explorando a musicalidade com
Elementos da linguagem

constitutivos da música práticas voltadas para o desenvolvimento e aprimoramento dos


(altura,intensidade, timbre, sentidos, por meio do uso da voz e ou de instrumentos musicais.
melodia, ritmo etc.), por
meio de jogos, brincadei-
ras, canções e práticas
diversas de composição/
criação, execução e apre-
ciação musical.

(EF15AR15) Explorar Conhecer, identificar e investigar fontes sonoras, por meio do


fontes sonoras diversas, corpo e da observação da natureza, manipulação de objetos, ex-
como as existentes no perimentandoaspotencialidadessonorasdanatureza,deobjetos
próprio corpo (palmas, e do próprio corpo.
3. MÚSICA

voz, percussão corporal),


na natureza e em objetos
Materialidades

cotidianos, reconhecendo
os elementos constitutivos
da música e as caracte-
rísticas de instrumentos
musicais variados.

(EF15AR16) Explorar dife- Pesquisar, conhecer e explorar materiais e elementos gráficos


Notação e registro musical

rentes formas de registro para escrita e leitura dos sons e músicas, como, também, recur-
musical não convencional sos digitais e tecnológicos, responsáveis registros e captações
(representação gráfica de sonoras e visuais.
sons, partituras criativas
etc.), bem como procedi-
mentos e técnicas de regis-
tro em áudio e audiovisual,
e reconhecer a notação
musical convencional.

(EF15AR17) Experimentar Conhecer, manusear e produzir instrumentos musicais, a partir


improvisações, compo- de diferentes materiais, identificando e trabalhando estilos e
sições e sonorização de elementos musicais (melodia, ritmo e harmonia) e sons emitidos
Processos de criação

histórias, entre outros, por eles de forma individual ou coletiva.


utilizando vozes, sons Experimentar e ampliar o conhecimento musical, exercitando a
corporais e/ou instrumen- voz, através do canto, estimulando a capacidade de improvisar,
tos musicais convencionais compondo e interpretando músicas, como, também, utilizando o
ou não convencionais, de corpo na produção de sons.
modo individual, coletivo e
colaborativo.
(EF15AR18) Reconhecer e Conhecer, reconhecer e aprender o teatro como manifestação
apreciar formas distintas artística que agrega outras linguagens artísticas desvendando li-
de manifestações do teatro mites e possibilidades do corpo, como materialidade expressiva,
presentes em diferentes em diversos contextos socioculturais, apreciando e realizando a
contextos, aprendendo leitura como espectador dos espetáculos teatrais.
Contextos e práticas a ver e a ouvir histórias Conhecer e explorar a linguagem das artes cênicas e seu pro-
dramatizadas e cultivando cesso de composição teatral como expressão de concepções
a percepção, o imaginário, e suas potencialidades expressivas que possibilita a cultura do
a capacidade de simbolizar desenvolvimento da leitura, percepção e fruição de obras teatrais
e o repertório ficcional. articulando esses conhecimentos ao repertório pessoal.
Identificar o jogo dramático e todas as suas particularidades e
compreender as distinções, entre teatro e jogo.

(EF15AR19) Descobrir tea- Conhecer, perceber e desenvolver a diversidade de gêneros e


Elementos da linguagem

tralidades na vida cotidia- modalidades teatrais, analisando possibilidades de interpreta-


na,identificandoelementos ções, gestos, vozes e movimento do próprio corpo, em diferen-
teatrais (variadas ento- tes contextos sociais da vida cotidiana, estabelecendo a relação
nações de voz, diferentes entre fala, expressão e movimento.
fisicalidades, diversidade Investigar, descobrir e desvendar a prática da representação, do
de personagens e narrati- movimento da percepção do espaço e do corpo, em toda a sua
vas etc.). expressividade cotidiana.
Estabelecer relações, entre as teatralidades do cotidiano e a arte teatral.

(EF15AR20) Experimentar Vivenciar, desenvolver e explorar a prática da linguagem cênica


o trabalho colaborativo, que propõe uma aprendizagem sobre movimento, corpo, gestos
coletivo e autoral em e recursos cênicos, utilizando o jogo e a improvisação teatral,
4. TEATRO

improvisações teatrais e como instrumento mediador no processo de criação, de ensino,


processos narrativos criati- e de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora.
vos em teatro, explorando Possibilitar elaborações de cenas que encorajem e estimulem a
desde a teatralidade dos liberdade de criação no processo de aprendizagem.
gestos e das ações do
cotidiano até elementos de
diferentes matrizes estéti-
cas e culturais.

(EF15AR21) Exercitar a Vivenciar personagens e composições teatrais, utilizando a ludi-


imitação e o faz de conta, cidade do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização,
ressignificando objetos e do faz de conta e do brincar, como meio para o desenvolvimento
fatos e experimentando- da espontaneidade, cooperação e coletividade, dentro do proces-
-se no lugar do outro, ao so de aprendizagem.
compor e encenar acon- Experimentar cenas explorando a autonomia dos educandos,
tecimentos cênicos, por incentivando situações imaginárias para criação de personagens
meio de músicas, imagens, e tendo, como ponto de partida, preferencialmente temas e
textos ou outros pontos de contextos regionais, estaduais e nacionais que possibilitem a
partida, de forma intencio- imersão, em diferentes gêneros teatrais, bem como as diversas
nal e reflexiva. linguagens artísticas que o teatro agrega.

(EF15AR22) Experimentar Vivenciar personagens e composições teatrais, utilizando a ludicidade


possibilidades criativas do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização, do faz de con-
Processos de criação

de movimento e de voz na taedobrincar,comomeioparaodesenvolvimentodaespontaneidade,


criação de um personagem cooperação e coletividade, dentro do processo de aprendizagem.
teatral, discutindo estereó- Experimentar cenas, explorando a autonomia dos educandos, incen-
tipos. tivando situações imaginárias para criação de personagens e tendo,
como ponto de partida preferencialmente, temas e contextos regionais,
estaduais e nacionais que possibilitem a imersão, em diferentes gêneros
teatrais, bem como as diversas linguagens artísticas que o teatro agrega.
(EF15AR23) Reconhecer e Organizar, identificar e ampliar conhecimentos e práticas de
experimentar, em projetos diversas linguagens artísticas, de forma integrada, estabelecendo

Processos de criação
temáticos, as relações pontes mediadas pela temática trabalhada, facilitando o discerni-
processuais entre diversas mento das linguagens trabalhadas, a elaboração e a construção e
linguagens artísticas. fruição de práticas de forma integral.
Explorar, planejar e desenvolver as artes desenvolvendo uma
interlocução que dialogue com as áreas e dimensões do conhe-
cimento, de forma lúdica e sensorial, respeitando e considerando
as experiências adquiridas e/ou desenvolvidas.

(EF15AR24) Caracterizar e Conhecer, identificar e experimentar a arte elaborada, a partir de


Matrizes estéticas culturais

experimentar brinquedos, uma temática, trabalhando a aprendizagem e a globalização do co-


brincadeiras, jogos, dan- nhecimentopotencialização,atravésdasartesvisuais,dança,música
ças, canções e histórias de e teatro, de modo que ambas direcionem para um mesmo objetivo.
diferentes matrizes estéti- Pesquisar, entender e trabalhar as linguagens artísticas em
cas e culturais. suas especificidades, explorando gêneros, modalidades e estilos
de forma associadas, de forma lúdica as produções visuais e lite-
rárias, interpretações cênicas e musicais, de forma indissociável
e simultânea partindo, preferencialmente, de temáticas artísticas
e culturais regionais, estaduais, nacionais e mundiais.

(EF15AR25) Conhecer Conhecer, compreender e valorizar a diversidade cultural,


e valorizar o patrimônio respeitando suas origens e características, contribuindo para o
5. ARTES INTEGRADAS

cultural, material e imate- aprimoramento de atitudes, voltadas para a valorização e con-


rial, de culturas diversas, servação do patrimônio cultural, material e imaterial regional,
em especial a brasileira, estadual, nacional e mundial.
incluindo-se suas matrizes
Patrimônio cultural

indígenas, africanas e euro-


peias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção
de vocabulário e repertório
relativos às diferentes
linguagens artísticas.

(EF15AR26) Explorar Conhecer, explorar e utilizar a tecnologia, de forma consciente,


diferentes tecnologias e ética e responsável, direcionando para a elaboração, confecção
recursos digitais (multi- e/ou divulgação de trabalhos artísticos, pensados e produzidos,
meios, animações, jogos utilizando diversos recursos e materiais, de forma integrada,
eletrônicos, gravações em sempre voltada para um determinado tema que contemple,
áudio e vídeo, fotografia, preferencialmente as quatro linguagens artísticas.
softwares etc.) nos proces- Pesquisar, experimentar e usar recursos multimídia para o
sos de criação artística. desenvolvimento e produção de trabalhos artísticos integrados,
gerando produtos de forma individual ou coletiva, ampliando,
facilitando e aprofundando dos conhecimentos adquiridos, de
forma sistematizada, significativa aliado às tecnologias digitais.
Compreender, desenvolver e trabalhar a cultura digital e suas
potencialidades, oportunizando visitas, pesquisas, criação, edi-
ção e manipulação de equipamentos tecnológicos, necessários
para a acessar a diversidade artística e cultural das linguagens e
Arte e tecnologia

suas múltiplas formas de expressões.


Reconhecer a diversidade de saberes, experiências e práticas
artísticas, em diferentes realidades, culturas, contextos e tipos
de artes, expandindo o repertório de conhecimento e possibilida-
des de práticas.
Habilidades 4º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

DESDOBRAMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO - DesDP


APROFUNDAR E CONSOLIDAR

(EF15AR01) Identificar e Conhecer, analisar, interpretar as manifestações artísticas,


apreciar formas distintas visuais e culturais, seja como leitor ou criador, construindo
Contextos e práticas

das artes visuais tradicio- argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências e


nais e contemporâneas, os processos criativos, artísticos e culturais, de forma lúdica.
cultivando a percepção, o Trabalhar distintas formas de artes visuais tendo como ponto de
imaginário, a capacidade partida preferencialmente as manifestações artísticas e culturais
de simbolizar e o repertório locais seguidas pelas regionais, estaduais, nacionais e mundiais.
imagético.

(EF15AR02) Explorar e re- Compreender, identificar, entender e pesquisar a existência


Elementosdalinguagem

conhecer elementos cons- de diferentes padrões artísticos e estéticos, como fato histórico
titutivos das artes visuais contextualizado nas diversas culturas, conhecendo, respeitando
(ponto, linha, forma, cor, e podendo observar as produções presentes no entorno, assim
espaço, movimento etc.). como as demais do patrimônio cultural e do universo natural.
Perceber, entender, pesquisar e explorar os elementos da
linguagem visual, sua construção, formas, combinações entre si
e seus significados.
1. ARTES VISUAIS

(EF15AR03) Reconhecer Conhecer, compreender, analisar e trabalhar atividades dotadas


Matrizes estéticas e

e analisar a influência de de aspectos étnicos e socioculturais que permitam o comparti-


distintas matrizes estéticas lhar de valores e memórias próprias da comunidade local, regio-
e culturais das artes visuais nal, nacional e mundial.
culturais

nas manifestações artís- Reconhecer e valorizar a cultura das local, como patrimônio
ticas das culturas locais, cultural da comunidade, apresentando sentimento de pertenci-
regionais e nacionais. mento.

(EF15AR04) Experimentar Desenvolver, articular, produzir e materializar uma ideia, a


diferentes formas de ex- partir do estabelecimento de novas relações, com as variadas
pressão artística (desenho, formas de expressões, unindo a sensibilidade e a percepção e o
pintura, colagem, quadri- intelecto, de modo consciente e autônomo.
nhos, dobradura, escultura, Conhecer, experimentar, trabalhar e manter contato com ma-
modelagem, instalação, teriais, suportes e instrumentos com propriedades expressivas e
vídeo, fotografia etc.), construtivas, bem como técnicas na produção de formas visuais.
fazendo uso sustentável de Estimular, reconhecer, valorizar e ressignificar a espontanei-
Materialidades

materiais, instrumentos, dade que propicie construções de formas plásticas e visuais em


recursos e técnicas con- espaços e contextos diversos.
vencionais e não conven- Conhecer, criar, recriar e desenvolver produções artísticas, a
cionais. partir de estímulos diversos, como a imaginação, emoção e a
observação de modelos naturais e artificiais etc.
(EF15AR05) Experimentar a Criar e produzir, de forma intencional e investigativa apreenden-
criação em artes visuais de do, durante o fazer artístico sentimentos, ideias, desejos e repre-
modo individual, coletivo sentações em processos, acontecimentos e produções artísticas
e colaborativo, explorando individuais ou coletivas, permeados por tomadas de decisão,
diferentes espaços da desafios, conflitos e negociações.
escola e da comunidade. Explorar, conhecer e trabalhar, com experiências pessoais,
sociais e culturais, por meio de atividades artísticas.
Conhecer, compreender e valorizar sua própria identidade e
contextos sociais, culturais, históricos e ambientais, desenvol-
vendo sentimento de pertencimento.
Identificar, utilizar, explorar e trabalhar espaços da escola e de
fora dela, no âmbito da Arte.
Compartilhar saberes e produções, entre os estudantes, por
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

meio de exposições, intervenções, eventos artísticos e culturais.

(EF15AR06) Dialogar sobre Retratar histórias, experiências, ideias e atitudes, por meio
a sua criação e as dos cole- de obras criativas, ampliando a habilidade de identificar, criar
Processos de criação

gas, para alcançar sentidos e improvisar obras de arte, articulando ações e pensamentos
plurais. propositivos.
Dialogar e expressar, por meio da arte visual, desenvolvendo e
mantendo uma atitude de trabalho coletivo e pessoal, articulando
a percepção, imaginação, emoção, sensibilidades e reflexão ao
realizar e fluir produções artísticas, ampliando a autonomia, a
autoria e a crítica.

(EF15AR07) Reconhecer Conhecer e visitar artistas, instituições e espaços artísticos e


algumas categorias do culturais locais e regionais, identificando categorias distintas de
sistema das artes visuais estilos, materiais e espaços utilizados para exposição e divulga-
Sistemas da linguagem

(museus, galerias, insti- ção dos trabalhos.


tuições, artistas, artesãos, Reconhecer, manusear e explorar recursos tecnológicos, como
curadores etc.). forma de registro, pesquisa, criação e desenvolvimento de traba-
lhos e projetos.
Conhecer e compreender a diversidade da Cultura Visual, suas
formas e concepções estéticas da arte, monumentos históricos,
patrimônio históricos e culturais por meio de atividades diversas.
(EF15AR08) Experimentar Conhecer, analisar, interpretar e vivenciar as manifestações
e apreciar formas distintas artísticas e culturais da dança, seja como leitor ou participante
de manifestações da dança construindo argumentos e ponderações sobre as fruições, as
presentes em diferentes experiências e os processos criativos, artísticos e culturais de
contextos, cultivando a forma lúdica e dinâmica.
percepção, o imaginário, a Reconhecer a dança, como um bem cultural, que faz parte das
capacidade de simbolizar e culturas humanas com atividades inerentes à natureza do ho-
o repertório corporal. mem.
Experimentar, desenvolver, pesquisar e trabalhar distintas
formas de dança, tendo como ponto de partida, preferencialmen-
te, as manifestações artísticas e culturais locais, seguidas pelas
regionais, estaduais, nacionais e mundiais.
Contextos e práticas

Criar, estabelecer e manter relações, entre o pensamento artísti-


co, sua contextualização, a dança e sua identidade cultural.
Conhecer e contextualizar as diferentes tendências das danças,
em diferentes contextos socioculturais, respeitando e compreen-
dendo as diversas manifestações e grupos sociais e étnicos de
dança, como patrimônio cultural material e imaterial de um povo.

(EF15AR09) Estabelecer Conhecer, reconhecer, preparar e experimentar o corpo e suas


relações entre as partes do potencialidades expressivas, de forma consciente, autônoma e
corpo e destas com o todo espontânea.
corporal na construção do Compreender, desenvolver, ampliar e possibilitar o funciona-
movimento dançado. mentocorporalampliandosuaexperimentaçãodemovimentode
forma lúdica, social e cultural.
2. DANÇA

(EF15AR10) Experimentar Experimentar, compreender, entender e elaborar movimentos


diferentes formas de orien- corporais, considerando as mudanças de velocidade, tempo, de rit-
Elementos da linguagem

tação no espaço (desloca- mo, som, espaço, performance e o desenho do corpo no espaço.
mentos, planos, direções, Possibilitar, desenvolver, ampliar e vivenciar movimentos
caminhos etc.) e ritmos de corporais e artísticos que possibilitem ampla experimentação
movimento (lento, modera- corporal, promovendo habilidades corporais e cognitivas, de
do e rápido) na construção forma lúdica, por meio de práticas que estimulem a atenção,
do movimento dançado. concentração, memorização, coordenação motora, reprodução
de sequências de movimentos, equilíbrio, fruição, ritmo, espaço,
som, performance.

(EF15AR11) Criar e impro- Elaborar, improvisar, produzir e construir e movimentos coreo-


visarmovimentosdançados gráficos, considerando as experiências individuais e coletivas
demodoindividual,coletivo de cada estudante, estimulando o protagonismo e ampliando o
e colaborativo, consideran- repertório de movimentos, expressões, técnicas e estilos, sem-
do os aspectos estruturais, pre considerando os diferentes níveis, corpos, conhecimentos e
dinâmicos e expressivos gostos.
doselementosconstitutivos
do movimento, com base
nos códigos de dança.

(EF15AR12) Discutir, com Socializar, entender, compreender e valorizar experiências


Processos de criação

respeito e sem preconceito, vivenciadas, com relação a dança, seus estudos e práticas,
as experiências pessoais respeitando e considerando a diversidade de gostos e estilos de
e coletivas em dança vi- danças.
venciadas na escola, como
fonte para a construção de
vocabulários e repertórios
próprios.
(EF15AR13) Identificar e Apreciar, reconhecer, explorar e analisar a música, como forma
apreciar criticamente diver- de expressão e manifestação cultural, distinguindo elementos
sas formas e gêneros de básicos como: modalidades, estilos, funções e usos em diversas

Contexto e práticas
expressão musical, reco- culturas e contextos ampliando seu conhecimento de mundo.
nhecendo e analisando os
usos e as funções da mú-
sica em diversos contextos
de circulação, em especial,
aqueles da vida cotidiana.

(EF15AR14) Perceber e Compreender, desenvolver, exercitar e interpretar, de forma


explorar os elementos lúdica e criativa, elementos musicais básicos, explorando a
Elementos da linguagem

constitutivos da música musicalidade, com práticas, voltadas para o desenvolvimento


(altura, intensidade, timbre, e aprimoramento dos sentidos por meio do uso da voz e ou de
melodia, ritmo etc.), por instrumentos musicais.
meio de jogos, brincadei-
ras, canções e práticas
diversas de composição/
criação, execução e apre-
ciação musical.

(EF15AR15) Explorar fontes Conhecer, identificar, investigar e explorar fontes sonoras, por
sonoras diversas, como as meio do corpo e da observação da natureza, manipulação de
existentes no próprio corpo objetos,experimentandoaspotencialidadessonorasdanatureza,
(palmas, voz, percussão de objetos e do próprio corpo.
3. MÚSICA

corporal), na natureza e em
Materialidades

objetos cotidianos, reco-


nhecendo os elementos
constitutivos da música e
as características de instru-
mentos musicais variados.

(EF15AR16) Explorar dife- Pesquisar, conhecer, explorar e utilizar materiais e elementos


Notação e registro musical

rentes formas de registro gráficos para escrita e leitura dos sons e músicas, como tam-
musical não convencional bém, recursos digitais e tecnológicos, responsáveis registros e
(representação gráfica de captações sonoras e visuais.
sons, partituras criativas
etc.), bem como procedi-
mentos e técnicas de regis-
tro em áudio e audiovisual,
e reconhecer a notação
musical convencional.

(EF15AR17) Experimentar Conhecer, manusear e produzir instrumentos musicais a partir


improvisações, compo- de diferentes materiais, identificando e trabalhando estilos e
sições e sonorização de elementos musicais (melodia, ritmo e harmonia) e sons emitidos
Processos de criação

histórias, entre outros, por eles de forma individual ou coletiva.


utilizando vozes, sons Experimentar e ampliar o conhecimento musical exercitando a
corporais e/ou instrumen- voz através do canto, estimulando a capacidade de improvisar
tos musicais convencionais compondo e interpretando músicas, como também utilizando o
ou não convencionais, de corpo na produção de sons.
modo individual, coletivo e
colaborativo.
(EF15AR18) Reconhecer e Conhecer, reconhecer, aprender e valorizar o teatro como manifes-
apreciar formas distintas taçãoartísticaqueagregaoutraslinguagensartísticasdesvendando
de manifestações do teatro limitesepossibilidadesdocorpocomomaterialidadeexpressivaem
presentes em diferentes diversoscontextossocioculturais,realizandoaleituracomoespecta-
contextos, aprendendo dor dos espetáculos teatrais.
a ver e a ouvir histórias Conhecer e explorar a linguagem das artes cênicas e seu pro-
Contextos e práticas

dramatizadas e cultivando a cesso de composição teatral como expressão de concepções


percepção, o imaginário, a e suas potencialidades expressivas que possibilita a cultura do
capacidade de simbolizar e desenvolvimento da leitura, percepção e fruição de obras teatrais
o repertório ficcional. articulando esses conhecimentos ao repertório pessoal.
Identificar o jogo dramático e todas as suas particularidades e
compreender as distinções entre teatro e jogo.

(EF15AR19) Descobrir tea- Conhecer, perceber, desenvolver e trabalhar a diversidade de


Elementos da linguagem

tralidades na vida cotidiana, gêneros e modalidades teatrais, analisando possibilidades de


identificandoelementostea- interpretações, gestos, vozes e movimento do próprio corpo em
trais(variadasentonaçõesde diferentes contextos sociais da vida cotidiana estabelecendo a
voz, diferentes fisicalidades, relação entre fala, expressão e movimento.
diversidade de personagens Investigar, descobrir e desvendar a prática da representação,
e narrativas etc.). do movimento da percepção do espaço e do corpo em toda a sua
expressividade cotidiana.
Estabelecer relações entre as teatralidades do cotidiano e a arte teatral.

(EF15AR20) Experimentar Vivenciar, desenvolver, explorar e trabalhar a prática da


o trabalho colaborativo, linguagem cênica que propõe uma aprendizagem sobre movi-
coletivo e autoral em impro- mento, corpo, gestos e recursos cênicos, utilizando o jogo e a
4. TEATRO

visações teatrais e proces- improvisação teatral como instrumento mediador no processo


sos narrativos criativos em de criação, de ensino, e de aprendizagem cognitiva, afetiva e
teatro, explorando desde a psicomotora.
teatralidade dos gestos e Possibilitar elaborações de cenas que encorajem e estimulem a
das ações do cotidiano até liberdade de criação no processo de aprendizagem.
elementosdediferentesma-
trizes estéticas e culturais.

(EF15AR21) Exercitar a Vivenciarpersonagensecomposiçõesteatraisutilizandoaludicidade


imitação e o faz de conta, do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização, do faz de
ressignificando objetos e fa- contaedobrincarcomomeioparaodesenvolvimentodaespontanei-
tos e experimentando-se no dade,cooperaçãoecoletividadedentrodoprocessodeaprendizagem.
lugar do outro, ao compor e Experimentar cenas explorando a autonomia dos educandos, in-
encenaracontecimentoscê- centivando situações imaginárias para criação de personagens e
nicos, por meio de músicas, tendo como ponto de partida preferencialmente temas e contex-
imagens, textos ou outros tos regionais, estaduais e nacionais que possibilitem a imersão
pontos de partida, de forma em diferentes gêneros teatrais bem como as diversas linguagens
intencional e reflexiva. artísticas que o teatro agrega.

(EF15AR22) Experimentar Vivenciarpersonagensecomposiçõesteatraisutilizandoaludicidade


possibilidades criativas do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização, do faz de
de movimento e de voz na contaedobrincarcomomeioparaodesenvolvimentodaespontanei-
Processos de criação

criação de um personagem dade,cooperaçãoecoletividadedentrodoprocessodeaprendizagem.


teatral, discutindo estereó- Experimentar cenas explorando a autonomia dos educandos, in-
tipos. centivando situações imaginárias para criação de personagens e
tendo como ponto de partida preferencialmente temas e contex-
tos regionais, estaduais e nacionais que possibilitem a imersão
em diferentes gêneros teatrais bem como as diversas linguagens
artísticas que o teatro agrega.
(EF15AR23) Reconhecer e Organizar, identificar, ampliar e produzir conhecimentos e
experimentar, em projetos práticas de diversas linguagens artísticas, de forma integrada,

Processos de criação
temáticos, as relações estabelecendo pontes mediadas, pela temática trabalhada, facili-
processuais entre diversas tando o discernimento das linguagens trabalhadas, a elaboração
linguagens artísticas. e a construção e fruição de práticas de forma integral.
Explorar, planejar, desenvolver e integrar as artes desenvolvendo
uma interlocução que dialogue com as áreas e dimensões do
conhecimento de forma lúdica e sensorial, respeitando e consi-
derando as experiências adquiridas e/ou desenvolvidas.

(EF15AR24) Caracterizar e Conhecer, identificar, experimentar a arte elaborada, a partir de


experimentar brinquedos, uma temática, trabalhando a aprendizagem e a globalização do
Matrizes estéticas culturais

brincadeiras, jogos, dan- conhecimento potencializado, através das artes visuais, dança,
ças, canções e histórias de música e teatro, de modo que ambas direcionem para um mes-
diferentes matrizes estéti- mo objetivo.
cas e culturais. Pesquisar, entender e trabalhar as linguagens artísticas, em
suas especificidades, explorando gêneros, modalidades e estilos,
de forma associadas de forma lúdica; as produções visuais e
literárias, interpretações cênicas e musicais, indissociáveis e
simultânea, partindo, preferencialmente, de temáticas artísticas e
culturais regionais, estaduais, nacionais e mundiais.

(EF15AR25) Conhecer Conhecer, compreender e valorizar a diversidade cultural,


5. ARTES INTEGRADAS

e valorizar o patrimônio respeitando suas origens e características, contribuindo para o


cultural, material e imate- aprimoramento de atitudes, voltadas para a valorização e con-
rial, de culturas diversas, servação do patrimônio cultural, material e imaterial regional,
em especial a brasileira, estadual, nacional e mundial.
incluindo-se suas matrizes
Patrimônio cultural

indígenas, africanas e euro-


peias, de diferentes épocas,
favorecendo a construção
de vocabulário e repertório
relativos às diferentes
linguagens artísticas.

(EF15AR26) Explorar dife- Conhecer, explorar e utilizar a tecnologia de forma consciente,


rentes tecnologias e recur- ética e responsável, direcionando para a elaboração, confecção
sos digitais (multimeios, e/ou divulgação de trabalhos artísticos, pensados e produzidos,
animações, jogos eletrôni- utilizando diversos recursos e materiais, de forma integrada,
cos, gravações em áudio e semprevoltadaparaumdeterminadotemaquecontemple,prefe-
vídeo, fotografia, softwares rencialmente, as quatro linguagens artísticas.
etc.) nos processos de Pesquisar, experimentar e usar recursos multimídia para o
criação artística. desenvolvimento e produção de trabalhos artísticos integrados,
gerando produtos, de forma individual ou coletiva, ampliando,
facilitando e aprofundando dos conhecimentos adquiridos de
forma sistematizada, significativa aliado às tecnologias digitais.
Compreender, desenvolver e trabalhar a cultura digital e suas
potencialidades, oportunizando visitas, pesquisas, criação, edi-
ção e manipulação de equipamentos tecnológicos, necessários
para a acessar a diversidade artística e cultural das linguagens e
Arte e tecnologia

suas múltiplas formas de expressões.


Reconhecer a diversidade de saberes, experiências e práticas
artísticas, em diferentes realidades, culturas, contextos e tipos de
artes, expandindo o repertório de conhecimento e possibilidades
de práticas.
5º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
Desdobramento Didático Pedagógico - DesDP
CONSOLIDAR

(EF15AR01) Identificar e Conhecer, analisar, interpretar as manifestações artísticas


apreciar formas distintas das visuais e culturais seja como leitor ou criador construindo
Contextos e práticas

artes visuais tradicionais e argumentos e ponderações sobre as fruições, as experiências


contemporâneas, cultivando e os processos criativos, artísticos e culturais de forma lúdica.
a percepção, o imaginário, a Trabalhar distintas formas de artes visuais tendo como ponto
capacidade de simbolizar e o de partida preferencialmente as manifestações artísticas e
repertório imagético. culturais locais seguidas pelas regionais, estaduais, nacionais
e mundiais.

(EF15AR02) Explorar e reco- Compreender, identificar, entender, pesquisar e socializar


Elementos da linguagem

nhecer elementos constituti- a existência de diferentes padrões artísticos e estéticos como


vos das artes visuais (ponto, fato histórico contextualizado nas diversas culturas, conhe-
linha, forma, cor, espaço, cendo, respeitando e podendo observar as produções presen-
movimento etc.). tes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural
e do universo natural.
Perceber, entender, pesquisar, explorar e trabalhar com
os elementos da linguagem visual, sua construção, formas,
1. ARTES VISUAIS

combinações entre si e seus significados.

(EF15AR03) Reconhecer Conhecer, compreender, analisar, trabalhar e socializar


Matrizes estéticas e

e analisar a influência de atividades dotadas de aspectos étnicos e socioculturais que


distintas matrizes estéticas permitam o compartilhar de valores e memórias próprias da
e culturais das artes visuais comunidade local, regional, nacional e mundial.
culturais

nas manifestações artísticas Reconhecer e valorizar a cultura das local como patrimônio cul-
das culturas locais, regionais turaldacomunidade,apresentandosentimentodepertencimento.
e nacionais.

(EF15AR04) Experimentar Desenvolver, articular, produzir, materializar e socializar o


diferentes formas de expres- desenvolvimento de uma ideia a partir do estabelecimento de
são artística (desenho, pin- novas relações com as variadas formas de expressões unindo
tura, colagem, quadrinhos, a sensibilidade e a percepção e o intelecto de modo conscien-
dobradura, escultura, mo- te e autônomo.
delagem, instalação, vídeo, Conhecer, experimentar, trabalhar, manter contato com mate-
fotografia etc.), fazendo uso riais, suportes e instrumentos, propriedades expressivas e cons-
sustentável de materiais, trutivas, bem como técnicas na produção de formas visuais.
Materialidades

instrumentos, recursos e Estimular e valorizar a espontaneidade que propicie constru-


técnicas convencionais e não ções de formas plásticas e visuais em espaços diversos.
convencionais. Conhecer, criar, recriar e desenvolver produções artísticas, a
partir de estímulos diversos como a imaginação, emoção e a
observação de modelos naturais e artificiais etc.
(EF15AR05) Experimentar Desenvolver um produto criado e produzido de forma inten-
a criação em artes visuais cional e investigativa apreendendo durante o fazer artístico
de modo individual, coletivo sentimentos, ideias, desejos e representações em processos,
e colaborativo, explorando acontecimentos e produções artísticas individuais ou coletivas
diferentes espaços da escola permeados por tomadas de decisão, desafios, conflitos e
e da comunidade. negociações.
Explorar, conhecer e trabalhar experiências pessoais, sociais
e culturais por meio de atividades artísticas.
Conhecer, compreender e valorizar sua própria identidade e
contextos sociais, culturais, históricos e ambientais desenvol-
vendo sentimento de pertencimento.
Identificar, utilizar, explorar, trabalhar e ressignificar espa-
ços da escola e de fora dela no âmbito da Arte.
Compartilhar saberes e produções entre os estudantes por
meio de exposições, intervenções, eventos artísticos e cultu-
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

rais.

(EF15AR06) Dialogar sobre Retratar histórias, experiências, ideias, atitudes e sentimentos


a sua criação e as dos cole- por meio de obras criativas, ampliando a habilidade de iden-
Processos de criação

gas, para alcançar sentidos tificar, criar e improvisar obras de arte, articulando ações e
plurais. pensamentos propositivos.
Dialogar e expressar por meio arte visual, desenvolvendo
e mantendo uma atitude de trabalho coletivo e pessoal, arti-
culando a percepção, imaginação, emoção, sensibilidades e
reflexão ao realizar e fluir produções artísticas, ampliando a
autonomia, a autoria e a crítica.

(EF15AR07) Reconhecer Conhecer e visitar artistas, instituições e espaços artísticos e


algumas categorias do sis- culturais locais e regionais identificando categorias distintas
tema das artes visuais (mu- de estilos, materiais e espaços utilizados para exposição e
seus, galerias, instituições, divulgação dos trabalhos.
Sistemas da linguagem

artistas, artesãos, curadores Reconhecer, manusear e explorar recursos tecnológicos


etc.). como forma de registro, pesquisa, criação e desenvolvimento
de trabalhos e projetos.
Conhecer e compreender a diversidade da Cultura Visual,
suas formas e concepções estéticas da arte, monumentos
históricos, patrimônio históricos e culturais por meio de
atividades diversas.
(EF15AR08) Experimentar Conhecer, analisar, interpretar e vivenciar as manifestações
e apreciar formas distintas artísticas e culturais da dança seja como leitor ou participante
de manifestações da dança construindo argumentos e ponderações sobre as fruições, as
presentes em diferentes experiências e os processos criativos, artísticos e culturais de
contextos, cultivando a forma lúdica e dinâmica.
percepção, o imaginário, a Reconhecer a dança como um bem cultural, que faz parte
capacidade de simbolizar e o das culturas humanas com atividades inerentes à natureza do
repertório corporal. homem.
Experimentar, desenvolver, pesquisar, trabalhar e socializar
distintas formas de dança tendo como ponto de partida pre-
ferencialmente as manifestações artísticas e culturais locais
seguidas pelas regionais, estaduais, nacionais e mundiais.
Criar, estabelecer e manter relações entre o pensamento ar-
Contextos e práticas

tístico, sua contextualização, a dança e sua identidade cultural.


Conhecer e contextualizar as diferentes tendências das
danças em diferentes contextos socioculturais, respeitando e
compreendendo as diversas manifestações e grupos sociais e
étnicos de dança como patrimônio cultural material e imaterial
de um povo.

(EF15AR09) Estabelecer Conhecer, reconhecer, preparar, experimentar e trabalhar o


relações entre as partes do corpo e suas potencialidades expressivas de forma conscien-
corpo e destas com o todo te, autônoma e espontânea.
corporal na construção do Compreender, desenvolver, ampliar e possibilitar o funcio-
movimento dançado. namento corporal ampliando sua experimentação de movi-
mento de forma lúdica, social e cultural.
2. DANÇA

(EF15AR10) Experimentar Experimentar, compreender, entender, elaborar e apresen-


diferentes formas de orien- tar movimentos corporais, considerando as mudanças de
tação no espaço (desloca- velocidade, tempo, de ritmo, som, espaço, performance e o
Elementos da linguagem

mentos, planos, direções, desenho do corpo no espaço.


caminhos etc.) e ritmos de Possibilitar, desenvolver, ampliar, vivenciar e expressar
movimento(lento,moderado movimentos corporais e artísticos que possibilitem ampla
e rápido) na construção do experimentação corporal, promovendo habilidades corporais
movimento dançado. e cognitivas de forma lúdica por meio de práticas que esti-
mulem a atenção, concentração, memorização, coordenação
motora, reprodução de sequências de movimentos, equilíbrio,
fruição, ritmo, espaço, som, performance.

(EF15AR11) Criar e improvisar Elaborar, improvisar, produzir e construir e movimentos


movimentos dançados de modo coreográficos considerando as experiências individuais e
individual, coletivo e colabora- coletivas de cada estudante, estimulando o protagonismo e
tivo, considerando os aspectos ampliando o repertório de movimentos, expressões, técnicas
estruturais, dinâmicos e expres- e estilos sempre considerando os diferentes níveis, corpos,
sivos dos elementos constitu- conhecimentos e gostos.
tivos do movimento, com base
nos códigos de dança.
Processos de criação

(EF15AR12) Discutir, com Socializar, entender, compreender e valorizar experiências


respeito e sem preconceito, as vivenciadas com relação a dança, seus estudos e práticas
experiências pessoais e coletivas respeitando e considerando a diversidade de gostos e estilos
em dança vivenciadas na escola, de danças.
como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios
próprios.
(EF15AR13) Identificar e Apreciar, reconhecer, explorar, analisar e identificar a
apreciar criticamente diver- música como forma de expressão e manifestação cultural,
Contexto e práticas sas formas e gêneros de distinguindo elementos básicos como modalidades, estilos,
expressão musical, reconhe- funções e usos em diversas culturas e contextos ampliando
cendo e analisando os usos seu conhecimento de mundo.
e as funções da música em
diversos contextos de circu-
lação, em especial, aqueles
da vida cotidiana.

(EF15AR14) Perceber e Compreender, desenvolver, exercitar, interpretar e expres-


Elementos da linguagem

explorar os elementos cons- sar de forma lúdica e criativa elementos musicais básicos,
titutivos da música (altura, explorando a musicalidade com práticas voltadas para o
intensidade, timbre, melodia, desenvolvimento e aprimoramento dos sentidos por meio do
ritmo etc.), por meio de uso da voz e ou de instrumentos musicais.
jogos, brincadeiras, canções
e práticas diversas de com-
posição/criação, execução e
apreciação musical.

(EF15AR15) Explorar fontes Conhecer, identificar, investigar, explorar e produzir fontes


sonoras diversas, como as sonoras por meio do corpo e da observação da natureza,
existentes no próprio corpo manipulação de objetos experimentando as potencialidades
(palmas, voz, percussão sonoras da natureza, de objetos e do próprio corpo.
3. MÚSICA

corporal), na natureza e
Materialidades

em objetos cotidianos, re-


conhecendo os elementos
constitutivos da música e as
características de instrumen-
tos musicais variados.

(EF15AR16) Explorar dife- Pesquisar, conhecer, explorar e utilizar materiais e elemen-


Notação e registro musical

rentes formas de registro tos gráficos para escrita e leitura dos sons e músicas como
musical não convencional também recursos digitais e tecnológicos responsáveis regis-
(representação gráfica de tros e captações sonoras e visuais.
sons, partituras criativas
etc.), bem como procedi-
mentos e técnicas de registro
em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musi-
cal convencional.

(EF15AR17) Experimentar Conhecer, manusear e produzir instrumentos musicais a


improvisações, composições partir de diferentes materiais, identificando e trabalhando
Processos de criação

e sonorização de histórias, estilos e elementos musicais (melodia, ritmo e harmonia) e


entre outros, utilizando sons emitidos por eles de forma individual ou coletiva.
vozes, sons corporais e/ou Experimentar e ampliar o conhecimento musical exercitando
instrumentos musicais con- a voz através do canto, estimulando a capacidade de improvi-
vencionais ou não conven- sar compondo e interpretando músicas, como também utili-
cionais, de modo individual, zando o corpo na produção de sons.
coletivo e colaborativo.
(EF15AR18) Reconhecer e Conhecer, reconhecer, aprender e valorizar o teatro como
apreciar formas distintas manifestação artística que agrega outras linguagens artísticas
de manifestações do teatro desvendando limites e possibilidades do corpo como materia-
presentes em diferentes lidade expressiva em diversos contextos socioculturais, reali-
contextos, aprendendo a ver zando a leitura como espectador dos espetáculos teatrais..
Contextos e práticas e a ouvir histórias dramatiza- Conhecer e explorar a linguagem das artes cênicas e seu pro-
das e cultivando a percepção, cesso de composição teatral como expressão de concepções
o imaginário, a capacidade e suas potencialidades expressivas que possibilita a cultura do
de simbolizar e o repertório desenvolvimento da leitura, percepção e fruição de obras tea-
ficcional. trais articulando esses conhecimentos ao repertório pessoal.
Identificar o jogo dramático e todas as suas particularidades e
compreender as distinções entre teatro e jogo.

(EF15AR19) Descobrir tea- Conhecer, perceber, desenvolver e trabalhar a diversidade


tralidades na vida cotidiana, de gêneros e modalidades teatrais, analisando possibilidades
Elementos da linguagem

identificando elementos tea- de interpretações, gestos, vozes e movimento do próprio


trais (variadas entonações de corpo em diferentes contextos sociais da vida cotidiana esta-
voz, diferentes fisicalidades, belecendo a relação entre fala, expressão e movimento.
diversidade de personagens Investigar, descobrir e desvendar a prática da representação,
e narrativas etc.). do movimento da percepção do espaço e do corpo em toda a
sua expressividade cotidiana.
Estabelecer relações entre as teatralidades do cotidiano e a
arte teatral.

(EF15AR20) Experimentar Vivenciar, desenvolver, explorar e trabalhar a prática da


o trabalho colaborativo, linguagem cênica que propõe uma aprendizagem sobre movi-
4. TEATRO

coletivo e autoral em impro- mento, corpo, gestos e recursos cênicos, utilizando o jogo e a
visações teatrais e processos improvisação teatral como instrumento mediador no processo
narrativos criativos em de criação, de ensino, e de aprendizagem cognitiva, afetiva e
teatro, explorando desde a psicomotora.
teatralidade dos gestos e Possibilitar elaborações de cenas que encorajem e estimulem
das ações do cotidiano até a liberdade de criação no processo de aprendizagem.
elementos de diferentes
matrizes estéticas e culturais.

(EF15AR21) Exercitar a Vivenciar personagens e composições teatrais utilizando a ludici-


imitação e o faz de conta, dade do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização, do
ressignificando objetos e fa- faz de conta e do brincar como meio para o desenvolvimento da
tos e experimentando-se no espontaneidade, cooperação e coletividade dentro do processo
lugar do outro, ao compor e de aprendizagem. Experimentar cenas explorando a autonomia
encenar acontecimentos cê- dos educandos, incentivando situações imaginárias para criação
nicos, por meio de músicas, depersonagensetendocomopontodepartidapreferencialmente
imagens, textos ou outros temas e contextos regionais, estaduais e nacionais que possi-
pontos de partida, de forma bilitem a imersão em diferentes gêneros teatrais bem como as
intencional e reflexiva. diversas linguagens artísticas que o teatro agrega.

(EF15AR22) Experimentar Vivenciar personagens e composições teatrais utilizando a ludicidade


possibilidades criativas do jogo, da improvisação, da imitação, da dramatização, do faz de conta
Processos de criação

de movimento e de voz na e do brincar como meio para o desenvolvimento da espontaneidade,


criação de um personagem cooperação e coletividade dentro do processo de aprendizagem.
teatral, discutindo estereó- Experimentar cenas explorando a autonomia dos educandos, incen-
tipos. tivando situações imaginárias para criação de personagens e tendo
como ponto de partida preferencialmente temas e contextos regionais,
estaduais e nacionais que possibilitem a imersão em diferentes gêneros
teatrais bem como as diversas linguagens artísticas que o teatro agrega.
(EF15AR23) Reconhecer e Organizar, identificar, ampliar, produzir e apresentar co-
experimentar, em projetos nhecimentos e práticas de diversas linguagens artísticas de
temáticos, as relações forma integrada, estabelecendo pontes mediadas pela temá-
processuais entre diversas tica trabalhada, facilitando o discernimento das linguagens
Processos de criação
linguagens artísticas. trabalhadas, a elaboração e a construção e fruição de práticas
de forma integral.
Explorar, planejar, desenvolver e integrar as artes desen-
volvendo uma interlocução que dialogue com as áreas e
dimensões do conhecimento de forma lúdica e sensorial,
respeitando e considerando as experiências adquiridas e/ou
desenvolvidas.

(EF15AR24) Caracterizar e Conhecer, identificar, experimentar e produzir a arte elabo-


experimentar brinquedos, rada a partir de uma temática, trabalhando a aprendizagem e a
Matrizes estéticas culturais

brincadeiras, jogos, danças, globalizaçãodoconhecimentopotencializadoatravésdasartes


canções e histórias de dife- visuais, dança, música e teatro de modo que ambas direcio-
rentes matrizes estéticas e nem  para um mesmo objetivo.
culturais. Pesquisar, entender e trabalhar as linguagens artísticas em
suasespecificidadesexplorandogêneros,modalidadeseestilos
de forma associadas de forma lúdica as produções visuais e
literárias, interpretações cênicas e musicais de forma indisso-
ciável e simultânea partindo preferencialmente de temáticas
artísticas e culturais regionais, estaduais, nacionais e mundiais.
5. ARTES INTEGRADAS

(EF15AR25) Conhecer e va- Conhecer, compreender e valorizar a diversidade cultural,


lorizar o patrimônio cultural, respeitando suas origens e características contribuindo para
material e imaterial, de cul- o aprimoramento de atitudes voltadas para a valorização e
turas diversas, em especial a conservação do patrimônio cultural, material e imaterial regio-
brasileira, incluindo-se suas nal, estadual, nacional e mundial.
Patrimônio cultural

matrizes indígenas, africanas


e europeias, de diferentes
épocas, favorecendo a
construção de vocabulário e
repertório relativos às dife-
rentes linguagens artísticas.

(EF15AR26) Explorar dife- Conhecer, explorar e utilizar recursos tecnológicos de forma cons-
rentes tecnologias e recursos ciente, ética e responsável direcionando para a elaboração, confecção
digitais (multimeios, ani- e/ou divulgação de trabalhos artísticos pensados e produzidos utilizan-
mações, jogos eletrônicos, do diversos recursos e materiais de forma integrada sempre voltada
gravações em áudio e vídeo, paraumdeterminadotemaquecontemplepreferencialmenteasquatro
fotografia, softwares etc.) linguagens artísticas.
nos processos de criação Pesquisar, experimentar e utilizar recursos multimídia para o de-
artística. senvolvimento e produção de trabalhos artísticos integrados, gerando
produtos de forma individual ou coletiva, ampliando, facilitando e
aprofundando dos conhecimentos adquiridos de forma sistematizada,
significativa aliado às tecnologias digitais.
Compreender, desenvolver e trabalhar a cultura digital e suas poten-
cialidades oportunizando visitas, pesquisas, criação, edição e mani-
Arte e tecnologia

pulação de equipamentos tecnológicos necessários para a acessar a


diversidade artística e cultural das linguagens e suas múltiplas formas
de expressões.
Reconhecer a diversidade de saberes, experiências e práticas artísticas
em diferentes realidades, culturas, contextos e tipos de artes, expan-
dindo o repertório de conhecimento e possibilidades de práticas.
11.4. ORGANIZADOR CURRICULAR – ARTE (Anos Finais)

6º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
DESDOBRAMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO - DesDP
INTRODUZIR

(EF69AR01) Pesquisar, apre- Pesquisar a diversidade das artes visuais, suas diferentes
ciar e analisar formas distintas obras, produtores, movimentos e estilos bem como suas
das artes visuais tradicionais e diversas formas de expressões, concepções, matrizes estéti-
contemporâneas, em obras de cas, culturais, suas histórias e produções.
artistas brasileiros e estrangei- Identificar nas produções visuais o uso dos elementos bási-
ros de diferentes épocas e em cos da linguagem visual que são utilizados para comunicar,
diferentes matrizes estéticas e esteticamente, sentido e significado, expressando e comuni-
culturais, de modo a ampliar cando ideias e sentimentos por meio da cultura visual.
a experiência com diferentes Apreciar trabalhos visuais, conhecendo artistas, sua bio-
contextos e práticas artístico- grafia e suas principais obras, identificando características
-visuais e cultivar a percepção, estilos e influências culturais, respeitando a diversidade
o imaginário, a capacidade artística tendo como ponto de partida as cultura alagoana,
de simbolizar e o repertório brasileira e mundial.
imagético.

(EF69AR02) Pesquisar e ana- Compreender as artes visuais como uma linguagem que
lisar diferentes estilos visuais, possui um sistema simbólico de transmissão e expressão
contextualizando-osnotempo de ideias, pensamentos e sentimentos, que identifica, estru-
e no espaço. tura e organiza seus elementos constitutivos estabelecendo
1. ARTES VISUAIS

relações e características com o movimento artístico no


qual se originaram.
Ampliar a interação com as manifestações artísticas e
culturais visuais tendo como ponto de partida as produções
locais, regionais, estaduais seguidas pelas nacionais e inter-
nacionais estabelecendo relações entre si, considerando
seus contextos, produtores de arte, suas vidas, épocas,
produtos e conexões, aprofundando conhecimentos e ex-
periências com diferentes contextos e práticas, estimulando
e desenvolvendo a cultura da capacidade de simbolizar o
imagético através práticas que estimulem o sensorial e a
capacidade lúdica de cada indivíduo.
Conhecer as várias dimensões das Artes Visuais enquanto
fator de transformação social, expressando e comunicando
ideias e sentimentos, valorizando os artistas conhecendo
sua biografia e principais obras.

(EF69AR03) Analisar situa- Observar características e formas visuais presentes em


ções nas quais as linguagens trabalhos, na natureza e na diversas linguagens e culturas,
das artes visuais se integram analisandoeconsiderandodiferentesproduções,elementos
Contextos e práticas

às linguagens audiovisuais comuns e específicos de sistemas (métodos, procedimen-


(cinema, animações, vídeos tos, recursos e outros) formais e informais e seus proces-
etc.), gráficas (capas de livros, sos de hibridação.
ilustrações de textos diversos Conhecer as artes visuais por meio do Cinema, das mídias
etc.), cenográficas, coreográfi- suas características fundamentais, função social e ideológi-
cas, musicais etc. ca de veiculação e consumo.
(EF69AR04) Analisar os ele- Pesquisar os elementos de composição da visual, sua

Elementos da linguagem
mentos constitutivos das artes teoria e prática de técnicas e modos de composições e suas
visuais (ponto, linha, forma, variações, reconhecendo os elementos formais e constitu-
direção, cor, tom, escala, tivos na obra, seus suportes, técnicas e materiais utilizados
dimensão,espaço,movimento compreendendo como eles se associam e são produzidos
etc.) na apreciação de diferen- Conhecer trabalhos de diferentes culturas e épocas,
tes produções artísticas. reconhecendo suportes e materiais utilizados, técnicas,
variações de elementos visuais (cores, texturas, formas,
intensidades de luz e sombra e etc.).

(EF69AR05) Experimentar e Conhecer trabalhos visuais a partir de estímulos e técnicas


analisar diferentes formas de diversas (bidimensionais e tridimensionais), expressando e
expressão artística (desenho, realizando uma leitura crítica sobre sua produção artística e
pintura, colagem, quadrinhos, de terceiros de forma fundamentada e ética.
Materialidades

dobradura, escultura, modela- Conhecer suportes artísticos (papéis, tecidos, madeiras,


gem, instalação, vídeo, foto- pedras, barro, recicláveis e etc.) e materiais (lápis, giz,
grafia, performance etc.). canetas, carvão, tintas, pincéis, espátulas e outros) utili-
zados para a confecção e o desenvolvimento de técnicas
artísticas.
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

(EF69AR06) Desenvolver Desenvolver e criar linguagens visuais, utilizando sistemas


processos de criação em artes simbólico de signos e códigos não verbais, possibilitan-
visuais, com base em temas do a transmissão e expressão de ideias, pensamentos e
ou interesses artísticos, de sentimentos que estimulem a externalização de poéticas
modo individual, coletivo e pessoais, coletivas e ou colaborativas.
colaborativo, fazendo uso Conhecer e desenvolver técnicas e processos de criação
de materiais, instrumentos com diversas linguagens visuais, direcionadas por temas
e recursos convencionais, desenvolvidos a partir de escolhas ou coletivas utilizan-
alternativos e digitais. do materiais, suportes, instrumentos e procedimentos,
explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e
construtivas.
Processos de criação

(EF69AR07) Dialogar com Estabelecer diálogos e mediações com fundamentos que


princípios conceituais, propo- definem temáticas, conteúdos, propostas e orientações de
sições temáticas, repertórios repertórios que se expressam por meio de imagens e seus
imagéticos e processos de processos de desenvolvimento e criação.
criação nas suas produções
visuais.

(EF69AR08) Diferenciar as Conhecer e identificar estilos e modalidades em artes


categorias de artista, artesão, visuais bem como seus artistas e categorias.
produtor cultural, curador, Conhecer e compreender o trabalho dos profissionais que
Sistemas da linguagem

designer, entre outras, esta- fomentam, planejam, elaboram e executam projetos e pro-
belecendo relações entre os dutos culturais voltados para as artes visuais (produtor e ou
profissionais do sistema das agente cultural, curador de exposições, designer, museólo-
artes visuais. go entre outros), bem como sua área de atuação, respon-
sabilidades e relações com as diversidades culturais, de
públicos, entendimentos, vozes, formas e pensamentos que
promovem discussões que possibilitam novos caminhos.
(EF69AR09) Pesquisar e Conhecer e pesquisar os elementos que estruturam e
analisar diferentes formas de organizam a dança e sua relação com o movimento artístico
expressão, representação e no qual se originaram, respeitando e valorizando a dança
encenação da dança, reconhe- como parte da diversidade cultural de um povo.
cendo e apreciando compo- Identificar e apreciar diferentes estilos e tipos de dança,
sições de dança de artistas e compreendendo sua relação entre espaço, tempo, ritmo e
grupos brasileiros e estrangei- movimento nas danças locais, regionais, nacionais e inter-
ros de diferentes épocas. nacionais.
Compreender a dança como forma de manifestação e
Contextos e práticas

expressão cultural, considerando sua origem, épocas,


época, influências, identidade cultural, contextualização e
pensamento artístico.
Apreciar as danças folclóricas como manifestações artística
que compreende sua dimensão enquanto manifestação
social e cultural de um povo.

(EF69AR10) Explorar elemen- Conhecer as possibilidades do movimento dançado como


2. DANÇA

tos constitutivos do movimen- um todo que podem ser usados livremente como aprofun-
to cotidiano e do movimento damento e prática do movimento ou codificados em estilos,
dançado, abordando, criti- técnicas ou modalidades de dança.
camente, o desenvolvimento
das formas da dança em sua
história tradicional e contem-
porânea.

(EF69AR11) Experimentar e Pesquisar e apreciar gestos, movimentos, seu registro e


analisar os fatores de movi- utilizações em produções de dança.
mento (tempo, peso, fluência Identificar e explorar movimentos corporais (rolamento,
e espaço) como elementos ponto de apoio, peso, quedas, saltos, giros), tempo (ace-
Elementos da linguagem

que, combinados, geram as leração e desaceleração), espaço (direções), sequências


ações corporais e o movimen- coreográficas, ritmo (com ou sem música), alongamento,
to dançado. aquecimento, respiração, expressões corporais, desloca-
mento e performance.
Conhecer coreografias através de movimentos corporais
expressivos, ampliando repertório de movimentos conside-
rando e respeitando os diferentes níveis, corpos, conheci-
mentos e gostos.
(EF69AR12) Investigar e Pesquisar e improvisar diferentes formas e movimentos,
experimentar procedimentos elaborando sequências gestuais e de movimentos corporais
de improvisação e criação do estruturados em estudos e pesquisas voltados para a elabo-
movimento como fonte para a ração de uma poética pessoal.
construção de vocabulários e Desenvolver práticas corporais com sequências, combina-
repertórios próprios. ções, memorização e reprodução de sequências de movi-
mento ligadas ou não à tradição dança.

(EF69AR13) Investigar brinca- Conhecer e explorar tipos de dança (tradicionais, artísticas,


deiras, jogos, danças coletivas modernas, contemporâneas, folclóricas e culturais) seus
e outras práticas de dança de contextos e histórias variadas, identificando características
diferentes matrizes estéticas e e referências importantes para a elaboração de forma cons-
culturais como referência para ciente e contextualizada de composições coreográficas.
a criação e a composição de
danças autorais, individual-
mente e em grupo.
2. DANÇA (Cont.)

(EF69AR14) Analisar e expe- Conhecer, analisar e explorar elementos da dramaturgia


rimentar diferentes elementos (corpo, figurino, adereços, maquiagem, iluminação, cená-
(figurino, iluminação, cenário, rio, elementos cênicos, voz entre outros) como do processo
trilha sonora etc.) e espaços de desenvolvimento e execução composição coreográfica.
(convencionais e não con-
vencionais) para composição
cênica e apresentação coreo-
gráfica.

(EF69AR15) Discutir as expe- Refletir e analisar os conhecimentos e experiências adqui-


riências pessoais e coletivas ridas considerando contextos culturais e históricos rela-
em dança vivenciadas na cionados a sua própria experiência pessoal, conhecendo,
escola e em outros contextos, interpretando e apreciando a dança e suas conexões com o
Processos de criação

problematizandoestereótipos corpo, saúde e sociedade.


e preconceitos. Reconhecer e abordar os diferentes gostos e pontos de
vista, compreendendo os referenciais e critérios de escolha,
de movimentos, estímulos coreográficos, gênero e estilo
coreográficos de dança significativos para o grupo, diferen-
ciando-os da interpretação pessoal de cada um, contextuali-
zando as diferentes opções.
(EF69AR16) Analisar critica- Conhecer a produção musical identificando os diversos
mente, por meio da apreciação sons e parâmetros sonoros de forma significativa e con-
musical, usos e funções da textualizada, considerando os elementos que estruturam e
música em seus contextos de organizam a música e sua relação com a estética, cultura e
produção e circulação, rela- movimento artístico no qual se originaram.
cionando as práticas musicais Identificar os elementos básicos na linguagem musical
às diferentes dimensões da presentes em produções musicais de diferentes culturas,
vida social, cultural, política, povos e etnias, conhecendo sua relação política, social e
histórica, econômica, estética cultural ao longo da história e suas formas de manifesta-
e ética. ções.
Compreender as diferentes formas musicais populares,
suas origens e práticas contemporâneas, distinguindo
diferentes ritmos e repertórios
Conhecer diferentes ritmos músicas, tendo como ponto
de partida o repertório regional, estadual, nacional e inter-
nacional, investigando obras de diferentes épocas, suas
origens e estilos.

(EF69AR17) Explorar e ana- Conhecer o uso dos meios de comunicação e equipamen-


lisar, criticamente, diferentes tos culturais como forma de popularização, formação e
meios e equipamentos cultu- produção de conhecimento musical.
rais de circulação da música e Analisar e refletir a prática do uso de novas tecnologias e
do conhecimento musical. modos de composição e produção musical e sua relação
3. MÚSICA

nas mídias, divulgação e consumo de forma integrada a ou-


tras linguagens artísticas e segmentos artísticos culturais.

(EF69AR18) Reconhecer e Reconhecer, apreciar e valorizar os músicos instrumentais


apreciar o papel de músicos e e intérpretes das músicas e canções apreciadas, conhecen-
grupos de música brasileiros e do aspectos de sua biografia e suas principais obras.
estrangeiros que contribuíram Conhecer e valorizar a relação básica entre o compositor, o
para o desenvolvimento de intérprete da obra e o ouvinte.
formas e gêneros musicais.

(EF69AR19) Identificar e Compreender, apreciar e valorizar obras musicais con-


analisar diferentes estilos sagradas, bem como obras contemporâneas, exercitando
musicais,contextualizando-os a percepção musical por meio da apreciação sonora, iden-
no tempo e no espaço, de tificando seus elementos formadores e refletindo sobre as
modo a aprimorar a capacida- funções e influências da música na sociedade em diferentes
de de apreciação da estética épocas e contextos históricos.
musical. Identificar modos e técnicas de composição musical,
ampliando a percepção para o uso de elementos básicos
da linguagem musical, diferentes ritmos, fontes sonoras,
altura, intensidade, timbre, duração e seus diferentes graus
de complexidade.
Contexto e práticas

Reconhecer os movimentos, gêneros (erudito, popular,


folclórico, étnico, eletrônico e etc) e estilos (Música de Câ-
mara, Música Erudita no Brasil, Música Popular Brasileira,
Música Folclórica, Samba, Pagode, Gospel, Dance, Eletrôni-
ca, Funk, Blues, Jazz, Sertanejo, Pop, Rock, Hip Hop, Rap e
outros) explorando diferentes modalidades e funções.
(EF69AR20) Explorar e ana- Explorar, analisar os elementos da linguagem musical,
lisar elementos constitutivos sentidos rítmicos, intervalos melódicos e harmônicos,
Elementos da linguagem
da música (altura, intensidade, identificando sons em diferentes fontes sonoras, (sopro,
timbre, melodia, ritmo etc.), cordas, percussão, eletrônicos e outras) em processos
por meio de recursos tecno- pessoais, coletivos ou colaborativos, utilizando recursos
lógicos (games e plataformas tecnológicos como instrumento mediador para pesquisas,
digitais), jogos, canções e desenvolvimento de práticas, reproduções e apreciação
práticas diversas de com- musicais.
posição/criação, execução e
apreciação musicais.

(EF69AR21) Explorar e anali- Conhecer e explorar instrumentos musicais com sucatas e


sar fontes e materiais sonoros outros materiais reutilizáveis, desenvolvendo, produzindo e
em práticas de composição/ apreciando
Materialidades

criação, execução e aprecia- composições utilizando materiais sonoros construídos


ção musical, reconhecendo identificando e potencializando suas principais caracterís-
timbres e características de ticas.
instrumentos musicais di-
versos.

(EF69AR22) Explorar e iden- Conhecer, explorar e identificar com as diversas formas


Notação e registro musical
3. MÚSICA (Cont.)

tificar diferentes formas de de registros musicais por meio de notação musical de


registro musical (notação forma tradicional ou criativa e procedimentos contempo-
musical tradicional, partituras râneos.
criativas e procedimentos Explorar métodos e técnicas de registro musical por meio
da música contemporânea), de recursos áudio e audiovisual, bem como a utilização do
bem como procedimentos e recurso utilizado como instrumento de preservação, sociali-
técnicas de registro em áudio zação e divulgação.
e audiovisual.

(EF69AR23) Explorar e criar Conhecer e explorar práticas de improvisações de forma


improvisações, composições, individual, coletiva ou colaborativa utilizando técnicas
arranjos, jingles, trilhas sono- vocais, instrumentais ou mistas, posturas e expressões
ras, entre outros, utilizando corporais e outros processos de criação para a elaboração
Processos de criação

vozes, sons corporais e/ou e desenvolvimento de composições, interpretações e apre-


instrumentos acústicos ou sentações musicais.
eletrônicos, convencionais
ou não convencionais, ex-
pressando ideias musicais de
maneira individual, coletiva e
colaborativa.
(EF69AR24) Reconhecer e Conhecer as diferentes formas de atuação dos profissionais
apreciar artistas e grupos de em teatro, explorando desde as formas de criação como
teatro brasileiros e estran- também a produção de composições cênicas e espetáculos,
geiros de diferentes épocas, divulgação, circulação, popularização e organização.
investigando os modos de Conhecer e apreciar atores e intérpretes (artistas e grupos
criação, produção, divulgação, teatrais) alagoanos, brasileiros e estrangeiros de diferentes
circulação e organização da épocas e contextos sociais, conhecendo aspectos de sua
atuação profissional em teatro. biografia e sua principais obras.
Compreender os diferentes momentos da história do tea-
tro, dos autores (dramaturgos), dos estilos, dos intérpretes
e cenógrafos, evolução do figurino e maquiagem bem como
as diferentes formas e modos de construção teatral.
Pesquisar os diferentes momentos da história do teatro
alagoano, brasileiro e mundial de regiões e épocas variadas,
explorando as diferentes formas de representação presen-
tes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.
4. TEATRO

(EF69AR25) Identificar e ana- Conhecer os vários estilos teatrais, percebendo de forma


lisar diferentes estilos cênicos, contextualizada sua relação entre espaço, tempo, ritmo e
contextualizando-osnotempo movimento em composições cênicas.
e no espaço de modo a apri- Compreender e apreciar a estética teatral, sua estrutura e
morar a capacidade de apre- organização, estabelecendo relações com os movimentos e
Contextos e práticas

ciação da estética teatral. manifestações artísticas.


Pesquisar produções teatrais e suas diferentes formas de
manifestações, compreendendo a dimensão ideológica
presente no teatro enquanto fator de transformação social.
Identificar manifestações artísticas culturais cênicas que
estão incorporadas na cultura alagoana.

(EF69AR26) Explorar dife- Conhecer e explorar elementos teatrais e estabelecer rela-


Elementos da linguagem

rentes elementos envolvidos ções entre eles na construção de uma cena.


na composição dos aconte- Reconhecer e explorar diversos elementos da linguagem
cimentos cênicos (figurinos, teatral que envolvem uma produção cênica (a cenografia,
adereços, cenário, iluminação a iluminação, figurino, maquiagem e sonorização), como
e sonoplastia) e reconhecer também o uso de espaços cênicos.
seus vocabulários. Identificar materiais, objetos e lugares que fazem parte de
cada elemento teatral (a cenografia, a iluminação, figurino,
maquiagem e sonoplastia).
Pesquisar elementos do texto teatral (Dramaturgia).
(EF69AR27) Pesquisar e criar
Experimentar e conhecer diferentes tipos de texto teatral
formas de dramaturgias e
possivelmente através de leituras dramatizadas.
espaços cênicos para o acon-
Pesquisar e explorar composições cênicas a partir do uso
tecimento teatral, em diálogo
da dramaturgia e de técnicas teatrais que possibilitem o uso
com o teatro contemporâneo.
de múltiplas linguagens utilizadas na arte de contar histórias.

(EF69AR28) Investigar e ex-


Conhecer e experimentar diferentes funções e papéis que o
perimentar diferentes funções
teatrooportuniza,compreendendoerespeitandootrabalhoe
teatrais e discutir os limites e
a importância de todos os colaboradores para o processo de
desafios do trabalho artístico
desenvolvimento construção e execução do trabalho.
coletivo e colaborativo.

Conhecer e vivenciar possibilidades gestuais e de movi-


(EF69AR29) Experimentar a mento vocais e corporais em diferentes espaços cênicos,
gestualidade e as construções oportunizando o desenvolvimento de técnicas expressivas
corporais e vocais de maneira ampliando a capacidade de improvisação a partir de estímu-
4. TEATRO

imaginativa na improvisação los variados.


teatral e no jogo cênico. Utilizar diferentes tipos de jogos teatrais que complemen-
tem a necessidade do grupo durante o processo teatral.

Experimentar e vivenciar diferentes gêneros e técnicas


teatrais a partir de jogos e improvisação de forma individual e
ou coletiva, fazendo uso dos elementos da linguagem teatral
(EF69AR30) Compor impro- a partir de estímulos variados (temas, sons, gestos, objetos).
visações e acontecimentos Conhecer e explorar relações entre o fazer (palco) e o
cênicos com base em textos assistir (plateia), identificando diferenças entre o emissor, a
dramáticos ou outros estí- obra e espectador de uma peça teatral, aprimorando a análi-
mulos (música, imagens, se e a observação de possíveis reformulações dos produtos
objetos etc.), caracterizando da cena em função do caráter inacabado da cena teatral.
Processos de criação

personagens (com figurinos e Pesquisar a construção de cenas que contenham enredo,


adereços), cenário, iluminação história, conflito dramático, personagens, diálogo, local e
e sonoplastia e considerando ação dramática definidos, como também construir novas
a relação com o espectador. cenas a partir da pesquisa.
Conhecer e explorar em roteiros histórias, notícias, fatos
históricos, mitos, narrativas populares e folclóricas em
diversos períodos históricos e contemporâneos.
(EF69AR31) Relacionar as
Contextos e
práticas artísticas às diferen- Pesquisar diferentes possibilidades de artes integradas,
tes dimensões da vida social, ampliando de forma contextualizada experiências e práticas
práticas
cultural, política, histórica, artísticas de forma integral.
econômica, estética e ética.

(EF69AR32) Analisar e explo-


de criação

Pesquisar temáticas possibilitando sua articulação com as


Processos

rar, em projetos temáticos,


linguagens artísticas proporcionando processos de criações
as relações processuais entre
e experiências artísticas de forma integrada.
diversas linguagens artísticas.

(EF69AR33) Analisar aspectos


Analisar e refletir características específicas relacionadas
históricos, sociais e políticos
as temáticas abordadas e suas diferentes interpretações
Matrizes estéticas

da produção artística, pro-


artísticas.
blematizando as narrativas
Analisar, refletir e respeitar a diversidade de narrativas
eurocêntricas e as diversas
5. ARTES INTEGRADAS

e suas produções culturais, considerando os aspectos


culturais

categorizações da arte (arte,


históricos, sociais e políticos como parte da construção e
artesanato, folclore, design
desenvolvimento da identidade e cultura de um povo.
etc.).

(EF69AR34) Analisar e valo-


rizar o patrimônio cultural,
material e imaterial, de cul-
turas diversas, em especial Conhecer, analisar, valorizar e preservar o patrimônio
a brasileira, incluindo suas histórico, cultural, material e imaterial, compreendendo
Patrimônio cultural

matrizes indígenas, africanas importância de manter e celebrar tradições e manifestações


e europeias, de diferentes culturais para o desenvolvimento da identidade pessoal,
épocas, e favorecendo a cons- estadual, nacional e de grupos.
trução de vocabulário e reper-
tório relativos às diferentes
linguagens artísticas.

(EF69AR35) Identificar e Conhecer, identificar, explorar e manipular recursos di-


manipular diferentes tecnolo- gitais e diferentes tecnologias como instrumento mediador
gias e recursos digitais para utilizado para apoiar, registrar, facilitar e ampliar o desen-
Arte e tecnologia

acessar, apreciar, produzir, volvimento e divulgação dos trabalhos artísticos.


registrar e compartilhar prá- Produzir e valorizar artes tecnológicas possibilitando o fa-
ticas e repertórios artísticos, zer artístico integrado a novas tecnologias por meio do uso
de modo reflexivo, ético e edamanipulaçãoequipamentoseferramentastecnológicas
responsável. de forma responsável e consciente.
7º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades
Habilidades
Desdobramento Didático Pedagógico - DesDP
APROFUNDAR

(EF69AR01) Pesquisar, Pesquisar e conhecer a diversidade das artes visuais, suas


apreciar e analisar formas diferentes obras, produtores, movimentos e estilos bem
distintas das artes visuais como suas diversas formas de expressões, concepções,
tradicionais e contemporâ- matrizes estéticas, culturais, suas histórias e produções.
neas, em obras de artistas Identificar nas produções visuais o uso dos elementos bási-
brasileiros e estrangeiros cos da linguagem visual que são utilizados para comunicar,
de diferentes épocas e em esteticamente, sentido e significado, expressando e comuni-
diferentes matrizes esté- cando ideias e sentimentos por meio da cultura visual.
ticas e culturais, de modo Apreciar e valorizar trabalhos visuais, conhecendo artistas,
a ampliar a experiência sua biografia e suas principais obras, identificando caracte-
com diferentes contextos rísticas
e práticas artístico-visuais estilos e influências culturais, respeitando a diversidade
e cultivar a percepção, o artística tendo como ponto de partida as cultura alagoana,
imaginário, a capacidade brasileira e mundial.
de simbolizar e o repertó-
rio imagético.

(EF69AR02) Pesquisar e Compreender as artes visuais como uma linguagem que


analisar diferentes estilos possui um sistema simbólico de transmissão e expressão
visuais, contextualizando- de ideias, pensamentos e sentimentos, que identifica, estru-
-os no tempo e no espaço. tura e organiza seus elementos constitutivos estabelecendo
1. ARTES VISUAIS

relações e características com o movimento artístico no qual


se originaram.
Ampliar e aprofundar a interação com as manifestações
artísticas e culturais visuais tendo como ponto de partida as
produções locais, regionais, estaduais seguidas pelas nacio-
nais e internacionais estabelecendo relações entre si, con-
siderando seus contextos, produtores de arte, suas vidas,
épocas, produtos e conexões, aprofundando conhecimentos
e experiências com diferentes contextos e práticas, estimu-
lando e desenvolvendo a cultura da capacidade de simbolizar
o imagético através práticas que estimulem o sensorial e a
capacidade lúdica de cada indivíduo.
Conhecer e compreender as várias dimensões das Artes Vi-
suais enquanto fator de transformação social, expressando
e comunicando ideias e sentimentos, valorizando os artistas
conhecendo sua biografia e principais obras.

(EF69AR03) Analisar situa- Observar e explorar características e formas visuais pre-


ções nas quais as lingua- sentes em trabalhos, na natureza e na diversas linguagens e
gens das artes visuais se culturas, analisando e considerando diferentes produções,
integram às linguagens au- elementos comuns e específicos de sistemas (métodos,
Contextos e práticas

diovisuais (cinema, anima- procedimentos, recursos e outros) formais e informais e


ções, vídeos etc.), gráficas seus processos de hibridação.
(capas de livros, ilustrações Conhecer e compreender as artes visuais por meio do Ci-
de textos diversos etc.), nema, das mídias suas características fundamentais, função
cenográficas,coreográficas, social e ideológica de veiculação e consumo.
musicais etc.
(EF69AR04) Analisar os Pesquisar e identificar os elementos de composição da
elementos constitutivos visual, sua teoria e prática de técnicas e modos de composi-

Elementos da linguagem
das artes visuais (ponto, ções e suas variações, reconhecendo os elementos formais
linha, forma, direção, cor, e constitutivos na obra, seus suportes, técnicas e materiais
tom, escala, dimensão, utilizados compreendendo como eles se associam e são
espaço, movimento etc.) produzidos.
na apreciação de diferentes Conhecer e analisar trabalhos de diferentes culturas e
produções artísticas. épocas, reconhecendo suportes e materiais utilizados, técni-
cas, variações de elementos visuais (cores, texturas, formas,
intensidades de luz e sombra e etc.).

(EF69AR05) Experimentar Conhecer e experimentar trabalhos visuais a partir de


e analisar diferentes for- estímulos e técnicas diversas (bidimensionais e tridimen-
mas de expressão artística sionais), expressando e realizando uma leitura crítica sobre
(desenho, pintura, cola- sua produção artística e de terceiros de forma fundamentada
gem,quadrinhos,dobradu- e ética.
Materialidades

ra, escultura, modelagem, Conhecer e experimentar suportes artísticos (papéis, teci-


instalação, vídeo, fotogra- dos, madeiras, pedras, barro, recicláveis e etc.) e materiais
fia, performance etc.). (lápis, giz, canetas, carvão, tintas, pincéis, espátulas e
outros) utilizados para a confecção e o desenvolvimento de
técnicas artísticas.
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

(EF69AR06) Desenvolver Desenvolver e criar linguagens visuais, utilizando sistemas


processos de criação em simbólico de signos e códigos não verbais, possibilitando
artes visuais, com base em a transmissão e expressão de ideias, pensamentos e sen-
temas ou interesses artís- timentos que estimulem a externalização de poéticas pes-
ticos, de modo individual, soais, coletivas e ou colaborativas.
coletivo e colaborativo, Conhecer, desenvolver e utilizar técnicas e processos de
fazendo uso de materiais, criação com diversas linguagens visuais, direcionadas por
instrumentos e recursos temas desenvolvidos a partir de escolhas ou coletivas utili-
convencionais,alternativos zando materiais, suportes, instrumentos e procedimentos,
e digitais. explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e
construtivas.
Processos de criação

(EF69AR07) Dialogar com Estabelecer diálogos e mediações com fundamentos que


princípios conceituais, definem temáticas, conteúdos, propostas e orientações de
proposições temáticas, repertórios que se expressam por meio de imagens e seus
repertórios imagéticos e processos de desenvolvimento e criação.
processos de criação nas
suas produções visuais.

(EF69AR08) Diferenciar Conhecer e identificar estilos e modalidades em artes


as categorias de artista, visuais bem como seus artistas e categorias.
artesão, produtor cultural, Conhecer e compreender o trabalho dos profissionais que
Sistemas da linguagem

curador, designer, entre fomentam, planejam, elaboram e executam projetos e pro-


outras, estabelecendo dutos culturais voltados para as artes visuais (produtor e ou
relações entre os profissio- agente cultural, curador de exposições, designer, museólogo
nais do sistema das artes entre outros), bem como sua área de atuação, responsabili-
visuais. dades e relações com as diversidades culturais, de públicos,
entendimentos, vozes, formas e pensamentos que promo-
vem discussões que possibilitam novos caminhos.
(EF69AR09) Pesquisar e Conhecer, pesquisar e analisar os elementos que estrutu-
analisar diferentes formas ram e organizam a dança e sua relação com o movimento
de expressão, representa- artístico no qual se originaram, respeitando e valorizando a
ção e encenação da dança, dança como parte da diversidade cultural de um povo.
reconhecendo e apre- Identificar e apreciar diferentes estilos e tipos de dança,
ciando composições de compreendendo sua relação entre espaço, tempo, ritmo e
dança de artistas e grupos movimento nas danças locais, regionais, nacionais e inter-
brasileiros e estrangeiros nacionais.
de diferentes épocas. Compreender a dança como forma de manifestação e ex-
Contextos e práticas

pressão cultural, considerando sua origem, épocas, época,


influências, identidade cultural, contextualização e pensa-
mento artístico.
Apreciar e analisar as danças folclóricas como manifes-
tações artística que compreende sua dimensão enquanto
manifestação social e cultural de um povo.

(EF69AR10) Explorar Conhecer e explorar as possibilidades do movimento dan-


2. DANÇA

elementos constitutivos çado como um todo que podem ser usados livremente como
do movimento cotidiano aprofundamento e prática do movimento ou codificados em
e do movimento dançado, estilos, técnicas ou modalidades de dança.
abordando, criticamente,
o desenvolvimento das
formas da dança em sua
história tradicional e con-
temporânea.

(EF69AR11) Experimentar Pesquisar, apreciar e analisar gestos, movimentos, seu


e analisar os fatores de registro e utilizações em produções de dança.
movimento (tempo, peso, Identificar, explorar e experimentar movimentos corporais
fluência e espaço) como (rolamento, ponto de apoio, peso, quedas, saltos, giros),
Elementos da linguagem

elementos que, combi- tempo (aceleração e desaceleração), espaço (direções),


nados, geram as ações sequências coreográficas, ritmo (com ou sem música), alon-
corporais e o movimento gamento, aquecimento, respiração, expressões corporais,
dançado. deslocamento e performance.
Conhecer e pesquisar coreografias através de movimentos
corporais expressivos, ampliando repertório de movimentos
considerando e respeitando os diferentes níveis, corpos,
conhecimentos e gostos.
(EF69AR12) Investigar e Pesquisar, improvisar e compor diferentes formas e movi-
experimentarprocedimen- mentos, elaborando sequências gestuais e de movimentos
tos de improvisação e cria- corporais estruturados em estudos e pesquisas voltados
ção do movimento como para a elaboração de uma poética pessoal.
fonte para a construção de Desenvolver práticas corporais com sequências, combina-
vocabulários e repertórios ções, memorização e reprodução de sequências de movi-
próprios. mento ligadas ou não à tradição dança.

(EF69AR13) Investigar Conhecer e explorar tipos de dança (tradicionais, artísticas,


brincadeiras, jogos, danças modernas, contemporâneas, folclóricas e culturais) seus
coletivas e outras práticas contextos e histórias variadas, identificando características
de dança de diferentes e referências importantes para a elaboração de forma cons-
matrizes estéticas e cultu- ciente e contextualizada de composições coreográficas.
rais como referência para a
criação e a composição de
dançasautorais,individual-
mente e em grupo.
2. DANÇA (Cont.)

(EF69AR14) Analisar e Conhecer, analisar e explorar elementos da dramaturgia


experimentar diferentes (corpo, figurino, adereços, maquiagem, iluminação, cenário,
elementos (figurino, ilu- elementos cênicos, voz entre outros) como do processo de
minação, cenário, trilha desenvolvimento e execução composição coreográfica.
sonora etc.) e espaços
(convencionais e não con-
vencionais) para composi-
ção cênica e apresentação
coreográfica.

(EF69AR15) Discutir as Refletir e analisar os conhecimentos e experiências


experiências pessoais e adquiridas considerando contextos culturais e históricos
coletivas em dança vi- relacionados a sua própria experiência pessoal, conhecendo,
venciadas na escola e em interpretando e apreciando a dança e suas conexões com o
Processos de criação

outros contextos, proble- corpo, saúde e sociedade.


matizando estereótipos e Reconhecer e abordar os diferentes gostos e pontos de
preconceitos. vista, compreendendo os referenciais e critérios de escolha,
de movimentos, estímulos coreográficos, gênero e estilo
coreográficos de dança significativos para o grupo, diferen-
ciando-os da interpretação pessoal de cada um, contextuali-
zando as diferentes opções.
(EF69AR16) Analisar Conhecer e apreciar a produção musical identificando os
criticamente, por meio da diversos sons e parâmetros sonoros de forma significativa e
apreciação musical, usos contextualizada,considerando os elementosqueestruturam
e funções da música em e organizam a música e sua relação com a estética, cultura e
seus contextos de produ- movimento artístico no qual se originaram.
ção e circulação, relacio- Identificar os elementos básicos na linguagem musical pre-
nando as práticas musicais sentes em produções musicais de diferentes culturas, povos
às diferentes dimensões da e etnias, conhecendo sua relação política, social e cultural ao
vida social, cultural, polí- longo da história e suas formas de manifestações.
tica, histórica, econômica, Compreender as diferentes formas musicais populares,
estética e ética. suas origens e práticas contemporâneas, distinguindo dife-
rentes ritmos e repertórios
Conhecer e analisar diferentes ritmos músicas, tendo como
ponto de partida o repertório regional, estadual, nacional e
internacional, investigando obras de diferentes épocas, suas
origens e estilos.

(EF69AR17) Explorar e Conhecer e explorar o uso dos meios de comunicação


analisar, criticamente, e equipamentos culturais como forma de popularização,
diferentes meios e equi- formação e produção de conhecimento musical.
pamentos culturais de Analisar e refletir a prática do uso de novas tecnologias e
circulação da música e do modos de composição e produção musical e sua relação nas
conhecimento musical. mídias, divulgação e consumo de forma integrada a outras
3. MÚSICA

linguagens artísticas e segmentos artísticos culturais.

(EF69AR18) Reconhecer Reconhecer, apreciar e valorizar os músicos instrumentais


e apreciar o papel de mú- e intérpretes das músicas e canções apreciadas, conhecendo
sicos e grupos de música aspectos de sua biografia e suas principais obras.
brasileiros e estrangeiros Conhecer e valorizar a relação básica entre o compositor, o
que contribuíram para o intérprete da obra e o ouvinte.
desenvolvimento de for-
mas e gêneros musicais.

(EF69AR19) Identificar e Compreender, apreciar e valorizar obras musicais con-


analisar diferentes estilos sagradas, bem como obras contemporâneas, exercitando
musicais, contextualizan- a percepção musical por meio da apreciação sonora, iden-
do-os no tempo e no espa- tificando seus elementos formadores e refletindo sobre as
ço, de modo a aprimorar a funções e influências da música na sociedade em diferentes
capacidade de apreciação épocas e contextos históricos.
da estética musical. Identificar modos e técnicas de composição musical, am-
pliando a percepção para o uso de elementos básicos da
linguagem musical, diferentes ritmos, fontes sonoras, altura,
intensidade, timbre, duração e seus diferentes graus de
complexidade.
Contexto e práticas

Reconhecer os movimentos, gêneros (erudito, popular,


folclórico, étnico, eletrônico e etc.) e estilos (Música de
Câmara, Música Erudita no Brasil, Música Popular Brasileira,
Música Folclórica, Samba, Pagode, Gospel, Dance, Eletrôni-
ca, Funk, Blues, Jazz, Sertanejo, Pop, Rock, Hip Hop, Rap e
outros) explorando diferentes modalidades e funções.
(EF69AR20) Explorar e Explorar, analisar os elementos da linguagem musical,
analisar elementos consti- sentidos rítmicos, intervalos melódicos e harmônicos, iden-
tutivos da música (altura, tificando sons em diferentes fontes sonoras, (sopro, cordas,
Elementos da linguagem
intensidade, timbre, melo- percussão, eletrônicos e outras) em processos pessoais,
dia, ritmo etc.), por meio coletivos ou colaborativos, utilizando recursos tecnológicos
de recursos tecnológicos como instrumento mediador para pesquisas, desenvolvi-
(games e plataformas mento de práticas, reproduções e apreciação musicais.
digitais), jogos, canções e
práticas diversas de com-
posição/criação, execução
e apreciação musicais.

(EF69AR21) Explorar e Conhecer, explorar e analisar instrumentos musicais com


analisar fontes e materiais sucatas e outros materiais reutilizáveis, desenvolvendo,
sonoros em práticas de produzindo e apreciando
composição/criação, composições utilizando materiais sonoros construídos iden-
Materialidades

execução e apreciação tificando e potencializando suas principais características.


musical, reconhecendo
timbres e características
3. MÚSICA (Cont.)

de instrumentos musicais
diversos.

(EF69AR22) Explorar e Conhecer, explorar e identificar as diversas formas de


Notação e registro musical

identificar diferentes for- registros musicais por meio de notação musical de forma
mas de registro musical tradicional ou criativa e procedimentos contemporâneos.
(notação musical tradicio- Explorar métodos e técnicas de registro musical por meio
nal, partituras criativas e de recursos áudio e audiovisual, bem como a utilização do
procedimentos da música recurso utilizado como instrumento de preservação, sociali-
contemporânea), bem zação e divulgação.
como procedimentos e
técnicas de registro em
áudio e audiovisual.

(EF69AR23) Explorar Conhecer e explorar práticas de improvisações de forma in-


e criar improvisações, dividual, coletiva ou colaborativa utilizando técnicas vocais,
composições, arranjos, instrumentais ou mistas, posturas e expressões corporais e
jingles, trilhas sonoras, outros processos de criação para a elaboração e desenvol-
entre outros, utilizando vimento de composições, interpretações e apresentações
Processos de criação

vozes, sons corporais e/ou musicais.


instrumentos acústicos ou
eletrônicos, convencionais
ou não convencionais,
expressando ideias musi-
cais de maneira individual,
coletiva e colaborativa.
(EF69AR24) Reconhecer e Conhecer e explorar as diferentes formas de atuação dos
apreciar artistas e grupos profissionais em teatro, explorando desde as formas de
de teatro brasileiros e criação como também a produção de composições cênicas
estrangeiros de diferentes e espetáculos, divulgação, circulação, popularização e orga-
épocas, investigando os nização.
modos de criação, produ- Conhecer e apreciar atores e intérpretes (artistas e grupos
ção, divulgação, circulação teatrais) alagoanos, brasileiros e estrangeiros de diferentes
e organização da atuação épocas e contextos sociais, conhecendo aspectos de sua
profissional em teatro. biografia e sua principais obras.
Compreender os diferentes momentos da história do teatro,
dos autores (dramaturgos), dos estilos, dos intérpretes e
cenógrafos, evolução do figurino e maquiagem bem como
as diferentes formas e modos de construção teatral.
Pesquisar e identificar os diferentes momentos da história
do teatro alagoano, brasileiro e mundial de regiões e épocas
variadas, explorando as diferentes formas de representação
presentes no cotidiano, suas origens e práticas contempo-
râneas.
4. TEATRO

(EF69AR25) Identificar e Conhecer e identificar os vários estilos teatrais, percebendo


analisar diferentes estilos de forma contextualizada sua relação entre espaço, tempo,
cênicos, contextualizando- ritmo e movimento em composições cênicas.
-os no tempo e no espaço Compreender e apreciar a estética teatral, sua estrutura e
de modo a aprimorar a organização, estabelecendo relações com os movimentos e
capacidade de apreciação manifestações artísticas.
Contextos e práticas

da estética teatral. Pesquisar e identificar produções teatrais e suas diferentes


formas de manifestações, compreendendo a dimensão
ideológica presente no teatro enquanto fator de transforma-
ção social.
Identificar manifestações artísticas culturais cênicas que
estão incorporadas na cultura alagoana.

(EF69AR26) Explorar Conhecer e explorar elementos teatrais e estabelecer rela-


Elementos da linguagem

diferentes elementos ções entre eles na construção de uma cena.


envolvidos na composição Reconhecer e explorar diversos elementos da linguagem
dos acontecimentos cêni- teatral que envolvem uma produção cênica (a cenografia,
cos (figurinos, adereços, a iluminação, figurino, maquiagem e sonorização), como
cenário, iluminação e também o uso de espaços cênicos.
sonoplastia) e reconhecer Identificar materiais, objetos e lugares que fazem parte de
seus vocabulários. cada elemento teatral (a cenografia, a iluminação, figurino,
maquiagem e sonoplastia).
(EF69AR27) Pesquisar e Pesquisar elementos do texto teatral (Dramaturgia).
criar formas de drama- Experimentar e conhecer diferentes tipos de texto teatral
turgias e espaços cênicos possivelmente através de leituras dramatizadas.
para o acontecimento Pesquisar, explorar e combinar composições cênicas a
teatral, em diálogo com o partir do uso da dramaturgia e de técnicas teatrais que
teatro contemporâneo. possibilitem o uso de múltiplas linguagens utilizadas na arte
de contar histórias.

(EF69AR28) Investigar e Conhecer e experimentar diferentes funções e papéis que o


experimentar diferentes teatro oportuniza, compreendendo e respeitando o trabalho
funções teatrais e discutir e a importância de todos os colaboradores para o processo
os limites e desafios do de desenvolvimento construção e execução do trabalho.
trabalho artístico coletivo e
colaborativo.

(EF69AR29) Experimentar Conhecer e vivenciar possibilidades gestuais e de movi-


a gestualidade e as cons- mento vocais e corporais em diferentes espaços cênicos,
4. TEATRO (Cont.)

truções corporais e vocais oportunizando o desenvolvimento de técnicas expressivas


de maneira imaginativa na ampliando a capacidade de improvisação a partir de estímu-
improvisação teatral e no los variados.
jogo cênico. Utilizar diferentes tipos de jogos teatrais que complemen-
tem a necessidade do grupo durante o processo teatral.

(EF69AR30) Compor Experimentar e vivenciar diferentes gêneros e técnicas


improvisações e aconteci- teatrais a partir de jogos e improvisação de forma individual
mentos cênicos com base e ou coletiva, fazendo uso dos elementos da linguagem
em textos dramáticos ou teatral a partir de estímulos variados (temas, sons, gestos,
outros estímulos (música, objetos).
imagens, objetos etc.), Conhecer, explorar e estabelecer relações entre o fazer
caracterizando perso- (palco) e o assistir (plateia), identificando diferenças entre o
nagens (com figurinos emissor, a obra e espectador de uma peça teatral, aprimo-
e adereços), cenário, rando a análise e a observação de possíveis reformulações
iluminação e sonoplastia dos produtos da cena em função do caráter inacabado da
e considerando a relação cena teatral.
Processos de criação

com o espectador. Pesquisar e explorar a construção de cenas que contenham


enredo, história, conflito dramático, personagens, diálogo,
local e ação dramática definidos, como também construir
novas cenas a partir da pesquisa.
Conhecer, explorar e adaptar em roteiros histórias, notí-
cias, fatos históricos, mitos, narrativas populares e folclóri-
cas em diversos períodos históricos e contemporâneos.
(EF69AR31) Relacionar Pesquisar e explorar diferentes possibilidades de artes
Contextos e as práticas artísticas às integradas,ampliandodeformacontextualizadaexperiências
diferentes dimensões da e práticas artísticas de forma integral.
vida social, cultural, polí-
práticas

tica, histórica, econômica,


estética e ética.

(EF69AR32) Analisar e Pesquisar e analisar temáticas possibilitando sua articula-


Processos de

explorar, em projetos ção com as linguagens artísticas proporcionando processos


temáticos, as relações de criações e experiências artísticas de forma integrada.
criação

processuais entre diversas


linguagens artísticas.

(EF69AR33) Analisar as- Analisar e refletir características específicas relacionadas


pectos históricos, sociais as temáticas abordadas e suas diferentes interpretações
Matrizes estéticas

e políticos da produção ar- artísticas.


tística, problematizando as Analisar, refletir e respeitar a diversidade de narrativas e
narrativas eurocêntricas e suas produções culturais, considerando os aspectos histó-
5. ARTES INTEGRADAS

culturais

as diversas categorizações ricos, sociais e políticos como parte da construção e desen-


da arte (arte, artesanato, volvimento da identidade e cultura de um povo.
folclore, design etc.).

(EF69AR34) Analisar e Conhecer, analisar, valorizar e preservar o patrimônio


valorizar o patrimônio histórico, cultural, material e imaterial, compreendendo
cultural, material e imate- importância de manter e celebrar tradições e manifestações
rial, de culturas diversas, culturais para o desenvolvimento da identidade pessoal,
em especial a brasileira, estadual, nacional e de grupos.
incluindo suas matrizes
indígenas, africanas e
Patrimônio cultural

europeias, de diferentes
épocas, e favorecendo a
construção de vocabulário
e repertório relativos às
diferentes linguagens
artísticas.

(EF69AR35) Identificar Conhecer, identificar, explorar e manipular recursos di-


e manipular diferentes gitais e diferentes tecnologias como instrumento mediador
tecnologias e recursos utilizado para apoiar, registrar, facilitar e ampliar o desenvol-
digitais para acessar, vimento e divulgação dos trabalhos artísticos.
Arte e tecnologia

apreciar, produzir, registrar Produzir e valorizar artes tecnológicas possibilitando o fazer


e compartilhar práticas e artístico integrado a novas tecnologias por meio do uso e da
repertórios artísticos, de manipulação equipamentos e ferramentas tecnológicas de
modo reflexivo, ético e forma responsável e consciente.
responsável.
8º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
DESDOBRAMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO - DesDP
APROFUNDAR E CONSOLIDAR

(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e Pesquisar, conhecer e distinguir a diversidade das artes


analisar formas distintas das artes visuais, suas diferentes obras, produtores, movimentos
visuais tradicionais e contemporâ- e estilos bem como suas diversas formas de expressões,
neas, em obras de artistas brasi- concepções, matrizes estéticas, culturais, suas histórias e
leiros e estrangeiros de diferentes produções.
épocas e em diferentes matrizes Identificar nas produções visuais o uso dos elementos
estéticas e culturais, de modo a básicos da linguagem visual que são utilizados para comu-
ampliar a experiência com diferen- nicar, esteticamente, sentido e significado, expressando
tes contextos e práticas artístico- e comunicando ideias e sentimentos por meio da cultura
-visuais e cultivar a percepção, o visual.
imaginário, a capacidade de sim- Apreciar e valorizar trabalhos visuais, conhecendo artis-
bolizar e o repertório imagético. tas, sua biografia e suas principais obras, identificando
características
estilos e influências culturais, respeitando a diversidade
artística tendo como ponto de partida as cultura alagoana,
brasileira e mundial.

(EF69AR02) Pesquisar e analisar Compreender as artes visuais como uma linguagem que
diferentes estilos visuais, con- possui um sistema simbólico de transmissão e expressão
textualizando-os no tempo e no de ideias, pensamentos e sentimentos, que identifica,
espaço. estrutura e organiza seus elementos constitutivos estabele-
1. ARTES VISUAIS

cendo relações e características com o movimento artístico


no qual se originaram.
Ampliar e aprofundar a interação com as manifestações
artísticas e culturais visuais tendo como ponto de partida
as produções locais, regionais, estaduais seguidas pelas
nacionais e internacionais estabelecendo relações entre
si, considerando seus contextos, produtores de arte, suas
vidas, épocas, produtos e conexões, aprofundando conhe-
cimentos e experiências com diferentes contextos e práti-
cas, estimulando e desenvolvendo a cultura da capacidade
de simbolizar o imagético através práticas que estimulem o
sensorial e a capacidade lúdica de cada indivíduo.
Conhecer e compreender as várias dimensões das Artes
Visuais enquanto fator de transformação social, expres-
sando e comunicando ideias e sentimentos, valorizando os
artistas conhecendo sua biografia e principais obras.

(EF69AR03) Analisar situações Observar, explorar, identificar características e formas


nas quais as linguagens das artes visuais presentes em trabalhos, na natureza e na diversas
visuais se integram às linguagens linguagens e culturas, analisando e considerando diferen-
audiovisuais (cinema, animações, tes produções, elementos comuns e específicos de siste-
Contextos e práticas

vídeos etc.), gráficas (capas de mas (métodos, procedimentos, recursos e outros) formais
livros, ilustrações de textos diver- e informais e seus processos de hibridação.
sos etc.), cenográficas, coreográ- Conhecer, compreender e identificar as artes visuais
ficas, musicais etc. por meio do Cinema, das mídias suas características
fundamentais, função social e ideológica de veiculação e
consumo.
(EF69AR04) Analisar os elemen- Pesquisar e identificar os elementos de composição da
tos constitutivos das artes visuais visual, sua teoria e prática de técnicas e modos de com-
Elementos da linguagem (ponto, linha, forma, direção, cor, posições e suas variações, reconhecendo os elementos
tom, escala, dimensão, espaço, formais e constitutivos na obra, seus suportes, técnicas e
movimento etc.) na apreciação de materiais utilizados compreendendo como eles se asso-
diferentes produções artísticas. ciam e são produzidos.
Conhecer, analisar e apreciar trabalhos de diferentes
culturas e épocas, reconhecendo suportes e materiais
utilizados, técnicas, variações de elementos visuais (cores,
texturas, formas, intensidades de luz e sombra e etc.).

(EF69AR05) Experimentar e ana- Conhecer, experimentar e aprofundar trabalhos visuais


lisar diferentes formas de expres- a partir de estímulos e técnicas diversas (bidimensionais
são artística (desenho, pintura, e tridimensionais), expressando e realizando uma leitura
colagem, quadrinhos, dobradura, crítica sobre sua produção artística e de terceiros de forma
escultura, modelagem, instalação, fundamentada e ética.
Materialidades

vídeo, fotografia, performance Conhecer e experimentar suportes artísticos (papéis,


etc.). tecidos, madeiras, pedras, barro, recicláveis e etc.) e mate-
riais (lápis, giz, canetas, carvão, tintas, pincéis, espátulas e
outros) utilizados para a confecção e o desenvolvimento de
técnicas artísticas.
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

(EF69AR06) Desenvolver proces- Desenvolver e criar linguagens visuais, utilizando siste-


sos de criação em artes visuais, mas simbólico de signos e códigos não verbais, possibili-
com base em temas ou interesses tando a transmissão e expressão de ideias, pensamentos
artísticos, de modo individual, e sentimentos que estimulem a externalização de poéticas
coletivo e colaborativo, fazendo pessoais, coletivas e ou colaborativas.
uso de materiais, instrumentos e Conhecer, desenvolver e utilizar técnicas e processos de
recursos convencionais, alternati- criação com diversas linguagens visuais, direcionadas por
vos e digitais. temas desenvolvidos a partir de escolhas ou coletivas utili-
zando materiais, suportes, instrumentos e procedimentos,
explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e
construtivas.
Processos de criação

(EF69AR07) Dialogar com prin- Estabelecer diálogos e mediações com fundamentos que
cípios conceituais, proposições definem temáticas, conteúdos, propostas e orientações de
temáticas, repertórios imagéticos repertórios que se expressam por meio de imagens e seus
e processos de criação nas suas processos de desenvolvimento e criação.
produções visuais.

(EF69AR08) Diferenciar as Conhecer e identificar estilos e modalidades em artes


categorias de artista, artesão, visuais bem como seus artistas e categorias.
produtor cultural, curador, desig- Conhecer e compreender o trabalho dos profissionais
ner, entre outras, estabelecendo que fomentam, planejam, elaboram e executam projetos e
Sistemas da linguagem

relações entre os profissionais do produtos culturais voltados para as artes visuais (produtor
sistema das artes visuais. e ou agente cultural, curador de exposições, designer,
museólogo entre outros), bem como sua área de atua-
ção, responsabilidades e relações com as diversidades
culturais, de públicos, entendimentos, vozes, formas e
pensamentos que promovem discussões que possibilitam
novos caminhos.
(EF69AR09) Pesquisar e analisar Conhecer, pesquisar e analisar os elementos que estrutu-
diferentes formas de expressão, ram e organizam a dança e sua relação com o movimento
representação e encenação da artístico no qual se originaram, respeitando e valorizando a
dança,reconhecendoeapreciando dança como parte da diversidade cultural de um povo.
composições de dança de artistas Identificar e apreciar diferentes estilos e tipos de dança,
e grupos brasileiros e estrangei- compreendendo sua relação entre espaço, tempo, ritmo
ros de diferentes épocas. e movimento nas danças locais, regionais, nacionais e
internacionais.
Compreender a dança como forma de manifestação e
Contextos e práticas

expressão cultural, considerando sua origem, épocas,


época, influências, identidade cultural, contextualização e
pensamento artístico.
Apreciar e analisar as danças folclóricas como manifes-
tações artística que compreende sua dimensão enquanto
manifestação social e cultural de um povo.
2. DANÇA

(EF69AR10) Explorar elementos Conhecer e explorar as possibilidades do movimento


constitutivos do movimento dançado como um todo que podem ser usados livremente
cotidiano e do movimento dan- como aprofundamento e prática do movimento ou codifi-
çado, abordando, criticamente, o cados em estilos, técnicas ou modalidades de dança.
desenvolvimento das formas da
dança em sua história tradicional
e contemporânea.

(EF69AR11) Experimentar e Pesquisar, apreciar e analisar gestos, movimentos, seu


analisar os fatores de movimento registro e utilizações em produções de dança.
(tempo, peso, fluência e espaço) Identificar, explorar, experimentar e interpretar mo-
como elementos que, combina- vimentos corporais (rolamento, ponto de apoio, peso,
Elementos da linguagem

dos, geram as ações corporais e o quedas, saltos, giros), tempo (aceleração e desaceleração),
movimento dançado. espaço (direções), sequências coreográficas, ritmo (com
ou sem música), alongamento, aquecimento, respiração,
expressões corporais, deslocamento e performance.
Conhecer, pesquisar e criar coreografias através de
movimentos corporais expressivos, ampliando repertório
de movimentos considerando e respeitando os diferentes
níveis, corpos, conhecimentos e gostos.
(EF69AR12) Investigar e experi- Pesquisar, improvisar, compor e interpretar diferentes
mentar procedimentos de impro- formas e movimentos, elaborando sequências gestuais e
visação e criação do movimento de movimentos corporais estruturados em estudos e pes-
como fonte para a construção quisas voltados para a elaboração de uma poética pessoal.
de vocabulários e repertórios Desenvolver práticas corporais com sequências, com-
próprios. binações, memorização e reprodução de sequências de
movimento ligadas ou não à tradição dança.

(EF69AR13) Investigar brinca- Conhecer e explorar tipos de dança (tradicionais, artísti-


deiras, jogos, danças coletivas cas, modernas, contemporâneas, folclóricas e culturais)
e outras práticas de dança de seus contextos e histórias variadas, identificando carac-
diferentes matrizes estéticas e terísticas e referências importantes para a elaboração
culturais como referência para a de forma consciente e contextualizada de composições
criação e a composição de danças coreográficas.
autorais, individualmente e em
2. DANÇA (Cont.)

grupo.

(EF69AR14) Analisar e experimen- Conhecer, analisar e explorar elementos da dramatur-


tar diferentes elementos (figurino, gia (corpo, figurino, adereços, maquiagem, iluminação,
iluminação, cenário, trilha sonora cenário, elementos cênicos, voz entre outros) como do
etc.) e espaços (convencionais processo de desenvolvimento e execução composição
e não convencionais) para com- coreográfica.
posição cênica e apresentação
coreográfica.

(EF69AR15) Discutir as expe- Refletir e analisar os conhecimentos e experiências


riências pessoais e coletivas em adquiridas considerando contextos culturais e históricos
dança vivenciadas na escola e em relacionados a sua própria experiência pessoal, conhecen-
outros contextos, problematizan- do, interpretando e apreciando a dança e suas conexões
Processos de criação

do estereótipos e preconceitos. com o corpo, saúde e sociedade.


Reconhecer e abordar os diferentes gostos e pontos de
vista, compreendendo os referenciais e critérios de esco-
lha, de movimentos, estímulos coreográficos, gênero e
estilo coreográficos de dança significativos para o grupo,
diferenciando-os da interpretação pessoal de cada um,
contextualizando as diferentes opções.
(EF69AR16) Analisar criticamente, Conhecer, apreciar e analisar a produção musical identi-
por meio da apreciação musical, ficando os diversos sons e parâmetros sonoros de forma
usos e funções da música em significativa e contextualizada, considerando os elementos
seus contextos de produção e cir- que estruturam e organizam a música e sua relação com
culação, relacionando as práticas a estética, cultura e movimento artístico no qual se origi-
musicais às diferentes dimensões naram.
da vida social, cultural, política, Identificar os elementos básicos na linguagem musical
histórica, econômica, estética e presentes em produções musicais de diferentes culturas,
ética. povos e etnias, conhecendo sua relação política, social e
cultural ao longo da história e suas formas de manifesta-
ções.
Compreender as diferentes formas musicais populares,
suas origens e práticas contemporâneas, distinguindo
diferentes ritmos e repertórios
Conhecer, analisar e identificar diferentes ritmos músi-
cas, tendo como ponto de partida o repertório regional,
estadual, nacional e internacional, investigando obras de
diferentes épocas, suas origens e estilos.

(EF69AR17) Explorar e analisar, Conhecer, explorar e analisar o uso dos meios de comu-
criticamente, diferentes meios e nicação e equipamentos culturais como forma de populari-
equipamentos culturais de circula- zação, formação e produção de conhecimento musical.
ção da música e do conhecimento Analisar e refletir a prática do uso de novas tecnologias e
musical. modos de composição e produção musical e sua relação
3. MÚSICA

nas mídias, divulgação e consumo de forma integrada a


outras linguagens artísticas e segmentos artísticos cultu-
rais.

(EF69AR18) Reconhecer e apre- Reconhecer, apreciar e valorizar os músicos instru-


ciar o papel de músicos e grupos mentais e intérpretes das músicas e canções apreciadas,
de música brasileiros e estran- conhecendo aspectos de sua biografia e suas principais
geiros que contribuíram para o obras.
desenvolvimento de formas e Conhecer e valorizar a relação básica entre o compositor,
gêneros musicais. o intérprete da obra e o ouvinte.

(EF69AR19) Identificar e anali- Compreender, apreciar e valorizar obras musicais con-


sar diferentes estilos musicais, sagradas, bem como obras contemporâneas, exercitando
contextualizando-os no tempo e a percepção musical por meio da apreciação sonora, iden-
no espaço, de modo a aprimorar tificando seus elementos formadores e refletindo sobre as
a capacidade de apreciação da funções e influências da música na sociedade em diferentes
estética musical. épocas e contextos históricos. Identificar modos e técnicas
de composição musical, ampliando a percepção para o uso
de elementos básicos da linguagem musical, diferentes
ritmos, fontes sonoras, altura, intensidade, timbre, duração
e seus diferentes graus de complexidade.
Contexto e práticas

Reconhecer os movimentos, gêneros (erudito, popular,


folclórico, étnico, eletrônico e etc) e estilos (Música de
Câmara, Música Erudita no Brasil, Música Popular Brasileira,
Música Folclórica, Samba, Pagode, Gospel, Dance, Eletrôni-
ca, Funk, Blues, Jazz, Sertanejo, Pop, Rock, Hip Hop, Rap e
outros) explorando diferentes modalidades e funções.
(EF69AR20) Explorar e analisar Explorar, analisar os elementos da linguagem musical,
Elementos da linguagem

elementos constitutivos da mú- sentidos rítmicos, intervalos melódicos e harmônicos,


sica (altura, intensidade, timbre, identificando sons em diferentes fontes sonoras, (sopro,
melodia, ritmo etc.), por meio de cordas, percussão, eletrônicos e outras) em processos
recursos tecnológicos (games pessoais, coletivos ou colaborativos, utilizando recursos
e plataformas digitais), jogos, tecnológicos como instrumento mediador para pesquisas,
canções e práticas diversas de desenvolvimento de práticas, reproduções e apreciação
composição/criação, execução e musicais.
apreciação musicais.

(EF69AR21) Explorar e analisar Conhecer, explorar, analisar e construir instrumentos


fontes e materiais sonoros em musicais com sucatas e outros materiais reutilizáveis, de-
Materialidades

práticas de composição/criação, senvolvendo, produzindo e apreciando


execução e apreciação musical, composiçõesutilizandomateriaissonorosconstruídosiden-
reconhecendo timbres e caracte- tificando e potencializando suas principais características.
rísticas de instrumentos musicais
3. MÚSICA (Cont.)

diversos.

(EF69AR22) Explorar e identificar Conhecer, explorar e identificar as diversas formas de


Notação e registro musical

diferentes formas de registro mu- registros musicais por meio de notação musical de forma
sical (notação musical tradicional, tradicional ou criativa e procedimentos contemporâneos.
partituras criativas e procedimen- Explorar métodos e técnicas de registro musical por meio
tos da música contemporânea), de recursos áudio e audiovisual, bem como a utilização do
bem como procedimentos e recurso utilizado como instrumento de preservação, socia-
técnicas de registro em áudio e lização e divulgação.
audiovisual.

(EF69AR23) Explorar e criar Conhecer e explorar práticas de improvisações de forma


improvisações, composições, individual, coletiva ou colaborativa utilizando técnicas
arranjos, jingles, trilhas sonoras, vocais, instrumentais ou mistas, posturas e expressões
Processos de criação

entre outros, utilizando vozes, corporais e outros processos de criação para a elaboração
sons corporais e/ou instrumentos e desenvolvimento de composições, interpretações e
acústicos ou eletrônicos, conven- apresentações musicais.
cionais ou não convencionais,
expressando ideias musicais de
maneira individual, coletiva e
colaborativa.
(EF69AR24) Reconhecer e apre- Conhecer e explorar as diferentes formas de atuação dos
ciar artistas e grupos de teatro profissionais em teatro, explorando desde as formas de
brasileiros e estrangeiros de criação como também a produção de composições cênicas
diferentes épocas, investigando e espetáculos, divulgação, circulação, popularização e
os modos de criação, produção, organização.
divulgação, circulação e organi- Conhecer e apreciar atores e intérpretes (artistas e grupos
zação da atuação profissional em teatrais) alagoanos, brasileiros e estrangeiros de diferentes
teatro. épocas e contextos sociais, conhecendo aspectos de sua
biografia e sua principais obras.
Compreender os diferentes momentos da história do tea-
tro, dos autores (dramaturgos), dos estilos, dos intérpre-
tes e cenógrafos, evolução do figurino e maquiagem bem
como as diferentes formas e modos de construção teatral.
Identificar os diferentes momentos da história do teatro
alagoano, brasileiro e mundial de regiões e épocas varia-
das, explorando as diferentes formas de representação
presentes no cotidiano, suas origens e práticas contem-
porâneas.
4. TEATRO

(EF69AR25) Identificar e ana- Conhecer, Identificar e analisar os vários estilos teatrais,


lisar diferentes estilos cênicos, percebendo de forma contextualizada sua relação entre es-
contextualizando-os no tempo e paço, tempo, ritmo e movimento em composições cênicas.
no espaço de modo a aprimorar Compreender e apreciar a estética teatral, sua estrutura e
a capacidade de apreciação da organização, estabelecendo relações com os movimentos
estética teatral. e manifestações artísticas.
Contextos e práticas

Pesquisar, identificar e contextualizar produções teatrais


e suas diferentes formas de manifestações, compreen-
dendo a dimensão ideológica presente no teatro enquanto
fator de transformação social.
Identificar manifestações artísticas culturais cênicas que
estão incorporadas na cultura alagoana.

(EF69AR26) Explorar diferentes Conhecer e explorar elementos teatrais e estabelecer


Elementos da linguagem

elementos envolvidos na compo- relações entre eles na construção de uma cena.


sição dos acontecimentos cênicos Reconhecer e explorar diversos elementos da linguagem
(figurinos, adereços, cenário, teatral que envolvem uma produção cênica (a cenografia,
iluminação e sonoplastia) e reco- a iluminação, figurino, maquiagem e sonorização), como
nhecer seus vocabulários. também o uso de espaços cênicos.
Identificar materiais, objetos e lugares que fazem parte de
cada elemento teatral (a cenografia, a iluminação, figurino,
maquiagem e sonoplastia).
(EF69AR27) Pesquisar e criar Pesquisar elementos do texto teatral (Dramaturgia).
formas de dramaturgias e espaços Experimentar e conhecer diferentes tipos de texto teatral
cênicos para o acontecimento possivelmente através de leituras dramatizadas.
teatral, em diálogo com o teatro Pesquisar, explorar e combinar composições cênicas a
contemporâneo. partir do uso da dramaturgia e de técnicas teatrais que
possibilitem o uso de múltiplas linguagens utilizadas na
arte de contar histórias.

(EF69AR28) Investigar e experi- Conhecer e experimentar diferentes funções e papéis


mentar diferentes funções teatrais que o teatro oportuniza, compreendendo e respeitando o
e discutir os limites e desafios trabalho e a importância de todos os colaboradores para
do trabalho artístico coletivo e o processo de desenvolvimento construção e execução do
colaborativo. trabalho.

(EF69AR29) Experimentar a ges- Conhecer e vivenciar possibilidades gestuais e de movi-


tualidade e as construções corpo- mento vocais e corporais em diferentes espaços cênicos,
rais e vocais de maneira imagina- oportunizando o desenvolvimento de técnicas expressivas
4. TEATRO (Cont.)

tiva na improvisação teatral e no ampliando a capacidade de improvisação a partir de estí-


jogo cênico. mulos variados.
Utilizar diferentes tipos de jogos teatrais que complemen-
tem a necessidade do grupo durante o processo teatral.

(EF69AR30) Compor improvisa- Experimentar e vivenciar diferentes gêneros e técnicas


ções e acontecimentos cênicos teatrais a partir de jogos e improvisação de forma indivi-
com base em textos dramáticos dual e ou coletiva, fazendo uso dos elementos da lingua-
ou outros estímulos (música, ima- gem teatral a partir de estímulos variados (temas, sons,
gens, objetos etc.), caracterizando gestos, objetos).
personagens (com figurinos e Conhecer, explorar e estabelecer relações entre o fazer
adereços), cenário, iluminação (palco) e o assistir (plateia), identificando diferenças
e sonoplastia e considerando a entre o emissor, a obra e espectador de uma peça teatral,
relação com o espectador. aprimorando a análise e a observação de possíveis re-
formulações dos produtos da cena em função do caráter
inacabado da cena teatral.
Processos de criação

Pesquisar e explorar a construção de cenas que conte-


nham enredo, história, conflito dramático, personagens,
diálogo, local e ação dramática definidos, como também
construir novas cenas a partir da pesquisa.
Conhecer, explorar e adaptar em roteiros histórias, notí-
cias, fatos históricos, mitos, narrativas populares e folcló-
ricas em diversos períodos históricos e contemporâneos.
(EF69AR31) Relacionar as Pesquisar, explorar e relacionar diferentes possibilidades
Contextos e

práticas artísticas às diferentes de artes integradas, ampliando de forma contextualizada


dimensões da vida social, cultural, experiências e práticas artísticas de forma integral.
práticas

política, histórica, econômica,


estética e ética.

(EF69AR32) Analisar e explorar, Pesquisar, analisar e explorar temáticas possibilitando


de criação
Processos

em projetos temáticos, as rela- sua articulação com as linguagens artísticas proporcio-


ções processuais entre diversas nando processos de criações e experiências artísticas de
linguagens artísticas. forma integrada.

(EF69AR33) Analisar aspectos Analisar e refletir características específicas relacionadas


Matrizes estéticas

históricos, sociais e políticos da as temáticas abordadas e suas diferentes interpretações


produçãoartística,problematizan- artísticas.
5. ARTES INTEGRADAS

do as narrativas eurocêntricas e Analisar, refletir e respeitar a diversidade de narrativas


culturais

as diversas categorizações da arte e suas produções culturais, considerando os aspectos


(arte, artesanato, folclore, design históricos, sociais e políticos como parte da construção e
etc.). desenvolvimento da identidade e cultura de um povo.

(EF69AR34) Analisar e valorizar Conhecer, analisar, valorizar e preservar o patrimônio


o patrimônio cultural, material e histórico, cultural, material e imaterial, compreendendo im-
imaterial, de culturas diversas, portância de manter e celebrar tradições e manifestações
Patrimônio cultural

em especial a brasileira, incluindo culturais para o desenvolvimento da identidade pessoal,


suas matrizes indígenas, africanas estadual, nacional e de grupos.
e europeias, de diferentes épocas,
e favorecendo a construção de
vocabulário e repertório relativos
às diferentes linguagens artísticas.

(EF69AR35) Identificar e mani- Conhecer, identificar, explorar e manipular recursos


pular diferentes tecnologias e digitais e diferentes tecnologias como instrumento me-
recursos digitais para acessar, diador utilizado para apoiar, registrar, facilitar e ampliar o
Arte e tecnologia

apreciar, produzir, registrar e desenvolvimento e divulgação dos trabalhos artísticos.


compartilharpráticaserepertórios Produzir e valorizar artes tecnológicas possibilitando o
artísticos, de modo reflexivo, ético fazer artístico integrado a novas tecnologias por meio do
e responsável. uso e da manipulação equipamentos e ferramentas tecno-
lógicas de forma responsável e consciente.
9º ANO

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
DESDOBRAMENTO DIDÁTICO PEDAGÓGICO - DesDP
CONSOLIDAR

Pesquisar, conhecer, distinguir e apreciar a diversida-


(EF69AR01) Pesquisar, apre- de das artes visuais, suas diferentes obras, produtores,
ciar e analisar formas distintas movimentos e estilos bem como suas diversas formas de
das artes visuais tradicionais e expressões, concepções, matrizes estéticas, culturais, suas
contemporâneas, em obras de histórias e produções.
artistas brasileiros e estrangei- Identificar nas produções visuais o uso dos elementos bási-
ros de diferentes épocas e em cos da linguagem visual que são utilizados para comunicar,
diferentes matrizes estéticas e esteticamente, sentido e significado, expressando e comuni-
culturais, de modo a ampliar a cando ideias e sentimentos por meio da cultura visual.
experiência com diferentes con- Apreciar e valorizar trabalhos visuais, conhecendo artistas,
textos e práticas artístico-visuais sua biografia e suas principais obras, identificando carac-
e cultivar a percepção, o imagi- terísticas
nário, a capacidade de simbolizar estilos e influências culturais, respeitando a diversidade
e o repertório imagético. artística tendo como ponto de partida as cultura alagoana,
brasileira e mundial.

Compreender as artes visuais como uma linguagem que


possui um sistema simbólico de transmissão e expressão
de ideias, pensamentos e sentimentos, que identifica, estru-
tura e organiza seus elementos constitutivos estabelecendo
1. ARTES VISUAIS

relações e características com o movimento artístico no


qual se originaram.
Ampliar e aprofundar a interação com as manifestações
artísticas e culturais visuais tendo como ponto de partida
(EF69AR02) Pesquisar e analisar as produções locais, regionais, estaduais seguidas pelas
diferentes estilos visuais, con- nacionais e internacionais estabelecendo relações entre
textualizando-os no tempo e no si, considerando seus contextos, produtores de arte, suas
espaço. vidas, épocas, produtos e conexões, aprofundando conheci-
mentos e experiências com diferentes contextos e práticas,
estimulando e desenvolvendo a cultura da capacidade de
simbolizar o imagético através práticas que estimulem o
sensorial e a capacidade lúdica de cada indivíduo.
Conhecer e compreender as várias dimensões das Artes Vi-
suais enquanto fator de transformação social, expressando
e comunicando ideias e sentimentos, valorizando os artistas
conhecendo sua biografia e principais obras.

Observar, explorar, identificar características e formas


(EF69AR03) Analisar situações
visuais presentes em trabalhos, na natureza e na diversas
nas quais as linguagens das
linguagens e culturas, analisando e considerando diferentes
Contextos e práticas

artes visuais se integram às


produções, elementos comuns e específicos de sistemas
linguagensaudiovisuais(cinema,
(métodos, procedimentos, recursos e outros) formais e
animações, vídeos etc.), gráficas
informais e seus processos de hibridação.
(capas de livros, ilustrações de
Conhecer, compreender e identificar as artes visuais por
textos diversos etc.), cenográfi-
meio do Cinema, das mídias suas características fundamen-
cas, coreográficas, musicais etc.
tais, função social e ideológica de veiculação e consumo.
Pesquisar e identificar os elementos de composição da
visual, sua teoria e prática de técnicas e modos de composi-
Elementos da linguagem
(EF69AR04) Analisar os ele-
ções e suas variações, reconhecendo os elementos formais
mentos constitutivos das artes
e constitutivos na obra, seus suportes, técnicas e materiais
visuais (ponto, linha, forma,
utilizados compreendendo como eles se associam e são
direção, cor, tom, escala, dimen-
produzidos.
são, espaço, movimento etc.) na
Conhecer, analisar e apreciar trabalhos de diferentes
apreciação de diferentes produ-
culturas e épocas, reconhecendo suportes e materiais
ções artísticas.
utilizados, técnicas, variações de elementos visuais (cores,
texturas, formas, intensidades de luz e sombra e etc.).

Conhecer, experimentar, aprofundar, criar e analisar


trabalhos visuais a partir de estímulos e técnicas diversas
(EF69AR05) Experimentar e
(bidimensionais e tridimensionais), expressando e reali-
analisar diferentes formas de
zando uma leitura crítica sobre sua produção artística e de
expressão artística (desenho,
terceiros de forma fundamentada e ética.
pintura, colagem, quadrinhos,
Materialidades

Conhecer e experimentar suportes artísticos (papéis,


dobradura, escultura, modela-
tecidos, madeiras, pedras, barro, recicláveis e etc.) e mate-
gem, instalação, vídeo, fotogra-
riais (lápis, giz, canetas, carvão, tintas, pincéis, espátulas e
fia, performance etc.).
outros) utilizados para a confecção e o desenvolvimento de
técnicas artísticas.
1. ARTES VISUAIS (Cont.)

Desenvolver e criar linguagens visuais, utilizando sistemas


simbólico de signos e códigos não verbais, possibilitando
(EF69AR06) Desenvolver pro-
a transmissão e expressão de ideias, pensamentos e sen-
cessos de criação em artes
timentos que estimulem a externalização de poéticas pes-
visuais, com base em temas ou
soais, coletivas e ou colaborativas.
interesses artísticos, de modo
Conhecer, desenvolver e utilizar técnicas e processos de
individual, coletivo e colabora-
criação com diversas linguagens visuais, direcionadas por
tivo, fazendo uso de materiais,
temas desenvolvidos a partir de escolhas ou coletivas utili-
instrumentos e recursos conven-
zando materiais, suportes, instrumentos e procedimentos,
cionais, alternativos e digitais.
explorando e pesquisando suas qualidades expressivas e
construtivas.
Processos de criação

(EF69AR07) Dialogar com prin- Estabelecer diálogos e mediações com fundamentos que
cípios conceituais, proposições definem temáticas, conteúdos, propostas e orientações de
temáticas,repertóriosimagéticos repertórios que se expressam por meio de imagens e seus
e processos de criação nas suas processos de desenvolvimento e criação.
produções visuais.

Conhecer e identificar estilos e modalidades em artes


visuais bem como seus artistas e categorias.
(EF69AR08) Diferenciar as Conhecer e compreender o trabalho dos profissionais
Sistemas da linguagem

categorias de artista, artesão, que fomentam, planejam, elaboram e executam projetos e


produtor cultural, curador, desig- produtos culturais voltados para as artes visuais (produtor e
ner, entre outras, estabelecendo ou agente cultural, curador de exposições, designer, museó-
relações entre os profissionais logo entre outros), bem como sua área de atuação, respon-
do sistema das artes visuais. sabilidades e relações com as diversidades culturais, de
públicos, entendimentos, vozes, formas e pensamentos que
promovem discussões que possibilitam novos caminhos.
Conhecer, pesquisar e analisar os elementos que estrutu-
ram e organizam a dança e sua relação com o movimento
artístico no qual se originaram, respeitando e valorizando a
dança como parte da diversidade cultural de um povo.
(EF69AR09) Pesquisar e analisar
Identificar e apreciar diferentes estilos e tipos de dança,
diferentes formas de expressão,
compreendendo sua relação entre espaço, tempo, ritmo e
representação e encenação da
movimento nas danças locais, regionais, nacionais e inter-
dança, reconhecendo e apre-
nacionais.
ciando composições de dança
Compreender a dança como forma de manifestação e
Contextos e práticas

de artistas e grupos brasileiros


expressão cultural, considerando sua origem, épocas,
e estrangeiros de diferentes
época, influências, identidade cultural, contextualização e
épocas.
pensamento artístico.
Apreciar e analisar as danças folclóricas como manifes-
tações artística que compreende sua dimensão enquanto
manifestação social e cultural de um povo.
2. DANÇA

(EF69AR10) Explorar elementos Conhecer e explorar as possibilidades do movimento


constitutivos do movimento dançado como um todo que podem ser usados livremente
cotidiano e do movimento dan- como aprofundamento e prática do movimento ou codifica-
çado, abordando, criticamente, o dos em estilos, técnicas ou modalidades de dança.
desenvolvimento das formas da
dança em sua história tradicional
e contemporânea.

Pesquisar, apreciar e analisar gestos, movimentos, seu


registro e utilizações em produções de dança.
Identificar, explorar, experimentar e interpretar movimen-
(EF69AR11) Experimentar e tos corporais (rolamento, ponto de apoio, peso, quedas,
Elementos da linguagem

analisar os fatores de movimento saltos, giros), tempo (aceleração e desaceleração), espaço


(tempo, peso, fluência e espaço) (direções), sequências coreográficas, ritmo (com ou sem
como elementos que, combina- música), alongamento, aquecimento, respiração, expres-
dos, geram as ações corporais e sões corporais, deslocamento e performance.
o movimento dançado. Conhecer, pesquisar, criar e realizar coreografias através
de movimentos corporais expressivos, ampliando repertório
de movimentos considerando e respeitando os diferentes
níveis, corpos, conhecimentos e gostos.
Pesquisar, improvisar, compor e interpretar diferentes
(EF69AR12) Investigar e experi-
formas e movimentos, elaborando sequências gestuais e de
mentarprocedimentosdeimpro-
movimentos corporais estruturados em estudos e pesquisas
visação e criação do movimento
voltados para a elaboração de uma poética pessoal.
como fonte para a construção
Desenvolver práticas corporais com sequências, combina-
de vocabulários e repertórios
ções, memorização e reprodução de sequências de movi-
próprios.
mento ligadas ou não à tradição dança.

(EF69AR13) Investigar brinca- Conhecer e explorar tipos de dança (tradicionais, artísticas,


deiras, jogos, danças coletivas modernas, contemporâneas, folclóricas e culturais) seus
e outras práticas de dança de contextos e histórias variadas, identificando características
diferentes matrizes estéticas e e referências importantes para a elaboração de forma cons-
culturais como referência para ciente e contextualizada de composições coreográficas.
a criação e a composição de
dançasautorais,individualmente
2. DANÇA (Cont.)

e em grupo.

(EF69AR14) Analisar e expe- Conhecer, analisar e explorar elementos da dramaturgia


rimentar diferentes elementos (corpo, figurino, adereços, maquiagem, iluminação, cenário,
(figurino, iluminação, cenário, elementos cênicos, voz entre outros) como do processo de
trilha sonora etc.) e espaços desenvolvimento e execução composição coreográfica.
(convencionais e não convencio-
nais) para composição cênica e
apresentação coreográfica.

Refletir e analisar os conhecimentos e experiências adqui-


ridas considerando contextos culturais e históricos rela-
cionados a sua própria experiência pessoal, conhecendo,
(EF69AR15) Discutir as expe-
interpretando e apreciando a dança e suas conexões com o
riências pessoais e coletivas em
Processos de criação

corpo, saúde e sociedade.


dança vivenciadas na escola e
Reconhecer e abordar os diferentes gostos e pontos de
em outros contextos, problema-
vista, compreendendo os referenciais e critérios de escolha,
tizando estereótipos e precon-
de movimentos, estímulos coreográficos, gênero e estilo
ceitos.
coreográficos de dança significativos para o grupo, diferen-
ciando-os da interpretação pessoal de cada um, contextuali-
zando as diferentes opções.
Conhecer, apreciar, analisar e compreender a produção
musical identificando os diversos sons e parâmetros sono-
ros de forma significativa e contextualizada, considerando
os elementos que estruturam e organizam a música e sua
(EF69AR16) Analisar criticamen- relação com a estética, cultura e movimento artístico no
te, por meio da apreciação mu- qual se originaram.
sical, usos e funções da música Identificar os elementos básicos na linguagem musical pre-
em seus contextos de produção sentes em produções musicais de diferentes culturas, povos
e circulação, relacionando as e etnias, conhecendo sua relação política, social e cultural
práticas musicais às diferentes ao longo da história e suas formas de manifestações.
dimensões da vida social, cultu- Compreender as diferentes formas musicais populares,
ral, política, histórica, econômi- suas origens e práticas contemporâneas, distinguindo
ca, estética e ética. diferentes ritmos e repertórios
Conhecer, analisar e identificar diferentes ritmos músicas,
tendo como ponto de partida o repertório regional, estadual,
nacional e internacional, investigando obras de diferentes
épocas, suas origens e estilos.

Conhecer, explorar e analisar o uso dos meios de comuni-


(EF69AR17) Explorar e analisar, cação e equipamentos culturais como forma de populariza-
criticamente, diferentes meios ção, formação e produção de conhecimento musical.
e equipamentos culturais de Analisar e refletir a prática do uso de novas tecnologias e
circulação da música e do conhe- modos de composição e produção musical e sua relação
3. MÚSICA

cimento musical. nas mídias, divulgação e consumo de forma integrada a ou-


tras linguagens artísticas e segmentos artísticos culturais.

(EF69AR18) Reconhecer e apre- Reconhecer, apreciar e valorizar os músicos instrumentais


ciar o papel de músicos e grupos e intérpretes das músicas e canções apreciadas, conhecen-
de música brasileiros e estran- do aspectos de sua biografia e suas principais obras.
geiros que contribuíram para o Conhecer e valorizar a relação básica entre o compositor, o
desenvolvimento de formas e intérprete da obra e o ouvinte.
gêneros musicais.

Compreender, apreciar e valorizar obras musicais con-


sagradas, bem como obras contemporâneas, exercitando
a percepção musical por meio da apreciação sonora, iden-
tificando seus elementos formadores e refletindo sobre as
funções e influências da música na sociedade em diferentes
épocas e contextos históricos.
(EF69AR19) Identificar e anali-
Identificar modos e técnicas de composição musical,
sar diferentes estilos musicais,
ampliando a percepção para o uso de elementos básicos
contextualizando-os no tempo e
da linguagem musical, diferentes ritmos, fontes sonoras,
no espaço, de modo a aprimorar
altura, intensidade, timbre, duração e seus diferentes graus
a capacidade de apreciação da
de complexidade.
Contexto e práticas

estética musical.
Reconhecer os movimentos, gêneros (erudito, popular,
folclórico, étnico, eletrônico e etc) e estilos (Música de Câ-
mara, Música Erudita no Brasil, Música Popular Brasileira,
Música Folclórica, Samba, Pagode, Gospel, Dance, Eletrôni-
ca, Funk, Blues, Jazz, Sertanejo, Pop, Rock, Hip Hop, Rap e
outros) explorando diferentes modalidades e funções.
(EF69AR20) Explorar e analisar Explorar, analisar os elementos da linguagem musical, sen-
Elementos da linguagem
elementos constitutivos da mú- tidos rítmicos, intervalos melódicos e harmônicos, identifi-
sica (altura, intensidade, timbre, cando sons em diferentes fontes sonoras, (sopro, cordas,
melodia, ritmo etc.), por meio de percussão, eletrônicos e outras) em processos pessoais,
recursos tecnológicos (games coletivos ou colaborativos, utilizando recursos tecnológicos
e plataformas digitais), jogos, como instrumento mediador para pesquisas, desenvolvi-
canções e práticas diversas de mento de práticas, reproduções e apreciação musicais.
composição/criação, execução e
apreciação musicais.

(EF69AR21) Explorar e analisar Conhecer, explorar, analisar e construir instrumentos


fontes e materiais sonoros em musicais com sucatas e outros materiais reutilizáveis,
Materialidades

práticas de composição/criação, desenvolvendo, produzindo e apreciando


execução e apreciação musical, composições utilizando materiais sonoros construídos iden-
reconhecendo timbres e carac- tificando e potencializando suas principais características.
3. MÚSICA (Cont.)

terísticas de instrumentos musi-


cais diversos.

(EF69AR22) Explorar e identificar Conhecer, explorar e identificar as diversas formas de


diferentes formas de registro registros musicais por meio de notação musical de forma
Notação e registro

musical (notação musical tra- tradicional ou criativa e procedimentos contemporâneos.


dicional, partituras criativas e Explorar métodos e técnicas de registro musical por meio
procedimentos da música con- de recursos áudio e audiovisual, bem como a utilização do
temporânea), bem como proce- recurso utilizado como instrumento de preservação, sociali-
musical

dimentos e técnicas de registro zação e divulgação.


em áudio e audiovisual.

(EF69AR23) Explorar e criar Conhecer e explorar práticas de improvisações de forma


improvisações, composições, individual, coletiva ou colaborativa utilizando técnicas
arranjos, jingles, trilhas sonoras, vocais, instrumentais ou mistas, posturas e expressões
Processos de criação

entre outros, utilizando vozes, corporais e outros processos de criação para a elaboração
sons corporais e/ou instrumen- e desenvolvimento de composições, interpretações e apre-
tos acústicos ou eletrônicos, sentações musicais.
convencionais ou não conven-
cionais, expressando ideias
musicais de maneira individual,
coletiva e colaborativa.
Conhecer e explorar as diferentes formas de atuação dos
profissionais em teatro, explorando desde as formas de
criação como também a produção de composições cênicas
e espetáculos, divulgação, circulação, popularização e
organização.
(EF69AR24) Reconhecer e apre-
Conhecer e apreciar atores e intérpretes (artistas e grupos
ciar artistas e grupos de teatro
teatrais) alagoanos, brasileiros e estrangeiros de diferentes
brasileiros e estrangeiros de
épocas e contextos sociais, conhecendo aspectos de sua
diferentes épocas, investigando
biografia e sua principais obras.
os modos de criação, produção,
Compreender os diferentes momentos da história do teatro,
divulgação, circulação e orga-
dos autores (dramaturgos), dos estilos, dos intérpretes e
nização da atuação profissional
cenógrafos, evolução do figurino e maquiagem bem como
em teatro.
as diferentes formas e modos de construção teatral.
Identificar os diferentes momentos da história do teatro
alagoano, brasileiro e mundial de regiões e épocas variadas,
explorando as diferentes formas de representação presentes
no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas.
4. TEATRO

Conhecer, Identificar e analisar os vários estilos teatrais,


percebendo de forma contextualizada sua relação entre es-
paço, tempo, ritmo e movimento em composições cênicas.
(EF69AR25) Identificar e ana- Compreender e apreciar a estética teatral, sua estrutura e
lisar diferentes estilos cênicos, organização, estabelecendo relações com os movimentos e
contextualizando-os no tempo e manifestações artísticas.
Contextos e práticas

no espaço de modo a aprimorar Pesquisar, identificar e contextualizar produções teatrais


a capacidade de apreciação da e suas diferentes formas de manifestações, compreendendo
estética teatral. a dimensão ideológica presente no teatro enquanto fator de
transformação social.
Identificar manifestações artísticas culturais cênicas que
estão incorporadas na cultura alagoana.

Conhecer e explorar elementos teatrais e estabelecer rela-


Elementos da linguagem

ções entre eles na construção de uma cena.


(EF69AR26) Explorar diferentes
Reconhecer e explorar diversos elementos da linguagem
elementos envolvidos na compo-
teatral que envolvem uma produção cênica (a cenografia,
sição dos acontecimentos cêni-
a iluminação, figurino, maquiagem e sonorização), como
cos (figurinos, adereços, cenário,
também o uso de espaços cênicos.
iluminação e sonoplastia) e
Identificar materiais, objetos e lugares que fazem parte de
reconhecer seus vocabulários.
cada elemento teatral (a cenografia, a iluminação, figurino,
maquiagem e sonoplastia).
Pesquisar elementos do texto teatral (Dramaturgia).
(EF69AR27) Pesquisar e criar Experimentar e conhecer diferentes tipos de texto teatral
formas de dramaturgias e es- possivelmente através de leituras dramatizadas.
paços cênicos para o aconteci- Pesquisar, explorar e combinar composições cênicas a
mento teatral, em diálogo com o partir do uso da dramaturgia e de técnicas teatrais que
teatro contemporâneo. possibilitem o uso de múltiplas linguagens utilizadas na arte
de contar histórias.

(EF69AR28) Investigar e ex- Conhecer e experimentar diferentes funções e papéis que o


perimentar diferentes funções teatro oportuniza, compreendendo e respeitando o trabalho
teatrais e discutir os limites e e a importância de todos os colaboradores para o processo
desafios do trabalho artístico de desenvolvimento construção e execução do trabalho.
coletivo e colaborativo.

Conhecer e vivenciar possibilidades gestuais e de movi-


(EF69AR29) Experimentar a mento vocais e corporais em diferentes espaços cênicos,
gestualidade e as construções oportunizando o desenvolvimento de técnicas expressivas
4. TEATRO (Cont.)

corporais e vocais de maneira ampliando a capacidade de improvisação a partir de estímu-


imaginativa na improvisação los variados.
teatral e no jogo cênico. Utilizar diferentes tipos de jogos teatrais que complemen-
tem a necessidade do grupo durante o processo teatral.

Experimentar e vivenciar diferentes gêneros e técnicas


teatrais a partir de jogos e improvisação de forma individual
e ou coletiva, fazendo uso dos elementos da linguagem
teatral a partir de estímulos variados (temas, sons, gestos,
(EF69AR30) Compor improvisa- objetos).
ções e acontecimentos cênicos Conhecer, explorar e estabelecer relações entre o fazer
com base em textos dramáticos (palco) e o assistir (plateia), identificando diferenças entre o
ou outros estímulos (música, emissor, a obra e espectador de uma peça teatral, aprimo-
imagens, objetos etc.), carac- rando a análise e a observação de possíveis reformulações
terizando personagens (com dos produtos da cena em função do caráter inacabado da
figurinos e adereços), cenário, cena teatral.
Processos de criação

iluminação e sonoplastia e Pesquisar e explorar a construção de cenas que contenham


considerando a relação com o enredo, história, conflito dramático, personagens, diálogo,
espectador. local e ação dramática definidos, como também construir
novas cenas a partir da pesquisa.
Conhecer, explorar e adaptar em roteiros histórias, notí-
cias, fatos históricos, mitos, narrativas populares e folclóri-
cas em diversos períodos históricos e contemporâneos.
(EF69AR31) Relacionar as práti- Pesquisar, explorar e relacionar diferentes possibilidades
Contextos e
cas artísticas às diferentes di- de artes integradas, ampliando de forma contextualizada
mensões da vida social, cultural, experiências e práticas artísticas de forma integral.
práticas
política, histórica, econômica,
estética e ética.

(EF69AR32) Analisar e explorar, Pesquisar, analisar e explorar temáticas possibilitando sua


de criação
Processos

em projetos temáticos, as rela- articulação com as linguagens artísticas proporcionando


ções processuais entre diversas processos de criações e experiências artísticas de forma
linguagens artísticas. integrada.

(EF69AR33) Analisar aspectos Analisar e refletir características específicas relacionadas


Matrizes estéticas

históricos, sociais e políticos da as temáticas abordadas e suas diferentes interpretações


produção artística, problemati- artísticas.
zando as narrativas eurocêntricas Analisar, refletir e respeitar a diversidade de narrativas e
5. ARTES INTEGRADAS

culturais

e as diversas categorizações da suas produções culturais, considerando os aspectos histó-


arte (arte, artesanato, folclore, ricos, sociais e políticos como parte da construção e desen-
design etc.). volvimento da identidade e cultura de um povo.

(EF69AR34) Analisar e valorizar Conhecer, analisar, valorizar e preservar o patrimônio


o patrimônio cultural, material histórico, cultural, material e imaterial, compreendendo
e imaterial, de culturas diver- importância de manter e celebrar tradições e manifestações
sas, em especial a brasileira, culturais para o desenvolvimento da identidade pessoal,
Patrimônio cultural

incluindo suas matrizes indíge- estadual, nacional e de grupos.


nas, africanas e europeias, de
diferentes épocas, e favorecendo
a construção de vocabulário e
repertório relativos às diferentes
linguagens artísticas.

Conhecer, identificar, explorar e manipular recursos di-


(EF69AR35) Identificar e mani-
gitais e diferentes tecnologias como instrumento mediador
pular diferentes tecnologias e
utilizado para apoiar, registrar, facilitar e ampliar o desenvol-
Arte e tecnologia

recursos digitais para acessar,


vimento e divulgação dos trabalhos artísticos.
apreciar, produzir, registrar e
Produzir e valorizar artes tecnológicas possibilitando o fa-
compartilhar práticas e repertó-
zer artístico integrado a novas tecnologias por meio do uso
rios artísticos, de modo reflexivo,
e da manipulação equipamentos e ferramentas tecnológicas
ético e responsável.
de forma responsável e consciente.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 361

12. REFERÊNCIAS to e a Espiral de Aprendizagem.


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samento. Petrópolis: Vozes, 2008.

WALLON, Henri. Evolução psico-


LINGUAGENS
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA

1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 367

2. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 368

3. EDUCAÇÃO FÍSICA E SEUS MARCOS LEGAIS................................................... 369

4. EDUCAÇÃO FÍSICA E OS PRINCÍPIOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM.......... 370

5. EDUCAÇÃO FÍSICA E OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS..................................... 372

6. ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL............. 372


6.1 UNIDADES TEMÁTICAS................................................................................................377
6.2 Dimensões do conhecimento da educação física para o ensino fundamental..........380
6.3 COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ..........381

7. EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS E FINAIS..... 382



8. ORGANIZADOR CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS E FINAIS ........................... 384

9. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 407
1. APRESENTAÇÃO
Apresentamos o REFERENCIAL
CURRICULAR DE ALAGOAS, construí-
do em Regime de colaboração entre
Estado e municípios, em consonância
com a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). O documento tem como pre-
missa, a garantia dos direitos de apren-
dizagem dos educandos, contribuindo
para a promoção de aprendizagens sig-
nificativas, visando à formação integral
de todos os estudantes alagoanos.
Este caderno é direcionado aos pro-
fessores de Educação Física e busca-se
com ele, auxiliar o trabalho pedagógico
do professor de forma dinâmica, objeti-
vando garantir o direito de aprendizagens
dos estudantes do componente curricu-
lar Educação Física, a fim de que estes
possam ingressar no Ano/Série subse-
quente, com as habilidades necessárias
e específicas que lhes são inerentes em
cada etapa e modalidade de ensino.
O Referencial Curricular de Educa-
ção Física encontra-se disposto neste
caderno, com a seguinte estrutura orga-
nizacional: Na primeira parte detalha-se
uma breve introdução ao componente e
na sequência os marcos legais que sus-
368 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

tentam a Educação Física, como humanização e diversificação da


disciplina curricular obrigatória. Na sua prática pedagógica, objetivan-
segunda parte, apresenta-se a es- do ampliar a visão, anteriormente
trutura do Componente para o En- apenas biológica, para uma ação
sino fundamental e a estrutura do onde seja contemplada as dimen-
seu Currículo, e as expectativas de sões afetivas, cognitivas e socio-
aprendizagem, a organização cur- culturais dos estudantes (BRA-
ricular do componente de Educa- SIL,1997).
ção Física, a organização das Uni- Diante, da ainda presente “es-
dades Temáticas, as Dimensões do portivização” da Educação Física,
Conhecimento e as competências onde (SOARES, 1996) afirma que a
específicas do componente. mesma promove a valorização da
Finalizando o documento, apre- prática esportiva e deixa muitas
sentamos o Organizador Curricular expressões da cultura corporal de
com as habilidades diretamente re- movimento de lado, expressões
lacionadas às aprendizagens a se- estas, produzidas, ao longo da his-
rem desenvolvidas pelos educandos. tória do homem. Portanto, a Edu-
Portanto, o Referencial Curri- cação Física não se trata de qual-
cular de Educação Física, aqui pro- quer prática ou movimento que se
posto, tem a finalidade de auxiliar os apresente exclusivamente, na for-
professores na reflexão, no plane- ma de esporte, mas também como
jamento de suas aulas, na análise e ginástica, jogos, conhecimentos
seleção de materiais didáticos e re- sobre o corpo, movimentos rítmi-
cursos tecnológicos e, em especial cos e expressivos culturalmente
que possa contribuir para formação construídos em diversos momen-
de um cidadão crítico e reflexivo. tos da nossa história.
Sendo assim, a ressignificação
dessas práticas corporais reflexivas
2. INTRODUÇÃO e contextualizadas na escola, pro-
movem um importante desenvol-
A Educação Física é um com- vimento, nas diferentes etapas da
ponente curricular importante na vida dos estudantes, fazendo com
construção da cidadania e, em seu que os mesmos desfrutem de di-
processo histórico, passou por ferentes experiências e lições que
diversas fases. Atualmente, ela possam levar para o seu dia a dia.
tem buscado trazer uma propos- No Referencial Curricular de
ta, onde visa a democratização, a Alagoas do Ensino Fundamental, a
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 369

Educação Física se propõe a inserir Durante a Ditadura Militar (1964


e integrar o estudante na cultura a 1980), a Educação Física teve
corporal de movimento, buscando caráter predominantemente es-
formar cidadãos que irão produzi- portista / tecnicista, em que mo-
-las, reproduzi-las, e transformá- dalidades esportivas eram traba-
-las, através da prática consciente lhadas, de forma hegemônica em
dos jogos e brincadeiras, dos va- aulas escolares. A partir da década
riados tipos de esportes, das lutas de 1980, correntes pedagógicas
e através das ginásticas, em busca orientam-se pela teoria crítica, tra-
do exercício crítico da cidadania zendo novas formas de contribuir
e da melhoria da sua qualidade de com a cidadania e a justiça social,
vida, como também de sua comu- buscando o desenvolvimento de
nidade (BETTI, 1994). estudantes de forma integral. A
Educação Física trata pedagogica-
3. EDUCAÇÃO FÍSICA mente de saberes relativos a movi-
E SEUS MARCOS mentos corporais, produzidos com
LEGAIS intencionalidade, em diversos con-
textos sociais e históricos, consti-
A Educação Física, no Brasil, vem tuindo campo da Cultura Corporal
acompanhando as mudanças so- (BRASIL, 1997).
ciais e políticas, desde sua chegada. A Educação Física oportuni-
Inicialmente, foi dominada por visão za diversas possibilidades para
higienista que propunha atividade fí- construção de uma educação de
sica, voltada para forjar um indivíduo qualidade, para crianças, jovens e
“forte”, “saudável”, indispensável ao adultos na Educação Básica. A Lei
desenvolvimento da Nação. Esse en- de Diretrizes e Bases da Educação
tendimento associou a Educação Fí- Nacional - LDB, que, em seu artigo
sica à educação do físico, à instrução 26, afirma que “a Educação Física
do corpo para o desenvolvimento da integrada à proposta pedagógica
aptidão física. Em seguida, passamos da escola é componente curricular
a ter uma Educação Física militarista obrigatório da Educação Básica”.
que visava promover o adestramen- É importante ressaltar que a
to físico, na perspectiva da disciplina Educação Física está inserida na área
moral, com objetivo de preparação de Linguagens, juntamente com os
do sujeito no cumprimento de de- outros componentes curriculares:
veres cidadãos, em defesa da Nação Língua Portuguesa, Língua Inglesa e
(SOARES, 1994). Arte. Contudo, as especificidades de
370 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

cada um de seus componentes são tica, gráfica e corporal- como meio


respeitadas, conforme as Diretrizes para produzir, expressar e comunicar
Curriculares Nacionais - DCN para o suas ideias, interpretar e usufruir das
Ensino Fundamental de Nove Anos produções culturais, em contextos
(Resolução CNE/CEB nº 7/2010). públicos e privados, atendendo a di-
Os princípios, contidos na referida ferentes intenções e situações de co-
Resolução, contribuem para defi- municação.” (BRASIL, 1997)
nirmos nossas práticas, dentre, os Tivemos como documentos nor-
quais, os Estéticos “Valorização das teadores o Referencial Curricular
diferentes manifestações culturais, do Estado de Alagoas publicado em
especialmente da cultura brasileira; 2014 e a Base Nacional Comum Cur-
da construção de identidades plurais e ricular - BNCC, sendo o principal do-
solidárias”. Sendo assim, a educação cumento orientador na reelaboração
física tem que seguir as competên- do Referencial Curricular atual, nela a
cias previstas para a área de lingua- Educação Física “busca tematizar as
gens e, em seguida, as competên- práticas corporais em suas diversas
cias próprias de seu componente. formas de codificações e significação
Com a publicação das Diretrizes social, oportunizando as vivências
e Parâmetros Curriculares Nacio- e experiências das crianças, jovens
nais (BRASIL, PCN’S – EDUCAÇÃO e adultos para desenvolvimento e
FÍSICA, 2002), para as diferentes apropriação de aprendizagens, em
etapas da Educação Básica, a Edu- diversas formas de expressão, na
cação Física dispôs de um marco construção do protagonismo, au-
referencial para a organização pe- tonomia, disseminação de valores
dagógica das distintas etapas da éticos, possibilitando mudanças de
escolarização básica. comportamentos na construção de
No Referencial Curricular de Ala- sua cidadania frente aos desafios
goas para o ensino da Educação Físi- de seus contextos sociais, políticos,
ca, ainda destacamos alguns objeti- econômicos”. (BRASIL, 2017).
vos dos PCNs; tais como: “Conhecer
e cuidar do seu próprio corpo valori- 4. EDUCAÇÃO FÍSICA
zando e adotando hábitos saudáveis E OS PRINCÍPIOS
como um dos aspectos básicos da DE ENSINO E DE
qualidade de vida e agindo com res- APRENDIZAGEM
ponsabilidade em relação à sua saúde
e a saúde coletiva” e “Utilizar dife- As orientações didáticas são
rentes linguagens-verbal, matemá- determinadas pela relação entre
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 371

objetivo e conteúdo. Elas fornecem componente do plano de ensino


a forma, pela qual, se concretiza que dará vida aos objetivos e con-
esta relação em condições didáti- teúdos. Indica o que o professor e
cas específicas; ao mesmo tempo os estudantes farão, no decorrer
que influenciam na reformulação de uma aula ou conjunto de au-
ou modificação dos objetivos e las. Nesse material, optamos por
conteúdos. Referem-se aos meios separar, em dois tópicos, os as-
para alcançar objetivos gerais e pectos metodológicos. O primei-
específicos do ensino, ou seja, ao ro, intitulamos de princípios de
“como” do processo, envolvendo ensino. Consideramos que estes
as ações a serem realizadas pelo aspectos devem estar presentes
professor e pelos estudantes, para em todas as aulas e atividades
atingir os objetivos e conteúdos. do componente Educação Física,
São características dos métodos: ou seja, eles norteiam a prática
a) estarem orientados para os pedagógica. Já o segundo tópico
objetivos; b) implicar uma suces- diz respeito a aspectos mais pon-
são planejada e sistematizada de tuais que podem ocorrer em ape-
ações, tanto do professor, quanto nas alguns momentos das aulas
dos estudantes (LIBÂNEO, 1991). ou em algumas aulas; por exem-
A relação que se estabelece, plo, na organização de festivais e
entre objetivo, conteúdo e mé- competições.
todo, tem como característica a O autor destaca os princípios
mútua interdependência. O mé- de ensino a serem discutidos:
todo é determinado pela relação
objetivo-conteúdo, mas, pode —— Ponto de partida para conhecer os
também, influir na determina- estudantes: o que sabem, sentem
ção de objetivos e conteúdos. e vivenciam sobre as práticas cor-
De acordo com Libâneo (1991), porais;
no trabalho docente, o professor —— Inclusão: todos devem jogar para
seleciona e organiza vários mé- apreciar;
todos de ensino e vários procedi- —— Contextualização: dar significa-
mentos didáticos, em função das dos às tarefas, aos conhecimen-
características de cada conteú- tos e às explicações;
do, ou seja, os conteúdos podem —— Participação ativa dos estudan-
apresentar métodos distintos. O tes, roda, modificação das ativi-
mesmo autor conclui que o de- dades e das regras dos jogos;
senvolvimento metodológico é o —— Integração da Educação Física: ao
372 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

projeto pedagógico da escola; à


família e à comunidade; —— Direito da criança e do Adoles-
—— Diversificação das aulas, dos es- cente;
paços, materiais e das atividades; —— Educação para o Trânsito;
—— Coeducação: meninos e meninas —— Educação Ambiental;
compartilhando experiências; —— Educação Alimentar e Nutricional;
—— As regras, os acordos estabe- —— Processo de Envelhecimento,
lecidos no processo ensino- Respeito e Valorização do Idoso;
-aprendizagem, a indisciplina —— Educação em Direitos Humanos;
dos estudantes; —— Educação das Relações Étnico-
-Raciais e Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e
5. EDUCAÇÃO FÍSICA Indígena;
E OS TEMAS —— Saúde;
CONTEMPORÂNEOS —— Vida Familiar e Social;
—— Educação para o Consumo;
É importante propiciar ambientes —— Educação Financeira e Fiscal;
que fortaleça a interdisciplinaridade —— Trabalho, Ciência e Tecnologia;
e a contextualização, favorecendo a —— Diversidade Cultural.
transversalidade e integração de te-
mas que afetam a vida humana em
âmbito local, regional e global. 6. ESTRUTURA DA
A Educação Física, no contex- EDUCAÇÃO FÍSICA
to escolar juntamente com outros PARA O ENSINO
componentes curriculares, dispõe FUNDAMENTAL
de grande potencial, através dos
“três elementos fundamentais, co- 6.1 UNIDADES
muns para as práticas corporais: mo- TEMÁTICAS
vimento corporal, como elemento A Base Nacional Comum Curri-
essencial; organização interna (de cular – BNCC, apresenta a estrutu-
maior ou menor grau), pautada por ra para a Educação Física no Ensino
uma lógica específica; e produto fundamental. Nela, são definidas as
cultural vinculado com o lazer/ en- unidades temáticas, as dimensões
tretenimento e/ou o cuidado com o do conhecimento, objetos do co-
corpo e a saúde” (BRASIL, 2017) nhecimento e as habilidades.
Podemos citar alguns exemplos No Ensino fundamental cada
de temas contemporâneos: uma das práticas corporais estão
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 373

distribuídas em seis Unidades Te- mento, as brincadeiras e os jogos


máticas, que serão abordadas ao têm valor, em si, e precisam ser or-
longo de toda essa etapa, assim de- ganizados para ser estudados. São
nominadas: Brincadeiras e Jogos; igualmente relevantes os jogos e
Esportes; Ginásticas; Danças; Lu- as brincadeiras presentes na me-
tas; Práticas corporais de aventura. mória dos povos indígenas e das
comunidades tradicionais, que tra-
zem, consigo, formas de conviver,
BRINCADEIRAS E oportunizando o reconhecimento
JOGOS de seus valores e formas de viver,
em diferentes contextos ambien-
A unidade temática, Brincadei- tais e socioculturais brasileiros.
ras e jogos, explora aquelas ativi-
dades voluntárias exercidas dentro
de determinados limites de tem- ESPORTES
po e espaço, caracterizadas pela
criação e alteração de regras, pela Esta Unidade Temática, Es-
obediência de cada participante, ao porte, por sua vez, reúne, tanto as
que foi combinado coletivamente, manifestações mais formais des-
bem como pela apreciação do ato sa prática, quanto às derivadas. O
de brincar em si. Essas práticas não esporte, como uma das práticas
possuem um conjunto estável de mais conhecidas da contempora-
regras e, portanto, ainda que pos- neidade, por sua grande presen-
sam ser reconhecidos, jogos simi- ça nos meios de comunicação,
lares, em diferentes épocas e par- caracteriza-se por ser orientado
tes do mundo, esses são recriados, pela comparação de um deter-
constantemente, pelos diversos minado desempenho entre indi-
grupos culturais. Mesmo assim, é víduos ou grupos (adversários),
possível reconhecer que um con- regido por um conjunto de regras
junto grande dessas brincadeiras e formais, institucionalizadas por
jogos é difundido, por meio de redes organizações (associações, fede-
de sociabilidade informais, o que rações e confederações esporti-
permite denominá-los populares. vas), as quais definem as normas
É importante fazer uma distin- de disputa e promovem o desen-
ção entre jogo, como conteúdo volvimento das modalidades em
específico, e jogo, como ferramen- todos os níveis de competição.
ta auxiliar de ensino. Neste docu- No entanto, essas características
374 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

não possuem um único sentido exigências motrizes semelhan-


ou somente um significado en- tes, no desenvolvimento de suas
tre aqueles que o praticam, es- práticas. Assim, são apresenta-
pecialmente quando o esporte é das sete categorias de esportes
realizado no contexto do lazer, da (note-se que as modalidades,
educação e da saúde. Como toda citadas na descrição das catego-
prática social, o esporte é passí- rias, servem apenas para facilitar
vel de recriação por quem se en- a compreensão do que carac-
volve com ele. teriza cada uma das categorias.
As práticas derivadas dos es- Portanto, não são prescrições
portes mantêm, essencialmente, das modalidades a ser obrigato-
suas características formais de re- riamente tematizadas na escola):
gulação das ações, mas adaptam as
demais normas institucionais aos a) Esportes de Marca: conjunto de
interesses dos participantes, às ca- modalidades que se caracteri-
racterísticas do espaço, ao número zam por comparar os resulta-
de jogadores, ao material disponível dos registrados em segundos,
etc. Isso permite afirmar, por exem- metros ou quilos (patinação de
plo, que, em um jogo de dois contra velocidade, todas as provas do
dois, em uma trave, os participantes atletismo, remo, ciclismo, levan-
estão jogando handebol, mesmo tamento de peso etc.).
não sendo obedecidos as variadas
regras que integram o regulamento b) Esportes de Precisão: conjunto
oficial da modalidade. de modalidades que se carac-
Para a estruturação dessa terizam por arremessar/lançar
Unidade Temática, é utilizado um objeto, procurando acertar
um modelo de classificação ba- um alvo específico, estático
seado na lógica interna, tendo, ou em movimento, comparan-
como referência, os critérios de do-se o número de tentativas
cooperação, interação com o ad- empreendidas, a pontuação
versário, desempenho motor e estabelecida, em cada tentati-
objetivos táticos da ação. Esse va (maior ou menor do que a do
modelo possibilita a distribui- adversário) ou a proximidade
ção das modalidades esportivas do objeto arremessado ao alvo
em categorias, privilegiando as (mais perto ou mais longe do
ações motoras intrínsecas, reu- que o adversário conseguiu
nindo esportes que apresentam deixar), como nos seguintes
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 375

casos: bocha, curling, golfe, tiro versário, o mais longe possível,


com arco, tiro esportivo etc. para tentar percorrer o maior
número de vezes as bases ou a
c) Esportes Técnico-combina- maior distância possível, entre
tório: reúne modalidades, nas as bases, enquanto os defenso-
quais o resultado da ação mo- res não recuperam o controle
tora comparado é a qualidade da bola, e, assim, somar pontos
do movimento, segundo pa- (beisebol, críquete, softbol etc.).
drões técnico-combinatórios
(ginástica artística, ginástica f) Esportes de Invasão ou terri-
rítmica, nado sincronizado, torial: conjunto de modalidades
patinação artística, saltos orna- que se caracterizam por compa-
mentais etc.). rar a capacidade de uma equipe
introduzir ou levar uma bola (ou
d) Esportes de Rede/quadra di- outro objeto) a uma meta ou se-
vidida ou parede de rebote: tor da quadra/ campo defendida
reúne modalidades que se ca- pelos adversários (gol, cesta,
racterizam por arremessar, lan- touchdown etc.), protegendo,
çar ou rebater a bola em direção simultaneamente, o próprio
a setores da quadra adversária, alvo, meta ou setor do campo
nos quais o rival seja incapaz de (basquetebol, frisbee, futebol,
devolvê-la da mesma forma ou futsal, futebol americano, han-
que leve o adversário a cometer debol, hóquei sobre grama, polo
um erro dentro do período de aquático, rúgbi etc.)
tempo em que o objeto do jogo
está em movimento. Alguns g) Esportes de Combate: reúne
exemplos de esportes de rede modalidades caracterizadas
são: voleibol, vôlei de praia, tênis como disputas, nas quais o
de campo, tênis de mesa, bad- oponente deve ser subjugado,
minton e peteca. Já os esportes com técnicas, táticas e estraté-
de parede incluem pelota basca, gias de desequilíbrio, contusão,
raquetebol, squash etc. imobilização ou exclusão de um
determinado espaço, por meio
e) Esportes de Campo e taco: de combinações de ações de
categoria que reúne as modali- ataque e defesa (judô, boxe,
dades que se caracterizam por esgrima, Taekwondo etc.).
rebater a bola lançada pelo ad-
376 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

GINÁSTICA exercitação corporal orientada à


melhoria do rendimento, à aquisi-
A Unidade Temática, Ginástica, ção e à manutenção da condição fí-
é dividida em três segmentos que sica individual ou à modificação da
podem ser classificados da seguin- composição corporal. Geralmente,
te maneira: (a) Ginástica geral; (b) são organizadas em sessões pla-
Ginásticas de condicionamento físi- nejadas de movimentos repetidos,
co; e (c) Ginásticas de conscientiza- com frequência e intensidade de-
ção corporal. finidas. Podem ser orientadas de
acordo com uma população espe-
cífica, como a ginástica para ges-
tantes, ou atreladas a situações
a) Ginástica Geral ambientais determinadas, como a
A ginástica geral, também co- ginástica laboral.
nhecida como ginástica para todos,
reúne as práticas corporais que c) Ginástica de Conscientização
têm, como elemento organizador, a Corporal
exploração das possibilidades acro- As ginásticas de conscientiza-
báticas e expressivas do corpo, a in- ção corporal reúnem práticas que
teração social, o compartilhamento empregam movimentos suaves
do aprendizado e a não competiti- e lentos, tal como a recorrência a
vidade. Podem ser constituídas de posturas ou à conscientização de
exercícios no solo, no ar (saltos), em exercícios respiratórios, voltados
aparelhos (trapézio, corda, fita elás- para a obtenção de uma melhor
tica), de maneira individual ou cole- percepção sobre o próprio cor-
tiva, e combinam um conjunto bem po. Algumas dessas práticas, que
variado de piruetas, rolamentos, constituem esse grupo, têm ori-
paradas de mão, pontes, pirâmides gem em práticas corporais milena-
humanas etc. Integram também, a res da cultura oriental.
essa prática, os denominados jogos
de malabar ou malabarismo.
DANÇA
b) Ginástica de Condicionamento
Físico Por sua vez, a Unidade Temáti-
As ginásticas de condiciona- ca, Dança, explora o conjunto das
mento físico se caracterizam pela práticas corporais caracterizadas
por movimentos rítmicos, organi-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 377

zados em passos e evoluções es- PRÁTICAS CORPORAIS


pecíficas, muitas vezes também DE AVENTURA
integradas a coreografias. As dan-
ças podem ser realizadas de forma Na unidade temática, Práticas
individual, em duplas ou em gru- corporais de aventura, exploram-
pos, sendo essas duas últimas as -se expressões e formas de ex-
formas mais comuns. Diferentes perimentação corporal, centradas
de outras práticas corporais, rítmi- nas perícias e proezas provocadas
co-expressivas, elas se desenvol- pelas situações de imprevisibili-
vem em codificações particulares, dade que se apresentam quando
historicamente constituídas, que o praticante interage com um am-
permitem identificar movimentos biente desafiador. Algumas dessas
e ritmos musicais peculiares asso- práticas costumam receber outras
ciados a cada uma delas. denominações, como: esportes de
aventura, esportes alternativos e
esportes extremos. Assim como
LUTAS as demais práticas, elas são objeto
também de diferentes classifica-
A Unidade Temática, Lutas fo- ções, conforme o critério que se
caliza as disputas corporais, nas utilize. Neste documento, optou-
quais os participantes empre- -se por diferenciá-las com base no
gam técnicas, táticas e estraté- ambiente de que necessitam para
gias específicas para imobilizar, ser realizadas: na natureza e urba-
desequilibrar, atingir ou excluir o nas. As práticas de aventura na na-
oponente de um determinado es- tureza se caracterizam por explorar
paço, combinando ações de ata- as incertezas que o ambiente físico
que e defesa dirigidas ao corpo cria para o praticante na geração
do adversário. Dessa forma, além da vertigem e do risco controlado,
das lutas, presentes no contexto como em corrida orientada, corrida
comunitário e regional, podem de aventura, corridas de mountain
ser tratadas lutas brasileiras (ca- bike, rapel, tirolesa, arborismo etc.
poeira, huka-huka, luta marajoara Já as práticas de aventura urbanas
etc.), bem como lutas de diversos exploram a “paisagem de cimen-
países do mundo (judô, aikido, to” para produzir essas condições
jiu-jítsu, muay thai, boxe, chinese (vertigem e risco controlado) du-
boxing, esgrima, kendo etc.). rante a prática de parkour, skate,
378 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

patins, bike, corridas de orientação É importante lembrar que divi-


dentro da cidade, etc. do a quantidade de faixa litorânea,
Ainda, de acordo com a BNCC, lagoas e rios em nosso estado de
todas as práticas corporais, podem Alagoas, o estudante possa ter
ser objeto do trabalho pedagógico a oportunidade de experimentar
em qualquer etapa e modalidade práticas corporais no meio líqui-
de ensino. Ainda assim, alguns cri- do, dado seu inegável valor para a
térios de progressão do conheci- segurança pessoal e seu potencial
mento devem ser atendidos, tais de fruição durante o lazer. Essa
como os elementos específicos afirmação não se vincula apenas à
das diferentes práticas corporais, ideia de vivenciar e/ou aprender,
as características dos sujeitos e os por exemplo, os esportes aquá-
contextos de atuação, sinalizan- ticos (em especial, a natação em
do tendências de organização dos seus quatro estilos competitivos),
conhecimentos. No Estado de Ala- mas também à proposta de expe-
goas possuímos diversas realida- rimentar “atividades aquáticas”.
des de municípios e escolas, e essa São, portanto, práticas centradas
organização da progressão e esco- na ambientação dos estudantes ao
lha das atividades deverá seguir a meio líquido que permitem apren-
realidade local da escola. der, entre outros movimentos bá-
As unidades temáticas de Brin- sicos, o controle da respiração, a
cadeiras e jogos, Danças e Lutas flutuação em equilíbrio, a imersão e
estão organizadas em objetos de os deslocamentos na água.
conhecimento conforme a ocorrên- Ressalta-se que as práticas cor-
cia social dessas práticas corporais, porais na escola devem ser recons-
das esferas sociais mais familiares truídas com base em sua função so-
(localidade e região) às menos fami- cial e suas possibilidades materiais.
liares (esferas nacional e mundial). Isso significa dizer que as mesmas
Em Ginásticas, a organização dos podem ser transformadas no inte-
objetos de conhecimento se dá com rior da escola. Por exemplo, as prá-
base na diversidade dessas práti- ticas corporais de aventura devem
cas e nas suas características. Em ser adaptadas às condições da es-
Esportes, a abordagem recai sobre cola, ocorrendo de maneira simula-
a sua tipologia (modelo de classifi- da, tomando-se como referência o
cação), enquanto Práticas corporais cenário de cada contexto escolar.
de aventura se estrutura nas ver- No Referencial Curricular de
tentes urbana e na natureza. Alagoas a Educação Física é tra-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 379

balhada em blocos conforme a Outra questão a ser destacada,


BNCC, tendo o seu detalhamento para Educação Física, é a distribui-
por ano a ser realizado de acordo ção das habilidades em união de
com o nível da turma a ser traba- anos de ensino, em blocos 1º e 2º
lhada, contemplando o desen- anos, com as mesmas habilidades
volvimento das competências e e mesmos objetos do conheci-
habilidades propostas para esse mento, seguindo a mesma dinâmi-
componente curricular. Esse deta- ca, 3º ao 5º ano; tal como, para 6 º
lhamento será realizado de forma e 7º anos; 8º e 9º.
gradativa, valorizando as expe- O quadro abaixo exibe a distri-
riências anteriores e preparando buição dessas unidades no Ensino
para as vivências futuras. Fundamental.

1º e 2º anos 3º e 5º anos 6º e 7º anos 8º e 9 º anos


Brincadeira e Brincadeira e Brincadeira e
Jogos Jogos Jogos
Esportes Esportes Esportes Esportes
Ginásticas Ginásticas Ginásticas Ginásticas
Danças Danças Danças Danças
Lutas Lutas Lutas
Práticas Práticas
corporais de corporais de
aventura aventura na
natureza
6.2 DIMENSÕES DO CONHECIMENTO DA
EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL
A organização das unidades temáticas se baseia na compreensão de que
o caráter lúdico está presente em todas as práticas corporais, por essa razão,
a delimitação das habilidades privilegia oito dimensões de conhecimento.

1. Experimentação: refere-se à dimensão do conhecimento que se


origina pela vivência das práticas corporais, pelo envolvimento
corporal na realização das mesmas.
2. Uso e apropriação: refere-se ao conhecimento que possibilita, ao
estudante, ter condições de realizar, de forma autônoma, uma de-
terminada prática corporal.
3. Fruição: implica a apreciação estética das experiências sensíveis,
geradas pelas vivências corporais, bem como das diferentes práti-
cas corporais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos.
4. Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na
observação e na análise das próprias vivências corporais e daque-
las realizadas por outros.
5. Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos originados
em discussões e vivências no contexto da tematização das práti-
cas corporais, que possibilitam a aprendizagem de valores e nor-
mas, voltadas ao exercício da cidadania, em prol de uma sociedade
democrática.
6. Análise: está associada aos conceitos necessários para entender
as características e o funcionamento das práticas corporais (saber
sobre).
7. Compreensão: está também associada ao conhecimento concei-
tual, mas, diferentemente da dimensão anterior, refere-se ao es-
clarecimento do processo de inserção das práticas corporais no
contexto sociocultural, reunindo saberes que possibilitam com-
preender o lugar das práticas corporais no mundo.
8. Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e conhe-
cimentos, necessários para os estudantes participarem, de forma
confiante e autoral, em decisões e ações orientadas a democrati-
zar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como re-
ferência, valores favoráveis à convivência social.
6.3 COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL
É a mobilização de conhecimentos, habilidades atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, da expressividade
corporal, do exercício pleno da cidadania e do mundo do trabalho, com-
preende dez competências específicas para o ensino da Educação Física
que citamos a seguir:

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus


vínculos com a organização da vida coletiva e individual.
2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumen-
tar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além
de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse
campo.
3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das prá-
ticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no con-
texto das atividades laborais.
4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde,
beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos
disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e precon-
ceituosas.
5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender
seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios, em re-
lação às práticas corporais e aos seus participantes.
6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atri-
buídos às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos
que delas participam.
7. Reconhecer as práticas corporais, como elementos constitutivos
da identidade cultural dos povos e grupos.
8. Usufruir das práticas corporais, de forma autônoma, para poten-
cializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de
sociabilidade e a promoção da saúde.
9. Reconhecer o acesso às práticas corporais, como direito do cida-
dão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no
contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras,
jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de
aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
382 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

7. EDUCAÇÃO torno do brincar, desenvolvidas na


FÍSICA NO ENSINO Educação Infantil. As crianças pos-
FUNDAMENTAL suem conhecimentos que precisam
ser, por um lado, reconhecidos e
Os Anos Iniciais do Ensino Fun- problematizados nas vivências es-
damental possuem modos próprios colares com vistas a proporcionar
de vida e múltiplas experiências a compreensão do mundo e, por
pessoais e sociais, o que torna ne- outro, ampliados de maneira a po-
cessário reconhecer a existência de tencializar a inserção e o trânsito
infâncias no plural e, consequente- dessas crianças nas várias esferas
mente, a singularidade de qualquer da vida social. (BRASIL,2017).
processo escolar e sua interde- Os quadros abaixo exibem a
pendência com as características distribuição dos quatro blocos com
da comunidade local. É importante as Unidades Temáticas e seus res-
reconhecer, também, a necessária pectivos objetos do conhecimento
continuidade às experiências em no ensino fundamental.

UNIDADE OBJETOS DE CONHECIMENTO


TEMÁTICA
1º e 2º ano (1ºBloco) 3º ao 5º ano (2º Bloco)

Brinca- Brincadeiras e jogos da cultu- Brincadeiras e jogos populares do


deiras e ra popular, presentes no con- Brasil e do mundo
Jogos texto comunitário e regional Brincadeiras e jogos de matriz indí-
gena e africana

Esportes Esportes de campo e taco


Esportes de marca
Esportes de rede/parede
Esportes de precisão
Esportes de invasão

Ginásticas Ginástica geral Ginástica geral

Danças Dançasdocontextocomunitá- Danças do Brasil e do mundo


rio e regional Danças de matriz indígena e africana

Lutas Lutas do contexto comunitário e re-


gional
Lutas de matriz indígena e africana
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 383

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
6º e 7º anos (3º Bloco) 8º e 9º anos (4º Bloco)

Brincadeiras e Jogos Jogos eletrônicos

Esportes Esportes de marca Esportes de rede/parede


Esportes de precisão Esportes de campo e taco
Esportes de invasão Esportes de invasão Esportes
Esportes técnico- -com- de combate
binatórios

Ginásticas Ginástica de condicio- Ginástica de condicionamen-


namento físico to físico Ginástica de cons-
cientização corporal

Danças Danças urbanas Danças de salão

Lutas Lutas do Brasil Lutas do mundo

Práticas Corporais de Práticas corporais de Práticas Corporais de aventu-


Aventura aventura urbanas ra na natureza

8. ORGANIZADOR
CURRICULAR DE os referenciais definidos nos es-
EDUCAÇÃO FÍSICA paços, regiões, locais e territórios
de Alagoas. O DesDP apresenta
O Organizador Curricular de exemplos e possibilidades, como
Educação Física apresenta as Uni- sugestão para ampliar ações pe-
dades Temáticas, os objetos de dagógicas, sobretudo para o ensi-
conhecimento e as habilidades, no e desenvolvimento da aprendi-
definidas para cada bloco, pré-de- zagem significativa. As etapas de
finido pela Base Nacional Comum Ensino são pautadas no território
Curricular. No Referencial Curri- alagoano, considerando os saberes
cular de Alagoas, destacamos os essenciais da BNCC e os diversifi-
Desdobramentos Didático-Peda- cados que precisam fazer parte do
gógicos - DesDP que tem, como trabalho curricular, desenvolvido
objetivo, contextualizar e abordar em cada escola.
384 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
1º BLOCO: 1º e 2º ano

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos DesDP

(EF12EF01) Experi- Na construção do currículo/plano de aula, pode-se partir


Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional

mentar, fruir e recriar das características locais, estipulando experiências de brin-


diferentes brincadeiras e cadeiras e jogos da cultura popular Alagoana e que fazem
jogos da cultura popular parte do contexto comunitário e regional, propondo ex-
presentes no contexto periências positivas aos estudantes. Uma possibilidade de
comunitário e regional, organização da habilidade por anos seguindo um critério
reconhecendo e res- de complexidade pode ser por meio das habilidades mo-
peitando as diferenças toras — das mais simples, como correr, saltar, rolar, chutar,
individuais de desempe- arremessar, para as mais complexas, como correr e quicar a
nho dos colegas. bola, arremessar ou chutar uma bola a um alvo específico.
Há, aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar com as
habilidades (EF01HI05), de História; e (EF01GE02), de Geo-
grafia, voltadas à identificação de semelhanças e diferen-
ças de jogos e brincadeiras de diferentes tempos e lugares.

(EF12EF02) Explicar, As experiências dos estudantes sobre as brincadeiras e jogos


por meio de múltiplas que praticam e observam outros praticando no seu dia a dia
linguagens (corporal, podem servir de ponto de partida para o desenvolvimento
visual, oral e escrita), as da habilidade. A partir desses relatos, pode-se pesquisar as
brincadeiras e os jogos origens dessas práticas, como esses jogos chegaram até eles
populares do contexto e a sua importância para a preservação da cultura, como brin-
comunitário e regional, cadeiras que imitam ações dos adultos, por exemplo, brincar
reconhecendo e valo- de cozinhar ou brincar de dirigir carrinhos. Além disso, pode-
rizando a importância -se identificar quais agentes da comunidade (em associações,
desses jogos e brincadei- idosos, pessoas do convívio do estudante, universidades)
ras para suas culturas de são fontes para o resgate dos jogos e brincadeiras locais e
origem. regionais.

(EF12EF03) Planejar e É possível contextualizar e aprofundar esta habilidade pro-


utilizar estrategias para pondo a análise das características das brincadeiras e jogos
resolver desafíos de praticados em Alagoas no contexto comunitário e regional,
brincadeiras e jogos como número de participantes, materiais, regras, espaços,
populares do contexto exigências físicas ou habilidades motoras necessárias para
comunitário e regional, a sua prática. Um exemplo é a modificação ou adaptação de
com base no reconheci- regras às características dos estudantes, tornando-as mais
mento das características flexíveis, ou às características do espaço, como em um jogo
dessas práticas. de futebol realizado em locais pequenos, onde se elimina as
laterais do campo. Em muitos casos, os estudantes já reali-
zam essas adaptações nos locais onde moram. Pode-se so-
licitar que compartilhem essas experiências com os colegas
para auxiliar na solução dos desafios identificados por eles.
(EF12EF04) Colaborar É interessante desenvolver aprendizagens sobre a relação
Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes


no contexto comunitário e regional
na proposição e na entre o ser humano e o ambiente físico. A todo momento,
produção de alternativas realizamos movimentos em diferentes ambientes físicos, aos
para a prática, em outros quais podemos nos adaptar e transformar de acordo com
momentos e espaços, nossa necessidade. À medida que os estudantes propõem
de brincadeiras e jo- alternativas para práticas em outros ambientes, devem pen-
gos e demais práticas sar em adaptações e transformações possíveis, respeitando a
corporais tematizadas si e ao ambiente no qual se encontram. Outra possível intera-
na escola, produzindo ção com outras disciplinas refere-se às produções de textos
textos (orais, escritos, (orais, escritos e audiovisuais), que relacionam a habilidade à
audiovisuais) para di- Língua Portuguesa, nos eixos produção de textos e oralidade,
vulgá-las na escola e na e ao uso de tecnologias.
comunidade.

(EF12EF05) Experimen- Os estudantes devem conhecer os movimentos necessários


Esportes

Esportes de marca Esportes de precisão

tar e fruir, prezando pelo para execução dos elementos comuns aos esportes de marca
trabalho coletivo e pelo e precisão, como as habilidades motoras de correr, saltar,
protagonismo, a prática lançar e arremessar, e as capacidades físicas requisitadas
de esportes de marca e durante as práticas, como a força muscular, a potência mus-
deprecisão,identificando cular e a velocidade. A prática de uma modalidade, que pode
os elementos comuns a ser, ao mesmo tempo, individual e coletiva, pode levar a re-
esses esportes. flexões acerca do trabalho coletivo e do protagonismo, como,
por exemplo, ao propor corridas individuais (corrida em linha
reta, corrida com obstáculos, corrida carregando objetos) e,
a seguir, o mesmo tipo de corrida em revezamento e, ao final,
discutir sobre as diferenças entre os dois tipos e sobre o que
sentiram os estudantes ao participar de ambas.

(EF12EF06) Discutir a A discussão sobre as normas e regras dos esportes pode


importância da obser- ser ampliada para uma reflexão sobre as condutas dos es-
vação das normas e das tudantes em todos os momentos, tanto na escola como nos
regras dos esportes de ambientes que frequentam no seu dia a dia. O aumento de
marca e de precisão para complexidade durante os anos pode ser estabelecido inicial-
assegurar a integridade mente levando-se em conta as características e a importância
própria e as dos demais das regras no esporte e nas aulas de Educação Física para, no
participantes. segundo ano, propor a sugestão de que os estudantes adap-
tem as regras das modalidades esportivas às características
do grupo.
Ginásticas
(EF12EF07) Experimen- É importante considerar que existem elementos básicos

Ginástica geral
tar, fruir e identificar dife- da ginástica que fazem parte do universo dos estudantes.
rentes elementos básicos Correr, saltar, manipular objetos, rolar, equilibrar-se são
da ginástica (equilíbrios, habilidades motoras presentes tanto nas ginásticas como
saltos, giros, rotações, em outras práticas das quais participam, como nos jogos e
acrobacias, com e sem brincadeiras. Na ginástica, esses movimentos são realizados
materiais) e da ginástica com uma técnica mais elaborada, que pode causar insegu-
geral, de forma individual rança e desconforto em estudantes menos habilidosos ou
e em pequenos grupos, que não estejam acostumados aos movimentos. Portanto, a
adotandoprocedimentos aquisição da técnica deve ser desenvolvida gradativamente,
de segurança. levando em conta as características individuais. Esses movi-
mento devem ser executados individualmente e em grupos,
identificando as suas possibilidades e limitações.

(EF12EF08) Planejar e Nas atividades, pode-se propor a análise dos movimentos


utilizar estratégias para realizados para se identificar os elementos das ginásticas.
a execução de diferentes Correr, saltar, manipular objetos, rolar, equilibrar-se são habi-
elementos básicos da lidades motoras presentes nas ginásticas e é importante que
ginástica e da ginástica os currículos/planos de aula proponham a sua experimenta-
geral. ção de modo que os estudantes se apropriem desses movi-
mentos de acordo com as suas características individuais.

(EF12EF09) Participar da Podemos realizar práticas nas quais os estudantes identifi-


ginástica geral, identifi- quem a ação das regiões corporais e as suas possibilidades
candoas potencialidades de movimentos, como movimentar-se utilizando as mãos,
e os limites do corpo, e os pés, os braços, o tronco, a cabeça e o pescoço durante
respeitandoasdiferenças a prática das ginásticas, de outras práticas corporais, assim
individuais e de desem- como outros movimentos que os estudantes realizam no seu
penho corporal. dia a dia. Por exemplo, a solicitação da capacidade física de
equilíbrio em um movimento estático sobre a trave, banco
ou linhas da quadra e o movimento de equilíbrio presente ao
manipular objetos em movimento, como uma corda ou bolas,
ou, ainda, durante um salto e queda após uma corrida. Essas
atividades devem ser realizadas respeitando as diferenças
individuais e de desempenho corporal.

(EF12EF10) Descrever, No currículo/plano de aula, é possível explorar linguagens


por meio de múltiplas que mais se aproximam do contexto dos estudantes para
linguagens (corporal, explicar sobre as ginásticas e ginástica geral, fazendo uso
oral, escrita e audiovi- de interações com o eixo “escrita” de Língua Portuguesa, na
sual), as características unidade temática Estratégias de produção do texto, onde se
dos elementos básicos discute a finalidade da escrita, para quem escrever, onde o
da ginástica e da ginásti- texto vai circular, qual o suporte do texto e a linguagem utili-
ca geral, identificando a zada. A realidade local da escola pode também estabelecer re-
presença desses elemen- lações entre as habilidades motoras e as capacidades físicas
tos em distintas práticas presentes nos elementos básicos da ginástica e da ginástica
corporais. geral, e as práticas corporais que fazem parte da cultura local,
como nas danças regionais (Coco de roda, Reisado, Pastoril
e o Guerreiro de Alagoas), jogos e brincadeiras, esportes ou
situações do dia a dia dos estudantes.
(EF12EF11) Experimen- Na construção do currículo/plano de aula, pode-se partir de
Danças

Danças do contexto comunitário e regional


tar e fruir diferentes dan- vivências de danças que fazem parte do contexto comunitário
ças do contexto comu- e regional como o Coco de roda, Reisado, Pastoril, o Guerrei-
nitário e regional (rodas ro de Alagoas e outras, propondo experiências positivas aos
cantadas, brincadeiras estudantes. Ao participar de uma dança que exige movimen-
rítmicas e expressivas), e tos com os quais não se está acostumado ou que proponha
recriá-las, respeitando as interação com os outros. É interessante que o currículo local
diferenças individuais e proponha uma aprendizagem sobre as danças do contexto
dedesempenhocorporal. comunitário e regional partindo de habilidades motoras mais
simples para as mais complexas, estimulando os estudantes
a interagir com os colegas, e que possibilite a eles relatar o
que sentiram durante as práticas. A mesma relação se es-
tabelece com as capacidades físicas. As diferenças de agili-
dade, coordenação, ritmo ou equilíbrio entre os estudantes
interferem no desempenho durante as práticas de danças. O
currículo/plano de aula local pode propor a identificação e o
estudo das capacidades físicas exigidas nas danças, assim
como a importância desses atributos para o dia a dia.

(EF12EF12) Identificar os Sugerimos que os estudantes identifiquem a presença das


elementos constitutivos capacidades físicas durante as práticas das danças. Além do
(ritmo, espaço, gestos) ritmo, que é um elemento constituinte das danças, outras
das danças do contexto capacidades, como a coordenação motora, o equilíbrio, a
comunitário e regional, agilidade a flexibilidade, entre outras, estão presentes nessa
valorizandoerespeitando prática. Outro ponto que pode ser explorado nessas ativida-
as manifestações de des é o de que os estudantes experimentem e identifiquem
diferentes culturas. quais são as habilidades motoras necessárias para a prática
das danças. Nessa fase, é recomendável situar o foco na
ampliação de aprendizagens de movimentos, e não na exe-
cução da técnica da dança em si. O relato dos estudantes
sobre as danças que praticam e observam outros praticando
no seu dia a dia podem servir de ponto de partida para que
eles pesquisem sobre as origens dessas práticas, como essas
danças chegaram até eles e a sua importância para a preser-
vação da cultura, como as danças típicas das festas regionais
ou danças folclóricas da sua região. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF01LP04),
da Língua Portuguesa; e (EF12AR14), da Arte, voltadas à
percepção e registro dos elementos constitutivos do som e
da música.
2º BLOCO: 3º ao 5º ano
Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos DesDP

(EF35EF01) Ex- Na elaboração do currículo, é adequado que se estabeleça relações


Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo


Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

perimentar e fruir com outros componentes, por meio de experiências de leituras que
brincadeiras e jogos deem suporte para aprendizagens sobre como o povoamento e a
populares do Brasil e formação das culturas das diversas regiões de Alagoas e do país que
do mundo, incluindo influenciaram as práticas dos jogos e brincadeiras de matriz indígena e
aqueles de matriz africana. É interessante que os estudantes sejam apresentados a con-
indígena e africana, ceitos sobre patrimônio cultural para que reconheçam e valorizem as
e recriá-los, valori- aprendizagens sobre os jogos e brincadeiras que não fazem parte do
zando a importância seu cotidiano. Possibilidade de organização da habilidade por anos:
desse patrimônio a) Jogos e brincadeiras com regras e exigências motoras mais simples
histórico cultural. para as mais complexas;
b) Aprofundamento na aprendizagem sobre a cultura na qual as brinca-
deiras e jogos se originaram;
c) Identificação de jogos e brincadeiras que se manifestam de modo
semelhante na maneira de jogar em diferentes locais, mas que pos-
suem nomes e movimentos adaptados à cultura local. Há, aqui, opor-
tunidade de trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF15AR24),
da Arte; e (EF04LP12) e (EF04LP13), da Língua Portuguesa.

(EF35EF02) Planejar É importante que os estudantes possam reconhecer que os aspectos


Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo
Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

e utilizar estratégias de segurança para realização das brincadeiras e dos jogos populares
para possibilitar a em Alagoas e no Brasil, incluem as aprendizagens sobre as habilidades
participação segura motoras, capacidades físicas e as estruturas corporais e a partir daí,
de todos os estudan- proponham estratégias para a prática segura de todos.
tes em brincadeiras
e jogos populares
do Brasil e de matriz
indígena e africana.
Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo É possível propor situações de aprendizagem que permitam o apro-
(EF35EF03) Des-
Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana fundamento na compreensão da identidade cultural dos povos e, em
crever, por meio de
particular, daqueles que constituíram o povo alagoano e brasileiro. É
múltiplas linguagens
interessante que os estudantes sejam apresentados a conceitos sobre
(corporal, oral, es-
patrimônio cultural para que possam valorizar aprendizagens sobre os
crita, audiovisual),
jogos e brincadeiras que não fazem parte do seu cotidiano e descrever
as brincadeiras e os
sobre a sua importância para a preservação das culturas. Conhecer
jogos populares do
os jogos e brincadeiras praticados pelos povos indígenas alagoanos.
Brasil e de matriz
(Aconã, Karapotó, Kariri-Xocó, Karuazu, Katokinn, Jeripancó, Kalankó,
indígena e africana,
Koiupanká Tingui-botó, Wassu-cocal, Xukuru-Kariri), ou seja, quais
explicando suas
práticas eram utilizadas pelos povos que habitavam originalmente
características e a
nosso estado e quais práticas foram trazidas pelos povos que migra-
importância desse
ram para essa região. Há, aqui, oportunidade de trabalho interdis-
patrimônio histórico
ciplinar com as habilidades (EF35LP20), (EF03LP22), (EF03LP25),
cultural na preser-
(EF03LP26), da Língua Portuguesa; e (EF15AR26), da Arte, voltadas
vação das diferentes
à descrição e comunicação de informações por múltiplas linguagens
culturas.
(escrita, audiovisual, oral, artística).
Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo

(EF35EF04) Recriar,
Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

Esta habilidade pode ser aprofundada partindo da relação entre o ser


individual e coletiva-
humano e o ambiente físico. A todo momento, realizamos movimen-
mente, e experimen-
tos em diferentes ambientes físicos. Nessa interação, podemos nos
tar, na escola e fora
adaptar, transformar ou controlar o ambiente de acordo com nossa
dela, brincadeiras e
necessidade. O currículo local pode propor ações que unam a escola
jogos populares do
a outras entidades do poder público para incorporar ações que possi-
Brasil e do mundo,
bilitem a observação e análise dos espaços públicos e o diálogo sobre
incluindo aqueles
possíveis intervenções para melhor aproveitamento desses espaços.
de matriz indígena
Uma possibilidade de organização da habilidade por anos segundo um
e africana, e demais
critério de complexidade pode inicialmente propor que os estudantes
práticas corporais
analisem e proponham intervenções em locais disponíveis próximos
tematizadas na es-
à escola, o que lhes dará informações e suporte sobre como agir, por
cola, adequando-as
exemplo, nas relações com o poder público, na análise dos espaços,
aos espaços públicos
na confecção de materiais ou adaptação daqueles disponíveis.
disponíveis.
(EF35EF05) Ex-
Esportes

Esportes de campo e taco Esportes de rede/parede Esportes de invasão perimentar e fruir Na elaboração do currículo, pode-se aprofundar esta habilidade a partir
diversos tipos de do estudo das características dos movimentos necessários para execu-
esportes de campo e ção dos elementos comuns aos esportes de campo e taco, rede/parede
taco, rede/parede e e invasão, como as habilidades motoras de rebater, correr, lançar,
invasão, identifican- passar, chutar, arremessar e saltar. Um ponto importante refere-se à
do seus elementos importância da ênfase na participação e não no resultado. Sugere-se
comuns e criando es- que haja, no decorrer do desenvolvimento das aulas, momentos de
tratégias individuais reflexão nos quais os estudantes possam valorizar aprendizagens rela-
e coletivas básicas cionadas à participação, como, por exemplo, a importância do trabalho
para sua execução, em equipe para se atingir um objetivo comum, e não ao fato de terem
prezando pelo tra- ganho ou perdido uma disputa.
balho coletivo e pelo
protagonismo.

É interessante que os estudantes percebam que os conceitos de jogo e


esporte são utilizados de maneira muito similar. Por exemplo, chama-
(EF35EF06) Dife-
mos uma partida oficial de vôlei na televisão de “jogo” de vôlei, apesar
renciar os conceitos
de ser um esporte. Pode-se apresentar aos estudantes as diversas
de jogo e esporte,
definições de esporte utilizadas no Brasil, investigando a sua origem e
identificando as
o seu significado. Uma possibilidade de organização da habilidade por
características que
anos segundo um critério de complexidade seria iniciar com apren-
os constituem na
dizagens sobre as aproximações do esporte com o jogo, que permite
contemporaneidade
a adaptação de regras e espaços e um caráter mais informal, até o
e suas manifestações
estudo do esporte formal, como uma manifestação cultural de grande
(profissional e comu-
impacto em nossa sociedade, que é orientada para a competição,
nitária/lazer).
exclusão dos menos hábeis, profissionalismo, treinamento exaustivo e
regras rígidas.
Ginásticas (EF35EF07) Ex- É adequado que os estudantes tomem contato com apresentações

Ginástica geral
perimentar e fruir, de ginástica geral, sejam presenciais ou assistindo-as na televisão ou
de forma coletiva, internet. A partir da observação, é importante que percebam que os
combinações de movimentos dos praticantes representam algo, ou seja, as coreografias
diferentes elementos contam uma história. Uma possibilidade de organização da habilidade
da ginástica geral por anos segundo critérios de complexidade pode propor:
(equilíbrios, saltos, a) Partir de coreografias com movimentos de ginástica simples, pro-
giros, rotações, acro- pondo que os estudantes elaborem as coreografias de acordo com a
bacias, com e sem sua habilidades e gosto pessoal, para a proposição de coreografias
materiais), propondo mais elaboradas, utilizando diferentes materiais e com movimentos de
coreografias com maior complexidade;
diferentes temas do b) Partir de temas preexistentes, como temas do folclore e da cultura
cotidiano. local, para a proposição de que os estudantes sugiram e criem temas
mais próximos da sua realidade. Há, aqui, oportunidade de traba-
lho interdisciplinar, com as habilidades (EF15AR08), (EF15AR10),
(EF15AR11), da Arte; (EF04MA16), (EF05MA15), da Matemática; e
(EF35EF09), da própria Educação Física, voltados à experimentação,
descrição e representação do movimento de pessoas e objetos no
espaço.

(EF35EF08) Planejar Nesta habilidade é adequado que os estudantes reconheçam que


e utilizar estratégias nosso corpo tem potencial para o movimento devido às estruturas
para resolver desa- corporais, que são os ossos, as articulações, os músculos, o coração,
fios na execução de os pulmões, o cérebro e o sistema nervoso. À medida que vivenciam
elementos básicos os movimentos de rotação, equilíbrio, saltos, acrobacias, entre outros,
de apresentações podem reconhecer as regiões corporais e as estruturas solicitadas. Por
coletivas de ginástica exemplo, durante uma sequência de saltos, são solicitados principal-
geral, reconhecendo mente os membros inferiores e as articulações do tornozelo, joelho e
as potencialidades quadril para amortecer o impacto na aterrissagem. Esse conhecimento
e os limites do possibilita aos estudantes terem autonomia para adotar medidas de
corpo e adotando segurança não só durante as aulas de Educação Física, mas sempre
procedimentos de que se envolverem em atividades físicas no seu dia a dia.
segurança.
Danças (EF35EF09) Experi- É interessante propor situações de aprendizagem que permitam o

Danças do Brasil e do mundo


Danças de matriz indígena e africana
mentar, recriar e fruir aprofundamentonacompreensãodaidentidadecultural,emparticular,
danças populares do daqueles que constituíram o povo alagoano e brasileiro. Essas aprendi-
Brasil e do mundo zagens são importantes para que os estudantes possam perceber por
e danças de matriz que existem diferentes tipos de dança e que são atribuídos diferentes
indígena e africana, significados a elas de acordo com a cultura local daqueles que a prati-
valorizando e respei- cam. Uma possibilidade de organização curricular pode propor que se
tando os diferentes estude as danças por região do Brasil, analisando se existem danças
sentidos e significa- que são praticadas em outros os estados que compõem a região, quais
dos dessas danças são as danças de matriz indígena e quais são de matriz africana, que
em suas culturas de sofreram influência do povoamento da região e quais são praticadas
origem. também em outras regiões do Brasil. Iniciando o estudo das danças
praticadas pelos povos indígenas presente em Alagoas.
Há, aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar, com as habilidades
(EF15AR08), (EF15AR10), (EF15AR11), da Arte; e (EF35EF07), da
própria Educação Física, voltados à experimentação, descrição e repre-
sentação do movimento de pessoas e objetos no espaço.

(EF35EF10) Com- Os estudantes devem identificar a presença das capacidades físicas du-
parar e identificar rante as práticas das danças. Além do ritmo, que é um elemento cons-
os elementos cons- tituinte das danças, outras capacidades, como a coordenação motora,
titutivos comuns e o equilíbrio, a agilidade, a flexibilidade, entre outras, estão presentes
diferentes (ritmo, nas práticas. Os estudantes devem comparar as danças populares
espaço, gestos) em do Brasil e do mundo e as danças de matriz indígena e africana com
danças populares do aquelas que conhecem em termos de exigências físicas, habilidades
Brasil e do mundo motoras necessárias para a sua execução e intencionalidade daqueles
e danças de matriz que dançam (lazer, apresentação, ritual, celebração). Além disso, o
indígena e africana. estudo do elemento constituinte espaço possibilita interações com o
componente curricular de Geografia.

(EF35EF11) Formular A elaboração do currículo, sugere-se que os Estudante identifiquem


e utilizar estratégias a presença das capacidades físicas durante as práticas das danças
para a execução de populares em Alagoas, no Brasil e no mundo, e das danças de matriz
elementos consti- indígena e africana. A experimentação das danças deve ser incentivada
tutivos das danças como fator de ampliação de repertório motor dos estudantes e como
populares do Brasil oportunidade de se conhecer diferentes manifestações culturais da
e do mundo, e das prática corporal. Esta habilidade é uma oportunidade de os estudan-
danças de matriz tes se aprofundarem sobre as aprendizagens das danças, realizando
indígena e africana. pesquisas junto a escolas de dança, centros culturais, entidades de
preservação de cultura ou universidades.

(EF35EF12) Iden- É interessante que os estudantes identifiquem que o preconceito parte


tificar situações de de uma opinião ou conceito formado antes de se ter os conhecimentos
injustiça e preconcei- adequados sobre o assunto. Pode-se, desse modo, propor aprofunda-
to geradas e/ou pre- mentos sobre algumas leis que possibilitam reflexões sobre os direitos
sentes no contexto dos brasileiros, como a Lei de Direitos Humanos, o Estatuto do Índio
das danças e demais ou o Estatuto da Igualdade Racial. Os estudantes devem reconhecer
práticas corporais e que as danças e demais práticas corporais são manifestações da cul-
discutir alternativas tura corporal de movimento a que todo cidadão tem direito de praticar.
para superá-las. Podem-se propor visitas a instituições locais que promovam as danças
e promover diálogos com seus participantes, investigando quais as
situações de preconceito e injustiça que identificam nessas práticas e
discutir alternativas para superá-las.
(EF35EF13) Ex-
Lutas

Lutas do contexto comunitário e regional


Lutas de matriz indígena e africana
perimentar, fruir e O relato dos estudantes sobre as lutas que conhecem, praticam e
recriar diferentes observam outros praticando no seu ambiente social pode servir de
lutas presentes no ponto de partida para o desenvolvimento desta habilidade. A partir
contextocomunitário desses relatos, pode-se experimentar e recriar as práticas, adaptando
e regional e lutas de as regras às características dos estudantes e os materiais e espaços
matriz indígena e disponíveis às exigências da modalidade.
africana.

Esta habilidade pode ser explorada propondo o estudo das lutas em


diferentes aspectos:
1. A compreensão histórica das lutas, que fazem parte da história
(EF35EF14) Planejar
humana, inicialmente como práticas de sobrevivência, modificando-se
e utilizar estratégias
através dos tempos até chegar às modalidades que conhecemos hoje.
básicas das lutas do
2. A característica imprevisível e previsível das lutas. As lutas de de-
contextocomunitário
monstração têm caráter previsível, com movimentos coreografados,
e regional e lutas de
como os katas. Nas lutas de enfrentamento, o caráter é imprevisível,
matriz indígena e
pois, entre outras coisas, não existe a definição de um tempo estabe-
africana experimen-
lecido e sim de um tempo máximo. Em uma luta de judô, por exemplo,
tadas, respeitando
um ippon define a luta independentemente do tempo.
o colega como opo-
3. As habilidades motoras necessárias para a prática das modalidades,
nente e as normas de
como socar, chutar, segurar, agarrar ou empurrar. Todas elas deman-
segurança.
dam uma técnica específica que varia de acordo com a modalidade
estudada.

Pode-se referir a um importante aspecto a ser desenvolvido, que é


a distinção entre as lutas e as brigas. O aprofundamento sobre as
características das lutas constitui ponto de partida para esse entendi-
mento. As lutas são modalidades esportivas compostas de regras e
(EF35EF15) Identifi-
técnicas de golpes sistematizados, com ações contra um oponente e
car as características
com respeito entre os praticantes. O currículo pode propor a experi-
das lutas do contexto
mentação e a fruição das lutas do contexto comunitário e regional e
comunitário e regio-
lutas de matriz indígena e africana, identificando essas características.
nal e lutas de matriz
A briga é o enfrentamento entre duas ou mais pessoas, sem regras ou
indígena e africana,
fundamentos pedagógicos, com a intenção de agredir e com o uso de
reconhecendo as
violência desmedida. É aconselhável iniciar as experimentações das
diferenças entre lutas
lutas com atividades mais simples, explorando o contato com o outro,
e brigas e entre lutas
como movimentos de deslocar o colega de um determinado espaço
e as demais práticas
e desequilíbrios, além de vivenciar os golpes das lutas em materiais
corporais.
como bexigas, colchonetes ou bolas. Uma possibilidade de organiza-
ção da habilidade por anos poderia propor aprendizagens sobre lutas
que os estudantes conhecem e fazem parte do seu contexto social para
lutas menos familiares.
3º BLOCO: 6º e 7º ano

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos DesDP

(EF67EF01) Experimen- Aplicar e analisar os jogos de cunho educativo, priori-


Brincadeiras e jogos

Jogos eletrônicos

tar e fruir, na escola e zando os que promovem o movimento, buscando o co-


fora dela, jogos eletrôni- nhecimento prévio dos estudantes, mapeando os jogos
cos diversos, valori- mais vivenciados por eles, realizando junto aos mes-
zando e respeitando os mos um olhar criativo e crítico. É importante organizar
sentidos e significados práticas significativas e reflexivas acerca dos jogos
atribuídos a eles por eletrônicos, de modo que os estudantes reconheçam
diferentes grupos sociais seus sentidos e potenciais riscos para um estilo de
e etários. vida ativo, crítico e tolerante. Nesse processo, pode-se
propor que os estudantes compartilhem sobre os
jogos eletrônicos que conhecem e praticam e quais as
sensações ao praticá-los. A interdisciplinaridade pode
ser oportunizada através das habilidades (EF69LP06),
(EF67LP11) e (EF67LP12), da Língua Portuguesa, no
que se refere à experimentação, observação, produção
e crítica dos jogos eletrônicos.

(EF67EF02) Identificar Conhecer, compreender, aplicar e analisar, os bene-


Jogos eletrônicos

as transformações nas fícios trazidos pelos jogos eletrônicos (relacionados


características dos jogos às atividades mental, cognitiva e emocional), como
eletrônicos em função também verificando as possibilidades e limites frente a
dos avanços das tecno- vivência corporal de cada praticante.
logias e nas respectivas Possibilitades de trabalho interdisciplinar (EF67LP06),
exigências corporais (EF67LP11), (EF67LP12), da Língua Portuguesa, no
colocadas por esses que se refere à experimentação, observação, produção
diferentes tipos de jogos. e crítica dos jogos eletrônicos.
(EF67EF03) Experimen- O professor junto aos estudantes analisar o conhe-
Esportes

Esportes de marca / Esportes de precisão / Esportes de invasão / Esportes técnico combinatórios


tar e fruir esportes de cimento motor adquirido e busquem alternativas de
marca, precisão, invasão práticas nos espaços disponíveis, se estendendo para
etécnico-combinatórios, ambientes comunitários; como também valorizar as
valorizando o trabalho contribuições existentes em Alagoas das etnias de
coletivo e o protago- matriz africana e indígena (Jogos Indígenas - Corrida
nismo. de Maracá, arco e flecha, voleibol com peteca, zaraba-
tana,etc)

(EF67EF04) Praticar Propor aos estudantes realizar pesquisas e analisar os


um ou mais esportes de conceitos dessas modalidades, conhecer e aplicar as
marca, precisão, invasão regras e normas, resgatando e valorizando as expe-
e técnico-combinatórios riências já vivenciadas e adaptadas no contexto escolar
oferecidos pela escola, e comunitário.
usando habilidades É importante que o professor possibilite aos estudan-
técnico-táticas básicas e tes identificarem as habilidades motoras, capacidades
respeitando regras. físicas e as táticas (partindo de aprendizagens com
modalidades que fazem parte do contexto social dos
estudantes para modalidades menos familiares).

(EF67EF05) Planejar e Promover e planejar momentos de discussão, onde


utilizar estratégias para os estudantes dialoguem sobre suas possibilidades e
solucionar os desafios limites.
técnicos e táticos, tanto Aplicar o desenvolvimento das capacidades físicas no
nos esportes de marca, âmbito das atividades pré-esportivas e dos esportes.
precisão, invasão e
técnico-combinatórios
como nas modalidades
esportivas escolhidas
para praticar de forma
específica.

(EF67EF06) Analisar Aplicar o esporte como estratégia de desenvolvimento


as transformações na humano ou seja, utilizar o esporte para atividades no
organização e na prática contexto de lazer, educação e saúde, fortalecendo
dos esportes em suas a identidade cultural e regional, possibilitando o agir
diferentesmanifestações solidário para fomentar a cultura da paz.
(profissional e comunitá-
rio/lazer).

(EF67EF07) Propor e Analisar quais esportes existentes no contexto


produzir alternativas escolar e comunitário, produzindo aprendizagens
paraexperimentaçãodos significativas através de pesquisas, mapeamento
esportes não disponíveis e registros dos espaços públicos disponíveis no
e/ou acessíveis na co- entorno da escola, com propostas de intervenção
munidade e das demais através de projetos interdisciplinares, envolvendo os
práticas corporais tema- agentes públicos, líderes comunitários no intuito de
tizadas na escola. tornar acessíveis à comunidade.
Ginásticas (EF67EF08) Experimen- Tais capacidades recomenda-se serem trabalhadas de

Ginástica de condicionamento físico


tar e fruir exercícios acordo com o contexto social dos seus estudantes,
físicos que solicitem como também levá-los a identificar as alterações
diferentes capacidades provocadas no corpo (excitação, cansaço, batimentos
físicas, identificando cardíacos); possibilitar um estudo sobre os efeitos no
seus tipos (força, veloci- organismo de uma alimentação adequada frente aos
dade, resistência, flexi- exercícios físicos.
bilidade) e as sensações Oportunidade para o trabalho interdisciplinar com a
corporais provocadas habilidade (EF69AR11).
pela sua prática.

(EF67EF09) Construir,
Mapear, analisar as atividades físicas e de lazer viven-
coletivamente, proce-
ciadas no âmbito escolar e comunitário para ressig-
dimentos e normas de
nificação das aprendizagens. É importante levar os
convívio que viabilizem
estudantes a compreenderem a relação entre exercício
a participação de todos
físico e saúde, identificando as principais capacidades
na prática de exercícios
físicas e estruturas corporais envolvidas nesse pro-
físicos, com o objetivo
cesso.
de promover a saúde.

No contexto de cada território alagoano (praias) são


identificadas variedades de exercícios físicos ( tipo
de atividade física que consiste em movimentos
(EF67EF10) Diferenciar corporais programados), outros realizam atividades
exercício físico de ati- físicas (constitui qualquer movimento realizado
vidade física e propor pelos músculos esqueléticos); convêm propor te-
alternativas para a práti- mas para os estudantes, como observar e registrar
ca de exercícios físicos as atividades que fazem parte do seu dia-a-dia, se
dentro e fora do ambien- são fisicamente ativos, e diferenciando quais são
te escolar. as atividades físicas de quais são exercícios físicos ,
observar se há atividades adaptadas para inclusão e
respeito as identidades de maneira que produzam
significados para aqueles que os praticam.
Danças Promover aprendizagens sobre o percurso histórico

Danças urbanas
das danças urbanas, para aquelas que são praticadas
(EF67EF11) Experimen-
partindo das suas modalidades originais para aquelas
tar, fruir e recriar danças
que são praticadas nos dias de hoje, ou seja partir do
urbanas, identificando
conhecimento prévio dos estudantes, utilizando de
seus elementos consti-
forma consciente todas as vivências (noções de tem-
tutivos (ritmo, espaço,
po/espaço/lateralidade/esquemacorporal,emsituação
gestos).
de respeito mútuo).

A experimentação das danças deve ser incentivada


como fator de ampliação de repertório motor dos estu-
(EF67EF12) Planejar e dantes e como oportunidade de se conhecer diferentes
utilizar estratégias para manifestações culturais.
aprender elementos Interessante realizar visitas a locais onde as pessoas
constitutivos das danças praticam essas modalidades de dança, realizar ofici-
urbanas. nas, assistir vídeos. Além disso, o estudo do elemento
constituinte espaço possibilita interações com o com-
ponente curricular de Geografia.

(EF67EF13) Diferenciar
as danças urbanas das Realizar uma retomada das modalidades de dança
demais manifestações aprendidas ao longo dos anos e seus significados nos
da dança, valorizando e dias atuais.
respeitando os sentidos Oportunidade de trabalho interdisciplinar com a habili-
e significados atribuídos dade (EF69ART13), da Arte, no que se refere à investi-
a eles por diferentes gação de tipos de dança.
grupos sociais.
Lutas (EF67EF14) Experimen-

Lutas do Brasil
tar, fruir e recriar dife- Analisar e aplicar os aspectos histórico-sociais das
rentes lutas do Brasil, diferentes lutas em Alagoas e no Brasil, como também
valorizando a própria promover aprendizagens sobre as lutas que os estu-
segurança e integridade dantes praticam para lutas que observam no ambiente
física, bem como as dos social no qual estão inseridos.
demais.

Analisar e aplicar lutas presentes em Alagoas e no


(EF67EF15) Planejar e Brasil, vivenciando os fundamentos das lutas, cons-
utilizar estratégias bási- truindo valores éticos, na perspectiva de atitudes que
cas das lutas do Brasil, venham favorecer a mudança de comportamentos e
respeitando o colega procedimentos de prática que considerem a inclusão
como oponente. de todos com segurança.

(EF67EF16) Identifi-
car as características
(códigos, rituais, ele- Conhecer, analisar e aplicar as classificações das lu-
mentos técnico-táticos, tas, promovendo as capacidades física de forma lúdica,
indumentária, materiais, respeitando a tradição local e regional.
instalações, instituições)
das lutas do Brasil.

(EF67EF17) Problemati-
Analisar e aplicar atividades referentes às lutas, respei-
zar preconceitos e es-
tando os aspectos histórico-sociais das lutas (indíge-
tereótipos relacionados
nas e africanas).
ao universo das lutas e
Propor aprofundamentos sobre o Estatuto do Índio ou
demais práticas corpo-
o Estatuto da Igualdade Racial ou a Declaração Univer-
rais, propondo alternati-
sal dos Direitos Humanos, promover questionamentos
vas para superá-los, com
e reflexões frente a preconceitos relacionadas às lutas
base na solidariedade, na
e demais práticas.
justiça, na equidade e no
respeito.
(EF67EF18) Experimen- Explorar aprendizagens sobre os princípios dos espor-
Práticas corporais de aventura

Práticas corporais de aventura urbanas


tar e fruir diferentes tes de aventuras. Possibilitar aos estudantes múltiplas
práticas corporais manifestações corporais voltadas para aspectos que
de aventura urbanas, compartilhe valores e segurança em sua execução.
valorizando a própria
segurança e integridade
física, bem como as dos
demais.

(EF67EF19) Identificar Propor, analisar os limites e possibilidades dos seus


os riscos durante a reali- estudantes frente os diversos tipos de movimentos
zação de práticas corpo- e capacidades físicas de cada um de forma segura e
rais de aventura urbanas responsável.
e planejar estratégias
para sua superação.

(EF67EF20) Executar Promover passeios, trilhas dentro da cidade, através


práticas corporais de de um mapeamento prévio dos estudantes dos espa-
aventura urbanas, res- ços local e regional.
peitando o patrimônio
público e utilizando
alternativas para a prá-
tica segura em diversos
espaços.

(EF67EF21) Identificar Convém apresentar os aspectos histórico-sociais das


a origem das práticas práticas corporais existentes no meio local e regional.
corporais de aventura verificar junto aos estudantes possibilidades de adap-
e as possibilidades de tações para seus praticantes. Organizar pesquisas e
recriá-las, reconhecendo exposições sobre os equipamentos de segurança e
as características (ins- materiais utilizados para as práticas de aventura.
trumentos, equipamen-
tos de segurança, indu-
mentária, organização) e
seus tipos de práticas.
4º BLOCO: 8º e 9º ano

Conhecimento
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
DesDP

Convém explorar situações de aprendizagem


(EF89EF01) Experimentar diferentes nas quais os estudantes exercitem o senso
Esportes de rede/parede / Esportes de campo e taco / Esportes de invasão / Esportes de combate

papéis (jogador, árbitro e técnico) de justiça, o diálogo e a alteridade.


e fruir os esportes de rede/parede, Interdisciplinaridade com a habilidade
campo e taco, invasão e combate, (EF69AR08), no que se refere a investigação
valorizando o trabalho coletivo e o e experimentação de diferentes papéis (como
protagonismo. técnico, jogador, juiz, goleiro) relacionados
aos sistemas da arte e do esporte.

(EF89EF02) Praticar um ou mais es- Avaliar e sintetizar atividades motoras que


portes de rede/parede, campo e taco, valorizem o repertório de experiências e
invasão e combate oferecidos pela saberes no contexto das aulas de educação
escola, usando habilidades técnico-táti- física ou em equipes representativas da
cas básicas. escola no âmbito local e regional.

(EF89EF03) Formular e utilizar es-


tratégias para solucionar os desafios Pode-se propor que os estudantes pesqui-
técnicos e táticos, tanto nos esportes sem sobre as modalidades e suas origens,
de campo e taco, rede/parede, invasão regras e materiais necessários para a sua
e combate como nas modalidades prática, ficando atento para a inclusão e
esportivas escolhidas para praticar de autonomia dos sujeitos que as praticam.
forma específica.

Resgatar, avaliar e sintetizar modalidades


(EF89EF04) Identificar os elementos
esportivas dos povos indígenas, respeitando
técnicos ou técnico-táticos individuais,
identidades dos territórios.
combinações táticas, sistemas de jogo
É importante que os estudantes identifi-
e regras das modalidades esportivas
quem as necessidades de movimentos para
praticadas, bem como diferenciar as
as práticas, como: habilidades motoras,
modalidades esportivas com base nos
capacidades físicas, táticas, regras. Criar
critérios da lógica interna das catego-
Esportes

momentos de discussão nos quais os estu-


rias de esporte: rede/parede, campo e
dantes dialoguem sobre suas possibilidades
taco, invasão e combate.
e limitações.
Produzir campanhas informativas, preventi-

Esportes de rede/parede / Esportes de campo e taco / Esportes de invasão /


vas em parcerias com o poder público e pri-
vado, como também projetos integradores
para serem desenvolvidos na escola, envol-
vendo sua comunidade a fim de possibilitar
(EF89EF05) Identificar as transforma-
atitudes que venham favorecer a mudança de
ções históricas do fenômeno esportivo
comportamentos , (aprofundamentos sobre
e discutir alguns de seus problemas
torcidas organizadas, letras das músicas
(doping, corrupção, violência etc.) e a
das torcidas, o alto investimento financeiro,
forma como as mídias os apresentam.
audiências públicas em vista das violências
praticadas em nome de um time de futebol) ,
cuidados com a saúde ( a utilização de subs-
tâncias dopantes)

Uma possibilidade de organização da ha-


bilidade é a relação entre os movimentos e
(EF89EF06) Verificar locais disponíveis o ambiente físico. Propor aos estudantes
Esportes de combate

na comunidade para a prática de es- uma contextualização por meio de um ma-


portes e das demais práticas corporais peamento dos espaços públicos disponíveis
tematizadas na escola, propondo e no entorno da escola, realizar um projeto
produzindo alternativas para utilizá-los integrador para uma intervenção de acesso
Esportes

no tempo livre. aos esportes e demais práticas corporais


vivenciadas na comunidade.
Convêm levar os estudantes a realizar

Ginástica de conscientização
pesquisas (aumento da massa muscular,
condicionamento físico (EF89EF07) Experimentar e fruir um ou
melhora da postura do condicionamento car-
mais programas de exercícios físicos,
diorrespiratório ) e possibilitar um ou mais
identificando as exigências corporais
programas de exercícios físicos, identifican-
desses diferentes programas e reco-
do as exigências corporais desses diferentes
nhecendo a importância de uma prática
Ginástica de

programas e reconhecendo a importância


individualizada,adequadaàscaracterís-
corporal

para saúde de uma prática individualizada e


ticas e necessidades de cada sujeito.
regular, adequada às características e neces-
sidades de cada sujeito
conscientização corporal
condicionamento físico

Sugerimos uma análise sobre as transfor-


(EF89EF08) Discutir as transformações
mações históricas (interdisciplinaridade com
históricas dos padrões de desempenho,
História) dos padrões de desempenho, saúde
saúde e beleza, considerando a forma
e beleza nos diferentes contextos sociais,
Ginástica de

Ginástica de

como são apresentados nos diferentes


histórico e cultural.
meios (científico, midiático etc.).

Convêm abordar temáticas atuais pre-


conscientização corporal
condicionamento físico

sentes no dia-a-dia dos estudantes, nos


(EF89EF09) Problematizar a prática
aspectos de saúde (sedentarismo, obesida-
excessiva de exercícios físicos e o uso
de, alimentação balanceada/ suplementos
de medicamentos para a ampliação
alimentares /aumento de massa muscular);
Ginástica de

Ginástica de

do rendimento ou potencialização das


realizar seminários no âmbito escolar com
transformações corporais.
profissionais da área de saúde (médicos/
nutricionistas)
conscientização corporal
condicionamento físico

Possibilitar aos estudantes rodas de con-


(EF89EF10) Experimentar e fruir um ou
versa sobre noções de corpo em movimen-
mais tipos de ginástica de conscienti-
to, tempo do corpo (infância, adolescência,
zação corporal, identificando as exigên-
Ginástica de

Ginástica de

maturidade e velhice), importância dos


cias corporais dos mesmos.
exercícios respiratórios (percepção corporal).
conscientização corporal

(EF89EF11) Identificar as diferenças e


condicionamento físico

semelhanças entre a ginástica de cons-


Interessante realizar pesquisas, seminários,
cientização corporal e as de condicio-
apresentações culturais, rodas de conversa
namento físico e discutir como a práti-
sobre as principais modalidades de ginás-
Ginástica de

Ginástica de

ca de cada uma dessas manifestações


ticas de conscientização corporal (origens,
Ginásticas

pode contribuir para a melhoria das


características).
condições de vida, saúde, bem-estar e
cuidado consigo mesmo.
Pode-seproporaosestudanteslevantamento
das danças que conhecem e praticam, pes-
Danças de salão (EF89EF12) Experimentar, fruir e recriar quisas sobre as origens e historicidade de
danças de salão, valorizando a diversi- forma contextualizadas (celebrações, apre-
dade cultural e respeitando a tradição sentações ou atos religiosos).
dessas culturas. Trabalho interdisciplinar com a habilidade
(EF69AR09), da Arte, referentes a experimen-
tação e fruição de diversos tipos de dança .

Sugere-se uma discussão junto aos estu-


Danças de salão

(EF89EF13) Planejar e utilizar estraté- dantes sobre as capacidades físicas presen-


gias para se apropriar dos elementos tes durante as práticas das danças de salão.
constitutivos (ritmo, espaço, gestos) Pode-se pesquisar sobre o percurso históri-
das danças de salão. co das danças até as que são praticadas nos
dias de hoje.

Pode-se sensibilizar, mobilizar e construir


danças junto aos estudantes abordando
temáticascontemporâneasparaparticiparem
dos Encontros Estudantis (organizado pela
SEDUC anualmente, abrangendo estudantes
de toda Alagoas) , festivais de danças pro-
(EF89EF14) Discutir estereótipos e pre- venientes do contexto escolar e comunitário
conceitos relativos às danças de salão que venha favorecer a mudança de compor-
e demais práticas corporais e propor tamentos e múltiplas aprendizagens.
alternativas para sua superação. Interdisciplinaridade (EF69AR15), da Arte
no que se refere a problematização de
Danças de salão

preconceitos estereótipos relacionados as


práticas corporais; e Língua Portuguesa com
as habilidades (EF69LP01), (EF69LP11),(E-
F69LP13), (EF69LP14), (EF69LP15),

Interessante que os estudantes pesquisem


(EF89EF15) Analisar as características e analisem sobre o percurso histórico da
Danças de salão

(ritmos, gestos, coreografias e músi- dança , características, transformações


cas) das danças de salão, bem como ocorridas em determinadas épocas e locais
suas transformações históricas e os (quais danças de salão típicas do país e de
Danças

grupos de origem. seu contexto social).


Pode-se explorar o estudo de lutas existentes

Lutas do mundo
(EF89EF16) Experimentar e fruir a
do mundo e do território alagoano existentes
execução dos movimentos pertencen-
nas comunidades indígenas. Identificando
tes às lutas do mundo, adotando pro-
habilidades motoras, capacidades físicas,
cedimentos de segurança e respeitando
regras e normas de segurança para prática
o oponente.
das lutas.

A referida habilidade necessita de aprofun-


damento de aspectos relacionados as lutas,
(EF89EF17) Planejar e utilizar estraté- tais como: habilidades motoras utilizadas
Lutas do mundo

gias básicas das lutas experimentadas, nas lutas (empurrar agarrar, arrastar, socar,
reconhecendo as suas características chutar); capacidades físicas (força muscular,
técnico-táticas. a resistência muscular, a potência muscular e
o equilíbrio), partir das lutas com caracterís-
ticas mais simples para as mais complexas

Propomos estudos sobre o processo de


evolução das lutas ( sobrevivência, defesa
(EF89EF18) Discutir as transformações pessoal, modalidades esportivas). Convêm
históricas, o processo de esportiviza- contextualizar as modalidades de lutas
Lutas do mundo

ção e a midiatização de uma ou mais indígenas ((Aconã, Karapotó, Kariri-Xocó,


lutas, valorizando e respeitando as Karuazu, Katokinn, Jeripancó, Kalankó, Koiu-
culturas de origem. panká Tingui-botó, Wassu-cocal, Xukuru-Ka-
Lutas

riri) presente em Alagoas.


Propomos o desenvolvimento de temas
como: habilidades motoras, capacidades
(EF89EF19) Experimentar e fruir dife-
físicas, estruturas corporais, o ambiente
rentes práticas corporais de aventura
físico, motivar os estudantes para criar novas
na natureza, valorizando a própria
práticas valorizando o patrimônio ambiental
segurança e integridade física, bem
(oportunizar realização de trilhas nos par-
como as dos demais, respeitando o
ques municipais, corridas de orientação nas
patrimônio natural e minimizando os
diversas praias alagoanas) Adotar essas
impactos de degradação ambiental.
práticas como uma opção a mais de lazer em
suas comunidades.

Integrar ações com demais componentes


curriculares do contexto escolar para
apropriação dos sujeitos na realização das
(EF89EF20) Identificar riscos, formu- práticas corporais de aventura, mapean-
lar estratégias e observar normas de do possíveis locais (parques municipais,
segurança para superar os desafios trilhas/praias) para as devidas atividades.
na realização de práticas corporais de Recomenda-se iniciar com investigação
aventura na natureza. do risco e a proposição de estratégias de
segurança e modalidade de pouca solici-
Práticas corporais de aventura na natureza

tação técnica como trekking (técnica de


caminhar e correr em terrenos irregulares).
Práticas corporais de aventura

Podem-se propor pesquisas sobre as


transformações históricas de esportes de
(EF89EF21) identificar as caracterís-
aventura (no ar, terra e por fim, água); que
ticas (equipamentos de segurança,
façam visitas ou convidem praticantes ou
instrumentos, indumentária, organiza-
entidades que desenvolvem as modalidades,
ção) das práticas corporais de aventura
estabelecendodiscussõeseexperimentações
na natureza, bem como suas transfor-
alternativas de acordo com o acesso dos
mações históricas.
estudantes aos espaços naturais próximos
a escola.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 407

REFERÊNCIAS DARIDO, Suraya Cristina. Para


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LINGUAGENS
LÍNGUA INGLESA

JOÃO GABRIEL DA CONCEIÇÃO – ESCOLA ESTADUAL UMBERTO MENDES


LÍNGUA INGLESA
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 411

2. CONCEPÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO DO COMPONENTE......................... 412

3. CONCEPÇÕES ESPECÍFICAS DO COMPONENTE


ADOTADAS NO DOCUMENTO.......................................................................... 417

4. LÍNGUA INGLESA NOS ANOS INICIAIS............................................................. 423

5. ORGANIZADOR CURRICULAR DO COMPONENTE CURRICULAR...................... 424

6. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 460
1. INTRODUÇÃO
Num mundo globalizado e em cons-
tante transformação nos questionamos:
Que cidadão queremos formar? Outras
questões que nos parecem de funda-
mental relevância são: Quem é o nosso
estudante? Como ele chega ao 6º ano do
Ensino Fundamental? Como ele chega ao
Ensino Médio? Dentro destas perspecti-
vas nos indagamos, enquanto educado-
res, em uma sociedade plural, qual o pa-
pel da língua, em especial a língua inglesa,
nesse contexto educacional.
De acordo com as DCNs (Diretrizes
Curriculares Nacionais), os estudan-
tes do Ensino Fundamental regular são
crianças e adolescentes de faixas etá-
rias cujo desenvolvimento está marca-
do por interesses próprios, relacionado
aos seus aspectos físico, emocional, so-
cial e cognitivo, em constante interação.
Como sujeitos históricos que são, os
estudantes apresentam características
de desenvolvimento relacionadas com
seus modos próprios de vida e suas múl-
tiplas experiências culturais e sociais,
[...] ( DCN, p. 110).
Quando pensamos em língua estran-
geira, sempre nos lembramos do seu va-
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lor econômico e social na formação vezes, até impossível, daí a relevân-


de todo e qualquer profissional. Re- cia do caráter social que essa língua
lacionamos o conhecimento de uma possui no mundo contemporâneo.
língua estrangeira com a possibili-
dade de ascensão no trabalho, va- 2. CONCEPÇÕES
lorização salarial e oportunidade de HISTÓRICAS E
viagens para turismo ou a negócios. EVOLUÇÃO DO
Há, porém, outra especificida- COMPONENTE
de da língua estrangeira que sem-
pre se releva, mas que nos parece No Brasil, o ensino de uma lín-
muito mais importante. Trata-se gua estrangeira em especial da
da possibilidade de acesso e uso língua inglesa se pauta historica-
com qualidade e ética que a língua mente na trilogia: língua, cultura e
estrangeira propicia ao mundo em identidade, uma vez que esses as-
que vivemos, facilitado pelas inter- pectos são fundamentais na práxis
faces virtuais disponíveis por meio pedagógica dos professores da lín-
das Tecnologias Digitais da Co- gua inglesa. Esses conceitos estão
municação e Informação (TDCI) ao interligados nessa visão histórica
nosso alcance, necessário também do ensino/aprendizagem dessa lín-
para o mundo do trabalho, para es- gua no cenário da educação básica
tudar, para a vida cotidiana etc. brasileira.
Entre as línguas estrangeiras, A língua é o principal foco dos
a Língua Inglesa aparece como estudos das ciências linguísticas,
aquela mais utilizada na facilitação entretanto, esse termo dispõe
do acesso de falantes de várias de variados conceitos e é funda-
origens e de diferentes línguas e mental apresentá-los ainda que
nacionalidades às manifestações sucintamente, visto que, numa
culturais, políticas, sociais, histó- perspectiva histórica, ela assume
ricas de povos espalhados ao re- diferenciados papéis nas socieda-
dor do mundo, tornando-se, dessa des. No início do século XX, Ferdi-
maneira, uma espécie de moeda de nand de Saussure criou a Linguísti-
troca agregadora de pessoas dis- ca Estruturalista, cuja abordagem
tanciadas física e culturalmente. tem como aspecto mais relevante
Sem uma língua comum e sem e importante a definição da língua
os meios de comunicação virtuais, o como objeto de estudo. Saussure
contato entre nós e os outros e vice- faz uma distinção de linguagem na
-versa ficaria muito mais difícil e, às qual afirma que a linguística é cons-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 413

tituída por todas as manifestações está em constante evolução, re-


humanas e que tem duas divisões: criação e possibilidade de modifi-
Língua-considerada essencial-, e cação. Para ambos, a concepção de
Fala vista como secundária. Assim: língua é vista como fator social. No
“ O estudo da linguagem comporta, entanto, Bakhtin prioriza a questão
portanto, duas partes: uma, essencial, dos dados reais da linguística, ou
tem por objeto a língua, que é social seja, estuda a natureza social da
em sua essência e independente do linguagem, a fala do indivíduo e seu
indivíduo; esse estudo é unicamente caráter intencional. O teórico con-
psíquico; outra, secundária, tem por trapõe-se ao objetivismo abstrato
objeto a parte individual da linguagem, de Saussure em relação à língua,
vale dizer, a fala, inclusive a fonação e é mostra que as formas dela é um
psicofísica (SAUSSURE, 2000, p. 27).” produto de relações sociais pelos
interlocutores e não definidas ex-
O referido autor entende que a clusivamente por um sistema abs-
língua é um sistema homogêneo, trato de formas linguísticas – con-
imutável ao longo do tempo e cuja cepção defendida por Saussure no
existência funda-se na necessida- Estruturalismo.
de de comunicação entre outros Levando-se em consideração
fatores. A visão Saussuriana de a visão de Bakhtin (1997), no to-
língua não considera a variação lin- cante à concepção da língua como
guística, ou seja, a língua “é um fato um processo dialógico, social e de
social porque pertence a todos os interação verbal, é preciso atentar-
membros de uma comunidade, -se ao ensino de língua estrangei-
é exterior ao indivíduo, esse não ra, a partir dessa abordagem dia-
pode nem criá-la nem modificá-la” lógica bakhtiniana - entre outras,
(CARDOSO, 1999, p. 15). uma vez que, nela, o ensino da LE e
Contemporâneo de Saussure, em especial a Língua Inglesa, pos-
Mikhail Bakhtin mostra outra vi- sibilita uma aprendizagem pautada
são de língua, a qual é amplamente em situações reais e cotidianas em
estudada como suporte teórico no que o aprendiz a percebe como im-
ensino de línguas. Para este, a lín- portante e relevante para sua for-
gua vive e evolui historicamente mação cidadã. Entretanto, apesar
na comunicação verbal concreta. dessa visão já vir sendo difundida
É, ainda, um fenômeno essencial- por todo esse tempo, muitos pro-
mente mutável, social, que ocorre fessores ainda tendem, por razões
na interação entre os indivíduos e e fatores diversos a dar um trata-
414 - LÍNGUA INGLESA -

mento ao ensino da língua ingle- [...] é na interação em diferentes


sa pautado numa visão estrutural instituições sociais (a família, o
com ênfase nos aspectos grama- grupo de amigos, as comunidades
ticais em detrimento aos demais de bairro, as igrejas, a escola, o
aspectos linguísticos fora do con- trabalho, as associações, etc.) que
texto social, cultural e interacional, o sujeito apreende as formas de
opondo-se, por conseguinte, à vi- funcionamento da língua e os modos
são da língua defendida na BNCC, de manifestação da linguagem;
como uma língua de interação so- ao fazê-lo, vai construindo seus
cial, multicultural e franca. conhecimentos relativos aos usos da
Fruto de uma construção histó- língua e da linguagem em diferentes
rica, na educação básica brasileira, situações. Também nessas instâncias
há vários documentos que subsi- sociais o sujeito constrói um conjunto
diam o caminhar dos educadores de representações sobre o que são
em seus componentes curricula- os sistemas semióticos, o que são
res rumo a uma proposta de ensino as variações de uso da língua e da
pautada no dinamismo da socie- linguagem, bem como qual seu valor
dade atual que se depara comum social (BRASIL, 2006, p. 24).
mundo plural e multidimensional.
Dentre esses, vale destacar a fun- A visão proposta pelas OCEM,
damental importância das Orien- que, apesar de referir-se ao ensino
tações Curriculares para o Ensino médio, é de fundamental relevância
Médio (Brasil, 2006), cuja função aqui, visto que, norteará a concep-
básica é orientá-los na atuação em ção de língua para o ensino /apren-
sala de aula, além de contribuir para dizagem do estudante egresso do
o diálogo envolvendo a tríade - o ensino fundamental, reforça a visão
professor, sua prática docente e a Bakhtiniana de uma língua cons-
escola, sendo um instrumento de truída pela e na interação social e
apoio teórico ao professor a ser histórica de seus falantes/usuários.
utilizado em favor do aprendizado. É nesse viés de língua como inte-
Nesse material, encontra-se mani- ração entre sujeitos que se faz ne-
festada, também, uma posição em cessário destacar a importância da
relação à concepção de língua, ao Linguística Aplicada e sua contri-
afirmar que: buição nessa concepção enquanto
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 415

função social na aprendizagem de contexto, pois, quando analisadas


língua estrangeira. A referida ciên- e entendidas em seus momentos,
cia surgiu na segunda metade do “percebe-se que a evolução da
século XX como a aplicação da lin- língua e suas transformações his-
guística quando ela ampliava suas tóricas nas sociedades complexas,
abordagens históricas. No entanto, dinâmicas e em constante evolu-
ao longo do tempo, passou a dialo- ção requerem mudanças que, por
gar com a própria Linguística e ou- sua vez incidirão na representação
tras disciplinas, tornando-se área da linguagem e cabe ao professor
de natureza heterogênea, com- estar atento a essa nova represen-
prometida com questões político- tatividade” (TEIXEIRA; RIBEIRO,
-econômicas e também voltadas 2013, p. 119).
para o uso da linguagem na sala de Quando se pensa numa língua
aula. Em contraste com o modelo falada por um povo, essa língua en-
estruturalista da língua, a LA tem volve outros aspectos como cultu-
se apresentado numa perspectiva ra, etnia, raças para além de frontei-
de língua real, pautada na prática ras. É na língua(gem) que o homem
social, que muda com a evolução constrói sua existência dentro de
linguística como afirma Signorini certas condições socioeconômicas
(1998, p. 101): que desencadeiam sua produção
cultural, sua representatividade e
A LA tem buscado cada vez mais a suas necessidades humanas de se
referência de uma língua real, ou seja, agregar socialmente, de se mos-
uma língua falada por falantes reais trar como indivíduo.
em suas práticas reais e específicas, Quando se estuda uma língua
numa tentativa justamente de seguir estrangeira, aqui com ênfase a lín-
essas redes, de não arrancar o objeto gua inglesa, é de suma importância
da tessitura de suas raízes. discutir o(s) sujeito(s) aprendiz e
sua(s) identidade(s) como sujei-
Pela exposição das concepções to(s) cultural em suas múltiplas
de língua acima, fica claro que tais concepções, que (re)conhece o
visões são bem distintas entre si outro e convive real e ou virtual-
e que são relevantes e coerentes mente com outras culturas cons-
em seus momentos de estudo e tituídas na heterogeneidade e o
416 - LÍNGUA INGLESA -

contexto escolar, é um vasto e fér- Em Alagoas, quando há refe-


til campo para construção e am- rência ao ensino e aprendizagem
pliação dessas relações. Uma vez de língua inglesa nas escolas do en-
que é nesse espaço e, em especial sino fundamental e médio, muitas
na sala de aula, que o estudan- vezes há um olhar de desconfiança.
te amplia seu contato social e vai Dentre as várias justificativas, uma
construindo no decurso das etapas é de que é muito difícil e compli-
escolares: amizades, conhecimen- cado para o estudante conhecer
tos, aprendizagens e costumes; a língua inglesa suficientemente
e dessa vertente, a língua inglesa bem com a carga horária oferecida,
tem tido como um dos objetivos sendo necessários tempo e bas-
oportunizar ao aprendiz conhecer tante acúmulo de conhecimento
e apreender essa nova língua para para que se possa ao final, falar ou
fruição, informação, compreensão escrever com fluência nessa língua.
de outros modos de vida, desen- Outra justificativa é que as escolas
volvendo com criticidade sua visão não dispõem de estrutura suficien-
sobre as desigualdades sociais (de te e adequada à aprendizagem e
gênero, raça, classe, sexualidade, que os estudantes não se interes-
dentre outros). sam pela língua inglesa porque ela
Com a evolução da educação está muito distante da realidade
através dos tempos e da língua in- deles. Não obstante esses fatos,
glesa no cenário nacional, fica nítido ainda há o despreparo de alguns
o entendimento de que a língua in- profissionais, o que os tem levado
glesa deve levar em conta por par- a uma prática pedagógica centra-
te do professor e da escola, o seu da na língua em seu aspecto me-
sujeito/estudante em seu caráter ramente estruturalista e obsoleto,
individual, social, cultural no espaço que em nada atrai o estudante e
do ensino-aprendizagem e propi- que contraria as novas propostas
ciar a esse sujeito ser agente de seu da BNCC para esse componente.
próprio conhecimento, levando-o a Chega-se, assim, à conclusão
uma aprendizagem efetiva, intera- de que a escola pública não é lugar
tiva, reflexiva a respeito de si e o do para se aprender a língua inglesa.
outro, reconhecendo-se como um Chama-se a isso de mito do fra-
sujeito social inacabado e em cons- casso do ensino de inglês na es-
tante transformação e preparação cola pública. Ao tratarem desse
para inserir-se e sentir-se cidadão assunto, as Orientações Curricu-
num mundo globalizado. lares (OCNEM) para o Ensino Mé-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 417

dio (BRASIL, 2006) informam que que contraria, a ideia de que o es-
esse mito se constitui no motor tudante da escola pública estaria
da proliferação de cursos livres fadado ao “mito do fracasso”.
no país. Isso cria um fator de ex-
clusão violento porque aqueles 3. CONCEPÇÕES
que podem pagar e, portanto, es- ESPECÍFICAS DO
tudar inglês, poderão conseguir COMPONENTE
melhores empregos, acessar in- ADOTADAS NO
formações em locais distantes e DOCUMENTO
interagir com o outro. No Estado
de Alagoas, esse mito também é Propõe-se um currículo para o
recorrente. Em entrevistas com Estado de Alagoas, deve-se ter em
professores de inglês das escolas mente que o estudante, egresso
públicas estadual, por ocasião da do 5º ano do ensino fundamental
construção do referencial curricu- possui dois perfis: um que, teo-
lar da rede, a maioria reconhece a ricamente, não possui educação
importância da língua inglesa nos linguística em língua inglesa por-
currículos escolares, mas é unâ- que a rede pública não oferta obri-
nime em dizer que o estudante gatoriamente esse componente
alagoano da escola pública vem de curricular nos primeiros anos de
um contexto muito pobre e, por escolarização e outro de um es-
isso, não tem condições de apren- tudante que poderá vir de um sis-
der inglês ou outra língua ofertada tema de ensino, a exemplo da rede
como o espanhol, por exemplo. particular em que o componente já
Paradoxalmente, os estudantes, é ofertado desde os Anos Iniciais
por sua vez, utilizam o computa- ou até mesmo na pré-escola. Esse
dor, telefone celular com acesso à estudante será, então, o público
internet; assistem televisão; vão nessa nova etapa da escolaridade,
às festas; participam de encontros sendo imprescindível que sejam
sociais e religiosos; interagem considerados suas expectativas
com seus amigos, conhecidos e limitações nesse contato com
face a face e por meio virtual, etc. esse componente curricular. Se
Esses contextos em que os estu- antes esse estudante dispunha
dantes estão inseridos são muito de um(a) educador(a) para todos
ricos culturalmente e oferecem os seu componentes curriculares
oportunidades de interação con- durante seu horário escolar, agora,
tínua em língua inglesa também, o a realidade é bem distinta. Nessa
418 - LÍNGUA INGLESA -

fase de transição, em que há mu- a língua inglesa aos meios


dança de um professor único para tecnológicos de comunicação
um professor por componente virtual, podemos acessar jornais,
curricular com características e ver entrevistas, assistir a filmes,
didáticas próprias, é comum haver passear em museus, fazer compras
frustrações e dúvidas aliadas às an- sem precisarmos sair de casa. Além
siedades próprias da idade. Assim disso, podemos conhecer pessoas,
como os demais componentes da estabelecer conversas e construir
educação básica, um currículo para amizades com pessoas de povos
a língua inglesa também deve estar distantes RECEB-AL, 2015, p. 98).
pautado à luz da BNCC, que tem
como, entre outros objetivos, a ga- Nesse referencial, considera-se
rantia de que todos os estudantes ainda a importância de ter desde os
recebam uma formação humana Anos Iniciais ( do 1° ao 5º ) o ensino
integral que contribua para a cons- de língua inglesa, isso porque en-
trução de uma sociedade justa, de- tendemos ser primordial garantir o
mocrática e inclusiva e que, ainda acesso de nossas crianças a esse
de acordo com a visão do citado re- componente e também para asse-
ferencial, “aprender a língua inglesa gurar uma equidade de repertório
propicia a criação de novas formas linguístico dos estudantes a fim de
de engajamento e participação dos que possam dar continuidade aos
estudantes em um mundo social estudos de língua inglesa nos anos
cada vez mais globalizado e plural, seguintes, a exemplo do que é visto
em que as fronteiras entre países nas demais redes nas quais o com-
e interesses pessoais, locais, re- ponente já é contemplado desde o
gionais, nacionais e transnacionais início de escolarização.
estão cada vez mais difusos e con- Para essa etapa de ensino, os
traditórios”. (BNCC, 2017, p. 119) objetos de conhecimentos, as
competências e as habilidades
Todos concordamos que a língua propostas pela BNCC e também
estrangeira, em especial a língua contempladas no nosso referencial
inglesa, juntamente com os meios devem estar pautados nas com-
tecnológicos, tem um papel petências específicas da área de
fundamental na promoção não linguagem, bem como, deste com-
somente do acesso ao outro, mas ponente curricular devidamente
também do acesso que o outro terá contextualizados com as nossas
em relação a nós. Ao juntarmos realidades locais. A construção de
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novos organizadores curriculares fundamentar a prática de sala de


terão como referência o aqui pro- aula quando se trata de ensinar a
posto, possibilitando que as redes crianças. Destacamos, portanto, o
de ensino com suas escolas e seus Método MAT (Model, Action, Talk)
professores construam seu docu- de Ritsuko Nakata. Nele é enfati-
mento respeitando e valorizando zado o uso de movimentos rápidos
as características e interesses de e intensivos, permitindo assim ao
seus estudantes. estudante adquirir o maior número
As competências propostas de habilidades na língua inglesa no
para a língua inglesa nos Anos Ini- menor tempo possível. Isso se apli-
ciais devem ser trabalhadas de ca ao estudante em nível iniciante.
forma lúdica, interativa e dinâmica. Já dentre as abordagens, aponta-
Nesse sentido, a criança apren- mos quatro delas:
de melhor um idioma por meio de A Abordagem Funcional (Func-
atividades ricas em mímicas, pan- tional Approach), que enfatiza o con-
tomima, comandos, contação de texto de uso de certas expressões;
histórias, peças teatrais, dança,
jogos dentre outros com esponta- 1. A Abordagem Comunicativa
neidade, uma vez que se encontra (Communicative Approach),
no período operatório-concreto, cuja base é a crença de que a
entre os 7 e 11 anos de idade (PIA- linguagem produzida em sala
JET, 1971). A criança faz da pala- de aula deve ser utilizada para
vra um brinquedo para exercitar o expressar pensamentos e senti-
pensamento, comunicar-se com mentos relevantes ao estudante;
colegas, estimulando o desenvol-
vendo cognitivo e mostrando sua 2. A Abordagem Áudio-lingual
capacidade intelectual para apren- (Audio-Lingual Approach), que
der qualquer idioma. Asher (1968) tem como foco os sons e a sin-
corrobora com o pensamento Pia- taxe do idioma; e
jetiano quando propõe o Método
TPR (Total Physical Response), que 3. As Abordagens Gramatical/Es-
se baseia em parte na crença de trutural (Grammatical/Struc-
que movimentos físicos ligados à tural Approaches), que analisa
linguagem ajudem na apropriação a gramática do idioma.
ou retenção do conhecimento.
Vale lembrar que outros mé- Para a BNCC (2017, p. 119), “o
todos e abordagens precisam estudo da língua inglesa possibilita
420 - LÍNGUA INGLESA -

aos estudantes ampliar horizontes rência quando aponta o que deve


de comunicação e de intercâmbio ser dado ao ensino de LE o cará-
cultural, científico e acadêmico e, ter formativo, cuja aprendizagem
nesse sentido, abre novos per- do idioma passa a ter uma pers-
cursos de acesso, construção de pectiva de educação linguística,
conhecimentos e participação so- consciente e crítica. A ser cons-
cial”, ou seja, o idioma se apresen- truído um novo referencial curri-
ta em seu caráter formativo, numa cular para a língua inglesa, à luz da
perspectiva de educação linguísti- BNCC para Alagoas, é importante
ca que deve ser consciente e crítica que se pergunte: o que se faz com
com suas dimensões pedagógicas com uma língua? A resposta a isso
e políticas intrinsecamente ligadas. é: Conversa-se , pergunta-se es-
Doravante, essa língua deve ser creve-se e Lê-se textos de vários
difundida não mais como uma lín- gêneros, desde escritos de placas
gua estrangeira, “corretamente” de rua até produções mais com-
falada apenas por nativos como plexas e longas, analisa-se opi-
estadunidenses e/ou britânicos, na-se e são procuradas soluções
mas sim, como uma língua franca, para problemas, etc. Enfim atua-
ou seja, de comunicação interna- -se no mundo por meio da lín-
cional e que não pertence somente gua, utilizando-a diferentemente
a esses grupos, mas que vai além dentro de contextos variados, de
dos limites territoriais, uma vez acordo com os interesses e ne-
que, diferentes usuários com seus cessidades que são impostas.
variados repertórios linguísticos e Nesse viés, a língua inglesa
culturais, deixam suas marcas nes- pode, também, tornar-se uma
sa língua franca ao realizarem suas grande aliada na consolidação de
práticas discursivas mundo afora, temas e/ou conteúdos aborda-
o que se remete a uma educação dos pelos professores das demais
linguística voltada para a intercul- áreas ou componentes curricula-
turalidade que se pontua no (re) res, sempre que o planejamento
conhecimento das (e o respeito pedagógico for construído de for-
às) diferenças e compreensão do ma articulada entre os atores (pro-
outro enquanto usuário do idioma, fessores de vários componentes,
superando qualquer tipo de pre- coordenadores pedagógicos etc.)
conceito linguístico. e fundamentado também no Pro-
Vamos, portanto, considerar o jeto Político-Pedagógico, sempre
que propõe o documento de refe- que necessário, atualizado pela
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 421

escola. Por esse motivo, acredita- mas também com relação de quem
-se que o estudante possa, desde se fala/escreve e/ou para quem se
o início, utilizar uma língua estran- fala/escreve. Em segundo lugar, a
geira, em especial o inglês, na pro- língua inglesa dá acesso a informa-
dução escrita e oral com o objeti- ções que, de outra maneira, talvez
vo de buscar informações, discutir fosse acessível , favorecendo o
processos e verificar resultados. conhecimento interpessoal num
Isso implica um investimento na fluxo ininterrupto de troca de infor-
formação inicial e continuada do mações de descobertas que con-
professor para que melhore sua tribuem para que sejam enfrentado
prática sempre fazendo uso da os desafios de toda ordem que são
língua nas suas quatro habilida- diariamente impostos.
des, sendo referência para que o A isso denomina-se de proces-
estudante também as desenvolva, sos de letramentos, ou melhor,
enfim, utilizar a língua para a des- multiletramentos, concebidas es-
coberta dos sentidos. pecialmente nas práticas sociais e
Participar de um chat, escrever do mundo digital, na qual se entre-
uma mensagem de e-mail, dar in- laçam e se aproximam diferentes
formações e perguntar são ações semioses e linguagens (verbal, cor-
que variam de complexidade de poral, audiovisual), criando novas
acordo com a situação em que possibilidades de identificação e
acontecem. Ao dar informações expressão de ideias, valores e senti-
pessoais para alguém com quem mentos, que seja mais preciso.
se está iniciando uma conversa, o Consideramos que um currícu-
falante não necessita da mesma lo de uma língua estrangeira para a
quantidade de língua que precisaria Educação Básica deve ser baseado
para dar as mesmas informações nos usos que fazemos da língua,
pessoais em uma entrevista de permitindo ao estudante assumir
emprego. Entretanto, em um caso o papel de protagonista na am-
ou noutro, as informações pessoais pliação e/ou construção de seu
serão basicamente as mesmas, próprio conhecimento contando
o que permite que se afirme que, sempre com o auxílio do professor
em primeiro lugar, o uso da língua em interações significativas para
varia em complexidade e forma, ele e para aqueles com quem en-
não somente em decorrência dos tra em contato, oferecendo a con-
contextos em que ela é utilizada tínua possibilidade do acesso ao
em situações formais e informais, outro e do outro em relação a si,
propiciando reflexões sobre 1. Identificar o lugar de si e o do outro em
si mesmos e seus valores. um mundo plurilíngue e multicultural,
Deve, ainda, possibilitar a refletindo, criticamente, sobre como
inclusão pelo acesso que essa a aprendizagem da língua inglesa con-
língua, utilizada em seus vá- tribui para a inserção dos sujeitos no
rios níveis e contextos, possa mundo globalizado, inclusive no que
oferecer, assim como con- concerne ao mundo do trabalho.
siderar que o conhecimento 2. Comunicar-se na língua inglesa, por
da língua inglesa se constrói meio do uso variado de linguagens em
por meio de seu uso concreto mídias impressas ou digitais, reconhe-
em manifestações orais e es- cendo-a como ferramenta de acesso
critas, divididas na BNCC pe- ao conhecimento, de ampliação das
los eixos organizadores (Eixo perspectivas e de possibilidades para a
Oralidade, Eixo Leitura, Eixo compreensão dos valores e interesses
Escrita, Eixo Conhecimentos de outras culturas e para o exercício do
linguísticos e Eixo Dimensão protagonismo social.
Intercultural) em múltiplas si-
tuações possíveis de uso e de
3. Identificar similaridades e diferenças
entre a língua inglesa e a língua mater-
ensino e aprendizagem pre-
na/outras línguas, articulando-as a as-
sentes no currículo da língua
pectos sociais, culturais e identitários,
inglesa nos Anos Finais.
em uma relação intrínseca entre língua,
Essa organização se dá por
cultura e identidade.
meio de unidades temáticas,
objetos de conhecimento e 4. Elaborar repertórios linguístico-dis-
habilidades, distribuídos por cursivos da língua inglesa, usados em
ano de escolaridade (6°, 7º, 8º diferentes países e por grupos sociais
e 9º anos), em um crescente distintos dentro de um mesmo país,
grau de complexidade e con- de modo a reconhecer a diversidade
solidação das aprendizagens linguística como direito e valorizar os
para facilitar a organização di- usos heterogêneos, híbridos e multi-
dática dos professores. Con- modais emergentes nas sociedades
siderando, por fim, os pressu- contemporâneas.
postos da área de linguagem e 5. Utilizar novas tecnologias, com novas
em articulação com as compe- linguagens e modos de interação, para
tências gerais da BNCC (2017, pesquisar, selecionar, compartilhar, po-
p. 244) e as competências sicionar-se e produzir sentidos em prá-
específicas da área de lingua- ticas de letramento na língua inglesa,
gens, esse componente deve de forma ética, crítica e responsável.
garantir aos estudantes o de- 6. Conhecer diferentes patrimônios cul-
senvolvimento de competên- turais, materiais e imateriais, difun-
cias específicas a seguir: didos na língua inglesa, com vistas ao
exercício da fruição e da ampliação de
perspectivas no contato com diferen-
tes manifestações artístico-culturais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 423

Na BNCC (2017, pp. 246-261), professores, na perspectiva de um


os quadros que apresentam as currículo espiralado, fundamen-
unidades temáticas, os objetos de tando as escolas na (re)constru-
conhecimento e as habilidades de- ção de seus currículos e projetos
finidas para cada ano escolar do 6º político-pedagógicos para os pró-
ao 9º, cada habilidade é identificada ximos anos.
por um código alfanumérico como
no exemplo seguinte: EF06LI01, 5. ORGANIZADOR
em que o primeiro par de letras (EF) CURRICULAR DO
é usado para indicar a etapa do En- COMPONENTE
sino Fundamental; o segundo par
de letras (LI), o componente curri- O Organizador Curricular da
cular, nesse caso a Língua Inglesa; Língua Inglesa segue a proposta de
o primeiro par de números (06), os organização da BNCC. Entretanto,
anos (06 a 09) a que se referem, como estratégia para contemplar
sendo aí no exemplo, o 6º; e o úl- a parte diversificada, foi acrescida
timo par de números (01) indica a uma quarta coluna onde se encon-
posição da habilidade na numera- tram os Desdobramentos Didá-
ção sequencial do ano. tico-Pedagógicos - DesDP, cujo
objetivo é o de contribuir para tor-
4. LÍNGUA INGLESA nar as habilidades mais detalhadas
NOS ANOS INICIAIS visando a uma aproximação com o
contexto de nós estudantes, bem
Para os Anos Iniciais (1º ao 5º), como, os aspectos socioculturais
o Referencial Curricular de Ala- do território alagoano. A referi-
goas parte da organização pro- da coluna sugere, ainda, um olhar
posta pela BNCC, que permite que crítico sobre outros países onde o
determinadas habilidades pos- idioma é usado como primeira e/
sam ser (re)trabalhadas em ou- ou segunda língua(s). Esses acrés-
tros anos, de forma conveniente cimos podem ser melhor visualiza-
e significativa para estudantes e dos nos anexos.
QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Iniciais | 1º Ano

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos

(AL.EF01LI01) Interagir Interagir em situações de intercâmbio oral, de-


Construçãode
laços afetivos

em situações de inter- monstrando iniciativa para utilizar a língua inglesa


e convívio
discursiva
Interação

câmbio oral, demons- para apresentar-se, saudar colegas, despedir-se


social

trando iniciativa para (Greetings) assim como falar de si (names) e de


utilizar a língua inglesa seus familiares (family members).

Coletar informações do grupo, perguntando e


Construçãode
laços afetivos

(AL.EF01LI02) Coletar
respondendo sobre a família e os amigos, através
e convívio
discursiva

informações do grupo,
Interação

da produção sentidos(frases), atentando para a


perguntando e respon-
social

diversidade de formação familiar na sociedade


dendo sobre a família.
contemporânea.

Solicitar esclarecimentos em língua inglesa sobre


língua inglesa em sala

(AL.EF01LI03) Solicitar
o que não entendeu e o significado de palavras
de aula (Classroom

esclarecimentos em
Funções e usos da

ou expressões desconhecidas, contextualizando


língua inglesa sobre o
o inglês de sala de aula, usando expressões tais
que não entendeu e o
como: How can I say ____ in English?/Sorry,
language)
discursiva

significado de palavras
Interação

teacher!/May I come in?/What’s the English word


ou expressões desco-
for “livro”? Além de usar o alfabeto para entender
nhecidas.
palavras soletradas.

Reconhecer, com o apoio de palavras cognatas e


Estratégias de compreensão de
textos orais: palavras cognatas
e pistas do contexto discursivo

(AL.EF01LI04) Reco-
pistas do contexto discursivo, o assunto e as in-
nhecer, com o apoio
formações principais em textos orais sobre temas
de palavras cognatas e
familiares, comparando textos orais e escritos
pistas do contexto dis-
Compreensão oral

contendo ilustrações (linguagem não verbal),


cursivo, o assunto e as
palavras cognatas sobre temas anteriormente
informações principais
estudados.
em textos orais sobre
Utilizar vídeos e áudios curtos com conteúdos
o corpo e membros da
apropriados para essa faixa etária é um recurso
família (Family Tree)
bastante rico.

(AL.EF01LI05) Aplicar os
orais, com a media-
Produção de textos

conhecimentosdalíngua Aplicar os conhecimentos da língua inglesa para


ção do professor

inglesa para falar de si falar de si e de outras pessoas, explicitando infor-


Produção oral

e de outras pessoas, mações pessoais e preferência de cor com prática


explicitandoinformações de mini-diálogos em pares ou grupos tendo como
pessoais e preferência de referência primária o professor.
cor (Colors).
Planejar apresentação sobre a família, compar-

orais, com a media-


Produção de textos
tilhando-a oralmente com o grupo através de

ção do professor
(AL.EF01LI06) Planejar
criação artística da árvore genealógica da própria
Produção oral

apresentação sobre a
família e apresentá-la à turma.
famíliacompartilhando-a
Soletrar os nomes dos familiares para que os co-
oralmente com o grupo.
legas de classe “traduzam” pode ser um estratégia
para dinamizar esse momento.

(AL.EF01LI07) Formular Formular hipóteses sobre a finalidade de um


Estratégias de leitura

Hipóteses sobre a

hipóteses sobre a fina- texto (árvore genealógica, perfis pessoais etc)


finalidade de um

lidade de um texto em em língua inglesa, com base em sua estrutura,


língua inglesa, com base organização textual e pistas gráficas pela prática
em sua estrutura, orga- da leitura e interpretação de textos em que perso-
nização textual e pistas nalidades infantis famosas forneçam informações
texto

gráficas. sobre suas famílias.

(AL.EF01LI08) Conhecer
construção de reper-
Práticas de leitura e

repertório lexical e
autonomia leitora

a finalidade e a organi- Conhecer a organização e a finalidade de um


Construção de

zação de um dicionário dicionário bilíngue (impresso e/ou on-line) para


tório lexical

(Dictionary) bilíngue construir repertório lexical verificando a organi-


(impresso e/ou on-line) zação de um dicionário e realizando buscas de
para construir repertório palavras em pares e/ou grupos.
lexical.

Interessar-se pelo texto lido, compartilhando suas


ideias sobre o que o texto informa/comunica,
Partilha de leitura, com
mediação do professor
Atitudes e disposições

(AL.F01LI09) Interessar- podendo ser individualmente entre os pares/


favoráveis do leitor

-se pelo texto lido, com- grupos a partir de leituras escolhidas livremente
partilhando suas ideias pelos estudantes. Podem usar expressões do tipo
sobre o que o texto I agree/ I disagree/I like/I don’t like etc.
informa/comunica. Pesquisar os gostos do alunos antes de planejar
atividades para desenvolver essa habilidade é uma
necessidade para que o interesse seja aguçado.

(AL.EF01LI10) Listar pa-


texto:brainstorming
Estratégias de escri-

lavras do vocabulário es-


Planejamento do

tudado para a produção Listar palavras para a produção de textos, levando


ta: pré-escrita

de textos, levando em em conta o tema e o assunto bem como enumerar


conta o tema e o assunto de acordo com o interesse individual e de classe.
(shapes, animals, colors,
sports and food).
em formatos diversos, com a
Produção de textos escritos,
(AL.EF01LI11) Produzir

mediação do professor
textos escritos em língua Produzir textos (Pictionaries, listas por categorias/
Práticas de escrita

inglesa (Pictionary), assuntos etc.) com palavras estudadas em sala


sobre os assuntos/temas de aula. Um perfil com informações do tipo name,
estudados no contexto age, favorites… é uma possibilidade.
escolar da sala de aula,
Construção de repertório lexical

Construir repertório relativo às expressões usadas


para o convívio social e o uso da língua inglesa
(AL.EF01LI12) Construir
em sala de aula, criando tabelas de palavras que
repertório relativo às
podem seguir a ordem alfabética e expô-las em
expressões usadas para
quadros (cartazes) na sala de aula.
Estudo do léxico

o convívio social e o uso


Brincar de Hide and seek(Esconde-esconde) en-
da língua inglesa em sala
tregando grupos de flashcards, para que o profes-
de aula.
sor ao falar uma palavras, os grupos a encontre
misturada embaralhadas com a demais.

(AL.EF01LI13) Construir
repertório lexical
Estudo do léxico

Construção de

repertório lexical relativo Construir repertório lexical relativo a temas fami-


a temas familiares (es- liares (school subjects, family members, sports)
cola, família, atividades através de jogos de memória (Memory games),
de lazer, esportes, entre bingo, board race, Chinese Whispers...
outros).

(AL.EF01LI14) Reco-
nhecer semelhanças e Reconhecer semelhanças e diferenças (palavras
Estudo do léxico

diferenças na pronúncia homônimas e parônimas) na pronúncia de pala-


de palavras e letras da vras e letras da língua inglesa e da língua materna
Pronúncia

língua inglesa e da língua e/ou outras línguas conhecidas, como, por exem-
materna e/ou outras plo, boy X toy.
línguas conhecidas.
Presente simples e contínuo
(formas afirmativa, negativa

(AL.AL.EF011LI155)
Utilizar o presente do Utilizar o presente do indicativo para identificar
indicativoparaidentificar pessoas (verbo to be) expor gostos e preferên-
e interrogativa)

pessoas (verbo to be) cias, usando estruturas I’m hungry, I want cake, I
falar de gostos, preferên- like frogs....
Gramática

cias etc..
(AL.AL.EF011LI1616) Reconhecer o uso do imperativo em enunciados
Reconhecer o uso do de atividades, comandos e instruções do tipo

Imperativo
Gramática

imperativo em enuncia- Open the book!, Close the window!, Came here,
dos de atividades, co- please!comandos (classroom English) tais como
mandos e instruções. Read, Write, Open the book, Close the notebook...
Caso genitivo (‘s)

(AL.AL.EF011LI1717) Reconhecer relações por meio do uso de apóstro-


Reconhecer Demonstrar fo (’) + s, produzindo falas com o uso do genitivo
Gramática

relações por meio do uso para comunicar informações relativas às identida-


de apóstrofo (’) + s. des dos familiares dos colegas de sala.

(AL.EF06LI18) Identificar
cotidiano da sociedade
brasileira/comunidade

a presença da língua
inglesa no cotidiano
A língua inglesa no

Presença da língua

inglesa na sociedade Identificar a presença da língua inglesa na socie-


brasileira/comunidade dadebrasileira/comunidade(palavras,expressões,
(palavras, expressões, suportes e esferas de circulação e consumo) e seu
suportes e esferas de significado.
circulação e consumo) e
seu significado.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Iniciais | 2º Ano

Objeto de
Temáticas

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos


Unidades

Conhecimento

Funções e usos (AL.EF02LI01) Interagir em Interagir em situações de intercâmbio


da língua inglesa: situações de intercâmbio oral, oral, demonstrando iniciativa para utilizar
discursiva
Interação

convivência e demonstrando iniciativa para a língua inglesa para apresentar-se, sau-


colaboração em utilizar a língua inglesa dar colegas, despedir-se (greetings and
sala de aula introductions)

Interagir em situações de intercâmbio


oral, demonstrando iniciativa para utilizar
Interação dis-

(AL.EF02LI02) Entrevistar os
Práticas investiga- a língua inglesa para apresentar-se, saudar
colegas para conhecer suas
tivas colegas, despedir-se (greetings) assim
cursiva

histórias de vida.
como falar de si (names) e de seus fami-
liares (family members).
Interação discursiva

Utilizar expressões/recursos linguísticos


Convívio e rotinas
(AL.EF02LI03) Conhecer e para propiciar a linguagem oral em ati-
de sala de aula e
empregar o vocabulário pró- vidades em pares ou pequenos grupos
espaço escolar
prios de sala de aula e espaço utilizando linguagem visual e verbal,inte-
(Classroom Lan-
escolar ragindo com professores e colega s de
guage )
forma amigável,exercendo a empatia.

Utilizar palavras correlatas e textos/ima-


Compreensão

(AL.EF02LI04) Compreender
gens do universo infantil para construção
Interação discursi- músicas infantis e pequenas
de pequenas estórias e narrativas orais
va e produção oral estórias utilizando recursos
com repetição de palavras para exercício
oral

audiovisuais
de pronúncia.

(AL.EF02LI05) Compor, em
Produção oral

Compor, em língua inglesa, narrativas e


Produção de textos língua inglesa, narrativas orais
apresentação orais, em duplas ou grupos
orais, com media- baseadas em músicas do
utilizando-se da interdisciplinaridade do
ção do professor universo infantil, parafrasear
componente curricular Arte.
estórias.
(AL.EF02LI06) Antecipar o Antecipar o sentido global de textos da li-
Estratégias de leitura

sentido global de textos em teratura infantil nacional e estrangeiras,em


língua inglesa por inferências, língua inglesa, por inferências e também
Compreender a
com base em leitura rápida, com a exploração de frases/ parágrafos
ideia de um texto
observando títulos, primeiras e palavras-chave repetidas/ utilização de
e últimas frases de parágrafos linguagem visual, com base em leitura
e palavras-chave repetidas. rápida.

Construir repertório lexical relativo a


Estudo do léxico

(AL.EF02LI07) Construir
temas familiares (school subjects, family
repertório lexical relativo
Construção do members,professions,physical states)
a temas familiares,objetos
repertório lexical através de jogos de memória (Memory
escolares, profissões e esta-
games), bingo, board race, Chinese Whis-
dos físicos
pers...

(AL.EF02LI08) Reconhecer
Estudo do léxico

Reconhecer semelhanças e diferenças


semelhanças e diferenças
(palavras homônimas e parônimas) na
na pronúncia de palavras da
Pronúncia pronúncia de palavras da língua inglesa
língua inglesa e da língua
e da língua materna e/ou outras línguas
materna e/ou outras línguas
conhecidas
conhecidas.

Utilizar os pronomes: interrogativo,de-


(AL.EF02LI09) Compreender o monstrativo e artigo indefinidos para
PronomeInterroga-
uso dos pronomes interroga- questionar sobre: names/addresses/
tivo: What
tivo/demonstrativoWhat/This numbers ( telephone, age)/classroom
Demonstrativo:
(is),os artigos indefinidos a/an objects através de perguntas simples e
This
e sua finalidade para questio- diretas,utilizando-se de materiais visuais
Gramática

Artigosindefinidos:
nar e responder sobre coisas que contenham imagens, paisagens, fotos
A/An
em geral de pessoas familiares às crianças e seus
contextos locais e regionais.

(AL.EF02LI10) Perguntar
sobre lugares distantes e
Pronome inter- Explorar mapas,globos e ambientes vir-
próximos das localidades dos
rogativo Where e tuais/reais próximos dos locais dos alunos
aluno, saber localizar-se nos
Gramática

Preposições “in” para conhecimento de espaços geográfi-


espaços e saber identificar a
e “at” cos em língua inglesa.
localização dos ambientes em
casa e na escola.
Participar de troca de opiniões e infor-
mações sobre vontades, gostos e pre-
ferências utilizando como referência os
Demonstrar von-
(AL.EF02LI11) Participar de alimento, as cores, as brincadeiras favo-
Interação discursiva

tades, gostos e
troca de opiniões e informa- ritas entre outras possibilidades, usando
preferências usan-
ções sobre vontades, gostos e as expressões I like , I prefer to study
do I like.../I want.../
preferências English at school, I want... interagindo
I prefer...
com com os elementos dos componentes
Arte respeitando a fala do outro e pontos
de vista diversos.
Estratégias de escrita:
pré-escrita e escrita

Planejar a escrita de pequenos textos em


Pré-escrita: pla- (AL.EF02LI12) Planejar a
função de temas relacionados com as
nejamento de escrita de pequenos textos em
preferências dos alunos respeitando suas
produção escrita, função do contexto (público,
características regionais, buscando uma
com mediação do finalidade, layout e suporte)
interação entre os vocábulos de língua
professor de gostos e preferências.
materna e língua inglesa.

Organizar textos em unidades de sentido,


(AL.EF02LI13) Organizar dividindo-o em parágrafos ou tópicos e
Estratégias de escrita:

Escrita: organiza- texto em unidades de sentido, subtópicos, explorando as possibilidades


pré-escrita e escrita

ção em parágrafos dividindo-o em parágrafos ou de organização gráfica, de suporte e de


ou tópicos, com tópicos e subtópicos, explo- formato do texto com temas e conteúdos
mediação do pro- rando as possibilidades de regionais, reconhecendo/confirmando o
fessor organização gráfica, de supor- público a que se destinam, suas finalida-
te e de formato do texto. des, layout e suportes em que são comu-
mente disponibilizados.

AL.(EF02LI14) Produzir
Produção de tex- Produzir cartoons interagindo os persona-
cartoons comparando perso-
Práticas de es-

tos escritos, em gens da cultura nacional, regional e popu-


nagens da cultura nacional,
formatos diversos, lar com os personagens da Disney para
popular e regional com dese-
com mediação do explorar a criatividade, a imaginação e o
nhos e personagens da Disney
crita

professor desenvolvimento artístico das crianças.


de preferência das crianças.

Construir repertório lexical relativo aos


temas abordados anteriormente para
(AL.EF02LI15) Construir
revisão e reforço da aprendizagem, uti-
Estudo do léxico

repertório lexical relativo a


Construção de lizando-se da linguagem visual, formas
home e school (school ob-
repertório lexical e cores conectadas as palavras escritas,
jects) family, numbers entre
obedecendo o padrão de dicionário refor-
outros já estudados.
çando ainda o aprendizado do alfabeto em
língua inglesa.
Reconhecer a pronúncia dos diferentes
Estudo do léxico

sons do alfabeto de língua inglesa através


(AL.EF02LI16). Reconhecer e
de repetição e uso de música associando
Pronúncia reproduzir os sons do alfabeto
as imagens visuais (letras do alfabeto e
em língua inglesa
palavras a eles relacionadas), a seus res-
pectivos sons de forma lúdica e interativa.

Explorar a diferença entre singular e plu-


(AL.EF02LI17) Perceber a
ral, comparando as escritas e utilizando os
diferença entre o singular e o
numerais em língua inglesa para ampliar a
Estudo do léxico

plural dos substantivos esta-


Plural, singular e aprendizagem e compreensão do sentido
belecendo um paralelo com os
números de quantidade.
sinais gráficos presentes na
Realizar operações matemáticas simples
matemática (plus, minus and
de forma lúdica e criativa envolvendo as
equals)
crianças.
A língua inglesa no cotidia-
no da comunidade local

(AL.EF02LI18) Identificar a Realizar um levantamento da presença


presença da língua inglesa na da LI no dia a dia dos estudantes (pala-
Presença e impor-
comunidade (palavras, ex- vras, expressões, suportes e esferas de
tância da língua
pressões, suportes e esferas circulação e consumo), contextualizando
inglesa no cotidia-
de circulação e consumo) e seu significado com as palavras de língua
no da comunidade
seu significado. materna para explicar sobre o uso de
estrangeirismos.

Identificar com o auxílio de vídeos que


(AL.EF02LI19) Identificar apresentam falantes de diversas regiões
Comunicação inter-

modos de falar em língua os diferentes modos de falar em língua


inglesa, refutando preconcei- inglesa,refutandopreconceitosereconhe-
Variação linguística
tos e reconhecendo a variação cendo a variação linguística como fenô-
linguística como fenômeno meno natural das línguas, reconhecendo
cultural

natural das línguas. sua presença nas mais variadas culturas


assim como o seu status de língua franca.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Iniciais | 3º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Conhecimento

(AL.EF38LI01) Interagir
Funções e usos
em situações de intercâm- Interagir em situações de intercâmbio oral,
Interação dis-

da língua inglesa:
bio oral, demonstrando demonstrando iniciativa para utilizar a língua
convivência e
iniciativa para utilizar a inglesa para fornecer informações de terceiros
cursiva

colaboração em
língua inglesa para apre- (Introductions).
sala de aula
sentar terceiros

Convívio e roti- (AL.EF03LI02) Conhecer/


Vivenciar brincadeiras lúdicas e interativas
nas de sala de reconhecer e empregar
discursiva

para aprender/revisar vocabulários relaciona-


Interação

aula e espaço o vocabulário próprios


dos ao tema escola (school subjects, parts of
escolar (School de sala de aula e espaço
the school, school workers entre outros).
Language ) escolar

Comunicação Comunicar oralmente a respeito de tempora-


Compreensão oral

(AL.EF03LI03) Identificar
sobre temporali- lidade (Days of the week, seasons, climate,
as diferenciadas formas
dade,calendários months of the years) utilizando imagens
de períodos de tempo
semanais e diversas e recursos sonoros para identificação
em língua inglesa e saber
anuais, climas e das estações do ano contextualizando com
expressá-las
estações do ano calendários locais e regionais.

Utilizar recursos visuais/auditivos e reper-


Produção de (AL.EF03LI04) Utilizar tório linguísticos apropriados para informar/
textos orais com recursos e repertório comunicar/falar sobre datas e eventos come-
mediação do linguísticos apropriados morativos dos locais/regionais aos nacionais e
professor sobre paraapresentar/conversar mundiais com suas particularidades em língua
Produção oral

datas e eventos sobre datas e eventos inglesa.


comemorativos comemorativos e suas Organizar em inglês uma agenda (Birthday
com autonomia características schedule) de aniversário das crianças e afixá-
-la na parede.
Estratégias de escrita:

(AL.EF03LI05) Planejar
Planejar a escrita de pequenos textos em
pré-escrita e escrita

Pré-escrita: a escrita de pequenos


função de temas Food and picnics consideran-
planejamento de textos em função do con-
do as preferências dos alunos, respeitando
produção escrita, texto (público, finalidade,
suas características regionais, buscando uma
com mediação layout e suporte) usando
interação entre os vocábulos de língua mater-
do professor como temas alimentos e
na e língua inglesa.
picnics
Leitura em voz (Storytelling) alta de textos
(AL.EF03LI06) Apreciar narrativos em língua inglesa (contos, ro-
textos narrativos de litera- mances, entre outros, em versão original ou
tura infantil em língua in- simplificada), explorando também os recursos
Leitura de textos glesa (contos, romances, visuais contidos nos textos e caracterizando-
Práticas de leitura

de cunho artísti- entre outros, em versão -se em personagens como forma de valorizar
co/literário original ou simplificada) o patrimônio cultural produzido em língua
como forma de valorizar o inglesa, além de apresentar biografias de
patrimônioculturalprodu- escritores clássicos e contemporâneos de
zido em língua inglesa. literatura infantil, dos países da língua inglesa
como língua materna ou primeira língua.

(AL.EF03LI07) Produzir
Produção de cartoons comparando Produzir cartoons interagindo os personagens
Práticas de leitura e

textos escritos, personagens da cultura da cultura nacional, regional e popular com os


em formatos nacional popular e re- personagens da Disney para explorar a cria-
diversos, com gional com desenhos e tividade, a imaginação e o desenvolvimento
mediação do personagens da Disney de artístico das crianças através de encenações
fruição

professor preferência das crianças, teatrais.

Conhecer nomes AL.(EF03LI08) Conhecer


Utilizar o pronome interrogativo Where em
de lugares e as diversidades geográfi-
Estudo do

perguntas simples e diretas para conversar


dialogar sobre cas locais, regionais e de
sobre a origem das pessoas e objetos utilizan-
léxico

origens de pes- lugares falantes de língua


do mapas e globos para localizar as regiões.
soas e objetos inglesa

Produção, revi-
Utilizar os mapas, globos entre outras possibi-
são e correção (AL.EF03LI09) Saber es-
Práticas de

lidades para apresentar a escrita de nomes de


de textos com crever nomes de lugares
lugares e comparar com as escritas em língua
escrita

a mediação do em língua inglesa.


materna.
professor

Explorar de forma lúdica e divertida os vo-


(AL.EF03LI10) Conhecer/ cábulos relacionados aos relatives, family
Estudo do léxico

Construção do
reconhecer os relatives,- members, pets, animals and parts of the body
léxico sobre
family members, pets, com o uso de desenhos de animais feitos
família, animais e
animals and parts of the pelas/com as crianças, música, onomatopéias
partes do corpo
body e interdisciplinaridade com os componentes
Educação Física e Arte.

Trabalhar a pronúncia dos diferentes sons das


(AL.EF03LI11) Saber
palavras relacionadas aos relatives, family
identificar os vocábulos
members, pets, animals and parts of the body
Estudo do léxico

relacionados aos relatives,


em língua inglesa, através de repetição e uso
Pronúncia family members, pets,
de música associando as imagens visuais (le-
animals and parts of the
tras do alfabeto, palavras a eles relacionadas
body através dos sons e
e figuras), a seus respectivos sons de forma
repetições de pronúncia.
lúdica e interativa.
Construir repertório lexical relativo aos Means
Construção de (AL.EF03LI12) Conhecer of transportation utilizados localmente e em
Estudo do léxico

repertório lexical e identificar os meios de países falantes de língua inglesa,com a asso-


referentes aos transportes existentes e ciação de imagens visuais, escrita de vocábu-
meios de trans- seus nomes em língua los, sons relacionados aos transportes contri-
porte inglesa buindo também, com uma formação cidadã
promovendo a educação para o trânsito.
Estratégias de escrita:
pré-escrita e escrita

Pré-escrita:
(AL.EF03LI13) Conhecer
planejamento de Nomear clothes/accessories and colors enfati-
as variadas vestimentas
produção escrita, zando as diversas possibilidades de vestuário
cores e suas caracterís-
com mediação de acordo com as regiões e climas.
ticas
do professor

Utilizar os pronomes interrogativos What/


(EF08LI14) Utilizar os
which em perguntas diretas para questionar
Pronome inter- pronomes What e Which
sobre roupas, acessórios e cores favoritas
Gramática

rogativo What/ para identificar roupas e


estabelecendo um paralelo com as vestimen-
which acessórios e preferências
tas diária e típicas regionais e de países de
(escolhas) de cores
língua inglesa.

Utilizar, de forma lúdica e interativa, os nú-


(AL.EF03LI15) Utilizar os
Números e ex- meros e as diferentes formas de contagem
Gramática

números e relógios para


pressão de tem- de tempo para expressar as horas em língua
comunicar as horas em
po:What time... inglesa fazendo uso da expressão: What
língua inglesa.
time…? em uma interação com a matemática

(AL.EF03LI16) Identificar
A língua inglesa no cotidia-
no da comunidade local

a presença da língua Identificar a presença e importância da língua


Presença e
inglesa na sociedade inglesa na sociedade brasileira/comunidade
importância da
brasileira/comunidade (palavras, expressões, suportes e esferas
língua inglesa
(palavras, expressões, de circulação e consumo) e seu significado
no cotidiano da
suportes e esferas de contextualizado a realidade e particularidades
comunidadelocal
circulação e consumo) e da comunidade.
e regional
seu significado. .
(AL.EF03LI17) Construir
repertório cultural por
Construir repertório cultural por meio do
meio do contato com
contato com manifestações artístico-culturais
manifestações artístico-
vinculadas à língua inglesa (artes plásticas
-culturais vinculadas à
e visuais, literatura, música, cinema, dança,
língua inglesa (artes plás-
Construção de festividades, entre outros), valorizando a
Manifestações culturais

ticas e visuais, literatura,


repertório artísti- diversidade entre culturas, traçando um pa-
música, cinema, culinária,
co-cultural ralelo entre o Brasil e países falantes da LI,
dança, festividades, entre
no tocante aos aspectos culturais e artísticos,
outros), contextualizadas
evidenciando semelhanças e diferenças con-
com as regionais locais,
textualizadas com os repertórios regionais dos
valorizando a diversidade
alunos.
entre culturas.

(EF08LI18) Construir
repertório cultural por Construir repertório cultural por meio do
meio do contato com ma- contato com manifestações artístico-culturais
Manifestações culturais

nifestações artístico-cul- vinculadas à língua inglesa (artes plásticas


Construção de turais vinculadas à língua e visuais, literatura, música, cinema, dança,
repertório artísti- inglesa (artes plásticas e festividades, entre outros), valorizando a
co-cultural visuais, literatura, música, diversidade entre culturas, traçando um pa-
cinema, dança, festivida- ralelo entre o Brasil e países falantes da LI,
des, entre outros), valori- no tocante aos aspectos culturais e artísticos,
zando a diversidade entre evidenciando semelhanças e diferenças.
culturas.

(EF08LI19) Reconhecer
Reconhecer de que forma expressões, gestos
de que forma expressões,
Comunicação

Impacto de as- e comportamentos são interpretados em


intercultural

gestos e comportamen-
pectos culturais função de aspectos culturais, comuns a falan-
tos são interpretados
na comunicação tes da língua inglesa, identificando aspectos
em função de aspectos
comportamentais do outro.
culturais.

Reconhecer fatores (Linguistic variation,


(EF08LI20) Reconhecer cultural differences etc.) que podem impedir o
Comunicação inter-

fatores que podem im- entendimento entre pessoas de culturas dife-


Impacto de as-
pedir o entendimento rentes que falam a língua inglesa, explorando
pectos culturais
entre pessoas de culturas situações de desentendimentos provocados
na comunicação
diferentes que falam a por diferenças culturais e de aspectos linguís-
cultural

língua inglesa. ticos a partir da análise de produções (multi-


modais) ora existentes.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Iniciais | 4º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Conhecimento

Fazer uso da língua inglesa, dialogando em


duplas, pares e/ou grupos, para expor pontos
(AL.EF04LI01) Fazer uso da de vista, argumentos, considerando o contexto
língua inglesa para expor e os recursos linguísticos voltados para a eficá-
Funções e
pontos de vista, argumentos, cia da comunicação sobre o tema Healthly food
Interação discursiva

usos da língua
considerando o contexto e You are what you eat.
inglesa: per-
e os recursos linguísticos Utilizar frases curtas para falar de benefícios e
suasão
voltados para a eficácia da malefícios das Healthly food e Junk food.
comunicação. Pesquisar a qualidade nutricional de alimentos
comuns entre os estudantes e nas comunidades
onde vivem.

Compreensão Compilar as ideias-chave de textos multimodais


de textos orais, de cunho argumentativos e simples por meio
Compreensão

(AL.EF04LI02) Compilar as
multimodais, de tomada de notas, usando, para isso, áudios
ideias-chave de textos por
de cunho curtos para que os estudantes tentem identificar
meio de tomada de notas.
argumentativo os nomes dos alimentos (food) e se cada um é
oral

simples bom (Good) ou ruim (Bad) para a saúde.

(AL.EF04LI03) Expor resul-


Expor resultados de pesquisa ou estudo sobre
tados de pesquisa ou estudo
tema/assunto de interesse social e coletivo com
Produção de com o apoio de recursos, tais
o apoio de recursos, tais como gráficos, tabe-
textos orais como gráficos, tabelas, entre
Produção oral

las, entre outros, adequando as estratégias de


com autono- outros, adequando as estra-
construção do texto oral aos objetivos de comu-
mia tégias de construção do texto
nicação e ao contexto a partir de pesquisa em
oral aos objetivos de comuni-
sala sobre gostos e preferências os colegas.
cação e ao contexto.

Identificar recursos de persuasão (escolha e


jogo de palavras, uso de cores e imagens, tama-
(AL.EF04LI04) Identificar
nho de letras), utilizados nos textos publicitários
recursos de persuasão
e de propaganda para crianças, como elementos
(escolha e jogo de palavras,
Estratégias de leitura

de convencimento, identificando o público alvo


Recursos de uso de cores e imagens,
e propósitos.
persuasão tamanho de letras), utilizados
Explorar, juntamente, com os estudantes as em-
nos textos publicitários e de
balagens de produtos e propagandas voltados
propaganda,comoelementos
para esse público, utilizando frases do tipo Are
de convencimento.
the letters big or small?/Is it very coloured? etc.
Distinguir fatos de opiniões em textos (frases)
Estratégias de leitura

argumentativos a partir de falas de profissionais


e de pessoas comuns que se expressariam
(AL.EF04LI05) Distinguir
Recursos de sobre é saudável ou não à saúde das crianças.
fatos de opiniões em textos
argumentação Construir um board race sobre esse assunto
(frases) argumentativos.
para que os estudantes, em duplas ou grupos,
brinquem em sala de aula.
Práticas de leitura e

(AL.EF04LI06) Explorar
novas tecnologias

Explorar sites adequados a esse público, segu-


ambientes virtuais de in-
Informações ros e gratuitos, como o http://www.freegames-
formação e socialização,
em ambientes tart.com/games/kids-games e selecionar jogos
analisando a qualidade e a
virtuais que possam contribuir para o desenvolvimento
validade das informações
dessa e de outras habilidade.
veiculadas.
Avaliação dos

(AL.EF04LI07) Compartilhar,
textos lidos

Compartilhar, com os colegas, a leitura dos


Reflexão pós- com os colegas, a leitura dos
textos, com ética e respeito à forma como
-leitura textos escritos pelo grupo,
apresentam a leitura dos mesmos.
com ética e respeito.

(AL.EF04LI08) Utilizar Utilizar recursos verbais e não verbais para


recursos verbais e não construção e/ou criação da persuasão em
Escrita: cons- verbais para construção da textos(frases), de forma adequada ao contexto
Estratégias de

trução da persuasão em textos (frases) numa campanha de cuidados para as crianças


persuasão adequada ao contexto de em relação o uso da internet.
escrita

circulação (produção e com-


preensão).

(AL.EF04LI09) Produzir
Produção de
textos (infográficos, memes, Produzir textos (infográficos, memes, entre
Práticas de es-

textos escritos,
entre outros) sobre temas outros) sobre temas (violência doméstica) ou
com mediação
de interesse coletivo local ou dilemas(bullying) de interesse coletivo local ou
do professor/
global, que revelem posicio- global, que revelem posicionamento crítico.
crita

colegas
namento crítico.

(AL.EF04LI10) Reconhecer,
Reconhecer, nos gêneros digitais (mensagens
nos gêneros digitais (men-
instantâneas, tweets, entre outros), novas
sagens instantâneas, tweets,
formas de escrita (abreviação de palavras,
Usos de lin- entre outros), novas formas
palavras com combinação de letras e números,
guagem em de escrita (abreviação de
Estudo do léxico

pictogramas, símbolos gráficos, entre outros)


meio digital: palavras, palavras com com-
na constituição das mensagens, convertendo
“internetês” binação de letras e números,
textos, tipicamente, do meio digital em textos
pictogramas, símbolos gráfi-
físicos, fazendo as devidas adaptações nessa
cos, entre outros) na consti-
reconstrução quando possível
tuição das mensagens.
(AL.EF04LI11) Utilizar conec- Utilizar conectores indicadores de adição e
Estudo do léxico

tores indicadores de adição oposição como auxiliares na construção da


Conectores (and) e oposição (but) como argumentação e intencionalidade discursiva
(linking words) auxiliares na construção da para preencher textos(frases) lacunados já
argumentaçãoeintencionali- conhecidos pelos alunos, justificando o uso de
dade discursiva. cada um deles.

Empregar, de modo inteligível, os verbos can e


should para indicar habilidade (I can dance/I can
play soccer/ I can play the guitar/ I can draw a
cow etc.) e recomendações (You should prac-
(AL.EF04LI12) Empregar, de tice exercises/You should drink much water/
Verbos mo- modo inteligível, os verbos You should keep the classroom clean etc.),
dais: can e can e should para indicar respectivamente, com uso dos verbos modais
should habilidade e recomendação, em textos orais ou escritos.
respectivamente. A partir do tema Planning a party, empregar a
forma verbal should em frases para recomendar
Gramática

o que cada estudante pode trazer para comemo-


rar o aniversário (birthday party) de um colega
de sala, por exemplo.
A língua inglesa

Expansão da (AL.EF04LI13) Identificar a Identificar a expansão da língua inglesa pelo


língua inglesa: expansão da língua inglesa mundo (Américas, África, Ásia e Oceania), lo-
no mundo

contexto geo- pelo mundo (Américas, calizando em mapas os onde o idioma é falado
gráfico África, Ásia e Oceania). como primeira língua.

Comparar a comunicação intercultural por


meio das canções de ninar (nursery rhymes)
(AL.EF04LI14) Comparar a brasileiras e de países de língua inglesa, e sua
comunicação intercultural importância na construção de identidades no
Construção de por meio das canções de mundo globalizado.
identidades no ninar (nursery rhymes) bra- Buscar em livros e sites, como em https://
Comunicação intercultural

mundo globa- sileiras e de países de língua www.theguardian.com/childrens-books-site/


lizado inglesa, e sua importância gallery/2014/oct/13/culturally-diverse-nursery-
na construção de identidades -rhymes-gallery esse gênero textual para um
no mundo globalizado. estudo comparativo entre as mensagens deles
como a canções de ninar brasileiras.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Iniciais | 5º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Conhecimento

(AL.EF05LI01) Fazer
Interação discursiva

Funções e usos
uso da língua inglesa Fazer uso da língua inglesa, dialogando em duplas,
da língua ingle-
para descrever o que as pares e/ou grupos, para falar sobre atividades informa
sa: descrever o
pessoas estão usando como é dia a dia de pessoas (Routines) e animais
que alguém usa
(present continuous) e (Curiosities) do tipo He wakes up at 6 a. m. every
e faz cotidiana-
o que fazem no cotidia- day./Pandas don’t drink water for long time.
mente.
no (Daily routines)

Identificar as ideias-chave de textos multimodais por


meio de tomada de notas do tipo Yes/No a partir de
Compreensão exposição a temas como Wild animals, Baby animals,
(AL.EF05LI02) Iden-
Compreensão oral

de textos orais Sea animals.


tifica as ideias-chave
e multimodais: Responder ao professor para dizer a quantidade de
de textos por meio de
jornalísticos e animais vistos a partir de perguntas começadas por
tomada de notas.
literários How many..?/ What is …?/ Where is…?/How is…?
etc. Yes/No questions que trate de temas de interesse
pessoal e coletivo como Racism, Violence, Bullying.

Compreensão (AL.EF05LI03) Identifi- Identificar os sons produzidos por animais e instru-


Compreen-

de textos orais, car os sons produzidos mentos musicais por meio de notas do tipo Yes, it is/
são oral

multimodais ou por animais e instru- No, it isn’t, respondendo a questões tais como Is it a
não: mentos musicais. lion?/Is it a violin?

Expor resultados de pesquisa ou estudo sobre tema/


assunto de interesse social e coletivo (Animals protec-
(AL.EF05LI04) Expor
tion, endangered species ) com o apoio de recursos,
resultados de pesquisa
tais como , gráficos, tabelas, entre outros, adequando
ou estudo com o apoio
as estratégias de construção do texto oral aos objeti-
de recursos, tais como
Produção de vos de comunicação e ao contexto.
gráficos, tabelas, entre
textos orais com Relatar os resultados das pesquisas que devem ter
outros, adequando as
autonomia como público-alvo os colegas de sala e funcionários
estratégias de constru-
da escola que podem ser entrevistados(consultados)
Produção oral

ção do texto oral aos


sobre pontos de vista ou gostos e preferências.
objetivos de comunica-
Simular apresentação de programa de culinária para
ção e ao contexto.
compartilhar receitas (Recipes) saudáveis oralmente,
inserindo produtos naturais da região

Identificar recursos linguísticos (estruturas, vocabulá-


Estratégias de leitura

Recursos
rio, enredo) comumente presentes das narrativas des-
linguísticos (AL.EF05LI05) Iden-
tinadas ao público infantis (Any Grim’s story), podendo
presentes nas tificar recursos lin-
ser uma estratégia para revisar assuntos como Family
narrativas clás- guísticos próprios dos
members, Professions etc. e ampliar o vocabulário do
sicas infantis contos de fadas
estudante. para atrair crianças como consumidoras.
adaptadas
Identificar recursos linguísticos (verses, stanzas, rhy-
Estratégias de
Recurso linguís- (AL.EF05LI06) Identi-
mes etc.) comumente presentes na poesia destinadas
ticos presentes ficar recursos linguís-
ao público infantil, podendo ser uma estratégia para
nos textos (poe- ticos próprios do texto
leitura

revisar assuntos como Colors, Nature, Weather etc. e/


mas) poético
ou ampliar o vocabulário do estudante.

Recursos lin- Explorar textos de cunho científico que trate de assun-


guísticos pró- (AL.EF05L07) Localizar tos de interesse pessoal e coletivo tais como o antes e
Estratégias de

prios de texto informações especí- depois de áreas naturais ocupadas (Past and Present),
científicos sobre ficas (inferência) em importância da atividade física (Our body needs exer-
leitura

ecologia e ativi- textos científicos cises), localizando neles informações específicas tais
dades físicas como números em geral, nomes etc.

(AL.EF05LI08) Explorar
Práticas de leitura e

Explorar ambientes virtuais de informação e sociali-


novas tecnologias

ambientes virtuais de
zação, analisando a qualidade e a validade das infor-
Informações informação e socia-
mações veiculadas, fazendo um tour por páginas na
em ambientes lização, analisando a
internet que tratem dos temas Plants are our partners
virtuais qualidade e a validade
e Our planet, our home, constatando aquela(s) que
das informações vei-
mereça(m) confiança no seu conteúdo.
culadas.

(AL.EF05LI09) Compar-
Avaliação dos textos

tilhar, com os colegas,


Compartilhar, com os colegas, as principais informa-
a leitura dos textos
Reflexão pós- ções encontradas na leitura dos textos escritos (comic
escritos (Comic strips,
-leitura strips, story in comic), com a ética e o respeito da
story in comic) pelo
turma.
grupo, com ética e
lidos

respeito.

(AL.EF05LI10) Organi-
Estratégias de

Escrita: cons- zar informações para a Organizar informações sobre si e seus colegas e/ou de
trução de pará- produção de parágra- seus ídolos (Daily routines) para a produção de pará-
escrita

grafos fos, escrevendo-as em grafos, escrevendo-as em sequência lógica.


sequência lógica.

(AL.EF05LI11) Utilizar
recursos verbais e não
Estratégias de

Utilizar recursos verbais e não verbais para produção


Escrita: constru- verbais para produção
de textos descritivos apresentando o lugar onde vive e
ção textual de textos descritivos
vizinhança sob o tema Places around the town.
escrita

apresentando o lugar
onde vive.

(AL.EF05LI12) Produzir
textos (infográficos,
Produção de fotorreportagens, Produzir textos (infográficos, fotorreportagens, cam-
Práticas de escrita

textos escritos, campanhas publici- panhas publicitárias, memes, entre outros) sobre
com mediação tárias, memes, entre temas (Pollution, Violence etc.) ou dilemas (Bullying,
do professor/ outros) sobre temas de Racism etc) de interesse coletivo local ou global, que
colegas interesse coletivo local revelem posicionamento crítico.
ou global, que revelem
posicionamentocrítico.
(AL.EF05LI13) Interpre-
tar, nos novos gêneros
digitais (mensagens
instantâneas, tweets,
entre outros), novas Interpretar, nos novos gêneros digitais (mensagens
Usos de lingua-
formas de escrita instantâneas, entre outros), novas formas de escrita
gem em meio
(abreviação de pala- (abreviação de palavras, palavras com combinação
digital: “inter-
vras, palavras com de letras e números, pictogramas, símbolos gráficos,
Estudo do léxico

netês”
combinação de letras e entre outros) na constituição das mensagens.
números, pictogramas,
símbolos gráficos,
entre outros) na consti-
tuição das mensagens.

(AL.EF05LI14) Utilizar Utilizar WH-Questions e Because para perguntar


Estudo do léxico

WH-Questions e Be- e responder sobre o estado de estado de saúde de


(WH-Questions) cause para perguntar alguém a partir do estudo das Common illnesses
e Because e responder sobre o da infância, como, por exemplo: Why did he stay at
estado de estado de home? Because he had a cold./Did she have a fever?
saúde de alguém. Yes, she did.

(AL.EF05LI15) Empre-
Empregar, de modo inteligível, as formas verbais em
gar, de modo inteligível,
orações no passado sobre Responsability e Obliga-
as formas verbais em
tion, tais como: Do they have to set the table? Yes,
orações no presente
they do./What does she have to do? She has to wash
Simple Present indicando responsa-
the dishes. Ou para perguntar sobre profissões e
bilidade ou obrigação
Gramática

descrevê-las. Assim: Where does a bank teller work?


assim como fazendo
He works in a bank./ What does a dentist usually do? A
perguntas e descreven-
dentist fixes teeth.
do uma profissão.

(AL.EF05LI16) Empre- Empregar, de modo inteligível, os adjetivos para fazer


gar, de modo inteligível, comparações entre pessoas, objetos e animais, usan-
os adjetivos para fazer do estruturas da língua do tipo: Who is older: your
Gramática

Comparativos
comparações entre falher or your mother?/ Which is more expensive: a
pessoas, objetos e book or a notebook?/ Which is bigger: a kangaroo or
animais. an elephant?

Comparar a comunicação intercultural por meio da


variação de uso língua inglesa valorizando a cons-
(AL.EF05LI17) Com-
trução de identidades no mundo globalizado, onde o
parar a comunicação
Comunicação intercultural

idioma é influenciado pelos falares ao redor do mundo,


Construção de intercultural por meio
cabendo assim uma investigação de como as crianças
identidades no da variação de uso
dessa faixa etária faz uso da língua inglesa.
mundo globa- língua inglesa valori-
Desenvolver atividades que proporcionem comparar
lizado zando a construção de
os costumes no Brasil e países de língua inglesa a
identidades no mundo
partir do tema Here and There, podendo, por exemplo,
globalizado.
comparações em relação a comemorações de datas
(September 7h x July 4ht - Independence Day etc.).
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Finais | 6º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Conhecimento

(EF06LI01) Interagir em Interagir em situações de intercâmbio oral,


Construção de situações de intercâmbio demonstrando iniciativa para utilizar a língua
Discursiva
Interação

laços afetivos e oral, demonstrando inicia- inglesa a partir da reflexão e discussão sobre
convívio social tiva para utilizar a língua os seguintes temas: a casa, a família, a vizi-
inglesa. nhança e a escola (sala de aula).

(EF06LI02) Coletar informa- Coletar informações do grupo, perguntando


Construção de çõesdogrupo,perguntando e respondendo sobre a família, os amigos, a
Discursiva
Interação

laços afetivos e e respondendo sobre a escola e a comunidade através da produção/


convívio social família, os amigos, a escola sentidos(frases) sobre: a casa, a família, a
e a comunidade. vizinhança e a escola (sala de aula).

(EF06LI03) Solicitar es- Solicitar esclarecimentos em língua inglesa


Funções e
clarecimentos em língua sobre o que não entendeu e o significado de
Interação Dis-

usos da língua
inglesa sobre o que não palavras ou expressões desconhecidas, con-
inglesa em sala
entendeu e o significado textualizando o inglês de sala de aula, usando
cursiva

de aula (Class-
de palavras ou expressões expressões tais como: How can I say ____ in
roomlanguage)
desconhecidas. English?/Sorry, teacher!/May I come in?

Estratégias de (EF06LI04) Reconhecer, Reconhecer, com o apoio de palavras cogna-


Compreensão oral

compreensão com o apoio de palavras tas e pistas do contexto discursivo, o assunto


de textos orais: cognatas e pistas do con- e as informações principais em textos orais
palavras cog- texto discursivo, o assunto sobre temas familiares, comparando textos
natas e pistas e as informações principais orais e escritos contendo ilustrações (lingua-
do contexto em textos orais sobre temas gem não verbal), palavras cognatas sobre
discursivo familiares. temas anteriormente estudados.

(EF06LI05) Aplicar os
Aplicar os conhecimentos da língua inglesa
conhecimentos da língua
Produção de para falar de si e de outras pessoas, explici-
inglesa para falar de si e de
textos orais, tando informações pessoais e características
outras pessoas, explicitan-
Produção oral

com a media- relacionadas a gostos, preferências e rotinas


do informações pessoais e
ção do pro- com prática de mini-diálogos em pares ou
características relacionadas
fessor grupos tendo como referência primária o
a gostos, preferências e
professor.
rotinas.

Produção de (EF06LI06) Planejar apre- Planejar apresentação sobre a família, a


Produção oral

textos orais, sentação sobre a família, comunidade e a escola, compartilhando-a


com a media- a comunidade e a escola, oralmente com o grupo através de desenho da
ção do pro- compartilhando-aoralmente árvore genealógica de diferentes famílias e da
fessor com o grupo. própria família e apresentá-la à turma.
(EF06LI07) Formular hipó- Formular hipóteses sobre a finalidade de um
teses sobre a finalidade de texto em língua inglesa, com base em sua
Estratégias de

Hipótesessobre
um texto em língua inglesa, estrutura, organização textual e pistas gráficas
a finalidade de
com base em sua estrutura, pela prática da leitura e interpretação de textos
um texto
leitura

organização textual e pistas em que personalidades famosas forneçam


gráficas. informações sobre suas famílias.

Identificar o assunto de um texto, reconhe-


Compreensão
(EF06LI08) Identificar o cendo sua organização textual e palavras
Estratégias de

geral e espe-
assunto de um texto, reco- cognatas, explorando páginas da Wikepedia
cífica: leitura
nhecendo sua organização sobre um(a) atleta/artista de renome ou de
rápida (skim-
leitura

textual e palavras cognatas. preferência da maioria da turma e responder a


ming,scanning)
questões de interpretação.

Compreensão Localizar informações específicas em texto,


Estratégias de

geral e espe- (EF06LI09) Localizar in- localizando em páginas da Wikepedia infor-


cífica: leitura formações específicas em mações específicas(data de nascimento, idade
leitura

rápida (skim- texto. etc.) sobre um(a) atleta/artista de renome


ming,scanning) dados pessoais dessa pessoa.
Práticas de leitura e constru-

Conhecer a organização de um dicionário


ção de repertório lexical

(EF06LI10) Conhecer a bilíngue (impresso e/ou online) para construir


Construção de
organização de um dicio- repertório lexical verificando a organização de
repertório lexi-
nário bilíngue (impresso e/ um dicionário e realizando buscas de palavras
cal e autonomia
ou on-line) para construir trabalhadas em classe, por pares e/ou grupos
leitora
repertório lexical. com explanação de sentidos contextualizados
e comparados com a língua materna.
trução de repertório lexical
Práticas de leitura e cons-

(EF06LI11) Explorar Explorar ambientes virtuais e/ou aplicativos


Construção de
ambientes virtuais e/ou para construir repertório lexical na língua
repertório lexi-
aplicativos para construir inglesa pela utilização de textos metalinguís-
cal e autonomia
repertório lexical na língua ticos e de redes sociais para interação em
leitora
inglesa. língua inglesa.
Atitudes e disposições
favoráveis do leitor

(EF06LI12) Interessar-se Interessar-se pelo texto lido, compartilhando


Partilha de
pelo texto lido, comparti- suas ideias sobre o que o texto informa/
leitura, com
lhando suas ideias sobre comunica, podendo ser individualmente entre
mediação do
o que o texto informa/ os pares/grupos a partir de leituras escolhidas
professor
comunica. livremente pelos estudantes.
escrita: pré-escrita
Listar ideias para a produção de textos, levan-
(EF06LI13) Listar ideias
Estratégias de

Planejamen- do em conta o tema e o assunto bem como


para a produção de textos,
to do texto: enumerar/citar palavras-chaves que devem
levando em conta o tema e
brainstorming estar contempladas na produção textual e
o assunto.
acordo com o interesse individual e de classe.
escrita: pré-escrita

Planejamento (EF06LI14) Organizar ideias, Organizar ideias, selecionando-as em função


Estratégias de

do texto: or- selecionando-as em função da estrutura e do objetivo do texto, esboçando


ganização de da estrutura e do objetivo em pequenos períodos e/ou parágrafos uma
ideias do texto. produção escrita sobre o tema escolhido.

(EF06LI15) Produzir textos


Produzir textos escritos em língua inglesa
escritos em língua inglesa
(histórias em quadrinhos, cartazes, chats,
Produção de (histórias em quadrinhos,
blogues, agendas, fotolegendas, entre outros),
textos escritos, cartazes, chats, blogues,
sobre si mesmo, sua família, seus amigos,
Práticas de escrita

em formatos agendas, fotolegendas,


gostos, preferências e rotinas, sua comuni-
diversos, com entre outros), sobre si mes-
dade e seu contexto escolar pelo uso de mul-
a mediação do mo, sua família, seus ami-
timeios e/ou produções verbal e não verbal
professor gos, gostos, preferências e
para produção de pequenas estórias a serem
rotinas, sua comunidade e
expostas em sala de aula.
seu contexto escolar.

Construir repertório relativo às expressões


(EF06LI16) Construir reper- usadas para o convívio social e o uso da
Estudo do léxico

Construção tório relativo às expressões língua inglesa em sala de aula, criando tabe-
de repertório usadas para o convívio las de palavras que podem seguir a ordem
lexical social e o uso da língua alfabética e/ou classe gramatical expostas em
inglesa em sala de aula. quadros (cartazes) na sala de aula e/ou mural
da escola.

Construir repertório lexical relativo a temas


(EF06LI17) Construir reper- familiares (escola, família, rotina diária, ativi-
tório lexical relativo a temas dades de lazer, esportes, entre outros) através
Estudo do léxico

Construção
familiares (escola, família, da criação de tabelas de palavras que podem
de repertório
rotina diária, atividades seguir a ordem alfabética e/ou classe gramati-
lexical
de lazer, esportes, entre cal expostas em quadros (cartazes) na sala de
outros). aula e/ou mural da escola com a possibilidade
de uso de linguagem não verbal.

(EF06LI18) Reconhecer Reconhecer semelhanças e diferenças(pala-


Estudo do léxico

semelhanças e diferenças vras homônimas e parônimas) na pronúncia


na pronúncia de palavras da de palavras da língua inglesa e da língua
Pronúncia
língua inglesa e da língua materna e/ou outras línguas conhecidas e pre-
materna e/ou outras línguas sentes em letras de músicas, charges, poemas
conhecidas. ou em outros gêneros discursivos.
Utilizar o presente do indicativo para identifi-
car pessoas (verbo to be) e descrever rotinas
diárias, tendo como referência material não
Presente sim- (EF06LI19) Utilizar o pre-
verbal (imagens, fotografias, paisagens),
ples e contínuo sente do indicativo para
calendários entre outros para a identificar
(formas afirma- identificar pessoas (verbo
pessoas/lugares (singular e plural) e verbos
tiva, negativa e to be) e descrever rotinas
de ação para expressar/comunicar suas ati-
Gramática

interrogativa) diárias.
vidades diárias e rotineiras bem como ques-
tionamentos e negação dessas funções entre
pares num diálogo ou em outras simulações.

Utilizar o presente contínuo para descrever


Presente sim-
ações em progresso, identificar ações mais
ples e contínuo (EF06LI20) Utilizar o pre-
duradouras (present continuous) e traçar um
Gramática

(formas afirma- sente contínuo para descre-


comparativo com as ações mais imediatas e
tiva, negativa e ver ações em progresso.
pontuais (simple present) referendados na
interrogativa)
habilidade anterior.

Reconhecer o uso do imperativo em enun-


(EF06LI21) Reconhecer
ciados de atividades, comandos e instruções,
Gramática

o uso do imperativo em
Imperativo analisando em diferentes textos a finalidade
enunciados de atividades,
do uso desse modo verbal, a exemplo de
comandos e instruções.
comerciais, propagandas em geral e manuais.

Descrever relações por meio do uso de


Gramática

(EF06LI22) Descrever
Caso genitivo apóstrofo (’) + s, identificando a ideia de
relações por meio do uso
(‘s) propriedade pelo uso do genitivo comumente
de apóstrofo (’) + s.
encontrado no meio social/comercial.

Empregar, de forma inteligível, os adjetivos


(EF06LI23) Empregar, de possessivos, identificando, comparativamen-
Gramática

Adjetivos pos-
forma inteligível, os adjeti- te, entre Língua Inglesa e a Língua Portugue-
sessivos
vos possessivos. sa, as diferenças e semelhanças de uso dos
adjetivos possessivos.

Países que têm (EF06LI24) Investigar o Investigar o alcance da língua inglesa no mun-
A língua ingle-
sa no mundo

a língua inglesa alcance da língua inglesa no do: como língua materna e/ou oficial (primeira
como língua mundo: como língua mater- ou segunda língua), mapeando os países onde
materna e/ou na e/ou oficial (primeira ou a LI é língua oficial e/ou materna e comparar
oficial segunda língua). aspectos distintos referentes à fala e à escrita.
sociedadebrasileira/comunidade
A língua inglesa no cotidiano da

Identificar a presença da língua inglesa na


(EF06LI25) Identificar a pre-
sociedade brasileira/comunidade (palavras,
sença da língua inglesa na
expressões, suportes e esferas de circulação
Presença da sociedade brasileira/comu-
e consumo) e seu significado, buscando em
língua inglesa nidade (palavras, expres-
fontes diversas (letras de música etc) os
no cotidiano sões, suportes e esferas de
estrangeirismos recorrentes em nossa so-
circulação e consumo) e
ciedade contemporânea e identificando suas
seu significado.
funções.
A língua inglesa no cotidiano da
sociedadebrasileira/comunidade

Avaliar,problematizandoelementos/produtos
(EF06LI26) Avaliar, proble- culturais de países de língua inglesa absor-
matizando elementos/pro- vidos pela sociedade brasileira/comunidade
Presença da
dutos culturais de países de assim como comparando em textos orais e
língua inglesa
língua inglesa absorvidos escritos que contenham ilustrações (lingua-
no cotidiano
pela sociedade brasileira/ gem não verbal), estrangeirismos, discutindo
comunidade. os usos, consumo e influência desses elemen-
tos na cultura social brasileira contemporânea.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Finais | 7º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Conhecimento

Interagir em situações de intercâmbio oral


(EF07LI01) Interagir em situa-
Funções e para realizar as atividades em sala de aula,
Interação discursiva

ções de intercâmbio oral para


usos da língua de forma respeitosa e colaborativa, trocan-
realizar as atividades em sala
inglesa: convi- do ideias e engajando-se em brincadeiras
de aula, de forma respeitosa e
vência e co- e jogos, praticando diálogos e atividades
colaborativa, trocando ideias e
laboração em lúdicas em pares/pequenos grupos em
engajando-se em brincadeiras e
sala de aula LI evitando, ao máximo, o uso da língua
jogos.
materna.

Entrevistar os colegas para conhecer suas


Interação discursiva

histórias de vida, utilizando-se do uso da


(EF07LI02) Entrevistar os colegas tecnologia da comunicação para registrar
Práticas inves-
para conhecer suas histórias de entrevistas com os colegas de sala a fim
tigativas
vida. de colher informações sobre a história
de vida deles, usando o Simple Present/
Simple Past.

Estratégias de Mobilizar conhecimentos prévios para


Compreensão

compreensão (EF07LI03) Mobilizar conheci- compreender texto oral numa abordagem


de textos orais: mentos prévios para compreen- comunicativa a fim de rememorar e/ou
conhecimentos der texto oral. reforçar habilidades trabalhadas em anos
oral

prévios anteriores.

Identificar o contexto, a finalidade, o


Compreensão (EF07LI04) Identificar o contex-
assunto e os interlocutores em textos
Compreensão

de textos orais to, a finalidade, o assunto e os


orais presentes no cinema, na internet, na
de cunho interlocutores em textos orais
televisão, entre outros, reproduzindo e/ou
descritivo ou presentes no cinema, na internet,
representando cenas de filmes, comerciais
oral

narrativo na televisão, entre outros.


televisivos, cenas de novelas etc.

Compor, em língua inglesa, narrativas orais


sobre fatos, acontecimentos e personali-
Produção de (EF07LI05) Compor, em língua
dades marcantes do passado a partir da
Produção oral

textos orais, inglesa, narrativas orais sobre


investigação de fatos históricos e aconte-
com mediação fatos, acontecimentos e persona-
cimentos bem como sobre personalidades
do professor lidades marcantes do passado.
locais e elaboração de apresentação oral,
em duplas ou grupos.
(EF07LI06) Antecipar o sentido Antecipar o sentido global de textos em
Estratégias de leitura

Compreen-
global de textos em língua in- língua inglesa por inferências, com base
são geral e
glesa por inferências, com base em leitura rápida, observando títulos escri-
específica:
em leitura rápida, observando tos sobre a importância de personalidades
leitura rápida
títulos, primeiras e últimas frases de renome na Arte, História e Literatura,
(skimming,
de parágrafos e palavras-chave primeiras e últimas frases de parágrafos e
scanning)
repetidas. palavras-chave repetidas.

Identificar a(s) informação(ões)-chave


Estratégias de leitura

Compreen-
de partes de um texto em língua inglesa
são geral e (EF07LI07) Identificar a(s) in-
(parágrafos), e que abordem a importância
específica: formação(ões)-chave de partes
de personalidades de renome na Arte,
leitura rápida de um texto em língua inglesa
História e Literatura com ênfase na busca
(skimming, (parágrafos).
pelas palavras-chave, informações espe-
scanning)
cíficas etc.

Relacionar as partes de um texto (pará-


Estratégias de

Construção do (EF07LI08) Relacionar as partes grafos) para construir seu sentido global,
sentido global de um texto (parágrafos) para montando textos fatiados em parágrafos
leitura

do texto construir seu sentido global. a fim de reconstruí-los visando retomar o


seu sentido original.
tura e pesquisa
Práticas de lei-

Selecionar em um texto, a informação


(EF07LI09) Selecionar, em um
Objetivos de desejada como objetivo de leitura bem
texto, a informação desejada
leitura como a ideia central de textos dissertati-
como objetivo de leitura.
vos/argumentativos.
Práticas de leitu-

Escolher, em ambientes virtuais, textos em


(EF07LI10) Escolher, em am-
ra e pesquisa

Leitura de língua inglesa, de fontes confiáveis, para


bientes virtuais, textos em língua
textos digitais estudos/pesquisas escolares, ler e identifi-
inglesa, de fontes confiáveis, para
para estudo car a confiabilidade de fontes de pesquisa
estudos/pesquisas escolares.
do mundo digital.
Atitudes e disposições

Participar de troca de opiniões e informa-


favoráveis do leitor

(EF07LI11) Participar de troca ções sobre textos, lidos na sala de aula ou


Partilha de de opiniões e informações sobre em outros ambientes assim como defender
leitura textos, lidos na sala de aula ou o seu ponto de vista a partir das leituras
em outros ambientes. realizadas, respeitando a fala do outro e
pontos de vista diversos.
Planejar a escrita de textos em função
do contexto (público, finalidade, layout e
Pré-escrita:
Estratégias de escrita:

suporte), explorando uma variedade de


pré-escrita e escrita

planejamento (EF07LI12) Planejar a escrita de


textos com temas e conteúdos de interes-
de produção textos em função do contexto
se do público (estudantes), incluindo os
escrita, com (público, finalidade, layout e
regionais, buscando identificar os leitores
mediação do suporte).
a quem se destinam, suas finalidades,
professor
layout e suportes em que são comumente
disponibilizados.

Organizar textos em unidades de sentido,


dividindo-o em parágrafos ou tópicos e
Escrita: orga- (EF07LI13) Organizar texto em
Estratégias de escrita:

subtópicos, explorando as possibilidades


pré-escrita e escrita

nização em unidades de sentido, dividindo-o


de organização gráfica, de suporte e de
parágrafos ou em parágrafos ou tópicos e
formato do texto com temas e conteúdos
tópicos, com subtópicos, explorando as possi-
regionais, reconhecendo/confirmando o
mediação do bilidades de organização gráfica,
público a que se destinam, suas finalida-
professor de suporte e de formato do texto.
des, layout e suportes em que são comu-
mente disponibilizados.

Produzir textos diversos sobre fatos, acon-


Produção de (EF07LI14) Produzir textos diver-
Práticas de escrita

tecimentos e personalidades do passado


textos escritos, sos sobre fatos, acontecimentos
que marcaram a história em diversos
em formatos e personalidades do passado
níveis(local, regional, nacional e interna-
diversos, com (linha do tempo/ timelines,
cionalmente, através de linhas do tempo
mediação do biografias, verbetes de enciclopé-
(timelines), biografias, verbetes de enciclo-
professor dias, blogues, entre outros).
pédias, blogues, dentre outros.

Construir repertório lexical relativo a


(EF07LI15) Construir repertório verbos regulares e irregulares (formas no
lexical relativo a verbos regulares passado), preposições de tempo (in, on,
e irregulares (formas no passa- at) e conectores (and, but, because, then,
Construção
do), preposições de tempo (in, so, before, after, entre outros) através do
Estudo do léxico

de repertório
on, at) e conectores (and, but, preenchimento de textos lacunados de
lexical
because, then, so, before, after, gêneros variados, usando verbos regulares
entre e irregulares bem como preposições e
outros). conectores levando em consideração os
contextos.

Reconhecer a pronúncia de verbos regu-


Estudo do

(EF07LI16) Reconhecer a pro-


lares no passado (-ed) presentes em dife-
Pronúncia núncia de verbos regulares no
léxico

rentes produções orais(letras de música,


passado (-ed).
diálogos etc.).
Explorar o caráter polissêmico de palavras
Estudo do léxico

de acordo com o contexto de uso, com-


(EF07LI17) Explorar o caráter
parando textos diversos e textos metalin-
Polissemia polissêmico de palavras de acor-
guísticos (dicionário) para reconhecimento
do com o contexto de uso.
e uso apropriado de sentidos possíveis de
palavras homógrafas.

Utilizar o passado simples e o passado


Passado sim-
(EF07LI18) Utilizar o passado contínuo para produzir textos orais e es-
ples e contí-
simples e o passado contínuo critos, mostrando relações de sequência e
nuo (formas
para produzir textos orais e causalidade bem como a contextualização
Gramática

afirmativa,
escritos, mostrando relações de de ações concluídas e/ou em progresso
negativa e
sequência e causalidade. temporário no passado compreendendo
interrogativa)
suas distinções.

Discriminar sujeito de objeto utilizando


Gramática

Pronomes do (EF07LI19) Discriminar sujeito de


pronomes a eles relacionados, distinguin-
caso reto e do objeto utilizando pronomes a eles
do a função de ambos em variadas situa-
caso oblíquo relacionados.
ções de uso.

Empregar, de forma inteligível, o verbo


(EF07LI20) Empregar, de forma
Verbo modal modal can para descrever habilidades (no
Gramática

inteligível, o verbo modal can


can (presente presente e no passado), expressar poten-
para descrever habilidades (no
e passado) cialidades ou não e competências ou não
presente e no passado).
pessoais de si e do outro.

Analisar o alcance da língua inglesa e os


A língua inglesa no

A língua in-
seus contextos de uso no mundo globa-
glesa como
(EF07LI21) Analisar o alcance da lizado, reconhecendo os diferentes usos
língua global
língua inglesa e os seus contex- e formas(linguagem formal e informal,
na sociedade
tos de uso no mundo globalizado. variação linguística) da LI em diversos
mundo

contempo-
contextos presenciais/virtuais para uma
rânea
comunicação efetiva.

Explorar modos de falar em língua inglesa,


(EF07LI22) Explorar modos de
refutando preconceitos e reconhecendo a
Comunicação

falar em língua inglesa, refutando


intercultural

Variação lin- variação linguística como fenômeno natu-


preconceitos e reconhecendo a
guística ral das línguas, reconhecendo sua presen-
variação linguística como fenô-
ça nas mais variadas culturas assim como
meno natural das línguas.
o seu status de língua franca.

Reconhecer a variação linguística como


Comunicação

(EF07LI23) Reconhecer a
intercultural

manifestação de formas de pensar e


Variação lin- variação linguística como mani-
expressar o mundo, caracterizando-se
guística festação de formas de pensar e
como identidade cultural na distinção de
expressar o mundo.
comunidades.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Finais | 8º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didáticos-Pedagógicos
Conhecimento

Fazer uso da língua inglesa para resolver


(EF08LI01) Fazer uso mal-entendidos, emitir opiniões e esclarecer
Negociação de da língua inglesa para informações por meio de paráfrases ou jus-
Interação discursiva

sentidos (mal-en- resolver mal-entendi- tificativas, produzindo textos em que sejam


tendidos no uso dos, emitir opiniões e usadas expressões tais como: - I beg your
da língua inglesa e esclarecer informações pardon?/Can you repeat, please?/ In my opi-
conflito de opiniões) por meio de paráfrases nion../ As far as I know.../Sorry?/ In my point
ou justificativas. of view... visando a solução esclarecimentos e
reforçando pontos de vista.

(EF08LI02) Explorar o
uso de recursos linguís-
Explorar o uso de recursos linguísticos (fra-
ticos (frases incomple-
Interação discursiva

Usos de recursos ses incompletas, hesitações, entre outros) e


tas, hesitações, entre
linguísticos e pa- paralinguísticos (gestos, expressões faciais,
outros) e paralinguísti-
ralinguísticos no entre outros) em situações de interação oral
cos (gestos, expressões
intercâmbio oral para expressar sentimentos, emoções etc e
faciais, entre outros)
concretizar a interação entre usuários.
em situações de intera-
ção oral.

(EF08LI03) Construir o Construir o sentido global de textos orais,


Compreensão de
sentido global de textos relacionando suas partes, o assunto principal
Compreensão

textos orais, multi-


orais, relacionando e informações relevantes, explorando produ-
modais, de cunho
suas partes, o assunto ções(entrevistas, conversas entre amigos e
informativo/jorna-
principal e informações familiares etc.) disponíveis em variados porta-
oral

lístico
relevantes. dores de textos(blogs, podcast, rádios...).

(EF08LI04) Utilizar Utilizar recursos e repertório linguísticos


recursos e repertório apropriados para informar/comunicar/falar
linguísticosapropriados do futuro: planos, previsões, possibilidades e
Produção de textos
para informar/comu- probabilidades, usando formas verbais(will,
Produção oral

orais com auto-


nicar/falar do futuro: would, going to, be + -ing forms) para dar e
nomia
planos, previsões, colher informações, reconhecendo as particu-
possibilidades e proba- laridades de uso de cada uma das estruturas
bilidades. da língua em questão.

(EF08LI05) Inferir Inferir informações e relações que não


Construção de
informações e relações aparecem de modo explícito no texto para
Estratégias de

sentidos por meio


que não aparecem de construção de sentidos, lançando mãos dos
de inferências e
modo explícito no texto conhecimentos prévios (organização do texto)
reconhecimento de
leitura

para construção de e localizando cognatos a fim de inferir os sen-


implícitos
sentidos. tidos possíveis a textos de gêneros diversos.
(EF08LI06) Apreciar
Práticas de leitura e fruição

textos narrativos em Apreciar textos narrativos em língua inglesa


língua inglesa (contos, (contos, romances, entre outros, em versão
romances, entre outros, original ou simplificada), como forma de
Leitura de textos
em versão original ou valorizar o patrimônio cultural produzido em
de cunho artístico/
simplificada), como língua inglesa, assim como biografias de
literário
forma de valorizar o escritores clássicos e contemporâneos dos
patrimônio cultural países da língua inglesa como língua materna
produzido em língua ou primeira língua.
inglesa.

Explorar ambientes virtuais e/ou aplicativos


(EF08LI07) Explorar para acessar e usufruir do patrimônio artístico
Práticas de leitura e

ambientes virtuais e/ou literário em língua inglesa disponíveis em


Leitura de textos
aplicativos para acessar blogs, enciclopédias, museus, bibliotecas a
de cunho artístico/
e usufruir do patrimônio fim de ampliar seu repertório literário sobre a
literário
artístico literário em vida e obra de escritores clássicos e contem-
fruição

língua inglesa. porâneos dos países da língua inglesa como


língua materna ou primeira língua.

(EF08LI08) Analisar, cri-


Analisar, criticamente, o conteúdo de textos
ticamente, o conteúdo
Avaliação dos

argumentativos, comparando diferentes


textos lidos

de textos, comparando
Reflexão pós-leitura perspectivas apresentadas sobre um mesmo
diferentes perspectivas
assunto assim como defender a melhor abor-
apresentadas sobre um
dagem na sua opinião.
mesmo assunto.

(EF08LI09) Avaliar
Estratégias de escrita: escrita

a própria produção
escrita e a de colegas, Avaliar a própria produção escrita e a de co-
com base no contexto legas, com base no contexto de comunicação
Revisão de textos
de comunicação (fina- (finalidade e adequação ao público, conteúdo
com a mediação do
lidade e adequação ao a ser comunicado, organização textual, legibi-
e pós- escrita

professor
público, conteúdo a ser lidade, estrutura de frases) a partir de critérios
comunicado, organiza- pré-estabelecidos para avaliação.
çãotextual,legibilidade,
estrutura de frases).
Estratégias de escrita:
escrita e pós- escrita

(EF08LI10) Reconstruir
Reconstruir o texto, com cortes, acréscimos,
o texto, com cortes,
Revisão de textos reformulações e correções, para aprimora-
acréscimos, reformula-
com a mediação do mento, edição e publicação final em murais,
ções e correções, para
professor em blogues e/ou em grupos nas redes virtuais
aprimoramento, edição
sociais.
e publicação final.
(EF08LI11) Produzir
textos (comentários
em fóruns, relatos
pessoais, mensagens
instantâneas, tweets, Produzir textos (comentários em fóruns,
reportagens, histórias relatos pessoais, mensagens instantâneas,
de ficção, blogues, tweets, reportagens, histórias de ficção, entre
Produção de textos
entre outros), com o outros), com o uso de estratégias de escrita
escritos com media-
uso de estratégias de (planejamento, produção de rascunho, revisão
ção do professor/
escrita (planejamento, e edição final), considerando a finalidade
colegas
produção de rascunho, proposta e apontando sonhos e projetos para
Práticas de escrita

revisão e edição final), o futuro (pessoal, da família, da comunidade


apontando sonhos e ou do planeta).
projetos para o futuro
(pessoal, da família,
da comunidade ou do
planeta).

(EF08LI12) Construir Construir repertório lexical relativo a planos,


repertório lexical relati- previsões e expectativas para o futuro, usando
Estudo do

Construção de
vo a planos, previsões palavras e expressões (advérbios e locuções
repertório lexical
léxico

e expectativas para o adverbiais) com ideia de futuro de forma


futuro. contextualizada.

(EF08LI13) Reconhe-
Formação de pa- cer sufixos e prefixos Reconhecer sufixos e prefixos comuns utiliza-
Estudo do

lavras: prefixos e comuns utilizados na dos na formação de palavras em língua ingle-


léxico

sufixos formação de palavras sa, desmembrando-as em partes e sentidos.


em língua inglesa.

(EF08LI14) Utilizar for- Utilizar formas verbais do futuro para descre-


mas verbais do futuro ver planos e expectativas e fazer previsões
Gramática

Verbos para indicar


para descrever planos empregando will, shall, going to, present
o futuro
e expectativas e fazer continuous tense e identificando o correto uso
previsões. de cada uma.

Utilizar, de modo inteligível, as formas


(EF08LI15) Utilizar, de
comparativas e superlativas de adjetivos
modo inteligível, as
para comparar qualidades e quantidades,
formas comparativas
Comparativos e compreendendo sobre destaques positivos e
e superlativas de ad-
superlativos negativos entre dois ou mais elementos tais
Gramática

jetivos para comparar


como extensão e fundação de países, tama-
qualidades e quanti-
nhos e pesos de animais, características dos
dades.
humanos etc. .
(EF08LI16) Utilizar, de Utilizar, de modo inteligível, corretamente,
Gramática

modo inteligível, cor- some, any, many, much para verificação de


Quantificadores
retamente, some, any, medidas e proporções, utilizando os quantifi-
many, much. cadores apropriadamente.

(EF08LI17) Empregar,
de modo inteligível, Empregar, de modo inteligível, os pronomes
os pronomes relativos relativos (who, which, that, whose) para cons-
Pronomes relativos (who, which, that, truir períodos compostos por subordinação
Gramática

whose) para construir bem como identificar outras funções exercidas


períodos compostos por esses mesmos termos noutros contextos.
por subordinação.

(EF08LI18) Construir
repertório cultural por
Construir repertório cultural por meio do
meio do contato com
contato com manifestações artístico-culturais
manifestações artísti-
vinculadas à língua inglesa (artes plásticas
Manifestações culturais

co-culturais vinculadas
Construção de e visuais, literatura, música, cinema, dança,
à língua inglesa (artes
repertório artístico- festividades, entre outros), valorizando a
plásticas e visuais, lite-
-cultural diversidade entre culturas, traçando um pa-
ratura, música, cinema,
ralelo entre o Brasil e países falantes da LI,
dança, festividades,
no tocante aos aspectos culturais e artísticos,
entre outros), valorizan-
evidenciando semelhanças e diferenças.
do a diversidade entre
culturas.

(EF08LI19) Investigar
Investigar de que forma expressões, gestos e
de que forma expres-
Comunicação

Impactodeaspectos comportamentossãointerpretadosemfunção
intercultural

sões, gestos e com-


culturais na comu- de aspectos culturais, comuns a falantes da
portamentos são inter-
nicação línguainglesa,identificandoaspectoscompor-
pretados em função de
tamentais do outro.
aspectos culturais.

Examinar fatores que podem impedir o enten-


Comunicação inter-

(EF08LI20) Examinar
dimento entre pessoas de culturas diferentes
fatores que podem
Impactodeaspectos que falam a língua inglesa, explorando situa-
impediroentendimento
culturais na comu- ções de desentendimentos provocados por
entre pessoas de cultu-
nicação diferenças culturais e de aspectos linguísticos
cultural

ras diferentes que falam


a partir da análise de produções(multimodais)
a língua inglesa.
ora existentes.
Organizador Curricular - Língua Inglesa nos Anos Finais | 9º Ano
Temáticas
Unidades

Objeto de
Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Conhecimento

(EF09LI01) Fazer uso da língua Fazer uso da língua inglesa, dialogando


Funções e inglesa para expor pontos de vista, em duplas, pares e/ou grupos, para expor
Interação dis-

usos da língua argumentos e contra-argumentos, pontos de vista, argumentos e contra-


inglesa: per- considerando o contexto e os re- -argumentos, considerando o contexto e
cursiva

suasão cursos linguísticos voltados para a os recursos linguísticos voltados para a


eficácia da comunicação. eficácia da comunicação.

Compreensão
de textos
Compreensão

(EF09LI02) Compilar as ideias-chave Compilar as ideias-chave de textos mul-


orais, multi-
de textos por meio de tomada de timodais argumentativos por meio de
modais, de
notas. tomada de notas.
cunho argu-
oral

mentativo

Compreensão
Analisar posicionamentos defendidos e
de textos (EF09LI03) Analisar posicionamentos
Compreensão

refutados em textos orais sobre temas de


orais, multi- defendidos e refutados em textos
interesse social e coletivo, estabelecendo
modais, de orais sobre temas de interesse social
uma relação entre ideias favoráveis e
cunho argu- e coletivo.
oral

contrárias num texto.


mentativo

(EF09LI04) Expor resultados de Expor resultados de pesquisa ou estudo


pesquisa ou estudo com o apoio de sobre tema/assunto de interesse social
Produção de
recursos, tais como notas, gráficos, e coletivo com o apoio de recursos, tais
Produção oral

textos orais
tabelas, entre outros, adequando as como notas, gráficos, tabelas, entre
com autono-
estratégias de construção do texto outros, adequando as estratégias de
mia
oral aos objetivos de comunicação e construção do texto oral aos objetivos de
ao contexto. comunicação e ao contexto.

(EF09LI05) Identificar recursos de Identificar recursos de persuasão (es-


persuasão (escolha e jogo de pala- colha e jogo de palavras, uso de cores e
Estratégias de

Recursos de vras, uso de cores e imagens, tama- imagens, tamanho de letras), utilizados
persuasão nho de letras), utilizados nos textos nos textos publicitários e de propaganda,
leitura

publicitários e de propaganda, como comoelementosdeconvencimento,iden-


elementos de convencimento. tificando o público alvo e propósitos.

Distinguir fatos de opiniões em textos


Estratégias de

(EF09LI06) Distinguir fatos de opi- argumentativos da esfera jornalística atra-


Recursos de
niões em textos argumentativos da vés de leitura comparativa de textos argu-
argumentação
leitura

esfera jornalística. mentativos e de opinião, identificando as


características próprias de cada um.
Identificar argumentos principais e as
Estratégias de

(EF09LI07) Identificar argumentos evidências/exemplos que os sustentam,


Recursos de
principais e as evidências/exemplos localizando em textos diversos as partes
argumentação
leitura

que os sustentam. que caracterizem argumentos apresenta-


dos pelo(s) autor(es).

Explorar ambientes virtuais de informa-


ção e socialização, analisando a qualidade
Práticas de leitura e
novas tecnologias

(EF09LI08) Explorar ambientes vir- e a validade das informações veiculadas,


Informações
tuais de informação e socialização, fazendo um tour por páginas na internet
em ambientes
analisando a qualidade e a validade que tratem de assuntos afins, constatan-
virtuais
das informações veiculadas. do aquela(s) que mereça(m) confiança
no seu conteúdo ou que apresente(m)
assuntos mais completos.

Compartilhar, com os colegas, a leitura


(EF09LI09) Compartilhar, com os
dos textos escritos pelo grupo, valorizan-
Avaliação dos

colegas, a leitura dos textos escritos


textos lidos

Reflexão do os diferentes pontos de vista defendi-


pelo grupo, valorizando os diferentes
pós-leitura dos, com ética e respeito, para posterior
pontos de vista defendidos, com ética
exposição das produções dos estudantes
e respeito.
em mural ou blogue.

(EF09LI10) Propor potenciais argu- Propor potenciais argumentos para


mentos para expor e defender ponto expor e defender ponto de vista em texto
Escrita: cons- de vista em texto escrito, refletindo escrito, refletindo sobre o tema proposto
Estratégias de

trução da sobre o tema proposto e pesquisando e pesquisando dados, evidências e exem-


argumentação dados, evidências e exemplos para plos em outros textos do gênero para
escrita

sustentar os argumentos, organizan- sustentar os argumentos, organizando-os


do-os em sequência lógica. em sequência lógica.

Utilizar recursos verbais e não verbais


(EF09LI11) Utilizar recursos ver-
para construção e/ou criação da persua-
bais e não verbais para construção
Escrita: cons- são em textos da esfera publicitária, de
Estratégias de

da persuasão em textos da esfera


trução da forma adequada ao contexto de circu-
publicitária, de forma adequada ao
persuasão lação (produção e compreensão) para
contexto de circulação (produção e
escrita

apresentação em sala de aula.


compreensão).

Produzir textos (infográficos, fóruns


(EF09LI12) Produzir textos (infográ-
Produção de discussão on-line, fotorreportagens,
ficos, fóruns de discussão on-line,
Práticas de escrita

de textos campanhas publicitárias, memes, entre


fotorreportagens, campanhas publi-
escritos, com outros) sobre temas ou dilemas de inte-
citárias, memes, entre outros) sobre
mediação do resse coletivo local ou global, que reve-
temas de interesse coletivo local ou
professor/ lemposicionamentocrítico,apresentando
global, que revelem posicionamento
colegas propostas de solução de problemas se
crítico.
for o caso.
Reconhecer, nos novos gêneros digitais
(blogues, mensagens instantâneas,
(EF09LI13) Reconhecer, nos novos
tweets, entre outros), novas formas de
gêneros digitais (blogues, mensagens
escrita (abreviação de palavras, palavras
Usos de lin- instantâneas, tweets, entre outros),
com combinação de letras e números,
guagem em novas formas de escrita (abreviação
pictogramas, símbolos gráficos, entre
Estudo do léxico

meio digital: de palavras, palavras com combina-


outros) na constituição das mensagens,
“internetês” ção de letras e números, pictogra-
convertendo textos, tipicamente, do
mas, símbolos gráficos, entre outros)
meio digital em textos físicos, fazendo as
na constituição das mensagens.
devidas adaptações nessa reconstrução
quando possível

Utilizar conectores indicadores de adição,


(EF09LI14) Utilizar conectores indica- condição, oposição, contraste, conclusão
Estudo do léxico

Conectores dores de adição, condição, oposição, e síntese como auxiliares na construção


(linking contraste, conclusão e síntese como da argumentação e intencionalidade dis-
words) auxiliares na construção da argumen- cursiva para preencher textos lacunados
tação e intencionalidade discursiva. já conhecidos pelos estudantes, justifi-
cando o uso de cada um deles.

Empregar, de modo inteligível, as formas


(EF09LI15) Empregar, de modo verbais em orações condicionais dos
Orações
inteligível, as formas verbais em tipos 1 e 2 (If-clauses), explorando a
Gramática

condicionais
orações condicionais dos tipos 1 e 2 presença da condicionalidade em frases
(tipos 1 e 2)
(If-clauses). de superstições ao redor do mundo bem
como seus sentidos.

Empregar, de modo inteligível, os verbos


should, must, have to, may e might para
(EF09LI16) Empregar, de modo inte-
Verbos mo- indicar recomendação, necessidade ou
ligível, os verbos should, must, have
dais: should, obrigação e probabilidade através de
to, may e might para indicar reco-
must, have to, pesquisa sobre o uso do verbos modais
Gramática

mendação,necessidadeouobrigação
may e might em textos orais ou escritos, conferindo
e probabilidade.
o sentido que eles trazem nos contextos
em que são usados.

Debater sobre a expansão da língua ingle-


A língua inglesa no

sa pelo mundo, em função do processo


Expansão da (EF09LI17) Debater sobre a expansão
de colonização nas Américas, África, Ásia
língua ingle- da língua inglesa pelo mundo, em
e Oceania assim como identificar em cada
sa: contexto função do processo de colonização
continente a existência de programas de
mundo

histórico nas Américas, África, Ásia e Oceania.


intercâmbios, tendo a LI como foco bem
como sua abrangência e finalidades.
A língua ingle- (EF09LI18) Analisar a importância da Analisar a importância da língua inglesa
A língua inglesa

sa e seu papel língua inglesa para o desenvolvimen- para o desenvolvimento das ciências
no intercâm- to das ciências (produção, divulgação (produção, divulgação e discussão de
no mundo

bio científico, e discussão de novos conhecimen- novos conhecimentos), da economia e da


econômico e tos), da economia e da política no política no cenário mundial, inserindo a
político cenário mundial. relação com o Brasil nesse contexto.

Discutir a comunicação intercultural por


Comunicação intercultural

meio da língua inglesa como mecanismo


de valorização pessoal e de construção de
(EF09LI19) Discutir a comunicação
Construção de identidades no mundo globalizado atra-
intercultural por meio da língua ingle-
identidadesno vés de pesquisa sobre qual é a principal
sa como mecanismo de valorização
mundo globa- justificativa para o uso da a LI em países
pessoal e de construção de identida-
lizado onde ela é tida como segunda língua e
des no mundo globalizado.
que diferença tal conhecimento linguís-
tico faz na vida pessoal e profissional de
seus usuários.
460 - LÍNGUA INGLESA -

Referências PIAJET, J. A Epistemologia Ge-


nética. Trad. Nathanael C. Caixeira.
ALAGOAS, Secretaria de Esta- Petrópolis: Vozes, 1971.
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Alagoas, 2014. Paulo: Cultrix, 2000.
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sical Response Method for Second ao múltiplo e ao complexo: objeto
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ção Básica, 2017. Ensino de Língua Estrangeira: Con-
BRASIL, Ministério da Educa- cepções de língua, cultura e identi-
ção. Orientações curriculares para dade no contexto ensino/aprendi-
o Ensino Médio: linguagens, códi- zagem. In: Revista Trama - Volume
gos e suas tecnologias. Brasília: Se- 9 - Número 18 - 2º Semestre de
cretaria de Educação Básica, 2016. 2013. (Pp. 115-127)
CARDOSO, Silvia Helena Barbi.
Discurso e Ensino. Belo Horizonte:
Autêntica, 1999.
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA

CENTRO DE EDUCAÇÃO CYRO ACCIOLY – ENCONTRO ESTUDANTIL


MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 465

1 . ÁREA DE MATEMÁTICA.................................................................................... 470


1.1 Concepções sobre a natureza da matemática............................................................471
1.2 Matemática como área de conhecimento...................................................................474

2. ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO ESCOLAR DE MATEMÁTICA.................. 475


2.1 A educação matemática para sala de aula...................................................................475
2.2 Concepções de ensino de matemática.......................................................................476
2.3 Matemática escolar.......................................................................................................478
2.4 Unidades temáticas......................................................................................................480
2.5 Objetos do conhecimento e habilidades.....................................................................487
2.6 Competências específicas da matemática.................................................................488
2.7 A progressividade da aprendizagem dos conhecimentos matemáticos...................490

3. METODOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA............................................... 492


3.1 Educação matemática..................................................................................................492
3.2 Matemática financeira..................................................................................................493
3.3 Pensamento computacional........................................................................................494
3.4 Modelagem matemática...............................................................................................495

4. ORGANIZADOR CURRICULAR.......................................................................... 497

5. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 547
1. APRESENTAÇÃO
O Referencial Curricular de Alagoas do
ensino fundamental em Matemática é um
documento construído pelos professores
de Alagoas, à luz da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), e subsidiado pelos cur-
rículos existentes, tais como o Referen-
cial Curricular da educação básica da rede
estadual de Alagoas (2014), o Referencial
Curricular de Penedo, de Maceió, de Teo-
tônio Vilela, entre outros. Este documento
vem sistematizar o ensino de matemáti-
ca através de uma proposta de currículo
mínimo (BNCC), consubstanciada pelas
características e identidades regionais do
estado de Alagoas.
É um documento elaborado para nor-
tear as unidades de ensino, portanto é
embasado nas juventudes e territoriali-
dade, inseridas na metodologia proposta
para a prática pedagógica do ensino de
matemática.
A educação básica é o primeiro nível
do ensino escolar no Brasil.  Composta
de três etapas: a educação infantil (para
crianças com até cinco anos), o ensi-
no fundamental (para estudantes de
seis a quatorze anos) e o ensino médio
(para estudantes de quinze a dezessete
464 - MATEMÁTICA -

anos). Nesse percurso, crianças mento de competências cogniti-


e adolescentes devem receber vas e socioemocionais.
a formação comum indispensá- O documento descreve, na
vel para o exercício da cidadania, visão das competências cogniti-
como aponta a  Lei de Diretrizes vas, o desenvolvimento da área
e Bases da Educação Nacional da matemática, contemplando a
(LDBEN), lei nº 9394/96. Também relação com as demais áreas do
é um objetivo da educação básica conhecimento, e o desenvolvimen-
fornecer os meios para que os es- to do componente matemática,
tudantes progridam em estudos direcionado ao desenvolvimento
posteriores, sejam eles no ensino das metodologias que favoreçam
superior ou em outras modalida- a aprendizagem. A aprendizagem
des educativas subsequentes à do conhecimento matemático
educação básica. está sistematizada em objetos do
No intuito de oferecer uma conhecimento e em habilidades,
educação integral que busque for- fundamentada nas concepções da
mar o estudante na sua comple- área da matemática que se desen-
tude, o currículo deve estabelecer volveram em um contexto históri-
os meios para o desenvolvimento co e está embasada na educação
desse estudante, deve descre- matemática voltada para a resolu-
ver diretrizes que estabeleçam as ção de problemas, estimulando o
aprendizagens essenciais, basean- pensamento crítico, a criatividade,
do – se nos princípios éticos, esté- a colaboração e o conhecimento.
ticos, democráticos, deve desen- As competências socioemo-
volver competências que visem o cionais são extremamente rele-
futuro da sociedade, o respeito ao vantes na formação do indivíduo
outro nos aspectos culturais, filo- que, através do desenvolvimento
sóficos e ideológicos, e deve estar de habilidades, deverá ser capaz de
voltado para a educação no século tomar decisões para a construção
XXI, que acompanhe a evolução da do futuro e para contribuir com a
sociedade, das culturas, dos terri- formação de uma sociedade mais
tórios e das juventudes. justa, democrática e igualitária. Por
O currículo de matemática foi meio de estratégias metodológi-
desenvolvido com base nesses cas, o professor deve desenvolver
princípios e com a intenção de nos estudantes as competências
proporcionar uma educação in- socioemocionais, deve observar
tegral, na busca pelo desenvolvi- o estudante como indivíduo que
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 465

aprende de forma própria e que do seu ensino deve ser meta priori-
contribui para o processo bilateral tária do trabalho docente.”
no qual onde está o ensino deve A seleção e a organização de
estar a aprendizagem. conteúdos não devem ter como
De acordo com os estudos de critério único a lógica interna da
Ramos (2009, p.10), Matemática. Deve-se levar em
conta sua relevância social e a con-
“Quando respeito o desenvolvimento tribuição para o desenvolvimento
da criança, crio condições para que intelectual do estudante. Trata-se
ela aprenda como criança. Criança de um processo permanente de
aprende brincando, apoiada em sua construção (PCN – MATEMÁTICA,
realidade, interesse e maturação. 2001, p.19 e 20).
Descobre, constrói, observa, Para a seleção e a organização
reinventa, mas precisa experimentar, de conteúdos é imprescindível um
mexer, pegar, montar, sentir. “ bom planejamento. E, como afirma
Libâneo (2004), “o planejamento é
um processo de racionalização, or-
Para criar condições de apren- ganização e coordenação da práti-
dizagem, é necessário que o pro- ca docente, articulando a ação es-
fessor tenha uma visão ampla do colar e o contexto social.”
desenvolvimento dos conceitos E, nesse sentido, a escola, como
matemáticos e de metodologias centro da ação pedagógica, precisa
de ensino eficazes na obtenção da garantir as condições necessárias
aprendizagem, que utilizem a vi- aos professores e aos estudantes,
vência, as experiências cotidianas, a fim de que se alcance uma melhor
o lúdico. O professor deve anali- qualidade de ensino.
sar as mudanças que ocorreram Ensinar é desenvolver uma prá-
ao longo dos anos com relação tica pedagógica que contribua para
ao ensino da matemática e pro- o desenvolvimento e autonomia da
curar sempre desenvolver e ade- criança, ao tempo que os objetivos
quar metodologias favorecendo a escolares sejam alcançados.
aprendizagem de matemática. A Base Nacional Comum Cur-
Os Parâmetros Curriculares Na- ricular (BNCC, 2017, p. 262), des-
cionais (PCN) para a área da Matemá- taca o compromisso que o Ensino
tica no Ensino Fundamental afirmam Fundamental deve ter com o letra-
que “A Matemática precisa estar ao mento matemático, definido como
alcance de todos e a democratização “as competências e habilidades de
466 - MATEMÁTICA -

raciocinar, representar, comunicar senvolvimento? Como essas ativi-


e argumentar matematicamente, dades e materiais possibilitarão a
de modo a favorecer o estabeleci- aprendizagem de meus estudan-
mento de conjecturas, a formula- tes? Quais dimensões do(s) con-
ção e a resolução de problemas em ceitos estarão sendo trabalhadas
uma variedade de contextos, utili- nesta aula e quais outros aspectos
zando conceitos, procedimentos, precisarão ser abordados em aula
fatos e ferramentas matemáticas”. subsequentes? Como minhas ati-
O letramento matemático é tudes e ações estão influenciando o
imprescindível para que a criança aprendizado de meus estudantes?
reconheça que os conhecimentos De que forma os estudantes se en-
matemáticos são essenciais para gajaram nas atividades propostas?
a sua vida. Para que essas com- Quais atividades se mostraram
petências e habilidades sejam de- ou se mostrarão mais eficientes
senvolvidas, é necessário que o no sentido de motivar, envolver e
professor pedagogo esteja sempre desenvolver o aprendizado mate-
impulsionado a buscar novos co- mático dos estudantes? Como a
nhecimentos matemáticos e novas organização dos estudantes – rea-
ferramentas de trabalho. lizando atividades sozinhos, em du-
O ato de educar é um compro- plas, em pequenos grupos ou como
misso amplo com a formação éti- grupo-classe – está influenciando o
ca e de valores a serem construí- aprendizado de cada um dos meus
dos na trajetória escolar, é saber estudantes? Que instrumentos
organizar o processo de ensino, avaliativos utilizarei para verificar
é conhecer e dominar também os o que os estudantes aprenderam?
conteúdos matemáticos. O que os resultados da avaliação
Nesse contexto, Guimarães e apontam? Como devo redirecionar
Borba (2009) enfatizam sobre a ne- minha prática diante do observado
cessidade do professor que ensina em sala de aula, em particular nos
matemática nos Anos Iniciais de instrumentos avaliativos?
refletir sobre algumas questões, Segundo a BNCC, no Ensino
como: De qual(is) conceito(s) ma- Fundamental – Anos Iniciais, deve-
temático(s) e de outras áreas de -se retomar as vivências cotidianas
ensino desejo que meus estudantes das crianças com números, formas
se apropriem ou desenvolvam nes- e espaço, e também as experiências
sa aula? Que atividades e materiais desenvolvidas na Educação Infantil,
usarei para essa apropriação/de- para iniciar uma sistematização des-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 467

sas noções. Nessa fase, as habilida- em linguagem matemática com o


des matemáticas que os estudantes uso da linguagem simbólica, da re-
devem desenvolver não podem ficar presentação e da argumentação.
restritas à aprendizagem dos algo- Além dos diferentes recursos didá-
ritmos das chamadas “quatro ope- ticos e materiais, como malhas qua-
rações”, apesar de sua importância. driculadas, ábacos, jogos, calculado-
De acordo com a BNCC, para o ras, planilhas eletrônicas e softwares
desenvolvimento das habilidades de geometria dinâmica, é importan-
previstas para o Ensino Fundamen- te incluir a história da Matemática
tal – Anos Finais, é imprescindível como recurso que pode despertar
levar em conta as experiências e os interesse e representar um contex-
conhecimentos matemáticos já vi- to significativo para aprender e en-
venciados pelos estudantes, criando sinar Matemática. Entretanto, esses
situações nas quais possam fazer recursos e materiais precisam estar
observações sistemáticas de aspec- integrados a situações que propi-
tos quantitativos e qualitativos da ciem a reflexão, contribuindo para a
realidade, estabelecendo inter-re- sistematização e a formalização dos
lações entre eles e desenvolvendo conceitos matemáticos.
ideias mais complexas. Essas situa- No que diz respeito ao cálculo,
ções precisam articular múltiplos as- é necessário acrescentar, à realiza-
pectos dos diferentes conteúdos, vi- ção dos algoritmos das operações,
sando ao desenvolvimento das ideias a habilidade de efetuar cálculos
fundamentais da matemática, como mentalmente, fazer estimativas,
equivalência, ordem, proporcionali- usar calculadora e, ainda, para de-
dade, variação e interdependência. cidir quando é apropriado usar um
A aprendizagem em Matemática ou outro procedimento de cálculo.
está intrinsecamente relacionada à Orienta-se pelo pressuposto
apreensão de significados dos ob- de que a aprendizagem em Mate-
jetos matemáticos. Esses significa- mática está intrinsecamente rela-
dos resultam das conexões que os cionada à compreensão, ou seja, à
estudantes estabelecem entre os apreensão de significados dos ob-
objetos e seu cotidiano, entre eles e jetos matemáticos, sem deixar de
os diferentes temas matemáticos e, lado suas aplicações.
por fim, entre eles e os demais com- De acordo com a BNCC, para a
ponentes curriculares. aprendizagem de certo conceito ou
Nessa fase, precisa ser desta- procedimento, é fundamental ha-
cada a importância da comunicação ver um contexto significativo para
468 - MATEMÁTICA -

os estudantes, não necessaria- temático), do verbo manthanein


mente do cotidiano, mas também (aprender), o que designava alguém
de outras áreas do conhecimento e “disposto a aprender”. Segundo
da própria história da Matemática. COSTA (2011), a matemática é vista
No entanto, é necessário que eles por muitos como algo que só se en-
desenvolvam a capacidade de abs- contra na escola e apenas com nú-
trair o contexto, apreendendo rela- meros e operações, a matemática
ções e significados, para aplicá-los se distancia muito de seu significa-
em outros contextos. Para favore- do original, “tudo o que se aprende”.
cer essa abstração, é importante Tratar de matemática é tam-
que os estudantes reelaborem os bém tratar de concepções, as quais
problemas propostos após os te- revelam uma discussão sobre uma
rem resolvido. área do conhecimento científico
Por esse motivo, nas diversas que marca profundamente a his-
habilidades relativas à resolução de tória da maioria das pessoas que
problemas, consta também a elabo- estudaram matemática em um
ração de problemas. Assim, preten- contexto escolar. Todas as expe-
de-se que os estudantes formulem riências vivenciadas pelas pessoas
novos problemas, baseando-se na contribuem para a instauração de
reflexão e no questionamento sobre suas concepções, inclusive suas
o que ocorreria se alguma condição concepções sobre matemática.
fosse modificada ou se algum dado A BNCC (2017, p.233), ao dispor
fosse acrescentado ou retirado do sobre a área da matemática, afirma
problema proposto. Além disso, nes- que o conhecimento matemático é
sa fase final do Ensino Fundamental, necessário para todos os estudan-
é importante iniciar os estudantes, tes da Educação Básica, seja por
gradativamente, na compreensão, sua grande aplicação na sociedade
análise e avaliação da argumentação contemporânea, seja pelas suas
matemática. Isso envolve a leitura de potencialidades na formação de
textos matemáticos e o desenvolvi- cidadãos críticos, cientes de suas
mento do senso crítico em relação à responsabilidades sociais.
argumentação neles utilizada. Em geral, as pessoas vivenciaram
experiências na escola, em casa, na
1 Área de Matemática sua formação social e profissional que
influenciaram suas concepções, nes-
O termo “matemática” origina- se caso, sobre a matemática. Obser-
-se do grego mathematikos (ma- vamos ainda, um caráter social, em
que a matemática alimenta durante apud Ponte (1997): “Não é então
séculos estereótipos relacionados ao qual a melhor maneira de ensinar,
medo e a dificuldade de aprendê-la. mas o que é realmente a Matemá-
tica. As representações negativas
1.1 Concepções sobre a e concepções sobre a matemática
Natureza da Matemática podem influenciar a forma como
As concepções que se têm so- cada um, especialmente o profes-
bre a matemática, segundo Ponte sor, encaminha, pensa e executa
(1997), matemáticos, filósofos e suas ações relacionadas ao traba-
educadores influenciam o modo que lho com matemática.”
se pensa e se encaminha o ensino e a Essa ciência traz em seu bojo
aprendizagem de matemática. histórico associações que podem
O autor chama a atenção para determinar concepções e ações
célebre frase de HERSH (1986) do indivíduo.

Quadro 1 - Concepções sobre o trabalho com a Matemática


CONCEPÇÃO DESCRIÇÃO
O cálculo é a parte mais substan- Significa a sua redução a um dos seus aspec-
cial da matemática, a mais acessí- tos mais pobres e de menor valor formativo,
vel e fundamental. precisamente aquele que não requer espe-
ciais capacidades de raciocínio. Calculadora e
computadores são melhores.
Matemática consiste essencial- Reduzida exclusivamente à sua estrutura de-
mente na demonstração das pro- dutiva. Negam-se no processo outras fases de
posições a partir de sistemas de desenvolvimento. Assim, os processos induti-
axiomas mais ou menos arbitrários. vos são tão importantes quanto à dedução.
Matemática seria o domínio do
rigor absoluto, da perfeição total
Matemática seria o domínio do Nela não haveria lugar para erros, dúvidas,
rigor absoluto, da perfeição total. hesitações ou incertezas.
Quanto mais autossuficiente, Não leva em conta o processo histórico em que
“pura” e abstrata, melhor seria a se desenvolvem as teorias matemáticas, se é
Matemática escolar. ou não compreensível pelos estudantes, e se
tem ou não relevância social.
Nada de novo nem de minima- Admite-se o papel relevante dos grandes
mente interessante ou criativo vultos da Matemática. Valorizam-se as in-
pode ser feito Matemática, a não vestigações e as descobertas das pessoas
ser pelos “gênios”. “normais”, mas se assume que a inteligência
é restrita
Fonte: PONTE (1992)
470 - MATEMÁTICA -

Assim, a partir de um resgate go da história e que, certamente,


histórico, PONTE (1992, p.15) enu- exercem influência no trabalho
mera cinco concepções ( Quadro 1) do professor e no contexto do
que marcam profundamente o tra- sistema educacional.
balho com a matemática e refletem Thompson (1992) propõe uma
vivências que se estabeleceram ao tipologia de concepções e crenças
longo dos séculos, reforçando mo- dos professores acerca da natu-
delos de uma matemática absolu- reza da matemática que expõe
tista e estática. em ordem cronológica conforme
Os elementos que caracteri- apresenta-se no Quadro 2. Essas
zam essas concepções conferem concepções resumem como era
à matemática uma representa- vista a ciência matemática na épo-
ção negativa, construída ao lon- ca do referido estudo.
Quadro 2 - Concepções sobre a Natureza Matemática
AUTOR CATEGORIAS
  Instrumental e Relacional
Copes (1979) Absolutista, Multiplista, Relativista e Dinâmica
Lerman (1983) Absolutista e Falibilista
Ernest (1988) Resolução de Problemas, Platônica e Instrumentalista
Fonte: Thompson (1992)

A Matemática compreende Partindo dessa perspectiva, são


uma perspectiva antiga, filosófica apresentadas as concepções sobre
epistemológica que determinaram matemática, como ciência como
diferentes visões dessa ciência. mostra o Quadro 3 abaixo.
Quadro 3 - Concepções sobre a Natureza Matemática
CONCEPÇÕES SOBRE A NATUREZA DA MATEMÁTICA
Pitagorícas
Platônicas
Absolutistas: Logicismo; Formalismo e Intuicionismo
Falibilistas
Fonte: Thompson (1992)
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 471

Assim, os estudos citados colo- da Matemática em dois subgrupos.


cam em evidência duas correntes Na primeira coluna, as concepções
antagônicas sobre a natureza da da matemática Instrumentalista,
matemática: de um lado Concep- Platônica, Pitagórica e Absolutista,
ções Estáticas e de outro, Concep- que agrupamos nas Concepções
ções Dinâmicas. Estáticas, em que a matemática é
São apresentadas no Quadro uma acumulação de fatos, regras,
4 as concepções sobre a natureza procedimentos e teoremas.

Quadro 4 - Concepções sobre a Natureza Matemática


ESTÁTICAS DINÂMICAS
Absolutista (Logicismo, Formalismo e Intui-
Falibilista
cionismo)
Instrumentalista Multiplista
Pitagórica Relacional
Platônica Relativista
  Resolução de Problemas
Fonte: Thompson (1992)

Fundamenta-se em posições cular referem-se a uma matemática


irrefutáveis. Na segunda coluna, como ciência dinâmica, que está em
as concepções da Matemática constante reelaboração e acompa-
Multiplista, Relativista, Dinâmica, nha as mudanças evolutivas da pró-
de Resolução de Problemas e Fa- pria ciência. O conhecimento não
libilista, agrupadas nas Concep- está acabado ou pronto, mas sim em
ções Dinâmicas, em que a mate- um processo dinâmico de evolução.
mática é um campo dinâmico em Segundo a BNCC (2017, p.233),
evolução, conduzido por proble- Ver quantidade de linhas para cita-
mas, sujeito a revisões, falível e ção dentro do corpo do texto. Há
em constante evolução. citações pequenas fora do corpo do
Ressalta-se que as concepções texto e citações longas dentro. Deve
adotadas neste Referencial Curri- haver unidade com base na ABNT.
472 - MATEMÁTICA -

1. 2 Matemática como quanto das Ciências da Natureza.


Área de Conhecimento Por que uma área específica
Observa-se que a matemática para a matemática?
pode ser incluída na área de Lin- A BNCC afirma que a matemáti-
guagens, uma vez que, como a Lín- ca não se restringe apenas à quan-
gua Materna, a matemática com- tificação de fenômenos deter-
põe o par de sistemas simbólicos minísticos – contagem, medição de
fundamentais para a representa- objetos, grandezas – e das técnicas
ção da realidade, para a expressão de cálculo com os números e com
de si e compreensão do outro, para as grandezas, pois também estuda
a leitura, em sentido amplo, de tex- a incerteza proveniente de fenô-
tos e do mundo dos fenômenos. menos de caráter aleatório.
Entretanto, segundo São Pau- A matemática cria sistemas
lo (2008), desde a organização final abstratos, que organizam e inter-
dos PCN, prevaleceu a proximida- -relacionam fenômenos do espaço,
de com as Ciências da Natureza, do movimento, das formas e dos
pois estas encontram na Matemá- números, associados ou não a fe-
tica uma linguagem especialmen- nômenos do mundo físico. Esses
te apropriada, desde as origens sistemas contêm ideias e objetos
da Ciência moderna, com Galileu, que são fundamentais para a com-
até Descartes, com seu sonho de preensão de fenômenos, a constru-
expressão de todo conhecimento ção de representações significati-
confiável na linguagem matemática. vas e argumentações consistentes
Contudo, de acordo com o Mi- nos mais variados contextos.
nistério da Educação, o Conselho De acordo com São Paulo
Nacional de Educação e a Câmara de (2008), o tratamento da matemá-
Educação, a partir da Resolução nú- tica como área específica pode
mero 4 de 2010, que define as Dire- facilitar a incorporação crítica dos
trizes Curriculares Nacionais Gerais inúmeros recursos tecnológicos
para a Educação Básica, a Resolução de que dispomos para a represen-
número 2 de 2012, que define as Di- tação de dados e o tratamento das
retrizes Curriculares Nacionais para informações, na busca da transfor-
o Ensino Médio, a nova proposta é a mação de informação em conheci-
matemática como uma área de co- mento. A apresentação da mate-
nhecimento, um terreno específi- mática, como uma área específica,
co e distinto, tanto das Linguagens não pretende amplificar suas su-
postas peculiaridades nem carac-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 473

terizá-la como um tema excessiva- 2.1 A Educação


mente especializado ou relevante. Matemática para
Visa apenas a uma exploração mais Sala de Aula
adequada de suas possibilidades A preocupação com ensino de
de servir às outras áreas, na ingen- Matemática não é recente. Os re-
te tarefa de transformar a informa- gistros históricos de nossa socie-
ção em conhecimento em sentido dade na antiguidade, na Idade Mé-
amplo, em todas as suas formas de dia, Renascimento e nos primeiros
manifestação. tempos da Idade Moderna demar-
cam tais preocupações.
2. Organização do Nesse contexto, foram as três
Conhecimento grandes revoluções da modernida-
Escolar de de, a Revolução Industrial (1767),
Matemática a Revolução Americana (1776), e
a Revolução Francesa (1789), que
Neste capítulo, este Referen- trouxeram a Educação Matemática
cial Curricular sistematiza através como capítulo latente no ensino e
de metodologias de ensino para aprendizagem de Matemática.
a obtenção de aprendizagem, o Contudo, o evento mais rele-
ensino de matemática e sala de vante do processo histórico em que
aula, auxiliando a elaboração cur- a Educação Matemática se torna
ricular na escola. Está distribuído pauta de fato, se dá quando o mate-
em seções, a seção 2.1 trata da mático alemão FELIX KLEIN (1849-
educação matemática para sala 1925) publicou, em 1908, um livro
de aula, onde se evidencia a evo- seminal, Matemática Elementar de
lução histórica do processo de um Ponto de Vista Avançado.
ensino da matemática, 2.2 tra- KLEIN defendia que as escolas
ta das concepções de ensino da precisavam de bases psicológicas e
matemática, 2.3 trata da mate- o professor deveria levar em conta
mática escolar, 2.4 evidencia as o processo psíquico do estudante,
unidades temáticas, 2.5 Objetos motivando-o, para assim, buscar
do conhecimento e habilidades, seu interesse. Um ensino carac-
2.6 Competências específicas da terizado pelo intuitivamente com-
matemática, 2.7 A Progressivida- preensível é um fator determinan-
de da Aprendizagem dos Conhe- te na prática professor (MIGUEL et
cimentos Matemáticos. al, 2004).
474 - MATEMÁTICA -

Com a fundação do Congresso ciadas ao longo da história de vida


Internacional de Matemáticos (Roma, de cada professor de Matemática,
1908) e da Comissão Internacional de deixando marcas em sua identida-
Instrução Matemática - IMUK/ICMI de, profissionalização e prática do-
– sob coordenação de Felix Klein, a cente. Além disso, segundo LIMA
Educação Matemática consolida-se (2009), as decisões didáticas toma-
como uma subárea da Matemática e das pelo professor de Matemática
da Educação, de natureza interdisci- são influenciadas por suas concep-
plinar (MIGUEL et al, 2004). ções de ensino e de aprendizagem.
O Ensino e a Aprendizagem A seguir apresentam-se teorias
em Matemática passam a figurar e correntes educacionais que ex-
nas discussões e pesquisas muito pressam as concepções de ensino
mais que antes, construindo um de Matemática. Esta primeira ca-
referencial importante para o de- tegorização tem fundamentos na
senvolvimento da prática docente literatura clássica educacional. São
matemática. Ensinar e aprender elas: a transmissiva, a behaviorista
matemática é bem mais que um e a construtivista.
processo de estímulo resposta ou Transmissiva: sustentada pelo
um processo de ensino aprendiza- modelo empirista de JOHN LOCKE
gem; configura um contexto mais (1632-1704) e o modelo de Comu-
complexo, que a partir da Educação nicação e Transmissão Telegráfi-
Matemática se abre para a investi- ca, desenvolvido por SHANNON e
gação e novas descobertas. WEAVER (1949). Nessa concepção
Dentre as inúmeras questões pressupõe-se que o espírito huma-
da pesquisa em Educação Mate- no é virgem na sua origem de todo
mática, ressalta-se a relevância conhecimento e que este é trazido
dos estudos sobre as concepções pela experiência. Educar significa
de ensino do professor de Mate- transmitir conhecimentos. O pro-
mática, o que pode subsidiar refle- fessor é o detentor do conheci-
xão sobre a sua prática. mento. É apenas pela transmissão
e a comunicação de informações
2.2 Concepções eficientes que a aprendizagem
de Ensino de acontece. Não há lugar para o erro.
Matemática Se o estudante erra é porque ele
As concepções sobre o ensino precisa estudar e praticar mais.
de Matemática são fundadas a par- Behaviorista: esse modelo de
tir das várias experiências viven- concepção tem bases em Burrhus
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 475

Frederic Skinner (1904 -1990). A zagem da Matemática e que foram


partir de um sistema de estímulo denominadas da seguinte maneira:
e resposta (S-R), o estudante deve Baldista, Escadinha e Sociocons-
ser recompensado quando é bem trutivista. No modelo Baldista, o
sucedido e punido quando se en- docente deve “encher a balde” com
contra em situação de fracasso, ou os novos conhecimentos. Docente
seja, quando comete erros. O papel (emissor), conhecimento (mensa-
do professor é determinante, pois gem) e o estudante (receptor); já
é o próprio quem deve controlar a no modelo Escadinha, o professor
aprendizagem e decidir o que de- tenta modificar o comportamento
vem aprender. É um modelo auto- do estudante a partir de estímulos e
ritário. O professor deve construir reforços as respostas positivas; e no
exercícios progressivos para que, modelo Socioconstrutivista, o pro-
em uma tentativa de condiciona- fessor coloca um obstáculo diante
mento, o estudante passo-a-pas- do estudante para que se possa cau-
so chegue à aprendizagem. sar um desequilíbrio entre sua antiga
Construtivista: apoia-se sobre concepção e a nova. Com isso, o es-
o modelo construtivista de Jean tudante é impulsionado (por si só) a
William Fritz Piaget (1896-1980). transpor esse obstáculo (ação).
Nessa concepção se pressupõe A partir do estudo desses mo-
que o estudante constrói seu pró- delos de concepções de ensino de
prio conhecimento, pois tem pa- Matemática, o professor poderá
pel ativo no processo de aprendi- refletir sobre sua ação docente e
zagem. O erro é entendido como melhor buscar formas, maneiras
algo que precisa ser superado ou metodologias para organizar o
pelo estudante, mas que pode ser planejamento do ensino do conhe-
também uma ferramenta para o cimento matemático.
professor (re) planejar e (re) con- Na sequência, a temática é a
duzir o processo de ensino. Nessa Matemática Escolar, conhecimento
perspectiva, o papel do professor modelado para a sala de aula, que
é conceber, escolher, organizar as é tão importante quanto os outros
situações didáticas, com objetivo conhecimentos e que é inerente
de auxiliar a construção do conhe- ao profissional que ensina mate-
cimento pelo estudante. mática. É o Educador Matemático,
Câmara dos Santos (2005) reto- docente licenciado em Matemática
ma três modelos que traduzem as ou em Pedagogia, que desenvolve
concepções de ensino e aprendi- Saberes Docentes (TARDIF, 2002)
476 - MATEMÁTICA -

ou knowledge base (Shulman, 2005) mento da sua identidade pessoal


específicos de uma profissionaliza- como cidadãos.
ção em Educação Matemática. No caso específico do com-
ponente curricular Matemática,
2.3 Matemática Escolar vista para além dos algoritmos,
A função social da escola é pau- como uma forma de sofisticar o
tada em favor do estudante, inde- pensamento, também propicia
pendentemente de seu contex- formar capacidades intelectuais,
to social, servindo de apoio para estruturar pensamentos, agilizar
a constituição de sua identidade o raciocínio dedutivo do estudan-
como cidadão, capaz de refletir e te, facilitando a aplicabilidade dos
de analisar criticamente os acon- conteúdos no contexto social.
tecimentos e a realidade social. Para tratarmos do conheci-
O componente curricular de mento escolar, especificamente a
Matemática possui uma função so- matemática escolar, contrastamos
cial que está relacionada ao uso do duas tendências: Transposição Di-
que se aprende na escola na prática dática X História das Disciplinas.
cotidiana dos sujeitos e ao exercí- A Transposição Didática de
cio da cidadania. Segundo os PCN Chevallard (1991): nessa visão o
(BRASIL, 1997, p. 29), “falar em for- conhecimento escolar é didatizado
mação básica para a cidadania sig- a partir do conhecimento científico
nifica falar da inserção das pessoas ou acadêmico, isto é, o conheci-
no mundo do trabalho, das relações mento escolar advém do conheci-
sociais e da cultura, no âmbito da mento acadêmico, o que confere
sociedade brasileira”. certa hierarquia. O conhecimento
Na perspectiva da Educação acadêmico, superior, é transpos-
Matemática, compreende-se um to para o conhecimento escolar da
processo educacional motivador sala de aula (MOREIRA, 2007).
para o desenvolvimento dos es- História das Disciplinas de Cher-
tudantes de forma plena. Consi- vel (1988): nessa tendência o co-
deram-se, para isso, aspectos da nhecimento escolar é independente
cidadania, dignidade, direito à in- do conhecimento acadêmico. Não
formação, o acesso aos bens cultu- há transposição de conhecimentos,
rais produzidos pela humanidade, a mas a própria escola seria indepen-
socialização e o atendimento dos dente e autossuficiente, capaz de
estudantes, visando mais que a sua construir os próprios conhecimen-
sobrevivência, mas ao desenvolvi- tos. Essa perspectiva fecha qual-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 477

quer relação de construção da ma- A matemática escolar é um co-


temática escolar externa a escola nhecimento que tem bases na ma-
(MOREIRA, 2007). temática acadêmica ou científica,
Assim, negam-se as perspecti- mas também, está relacionada à
vas de que a escola apenas traduz o construção endógena da escola, li-
conhecimento científico ou acadê- gada às práticas de quem ensina e
mico, bem como as posições que de quem aprende. Desenvolve-se,
não consideram a dialética entre notadamente relacionada à forma-
os conhecimentos escolar e aca- ção e profissionalização do profes-
dêmico (BORBA, 2006). Aponta-se sor de matemática, bem como se
por uma terceira via, um caminho desenvolve no grupo que constrói
que descreve a matemática es- aprendizagem.
colar como um conhecimento tão Dessa forma, compreende-se
importante quanto o conhecimen- a matemática científica ou acadê-
to acadêmico, mas não submisso e mica e a matemática escolar como
nem tampouco alheio. Assim, se- práticas respectivas do matemá-
gundo Moreira (2003, p.78), se: tico e do docente de matemática
(MOREIRA, 2004), ressaltando a
“Pensamos a matemática escolar importância daqueles que a partir
como uma construção histórica que de suas práticas são profissionais
reflete múltiplos condicionamentos, e desenvolvem saberes e conheci-
externos e internos à instituição mentos específicos a sua profissio-
escolar, e que se expressa, em nalização.
última instância, na própria sala de O matemático é caracterizado
aula, então a referência da prática por uma prática e produção de re-
profissional efetiva dos professores sultados originais de generalidade
assume um papel fundamental e abstração. São questões de uma
no processo de formação. É uma matemática científica ou acadê-
análise adequada dessa prática — mica, com ênfase em estruturas
em seus diferentes aspectos: de abstratas, num processo rigorosa-
produção, de retradução, de seleção, mente lógico-dedutivo de extrema
de adaptação, de carência e de precisão de linguagem, no tocan-
transmissão de saberes — que pode te à construção do conhecimento
fornecer os fundamentos para se matemático. Já a prática do pro-
pensar criticamente todo o processo fessor de matemática desenvolve-
de formação”. -se na escola de educação básica,
em um contexto educacional. Sua
478 - MATEMÁTICA -

preocupação refere-se aos sabe- Álgebra, Geometria, Estatística e


res docentes, especialmente ao Probabilidade, precisa garantir que
que confere ensinar e aprender o os estudantes relacionem obser-
conhecimento matemático (MO- vações empíricas do mundo real a
REIRA, 2007). representações (tabelas, figuras e
Toma-se, para concretizar as esquemas) e associem essas repre-
ideias, o exemplo dos números sentações a uma atividade mate-
reais. Para o matemático, não im- mática (conceitos e propriedades),
porta pensar os reais como um pro- fazendo induções e conjecturas.
fessor precisa pensá-los, lidando Assim, espera-se que eles de-
com seus estudantes no processo senvolvam a capacidade de iden-
de escolarização básica. A ideia que tificar oportunidades de utiliza-
precisa ficar clara é a de que o con- ção da matemática para resolver
junto dos números reais é um obje- problemas, aplicando conceitos,
to para a matemática escolar, e para procedimentos e resultados para
a matemática acadêmica ou cientí- obter soluções e interpretá-las se-
fica é outro objeto. Para o professor gundo os contextos das situações.
de Matemática é primordial ensinar A dedução de algumas proprieda-
as várias representações dos nú- des e a verificação de conjecturas,
meros racionais, contudo, o mate- a partir de outras, podem ser esti-
mático não tem lida com essa inves- muladas, sobretudo ao final do En-
tigação ou com esses processos de sino Fundamental.
ensino e de aprendizagem. No contexto do trabalho peda-
O professor de matemática é o gógico e da pesquisa em Educação
responsável pelo o conhecimento Matemática, é relevante destacar
da matemática escolar. É esse edu- que o objeto de estudo consiste nas
cador matemático que deve levar múltiplas relações e determinações
a problematização desse conhe- entre ensino, aprendizagem e co-
cimento, bem como modelos para nhecimento matemático. O que não
construir aprendizagens. significa que uma determinada in-
vestigação para a ação pedagógica,
2.4 Unidades Temáticas não possa priorizar o estudo de um
A BNCC traz para o Ensino Fun- desses elementos da tríade, ou de
damental uma organização para a uma dessas relações. Mas, ao mes-
aprendizagem dos conceitos mate- mo tempo em que isso acontece, os
máticos baseada na articulação de outros elementos jamais podem ser
seus diversos campos – Aritmética, totalmente ignorados.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 479

“O letramento matemático é po de investigação e produção de


definido como as competências e conhecimentos.
habilidades de raciocinar, repre- A unidade temática que se re-
sentar, comunicar e argumentar fere ao pensamento geométrico,
matematicamente, de modo a GEOMETRIA, surge da interação
favorecer o estabelecimento de espacial com os objetos e os movi-
conjecturas, a formulação e a re- mentos no mundo físico; tem como
solução de problemas em uma objeto de estudo as formas planas e
variedade de contextos, utilizando não planas, suas representações na
conceitos, procedimentos, fatos e forma de desenhos, planificações,
ferramentas matemáticas. É tam- modelos, objetos do mundo real e
bém o letramento matemático também as noções relativas à po-
que assegura aos estudantes re- sição e localização de figuras, aos
conhecer que os conhecimentos deslocamentos no plano e siste-
matemáticos são fundamentais mas de coordenadas. Destaca-se,
para a compreensão e a atuação ainda, a importância das transfor-
no mundo e perceber o caráter mações geométricas, nomeada-
de jogo intelectual da matemá- mente as simetrias. Nos Anos Ini-
tica, como aspecto que favorece ciais, espera-se que os estudantes
o desenvolvimento do raciocínio identifiquem e estabeleçam pontos
lógico e crítico, estimula a investi- de referência para a localização e
gação e pode ser prazeroso (frui- o deslocamento de objetos, cons-
ção).” (BNCC, p.264) truam representações de espaços
Assim, embora os objetivos da conhecidos e estimem distâncias,
investigação em Educação Mate- usando, como suporte, mapas (em
mática sejam múltiplos e difíceis de papel, tablets ou smartphones),
serem categorizados, pois variam croquis e outras representações.
de acordo com cada problema ou Em relação às formas, espera-se
questão de pesquisa, pode-se afir- que os estudantes indiquem carac-
mar que, sob um aspecto amplo e terísticas das formas geométricas
não imediato, existem dois objeti- tridimensionais e bidimensionais,
vos básicos: um, de natureza prag- associem figuras espaciais a suas
mática, que visa a melhoria da qua- planificações e vice-versa. Espe-
lidade do ensino e da aprendizagem ra-se, também, que nomeiem e
da Matemática; outro, de natureza comparem polígonos, por meio de
científica, que visa desenvolver a propriedades relativas aos lados,
Educação Matemática como cam- vértices e ângulos. O estudo das si-
480 - MATEMÁTICA -

metrias deve ser iniciado por meio simples, no dia a dia, até as mais
da manipulação de representações elaboradas, nas tecnologias e na
de figuras geométricas planas em ciência, permitem uma melhor
quadriculados ou no plano carte- compreensão de alguns dos pro-
siano, e com recurso de softwares blemas que favoreceram a amplia-
de geometria dinâmica. Nos Anos ção dos campos numéricos, for-
Finais, o ensino de Geometria pre- necendo contextos para analisar a
cisa ser visto como consolidação e interdependência entre grandezas
ampliação das aprendizagens rea- e a compreensão de conceitos re-
lizadas. Nessa etapa, devem ser lativos ao espaço e à forma. Assim,
enfatizadas também as tarefas que o conceito de grandeza tem papel
analisam e produzem transforma- importante na atribuição de signi-
ções e ampliações/reduções de ficado a conceitos centrais, como
figuras geométricas planas, identi- os de número natural, inteiro, ra-
ficando seus elementos variantes e cional e irracional, entre outros. O
invariantes, de modo a desenvolver objeto de estudo dessa unidade
os conceitos de congruência e se- temática é composto por diferen-
melhança. Esses conceitos devem tes grandezas (comprimento, ca-
ter destaque nessa fase, de modo pacidade, massa, volume, tempo,
que os estudantes sejam capazes superfície), e as formas de mensu-
de reconhecer as condições ne- rar essas grandezas. Esse eixo tem
cessárias e suficientes para obter ainda ligações estreitas com outras
triângulos congruentes ou seme- áreas do conhecimento, tais como
lhantes e que saibam aplicar esse as medidas em Ciências da Natu-
conhecimento para realizar de- reza, Física, Química e Biologia, os
monstrações simples, contribuin- estudos de tempo em História e de
do para a formação de um tipo de escalas, e a densidade demográfi-
raciocínio importante para a Mate- ca, em Geografia.
mática, o raciocínio hipotético-de- As atividades matemáticas no
dutivo. Outro ponto a ser destaca- mundo atual requerem, desde os
do é a aproximação da Álgebra com níveis mais básicos aos mais com-
a Geometria, desde o início do es- plexos, a capacidade de contar
tudo do plano cartesiano, por meio coleções, comparar e quantificar
da geometria analítica. grandezas e realizar codificações.
A unidade temática GRANDE- Significados e propriedades das
ZAS E MEDIDAS, presentes nas operações fundamentais e o domí-
atividades humanas desde as mais nio dos seus algoritmos são bastan-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 481

te relevantes. Saber utilizar o cálculo mais usuais. Além disso, espera-se


mental, as estimativas em conta- que estabeleçam e utilizem relações
gens, em medições e em cálculos, entre essas grandezas e entre elas
e conseguir valer-se da calculadora e grandezas não geométricas, para
são outras capacidades indispensá- estudar grandezas derivadas como
veis. Nos Anos Iniciais, a expectati- densidade, velocidade, energia, po-
va é que os estudantes reconheçam tência, entre outras. Nessa fase da
que medir é comparar uma grandeza escolaridade, os estudantes devem
com uma unidade e expressar o re- determinar expressões de cálculo
sultado da comparação por meio de de áreas de quadriláteros, triângu-
um número. Além disso, devem re- los e círculos, e as de volumes de
solver problemas oriundos de situa- prismas e de cilindros. Outro ponto
ções cotidianas que envolvem gran- a ser destacado refere-se à intro-
dezas como comprimento, massa, dução de medidas de capacidade de
tempo, temperatura, área (de triân- armazenamento de computadores
gulos e retângulos) e capacidade e como grandeza associada a deman-
volume (de sólidos formados por das da sociedade moderna.
blocos retangulares), sem uso de Portanto, a unidade temática
fórmulas, recorrendo, quando ne- NÚMEROS tem como um de seus
cessário, a transformações entre objetos de estudos os diferentes
unidades de medida padronizadas campos numéricos e as operações
mais usuais. Sugere-se que esse entre eles, abrangendo desde os
processo seja iniciado utilizando, naturais e o sistema de numeração
preferencialmente, unidades não decimal, até as frações e os deci-
convencionais para fazer as compa- mais. É possível associar tais com-
rações e medições, o que dá sentido petências à aritmética, à álgebra e
à ação de medir, evitando a ênfase à combinatória, mas elas se conec-
em procedimentos de transforma- tam a todos os campos da mate-
ção de unidades convencionais. Nos mática escolar.
Anos Finais, a expectativa é a de que De acordo com a BNCC, nos
os estudantes reconheçam compri- Anos Iniciais, a expectativa em
mento, área, volume e abertura de relação a essa temática é que os
ângulo como grandezas associadas estudantes resolvam problemas
a figuras geométricas e que consi- com números naturais e números
gam resolver problemas envolven- racionais cuja representação deci-
do essas grandezas com o uso de mal é finita, envolvendo diferentes
unidades de medida padronizadas significados das operações, argu-
482 - MATEMÁTICA -

mentem e justifiquem os procedi- de porcentagem, porcentagem


mentos utilizados para a resolução de porcentagem, juros, descontos
e avaliem a plausibilidade dos re- e acréscimos, incluindo o uso de
sultados encontrados. No tocante tecnologias digitais. No tocante a
aos cálculos, espera-se que os es- esse tema, espera-se que saibam
tudantes desenvolvam diferentes reconhecer, comparar e ordenar
estratégias para a obtenção dos números reais, com apoio da re-
resultados, sobretudo por esti- lação desses números com pon-
mativa e cálculo mental, além de tos na reta numérica. Cabe ainda
algoritmos e uso de calculadoras. destacar que o desenvolvimento
Nessa fase espera-se também o do pensamento numérico não se
desenvolvimento de habilidades completa, evidentemente, apenas
no que se refere à leitura, à escrita com objetos de estudos descritos
e à ordenação de números natu- na unidade Números. Esse pensa-
rais e números racionais por meio mento é ampliado e aprofundado
da identificação e compreensão quando se discutem situações que
de características do sistema de envolvem conteúdos das demais
numeração decimal, sobretudo o unidades temáticas: Álgebra, Geo-
valor posicional dos algarismos. metria, Grandezas e medidas e
Já nos Anos Finais, a expectativa Probabilidade e estatística.
é a de que os estudantes resolvam A unidade temática ÁLGEBRA,
problemas com números naturais, de acordo com a BNCC, se refere
inteiros e racionais, envolvendo à percepção de regularidades, que
as operações fundamentais, com pode levar à criação de modelos
seus diferentes significados, e uti- matemáticos para diversas situa-
lizando estratégias diversas, com ções e à capacidade de traduzir
compreensão dos processos neles simbolicamente problemas encon-
envolvidos. Para que aprofundem trados no dia a dia, ou provenientes
a noção de número, é importante de outras áreas do conhecimento,
colocá-los diante de problemas, devendo ser gradativamente de-
sobretudo os geométricos, nos senvolvidas para se chegar ao do-
quais os números racionais não mínio da linguagem e das técnicas
são suficientes para resolvê-los, da álgebra. O uso da linguagem
de modo que eles reconheçam a algébrica, para expressar gene-
necessidade de outros números: ralizações que se constituam em
os irracionais. Os estudantes de- propriedades de outros campos da
vem dominar também o cálculo Matemática, é uma outra função da
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 483

álgebra que deve ser, pouco a pou- de equações e inequações, inclusi-


co, abordada. Nos Anos Iniciais as ve no plano cartesiano, devem ser
ideias de regularidade, generaliza- desenvolvidas como uma manei-
ção de padrões e propriedades da ra de representar e resolver de-
igualdade, sem o uso de letras para terminados tipos de problema, e
expressar regularidades. A relação não como objetos de estudo em si
dessa unidade temática com a de mesmos.
Números é bastante evidente no A unidade temática PROBABI-
trabalho com sequências (recursi- LIDADE E ESTATÍSTICA tem como
vas e repetitivas), seja na ação de objeto de estudo, com relação a
completar uma sequência com ele- ESTATÍSTICA, informações quali-
mentos ausentes, seja na constru- tativas e/ou quantitativas, tabelas,
ção de sequências segundo uma gráficos, frequências e medidas es-
determinada regra de formação. tatísticas. Nessa unidade também,
A relação de equivalência pode ter são fortes as relações com outras
seu início com atividades simples, áreas, especialmente no que diz
envolvendo a igualdade das opera- respeito ao estudo de tendências e
ções numéricas. A noção intuitiva fenômenos sociais. Observam-se
de função pode ser explorada por cada vez mais relevantes questões
meio da resolução de problemas relativas a dados da realidade física
envolvendo a variação proporcio- ou social que precisam ser coleta-
nal direta entre duas grandezas dos, selecionados, organizados,
(sem utilizar a regra de três). Nos apresentados e interpretados cri-
Anos Finais, os estudantes devem ticamente. Fazer inferências com
compreender os diferentes signi- base em informações qualitativas
ficados das variáveis numéricas em ou dados numéricos e saber lidar
uma expressão, estabelecer uma com os conceitos de chance e de
generalização de uma propriedade, incerteza também são competên-
investigar a regularidade de uma cias de grande utilidade.
sequência numérica, indicar um va- De acordo com a BNCC, mere-
lor desconhecido em uma sentença ce destaque o uso de tecnologias
algébrica e estabelecer a variação – como calculadoras, para avaliar
entre duas grandezas. É necessá- e comparar resultados, e planilhas
rio, portanto, que os estudantes eletrônicas, que ajudam na cons-
estabeleçam conexões entre va- trução de gráficos e nos cálculos
riável e função e entre incógnita e das medidas de tendência central.
equação. As técnicas de resolução A consulta a páginas de institutos
484 - MATEMÁTICA -

de pesquisa – como a do Instituto por meio de uma adequada técni-


Brasileiro de Geografia e Estatís- ca de amostragem.
tica (IBGE) – pode oferecer con- Com relação à PROBABILIDA-
textos potencialmente ricos não DE, faz-se necessário recorrer à
apenas para aprender conceitos e contagem de um conjunto discre-
procedimentos estatísticos, mas to de elementos. Para resolver tais
também para utilizá-los com o in- problemas, além de outros, de mo-
tuito de compreender a realidade. delagem discreta, os conteúdos de
De acordo com a BNCC, os primei- combinatória ganham crescente
ros passos envolvem o trabalho importância na formação mate-
com a coleta e a organização de mática. De acordo com a BNCC, a
dados de uma pesquisa de interes- finalidade, no Ensino Fundamental
se dos estudantes. O planejamen- – Anos Iniciais, é promover a com-
to de como fazer a pesquisa ajuda preensão de que nem todos os fe-
a compreender o papel da estatís- nômenos são determinísticos. Para
tica no cotidiano dos estudantes. isso, o início da proposta de trabalho
Assim, a leitura, a interpretação com probabilidade está centrado no
e a construção de tabelas e gráfi- desenvolvimento da noção de alea-
cos têm papel fundamental, bem toriedade, de modo que os estu-
como a forma de produção de tex- dantes compreendam que há even-
to escrito para a comunicação de tos certos, eventos impossíveis e
dados, pois é preciso compreen- eventos prováveis. É muito comum
der que o texto deve sintetizar ou que pessoas julguem impossíveis
justificar as conclusões. No Ensi- eventos que nunca viram aconte-
no Fundamental – Anos Finais, a cer. Nessa fase, é importante que os
expectativa é que os estudantes estudantes verbalizem, em eventos
saibam planejar e construir rela- que envolvem o acaso, os resul-
tórios de pesquisas estatísticas tados que poderiam ter aconteci-
descritivas, incluindo medidas de do em oposição ao que realmente
tendência central e construção de aconteceu, iniciando a construção
tabelas e diversos tipos de gráfico. do espaço amostral. No Ensino Fun-
Esse planejamento inclui a defini- damental – Anos Finais, o estudo
ção de questões relevantes e da deve ser ampliado e aprofundado,
população a ser pesquisada, a de- por meio de atividades nas quais
cisão sobre a necessidade ou não os estudantes façam experimentos
de usar amostra e, quando for o aleatórios e simulações para con-
caso, a seleção de seus elementos frontar os resultados obtidos com
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 485

a probabilidade teórica – probabi- Esses objetos do conhecimen-


lidade frequentista. A progressão to estão dispostos por unida-
dos conhecimentos se faz pelo apri- de temática (Números, Álgebra,
moramento da capacidade de enu- Grandezas e Medidas, Geometria,
meração dos elementos do espaço Probabilidade e Estatística) des-
amostral, que está associada, tam- critas no organizador curricular
bém, aos problemas de contagem. capítulo 4 deste Referencial.
As habilidades decorrem das
2.5 Objetos do competências adquiridas e refe-
conhecimento e rem-se ao plano imediato do ”saber
habilidades fazer”. Por meio das ações e opera-
Os objetos do conhecimen- ções, as habilidades aperfeiçoam-
to são agrupados por unidades -se e articulam-se, possibilitando
temáticas, representam os co- nova reorganização das competên-
nhecimentos necessários para a cias. Competências são as modali-
aprendizagem matemática. Os dades estruturais da inteligência, ou
conceitos científicos são sistema- melhor, ações e operações que uti-
tizados em conteúdos conceituais, lizamos para estabelecer relações
descritos no Referencial Curricular com e entre objetos, situações, fe-
de Alagoas e na BNCC como obje- nômenos e pessoas que desejamos
tos do conhecimento. conhecer (INEP, 1999, p. 7).

Figura 1: Sistematização da organização curricular

Desdobramentos
unidades objeto do Didáticos
Ano habilidades
temáticas conhecimento Pedagógicos
(DesDP)

Fonte: os autores
486 - MATEMÁTICA -

No que concerne ao trabalho lidade está inserida no DesDP, pois


com os objetos e objetivos descri- dentre as atividades metodológicas
tos, os conceitos e os conhecimen- propostas pode – se unir as caracte-
tos matemáticos articulam-se em rísticas locais e objetos da região.
unidades temáticas. A organização Alagoas é um estado de muita
do ensino de matemática em uni- riqueza cultural que perpassam do
dades é uma opção didática que litoral ao sertão, as comunidades
envolve uma concepção de ensino indígenas, quilombolas, campesi-
e aprendizagem contraposta à ten- na e cigana.
dência de um ensino fragmentado, As aprendizagens trazidas pela
ou seja, que prioriza a aritmética, BNCC são essenciais e normati-
ignorando ou dando pouca ênfase vas e nesse sentido estão dispos-
às demais. Em outras palavras, por tas em sua totalidade, seguem um
trás dessa opção, está uma preo- código que representa etapa/ano/
cupação em garantir formas diver- componente/código da habilidade,
sas de aprender a partir de uma vi- como por exemplo, EF03MA01, é
são menos fragmentada do ensino um código de habilidade da BNCC,
e da aprendizagem da matemática representa Ensino fundamental,
escolar. Essa visão embasada por 3º ano, Matemática e habilidade
uma concepção de ensino e apren- 01. Os códigos são identificadores,
dizagem interfere diretamente na não representam uma sequência
forma como são planejadas as au- de habilidades. O professor no seu
las, na escolha da perspectiva me- planejamento pode estabelecer
todológica e na forma de avaliar o a ordem dos objetos do conheci-
processo de ensinar e aprender. mento e habilidades que irá seguir.
Os desdobramentos didáticos No DesDP estão algumas habilida-
pedagógicos (DesDP) são suges- des propostas para adequação e
tões metodológicas e orientações sugestões metodológicas.
didáticas voltadas para a matemá-
tica escolar e a educação matemá- 2.6 Competências
tica. Possuem como escopo auxiliar específicas da
o professor na prática pedagógica, matemática
favorecendo ao ato pedagógico, ao De acordo com Perrenoud
fazer em sala de aula. (2000), Competência é a faculdade
A parte diversificada que deve de mobilizar um conjunto de recur-
ser está vinculada ao conhecimento sos cognitivos (saberes, capacida-
e a cultura, regionalismo e territoria- des, informações etc) para solucio-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 487

nar com pertinência e eficácia uma e comunicar informações relevan-


série de situações. tes, para interpretá-las e avaliá-las
As competências específicas da crítica e eticamente, produzindo
matemática para o ensino funda- argumentos convincentes.
mental serão apresentadas a seguir. Utilizar processos e ferramen-
Reconhecer que a Matemática é tas matemáticas, inclusive tec-
uma ciência humana, fruto das ne- nologias digitais disponíveis, para
cessidades e preocupações de dife- modelar e resolver problemas coti-
rentes culturas, em diferentes mo- dianos, sociais e de outras áreas de
mentos históricos, e é uma ciência conhecimento, validando estraté-
viva, que contribui para solucionar gias e resultados.
problemas científicos e tecnológi- Enfrentar situações-problema
cos e para alicerçar descobertas e em múltiplos contextos, incluindo-
construções, inclusive com impac- -se situações imaginadas, não di-
tos no mundo do trabalho. retamente relacionadas com o as-
Desenvolver o raciocínio lógi- pecto prático-utilitário, expressar
co, o espírito de investigação e a suas respostas e sintetizar conclu-
capacidade de produzir argumen- sões, utilizando diferentes regis-
tos convincentes, recorrendo aos tros e linguagens (gráficos, tabelas,
conhecimentos matemáticos para esquemas, além de texto escrito na
compreender e atuar no mundo. língua materna e outras linguagens
Compreender as relações en- para descrever algoritmos, como
tre conceitos e procedimentos dos fluxogramas, e dados).
diferentes campos da Matemática Desenvolver e/ou discutir pro-
(Aritmética, Álgebra, Geometria, jetos que abordem, sobretudo,
Estatística e Probabilidade) e de ou- questões de urgência social, com
tras áreas do conhecimento, sen- base em princípios éticos, demo-
tindo segurança quanto à própria cráticos, sustentáveis e solidários,
capacidade de construir e aplicar valorizando a diversidade de opi-
conhecimentos matemáticos, de- niões de indivíduos e de grupos
senvolvendo a autoestima e a per- sociais, sem preconceitos de qual-
severança na busca de soluções. quer natureza.
Fazer observações sistemáti- Interagir com seus pares de for-
cas de aspectos quantitativos e ma cooperativa, trabalhando cole-
qualitativos presentes nas práti- tivamente no planejamento e de-
cas sociais e culturais, de modo a senvolvimento de pesquisas para
investigar, organizar, representar responder a questionamentos e na
488 - MATEMÁTICA -

busca de soluções para problemas, do Ensino Fundamental, a Progres-


de modo a identifcar aspectos con- sividade do Conhecimento emba-
sensuais ou não na discussão de sada nas aprendizagens adquiridas
uma determinada questão, respei- nos anos anteriores.
tando o modo de pensar dos cole- Segundo a BNCC, na definição
gas e aprendendo com eles. das habilidades, a progressão ano
a ano se baseia na compreensão e
2.7 A Progressividade utilização de novas ferramentas e
da Aprendizagem também na complexidade das si-
dos Conhecimentos tuações-problema propostas, cuja
Matemáticos resolução exige a execução de mais
A BNCC dispõe, de forma siste- etapas ou noções de unidades te-
matizada e distribuída nos 9 anos máticas distintas.

Quadro 5 : Progressão das habilidades relativas à unidade Geometria Anos Iniciais


1ºano 2ºano 3º ano 4º ano 5º ano
Figuras Figuras Figuras geo- Figuras geo- Figuras geométricas planas:
geométricas geométri- métricas pla- métricas pla- características, representa-
espaciais: re- cas planas nas (triângulo, nas (polígo- ções e ângulos
conhecimen- (círculo, quadrado, nos convexo
to e relações quadrado, retângulo, e côncavo):
com objetos retângulo e trapézio e pa- reconheci-
familiares do triângulo): ralelogramo): mento, re-
mundo físico reconhe- reconhecimen- presentações
cimento e to e análise de e caracterís-
caracterís- características ticas
ticas

Congruência Simetria de Figuras geométricas planas:


de figuras reflexão características, representa-
geométricas ções e ângulos dos triângu-
planas los e quadriláteros

Ampliação e redução de fi-


guras poligonais em malhas
quadriculadas:reconhecimen-
to da congruência dos ângu-
los e da proporcionalidade
dos lados correspondentes
Fonte: os autores
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 489

Nos quadros 5 e 6 utilizou-se


como exemplo a unidade temáti-
ca GEOMETRIA, e observa-se que
a progressividade ocorre ao longo dos anos pela complexidade atribuída a cada
ano.

Quadro 6 : Progressão das habilidades relativas à unidade Geometria Anos Finais


6º ano 7º ano 8º ano 9º ano
Polígonos: classi- Triângulos: Congruência Semelhança de triângulos
ficações quanto ao construção, detriângulos
número de vértices, condição de e demons-
às medidas de existência e trações de
lados e ângulos e soma das medi- propriedades
ao paralelismo e das dos ângulos de quadrilá-
perpendicularismo internos teros
dos lados

Polígonos: classi- Triângulos: Construções Relações métricas no triângulo


ficações quanto ao construção, geométricas: retângulo
número de vértices, condição de ângulos de Teorema de Pitágoras: verifica-
às medidas de existência e 90°, 60°, ções experimentais e demons-
lados e ângulos e soma das medi- 45° e 30° e tração
ao paralelismo e das dos ângulos polígonos
Retas paralelas cortadas por
perpendicularismo internos regulares
transversais: teoremas de pro-
dos lados
porcionalidade e verificações
experimentais

Polígonos: classi- Polígonos regu- Construções Relações métricas no triângulo


ficações quanto ao lares: quadrado geométricas: retângulo
número de vértices, e triângulo ângulos de Teorema de Pitágoras: verifica-
às medidas de equilátero 90°, 60°, ções experimentais e demons-
lados e ângulos e 45° e 30° e tração
ao paralelismo e polígonos
Retas paralelas cortadas por
perpendicularismo regulares
transversais: teoremas de propor-
dos lados
cionalidade e verificações experi-
mentais
490 - MATEMÁTICA -

Polígonos regu- Matemática (FLEMMING, 2005).


Polígonos regulares
lares: quadrado A seguir apresentamos a sele-
e triângulo ção de algumas definições de Edu-
equilátero cação Matemática.
A Educação Matemática, se-
Fonte: os autores
gundo CARVALHO (1994), “é uma
atividade essencialmente pluri e in-
3. Metodologias terdisciplinar. Constitui um grande
no ensino de arco, onde há lugar para pesquisas e
matemática trabalhos dos mais diferentes tipos.”
BICUDO (1999) explicita que a
O ensino da matemática se de-
Educação Matemática possui um
fine em conhecimento matemático,
campo de investigação e de ação
que são os conteúdos, organização
muito amplo. Os pesquisadores de-
do conhecimento, o formato previsto
vem sempre analisar criticamente
para a aprendizagem e as metodolo-
suas ações com o intuito de perce-
gias que favoreçam a aprendizagem.
ber no que elas contribuem com a
Educação Matemática do cidadão.
3.1 Educação Ainda, BATISTA; LUCCAS
Matemática (2004) dizem que a Educação Ma-
A Matemática é definida por
temática intervém positivamente,
D’Ambrosio como uma estratégia
possibilitando a reflexão e a análi-
desenvolvida pela espécie humana
se crítica no ensino e na aprendi-
ao longo de sua história para expli-
zagem, ressaltando aspectos rele-
car, para entender, para manejar e
vantes, tanto da estrutura, quanto
conviver com a realidade sensível,
das articulações existentes entre
perceptível, e com o seu imagi-
o conhecimento matemático, a
nário, naturalmente dentro de um
proposta metodológica e a reali-
contexto natural e cultural.
dade educacional.
A Educação Matemática pode
A educação matemática, de
ser caracterizada como uma área
acordo com BORBA; SANTOS
de atuação, na qual profissionais,
(2005), é uma região de inquérito que
pesquisadores, docentes e estu-
mantém interseções entre a edu-
dantes busquem, a partir de re-
cação e a matemática, na busca de
ferenciais teóricos consolidados,
sua identidade própria, por isso não
soluções e alternativas que ino-
se justifica o distanciamento nem da
vem o ensino e a aprendizagem de
educação e nem da matemática.
Dedicada ao processo de produ- vinculada à unidade temática nú-
ção e de construção do saber mate- mero e representa , de acordo com
mático, tanto no que se refere à prá- a BNCC, o estudo de conceitos
tica pedagógica dos diversos níveis básicos de economia e finanças,
e modalidades de ensino quanto à visando à educação financeira dos
relação com outras práticas sociais, estudantes. Assim, podem ser dis-
a Educação Matemática, conforme cutidos assuntos como taxas de
ROSEIRA (2010), é concebida como juros, inflação, aplicações finan-
uma área de conhecimento inde- ceiras (rentabilidade e liquidez de
pendente, com objeto de estudo e um investimento) e impostos. Essa
pesquisa interdisciplinar. unidade temática favorece um es-
Portanto, para resumir, pode- tudo interdisciplinar envolvendo
mos dizer que a educação matemá- as dimensões culturais, sociais,
tica é uma área de estudos e pes- políticas e psicológicas, além da
quisas que possui sólidas bases na econômica, sobre as questões do
Educação e na Matemática, mas que consumo, trabalho e dinheiro. Es-
também está contextualizada em sas questões, além de promover o
ambientes interdisciplinares. Por desenvolvimento de competências
esse motivo, caracteriza-se como pessoais e sociais dos estudantes,
um campo de pesquisa amplo, que podem se constituir em excelentes
busca a melhoria dos processos de contextos para as aplicações dos
ensino e de aprendizagem de Mate- conceitos da Matemática Finan-
mática (FLEMMING, 2005). ceira e também proporcionar con-
textos para ampliar e aprofundar
3.2 Matemática esses conceitos.
Financeira A Matemática Financeira possui
A matemática financeira está diversas aplicações no atual siste-
ma econômico e tem como finalidade relacionar os de finanças e educação
financeira com o intuito de conscientizar para a construção dos compor-
9o ano
Objeto do conhecimento números DESDP

habilidade

Porcentagens: (EF09MA05) Resolver e elaborar Sugerir uma pesquisa sobre


problemas problemas que envolvam transações na bolsa de valores
que porcentagens, com a ideia de ou inflação; Realizar oficinas com
envolvem aplicação de percentuais sucessivos o uso de diversos anúncios de
cálculo e a determinação das taxas descontos nas lojas, informando
de percentuais percentuais, preferencialmente que os produtos sofreram um
sucessivos com o uso de tecnologias digitais, determinado decréscimo
no contexto da educação financeira percentual

tamentos financeiros que favoreçam a uma geração


492 - MATEMÁTICA -

de pessoas autônomas financeira- tras linguagens, como transformar si-


mente. tuações-problema, apresentadas em
Quadro 7: Organizador Curricular língua materna, em fórmulas, tabelas
na unidade temática números - 9º e gráficos e vice-versa.
ano Barcelos afirma que:
Fonte: os autores “A leitura e interpretação dos
símbolos, códigos e nomenclaturas da
3.3 Pensamento linguagem matemática fazem parte
Computacional das competências esperadas dos
De acordo com Barcelos (2012), estudantes. Em particular, espera - se
a influência da tecnologia na socie- que o estudante seja capaz de traduzir
dade e a consequente necessidade uma situação dada em uma linguagem
de contextualizá-la no ensino bási- em outra; por exemplo, transformar
co são observações presentes nas situações dadas em linguagem
diretrizes dos Parâmetros Curri- discursiva em gráficos, tabelas,
culares Nacionais para o ensino de fórmulas e outras representações,
Matemática: e vice-versa. Dentro do domínio das
“O impacto da tecnologia na diferentes representações permitidas
vida de cada indivíduo vai exigir pela linguagem matemática, também
competências que estão além do se espera que o estudante seja capaz
simples lidar com as máquinas” de ‘traduzir’ uma representação em
(PCN, 1999, p. 41). outra como, por exemplo, converter os
Ainda segundo os PCNs, o im- dados de uma tabela em um gráfico.”
pacto da tecnologia exige um redi-
recionamento do ensino de Mate-
mática, a partir do qual “o indivíduo
possa se reconhecer e se orientar
nesse mundo do conhecimento
em constante movimento” (PCN,
1999, p. 41).
Segundo a BNCC, a aprendiza-
gem de Álgebra, como também das
outras unidades temáticas, podem
contribuir para o desenvolvimen-
to do pensamento computacional
dos estudantes, tendo em vista
que eles precisam ser capazes de
traduzir uma situação dada em ou-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 493

Ainda de acordo com a BNCC, importância dos algoritmos e de


associado ao pensamento com- seus fluxogramas, que podem ser
putacional, cumpre salientar a objetos de estudo nas aulas de Ma-
temática. Um algoritmo é uma sequência finita de procedimentos que
7o ano
Objeto do conhecimento Geometria DESDP

habilidade

Triângulos: construção, (EF07MA24) Construir triângulos, usando régua e Utilizar o


condição de existência compasso, reconhecer a condição de existência do sofware
e soma das medidas dos triângulo quanto à medida dos lados e verificar que a de geometris
ângulos internos soma das medidas dos ângulos internos é 180o dinâmica para
construir
Triângulos: construção, (EF07MA25) Reconhecer a rigidez geométrica dos triângulos e
condição de existência triângulos e suas aplicações, como na construção de compreender as
e soma das medidas dos estruturas arquitetônicas (telhados, estruturas metálicas características
ângulos internos e outras) ou nas artes plásticas. e as ceviana
notáveis
Triângulos: construção, (EF07MA26) Descrever, por escrito e por meio de um
condição de existência fluxograma, um algoritmo para a construção de um
e soma das medidas dos triângulo qualquer, conhecidas as
ângulos internos medidas dos três lados

permite resolver um determinado to computacional é a identificação


problema. Assim, o algoritmo é a de padrões para se estabelecer
decomposição de um procedimen- generalizações, propriedades e al-
to complexo em suas partes mais
goritmos.
simples, relacionando-as e orde-
nando-as, e pode ser representado
Quadro 8 :Organizador Curricular
graficamente por um fluxograma. na unidade temática geometria - 7º
A linguagem algorítmica tem pon- ano
tos em comum com a linguagem
algébrica, sobretudo em relação ao 3.4 Modelagem
conceito de variável. Outra habili- Matemática
dade relativa à álgebra que mantém
estreita relação com o pensamen- Modelagem Matemática está
494 - MATEMÁTICA -

relacionada com a resolução de pro- natural. Esse fenômeno pode ser


blemas e com os procedimentos e de qualquer área do conhecimento.
tem como objetivo obter um mode- Através do uso da modelagem
lo matemático que seja a solução do matemática na sala de aula pode-
problema inicial. mos trabalhar a interdisciplinarida-
Na Educação Básica, a Modelagem de, a transversalidade, mostrando
é vista como uma alternativa pedagó- ao estudante como a matemática
gica na qual é utilizada uma situação pode ser útil em sua vida fora do
problema real ou da própria Matemá- ambiente escolar e como ela inte-
tica. Alguns aspectos são importantes rage com as demais áreas do co-
no desenvolvimento dos trabalhos com nhecimento. O estudante passa a
modelagem: investigação autônoma perceber a importância da mate-
mática para a compreensão de fe-
(trabalho em grupo), ciclo de modela- nômenos naturais, como é possível
gem e temas do mundo real. A ideia é “prever” alguns acontecimentos
fazer modelagem para aprender mate- utilizando fórmulas e modelos e
mática, ou seja, os Modelos Matemáti- isso acaba despertando seu inte-
cos precisam ser significativos com si- resse pela ciência.
tuações-problema úteis e possíveis de A introdução da modelagem
serem resolvidas e discutidas. matemática pode ser feita atra-
“Modelagem Matemática é um vés da resolução de problemas,
processo dinâmico utilizado para a trazendo para dentro de sala a
obtenção e validação de modelos realidade do estudante. As di-
matemáticos. É uma forma de versas situações-problema farão
abstração e generalização com a com que a capacidade de inter-
finalidade de previsão de tendências. A pretação melhore, o estudante
modelagem consiste, essencialmente, assuma uma posição crítica ao
na arte de transformar situações tentar resolvê-las e consiga ana-
da realidade em problemas lisar que pode haver mais de uma
matemáticos cujas soluções devem solução e que há vários caminhos
ser interpretadas na linguagem usual” para chegar até elas.
(Bassanezi, 2004, p.24).
Segundo Rigonatto, a modela-
gem matemática é a criação de um
modelo matemático (um padrão ou
fórmula matemática) para explicação
ou compreensão de um fenômeno
QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
496 - MATEMÁTICA -

Organizador Curricular | 1º Ano

Objeto de Desdobramentos Didáticos


Temáticas

Habilidades
Unidades

Conhecimento Pedagógicos - DesDP

Para o reconhecimento de núme-


Contagem de rotina (EF01MA01) Utilizar números
Contagem ascenden- naturais como indicador de quan- ros no contexto diário faz - se ne-
te e descendente tidade ou de ordem em diferentes cessária a identificação em situa-
Reconhecimento de situações cotidianas e reconhecer ções reais: tais como calendários,
números no contexto situações em que os números não numeração de residências entre
outros. Estabelecer contagem com
diário: indicação de indicam contagem nem ordem, mas números que fazem parte do dia
quantidades, indi- sim código de identificação. a dia, tais como, a quantidade de
cação de ordem ou Compreender a quantidade de
estudantes que estão presentes
indicação de código números a partir da contagem e
Números

na escola; quantos anos de idade


para a organização de agrupar números em situações cada estudante tem e outras si-
informações cotidianas tuações.

No processo de contagem, quan-


tificação comparação e agrupa-
Quantificação de mento, pode -se fazer relação com
elementos de uma a habilidade (EF01MA21), relacio-
coleção: estimativas, (EF01MA02) Contar de maneira nando com o dia a dia, poderia se
contagem um a um, exata ou aproximada, utilizando utilizar uma linguagem matemá-
pareamento ou ou- diferentes estratégias como o parea- tica, gráficos e tabelas que podem
mento e outros agrupamentos.
Números

tros agrupamentos e ser atualizadas todos os dias ,


comparação como por exemplo a quantidade
de meninos e meninas presentes
na sala de aula.

Quantificação de (EF01MA03) Estimar e comparar


elementos de uma quantidades de objetos de dois con-
coleção: estimativas, juntos (em torno de 20 elementos),
contagem um a um, por estimativa e/ou por correspon-  
Números

pareamento ou ou- dência (um a um, dois a dois) para


tros agrupamentos e indicar “tem mais”, “tem menos” ou
comparação “tem a mesma quantidade”.

(EF01MA04) Contar a quantidade Estabelecer no processo de con-


Leitura, escrita e com- de objetos de coleções até 100 tagem a comparação, através da
unidades e apresentar o resultado
paração de números relação de número e quantidade
Números

naturais (até 100) por registros verbais e simbólicos, para identificar pela quantidade
Reta numérica em situações de seu interesse, como a noção de maior e menor e de
jogos, brincadeiras, materiais da sala
de aula, entre outros. sequência numérica.

Leitura, escrita e com- (EF01MA05) Comparar números na- Identificar posição de um objeto o
Números

paração de números turais de até duas ordens em situa- ou número numa série explicando
naturais (até 100) ções cotidianas, com e sem suporte a noção de sucessor e antecessor.
Reta numérica da reta numérica.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 497

(EF01MA06) Construir fatos básicos


Construção de fatos da adição e utilizá-los em proce-
básicos da adição dimentos de cálculo para resolver
Números

problemas.

Pode - se utilizar o princípio aditivo


na Teoria dos Campos Conceituais
de Gerard Vernaud. O professor
poderá apresentar uma série de
problemas: 1. Problemas em que
(EF01MA07) Compor e decompor há uma transformação positiva so-
número de até duas ordens, por bre um estado inicial para chegar
meio de diferentes adições, com o a um estado final; 2 - Problemas
Composição e de- em que há uma transformação
suporte de material manipulável,
composição de nú- contribuindo para a compreensão negativa sobre um estado inicial
meros naturais de características do sistema de para chegar a um estado final;
Números

numeração decimal e o desenvolvi- 3 - Problemas em que dois estados


mento de estratégias de cálculo. são combinados para obter um
terceiro; 4 - Problemas em que se
estabelece uma comparação po-
sitiva entre dois estados; 5 - Pro-
blemas em que se estabelece uma
comparação negativa entre dois
estados; 6 - Problemas em que
(EF01MA08) Resolver e elaborar duas transformações (positivas e /
Problemas envolven- problemas de adição e de subtração, ou negativas) são compostas para
do diferentes signi- envolvendo números de até dois formar uma terceira.
ficados da adição e algarismos, com os significados de
juntar, acrescentar, separar e retirar,
da subtração (juntar,
acrescentar, separar, com o suporte de imagens e/ou
material manipulável, utilizando
retirar)
Números

estratégias e formas de registro


pessoais.

No ensino de Álgebra, as explora-


ções iniciais devem centrar-se em
jogos, generalizações e represen-
Padrões figurais e (EF01MA09) Organizar e ordenar tações matemáticas como gráficos.
numéricos: investiga- Tem como objetivo proporcionar
objetos familiares ou representações
ção de regularidades por figuras, por meio de atributos, aos estudantes a observação de
ou padrões em se- tais como cor, forma e medida. regularidades, a abstração de
quências algumas relações e respectivas
Álgebra

representaações (em diversas


formas) e também a generalização
das propriedades das operações.

Sequências recursi- (EF01MA10) Descrever, após o re-


vas: observação de
regras usadas utiliza- conhecimento e a explicitação de Identificar os padrões da sequên-
um padrão (ou regularidade), os cia, as ausências dos números,
das em seriações nu- elementos ausentes em sequências estimulando a busca pelo próximo
méricas (mais 1, mais recursivas de números naturais, termo da sequência.
Álgebra

2, menos 1, menos 2,
objetos ou figuras.
por exemplo)
498 - MATEMÁTICA -

Localização de obje-
(EF01MA11) Descrever a localização
tos e de pessoas no
de pessoas e de objetos no espaço
espaço, utilizando em relação à sua própria posição,
Geometria

diversos pontos de Utilizar situações reais de loca-


referência e vocabulá- utilizando termos como à direita, à
esquerda, em frente, atrás. lização de lugares no bairro, na
rio apropriado cidade, ruas e no espaço da sala.
Estabelecendo as posições com
relação a um referencial, como a
posição da padaria com relação
a escola e com relação ao super-
(EF01MA12) Descrever a localização mercado, situando um desenho de
Localização de obje- de pessoas e de objetos no espaço localização, em seguida pode com-
tos e de pessoas no segundo um dado ponto de refe- parar a posição dos estudantes em
espaço, utilizando rência, compreendendo que, para a sala com relação ao birô.
Geometria

diversos pontos de utilização de termos que se referem


referência e vocabulá- à posição, como direita, esquerda,
rio apropriado em cima, em baixo, é necessário
explicitar-se o referencial.

Figuras geométricas (EF01MA13) Relacionar figuras Identificar as formas geométricas


espaciais: reconheci- geométricas espaciais (cones, cilin- existentes a partir de objetos
Geometria

mento e relações com dros, esferas e blocos retangulares) a do cotidiano, estabelecendo a


objetos familiares do diferença entre figuras planas e
objetos familiares do mundo físico.
mundo físico espaciais.

(EF01MA14) Identificar e nomear


Figuras geométricas figuras planas (círculo, quadrado,
planas: reconheci- retângulo e triângulo) em desenhos
Explorar o próprio ambiente esco-
mento do formato lar. Usar jogos, como dominó das
Geometria

apresentados em diferentes dispo-


das faces de figuras sições ou em contornos de faces de
figuras geométricas.
geométricas espaciais sólidos geométricos.

(EF01MA15) Comparar compri-


Grandezas e medidas

mentos, capacidades ou massas,


Medidas de compri- utilizando termos como mais alto,
mento, massa e capa-
cidade: comparações mais baixo, mais comprido, mais Relacionar as medidas aos instru-
curto, mais grosso, mais fino, mais mentos de medição.
e unidades de medida largo, mais pesado, mais leve, cabe
não convencionais
mais, cabe menos, entre outros, para
ordenar objetos de uso cotidiano.
Grandezas e medidas

Medidas de tempo: (EF01MA16) Relatar em linguagem


unidades de medi- verbal ou não verbal sequência Levar o estudante a compreender
as medidas por meio de atividades
da de tempo, suas de acontecimentos relativos a um com o seu próprio corpo e através
relações e o uso do dia, utilizando, quando possível, os
de brincadeiras.
calendário horários dos eventos.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 499
Grandezas e medidas

Medidas de tempo:
(EF01MA17) Reconhecer e relacionar
unidades de medi- períodos do dia, dias da semana e Organizar tarefas utilizando o
da de tempo, suas meses do ano, utilizando calendário, calendário.
relações e o uso do quando necessário.
calendário
Grandezas e medidas

Situar o estudante em situações


Medidas de tempo: (EF01MA18) Produzir a escrita de cotidianas, trabalhar com datas de
unidades de medi- uma data, apresentando o dia, eventos, de modo que os estudan-
da de tempo, suas o mês e o ano, e indicar o dia da tes tenham uma percepção clara
relações e o uso do semana de uma data, consultando
calendário calendários. do tempo que falta para a data do
evento (horas, dias, semanas...)
Grandezas e medidas

(EF01MA19) Reconhecer e relacionar


Sistema monetário
brasileiro: reconheci- valores de moedas e cédulas do
mento de cédulas e sistema monetário brasileiro para  
moedas resolver situações simples do coti-
diano do estudante.

(EF01MA20) Classificar eventos


envolvendo o acaso, tais como Trabalhar com problemas que
Noção de acaso “acontecerá com certeza”, “talvez possibilitem a discussão entre os
aconteça” e “é impossível acontecer”, estudantes.
em situações do cotidiano.
Probabilidade e estatística

Leitura de tabelas e (EF01MA21) Ler dados expressos


de gráficos de colu- em tabelas e em gráficos de colunas Ler dados através de desenhos,
infográficos
nas simples simples.

Coleta e organização (EF01MA22) Realizar pesquisa,


de informações envolvendo até duas variáveis cate- Realizar pesquisa sobre algo de
Registros pessoais góricas de seu interesse e universo interesse dos estudantes, coletar
para comunicação de até 30 elementos, e organizar os dados e fazer a representação
de informações co- dados por meio de representações gráfica.
letadas pessoais.
500 - MATEMÁTICA -

Organizador Curricular | 2º Ano

Objeto de Habilidades
Desdobramentos Didáticos
Temáticas
Unidades

Conhecimento Pedagógicos - DesDP

Utilizando o Material Dourado, o


Leitura, escrita, com- (EF02MA01) Comparar e ordenar professor poderá propor ativida-
paração e ordenação números naturais (até a ordem de
de números de até centenas) pela compreensão de des que facilitem a compreensão
da ideia de contagem das uni-
três ordens pela com- características do sistema de nume-
dades e agrupamento formando
preensão de caracte- ração decimal (valor posicional e dezenas e centenas.
rísticas do sistema de função do zero).
numeração decimal Identificar posição de um objeto ou
(valor posicional e número numa série explicitando a Agrupar números através do pro-
Números

papel do zero) noção de antecessor e sucessor. cesso de contagem identificando o


valor posicional até a 3ª ordem

Leitura, escrita, com-


paração e ordenação
(EF02MA02) Fazer estimativas por
de números de até meio de estratégias diversas a res-
três ordens pela com-
peito da quantidade de objetos de
preensão de caracte- coleções e registrar o resultado da
rísticas do sistema de contagem desses objetos (até 1000
numeração decimal Resolver e elaborar problemas
Números

unidades).
(valor posicional e aditivos envolvendo os significa-
papel do zero) dos de juntar e acrescentar quan-
tidades, comparar e completar
quantidades, em situações de
contexto familiar e utilizando o
cálculo mental ou outras estraté-
Leitura, escrita, com- (EF02MA03) Comparar quantidades gias pessoais.
paração e ordenação de objetos de dois conjuntos, por
de números de até
três ordens pela com- estimativa e/ou por correspon-
dência (um a um, dois a dois, entre
preensão de caracte-
rísticas do sistema de outros), para indicar “tem mais”, “tem
Números

menos” ou “tem a mesma quantida-


numeração decimal de”, indicando, quando for o caso,
(valor posicional e
papel do zero) quantos a mais e quantos a menos.

Composição e (EF02MA04) Compor e decompor Reconhecer termos como dúzia


decomposição de números naturais de até três ordens, e meia dúzia; dezena e meia de-
zena; centena e meia centena,
números naturais (até com suporte de material manipulá- associando-os às suas respectivas
1000) vel, por meio de diferentes adições. quantidades.
Números
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 501

Construção de fatos (EF02MA05) Construir fatos básicos Associar a denominação do nú-


fundamentais da adi- da adição e subtração e utilizá-los mero a sua respectiva numeração
ção e da subtração no cálculo mental ou escrito. simbólica.
Números

Problemas envolven- (EF02MA06) Resolver e elaborar


do diferentes signi- problemas de adição e de subtra- Propor problemas que possibili-
ção, envolvendo números de até tem a discussão entre os estudan-
ficados da adição e três ordens, com os significados de tes. Utilizar jogos que favoreçam
Números

da subtração (juntar, juntar, acrescentar, separar, retirar, o aprendizado das diversas opera-
acrescentar, separar, utilizando estratégias pessoais ou ções matemáticas.
retirar) convencionais.

(EF02MA07) Resolver e elaborar pro-


blemas de multiplicação (por 2, 3, 4
Problemas envolven- e 5) com a ideia de adição de parce- Fazer atividades de compra e
do adição de parcelas las iguais por meio de estratégias e venda é uma excelente alternativa
para desenvolver estratégias de
iguais (multiplicação) formas de registro pessoais, utilizan- cálculo.
Números

do ou não suporte de imagens e/ou


material manipulável.

(EF02MA08) Resolver e elaborar pro-


Problemas envolven- blemas envolvendo dobro, metade, Utilizar a fita métrica para traba-
do significados de
Números

triplo e terça parte, com o suporte lhar noções de dobro, metade,


dobro, metade, triplo de imagens ou material manipulá- triplo e terça parte
e terça parte vel, utilizando estratégias pessoais.

(EF02MA09) Construir sequências de


Construção de se- números naturais em ordem cres-
quências repetitivas e cente ou decrescente a partir de um
Álgebra

de sequências recur-
sivas número qualquer, utilizando uma
regularidade estabelecida.

Identificação de regu- (EF02MA10) Descrever um padrão


laridade de sequên- (ou regularidade) de sequências Reconhecer regularidades em
cias e determinação repetitivas e de sequências recursi- diversas situações, compará-las e
Álgebra

de elementos ausen- vas, por meio de palavras, símbolos estabelecer relação entre elas e as
tes na sequência ou desenhos. regularidades já conhecidas.

Identificação de regu-
laridade de sequên- (EF02MA11) Descrever os elementos
ausentes em sequências repetitivas
cias e determinação e em sequências recursivas de nú-
de elementos ausen-
Álgebra

tes na sequência meros naturais, objetos ou figuras.


502 - MATEMÁTICA -

Localização e movi- (EF02MA12) Identificar e registrar,


mentação de pessoas em linguagem verbal ou não verbal,
e objetos no espaço, a localização e os deslocamentos Aulas práticas no próprio ambien-
segundo pontos de de pessoas e de objetos no espaço, te escolar são excelentes para
referência, e indica- considerando mais de um ponto de trabalhar localização,
Geometria

ção de mudanças de referência, e indicar as mudanças de


direção e sentido direção e de sentido.

(EF02MA13) Esboçar roteiros a ser Elaborar plantas de lugares da


Esboço de roteiros e seguidos ou plantas de ambientes vivência dos estudantes, da sala
Geometria

de plantas simples familiares, assinalando entradas, de aula, da entrada da escola até a


saídas e alguns pontos de referência. sala de aula, etc.

Figuras geométricas (EF02MA14) Reconhecer, nomear Explorar o reconhecimento de


espaciais (cubo, bloco e comparar figuras geométricas figuras geométricas no ambiente
retangular, pirâmide, espaciais (cubo, bloco retangular, escolar, de modo a desenvolver
cone, cilindro e esfe- pirâmide, cone, cilindro e esfera), a percepção dos estudantes com
ra): reconhecimento e relacionando-as com objetos do relação as diferentes figuras geo-
Geometria

características mundo físico. métricas.

Figuras geométricas (EF02MA15) Reconhecer, comparar


planas (círculo, qua- e nomear figuras planas (círculo,
drado, retângulo e quadrado, retângulo e triângulo),
por meio de características comuns,
Geometria

triângulo): reconhe- em desenhos apresentados em


cimento e caracte-
rísticas diferentes disposições ou em sólidos
geométricos.

(EF02MA16) Estimar, medir e compa-


Grandezas e me-

Medida de compri- rar comprimentos de lados de salas Identificação dos elementos ne-
mento: unidades
não padronizadas e (incluindo contorno) e de polígonos, cessários para comunicar o resul-
utilizando unidades de medida tado de uma medição e produção
padronizadas (metro, não padronizadas e padronizadas de escritas que representem essa
centímetro e milí-
metro) (metro, centímetro e milímetro) e medição.
didas

instrumentos adequados.

Medida de capaci- (EF02MA17) Estimar, medir e compa-


Grandezas e me-

dade e de massa:
unidades de medida rar capacidade e massa, utilizando Trabalhar com receitas culinárias,
estratégias pessoais e unidades de
não convencionais e medida não padronizadas ou pa- com medidas convencionais e não
convencionais (litro, convencionais.
mililitro, grama e dronizadas (litro, mililitro, grama e
quilograma).
didas

quilograma)
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 503
Grandezas e medidas

Medidas de tempo: (EF02MA18) Indicar a duração de


intervalo de tempo, intervalos de tempo entre duas
uso do calendário, datas, como dias da semana e meses
leitura de horas em do ano, utilizando calendário, para
relógios digitais e planejamentos e organização de
ordenação de datas agenda.
Selecionar e utilizar instrumentos
de medida apropriados à grandeza
ser medida (por exemplo: tempo,
comprimento, massa, capacidade),
com compreensão do processo de
medição e das características do
instrumento escolhido.
Grandezas e medidas

Medidas de tempo:
intervalo de tempo, (EF02MA19) Medir a duração de um
uso do calendário, intervalo de tempo por meio de
leitura de horas em relógio digital e registrar o horário
relógios digitais e do início e do fim do intervalo.
ordenação de datas
Grandezas e medidas

Sistema monetário (EF02MA20) Estabelecer a equi-


brasileiro: reconheci- valência de valores entre moedas Simular compras, usando dinheiro
mento de cédulas e e cédulas do sistema monetário de papel e moedas.
moedas e equivalên- brasileiro para resolver situações
cia de valores cotidianas.

Análise da ideia de (EF02MA21) Classificar resultados de Permitir situações de questiona-


aleatório em situa- eventos cotidianos aleatórios como mentos em que os estudantes
“pouco prováveis”, “muito prováveis”, possam criar possibilidades de
ções do cotidiano “improváveis” e “impossíveis”. alternativas.

Coleta, classificação (EF02MA22) Comparar informações


e representação de de pesquisas apresentadas por
dados em tabelas meio de tabelas de dupla entrada e
simples e de dupla em gráficos de colunas simples ou
entrada e em gráficos barras, para melhor compreender Ler e interpretar informações em
de colunas aspectos da realidade próxima. diversas situações e diferentes
configurações (anúncios, gráficos,
Probabilidade e estatística

tabelas, propagandas) utilizando-


-as na compreensão de fenômenos
sociais e na comunicação, agindo
de forma efetiva na realidade em
Coleta, classificação (EF02MA23) Realizar pesquisa em que vive.
e representação de universo de até 30 elementos, esco-
dados em tabelas lhendo até três variáveis categóricas
simples e de dupla de seu interesse, organizando os
entrada e em gráficos dados coletados em listas, tabelas e
de colunas gráficos de colunas simples.
504 - MATEMÁTICA -

Organizador Curricular | 3º Ano

Objeto de Desdobramentos Didáticos


Temáticas

Habilidades
Unidades

Conhecimento Pedagógicos - DesDP

(EF03MA01) Ler, escrever e comparar


Leitura, escrita, com-
Números

números naturais de até a ordem de


paração e ordenação unidade de milhar, estabelecendo
de números naturais relações entre os registros numéri-
de quatro ordens
cos e em língua materna.

(EF03MA02) Identificar caracte-


Composição e de- rísticas do sistema de numeração
Números

composição de nú- decimal, utilizando a composição e


meros naturais a decomposição de número natural
de até quatro ordens.

Resolver e elaborar problemas


Construção de fatos aditivos envolvendo os significa-
Números

fundamentais da (EF03MA03) Construir e utilizar fatos dos de juntar e acrescentar quan-


adição, subtração e básicos da adição e da multiplicação tidades, comparar e completar
multiplicação para o cálculo mental ou escrito. quantidades, em situações de
Reta numérica contexto familiar e utilizando o
cálculo mental ou outras estraté-
gias pessoais
(EF03MA04) Estabelecer a relação
entre números naturais e pontos
Construção de fatos
fundamentais da da reta numérica para utilizá-la na
ordenação dos números naturais e
adição, subtração e
Números

também na construção de fatos da


multiplicação adição e da subtração, relacionan-
Reta numérica do-os com deslocamentos para a
direita ou para a esquerda.

Procedimentos de (EF03MA05) Utilizar diferentes


Números

cálculo (mental e procedimentos de cálculo mental Incentivar o cálculo mental. Simu-


escrito) com números e escrito para resolver problemas lar respostas possíveis e buscar
naturais: adição e significativos envolvendo adição e diferentes formas de calcular.
subtração subtração com números naturais.

Problemas envolven- (EF03MA06) Resolver e elaborar


problemas de adição e subtração
do significados da com os significados de juntar, acres-
adição e da subtra- centar, separar, retirar, comparar e
ção: juntar, acrescen- Explorar bem o uso de jogos.
Números

tar, separar, retirar, completar quantidades, utilizando


diferentes estratégias de cálculo
comparar e completar
quantidades exato ou aproximado, incluindo
cálculo mental.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 505

Problemas envol-
vendo diferentes (EF03MA07) Resolver e elaborar Resolver e elaborar problemas
significados da multi- problemas de multiplicação (por 2, com os significados de juntar,
plicação e da divisão: 3, 4, 5 e 10) com os significados de acrescentar quantidades, separar
adição de parcelas adição de parcelas iguais e elemen- e retirar quantidades, utilizando
iguais, configuração tos apresentados em disposição estratégias próprias como dese-
Números

retangular, repartição retangular, utilizando diferentes nhos, decomposições numéricas


em partes iguais e estratégias de cálculo e registros. e palavras.
medida

Problemas envol-
vendo diferentes (EF03MA08) Resolver e elaborar pro-
significados da multi- blemas de divisão de um número
plicação e da divisão: natural por outro (até 10), com resto Utilizar panfletos de propaganda
adição de parcelas zero e com resto diferente de zero, de lojas para simular compras a
iguais, configuração com os significados de repartição vista e a prazo.
Números

retangular, repartição equitativa e de medida, por meio de


em partes iguais e estratégias e registros pessoais.
medida

Significados de meta- (EF03MA09) Associar o quociente


Números

de, terça parte, quarta de uma divisão com resto zero de Definir valor desconhecido e uti-
parte, quinta parte e um número natural por 2, 3, 4, 5 e 10 lizar as operações inversas para
décima parte às ideias de metade, terça, quarta, resolver problemas
quinta e décima partes.

(EF03MA10) Identificar regularida-


des em sequências ordenadas de
Identificação e descri- números naturais, resultantes da
ção de regularidades realização de adições ou subtrações
em sequências numé- sucessivas, por um mesmo número,
Álgebra

ricas recursivas descrever uma regra de formação da


sequência e determinar elementos Reconhecer regularidades em
faltantes ou seguintes. diversas situações, compará-las e
estabelecer relação entre elas e as
regularidades já conhecidas.
(EF03MA11) Compreender a ideia de
igualdade para escrever diferentes
sentenças de adições ou de sub-
Álgebra

Relação de igualdade
trações de dois números naturais
que resultem na mesma soma ou
diferença.
506 - MATEMÁTICA -

(EF03MA12) Descrever e representar,


por meio de esboços de trajetos
Localização e movi- ou utilizando croquis e maquetes,
mentação: represen- a movimentação de pessoas ou
tação de objetos e de objetos no espaço, incluindo
pontos de referência mudanças de direção e sentido,
Geometria

com base em diferentes pontos de


referência.

Figuras geométricas
espaciais (cubo, bloco (EF03MA13) Associar figuras geo-
retangular, pirâmide, métricas espaciais (cubo, bloco
Geometria

cone, cilindro e esfe- retangular, pirâmide, cone, cilindro e


ra): reconhecimento, esfera) a objetos do mundo físico e Observar as figuras geométricas
análise de caracterís- nomear essas figuras. no ambiente escolar, fazer dese-
ticas e planificações nhos e explorar as características
de cada figura.

Figuras geométricas
espaciais (cubo, bloco (EF03MA14) Descrever característi-
retangular, pirâmide, cas de algumas figuras geométricas
Geometria

cone, cilindro e esfe- espaciais (prismas retos, pirâmides,


ra): reconhecimento, cilindros, cones), relacionando-as
análise de caracterís- com suas planificações.
ticas e planificações

Figuras geométricas (EF03MA15) Classificar e comparar


planas (triângulo, figuras planas (triângulo, quadrado,
quadrado, retângulo, retângulo, trapézio e paralelogramo)
Geometria

trapézio e paralelo- em relação a seus lados (quantida-


gramo): reconheci-
mento e análise de de, posições relativas e comprimen-
características to) e vértices.

(EF03MA16) Reconhecer figuras


Congruência de congruentes, usando sobreposição e Trabalhar com figuras geométricas
Geome-

figuras geométricas desenhos em malhas quadriculadas facilita a percepção de figuras


planas ou triangulares, incluindo o uso de congruentes.
tria

tecnologias digitais.

Produzir registros para comunicar


Significado de medi- (EF03MA17) Reconhecer que o resul- o resultado de uma medição,
da e de unidade de tado de uma medida depende da
medida unidade de medida utilizada. explicando, o modo como ela foi
obtida.
Grandezas e medidas

(EF03MA18) Escolher a unidade de Reconhecer, selecionar e utilizar


Significado de medi-
da e de unidade de medida e o instrumento mais apro- instrumentos de medida apropria-
priado para medições de compri- dos à grandeza, com compreensão
medida
mento, tempo e capacidade. do processo de medição.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 507

Medidas de com-
(EF03MA19) Estimar, medir e compa-
Grandezas e medidas

primento (unidades rar comprimentos, utilizando uni-


não convencionais e dades de medida não padronizadas Envolver os estudantes em práti-
convencionais): regis- e padronizadas mais usuais (metro, cas efetivas de medição.
tro, instrumentos de centímetro e milímetro) e diversos
medida, estimativas e instrumentos de medida.
comparações
Grandezas e medidas

Medidas de capacida- (EF03MA20) Estimar e medir capaci-


dade e massa, utilizando unidades Organizar com os estudantes uma
de e de massa (unida-
des não convencio- de medida não padronizadas e tabela simples, com objetos e
nais e convencionais): padronizadas mais usuais (litro, mi- grandezas associadas, unidades de
registro, estimativas e lilitro, quilograma, grama e miligra- medida padronizadas e não padro-
comparações ma), reconhecendo-as em leitura de nizada, etc.
rótulos e embalagens, entre outros.

(EF03MA21) Comparar, visualmente


Comparação de áreas ou por superposição, áreas de faces
por superposição de objetos, de figuras planas ou de Trabalhar com figuras geométricas.
desenhos.

Medidas de tempo:
leitura de horas em (EF03MA22) Ler e registrar medidas
relógios digitais e e intervalos de tempo, utilizando
analógicos, duração relógios (analógico e digital) para
de eventos e reconhe- informar os horários de início e
cimento de relações término de realização de uma ativi-
entre unidades de dade e sua duração.
medida de tempo Problematizar sobre o tempo gas-
to em algumas atividades diárias
como: escovar os dentes, tomar
Grandezas e medidas

Medidas de tempo: banho, lavar o rosto, dormir, etc.


leitura de horas em
relógios digitais e (EF03MA23) Ler horas em relógios
analógicos, duração digitais e em relógios analógicos e
de eventos e reconhe- reconhecer a relação entre hora e
cimento de relações minutos e entre minuto e segundos.
entre unidades de
medida de tempo

Sistema monetário
Grandezas e medidas

brasileiro: estabeleci- (EF03MA24) Resolver e elaborar Simular compras em mercadinho e


mento de equivalên- problemas que envolvam a com-
cias de um mesmo paração e a equivalência de valores levar o estudante a compreender
que o custo de uma mercadoria
valor na utilização de monetários do sistema brasileiro em depende de vários fatores.
diferentes cédulas e situações de compra, venda e troca.
moedas
508 - MATEMÁTICA -

(EF03MA25) Identificar, em eventos


Análise da ideia de
familiares aleatórios, todos os resul-
acaso em situações tados possíveis, estimando os que
do cotidiano: espaço
amostral têm maiores ou menores chances de
ocorrência.

Leitura, interpretação (EF03MA26) Resolver problemas


e representação de cujos dados estão apresentados em
dados em tabelas de
tabelas de dupla entrada, gráficos
dupla entrada e gráfi-
cos de barras de barras ou de colunas.

Ler e interpretar informações em


diversas situações e diferentes
configurações (anúncios, gráficos,
tabelas, propagandas) utilizando-
-as na compreensão de fenômenos
(EF03MA27) Ler, interpretar e sociais e na comunicação, agindo
comparar dados apresentados em de forma efetiva na realidade em
tabelas de dupla entrada, gráficos que vive.
Leitura, interpretação
de barras ou de colunas, envolvendo
e representação de
dados em tabelas de resultados de pesquisas significati-
vas, utilizando termos como maior
dupla entrada e gráfi-
cos de barras e menor frequência, apropriando-
-se desse tipo de linguagem para
compreender aspectos da realidade
sociocultural significativos.
Probabilidade e estatística

(EF03MA28) Realizar pesquisa envol-


Coleta, classificação vendo variáveis categóricas em um
e representação de universo de até 50 elementos, orga-
dados referentes a nizar os dados coletados utilizando Resolver e elaborar problemas
variáveis categóricas, listas, tabelas simples ou de dupla a partir das informações de um
por meio de tabelas e entrada e representá-los em gráficos gráfico.
gráficos de colunas simples, com e sem uso
de tecnologias digitais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 509

Organizador Curricular | 4º Ano


Temáticas
Unidades

Objeto de Habilidades Desdobramentos Didáticos


Conhecimento Pedagógicos - DesDP

(EF04MA01) Ler, escrever e ordenar


números naturais até a ordem de
dezenas de milhar.
Sistema de numera- Ler registrar e interpretar números Estimular o estudante a registrar
ção decimal: leitura, naturais do sistema de numeração situações no contexto real com
números a partir de 4 ordens até
escrita, comparação decimal a partir de 4 ordens.
e ordenação de nú- Relacionar a unidade de milhar a 5 ordens, favorecendo o entendi-
meros naturais de até 1000 unidades ou 10 centenas ou mento de grandezas com quanti-
cinco ordens 100 dezenas. Comparar quantidades dades maiores, como por exemplo
distância entre cidades.
Números

através de seus registros no sistema


de numeração decimal
utilizando a reta numérica.

Composição e de- (EF04MA02) Mostrar, por decompo-


composição de um sição e composição, que todo núme- Compreender a relação entre o
número natural de ro natural pode ser escrito por meio sistema de numeração decimal e
até cinco ordens, por de adições e multiplicações por valor posicional e valor absoluto
meio de adições e potências de dez, para compreender e a relação com a composição e
Números

multiplicações por o sistema de numeração decimal e decomposição de números.


potências de 10 desenvolver estratégias de cálculo.

(EF04MA03) Resolver e elaborar


Propriedades das problemas com números naturais
operações para o
envolvendo adição e subtração, uti-
desenvolvimento de lizando estratégias diversas, como
diferentes estratégias
cálculo, cálculo mental e algoritmos,
Números

de cálculo com núme- além de fazer estimativas do resul-


ros naturais tado.

Ter habilidade em cálculo mental


depende do domínio de contagem
Propriedades das e das combinações aritméticas que
operações para o (EF04MA04) Utilizar as relações não significa a memorização pura
desenvolvimento de entre adição e subtração, bem como e simples de uma dada operação,
diferentes estratégias entre multiplicação e divisão, para mas a memorização compreensiva.
Números

de cálculo com núme- ampliar as estratégias de cálculo.


ros naturais

Propriedades das
operações para o
(EF04MA05) Utilizar as propriedades
Números

desenvolvimento de
das operações para desenvolver
diferentes estratégias estratégias de cálculo.
de cálculo com núme-
ros naturais
510 - MATEMÁTICA -

Problemas envol-
(EF04MA06) Resolver e elaborar
vendo diferentes problemas envolvendo diferentes
significados da multi-
plicação e da divisão: significados da multiplicação (adi-
adição de parcelas ção de parcelas iguais, organização
iguais, configuração retangular e proporcionalidade),
retangular, proporcio- utilizando estratégias diversas,
nalidade, repartição como cálculo por estimativa, cálculo
Números

mental e algoritmos.
equitativa e medida
Pode-se utilizar o princípio aditivo
na Teoria dos Campos Conceituais
de Gerard Vergnaud. O professor
poderá apresentar uma série de
problemas: 1- Problemas em que
há uma transformação positiva so-
Problemas envol- bre um estado inicial para chegar
vendo diferentes (EF04MA07) Resolver e elaborar pro- a um estado final; 2 - Problemas
significados da multi- blemas de divisão cujo divisor tenha em que há uma transformação
plicação e da divisão: no máximo dois algarismos, envol- negativa sobre um estado inicial
vendo os significados de repartição para chegar a um estado final;
adição de parcelas
iguais, configuração equitativa e de medida, utilizando 3 - Problemas em que dois estados
retangular, proporcio- estratégias diversas, como cálculo são combinados para obter um
por estimativa, cálculo mental e terceiro; 4 - Problemas em que se
Números

nalidade, repartição
equitativa e medida algoritmos. estabelece uma comparação po-
sitiva entre dois estados; 5 - Pro-
blemas em que se estabelece uma
comparação negativa entre dois
estados; 6 - Problemas em que
duas transformações (positivas e /
ou negativas) são compostas para
formar uma terceira.
(EF04MA08) Resolver, com o su-
porte de imagem e/ou material
manipulável, problemas simples de
contagem, como a determinação do
Problemas de con-
número de agrupamentos possíveis
tagem
ao se combinar cada elemento de
uma coleção com todos os elemen-
tos de outra, utilizando estratégias e
Números

formas de registro pessoais.

(EF04MA09) Reconhecer as frações


Ler, registrar e interpretar escritas
Números racionais: unitárias mais usuais (1/2, 1/3, 1/4,
frações unitárias mais 1/5, 1/10 e 1/100) como unidades numéricas Expressas por números
naturais e fracionários.
usuais (1/2, 1/3, 1/4, de medida menores do que uma
1/5, 1/10 e 1/100) unidade, utilizando a reta numérica Comparar números racionais na
Números

forma fracionária.
como recurso.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 511

(EF04MA10) Reconhecer que as


regras do sistema de numeração Reconhecer a representação dos
decimal podem ser estendidas para números racionais nas formas
a representação decimal de um nú- decimal e fracionária.
mero racional e relacionar décimos Identificar e representar números
e centésimos com a representação naturais e racionais no contexto
do sistema monetário brasileiro. diário. Criar e resolver situações
Resolver situações-problema dadas problema envolvendo sistema
Números racionais: e/ou criadas envolvendo números monetário brasileiro (forma deci-
representação de- naturais e fracionários. Identificar e mal). Resolver situações problema
cimal para escrever resolver situações-problema, com- de troca de unidades monetárias
valores do sistema preendendo os diferentes significa- envolvendo um número maior de
monetário brasileiro dos das frações. cédulas, e em situações menos
Porcentagem: definição do” todo” familiares. Efetuar trocas com
e da “parte” a partir do conceito de moedas e cédulas em situações
frações. Relacionar o conceito de simuladas de compra e venda.
“por cento”(%) a fração centesimal; Criar e resolver situações-proble-
Definir o conceito de todo e de ma que envolvam a composição e
parte e sua relação com as frações; decomposição do sistema mone-
Definir as frações que representam a tário brasileiro.
Números

unidade, que são menores ou maio-


res que a unidade.

Sequência numérica (EF04MA11) Identificar regularida-


recursiva formada des em sequências numéricas com-
por múltiplos de um postas por múltiplos de um número
número natural natural.
Álgebra

Definir na sequência numérica


conceitos como sucessor, anteces-
sor, par, ímpar.

Sequência numérica
recursiva formada por (EF04MA12) Reconhecer, por meio
de investigações, que há grupos
números que deixam de números naturais para os quais
o mesmo resto ao
ser divididos por um as divisões por um determinado
número resultam em restos iguais,
mesmo número natu-
Álgebra

ral diferente de zero identificando regularidades.

(EF04MA13) Reconhecer, por meio


de investigações, utilizando a cal-
Relações entre adição culadora quando necessário, as Definir valor desconhecido e uti-
e subtração e entre relações inversas entre as operações lizar as operações inversas para
multiplicação e di-
de adição e de subtração e de multi- resolver problemas
visão plicação e de divisão, para aplicá-las
Álgebra

na resolução de problemas.
512 - MATEMÁTICA -

(EF04MA14) Reconhecer e mostrar,


por meio de exemplos, que a rela-
Propriedades da ção de igualdade existente entre
igualdade dois termos permanece quando se
adiciona ou se subtrai um mesmo
número a cada um desses termos. No ensino de Álgebra, as explora-
Álgebra

ções iniciais devem centrar - se em


jogos, generalizações e represen-
tações matemáticas como gráficos.
Tem como objetivo proporcionar
aos estudantes a observação de
regularidades, a abstração de
algumas relações e respectivas re-
presentações (em diversas formas)
e também a generalização das
(EF04MA15) Determinar o número propriedades das operações.
Propriedades da desconhecido que torna verdadeira
uma igualdade que envolve as ope-
igualdade rações fundamentais com números
naturais.
Álgebra

(EF04MA16) Descrever desloca-


mentos e localização de pessoas e
Localização e movi- de objetos no espaço, por meio de
mentação: pontos de malhas quadriculadas e representa- Observar as figuras geométricas
referência, direção e ções como desenhos, mapas, planta no ambiente escolar, fazer dese-
sentido baixa e croquis, empregando termos nhos e explorar s características de
Paralelismo e per- como direita e esquerda, mudanças cada figura.
pendicularismo de direção e sentido, intersecção,
transversais, paralelas e perpendi-
Geometria

culares.

Figuras geométricas: relação com


os elementos básicos (ponto, reta
e plano). Definição de conceitos
e compreensão de postulados
sobre ponto, retas e planos; Uti-
Figuras geométricas lizar instrumentos geométricos e
(EF04MA17) Associar prismas e pirâ- softwares de geometria dinâmica
espaciais (prismas e
mides a suas planificações e analisar, para compreensão da posição das
pirâmides): reconhe- nomear e comparar seus atributos, retas no plano e a posição dos
cimento, representa-
estabelecendo relações entre as planos. Figuras geométricas planas
ções, planificações e representações planas e espaciais. (polígonos convexo e côncavo):
características
reconhecimento, representações e
características. Reconhecer polígo-
nos convexos e côncavos; Classifi-
Geometria

car polígonos quantos aos lados;


Decompor figuras geométricas
planas em outras figuras planas;

Ângulos retos e não (EF04MA18) Reconhecer ângulos re-


Geometria

retos: uso de dobra- tos e não retos em figuras poligonais


duras, esquadros e com o uso de dobraduras, esqua-  
softwares dros ou softwares de geometria.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 513

(EF04MA19) Reconhecer simetria


de reflexão em figuras e em pares
de figuras geométricas planas e
Simetria de reflexão utilizá-las na construção de figuras  
congruentes, com o uso de malhas
Geometria

quadriculadas e de softwares de
geometria.

Medidas de compri-
mento, massa e capa- (EF04MA20) Medir e estimar com-
cidade: estimativas, primentos (incluindo perímetros),
Grandezas e

utilização de instru- massas e capacidades, utilizando Envolver os estudantes em práti-


mentos de medida e unidades de medida padronizadas cas efetivas de medição.
medidas

de unidades de me- mais usuais, valorizando e respeitan-


dida convencionais do a cultura local.
mais usuais
Grandezas e medidas

(EF04MA21) Medir, comparar e


estimar área de figuras planas de-
Áreas de figuras cons- senhadas em malha quadriculada,
pela contagem dos quadradinhos
truídas em malhas ou de metades de quadradinho,
quadriculadas
reconhecendo que duas figuras com
formatos diferentes podem ter a
mesma medida de área.
Grandezas e medidas

Medidas de tempo: (EF04MA22) Ler e registrar medidas


leitura de horas em e intervalos de tempo em horas,
relógios digitais e minutos e segundos em situações
analógicos, duração relacionadas ao seu cotidiano, como
de eventos e relações informar os horários de início e
entre unidades de término de realização de uma tarefa
medida de tempo e sua duração.

Organizar com os estudantes uma


tabela simples, com objetos e
grandezas associadas, unidades de
medida padronizadas e não padro-
Medidas de tem- (EF04MA23) Reconhecer tempera- nizada, etc.
peratura em grau tura como grandeza e o grau Celsius
Grandezas e medidas

Celsius: construção de como unidade de medida a ela


gráficos para indicar associada e utilizá-lo em compara-
a variação da tem- ções de temperaturas em diferentes
peratura (mínima e regiões do Brasil ou no exterior ou,
máxima) medida em ainda, em discussões que envolvam
um dado dia ou em problemas relacionados ao aqueci-
uma semana mento global.

Medidas de tem-
Grandezas e medidas

peratura em grau
(EF04MA24) Registrar as tempera-
Celsius: construção de turas máxima e mínima diárias, em
gráficos para indicar
a variação da tem- locais do seu cotidiano e elaborar
peratura (mínima e gráficos de colunas com as variações
máxima) medida em diárias da temperatura, utilizando,
inclusive, planilhas eletrônicas.
um dado dia ou em
uma semana
514 - MATEMÁTICA -
Grandezas e medidas

(EF04MA25) Resolver e elaborar


problemas que envolvam situações
Problemas utilizando de compra e venda e formas de Criar e resolver situações problema
o sistema monetário pagamento, utilizando termos como envolvendo sistema monetário
brasileiro troco e desconto, enfatizando o brasileiro (forma decimal)
consumo ético, consciente e res-
ponsável.

(EF04MA26) Identificar, entre even-


tos aleatórios cotidianos, aqueles
Análise de chances de que têm maior chance de ocorrên-
eventos aleatórios cia, reconhecendo características
de resultados mais prováveis, sem Ler e interpretar dados apresen-
utilizar frações. tados de maneira organizada por
meio de listas, tabelas, diagramas
gráficos.
Coletar e organizar dados em
listas, tabelas, diagramas e gráficos
de barra e/ou coluna.
Identificar informações organiza-
das em listas, tabelas, diagrama e
gráfico de barra/coluna referentes
Probabilidade e estatística

Leitura, interpretação a uma situação dada.


e representação de (EF04MA27) Analisar dados apre- Interpretar dados apresentados
dados em tabelas sentados em tabelas simples ou por meio de tabelas e gráficos
de dupla entrada, de dupla entrada e em gráficos de para identificar as características
gráficos de colunas colunas ou pictóricos, com base em previsíveis ou aleatórias de acon-
simples e agrupadas, informações das diferentes áreas do tecimentos
gráficos de barras e conhecimento, e produzir texto com
colunas e gráficos a síntese de sua análise.
pictóricos

Produzir gráficos e tabelas com


base em informações contidas em
textos jornalísticos, científicos e
outros.
Diferenciação entre Identificar possíveis maneiras de
(EF04MA28) Realizar pesquisa envol- combinar elementos de uma co-
Probabilidade e estatística

variáveis categóricas vendo variáveis categóricas e numé- leção e de contabilizá-los usando


e variáveis numéricas
ricas e organizar dados coletados estratégias pessoais.
Coleta, classificação por meio de tabelas e gráficos de Produzir textos escritos a partir da
e representação de
dados de pesquisa colunas simples ou agrupadas, com interpretação de gráficos e ta-
e sem uso de tecnologias digitais. belas.
realizada Utilizar informações dadas para
avaliar possibilidades.
Resolver situações-problema a
partir de leituras de gráficos e
tabelas.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 515

Organizador Curricular | 5º Ano


Temáticas
Unidades

Objeto de Desdobramentos Didáticos


Conhecimento Habilidades Pedagógicos - DesDP

Ler registrar e interpretar números


naturais do sistema de numeração
Sistema de numera- (EF05MA01) Ler, escrever e ordenar decimal a partir de 5 ordens.
ção decimal: leitura, números naturais até a ordem das Relacionar a dezena de milhar a
escrita e ordenação centenas de milhar com compreen- 10.000 unidades ou 1.000 dezenas.
de números naturais são das principais características do Comparar quantidades através de
(de até seis ordens) sistema de numeração decimal. seus registros no sistema de nu-
Números

meração decimal utilizando a reta


numérica.

Compor e decompor números na


(EF05MA02) Ler, escrever e ordenar forma decimal.
Números racionais números racionais na forma decimal Resolver situações problema apli-
expressos na forma com compreensão das principais cando a composição e decomposi-
decimal e sua re- características do sistema de nu- ção de números.
presentação na reta meração decimal, utilizando, como Interpretar e produzir escritas nu-
numérica recursos, a composição e decompo- méricas de acordo com as regras
Números

sição e a reta numérica. e símbolos do sistema de numera-


ção decimal, na reta numérica.

Ler, escrever, comparar e represen-


tar números racionais nas formas
decimal e fracionária, na reta
numérica.
Multiplicar número natural por fra-
Representação fra- (EF05MA03) Identificar e representar ção e multiplicar fração por fração.
cionária dos números frações (menores e maiores que a Resolver situações-problema
racionais: reconheci- unidade), associando-as ao resul- envolvendo adição, subtração e
mento, significados, tado de uma divisão ou à ideia de multiplicação de números racio-
leitura e representa- parte de um todo, utilizando a reta nais na forma decimal, utilizando
ção na reta numérica numérica como recurso. estratégias próprias ou técnicas
convencionais.
Resolver situações-problema
envolvendo adição e subtração de
Números

números racionais na forma fracio-


nária, com denominadores iguais

Comparação e orde-
nação de números
racionais na represen- Comparar e ordenar números
tação decimal e na (EF05MA04) Identificar frações racionais nas formas decimal e
equivalentes. fracionária com denominadores
fracionária utilizando
a noção de equiva- iguais.
Números

lência
516 - MATEMÁTICA -

Comparação e orde-
nação de números (EF05MA05) Comparar e ordenar Simplificar duas ou mais frações no
racionais na represen- números racionais positivos (repre- mesmo denominador comum, por
tação decimal e na sentações fracionária e decimal), equivalência.
fracionária utilizando relacionando-os a pontos na reta Simplificar as frações reconhecen-
a noção de equiva- numérica. do a sua equivalência e vice-versa.
Números

lência

(EF05MA06) Associar as represen-


tações 10%, 25%, 50%, 75% e 100%
respectivamente à décima parte,
Cálculo de porcenta- quarta parte, metade, três quartos e Reconhecer que a porcentagem
gens e representação um inteiro, para calcular porcenta- pode ser escrita na forma fracioná-
fracionária gens, utilizando estratégias pessoais, ria e/ou decimal.
Números

cálculo mental e calculadora, em


contextos de educação financeira,
entre outros.

(EF05MA07) Resolver e elaborar pro- Efetuar a adição e a subtração


Problemas: adição blemas de adição e subtração com de números fracionários com
e subtração de nú- números naturais e com números mesmo denominador utilizando
meros naturais e racionais, cuja representação deci- material concreto. Criar e resolver
números racionais situações-problema que utilizem
mal seja finita, utilizando estratégias
cuja representação adição e subtração de números
Números

diversas, como cálculo por estimati-


decimal é finita va, cálculo mental e algoritmos. fracionários com denominadores
iguais e diferentes.

Criar e resolver situações problema


com números naturais envolven-
do os diferentes significados da
multiplicação (adição de parcelas
(EF05MA08) Resolver e elaborar pro- iguais, configuração retangular e
combinatória).
Problemas: multipli- blemas de multiplicação e divisão Reconhecer na multiplicação e
com números naturais e com nú-
cação e divisão de meros racionais cuja representação divisão que um número multipli-
números racionais cado ou dividido por um, não se
cuja representação decimal é finita (com multiplicador altera (elemento neutro).Resolver
natural e divisor natural e diferente
decimal é finita por de zero), utilizando estratégias di- situações problema utilizando a
números naturais divisão exata de números naturais
versas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos. envolvendo os diferentes signifi-
cados da divisão (medir e repartir
Números

igualmente).
Resolver situações problema en-
volvendo divisão exata e não exata
com números naturais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 517

Problemas de conta- (EF05MA09) Resolver e elaborar


gem do tipo: “Se cada problemas simples de contagem en-
objeto de uma cole- volvendo o princípio multiplicativo,
ção A for combinado como a determinação do número
com todos os elemen- de agrupamentos possíveis ao se  
tos de uma coleção B, combinar cada elemento de uma
quantos agrupamen- coleção com todos os elementos de
Números

tos desse tipo podem outra coleção, por meio de diagra-


ser formados?” mas de árvore ou por tabelas.

(EF05MA10) Concluir, por meio


de investigações, que a relação
de igualdade existente entre dois
Propriedades da
membros permanece ao adicionar,
igualdade e noção de subtrair, multiplicar ou dividir cada
equivalência No ensino de Álgebra, as explora-
um desses membros por um mesmo ções iniciais devem centrar - se em
Álgebra

número, para construir a noção de jogos, generalizações e represen-


equivalência. tações matemáticas como gráficos.
Tem como objetivo proporcionar
aos estudantes a observação de
regularidades, a abstração de
algumas relações e respectivas re-
presentações (em diversas formas)
(EF05MA11) Resolver e elaborar pro- e também a generalização das
Propriedades da blemas cuja conversão em sentença propriedades das operações.
igualdade e noção de matemática seja uma igualdade
equivalência com uma operação em que um dos
Álgebra

termos é desconhecido.

(EF05MA12) Resolver problemas que


Grandezas diretamen- envolvam variação de proporciona-
te proporcionais lidade direta entre duas grandezas,
Problemas envolven- para associar a quantidade de um
do a partição de um produto ao valor a pagar, alterar
todo em duas partes as quantidades de ingredientes de
proporcionais receitas, ampliar ou reduzir escala
Álgebra

em mapas, entre outros.

Definir grandezas e medidas; De-


finir proporção como a igualdade
de frações;

(EF05MA13) Resolver problemas


Grandezas diretamen- envolvendo a partilha de uma quan-
te proporcionais tidade em duas partes desiguais, tais
Problemas envolven- como dividir uma quantidade em
do a partição de um duas partes, de modo que uma seja
todo em duas partes o dobro da outra, com compreensão
proporcionais da ideia de razão entre as partes e
Álgebra

delas com o todo.


518 - MATEMÁTICA -

(EF05MA14) Utilizar e compreender


Plano cartesiano: diferentes representações para a lo-
coordenadas carte- calização de objetos no plano, como
sianas (1º quadrante) mapas, células em planilhas eletrôni-
Geometria

e representação de cas e coordenadas geográficas, a fim


deslocamentos no de desenvolver as primeiras noções
plano cartesiano
de coordenadas cartesianas.
Localizar coordenadas em jogos
construídos em malha quadricula-
da (batalha naval) no 1º quadrante.

Plano cartesiano: (EF05MA15) Interpretar, descrever


coordenadas carte- e representar a localização ou mo-
vimentação de objetos no plano
sianas (1º quadrante)
Geometria

cartesiano (1º quadrante), utilizando


e representação de
deslocamentos no coordenadas cartesianas, indicando
plano cartesiano mudanças de direção e de sentido
e giros.

Identificar propriedades comuns


ou não entre poliedros e corpos
redondos.
Relacionar figuras tridimensionais
às suas planificações e vice versa.
Figuras geométricas (EF05MA16) Associar figuras espa- Construir maquetes utilizando os
espaciais: reconheci- ciais a suas planificações (prismas, conhecimentos geométricos.
mento, representa- pirâmides, cilindros e cones) e Identificar poliedros e corpos
ções, planificações e analisar, nomear e comparar seus redondos relacionando os às suas
características atributos. planificações.
Reconhecer arestas, face e vértices
Geometria

como elementos de um poliedro.


Identificar propriedades comuns e
diferentes entre sólidos geométri-
cos (número de faces).

Figuras geométricas (EF05MA17) Reconhecer, nomear e


Geometria

planas: características, comparar polígonos, considerando Figuras geométricas planas: carac-


representações e lados, vértices e ângulos, e desenhá- terísticas, representações e ângu-
ângulos -los, utilizando material de desenho los dos triângulos e quadriláteros.
ou tecnologias digitais. Definir Ângulos formado pelo
encontro das retas concorrentes;
classifica os ângulos; Utilizar o
transferidor para traçar ângulo e
medir ângulos nos polígonos. Clas-
Ampliação e redução sificar os triângulos e quadriláteros
de figuras poligonais (EF05MA18) Reconhecer a con- por meio dos lados e ângulos;
em malhas quadricu- gruência dos ângulos e a propor- Classificar triângulos e quadriláte-
ladas: reconhecimen- cionalidade entre os lados corres- ros utilizando material concreto.
to da congruência pondentes de figuras poligonais Compor e decompor figuras geo-
dos ângulos e da em situações de ampliação e de métricas planas quanto aos lados
Geometria

proporcionalidade redução em malhas quadriculadas e e ângulos.


dos lados correspon- usando tecnologias digitais. Identificar o eixo simétrico em
dentes figuras planas.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 519

Comparar grandezas de mesma


espécie (comprimento, massa,
capacidade e tempo) registrando
as medidas por meio de unidades
padronizadas ou não.
Estabelecer relações entre unida-
Medidas de compri- (EF05MA19) Resolver e elaborar des de medida de comprimento
mento, área, massa, problemas envolvendo medidas (km, m, cm), entre unidades de
tempo, temperatura e
capacidade: utilização das grandezas comprimento, área, medida de massa (g, kg) e unida-
massa, tempo, temperatura e capa- des de medida de capacidade (l,
de unidades conven-
Grandezas e medidas

cidade, recorrendo a transformações ml).


cionais e relações
entre as unidades de entre as unidades mais usuais em Reconhecer a diferença entre me-
medida mais usuais contextos socioculturais. tro linear e metro quadrado.
Utilizar e relacionar entre si unida-
des de medidas de massa.
Utilizar e relacionar entre si unida-
des de medida de capacidade.
Construir o metro quadrado e
linear em malha quadriculada.

Resolver e calcular o perímetro e a


(EF05MA20) Concluir, por meio área de figuras planas desenhadas
de investigações, que figuras de em malhar quadriculadas.
Áreas e perímetros
Grandezas e

perímetros iguais podem ter áreas Construir e resolver situações


de figuras poligonais: diferentes e que, também, figuras problemas envolvendo cálculo ou
algumas relações
medidas

que têm a mesma área podem ter estimativa de perímetro e área de


perímetros diferentes. figuras planas em malhas quadri-
culadas.

Volume de prismas de base retan-


(EF05MA21) Reconhecer volume gular com relação ao m³ (metro
como grandeza associada a sólidos cúbico). Contar cubos, como
Grandezas e

Noção de volume geométricos e medir volumes por unidades de medida, no interior


meio de empilhamento de cubos,
medidas

utilizando, preferencialmente, obje- de recipientes em forma de para-


tos concretos. lelepípedo retangular, indicando
seu volume.
Probabilidade e estatística

(EF05MA22) Apresentar todos os


Espaço amostral: possíveis resultados de um experi-
análise de chances de mento aleatório, estimando se esses
eventos aleatórios resultados são igualmente prováveis
ou não.
520 - MATEMÁTICA -

(EF05MA23) Determinar a probabili-


dade de ocorrência de um resultado
Cálculo de probabi- em eventos aleatórios, quando
lidade de eventos  
equiprováveis todos os resultados possíveis têm a
mesma chance de ocorrer (equipro-
váveis).

Leitura, coleta, classi-


(EF05MA24) Interpretar dados
ficação interpretação
estatísticos apresentados em tex-
e representação de tos, tabelas e gráficos (colunas ou
dados em tabelas linhas), referentes a outras áreas
de dupla entrada, do conhecimento ou a outros con-
gráfico de colunas
textos, como saúde e trânsito, e
agrupadas, gráficos produzir textos com o objetivo de Ler e interpretar dados apresen-
pictóricos e gráfico de tados de maneira organizada por
sintetizar conclusões.
linhas meio de listas, tabelas, diagramas
gráficos.
Coletar e organizar dados em
listas, tabelas, diagramas e gráficos
de barra e/ou coluna.
Identificar informações organiza-
das em listas, tabelas, diagrama e
gráfico de barra/coluna referentes
a uma situação dada.
Leitura, coleta, classi- (EF05MA25) Realizar pesquisa en- Interpretar dados apresentados
ficação interpretação volvendo variáveis categóricas e por meio de tabelas e gráficos
Probabilidade e estatística

e representação de numéricas, organizar dados coleta- para identificar as características


dados em tabelas dos por meio de tabelas, gráficos de previsíveis ou aleatórias de acon-
de dupla entrada, colunas, pictóricos e de linhas, com tecimentos
gráfico de colunas e sem uso de tecnologias digitais,
agrupadas, gráficos e apresentar texto escrito sobre a
pictóricos e gráfico de finalidade da pesquisa e a síntese
linhas dos resultados.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 521

Organizador Curricular | 6º Ano


Temáticas
Unidades

Objeto de Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Conhecimento Pedagógicos - DesDP

Verificar a simbologia, leitura e


escrita dos números naturais;
Localizar na reta numerada os
(EF06MA01) Comparar, ordenar, ler números naturais; Verificar simbo-
e escrever números naturais e nú- logia, leitura e escrita dos números
meros racionais cuja representação racionais positivos; Observar que
decimal é finita, fazendo uso da reta os números racionais positivos
numérica. têm diversas representações (deci-
mal, fração e porcentagem); Loca-
lizar na reta numerada os números
racionais com representação finita.

Sistema de numera-
ção decimal: caracte-
rísticas, leitura, escrita
e comparação de (EF06MA02) Reconhecer o sistema
números naturais e de numeração decimal, como o que
de números racionais prevaleceu no mundo ocidental, e
representados na destacar semelhanças e diferenças
forma decimal com outros sistemas, de modo a Comparação entre números na-
Sistema de numera- sistematizar suas principais caracte- turais e racionais; Reconhecer a
ção decimal: caracte- rísticas (base, valor posicional e fun- conversão entre as representações
rísticas, leitura, escrita ção do zero), utilizando, inclusive, dos números racionais positivos.
e comparação de a composição e decomposição de
números naturais e números naturais e números racio-
de números racionais nais em sua representação decimal.
representados na
forma decimal

(EF06MA03) Resolver e elaborar


problemas que envolvam cálculos
(mentais ou escritos, exatos ou apro-
ximados) com números naturais,
por meio de estratégias variadas,
com compreensão dos processos
Números

neles envolvidos com e sem uso de


calculadora.
522 - MATEMÁTICA -

Fluxograma para
determinar a pari- (EF06MA04) Construir algoritmo Definir o conceito de múltiplos e
dade de um número em linguagem natural e represen-
divisores de um número natural;
natural tá-lo por fluxograma que indique a Representação de um números
Múltiplos e divisores resolução de um problema simples natural pela decomposição em
de um número natu- (por exemplo, se um número natural números primos;
ral Números primos e qualquer é par).
compostos

(EF06MA05) Classificar números


naturais em primos e compostos,
estabelecer relações entre números,
expressas pelos termos “é múltiplo
de”, “é divisor de”, “é fator de”, e esta-
belecer, por meio de investigações,
critérios de divisibilidade por 2, 3, 4,
5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000.

(EF06MA06) Resolver e elaborar


problemas que envolvam as ideias
de múltiplo e de divisor.
Pode-se utilizar o princípio aditivo
na Teoria dos Campos Conceituais
de Gerard Vergnaud. O professor
poderá apresentar uma série de
problemas: 1. Problemas em que
há uma transformação positiva so-
Frações: significados bre um estado inicial para chegar
(parte/todo, quo- (EF06MA07) Compreender, compa- a um estado final; 2 - Problemas
ciente), equivalência, em que há uma transformação
comparação, adição e rar e ordenar frações associadas às
ideias de partes de inteiros e resulta- negativa sobre um estado inicial
subtração; cálculo da para chegar a um estado final;
fração de um número do de divisão, identificando frações
equivalentes. 3 - Problemas em que dois estados
natural; adição e sub- são combinados para obter um
tração de frações terceiro; 4 - Problemas em que se
estabelece uma comparação po-
sitiva entre dois estados; 5 - Pro-
blemas em que se estabelece uma
comparação negativa entre dois
Frações: significados (EF06MA08) Reconhecer que os estados; 6 - Problemas em que
(parte/todo, quo- números racionais positivos podem duas transformações (positivas e /
ciente), equivalência, ser expressos nas formas fracionária ou negativas) são compostas para
comparação, adição e e decimal, estabelecer relações en- formar uma terceira.
subtração; cálculo da tre essas representações, passando
Números

fração de um número de uma representação para outra,


natural; adição e sub- e relacioná-los a pontos na reta
tração de frações numérica.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 523

Frações: significados
(parte/todo, quo- (EF06MA10) Resolver e elaborar
ciente), equivalência,
comparação, adição e problemas que envolvam adição ou
subtração com números racionais
subtração; cálculo da positivos na representação fracio-
fração de um número
nária.
natural; adição e sub-
tração de frações

(EF06MA11) Resolver e elaborar Identificar a potenciação como a


problemas com números racionais multiplicação de fatores iguais ob-
positivos na representação decimal, servando termos e características
específicas da operação; Identificar
Operações (adição, envolvendo as quatro operações
a ideia de potenciação na cons-
subtração, multiplica- fundamentais e a potenciação, por
ção, divisão e poten- meio de estratégias diversas, utili- trução da sequência dos números
ciação) com números zando estimativas e arredondamen- naturais quadrados perfeitos em
racionais tos para verificar a razoabilidade malha quadriculada; Associar o
de respostas, com e sem uso de cálculo do lado do quadrado à
operação de radiciação, identifi-
calculadora. cando termos e símbolos próprios
da operação;

(EF06MA12) Fazer estimativas de


Aproximação de nú-
meros para múltiplos quantidades e aproximar números
para múltiplos da potência de 10
de potências de 10
mais próxima.

(EF06MA13) Resolver e elaborar


problemas que envolvam porcenta-
Cálculo de porcen- gens, com base na ideia de propor- Estabelecer a relação da porcen-
tagens por meio de tagem ao conceito de fração,
estratégias diversas, cionalidade, sem fazer uso da “regra relacionando o todo e a parte;
de três”, utilizando estratégias pes-
sem fazer uso da Definir o percentual de aumento e
“regra de três” soais, cálculo mental e calculadora, o percentual de desconto;
em contextos de educação financei-
ra, entre outros.
Números
524 - MATEMÁTICA -

(EF06MA14) Reconhecer que a


relação de igualdade matemática
não se altera ao adicionar, subtrair, Associar o número desconhecido a
Propriedades da multiplicar ou dividir os seus dois ideia de incógnita, como também,
igualdade membros por um mesmo número e a representação simbólica de
utilizar essa noção para determinar grandezas (N)
valores desconhecidos na resolução
Álgebra

de problemas.

Problemas que tratam (EF06MA15) Resolver e elaborar


da partição de um problemas que envolvam a partilha
todo em duas partes de uma quantidade em duas partes Perceber a relevância das opera-
desiguais, envolven- desiguais, envolvendo relações ções inversas no cálculo de expres-
do razões entre as aditivas e multiplicativas, bem como sões com incógnitas.
Álgebra

partes e entre uma a razão entre as partes e entre uma


das partes e o todo das partes e o todo.

(EF06MA16) Associar pares ordena-


Plano cartesiano:
dos de números a pontos do plano Localizar coordenadas em jogos
associação dos vérti-
Geometria

ces de um polígono a cartesiano do 1º quadrante, em construídos em malha quadricula-


pares ordenados situações como a localização dos da (batalha naval)
vértices de um polígono.

Definir poliedro, identi-


ficar os elementos (vértices , arestas
Figuras tridimensio- e faces);Classificar as figuras tridi-
nais: associação com mensionais segundo critérios como:
Geometria

os elementos (ponto, Poliedros(regulares e não regulares)


reta e plano); e corpos redondos; Associar as
formas geométricas com as que se
encontram em seu mundo;
Utilizar o software de geometria
dinâmica para construir figuras
tridimensionais.

(EF06MA17) Quantificar e estabe-


Prismas e pirâmi- lecer relações entre o número de
des: planificações e
vértices, faces e arestas de prismas e
Geometria

relações entre seus


elementos (vértices, pirâmides, em função do seu polígo-
faces e arestas) no da base, para resolver problemas
e desenvolver a percepção espacial.

Polígonos: classifi-
cações quanto ao (EF06MA18) Reconhecer, nomear e
número de vértices, comparar polígonos, considerando Polígonos: Associação com os
às medidas de lados e lados, vértices e ângulos, e classifi- elementos básicos da geometria
ângulos e ao parale- cá-los em regulares e não regulares, (ponto, reta e plano)
tanto em suas representações no
Geometria

lismo e perpendicula-
plano como em faces de poliedros.
rismo dos lados
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 525

Polígonos: classifi-
cações quanto ao
número de vértices, (EF06MA19) Identificar característi-
às medidas de lados e cas dos triângulos e classificá-los em Construir polígonos regulares
relação às medidas dos lados e dos utilizando software.
Geometria

ângulos e ao parale-
lismo e perpendicula- ângulos.
rismo dos lados

Polígonos: classifi-
cações quanto ao (EF06MA20) Identificar característi-
número de vértices, cas dos quadriláteros, classificá-los Identificar os elementos básicos
às medidas de lados e em relação a lados e a ângulos e da geometria na construção do
polígono, conceituando linha
Geometria

ângulos e ao parale- reconhecer a inclusão e a intersec-


lismo e perpendicula- ção de classes entre eles. poligonal fechada;
rismo dos lados

Construção de fi- (EF06MA21) Construir figuras planas


guras semelhantes: semelhantes em situações de am-
Geometria

ampliação e redução pliação e de redução, com o uso de


de figuras planas em malhas quadriculadas, plano carte-
malhas quadriculadas siano ou tecnologias digitais.

(EF06MA22) Utilizar instrumen-


Construção de retas
tos, como réguas e esquadros, ou
paralelas e perpendi- softwares para representações de Resolver problemas utilizando a
culares, fazendo uso construção das figuras geomé-
Geometria

retas paralelas e perpendiculares e


de réguas, esquadros construção de quadriláteros, entre tricas
e softwares outros.

(EF06MA23) Construir algoritmo


Construção de retas para resolver situações passo a
paralelas e perpendi- passo (como na construção de
culares, fazendo uso dobraduras ou na indicação de
Geometria

de réguas, esquadros deslocamento de um objeto no


e softwares plano segundo pontos de referência
e distâncias fornecidas etc.).

(EF06MA24) Resolver e elaborar Identificar grandezas como tudo


problemas que envolvam as gran- que pode ser medido e unidades
Problemas sobre dezas comprimento, massa, tempo, de medida padronizadas ou não;
Grandezas e medidas

medidas envolvendo temperatura, área (triângulos e Identificar em situações problema


grandezas como retângulos), capacidade e volume instrumentos de medidas (régua,
comprimento, massa, (sólidos formados por blocos re- trena, balança, termômetro, trans-
tempo, temperatura, tangulares), sem uso de fórmulas, feridos, etc.) necessários para fazer
área, capacidade e inseridos, sempre que possível, em a aferição. Resolver situações - pro-
volume contextos oriundos de situações blema de conversão de algumas
reais e/ou relacionadas às outras unidades (comprimento, massa,
áreas do conhecimento. tempo e etc.)
526 - MATEMÁTICA -

(EF06MA25) Reconhecer a abertura


do ângulo como grandeza associada
às figuras geométricas.

(EF06MA26) Resolver problemas que


envolvam a noção de ângulo em Pode-se utilizar estratégias com
Ângulos: noção, usos software para fortalecer o conceito
e medida diferentes contextos e em situações
reais, como ângulo de visão. de Ângulos.
Grandezas e medidas

(EF06MA27) Determinar medidas


da abertura de ângulos, por meio
de transferidor e/ou tecnologias
digitais.
Grandezas e

(EF06MA28) Interpretar, descrever e


Plantas baixas e vistas desenhar plantas baixas simples de
aéreas
medidas

residências e vistas aéreas. Criar atividades desafiadoras,


através de jogos, figuras, software
de computadores para que os
estudantes explorem e consigam
diferenciar os dois conceitos de
geometria relacionados à com-
paração e equivalência de áreas
(EF06MA29) Analisar e descrever e figuras geométricas; Realizar
Grandezas e medidas

mudanças que ocorrem no períme- Trabalhos em grupos interagindo


Perímetro de um qua- tro e na área de um quadrado ao para atingir um objetivo comum,
drado como grandeza se ampliarem ou reduzirem, igual- com isso, instigue-os a argumentar
proporcional à medi- mente, as medidas de seus lados, sobre suas respostas; Desenvolver
da do lado para compreender que o perímetro trabalhos com o tangram.
é proporcional à medida do lado, o
que não ocorre com a área.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 527

Cálculo de probabi-
lidade como a razão
entre o número de
resultados favoráveis
Probabilidade e estatística

e o total de resul- (EF06MA30) Calcular a probabilida-


tados possíveis em de de um evento aleatório, expres-
um espaço amostral sando-a por número racional (forma
equiprovável fracionária, decimal e percentual)
Cálculo de probabi- e comparar esse número com a
lidade por meio de probabilidade obtida por meio de
muitas repetições experimentos sucessivos.
de um experimento
(frequências de ocor-
rências e probabilida-
de frequentista)

(EF06MA31) Identificar as variáveis


e suas frequências e os elementos
constitutivos (título, eixos, legendas,
fontes e datas) em diferentes tipos
Leitura e interpre- de gráfico.
tação de tabelas e
Probabilidade e estatística

gráficos (de colunas


ou barras simples ou
múltiplas) referentes (EF06MA32) Interpretar e resolver
a variáveis categóri- situações que envolvam dados de
cas e variáveis numé- pesquisas sobre contextos am-
ricas. bientais, sustentabilidade, trânsito,
consumo responsável, entre outros,
apresentadas pela mídia em tabelas
e em diferentes tipos de gráficos e
redigir textos escritos com o objeti-
vo de sintetizar conclusões.
Probabilidade e estatística

Coleta de dados, or- (EF06MA33) Planejar e coletar dados


ganização e registro de pesquisa referente a práticas
Construção de dife- sociais escolhidas pelos estudantes
rentes tipos de gráfi- e fazer uso de planilhas eletrônicas
cos para representá- para registro, representação e inter-
-los e interpretação pretação das informações, em tabe-
das informações las, vários tipos de gráficos e texto.
Probabilidade e estatística

(EF06MA34) Interpretar e desenvol-


ver fluxogramas simples, identifican-
Diferentes tipos de
representação de do as relações entre os objetos re-
informações: gráficos presentados (por exemplo, posição
e fluxogramas de cidades considerando as estradas
que as unem, hierarquia dos funcio-
nários de uma empresa etc.).
528 - MATEMÁTICA -

Organizador Curricular | 7º Ano


Temáticas

Objeto de Desdobramentos Didáticos


Unidades

Conhecimento Habilidades Pedagógicos - DesDP

Deve-se por meio de situações-problema,


trabalhar padrões ou regularidades de
sequências dos múltiplos e divisores de um
número e as primeiras generalizações;
Apresentar por meio de situações-proble-
(EF07MA01) Resolver e elaborar mas, as ideias de múltiplo e divisor e que
problemas com números natu- resgatem o algoritmo da divisão exata e por
rais, envolvendo as noções de intermédio dele exploram-se as expressões
Múltiplos e divisores divisor e de múltiplo, podendo equivalentes;
de um número na- incluir máximo divisor comum Realizar atividades, contextualizadas, que
tural ou mínimo múltiplo comum, chamem a atenção dos estudantes, para
por meio de estratégias diver- trabalhar a ideia de mínimo múltiplo comum
sas, sem a aplicação de algo- (mmc) e máximo divisor comum (mdc),
ritmos. podendo também, desenvolver transversal-
mente o tema saúde, alertando-os sobre os
Números

cuidados que devemos ter com alimentação,


higiene e sono e a importância de praticar
esporte, podendo, também, ser enfatizado o
cálculo mental.

(EF07MA02) Resolver e elaborar


problemas que envolvam porcen-
Cálculo de porcen- tagens, como os que lidam com
Desenvolver atividades que explorem por-
tagens e de acrésci- acréscimos e decréscimos simples,
centagens presentes em folhetos de lojas,
mos e decréscimos utilizando estratégias pessoais,
Números

jornais, revistas e internet.


simples cálculo mental e calculadora, no
contexto de educação financeira,
entre outros.

Para enriquecer o trabalho com números in-


teiros, o professor pode explorar exemplos e
atividades que relacionam a ideia de número
negativo a situações cotidianas, como indi-
(EF07MA03) Comparar e or- cação de altitudes abaixo do nível do mar, de
denar números inteiros em temperaturas negativas, de saldos bancários
diferentes contextos, incluindo devedores e de saldos de gols de equipes
o histórico, associá-los a pontos esportivas, aplicando sempre os conceitos
Números inteiros: da reta numérica e utilizá-los referentes a números inteiros;
usos, história, ordena- em situações que envolvam Pode ainda, trabalhar atividades que, levem
ção, associação com adição e subtração. o estudante a desenvolver habilidades de re-
pontos da reta numé-
gistro, organização e interpretação, para que
rica e operações
possam também estabelecer conexão com
conteúdos do eixo temático “estatística”.

Realizar atividades que explorem a adição,


Números

(EF07MA04) Resolver e elaborar subtração, multiplicação e divisão de nú-


problemas que envolvam ope- meros inteiros, estabelecendo vínculos com
rações com números inteiros. estudos posteriores; Propor o uso de calcula-
doras simples;
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 529

Trabalhar problemas em que o estudante


possa relacionar as informações fornecidas
com os símbolos matemáticos, adequados
(EF07MA05) Resolver um mes- para sua resolução, de modo que este pas-
mo problema utilizando dife- se a entender a situação, identificando a
rentes algoritmos. operação mais adequada a ser utilizada e a
necessidade de uma leitura segura e de um
processo interpretativo.

(EF07MA06) Reconhecer que


as resoluções de um grupo de Sugere-se atividades contextualizadas
problemas que têm a mesma por meio de integração com conteúdos
estrutura podem ser obtidas de diversas áreas de conhecimento.
utilizando os mesmos procedi-
mentos.

Fração e seus signi-


ficados: como parte Sugere-se atividades que propor-
de inteiros, resultado cionem uma melhor visualização do
da divisão, razão e funcionamento do processo, ajudando
(EF07MA07) Representar por
operador no seu entendimento, tais como, pro-
meio de um fluxograma os cedimento de controle de produção
passos utilizados para resolver de uma empresa, processo de linha
um grupo de problemas. de montagem automotiva, processos
químicos, judiciais ou de negócios,
entre outros.

Trabalhar atividades com represen-


tações geométricas (Tangram) para
(EF07MA08) Comparar e orde- resolução de problemas que envolvam
nar frações associadas às ideias
as quatros operações com fração, com
de partes de inteiros, resultado
o objetivo de trazer compreensão aos
da divisão, razão e operador. resultados de tais operações e a ideia
de comparação.

(EF07MA09) Utilizar, na resolu-


ção de problemas, a associação
entre razão e fração, como a
Realizar uma análise de várias situações
fração 2/3 para expressar a
razão de duas partes de uma problema envolvendo o uso de frações
Números

como razão entre duas grandezas


grandeza para três partes da
mesma ou três partes de outra
grandeza.
530 - MATEMÁTICA -

Realizar atividades, através de planilhas


(EF07MA10) Comparar e orde- eletrônicas, jogos matemáticos, mate-
nar números racionais em dife- riais concretos, etc, para relembrar as
rentes contextos e associá-los a características de uma reta numérica
pontos da reta numérica. e de como localizar/representar um
número nela;

Números racionais na (EF07MA11) Compreender Desenvolver atividades que tragam


representação fracio- e utilizar a multiplicação e a exercícios para identificação de termos
nária e na decimal: divisão de números racionais, a e símbolos da radiciação e da poten-
usos, ordenação e relação entre elas e suas pro- ciação, como também, a inversiblidade
associação com pon- priedades operatórias. dessas operações.
tos da reta numérica
e operações

Resolver problemas em diferentes


contextos que envolvam o cálculo da
potência de números racionais rela-
tivos, entre outras operações e que
(EF07MA12) Resolver e elabo-
explore a ideia de equivalência, poden-
rar problemas que envolvam do ser usado o tangram, montado uma
as operações com números
tabela indicando a que fração do todo
racionais. corresponde cada uma das peças e os
resultados das operações; Esquemati-
Números

zar tabelas para resolução de situações-


-problema.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 531

(EF07MA13) Compreender a Desenvolver atividades que apresen-


ideia de variável, representa- tem inúmeras estratégias que permi-
da por letra ou símbolo, para tam resolver problemas, tendo que
expressar relação entre duas trabalhar letras como se fossem núme-
grandezas, diferenciando-a da ros, ou seja, passando da verbalização
ideia de incógnita. para o simbolismo algébrico.

(EF07MA14) Classificar se- Apresentar definição de sequência


quências em recursivas e não
recursivas (recorrentes) e não recursivas
recursivas, reconhecendo que (não recorrentes); Realizar atividades
o conceito de recursão está
envolvendo algumas situações do
Linguagem algébrica: presente não apenas na mate- cotidiano em diversas áreas do conhe-
variável e incógnita mática, mas também nas artes cimento.
e na literatura.

Utilizar situações do dia a dia, através


de trabalhos de pesquisas, para a com-
preensão da noção de equação, dando
significado ao sinal de igualdade como
símbolo de equivalência; Analisar e
(EF07MA15) Utilizar a simbo- descrever padrões e regularidades e
logia algébrica para expressar formular generalizações a partir de con-
regularidades encontradas em textos geométricos e numéricos; Repre-
sequências numéricas. sentar, analisar, descrever e generalizar
padrões através de palavras, tabelas e
expressões simbólicas; Reconhecer o
significado de fórmulas no contexto de
situações concretas e usá-las na resolu-
ção de problemas.
Álgebra

Equivalência de ex- (EF07MA16) Reconhecer se Pode-se desenvolver atividades com


duas expressões algébricas representações geométricas para o
pressões algébricas: obtidas para descrever a re- estudo comparativo, com o objetivo de
Álgebra

identificação da
regularidade de uma gularidade de uma mesma trazer compreensão a respeito da equi-
sequência numérica sequência numérica são ou não valência de duas (ou mais) expressões
equivalentes. algébricas.
532 - MATEMÁTICA -

Realizar atividades para construir a


ideia de proporcionalidade, como,
realizar uma oficina culinária, orga-
nizar uma festa ou reunião e solicitar
(EF07MA17) Resolver e elabo- dos estudantes um levantamento da
Problemas envolven- rar problemas que envolvam quantidade de refrigerantes, doces e
do grandezas direta- variação de proporcionalidade salgados, de acordo com o número de
direta e de proporcionalidade participantes;
mente proporcionais
inversa entre duas grandezas, Explorar situações do dia a dia para
e grandezas inversa-
mente proporcionais utilizando sentença algébrica resolver aritmeticamente os problemas;
para expressar a relação entre Recorrer a tabelas que permitam a
elas. análise dos dados para identificar os
casos em que ocorre proporcionalidade
direta ou inversa e também para ob-
Álgebra

tenção de fórmulas que auxiliarão na


busca de outras soluções.

(EF07MA18) Resolver e elaborar Reconhecer o princípio de equivalência


problemas que possam ser
de equações, usando como exemplo a
Equações polinomiais representados por equações ideia da “balança de pratos”; Desenvol-
do 1º grau polinomiais de 1º grau, redutí- ver atividades, onde o estudante possa
veis à forma ax + b = c, fazendo modificar uma ou mais das equações
uso das propriedades da igual- para que se tornem equivalentes.
Álgebra

dade.

(EF07MA19) Realizar transfor- Definir plano cartesiano como eixo


mações de polígonos repre-
sentados no plano cartesiano, numérico ortogonal; Realizar ativida-
des com marcação de pontos nos 4
decorrentes da multiplicação quadrantes do plano, utilizando Malha
das coordenadas de seus vérti- quadriculada, régua e geoplano;
Transformações ces por um número inteiro.
geométricas de polí-
gonos no plano car-
tesiano: multiplicação
das coordenadas por
um número inteiro
e obtenção de simé-
tricos em relação aos
eixos e à origem Identificar e marcar pontos no plano
(EF07MA20) Reconhecer e cartesiano, bem como compreender as
representar, no plano cartesia- coordenadas nos quadrantes.
no, o simétrico de figuras em Utilizar o jogo de xadrez para traba-
relação aos eixos e à origem. lhar o movimento da peça utilizando
Geometria

simetria.

(EF07MA21) Reconhecer e
construir figuras obtidas por
simetrias de translação, rotação Conversar com os estudantes sobre os
e reflexão, usando instrumentos movimentos de translação e rotação da
Simetrias de trans-
lação, rotação e de desenho ou softwares de terra. Falar também sobre reflexão as-
geometria dinâmica e vincular sociando ao nosso reflexo no espelho.
Geometria

reflexão esse estudo a representações Fazer uma ligação desses 3 conceitos à


planas de obras de arte, ele- simetria de polígonos.
mentos arquitetônicos, entre
outros.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 533

(EF07MA22) Construir circun-


ferências, utilizando compasso,
A circunferência reconhecê-las como lugar Retomar os conceitos de centro e raio
como lugar geomé- geométrico e utilizá-las para para iniciar a compreensão do que é a
trico fazer composições artísticas e circunferência.
Geometria

resolver problemas que envol-


vam objetos equidistantes.

(EF07MA23) Verificar relações


Relações entre os entre os ângulos formados por
ângulos formados por Ângulos formados por retas concorren-
retas paralelas cortadas por
Geometria

retas paralelas inter- tes; ângulos adjacentes suplementares,


sectadas por uma uma transversal, com e sem complementares e replementares.
transversal uso de softwares de geometria
dinâmica.

(EF07MA24) Construir triângu-


los, usando régua e compasso,
reconhecer a condição de
existência do triângulo quanto Realizar atividades utilizando régua,
compasso e transferidor, papel milime-
à medida dos lados e verificar
trado, dobraduras e calculadora.
que a soma das medidas dos
ângulos internos de um triân-
gulo é 180°.

Triângulos: cons-
trução, condição de (EF07MA25) Reconhecer a
existência e soma das rigidez geométrica dos triângu-
medidas dos ângulos los e suas aplicações, como na Utilizar o software de geometria di-
internos nâmica para construir triângulos e
construção de estruturas arqui- compreender as características e as
tetônicas (telhados, estruturas cevianas notáveis.
metálicas e outras) ou nas artes
plásticas.

(EF07MA26) Descrever, por


escrito e por meio de um flu-
Geometria

xograma, um algoritmo para Realizar atividades em grupo utilizando


a construção de um triângulo software.
qualquer, conhecidas as medi-
das dos três lados.

(EF07MA27) Calcular medidas


de ângulos internos de polí- Resolver problemas com estratégias de
gonos regulares, sem o uso
cálculo da soma dos ângulos internos
de fórmulas, e estabelecer
relações entre ângulos inter- de um polígono regular através da
triangulação, como também, de cálculo
nos e externos de polígonos, da medida de cada ângulo interno, uti-
preferencialmente vinculadas
à construção de mosaicos e de lizando tabelas, papel milimetrado, etc.
Polígonos regulares: ladrilhamentos.
quadrado e triângulo
equilátero

(EF07MA28) Descrever, por


escrito e por meio de um flu-
xograma, um algoritmo para Construir polígonos regulares utilizan-
Geometria

a construção de um polígono
regular (como quadrado e triân- do software.
gulo equilátero), conhecida a
medida de seu lado.
534 - MATEMÁTICA -

(EF07MA29) Resolver e elabo-


Grandezas e medidas

rar problemas que envolvam Observar, interpretar e manipular


medidas de grandezas inse- os registros referentes a medidas de
Problemas envolven- ridos em contextos oriundos massa em embalagens para resolver e
do medições de situações cotidianas ou de elaborar situação-problema em dife-
outras áreas do conhecimento, rentes contextos, em que há mais de
reconhecendo que toda medi- uma solução.
da empírica é aproximada.

(EF07MA30) Resolver e elabo-


Grandezas e medidas

Cálculo de volume de rar problemas de cálculo de Elaborar atividades que utilizem instru-
blocos retangulares, medida do volume de blocos mentos de medidas e que possibilitem
utilizando unidades retangulares, envolvendo as aos estudantes fazerem medições e
de medida conven- unidades usuais (metro cúbico, registro das medidas e estimem resul-
cionais mais usuais decímetro cúbico e centímetro tados.
cúbico).

Desenvolver trabalhos em grupo com


(EF07MA31) Estabelecer ex- o tangram, interagindo com os envol-
pressões de cálculo de área de vidos, para atingir um objetivo comum,
triângulos e de quadriláteros. instigando-os a argumentar sobre suas
Equivalência de área respostas;
de figuras planas:
cálculo de áreas de
figuras que podem
ser decompostas por
outras, cujas áreas
podem ser facilmente
determinadas como
triângulos e quadri-
Grandezas e medidas

láteros (EF07MA32) Resolver e elaborar Criar atividades desafiadoras, através


problemas de cálculo de me- de jogos, figuras, software de compu-
dida de área de figuras planas tadores para que os estudantes ex-
que podem ser decompostas plorem e consigam diferenciar os dois
por quadrados, retângulos e/ou conceitos de geometria relacionados à
triângulos, utilizando a equiva- comparação e equivalência de áreas e
lência entre áreas. figuras geométricas;

Desenvolver oficinas que explorem


as características e propriedades da
circunferência, utilizando exemplos
do cotidiano e que introduzam a
(EF07MA33) Estabelecer o importante noção de ângulo central,
número π como a razão entre a procurando sempre que possível, fazer
Medida do compri- a integração entre a geometria e a esta-
medida de uma circunferência
Grandezas e medidas

mento da circunfe- e seu diâmetro, para compreen- tística, explorando gráfico de setores;
rência Utilizar dobraduras, régua, transferidor
der e resolver problemas, inclu-
sive os de natureza histórica. e compasso para trabalhar a divisão
da circunferência em partes iguais,
abordando também a construção de
polígonos regulares, estimulando nos
estudantes a criatividade, sugerindo a
eles a construção de mosaicos.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 535
Probabilidade e estatística

Experimentos aleató- (EF07MA34) Planejar e realizar Realizar atividades utilizando moedas,


rios: espaço amostral experimentos aleatórios ou si- dados, tabelas, diagramas, desenhos
e estimativa de pro- mulações que envolvem cálculo que estimulem as probabilidades a
babilidade por meio de probabilidades ou estimati- partir da análise de frequência de ocor-
de frequência de vas por meio de frequência de rência de eventos aleatórios.
ocorrências ocorrências.

(EF07MA35) Compreender,
Probabilidade e esta-

em contextos significativos, o Desenvolver atividades utilizando


Estatística: média significado de média estatística exemplos extraídos de situação do
e amplitude de um como indicador da tendência cotidiano, com o objetivo de desen-
conjunto de dados de uma pesquisa, calcular seu volver conceitos e cálculos, com base
valor e relacioná-lo, intuitiva- em pesquisas realizadas pelos próprios
mente, com a amplitude do estudantes.
conjunto de dados.
tística
Probabilidade e estatística

Pesquisa amostral e (EF07MA36) Planejar e realizar


pesquisa censitária pesquisa envolvendo tema da Realizar um referendo na escola em re-
Planejamento de realidade social, identificando lação a preferência na merenda escolar
pesquisa, coleta e a necessidade de ser censitária ou na comunidade em relação a quali-
organização dos ou de usar amostra, e interpre- dade da água fornecida pelo abasteci-
dados, construção tar os dados para comunicá-los mento de água da comunidade.
de tabelas e gráficos por meio de relatório escrito, Trabalhar dados de pesquisas realiza-
e interpretação das tabelas e gráficos, com o apoio das pelo IBGE;
informações de planilhas eletrônicas.
Probabilidade e estatística

Gráficos de setores: (EF07MA37) Interpretar e anali- Utilizar jornais, revistas, internet em ofi-
sar dados apresentados em grá-
interpretação, perti- fico de setores divulgados pela cinas que desenvolvam a compreensão,
nência e construção a partir de interpretações e análises
para representar mídia e compreender quando de dados apresentados em gráficos de
é possível ou conveniente sua
conjunto de dados utilização. setores.
536 - MATEMÁTICA -

Organizador Curricular | 8º Ano

Objeto de Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Temáticas

Conhecimento Pedagógicos - DesDP


Unidades

Verificar que o estudo da potência


ajuda na representação científica;
Realizar pesquisas em livros de
(EF08MA01) Efetuar cálculos com ciências e Geografia, além de
potências de expoentes inteiros e jornais, revistas e internet, diversas
Notação científica aplicar esse conhecimento na repre- situações em que se usa a notação
sentação de números em notação científica; Desenvolver atividades
científica. que estabeleçam a relação entre
Números

as unidades de medidas na infor-


mática, como bits, bytes, kilobytes,
megabytes e gigabytes.

Propor atividades em que o estu-


dante identifique os radicais como
(EF08MA02) Resolver e elaborar
problemas usando a relação entre potências de expoentes fracioná-
Potenciação e radi- rios; Desenvolver atividades em
ciação potenciação e radiciação, para re- editores de cálculos, como por
presentar uma raiz como potência exemplo, o Excel, para fortalecer o
de expoente fracionário.
conhecimento em potenciação e
Números

radiciação.

Desenvolver oficinas, utilizando


(EF08MA03) Resolver e elaborar listas telefônicas, jornais, cardápio
de lanchonete, panfleto de lojas
O princípio multipli- problemas de contagem cuja resolu-
cativo da contagem ção envolva a aplicação do princípio de roupas, situações-problema,
Números

que levem o estudante a conhecer,


multiplicativo. compreender e utilizar o princípio
multiplicativo da contagem.

(EF08MA04) Resolver e elaborar Compreender que a porcentagem


Números

Porcentagens problemas, envolvendo cálculo de é uma das representações dos


porcentagens, incluindo o uso de
números racionais.
tecnologias digitais.

(EF08MA05) Reconhecer e utilizar


Analisar e interpretar a dízima pe-
Dízimas periódicas: procedimentos para a obtenção de
Números

riódica como uma representação


fração geratriz uma fração geratriz para uma dízima
periódica. de número racional.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 537

Associar o número desconhecido à


(EF08MA06) Resolver e elaborar ideia de variável.
Valor numérico de problemas que envolvam cálculo do Reconhecer procedimentos para
valor numérico de expressões algé-
expressões algébricas bricas, utilizando as propriedades calcular valor numérico e efetuar
Álgebra

operações com expressões algé-


das operações.
bricas.

Identificar e resolver equações do


Associação de uma (EF08MA07) Associar uma equação 1º grau.
equação linear de 1º
linear de 1º grau com duas incógni- Resolver uma situação problema
grau a uma reta no
Álgebra

tas a uma reta no plano cartesiano. que possa ser traduzida por uma
plano cartesiano equação do 1º Grau.

Resolver um sistema do 1º grau


(EF08MA08) Resolver e elaborar pro- algébrico e geometricamente,
Sistema de equações blemas relacionados ao seu contex- comparando se o valor das raízes
polinomiais de 1º to próximo, que possam ser repre- encontradas convém ou não com
grau: resolução algé- sentados por sistemas de equações a proposição solicitada.
brica e representação de 1º grau com duas incógnitas e Aplicar a uma situação do cotidia-
no plano cartesiano interpretá-los, utilizando, inclusive, o no o conhecimento adquirido com
Álgebra

plano cartesiano como recurso. sistema do 1º grau, pelo método


da adição e da subtração.

(EF08MA09) Resolver e elaborar, Propor uma abordagem de reso-


Equação polinomial com e sem uso de tecnologias, lução das equações do 2º grau por
de 2º grau do tipo problemas que possam ser repre- meio da decomposição e comple-
ax2 = b sentados por equações polinomiais mento de quadrados; Resgatar o
processo histórico da dedução da
Álgebra

de 2º grau do tipo ax² = b.


fórmula de Bhaskara.

(EF08MA10) Identificar a regularida-


de de uma sequência numérica ou Desenvolver atividade usando
figural não recursiva e construir um uma sequência de letras de string
algoritmo por meio de um fluxogra- ou palíndromo, para trabalhar
ma que permita indicar os números recursividade e não recursividade;
ou as figuras seguintes.
Sequências recursivas
e não recursivas

(EF08MA11) Identificar a regularida-


de de uma sequência numérica re- Utilizar como exemplo a sequência
de Fibonacci para definir sequên-
cursiva e construir um algoritmo por cia recursiva; Analisar um padrão
Álgebra

meio de um fluxograma que permi-


ta indicar os números seguintes. numa sequên
538 - MATEMÁTICA -

(EF08MA12) Identificar a natureza da


variação de duas grandezas, direta- Apresentar atividades que ex-
mente, inversamente proporcionais pressem situações do cotidiano e
ou não proporcionais, expressando tenham suas soluções através de
a relação existente por meio de sentenças algébricas e representa-
sentença algébrica e representá-la ções no plano cartesiano.
Variação de grande- no plano cartesiano.
zas: diretamente pro-
porcionais, inversa-
mente proporcionais
ou não proporcionais

(EF08MA13) Resolver e elaborar


problemas que envolvam grandezas Utilizar-se de tabelas para análise
diretamente ou inversamente pro- dos dados e identificação dos
casos em que ocorre proporciona-
Álgebra

porcionais, por meio de estratégias lidade direta e indireta.


variadas.

Congruência de triân- (EF08MA14) Demonstrar proprie- Desenvolver o conceito de con-


gulos e demonstra- dades de quadriláteros por meio
Geometria

gruência.
ções de propriedades da identificação da congruência de Identificar ângulos congruentes.
de quadriláteros triângulos.

Construções geomé- (EF08MA15) Construir, utilizando


instrumentos de desenho ou sof- Realizar pesquisas; desenvolver
tricas: ângulos de 90°,
Geometria

twares de geometria dinâmica, atividades; descrever e representar


60°, 45° e 30° e polí- mediatriz, bissetriz, ângulos de 90°, os resultados.
gonos regulares 60°, 45° e 30° e polígonos regulares.

(EF08MA16) Descrever, por escrito


e por meio de um fluxograma, um
algoritmo para a construção de
Geometria

Resolver e elaborar problemas


um hexágono regular de qualquer
área, a partir da medida do ângulo com situações do cotidiano.
central e da utilização de esquadros
e compasso.

Mediatriz e bissetriz (EF08MA17) Aplicar os conceitos de


Geometria

como lugares geomé- mediatriz e bissetriz como lugares Desenvolver o conceito de Media-
tricos: construção e geométricos na resolução de pro- triz e Bissetriz.
problemas blemas.

Realizar oficinas que façam cone-


xões entre a Matemática e as artes,
utilizando, gravuras e mosaicos e
(EF08MA18) Reconhecer e construir ainda a construção de figuras e a
Transformações geo- figuras obtidas por composições de
manipulação de objetos, possibili-
métricas: simetrias de transformações geométricas (trans- tando com a variedade de propos-
translação, reflexão e lação, reflexão e rotação), com o uso
rotação de instrumentos de desenho ou de tas a sistematização dos conceitos
e facilitando assim com a assimila-
softwares de geometria dinâmica.
Geometria

ção dos conteúdos, abstração das


imagens e reflexão a respeito das
características conceituais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 539
Grandezas e medidas

(EF08MA19) Resolver e elaborar


Área de figuras planas problemas que envolvam medidas Classificar figuras planas, segundo
Área do círculo e de área de figuras geométricas, utili- critérios como, número de lados,
comprimento de sua zando expressões de cálculo de área eixo de simetria, paralelismo, per-
(quadriláteros, triângulos e círculos),
circunferência pendicularismo, ângulo, etc.
em situações como determinar
medida de terrenos.

(EF08MA20) Reconhecer a relação Desenvolver atividades com situa-


Volume de cilindro entre um litro e um decímetro cú- ção do cotidiano.
Grandezas e

reto bico e a relação entre litro e metro Realizar pesquisas para conhecer
Medidas de capaci- cúbico, para resolver problemas de as unidades usuais de volume e
medidas

dade cálculo de capacidade de recipien- sua correspondência com as medi-


tes. das de capacidade.

Destacar à diferença entre volume


e capacidade; Aula expositiva com
Volume de cilindro (EF08MA21) Resolver e elaborar pro- materiais concretos para que os
Grandezas e

reto blemas que envolvam o cálculo do estudantes entendam que são


medidas

Medidas de capaci- volume de recipiente cujo formato é vários os objetos que possuem o
dade o de um bloco retangular. formato de um paralelepípedo.
Realizar atividades com situação
do cotidiano.

(EF08MA22) Calcular a probabilida- Resolver e elaborar problemas que


Princípio multiplicati-
Probabilidade e

vo da contagem de de eventos, com base na constru- traduzam diferentes eventos pre-


Soma das probabi- ção do espaço amostral, utilizando o sentes num mesmo espaço, rela-
princípio multiplicativo, e reconhe- cionem probabilidades de eventos
lidades de todos os
estatística

elementos de um cer que a soma das probabilidades distintos num mesmo espaço e
de todos os elementos do espaço estabeleçam a relação de soma
espaço amostral
amostral é igual a 1. entre probabilidades.

Gráficos de barras,
colunas, linhas ou
Probabilidade e

(EF08MA23) Avaliar a adequação


setores e seus ele- Perceber as diferentes formas
mentos constitutivos de diferentes tipos de gráficos para gráficas (linhas, barras, colunas ou
representar um conjunto de dados
estatística

e adequação para de uma pesquisa. setores).


determinado conjun-
to de dados

(EF08MA24) Classificar as frequên-


Probabilidade e

cias de uma variável contínua de


Organização dos da- uma pesquisa em classes, de modo
dos de uma variável Utilizar tabelas.
contínua em classes que resumam os dados de maneira
estatística

adequada para a tomada de deci-


sões.
540 - MATEMÁTICA -

Conceituar cada medida de ten-


dência central;
Probabilidade e estatística

(EF08MA25) Obter os valores de me- Organizar uma pesquisa e apre-


didas de tendência central de uma sentar os dados obtidos nessa
pesquisa estatística (média, moda pesquisa escritos na forma de
Medidas de tendência
e mediana) com a compreensão de tabela e de gráfico.
central e de dispersão seus significados e relacioná-los com Apresentar diversas situações-pro-
a dispersão de dados, indicada pela blema em que o estudante precisa
amplitude. escolher a medida de tendência
central mais adequada para cada
situação.

(EF08MA26) Selecionar razões, de


Probabilidade e estatística

Pesquisas censitária diferentes naturezas (física, ética Utilizar dados do IBGE; Utilizar
ou amostral ou econômica), que justificam a dados de avaliações externas;
Planejamento e exe- realização de pesquisas amostrais e Realizar pesquisas em Secretarias
não censitárias, e reconhecer que a
cução de pesquisa de Educação e Saúde; Construir
amostral seleção da amostra pode ser feita de tabelas e gráficos.
diferentes maneiras (amostra casual
simples, sistemática e estratificada).
Probabilidade e estatística

(EF08MA27) Planejar e executar pes-


quisa amostral, selecionando uma
técnica de amostragem adequada,
Realizar pesquisa envolvendo
e escrever relatório que contenha
os gráficos apropriados para repre- variáveis categóricas e numéricas,
organizar dados coletados por
sentar os conjuntos de dados, desta- meio de tabelas e grá
cando aspectos como as medidas de
tendência central, a amplitude e as
conclusões.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 541

Organizador Curricular | 9º Ano

Objeto de Habilidades Desdobramentos Didáticos


Temáticas

Conhecimento Pedagógicos - DesDP


Unidades

(EF09MA01) Reconhecer que, uma


vez fixada uma unidade de compri-
Necessidade dos mento, existem segmentos de reta Resgatar relatos históricos para a
compreensão de número irracio-
números reais para cujo comprimento não é expresso nal; Ampliar e consolidar as escri-
medir qualquer seg- por número racional (como as medi- tas decimais, a partir dos diferen-
mento de reta das de diagonais de um polígono e
alturas de um triângulo, quando se tes usos em contextos sociais e
Números

matemáticos;
toma a medida de cada lado como
unidade).

(EF09MA02) Reconhecer um nú-


Números irracionais: mero irracional como um número
reconhecimento e real cuja representação decimal é
localização de alguns infinita e não periódica, e estimar a
Números

na reta numérica localização de alguns deles na reta


numérica.

Identificar propriedades de ex-


poentes negativos e potência de
Potências com ex- (EF09MA03) Efetuar cálculos com expoente fracionário.
poentes negativos e números reais, inclusive potências Desenvolver atividades em
fracionários com expoentes fracionários. editores de cálculos, como por
Números

exemplo, o Excel, para fortalecer o


conhecimento em potenciação e
radiciação.

Analisar e interpretar os diferentes


Números reais: nota- (EF09MA04) Resolver e elaborar pro- procedimentos e significados das
ção científica e pro- blemas com números reais, inclusive operações com números naturais,
Números

em notação científica, envolvendo inteiros, racionais e irracionais,


blemas diferentes operações. também com o uso de tecnologia
digital.

(EF09MA05) Resolver e elaborar


Sugerir uma pesquisa sobre tran-
problemas que envolvam porcen- sações na bolsa de valores ou in-
Porcentagens: proble- tagens, com a ideia de aplicação
mas que envolvem de percentuais sucessivos e a de- flação; Realizar oficinas com o uso
de diversos anúncios de descontos
cálculo de percen- terminação das taxas percentuais,
tuais sucessivos preferencialmente com o uso de nas lojas, informando que os pro-
Números

dutos sofreram um determinado


tecnologias digitais, no contexto da decréscimo percentual.
educação financeira.
542 - MATEMÁTICA -

(EF09MA06) Compreender as fun- Trabalhar tabelas e gráficos de


ções como relações de dependência situações contextualizadas; Apre-
unívoca entre duas variáveis e suas sentar a função com uma máquina
Funções: representa- representações numérica, algébrica de transformação;
ções numérica, algé- e gráfica e utilizar esse conceito para Trabalhar atividades utilizando
brica e gráfica analisar situações que envolvam o cálculo de perímetro, fazendo
relações funcionais entre duas va- conexão com geometria, medida e
Álgebra

riáveis. a ideia de proporcionalidade.

Conceituar velocidade e densi-


dade demográfica; Desenvolver
(EF09MA07) Resolver problemas atividades que envolvam cálculos
Razão entre gran- que envolvam a razão entre duas com velocidade e densidade de-
dezas de espécies grandezas de espécies diferentes, mográfica.
diferentes como velocidade e densidade de- Realizar exercícios sobre razão
Álgebra

mográfica. entre grandezas diferentes envol-


vendo velocidade e densidade
demográfica.

(EF09MA08) Resolver e elaborar


problemas que envolvam relações
Grandezas direta- de proporcionalidade direta e inver- Dividir uma grandeza em partes
mente proporcionais sa entre duas ou mais grandezas,
direta e inversamente proporcio-
e grandezas inversa- inclusive escalas, divisão em partes nais à outra.
mente proporcionais proporcionais e taxa de variação, em
Álgebra

contextos socioculturais, ambientais


e de outras áreas.

Expressões algébricas: (EF09MA09) Compreender os pro-


fatoração e produtos cessos de fatoração de expressões
notáveis algébricas, com base em suas rela-
Resolução de equa- ções com os produtos notáveis, para Representar algebricamente ope-
rações aritméticas.
ções polinomiais do resolver e elaborar problemas que
Álgebra

2º grau por meio de possam ser representados por equa-


fatorações ções polinomiais do 2º grau.

Demonstrações de
relações entre os (EF09MA10) Demonstrar relações Realizar oficinas para a construção
Geometria

ângulos formados por simples entre os ângulos formados de retas paralelas e transversais;
retas paralelas inter- por retas paralelas cortadas por uma Utilizar régua, papel milimetradro
sectadas por uma transversal. e compasso.
transversal

(EF09MA11) Resolver problemas por


Relações entre arcos meio do estabelecimento de rela- Identificar círculo de circunfe-
ções entre arcos, ângulos centrais e
Geometria

e ângulos na circunfe- ângulos inscritos na circunferência, rência, destacando principais


rência de um círculo elementos.
fazendo uso, inclusive, de softwares
de geometria dinâmica.

(EF09MA12) Reconhecer as condi- Propor atividades sobre compa-


Geometria

Semelhança de triân- ções necessárias e suficientes para ração entre lados proporcionais
gulos que dois triângulos sejam seme- e ângulos congruentes de figuras
lhantes. geométricas, utilizando régua;
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 543

(EF09MA13) Demonstrar relações Verificar com o auxílio do Geo-


métricas do triângulo retângulo,
Geometria

entre elas o teorema de Pitágoras, Gebra, o teorema de Pitágoras e


Relações métricas no as relações métricas do triângulo
triângulo retângulo utilizando, inclusive, a semelhança
de triângulos. retângulo.
Teorema de Pitágoras:
verificações experi-
mentais e demons-
tração
etas paralelas corta-
das por transversais:
teoremas de propor- (EF09MA14) Resolver e elaborar
cionalidade e verifica- problemas de aplicação do teorema
Promover atividades envolvendo
Geometria

ções experimentais de Pitágoras ou das relações de


proporcionalidade envolvendo retas representações geométricas;
paralelas cortadas por secantes.

(EF09MA15) Descrever, por escrito


e por meio de um fluxograma, um
algoritmo para a construção de um
Polígonos regulares Desenvolver atividades lúdicas.
Geometria

polígono regular cuja medida do


lado é conhecida, utilizando régua e
compasso, como também softwares.

(EF09MA16) Determinar o ponto


médio de um segmento de reta e a
distância entre dois pontos quais-
quer, dadas as coordenadas desses
Distância entre pon- pontos no plano cartesiano, sem Identificar/localizar pontos no
tos no plano carte- plano cartesiano e representar as
o uso de fórmulas, e utilizar esse
siano conhecimento para calcular, por suas coordenadas.
Geometria

exemplo, medidas de perímetros e


áreas de figuras planas construídas
no plano.

Construir oficinas que levem o


estudante a compreender, descre-
(EF09MA17) Reconhecer vistas orto-
ver e construir representações 2D
Vistas ortogonais de gonais de figuras espaciais e aplicar
de objetos 3D obtidas por proje-
Geometria

figuras espaciais esse conhecimento para desenhar


ções em perspectiva e paralelas,
objetos em perspectiva. utilizando software e situações do
cotidiano.

(EF09MA18) Reconhecer e empregar Realizar atividades para efetuar


Unidades de medida cálculos básicos de multiplicação
Grandezas e medidas

para medir distâncias unidades usadas para expressar e/ou divisão, ler e interpretar tabe-
muito grandes e medidas muito grandes ou muito las e efetuar cálculos envolvendo
pequenas, tais como distância
muito pequenas entre planetas e sistemas solares, potência de mesma base; Utilizar
Unidades de medida pesquisas para conhecer os múlti-
tamanho de vírus ou de células,
utilizadas na infor- capacidade de armazenamento de plos do byte e suas aplicações no
mática cotidiano e desenvolver habilida-
computadores, entre outros. des de leitura e de escrita.
544 - MATEMÁTICA -

(EF09MA19) Resolver e elaborar


Grandezas e medidas

problemas que envolvam medidas


Volume de prismas e de volumes de prismas e de cilin- Desenvolver cálculos de volume
cilindros dros retos, inclusive com uso de de prismas e cilindros.
expressões de cálculo, em situações
cotidianas.

Realização de aula expositiva


Probabilidade e estatística

com materiais concretos para


Análise de probabi- (EF09MA20) Reconhecer, em expe- explanação e fixação do conceito
lidade de eventos rimentos aleatórios, eventos inde- da teoria de probabilidade e de
aleatórios: eventos pendentes e dependentes e calcular independência entre dois eventos,
dependentes e inde- a probabilidade de sua ocorrência, pesquisa na internet para conso-
pendentes nos dois casos. lidação dos conceitos adquiridos
e atividades práticas envolvendo
situações do dia a dia.

Pesquisar sobre a influência da


Probabilidade e estatística

(EF09MA21) Analisar e identificar, mídia; Analisar erros em gráficos


em gráficos divulgados pela mídia, apresentados por mídias, em um
Análise de gráficos os elementos que podem induzir, às caso específico; Observar o que o
divulgados pela vezes propositadamente, erros de gráfico de colunas pode influen-
mídia: elementos que leitura, como escalas inapropriadas, ciar de forma equivocada o leitor;
podem induzir a erros legendas não explicitadas corre- Ler gráficos oriundos de mídias de
de leitura ou de inter- tamente, omissão de informações informação de forma crítica e os
pretação importantes (fontes e datas), entre principais pontos que a mídia uti-
outros. liza-se para manipular os leitores e
telespectadores.

Leitura, interpretação Discutir sugestões de organização


Probabilidade e esta-

e representação de de dados; Realizar atividade para


(EF09MA22) Escolher e construir o
dados de pesquisa leitura, organização e representa-
expressos em tabelas gráfico mais adequado (colunas, ção de dados por meio de gráficos;
setores, linhas), com ou sem uso de
de dupla entrada, planilhas eletrônicas, para apresen- Resolver problemas envolvendo
gráficos de colunas medidas de tendência central;
tar um determinado conjunto de
simples e agrupadas, dados, destacando aspectos como Desenvolver problemas utilizando
gráficos de barras e gráficos com o apoio de tabelas.
as medidas de tendência central.
tística

de setores e gráficos Produzir texto, a partir da interpre-


pictóricos tação de gráficos.

(EF09MA23) Planejar e executar


Definir o instrumento de pesquisa;
pesquisa amostral envolvendo tema Desenvolver pesquisa de campo
Probabilidade e

da realidade social e comunicar os


Planejamento e exe- resultados por meio de relatório com temas do cotidiano; Coletar
cução de pesquisa e organizar dados em tabelas e
contendo avaliação de medidas de
estatística

amostral e apresenta- gráficos; Produzir texto, a partir


tendência central e da amplitude,
ção de relatório tabelas e gráficos adequados, cons- da interpretação e avaliação de
medidas de tendência central, de
truídos com o apoio de planilhas tabelas e gráficos.
eletrônicas.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 545

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546 - MATEMÁTICA -

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548 - MATEMÁTICA -

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Estúdios Públicos, . 99, 2005, 2005 a,p.195-224.
CIÊNCIAS HUMANAS
GEOGRAFIA

MARIA EDUARDA BATISTA DOS SANTOS – ESCOLA ESTADUAL DE XINGÓ II


GEOGRAFIA
1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 555
2. MARCO REGULATÓRIO.................................................................................... 557
3. A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS...................................................................... 558
4. COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC.................................................................. 560
5. CONCEPÇÕES HISTÓRICAS E EVOLUÇÃO DO COMPONENTE
CURRICULAR DE GEOGRAFIA.......................................................................... 562
6. CONHECENDO OS PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO....................... 563
7. CONCEITOS GEOGRÁFICOS............................................................................ 566
Espaço.................................................................................................................................566
Lugar....................................................................................................................................567
Paisagem.............................................................................................................................567
Território.............................................................................................................................567
Região..................................................................................................................................568
8. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DO COMPONENTE
CURRICULAR DE GEOGRAFIA.......................................................................... 568
9. O CURRÍCULO DE GEOGRAFIA......................................................................... 570
9.1 O currículo de geografia e alfabetização cartográfica................................................572
9.2 O currículo de geografia e as expectativas de aprendizagens x compromisso a
educação integral.........................................................................................................572
9.2.1 Aspecto estruturante em currículo da educação integral.......................................573
10. O PAPEL DO EDUCADOR NO PROCESSO CURRICULAR................................... 575
11. O PAPEL DO ESTUDANTE NO PROCESSO CURRICULAR.................................. 576
12. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO COMPONENTE DE GEOGRAFIA.................. 577
13. TRANSIÇÃO ENTRE AS ETAPAS........................................................................ 580
14. OBJETOS DO CONHECIMENTO APLICADO AO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS
INICIAIS............................................................................................................ 581
15. OBJETOS DO CONHECIMENTO APLICADO AO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS
FINAIS.............................................................................................................. 582
Objeto de conhecimento 6º ano........................................................................................583
Objeto de conhecimento 7º ano........................................................................................583
Objeto de conhecimento 8º ano........................................................................................584
Objeto de conhecimento 9º ano........................................................................................584
16. APRESENTANDO O ORGANIZADOR CURRICULAR DE GEOGRAFIA.................. 585
17. ORGANIZADOR CURRICULAR DE GEOGRAFIA ANOS INICIAIS......................... 590
ORGANIZADOR CURRICULAR DE GEOGRAFIA ANOS FINAIS........................... 603
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 620
1. APRESENTAÇÃO
Este caderno é direcionado aos pro-
fessores de Geografia e foi produzido
com a intenção de auxiliar o trabalho pe-
dagógico de forma dinâmica, objetivan-
do garantir o direito de aprendizagem
dos estudantes, a fim de que estes pos-
sam ingressar no ano subsequente com
as habilidades necessárias e específicas
do componente curricular que lhes são
pertinentes em cada etapa e modalidade
de ensino. Para a construção e elabora-
ção deste documento, percorremos al-
gumas etapas para que essa construção
se efetivasse. A primeira delas teve início
em Fevereiro de 2018, com as escolhas
dos nomes dos redatores de currículos.
Em seguida teve início os encontros
formativos para receber orientações
sobre como se daria o processo de im-
plementação da BNCC com os Coorde-
nadores Regionais. Após vários encon-
tros regionais, foi realizada, em Brasília,
no período de 26 a 28 de março de 2018,
a primeira Oficina com os Redatores de
Currículos, cuja finalidade era assessorar
as escolas no dia D de estudo da BNCC.
Após retorno de Brasília, foram realiza-
554 - GEOGRAFIA -

dos Encontros Formativos com os Secretaria Básica do Ministério da


Coordenadores Regionais para es- Educação.
tudos e orientações voltados para Destacamos também a parceria
a construção da primeira versão SEDUC/UNDIME- AL, que possibi-
preliminar da proposta do organi- litou a socialização do Referencial
zador curricular de Geografia. Curricular de Alagoas na maioria dos
Durante os momentos de estu- municípios do Estado. Cabe ressal-
dos, deparamo-nos com currículos tar ainda a parceria com a UNCME,
de Geografia de alguns municípios sendo esta essencial na construção
alagoanos, o que nos possibilitou da primeira versão preliminar do do-
fazer comparações em suas di- cumento. Portanto, este documen-
mensões, de modo que tivésse- to é construído por várias mãos, isto
mos condições de traçarmos linhas fica evidenciado durante o período
que nos permitisse a reelaboração de consulta pública no qual os pro-
deste documento que ora está fessores puderam contribuir para a
sendo apresentado aos professo- sua construção.
res do Estado de Alagoas. Dito isto, busca-se trabalhar no
Para isto, primou-se pelo prin- componente curricular de Geogra-
cípio da coletividade na construção fia, o conhecimento geográfico a
deste documento, o que fica eviden- partir de três vertentes: primeira, o
ciado pela criação de um Grupo de pensamento espacialgeográfico,
Trabalho - formado por professores este deve ser considerado pela sua
de Geografia da rede estadual, mu- relevância, visto que o estudante
nicipal e privada. Ressalte-se que, deve aprender a pensar de forma
durante os encontros do GT, foi rea- própria. A segunda vertente, o de-
lizada oficina, ciclo de palestra sobre senvolvimento do raciocínio geo-
a implementação da Base Nacio- gráfico que, de acordo com Callai
nal Comum Curricular, intitulada: A (2013), traduz-se em olhar o mun-
Geografia para Além da Base. do para compreender a nossa his-
Dando continuidade ao pro- tória e a nossa vida. Este olhar traz
cesso formativo dos Redatores a especificidade da disciplina que
de Currículos, nos dias 21 e 22 de tem o conceito de espaço como
agosto de 2018, aconteceu em foco primordial, visto que, o espaço
Brasília/DF, o II Encontro de Forma- possibilita a concretização e a ma-
ção do Programa de apoio à Imple- terialização das ações humanas e a
mentação da Base Nacional Co- vida social por meio dos embates
mum Curricular, promovido pela entre os grupos. A terceira verten-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 555

te, na ordem, mas não em impor- nológico...). E no Plano Nacional de


tância, é a leitura de mundo, pela Educação, as metas 2, 3, 7 são es-
qual o estudante deverá ser levado tabelecidas como estratégia para o
e estimulado a ler e a interpretar o cumprimento dessas 3 metas.
mundo nas mais variadas formas O Parecer CNE/CEB nº 7/2010
de escalas, partindo do âmbito lo- também fundamenta a imple-
cal, nacional e mundial. mentação da BNCC e a Lei nº
Além disso, o componente Cur- 13.005/20147 promulgou o Pla-
ricular de Geografia dentro do seu no Nacional de Educação (PNE),
objeto do Conhecimento tem por que reitera a necessidade de es-
finalidade estimular o estudante tabelecer e implantar, mediante
a pensar, ler e observar a ação hu- pactuação interfederativa [União,
mana nos espaços, tanto nas áreas Estados, Distrito Federal e Municí-
rurais como nas áreas urbanas, nos pios], diretrizes pedagógicas para a
seus mais variados espaços de vi- Educação Básica e a Base Nacional
vências, a partir da relação sujeito Comum dos currículos, com direi-
e espaço. tos e objetivos de aprendizagem
e desenvolvimento dos educan-
2. Marco Regulatório dos para cada ano do Ensino Fun-
damental e Médio, respeitadas as
Prevista na Constituição de 1988 diversidades regional, estadual e
(Art. 210, serão fixados conteúdos local (BRASIL, 2014).
mínimos para o Ensino Fundamen- Portanto, todos esses marcos
tal, de maneira a assegurar formação regulatórios possibilita a BNCC a
básica comum…). Na LDB (Artigo. primar pelos princípios éticos, polí-
26, os currículos da Educação Infan- ticos e estéticos que visam à forma-
til, do Ensino Fundamental e Médio ção humana integral e à construção
devem ter Base Nacional Comum, a de uma sociedade justa, democrá-
ser complementada em cada siste- tica e inclusiva, fundamentada nas
ma de ensino e em cada estabeleci- Diretrizes Curriculares Nacionais
mento escolar). Nas DCNs (Art. 14, da Educação Básica (DCN).
define Base Nacional Comum como De igual modo a BNCC, o Refe-
conhecimentos, saberes e valores rencial Curricular do Estado de Ala-
produzidos culturalmente, expres- goas está fundamentado no Art. 3º
sos nas políticas públicas e que são da LDB de nº 9.394/96, nas Dire-
gerados nas instituições produtoras trizes Curriculares Nacionais, nos
do conhecimento científico e tec- PCNs, Lei nº 13.005/20147 pro-
556 - GEOGRAFIA -

mulgou o Plano Nacional de Edu- mento autônomo, mas os torna


cação (PNE), na Constituição de aptos a uma intervenção mais res-
1988, Artigo 205, e na Lei Nº 7.795, ponsável no mundo em que vivem.
de 22 de janeiro de 2016, que insti- Nesse sentido as Ciências Huma-
tuiu o Plano Estadual de Educação nas devem, assim, estimular uma
de Alagoas – PEE. formação ética, elemento funda-
mental para a formação das novas
gerações, auxiliando os estudantes
3. A Área de Ciências a construir um sentido de respon-
Humanas sabilidade para valorizar: os direitos
humanos; o respeito ao ambiente e
Busca-se com a organização à própria coletividade; o fortaleci-
de um caderno para o componen- mento de valores sociais, tais como
te da Área de Ciências Humanas a a solidariedade, a participação e o
consolidação de uma proposta de protagonismo voltados para o bem
trabalho coletivo e interdiscipli- comum; e, sobretudo, a preocupa-
nar. Disto compreende-se que um ção com as desigualdades sociais.
Currículo para a área de Ciências
Humanas pressupõe politicamen- A BNCC orienta que,
te nos vislumbrarmos frente aos Os conhecimentos específicos na área
problemas sociais, econômicos, de Ciências Humanas exigem clareza
políticos, ambientais e culturais na definição de um conjunto de objetos
pelos quais passam o planeta, nos- de conhecimento que favoreçam o
so país, nosso Estado e, respecti- desenvolvimento de habilidades e
vamente, cada município. que aprimorem a capacidade de os
O currículo das Ciências Huma- estudantes pensarem diferentes
nas, trabalhado no Ensino Funda- culturas e sociedades, em seus tempos
mental Anos Iniciais e Finais, tem históricos, territórios e paisagens
por finalidade contribuir para o (compreendendo melhor o Brasil, sua
desenvolvimento de sujeitos autô- diversidade regional e territorial). E
nomos, conscientes e capazes de também que os levem a refletir sobre
conviver e respeitar as diferenças. sua inserção singular e responsável na
Os componentes curriculares de história da sua família, comunidade,
Geografia e História, ao estimular
os estudantes a desenvolverem nação e mundo (2017, p. 352).
uma compreensão do mundo, não Dessa forma, ela permite aos
favorece apenas seu desenvolvi- educandos conhecimentos que lhes
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 557

possibilitem conviver em sociedade A educação escolar deve propi-


participando das tomadas de deci- ciar, além da transmissão sistemáti-
sões de forma crítica nas questões ca dos conteúdos de ensino, histori-
sociais, éticas e políticas, condições camente produzidos e acumulados,
basilares para uma atuação crítica e assegurar que os educandos se
orientada por valores democráticos. apropriem desses conteúdos de
No Ensino Fundamental, os forma ativa, para que possam reela-
procedimentos de investigação em borar esses conhecimentos e, com
Ciências Humanas devem propiciar isso, obter um senso crítico mais
nos estudantes a capacidade de concreto, embasado na compreen-
observação, na Geografia e na His- são científica e tecnológica da rea-
tória, espera-se nessa etapa de en- lidade social e política na qual estão
sino, que seja trabalhado “o reco- inseridos socialmente.
nhecimento do Eu e o sentimento Um dos grandes problemas da
de pertencimento dos estudantes Geografia do século XXI é estimu-
à vida da família e da comunidade” lar o estudante a sua criatividade,
(BNCC, 2017, p. 209). sua imaginação, sua curiosidade, o
As competências e habilida- raciocínio do pensamento geográ-
des propostas neste documento fico e, consequentemente, levá-lo a
dizem respeito à formação para o compreender que o espaço geográ-
exercício da cidadania. Por isso, é fico ao longo dos tempos foi sendo
essencial que os estudantes com- modificado e transformado pela
preendam que são sujeitos capa- ação humana, e que, acima de tudo,
zes de interferir na realidade em seja capaz de tornar esse estudante
que vivem e que os conhecimentos um cidadão autônomo e crítico para
adquiridos na escola podem con- atuar e mediar conflitos.
tribuir para seu desenvolvimento O componente de História, não
intelectual e social. pode ser tratado apenas como ma-
Cabe ainda às Ciências Humanas téria a ser ensinada e aprendida,
cultivar a formação de estudantes isto impediria que ela dialogasse
intelectualmente autônomos, com com outras disciplinas. A História é
capacidade de articular categorias uma ciência viva, construída pelos
de pensamento histórico e geográ- homens nos mais variados está-
fico em face de seu próprio tempo, dios da sociedade. O componente
percebendo as experiências huma- de História apresentado aqui nes-
nas e refletindo sobre elas, com base te documento apresenta-se como
na diversidade de pontos de vistas. uma ciência que analisa o tempo,
em suas várias idades e períodos cas de cada componente Curricular
cronológicos. Sendo assim, o seu Geografia/História. Assim, eles de-
objeto de estudo é a relação do pre- vem contribuir para a ampliação de
sente com o passado no decorrer conhecimento sobre o mundo social
do tempo histórico das sociedades, e as questões políticas, éticas e so-
buscando contribuir, com a forma- ciais e desenvolver nos educandos
ção do cidadão autônomo e integral. a autonomia intelectual, princípio
Portanto, os conhecimentos es- fundamental para atuação reflexiva
pecíficos abordados na Área de Ciên- e aquisição de valores democráticos.
cias Humanas no Ensino Fundamen- O quadro nº 01 mostra as
tal, dialogam diretamente, com as Competência Específicas da Área
10 Competências Gerais da BNCC, de Ciências Humanas para o Ensi-
e com as Competências Específi- no Fundamental:

Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em uma
01
sociedade plural e promover os direitos humanos.

Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico- informacional com base nos conhe-
02 cimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para
intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.

Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a curio-
03 sidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de modo a
participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes
culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a
04
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
dades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos
05
em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender, ideias
e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a
06
responsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais
07 de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado à localização,
distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.
Fonte: (BNCC, 2017, p. 355)

4. Competências Gerais Informal, Competência é “formada


da Base Nacional pelo conjunto de habilidade, atitude
Comum Curricular e conhecimento, é a capacidade de
mobilizar conhecimentos, valores e
Qual o significado da palavra com- decisões para agir de modo pertinen-
petência? De acordo com o Dicionário te numa determinada situação”.
A Base Nacional Comum Cur- Preconiza a BNCC que as com-
ricular define um conjunto de 10 petências gerais “explicitam o
competências gerais que devem compromisso da educação brasi-
ser desenvolvidas de forma inte- leira com a formação humana in-
grada ao longo de toda a educa- tegral e com a construção de uma
ção básica. As competências fo- sociedade justa, democrática e
ram definidas a partir dos direitos inclusiva”. Isso está evidenciado
éticos, estéticos e políticos as- no capítulo introdutório da Base,
segurados pelas Diretrizes Cur- que também apresenta os funda-
riculares Nacionais e de conhe- mentos pedagógicos que orientam
cimentos, habilidades, atitudes e todo o documento.
valores essenciais para a vida no O quadro nº 02 mostra as Com-
século 21. petência Gerais da BNCC

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
01 para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão,
02 a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resol-
ver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
03
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –,
04 bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, refle-
05 xiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informa-
ções, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
06 possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cida-
dania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos
de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
07
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si
mesmo, dos outros e do planeta.

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
08
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o


09 respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando
10
decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Fonte: (BNCC, 2017, p. 11)
560 - GEOGRAFIA -

5. Concepções De acordo com a BNCC, estu-


históricas e evolução dar Geografia,
do componente
Curricular de é uma oportunidade para compreender
Geografia o mundo em que se vive, na medida
em que esse componente curricular
A Geografia é uma ciência que aborda as ações humanas construídas
estuda o espaço geográfico e suas nas distintas sociedades existentes
composições, analisando a intera- nas diversas regiões do planeta. Ao
ção entre sociedade e natureza. O mesmo tempo, a educação geográfica
estudo da Geografia possibilita aos contribui para a formação do conceito
educandos compreender melhor de identidade, expresso de diferentes
o espaço onde vive e as suas con- formas: na compreensão perceptiva
tradições. Deve possibilitar ainda da paisagem, que ganha significado
condições para que este faça uma à medida que, ao observá-la, nota-
leitura interpretativa, reflexiva e crí- se a vivência dos indivíduos e da
tica do mundo e das relações entre a coletividade; nas relações com os
sociedade e a natureza e, ao mesmo lugares vividos; nos costumes que
tempo, dá condições de compreen- resgatam a nossa memória social; na
der que a sociedade se encontra em identidade cultural; e na consciência de
constante transformação, e que os que somos sujeitos da história, distintos
grandes avanços dos meios de co- uns dos outros e, por isso, convictos das
municação e a intensificação das nossas diferenças.
redes comerciais que aproximam
países fragilizam também fronteiras. Para que os estudantes da Edu-
O conhecimento Geográfico cação Básica adquiram essa visão
abrange o estudo de um povo, de de mundo, eles precisam ser in-
uma civilização sobre um território, centivados e estimulados a pensar
e também a relação entre homem espacialmente, ou seja, precisam
e o meio natural, mediante a ação desenvolver seu raciocínio geográ-
do trabalho tendo como resultado fico. Sobre o pensamento espacial
o espaço geográfico. Assim, a Geo- podemos encontrar no documento
grafia é definida como ciência que da BNCC a seguinte descrição:
estuda as relações entre a socie-
dade e o meio natural, sendo o es- O pensamento espacial está associado
paço geográfico resultado da ação ao desenvolvimento intelectual que
humana ao longo do tempo. integra conhecimentos não somente
da Geografia, mas também de outras
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 561

áreas (como Matemática, Ciência, Arte Geografia. Portanto, o conhecimen-


e Literatura). Essa interação visa à to geográfico atualmente deve res-
resolução de problemas que envolvem ponder as exigências da sociedade
mudanças de escala, orientação contemporânea, possibilitando ao
e direção de objetos localizados educando a aquisição de conheci-
na superfície terrestre, efeitos de mentos mais aprofundados dessa
distância, relações hierárquicas, ciência promovendo-lhe uma for-
tendências à centralização e à mação crítica frente ao mundo.
dispersão, efeitos da proximidade e
vizinhança etc. 6. Conhecendo
os princípios
Sobre o raciocínio Geográfico do Raciocínio
que os estudantes devem ter, o do- Geográfico
cumento aponta que
A palavra raciocínio pode nos
O raciocínio geográfico, uma maneira de remeter, inicialmente, ao termo
exercitar o pensamento espacial, aplica “raciocínio lógico”, entretanto,
determinados princípios para compreender segundo o dicionário, raciocínio é
aspectos fundamentais da realidade: uma operação lógica mental, onde
a localização e a distribuição dos fatos o pensamento humano faz compa-
e fenômenos na superfície terrestre, o rações entre ideias, fatos e aconte-
ordenamento territorial, as conexões cimentos para chegar a respostas
existentes entre componentes físico- e conclusões (https://www.meus-
naturais e as ações antrópicas. dicionarios.com.br/raciocinio).
Assim, as várias definições de
Castrogiovanni (2009) apon- raciocínio, em suas variáveis con-
ta que há muito tempo se fala em tribuem para a compreensão do
trazer o ensino da Geografia para o conceito de raciocínio no âmbito da
cotidiano do estudante. Para isso, Geografia, mobilizando estudiosos
ele propõe uma forma de estudar o a pensar sobre a importância do de-
lugar para compreender o mundo, senvolvimento do raciocínio – espa-
estimulando-se assim, a instigar o cial ou geográfico – nas disciplinas
senso crítico através das mudan- escolares e também para as ações
ças ocorridas no espaço vivido e, da vida cotidiana, como atravessar
assim, passar a observar com mais a rua, decidir qual o melhor meio de
frequência às alterações na paisa- transporte a ser utilizado, calcular o
gem, estabelecendo relações com a caminho mais curto dentre outras.
562 - GEOGRAFIA -

Quadro nº 03 Princípios do Raciocínio Geográfico


PRINCÍPIO DESCRIÇÃO

Um fenômeno geográfico sempre é comparável a outros. A identificação das seme-


ANALOGIA
lhançasentrefenômenosgeográficoséoiníciodacompreensãodaunidadeterrestre.

Umfenômenogeográficonuncaaconteceisoladamente,massempreeminteração
CONEXÃO
com outros fenômenos próximos ou distantes.

É a variação dos fenômenos de interesse da geografia pela superfície terrestre (por


DIFERENCIAÇÃO
exemplo, o clima), resultando na diferença entre áreas.
DISTRIBUIÇÃO Exprime como os objetos se repartem pelo espaço.
EXTENSÃO Espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrência do fenômeno geográfico.

Posição particular de um objeto na superfície terrestre. A localização pode ser ab-


LOCALIZAÇÃO
soluta (definida por um sistema de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa
por meio de relações espaciais topológicas ou por interações espaciais).

Ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico de maior complexidade. Re-


ORDEM fere-se ao modo de estruturação do espaço de acordo com as regras da própria
sociedade que o produziu
Fonte: FERNANDES, José Alberto Rio; TRIGAL, Lourenzo López; SPÓSITO, Eliseu Savério. Dicionário de Geografia aplicada.
Porto Editora, 2016.

De acordo com a BNCC: Enfatiza o documento que:


Essa é a grande contribuição da Geografia Ao utilizar corretamente os conceitos
aos estudantes da Educação Básica: geográficos, mobilizando o pensamento
desenvolver o pensamento espacial, espacial e aplicando procedimentos
estimulando o raciocínio geográfico de pesquisa e análise das informações
para representar e interpretar o mundo geográficas, os estudantes podem
em permanente transformação e reconhecer: a desigualdade dos usos dos
relacionando componentes da sociedade recursos naturais pela população mundial;
e da natureza. Para tanto, é necessário o impacto da distribuição territorial em
assegurar a apropriação de conceitos disputas geopolíticas; e a desigualdade
para o domínio do conhecimento fatual socioeconômica da população mundial
(com destaque para os acontecimentos em diferentes contextos urbanos e
que podem ser observados e localizados rurais. Desse modo, a aprendizagem da
no tempo e no espaço) e para o exercício Geografia favorece o reconhecimento da
da cidadania (2017, p. 358). diversidade étnico-racial e das diferenças
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 563

dos grupos sociais, com base em Nesse sentido, a BNCC enquan-


princípios éticos (respeito à diversidade to documento norteador do Currí-
e combate ao preconceito e à violência culo em todo país aponta que:
de qualquer natureza). Ela também
estimula a capacidade de empregar é preciso superar a aprendizagem com base
o raciocínio geográfico para pensar e apenas na descrição de informações e fatos do
resolver problemas gerados na vida dia a dia, cujo significado restringe-se apenas
cotidiana, condição fundamental para ao contexto imediato da vida dos sujeitos. A
o desenvolvimento das competências ultrapassagem dessa condição meramente
gerais previstas na BNCC. (2017, p. 359). descritiva exige o domínio de conceitos
e generalizações. Estes permitem novas
Assim, a partir do estudo da formas de ver o mundo e de compreender, de
Geografia o estudante deverá de- maneira ampla e crítica, as múltiplas relações
senvolver vários campos de conhe- que conformam a realidade, de acordo com
cimentos tais como: ter capacida- o aprendizado do conhecimento da ciência
de crítica de argumentar, discorrer geográfica (2017, p.359).
de forma coesa sobre o mundo e
sua sociabilidade, desenvolver boa Desse modo destaca-se o papel
cognição, além de poder intervir de fundamental que tem o professor
forma crítica e consciente no mun- como agente mediador do proces-
do, tudo isso mediante a concep- so de ensino e aprendizagem. Visto
ção a aquisição de conhecimentos que, cabe a ele conhecer de forma
e habilidades adquiridos mediante significativa o aporte teórico e me-
os conhecimentos geográficos. todológico da Geografia que irá em-
Com esse empoderamento eles basar toda a sua prática pedagógica,
podem tornar-se sujeitos capazes atuando perante seus educandos de
de fazer intervenções no espaço forma crítica e construtiva. É preciso
em que vivem, visto que a incor- que ele tenha condições de desen-
poração dos conhecimentos e ha- volver ações organizativas dentro e
bilidades adquiridas desenvolvem fora da sala de aula. Contudo, é pre-
novas qualidades nos sujeitos. Em ciso que a escola esteja preparada
síntese, o que precisa ser trabalha- essa abordagem, e que o professor
do em Geografia no Ensino Funda- passe a assumir o papel de mediador
mental, é a capacidade de desen- do conhecimento, que instigue a re-
volver no estudante um raciocínio lação local/global visando à reflexão
baseado em percepções, e um en- do estudante para com as transfor-
tendimento da realidade espacial. mações do seu espaço de vivência.
564 - GEOGRAFIA -

Neste contexto, Callai aponta 7. Conceitos


que o ensino de Geografia deve,“ler Geográficos
o mundo da vida, ler o espaço e com-
preender que as paisagens que pode- A Geografia, assim como outras
mos ver são resultado da vida em so- ciências, utiliza-se de categorias para
ciedade, dos homens na busca da sua basear os seus estudos. Trata-se da
sobrevivência e da satisfação das suas elaboração e utilização de conceitos
necessidades” (2005, p. 228-229). básicos que orientem o recorte e a
O intuito é fazer com que os análise de um determinado fenô-
estudantes se percebam em seu meno a ser estudado. Os conceitos
cotidiano, na paisagem da sua rua, geográficos são importantes instru-
e nas desigualdades que se apre- mentos de análise do espaço geográ-
sentam nos lugares em que vivem, fico, constituído a partir das relações
e, a partir daí, se posicionem com humanas com a natureza, entre eles
autonomia, criatividade e criticida- podemos citar: espaço, território, lu-
de diante da realidade. gar, região e paisagem.

ESPAÇO
Dentre os conceitos da Geografia, o espaço geográfico é o mais abran-
gente, apresentando-se como “um todo” do qual derivam os demais
conceitos e com o qual eles se relacionam: território, paisagem e lugar. O
Espaço geográfico é um termo utilizado pela Geografia para caracterizar
o lugar onde se realizam as modificações no meio ambiente feitas pelo
homem ao longo da história.
Espaço este que foi transformado pela organização social, técnica e
econômica daqueles que habitaram e habitam diferentes lugares, ou seja,
o espaço geográfico é apropriado de diferentes formas por diferentes
povos em diferentes momentos históricos. Ele também abriga todas as
partes do planeta possíveis de serem analisadas, catalogadas e classifica-
das pelas especialidades da ciência geográfica. Assim para compreender
melhor o espaço geográfico, alguns conceitos são necessários para que
se determine e se defina melhor o meio do qual falamos.
LUGAR
Muitos autores utilizam o termo lugar para se referir à ideia de per-
tencimento (Tuan, 1983; Scarlato, 2005; Oliveira, 2000; Furlan, 2004).
Lugar seria a expressão do espaço vivido, percebido e representado.
Nesta abordagem, a categoria lugar ganha sentido de leitura perceptiva
e de campo simbólico. Uma pessoa vive num local, mas o lugar seria sua
identificação afetiva, a sua ligação e vínculo com a paisagem. Para outros
autores, lugar seria a função que uma localidade exerce no território (San-
tos, 2000). Em síntese, ele é considerado o espaço onde vivemos e cons-
truímos nossa identidade, possibilitando compreender as relações entre
o local e o global.

PAISAGEM
A paisagem pode ser entendida como um conjunto de objetos que
definem arranjos espaciais que combinam diferentes tempos (Santos,
1996). Mas a paisagem pode também adquirir o significado de produto de
experiência vivida e herança da natureza (Ab ´Saber, 2003). Na visão eco-
lógica da paisagem, ela é um conjunto estruturado e funcional de forma
que permitem identificar unidades homogêneas (Monteiro, 2001).

TERRITÓRIO
Diversas áreas do conhecimento utilizam o conceito de território de
acordo à sua própria perspectiva predominante. Por exemplo, a Ciência
Política tende a valorizar a perspectiva ligada às relações de poder, prin-
cipalmente no que diz respeito aos Estados; a Antropologia tende a valo-
rizar aspectos ligados à cultura e ao simbolismo dos povos; a Biologia, os
aspectos naturais, e a Psicologia, as dimensões da construção da identi-
dade do indivíduo.
Mas classicamente ele é conhecido enquanto um espaço delimitado.
Na Geografia, território é o produto da materialidade técnica das so-
ciedades. É também campo de forças políticas onde as ações humanas
constroem as marcas de sua produção e projetam sua cultura. De acordo
com Andrade, “a formação de território dá às pessoas que nele habitam a
consciência de sua participação, provocando o sentido da territorialidade
que, de forma subjetiva, cria a consciência de confraternização entre elas”
(2004, p. 20). Isso significa dizer que, o território é formado por vários in-
divíduos. Sendo o território construído por diferentes tempos e espaços,
a territorialidade pode ser entendida como o processo que marca a cons-
trução cultural, política e econômica dos territórios.
566 - GEOGRAFIA -

REGIÃO
O conceito de região, e o exercício de regionalização faz parte do te-
mário de muitas ciências, como a matemática, a biologia, a geologia e etc.
(GOMES, P. 2012 apud SILVA, J. C. p.41). No senso comum, o termo região
é associado à localização e extensão. No âmbito da Geografia, o uso deste
conceito é mais complexo visto que, trata-se de uma categoria analítica.
Ele surge na Geografia Tradicional, no início do século XX, considerada um
elemento da Geografia Física e, portanto, região natural.
Entretanto, as regiões podem ser criadas para realizar estudos sobre as
características gerais de um território (por exemplo, as regiões brasileiras) ou
para entender determinados aspectos do espaço, (regiões geoeconômicas).

8. Competências tos geográficos são muito impor-


especificas do tantes, ele auxilia os estudantes
componente de a compreenderam a dinâmica do
Geografia para o mundo ao seu redor e lhes dão
Ensino Fundamental condições de agir enquanto cida-
dão para tomada de decisões na
Na Educação Básica, o ensino de construção da melhoria do espaço
Geografia visa formar o estudante no qual estão inseridos.
para se localizar dentro da sua es- Assim, de acordo com o com-
pacialidade, compreender e atuar ponente curricular de Geografia
no mundo complexo, problematizar descrito na BNCC, as competências
a realidade, formular proposições, Específicas devem garantir o desen-
reconhecer as dinâmicas existen- volvimento global dos estudantes a
tes no espaço geográfico pensar e partir de desenvolvimento de com-
atuar criticamente, tendo em vista petências e habilidades. Isso por
a sua transformação. que, ao longo do Ensino Fundamen-
Destarte, o ensino de Geografia tal, os estudantes devem desen-
não se limita apenas as categorias volver determinadas competências
descritas acima, ela busca a com- específicas do componente curricu-
preensão da espacialidade geográ- lar de Geografia, são essas compe-
fica contemporânea, e também a tências que irão garantir o direito de
análise das transformações do es- aprendizagem dos educandos.
paço geográfico em suas diversas Nesse sentido, em articulação
temporalidades. Os conhecimen- com as competências Gerais da
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 567

BNCC, as competências específi- A partir da observação do quadro


cas da área de Ciências Humanas, nº 04, que trata das Competências
aliadas as setes competências es- Específicas do componente Curricu-
pecíficas de Geografia, podemos lar de Geografia, podemos perceber
perceber que há uma lógica dialo- que há um diálogo entre os quadros
gal entre a tríade. 02 (p, 10) e o quadro 03 (p.12).

Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a interação sociedade/


01 natureza e exercitar o interesse e o espírito de investigação e de resolução
de problemas.

Estabelecer conexões entre diferentes temas do conhecimento geográfico, reco-


02 nhecendo a importância dos objetos técnicos para a compreensão das formas
como os seres humanos fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história.

Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão e aplicação do ra-


ciocínio geográfico, na análise da ocupação humana e produção do espaço,
03
envolvendo os princípios de analogia, conexão, diferenciação, distribuição, ex-
tensão, localização e ordem.

Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das linguagens cartográficas


04 e iconográficas, de diferentes gêneros textuais e das geotecnologias para a
resolução de problemas que envolvam informações geográficas.

Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação


para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio téc-
05 nico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções
(inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científi-
cos da Geografia.

Construirargumentoscombaseeminformaçõesgeográficas,debateredefender
06 ideiasepontosdevistaquerespeitemepromovamaconsciênciasocioambiental
e o respeito à biodiversidade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza.

Agir, pessoal e coletivamente, com respeito, autonomia, responsabilidade, flexi-


07 bilidade,resiliênciaedeterminação,propondoaçõessobreasquestõessocioam-
bientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
Fonte: BNCC, 2017, p. 364
568 - GEOGRAFIA -

9. O Currículo de historicamente produzidos e as


Geografia formas de assimilá-los, portanto,
produção, transmissão e assimilação
Pensar em uma concepção de são processos que compõem uma
currículo, ou em uma nova reformu- metodologia de construção coletiva
lação curricular de Geografia para do conhecimento escolar, ou seja, o
a Educação Básica no Ensino Fun- currículo propriamente dito. (VEIGA,
damental Anos Iniciais e Finais para 2002, p.7).
o Estado de Alagoas, traz para nós
professores uma questão muito A organização do currículo deve
importante a ser enfrentada, o que garantir maior interdisciplinaridade,
é essencial para ser ensinado aos contextualização e transdisciplina-
estudantes de geografia? Que con- ridade de modo a assegurar a livre
teúdos estão sendo acrescidos ou comunicação entre todas as áreas
estão sendo retirados do compo- do conhecimento. O currículo de
nente curricular mediante a luz da Geografia expresso aqui deve con-
BNCC? Por que primar para o ensino ter desde situações corriqueira da
destes Objetos do Conhecimento? vida do estudante, aos mais varia-
Ou então, por que essa forma de co- dos conceitos geográficos distribuí-
nhecimento deve ser privilegiada? dos pelas 5 (cinco) Unidades Temá-
Assim, as habilidades elencadas ticas, de modo a desenvolver nele o
neste documento são instrumen- raciocínio do pensamento geográ-
tos basilares para a aquisição e o fico e o pensamento crítico á sua
desenvolvimento de competências inserção na produção e reprodução
nos educandos. Portanto, é neces- do espaço na sua totalidade.
sário que o professor seja capaz de Nesse sentido, a Geografia
selecioná-los a partir de necessi- pode contribuir para o fortaleci-
dades e particularidades de cada mento da visão de mundo do es-
contexto, relacionando-os à rea- tudante, visto que ela disponibiliza
lidade imediatamente vivenciada instrumentos fundamentais para
pelos educandos. a compreensão e intervenção na
Veiga concebe o currículo como: realidade social, entre eles o es-
paço, que possibilita melhor com-
uma construção social do conhecimento, preensão da dinâmica espacial a
pressupondo a sistematização dos meios exemplo da cidadania, enquanto
para que esta construção se efetive; forma de participação social e po-
a transmissão dos conhecimentos lítica, que poderá desenvolver no
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 569

estudante atitudes como: soli- e escolas que fazem parte da di-


dariedade, cooperação e repúdio versidade dos povos acima men-
as injustiças, entre outros. Desse cionados no sentido de incenti-
modo, a leitura de mundo não fica var a pluralidade e a diversidade
restrita apenas as descrições dos das múltiplas programações cur-
elementos da natureza, mas pode riculares dos projetos históricos
levá-los a perceber e analisar as in- e étnicos dessas comunidades
ter-relações entre os diversos ele- dentro do território alagoano.
mentos e em diversas escalas. Por isso, na construção deste
Sendo importante acrescer ao Referencial, primou por respei-
currículo de Geografia a noção de tar a participação de educadores
pertencimento, visto que na Uni- não-índios, índios, quilombolas e
dade temática “O Sujeito e seu lu- cidadãos do campo, dando-lhes
gar no mundo”, há essa condição, vozes no sentido de legitimar
então preciso que o estudante seja ideais e práticas construídas pe-
estimulado a conhecer a realidade los diversos atores sociais.
local partindo para o global. Para Portanto, é preciso avançar nas
isso, é mister o aprofundamento discussões em torno do currículo
dos conhecimentos sobre as ca- e apresentar uma forma de ressig-
racterísticas do território brasileiro nificação curricular que possa ga-
em todas as suas dimensões (cul- rantir o direito de aprendizagem de
turais, sociais e econômicas), do nossos educandos. Pensar em um
estado de Alagoas, de seu municí- sujeito consciente de seus direitos
pio e de sua localidade. a partir da escolarização pressupõe
Ressalte-se aqui, uma preo- pensar em um currículo que consi-
cupação com a questão da terri- dere fundamentalmente a forma-
torialidade no estado alagoano, ção para a vida, sendo necessário
principalmente com os povos In- enxergar os sujeitos individualmen-
dígenas, Quilombola e os sujeitos te e também como cidadãos per-
que estão inseridos no campo. tencentes a agrupamentos sociais.
Isto porque o Referencial Curri- É preciso que se leve em consi-
cular de Geografia surge dentro deração que valores como a vida, a
de um contexto com os Objetos ética, o respeito, a responsabilida-
do Conhecimento geral e abran- de, o bem comum, a criticidade e
gente. Daí reside nossa preo- outros, indissociáveis da formação
cupação em apontar questões humana, sejam as bases inegociá-
comuns a todos os professores veis desse fazer curricular.
570 - GEOGRAFIA -

9.1 O Currículo rísticas do território, ou seja, está


de Geografia e limitado apenas aos registros de
Alfabetização imagens do espaço vivido, o que o
Cartográfica impossibilita de realizar a opera-
A 4ª Competência Específica do ção elementar de situar localidades
Componente Curricular de Geo- desconhecidas.
grafia menciona que o estudante
deverá “desenvolver o pensamen- 9.2 O Currículo de
to espacial, fazendo uso das lingua- Geografia e as
gens cartográficas e iconográficas, expectativas de
de diferentes gêneros textuais e aprendizagens X
das geotecnologias para a resolu- compromisso com a
ção de problemas que envolvam in- Educação Integral
formações geográficas”. Para isso, Abordar o currículo de Geogra-
a Cartografia deve ser posta como fiaou da estrutura curricular dessa
uma ferramenta para os estudos disciplina requer mais do que sim-
geográficos, cujo conhecimentos plesmente compreender listas de
devem fazer uso da leitura e análise conteúdos a seremm trabalhados
do espaço e da sua organização. pelo professor em sala de aula.
Recomenda a BNCC que, ao Trata-se de compreender tanto as
longo do Ensino Fundamental, os evoluções do pensamento geográ-
estudantes deverão dominar a lei- fico e a influência deste sobre o en-
tura de mapas, gráficos e ao mesmo sino de Geografia, como as trans-
tempo elaborá-los, iniciando, as- formações das diferentes  teorias
sim, sua alfabetização cartográfica. curriculares ao longo do tempo.
A alfabetização cartográfica tem Pensar em currículo para a Geo-
início no ensino fundamental Anos grafia voltada para atender os es-
Iniciais com o desenvolvimento de tudantes da era digital, faz-se ne-
noção de orientação e localização cessário pensar em uma educação
no espaço. Para desenvolver essa voltada para o ser integral, ou seja,
percepção, a BNCC orienta que uma educação integral. Partindo
tomemos como ponto de partida o dessa premissa, a formação inte-
“próprio corpo do estudante”. gral é uma proposta desafiadora
O sujeito que não sabe fazer para toda comunidade escolar, isto
uso de um mapa, não consegue porque cabe a ela preparar o estu-
pensar sobre as várias caracte- dante para enfrentar os desafios,
de forma a contribuir para que este
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 571

desenvolva habilidades e compe- to de caráter normativo que define


tências exigidas no tempo atual e o conjunto orgânico e progressivo
outras para tempos futuros. de aprendizagens essenciais que
E isso nos remete algumas inda- todos os estudantes devem de-
gações como, por exemplo, como a senvolver ao longo das etapas e
escola pode contribuir para a for- modalidades da Educação Básica,
mação dos estudantes mediante de modo que tenham assegurados
essa perspectiva? Como organizar seus direitos de aprendizagem e
as instituições de ensino seja pú- desenvolvimento, em conformi-
blica ou privadas e os professores dade com o que preceitua o Plano
para desenvolverem em seu fazer Nacional de Educação (PNE). Mas
pedagógico a educação integral? como garantir de forma efetiva es-
Partindo desse princípio, faz- sas aprendizagens essenciais aos
-se necessário uma ruptura com as estudantes?
estruturas curriculares que isolam De acordo com a BNCC,
as disciplinas em si e possibilitar
a integração dos conhecimentos No novo cenário mundial, reconhecer-
de forma articulada e dinâmica, in- se em seu contexto histórico e cultural,
corporando as diversas áreas dos comunicar-se, ser criativo, analítico-
componentes curriculares. A pedra crítico, participativo, aberto ao novo,
de toque, nesse caso, reside em colaborativo, resiliente, produtivo e
fazer com que os docentes com- responsável requer muito mais do que
preendam que não há ciência ou o acúmulo de informações (2017, p. 14).
conhecimento que se desenvolva
de forma isolada e independente. Percebe-se que estamos nos
O professor que tem essa percep- referindo a um tipo de educação
ção sabe que ela é o caminho para a que trate o estudante a partir des-
construção de uma nova forma de se viés acima mencionado, assim,
conhecimento. o caminho a ser trilhado será na
perspectiva de uma Educação In-
9.2.1 Aspectos tegral. Portanto, esse documento
Estruturantes em um caminha no sentido de uma Edu-
currículo de Educação cação Integral em todas as áreas
Integral de conhecimento dialogando com
Já foi exposto neste documen- as transdisciplinaridades, interdis-
to que a Base Nacional Comum ciplinaridades, Projetos Didáticos
Curricular (BNCC) é um documen- Pedagógico, Sequências Didáticas,
572 - GEOGRAFIA -

no sentido de garantir o direito de seus anseios e projetos de vida,


aprendizagem nos mais variados como finalidade da educação. (Ins-
campos de conhecimentos e nas tituto Airton Sena, 2015).
relações sociais que acontecem Quando o professor ignora a
cotidianamente no interior da es- educação em sua forma integral,
cola. Ou seja, uma concepção con- conscientemente ou inconsciente-
temporânea de educação integral mente, ele está priorizando deter-
busca superar: a educação centra- minado objeto de conhecimento na
da exclusivamente na dimensão expectativa de que os estudantes
cognitiva e enfatizar a dimensão o absorvam, recorrendo à memo-
socioemocional; a fragmentação rização, modelo que inibe a criati-
das disciplinas isoladas em si mes- vidade, falta de expressão, falta de
mo, e explicitar a relação do co- criticidade e a aquisição do saber
nhecimento aliado a experiência e elaborado.
finalmente superar a abordagem O quadro nº 05 detalha os As-
massificada dos estudantes e pro- pectos Estruturantes em um Currí-
porcionar-lhes a concretização de culo de Educação Integral

A fim de evitar determinismos, antes da construção das


aprendizagens é necessário identificar a quem se destina o
VISÃO DE ESTUDANTE currículo. Quais são suas características, desejos, projetos,
identidade, que tipo de escola querem etc. Promover prota-
gonismo não significa concordância plena com aspirações.

Uma vez conhecida à visão do estudante pode-se selecionar


as competências a serem desenvolvidas, a fim de auxiliá-los
DESENVOLVIMENTO
naconcretizaçãodeseusprojetosdevida.Odesenvolvimento
PLENO (CSE +
pleno não se dá numa estrutura compartimentada, sem co-
COGNITIVAS)
municação entre seus elementos e sem objetivos comparti-
lhados. Não exclui o sujeito reflexivo.

Promover a integração curricular, considerando desenvolvi-


mento socioemocional, requer um expediente que exceda a
INTEGRAÇÃO interdisciplinaridade por meio de temas. Faz-se necessária
CURRICULAR uma estratégia metodológica e, da própria gestão escolar, em
que os aspectos socioemocionais possam ser intencional-
mente desenvolvidos em diferentes tempos e espaços.
Fonte: Instituto Airton Sena
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 573

Portanto, a BNCC, propõe a su- versas atividades propostas, tra-


peração da fragmentação que per- balhando na perspectiva de dar um
meia o conhecimento, o estímulo a significado real as aprendizagens
sua aplicação na vida real dos estu- significativas, nos níveis: cognitivo,
dantes, o protagonismo juvenil, sen- motor, afetivo, moral e social.
do que esses parâmetros são essen- Assim, esse processo de cons-
ciais para sua aprendizagem e para a trução ou (re) construção do
construção de seu projeto de vida. currículo possibilita aos profes-
sores a capacidade de interpre-
10. O papel do educador tar, alterar e proceder à revisão e
no processo adaptação do currículo prescrito,
curricular de acordo com sua realidade. É
importante que o professor leve
O currículo não pode ser consi- em consideração o conhecimen-
derado como algo pronto e acaba- to adquirido pelos educandos no
do, ou ainda estático, e indepen- seu dia a dia, e não unicamente o
dente. O currículo é vivo, ele ganha conhecimento adquirido didatica-
forma na ligação que estabelece mente no ambiente escolar.   Im-
professor/estudante, ambos são portante salientar que o professor
parte integral do currículo. Com- não deve apenas repassar para os
preende-se que ele é um conjunto estudantes os conteúdos prontos
de valores, significados, padrões e acabados, ele deve levar os es-
de vida, fonte de conhecimentos, tudantes a desenvolver o pensa-
visão de mundo, necessárias para mento crítico acerca da realidade
o desenvolvimento tanto pessoal na qual estão inseridos.
como social do sujeito. É notório que o professor as-
Para que se materialize todos sume um papel muito importante
esses conjuntos de valores, o pro- com a implementação da BNCC,
fessor tem um papel determinante isto fica evidenciado nas habilida-
no processo de ensino e aprendi- des socioemocionais que ele deve
zagem, uma vez que depende dele, ter, portanto, é essencial que ele
em grande parte, os modelos como conheça e reflita que tipo de edu-
se idealizam e concretizam os pro- cação socioemocional pretende
cessos educativos, através de sua desenvolver em sua sala de aula,
prática pedagógica. isso é fundamental. A BNCC des-
É na sala de aula que ele dá vida creve as habilidades que se espera
ao currículo, materializando as di- dos estudantes, vejamos:
574 - GEOGRAFIA -

O quadro nº 06 explicita as habilidades que devem ser desenvolvidas


pelos estudantes

HABILIDADES QUE DEVEM SER DESENVOLVIDAS PELOS ESTUDANTES

Resolver problemas, planejar, tomar decisões, estabelecer conclu-


COGNITIVA sões lógicas, investigar e compreender problemas, pensar de for-
ma criativa, fortalecer a memória, classificar e seriar.

Lidar com as emoções, com o ganhar e o perder, aprender com o


EMOCIONAL
erro,desenvolverautoconfiança,autoavaliaçãoeresponsabilidade.

Cooperar e colaborar, lidar com regras, trabalhar em equipe, comu-


SOCIAL nicar-se com clareza e coerência, resolver conflitos, atuar em um
ambiente de competição saudável.

Respeitar, tolerar e viver a diferença, agir positivamente para o bem


ÉTICA
comum.
Fonte: BNCC, 2017, p. 08

Em observância ao quadro acima abordagem dos conteúdos com a


podemos fazer a seguinte indagação, avaliação (CAVALCANTI, 1998).
será que um professor que não tem Nesse sentido, é preciso pro-
essa percepção, terá condições de piciar a esse profissional formação
trabalhar com tais habilidades com continuada. Formação esta que
os estudantes? O professor é o elo retirar-lhe, o possibilite trilhar por
importante nesse processo. Cabe a esse caminho, que o permita traba-
ele, de acordo com sua percepção, lhar com situações nas quais possa
adaptar o currículo prescrito, apre- mobilizar os seus próprios valores,
sentando uma nova ressignificação habilidades e competências so-
para os seus educandos. Portanto, cioemocionais.
o processo de apropriação e cons-
trução dos conceitos fundamentais 11. O papel do
do conhecimento geográfico se dá estudante no
a partir da intervenção intencional processo curricular
própria do ato docente, median- A escola tem um papel deci-
te um planejamento que articule a sivo na formação do estudante,
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 575

ela deve propiciar uma formação dados de forma contextualizada,


que seja capaz de estimular o de- ou seja, além de relacioná-los à
senvolvimento das habilidades e realidade vivida do estudante, é
competências. É preciso levá-los preciso situá-los no contexto his-
a aperfeiçoar as próprias caracte- tórico, nas relações políticas, so-
rísticas e descobrir recursos para ciais, econômicas, culturais e em
lidar com suas dificuldades e/ou manifestações espaciais concre-
inabilidades.  O currículo voltado tas, utilizando diversas escalas
para a construção de um sujeito geográficas.
autônomo deve considerar: os co-
nhecimentos prévios; a formação 12. Organização
integral; as habilidades e compe- Curricular do
tências; capacidade de superação, Componente de
e as competências socioemocio- Geografia/nos
nais e cognitivas dos educandos. Iniciais e Finais
O currículo escolar precisa ser
elaborado a partir do seu Projeto Para dar conta desse desafio
Político Pedagógico, e nele deverá que é (re) organizar o Componen-
está expresso, de forma clara, uma te Curricular de Geografia de Ala-
proposta educativa que orientará goas, tomou-se como referência a
o trabalho pedagógico no dia a dia BNCC, desse modo, estruturou-se
da escola, dos trabalhos realizados, o componente curricular de Geo-
principalmente na sala de aula com grafia em 5 Unidades Temáticas
os estudantes. Isto significa dizer (O sujeito e seu lugar no mundo;
que, o currículo escolar vai muito Conexões e escalas; Mundo do tra-
além do simples rol de disciplinas e balho; Formas de representação e
conteúdos programáticos a serem pensamento espacial e Natureza,
cumpridos em determinada carga ambientes e qualidade de vida),
horária ou de uma matriz curricular. que se estendem desde o Ensino
O ensino da Geografia deve Fundamental Anos Iniciais até os
possibilitar ao estudante a com- Anos Finais, em uma progressão
preensão do mundo em que vive das habilidades distribuídas des-
tornando-lhe em um agente de de o 1º ano até o 9º ano. Vejamos
transformação social. Dessa forma como estão distribuídas as Unida-
os conteúdos precisam ser abor- des Temáticas:
Quadro nº 08 O sujeito e seu lugar no mundo
OBSERVAÇÃO Nesta Unidade focalizam-se as noções de pertencimento e identidade dos sujeitos.

Busca-se ampliar as experiências com o espaço e o tempo vivenciadas pelas crianças em jogos e brin-
cadeiras na Educação Infantil, por meio do aprofundamento de seu conhecimento sobre si mesmas e
de sua comunidade, valorizando-se os contextos mais próximos da vida cotidiana. Espera-se que as
ENSINO
crianças percebam e compreendam a dinâmica de suas relações sociais e étnico-raciais, identificando-
FUNDAMENTAL
-se com a sua comunidade e respeitando os diferentes contextos socioculturais. Ao tratar do conceito
Anos Iniciais
de espaço, estimula-se o desenvolvimento das relações espaciais topológicas, projetivas e euclidianas,
além do raciocínio geográfico, importantes para o processo de alfabetização cartográfica e a apren-
dizagem com as várias linguagens (formas de representação e pensamento espacial) (BNCC, p.361).

Procura-se expandir o olhar para a relação do sujeito com contextos mais amplos, considerando temas
políticos, econômicos e culturais do Brasil e do mundo. Dessa forma, o estudo da Geografia constitui-
ENSINO
-se em uma busca do lugar de cada indivíduo no mundo, valorizando a sua individualidade e, ao mes-
FUNDAMENTAL
mo tempo, situando-o em uma categoria mais ampla de sujeito social: a de cidadão ativo, democrático
Anos Finais
e solidário. Enfim, cidadãos produtos de sociedades localizadas em determinado tempo e espaço,
mas também produtores dessas mesmas sociedades, com sua cultura e suas normas. (BNCC, p.361)

Fonte: BNCC, 2017.

Quadro nº 09 Conexões e Escala


A conexão é um princípio da Geografia que estimula a compreensão do que ocorre entre os componentes
OBSERVAÇÃO da sociedade e do meio físico natural. Conexões e escalas explicam os arranjos das paisagens, a localização
e a distribuição de diferentes fenômenos e objetos técnicos, por exemplo. (BNCC, p. 362).

ENSINO
FUNDAMENTAL Anos Iniciais, as crianças compreendem e estabelecem as interações entre sociedade e meio físico natural.
Anos Iniciais

ENSINO No decorrer desse processo, os estudantes devem aprender a considerar as escalas de tempo e as perio-
FUNDAMENTAL dizações históricas, importantes para a compreensão da produção do espaço geográfico em diferentes
Anos Finais sociedades e épocas. (BNCC, p. 362).

Fonte: BNCC, 2017.


Quadro nº 10 Mundo do Trabalho
OBSERVAÇÃO São abordado nessa Unidade Temática as questões inerentes ao mundo do trabalho e a sociedade.

Anos Iniciais abordam-se os processos e as técnicas construtivas e o uso de diferentes materiais


ENSINO
produzidos pelas sociedades em diversos tempos. São igualmente abordadas as características das
FUNDAMENTAL
inúmeras atividades e suas funções socioeconômicas nos setores da economia e os processos produ-
Anos Iniciais
tivos agroindustriais, expressos em distintas cadeias produtivas (BNCC, p. 363).

Essa unidade temática ganha relevância: incorpora-se o processo de produção do espaço agrário e
industrial em sua relação entre campo e idade, destacando-se as alterações provocadas pelas novas
tecnologias no setor produtivo, fator desencadeador de mudanças substanciais nas relações de traba-
ENSINO
lho, na geração de emprego e na distribuição de renda em diferentes escalas. A Revolução Industrial,
FUNDAMENTAL
a revolução técnico-científico-informacional e a urbanização devem ser associadas às alterações no
Anos Finais
mundo do trabalho. Nesse sentido, os estudantes terão condição de compreender as mudanças que
ocorreram no mundo do trabalho em variados tempos, escalas e processos históricos, sociais e étni-
co-raciais, (BNCC, p. 363).

Fonte: BNCC, 2017.


Quadro nº 11 Formas de Representação e Pensamento Espacial
Espera-se que, no decorrer do Ensino Fundamental, os estudantes tenham domínio da
leitura e elaboração de mapas e gráficos, iniciando- -se na alfabetização cartográfica.
Fotografias, mapas, esquemas, desenhos, imagens de satélites, audiovisuais, gráficos,
entre alternativas, são frequentemente utilizados no componente curricular. Quanto
OBSERVAÇÃO mais diversificado for o trabalho com linguagens, maior o repertório construído pelos
estudantes, ampliando a produção de sentidos na leitura de mundo. Compreender as
particularidades de cada linguagem, em suas potencialidades e em suas limitações,
conduz ao reconhecimento dos produtos dessas linguagens não como verdades, mas
como possibilidades. (2017, P. 361).

Os estudantes começam, por meio do exercício da localização geográfica, a desen-


ENSINO
volver o pensamento espacial, que gradativamente passa a envolver outros princípios
FUNDAMENTAL
metodológicos do raciocínio geográfico, como os de localização, extensão correlação,
Anos Iniciais
diferenciação e analogia espacial (2017, P. 361).

Espera-se que os estudantes consigam ler, comparar e elaborar diversos tipos de


mapas temáticos, assim como as mais diferentes representações utilizadas como
ENSINO
ferramentas da análise espacial. Essa, aliás, deve ser uma preocupação norteadora
FUNDAMENTAL
do trabalho com mapas em Geografia. Eles devem, sempre que possível, servir de
Anos Finais
suporte para o repertório que faz parte do raciocínio geográfico, fugindo do ensino do
mapa pelo mapa, como fim em si mesmo (2017, P. 361).

Fonte: BNCC, 2017.

Quadro nº 12 Natureza, Ambientes e Qualidade de Vida


Busca-se a unidade articular Geografia física e Geografia humana, com destaque para
a discussão dos processos físico-naturais do planeta Terra. Em todas essas unidades,
destacam-se aspectos relacionados ao exercício da cidadania e à aplicação de conhe-
OBSERVAÇÃO cimentos da Geografia diante de situações e problemas da vida cotidiana, tais como:
estabelecer regras de convivência na escola e na comunidade; discutir propostas de
ampliação de espaços públicos; e propor ações de intervenção na realidade, tudo
visando à melhoria da coletividade e do bem comum.

As crianças devem ser desafiadas a reconhecer e comparar as realidades de diversos


ENSINO
lugares de vivência, assim como suas semelhanças e diferenças socioespaciais, e
FUNDAMENTAL
a identificar a presença ou ausência de equipamentos públicos e serviços básicos
Anos Iniciais
essenciais (como transporte, segurança, saúde e educação). (2017, P.362).

Essas noções ganham dimensões conceituais mais complexas, de modo a levar os


estudantes a estabelecer relações mais elaboradas, conjugando natureza, ambiente e
atividades antrópicas em distintas escalas e dimensões socioeconômicas e políticas.
ENSINO Dessa maneira, torna-se possível a eles conhecer os fundamentos naturais do planeta
FUNDAMENTAL e as transformações impostas pelas atividades humanas na dinâmica físico-natural,
Anos Finais inclusive no contexto urbano e rural. Espera-se que os educandos compreendam os
processos que resultaram na desigualdade social, assumindo a responsabilidade de
transformaçãodaatualrealidade,fundamentandosuasaçõesemprincípiosdemocrá-
ticos, solidários e de justiça. (2017, P.363).

Fonte: BNCC, 2017.



578 - GEOGRAFIA -

Nas Unidades temáticas, na so de assegurar aos educandos o


proporção em que os estudantes desenvolvimento das competên-
formulam perguntas sobre o que cias relacionadas à alfabetização
se observam espacialmente, cabe na perspectiva do letramento. A
aos professores dar suporte em respeito dessa progressividade a
relação aos conteúdos, conceitos e BNCC estabelece que
as categorias geográficas, os cha-
mados “Objetos dos Conhecimen- A transição entre essas duas etapas
tos”. Em particular a BNCC, prima da Educação Básica requer muita
que os objetos do conhecimento atenção, para que haja equilíbrio
sejam direcionados as “aprendi- entre as mudanças introduzidas,
zagens essenciais que devem ser garantindo integração e continuidade
asseguradas aos estudantes, de dos processos de aprendizagens
modo que, o “que ensinar” esteja das crianças, respeitando suas
relacionado ao “por que ensinar“? singularidades e as diferentes
relações que elas estabelecem com os
13. Transição entre conhecimentos, assim como a natureza
etapas das mediações de cada etapa. Torna-
se necessário estabelecer estratégias
A progressividade não está de acolhimento e adaptação tanto para
expressa apenas no Ensino Fun- as crianças quanto para os docentes,
damental, ela tem início com a de modo que a nova etapa se construa
Educação Infantil, visando garantir com base no que a criança sabe e é
o direito de ampliação de conheci- capaz de fazer, em uma perspectiva de
mento do educando. Ao ingressar continuidade de seu percurso educativo
no Ensino Fundamental, nos Anos (2017, p.51).
Iniciais, as crianças vivenciam a
transição de uma orientação cur- O documento faz menção
ricular estruturada por campos de também a forma de acolhimento
experiências da Educação Infantil, destinado a esse público, nes-
em que as interações e as brin- sa fase de adaptação por qual irá
cadeiras norteiam o processo de passar a criança. Esse acolhimen-
aprendizagem e desenvolvimento, to deve acontecer levando em
para uma organização curricular consideração o conhecimento
estruturada por áreas de conheci- prévio do estudante, na perspec-
mento e componentes curricula- tiva de haver continuidade em seu
res, tendo em vista o compromis- percurso educativo.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 579

Portanto, uma educação que do Ensino Fundamental adequado


visa preparar o estudante para ser às especificidades dos diferentes
autônomo, conhecedor de seu pa- componentes curriculares. Cada
pel diante do mundo em que vive, unidade temática contempla uma
perpassa por várias mudanças e em gama maior ou menor números
quebra de paradigmas entre eles a de objetos de conhecimento, assim
construção de um currículo que não como cada objeto de conhecimen-
seja engessado, que tenha condi- to se relaciona a um número va-
ções de oferecer-lhe o desenvol- riável de habilidades, (BNCC, p.28
vimento de habilidades e compe- 2017).
tências, que uma vez apreendido No contexto da aprendizagem
tenham condições de desenvolver do Ensino Fundamental – Anos
autonomia na resolução de proble- Iniciais, será necessário conside-
mas de ordem geográfica. rar o que as crianças aprenderam
Para que os estudantes supe- na Educação Infantil. O estudo da
rem com sucesso os desafios da Geografia permite atribuir sen-
transição, é indispensável um equi- tidos às dinâmicas das  relações
líbrio entre as mudanças introdu- entre pessoas e grupos sociais, e
zidas, a continuidade das aprendi- desses com a natureza,  nas ativi-
zagens e o acolhimento afetivo, de dades de trabalho e lazer.
modo que a nova etapa se construa É importante, na faixa etária as-
com base no que os educandos sa- sociada a essa fase do Ensino Fun-
bem e são capazes de fazer, evitan- damental, o desenvolvimento  da
do a fragmentação e a descontinui- capacidade de leitura por meio de
dade do trabalho pedagógico. fotos, desenhos, plantas, maque-
tes e as mais diversas represen-
14. Objetos do tações cartográficas. Nessa fase,
Conhecimento é fundamental que os estudantes
aplicado ao Ensino consigam saber e responder algu-
Fundamental Anos mas questões a respeito de si, das
Iniciais pessoas e dos objetos como:

Respeitando as muitas possi- 1. Onde se localiza?


bilidades de organização do co- É uma indagação que os leva a
nhecimento escolar, as unidades mobilizar o pensamento espacial e
temáticas definem um arranjo dos as informações geográficas para in-
objetos de conhecimento ao longo terpretar as paisagens e compreen-
580 - GEOGRAFIA -

der os fenômenos socioespaciais, mentos geográficos. Mas o apren-


tendo na alfabetização cartográfica dizado não deve ficar restrito
um importante encaminhamento. apenas aos lugares de vivência.
Outros conceitos articuladores,
2. Por que se localiza? como paisagem, região e territó-
Permite a orientação e a apli- rio vão se integrando e ampliando
cação do pensamento espacial em as escalas de análise.
diferentes lugares e escalas de Estas aprendizagens servem
análise. Como se distribui? É uma de base para o desenvolvimen-
pergunta que remete ao princípio to de atitudes, procedimentos
geográfico de diferenciação espa- e elaborações conceituais que
cial, que estimula os educandos a potencializam a construção das
entender o ordenamento territorial identidades e a participação em
e a paisagem, estabelecendo rela- diferentes grupos sociais.
ções entre os conceitos principais
da Geografia. 15. Objetos do
Conhecimento
3. Quais são as características aplicado ao Ensino
socioespaciais? Fundamental Anos
Permite que reconheçam a di- Finais
nâmica da natureza e a interferên-
cia humana na superfície terrestre, Para o Ensino Fundamental Anos
conhecendo os lugares e estabele- Finais, nessa fase pretende-se ga-
cendo conexões entre eles, sejam rantir a continuidade e a progressão
locais, regionais ou mundiais, além das aprendizagens do Ensino Fun-
de contribuir para a percepção das damental – Anos Iniciais em níveis
temáticas ambientais. Ênfase nos crescentes de complexidade da
lugares de vivência, dada no En- compreensão conceitual a respei-
sino Fundamental – Anos Iniciais, to da produção do espaço. Assim,
oportuniza o desenvolvimento de faz-se necessário que o educan-
noções de pertencimento, locali- do tenha garantindo a ampliação
zação, orientação e organização de seus conhecimentos sobre o
das experiências e vivências em di- espaço geográfico em diferentes
ferentes locais. concepções geográficas. Para isso
é preciso que eles compreendam a
Essas noções são fundamen- transformação do espaço, e como
tais para o trato com os conheci- se deu essa transformação ao longo
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 581

dos anos, levando em consideração Objetos de


as desigualdades sociais. Conhecimentos no 7º ano
De modo que os Objetos do Os objetos de conhecimento
Conhecimento nos Anos Finais na abordados partem da formação
BNCC encontra-se disposto da se- territorial do Brasil, sua dinâmica
guinte forma: sociocultural, econômica e política.
Objetiva-se o aprofundamento e a
Objetos de compreensão dos conceitos de Es-
Conhecimentos no 6º ano tado-nação e formação territorial, e
Propõe-se a retomada da iden- também dos que envolvem a dinâ-
tidade sociocultural, do reconheci- mica físico-natural, sempre articu-
mento dos lugares de vivência e da lados às ações humanas no uso do
necessidade do estudo sobre os di- território. Espera-se que os estu-
ferentes e desiguais usos do espaço, dantes compreendam e relacionem
para uma tomada de consciência so- as possíveis conexões existentes
bre a escala da interferência humana entre os componentes físico-natu-
no planeta. Aborda-se também o rais e as múltiplas escalas de análise,
desenvolvimento de conceitos es- como também entendam o proces-
truturantes do meio físico natural, so socioespacial da formação terri-
com destaque para as relações entre torial do Brasil e analisem as trans-
os fenômenos no decorrer dos tem- formações no federalismo brasileiro
pos da natureza e as profundas alte- e os usos desiguais do território e
rações ocorridas no tempo social. suas contradições.
Compreender os conceitos Nesse contexto, as discussões
de paisagem e a transformação é relativas à formação territorial
essencial aos educandos dos 6º contribuem para a aprendizagem
anos para que eles possam fazer a respeito da formação da Améri-
inferências nas diversas formas de ca Latina, em especial da América
ocupação espacial em diferentes portuguesa, que são apresentadas
momentos históricos, e que dessa no contexto do estudo da Geografia
ocupação resulta vários conflitos brasileira. Ressalta-se que o concei-
ao longo da história dos homens. O to de região faz parte das situações
Objeto do Conhecimento está as- geográficas que necessitam ser de-
sentando também no processo de senvolvidas para o entendimento da
evolução dos seres humanos. formação territorial brasileira.


582 - GEOGRAFIA -

Objetos de tos de pequenas e grandes magni-


Conhecimentos no 8º ano tudes, como terremotos, tsunamis e
O objeto de Conhecimento nes- desmoronamentos devidos a chuvas
se ano faz uma análise mais profunda intensas e falta da cobertura vegetal.
dos conceitos de território e região,
por meio dos estudos da América e Objetos de
da África. Pretende-se, com as pos- Conhecimentos no 9º ano
síveis análises, que os estudantes Para o último ano do Ensino Fun-
possam compreender a formação damental, os Objetos do Conheci-
dos Estados Nacionais e as implica- mento estão voltados para a consti-
ções na ocupação e nos usos do ter- tuição da nova (des) ordem mundial
ritório americano e africano. e a emergência da globalização/
As relações entre como ocorre- mundialização, assim como suas
ram às ocupações e as formações consequências. Por conta do estu-
territoriais dos países podem ser do do papel da Europa na dinâmica
analisadas por meio de compara- econômica e política, é necessário
ções, por exemplo, de países africa- abordar a visão de mundo do ponto
nos com países latino-americanos, de vista do Ocidente, especialmen-
inserindo, nesse contexto, o pro- te dos países europeus, desde a ex-
cesso socioeconômico brasileiro. pansão marítima e comercial, con-
Destaca-se também a relevância solidando o Sistema Colonial em
do estudo da América do Norte, diferentes regiões do mundo.
com ênfase no papel dos Estados É igualmente importante abor-
Unidos da América na economia do dar outros pontos de vista, seja o
pós-guerra e em sua participação dos países asiáticos na sua relação
na geopolítica mundial na contem- com o Ocidente, seja dos coloni-
poraneidade, pode-se abordar tam- zados, com destaque para o papel
bém a questão do Imperialismo. econômico e cultural da China, do
Nos estudos regionais, sejam da Japão, da Índia e do Oriente Médio.
América, sejam da África, as infor- Entender a dimensão sociocultural
mações geográficas são fundamen- e geopolítica da Eurásia na formação
tais para analisar geoespacialmente e constituição do Estado Moderno e
os dados econômicos, culturais e so- nas disputas territoriais possibilita
cioambientais – tais como GINI, IDH, uma aprendizagem com ênfase no
saneamento básico, moradia, entre processo geo-histórico, ampliando
outros –, comparando-os com even- e aprofundando as análises geopo-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 583

líticas, por meio das situações geo- direitos com equidade, valorizan-
gráficas que contextualizam os te- do a identidade do povo alagoano
mas da geografia regional. e suas especificidades, garantindo
Destarte, espera-se, que os a democratização do acesso, per-
Objetos do Conhecimento alia- manência e sucesso, na busca pela
do às habilidades e as competên- melhoria da qualidade de vida e su-
cias possibilitem aos educandos peração das desigualdades sociais.
a condução de uma autonomia in- Nesse viés, é necessário com-
telectual e critica necessária para preender o complexo processo
compreender o espaço no qual ele de construção social e cultural de
está inserido e sua complexidade, identidades e subjetividades que
para que de forma consciente pos- permeiam o território alagoano,
sa fazer inferência a respeito dessa entretanto, a pesar de ser a segun-
complexidade. da menor unidade da federação, o
Estado de Alagoas conta com al-
16. Apresentando gumas comunidades que precisam
o Organizador ser retratadas nesse documento
Curricular de como: indígenas, quilombola, co-
Geografia munidades do campo, ribeirinhos
e ciganos. Assim, devemos ter um
O Organizador Curricular de olhar especial para essas comuni-
Geografia aqui proposto, tem a fina- dades, respeitadas suas especifici-
lidade de auxiliar os professores no dades e diversidades culturais.
planejamento de suas aulas, na aná- Deve-se também levar em con-
lise e seleção de materiais didáticos sideração a diversidade dos sujei-
e recursos tecnológicos que possi- tos e sua identidade pluricultural,
bilite aos estudantes relacionar os pluriétnica e plurirreligiosa presen-
conceitos específicos da Geografia te na realidade territorial (urbana e
com o conhecimento produzido a rural) de crianças, adolescentes, jo-
sua volta, em especial, que possa vens, adultos e idosos, consideran-
contribuir para a formação de um do os aspectos históricos, sociais,
cidadão crítico e reflexivo. econômicos, políticos, culturais,
De acordo com o Plano Estadual religiosos, ambientais, de diversi-
de Educação de Alagoas – PEE, é dade sexual e de gênero, e etnia.
imperativo e ético desenvolver uma Assim, ao se considerar com-
educação pautada na igualdade de petências como sendo os conhe-
584 - GEOGRAFIA -

cimentos, habilidades e atitudes gógicos estão atrelados às habili-


que os educandos devem adquirir dades a serem desenvolvidas pelos
ao longo da educação básica, bus- educandos e esta, por sua vez, está
cou-se para auxiliar o trabalho do ligada aos objetos de conhecimen-
professor e o seu fazer pedagógico, tos estabelecidos na BNCC.
acrescentar aqui, nesse documen- Cabe ressaltar que as Habili-
to, uma coluna intitulada de “Des- dades expressam as aprendiza-
dobramentos Didático Pedagógico” gens essenciais que devem ser
– DesDP, por entender que esse ins- garantidas aos estudantes. Assim
trumento possibilita ao professor os modificadores devem ser en-
um olhar específico para o compo- tendidos como a explicitação de
nente Curricular de Geografia, além uma situação ou condição em que
do mais, apresenta várias possibili- cada habilidade deve ser desen-
dades didáticas de apoio à prática volvida, considerando a faixa etá-
docente em sala de aula, e, ao mes- ria dos educandos. Importante
mo tempo, possibilita uma visão salientar que os Desdobramentos
pedagógica voltada para o território Didático-Pedagógicos não des-
alagoano e suas particularidades. crevem ações ou condutas espe-
Portanto, cabe ressaltar que as radas do professor, nem induzem
sugestões expressas neste docu- à opção por abordagens ou meto-
mento não engessam em nada o dologias. Essas escolhas estão no
trabalho dos professores de Geo- âmbito dos currículos e dos pro-
grafia, ela apenas sugere ativida- jetos pedagógicos, que, como já
des diversificadas ligadas aos Ob- mencionado, devem ser adequa-
jetos dos Conhecimentos, fazendo dos à realidade de cada sistema
uma ligação em certo momentos ou rede de ensino e a cada insti-
entre esses objetos, partindo do tuição de ensino.
todo, para o regional ou local do Observemos como se apresen-
Estado de Alagoas. Ou seja, os ta as Habilidades de Geografia den-
Desdobramentos Didático-Peda- tro de seu Organizador Curricular:
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 585

Fonte:BNCC,2017.

Além dos códigos alfas numé- cada ano (ou bloco de anos), pode
ricos, o Organizador Curricular de tanto estar relacionada aos pro-
Geografia apresenta também as cessos cognitivos em jogo – sendo
unidades temáticas, os objetos de expressa por verbos que indicam
conhecimento e as habilidades de- processos cada vez mais ativos ou
finidas para cada ano (ou bloco de exigentes – quanto aos objetos de
anos). Vale destacar que o uso de conhecimento – que podem apre-
numeração sequencial para iden- sentar crescente sofisticação ou
tificar as habilidades de cada ano complexidade –, ou, ainda, aos mo-
ou bloco de ano não representa dificadores – que, por exemplo, po-
uma ordem esperada das aprendi- dem fazer referência a contextos
zagens no âmbito daquele ano ou mais familiares aos educandos e,
bloco de anos. aos poucos, expandir-se para con-
A progressão das aprendiza- textos mais amplos.
gens, que se explicita na compa- Também é preciso enfatizar
ração entre os quadros relativos a que os critérios de organização
586 - GEOGRAFIA -

das habilidades descritas nesse ao DesDP na hora de elaborar seu


organizador (com a explicitação plano de aula isto por que é muito
dos objetos de conhecimento aos importante que o educando co-
quais se relacionam e do agru- nheça os aspectos, geográficos,
pamento desses objetos em uni- sociais, econômicos e culturais
dades temáticas) expressam um do território alagoano e que, aci-
arranjo possível(dentre outros). ma de tudo, tenha condições de
Importante esclarecer que os ob- observar, analisar e interferir de
jetos de conhecimento do compo- forma crítica nas questões locais
nente curricular de Geografia que mediante uma postura cidadã.
tratam da questão do território Posto isso, vejamos como está
alagoano encontram-se diluído de disposto o organizador curricular
acordo com as unidades temáticas de Geografia Anos Iniciais e Finais
de cada ano. Assim, é importante do Estado de Alagoas, conforme
que o professor (a) fique atento exposto nos quadros a seguir.
QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
588 - GEOGRAFIA -

Anos Iniciais - Organizador Curricular | 1º Ano


Conhecimento
Objeto De
Temática

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Unidade

Descrever as características dos espaços de mo-


O modo de vida das crianças em

(EF01GE01) Descrever caracterís-


radia e vivência em diferentes ambientes locais
ticas observadas de seus lugares
(apartamento, casas entre o campo e a cidade).
de vivência (moradia, escola etc.) e
Investigar as fontes de recursos naturais locais
identificar semelhanças e diferen-
dos materiais usados nas construções (noção de
ças entre esses lugares.
matéria prima);
diferentes lugares

(EF01GE02) Identificar semelhan-


ças e diferenças entre jogos e Valorizar o saber local na produção de objetos na
brincadeiras de diferentes épocas construção de brinquedos.
e lugares.
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

(EF01GE03) Identificar e relatar


Identificar e nomear os diferentes usos dos espa-
semelhanças e diferenças de
ços de vivência (casa residencial, escola, espaço
Situações de convívio em

usos do espaço público (praças,


público/privado, bairro de uso coletivo, comércio,
parques) para o lazer e diferentes
praça, rua etc.).
manifestações.
diferentes lugares

(EF01GE04) Discutir e elaborar, Elaborar regras de convívio para ser usado em


coletivamente, regras de convívio sala de aula;
em diferentes espaços (sala de Relatar como se dão as regras de convívio em
aula, escola etc.). casa.
Ciclos naturais e a vida
CONEXÕES E ESCALAS

Comparar e registrar as características do dia de


(EF01GE05) Observar e descrever
hoje com o de ontem, por exemplo, no que diz
ritmos naturais (dia e noite, varia-
respeito à temperatura, claridade, umidade, auxilia
ção de temperatura e umidade etc.)
o estudante a compreender a temporalidade dos
em diferentes escalas espaciais
acontecimentos.
cotidiana

e temporais, comparando a sua


Observar através de infográficos a percepção do
realidade com outras.
tempo (dia, noite, calor e frio).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 589

Diferentes tipos de trabalho existentes no seu dia a dia (EF01GE06) Descrever e comparar
diferentes tipos de moradia ou ob-
Identificar tipos de trabalhos e profissões e sua
jetos de uso cotidiano (brinquedos,
representação em diferentes materiais (folders,
roupas, mobiliários), considerando
livros, fotos na internet etc.);
técnicas e materiais utilizados em
sua produção.

Apoiar o estudante em investigação sobre os


materiais usados em construções e suas origens
por meio de seleção e observação de figuras,
MUNDO DO TRABALHO

passeios nas proximidades da escola fazendo


(EF01GE07) Descrever atividades perguntas e objetos (escolher um objeto acessível
de trabalho relacionadas com o dia na região, como, exemplo tijolos ou barro, palha
a dia da sua comunidade. de coqueiros);
Pesquisar formas de trabalho na construção de
moradias (ouvindo narrativas de construtores,
pessoas que construíram suas próprias casas
etc.);

(EF01GE08) Criar mapas mentais e Mostrar representações das construções feitas


desenhos com base em itinerários, por diferentes povos indígenas, quilombolas e
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E

contos literários, histórias inventa- ribeirinhos de Alagoas, do Nordeste e do Brasil e


das e brincadeiras. conversar sobre as diferenças e semelhanças;
PENSAMENTO ESPACIAL

Pontos de referências

(EF01GE09) Elaborar e utilizar


Criar situações onde as crianças possam parti-
mapas simples para localizar
cipar em conversas coletivas sobre os tipos de
elementos do local de vivência,
moradias do entorno da escola, quanto à forma,
considerando referenciais espaciais
tamanho e materiais, para produzir desenhos a
(frente e atrás, esquerda e direita,
partir da apreciação das fachadas (desenho de
em cima e embaixo, dentro e fora)
posição lateral).
e tendo o corpo como referência.

Observar e descrever como os lugares e sujeitos


Condições de vida nos lugares de

(EF01GE10) Descrever caracterís-


NATUREZA, AMBIENTES E QUA-

se comportam diante da chuva, do sol ou outras


ticas de seus lugares de vivência
manifestações naturais (por exemplo, com per-
relacionadas aos ritmos da natureza
guntas como: Quando está chovendo as brincadei-
(chuva, vento, calor etc.).
ras são no pátio coberto ou aberto.
LIDADE DE VIDA

(EF01GE11) Associar mudanças de


vestuário e hábitos alimentares em Criar um painel com as diferenças das condições
sua comunidade ao longo do ano, naturais e a sua interferência do vestuário e ali-
vivência

decorrentes da variação de tempe- mentação no cotidiano.


ratura e umidade no ambiente.
590 - GEOGRAFIA -

Anos Iniciais - Organizador Curricular | 2º Ano


Temática
Unidade

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De Habilidades
Pedagógicos

Comparar os modos de vida dos grupos so-


ciais distintos, relacionando a diferença entre
(EF02GE01) Descrever a histó-
cidade e campo;
ria das migrações no bairro ou
Conhecer como se deu a formação organiza-
comunidade em que vive.
Convivência ção populacional de seu estado/município e
e interações comunidade;
entre pessoas
na comuni- (EF02GE02) Comparar costu-
dade Conhecer relação cultural existente entre
mes e tradições de diferentes
os modos de vida e também reconhecer as
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

populações inseridas no bairro


mudanças dos hábitos de vida de um mesmo
ou comunidade em que vive,
lugar, apresentando a importância da técnica
reconhecendo a importância
para a transformação do local.
do respeito às diferenças.

(EF02GE03) Comparar diferen-


Reconhecer que os meios de transportes e
Riscos e cuida- tes meios de transporte e de
comunicação são capazes de interferir no
dos nos meios comunicação, indicando o seu
processo de conexão entre os povos;
de transporte papel na conexão entre luga-
Identificar que a má utilização dos meios e
e de comuni- res, e discutir os riscos para a
transportes e comunicação pode trazer séria
cação vida e para o ambiente e seu
consequências à vida.
uso responsável.

Reconhecer os diferentes hábitos das pes-


(EF02GE04) Reconhecer se- soas em diferentes lugares e comparar as
Experiências melhanças e diferenças nos particularidades entre a vida na cidade, no
da comunida- hábitos, nas relações com a campo, na praia etc.;
de no tempo natureza e no modo de viver Compreender como é estabelecida a relação
e no espaço de pessoas em diferentes entre o homem do campo e da cidade e as
CONEXÕES E ESCALAS

lugares. demais comunidades (indígenas, quilombo-


la, ribeirinhos entre outros).

(EF02GE05) Analisar mudanças Propiciar vivência com relatos orais de sujei-


Mudanças e e permanências, comparando tos da comunidade sobre o cotidiano na pai-
permanências imagens de um mesmo lugar sagem (brincadeiras de rua de antigamente e
em diferentes tempos. de hoje, as paisagens de outros tempos).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 591

(EF02GE06) Relacionar o dia e a Identificar, apontar as características das atividades


noite a diferentes tipos de ativida- realizadas durante o dia e durante a noite;
des sociais (horário escolar, comer- Relacionar as atividades cotidianas com cada um
cial, sono etc.). desses períodos;

Conhecer através de pesquisa e construção de


Tipos de traba-
mural as relações de trabalho nos diferentes setores
lho em lugares
sociais;
e tempos dife- (EF02GE07) Descrever as atividades
MUNDO DO TRABALHO

Propiciar conversa sobre o trabalho na produção e


rentes extrativas (minerais, agropecuá-
na extração de recursos da natureza.
rias e industriais) de diferentes
Identificando através de imagens as alterações
lugares, identificando os impactos
feitas, e quais fatores contribuíram para essa mu-
ambientais.
dança o crescimento urbano no entorno da escola,
(da comunidade Quilombola, indígena, ribeirinhos
entre outros).

(EF02GE08) Identificar e elaborar


Representar a escola, o bairro ou a casa em dese-
diferentes formas de representa-
nhos com os componentes da paisagem: elementos
ção (desenhos, mapas mentais,
naturais (árvores, matas, praças etc.) e elementos
maquetes) para representar com-
culturais (carros, casas, prédios, comércios, parques
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL

ponentes da paisagem dos lugares


etc.).
de vivência.

(EF02GE09) Identificar objetos Identificar a escola como lugar de estudo investi-


Localização, e lugares de vivência (escola e gativo que utiliza procedimentos de pesquisa com
orientação e moradia) em imagens aéreas e estudantes de outros anos mais adiantadas, fun-
representação mapas (visão vertical) e fotografias cionários, famílias e sujeitos da comunidade para
espacial (visão oblíqua). conhecer o modo de viver.

(EF02GE10) Aplicar princípios de


localização e posição de objetos Participar em situações de brincadeiras para ela-
(referenciais espaciais, como frente boração de desenho de mapas mentais (mapas da
e atrás, esquerda e direita, em cima escola, do deslocamento casa escola, casa locais
e embaixo, dentro e fora) por meio de brincadeira, de uma viagem que realizou ou
de representações espaciais da sala realizará).
de aula e da escola.

Reconhecer a importância do solo para a sobrevivência dos


NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDA-

diferentes seres vivos, e também a relação da vida com a


(EF02GE11) Reconhecer a impor- água;
Os usos dos tância do solo e da água para a Reconhecer os diferentes tipos de solo, relacionando-os ao
recursos natu- vida, identificando seus diferentes desenvolvimento de determinadas culturas (alimentação e
rais: solo e água usos (plantação e extração de plantio — campo e cidade);
no campo e na materiais, entre outras possibilida- Investigar a importância que o solo e a água têm para a
cidade des) e os impactos desses usos no produção de alimentos (comunidade Quilombola, indígena,
DE DE VIDA

cotidiano da cidade e do campo. ribeirinhos entre outros), assim como reconhecer, levantar
e listar questões ambientais relacionadas ao desperdício da
água e ao uso irregular do solo.
592 - GEOGRAFIA -

Anos Iniciais - Organizador Curricular | 3º Ano


Conhecimento
Objeto De

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Temática
Unidade

(EF03GE01) Identificar e comparar


aspectos culturais dos grupos sociais Identificar no mapa do Estado de Alagoas, as comunidades
de seus lugares de vivência, seja na (Quilombola, indígenas, ribeirinhos etc).
cidade, seja no campo.
A cidade e o campo: aproximações e diferenças

(EF03GE02) Identificar, em seus luga-


Analisar imagens paisagens de lugares de vivência de outras
res de vivência, marcas de contribui-
crianças brasileiras e do mundo para indagações sobre seu
ção cultural e econômica de grupos
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

modo de vida.
de diferentes origens.

Reconhecer e relatar aspectos culturais dos grupos sociais


a partir de suas características e locais de moradia: cidade,
(EF03GE03) Reconhecer os diferen- campo, floresta, ribeirinhos etc.;
tes modos de vida de povos e co- Reconhecer questões relacionadas aos povos indígenas, qui-
munidades tradicionais em distintos lombolas, ribeirinhos, extrativistas, ciganos, e que vivem em
lugares. diferentes espaços: cidade, campo, florestas, comunidades,
grupos, comparando as diferenças e as semelhanças entre os
seus lugares de vivência.

Comparar uma mesma paisagem em diferentes momentos do ano,


identificando seus estados e levantando hipóteses sobre sua transfor-
Paisagens naturais e antrópicas em

mação.
(EF03GE04) Explicar como os proces- Compreender através de pesquisas a transformação da paisagem,
sos naturais e históricos atuam na relação das sociedades indígenas e quilombolas com o meio ambiente,
produção e na mudança das paisa- relação sociedade e meio ambiente das comunidades indígenas e
CONEXÕES E ESCALAS

gens naturais e antrópicas nos seus quilombolas de Alagoas.


lugares de vivência, comparando-os Descrever que a cultura engloba vários aspectos da produção humana
transformação

a outros lugares. oriunda de diferentes povos, grupos, comunidades, etc..como vesti-


mentas, culinárias, códigos de condutas, crenças, danças, músicas e que
esses aspectos devem ser respeitados.
Diferenciar paisagem natural e cultural.

Compreender os modos de vida e exploração dos recursos


MUNDO DO TRABA-

(EF03GE05) Identificar alimentos, naturais cultivados em escala local, regional e o seu aprovei-
minerais e outros produtos cultiva- tamento na indústria.
Matéria-prima e

dos e extraídos da natureza, compa- Identificar ao produtos extraídos da natureza de ordem


rando as atividades de trabalho em alimentar, vegetal e animal;
indústria

diferentes lugares. Reconhecer e organizar em colunas diferentes matéria-prima


LHO

da produção que fazem parte do seu cotidiano.


Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 593

Realizar atividades de desenhos para desenvolver noções de


(EF03GE06) Identificar e interpretar alfabetização cartográfica: orientação, localização, rosa dos
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSA-

imagens bidimensionais e tridi- ventos, legenda, escala.


mensionais em diferentes tipos de Interpretar diferentes tipos de representação cartográfica
representação cartográfica. a partir do plano bidimensional (mapa) e tridimensional
Representações cartográficas

(maquete).

Confeccionar placas com diferentes símbolos associando os


MENTO ESPACIAL

(EF03GE07) Reconhecer e elaborar símbolos aos seus significados;


legendas com símbolos de diversos Identificar e diferenciar as legendas das representações a
tipos de representações em diferen- partir de símbolos padrões como: casas, hospitais, escolas, e
tes escalas cartográficas. até padrões de legendas com rachurados para áreas agríco-
las, matas, rios.

(EF03GE08) Relacionar a produção


Identificar o destino de diferentes tipos de lixo no ambiente
de lixo doméstico ou da escola aos
doméstico e da escola, relacionar a produção e destino do
problemas causados pelo consumo
Produção, circulação e

lixo aos problemas ambientais nos espaços urbanos e no


excessivo e construir propostas para
campo, assim como apresentar e problematizar os princípios
o consumo consciente, consideran-
da redução, reciclagem e reuso para lixos e resíduos.
do a ampliação de hábitos de
Identificar os hábitos de consumo na família e entre os
consumo

redução, reúso e reciclagem/ descar-


colegas de escola para relacionar a produção do lixo com os
te de materiais consumidos em casa,
problemas de consumo.
na escola e/ou no entorno.

(EF03GE09) Investigar os usos dos Investigar informações quantitativas e qualitativas sobre


recursos naturais, com destaque usos dos recursos da vegetação em nosso cotidiano (alimen-
para os usos da água em atividades tos, vestimenta, medicamentos etc.);
cotidianas (alimentação, higiene, Analisar e interpretar textos expositivos sobre os diferentes
cultivo de plantas etc.), e discutir os tipos de rios e usos da água em diferentes contextos do
problemas ambientais provocados modo de vida em Alagoas;
por esses usos. Identificar problemas ambientais relacionados à água.

(EF03GE10) Identificar os cuidados


necessários para utilização da água
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

na agricultura e na geração de Valorizar as alternativas acessíveis para colaborar com a


energia de modo a garantir a ma- melhoria do consumo de água.
nutenção do provimento de água
potável.
Impactos das atividades humanas

Compreender noções das fontes de energias convencionais e


alternativas, recursos renováveis e não renováveis.
(EF03GE11) Comparar impactos das
Identificar as alterações que ocorrem no campo e nas cida-
atividades econômicas urbanas e ru-
des, como erosão, deslizamento, escoamento superficial,
rais sobre o ambiente físico natural,
intemperismo etc., e relacionar os impactos ambientais
assim como os riscos provenientes
provocados pela ação humana, bem como comparar os im-
do uso de ferramentas e máquinas.
pactos em ambientes rurais e urbanos, relacionando-os com
as atividades econômicas: indústria, agropecuária, comércio.
594 - GEOGRAFIA -

(EF03GE08) Relacionar a produção


Identificar o destino de diferentes tipos de lixo no ambiente
de lixo doméstico ou da escola aos
doméstico e da escola, relacionar a produção e destino do
problemas causados pelo consumo
Produção, circulação e

lixo aos problemas ambientais nos espaços urbanos e no


excessivo e construir propostas para
campo, assim como apresentar e problematizar os princípios
o consumo consciente, consideran-
da redução, reciclagem e reuso para lixos e resíduos.
do a ampliação de hábitos de
Identificar os hábitos de consumo na família e entre os
consumo

redução, reúso e reciclagem/ descar-


colegas de escola para relacionar a produção do lixo com os
te de materiais consumidos em casa,
problemas de consumo.
na escola e/ou no entorno.

(EF03GE09) Investigar os usos dos Investigar informações quantitativas e qualitativas sobre


recursos naturais, com destaque usos dos recursos da vegetação em nosso cotidiano (alimen-
para os usos da água em atividades tos, vestimenta, medicamentos etc.);
cotidianas (alimentação, higiene, Analisar e interpretar textos expositivos sobre os diferentes
cultivo de plantas etc.), e discutir os tipos de rios e usos da água em diferentes contextos do
problemas ambientais provocados modo de vida em Alagoas;
por esses usos. Identificar problemas ambientais relacionados à água.

(EF03GE10) Identificar os cuidados


necessários para utilização da água
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

na agricultura e na geração de Valorizar as alternativas acessíveis para colaborar com a


energia de modo a garantir a ma- melhoria do consumo de água.
nutenção do provimento de água
potável.
Impactos das atividades humanas

Compreender noções das fontes de energias convencionais e


alternativas, recursos renováveis e não renováveis.
(EF03GE11) Comparar impactos das
Identificar as alterações que ocorrem no campo e nas cida-
atividades econômicas urbanas e ru-
des, como erosão, deslizamento, escoamento superficial,
rais sobre o ambiente físico natural,
intemperismo etc., e relacionar os impactos ambientais
assim como os riscos provenientes
provocados pela ação humana, bem como comparar os im-
do uso de ferramentas e máquinas.
pactos em ambientes rurais e urbanos, relacionando-os com
as atividades econômicas: indústria, agropecuária, comércio.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 595

Anos Iniciais - Organizador Curricular | 4º Ano


Objeto de
Unidade

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos

(EF04GE01) Selecionar, em Selecionar elementos das culturas indígenas, afro-brasi-


seus lugares de vivência e em leiras, quilombola, ribeirinhas e de outras regiões do país,
Território e diversidade cultural

suas histórias familiares e/ou latino-americanas, europeias, asiáticas etc. que participam
da comunidade, elementos de do cotidiano das famílias e da escola (como em hábitos ou
distintas culturas (indígenas, comidas típicas, por exemplo), e que são parte da cultural
afro-brasileiras, de outras re- local, regional e brasileira;
giões do país, latino-america- Conhecer como se deu o processo de demarcação do
nas, europeias, asiáticas etc.), território;
valorizando o que é próprio em Criar situações em que as crianças possam ouvir e indagar
cada uma delas e sua contribui- sobre vivência de grupos sociais diferenciados: o modo de
ção para a formação da cultura vida de comunidades sertanejas, pescadores artesanais,
local, regional e brasileira. quilombolas, indígenas entre outros.

Ler mapas de deslocamentos migratórios identificando época


Processos migrató-

e pesquisando sobre os motivos o êxodo do espaço vivido;


(EF04GE02) Descrever proces-
Criar situações em que as crianças possam mapear os deslo-
sos migratórios e suas contri-
camentos das famílias de migrantes utilizando ferramentas da
buições para a formação da
internet;
sociedade brasileira.
Pesquisar o número de pessoas aldeadas e desaldeadas na
comunidade.
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

Instâncias do poder público e canais de

(EF04GE03) Distinguir funções


e papéis dos órgãos do poder Compreender o papel dos vereadores, prefeito e juízes em
público municipal e canais de uma cidade, qual a função dos conselhos de participação
participação social na gestão popular e como funciona a organização do município;
participação social

do Município, incluindo a Conhecer a hierarquização social na comunidade e conhe-


Câmara de Vereadores e Conse- cer o papel do Conselho tribal.
lhos Municipais.
596 - GEOGRAFIA -

Reconhecer a interdependência atual entre campo e cidade;


(EF04GE04) Reconhecer especifici- Identificar características da produção e fluxos de matéria-prima e
dades e analisar a interdependência produtos, considerando o avanço das técnicas, da comunicação e
do campo e da cidade, consideran- da informação, além de avaliar a dinâmica das indústrias conside-
do fluxos econômicos, de informa- rando a relação campo e cidade;
ções, de ideias e de pessoas. Conhecer os produtos de subsistências produzidos na comunidade
e sua importância como fonte de renda.

É importante distinguir funções e papéis dos órgãos do poder


(EF04GE05) Distinguir unidades público municipal, executivo, judiciário e legislativo;
político- administrativas oficiais na- Reconhecer o papel de cada poder responsável pela administração
cionais (Distrito, Município, Unidade municipal, estadual e nacional — poder executivo, legislativo e
da Federação e grande região), suas judiciário.
fronteiras e sua hierarquia, locali- Conhecer e descrever as principais funções dos órgãos municipal
zando seus lugares de vivência. e relacionar ao modo de vida da comunidade em relação a hierar-
quização tribal.
Territórios étnico- culturais
CONEXÕES E ESCALAS

(EF04GE06) Identificar e descrever


Descrever como foi formado os territórios indígenas e quilombolas
territórios étnico-culturais exis-
do Brasil e descrever suas características;
tentes no Brasil, tais como terras
Reconhecer os territórios étnicos como símbolo de resistência
indígenas e de comunidades rema-
(Quilombo);
nescentes de quilombos, reconhe-
Identificar o processo de demarcação das terras e reconhecer
cendo a legitimidade da demarca-
como se deu esse processo.
ção desses territórios.

Analisar a interdependência entre o rural e o urbano, considerando


fluxos econômicos, de produção, circulação da produção, dinâmica
de informações, de ideias e de pessoas;
(EF04GE07) Comparar as caracte-
Analisar a partir da escala local e regional, o processo de produção
rísticas do trabalho no campo e na
(transformação de matérias-primas), circulação e consumo de
cidade.
diferentes produtos;
Compreender a dinâmica da cultura de subsistência e o processo
de comercialização.

Compreender a importância dos meios de transportes para a


circulação dos produtos industriais;
Descrever a produção agropecuária, extrativa e industrial a partir
do cotidiano, reconhecendo diferentes produtos e processos de
produção (desde os materiais didáticos, alimentos, vestuários,
casas etc.).
Trabalho no campo e na cidade

(EF04GE08) Descrever e discutir o Reconhecer os passos para a transformação da matéria-prima em


produção de bens e alimentos;
processo de produção (transforma-
Comparar as características do trabalho no campo e na cidade, a
MUNDO DO TRABALHO

ção de matérias-primas), circulação partir da escala local e regional, para discutir o processo de produ-
e consumo de diferentes produtos. ção, circulação e consumo de diferentes produtos a partir da sua
região.
Discutir a questão do espaço urbano e rural a partir das mudanças
visíveis na paisagem, percebendo quais as marcas se pode identificar
nela a partir da produção agrícola e da produção extrativa;
Identificar os tipos de matérias-primas(sementes, penas, argila,
etc.) extraídos na comunidade e sua finalidade.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 597

Localizar, utilizando os pontos cardeais, casas, escola,


estabelecimentos comerciais, entre outros componentes
Sistema de orientação
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL

físicos de sua comunidade;


(EF04GE09) Utilizar as direções
Aplicar os pontos cardeais para a localização em seus
cardeais na localização de com-
espaços de vivência, nas paisagens rurais e urbanas, em
ponentes físicos e humanos nas
desenhos e representações cartográficas;
paisagens rurais e urbanas.
Construir a rosa dos ventos e propor desafios para uma
maior compreensão das noções de representações espa-
ciais.
Elementos constitutivos dos

Construir mapas e croquis, para conhecer os elementos


principais: título, orientação, legenda e fonte;
(EF04GE10) Comparar tipos Reconhecer e identificar diferentes formas de representar
variados de mapas, identifican- um mesmo lugar: imagem de satélite, planta pictórica,
do suas características, elabora- planta, croqui cartográfico etc.;
dores, finalidades, diferenças e Reconhecer a função de cada tipo de mapa e identificar
semelhanças. diferenças e semelhanças entre o que cada um representa;
Identificar os limites territoriais da comunidade e o seu
processo de demarcação.
Conservaçãoedegradaçãodanatureza
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDA-

Construir maquetes identificando o relevo, hidrografia,


(EF04GE11) Identificar as clima e vegetação do Brasil e do seu município.
características das paisagens Identificar mudanças associadas ao uso das máquinas no
naturais e antrópicas (relevo, plantio, na colheita e na produção em geral;
cobertura vegetal, rios etc.) no Identificar os impactos na transformação das paisagens
ambiente em que vive, bem urbanas e rurais frente aos avanços tecnológicos;
como a ação humana na con- Identificar no relevo local a importância do mesmo para a
servação ou degradação dessas comunidade;
áreas. Confeccionar mapa/croqui e comparar no mapa a paisa-
gem no entorno da comunidade atual no mapa físico.
598 - GEOGRAFIA -

Anos Iniciais - Organizador Curricular | 5º Ano


Conhecimento
Objeto de
Temática

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Unidade

Identificar, a partir de mapas políticos, a localização da cidade


Dinâmica popula-

(EF05GE01) Descrever e analisar


onde vive no Estado, no Brasil e na América do Sul.
dinâmicas populacionais na
Identificar as principais características da população brasileira a
Unidade da Federação em que
partir, sobretudo, dos fluxos migratórios, movimentos de migra-
vive, estabelecendo relações
ção interna e imigração no país;
entre migrações e condições de
cional

Analisar através de mapas e gráficos as desigualdades socioeco-


O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

infraestrutura.
nômica brasileira.
étnico-culturais e desigualdades

Identificar as condições de educação, saúde, produção e acesso a


bens e serviços de grupos quilombolas, indígenas e tradicionais;
Diferenças étnico- raciais e

Analisar as condições de desigualdade social a partir das diferen-


(EF05GE02) Identificar diferenças ças de gênero, etnia, crença e origem;
étnico-raciais e étnico-culturais Relacionar a desigualdade social à distribuição de renda e cida-
e desigualdades sociais entre dania.
grupos em diferentes territórios. Orientar a leitura de mapas dinâmicos – uso da terra, fluxos
migratórios, evolução numérica e espacial da população.
sociais

Propor relatos orais de experiência em seus grupos sobre o modo


de vida nas sub-regiões do território alagoano.

Investigar empiricamente a organização do espaço geográfico a


partir das interações entre a sociedade e os processos da natureza
(EF05GE03) Identificar as formas
em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das
e funções das cidades e analisar
sociedades na construção e produção da paisagem da cidade e
as mudanças sociais, econômicas
do campo;
e ambientais provocadas pelo
Identificar e registrar em textos, tabelas e gráficos as mudanças
seu crescimento.
econômicas de sua cidade pesquisando dados sobre as principais
atividades econômicas de cidades do Estado de Alagoas.

Criar situações em que os estudantes possam utilizar métodos de


pesquisa para adquirir as noções da espacialidade do ambiente
urbano por meio de leitura e produção de mapas.
Relacionar a integração entre diferentes cidades (próximas ou
Território, redes e urbanização

distantes) e a distribuição da oferta de bens e serviços, além de


(EF05GE04) Reconhecer as ca- apontar o papel das redes entre cidades e nas interações urbanas
racterísticas da cidade e analisar entre campo e cidade.
CONEXÕES E ESCALAS

as interações entre a cidade e o Utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar
campo e entre cidades na rede a espacialidade dos fenômenos urbanos, tais como o desloca-
urbana. mento de pessoas e mercadorias.
Comparar diferentes paisagens urbanas a partir de dados em
mapas, tabelas e gráficos, fotografias, ilustrações e textos.
Criar situações de leitura de mapas sobre população
urbana no Brasil e o processo de urbanização do território bra-
sileiro.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 599

(EF05GE05) Identificar e
comparar as mudanças dos Compreender o uso das tecnologias nas atividades
tipos de trabalho e desen- econômicas;
volvimento tecnológico na Pesquisar as fontes de energia renováveis e não renová-
agropecuária, na indústria, veis (alternativas).
no comércio e nos serviços.

Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes


cidades, utilizando mapas temáticos e representações
(EF05GE06) Identificar e gráficas;
comparar transformações Identificar as características das redes de comunicação a
Trabalho e inovação tecnológica

dos meios de transporte e de partir dos jornais, revistas, televisão, fax, e-mails e redes
comunicação. sociais, destacando a importância que as redes de circu-
lação e comunicação possuem para interligar campo e
MUNDO DO TRABALHO

cidade e promover a distribuição da produção.

(EF05GE07) Identificar os
Reconhecer os diferentes tipos de energia utilizados
diferentes tipos de energia
pelo ser humano (fogo, carvão mineral, água, petróleo,
utilizados na produção in-
sol, vento, energia nuclear) e à identificação dos que são
dustrial, agrícola e extrativa e
utilizados na produção de alimentos e bens.
no cotidiano das populações.

(EF05GE08) Analisar transfor-


Paisagens: naturais

Descrever as transformações causadas pelas ações an-


mações de paisagens nas ci-
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL

e humanizadas

trópicas.
dades, comparando sequên-
Estabelecer conexões e hierarquias entre diferentes
cia de fotografias, fotografias
cidades, utilizando mapas temáticos e representações
aéreas e imagens de satélite
gráficas.
de épocas diferentes.

Investigar e descrever os diferentes tipos de cidades e


suas funções.
Representação das cidades e do

Utilizar os recursos cartográficos de representação de


(EF05GE09) Estabelecer cidades, como mapas, croquis, plantas, imagens de satéli-
conexões e hierarquias entre tes e fotografias áreas;
diferentes cidades, utilizando Estabelecer ligações existentes entre cidades pela estru-
mapas temáticos e represen- tura de transportes e meios de comunicação;
espaço urbano

tações gráficas. Compreender que as conexões podem ser pela produ-


ção e consumo, pela dependência da oferta de serviços
(hospitais especializados), pela rede de empregos versus
moradia etc.
600 - GEOGRAFIA -

(EF05GE10) Reconhecer e
comparar atributos da qua- Identificar e relacionar os principais problemas ambien-
Qualidade am-

lidade ambiental e algumas tais dos municípios alagoanos.


formas de poluição dos cur- Analisar o impacto das ações humanas sobre a natureza
sos de água e dos oceanos do ponto de vista ambiental comparando as ações do-
biental

(esgotos, efluentes indus- mésticas às industriais;


triais, marés negras etc.).

Compreender o crescimento das cidades e suas conse-


(EF05GE11) Identificar e des-
Diferentes tipos de poluição

quências ambientais;
crever problemas ambientais
Reconhecer a questão da poluição da água e dos impac-
que ocorrem no entorno da
tos ambientais;
escola e da residência (lixões,
Relacionar e avaliar os problemas ambientais urbanos,
indústrias poluentes, destrui-
com destaque para a questão do lixo;
ção do patrimônio histórico
Analisar o impacto das ações humanas sobre os compo-
etc.), propondo soluções
nentes físicos e humanos que constituem a cidade:
(inclusive tecnológicas) para
Levantar e propor ações para mitigar os problemas am-
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

esses problemas.
bientais das cidades.

(EF05GE12) Identificar ór-


gãos do poder público e
Gestão pública da qualidade de

Investigar sobre quais parâmetros representam qualida-


canais de participação social
de de vida urbana e informações sobre o saneamento
responsáveis por buscar
básico do município;
soluções para a melhoria da
Investigar sobre os agentes governamentais responsá-
qualidade de vida (em áreas
veis pelos serviços públicos e mapear propostas sobre a
como meio ambiente, mo-
melhoria da qualidade de vida da cidade;
bilidade, moradia e direito à
Conhecer divisão de poderes e funções do poder legisla-
cidade) e discutir as propos-
tivo, executivo e judiciário criando canais de comunica-
tas implementadas por esses
ção com o poder público.
órgãos que afetam a comuni-
vida

dade em que vive.


Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 601

Anos Finais - Organizador Curricular | 6º Ano


Conhecimento
Objeto de
Temática

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Unidade

(EF06GE01)Comparar Comparar as modificações que ocorrem nos lugares e no


modificações das paisa- ambiente de vivência do educando;
gens nos lugares de vi- Descrever elementos representativos de mudanças e perma-
vência e os usos desses nências em uma dada paisagem, reconhecendo as diferentes
lugares em diferentes formas de manifestações culturais, naturais e sociais pre-
tempos. sentes no espaço geográfico.
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

Identificar e interpretar as mudanças ocorridas nas paisa-


gens (rurais e urbanas), no tempo e no espaço, sobretudo
a partir das suas transformações pelos povos originários.
(EF06GE02)Analisar Como era a sua região antes da colonização? Quem foram
Identidade sociocultural

modificações de pai- os primeiros habitantes e como ocorreu a mudança da


sagens por diferentes paisagem;
tipos de sociedade, com Analisar uso de pinturas, fotografias e imagens do Google
destaque para os povos Earth que apoiem o questionamento das condições ambien-
originários. tais, bem como a problematizando das identidades e multi-
culturalidades presentes nos espaços e das modificações ao
longo do tempo em decorrência da ocupação de diferentes
tipos de sociedades.
602 - GEOGRAFIA -

Conhecer os planetas do sistema solar, nomear os seus


movimentos e relacioná-los com a circulação geral da at-
mosfera;
Reconhecer os elementos climáticos que interferem na
circulação geral da atmosfera, (como latitude, altitude, mas-
(EF06GE03) Descrever sas de ar, continentalidade, maritimidade, vegetação, relevo
os movimentos do e correntes marítimas e urbanização);
planeta e sua relação Compreender as influências dos elementos sobre o clima;
com a circulação geral Compreender a importância do relevo local e os fatores
da atmosfera, o tempo climáticos que influência o clima
atmosférico e os pa- Compreender a distribuição de temperaturas e zonas climá-
drões climáticos. ticas — polar, tropical e temperada. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com a habilidade (EF06CI14), de
Ciências, no que se refere a observação e compreensão dos
movimentos da Terra;
Criar situação de leitura do mapa de climas do Estado de
Relações entre os componentes físico- naturais

Alagoas.

(EF06GE04) Descrever
o ciclo da água, com-
parando o escoamento Explicar os processos hidrológicos que ocorrem em bacias
superficial no ambiente (chuvas em ambientes com vegetação e sem vegetação);
urbano e rural, reco- Compreender como se dá as interações homem/natureza;
nhecendo os principais Compreender o processo de impermeabilização dos espaços
componentes da mor- urbanos e as consequências para os cursos hídricos, para o
fologia das bacias e solo e para a qualidade de vida das populações;
das redes hidrográficas Conhecer a importância dos rios para a comunidade;
e a sua localização no Compreender a rede hidrográfica de Alagoas e de seu mu-
modelado da superfície nicípio.
terrestre e da cobertura
vegetal.

Analisar mapas climáticos, de solos, relevo e formações


vegetais da Região do estado de Alagoas;
Relacionar e identificar as características de cada bioma
brasileiro (cerrado, caatinga, mata atlântica, pampa, panta-
(EF06GE05) Relacionar nal, Amazônia, entre outros) e conhecer as características
CONEXÕES E ESCALAS

padrões climáticos, dos principais biomas;


tipos de solo, relevo e Conhecer e explicitar às características físico-climáticas dos
formações vegetais. seis principais biomas terrestres do Brasil;
Compreenderoconceitodebioma,identificandofragilidades
ambientais a partir do reconhecimento de características da
distribuição de flora e fauna, associadas a relevo, solos e
macroclimas.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 603

Reconhecer as transformações ocorridas nas paisagens a


Transformação das paisagens

partir do trabalho do homem, seja pelo desenvolvimento da


(EF06GE06) Identificar
agropecuária, seja pela indústria;
as características das
Identificar e analisar o papel da indústria e atividades agro-
paisagens transfor-
naturais e antrópicas

pecuárias frente às questões ambientais, considerando


madas pelo trabalho
problemas trazidos e as necessidades dessas atividades
humano a partir do de-
para a sociedade, sempre articulando as escalas local/global;
senvolvimento da agro-
(Agroindústria de Alagoas);
pecuária e do processo
Compreender as modificações, os impactos e as transforma-
de industrialização.
ções na paisagem a partir da ação humana e do desenvolvi-
mento da indústria, da agropecuária e do comércio em geral.
MUNDO DO TRABALHO

Relacionar o surgimento das cidades ao início da vida urba-


na e reconhecer as principais mudanças que ocorreram com
(EF06GE07) Explicar as
a natureza;
mudanças na interação
Pesquisar em sua comunidade como eram as casas antes
humana com a natureza
e como elas são hoje, quais os hábitos alimentares e as
a partir do surgimento
transformações que ocorreram, entre outros elementos que
das cidades.
modificaram a interação do homem com a natureza ao longo
do tempo.

Comparar imagens, mapas, textos de diferentes épocas


Fenômenos naturais e sociais representados de diferentes maneiras

buscando interpretar as transformações sócio espaciais da


(EF06GE08) Medir dis- natureza;
tâncias na superfície Reconhecer que a escala é a razão entre a distância medida
pelas escalas gráficas e no mapa e a distância real correspondente e que a escala de
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL

numéricas dos mapas. um mapa é sempre uma redução e não uma ampliação;
Confeccionar mapas de pequenas e grandes escalas, além
de representações variadas que permitam ao compreender a
medida de distâncias na superfície terrestre;

Conhecer a história da cartografia e o uso dos seus instru-


mentos de navegação;
Compreender a noção de proporcionalidade/escala para a
(EF06GE09) Elaborar
elaboração de mapas e croquis;
modelos tridimensio-
Confeccionar mapas que mostre seu lugar de vivência;
nais, blocos-diagramas
Identificar através de mapa as transformações ocorridas no
e perfis topográficos e
meio ambiente em torno da comunidade;
de vegetação, visando à
Construir maquetes, utilizando preferencialmente escalas
representação de ele-
gráficas e partindo de cartas topográficas, favorecerão
mentos e estruturas da
a compreensão das diferentes expressões do relevo, da
superfície terrestre.
localização e origem dos cursos de água, da disposição da
vegetação, tudo isso relacionado à ocupação da superfície
da Terra.
604 - GEOGRAFIA -

(EF06GE10) Explicar as Orientar sobre procedimentos para selecionar informações


diferentes formas de sobre a dinâmica do uso do solo: Processos de degradação
uso do solo (rotação de e recuperação;
terras, terraceamento, Reconhecer a importância do uso do solo através do seu
aterros etc.) e de apro- processo de rotação;
priação dos recursos Compreender a relação dos elementos da biosfera para
hídricos (sistema de explicar as diferentes utilizações do solo e da água ao longo
irrigação, tratamento e do tempo;
redes de distribuição), Compreender as formas de uso do solo, relacionando-o com
bem como suas vanta- as apropriações para o plantio e cultivo;
gens e desvantagens Compreender a importância da rotação de culturas para
em diferentes épocas e repor os nutrientes do solo e conservar o espaço agrícola;
lugares. Compreender que a técnica do terraceamento evita erosões.
Biodiversidade e ciclo hidrológico

Identificar e analisar as áreas de maior ocupação popula-


(EF06GE11) Analisar cional e econômica considerando as condições de relevo,
distintas interações hidrografia, vegetação e solo;
das sociedades com a Analisar a distribuição da população na ocupação e na rela-
natureza, com base na ção com a biodiversidade na sua localidade e vivência e no
distribuição dos compo- mundo;
nentes físico- naturais, Identificar como se dá a relação do ser humano com a na-
incluindo as transforma- tureza no ambiente onde vive e trabalha. Sugestão trabalho
ções da biodiversidade interdisciplinar com a habilidade (EF06MA32), da Matemá-
local e do mundo. tica, no que se refere à utilização e compreensão de dados
socioambientais.

Compreender a dinâmica de Ciclo da água, bacias hidrográ-


ficas, lençóis freáticos, geleiras, mares, oceanos, poluição,
(EF06GE12) Identificar o
revitalização;
consumo dos recursos
Reconhecer a relação de consumo dos recursos hídricos
hídricos e o uso das
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

com o uso das bacias hidrográficas;


principais bacias hidro-
Identificar as principais transformações nos ambientes e
gráficas no Brasil e no
construir a consciência de que os recursos naturais são de
mundo, enfatizando
fundamental importância para as sociedades, mas podem
as transformações nos
esgotar-se caso não sejam utilizados corretamente;
ambientes urbanos.
Reconhecer e identificar quais são as características de
relevo, solo e clima de sua região.
Atividades humanas
e dinâmica climática

(EF06GE13) Analisar
consequências, vanta-
Compreender que as ilhas de calor são fenômenos de cará-
gens e desvantagens
ter climático que acontecem em razão de altas temperaturas
das práticas humanas
em uma determinada região urbana;
na dinâmica climática
(ilha de calor etc.).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 605

Anos Finais - Organizador Curricular | 7º Ano


Conhecimento
Objeto de
Temática

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Unidade

Discorrer as características da formação do território brasi-


leiro abordando semelhanças e diferenças regionais a partir
de imagens que mostrem a diversidade no Brasil.
Organizar atividades de resolução de problemas a partir de
hipóteses levantadas pelos estudantes sobre as razões das
migrações de nordestinos ao longo no século XX;
Pesquisar sobre sociedades indígenas que não vivem o
Ideias e concepções sobre a formação territorial do Brasil

modelo capitalista de produção na região Nordeste.


Utilizar várias formas de registro (escrito, áudio, vídeo) em
relação a como as pessoas do lugar veem a sua participação
(EF07GE01) Avaliar,
no mundo e como o mundo ‘participa’ do seu lugar;
por meio de exemplos
Comparar mapas de diferentes épocas e as modificações na
extraídos dos meios de
divisão política do Estado-Nação;
comunicação, ideias e
Reconhecer as características do processo de formação
estereótipos acerca das
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

territorial do Brasil, com destaque para as questões históri-


paisagens e da forma-
co-geográficas;
ção territorial do Brasil.
Analisar os processos suas características migratórias popu-
lacionais diante da diversidade étnico-cultural nos distintos
territórios, utilizando, para isso, a linguagem cartográfica,
gráficos e imagens.
Compreender as categorias da paisagem e região, rela-
cionando-as ao sentido e as diversas possibilidades de se
regionalizar um espaço;
Trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF07HI10) e
(EF07HI11), da História, associadas ao estudo da formação
territorial do Brasil.
606 - GEOGRAFIA -

Comparar mapas sobre diferentes fronteiras agrícolas que já


(EF07GE02) Analisar a existiram no Brasil desde o Brasil colônia;
influência dos fluxos Conhecer e avaliar criticamente a formação do território
econômicos e popu- brasileiro (povo, nação, país, Estado, sociedade e cidadania)
lacionais na formação caracterizando os fluxos econômicos e populacionais e suas
socioeconômica e ter- tensões históricas e contemporâneas;
ritorial do Brasil, com- Identificar as principais características naturais e culturais
preendendo os conflitos do território brasileiro, assim como os aspectos do processo
e as tensões históricas e histórico de sua formação;
contemporâneas. Identificar as principais características naturais e culturais do
território alagoano, e os aspectos histórico de sua formação.

Organizar leitura de imagens, mapas, tabelas e gráficos


(EF07GE03) Selecionar
sobre a regionalização e a distribuição territorial da popula-
argumentos que reco-
ção brasileira;
nheçam as territoriali-
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

Compreender e analisar que as territorialidades são com-


dades dos povos indí-
preendidas como o poder exercido por um grupo em dado
genas originários, das
espaço geográfico, resultado da junção das características
Formação territorial do Brasil

comunidades remanes-
culturais desse grupo;
centes de quilombos,
Compreender que as comunidades remanescentes de
de povos das florestas
quilombos, indígenas e ribeirinhos são grupos sociais cuja
e do cerrado, de ribei-
identidade étnica os distingue do restante da sociedade
rinhos e caiçaras, entre
brasileira e que, sua identidade é base para sua organização,
outros grupos sociais
sua relação com os demais grupos e sua ação política;
do campo e da cidade,
Reconhecer e respeitar os territórios dos povos indígenas,
como direitos legais
quilombolas, ribeirinhos, e demais grupos sociais do campo
dessas comunidades.
e da cidade.

Resolver problemas a partir de hipóteses levantadas pela tur-


Características da população bra-

(EF07GE04) Analisar a ma sobre as razões das migrações nordestinas para outras


distribuição territorial regiões do Brasil e migrações de retorno;
da população brasileira, Analisar criticamente a distribuição da população no espaço
considerando a diver- brasileiro considerando os diferentes grupos étnicos que
sidade étnico-cultural constituem o país;
(indígena, africana, Analisar e associar a distribuição da população com os
europeia e asiática), aspectos de renda, sexo e idade, apresentada a partir de
assim como aspectos de gráficos, tabelas e mapas;
renda, sexo e idade nas Relacionar as comunidades indígenas, quilombola e po-
sileira

regiões brasileiras. pulação do campo aos dados dos indicadores sociais do


território alagoano.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 607

Organizar leitura de mapa e textos informativos sobre a pro-


dução, circulação e consumo de mercadorias, considerando
a posição do Estado de Alagoas;
(EF07GE05) Analisar
Organizar leitura de textos didáticos sobre o período mercan-
fatos e situações repre-
tilista e o advento do capitalismo;
sentativas das altera-
Analisar a superação do modo de produção feudal, o renas-
ções ocorridas entre o
cimento comercial e a expansão do comércio através do mar,
Produção, circulação e consumo de mercadorias

período mercantilista
para compreender as alterações ocorridas no período de
e o advento do capita-
transição do mercantilismo para o capitalismo;
lismo.
Compreender a formação do capitalismo para identificar as
relações que se seguem no mundo atual. Trabalho interdisci-
plinar (EF07HI17).

(EF07GE06) Discutir em
Organizar leitura compartilhada de textos informativos sobre
MUNDO DO TRABALHO

que medida a produção,


a cadeia produtiva da cana de- açúcar no estado de Alagoas;
a circulação e o con-
Analisar e discutir os impactos socioambientais das ações
sumo de mercadorias
do homem nas esferas da produção, circulação e consumo,
provocam impactos
alertando para a necessidade de se adotar um uso conscien-
ambientais, assim como
te dos recursos;
influem na distribuição
Relacionar a produção de mercadorias com a distribuição
de riquezas, em diferen-
desigual de riquezas para o consumo.
tes lugares.

Produzir textos em que os estudantes possam utilizar in-


formações sobre os estudos da regionalização do Brasil,
ciclos econômicos, formação territorial e as consequências
(EF07GE07) Analisar a
socioambientais;
influência e o papel das
Analisar criticamente como os meios de transporte e comu-
redes de transporte e
nicação alteram a configuração do território brasileiro da
comunicação na con-
produção;
figuração do território
Analisar a influência dos meios de transporte na atual confi-
brasileiro.
guração do território brasileiro;
Discutir como se dá a concessão e autorização dos transpor-
Desigualdade social e o trabalho

tes em sua localidade.

(EF07GE08) Estabele-
cer relações entre os Analisar e apontar os fatores (condicionantes) que impulsio-
processos de indus- naram os fluxos migratórios, como os conflitos e as guerras,
trialização e inovação a necessidade de áreas de cultivo e pastagens, a busca por
tecnológica com as melhores condições físico-climáticas etc.;
transformações socioe- Compreende e explicar os fatores naturais e humanos que
conômicas do território influenciam a repartição mundial da população.
brasileiro.
608 - GEOGRAFIA -

(EF07GE09) Interpre-
tar e elaborar mapas Organizar leitura de imagens, mapas, tabelas e gráficos
temáticos e históricos, sobre a divisão socioeconômica do Brasil (Amazonas, Centro
inclusive utilizando Sul e Nordeste).
tecnologias digitais, Ler, interpretar e confeccionar mapas temáticos e históricos,
com informações demo- referentes à população e à economia brasileira;
gráficas e econômicas Confeccionar mapas temáticos referentes a população e a
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL

do Brasil (cartogramas), economia alagoana e de seu município;


identificando padrões Conhecer e diferenciar os códigos de representação carto-
espaciais, regionali- gráfica, (relação entre escala e a possibilidade de representa-
zações e analogias ção dos gráficos).
espaciais.

Criar situações de investigações sobre as pirâmides etárias,


distribuição populacional no Brasil, relacionando ao PIB e a
PEA;
(EF07GE10) Elaborar
Conhecer o Plano Plurianual de seu município;
Mapas temáticos do Brasil

e interpretar gráficos
Produzir e interpretar gráficos, tabelas e histogramas refe-
de barras, gráficos de
rentes a dados socioeconômicos, relacionando os temas e
setores e histogramas,
conteúdos com a leitura gráfica;
com base em dados
Compreender a importância do multiletramento e da cultura
socioeconômicos das
digital na de interpretação de dados;
regiões brasileiras.
Associar as seguinte habilidades (EF07GE09 (EF07GE02),
(EF07GE03), (EF07GE05) e (EF07GE06)). Trabalho interdisci-
plinar (EF07MA37).

Propor fotointerpretação de imagens dos biomas para ana-


(EF07GE11) Caracterizar
lisar a extensão de territorial de cada um deles, em especial
dinâmicas dos compo-
os que compõem o nosso estado;
nentes físico-naturais
Conversar sobre os problemas urbanos decorrentes da falta
no território nacional,
de infraestrutura;
bem como sua distri-
Compreender e analisar as dinâmicas dos componentes
buição e biodiversidade
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

físico-naturais do Brasil e associar as alterações desses


(Florestas Tropicais,
componentes com a distribuição no território nacional;
Cerrados, Caatingas,
Comparar as principais alterações espaciais ocorridas ao
Campos Sulinos e Matas
longo do tempo no território alagoano com relação a sua
de Araucária).
biodiversidade.

(EF07GE12) Comparar
Biodiversidade brasileira

unidades de conser- Construir mapas de problemas socioambientais decorrentes


vação existentes no da expansão urbana e propostas de resolução nas cidades;
Município de residência Identificar no Estado de Alagoas e no seu município áreas de
e em outras localidades Conservação (Parques, Reservas Extrativas, reservas indí-
brasileiras, com base na genas e quilombola), e relacionar a criação dessas unidades
organização do Sistema ambientais à condição socioeconômica e ao respeito cultural
Nacional de Unidades das populações.
de Conservação (SNUC).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 609

Anos Finais - Organizador Curricular | 8º Ano


Conhecimento
Objeto de
Temática

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Unidade

Ler e interpretar diferentes representações cartográficas para


compreender questões contemporâneas da regionalização
Distribuição da população mundial e deslocamentos populacionais

econômica mundial.
Descrever os fatores (condicionantes) que impulsionaram os
fluxos migratórios, como os conflitos e as guerras, a necessidade
(EF08GE01) Descrever as rotas de
de áreas de cultivo e pastagens, a busca por melhores condições
dispersão da população humana
físico-climáticas etc.;
pelo planeta e os principais fluxos
Explicar os fatores naturais e humanos que influenciam a repar-
migratórios em diferentes pe-
tição mundial da população em diferentes períodos da história;
ríodos da história, discutindo os
Descrever as principais rotas de migração e compreender a
fatores históricos e condicionantes
natureza distinta de cada processo;
físico-naturais associados à dis-
Relacionar a diferença entre os processos dos europeus para
tribuição da população humana
a América e dos africanos para a América, a migração forçada
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

pelos continentes.
durante a Segunda Guerra Mundial;
Analisar as migrações recentes dos refugiados na Ásia e na
Europa;
Analisar as migrações decorrentes da Venezuela para outros
países da América Latina. Trabalho interdisciplinar (EF08HI03).

(EF08GE02) Relacionar fatos e si-


tuações representativas da história
das famílias do Município em que Relacionar as histórias familiares a partir de movimentos dos flu-
se localiza a escola, considerando a xos migratórios e ocupação de terras do município e da escola.
diversidade e os fluxos migratórios
da população mundial.

Conhecer e analisar os indicadores que compõem a dinâmica,


(EF08GE03) Analisar aspectos sendo eles: população absoluta, natalidade, índice sintético de
Diversidade e dinâmica da população mundial e

representativos da dinâmica fecundidade, índice de renovação de gerações, mortalidade,


demográfica, considerando ca- taxa de mortalidade infantil, crescimento natural, taxa de cresci-
racterísticas da população (perfil mento natural, saldo migratório, crescimento efetivo, esperança
etário, crescimento vegetativo e de vida e índice de envelhecimento;
mobilidade espacial). Identificar através do DATASUS, os principais indicadores sociais
do seu município;

Analisar gráficos sobre os indicadores demográficos do mundo,


da América e do Brasil.
(EF08GE04) Compreender os fluxos
Caracterizar os grandes ciclos migratórios internacionais, por
de migração na América Latina
meio da interpretação de mapas com os fluxos migratórios,
(movimentos voluntários e força-
relacionando esta habilidade com a (EF08GE18) e a (EF08GE19).
dos, assim como fatores e áreas de
Identificar as principais regiões/países de origem e destino
expulsão e atração) e as principais
da população migrante, assim como caracterizar a população
políticas migratórias da região.
migrante, com destaque para a América Latina, e relacionar os
local

fatores atrativos/repulsivos que influenciam as migrações.


610 - GEOGRAFIA -

(EF08GE05) Aplicar os conceitos de


Compreender e analisar os conceitos de Estado, nação, território,
Estado, nação, território, governo
governo e país na compreensão de conflitos contemporâneos;
e país para o entendimento de
Compreenda a geopolítica enquanto um conjunto de ações e
conflitos e tensões na con-
práticas realizadas no âmbito do poder, geralmente envolvendo
temporaneidade, com destaque
os Estados Nacionais no sentido de promover o gerenciamento
para as situações geopolíticas na
e o controle de seus territórios;
América e na África e suas múl-
Conhecer e descrever os grandes conflitos mundiais e tensões
tiplas regionalizações a partir do
na América e na África.
pós-guerra.

(EF08GE06) Analisar a atuação das Analisar criticamente o trabalho das organizações mundiais para
organizações mundiais nos proces- a América e a África;
sos de integração cultural e eco- Conhecer e relacionar o papel das instituições internacionais no
nômica nos contextos americano cenário mundial nos aspectos geopolítico, econômico e huma-
e africano, reconhecendo, em seus nístico global;
lugares de vivência, marcas desses Pesquisar em diversos meios de comunicação notícias e/ou
processos. reportagens que tratem desses organismos.

Compreender e avaliar e forma crítica os efeitos do expansionis-


mo dos EUA no mundo e na relação com o Brasil e a China;
Analisar as relações geoeconômico, geoestratégico e geopolí-
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica mundial

(EF08GE07) Analisar os impactos tico dos Estados Unidos da América, em relação a situação e a
geoeconômicos, geoestratégicos e posição da China e do Brasil;
geopolíticos da ascensão dos Esta- Descrever sobre a questão geopolítica relacionada às questões
dos Unidos da América no cenário políticas, econômicas e estratégicas do cenário mundial;
internacional em sua posição de Compreende e descrever o cenário mundial sobe a liderança
liderança global e na relação com a dos E.U.A;
China e o Brasil. Identificar quais as relações existentes entre a China e o Brasil, e
entre China, Brasil e Estados Unidos;
Analisar qual o sentido da regionalização mundial frente às
questões estratégicas, políticas e econômicas.

Compreender e analisar criticamente os países da América


(EF08GE08) Analisar a situação do Latina, incluindo o Brasil e países do continente africano, frente
Brasil e de outros países da Améri- à nova ordem mundial (globalização — meio técnico-científico-
ca Latina e da África, assim -informacional);
como da potência estadunidense Ler e interpretar o mapa do mundo e o jogo político entre os
na ordem mundial do pós-guerra. países latino-americanos e africanos com as grandes potências
mundiais, em especial os Estados Unidos.

(EF08GE09) Analisar os padrões


CONEXÕES E ESCALAS

econômicos dos mundiais de Compreender e analisar criticamente os países da América


produção, distribuição e intercâm- Latina, incluindo o Brasil e países do continente africano, frente
bio produtos agrícolas e indus- à nova ordem mundial (globalização — meio técnico-científico-
trializados, tendo como referência -informacional);
os Estados Unidos da América e Ler e interpretar o mapa do mundo e o jogo político entre os
os países denominados de Brics países latino-americanos e africanos com as grandes potências
(Brasil, Rússia, Índia, China e África mundiais, em especial os Estados Unidos.
do Sul).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 611

(EF08GE10) Distinguir e analisar


Compreender e analisar criticamente ações dos movimentos
Corporações e organismos internacionais e do Brasil na ordem econômica

conflitos e ações dos movimentos


sociais no Brasil, e comparar a9os movimentos sociais dos países
sociais brasileiros, no campo e na
latino-americanos;
cidade, comparando com outros
Analisar os conflitos, tensões e ações das questões existentes no
movimentos sociais existentes nos
campo e da cidade, e as pautas e reivindicações.
países latino-americanos.

Compreender e avaliar criticamente os conflitos e tensões que


surgem a partir do Estado enquanto organização regionais e
(EF08GE11) Analisar áreas de internacionais;
conflito e tensões nas regiões de Conhecer as funções dos organismos internacionais e regionais
fronteira do continente latino-a- de cooperação nas regiões de conflitos e tensões no continente
mericano e o papel de organismos latino-americano, com destaque para o trabalho realizado pela
internacionais e regionais de ONU (Organização das Nações Unidas), pela FAO (Organização
cooperação nesses cenários. das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e pelas
Associações de Ajudas Humanitárias que prestam assistência e
suporte aos imigrantes e refugiados.
CONEXÕES E ESCALAS

Compreender a formação dos blocos regionais de integração no


(EF08GE12) Compreender os
continente americano;
objetivos e analisar a importância
Entender como os blocos estão organizados economicamente;
dos organismos de integração do
Compreender a formação dos blocos e qual a importância
território americano (MERCOSUL,
desses organismos de integração do território americano na
OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba,
mundial

atualidade, além de compreender os objetivos dos blocos


Comunidade Andina, Aladi, entre
Mercosul, OEA, OEI, Nafta, Unasul, Alba, Comunidade Andina,
outros).
Aladi, entre outros.

Reconhecer e analisar as características do mundo do trabalho


Os diferentes contextos e os meios técnico e tecnológi-

na atualidade, a partir da análise da dinâmica e da influência do


desenvolvimento científico e tecnológico que altera as relações
(EF08GE13) Analisar a influência
e os tipos de trabalho do campo e da cidade no mundo e, em
do desenvolvimento científico e
especial, na América e na África;
tecnológico na caracterização dos
Compreender no processo de análise do mundo do trabalho, as
tipos de trabalho e na economia
novas configurações de empregos em tempos flexíveis e suas
dos espaços urbanos e rurais da
implicações nas retiradas de direitos sociais e trabalhistas;
América e da África.
Identificar as características e a dinâmica do mundo do trabalho
na atualidade, em especial nos países do continente americano
e africano.
MUNDO DO TRABALHO

Analisar os processos da produção e das atividades econômicas


(EF08GE14) Analisar os pro-
na escala global;
cessos de desconcentração, des-
Compreender que o processo de desconcentração é resultante
co na produção

centralização e recentralização das


da industrialização de vastas regiões do mundo, em especial
atividades econômicas a partir do
no Sudeste Asiático e na América Latina, e que ocupam fatias
capital estadunidense e chinês em
significativas da produção industrial mundial em muitos setores:
diferentes regiões no mundo,
têxtil (China e Índia), automobilístico (Estados Unidos, América
com destaque para o Brasil.
do Sul, Coréia do Sul e México) etc.
612 - GEOGRAFIA -

Identificar os principais mananciais de água da América Latina


Transformações do espaço na sociedade urbano-industrial

(por exemplo: rios, lagos, represas e lençóis freáticos) para que


(EF08GE15) Analisar a importância
o educando possa compreender e avaliar criticamente a impor-
dos principais recursos hídricos da
tância dos recursos hídricos;
América Latina (Aquífero Guarani,
Compreender a dinâmica do rio S. Francisco para o abasteci-
Bacias do rio da Prata, do Ama-
mento de água no Estado e no seu município;
zonas e do Orinoco, sistemas de
Identificar os principais problemas relativos ao abastecimento
nuvens na Amazônia e nos Andes,
da água na região, como esgotamento e poluição das fontes de
entre outros) e discutir os desafios
água, conflitos no uso dos recursos, dentre outros;
relacionados à gestão e comerciali-
Reconhecer os sistemas de recursos hídricos da América Latina e
zação da água.
as maiores dificuldades relacionadas à gestão e comercialização
da água.

Analisar os problemas, de ordem estruturacional da população


(EF08GE16) Analisar as principais
e de condições de vida e de trabalho existentes nas grandes
problemáticas comuns às grandes
cidades da América Latina;
América Latina

cidades latino-americanas, parti-


Compreender que a América Latina representa uma das regiões
cularmente aquelas relacionadas à
com maior riqueza do planeta, em sua biodiversidade e ecossis-
distribuição, estrutura e dinâmica
temas, e também sociocultural;
da população e às condições de
Compreender que as políticas destinadas á América Latina vem
vida e trabalho.
na

colocando sua riqueza em situação de risco.

Analisar criticamente a segregação urbana – também chamada


de segregação socioespacial –, que refere-se à periferização ou
(EF08GE17) Analisar a segregação marginalização de determinadas pessoas ou grupos sociais por
socioespacial em ambientes urba- fatores econômicos, culturais, históricos e até raciais no espaço
nos da América Latina, com aten- das cidades;
ção especial ao estudo de favelas, Identificar as formas de segregação (favelas, cortiços e áreas de
alagados e zona de riscos. invasão);
Conhecer as características da questão urbana na América Lati-
na e analisar essa segregação a partir da questão socioespacial.

(EF08GE18) Elaborar mapas ou


Construir infográficos e outras formas de representação sobre
Cartografia: anamorfose, croquis e mapas temáti-

outras formas de representação


as representações ocorridas nas transformações no espaço ao
FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO

cartográfica para analisar as redes


longo do tempo;
e as dinâmicas urbanas e rurais,
Confeccionar mapas ou outras representações cartográficas que
ordenamento territorial, contextos
apresentem as dinâmicas do campo e da cidade;
culturais, modo de vida e usos
Analisar as redes e o ordenamento territorial de uso e ocupação
e ocupação de solos da África e
do solo na África e na América;
América.

Compreender que a forma de representação do espaço geográ-


cos da América e África

fico há a distorção da proporcionalidade entre os territórios para


(EF08GE19) Interpretar cartogra- adequá-los aos dados quantitativos que norteiam o mapa;
mas, mapas esquemáticos (cro- Compreender que o cartograma é uma modalidade específica,
quis) e anamorfoses geográficas dentro da cartografia, que consiste em representar um território
com informações geográficas indicando de maneira proporcional os valores de determinado
ESPACIAL

acerca da África e América. assunto;


Ler e reconhecer e ler diferentes representações de informações
geográficas sobre a África e a América.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 613

(EF08GE20) Analisar características


de países e grupos de países da
América e da África no que se
Comparar os aspectos populacionais, urbanos, políticos e eco-
Estados Unidos da América, América espanhola e

refere aos aspectos populacionais,


nômicos dos países da América e da África para compreender e
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

urbanos, políticos e econômicos,


avaliar criticamente as desigualdades sociais e econômicas e a
Identidades e interculturalidades regionais:

e discutir as desigualdades sociais


situação de produção e circulação de produtos e economia;
e econômicas e as pressões sobre
Compreender e debater sobre as questões de desigualdade dos
a natureza e suas riquezas (sua
povos nesses países;
apropriação e valoração na produ-
ção e circulação), o que resulta na
espoliação desses povos.

Refletir sobre a importância da Antártica no contexto geopolíti-


(EF08GE21) Analisar o papel am-
portuguesa e África

co, ressaltando a relevância dos países da América do Sul, junta-


biental e territorial da Antártica no
mente com a Antártica, nas pesquisas sobre o ambiente global;
contexto geopolítico, sua relevân-
Compreender que, 70% das reservas de água doce do planeta
cia para os países da América do
está localizada nessa área;
Sul e seu valor como área destina-
Compreender que a preservação dessa região é fundamental
da à pesquisa e à compreensão do
para a manutenção da vida de espécies que habitam os oceanos
ambiente global.
quanto para manter o nível dos oceanos.

Conhecer que a economia dos países da América Latina tem suas


(EF08GE22) Identificar os principais principais atividades produtoras voltadas para o setor primário,
recursos naturais dos países da (produtos agropecuários, extração vegetal, animal e mineral);
América Latina, analisando seu uso Identificar os recursos naturais renováveis e compreender os
Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na América Latina

para a produção de matéria-prima aspectos relativos à capacidade de produção de energia (energia


e energia e sua relevância para hidrelétrica, solar, eólica, geotérmica, maremotriz, biocombustí-
a cooperação entre os países do veis) dos países da América Latina;
MERCOSUL. Compreender a funcionalidade do Bloco MERCOSUL na América
Latina.

(EF08GE23) Identificar paisagens


Reconhecer paisagens da América Latina e relacionar essas
da América Latina e associá-las, por
paisagens aos seus povos e lugares;
meio da cartografia, aos diferentes
Identificar e distinguir diferentes paisagens existentes na Améri-
povos da região, com base em
ca Latina (cadeia de montanhas Andes, florestas tropicais (Ama-
aspectos da geomorfologia, da
zônia), pradarias, desertos etc.
biogeografia e da climatologia.

(EF08GE24) Analisar as principais


características produtivas dos
países latino- americanos (como
exploração mineral na Venezuela;
agricultura de alta especialização Analisar criticamente as características produtivas dos países
e exploração mineira no Chile; latino-americanos;
circuito da carne nos pampas Conhecer o processo histórico de formação da América Latina;
argentinos e no Brasil; circuito da Analisar criticamente a questão sócio política na América Latina
cana de- açúcar em Cuba; polígo- com um foco voltado à Venezuela.
no industrial do sudeste brasileiro
e plantações de soja no centro-
-oeste; maquiladoras mexicanas,
entre outros).
614 - GEOGRAFIA -

Anos Finais - Organizador Curricular | 9º Ano


Conhecimento

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Objeto de
Temática
Unidade

Organizar tabelas e gráficos sobre a constituição e a formação do


A hegemonia europeia, na economia
O SUJEITO E SEU LUGAR NO MUNDO

continente Europeu;
Pesquisar em diferentes portadores de informação sobre o papel
da União Europeia no cenário global da economia;
(EF09GE01) Analisar criticamente
Analisar criticamente a hegemonia europeia;
de que forma a hegemonia euro-
Compreender que o continente europeu teve papel preponde-
peia foi exercida em várias regiões
rante na organização do mundo contemporâneo, com relevante
do planeta, notadamente em
atuação na Guerra Fria e nos momentos posteriores;
situações de conflito, intervenções
Analisar a reestruturação da economia global após os anos 1980,
militares e/ou influência cultural
da organização toyotista da produção e da organização da econo-
em diferentes tempos e lugares.
e na cultura

mia atual (que inclui blocos econômicos, hegemonia compartilha-


da e domínio do capital financeiro), a fim de reconhecer o percurso
do continente europeu diante das adversidades de conflitos,
guerras e disputas e sua influência cultural.

Pesquisar na Internet sobre a ONU, sua origem e missão institucio-


organismos interna-

(EF09GE02) Analisar a atuação nal e atuações recentes em conflitos internacionais;


das corporações internacionais Compreender e avaliar criticamente a atuação das corporações
Corporações e

e das organizações econômicas internacionais e das organizações econômicas mundiais na vida


mundiais na vida da população em da população.
relação ao consumo, à cultura e à Analisar as organizações internacionais enquanto órgãos multila-
cionais

mobilidade. terais responsáveis pela integração, inter-relação e acordos envol-


vendo diversos países.

Conhecer os diferentes grupos sociais e as manifestações culturais


As manifestações culturais na formação populacional

de cada um, a fim de reconhecer a multiplicidade cultural desses


(EF09GE03) Identificar diferentes grupos em escala mundial e defender o princípio do respeito às
manifestações culturais de mino- diferenças;
rias étnicas como forma de com- Identificar os principais grupos étnicos chamados de “minorias
preender a multiplicidade cultural sociais”;
na escala mundial, defendendo o Identificar os grupos étnicos que sofrem exclusão social, desi-
princípio do respeito às diferenças. gualdade, preconceito e discriminação e reconhecer que tais
desigualdades sociais podem causar hostilidades entre setores de
uma sociedade.

Reconhecer que um grupo étnico é uma categoria social de pes-


(EF09GE04) Relacionar diferenças
soas que têm a mesma ancestralidade e cultura: língua, religião,
de paisagens aos modos de viver
normas, práticas, valores, história etc.;
de diferentes povos na Europa,
Reconhecer que os grupos étnicos possuem senso de identidade
Ásia e Oceania, valorizando iden-
– o sentimento de pertencer a algum subgrupo – e se diferenciam
tidades e interculturalidadesre-
de outros subgrupos pelos distintos valores, crenças e comporta-
gionais.
mentos.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 615

interpretações: globalização e

Conhecer e analisar criticamente os aspectos da Nova Ordem


Integração mundial e suas

Mundial e suas consequências no mundo, além de identificar as


(EF09GE05) Analisar fatos e situa-
diferenças e semelhanças entre suas interpretações distintas;
CONEXÕES E ESCALAS

ções para compreender a integra-


Reconhecer as características do meio técnico-científico-informa-
ção mundial (econômica, política e
cional, levando em consideração que a globalização é o ápice do
cultural), comparando as diferen-
capitalismo e de um processo de internacionalização do mundo;
mundialização

tes interpretações: globalização e


Identificar os fatos que levaram a uma aldeia global;
mundialização.
Identificar a analisar como o reflexo da globalização está ligada ao
seu cotidiano.
em Ocidente e Oriente
A divisão do mundo

Reconhece que o colonialismo consistia em um sistema bipolar,


(EF09GE06) Associar o critério de
onde o polo colonizador era a Metrópole e o polo colonizado, as
divisão do mundo em Ocidente
Colônias;
e Oriente com o Sistema Colonial
Associar o sistema colonial, as origens, as estruturas econômicas,
implantado pelas potências eu-
sociais, políticas e ideológicas como fator importante para a forma-
ropeias.
ção e os interesses de suas metrópoles.
Intercâmbios históricos e culturais

Identificar no mapa mundi a Eurásia enquanto um conjunto de


países que formam a Europa e a Ásia;
entre Europa, Ásia e Oceania

Identificar no mapa mundi as cordilheiras que separam o conti-


(EF09GE07) Analisar os compo-
nente europeu;
nentes físico-naturais da Eurásia e
Analisar o quadro físico da Eurásia comparando com as diversas
os determinantes histórico-geo-
paisagens naturais que se estabelecem ao longo do continente
gráficos de sua divisão em Europa
europeu e conhecer;
e Ásia.
Conhecer, distinguir, caracterizar e comparar os componentes —
relevo, hidrografia, clima, vegetação — para analisar os determi-
nantes das divisões e regionalizações.

Analisar as transformações territoriais ocorridas na Europa, na


Ásia e na Oceania, com base nas tensões e no mapa dos conflitos
(EF09GE08) Analisar transforma-
desses locais;
ções territoriais, considerando o
Identificar focos de tensão que colocam em risco a paz dos povos
movimento de fronteiras, tensões,
que ali vivem;
conflitos e múltiplas regionali-
Compreende e analisar que as divergências estão ligadas às ques-
dades na Europa, na Ásia e na
tões religiosas, econômicas, territoriais e étnicas, e os conflitos,
Oceania.
movimentos de fronteiras e as tensões regionais acabam transfor-
mando o mapa.

(EF09GE09) Analisar característi-


cas de países e grupos de países
europeus, asiáticos e da Oceania Identificar principais características dos países europeus, asiáticos
em seus aspectos populacionais, e da Oceania sobre as questões sociais, políticas e econômicas;
urbanos, políticos e econômicos, e Analisar e comparar sobre as condições de vida da população e a
discutir suas desigualdades sociais desigual distribuição de riqueza no mundo.
e econômicas e pressões sobre
seus ambientes físico-naturais.
616 - GEOGRAFIA -

Compreender e avaliar criticamente o impacto do processo de


industrialização na Europa, na Ásia e na Oceania;
Identificar o papel dos setores primário, secundário e terciário na
Transformações do espaço na
sociedade urbano-industrial

economia dessas regiões e compreender a importância da tecno-


(EF09GE10) Analisar os impactos logia para o desenvolvimento econômico dos países europeus e
do processo de industrialização na asiáticos;
produção e circulação de produtos Relacionar a estrutura econômica ao desenvolvimento regional da
e culturas na Europa, na Ásia e na Ásia e o perfil produtivo dos Tigres Asiáticos no contexto global.
Oceania. Analisar como o desenvolvimento do capitalismo industrial na
Europa, inicialmente na Inglaterra, gerou transformações intensas,
que passaram a ocorrer de modo mais amplo no espaço geográfi-
co, incluindo o aumento da exploração de recursos naturais, com o
uso cada vez maior de máquinas.
MUNDO DO TRABALHO

(EF09GE11) Relacionar as mu-


Associar a industrialização com as mudanças no trabalho e suas
danças técnicas e científicas
consequências para a classe trabalhadora;
decorrentes do processo de indus-
Conhecer e Explicar os novos formatos de trabalho do mundo
trialização com as transformações
frente às exigências da indústria, identificando e comparando as
no trabalho em diferentes regiões
concepções de trabalho nos mais diversos estádios da sociedade
do mundo e suas consequências
capitalista.
no Brasil.

Associar as questões atuais do campo (rural) ao campo tecnológi-


(EF09GE12) Relacionar o processo
co em que opera a partir dos avanços tecnológicos, com cada vez
de urbanização às transformações
menos trabalhadores;
Cadeias industriais e inovação no uso dos recursos

da produção agropecuária, à
Identificar as causas do desemprego estrutural no Brasil;
expansão do desemprego estrutu-
Analisar à expansão do desemprego estrutural no mundo e, espe-
ral e ao papel crescente do capital
cialmente, no Brasil, com a extinção de postos de trabalhos a partir
financeiro em diferentes países,
da automação de algumas atividades;
com destaque para o Brasil.
Pesquisar sobre o emprego no seu município.

Reconhecer que as mudanças e as transformações técnicas e cien-


tíficas trouxeram ao mundo rural aumento significativo da produ-
naturais e matérias-primas

ção agropecuária na sociedade urbano-industrial, mas que esse


(EF09GE13) Analisar a importância
aumento de produção de alimentos não se traduziu na extinção
da produção agropecuária na
da fome, ou da desigualdade de acesso aos recursos alimentares e
sociedade urbano-industrial ante o
à matéria-prima pela população em geral;
problema da desigualdade mun-
Analisar o problema da desigualdade mundial de acesso aos
dial de acesso aos recursos alimen-
recursos alimentares, ao problema da concentração de renda
tares e à matéria-prima.
e da produção como uma das causas do aumento da pobreza
estrutural e da falta de condições dignas de vida e moradia para a
população em geral.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 617

(EF09GE14) Elaborar e interpretar Ler e Interpretar textos a partir de questões dirigidas sobre a exclu-
formas de representação para analisar informações geográ-

gráficos de barras e de setores, são social no mundo (quem são os pobres na atualidade);
Leitura e elaboração de mapas temáticos, croquis e outras

mapas temáticos e esquemáticos Confeccionar informações geográficas em representações car-


FORMAS DE REPRESENTAÇÃO E PENSAMENTO ESPACIAL

(croquis) e anamorfoses geográ- tográficas, gráficos, tabelas, esquemas e outras formas de repre-
ficas para analisar, sintetizar e sentação a partir de dados sobre desigualdade social, produção
apresentar dados e informações agropecuária, concentração de renda etc;
sobre diversidade, diferenças e Analisar mapas temáticos e anamorfoses geográficas que apresen-
desigualdades sociopolíticas e tam informações sobre diversidade, desigualdades sociopolíticas e
geopolíticas mundiais. geopolíticas no mundo.

(EF09GE15) Comparar e classificar


diferentes regiões do mundo com Analisar e estabelecer diferenças entre lugares do mundo no que
base em informações popula- concerne a informações populacionais, econômicas e socioam-
cionais, econômicas e socioam- bientais;
bientais representadas em mapas Analisar mapas de diferentes projeções cartográficas a fim de
temáticos e com diferentes proje- encontrar melhor projeção para cada finalidade de representada.
ções cartográficas.
ficas
Diversidade ambiental e as transformações nas paisagens na Europa, na Ásia

Comparar as diferenças e semelhanças entre os diversos domínios


morfoclimáticos e os aspectos físico-naturais dos biomas existen-
tes na Europa, Ásia e Oceania, como as Florestas Tropicais (Ásia),
(EF09GE16) Identificar e comparar as Florestas Temperadas (Europa), as Savanas (Oceania), Desertos
diferentes domínios morfocli- (Oceania e Ásia), entre outros;
máticos da Europa, da Ásia e da Descrever as características físico-naturais dos domínios morfocli-
Oceania. máticos existentes no mundo, e pensar se há ocorrência dos mes-
mos domínios brasileiros nas regiões da Europa, Ásia e Oceania;
Reconhecer que há a existência das Savanas no Brasil e na Austrá-
lia, e a Floresta Tropical no Brasil e na Índia.
NATUREZA, AMBIENTES E QUALIDADE DE VIDA

(EF09GE17) Explicar as caracte-


Descrever o processo de ocupação e a utilização dos recursos
rísticas físico-naturais e a forma
naturais e energéticos da Europa, Ásia e Oceania;
de ocupação e usos da terra em
Identificar as características físico-naturais da Europa, Ásia e Ocea-
diferentes regiões da Europa, da
nia;
Ásia e da Oceania.

(EF09GE18) Identificar e analisar as


cadeias industriais e de inovação
Analisar criticamente os usos de recursos naturais a partir das
e as consequências dos usos de
e na Oceania

diferentes fontes de energia (termoelétrica, hidrelétrica, eólica e


recursos naturais e das diferentes
nuclear) em diferentes países, a fim de analisar os impactos e as
fontes de energia (tais como
consequências desses usos na produção industrial e de inovação;
termoelétrica, hidrelétrica, eólica e
nuclear) em diferentes países.
618 - GEOGRAFIA -

17. Referências retoria de Currículos e Educação


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Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fundamental 619

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CIÊNCIAS HUMANAS
HISTÓRIA

JOÃO GABRIEL DA CONCEIÇÃO – ESCOLA ESTADUAL UMBERTO MENDES


HISTÓRIA
1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 625

2. MARCO REGULATÓRIO DA BNCC..................................................................... 627

3. A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS ..................................................................... 628

4. CONTEXTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO COMPONENTE


CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................................................. 631

5. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.......... 632

6. O CURRÍCULO E O COMPONENTE CURRICULAR DE HISTÓRIA........................ 634

7. ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS E FINAIS.......... 636

8. ORGANIZADOR CURRICULAR DE HISTÓRIA.................................................... 638

9. REFERÊNCIAS........................................................................................................
1. APRESENTAÇÃO

Tomando como referência a Base Na-


cional Comum Curricular – BNCC, con-
forme os termos da Resolução CNE/CP
nº 2, de 22 dezembro de 2017, apresen-
tamos o Referencial Curricular de Histó-
ria do Estado de Alagoas, que servirá de
base para a formulação dos currículos
dos sistemas e das redes escolares es-
taduais e municipais.
Cabe ressaltar que o documento
norteador BNCC define o conjunto de
aprendizagens essenciais que todos os
estudantes devem desenvolver ao longo
das etapas e modalidades da educação
infantil e do ensino fundamental Anos
Iniciais e Finais. Estabelece também os
conhecimentos, as competências e as
habilidades que se espera que todos os
estudantes desenvolvam ao longo da
escolaridade da Educação Básica.
O Currículo do componente de Histó-
ria visa desenvolver todas as dimensões
formativas do estudante e colocá-lo no
centro dos processos educativos. Dessa
forma, a História não pode tornar o estu-
dante um mero expectador, o professor
precisa propiciar condições de partici-
pação do educando na construção do
624 - HISTÓRIA -

conhecimento. Levando em con- diferentes fontes e tipos de docu-


sideração o que traz a BNNC: “as mentos para facilitar a compreen-
questões que nos levam a pensar a são tempo e espaço (BNCC, 2017).
História como um saber necessá- A História não é neutra, foi e é
rio para a formação das crianças e escrita em um determinado con-
jovens na escola são as originárias texto social e por um grupo do-
do tempo presente. O passado que minante, vencedor. Devido a isso,
deve impulsionar a dinâmica do en- o professor não pode trazer ver-
sino-aprendizagem no Ensino Fun- dades absolutas, nem apresentar
damental é aquele que dialoga com apenas um lado que foi vivido por
o tempo atual.” um povo em detrimento de outro.
A História é a experiência huma- O professor de História precisa
na desde os primórdios até os dias conhecer as mais diversas ciências
atuais. Não podemos limitar seu para poder dialogar com seus estu-
ensino a uma configuração sim- dantes livre de conceitos pré-con-
plesmente disciplinar, precisamos cebidos e interpretar o passado
levar em consideração todo um associando com o presente.
contexto do passado com o pre- Ensinar História atualmente
sente. O conhecimento histórico exige muito comprometimento e
fundamentado numa relação pas- formação. O professor precisa abrir
sado e presente, favorece a per- caminhos para novas leituras de
cepção da forma como sociedades mundo, promover uma educação
e indivíduos construíram suas lei- crítica que transforma e permite
turas e concepções sobre o mundo que o estudante seja o centro dos
em que viveram e vivem, por isso a processos educativos. Para isso, é
História vem acompanhada de uma importante diminuir a distância en-
ligação entre outras ciências como tre conteúdos e a realidade do es-
a Antropologia, a Geografia, a Fi- tudante, estimulando a autonomia
losofia, a Sociologia e a Literatura de pensamento reconhecendo o
entre outras que estudam o Ser agir dos indivíduos de acordo com
Humano e nos faz refletir sobre as a época e o lugar nos quais vivem,
múltiplas experiências e a vida co- onde preservam ou transformam
tidiana dos povos. os seus hábitos estimulando a di-
A experiência humana é regis- versidade e o pensamento crítico.
trada de diversas formas e, devido Essa versão do Referencial Cur-
a isso, para ensinar História é im- ricular da Educação Básica da Rede
portante considerar a utilização de Estadual de Ensino do Estado de
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 625

Alagoas vai abordar a transição da produzidos culturalmente, expres-


educação Infantil para o Ensino Fun- sos nas políticas públicas e que são
damental, as concepções históricas gerados nas instituições produto-
e a evolução do ensino de História ras do conhecimento científico e
no Brasil e em Alagoas, além das tecnológico ...)”. E no Plano Nacio-
concepções específicas, a organi- nal de Educação nas metas 2,3,7,
zação curricular do componente e a estabelecida como estratégia para
formação integral do estudante. o cumprimento dessas 3 metas.
O Referencial Curricular da O Parecer CNE/CEB nº 7/2010,
Educação Básica da Rede Estadual também fundamenta a imple-
de Ensino do Estado de Alagoas mentação da BNCC e a Lei nº
foi construído coletivamente por 13.005/20147 promulgou o Plano
professores, consultores, movi- Nacional de Educação (PNE), que
mentos sociais, pedagogos e mo- reitera a necessidade de,
vimentos sindicais. O documento
tem como objetivo pensar o ensi- estabelecer e implantar, mediante
no de História e incentivar a todos pactuação interfederativa [União,
os professores orientações para a Estados, Distrito Federal e Municípios],
prática da docência integral. diretrizes pedagógicas para a educação
básica e a base nacional comum dos
2. Marco Regulatório currículos, com direitos e objetivos de
da BNCC aprendizagem e desenvolvimento dos(as)
estudantes(as) para cada ano do Ensino
Prevista na Constituição de Fundamental e Médio, respeitadas as
1988 “(Art. 210, serão fixados con- diversidades regional, estadual e local
teúdos mínimos para o Ensino Fun- (BRASIL, 2014).
damental, de maneira a assegurar
formação básica comum …)”. Na Portanto, todos esses marcos
LDB “(Artigo. 26, os currículos da regulatórios possibilitam a BNCC
Educação Infantil, do Ensino Fun- a primar pelos princípios éticos,
damental e Médio devem ter BASE políticos e estéticos que visam
NACIONAL COMUM, a ser comple- à formação humana integral e à
mentada em cada sistema de ensi- construção de uma sociedade
no e em cada estabelecimento es- justa, democrática e inclusiva,
colar)”. Nas DCNs “(Art. 14, define como fundamentado nas Dire-
BASE NACIONAL COMUM como trizes Curriculares Nacionais da
conhecimentos, saberes e valores Educação Básica (DCN).
626 - HISTÓRIA -

De igual modo a BNCC, o Cur- Geografia e História, ao estimular


rículo do Estado de Alagoas está os estudantes a desenvolverem
fundamentado no Art. 3º da LDB uma compreensão do mundo, não
de nº 9.394/96, nas Diretrizes Cur- favorece apenas seu desenvolvi-
riculares Nacionais, nos PCNs, Lei mento autônomo, mas os torna
nº 13.005/20147 promulgou o Pla- aptos a uma intervenção mais res-
no Nacional de Educação (PNE), na ponsável no mundo em que vivem.
Constituição de 1988, Artigo 205, e Nesse sentido, as Ciências Huma-
na LEI Nº 7.795, de 22 de janeiro de nas devem, assim, estimular uma
2016, que instituiu o Plano Estadual formação ética, elemento funda-
de Educação de Alagoas. mental para a formação das novas
gerações, auxiliando os estudantes
3. A Área de Ciências a construir um sentido de respon-
Humanas sabilidade para valorizar: os direitos
humanos; o respeito ao ambiente e
Busca-se com a organização à própria coletividade; o fortaleci-
de um caderno para o componen- mento de valores sociais, tais como
te da Área de Ciências Humanas a a solidariedade, a participação e o
consolidação de uma proposta de protagonismo voltados para o bem
trabalho coletivo e interdiscipli- comum; e, sobretudo, a preocupa-
nar. Disto compreende-se que um ção com as desigualdades sociais.
Currículo para a área de Ciências A BNCC orienta que,
Humanas pressupõe politicamen-
te nos vislumbrarmos frente aos Os conhecimentos específicos na área
problemas sociais, econômicos, de Ciências Humanas exigem clareza
políticos, ambientais e culturais na definição de um conjunto de objetos
pelos quais passam o planeta, nos- de conhecimento que favoreçam o
so país, nosso Estado e respectiva- desenvolvimento de habilidades e
mente cada município. que aprimorem a capacidade de os
O currículo das Ciências Huma- estudantes pensarem diferentes
nas, trabalhado no Ensino Funda- culturas e sociedades, em seus tempos
mental Anos Iniciais e Finais, tem históricos, territórios e paisagens
por finalidade contribuir para o (compreendendo melhor o Brasil, sua
desenvolvimento de sujeitos autô- diversidade regional e territorial). E
nomos, conscientes e capazes de também que os levem a refletir sobre
conviver e respeitar as diferenças. sua inserção singular e responsável na
Os componentes curriculares de história da sua família, comunidade,
nação e mundo (2017, p. 352).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 627

Dessa forma, ela permite aos seu próprio tempo, percebendo as


educandos conhecimentos que experiências humanas e refletindo
lhes possibilitem conviver em so- sobre elas, com base na diversida-
ciedade participando das tomadas de de pontos de vistas.
de decisões de forma crítica nas A educação escolar deve pro-
questões sociais, éticas e políti- piciar, além da transmissão sis-
cas, condições basilares para uma temática dos conteúdos de en-
atuação crítica e orientada por va- sino, historicamente produzidos
lores democráticos. e acumulados, assegurar que os
No Ensino Fundamental, os educandos se apropriem desses
procedimentos de investigação em conteúdos de forma ativa, para
Ciências Humanas devem propiciar que possam reelaborar esses co-
nos estudantes a capacidade de nhecimentos e, com isso, obter um
observação. Na Geografia e na His- senso crítico mais concreto, em-
tória, espera-se nessa etapa de en- basado na compreensão científica
sino, que seja trabalhado “o reco- e tecnológica da realidade social e
nhecimento do Eu e o sentimento política na qual estão inseridos so-
de pertencimento dos estudantes cialmente.
à vida da família e da comunidade” Um dos grandes problemas da
(BNCC, 2017, p. 209). Geografia do século XXI é estimu-
As competências e habilida- lar o estudante a sua criatividade,
des propostas neste documento sua imaginação, sua curiosidade, o
dizem respeito à formação para o raciocínio do pensamento geográ-
exercício da cidadania. Por isso, é fico e, consequentemente, levá-lo a
essencial que os estudantes com- compreender que o espaço geográ-
preendam que são sujeitos capa- fico ao longo dos tempos foi sendo
zes de interferir na realidade em modificado e transformado pela
que vivem e que os conhecimentos ação humana, e que, acima de tudo,
adquiridos na escola podem con- seja capaz de tornar esse estudante
tribuir para seu desenvolvimento um cidadão autônomo e crítico para
intelectual e social. atuar e mediar conflitos.
Cabe ainda às Ciências Hu- O componente de História não
manas cultivar a formação de pode ser tratado apenas como ma-
estudantes intelectualmente téria a ser ensinada e aprendida,
autônomos, com capacidade de ar- isto impediria que ela dialogasse
ticular categorias de pensamento com outras disciplinas. A História é
histórico e geográfico em face de uma ciência viva, construída pelos
628 - HISTÓRIA -

homens nos mais variados está- com as 10 Competências Gerais


dios da sociedade. O componente da BNCC, e com as Competências
de História apresentado aqui nes- Específicas de cada componente
te documento apresenta-se como Curricular Geografia/História. As-
uma ciência que analisa o tempo, sim, eles devem contribuir para a
em suas várias idades e períodos ampliação de conhecimento sobre
cronológicos. Sendo assim, o seu o mundo social e as questões polí-
objeto de estudo é a relação do pre- ticas, éticas e sociais e desenvolver
sente com o passado no decorrer nos educandos a autonomia inte-
do tempo histórico das sociedades, lectual, princípio fundamental para
buscando contribuir, com a forma- atuação reflexiva e aquisição de va-
ção do cidadão autônomo e integral. lores democráticos.
Portanto, os conhecimentos O quadro nº 01 mostra as
específicos abordados na Área de Competência Especificas da Área
Ciências Humanas no Ensino Fun- de Ciências Humanas para o Ensi-
damental, dialogam diretamente, no Fundamental:

Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o respeito à diferença em


01
uma sociedade plural e promover os direitos humanos.

Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científico- informacional com base nos conhe-
02 cimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no tempo e no espaço, para
intervir em situações do cotidiano e se posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.

Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na sociedade, exercitando a


03 curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a transformação espacial, social e cultural, de
modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida social.

Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos outros e às diferentes
culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a
04
valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencia-
lidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços variados, e eventos ocorri-
05
dos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços variados.

Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para negociar e defender, ideias
e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental, exercitando a res-
06
ponsabilidade e o protagonismo voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, demo-
crática e inclusiva.

Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais
07 de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado à localização,
distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

Fonte: (BNCC, 2017, p. 355)


Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 629

Na ditadura militar, a disciplina


4. Contexto histórico História foi retirada do currículo,
e evolução do houve uma fusão com Geografia
componente e passou a se chamar Estudos So-
curricular de ciais. O objetivo dos militares no
História golpe de 1964 era criar uma socie-
dade voltada para as concepções
4.1 No Brasil ideológicas do período da ditadura
O ensino de História no Brasil, militar. A partir da década de 1980,
desde a colonização até os dias com a abertura política, a História
atuais, passou por grandes mudan- passou a formar estudantes cons-
ças. O ensino no Brasil Colônia era cientes da sua realidade.
eurocêntrico e religioso, as aulas Os professores de História na
nas escolas abordavam a Europa atualidade precisam inserir a cultu-
como modelo de civilidade e seus ra afro-brasileira e indígena, esses
heróis conquistadores. A Compa- grupos foram marginalizados ou
nhia de Jesus era responsável pela esquecidos nos nossos livros e sa-
maior parte da educação no país, las de aula. Depois de muita luta de
basicamente ensinava a religião grupos excluídos do ensino de His-
católica através da bíblia, esse en- tória, o Brasil inseriu através de lei
sino religioso predominou até o o ensino da cultura afro-brasileira
século XVII. (Lei nº 10.639/2003) e indígena (Lei
A História só foi definida como nº 11.645/2008), permitindo um
disciplina no século XIX e tinha entendimento sobre a formação do
como objetivo criar um senso de povo brasileiro.
identidade nacional nos estudan- A disciplina de História é liber-
tes, as aulas serviam para exaltar tadora, ela permite que os estu-
os grandes homens, normalmente dantes conheçam o passado para
brancos e senhores. entender o presente e participar
O Instituto Histórico Geográfi- do futuro intervindo nas mais di-
co do Brasil (IHGB), no final do sé- versas realidades. O professor,
culo XIX e início do século XX, cria fundamental nesse processo, é
metodologias, manuais e resumos quem desperta um olhar para as
fortalecendo e consolidando a His- intervenções no seu local de mo-
tória como disciplina. Mesmo com radia, na sua cidade, no seu país. A
esse avanço a História continuou luta para professores bem forma-
patriarcal e branca. dos no Brasil continua, essa base
630 - HISTÓRIA -

é fundamental para não perpetuar europeu, modelo de civilização


uma história repleta de estereóti- (DIEGUES JUNIOR, 1890).
pos, patriarcal e preconceituosa. Com a constante transforma-
ção do ensino da História a visão
4.2 Em Alagoas positivista, sentimentalista, elitista
Em Alagoas, os primeiros proje- e biográfica do passado foi dimi-
tos educacionais sugiram no sécu- nuindo. Apenas no final da década
lo XIX, a demanda da discussão era de 1980, com a abertura política, foi
sobre o que e como ensinar. Esse que Alagoas passou a inserir outros
momento fazia parte das mudan- conteúdos mais críticos, analisar
ças sociais e políticas da época, na sua formação social, econômica
qual havia o entendimento de mo- e política sobre os mais diversos
dernização e unidade nacional. O olhares, não apenas da classe eli-
pensamento liberal entendia que tista e patriarcal. Os conteúdos de
a educação era uma forma de pro- História foram introduzidos nos
mover a cultura da elite, a obediên- Anos Finais do Ensino Fundamental
cia as leis e tornar o cidadão con- para possibilitar um entendimento
formado e civilizado nos moldes maior da história do povo alagoano.
europeu (FONSECA, 2006).
O primeiro relato histórico foi 5. Competências
elaborado por Antônio Joaquim específicas
Moura entre 1835 e 1836, seu tí- de História
tulo era “Opúsculo da Descripção para o Ensino
Geographica e Topographica, Phi- Fundamental.
zica, Política, e Histórica do que
Unicamente Respeita à Provincia O ensino de História na educa-
das Alagôas no Império do Brazil” ção básica visa a formação do es-
(COELHO, 2009). Seu livro era des- tudante sobre as experiencias hu-
critivo e geográfico e também pos- manas e a sociedade em que vive,
suía pensamento liberal, aristocrá- ou seja, a História como um campo
tico e religioso. de indagações sobre as coisas do
O ensino de História era visto passado e do presente, possibi-
como uma forma de difundir va- litando a construção de explica-
lores ideológicos dominantes e ções, formando ou desvendando
aristocráticos. O povo deveria ab- significados, em um movimento
sorver através da educação con- contínuo ao longo do tempo e do
formidade social e valorização do espaço, incentivando a capacidade
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 631

de comunicação e diálogo para o


3. Elaborar questionamentos,
hipóteses, argumentos e
respeito à diversidade cultural, so-
proposições em relação a do-
cial e política. Conforme BNCC, “A
cumentos, interpretações e
contextualização é uma tarefa im-
contextos históricos especí-
prescindível para o conhecimento
ficos, recorrendo a diferentes
histórico. Com base em níveis va-
linguagens e mídias, exerci-
riados de exigência, das operações
tando a empatia, o diálogo, a
mais simples às mais elaboradas,
resolução de conflitos, a coo-
os estudantes devem ser instiga-
peração e o respeito.
dos a aprender a contextualizar.”
A partir dessas observações 4. Identificar interpretações
apresentamos as competências que expressem visões de
específicas do componente cur- diferentes sujeitos, culturas
ricular de História – Base Nacional e povos com relação a um
Comum Curricular – BNCC. mesmo contexto histórico, e
posicionar-se criticamente
1. Compreender aconteci-
com base em princípios éti-
cos democráticos, inclusivos,
mentos históricos, relações
sustentáveis e solidários.
de poder e processos e me-
canismos de transformação 5. Analisar e compreender o
e manutenção das estrutu- movimento de populações e
ras sociais, políticas, econô- mercadorias no tempo e no
micas e culturais ao longo do espaço e seus significados
tempo e em diferentes es- históricos, levando em conta o
paços para analisar, posicio- respeito e a solidariedade com
nar-se e intervir no mundo as diferentes populações.
contemporâneo. 6. Compreender e problema-
2. Compreender a historicida- tizar os conceitos e proce-
dimentos norteadores da
de no tempo e no espaço,
relacionando acontecimen- produção historiográfica.
tos e processos de trans- 7. Produzir, avaliar e utilizar tec-
formação e manutenção das nologias digitais de informa-
estruturas sociais, políticas, ção e comunicação de modo
econômicas e culturais, bem crítico, ético e responsável,
como problematizar os sig- compreendendo seus sig-
nificados das lógicas de or- nificados para os diferentes
ganização cronológica. grupos ou estratos sociais.
632 - HISTÓRIA -

6. O currículo e o 6.2 O professor do


componente componente
curricular de Os conteúdos sobre cul-
História tura afro-brasileira (Lei nº
10.639/2003) e indígena (Lei nº
6.1 O sujeito que se 11.645/2008) são inseridos para
pretende formar que o estudante possa desen-
No ensino-aprendizagem de volver seu entendimento e criti-
História a identificação, a com- cidade sobre a formação da po-
paração, a contextualização, a pulação brasileira e perceber os
interpretação e a análise são im- processos de inclusão e exclusão
portantes para estimular a for- da nossa sociedade. Os conteú-
mação de um estudante autôno- dos mundiais e brasileiros estão
mo e cidadão. presentes desde a antiguidade
Para a formação autônoma, até os tempos atuais.
cidadã e crítica a vivência de to-
dos os envolvidos no processo Venham para a beira”, disse ele.
ensino-aprendizagem é funda- Eles responderam: “Temos medo”.
mental. Essa vivência coletiva “Venham para a beira”, repetiu.
patrocina um entendimento Eles vieram. Ele então os empurrou.
melhor de sociedade e desperta E eles voaram.
o estudante a questionar e en- Guillaume Apollinaire
tender a diversidade brasileira
e mundial. A Lei de Diretrizes e A História é um instrumento
Bases da Educação (1996, p. 01), para a transformação social. Os
em seu artigo 1° § 2º, descreve professores de História no Ensino
que “A educação escolar deverá Fundamental consolidam a forma-
vincular-se ao mundo do traba- ção integral dos seus estudantes.
lho e à prática social”. A BNCC Eles precisam formar jovens críti-
está em consonância com a LDB cos, cidadãos responsáveis e livres,
quando estimula a vivência para capazes de respeitar todas as di-
melhor aprendizado. versidades da sociedade.
O ensino de História deve for- O ensino de História pode ser
talecer o entendimento da cida- apresentado como uma disciplina na
dania, das diversidades e ampliar qual os estudantes compreendam e
o conceito de mundo. reflitam os conteúdos sobre diver-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 633

sos olhares, produzindo seu próprio que se precisa é que, em sua formação
entendimento e conhecimento. permanente, o professor se perceba
Paulo Freire escreveu que: e se assuma, porque professor, como
pesquisador.
ao ser produzido, o conhecimento
novo supera outro que antes foi novo O ensino de História fica mais
e se fez velho e se “dispõe” a ser interessante quando diversifica as
ultrapassado por outro amanhã. Daí ferramentas aplicadas em sala de
que seja tão fundamental conhecer aula. Há uma grande quantidade
o conhecimento existente quanto de fontes de informações além do
saber que estamos abertos e aptos à livro didático, entre elas, música,
produção do conhecimento ainda não cinema, jornais, literatura, museus
existente. [...] Saber que ensinar não (BNCC, 2017). O professor deve in-
é transferir conhecimento, mas criar centivar a pesquisa para provocar a
as possibilidades para a sua própria curiosidade e a reflexão, tornando
produção ou a sua construção. (Paulo seus estudantes investigadores da
Freire,1996). História, ele deve conhecer o cur-
rículo para que todos tenham uma
Para tanto, nesse componen- formação adequada.
te curricular repleto de desafio, O professor precisa saber que:
o professor precisa de formação
continuada, conhecer a realidade quanto mais o estudante sentir a
de seus estudantes, a sociedade e história como algo próximo dele, mais
diversas formas e estratégias di- terá vontade de interagir com ela, não
dáticas para conduzir sua aula. O como uma coisa externa, distante, mas
professor deve buscar sempre no- como uma prática que ele se sentirá
vos conhecimentos, permanecen- qualificado e inclinado a exercer
do um eterno aprendiz, conforme (Karnal, 2008, p. 28).
Paulo Freire (1996):
É no contato entre professo-
Fala-se hoje, com insistência, no res e estudantes que as ideias e as
professor pesquisador. No meu entender questões são geradas e esse pro-
o que há de pesquisador no professor não cesso de conhecimento mútuo faz
é uma qualidade ou uma forma de ser ou o professor preparar a aula mais
de atuar que se acrescente à de ensinar. adequada para seus estudantes. O
Faz parte da natureza da prática docente professor tem a oportunidade de
a indagação, a busca, a pesquisa. O de
634 - HISTÓRIA -

formar integralmente seu estu- O desenvolvimento da identidade


dante, um estudante liberto para e da autonomia está intimamente
entender a sociedade e partici- relacionado com os processos de
par de uma forma efetiva para as socialização. Nas interações sociais
conquistas da cidadania. se dá a ampliação nos laços afetivo
que as crianças podem estabelecer
7. Organização com as outras crianças e com os
do Ensino adultos, contribuindo para que
Fundamental – o reconhecimento do outro e a
Anos Iniciais e constatação das diferenças entre
Finais as pessoas sejam valorizadas e
aproveitadas para o enriquecimento
Ensinar História é um desafio de si próprias. Isso pode ocorrer nas
nos Anos Iniciais do Ensino Fun- instituições de Educação Infantil
damental. O professor precisa que se constituem, por excelência,
trazer a história para a vida dos em espaço de socialização, pois
seus estudantes, adequar a com- propiciam o contato e o confronto com
preensão de cada idade e reali- adultos e crianças de várias origens
dade, despertar o senso crítico e socioculturais, de diferentes religiões,
proporcionar a reflexão. etnias, costumes, hábitos e valores,
Partindo da Educação Infantil fazendo dessa diversidade um campo
que é fundamental para a forma- privilegiado de experiência educativa
ção da criança, compreende-se (BRASIL, 1998, v.2, p.11).
que nessa fase há o desenvolvi-
mento da socialização, da inteli- Conforme a concepção do au-
gência e das emoções das crian- tor, o estudante através do estímu-
ças, o que auxilia para chegarem a lo, da investigação e da experimen-
fase adulta com responsabilidade tação se apropria gradativamente
e autoconfiança precisam de ex- dos conteúdos. A História vai es-
periências positivas e libertadoras. timular essa criança a ser inserida
Nessa etapa, a relação com o pro- em contextos de discussões e en-
fessor é muito próxima, há uma re- tendimento da família e da socie-
lação de cuidar e ensinar, na qual a dade como participante.
criança deve ser estimulada visan- Ao chegar aos Anos Iniciais do
do a autonomia e a compreensão Ensino Fundamental com o en-
do seu mundo, mas também a re- tendimento de cidadania, de co-
lação entre o eu, do outro e do nós. tidiano, do eu, do outro e do nós
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 635

(BNCC,2017), esses conhecimen- é uma habilidade necessária e enri-


tos partem da realidade do estu- quecedora. Ela estimula a percep-
dante e serão continuados gradati- ção de que povos e sociedades, em
vamente nos anos seguintes. tempos e espaços diferentes, não
Nos Anos Finais do Ensino são tributários dos mesmos valo-
Fundamental, propõe-se ao pro- res e princípios da atualidade. O
fessor de História a otimizar as exercício da interpretação – de um
habilidades e competências dos texto, de um objeto, de uma obra li-
seus estudantes para que esses terária, artística ou de um mito – é
sejam estimulados a aprender. fundamental na formação do pen-
A sequência temporal também samento crítico. Exige observa-
é outro aspecto importante, ela ção e conhecimento da estrutura
proporciona ao estudante uma do objeto e das suas relações com
localização no tempo e espaço da modelos e formas (semelhantes ou
história da humanidade. Lembran- diferentes) inseridas no tempo e
do que o processo histórico não é no espaço.
inflexível, não existe apenas uma Outros aspectos que auxilia-
versão, faz-se necessário essa co- ram no processo de ensino apren-
locação em estímulo ao professor dizagem e leitura de mundo, na
e estudante a buscar de diversas dinâmica passado/presente, te-
fontes, na produção de saberes do mos os objetos do conhecimento
processo ensino aprendizagem. sobre cultura afro-brasileira (Lei
Destacamos o estudante con- nº 10.639/2003) e indígena (Lei nº
cluirá essa etapa com conceitos 11.645/2008) inseridos para que o
básicos já formados para que no estudante possa desenvolver seu
decorrer dos anos ele possa desen- entendimento e criticidade sobre a
volver gradativamente os objetivos formação da população brasileira e
de História como a identificação, a perceber os processos de inclusão
comparação, a contextualização, e exclusão da nossa sociedade. Os
a interpretação e a análise. Esses conteúdos mundiais e brasileiros
objetivos são importantes para es- estão presentes desde a antigui-
timular a formação de um estudan- dade até os tempos atuais.
te autônomo e cidadão. Ressaltamos também a impor-
Conforme BNCC, “Distinguir tância de estudo e conhecimento
contextos e localizar processos, sobre a História de Alagoas, como
sem deixar de lado o que é parti- fundamental base para formação
cular em uma dada circunstância, do estudante no ensino fundamen-
636 - HISTÓRIA -

tal, uma inserção defendida e rela- temáticas dos Anos Iniciais e finais
cionada as competências especí- do Ensino Fundamental.
ficas do componente curricular de Ressaltamos que não apresenta-
História, conforme BNCC: “Com- mos um direcionamento metodoló-
preender acontecimentos históri- gico, ou condicionante para as habi-
cos, relações de poder e processos lidades, propomos que estas sejam
e mecanismos de transformação e desenvolvidas em ação conjunta da
manutenção das estruturas sociais, comunidade escolar, de acordo com
políticas, econômicas e culturais ao a faixa etária dos estudantes, em
longo do tempo e em diferentes es- consonância com os projetos políti-
paços para analisar, posicionar-se cos pedagógicos das escolas.
e intervir no mundo contemporâ- Considerando as competências
neo.” Com destaque ao organiza- a serem adquiridas ao longo do en-
dor curricular, no campo Desdobra- sino fundamental, acrescentamos
mento Didático Pedagógicos e nas um instrumento auxiliar na prática
formações de implementação. pedagógica na quarta coluna in-
titulado de Desdobramentos Di-
8. Organizador dático Pedagógico – DesDP, onde
Curricular de apresentamos propostas de deta-
História lhamentos e contextualização das
habilidades, otimizando as possibi-
Este documento apresenta lidades didático pedagógicas com
através do Organizador Curricular foco na territorialidade.
de História, as habilidades que de- Destacamos como se apresen-
vem ser desenvolvidas pelos estu- ta as habilidades de História den-
dantes em toda a Educação Básica, tro de seu Organizador Curricular,
conforme a BNCC, estas habilida- cada habilidade é identificada por
des estão relacionadas aos obje- um código alfanumérico cuja com-
tos do conhecimento e unidades posição é a seguinte:
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 637

O primeiro par de letras indica a


etapa de Ensino Fundamental EF07HI02

O primeiro par de números


indica o ano (01 a 09) a que
se refere a habilidade, ou, no caso
de Língua Portuguesa, Arte e
Educação Física, o bloco de anos,
como segue:
Língua Portuguesa / Arte
15 = 1o ao 5o ano
69 = 6o ao 9o ano
O último par
Língua Portuguesa / Educação Física de números indica a
15 = 1o e 2o ano posição da habilidade na
35 = 3o ao 5o ano numeração sequencial
67 = 6o e 7o ano do ano ou do
89 = 8o e 9o ano bloco de anos

O segundo par de letras


indica o componente curricular

AR = Arte
CI = Ciências
EF = Educação Física
ER = Ensino Religioso
GE = Geografia
HI = História
LI = Língua Inglesa
LP = Língua Portuguesa
MA = Matemática
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 639

QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
640 - HISTÓRIA -

1º Ano – Ensino Fundamental


Unidade Temática

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De Conhecimento Habilidades
Pedagógicos

As fases da vida e a ideia de tempo- (EF01HI01) Identificar aspec- Saber a própria história e a origem
ralidade (passado, presente, futuro) tos do seu crescimento por do nome e sobrenome, e a árvore
meio do registro das lem- genealógica. Conhecer a história do
branças particulares ou de seu bairro, de sua rua.
lembranças dos membros Reproduzir as diversas categorias da
de sua família e/ou de sua representação do tempo.
comunidade.

As diferentes formas de organiza- (EF01HI02) Identificar a rela- Conhecer e respeitar as diferentes


ção da família e da comunidade: ção entre as suas histórias e formas de organização familiar.
os vínculos pessoais e as relações as histórias de sua família e Reconhecer a existência de diferen-
de amizade de sua comunidade. tes comunidades e suas contribui-
ções na produção de saberes.

(EF01HI03) Descrever e Reconhecer e cumprir suas respon-


distinguir os seus papéis e sabilidades relacionadas a seu papel
responsabilidades relacio- na escola e na família, desenvolven-
nados à família, à escola e à do o sentimento de pertencimento
comunidade. dos diferentes grupos sociais.
Compreender que as normas de
convivência existentes nas relações
familiares são construídas e recons-
truídas temporal e espacialmente.
Mundo pessoal: meu lugar no mundo

A escola e a diversidade do grupo (EF01HI04) Identificar as Definir coletivamente regras de


social envolvido diferenças entre os variados convivência no espaço escolar.
ambientes em que vive (do- Conhecer a história da sua escola,
méstico, escolar e da comu- identificando os papéis e a atuação
nidade), reconhecendo as de cada um como sujeito de deveres
especificidades dos hábitos e direitos.
e das regras que os regem.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 641

A vida em casa, a vida na escola e (EF01HI05) Identificar seme- Relatar as fases da sua vida, através
formas de representação social e lhanças e diferenças entre da construção de linha do tempo.
espacial: os jogos e brincadeiras jogos e brincadeiras atuais e
como forma de interação social e de outras épocas e lugares.
espacial

A vida em família: diferentes confi- (EF01HI06) Conhecer as Identificar e representar os papeis


gurações e vínculos histórias da família e da sociais das pessoas da família em
escola e identificar o papel casa e na profissão de cada um.
desempenhado por diferen-
tes sujeitos em diferentes
espaços.

(EF01HI07) Identificar Respeitar as diferenças existentes


mudanças e permanências entre os costumes, valores e hábitos
Mundo pessoal: eu, meu grupo social e meu tempo

nas formas de organização das diversas famílias reconhecendo


familiar. as semelhanças entre elas.

A escola, sua representação es- (EF01HI08) Reconhecer o Identificar as razões das escolhas
pacial, sua história e seu papel na significado das comemo- das datas comemorativas em seus
comunidade rações e festas escolares, diferentes significados.
diferenciando-as das datas
festivas comemoradas no
âmbito familiar ou da comu-
nidade.
642 - HISTÓRIA -

2º Ano – Ensino Fundamental

Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Temática
Unidade

Conhecimento Pedagógicos

A noção do “Eu” e (EF02HI01) Reconhecer espaços de Saber a origem do nome e sobrenome, a


do “Outro”: comu- sociabilidade e identificar os motivos árvore genealógica. Conhecer a história
nidade, convivên- que aproximam e separam as pes- do seu bairro, de sua rua, bairro e cidade.
cias e interações soas em diferentes grupos sociais ou Identificar o próprio grupo de convívio e as
entre pessoas de parentesco. relações que estabelece em tempo e espaço.

(EF02HI02) Identificar e descrever Identificar-se, a si e aos outros como membros


práticas e papéis sociais que as de grupos de convívio diversos. Identificar as
pessoas exercem em diferentes práticas sociais dos grupos do seu convívio.
comunidades.

(EF02HI03) Selecionar situações coti- Reconhecer mudanças e permanências nas


dianas que remetam à percepção de vivências humanas na sua realidade e em
mudança, pertencimento e memória. outras comunidades.

(EF02HI04) Selecionar e compreender Identificar e expressar as características (indi-


o significado de objetos e documen- viduais e coletivas comuns; e particulares a si
tos pessoais como fontes de memó- e aos membros dos grupos de convívio locais,
rias e histórias nos âmbitos pessoal, atualmente e no passado.
familiar, escolar e comunitário.

Formas de registrar (EF02HI05) Selecionar objetos e Ordenar os fatos, histórias de ordem pessoal,
e narrar histórias documentos pessoais e de grupos familiar e dos grupos próximos ao seu con-
(marcos de me- próximos ao seu convívio e com- vívio.
mória materiais e preender sua função, seu uso e seu
imateriais) significado.

O tempo como (EF02HI06) Identificar e organizar, Compreender o tempo como construção


A comunidade e seus registros

medida temporalmente, fatos da vida coti- social, par meio do estado de alguns instru-
diana, usando noções relacionadas mentos de marcação e datação do tempo.
ao tempo (antes, durante, ao mesmo
tempo e depois).

(EF02HI07) Identificar e utilizar dife- Reproduzir as diversas categorias da repre-


rentes marcadores do tempo presen- sentação do tempo.
tes na comunidade, como relógio e
calendário.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 643

As fontes: relatos (EF02HI08) Compilar histórias da Saber a própria história e a origem do nome e
orais, objetos, família e/ou da comunidade registra- sobrenome e árvore genealógica.
As formas de registrar as experiências da

imagens (pinturas, das em diferentes fontes.


fotografias, vídeos),
músicas, escrita,
tecnologias digitais
de informação e
comunicação e
inscrições nas pare- (EF02HI09) Identificar objetos e Identificar e valorizar documentos, fatos, obje-
des, ruas e espaços documentos pessoais que remetam tos de valor cultural, legal e sentimental como
sociais à própria experiência no âmbito da referenciais fundamentais para a construção
família e/ou da comunidade, discu- da identidade pessoal. Identificar dados
comunidade

tindo as razões pelas quais alguns governamentais sobre a história da localidade


objetos são preservados e outros são (rua, bairro, município, escola).
descartados.

A sobrevivência (EF02HI10) Identificar diferentes Conhecer as principais atividades econômi-


O trabalho e a sustentabilidade na comu-

e a relação com a formas de trabalho existentes na cas sociais administrativas e culturais da sua
natureza comunidade em que vive, seus comunidade.
significados, suas especificidades e
importância.

(EF02HI11) Identificar impactos no Refletir sobre os prejuízos ao homem causa-


ambiente causados pelas diferentes dos pelos impactos ambientais.
formas de trabalho existentes na
comunidade em que vive.
nidade
644 - HISTÓRIA -

3º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Conhecimento Pedagógicos

O “Eu”, o “Outro” (EF03HI01) Identificar os grupos Formular e Expressar uma reflexão a


e os diferentes populacionais que formam a respeito do fenômeno migratório e as
grupos sociais e cidade, o município e a região, as consequências sociais e ambientais em
étnicos que com- relações estabelecidas entre eles e sua cidade, bairro, rua. Caracterizar as prin-
põem a cidade e os eventos que marcam a formação cipais etapas do processo de colonização
os municípios: os da cidade, como fenômenos mi- do Estado de Alagoas.
desafios sociais, gratórios (vida rural/vida urbana),
culturais e am- desmatamentos, estabelecimento
bientais do lugar de grandes empresas etc.
onde vive
(EF03HI02) Selecionar, por meio da Vivenciar e valorizar as manifestações
consulta de fontes de diferentes culturais construída historicamente na
naturezas, e registrar acontecimen- comunidade.
tos ocorridos ao longo do tempo
na cidade ou região em que vive.
As pessoas e os grupos que compõem a cidade e o município

(EF03HI03) Identificar e compa- Valorizar o patrimônio histórico local, reco-


rar pontos de vista em relação a nhecendo a importância da diversidade
eventos significativos do local em sócio-cultural e étnica racial (africana e
que vive, aspectos relacionados a indígena) na formação da população e da
condições sociais e à presença de cultura local. Compreen-
diferentes grupos sociais e cultu- der o processo que desembocou na Eman-
rais, com especial destaque para as cipação Política do Estado de Alagoas.
culturas africanas, indígenas e de
migrantes.

Os patrimônios (EF03HI04) Identificar os patrimô- Conhecer a importância que o patrimônio


históricos e nios históricos e culturais de sua ci- histórico e cultural tem para a memória da
culturais da dade ou região e discutir as razões sua cidade. Enume-
cidade e/ou do culturais, sociais e políticas para rar as principais características dos acha-
município em que assim sejam considerados. dos arqueológicos no Estado de Alagoas.
que vive
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 645

A produção dos (EF03HI05) Identificar os marcos Vivenciar os marcos históricos da cidade


marcos da me- históricos do lugar em que vive e analisando sua importância para a história
mória: os lugares compreender seus significados. do município.
de memória
(ruas, praças,
escolas, monu- (EF03HI06) Identificar os registros Comparar os diferentes tipos de registros
mentos, museus de memória na cidade (nomes de documentais utilizados para a constru-
etc.) ruas, monumentos, edifícios etc.), ção, descrição, rememoração dos fatos
discutindo os critérios que expli- históricos.
cam a escolha desses nomes.

A produção (EF03HI07) Identificar semelhanças Dialogar e refletir a respeito das seme-


dos marcos da e diferenças existentes entre comu- lhanças e diferenças, identificadas entre
memória: forma- nidades de sua cidade ou região, os membros dos grupos de convívio e a
ção cultural da e descrever o papel dos diferentes contribuição de cada grupo na construção
população grupos sociais que as formam. do patrimônio histórico local.
O lugar em que vive

A produção dos (EF03HI08) Identificar modos de Enumerar o processo de formação histó-


marcos da me- vida na cidade e no campo no rica das grandes lavouras do Estado de
mória: a cidade presente, comparando-os com os Alagoas.
e o campo, do passado.
aproximações e
diferenças

A cidade, seus (EF03HI09) Mapear os espaços Conhecer áreas de preservação ambiental


espaços públicos públicos no lugar em que vive do Estado de Alagoas.
e privados e suas (ruas, praças, escolas, hospitais,
áreas de conser- prédios da Prefeitura e da Câmara
vação ambiental de Vereadores etc.) e identificar
suas funções.

(EF03HI10) Identificar as diferenças Refletir sobre a intervenção da população


entre o espaço doméstico, os espa- no uso dos espaços públicos e nas áreas
ços públicos e as áreas de conser- de conservação ambiental.
vação ambiental, compreendendo
a importância dessa distinção.
A noção de espaço público e privado

A cidade e suas (EF03HI11) Identificar diferenças Valorizar o trabalho rural e urbano anali-
atividades: entre formas de trabalho realizadas sando os prejuízos causados pelo êxodo
trabalho, cultura na cidade e no campo, consideran- rural.
e lazer do também o uso da tecnologia
nesses diferentes contextos.

(EF03HI12) Comparar as relações Identificar a influência do índio e do negro


de trabalho e lazer do presente no trabalho e na cultura e no lazer de sua
com as de outros tempos e espa- comunidade.
ços, analisando mudanças e per-
manências.
646 - HISTÓRIA -

4º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Objeto De Desdp - Desdobramentos


Habilidades
Conhecimento Didáticos Pedagógicos

A ação das pessoas, (EF04HI01) Reconhecer a história como resul- Compreender o papel histórico
grupos sociais e comu- tado da ação do ser humano no tempo e no do Índio. Perceber as diferentes
Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos

nidades no tempo e no espaço, com base na identificação de mudan- fases no processo de relação entre
espaço: nomadismo, ças e permanências ao longo do tempo. Portugueses e Índios.
agricultura, escrita,
navegações, indústria,
entre outras (EF04HI02) Identificar mudanças e perma- Identificar a riqueza cultural do
nências ao longo do tempo, discutindo os Brasil. Identificar a origem da
sentidos dos grandes marcos da história da mão de obra escrava
humanidade (nomadismo, desenvolvimento
da agricultura e do pastoreio, criação da
indústria etc.).

O passado e o presente: (EF04HI03) Identificar as transformações ocor- Refletir sobre as mudanças e


a noção de perma- ridas na cidade ao longo do tempo e discutir permanências nos modos de ser,
nência e as lentas suas interferências nos modos de vida de viver e pensar como resultados da
transformações sociais seus habitantes, tomando como ponto de ação humana.
humanos

e culturais partida o presente.


Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 647

A circulação de pessoas (EF04HI04) Identificar as relações entre os Observar e valorizar o papel da


e as transformações no indivíduos e a natureza e discutir o significa- mulher no processo de agricultura
meio natural do do nomadismo e da fixação das primeiras e sedentarização.
comunidades humanas.

(EF04HI05) Relacionar os processos de ocu- Relacionar formas de ocupação da


pação do campo a intervenções na natureza, região em que vive com as ocupa-
avaliando os resultados dessas intervenções. ções realizadas em outros tempos
e regiões.

A invenção do comér- (EF04HI06) Identificar as transformações Compreender as mudanças so-


cio e a circulação de ocorridas nos processos de deslocamento das cioeconômicas provocadas pela
produtos pessoas e mercadorias, analisando as formas colonização.
de adaptação ou marginalização.
Circulação de pessoas, produtos e culturas

As rotas terrestres, (EF04HI07) Identificar e descrever a importân- Identificar as expedições pelo


fluviais e marítimas e cia dos caminhos terrestres, fluviais e maríti- interior do território brasileiro.
seus impactos para a mos para a dinâmica da vida comercial. Identificar atividades econômicas
formação de cidades e que geram fixação no território.
as transformações do
meio natural

O mundo da tecno- (EF04HI08) Identificar as transformações ocor- Identificar tempos históricos dife-
logia: a integração de ridas nos meios de comunicação (cultura oral, rentes a partir do conhecimento
pessoas e as exclusões imprensa, rádio, televisão, cinema, internet presente.
sociais e culturais e demais tecnologias digitais de informação Aplicar recursos tecnológicos para
e comunicação) e discutir seus significados um melhor desenvolvimento na
para os diferentes grupos ou estratos sociais. construção da vida social.

O surgimento da (EF04HI09) Identificar as motivações dos Identificar os deslocamentos


espécie humana no processos migratórios em diferentes tempos populacionais no passado e no
continente africano e espaços e avaliar o papel desempenhado presente. As migrações regionais
e sua expansão pelo pela migração nas regiões de destino. e nacionais.
mundo

Os processos migrató- (EF04HI10) Analisar diferentes fluxos popula- Compreender os motivos das
As questões históricas relativas às migrações

rios para a formação cionais e suas contribuições para a formação viagens marítimas a América.
do Brasil: os grupos da sociedade brasileira. Identificar os limites territoriais
indígenas, a presença advindas do tratado de Torde-
portuguesa e a diáspo- silhas e suas implicações para a
ra forçada dos africanos ocupação do território brasileiro.
Os processos migrató- Descrever os primeiros conta-
rios do final do século tos entre Africanos e Europeus.
XIX e início do século Explicar as lutas indígenas e colo-
XX no Brasil nos, suas causas e consequências.
As dinâmicas internas
de migração no Brasil a
partir dos anos 1960 (EF04HI11) Analisar, na sociedade em que Reconhecer a influência de vários
vive, a existência ou não de mudanças asso- povos na constituição da cultura
ciadas à migração (interna e internacional). brasileira. Identificar o modo
de vida das comunidades quilom-
bolas atuais.
648 - HISTÓRIA -

5º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Conhecimento Pedagógicos

O que forma (EF05HI01) Identificar os pro- Incitar a busca e reconhecimento do


um povo: do cessos de formação das cultu- passado para melhor compreender o pre-
nomadismo ras e dos povos, relacionando- sente. Re-
aos primeiros -os com o espaço geográfico conhecer como se deu a colonização no
povos sedenta- ocupado. Brasil e a influência dos Portugueses.
rizados Entender a diferença entre trabalho livre e
trabalho escravo.

As formas de (EF05HI02) Identificar os Identificar os períodos por que passou o


organização mecanismos de organização Brasil até a Proclamação da República.
social e políti- do poder político com vistas à
ca: a noção de compreensão da ideia de Es-
Estado tado e/ou de outras formas de
ordenação social.

O papel das (EF05HI03) Analisar o papel Identificar as principais características


religiões e da das culturas e das religiões sociais, econômicas e culturais do povo
cultura para a na composição identitária dos brasileiro na época da colonização.
Povos e culturas: meu lugar no mundo e meu grupo social

formação dos povos antigos. Perceber a influência dos povos indí-


povos antigos genas, negros e europeus na cultura
brasileira.

Cidadania, (EF05HI04) Associar a noção Perceber a diversidade cultural com-


diversidade de cidadania com os princípios preendendo o valor das diferenças entre
cultural e de respeito à diversidade, à os grupos e os fundamentos da plura-
respeito às pluralidade e aos direitos hu- lidade cultural. Perceber
diferenças so- manos. a desigualdade social aprendendo a se
ciais, culturais posicionar e reconhecendo a garantia dos
e históricas direitos humanos como pressuposto de
cidadania.

(EF05HI05) Associar o conceito Conviver com a diversidade Cultural


de cidadania à conquista de problematizando a história do racismo,
direitos dos povos e das socie- dos preconceitos de classe e de outros
dades,compreendendo-ocomo tipos de discriminação e marginalização
conquista histórica. na sociedade brasileira.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 649

As tradições (EF05HI06) Comparar o uso de Analisar criticamente as implicações


orais e a va- diferentes linguagens e tecno- sociais e ambientais do uso das tecnolo-
lorização da logias no processo de comuni- gias em diferentes contextos históricos.
memória cação e avaliar os significados Conhecer diferentes fontes históricas de
O surgimento sociais, políticos e culturais natureza diversas e que se apresentam
da escrita e atribuídos a elas. por meio de linguagens e mídias variadas.
a noção de
fonte para a (EF05HI07) Identificar os pro- Compreender que o conhecimento histó-
transmissão de cessos de produção, hierarqui- rico é um processo que envolve tempo-
saberes, cultu- zação e difusão dos marcos de ralidade, eventos, processos e conceitos
ras e histórias memória e discutir a presença históricos.
e/ou a ausência de diferentes
grupos que compõem a so-
ciedade na nomeação desses
marcos de memória.

(EF05HI08) Identificar formas Identificar costumes indígenas e rela-


de marcação da passagem do tar como vivem atualmente no Brasil.
tempo em distintas sociedades, Identificar costumes Africanos e relatar
incluindo os povos indígenas como os quilombolas vivem atualmente
originários e os povos africa- no Brasil.
nos.

(EF05HI09) Comparar pontos Questionar conhecimentos produzidos,


de vista sobre temas que abordagens e pontos de vista diferencia-
impactam a vida cotidiana no dos. Valorizar os registros de memória de
Registros da história: linguagens e culturas

tempo presente, por meio do comunidades culturais.


acesso a diferentes fontes,
incluindo orais.

Os patrimônios (EF05HI10) Inventariar os Valorizar o patrimônio histórico cul-


materiais e patrimônios materiais e imate- tural, reconhecendo a diversidade de
imateriais da riais da humanidade e analisar bens materiais e imateriais produzi-
humanidade mudanças e permanências dos no âmbito de diferentes culturas.
desses patrimônios ao longo Compreender a leitura e a produção de re-
do tempo. gistro histórico em suas variadas formas
como textos escritos, desenhos, mapas,
relatos, roteiros, fotografia, desenvolven-
do procedimentos de pesquisa e registros
em suas variadas formas.
650 - HISTÓRIA -

6º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De Conhecimento Habilidades
Pedagógicos

A questão do tempo, (EF06HI01) Identificar diferentes formas Identificar e compreender dife-


sincronias e diacronias: de compreensão da noção de tempo e rentes formas de organização do
reflexões sobre o sentido de periodização dos processos históricos tempo, dos processos históricos,
das cronologias (continuidades e rupturas). continuidades e rupturas.

Formas de registro da (EF06HI02) Identificar a gênese da produ- Reconhecer utilização de fontes em


história e da produção do ção do saber histórico e analisar o signifi- arqueologia, arquivologia, tradições
conhecimento histórico cado das fontes que originaram determi- orais, registros de memória, foto-
nadas formas de registro em sociedades e grafia, áudio visual para produção
épocas distintas. do saber histórico.

As origens da humanidade, (EF06HI03) Identificar as hipóteses cien- Pré-história de Alagoas


seus deslocamentos e os tíficas sobre o surgimento da espécie Enumerar as principais característi-
processos de sedentari- humana e sua historicidade e analisar os cas dos achados arqueológicos no
zação significados dos mitos de fundação. Estado de
Alagoas.

(EF06HI04) Conhecer as teorias sobre a Conhecer as teorias sobre a origem


origem do homem americano. do homem americano, utilizando
fontes arqueologia e paleontologia.
Arqueologia em Alagoas
História: tempo, espaço e formas de registros

(EF06HI05) Descrever modificações da Observar as alterações na natureza


natureza e da paisagem realizadas por o ocorridas em território alagoano,
diferentes tipos de sociedade, com desta- e sua relação com os povos indíge-
que para os povos indígenas originários e nas e africanos.
povos africanos, e discutir a natureza e a
lógica das transformações ocorridas.

(EF06HI06) Identificar geograficamente Identificar geograficamente as


as rotas de povoamento no território rotas de povoamento no território
americano. americano, com ênfase América
do Sul
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 651

Povos da Antiguidade na (EF06HI07) Identificar aspectos e formas Compreender a importância desses


África (egípcios), no Oriente de registro das sociedades antigas na povos, no desenvolvimento das
Médio (mesopotâmicos) e África, no Oriente Médio e nas Américas, primeiras civilizações e suas carac-
A invenção do mundo clássico e o contraponto com

nas Américas (pré-colom- distinguindo alguns significados presen- terísticas.


bianos) tes na cultura material e na tradição oral
Os povos indígenas origi- dessas sociedades.
nários do atual território
brasileiro e seus hábitos
culturais e sociais (EF06HI08) Identificar os espaços territo- Identificar os espaços territoriais
riais ocupados e os aportes culturais, cien- ocupados e os aportes culturais,
tíficos, sociais e econômicos dos astecas, científicos, sociais e econômicos
maias e incas e dos povos indígenas de dos astecas, maias e incas e dos
diversas regiões brasileiras. povos indígenas de diversas re-
giões brasileiras. (Ressaltando a
importância dos saberes e suas
contribuições).
outras sociedades

O Ocidente Clássico: aspec- (EF06HI09) Discutir o conceito de Anti- Observando as noções de cidada-
tos da cultura na Grécia e guidade Clássica, seu alcance e limite na nia e política; domínio e expansão
em Roma tradição ocidental, assim como os impac- das culturas grego e romana.
tos sobre outras sociedades e culturas.

As noções de cidadania (EF06HI10) Explicar a formação da Grécia Entender o processo de formação


e política na Grécia e em Antiga, com ênfase na formação da pólis da democracia.
Roma e nas transformações políticas, sociais e
• Domínios e expansão das culturais.
culturas grega e romana
• Significados do conceito
de “império” e as lógicas (EF06HI11) Caracterizar o processo de  
de conquista, conflito e formação da Roma Antiga e suas confi-
negociação dessa forma de gurações sociais e políticas nos períodos
organização política monárquico e republicano.
As diferentes formas de
organização política na
África: reinos, impérios, (EF06HI12) Associar o conceito de cidada-  
cidades-estados e socieda- nia a dinâmicas de inclusão e exclusão na
des linhageiras ou aldeias Grécia e Roma antigas.

(EF06HI13) Conceituar “império” no mundo Identificar as principais carac-


antigo, com vistas à análise das diferentes terísticas dos reinos africanos.
formas de equilíbrio e desequilíbrio entre Observando a fragmentação do
as partes envolvidas. poder político no mundo antigo.
Lógicas de organização política

A passagem do mundo (EF06HI14) Identificar e analisar diferentes Compreendendo as estruturas polí-


antigo para o mundo formas de contato, adaptação ou exclusão ticas sociais que causam rupturas.
medieval entre populações em diferentes tempos
A fragmentação do poder e espaços.
político na Idade Média

O Mediterrâneo como es- (EF06HI15) Descrever as dinâmicas de Observando as formas de organiza-


paço de interação entre as circulação de pessoas, produtos e culturas ção social e cultural bem como as
sociedades da Europa, da no Mediterrâneo e seu significado. lógicas comerciais
África e do Oriente Médio
652 - HISTÓRIA -

Senhores e servos no mun- (EF06HI16) Caracterizar e comparar as di- Caracterizar e comparar as dinâmi-
do antigo e no medieval nâmicas de abastecimento e as formas de cas de abastecimento e as formas
Escravidão e trabalho livre organização do trabalho e da vida social de organização do trabalho e da
em diferentes tempora- em diferentes sociedades e períodos, com vida social em diferentes socieda-
lidades e espaços (Roma destaque para as relações entre senhores des e períodos, com destaque para
Antiga, Europa medieval e servos. as relações entre senhores e servos,
e África) debatendo as relações de poder.
Lógicas comerciais na
Antiguidade romana e no
mundo medieval

(EF06HI17) Diferenciar escravidão, servi- Diferenciar escravidão, servidão e


dão e trabalho livre no mundo antigo. trabalho livre no mundo antigo.
Utilizando quadros comparativos
Trabalho e formas de organização social e cultural

e seu papel na sociedade e conse-


quências.

O papel da religião cristã, (EF06HI18) Analisar o papel da religião Analisar o papel da religião cristã
dos mosteiros e da cultura cristã na cultura e nos modos de organiza- na cultura e nos modos de organi-
na Idade Média ção social no período medieval. zação social no período medieval,
destacando os aspectos de sua
influência.

O papel da mulher na (EF06HI19) Descrever e analisar os diferen- Descrever e analisar os diferentes


Grécia e em Roma, e no tes papéis sociais das mulheres no mundo papéis sociais das mulheres no
período medieval antigo e nas sociedades medievais. mundo antigo e nas sociedades
medievais. Identificando suas con-
quistas de espaços e contribuições.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 653

7º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Conhecimento Pedagógicos

A construção da (EF07HI01) Explicar o significado de  


ideia de modernida- “modernidade” e suas lógicas de inclusão
O mundo moderno e a conexão entre sociedades africanas,

de e seus impactos e exclusão, com base em uma concepção


na concepção de europeia.
História
A ideia de “Novo
Mundo” ante o (EF07HI02) Identificar conexões e intera-  
Mundo Antigo: ções entre as sociedades do Novo Mundo,
permanências e da Europa, da África e da Ásia no contexto
rupturas de saberes das navegações e indicar a complexidade
e práticas na emer- e as interações que ocorrem nos Oceanos
gência do mundo Atlântico, Índico e Pacífico.
moderno
americanas e europeias

Saberes dos po- (EF07HI03) Identificar aspectos e proces- Discutir a chegada dos europeus: as
vos africanos e sos específicos das sociedades africanas e consequências, mudanças e (des)
pré-colombianos americanas antes da chegada dos euro- organização social para as socieda-
expressos na cultura peus, com destaque para as formas de des africanas e americanas;
material e imaterial organização social e o desenvolvimento
de saberes e técnicas.

Humanismos: (EF07HI04) Identificar as principais carac- Compreender a contribuição para


uma nova visão de terísticas dos Humanismos e dos Renasci- o desenvolvimento da arte e da
ser humano e de mentos e analisar seus significados. ciência.
Humanismos, Renascimentos e o Novo Mundo

mundo
Renascimentos
artísticos e culturais

Reformas religio- (EF07HI05) Identificar e relacionar as Debatendo as relações de poder


sas: a cristandade vinculações entre as reformas religiosas e traçados pela Igreja, bem como as
fragmentada os processos culturais e sociais do período motivações políticas e econômicas
moderno na Europa e na América. dos movimentos de contestação.

As descobertas (EF07HI06) Comparar as navegações no Identificar os motivos econômicos e


científicas e a ex- Atlântico e no Pacífico entre os séculos político que proporcionou a expan-
pansão marítima XIV e XVI. são marítima.
654 - HISTÓRIA -

A formação e o (EF07HI07) Descrever os processos de Identificar as principais caracterís-


funcionamento formação e consolidação das monarquias ticas da monarquia absolutista na
das monarquias e suas principais características com vistas Europa.
europeias: a lógica à compreensão das razões da centraliza-
da centralização ção política.
política e os confli-
tos na Europa

A conquista da (EF07HI08) Descrever as formas de orga- Identificando sua reorganização


América e as formas nização das sociedades americanas no após impacto da conquista euro-
de organização polí- tempo da conquista com vistas à com- peia.
tica dos indígenas e preensão dos mecanismos de alianças,
europeus: conflitos, confrontos e resistências.
dominação e con-
ciliação

(EF07HI09) Analisar os diferentes impac- Debater as consequências da domi-


tos da conquista europeia da América nação colonizadora e o genocídio
para as populações ameríndias e identifi- das populações indígenas, bem
car as formas de resistência. como os impactos ambientais.

A estruturação dos (EF07HI10) Analisar, com base em docu-  


A organização do poder e as dinâmicas do mundo colonial americano

vice-reinos nas mentos históricos, diferentes interpreta-


Américas ções sobre as dinâmicas das sociedades
Resistências indí- americanas no período colonial.
genas, invasões e
expansão na Améri-
ca portuguesa

(EF07HI11) Analisar a formação históri- Analisar a formação do espaço


co-geográfica do território da América como herança cultural e política do
portuguesa por meio de mapas históricos. processo de colonização.

(EF07HI12) Identificar a distribuição terri- Observar a distribuição territorial


torial da população brasileira em diferen- da população indígena e quilombo-
tes épocas, considerando a diversidade la de Alagoas,
étnico-racial e étnico-cultural (indígena,
africana, europeia e asiática).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 655

As lógicas mercantis (EF07HI13) Caracterizar a ação dos euro- Identificar o imaginário europeu
e o domínio euro- peus e suas lógicas mercantis visando ao sobre o novo mundo, sua auto
peu sobre os mares domínio no mundo atlântico. definição de sociedade superior.
e o contraponto
oriental
(EF07HI14) Descrever as dinâmicas comer- Destacar o encontro de culturas
ciais das sociedades americanas e africa- diferentes, o que resultou desse
nas e analisar suas interações com outras processo de muitas influências.
sociedades do Ocidente e do Oriente.

As lógicas internas (EF07HI15) Discutir o conceito de es- Discutir o impacto da escravidão e


das sociedades cravidão moderna e suas distinções em escravismo na sociedade. Identifi-
africanas relação ao escravismo antigo e à servidão car e criticar.
As formas de orga- medieval.
nização das socie-
dades ameríndias
A escravidão mo-
derna e o tráfico de (EF07HI16) Analisar os mecanismos e as Criticar as consequências da escra-
escravizados dinâmicas de comércio de escravizados vização das populações africanas.
em suas diferentes fases, identificando Compreender a resistência e a for-
os agentes responsáveis pelo tráfico e as mação de Quilombos em Alagoas.
Lógicas comerciais e mercantis da modernidade

regiões e zonas africanas de procedência Compreender a História e o patri-


dos escravizados. mônio cultural do Quilombo dos
Palmares, relacionando com o
contexto histórico de ocupação da
região canavieira de Alagoas.
Entender o ambiente socioeconô-
mico de escravidão que promoveu
a formação do Quilombo, assim
como, seu reflexo em outras re-
giões.

A emergência do (EF07HI17) Discutir as razões da passagem Compreender a crise na estrutura


capitalismo do mercantilismo para o capitalismo. da sociedade feudal e o desenvol-
vimento das forças produtivas, a
obtenção do lucro.
656 - HISTÓRIA -

8º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos


Habilidades
Conhecimento Pedagógicos

A questão do (EF08HI01) Identificar os principais Conhecer os ideais iluministas e seu impacto


iluminismo e da aspectos conceituais do iluminismo no contexto social da época e reflexos hoje.
ilustração e do liberalismo e discutir a relação
entre eles e a organização do mundo
contemporâneo.

As revoluções (EF08HI02) Identificar as particulari- Analisar as relações entre a monarquia ingle-


inglesas e os dades político-sociais da Inglaterra do sa e o parlamento.
princípios do século XVII e analisar os desdobramen-
liberalismo tos posteriores à Revolução Gloriosa.

Revolução (EF08HI03) Analisar os impactos da Identificar as transformações ocorridas,


O mundo contemporâneo: o Antigo Regime em crise

Industrial e Revolução Industrial na produção e cir- ‘’benefícios” de quem? A custa de que?


seus impactos culação de povos, produtos e culturas. Consequências.
na produção e
circulação de
povos, produtos
e culturas

Revolução (EF08HI04) Identificar e relacionar os Analisar a participação de diferentes grupos


Francesa e seus processos da Revolução Francesa e no processo revolucionário e seu impacto
desdobramentos seus desdobramentos na Europa e no no mundo.
mundo.

Rebeliões na (EF08HI05) Explicar os movimentos e Compreender as causas das rebeliões e as


América portu- as rebeliões da América portuguesa, influências recebidas.
guesa: as conju- articulando as temáticas locais e suas
rações mineira e interfaces com processos ocorridos na
baiana Europa e nas Américas.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 657

Independência (EF08HI06) Aplicar os conceitos de  


dos Estados Uni- Estado, nação, território, governo e
dos da América país para o entendimento de conflitos
Independências e tensões.
na América
espanhola
• A revolução dos (EF08HI07) Identificar e contextualizar Analisar o processo de luta pelo fim do
escravizados em as especificidades dos diversos proces- sistema colonial e a reorganização de novos
São Domingo e sos de independência nas Américas, países.
seus múltiplos seus aspectos populacionais e suas
significados e conformações territoriais.
desdobramen-
tos: o caso do
Haiti (EF08HI08) Conhecer o ideário dos  
Os caminhos até líderes dos movimentos independen-
a independência tistas e seu papel nas revoluções que
do Brasil levaram à independência das colônias
hispano-americanas.

(EF08HI09) Conhecer as características  


e os principais pensadores do Pan-a-
mericanismo.

(EF08HI10) Identificar a Revolução de  


São Domingo como evento singular e
desdobramento da Revolução France-
sa e avaliar suas implicações.

(EF08HI11) Identificar e explicar os pro- Debater as causas pelas quais estes diferen-
tagonismos e a atuação de diferentes tes grupos se organizavam pela Indepen-
grupos sociais e étnicos nas lutas de dência.
independência no Brasil, na América
espanhola e no Haiti.

(EF08HI12) Caracterizar a organização Analisar os conflitos políticos e sociais, com-


política e social no Brasil desde a che- parando os dois reinados.
gada da Corte portuguesa, em 1808,
até 1822 e seus desdobramentos para
a história política brasileira.
Os processos de independência nas Américas

(EF08HI13) Analisar o processo de Identificar Suas consequências para o con-


independência em diferentes países la- texto atual.
tino-americanos e comparar as formas
de governo neles adotadas.

A tutela da popu- (EF08HI14) Discutir a noção da tutela Discutir as consequências destas ações ex-
lação indígena, dos grupos indígenas e a participação cludentes para a sociedade atual. Identificar
a escravidão dos dos negros na sociedade brasileira do esses reflexos nas populações indígenas e
negros e a tutela final do período colonial, identificando negras de Alagoas.
dos egressos da permanências na forma de precon-
escravidão ceitos, estereótipos e violências sobre
as populações indígenas e negras no
Brasil e nas Américas.
658 - HISTÓRIA -

Brasil: Primeiro (EF08HI15) Identificar e analisar o Analisar os conflitos políticos e sociais, com-
Reinado equilíbrio das forças e os sujeitos en- parando os dois reinados.
O Período volvidos nas disputas políticas durante
Regencial e as o Primeiro e o Segundo Reinado.
contestações ao
poder central
O Brasil do
Segundo Rei- (EF08HI16) Identificar, comparar e Debater sobre a instabilidade política do país
nado: política e analisar a diversidade política, social na época, as causas da rebelião e participa-
economia e regional nas rebeliões e nos mo- ção povo.
• A Lei de Terras vimentos contestatórios ao poder
e seus desdobra- centralizado.
mentos na polí-
tica do Segundo
Reinado (EF08HI17) Relacionar as transforma- Identificar os interesses que motivaram as
• Territórios e ções territoriais, em razão de questões transformações territoriais, envolvimento da
fronteiras: a de fronteiras, com as tensões e confli- população, consequências atuais. Discutir
Guerra do Pa- tos durante o Império. uma relação com os movimentos de luta
raguai pela terra na atualidade.

(EF08HI18) Identificar as questões Debater as causas da Guerra do Paraguai,


internas e externas sobre a atuação do ameaças e o interesse político econômico
Brasil na Guerra do Paraguai e discutir internacional.
diferentes versões sobre o conflito.

O escravismo no (EF08HI19) Formular questionamentos Perceber o impacto da escravidão na socie-


Brasil do século sobre o legado da escravidão nas Amé- dade, as lutas e resistências.
XIX: plantations ricas, com base na seleção e consulta
e revoltas de de fontes de diferentes naturezas.
escravizados,
abolicionismo e
políticas migra-
tórias no Brasil (EF08HI20) Identificar e relacionar as- Discutir as revoltas, o papel do abolicionismo
Imperial pectos das estruturas sociais da atuali- e o contexto atual como fruto dessas vivên-
dade com os legados da escravidão no cias apontando para quais caminhos.
Brasil e discutir a importância de ações
afirmativas.

Políticas de (EF08HI21) Identificar e analisar as po- Debater sobre qual ótica era reconhecido
extermínio do líticas oficiais com relação ao indígena como indígenas, observando impacto dessas
indígena durante durante o Império. políticas.
o Império

A produção do (EF08HI22) Discutir o papel das cultu-  


O Brasil no século XIX

imaginário na- ras letradas, não letradas e das artes na


cional brasileiro: produção das identidades no Brasil do
cultura popular, século XIX.
representações
visuais, letras e o
Romantismo no
Brasil
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 659

Nacionalismo, (EF08HI23) Estabelecer relações causais Discutir sobre as ideologias utilizadas pelas
revoluções e as entre as ideologias raciais e o deter- grandes potencias para inferir nas regiões
novas nações minismo no contexto do imperialismo África e Ásia.
europeias europeu e seus impactos na África e
na Ásia.

Uma nova ordem (EF08HI24) Reconhecer os principais Caracterizar as ações do imperialismo no


econômica: as produtos, utilizados pelos europeus, continente africano, as consequências da
demandas do procedentes do continente africano exploração econômica.
capitalismo in- durante o imperialismo e analisar os
dustrial e o lugar impactos sobre as comunidades locais
das economias na forma de organização e exploração
africanas e asiá- econômica.
ticas nas dinâmi-
cas globais
Configurações do mundo no século XIX

Os Estados Uni- (EF08HI25) Caracterizar e contextua- Identificar a motivação dessas relações, quais
dos da América e lizar aspectos das relações entre os as implicações para a América Latina.
a América Latina Estados Unidos da América e a América
no século XIX Latina no século XIX.

O imperialismo (EF08HI26) Identificar e contextualizar Analisar as ideologias locais que fortalecem


europeu e a o protagonismo das populações locais a resistência.
partilha da África na resistência ao imperialismo na
e da Ásia África e Ásia.
660 - HISTÓRIA -

Pensamento e (EF08HI27) Identificar as tensões e os Criticar, o negligenciamento dos povos


cultura no século significados dos discursos civilizatórios, indígenas e negros por um discurso civili-
XIX: darwinismo avaliando seus impactos negativos zatório causando impactos negativos para
e racismo para os povos indígenas originários e estes povos.
O discurso as populações negras nas Américas. FORMAÇÃO SOCIAL E
civilizatório nas POLÍTICA DE ALAGOAS
Américas, o si- Formação do espaço social de
lenciamento dos Alagoas Genocídio dos Caetés
saberes indíge- Invasão Holandesa A lavoura da cana, do
nas e as formas fumo, do algodão, do coco e a pecuária na
de integração formação das oligarquias alagoanas
e destruição de Emancipação política de Alagoas
comunidades e Transferência da capital
povos indígenas Alagoas republicana
A resistência dos Quebra de 1912
povos e comuni- Violência social e política em
dades indígenas Alagoas Caracterizar as principais etapas
diante da ofensi- do processo de colonização do sul da então
va civilizatória capitania de Pernambuco. Criticar sobre
as várias hipóteses a respeito da morte do
Bispo Pero Vaz de sardinha e sua repercussão
no genocídio das populações indígenas de
Alagoas.
Qualificar as principais características do
período de dominação holandesa na região
sul da capitania de Pernambuco.
Enumerar o processo de formação histórica
das grandes lavouras do Estado de Alagoas.
Criticar a formação das elites agrárias alagoa-
Configurações do mundo no século XIX

nas e seus posicionamento políticos durante


nossa História. Compreender o processo que
desembocou na emancipação política do
Estado de Alagoas.
Reconhecer as particularidades das cidades
de Maceió e Santa Maria Madalena de Ala-
goas do Sul no processo de transferência da
capital de Alagoas.
Qualificar as principais características de
Alagoas no período republicano. Construir os
principais elementos que desembocaram no
Quebra de 1912. Entender as repercussões
do Quebra de 1912 para a formação de uma
sociedade de segregação e preconceito.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 661

9º Ano – Ensino Fundamental


Temática
Unidade

Desdp - Desdobramentos
Objeto De Conhecimento Habilidades
Didáticos Pedagógicos

Experiências republicanas (EF09HI01) Descrever e contex-  


e práticas autoritárias: as tualizar os principais aspectos
tensões e disputas do mundo sociais, culturais, econômicos
contemporâneo e políticos da emergência da
A proclamação da República República no Brasil.
e seus primeiros desdobra-
mentos
(EF09HI02) Caracterizar e Analisar a formação social e
compreender os ciclos da his- política de Alagoas.
tória republicana, identificando
particularidades da história local
e regional até 1954.

A questão da inserção dos (EF09HI03) Identificar os meca- Discutir “Liberdade” pós aboli-
negros no período republica- nismos de inserção dos negros ção/Quilombo dos Palmares - Li-
no do pós-abolição na sociedade brasileira pós-abo- berdade. Analisar quais espaços
Os movimentos sociais e a lição e avaliar os seus resultados. foram destinados/ocupados.
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX

imprensa negra; a cultura


afro-brasileira como elemen-
to de resistência e superação (EF09HI04) Discutir a importân- Identificar as contribuições na
das discriminações cia da participação da população economia, na ciência, o domínio
negra na formação econômica, do conhecimento de técnicas de
política e social do Brasil. produção e extração de ouro.

Primeira República e suas (EF09HI05) Identificar os proces-  


características sos de urbanização e moderni-
Contestações e dinâmicas da zação da sociedade brasileira
vida cultural no Brasil entre e avaliar suas contradições e
1900 e 1930 impactos na região em que vive.

O período varguista e suas (EF09HI06) Identificar e discutir Analisar a política nacionalista


contradições o papel do trabalhismo como social do Governo Vargas.
A emergência da vida urbana força política, social e cultural
e a segregação espacial no Brasil, em diferentes escalas
O trabalhismo e seu protago- (nacional, regional, cidade,
nismo político comunidade).

A questão indígena durante a (EF09HI07) Identificar e explicar, Destacar interiorização geográfi-


República (até 1964) em meio a lógicas de inclusão ca dos povos indígenas.
e exclusão, as pautas dos povos
indígenas, no contexto republi-
cano (até 1964), e das popula-
ções afrodescendentes.
662 - HISTÓRIA -

Anarquismo e protagonismo (EF09HI08) Identificar as trans-  


O nascimento da República no Brasil
e os processos históricos até a meta-

feminino formações ocorridas no debate


sobre as questões da diversidade
no Brasil durante o século XX e
compreender o significado das
mudanças de abordagem em
relação ao tema.
de do século XX

(EF09HI09) Relacionar as con- Analisar o surgimento do movi-


quistas de direitos políticos, mento feminista e sua atuação.
sociais e civis à atuação de
movimentos sociais.

O mundo em conflito: a (EF09HI10) Identificar e relacio-  


Primeira Guerra Mundial A nar as dinâmicas do capitalismo
questão da Palestina e suas crises, os grandes conflitos
A Revolução Russa mundiais e os conflitos vivencia-
A crise capitalista de 1929 dos na Europa.

(EF09HI11) Identificar as especi- Analisar o processo de constru-


ficidades e os desdobramentos ção do comunismo.
mundiais da Revolução Russa e
seu significado histórico.

(EF09HI12) Analisar a crise capi- Identificar as consequências da


talista de 1929 e seus desdobra- crise para a economia brasileira.
mentos em relação à economia
global.

A emergência do fascismo e (EF09HI13) Descrever e con- Analisar o surgimento desses


do nazismo textualizar os processos da regimes; Identificar vítimas além
Totalitarismos e conflitos mundiais

A Segunda Guerra Mundial emergência do fascismo e do dos judeus: deficientes físicos,


Judeus e outras vítimas do nazismo, a consolidação dos es- ciganos, testemunhas de Jeová,
holocausto tados totalitários e as práticas de DM.
extermínio (como o holocausto).

O colonialismo na África (EF09HI14) Caracterizar e discutir Destacar a organização da África


As guerras mundiais, a crise as dinâmicas do colonialismo no e Ásia, como causa/consequên-
do colonialismo e o advento continente africano e asiático cia das guerras mundiais.
dos nacionalismos africanos e as lógicas de resistência das
e asiáticos populações locais diante das
questões internacionais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 663

A Organização das Nações (EF09HI15) Discutir as moti-  


Unidas (ONU) e a questão dos vações que levaram à criação
Direitos Humanos da Organização das Nações
Unidas (ONU) no contexto do
pós-guerra e os propósitos dessa
Totalitarismos e conflitos mundiais

organização.

(EF09HI16) Relacionar a Carta  


dos Direitos Humanos ao pro-
cesso de afirmação dos direitos
fundamentais e de defesa da
dignidade humana, valorizando
as instituições voltadas para a
defesa desses direitos e para a
identificação dos agentes res-
ponsáveis por sua violação.

O Brasil da era JK e o ideal (EF09HI17) Identificar e analisar Discutir o sistema político


de uma nação moderna: a processos sociais, econômicos, oligárquico, o coronelismo.
urbanização e seus desdo- culturais e políticos do Brasil a
bramentos em um país em partir de 1946.
transformação

(EF09HI18) Descrever e analisar Identificar as questões sociais


as relações entre as transforma- nas reformas de base/ enfrenta-
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil após 1946

ções urbanas e seus impactos mento de desigualdades.


na cultura brasileira entre 1946
e 1964 e na produção das desi-
gualdades regionais e sociais.

Os anos 1960: revolução cul- (EF09HI19) Identificar e com- Analisar os interesses Estran-
tural? A ditadura civil-militar e preender o processo que resul- geiros que motivaram o golpe
os processos de resistência tou na ditadura civil-militar no militar de 1964. A
As questões indígena e negra Brasil e discutir a emergência de temporalidade dos arquivos da
e a ditadura questões relacionadas à memó- Ditadura Militar.
ria e à justiça sobre os casos de
violação dos direitos humanos.

(EF09HI20) Discutir os processos Identificar o aparato repressivo


de resistência e as propostas militar instituído pela ditadura.
de reorganização da sociedade
brasileira durante a ditadura
civil-militar.

(EF09HI21) Identificar e rela- Observar a organização das


cionar as demandas indígenas populações indígenas e negras
e quilombolas como forma de de Alagoas
contestação ao modelo desen-
volvimentista da ditadura.
664 - HISTÓRIA -

O processo de redemocra- (EF09HI22) Discutir o papel da Analisar a participação


Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o

tização mobilização da sociedade brasi- da mídia e das igrejas.


A Constituição de 1988 e a leira do final do período ditato- Discutir a ditadura e pós ditadu-
emancipação das cidadanias rial até a Constituição de 1988. ra em Alagoas.
(analfabetos, indígenas,
negros, jovens etc.) A história
recente do Brasil: transforma- (EF09HI23) Identificar direitos  
ções políticas, econômicas, civis, políticos e sociais expressos
sociais e culturais de 1989 aos na Constituição de 1988 e rela-
dias atuais cioná-los à noção de cidadania e
Os protagonismos da socie- ao pacto da sociedade brasileira
dade civil e as alterações da de combate a diversas formas de
sociedade brasileira preconceito, como o racismo.
A questão da violência contra
populações marginalizadas
O Brasil e suas relações (EF09HI24) Analisar as transfor-  
Brasil após 1946

internacionais na era da mações políticas, econômicas,


globalização sociais e culturais de 1989 aos
dias atuais, identificando ques-
tões prioritárias para a promoção
da cidadania e dos valores
democráticos.

O processo de redemocra- (EF09HI25) Relacionar as Discutir os movimentos


tização transformações da sociedade
Modernização, ditadura civil-militar e redemocratização: o Brasil

A Constituição de 1988 e a brasileira aos protagonismos da


emancipação das cidadanias sociedade civil após 1989.
(analfabetos, indígenas,
negros, jovens etc.) A história
recente do Brasil: transforma- (EF09HI26) Discutir e analisar  
ções políticas, econômicas, as causas da violência contra
sociais e culturais de 1989 aos populações marginalizadas
dias atuais (negros, indígenas, mulheres,
Os protagonismos da socie- homossexuais, camponeses,
dade civil e as alterações da pobres etc.) com vistas à tomada
sociedade brasileira de consciência e à construção de
A questão da violência contra uma cultura de paz, empatia e
populações marginalizadas respeito às pessoas.
O Brasil e suas relações
internacionais na era da
globalização (EF09HI27) Relacionar aspectos Discutir o contexto do surgi-
das mudanças econômicas, mento de movimentos sociais:
culturais e sociais ocorridas no MST e a Reforma Agrária os sem
Brasil a partir da década de 1990 tetos, movimentos negros e
ao papel do País no cenário suas reivindicações.
após 1946

internacional na era da globa-


lização.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 665

A Guerra Fria: confrontos de (EF09HI28) Identificar e analisar  


dois modelos políticos aspectos da Guerra Fria, seus
A Revolução Chinesa e as principais conflitos e as tensões
tensões entre China e Rússia geopolíticas no interior dos
A Revolução Cubana e as blocos liderados por soviéticos e
tensões entre Estados Unidos estadunidenses.
da América e Cuba

As experiências ditatoriais na (EF09HI29) Descrever e analisar  


América Latina as experiências ditatoriais na
América Latina, seus procedi-
mentos e vínculos com o poder,
em nível nacional e internacio-
nal, e a atuação de movimentos
de contestação às ditaduras.

(EF09HI30) Comparar as carac-  


terísticas dos regimes ditatoriais
latino-americanos, com especial
atenção para a censura política,
a opressão e o uso da força, bem
como para as reformas econômi-
cas e sociais e seus impactos.

Os processos de descoloniza- (EF09HI31) Descrever e avaliar os Identificar os benefícios e o


ção na África e na Ásia processos de descolonização na processo de reorganização.
África e na Ásia.

O fim da Guerra Fria e o (EF09HI32) Analisar mudanças


processo de globalização e permanências associadas ao
Políticas econômicas na processo de globalização, con-
América Latina siderando os argumentos dos
movimentos críticos às políticas
globais.

O fim da Guerra Fria e o (EF09HI33) Analisar as transfor-  


processo de globalização mações nas relações políticas
Políticas econômicas na locais e globais geradas pelo
América Latina desenvolvimento das tecnolo-
gias digitais de informação e
comunicação.
A história recente

(EF09HI34) Discutir as motiva-  


ções da adoção de diferentes
políticas econômicas na América
Latina, assim como seus impac-
tos sociais nos países da região.
666 - HISTÓRIA -

Os conflitos do século XXI e a (EF09HI35) Analisar os aspectos História de Alagoas. Quebra-qui-


questão do terrorismo relacionados ao fenômeno do lo; Lisos e cabeludos; Cabana-
Pluralidades e diversidades terrorismo na contemporanei- gem; Movimento de 17 de julho;
identitárias na atualidade dade, incluindo os movimentos Movimento operário; Movi-
As pautas dos povos indí- migratórios e os choques entre mento sem-terra; Patrimônio
genas no século XXI e suas diferentes grupos e culturas. Material e Imaterial de Alagoas.
formas de inserção no debate Produção Cultural de Alagoas:
local, regional, nacional e Musicas, literatura, artes plás-
internacional ticas, folguedos, artesanato.
Identificar as origens religiosas
e culturais dos folguedos em
Alagoas Refletir a respeito da
história local e perceber a atua-
ção dos conservadores e liberais
na disputa do poder político. Re-
conhecer a participação popular
na política local. Compreender
a organização coletiva dos
trabalhadores na defesa de seus
interesses sociais. Descrever a
importância histórica e cultural
da organização das comunida-
des indígenas e quilombolas em
Alagoas. Analisar criticamente
as contribuições culturais das
comunidades quilombolas em
nossa sociedade.Compreender
a influência social, histórica e
cultural dos povos indígenas em
Alagoas. Reconhecer o processo
de luta contra a discriminação
e a defesa dos direitos sociais.
Problematizar as relações sociais
que levaram a construção dos
patrimônios material e imaterial
de Alagoas.Compreender a
amplitude da produção musical,
teatral e da literatura alagoana
no cenário nacional e interna-
cional.
Refletir sobre a importância das
artes plásticas e do artesanato
na formação cultural do povo
alagoano. Identificar as origens
religiosas e culturais dos folgue-
dos em Alagoas
A história recente

(EF09HI36) Identificar e discutir  


as diversidades identitárias e
seus significados históricos no
início do século XXI, combaten-
do qualquer forma de preconcei-
to e violência.
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CIÊNCIAS DA NATUREZA

GEOVANA FÉLIX DA SILVA- ESCOLA. ESTADUAL INDÍGENA CACIQUE ALFREDO CELESTINO


CIÊNCIAS DA NATUREZA
5. A ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA................................................................. 673
5.1 Breve histórico das concepções do ensino de ciências da natureza..........................674
5.2 Ciências da natureza no ensino fundamental..............................................................678
5.2.1 As competências específicas para o ensino de ciências da natureza.....................679
5.2.2 O letramento científico e o ensino por investigação ..............................................683
5.3 As unidades temáticas..................................................................................................688
5.3.1 As unidades temáticas nos Anos Iniciais/ Anos Finais.............................................689
5.4 Desdobramentos didático-pedagógicos – DesDP.....................................................697
5.5 Um olhar para o território alagoano.............................................................................700

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
ANOS INICIAIS/ANOS FINAIS........................................................................... 705

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 719
5. A AREA DE
CIÊNCIAS DA
NATUREZA
O Referencial Curricular de Alagoas da área
de Ciências da natureza baseia-se nos pressu-
postos da Educação e visa à formação integral do
estudante numa perspectiva humanística, ética,
social e política. Ele apresenta os pressupostos
científicos que embasam o ensino de Ciências
por investigação, aponta alguns exemplos de
estratégias didáticas, denominado aqui de Des-
dobramentos Didático-Pedagógicos - DesDP, e,
por fim, apresenta o Organizador Curricular de
Ciências da Natureza para os Anos Iniciais e Anos
Finais do Ensino Fundamental, com um olhar
para as especificidades de Alagoas.
Em conformidade com os pressupostos
teóricos advindos da BNCC (2017), o ensino de
Ciências da Natureza se materializa com os co-
nhecimentos epistemológicos de Química, Bio-
logia, Física e Geociências, desde o primeiro ao
nono ano do Ensino Fundamental. Esses conhe-
cimentos estão articulados com as dez compe-
tências gerais que se inter-relacionam com as
competências específicas da área, e essa com as
unidades temáticas, os objetos de conhecimen-
tos e as habilidades descritas no documento.
Desta forma, o conhecimento se encontra
organizado em Unidades temáticas, que se
670 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

repetem em todos os anos do en- de um cidadão que pode intervir


sino fundamental. Em cada Uni- em seu contexto sócio ambiental.
dade temática têm-se os objetos
de conhecimento e as habilida- 5.1 Breve Histórico
des. Os objetos de conhecimento das Concepções do
se configuram nos conteúdos e as Ensino de Ciências
habilidades estão direcionadas ao da Natureza
que o estudante precisa desen- A natureza da Ciência pode ser
volver em cada ano. Logo, repre- entendida como um conjunto de
senta conteúdos, procedimentos elementos que tratam da constru-
e valores a serem desenvolvidos ção, estabelecimento e organiza-
nos estudantes, conforme o pro- ção do conhecimento científico e
cesso cognitivo da criança e do tecnológico (MOURA, 2014). De
adolescente. acordo com o Referencial Curricu-
A BNCC (2017) tem como foco o lar de Alagoas, são definidas como
desenvolvimento integral do ser, no “o conjunto de conhecimentos
entendimento que a integralidade teóricos sobre os fenômenos na-
envolve as dimensões físicas, bio- turais baseado em metodologia
lógicas, psicológicas, sócio emo- científica e fundamentação experi-
cionais, químicas, históricas e cul- mental” (ALAGOAS, 2014, pág. 73).
turais, concebidas como dimensões Ao longo do tempo, seu per-
indissociáveis. Essa concepção de curso histórico apresenta proces-
educação se configura no desenvol- sos de acúmulo de conhecimen-
vimento das competências cogniti- tos, mudanças e rupturas. Esses
vas, que contribuem para a formação processos contribuíram para a
de estudantes autônomos, colabo- compreensão de conhecimentos
rativos, éticos e políticos. oriundos da Física, Química, Biolo-
Desse modo, o ensino está gia, Astronomia, Geologia, e suas
pautado numa perspectiva inter- tecnologias. E, a BNCC expressa
disciplinar e integradora, baseado a inserção da análise dos avanços
no prosseguimento dos estudos a tecnológicos, buscando a melhoria
partir da integração de saberes por da qualidade de vida dos indivíduos.
meio do domínio de procedimen- Assim também, podem ser
tos de investigação e de produção apontados diversos marcos que
científica com vistas à construção contribuíram para a evolução do
do conhecimento na área de Ciên- ensino de Ciências e para a melho-
cias da Natureza, para a formação ria de vida da humanidade. Neste
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 671

sentido, é importante compreen- mudaram a forma de viver das pessoas,


der a sua origem, que não tem um alterando os padrões de consumo
ponto único de partida, mas entre e, muitas vezes, afetando o meio
eles, o trabalho de pesquisa e des- ambiente. (ALAGOAS, 2014, p. 74)
cobertas de vários filósofos, como
Tales de Mileto, que destinava par- Na área da Biologia, conceitos
te de seu tempo a refletir sobre a de adaptação e seleção natural,
origem das coisas e sobre como conhecimentos de Geologia, Bo-
elas se formavam. Segundo Ala- tânica, Zoologia, Paleontologia e
goas (2014), a população não podia Embriologia, Genética e da Biolo-
naquela época discordar das ideias gia Molecular, como por exemplo,
propostas pelos pensadores. na área de engenharia genética,
Adiante, na continuação na destacaram estudiosos como
busca de explicações para as coi- Lyell (século XIX), Charles Darwin,
sas no mundo, veio o “Desenvolvi- Pasteur, entre outros, que aliados
mento da Alquimia, precursora da ao desenvolvimento tecnológico,
Química e a criação das primeiras realizaram diversas pesquisas que
Universidades.” (ALAGOAS, 2014, contribuíram e contribuem para a
p. 73). O século XVI, então, foi um melhoria da qualidade de vida do
período de descobertas nas áreas ser humano na terra.
de Física e Química e contou com No Brasil, o percurso histórico
a participação de estudiosos como do ensino de Ciências foi marcado
Copérnico, Kepler e Galileu, Isaac por diversas mudanças de con-
Newton, Planck, Einstein, Lavoisier, cepções e tendências ao longo do
entre outros. tempo. Tais mudanças ocorreram
Mais tarde, com o auxílio de a partir do contexto socioeconô-
outros cientistas e diversas des- mico em que passou o país naquele
cobertas, foi possível a criação de momento, o que remete para uma
artefatos que favoreceu a vida dos estreita relação com a evolução
seres humanos: tecnológica científica.
As pessoas usam diariamente materiais De acordo com Krasilchik,
como plásticos, fios sintéticos, (1987), entre os fatores mais sig-
resinas para fabricar produtos. nificativos que induziram a mu-
Os conhecimentos tecnológicos danças de concepções no ensino
permitiram a fabricação de fertilizantes, de Ciências da Natureza no Brasil,
medicamentos, aditivos alimentares estão a Segunda Guerra Mundial, e
e inúmeros outros produtos que a influência do processo de indus-
672 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

trialização que por muito tempo, obra qualificada, o que era uma
influenciou o currículo desta área preocupação da época devido às
de conhecimento. necessidades sociais oriundas do
Para a autora, nas décadas de 50 contexto econômico.
e de 60, foi marcante o interesse do Ainda em meados da década de
ensino na formação de cientistas, o 70, com a crise energética instaura-
que levou as escolas brasileiras a do no período pós-segunda guerra
um currículo que sofreu influência mundial, os impactos ambientais
de outros países, apresentando se intensificaram, colocando em
nas escolas o método científico. risco a saúde e o meio ambiente,
Nessa época, de acordo com a fato que instigou a inserção das
Lei 4021/61, o ensino de Ciências discussões desta temática no cur-
da Natureza era apenas para as rículo (BRASIL, 1997).
duas últimas séries do ginásio. Já Nesse contexto, foi marcante
havia forte influência social, políti- a ruptura no campo das ciências,
ca e econômica sobre o currículo, tendência que questionava a neu-
e nesse interim, questionava-se o tralidade do conhecimento tecno-
ensino tradicional, que era pauta- lógico e científico, ampliando a vi-
do na transmissão de informações são de impacto, compreendendo o
pelo professor, que apenas lançava papel socioeconômico e político na
mão da utilização de aulas expositi- sociedade. Essa tendência, segun-
vas como estratégia de ensino. do Henn et al, (2011), se configurou
Com a Lei de Diretrizes e Ba- no movimento pedagógico conhe-
ses (LDB), nº 4024 de 1961, a car- cido como as Ciências, Tecnologia
ga horária das disciplinas científi- e Sociedade (CTS), em que se dis-
cas aumentou e o surgimento dos cutiu no currículo, os aspectos po-
Centros de Ciências provocou o sitivos e negativos desses avanços.
desenvolvimento de uma gama de Essas concepções se expandiram
materiais educativos, o que trouxe à década de 80 e o método científico
grandes contribuições para a mo- já não respondia às necessidades do
dernização do ensino. currículo para essa área. Dessa for-
Na década de 70, a reestrutu- ma, o foco deslocou-se para a im-
ração política do país e o golpe mi- portância do estudante e do mesmo
litar provocaram novas mudanças ser responsável pela construção de
no sistema educacional brasileiro. seu próprio conhecimento científico,
A LDB nº 5692 de 1971 passou a expressa pela necessidade de mu-
valorizar a formação de mão de danças conceituais.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 673

Movimentos educacionais da- teceu na história do ensino de Ciên-


quela época mudaram o foco do cias no Brasil, mas na participação
ensino para o foco na aprendiza- ativa do estudante, com base em
gem e passou-se a utilizar a cons- resolução de problemas de situa-
trução do conhecimento científico ções desafiadoras, motivadoras, que
como método de ensino. provoquem no estudante reflexões
Em 1996, a Lei de Diretrizes e e análises, a partir dos contextos so-
Bases da Educação, nº 9.394/96, ciais que venham a se apresentar.
determinou que a função da Edu- A partir da LDB de 96, a apren-
cação Básica é a aquisição e con- dizagem adquiriu aspectos de for-
solidação dos conhecimentos e a mação voltados a questões da
preparação para o trabalho e para preparação para o trabalho, para
a cidadania. Esse aprendizado in- a cidadania, formação ética, auto-
clui a formação ética, a autonomia nomia intelectual e conhecimentos
intelectual e a compreensão dos científicos para formação integral
fundamentos científicos e tecno- do cidadão. Segundo as Diretrizes
lógicos dos processos produtivos, Curriculares da Educação Básica,
numa perspectiva do ensino por
redescoberta. Os conhecimentos científicos que são
A partir de Krasilchik (1987), os tomados como conteúdos escolares
objetivos no ensino de Ciências da podem ser reconhecidos como aqueles
Natureza visam à oferecer as condi- produzidos pelos homens no processo
ções necessárias para os estudantes histórico de produção de sua existência
identificarem o problema, a partir material e imaterial, valorizados,
das observações, levantar hipóte- selecionados, e organizados, a fim de que
ses, testá-las ou refutá-las, bem possam ser ensinados e aprendidos, por
como apresentar ideias conclusivas. contribuírem para o desenvolvimento
Logo, um caminho para o método cognitivo do estudante, bem como para
científico, a partir da experiência di- sua formação geral. (BRASIL, 2013).
reta com os fenômenos naturais,
que proporcionaria aos estudantes Desse modo, o ensino deve criar
apropriação do conhecimento cien- mecanismos para que os estudan-
tífico por redescoberta. tes compreendam que a constru-
Conforme Moreira et al (2007), ção do conhecimento advém de um
o currículo de Ciências deve estar construto sócio histórico.
voltado não só para transmissão de No Referencial Curricular de
conhecimentos, como muito acon- Alagoas (2014, p. 76), a educação
674 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

científica é imprescindível no que problema, em que envolvem as


se refere a “formação crítica/re- concepções alternativas dos estu-
flexiva do sujeito, permitindo o de- dantes, a elaboração e a verificação
senvolvimento de uma visão ampla de hipóteses e a sistematização da
dos benefícios e riscos advindos construção de conceitos. De acor-
destas mudanças”. O referido do- do com Moura (2014), o ponto a ser
cumento aponta ainda sobre o de- destacado é a multiplicidade de
senvolvimento científico com base formas como o trabalho científico
na Ciência, na Tecnologia e no Am- pode ser desenvolvido nos proces-
biente, de modo a serem pensados sos de ensino.
com cuidado pela sociedade, no Nesse sentido, faz se necessário
que tange à continuidade do de- estabelecer um conjunto de sabe-
senvolvimento de conhecimentos res integrados e significativos para
teóricos que possam corroborar o prosseguimento dos estudos,
com a melhoria na qualidade de bem como para o entendimento
vida do ser humano sem prejuízos e ação crítica acerca do mundo e
para o ambiente em que vivemos. para o mundo do trabalho. Segundo
De acordo com a BNCC 2017, a Carvalho (2013), cabe ao estudante
formação do estudante está pau- dominar procedimentos básicos de
tada em sua integralidade, baseada investigação e de produção de co-
nos pressupostos da construção nhecimentos científicos por meio
do conhecimento por meio do le- da busca de informações em diver-
tramento cientifico. Logo, fazer sas fontes e desenvolver a capaci-
Ciência requer leitura, levantamen- dade de pesquisar e de buscar e (re)
to de dados, reflexões, hipóteses, construir conhecimentos.
práticas, resolução de problemas Dentre as recomendações dos
e construção de possibilidades de documentos oficiais destacam-se
intervenção no meio. a necessidade do tratamento inter-
disciplinar e contextualizado que
5.2 Ciências da possa responder às necessidades
Natureza no Ensino da vida contemporânea e o desen-
Fundamental volvimento de conhecimentos mais
O conhecimento em ciências da amplos e abstratos, de forma a levar
natureza pode ser construído com os estudantes à aquisição de cultura
o uso de diversos métodos, desde geral e a uma visão global do mundo.
a experimentação até situações A partir do que preconiza a
investigativas, como as situações BNCC (2017), os componentes da
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 675

área de Ciências da Natureza de- dade brasileira como saúde, preser-


vem interagir, buscando a expli- vação do meio ambiente, educação
cação de fenômenos e problemas para o consumo, educação fiscal e
complexos, naturais ou criados de trânsito, educação alimentar e
pelos seres humanos. A crescente nutricional, trabalho, ciência e tec-
valorização do conhecimento e a nologia, diversidade étnica, de gê-
capacidade de inovar demanda ci- nero e cultural, a discriminação, o
dadãos capazes de aprender conti- preconceito, dentre outros.
nuamente para o que é essencial a Os conhecimentos científicos e
uma formação integral. tecnológicos abordados devem se
De acordo com as Diretrizes aproximar da cultura e da produção
Curriculares Nacionais (BRASIL, contemporânea, em estreita rela-
2013), a interdisciplinaridade, im- ção com outras áreas, consideran-
portante para o aprendizado cien- do sua relevância social e sua pro-
tífico, não elimina a indiscutível dução histórica.
disciplinaridade do conhecimento. O ensino de Ciências deve se
Além disso, o conhecimento cientí- distinguir do ensino unicamente
fico disciplinar é parte essencial da voltado para formação de supostos
cultura contemporânea. cientistas e ser direcionado para
Nesta perspectiva, em Ciências todos os estudantes, independen-
da Natureza se apresentam interli- temente da profissão que terão no
gadas os conhecimentos das áreas futuro: uma formação para todos e
de Física, Química e Biologia, que para a vida, contemplando as com-
possuem em comum a investiga- petências específicas para o ensi-
ção dos fenômenos naturais e o no de Ciências da Natureza.
desenvolvimento tecnológico, e
compartilham linguagens para a 5.2.1 As Competências
representação e sistematização do Específicas para o
conhecimento de fenômenos ou Ensino de Ciências da
processos naturais e tecnológicos. Natureza
O ensino de Ciências deve per- A formação integral do
mear a abordagem de temas abran- estudante à luz da BNCC (2017),
gentes e contemporâneos que aponta para o desenvolvimento de
fazem parte da vida humana em características que auxiliem o mes-
escala global, regional e local, bem mo no processo de aprendizagem.
como na esfera individual. Temas Esta formação deve ser consti-
que envolvam questões da socie- tuída de competências que o habi-
4. Avaliar aplicações e implicações
litem para resolver problemas em políticas, socioambientais e cultu-
seu cotidiano de forma autôno- rais da ciência e de suas tecnologias
ma, crítica e reflexiva. para propor alternativas aos desa-
Para tanto, segue um quadro fios do mundo contemporâneo, in-
com as competências específi- cluindo aqueles relativos ao mundo
cas de Ciências da Natureza para do trabalho.
o Ensino Fundamental, descritas 5. Construir argumentos com base
pelo documento nacional. em dados, evidências e informa-
ções confiáveis e negociar e de-
fender ideias e pontos de vista que
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE promovam a consciência socioam-
CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA O biental e o respeito a si próprio e ao
ENSINO FUNDAMENTAL outro, acolhendo e valorizando a di-
versidade de indivíduos e de grupos
1. Compreender as Ciências da Na- sociais, sem preconceitos de qual-
quer natureza.
tureza como empreendimento hu-
mano, e o conhecimento científico 6. Utilizar diferentes linguagens e
como provisório, cultural e históri- tecnologias digitais de informação
co. e comunicação para se comunicar,
2. Compreender conceitos funda- acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos e resolver
mentais e estruturas explicativas
das Ciências da Natureza, bem problemas das Ciências da Natu-
como dominar processos, práti- reza de forma crítica, significativa,
cas e procedimentos da investi- reflexiva e ética.
gação científica, de modo a sentir 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do
segurança no debate de questões seu corpo e bem-estar, compreen-
científicas, tecnológicas, socioam- dendo-se na diversidade humana,
bientais e do mundo do trabalho, fazendo-se respeitar e respeitando
continuar aprendendo e colaborar o outro, recorrendo aos conheci-
para a construção de uma socieda- mentos das Ciências da Natureza e
de justa, democrática e inclusiva. às suas tecnologias.
3. Analisar, compreender e explicar 8. Agir pessoal e coletivamente com
características, fenômenos e pro- respeito, autonomia, responsabili-
cessos relativos ao mundo natural, dade, flexibilidade, resiliência e de-
social e tecnológico (incluindo o terminação, recorrendo aos conhe-
digital), como também as relações cimentos das Ciências da Natureza
que se estabelecem entre eles, para tomar decisões frente a ques-
exercitando a curiosidade para fa- tões científico-tecnológicas e so-
zer perguntas, buscar respostas e cioambientais e a respeito da saúde
criar soluções (inclusive tecnológi- individual e coletiva, com base em
cas) com base nos conhecimentos princípios éticos, democráticos,
das Ciências da Natureza. sustentáveis e solidários.
Fonte: Base Nacional Comum Curricular (2017).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 677

Dentre as 8 competências es- como preconiza as Competências


pecíficas de Ciências da Natureza Gerais da BNCC.
para o Ensino Fundamental, a com- No que se refere a competência
petência específica 1, trata da ne- específica 3, por exemplo, “com-
cessidade de compreensão sobre a preender e explicar características
evolução das Ciências, que aconte- e fenômenos ligados ao mundo
ce continuamente. Logo, nada está natural”, tem o intuito de aguçar a
determinado para sempre, novas curiosidade proporcionando ao es-
descobertas vão sendo divulgadas tudante capacidade de desenvol-
e, com isso, o conhecimento cientí- ver o pensamento lógico na formu-
fico se apresenta provisório, a par- lação de perguntas, e na tentativa
tir do contexto socio-histórico e de resolução de problemas volta-
cultural que perpassa a sociedade dos para o cotidiano.
naquele momento. Ainda nessa competência e em
Os conceitos fundamentais das consonância com a competência
Ciências da Natureza, bem como geral da Base, o processo tecno-
suas estruturas explicativas, deno- lógico, incluindo o digital, lança um
tam “Dominar processos, práticas olhar para resolução de situações
e procedimentos da investigação na criação de soluções que utilizem
científica” (BNCC, 2017, p. 322) apa- tais artefatos, o que corrobora com
recem na competência específica 2. a necessidade de conhecimentos
Ela aponta para a necessidade oriundos das Ciência da Natureza.
de compreensão sobre as questões Sobre a competência especí-
científicas e tecnológicas que nos fica 4, o mundo contemporâneo,
cercam, estabelecendo relações que envolve também o mundo do
com o cotidiano e com os artefatos trabalho, implica possuir conhe-
que contribuem para melhor quali- cimentos para avaliar situações
dade de vida do ser humano. postas com olhar para questões
Nessa perspectiva, esse tipo de políticas, socioambientais e cul-
conhecimento contribui na cons- turais, e o uso das tecnologias. A
trução de “uma sociedade mais BNCC (2017), traz, ainda, em suas
justa, democrática e inclusiva”, o competências gerais, a formação
que proporciona debates sobre integral na perspectiva não só do
diversos temas que podem apre- conteúdo da área de Ciências da
sentar reflexões no campo da ética Natureza, mas uma visão global de
e do olhar sobre o coletivo. O cui- benefícios, e/ou consequências,
dado com seu corpo e com o outro, que as decisões tomadas afetem
678 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

de modo positivo a sociedade A competência específica 7


contemporânea. chama a atenção de todos nós,
De importante teor é que na for- para a importância do respeito. O
mação desde estudante de forma cuidado de si e de seu próprio cor-
integral, ele possa argumentar com po, o cuidado do outro e o respeito
base em dados confiáveis, de cunho à diversidade, são elementos que
científico, que possam compreender subjazem a coletividade. Pois, to-
a situação e defender a ideia, e levar mada de decisões para a melhoria
em conta questões sociais e socio da qualidade de vida de todos inde-
-emocionais valorizando os grupos pende de credos, de lugar da mo-
sociais e sua diversidade, excluindo radia, se no campo na cidade, de
preconceitos e formando cidadãos diversidade étnica, se descende do
livres de intolerâncias. Grupos cultu- indígena ou do quilombo, se per-
rais que defendem ideias que podem tencente a grupos sociais, se pos-
melhorar a convivência no mundo sui alguma necessidade especial.
devem ser valorizados, e esta pre- A BNCC (2017) em suas com-
missa constitui a competência es- petências gerais, assim como as
pecífica 5 de Ciências da Natureza competências específicas de Ciên-
do Ensino Fundamental. cias da Natureza, a qual discute-se
Na competência específica 6, e aqui, deixa claro a miscigenação
nas competências gerais, a utiliza- e diversidade existente em nosso
ção de diferentes linguagens para país como questão histórico e cul-
comunicar-se apresenta-se como tural de grande importância, e a ne-
imprescindível na formação desse cessidade de respeito a todos para
estudante autônomo, crítico, refle- a formação de uma sociedade mais
xivo e com postura de intervenção justa e igualitária.
sobre a realidade. Neste sentido, pode-se inferir
Isso também denota o uso das sobre a competência específica 8,
tecnologias digitais nesse proces- que valoriza o agir coletivamente
so, devido a evolução tecnológica em prol não só de si, mas de todos,
e o que ela pode nos oferecer, pois no pensar com responsabilida-
formar um cidadão que domine as de, recorrendo a conhecimentos
tecnologias em benefício da socie- oriundos dos estudos sobre Ciên-
dade torna-se uma característica cias da Natureza, que aprecia o res-
necessária na resolução de situa- peito à saúde coletiva nas atitudes
ções problemas que o cotidiano do sujeito perante a vivência em
pode nos mostrar. sociedade.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 679

Assim, em todas as competên- çando conhecimentos diversifica-


cias especificas de Ciências da Na- dos, correlatos e complementares.
tureza para o Ensino Fundamental, A premissa do trabalho com
em consonância com as compe- objetos de conhecimentos que
tências gerais da BNCC, a equida- a BNCC traz, no formato da ver-
de se apresenta como uma premis- ticalidade e do espiral, para além
sa indispensável. Portanto, nesse da horizontalidade, vai constituir
processo ancora-se a necessidade a progressividade de desenvolvi-
de letramento científico, quan- mento cognitivo e socioemocio-
do se desenvolve no estudante a nal nos estudantes. Desse modo,
apropriação dos conhecimentos são de suma importância para a
necessários e essa apropriação inserção nos processos de ensi-
perpassa pelo desenvolvimento in- no, as estratégias profícuas à in-
tegral do cidadão, com visão macro vestigação científica, tais como o
e micro do seu papel na sociedade. ensino por investigação.
Dessa forma, a área de Ciências
da Natureza tem como premissa 5.2.2 O Letramento
o desenvolvimento das compe- Científico e o Ensino
tências necessárias, mediante a por Investigação
multiplicidade de estratégias, além Em consonância com os pres-
de um olhar articulado dos vários supostos da BNCC (2017), a área
campos de saber. de Ciências da Natureza no Ensino
Vale ressaltar que este docu- Fundamental tem um compromis-
mento aponta como desafio a ver- so em desenvolver o letramento
ticalização do ensino e a promo- científico. No entendimento que
ção do conhecimento em espiral. esse letramento envolve a capaci-
A verticalização para além da hori- dade de compreender e interpretar
zontalidade dos objetos de conhe- o mundo (natural, social, tecnoló-
cimentos que a BNCC propõe, no gico), assim como transformá-lo
sentido de revisitar conhecimen- com base nos aportes teóricos e
tos prévios que podem agregar va- processuais dessa área.
lor ao conhecimento em constru- Para Mamede e Zimmermann
ção. Os objetos de conhecimentos (2005, p. 02), nos processos de
devem aparecer nas salas de aulas ensino, “torna-se letrado cienti-
de maneira espiral, a partir do ano ficamente aquele que consegue
letivo que o estudante está vincu- envolver o uso do conhecimento
lado, e de forma vertical, entrela- científico e tecnológico no seu dia
680 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

a dia, dentro de um contexto socio Compreende que a sociedade exerce


-histórico específico e transformá- um controle sobre as ciências e as
-lo conforme os aportes teóricos e tecnologias pelo viés das subvenções
processuais do ensino de Ciências”. que ela concede; d) Reconhece bem os
Dessa forma, o conceito de le- limites como a utilidade das ciências
tramento se refere, tanto ao co- e das tecnologias para o progresso
nhecimento da ciência como ao da do bem-estar humano; e) Conhece
tecnologia, ambos com objetivos os principais conceitos, hipóteses
distintos em propósitos, processos e teorias científicas e é capaz de
e produtos que se entrelaçam. aplicá-los; f) Aprecia a ciência e
A BNCC (2017) preconiza que as Tecnologias pela estimulação
apreender ciência não é a finalida- intelectual que elas suscitam; g)
de última do letramento, mas, sim, Compreende que a produção de
o desenvolvimento da capacidade saberes científicos depende ao mesmo
de atuação no e sobre o mundo, tempo de processos de pesquisa
importante ao exercício pleno da e de conhecimentos teóricos; h)
cidadania. Faz a distinção entre os resultados
Com o propósito de se ter um científicos e a opinião pessoal; i)
indivíduo com apropriação do co- Reconhece a origem da ciência e
nhecimento científico, Fourez compreende que o saber científico
(1994, apud Lorenzetti e Delizoi- é provisório e sujeito às mudanças
cov, 2000) pontua quatorze carac- de acordo com a acumulação de
terísticas que deve ser construído resultados; j)Compreende as
no estudante ao longo dos estu- aplicações das tecnologias e as
dos, são elas: decisões implícitas em sua utilidade;
l) Retira de sua formação científica
a) Utiliza conceitos científicos uma visão do mundo mais rico e mais
e é capaz de integrar valores interessante; m) Conhece as fontes
e conhecimentos para tomar válidas de informação científica
decisões responsáveis na vida e tecnológica e recorre a elas por
cotidiana; b) Compreende que ocasião da tomada de consciência;
a sociedade exerce um controle n) Ter uma certa compreensão da
sobre as ciências e as tecnologias, maneira pela qual as ciências e as
tanto como as ciências e as tecnologias foram produzidas na
tecnologias marcam a sociedade; c) história; (FOUREZ,1994, p. 29)  
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 681

Dentro desse contexto, Pozo e problemas, à comunicação e usa processos


Crespo (2009), afirmam que o le- da investigação científica como metodologia
tramento científico requer conhe- de ensino (…) (Freire, 2009, p.105)
cimentos conceituais, processuais
e atitudinais para o desenvolvi- O processo investigativo, nes-
mento de práticas comuns interli- se sentido, envolve a definição do
gadas à investigação científica que problema e a partir da observa-
possibilitam os avanços da Ciência. ção dos fenômenos da natureza,
Assim, a área de Ciências da Na- devem ser realizadas perguntas
tureza por meio de ação articulada, questionadoras que permitam ao
com uma multiplicidade de saber, estudante analisar, delinear, e le-
deve assegurar ao estudante, por vantar hipóteses.
meio do ensino por investigação, Conforme Bachelard (2007), a
o conhecimento científico histori- articulação do questionamento de
camente construído, bem como a situações do cotidiano e a pesquisa
aproximação gradativa aos princi- do problema, originários das rela-
pais processos, práticas e procedi- ções socioculturais do sujeito e do
mentos da investigação científica, seu contexto, podem incentivar a
dando-lhe sentido e significado. curiosidade científica, que é nata
Na literatura, diversos autores das crianças e jovens no processo
procuram definir o conceito de en- de aprendizagem em Ciências da
sino por investigação e na maioria Natureza e possibilitar a mobiliza-
deles, envolve os conceitos da re- ção cognitiva que habilite o estu-
solução de problemas, no sentido dante apropriar-se de cada etapa
de resolver algo que não tem solu- da investigação científica.
ção, trabalhando no estudante ca- O quadro a seguir do texto da
racterísticas próprias da investiga- BNCC (2017) aponta as etapas do
ção científica. Para Freire, letramento científico, baseados
nos pressupostos da Definição
O ensino por investigação constitui uma de problemas, do Levantamento,
orientação didáctica para o planeamento análise e representação, da Co-
das aprendizagens científicas dos municação, e da Intervenção.
estudantes, reflecte o modo como os
cientistas trabalham e fazem ciência, dá
ênfase ao questionamento, à resolução de
682 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

•• Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas.


DEFINIÇÃO DO
•• Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações.
PROBLEMA
•• Propor hipótese.

•• Planejar e realizar atividades de campo (experimentos, observações, leituras, visitas,


ambientes virtuais etc.).
•• Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive digitais, para coleta, análise e
representação de dados (imagem, esquemas, tabelas, gráficos, quadros, diagramas,
mapas, modelos, representações de sistemas, fluxogramas, mapas conceituais,
simulações, aplicativos etc.).
•• Avaliar informações (validade, coerência, e adequação ao problema formulado).
•• Elaborar explicações e/ou modelos. LEVANTAMENTO,
ANÁLISE E
•• Associar explicações e/ou modelos à evolução histórica dos conhecimentos científicos REPRESENTAÇÃO
envolvidos.
•• Selecionareconstruirargumentoscombaseemevidências,modelose/ouconhecimentos
científicos.
•• Aprimorar seus saberes e incorporar, gradualmente, e de modo significativo, o
conhecimento científico.
•• Desenvolver soluções para problemas cotidianos usando diferentes ferramentas,
inclusive digitais.

•• Organizar e/ou extrapolar conclusões.


•• Relatar informações de forma oral, escrita ou multimodal.
•• Apresentar, de forma sistemática dados e resultados de investigações.
COMUNICAÇÃO
•• Participar das discussões de caráter científico com colegas, professores, familiares
e comunidade em geral.
•• Considerar contra-argumentos para rever processos investigativos e conclusões.

•• Implementar soluções e avaliar sua eficácia para resolver problemas cotidianos.


•• Desenvolver ações de intervenção para melhorar qualidade de vida individual, coletiva INTERVENÇÃO
e socioambiental.

Fonte: Base Nacional Comum Curricular (2017).

No que se refere à definição do a atenção do estudante, deve-se


problema, a BNCC (2017), espera delinear um caminho possível para
que o estudante tenha condições a resolução do problema levanta-
de observar o mundo que o rodeia e do. Nessa fase, o planejamento de
que faça perguntas que demandem como responder a pergunta, e a
análise. A partir de algo que chame construção de hipóteses.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 683

Não se trata de um processo ensino por investigação. Vale res-


mecânico, neste interim, o profes- saltar a coerência e a adequação ao
sor precisa planejar bem a aula para problema proposto no percurso de
que motive o estudante, e agu- realização de tais atividades.
ce sua curiosidade. Uma pergun- Faz parte dessa fase a constru-
ta bem formulada a partir do seu ção de argumentos com base em
contexto, pode levar o estudante a evidências de cunho científico, para
procurar solucionar o problema. justificar o caminho da resolução
Numa segunda etapa, de levan- de problemas tomado, o que pode
tamento, análise e representação, evidenciar a construção do conhe-
a partir do trabalho realizado na cimento científico.
primeira etapa na construção das A outra etapa do letramento, diz
hipóteses, chega o momento de respeito à comunicação, ou seja,
planejar as atividades de campo, se após a organização dos dados cole-
assim forem necessárias, definir as tados frente aos argumentos cons-
observações, visitas de campo, ou truídos, trabalhar no estudante a
simplesmente o ambiente virtual maneira de relatar a sistemática dos
que pode auxiliar na coleta de da- dados e resultados da investigação.
dos, e na representação da mesma. Nessa etapa espera-se que o
A representação da coleta de estudante possa participar de dis-
dados pode envolver “imagem, cussões e expor seus argumentos
esquemas, tabelas, gráficos, qua- de forma coerente e organizada,
dros, diagramas, mapas, modelos, pois na evidência de contra-argu-
representações de sistemas, flu- mentos, poder refletir sobre o pro-
xogramas, mapas conceituais, si- cesso investigativo que participou,
mulações, aplicativos etc.” (BNCC, bem como perceber as fragilida-
2017), o que a Base aponta como des, ou a não resolução do proble-
uma das competências gerais para ma proposto.
a formação integral do estudante, Por fim, segundo o texto na-
a capacidade de expressar e comu- cional, a última fase do letramento
nicar-se por meio de pesquisas em científico diz respeito a interven-
diversas fontes confiáveis. ção, fase para avaliar se a resolução
A ferramenta digital se mos- do problema preterido pode contri-
tra um aliado do conhecimento, na buir no cotidiano. A melhoria na qua-
maneira que pode comunicar e re- lidade de vida individual e coletiva,
presentar um resultado obtido no premissa das competências gerais
desenvolvimento de atividades no e específicas de Ciências da Nature-
684 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

za para o Ensino Fundamental, deve em seu escopo os Desdobramen-


ser o objetivo maior da resolução do tos Didáticos - Pedagógicos (Des-
problema proposto, o que incide no DP), como contribuição para o cur-
desenvolvimento das ações que fo- rículo no território alagoano, bem
ram previamente analisadas. como para a construção do Projeto
Todo esse processo de levan- Pedagógico em suas respectivas
tamento e análise das representa- unidades de ensino.
ções, comunicação e representação
a partir de uma pergunta, para gerar 5.3 As Unidades
a resposta de um problema, induz à Temáticas
apropriação do conhecimento que A partir da BNCC (2017), e com
permite o desenvolvimento cogniti- o Referencial Curricular de Alagoas
vo na construção do conhecimento (2014), a área de Ciências da Natu-
ao longo da Educação Básica. reza se concentra em estudar os
Dessa forma, o processo inves- fenômenos naturais, sendo assim
tigativo deve ser entendido como ,envolve os processos de evolução
elemento central na formação dos e manutenção da vida no planeta,
estudantes, em um sentido mais perpassando – com seus recursos
amplo, e cujo desenvolvimento deve naturais, transformações e fontes
ser atrelado a situações didáticas de energias - do nosso planeta no
planejadas ao longo de toda a edu- Sistema Solar e no Universo, bem
cação básica, de modo a possibilitar como a aplicabilidade do conheci-
revisitar, de forma reflexiva, seus mento científico nas várias esferas
conhecimentos e sua compreensão da vida humana (BRASIL, 2017).
acerca do mundo em que vivem. Todo esse conhecimento se ma-
Para tanto, a BNCC (2017), terializa com o desenvolvimento de
normatiza e define um conjunto estudantes capazes de compreen-
orgânico e progressivo de apren- der, se comunicar e intervir nos pro-
dizagens essenciais e indispensá- cessos de sistematização de con-
veis que todos os estudantes têm ceitos, ampliando a visão de mundo.
direito e que devem se desenvolver A estruturação da organização
ao longo da etapa no Ensino Funda- curricular da área, componente de
mental inicial e final. Ciências, as aprendizagens essen-
E, em nível estadual, a elabora- ciais se encontram em três uni-
ção deste texto, pertencente ao Re- dades temáticas, que se repetem
ferencial Curricular de Alagoas, da ao longo do Ensino Fundamental.
área de Ciências da Natureza, traz Desta forma as Unidades temá-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 685

ticas são: Matéria e energia; Vida tos que embasam a prática peda-
evolução; Terra e universo. gógica nessa fase de escolarização.
Cada Unidade Temática com- Nos Anos Iniciais do Ensino
põe-se de Objetos de Conheci- Fundamental, assim como nos
mentos que são os conteúdos Anos Finais, as Unidades Temá-
conceituais, assim como traz con- ticas são: Matéria e energia; Vida
sigo, também, as habilidades per- evolução; Terra e universo.
tinentes à unidade e ao objeto que A unidade temática Matéria e
podem ser organizados pelo pro- energia contempla o estudo de
fessor no seu planejamento, aten- materiais e suas transformações,
dendo às especificidades sociocul- fontes e tipos de energia utilizados
turais locais. na vida em geral, na perspectiva de
Essa organização indica pers- construir conhecimento sobre a
pectivas de abordagem para tra- natureza da matéria e os diferentes
balhar a especificidade da área de usos da energia.
forma progressiva, sem isolar, pois Dessa maneira, nessa unidade
estabelece diferentes sequências estão envolvidos estudos refe-
nos ciclos, permite tratar as temá- rentes à ocorrência, à utilização
ticas de importância local e fazer e ao processamento de recursos
conexão entre os objetos de co- naturais e energéticos emprega-
nhecimento da área. dos na geração de diferentes tipos
Esses devem ser vistos não de de energia e na produção e no uso
forma horizontal apenas, mas na responsável de materiais diversos.
verticalidade, e no processo de Discute-se, também, a perspecti-
ensino de forma espiral, em que va histórica da apropriação huma-
conhecimentos se entrelacem na desses recursos, com base, por
num todo para a formação inte- exemplo, na identificação do uso
gral do estudante. de materiais em diferentes am-
bientes e épocas e sua relação com
5.3.1 As Unidades Temáticas a sociedade e a tecnologia.
nos Anos Iniciais De acordo com a Base Nacio-
Nos primeiros anos do Ensino nal Comum Curricular (2017), nos
Fundamental, em que a criança en- Anos Iniciais as crianças apresen-
contra-se em fase de alfabetização, tam desenvolvimento cognitivo
o ensino de Ciências da Natureza que requer a busca de materiais
deve estar associado ao letramen- concretos que auxiliem na constru-
to científico, bases dos pressupos- ção de conceito. Assim tem-se:
686 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

Nos Anos Iniciais, as crianças já se materiais típicos da cultura local,


envolvem com uma série de objetos, compreender o descarte de mate-
materiais e fenômenos em sua vivência riais na cidade do estudante, bem
diária e na relação com o entorno. Tais como a visita a lugares que fazem o
experiências são o ponto de partida para descarte conforme as questões de
possibilitar a construção das primeiras meio ambiente e sustentabilidade.
noções sobre os materiais, seus usos A unidade temática Vida e evo-
e suas propriedades, bem como sobre lução propõe o estudo de questões
suas interações com luz, som, calor, relacionadas aos seres vivos (in-
eletricidade e umidade, entre outros cluindo os seres humanos), suas
elementos. Além de prever a construção características e necessidades, e a
coletiva de propostas de reciclagem vida como fenômeno natural e so-
e reutilização de materiais, estimula- cial, os elementos essenciais à sua
se ainda a construção de hábitos manutenção e à compreensão dos
saudáveis e sustentáveis por meio da processos evolutivos que geram a
discussão acerca dos riscos associados diversidade de formas de vida no
à integridade física e à qualidade planeta.
auditiva e visual. Espera-se também As características dos ecossis-
que os estudantes possam reconhecer tema serão estudas com destaque
a importância, por exemplo, da água, para as interações dos seres vivos
em seus diferentes estados, para a com outros seres vivos e com os
agricultura, o clima, a conservação do fatores não vivos do ambiente, com
solo, a geração de energia elétrica, a destaque para as interações que os
qualidade do ar atmosférico e o equilíbrio seres humanos estabelecem entre
dos ecossistemas. Em síntese, valorizam- si e com os demais seres vivos e
se, nessa fase, os elementos mais elementos não vivos do ambiente.
concretos e os ambientes que os cercam Abordam-se, ainda, a importância
(casa, escola e bairro), oferecendo aos da preservação da biodiversidade e
estudantes a oportunidade de interação, como ela se distribui nos principais
compreensão e ação no seu entorno. ecossistemas brasileiros.
(BRASIL, 2017). Com isso, no ano de cada etapa
pode ainda haver a conexão entre
Nessa unidade, há muitas pos- as unidades temáticas, por exem-
sibilidades de trabalho ao olhar plo e quando se tratar sobre ecos-
para o território alagoano, entre sistemas pode ampliar a discussão
tantos, por exemplo, identificar sobre o potencial da biomassa na
materiais produzidos na região, e produção de energia, desde o pro-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 687

cessamento dos aspectos positi- Essa unidade, ainda, preconiza


vos e negativos do uso dessa fonte sobre as inter-relações que existem
energética. entre os sistemas fisiológicos do
O olhar para o território alagoa- corpo humano e amplia a noção so-
no se mostra com diversas possibi- bre a saúde do ponto coletivo, até as
lidades, levando em consideração questões de políticas públicas. Den-
os biomas da região e a identifica- tro dessa concepção descreve-se:
ção de espécies mais recorrentes.
Além de apontar espécies que es- O corpo humano é um todo dinâmico
tejam em extinção e compreender e articulado, e que a manutenção e
os fatores que contribuem para tal o funcionamento harmonioso desse
consequência. conjunto dependem da integração entre as
Desde cedo, na escola, os estu- funções específicas desempenhadas pelos
dantes devem compreender sobre diferentes sistemas que o compõem. Além
o processo de inter-relações entre disso, destacam-se aspectos relativos à
os seres e os aspectos positivos e saúde, compreendida não somente como
negativos que esta relação pode um estado de equilíbrio dinâmico do corpo,
proporcionar. De acordo com a mas como um bem da coletividade, abrindo
BNCC (2017), para os Anos Iniciais espaço para discutir o que é preciso para
a ênfase é para a percepções emo- promover a saúde individual e coletiva,
cionais e afetivas dos estudantes inclusive no âmbito das políticas públicas.
sobres as características os seres (BRASIL, 2017).
vivos e a suas relações:
Para os Anos Iniciais, a impor-
Nos Anos Iniciais, as características tância da progressividade do en-
dos seres vivos são trabalhadas a sino entre a Educação Infantil e o
partir das ideias, representações, Ensino Fundamental se mostra na
disposições emocionais e afetivas ampliação da visão sobre a apre-
que os estudantes trazem para a ciação, os cuidados ao corpo, o
escola. Esses saberes dos estudantes respeito a diversidade étnico-cul-
vão sendo organizados a partir de tural e à educação especial, dado o
observações orientadas, com ênfase exposto, afirma-se que:
na compreensão dos seres vivos do
entorno, como também dos elos Pretende-se que, em continuidade
nutricionais que se estabelecem às abordagens na Educação Infantil,
entre eles no ambiente natural. as crianças ampliem os seus
(BRASIL, 2017) conhecimentos e apreço pelo seu
688 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

corpo, identifiquem os cuidados ção a ampliação quanto aos im-


necessários para a manutenção da pactos ambientais e fenômenos
saúde e integridade do organismo e naturais. Desta forma, este docu-
desenvolvam atitudes de respeito mento infere que:
e acolhimento pelas diferenças
individuais, tanto no que diz respeito Assim, ao abranger com maior
à diversidade étnico cultural quanto detalhe características importantes
em relação à inclusão de estudantes da para a manutenção da vida na Terra,
educação especial. (BRASIL, 2017). como o efeito estufa e a camada de
ozônio, espera-se que os estudantes
Em conformidade com a BNCC possam compreender também alguns
(2017), a unidade temática Terra e fenômenos naturais como vulcões,
Universo, busca a compreensão de: tsunamis e terremotos, bem como
[...] características da Terra, do aqueles mais relacionados aos padrões
Sol, da Lua e de outros corpos celes- de circulação atmosférica e oceânica
tes – suas dimensões, composição, e ao aquecimento desigual causado
localizações, movimentos e forças pela forma e pelos movimentos da
que atuam entre eles. Ampliam-se Terra, em uma perspectiva de maior
experiências de observação do céu, ampliação de conhecimentos relativos
do planeta Terra, particularmente à evolução da vida e do planeta, ao
das zonas habitadas pelo ser huma- clima e à previsão do tempo, entre
no e demais seres vivos, bem como outros fenômenos.
de observação dos principais fenô-
menos celestes. Além disso, ao sa- A BNCC (2017) ainda comple-
lientar que a construção dos conhe- menta apontando para a exploração
cimentos sobre a Terra e o céu se da curiosidade da criança, em que
deu de diferentes formas em distin- chama a atenção para objetos ce-
tas culturas ao longo da história da lestes, desenhos infantis, brinque-
humanidade, explora-se a riqueza dos, livros com estórias que tratam
envolvida nesses conhecimentos, sobre fenômenos naturais. As uni-
o que permite, entre outras coisas, dades temáticas se materializam
maior valorização de outras formas com a continuidade e a integração
de conceber o mundo, como os co- dos objetos de conhecimento nos
nhecimentos próprios dos povos processos de ensino na etapa de
indígenas originários. escolarização, portanto, “é funda-
Além de caracterizar esses mental que elas não se desenvol-
conteúdos conceituais, faz men- vam isoladamente” (BRASIL, 2017).
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 689

Dentro desse contexto, a in- e colocar em xeque a vida dos de-


terligação entre as unidades te- mais seres vivos.
máticas é imprescindível para a Preconiza-se pensar em uma
efetivação dessa prerrogativa. educação científica contemporâ-
Desta forma, a BNCC traz como nea reconhecendo os múltiplos
indicativo para ser explorado em papéis da tecnologia no desen-
sala temas como sustentabilidade volvimento da sociedade humana.
socioambiental, ambiente, a saúde A investigação de materiais para
e a tecnologia e assim, argumenta: usos tecnológicos, a aplicação de
instrumentos óticos na saúde e na
Por exemplo, para que o estudante observação do céu, a produção de
compreenda saúde de forma material sintético e seus usos, as
abrangente, e não relacionada apenas aplicações das fontes de energia
ao seu próprio corpo, é necessário e suas aplicações e, até mesmo,
que ele seja estimulado a pensar o uso da radiação eletromagnéti-
em saneamento básico, geração de ca para diagnóstico e tratamento
energia, impactos ambientais, além médico, entre outras situações,
da ideia de que medicamentos são são exemplos de como ciência e
substâncias sintéticas que atuam no tecnologia, por um lado, viabilizam
funcionamento do organismo (BRASIL, a melhoria da qualidade de vida hu-
2017, p. 327). mana, mas, por outro, ampliam as
desigualdades sociais e a degrada-
Sobre questões voltados à ção do ambiente.
sustentabilidade, infere-se que Dessa forma, é importante sa-
os estudantes ampliem a com- lientar os múltiplos papéis desem-
preensão desse termo para além penhados pela relação ciência-tec-
da importância da biodiversidade nologia-sociedade na vida moderna
e da manutenção dos ecossis- e na vida do planeta Terra como ele-
temas e incluam os aspectos do mentos centrais no posicionamen-
equilíbrio dinâmico socioambien- to e na tomada de decisões, frente
tal em suas vidas (BRASIL, 2017). aos desafios éticos, culturais, políti-
Dessa forma, que se promovam cos e socioambientais.
espaços para reflexão, compa-
ração e avaliação de hábitos de 5.3.2 As Unidades Temáticas
consumo, na perspectiva de com- nos Anos Finais
preensão de teia da vida, em que Para os Anos Finais do Ensi-
certos aspectos podem interferir no Fundamental, o texto da BNCC
690 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

(2017), dá progressividade e con- maneira que o professor, em seu


tinuidade às unidades temáticas: planejamento, possa aprimorar os
matéria e energia; vida evolução; conteúdos conceituais sem perder
terra e universo. de vista as questões regionais e lo-
Temas voltados para a manu- cais, tão importantes no contexto
tenção da vida na Terra, o uso dos sócio - histórico de formação cul-
recursos naturais, a tecnologia, as tural do indivíduo.
fontes de energia e as transforma- Alagoas se constitui como um
ções que ocorrem na natureza e nos grande celeiro de observação de
contextos socioculturais continuam fenômenos da natureza e essa
sendo temas apontados como de prerrogativa deve estar presen-
grande importância para a forma- te no planejamento do profes-
ção do cidadão na sua integralidade. sor, seja na cidade ou no campo,
A formação do estudante de for- seja em escolas no sertão ou no
ma integral perpassa pela inserção litoral, seja numa aldeia ou num
do conhecimento científico desde quilombo, sempre há possibili-
os Anos Iniciais do Ensino Funda- dades de observação e utilização
mental e tem aspecto de progres- de espaços que contribuam com
sividade, pois evolui gradualmente o processo de aprendizagem dos
permitindo o desenvolvimento dos estudantes, um lugar rico em re-
estudantes sobre aspectos ligados cursos naturais e detentor do
à resolução de problemas, à argu- maior complexo estuarino lagu-
mentação, à comunicação e à inter- nar da América Latina.
venção, como corrobora as compe- No que se refere a unidade te-
tências específicas para a área de mática Matéria e energia, os ob-
Ciências Naturais. jetos de conhecimentos envolvem
Vale ressaltar que continua a estudos sobre misturas homo-
premissa de não isolamento das uni- gêneas e heterogêneas, sobre o
dades temáticas ao longo do ano e processo de separação desses ma-
série, dessa forma, há que se pensar teriais, bem como o processo de
na horizontalidade e na verticalidade transformação química pelo qual
dos objetos de conhecimento den- passam os artefatos, indicam estu-
tro de suas respectivas unidades. dos sobre as máquinas simples, as
O conjunto de habilidades que formas de propagação do calor, so-
formam os objetos de conheci- bre o equilíbrio termodinâmico na
mento para os Anos Finais do En- Terra e, ainda trata da importância
sino Fundamental se expressam de da história dos combustíveis.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 691

O texto da BNCC (2017, p. 345), dade morfofisiológica de todos


prima-se em “Discutir e avaliar mu- os seres vivos e que eles sofrem
danças econômicas, culturais e so- transformações ao longo do tem-
ciais, tanto na vida cotidiana quan- po. Nessa unidade se amplia a dis-
to no mundo do trabalho”, com um cussão acerca dos sistemas de
olhar para a tecnologia que facilite funcionamento do corpo huma-
a vida humana. Logo, as fontes de no como os sistemas locomotor
energia e as transformações tam- e nervoso, sem perder de vista a
bém fazem parte desse contexto, unidade de funcionamento do cor-
além de estudos sobre circuitos po, com o entendimento sobre sua
elétricos e fatores como economia estrutura, o que demanda “dedu-
de energia ou o uso sustentável zir que a estrutura, a sustentação
deste tipo de recurso. e a movimentação dos animais
Nesta unidade temática ainda resultam da interação entre o sis-
se prevê o estudo sobre a estrutu- tema ósseo, muscular e nervoso”
ra da matéria, bem como sua rela- (BNCC, 2017, p. 343).
ção para a sobrevivência na Terra Para essa unidade nos Anos
e o efeito das radiações sobre a Finais ainda se pretende discutir
saúde humana. sobre a diversidade dos ecossiste-
Em Alagoas, esses processos mas, a preservação da biodiversi-
de separação de misturas, trans- dade, os fenômenos naturais e os
formação química de materiais, e a impactos causados pelo uso de-
importância dos combustíveis po- sordenado dos recursos naturais,
dem ser percebidos devido às in- e discussões sobre temáticas vol-
dústrias e hidrelétricas existentes tadas a programas indicadores de
em sua região. saúde pública.
O fator econômico está relacio- Acrescenta-se, ainda, os meca-
nado à produção de novos materiais, nismos reprodutivos e a sexualida-
bem como na produção de biocom- de, numa perspectiva não só bio-
bustíveis. Essa temática é indispen- lógica, mas também sociocultural,
sável para discussão voltada à sus- afetiva e ética.
tentabilidade, na tentativa de utilizar A hereditariedade e as ideias
adequadamente os recursos que a evolucionistas também fazem parte
natureza nos proporciona. dos objetos de conhecimentos pró-
Na unidade temática Vida e prios dessa unidade temática e cha-
evolução, se configura na com- mam a atenção para questões como
preensão de que a célula é a uni- o trabalho com textos históricos e
692 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

científicos que discutam a relação de científicas. São mencionados a


ancestralidade e descendência. composição do ar, a camada de
No território alagoano, é vasta a ozônio, o efeito estufa, e fenôme-
possibilidade didática de exemplos nos naturais de diversos tipos, in-
e situações que podem ser abor- dependentemente de ocorrerem
dadas sobre os objetos de conhe- neste ou naquele país.
cimentos nessa unidade temática. Neste sentido, espera-se “Dis-
Alagoas possui biodiversida- cutir iniciativas que contribuam
de animal e de plantas em seus para restabelecer o equilíbrio am-
diversos tipos de ecossistemas. biental, a partir da identificação de
Desde regiões com a Mata Atlân- alterações climáticas regionais e
tica até a Caatinga, as espécies globais provocadas pela interven-
de animais e de plantas são sig- ção humana.” (BNCC, 2017, p. 347).
nificativas, apesar da intervenção Os estudos sobre Astronomia
negativa do homem sobre a má e cultura fazem parte desta unida-
utilização dos recursos naturais, de temática com o intuito do estu-
o que interfere na sobrevivência do sobre o ambiente que vivemos,
de diversas espécies, colocando sobre a possibilidade de vida fora
algumas delas na lista de ameaça- da Terra, sobre o sistema como
das de extinção, como é o caso da um todo integrado, bem como a
ave mutum de Alagoas, símbolo evolução estelar.
de resistência do estado. Nestas unidades temáticas
Na perspectiva da hereditarie- apresentadas, espera-se a pro-
dade, a presença marcante nesse gressividade do trabalho pedagó-
território da miscigenação, das gico sobre os objetos de conheci-
raízes dos Quilombos dos Palma- mentos apresentados na busca de
res, das tribos indígenas, do ho- formação integral do estudante,
mem do campo e de toda herança numa perspectiva humanística e
cultural presente nas manifesta- de uma sociedade justa e iguali-
ções culturais. tária em condições de usufruto de
Na unidade temática Terra e bens que valorize os recursos na-
Universo, os estudos devem ver- turais e ampliem a saúde humana
sar sobre a forma, a estrutura e os de forma coletiva.
movimentos da Terra, o sistema Dessa forma, segue os DesDP,
sol, terra e lua e trabalhar no estu- característica peculiar no docu-
dante a questão da argumentação mento que a equipe de Alagoas
e evidências sobre as questões apresenta como contribuição.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 693

5.4 Desdobramentos área de ensino de Ciências, desta-


Didático cam o uso de práticas experimen-
Pedagógicos – tais como importante ferramenta
DesDP pedagógica para a compreensão
O Referencial Curricular de Ala- dos fenômenos científicos. Segun-
goas de Ciências da Natureza traz do Campos e Nigro (1999), as ativi-
em seu documento, como viés dades práticas podem ser classifi-
modificador, uma quarta coluna cadas em demonstrações práticas,
denominada de Desdobramentos experimentos ilustrativos, experi-
Didáticos Pedagógicos – DesDP, mentos descritivos e experimen-
em que são apontados a contex- tos investigativos.
tualização, a completamento e o As demonstrações práticas são
aprofundamento das habilidades aquelas atividades realizadas pelo
existentes na Base com um olhar professor, em que o estudante par-
para o território alagoano e apre- ticipa da aula sem intervir, isso pos-
senta possibilidades didáticas de sibilita o contato com fenômenos
apoio à prática docente do profes- já conhecidos, equipamentos, ins-
sor na escola. trumentos etc. Os experimentos
A intenção dos DesDP consiste ilustrativos têm a mesma finalida-
em lançar um olhar sobre a prática de e estimulam a criatividade dos
pedagógica que vislumbre ques- estudantes.
tões regionais e locais, sendo as- Os experimentos descritivos
sim, características específicas do são aquelas atividades que o estu-
nosso estado de Alagoas devem dante realiza e que não são obriga-
ser consideradas. toriamente dirigidas o tempo todo
Como exemplo de DesDP em pelo professor. A partir delas, ele
Ciências da Natureza podemos ci- tem contato direto com  fenôme-
tar, com grande potencial, as aulas nos que precisa avaliar, sejam ou
de campo, o desenvolvimento de não comuns no seu dia a dia. Essas
seminários, a realização de deba- atividades se assemelham com as
tes, de simulações, entre outras, atividades investigativas, porém
objetivando situações que promo- não implica necessariamente a
vam discussão, argumentação, re- realização de hipóteses.
solução de problemas visando ao Os experimentos investigativos
letramento científico. se configuram em atividades práti-
Sobre Atividades com Experi- cas que requerem maior participa-
mentação, inúmeras pesquisas na ção do estudante, desde as concep-
694 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

ções ou conhecimentos prévios até vida. A elaboração de textos des-


a sistematização do conhecimento critivos das ações desenvolvidas
adquirido ao longo do processo, como relatórios e esquemas de-
fato que difere das demais.       De vem ser produzidos sob a orienta-
acordo com Campos e Nigro (1999), ção do professor.
possibilitam percorrer um ciclo in- Tão importante quanto o pro-
vestigativo, contudo, sem trabalhar cesso, está o cuidado que os pro-
nas áreas de fronteira do conheci- fessores devem ter com as noções
mento, como fazem os cientistas. de segurança durante a realização
A operacionalização das de- dos experimentos, principalmente
monstrações experimentais se aqueles que envolvem uso de ele-
processa na ausência ou insufi- tricidade, fontes de calor e subs-
ciência de material para todos os tâncias químicas tóxicas.
participantes. Isso, contudo, não Os projetos didáticos também
exime o estudante de participar se mostram com grande potencial
dos desafios cognitivos que a ati- para o ensino de Ciências por inves-
vidade pode proporcionar, atuando tigação e se mantêm atuais à medida
ativamente em todo o processo, que propõem uma mudança na ma-
sem ser um mero expectador. neira de refletir a prática pedagógica
Os experimentos descritivos com uma abordagem interdiscipli-
são os que atualmente predominam nar. Isso possibilita o envolvimento
nas aulas de Ciências e o desafio se entre os estudantes e professores
mostra no fato de que tais ativida- ao intervir no contexto sociocultural.
des não se mostrarem como recei- De acordo com Zabala (2010), o
tas prontas, acríticas e verdades ab- autor aponta algumas caracterís-
solutas que se traduzem em pouca ticas dos projetos entre eles apre-
aprendizagem para os estudantes. senta a pesquisa como intervenção
O planejamento pedagógico pedagógica, pois é uma atividade
de todas as etapas, como sejam, a intencional que se desenvolve a
observação, o questionamento, a partir de um problema que tem im-
manipulação, a formulação de hi- portância no contexto do estudan-
póteses, a argumentação e a ex- te. Considera os conhecimentos
perimentação auxiliarão para que prévios que os estudantes trazem
essa estratégia motive, oportunize consigo, promove a interdiscipli-
a criatividade dos estudantes para naridade, trata dos conteúdos de
recriar o seu espaço e intervenha forma mais dinâmica, e de forma
para a melhoria da qualidade de espiral, como preconiza a BNCC.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 695

Trabalhar com projetos permite É fundamental o planejamento


ainda a participação dos estudan- coletivo de todas as etapas, arti-
tes nas etapas de desenvolvimento culando os componentes curri-
do projeto, dando-lhe responsabi- culares, produzindo sentidos para
lidades e estimulando a coopera- o conhecimento sobre o tema, e,
ção e participação nas tomadas de por fim, a avaliação e a socializa-
decisão prevê ainda o estímulo a ção dos resultados.
autonomia e contempla a divulga- A Resolução de problemas pro-
ção de resultados. põe situações desafiadoras, possí-
O desenvolvimento de proje- veis de serem resolvidas por meio
tos contextualizados e interdis- da articulação de atividades desen-
ciplinares favorece a pesquisa e a volvidas pelos estudantes e atra-
articulação de saberes contribuin- vés das intervenções pedagógicas
do para a aprendizagem. Sempre intencionadas.
que possivel, os temas escolhidos Ela permite a mobilização dos
devem ser associados à realidade conhecimentos adquiridos, ga-
vivida pelos estudante e aos pro- rantindo a aprendizagem, além de
blemas que afetam a comunidade favorecer a troca de ideias e hipó-
em que vivem. teses, o respeito pelas diferentes
Na área de Ciências da Natu- opiniões, a busca pelas informa-
reza, diversos temas podem ser ções e a disposição para enfrentar
abordados, como por exemplo: os desafios e a tomada de decisões.
Fontes de Energia, Viagens Es- É necessário oferecer aos estu-
paciais, Ameaças à Biodiversida- dantes ocasiões em que eles pos-
de, Desmatamento, Alimentação sam mobilizar recursos internos
Saudável, Tratamento de Água, (conhecimentos, capacidades e ati-
Poluição Atmosférica, Efeito Es- tudes) e externos (recursos e fontes
tufa, entre outros que são atuais e de informações disponíveis, fichas,
relevantes para sociedade. protocolos e manuais técnicos etc.)
Em síntese, a pedagogia de pro- para resolver questões e desafios.
jetos envolve a escolha do tema, a Essa iniciativa favorece a articula-
problematização, o levantamento ção entre conhecimentos prévios e
de hipóteses, a seleção de fontes novos e a compreensão de diferen-
de informação e pesquisa e a ela- tes interações presentes em deter-
boração do cronograma de exe- minadas situações - problema, con-
cução (LEITE, 1998; NERY, 2007; tribuindo para o desenvolvimento
BARBOSA E HORN, 2008). da autonomia e do espírito crítico.
696 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

As aulas de campo também planejar suas aulas na tentativa de


são estratégias que podem contri- abarcar a aprendizagem significati-
buir com o processo de letramento va de seus estudantes, bem como,
cientifico. Conforme a pesquisa de proporcionar a formação integral
Rocha, Oliveira e Silva (2015), as do cidadão nos aspectos socioe-
aulas de campo, ou estudo do meio, mocionais, culturais e éticos.
se constitui uma grande aliada no
processo ensino aprendizagem, 5.4.1 Um Olhar para o
pois une conhecimento, sensações Território Alagoano
e emoções para sensibilizar e de- O Estado de Alagoas localiza-se
senvolver a criticidade dos estu- na região nordeste de nosso país e
dantes, tornando-os personagens possui clima tropical. Sua biodiver-
ativos, além de contribuírem para a sidade concentra-se principalmen-
conservação do ambiente. te no litoral, área constituída por
Oliveira e Correia (2013) desta- florestas tropicais, mangues litorâ-
cam a importância da aula de cam- neos e caatinga.
po como mecanismo facilitador Recebe o nome de Alagoas de-
do ensino aprendizagem sobre os vido à presença de lagoas em seu
ecossistemas. A pesquisa ressalta território, e com seus principais
o papel do registro por meio de fo- rios, que são o São Francisco, o
tos e anotações em que elaboram o Mundaú e o Paraíba do Meio. Possui
diário de bordo e utilizam como re- uma planície litorânea, um planalto
curso para análise progressiva dos no norte e uma depressão no cen-
dados coletados. tro. De acordo com Freitas (BRASIL
Assim como estas, outras es- ESCOLA, 2018), seus principais
tratégias podem ser utilizadas a recursos naturais são o petróleo, o
partir de práticas que podem con- gás natural e o sal-gema.
tribuir com o processo de letra- Na vegetação se caracteriza
mento científico por meio do en- com três tipos, a floresta tropi-
sino de Ciências da Natureza por cal, o agreste e a caatinga, que
investigação. contem grande diversidade de
Estes aqui apresentados não se espécies de animais e plantas. A
esgotam por si só, espera-se que caatinga está localizada no oeste
a prática pedagógica do professor do Estado e apresenta uma vege-
vise a alcançar garantir as apren- tação de cactos e árvores de pe-
dizagens essenciais que preconi- queno porte, cuja região tem um
za a BNCC, logo o professor deve aspecto seco.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 697

A fauna de Alagoas é composta na lista1 nacional do ministério do


principalmente por espécies que meio ambiente.
vivem no litoral, como o peixe boi. Entre os animais silvestres
A região também conta com uma ameaçados em Alagoas estão:
espécie típica de lagarto que vive Macaco-prego-galego (Sapajus
na caatinga e é chamado Gekkoni- flavius), Gato-do-mato (Leo-
dae. A fauna de Alagoas também pardus tigrinus), Gato-mourisco
tem lagartixas, gatos do mato, ca- (Puma yagouarondi), Onça-parda
ranguejos e outros animais. (Puma concolor), Cuandu-mirim
Segue lista com exemplos de (Coendou speratus), Pintor-ver-
espécies animais da fauna do esta- dadeiro (Tangara fastuosa), Pin-
do de Alagoas: Lagarto, Gato-do- tassilgo do nordeste (Sporagra
-mato, Bicho-preguiça, Bem-te-vi, yarrellii), Papagaio-chauá (Ama-
Fura-barreira (pássaro), Anu-preto zona rhodocorytha), Peixe-boi-
(pássaro), Xexéu (pássaro), Sagui, -marinho (Trichechus manatus),
Cotia, Quati, Tatu, Teiú, Jiboia, Sa- Tartaruga-cabeçuda (Caretta ca-
biá-da-mata (pássaro), Iguana, Mu- retta), Tartaruga-verde (Chelo-
tum-do-nordeste ou mutum-de- nia mydas), Tartaruga-de-pente
-alagoas (ave-símbolo de Alagoas). (Eretmochelys imbricata), Tarta-
A flora do estado também bas- ruga-oliva (Lepdochelys olivácea)
tante diversa, entre elas, espécies e Jararacuçu de murici (Bothrops
vegetais como: Begônia, Umbuzei- muriciensis).
ro, Braúna, Bromélia, Ipê, Aroeira, O decreto do dia 22 de Setem-
Quixabeira, Cedro, Ouricuri, Barba- bro de 2017, assinado pelo gover-
timão, Mangabeira, Embaúba, Pau- nador Renan Filho, tornou o mutum
-ferro, Ingazeiro. a ave símbolo estadual e marcou a
Desse modo, ressalta-se a im- reintrodução da ave e a inaugura-
portância dos elementos caracte- ção do Centro de Educação Am-
rísticos de nossa região no trabalho biental Pedro Mário Nardelli, que foi
em sala de aula, valorizando aspec- considerado extinto pelos critérios
tos regionais e culturais do estado. nacionais e internacionais
Segundo o Istituito do Meio Em 2017 houve a reintrodução
Ambiente (IMA, 2017), Alagoas da espécie Mutum de Alagoas na
possui mais de 15 espécies de ani-
1 (Lista Nacional Oficial das Espécies da Fauna
mais ameaçadas ou em risco de
Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Am-
extinção, Uma dessas espécies, o biente (MMA) e a Lista Vermelha da União Interna-
Mutum-de-Alagoas, que consta cional para Conservação da Natureza e dos Recur-
sos Naturais (IUCN).
698 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

natureza. O nome mutum, pelo qual paços tomados por plantações de


é conhecido, é derivado da palavra cana-de-açúcar e destruição de
da língua tupi guarani “mitú”. Foi áreas ambientais.
criado pelos índios para retratar os Nessa situação, em relação ao
sons que esse tipo de pássaro fazia. Referencial Curricular de Alagoas,
Os mutuns geralmente têm de no componente Ciências da Natu-
80 a 85 centímetros de compri- reza, vale ressaltar a importância da
mento, da cabeça à ponta da calda. inserção da parte diversificada no
Suas penas são negras, sendo que currículo, a exemplo de temáticas
as penas da extremidade do rabo que reflitam questões ambientais
e as penas da barriga são em tons e de sustentabilidade que norteiam
mais claros, quase um marrom. todo o território alagoano. Desse
De acordo com o Instituto Bra- modo, pretende-se introduzir ob-
sileiro do Meio Ambiente - IBAMA, jetos de conhecimentos escolares
o mutum é a primeira espécie que e na prática docente questões vol-
entrou em extinção por culpa unica- tadas ao território.
mente humana, pois o grande nível Não só a ave mutum, mas tam-
de desmatamento ambiental cau- bém algumas espécies vegetais
sou a destruição do habitat natural estão ficando cada vez mais raras
dessa ave, que era encontrada por no estado. Pouco a pouco elas es-
entre as árvores e solto pelo chão. tão desaparecendo, e por motivos
Atualmente, cerca de 100 aves diversos. Muitas delas, antes co-
dessa espécie são criadas em cati- muns em Alagoas, passaram a inte-
veiro e os cientistas, biólogos e es- grar a categoria das espécies raras
pecialistas estão tentando criar o no estado, ficando a apenas alguns
maior número de espécies possível passos da extinção. São árvores de
para poder, mais tarde, repovoar grande, médio e pequeno portes
áreas ambientalmente protegidas que vêm sofrendo com o desmata-
e evitar que ocorra a extinção total mento e com a expansão imobiliária
dessa ave. e hoteleira nos litorais Norte e Sul.
O IMA (2017) afirma que “os Espécies como os umbuzeiros,
cativeiros fechados em meio à begônias, bromélias, braúnas, ce-
Mata Atlântica ainda são hoje a dros, ipês, aroeiras, quixabeiras, ou-
melhor opção para a proteção ricuris, mangabeiras e barbatimões,
dos mutuns”, que ocorre em área naturais de áreas de Mata Atlântica
preservada devido a grandes es- ou da Caatinga, tiveram as popu-
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 699

lações dizimadas e não mais foram na o processo de destruição ainda


recolocados na natureza. mais grave.
A mangabeira, por exemplo, que O artesanato também vem
é um símbolo do Litoral Norte, corre sendo ameaçado. Uma prática ar-
hoje um sério risco de desaparecer tesanal natural no Litoral Sul do
e entrar em extinção em Alagoas. estado, especialmente na cidade
O barbatimão também se en- de Coruripe, também pode estar
contra entre as espécies raras em ameaçada por conta da ação de-
Alagoas. Natural da Mata Atlântica, vastadora do homem. Os pés de
essa árvore tem sumido por con- ouricuri, uma espécie de palmeira
ta da ação do homem. Tal espécie utilizada na confecção de diversos
possui características de cicatriza- utensílios, estão desaparecendo e
ção de ferimentos, mas o homem obrigando os artesãos a buscarem
realiza cortes no caule que pode alternativas para não deixar a tra-
mlevar a morte da espécie. dição morrer.
Uma espécie do bioma Caatin- A folha de ouricuri também é
ga que sofre histórico processo de utlizada como adornos em rituais
desmatamento, a braúna, está na religiosos de comunidades indige-
lista por possuir madeira nobre, nas, fato que denota a necessidade
apreciada para a construção de ca- da sua preservação e da sua con-
sas. Ela é cortada de forma desen- servação e de todas as espécies
freada e já passou a fazer parte, in- do território, contribuindo com as
clusive, da lista vermelha do Ibama, manifestações culturais e a valo-
em que constam as plantas amea- rização de identidade das comuni-
çadas de extinção no país. dades existentes em Alagoas, para
O cedro é outro tipo de árvore os que se utilizam da matéria prima
rara no estado que não tem sido oriunda da flora.
encontrada sequer no povoado que Essas e tantas outras espécies,
leva esse nome, situado na cidade bem como as características físicas
de Maravilha, no Sertão alagoano. e hidrográficas do nosso território,
Essas e outras espécies da Caa- devem ser levadas em consideração
tinga, como alguns ipês, fazem no ensino de Ciências da natureza
parte do percentual de 40% das no Ensino Fundamental, exemplos
plantas desse bioma que não con- próximos da diversidade local que
seguem rebrotar na natureza de- podem contribuir na construção do
pois do desmatamento, o que tor- conhecimento do estudante.
700 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 701

QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
702 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 1º ANO


Conhecimento
Objeto De

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Temática
Unidade

Observar os diversos tipos de materiais no cotidiano das


crianças, percebendo semelhanças e diferenças usando
experimentos simples.
Incentivar o hábito de ler e interpretar imagens e códigos
(EF01CI01) Comparar características
Características dos materiais

inseridos no cotidiano relacionados à tecnologia e sua


de diferentes materiais presentes
relação com as Ciências Naturais.
em objetos de uso cotidiano, dis-
Compreender a importância da água para a manutenção
cutindo sua origem, modos como
da vida, assim como instigar as crianças a desenvolver
Matéria e energia

são descartados e como podem ser


ações para consumo sustentável.
usados de forma mais conscientes.
Reconhecer a tecnologia no processo de transformação
dos recursos naturais.
Produção de materiais em Alagoas: produção de artesana-
to a partir da folha de Ouricuri.

(EF01CI02) Localizar, nomear e


representar graficamente (por
meio de desenho) partes do corpo
Corpo humano Respeito à diversidade

Relacionar a importância da água potável e do saneamen-


humano e explicar suas funções.
to básico, assim como, destacar doenças transmitidas por
(EF01CI03) Discutir As razões pelas
microrganismos e parasitas por água contaminada.
quais os hábitos de higiene do cor-
Conhecer as doenças mais comuns em sua região, como:
po (lavar as mãos antes de comer,
dengue, esquistossomose, verminoses.
escovar os dentes, limpar os olhos, o
Reconhecer as características das diversidades (comuni-
nariz e as orelhas etc.) são neces-
dades Quilombolas, indígenas e do campo.) existentes na
sários para a manutenção da vida.
localidade.
Vida e evolução

(EF01CI04) Comparar características


Respeitar as diferenças de crianças com necessidades
físicas entre os colegas, reconhecen-
especiais.
do a diversidade e a importância da
valorização, do acolhimento e do
respeito às diferenças.

(EF01CI05) Identificar e nomear Discutir com as crianças a contextualização histórica e


diferentes escalas de tempo: os cultural relativas ao período do dia e da noite.
períodos diários (manhã, tarde, Exemplificar aparelhos de medição de tempo e sua impor-
noite) e a sucessão de dias, semanas, tância no cotidiano.
meses e anos. Valorizar o calendário local, em relação às colheitas típicas
Escalas de tempo
Terra e Universo

(EF01CI06) Selecionar exemplos de da região.


como a sucessão de dias e noites
orienta o ritmo de atividades diárias
de seres humanos e de outros seres
vivos.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 703

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 2º ANO


Conhecimento

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

(EF02CI01) Identificar de que materiais (me-


Prevenção de acidentes domésticos

tais, madeira, vidro etc.) são feitos os obje- Reconhecer as características dos materiais,
Propriedades e usos dos materiais

tos que fazem parte da vida cotidiana, como através de recursos audiovisuais (filmes, dese-
esses objetos são utilizados e com quais nhos animados que contam sobre a composição
materiais eram produzidos no passado. de diferentes materiais) facilitando a compreen-
(EF02CI02) Propor o uso de diferentes materiais são.
para a construção de objetos de uso cotidiano, Perceber a tecnologia na evolução dos materiais
tendo em vista algumas propriedades desses utilizados no cotidiano e sua sustentabilidade
Matéria e energia

materiais (flexibilidade, dureza, transparência (colher de pau, colher de metal).


etc.). Discutir com as crianças atitudes de prevenção
(EF02CI03) Discutir os cuidados necessários de acidentes domésticos (perceber o risco em
à prevenção de acidentes domésticos (ob- sua casa, na escola ou no caminho que percorre
jetos cortantes e inflamáveis, eletricidade, de sua casa até a escola).
produtos de Limpeza, medicamentos etc.).

Reconhecer a diversidade de plantas e animais na


região em que a criança está inserida, através de
diferentes tipos de ilustrações e/ou aula de campo,
de modo a compreender a importância dessas
características para a continuidade desses seres no
(EF02CI04) Descrever características de plantas e
ambiente;
animais (tamanho, forma, cor, fase da vida, local
Observar essas características, de forma a instigar
onde se desenvolvem etc.) que fazem parte de
as crianças a entender a importância de cuidar do
seu cotidiano e relacioná-las ao ambiente em
ambiente com ações de conservação.
que eles vivem.
Identificar na comunidade as espécies que são
(EF02CI05) Investigar a importância da água e
mais cultivadas que tem importância socioeconô-
Seres vivos no ambiente Plantas

da luz para a manutenção da vida de plantas


mica na região.
em geral.
Listar animais silvestres e domesticados da região
(EF02CI06) Identificar as principais partes de
em relação as condições do ambiente e sua adap-
uma planta (raiz, caule, folhas, flores e frutos) e
tação.
a função desempenhada por cada uma delas, e
Reconhecer a inter-relação entre os seres vivos,
analisar as relações entre as plantas, o ambiente
e desses com os aspectos abióticos como o ciclo
Vida e evolução

e os demais seres vivos.


da água e da luz, reconhecendo os fatores que
interferem na manutenção dos fenômenos que os
envolvem.
Observar a formação vegetal e sua relação com o
clima, contribuindo para processos de investigação.

(EF02CI07) Descrever as posições do Sol em di-


Observar e registrar a projeção de sombras do
Movimento aparente
do Sol no céu. O Sol

versos horários do dia e associá-las ao tamanho


como fonte de luz e

seu corpo e objetos a partir da posição do sol.


da sombra projetada.
Terra e Universo

Perceber a importância do calor, da iluminação


solar ou artificial, para a vida dos seres vivos,
(EF02CI08) Comparar o efeito da radiação solar
mediante um processo investigativo;
(aquecimento e reflexão) em diferentes tipos de
Reconhecer as diversas formas de prevenção de
superfície (água, areia, solo, superfícies escura,
calor

exposição à luz solar e ao calor.


Clara e metálica etc.).
704 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 3º ANO


Conhecimento

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De

Habilidades
Temática
Unidade

Pedagógicos

(EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da vibração


Produção de som Efeitos da luz

de variados objetos e identificar variáveis que influem


nos materiais. Saúde auditiva

Reconhecer as características dos materiais


nesse fenômeno.
que propagam som.
(EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre com
Construir brinquedos ou objetos com mate-
a passagem da luz através de objetos transparentes
riais sustentáveis que propagam luz;
(copos, janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.), no
Pesquisar sobre a saúde auditiva e visual na
Matéria e energia

contato com superfícies polidas (espelhos) e na inter-


perspectiva de prevenção de doenças.
secção com objetos opacos (paredes, pratos, pessoas e
Demonstrar a prevenção de doenças relacio-
outros objetos de uso cotidiano).
nadas ao auditivo e visual por meio do uso
(EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a ma-
e visual

das TIC’s (vídeo, áudio, gráficos).


nutenção da saúde auditiva e visual considerando as
condições do ambiente em termos de som e luz.

(EF03CI04) Identificar características sobre o modo de


Características e desenvolvimento

Listar e classificar características dos animais


vida (o que comem, como se reproduzem, como se
mais comuns na região.
deslocam etc.) dos animais mais comuns no ambiente
Perceber as mudanças que ocorrem no
próximo.
desenvolvimento do corpo humano.
Identificar os animais típicos da região, reco-
(EF03CI05) Descrever e comunicar às alterações que
nhecendo as características que auxiliam na
ocorrem desde o nascimento em animais de diferentes
manutenção da vida nesses ambientes.
meios terrestres ou aquáticos, inclusive o homem.
Vida e evolução

Compreender fatores de riscos para a vida


desses animais neste ambiente;
dos animais

(EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar


Utilizar diversos materiais na representação
grupos com base em características externas comuns
das características desses animais (massa de
(presença de penas, pelos, escamas) bico, garras,
modelar, brinquedos, materiais reutilizáveis).
antenas, patas etc.).

(EF03CI07) Identificar características da Terra (como seu


formato esférico, a presença de água, solo etc.), com
base na observação, manipulação e comparação de Mostrar as características da terra recorrendo
diferentes formas de representação do planeta (mapas, ao uso de tecnologias (massa de modelar,
globos, fotografias etc.). softwares, maquetes)
Observação do céu. Usos do solo

(EF03CI08) Observar, identificar e registrar os períodos Visita ao Observatório (Alagoas).


diários (dia e/ou noite) em que o Sol, demais estrelas,
Lua e planetas estão visíveis no céu. Comparar a permeabilidade do solo por
(EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo do meio de experimentos
Características da Terra.

entorno da escola com base em características como


cor, textura, cheiro, tamanho das partículas, permeabi- Reconhecer as atividades de extração de
Terra e Universo

lidade etc. materiais do solo, existentes na comunidade,


município ou estado (exemplo da extração
(EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo (plan- de calcário, de cobre, de petróleo, de sais) por
tação e extração de materiais, dentre outras possibi- meio de pesquisa ou visita de campo.
lidades), reconhecendo a importância do solo para a
agricultura e para a vida.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 705

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 4º ANO


Objeto De

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Temática
Unidade

Habilidades
Pedagógicos

(EF04CI01) Identificar misturas na vida diária, com


Realizar pequenos experimentos supervi-
reversíveis e não reversíveis

base em suas propriedades físicas observáveis, reconhe-


sionados para observar misturas homogê-
Misturas Transformações

cendo sua composição. (EF04CI02) Testar e relatar trans-


neas e heterogêneas.
formações nos materiais do dia a dia quando expostos a
diferentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e
Matéria e energia

Assistir vídeos sobre produção de ma-


umidade).
teriais observando as condições que são
(EF04CI03) Concluir que algumas mudanças causadas
expostos para sua fabricação.
por aquecimento ou resfriamento são reversíveis (como
Listar com exemplos, fenômenos reversí-
as mudanças de estado físico da água) e outras não
veis (físico) e não reversíveis (químicos).
(como o cozimento do ovo, a queima do papel etc.).

(EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimentares sim-


ples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos
nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de
Cadeias alimentares simples Microrganismos

energia na produção de alimentos. Montar cadeias alimentares com seres


(EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças e diferen- da região.
ças entre o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os Discutir sobre seres bióticos e abióticos e
componentes vivos e não vivos de um ecossistema. sua importância para o ecossistema.
(EF04CI06) Relacionar a participação de fungos e bac- Reconhecer as características, os tipos
térias no processo de decomposição, reconhecendo a de seres decompositores, assim como
importância ambiental desse processo. os seus benefícios e malefícios para o
(EF04CI07) Verificar a participação de microrganismos ambiente;
na produção de alimentos, combustíveis, medicamen- Pesquisar sobre a participação de mi-
Vida e evolução

tos, entre outros crorganismos na produção de alimentos


(EF04CI08) Propor, a partir do conhecimento das formas como pão, iogurte, coalhada, queijo, etc.
de transmissão de alguns microrganismos (vírus, bacté-
rias e protozoários), atitudes e medidas adequadas para
prevenção de doenças a eles associadas.

(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais, com base


no registro de diferentes posições relativas do Sol e da
Pontos cardeais Calendários,
fenômenos cíclicos e cultura

sombra de uma vara (gnômon). (EF04CI10) Comparar


as indicações dos pontos cardeais resultantes da obser-
vação das sombras de uma vara (gnômon) com aquelas
obtidas por meio de uma bússola.
Terra e Universo

(EF04CI11) Associar os movimentos cíclicos da Lua e


da Terra a períodos de tempo regulares e ao uso desse
conhecimento para a construção de calendários em
diferentes culturas.
706 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 5º ANO


Unidade Temática

Conhecimento
Objeto De

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos

(EF05CI01) Explorar fenômenos da vida cotidiana


que evidenciem propriedades físicas dos materiais
– como densidade, condutibilidade térmica e elé-
trica, respostas a forças magnéticas, solubilidade,
respostas a forças mecânicas (dureza, elasticidade
etc.), entre outras.
Investigar e descrever as propriedades físicas dos
Ciclo hidrológico Consumo consciente Reciclagem

(EF05CI02) Aplicar os conhecimentos sobre as materiais compreendendo suas características.


mudanças de estado físico da água para explicar Reconhecer os diferentes tipos de materiais utiliza-
o ciclo hidrológico e analisar suas implicações na dos no tratamento da água.
Propriedades físicas dos materiais

agricultura, no clima, na geração de energia elétri- Visitar uma estação de tratamento para reconhecer
ca, no provimento de água potável e no equilíbrio a importância e as etapas do tratamento da água.
dos ecossistemas regionais (ou locais). Identificar os processos que envolvem o ciclo
Matéria e energia

hidrológico, assim como os fatores que interferem


(EF05CI03) Selecionar argumentos que justifi- nesse ciclo, inter-relacionando com manutenção do
quem a importância da cobertura vegetal para a equilíbrio da natureza;
manutenção do ciclo da água, a conservação dos Entender a importância do tratamento de esgoto
solos, dos cursos de água e da qualidade do ar como estratégia de conservação do meio ambiente
atmosférico. e prevenção de doenças.
Conhecer as características do solo produtivo,
(EF05CI04) Identificar os principais usos da água e identificando os fatores (naturais e antrópicos) que
de outros materiais nas atividades cotidianas para intensificam a lixiviação ou a erosão.
discutir e propor formas sustentáveis de utilização Propor alternativas sustentáveis para o uso de
desses recursos. materiais de sua escola e comunidade.

(EF05CI05) Construir propostas coletivas para um


consumo mais consciente e criar soluções tecnoló-
gicas para o descarte adequado e a reutilização ou
reciclagem de materiais consumidos na escola e/
ou na vida cotidiana.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 707

Reconhecer características do sistema digestório,


respiratório, cardiovascular, bem como a interli-
(EF05CI06) Selecionar argumentos justifiquem
gação entre os órgãos e o funcionamento desses
por que os sistemas digestório e respiratório são
sistemas;
considerados corresponsáveis pelo processo de
Construir modelos de sistemas para compreensão
nutrição do organismo, com base na identificação
de seu funcionamento.
das funções desses sistemas.
Construir uma tabela com diversos tipos de alimen-
(EF05CI07) Justificar a relação entre o funciona-
tos e analisar o valor nutricional.
mento do sistema circulatório a distribuição
Realizar investigação das disfunções mais comuns
Nutrição do organismo

dos nutrientes pelo organismo e a eliminação dos


relacionadas a esses sistemas, a nível local, regional,
Vida e evolução

resíduos produzidos.
estadual, nacional, nos mais diferentes recursos
(EF05CI08) Organizar um cardápio equilibrado
disponíveis (livros, internet, revistas, jornais, etc.),
com base nas características dos grupos alimen-
para refletir mecanismos de prevenção.
tares (nutrientes e calorias) e nas necessidades
Realizar debates sobre temas relacionados com
individuais (atividades realizadas, idade, sexo etc.)
distúrbios nutricionais / alimentares (obesidade,
para a manutenção da saúde do organismo.
bulimia, anorexia, desnutrição...) e como a mídia
(EF05CI09) Discutir a ocorrência de distúrbios
contribui nessa relação.
nutricionais (como obesidade, subnutrição etc.)
Reconhecer as atividades físicas como estratégia
entre crianças e jovens a partir da análise de seus
fundamental para a prevenção de doenças.
hábitos (tipos e quantidade de alimento ingerido,
Pesquisar doenças transmitidas por microrganismo
prática de atividade física etc.). Combustíveis,
mais comuns em Alagoas e na comunidade, apon-
medicamentos, entre outros.
tando formas de prevenção.
Hábitos alimentares Integração entre os sistemas
digestório, respiratório e circulatório
Constelações e mapas celestes. Movimento de rotação da Terra. Perio-

(EF05CI10) Identificar algumas constelações


no céu, com o apoio de recursos (como mapas
celestes e aplicativos digitais, entre outros), e os
períodos do ano em que elas são visíveis no início
da noite.
(EF05CI11) Associar o movimento diário do Sol
dicidade das fases da Lua. Instrumentos óticos

e das demais estrelas no céu ao movimento de


Realizar aula prática com visitas ao Observatório em
rotação da Terra.
Alagoas, e da Usina Ciência.
(EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade das fa-
Construir modelos que representem o movimento
ses da Lua, com base na observação e no registro
do sol e dos planetas.
das formas aparentes da Lua no céu ao longo de,
Atividade de investigação sobre as fases da lua.
pelo menos, dois meses.
(EF05CI13) Projetar e construir dispositivos para
observação à distância (luneta, periscópio etc.),
para observação ampliada de objetos (lupas,
microscópios) ou para registro de imagens (má-
Terra e Universo

quinas fotográficas) e discutir usos sociais desses


dispositivos.
708 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 6º ANO


Conhecimento

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

Compreender conceitos de matéria.


Separação de materiais. Materiais sintéti-

EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura


Reconhecer e diferenciar Substâncias
Misturas homogêneas e heterogêneas

de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia


e Misturas por suas características e
etc.).
Propriedades.
EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a par-
Saber lidar com as diferentes formas
cos. Transformações químicas
Matéria e energia

tir do resultado de misturas de materiais que originam produtos


de medidas para volume, massa e
diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes para
densidade da Matéria.
fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.).
Propor soluções para separação de
EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação
misturas selecionando procedimentos
de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de
experimentais e estratégias adequa-
processos de separação de materiais (como a produção de sal de
das.
cozinha, a destilação de petróleo, entre outros).
Realizar observações, medidas e
(EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros mate-
interpretação de dados (podendo
riais sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico, reco-
conter tabelas e gráficos), para iniciar a
nhecendo benefícios e avaliando impactos socioambientais.
linguagem em Química.

(EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu papel


sistemas locomotor e nervoso. Lentes corretivas.
Célula como unidade da vida. Interação entre os

como unidade estrutural e funcional dos seres vivos. (EF06CI06)


Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos
ou digitais), que os organismos são um Complexo arranjo de siste-
mas com diferentes níveis de organização.
Coletar e comparar dados a nível
(EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação
local, estadual nacional, refletindo os
Vida e evolução

das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de


fatores que estão envolvidos nessas
suas estruturas básicas e respectivas funções.
disfunções.
(EF06CI08) Explicar a importância da visão (captação e interpreta-
Realizar levantamento dos distúrbios
ção das imagens) na interação do organismo com o meio e, com
oculares e refletir os mecanismos
base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes ade-
utilizados para as possíveis soluções
quadas para a correção de diferentes defeitos da visão.
para esses distúrbios;
(EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimenta-
ção dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular,
ósseo e nervoso.
(EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso
pode ser afetado por substâncias psicoativas

(EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o


Forma, estrutura e movimentos da Terra

planeta (da estrutura interna à atemosfera) e suas principais carac-


terisiticas.
(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a
formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos
geológicos.
(EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a Manipular diferentes tipos de mate-
esfericidade da Terra. riais para facilitar a compreensão da
(EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara(g- estrutura interna da Terra.
nômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma
Terra e Universo

evidência dos movimentos relativos entre Terra e o Sol, que podem


se explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da
terra e da inclinação de seu eixo de rotação ao plano de sua órbita
em torno do Sol.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 709

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 7º ANO


Conhecimento

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De

Habilidades
Temática
Unidade

Pedagógicos
mico e vida na Terra. Equilíbrio dos combustíveis e das máquinas térmicas
Máquina simples. Formas de propagação do calor. Equilíbrio termodinâ-

(EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo da história, das


máquinas simples e propor soluções e invenções para a
realização de tarefas mecânicas cotidianas.
(EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e sensação tér-
mica nas diferentes situações de equilíbrio termodinâmico
cotidianas.
EF07CI03) Utilizar o conhecimento das formas de propa-
gação do calor para justificar a utilização de determinados
materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, explicar
Visitar a Usina Ciência (Show de Física
Matéria e energia

o princípio de funcionamento de alguns equipamentos


e Química).
(garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou construir soluções
Utilizar experimentos simples para
tecnológicas a partir desse conhecimento.
demonstração de propagação de calor.
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para
Debater sobre tecnologia e desenvolvi-
a manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de
mento sustentável.
máquinas térmicas e em outras situações cotidianas.
EF07CI05) Discutir o uso de diferentes tipos de combustível
e máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar avan-
ços, questões econômicas e problemas socioambientais cau-
sados pela produção e uso desses materiais e máquinas.
(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais
e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do tra-
balho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais
e tecnologias (como automação e informatização).
710 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros


Diversidade de ecossistemas. Fenômenos naturais e impactos ambientais. Progra-

quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo,


à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacio-
nando essas características à flora e fauna específicas.
(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por ca- Reconhecer os ecossistemas das regiões
tástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, alagoanas, assim como os seres vivos e
biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas popu- sua função na manutenção do equilíbrio
lações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espé- do ambiente desses ecossistemas;
cies, alteração de hábitos, migração etc. Observar e Identificar em sua re-
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comuni- gião os impactos ambientais en-
Vida e evolução

dade, cidade ou estado, com base na análise e compara- frentados pelos ecossistemas ter-
ção de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade restres e aquáticos, estimulando os
infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de jovens adolescentes a buscarem me-
doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) didas socioambientais sustentáveis;
mas e indicadores de saúde pública

e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde. Utilizar os diferentes gêneros textuais
(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação e as mídias digitais para apresentar os
para a saúde pública, com base em informações sobre a dados coletados sobre os impactos
maneira como a vacina atua no organismo e o papel históri- ambientais;
co da vacinação para a manutenção da saúde individual Instigar os jovens a desenvolverem me-
e coletiva e para a erradicação de doenças. canismos de conservação ambiental;
(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia,
incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida huma-
na, considerando indicadores ambientais e de qualidade
de vida.
Composição do ar. Efeito estufa. Camada de ozônio. Fenômenos naturais
(vulcões, terremotos e tsunamis. Placas tectônicas e deriva continental

(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases,


identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais
ou antrópicos que podem alterar essa composição.
(EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa,
seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida
na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu
Terra e Universo

aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis,


desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar Propor diferentes experimentos com
propostas para a reversão ou controle desse quadro. intencionalidade investigativa.
(EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio
(EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões,
terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses
fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tec-
tônicas.
(EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africa-
na com base na teoria da deriva dos continentes.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 711

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 8º ANO


Conhecimento

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De

Habilidades
Temática
Unidade

Pedagógicos

(EF08CI01) Identificar e classificar diferentes


Estimular a pesquisa de diversos tipos de
fontes (renováveis e não renováveis) e tipos de
Fontes e tipos de energia. Transformação de energia. Cálculo de consumo de energia

energias alternativas, enfatizando aspectos


energia utilizados em residências, comunidades
socioambientais positivos e negativos;
ou cidades.
(EF08CI02) Construir circuitos elétricos com pi-
lha/bateria, fios e lâmpada ou outros dispositivos
e compará-los a circuitos elétricos residenciais.
EF08CI03) Classificar equipamentos elétricos re-
sidenciais (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio,
elétrica. Circuitos elétricos. Uso consciente de energia elétrica

geladeira etc.) de acordo com o tipo de transfor-


mação de energia (da energia elétrica para a tér-
mica, luminosa, sonora e mecânica, por exemplo).
Matéria e energia

(EF08CI04) Calcular o consumo de eletrodo-


mésticos a partir dos dados de potência (des-
critos no próprio equipamento) e tempo mé-
dio de uso para avaliar o impacto de cada
Proporcionar visita a Usina Hidrelétrica de
equipamento no consumo doméstico mensal.
Paulo Afonso, Hidrelétrica de Xingó, museu
(EF08CI05) Propor ações coletivas para otimi-
MAX, entre outros existentes na região.
zar o uso de energia elétrica em sua escola e/
ou comunidade, com base na seleção de equi-
pamentos segundo critérios de sustentabili-
dade (consumo de energia e eficiência ener-
gética) e hábitos de consumo responsável.
(EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de geração de
energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas
etc.), suas semelhanças e diferenças, seus impactos
socioambientais, e como essa energia chega e é
usada em sua cidade, comunidade, casa ou escola.
712 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

Reconhecer o sistema reprodutivo das


plantas e animais, bem como os fatores
que influenciam e determinam o tipo de
reprodução.
EF08CI07) Comparar diferentes processos re- Reconhecer os agentes polinizadores das
produtivos em plantas e animais em relação aos plantas e sua importância para manutenção
mecanismos adaptativos e evolutivos. e a variabilidade genética das plantas;
(EF08CI08) Analisar e explicar as transformações Identificar os fatores que interferem no
que ocorrem na puberdade considerando a atua- ciclo reprodutivo das plantas, bem como as
ção dos hormônios sexuais e do sistema nervoso. características das mesmas;
(EF08CI09) Comparar o modo de ação e a eficácia Utilizar jogos e filmes educativos para o re-
dos diversos métodos contraceptivos e justificar a conhecimento das características similares
necessidade de compartilhar a responsabilidade e diferentes do sexo masculino e feminino,
na escolha e na utilização do método mais ade- típicas da puberdade, refletindo sobre a
quado à prevenção da gravidez precoce e importância do respeito a vida, reduzindo
Indesejada e de Doenças Sexualmente Trans- as desigualdades entre os jovens adolescen-
Mecanismos reprodutivos. Sexualidade

missíveis (DST). tes, bem como esclarecendo mitos típicos


(EF08CI10) Identificar os principais sintomas, desta fase;
modos de transmissão e tratamento de algumas Identificar a ação fisiológica do sistema
DST (com ênfase na AIDS), e discutir estratégias e hormonal na caracterização da puberdade
métodos de prevenção. masculina e feminina, assim como estimular
(EF08CI11) Selecionar argumentos que eviden- hábitos de higiene e cuidado com o corpo;
ciem as múltiplas dimensões da sexualidade Coletar dados (local, estadual e nacional) na
Vida e evolução

humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). localidade dos jovens adolescentes, sobre
os tipos de doenças infectocontagiosas por
relações sexuais mais comuns, para à partir
desses dados, intervir com ações pedagógi-
cas preventivas;

(EF08CI12) Justificar, por meio da construção de


modelos e da observação da Lua no céu, a ocor-
rência das fases da Lua e dos eclipses, com base
nas posições relativas entre Sol, Terra e Lua.
(EF08CI13) Representar os movimentos de rotação
e translação da Terra e analisar o papel da inclina-
ção do eixo de rotação da Terra em relação à sua
órbita na ocorrência das estações do ano, com a
Visitar o observatório do CEPA e Usina
utilização de modelos tridimensionais.
Ciência.
(EF08CI14) Relacionar climas regionais aos pa-
Pesquisa em revistas, jornais e internet, e
drões de circulação atmosférica e oceânica e ao
debate sobre a intervenção humana e as
aquecimento desigual causado pela forma e pelos
Sistema Sol, Terra e Lua Clima

alterações climáticas locais e globais.


movimentos da Terra.
(EF08CI15) Identificar as principais variáveis en-
volvidas na previsão do tempo e simular situações
nas quais elas possam ser medidas.
Terra e Universo

(EF08CI16) Discutir iniciativas que contribuam


para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da
identificação de alterações climáticas regionais e
globais provocadas pela intervenção humana.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 713

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 9º ANO


Conhecimento

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Objeto De
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico da


matéria e explicar essas transformações com base no Construir, caracterizar e diferenciar os
químicas. Estrutura da matéria. Radiações e
Aspectos quantitativos das transformações

modelo de constituição submicroscópica. diversos Modelos Atômicos e a História a


(EF09CI02) Comparar quantidades de reagentes e pro- eles associada. Pesquisar sobre a Evolução
dutos envolvidos em transformações químicas, estabe- Tecnológica e sua importância para o avan-
lecendo a proporção entre as suas massas. ço do Conhecimento Científico.
EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a estrutu- Instigar a produção de energia solar com
ra da matéria (constituição do átomo e composição de materiais de baixo custo, a partir de situa-
suas aplicações na saúde.

moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica. ções problema.


(EF09CI04) Planejar e executar experimentos que evi- Conhecer os empreendimentos estaduais,
denciem que todas as cores de luz podem ser formadas locais que utilizam a transmissão e recepção
Matéria e energia

pela composição das três cores primárias da luz e que a de imagem e som, instigando a criatividade
cor de um objeto está relacionada também à cor da luz dos jovens adolescentes para o uso de
que o ilumina. forma a contribuir com a propagação de
(EF09CI05) Investigar os principais mecanismos envol- temas de pertinência e necessidade para a
vidos na transmissão e recepção de imagem e som que comunidade;
revolucionaram os sistemas de comunicação humana.

(EF09CI06) Classificar as radiações eletromagnéticas Despertar nos jovens adolescentes o prota-


por suas frequências, fontes e aplicações, discutindo gonismo juvenil e o projeto de vida utilizando
e avaliando as implicações de seu uso em controle os recursos midiáticos disponíveis na escola,
remoto, telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, de forma a empreender ações inventivas
fotocélulas etc. advindas das discussões de temas geradores,
(EF09CI07) Discutir o papel do avanço tecnológico na baseados em situações problemas;
aplicação das radiações na medicina diagnóstica (raio X, Discutir a importância dos isótopos radioati-
ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no trata- vos e de sua utilização nos campo da medici-
mento de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, na, agricultura e geologia, avaliando riscos e
infravermelho, ultravioleta etc.). benefícios.
Reconhecer os processos de fusão e fissão
nucleares como fontes de energia e constru-
ção de bombas atômicas. Fazer levantamento
(local, estadual, nacional) de anomalias
advindas de radiação, discutindo prováveis
causas e consequências, assim como ações
preventivas; Estimular os jovens adolescentes
a utilizarem os recursos tecnológicos e cien-
tíficos sobre os aspectos socioambientais na
comunidade; Analisar aspectos positivos e
negativos;
Utilizar o contexto histórico sobre a energia
radioativa, dentre outras;
Pesquisar e avaliar implicações sociais, am-
bientais e/ou econômicas na produção ou
no consumo de energia nuclear observando
os riscos e os benefícios.
714 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

(EF09CI08) Associar os gametas à transmissão das Reconhecer a importância do contexto


Hereditariedade.Ideias evolucionistas. Preserva-

características hereditárias, estabelecendo relações histórico da hereditariedade, assim como


entre ancestrais e descendentes. seus mecanismos de transmissão;
(EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre heredi- Simular um júri com situações problemas,
tariedade (fatores hereditários, segregação, gametas, envolvendo hereditariedade;
fecundação), considerando-as para resolver problemas Pesquisar e Identificar as unidades de
envolvendo a transmissão de características hereditá- conservação existentes em Alagoas, seu
rias em diferentes organismos. contexto histórico de criação e desafios
(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de La- enfrentados para a efetivação da proposta
marck e Darwin apresentadas em textos científicos e de trabalho;
ção da biodiversidade

históricos, identificando semelhanças e diferenças entre Criar e discutir propostas sustentáveis para
essas ideias e sua importância para explicar a diversida- os problemas ambientais identificados na
de biológica. comunidade local, promovendo o protago-
Vida e evolução

nismo juvenil.

(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das .


espécies com base na atuação da seleção natural sobre
as variantes de uma mesma espécie, resultantes de
processo reprodutivo.
(EF09CI12) Justificar a importância das unidades de
conservação para a preservação da biodiversidade e do
patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos
de unidades (parques, reservas e florestas nacionais),
as populações humanas e as atividades á eles relacio-
nados.
(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para
a solução de problemas ambientais da cidade ou da
comunidade, com base na análise de ações de consumo
consciente e de sustentabilidade bem- sucedidas.

(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Visitar o observatório do CEPA e Usina


Terra. Ordem de grandeza astronômica. Evolução estelar
no Universo. Astronomia e cultura. Vida humana fora da

Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas gigantes Ciência.


Composição, estrutura e localização do Sistema Solar

gasosos e corpos menores), assim como a localização


do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela
no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões).
(EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e expli-
cações sobre a origem da Terra, do Sol ou do Sistema
Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura,
caça, mito, orientação espacial e temporal etc.).
(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade
da sobrevivência humana fora da Terra, com base nas
condições necessárias à vida, nas características dos
planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em
viagens interplanetárias e interestelares.
(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimen-
to, vida e morte) baseado no conhecimento das etapas
Terra e Universo

de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os


efeitos desse processo no nosso planeta.
Referencial Curricular de Alagoas - Ensino Fudamental 715

REFERÊNCIAS dos direitos de aprendizagem e de-


senvolvimento do ciclo de alfabe-
ALAGOAS.    Referencial curri- tização (1º, 2º e 3º anos) do ensino
cular da educação básica da rede fundamental. Ministério da Educa-
estadual de ensino de Alagoas: ção Secretaria de Educação Básica,
ciências da natureza/ Secretaria de Diretoria de Currículos e Educação
Estado de Educação e Esportes  - Integral – DICEI Coordenação Ge-
SEE – 1ª ed. Maceió, 2014.  ral do Ensino Fundamental – COEF.
BACHELARD, G. A formação Brasília,2012. 
do espírito científico: contribuição BRASIL. Ministério da Edu-
para uma psicanálise do conheci- cação. Parâmetros Curriculares
mento. 7 ed. Rio de Janeiro: Con- Nacionais, Ciências da Natureza,
traponto, 2007, pp. 316.  Matemática e suas Tecnologias.
BRASIL. Diretrizes Curricula- Secretaria da Educação Média e
res Nacionais Gerais da Educação Tecnológica - MEC, SEMTEC: Bra-
Básica/ Ministério da Educação. sília, 1998. 
Secretária de Educação Básica. Di- BRASIL. Secretaria de Edu-
retoria de Currículos e Educação cação Fundamental. Parâmetros
Integral. – Brasília: MEC, SEB, DI- curriculares nacionais: Ciências
CEI, 2013.  Naturais/ Secretaria de Educação
BRASIL. Ministério da Educa- Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,
ção. Base Nacional Comum Curri- 1998. 
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ANEXO
CNE/CP Nº 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017
CEE/AL Nº 1/2019, DE 6 DE MAIO DE 2019.

JOÃO GABRIEL DA CONCEIÇÃO – ESCOLA ESTADUAL UMBERTO MENDES


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO PLENO

RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017 (*)

Institui e orienta a implantação da Base Nacional


Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente
ao longo das etapas e respectivas modalidades no
âmbito da Educação Básica.

O Presidente do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais,


e tendo em vista o disposto no § 1º do art. 9º e no art. 90 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, no § 1º do art. 6º e no § 1º do art. 7º da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961,
com a redação dada pela Lei nº 9.131, de 25 de novembro de 1995, e com fundamento nos
artigos 205 e 210 da Constituição Federal, no art. 2º, no inciso IV do art. 9º, e nos artigos 22,
23, 26, 29, 32 e 34, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, nas metas e diretrizes,
definidas no Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de
2014, bem como no Parecer CNE/CP nº 15/2017, homologado pela Portaria MEC nº 1.570, de
20 de dezembro de 2017, publicada no Diário Oficial da União de 21 de dezembro de 2017,
Seção 1, pág. 146, e

CONSIDERANDO que o art. 205 da Constituição Federal define que “a educação,


direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, preceito esse reafirmado no art.
2º da Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nos seguintes termos: “a
educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”;
CONSIDERANDO que o art. 210 da Constituição Federal define que “serão fixados
conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica
comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais”, e que o art. 9º da
LDB, ao definir umas das incumbências da União, em seu inciso V, como a de “estabelecer,
em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e
diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os
currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum”;
CONSIDERANDO que o § 1º, art. 9º da LDB, estabelece que “na estrutura
educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de
supervisão e atividade permanente, criado por lei”; e que, complementarmente, o art. 90 da
mesma LDB define que, “as questões suscitadas na transição entre o regime anterior e o que
se institui nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante
delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a autonomia
universitária”;
CONSIDERANDO que o art. 22 da LDB esclarece que “a educação básica tem por
finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores”;
(*)
Resolução CNE/CP 2/2017. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de dezembro de 2017, Seção 1, pp. 41 a 44.

Documento assinado eletronicamente nos termos da legislação vigente


CONSIDERANDO que o art. 23 da LDB define que “a educação básica poderá
organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos
de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou
por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem
assim o recomendar”;
CONSIDERANDO que o art. 26 da LDB, na redação dada pela Lei nº 12.796/2013,
estipula que “os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio
devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais
e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos”;
CONSIDERANDO que o art. 27 da LDB indica que os conteúdos curriculares da
Educação Básica observarão, entre outras, a diretriz da “difusão de valores fundamentais ao
interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem
democrática”;
CONSIDERANDO que o art. 29 da LDB, na redação dada pela Lei nº 12.796/2013,
define que, “a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”;
CONSIDERANDO que o art. 32 da LDB, na redação dada pela Lei nº 11.274/2006,
determina que “o ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na
escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica
do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social”.
CONSIDERANDO que a Meta 2 do Plano Nacional de Educação, de duração decenal,
aprovado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, ao definir a obrigatoriedade de
“universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14
(quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos
concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE” (1924),
define como estratégia 2.1 que “o Ministério da Educação, em articulação e colaboração
com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, deverá, até o final do 2º (segundo) ano de
vigência deste PNE, elaborar e encaminhar ao Conselho Nacional de Educação, precedida
de consulta pública nacional, proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento para os (as) alunos (as) do ensino fundamental”; e, na sequência, em sua
estratégia 2.2, determina como missão “pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o § 5º do art. 7º desta Lei, a
implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a
base nacional comum curricular do ensino fundamental”.
CONSIDERANDO que a Meta 7 do PNE, na estratégia 7.1, fixa que se deve:
“estabelecer e implantar, mediante pactuação inter-federativa, diretrizes pedagógicas para a
educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e
médio, respeitada a diversidade regional, estadual e local”.

2
CONSIDERANDO que, em 6 de abril de 2017, após ampla consulta pública nacional,
o Conselho Nacional de Educação (CNE) recebeu do Ministério da Educação (MEC), em
cumprimento a orientações de ordem legal e normativa sobre a matéria, o documento da
“Base Nacional Comum Curricular – BNCC”, com proposta pactuada em todas as Unidades
da Federação, estipulando-se ali “direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento,
para os alunos da Educação Básica”, nas etapas da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental;
CONSIDERANDO que o Conselho Nacional de Educação recebeu a proposta da
“Base Nacional Comum Curricular – BNCC”, na qualidade de Órgão de Estado presente na
estrutura educacional brasileira, com “funções normativas e de supervisão e atividade
permanente”, tal qual previsto no § 1º, do art. 9º da LDB, e criado pela Lei nº 9.131/1995,
que alterou a redação da Lei nº 4.024/1961, o qual conta, ainda, com a missão específica, nos
termos do art. 90 da Lei nº 9.394/1996 (LDB), de resolver toda e qualquer questão suscitada
em relação à implantação de dispositivos normativos da atual Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional , em regime de colaboração com os demais órgãos normativos dos
sistemas de ensino;
CONSIDERANDO que compete, também, ao mesmo Conselho Nacional de
Educação, enquanto Órgão de Estado responsável pela articulação entre as instituições da
sociedade civil e as organizações governamentais, nos termos do inciso III do art. 5º da Lei
nº13.005/2014, responder por ações de monitoramento contínuo e avaliação periódica da
execução das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), bem como, entre outras
incumbências, segundo o inciso II do § 1º do mesmo artigo, “analisar e propor políticas
públicas para assegurar a implementação das estratégias e cumprimento das metas” do PNE;
CONSIDERANDO que , na condição de órgão normativo do Sistema Nacional de
Educação, cabe ao CNE, em relação à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental, apreciar a
proposta da BNCC, elaborada pelo MEC, produzindo parecer específico sobre a matéria,
acompanhado de Projeto de Resolução, o qual, nos termos legais e regulamentares, uma vez
homologado pelo Ministro da Educação, será transformado em Resolução Normativa do
Conselho Nacional de Educação, a orientar sistemas e instituições ou redes de ensino em todo
o território nacional, em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
Educação Básica;
CONSIDERANDO que, em conformidade com a tradição deste Colegiado desde a sua
implantação, que se deu há mais de vinte anos, o Conselho Nacional de Educação
desenvolveu esse trabalho de discussão da Base Nacional Comum Curricular mediante
articulação e ampla participação de toda a comunidade educacional e sociedade brasileira,
promovendo audiências públicas nacionais nas cinco regiões do país: Manaus, Região Norte,
dia 7 de julho; Recife, Região Nordeste, dia 28 de julho; Florianópolis, Região Sul, dia 11 de
agosto; São Paulo, Região Sudeste, dia 25 de agosto, e, finalmente, Brasília, Região Centro-
Oeste, dia 11 de setembro de 2017;
CONSIDERANDO que, em todas as audiências públicas, os mais diversos segmentos
da sociedade tiveram real oportunidade de participação, e efetivamente ofereceram suas
contribuições, as quais se consubstanciaram em documentos essenciais para que este Projeto
de Resolução, elaborado pelo Conselho Nacional de Educação, de fato refletisse as
necessidades, os interesses, a diversidade e a pluralidade, presentes do panorama educacional
brasileiro, e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma Educação Básica
Nacional, nas etapas da educação infantil e o ensino fundamental, que seja verdadeiramente
democrática e de qualidade;
CONSIDERANDO que as orientações presentes nesta Resolução, em termos de seu
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os estudantes da
Educação Básica devem desenvolver ao longo das etapas da Educação Infantil e do Ensino

3
Fundamental, efetivamente subsidiem a construção de currículos educacionais desafiadores
por parte das instituições escolares, e, quando for o caso, por redes de ensino, comprometidos
todos com o zelo pela aprendizagem dos estudantes, republicanamente, sem distinção de
qualquer natureza.

Resolve:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º A presente Resolução e seu Anexo instituem a Base Nacional Comum


Curricular (BNCC), como documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais como direito das crianças, jovens e adultos no âmbito
da Educação Básica escolar, e orientam sua implementação pelos sistemas de ensino das
diferentes instâncias federativas, bem como pelas instituições ou redes escolares.
Parágrafo Único. No exercício de sua autonomia, prevista nos artigos 12, 13 e 23 da
LDB, no processo de construção de suas propostas pedagógicas, atendidos todos os direitos e
objetivos de aprendizagem instituídos na BNCC, as instituições escolares, redes de escolas e
seus respectivos sistemas de ensino poderão adotar formas de organização e propostas de
progressão que julgarem necessários.
Art. 2º As aprendizagens essenciais são definidas como conhecimentos, habilidades,
atitudes, valores e a capacidade de os mobilizar, articular e integrar, expressando-se em
competências.
Parágrafo único. As aprendizagens essenciais compõem o processo formativo de todos
os educandos ao longo das etapas e modalidades de ensino no nível da Educação Básica,
como direito de pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho.
Art. 3º No âmbito da BNCC, competência é definida como a mobilização de
conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas cognitivas e
socioemocionais), atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Parágrafo Único: Para os efeitos desta Resolução, com fundamento no caput do art.
35-A e no §1º do art. 36 da LDB, a expressão “competências e habilidades” deve ser
considerada como equivalente à expressão “direitos e objetivos de aprendizagem” presente na
Lei do Plano Nacional de Educação (PNE).
Art. 4º A BNCC, em atendimento à LDB e ao Plano Nacional de Educação (PNE),
aplica-se à Educação Básica, e fundamenta-se nas seguintes competências gerais, expressão
dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a serem desenvolvidas pelos
estudantes:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas;
3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural;
4. Utilizar diferentes linguagens –verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e

4
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos, em diferentes contextos, e produzir sentidos que levem ao entendimento
mútuo;
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação, de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos,
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva;
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, que respeitem e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado consigo mesmo, com os
outros e com o planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-
se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e
capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, de forma harmônica, e a
cooperação, fazendo-se respeitar, bem como promover o respeito ao outro e aos direitos
humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais,
seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões, com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

CAPÍTULO II
DO PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO

Art. 5º A BNCC é referência nacional para os sistemas de ensino e para as instituições


ou redes escolares públicas e privadas da Educação Básica, dos sistemas federal, estaduais,
distrital e municipais, para construírem ou revisarem os seus currículos.
§1º A BNCC deve fundamentar a concepção, formulação, implementação, avaliação e
revisão dos currículos, e consequentemente das propostas pedagógicas das instituições
escolares, contribuindo, desse modo, para a articulação e coordenação de políticas e ações
educacionais desenvolvidas em âmbito federal, estadual, distrital e municipal, especialmente
em relação à formação de professores, à avaliação da aprendizagem, à definição de recursos
didáticos e aos critérios definidores de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento
da oferta de educação de qualidade.
§2º A implementação da BNCC deve superar a fragmentação das políticas
educacionais, ensejando o fortalecimento do regime de colaboração entre as três esferas de
governo e balizando a qualidade da educação ofertada.

CAPÍTULO III
DA BNCC, DO CURRÍCULO E DA PROPOSTA PEDAGÓGICA

Art. 6º As propostas pedagógicas das instituições ou redes de ensino, para


desenvolvimento dos currículos de seus cursos, devem ser elaboradas e executadas com

5
efetiva participação de seus docentes, os quais devem definir seus planos de trabalho
coerentemente com as respectivas propostas pedagógicas, nos termos dos artigos 12 e 13 da
LDB.
Parágrafo Único. As propostas pedagógicas e os currículos devem considerar as
múltiplas dimensões dos estudantes, visando ao seu pleno desenvolvimento, na perspectiva de
efetivação de uma educação integral.
Art. 7º Os currículos escolares relativos a todas as etapas e modalidades da Educação
Básica devem ter a BNCC como referência obrigatória e incluir uma parte diversificada,
definida pelas instituições ou redes escolares de acordo com a LDB, as diretrizes curriculares
nacionais e o atendimento das características regionais e locais, segundo normas
complementares estabelecidas pelos órgãos normativos dos respectivos Sistemas de Ensino.
Parágrafo único. Os currículos da Educação Básica, tendo como referência à a BNCC,
devem ser complementados em cada instituição escolar e em cada rede de ensino, no âmbito
de cada sistema de ensino, por uma parte diversificada, as quais não podem ser consideradas
como dois blocos distintos justapostos, devendo ser planejadas, executadas e avaliadas como
um todo integrado.
Artigo 8º Os currículos, coerentes com a proposta pedagógica da instituição ou rede de
ensino, devem adequar as proposições da BNCC à sua realidade, considerando, para tanto, o
contexto e as características dos estudantes, devendo:
I. Contextualizar os conteúdos curriculares, identificando estratégias para apresentá-
los, representá-los, exemplificá-los, conectá-los e torná-los significativos, com base na
realidade do lugar e do tempo nos quais as aprendizagens se desenvolvem e são constituídas;
II. Decidir sobre formas de organização dos componentes curriculares – disciplinar,
interdisciplinar, transdisciplinar ou pluridisciplinar – e fortalecer a competência pedagógica
das equipes escolares, de modo que se adote estratégias mais dinâmicas, interativas e
colaborativas em relação à gestão do ensino e da aprendizagem;
III. Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-pedagógicas
diversificadas, recorrendo a ritmos diferenciados e a conteúdos complementares, se
necessário, para trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, suas famílias e
cultura de origem, suas comunidades, seus grupos de socialização, entre outros fatores;
IV. Conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os
estudantes nas aprendizagens;
V. Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de
resultado, que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais
registros como referência para melhorar o desempenho da instituição escolar, dos professores
e dos alunos;
VI. Selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar
o processo de ensinar e aprender;
VII. Criar e disponibilizar materiais de orientação para os professores, bem como
manter processos permanentes de desenvolvimento docente, que possibilitem contínuo
aperfeiçoamento da gestão do ensino e aprendizagem, em consonância com a proposta
pedagógica da instituição ou rede de ensino;
VIII. Manter processos contínuos de aprendizagem sobre gestão pedagógica e
curricular para os demais educadores, no âmbito das instituições ou redes de ensino, em
atenção às diretrizes curriculares nacionais, definidas pelo Conselho Nacional de Educação e
normas complementares, definidas pelos respectivos Conselhos de Educação;
§1º Os currículos devem incluir a abordagem, de forma transversal e integradora, de
temas exigidos por legislação e normas específicas, e temas contemporâneos relevantes para o
desenvolvimento da cidadania, que afetam a vida humana em escala local, regional e global,
observando-se a obrigatoriedade de temas tais como o processo de envelhecimento e o

6
respeito e valorização do idoso; os direitos das crianças e adolescentes; a educação para o
trânsito; a educação ambiental; a educação alimentar e nutricional; a educação em direitos
humanos; e a educação digital, bem como o tratamento adequado da temática da diversidade
cultural, étnica, linguística e epistêmica, na perspectiva do desenvolvimento de práticas
educativas ancoradas no interculturalismo e no respeito ao caráter pluriétnico e plurilíngue da
sociedade brasileira.
§2º As escolas indígenas e quilombolas terão no seu núcleo comum curricular suas
línguas, saberes e pedagogias, além das áreas do conhecimento, das competências e
habilidades correspondentes, de exigência nacional da BNCC.
Art. 9º As instituições ou redes de ensino devem intensificar o processo de inclusão
dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades nas
classes comuns do ensino regular, garantindo condições de acesso e de permanência com
aprendizagem, buscando prover atendimento com qualidade.

CAPÍTULO IV
DA BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 10. Considerando o conceito de criança, adotado pelo Conselho Nacional de


Educação na Resolução CNE/CEB 5/2009, como “sujeito histórico e de direitos, que
interage, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e
constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura”, a BNCC estabelece os
seguintes direitos de aprendizagem e desenvolvimento no âmbito da Educação Infantil:
I. Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando
diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à
cultura e às diferenças entre as pessoas;
II. Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com
diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções
culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências
emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais;
III. Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão
da escola e das atividades, propostas pelo educador quanto da realização das atividades da
vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes,
desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se
posicionando em relação a eles;
IV. Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções,
transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora
dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita,
a ciência e a tecnologia;
V. Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens;
VI. Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma
imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de
cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu
contexto familiar e comunitário.

CAPÍTULO IV
DA BNCC NO ENSINO FUNDAMENTAL

7
Art. 11. A BNCC dos anos iniciais do Ensino Fundamental aponta para a necessária
articulação com as experiências vividas na Educação Infantil, prevendo progressiva
sistematização dessas experiências quanto ao desenvolvimento de novas formas de relação
com o mundo, novas formas de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las,
refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.
Art. 12. Para atender o disposto no inciso I do artigo 32 da LDB, no primeiro e no
segundo ano do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização,
de modo que se garanta aos estudantes a apropriação do sistema de escrita alfabética, a
compreensão leitora e a escrita de textos com complexidade adequada à faixa etária dos
estudantes, e o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever números, compreender suas
funções, bem como o significado e uso das quatro operações matemáticas.
Art. 13. Os currículos e propostas pedagógicas devem prever medidas que assegurem
aos estudantes um percurso contínuo de aprendizagens ao longo do Ensino Fundamental,
promovendo integração nos nove anos desta etapa da Educação Básica, evitando a ruptura no
processo e garantindo o desenvolvimento integral e autonomia.
Art. 14. A BNCC, no Ensino Fundamental, está organizada em Áreas do
Conhecimento, com as respectivas competências, a saber:

I. Linguagens:

a. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de


natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da
realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais;
b. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e
linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar
suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma
sociedade mais justa, democrática e inclusiva;
c. Utilizar diferentes linguagens –verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos, em diferentes contextos, e produzir sentidos que levem ao
diálogo, à resolução de conflitos, de forma harmônica, e à cooperação;
d. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo
contemporâneo;
e. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao
patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas,
individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes,
identidades e culturas;
f. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação, de forma
crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares)
para se comunicar por meio das diferentes linguagens, produzir conhecimentos, resolver
problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

II. Matemática:

a. Reconhecer que a Matemática é uma ciência humana, fruto das necessidades e


preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, bem como uma

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ciência viva, que contribui para solucionar problemas científicos e tecnológicos e para
alicerçar descobertas e construções, inclusive com impactos no mundo do trabalho;
b. Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e atuar no
mundo, reconhecendo também que a Matemática, independentemente de suas aplicações
práticas, favorece o desenvolvimento do raciocínio lógico, do espírito de investigação e da
capacidade de produzir argumentos convincentes;
c. Compreender as relações entre conceitos e procedimentos dos diferentes campos da
Matemática (Aritmética, Álgebra, Geometria, Estatística e Probabilidade) e de outras áreas do
conhecimento, sentindo segurança quanto à própria capacidade de construir e aplicar
conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de
soluções;
d. Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes
nas práticas sociais e culturais, de modo que se investigue, organize, represente e comunique
informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las crítica e eticamente, produzindo
argumentos convincentes;
e. Utilizar processos e ferramentas matemáticas, inclusive tecnologias digitais
disponíveis, para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e de outras áreas de
conhecimento, validando estratégias e resultados;
f. Enfrentar situações-problema em múltiplos contextos, incluindo situações
imaginadas, não diretamente relacionadas com o aspecto prático-utilitário, expressar suas
respostas e sintetizar conclusões, utilizando diferentes registros e linguagens (gráficos,
tabelas, esquemas, além de texto escrito na língua materna e outras linguagens para descrever
algoritmos, como fluxogramas e dados);
g. Agir individual ou cooperativamente com autonomia, responsabilidade e
flexibilidade, no desenvolvimento e/ou discussão de projetos, que abordem, sobretudo,
questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e
solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais, sem
preconceitos de qualquer natureza;
h. Interagir com seus pares, de forma cooperativa, trabalhando coletivamente no
planejamento e desenvolvimento de pesquisas para responder a questionamentos, bem como
na busca de soluções para problemas, de modo que se identifique aspectos consensuais ou não
na discussão de uma determinada questão, respeitando o modo de pensar dos colegas e
aprendendo com eles.

III. Ciências da Natureza:

a. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano e o


conhecimento científico como provisório, cultural e histórico;
b. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da
Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica,
de forma que se sinta, com isso, segurança no debate de questões científicas, tecnológicas,
socioambientais e do mundo do trabalho, além de continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
c. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao
mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se
estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da
Natureza;

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d. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e
de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo
aqueles relativos ao mundo do trabalho;
e. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e
negociar e defender ideias e pontos de vista, que respeitem e promovam a consciência
socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza;
f. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver
problemas das Ciências da Natureza, de forma crítica, significativa, reflexiva e ética;
g. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na
diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos
conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
h. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da
Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a
respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos,
sustentáveis e solidários.

IV. Ciências Humanas:

a. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de maneira que se


exercite o respeito à diferença, em uma sociedade plural, além de promover os direitos
humanos;
b. Analisar o mundo social, cultural e digital, e o meio técnico-científico-
informacional, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas
variações de significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se
posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo;
c. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na
sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para a
transformação espacial, social e cultural, de forma que participe efetivamente das dinâmicas
da vida social, exercitando a responsabilidade e o protagonismo, voltados para o bem comum,
e a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
d. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas, com relação a si mesmo, aos
outros e às diferentes culturas, com base nos instrumentos de investigação das Ciências
Humanas, promovendo, com isso, o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos
e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de
qualquer natureza;
e. Comparar eventos ocorridos, simultaneamente, no mesmo espaço e em espaços
variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço, e em espaços variados;
f. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para
negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos e a
consciência socioambiental;
g. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, e diferentes gêneros
textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação, no desenvolvimento do
raciocínio espaço-temporal, relacionado a localização, distância, direção, duração,
simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

V. Ensino Religioso:

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a. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e
filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos;
b. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida,
suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios;
c. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto
expressão de valor da vida;
d. Conviver com a diversidade de identidades, crenças, pensamentos, convicções,
modos de ser e viver;
e. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política,
da economia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente;
f. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de
intolerância, discriminação e violência de cunho religioso, de modo que se assegure assim os
direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz.
§1º As Áreas do Conhecimento favorecem a comunicação entre os saberes dos
diferentes componentes curriculares, intersectam-se na formação dos alunos, mas preservam
as especificidades de saberes próprios construídos e sistematizados nos diversos
componentes;
§ 2º O Ensino Religioso, conforme prevê a Lei 9.394/1996, deve ser oferecido nas
instituições de ensino e redes de ensino públicas, de matrícula facultativa aos alunos do
Ensino Fundamental, conforme regulamentação e definição dos sistemas de ensino.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 15. As instituições ou redes de ensino podem, de imediato, alinhar seus currículos
e propostas pedagógicas à BNCC.
Parágrafo único. A adequação dos currículos à BNCC deve ser efetivada
preferencialmente até 2019 e no máximo, até início do ano letivo de 2020.
Art. 16. Em relação à Educação Básica, as matrizes de referência das avaliações e dos
exames, em larga escala, devem ser alinhadas à BNCC, no prazo de 1 (um) ano a partir da sua
publicação.
Art. 17. Na perspectiva de valorização do professor e da sua formação inicial e
continuada, as normas, os currículos dos cursos e programas a eles destinados devem
adequar-se à BNCC, nos termos do §8º do Art. 61 da LDB, devendo ser implementados no
prazo de dois anos, contados da publicação da BNCC, de acordo com Art. 11 da Lei nº
13.415/2017.
§ 1º A adequação dos cursos e programas destinados à formação continuada de
professores pode ter início a partir da publicação da BNCC.
§ 2º Para a adequação da ação docente à BNCC, o MEC deve proporcionar
ferramentas tecnológicas que propiciem a formação pertinente, no prazo de até 1 (um) ano, a
ser desenvolvida em colaboração com os sistemas de ensino.
Art. 18. O ciclo de avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes
(Enade), seguinte à publicação da BNCC, deve observar as determinações aqui expostas em
sua matriz de referência.
Art. 19. Os programas e projetos pertinentes ao MEC devem ser alinhados à BNCC,
em até 1 (um) ano após sua publicação.
Art. 20. O PNLD – Programa Nacional do Livro Didático deve atender o instituído
pela BNCC, respeitando a diversidade de currículos, construídos pelas diversas instituições ou
redes de ensino, sem uniformidade de concepções pedagógicas.

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Art. 21. A BNCC deverá ser revista após 5 (cinco) anos do prazo de efetivação
indicado no art. 15.
Art. 22. O CNE elaborará normas específicas sobre computação, orientação sexual e
identidade de gênero.
Art. 23. O CNE, mediante proposta de comissão específica, deliberará se o ensino
religioso terá tratamento como área do conhecimento ou como componente curricular da área
de Ciências Humanas, no Ensino Fundamental.
Art. 24. Caberá ao CNE, no âmbito de suas competências, resolver as questões
suscitadas pela presente norma.
Art. 25. No prazo de 30 dias a contar da publicação da presente Resolução, o
Ministério de Educação editará documento técnico complementar contendo a forma final da
BNCC, nos termos das concepções, definições e diretrizes estabelecidas na presente norma.
Art. 26. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

EDUARDO DESCHAMPS

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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE ALAGOAS
RESOLUÇÃO Nº 001/2019

Institui e orienta a implantação do Referencial Curricular de Alagoas, a ser utilizado


ao longo da educação infantil e do ensino fundamental e respectivas modalida- des no
âmbito do Sistema Estadual de Ensino.
O Presidente do Conselho Estadual de Educação de Alagoas, no uso de suas atri-
buições legais, considerando ser a educação um direito público subjetivo e dever do
Estado, devendo ser garantida a todo e qualquer cidadão, com fundamento na Cons-
tituição Federal de 1988, Constituição Estadual de Alagoas de 1989, Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/1996, Plano Nacional de Educa- ção - Lei nº
13.005/2014, Plano Estadual de Educação - Lei nº 7.795/2016, Resolu- ção CNE/CEB nº
04/2010, Resolução CNE/CP nº 02/ 2017, Parecer CNE/CEB nº 07/2010, Parecer CNE/
CP nº 15/2017, bem como no Parecer CEE/AL nº 02/2019,
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º. A presente Resolução e seu Anexo instituem o Referencial Curricular de Ala-
goas, como documento de caráter normativo que define as aprendizagens essen- ciais
como direito de pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercí- cio da
cidadania e qualificação para o trabalho, e orientam sua implementação nas instituições
que fazem parte do Sistema Estadual de Ensino.
Parágrafo único. No exercício de sua autonomia, prevista nos artigos 12, 13 e 23 da
LDB, no processo de (re)construção de seus projetos político-pedagógicos, atendidos
todos os direitos e objetivos de aprendizagem instituídos no Referen- cial Curricular de
Alagoas, as unidades de ensino das redes públicas e privada do Sistema Estadual de
Ensino poderão adotar formas de organização e propostas de progressão que julgarem
necessários.
Art. 2º. O Referencial Curricular de Alagoas, em atendimento à LDB, ao PNE e ao PEE/
AL, aplica-se à Educação Básica e fundamenta-se nas seguintes competências gerais, ex-
pressão dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, a serem desenvol-
vidas pelos estudantes:
I - Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físi-
co, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo
e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva;
II - Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, in-
cluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas;
III - Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas mani-
festações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural;
IV - Utilizar diferentes linguagens –verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e es-
crita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lingua- gens
artística, matemática e científica para se expressar e partilhar informações, experiên-
cias, ideias e sentimentos, em diferentes contextos, e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo;
V - Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação, de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as es-
colares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, pro- duzir conhecimen-
tos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva;
VI - Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conheci-
mentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
VII Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formu- lar,
negociar e defender idéias, pontos de vista e decisões comuns, que respeitem e pro-
movam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo respon- sável,
em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
consigo mesmo, com os outros e com o planeta.
VIII - Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreen-
dendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.
IX - Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos, de forma harmônica, e a
cooperação, fazendo-se respeitar, bem como promover o respeito ao outro e aos direi-
tos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem pre- conceitos de
qualquer natureza.
X - Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resi-
liência e determinação, tomando decisões, com base em princípios éticos, de- mocrá-
ticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
CAPÍTULO II
DO REFERENCIAL CURRICULAR, DO CURRÍCULO E DO PROJETO POLÍTICO PEDA-
GÓGICO
Art. 3º. O Referencial Curricular de Alagoas deve fundamentar a concepção, for-
mulação, implementação, avaliação e revisão dos currículos, e consequentemente dos
projetos político-pedagógicos das unidades de ensino das redes públicas e privadas da
educação básica do Sistema Estadual de Ensino de Alagoas, sendo complementados
em cada unidade e rede de ensino por uma parte diversificada, não se constituindo em
dois blocos distintos, devendo ser planejados, executados e avaliados como um todo
integrado.
Parágrafo único. As escolas indígenas e quilombolas terão no seu núcleo comum
curricular suas línguas, saberes e pedagogias, além das áreas do conhecimento, das
competências e habilidades correspondentes.
Art. 4º. Os projetos político-pedagógicos das unidade/redes de ensino, para de-
senvolvimento dos currículos de seus cursos, devem ser elaborados e executados com
efetiva participação de seus docentes, os quais devem definir seus planos de trabalho
coerentemente com os respectivos projetos político-pedagógicos, nos termos dos arti-
gos 12 e 13 da LDB.
Art. 5º. As instituições ou redes de ensino devem intensificar o processo de inclusão
dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação nas classes comuns do ensino regular, garantindo condições de acesso
e de permanência com aprendizagem, buscando prover atendimento com qualidade.
CAPÍTULO III
DO REFERENCIAL CURRICULAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Art. 6º. O Referencial Curricular de Alagoas para a educação infantil, em consonância
com a BNCC, aponta para a necessidade da junção do cuidar e do educar.
§1º Cuidar se referindo ao atendimento das necessidades básicas da criança;
§2º Educar se referindo ao oferecimento de possibilidades de descobertas e apren-
dizados
Art. 7º. As instituições que ofertam a educação infantil devem promover em seus
projetos político-pedagógicos práticas de educação e cuidados que possibilitem a in-
tegração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivo cognitivos/lingüísticos e sociais
da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível.

Parágrafo único. A organização curricular ao longo da educação infantil deve ter


como base o organizador curricular com os campos de experiência, os objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento, os grupos por faixa etária e os desdobramentos di-
dático-pedagógicos.
CAPÍTULO IV
DO REFERENCIAL CURRICULAR NO ENSINO FUNDAMENTAL
Art. 8º. O Referencial Curricular de Alagoas dos anos iniciais do ensino fundamental,
em consonância com a BNCC, aponta para a necessária articulação com as experiências
vividas na educação infantil, prevendo progressiva sistematização dessas experiências
quanto ao desenvolvimento de novas formas de relação com o mundo, novas formas
de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elabo-
rar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.
Art. 9º. Para atender o disposto na meta 5 do PNE e do PEE, no primeiro e no segun-
do ano do ensino fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a al- fabetização,
de modo que se garanta aos estudantes a apropriação do sistema de escrita alfabética,
a compreensão leitora e a escrita de textos com complexidade adequada à faixa etária
dos estudantes, e o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever números, com-
preender suas funções, bem como o significado e uso das quatro operações matemáti-
cas, de forma que no terceiro ano de escolarização a alfabetização de todas as crianças
esteja consolidada.
Art. 10. Os currículos e projetos político-pedagógicos devem prever medidas que as-
segurem aos estudantes um percurso contínuo de aprendizagens ao longo do en- sino
fundamental, promovendo integração nos nove anos desta etapa da educação básica,
evitando a ruptura no processo e garantindo o desenvolvimento integral e autônomo.
Parágrafo único. A organização curricular ao longo dos 9 (nove) anos do ensino fun-
damental deve ter como base o organizador curricular de cada componente cur- ricular,
observando os campos de atuação, os objetos de conhecimento, as habilida- des e os
desdobramentos didático-pedagógicos.
Art. 11. O Referencial Curricular de Alagoas, no ensino fundamental, está organi-
zado em Áreas do Conhecimento, que favorecem a comunicação entre os saberes dos
diferentes componentes curriculares, intersectam-se na formação dos alunos, mas
preservam as especificidades de saberes próprios construídos e sistematizados nos di-
versos componentes.
Parágrafo único. O Ensino Religioso, conforme prevê a Lei 9.394/1996, deve ser ofe-
recido nas instituições de ensino e redes de ensino públicas, de matrícula facultativa
aos alunos do ensino fundamental, tendo como base a Resolução CEE/AL nº 03/2002.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 12. As unidades ou redes do Sistema Estadual de Ensino de Alagoas podem,
de imediato, alinhar seus currículos e projetos político-pedagógicos à BNCC e ao Refe-
rencial Curricular de Alagoas.
§1º A adequação dos currículos ao Referencial Curricular de Alagoas deve ser efe-
tivada até o início do ano letivo de 2020.
§2º As instituições de ensino devem atualizar as fichas descritivas de avaliação
individual, obrigatórias nos anos iniciais do ensino fundamental, conforme Resolução
CEE/AL nº 08/2007, logo após a adequação dos currículos.
Art. 13. O Referencial Curricular de Alagoas deverá ser revisto sempre que houver
revisão da BNCC ou das Diretrizes Curriculares Nacionais, devendo as modificações
serem aprovadas pelo Conselho Estadual de Educação de Alagoas.
Parágrafo único. Cabe ao Conselho Estadual de Educação monitorar todo o proces-
so de implantação do Referencial Curricular de Alagoas.
Art. 14. Cabe ao CEE, no âmbito de suas competências, resolver as questões sus-
citadas pela presente norma.
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

SALA DAS SESSÕES TEÓFANES AUGUSTO DE ARAÚJO BARROS

Maceió/AL, aos 30 de janeiro de 2019.

PROF. DR. MARIO CESAR JUCÁ


PRESIDENTE DO CEE/AL

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