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Referencial Curricular

de Alagoas

Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
2019
2019
LINGUAGENS
EDUCAÇÃO FÍSICA
EDUCAÇÃO FÍSICA

1. APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 367

2. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 368

3. EDUCAÇÃO FÍSICA E SEUS MARCOS LEGAIS................................................... 369

4. EDUCAÇÃO FÍSICA E OS PRINCÍPIOS DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM.......... 370

5. EDUCAÇÃO FÍSICA E OS TEMAS CONTEMPORÂNEOS..................................... 372

6. ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL............. 372


6.1 UNIDADES TEMÁTICAS................................................................................................377
6.2 Dimensões do conhecimento da educação física para o ensino fundamental..........380
6.3 COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ..........381

7. EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS E FINAIS..... 382



8. ORGANIZADOR CURRICULAR DOS ANOS INICIAIS E FINAIS ........................... 384

9. REFERÊNCIAS.................................................................................................. 407
1. APRESENTAÇÃO
Apresentamos o REFERENCIAL
CURRICULAR DE ALAGOAS, construí-
do em Regime de colaboração entre
Estado e municípios, em consonância
com a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). O documento tem como pre-
missa, a garantia dos direitos de apren-
dizagem dos educandos, contribuindo
para a promoção de aprendizagens sig-
nificativas, visando à formação integral
de todos os estudantes alagoanos.
Este caderno é direcionado aos pro-
fessores de Educação Física e busca-se
com ele, auxiliar o trabalho pedagógico
do professor de forma dinâmica, objeti-
vando garantir o direito de aprendizagens
dos estudantes do componente curricu-
lar Educação Física, a fim de que estes
possam ingressar no Ano/Série subse-
quente, com as habilidades necessárias
e específicas que lhes são inerentes em
cada etapa e modalidade de ensino.
O Referencial Curricular de Educa-
ção Física encontra-se disposto neste
caderno, com a seguinte estrutura orga-
nizacional: Na primeira parte detalha-se
uma breve introdução ao componente e
na sequência os marcos legais que sus-
368 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

tentam a Educação Física, como humanização e diversificação da


disciplina curricular obrigatória. Na sua prática pedagógica, objetivan-
segunda parte, apresenta-se a es- do ampliar a visão, anteriormente
trutura do Componente para o En- apenas biológica, para uma ação
sino fundamental e a estrutura do onde seja contemplada as dimen-
seu Currículo, e as expectativas de sões afetivas, cognitivas e socio-
aprendizagem, a organização cur- culturais dos estudantes (BRA-
ricular do componente de Educa- SIL,1997).
ção Física, a organização das Uni- Diante, da ainda presente “es-
dades Temáticas, as Dimensões do portivização” da Educação Física,
Conhecimento e as competências onde (SOARES, 1996) afirma que a
específicas do componente. mesma promove a valorização da
Finalizando o documento, apre- prática esportiva e deixa muitas
sentamos o Organizador Curricular expressões da cultura corporal de
com as habilidades diretamente re- movimento de lado, expressões
lacionadas às aprendizagens a se- estas, produzidas, ao longo da his-
rem desenvolvidas pelos educandos. tória do homem. Portanto, a Edu-
Portanto, o Referencial Curri- cação Física não se trata de qual-
cular de Educação Física, aqui pro- quer prática ou movimento que se
posto, tem a finalidade de auxiliar os apresente exclusivamente, na for-
professores na reflexão, no plane- ma de esporte, mas também como
jamento de suas aulas, na análise e ginástica, jogos, conhecimentos
seleção de materiais didáticos e re- sobre o corpo, movimentos rítmi-
cursos tecnológicos e, em especial cos e expressivos culturalmente
que possa contribuir para formação construídos em diversos momen-
de um cidadão crítico e reflexivo. tos da nossa história.
Sendo assim, a ressignificação
dessas práticas corporais reflexivas
2. INTRODUÇÃO e contextualizadas na escola, pro-
movem um importante desenvol-
A Educação Física é um com- vimento, nas diferentes etapas da
ponente curricular importante na vida dos estudantes, fazendo com
construção da cidadania e, em seu que os mesmos desfrutem de di-
processo histórico, passou por ferentes experiências e lições que
diversas fases. Atualmente, ela possam levar para o seu dia a dia.
tem buscado trazer uma propos- No Referencial Curricular de
ta, onde visa a democratização, a Alagoas do Ensino Fundamental, a
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 369

Educação Física se propõe a inserir Durante a Ditadura Militar (1964


e integrar o estudante na cultura a 1980), a Educação Física teve
corporal de movimento, buscando caráter predominantemente es-
formar cidadãos que irão produzi- portista / tecnicista, em que mo-
-las, reproduzi-las, e transformá- dalidades esportivas eram traba-
-las, através da prática consciente lhadas, de forma hegemônica em
dos jogos e brincadeiras, dos va- aulas escolares. A partir da década
riados tipos de esportes, das lutas de 1980, correntes pedagógicas
e através das ginásticas, em busca orientam-se pela teoria crítica, tra-
do exercício crítico da cidadania zendo novas formas de contribuir
e da melhoria da sua qualidade de com a cidadania e a justiça social,
vida, como também de sua comu- buscando o desenvolvimento de
nidade (BETTI, 1994). estudantes de forma integral. A
Educação Física trata pedagogica-
3. EDUCAÇÃO FÍSICA mente de saberes relativos a movi-
E SEUS MARCOS mentos corporais, produzidos com
LEGAIS intencionalidade, em diversos con-
textos sociais e históricos, consti-
A Educação Física, no Brasil, vem tuindo campo da Cultura Corporal
acompanhando as mudanças so- (BRASIL, 1997).
ciais e políticas, desde sua chegada. A Educação Física oportuni-
Inicialmente, foi dominada por visão za diversas possibilidades para
higienista que propunha atividade fí- construção de uma educação de
sica, voltada para forjar um indivíduo qualidade, para crianças, jovens e
“forte”, “saudável”, indispensável ao adultos na Educação Básica. A Lei
desenvolvimento da Nação. Esse en- de Diretrizes e Bases da Educação
tendimento associou a Educação Fí- Nacional - LDB, que, em seu artigo
sica à educação do físico, à instrução 26, afirma que “a Educação Física
do corpo para o desenvolvimento da integrada à proposta pedagógica
aptidão física. Em seguida, passamos da escola é componente curricular
a ter uma Educação Física militarista obrigatório da Educação Básica”.
que visava promover o adestramen- É importante ressaltar que a
to físico, na perspectiva da disciplina Educação Física está inserida na área
moral, com objetivo de preparação de Linguagens, juntamente com os
do sujeito no cumprimento de de- outros componentes curriculares:
veres cidadãos, em defesa da Nação Língua Portuguesa, Língua Inglesa e
(SOARES, 1994). Arte. Contudo, as especificidades de
370 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

cada um de seus componentes são tica, gráfica e corporal- como meio


respeitadas, conforme as Diretrizes para produzir, expressar e comunicar
Curriculares Nacionais - DCN para o suas ideias, interpretar e usufruir das
Ensino Fundamental de Nove Anos produções culturais, em contextos
(Resolução CNE/CEB nº 7/2010). públicos e privados, atendendo a di-
Os princípios, contidos na referida ferentes intenções e situações de co-
Resolução, contribuem para defi- municação.” (BRASIL, 1997)
nirmos nossas práticas, dentre, os Tivemos como documentos nor-
quais, os Estéticos “Valorização das teadores o Referencial Curricular
diferentes manifestações culturais, do Estado de Alagoas publicado em
especialmente da cultura brasileira; 2014 e a Base Nacional Curricular Co-
da construção de identidades plurais e mum - BNCC, sendo o principal do-
solidárias”. Sendo assim, a educação cumento orientador na reelaboração
física tem que seguir as competên- do Referencial Curricular atual, nela a
cias previstas para a área de lingua- Educação Física “busca tematizar as
gens e, em seguida, as competên- práticas corporais em suas diversas
cias próprias de seu componente. formas de codificações e significação
Com a publicação das Diretrizes social, oportunizando as vivências
e Parâmetros Curriculares Nacio- e experiências das crianças, jovens
nais (BRASIL, PCN’S – EDUCAÇÃO e adultos para desenvolvimento e
FÍSICA, 2002), para as diferentes apropriação de aprendizagens, em
etapas da Educação Básica, a Edu- diversas formas de expressão, na
cação Física dispôs de um marco construção do protagonismo, au-
referencial para a organização pe- tonomia, disseminação de valores
dagógica das distintas etapas da éticos, possibilitando mudanças de
escolarização básica. comportamentos na construção de
No Referencial Curricular de Ala- sua cidadania frente aos desafios
goas para o ensino da Educação Físi- de seus contextos sociais, políticos,
ca, ainda destacamos alguns objeti- econômicos”. (BRASIL, 2017).
vos dos PCNs; tais como: “Conhecer
e cuidar do seu próprio corpo valori- 4. EDUCAÇÃO FÍSICA
zando e adotando hábitos saudáveis E OS PRINCÍPIOS
como um dos aspectos básicos da DE ENSINO E DE
qualidade de vida e agindo com res- APRENDIZAGEM
ponsabilidade em relação à sua saúde
e a saúde coletiva” e “Utilizar dife- As orientações didáticas são
rentes linguagens-verbal, matemá- determinadas pela relação entre
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 371

objetivo e conteúdo. Elas fornecem componente do plano de ensino


a forma, pela qual, se concretiza que dará vida aos objetivos e con-
esta relação em condições didáti- teúdos. Indica o que o professor e
cas específicas; ao mesmo tempo os estudantes farão, no decorrer
que influenciam na reformulação de uma aula ou conjunto de au-
ou modificação dos objetivos e las. Nesse material, optamos por
conteúdos. Referem-se aos meios separar, em dois tópicos, os as-
para alcançar objetivos gerais e pectos metodológicos. O primei-
específicos do ensino, ou seja, ao ro, intitulamos de princípios de
“como” do processo, envolvendo ensino. Consideramos que estes
as ações a serem realizadas pelo aspectos devem estar presentes
professor e pelos estudantes, para em todas as aulas e atividades
atingir os objetivos e conteúdos. da disciplina de Educação Física,
São características dos métodos: ou seja, eles norteiam a prática
a) estarem orientados para os pedagógica. Já o segundo tópico
objetivos; b) implicar uma suces- diz respeito a aspectos mais pon-
são planejada e sistematizada de tuais que podem ocorrer em ape-
ações, tanto do professor, quanto nas alguns momentos das aulas
dos estudantes (LIBÂNEO, 1991). ou em algumas aulas; por exem-
A relação que se estabelece, plo, na organização de festivais e
entre objetivo, conteúdo e mé- competições.
todo, tem como característica a O autor destaca os princípios
mútua interdependência. O mé- de ensino a serem discutidos:
todo é determinado pela relação
objetivo-conteúdo, mas, pode —— Ponto de partida para conhecer os
também, influir na determina- estudantes: o que sabem, sentem
ção de objetivos e conteúdos. e vivenciam sobre as práticas cor-
De acordo com Libâneo (1991), porais;
no trabalho docente, o professor —— Inclusão: todos devem jogar para
seleciona e organiza vários mé- apreciar;
todos de ensino e vários procedi- —— Contextualização: dar significa-
mentos didáticos, em função das dos às tarefas, aos conhecimen-
características de cada conteú- tos e às explicações;
do, ou seja, os conteúdos podem —— Participação ativa dos estudan-
apresentar métodos distintos. O tes, roda, modificação das ativi-
mesmo autor conclui que o de- dades e das regras dos jogos;
senvolvimento metodológico é o —— Integração da Educação Física: ao
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projeto pedagógico da escola; à


família e à comunidade; —— Direito da criança e do Adoles-
—— Diversificação das aulas, dos es- cente;
paços, materiais e das atividades; —— Educação para o Trânsito;
—— Coeducação: meninos e meninas —— Educação Ambiental;
compartilhando experiências; —— Educação Alimentar e Nutricional;
—— As regras, os acordos estabe- —— Processo de Envelhecimento,
lecidos no processo ensino- Respeito e Valorização do Idoso;
-aprendizagem, a indisciplina —— Educação em Direitos Humanos;
dos estudantes; —— Educação das Relações Étnico-
-Raciais e Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e
5. EDUCAÇÃO FÍSICA Indígena;
E OS TEMAS —— Saúde;
CONTEMPORÂNEOS —— Vida Familiar e Social;
—— Educação para o Consumo;
É importante propiciar ambientes —— Educação Financeira e Fiscal;
que fortaleça a interdisciplinaridade —— Trabalho, Ciência e Tecnologia;
e a contextualização, favorecendo a —— Diversidade Cultural.
transversalidade e integração de te-
mas que afetam a vida humana em
âmbito local, regional e global. 6. ESTRUTURA DA
A Educação Física, no contex- EDUCAÇÃO FÍSICA
to escolar juntamente com outros PARA O ENSINO
componentes curriculares, dispõe FUNDAMENTAL
de grande potencial, através dos
“três elementos fundamentais, co- 6.1 UNIDADES
muns para as práticas corporais: mo- TEMÁTICAS
vimento corporal, como elemento A Base Nacional Comum Curri-
essencial; organização interna (de cular – BNCC, apresenta a estrutu-
maior ou menor grau), pautada por ra para a Educação Física no Ensino
uma lógica específica; e produto fundamental. Nela, são definidas as
cultural vinculado com o lazer/ en- unidades temáticas, as dimensões
tretenimento e/ou o cuidado com o do conhecimento, objetos do co-
corpo e a saúde” (BRASIL, 2017) nhecimento e as habilidades.
Podemos citar alguns exemplos No Ensino fundamental cada
de temas contemporâneos: uma das práticas corporais estão
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 373

distribuídas em seis Unidades Te- mento, as brincadeiras e os jogos


máticas, que serão abordadas ao têm valor, em si, e precisam ser or-
longo de toda essa etapa, assim de- ganizados para ser estudados. São
nominadas: Brincadeiras e Jogos; igualmente relevantes os jogos e
Esportes; Ginásticas; Danças; Lu- as brincadeiras presentes na me-
tas; Práticas corporais de aventura. mória dos povos indígenas e das
comunidades tradicionais, que tra-
zem, consigo, formas de conviver,
BRINCADEIRAS E oportunizando o reconhecimento
JOGOS de seus valores e formas de viver,
em diferentes contextos ambien-
A unidade temática, Brincadei- tais e socioculturais brasileiros.
ras e jogos, explora aquelas ativi-
dades voluntárias exercidas dentro
de determinados limites de tem- ESPORTES
po e espaço, caracterizadas pela
criação e alteração de regras, pela Esta Unidade Temática, Es-
obediência de cada participante, ao porte, por sua vez, reúne, tanto as
que foi combinado coletivamente, manifestações mais formais des-
bem como pela apreciação do ato sa prática, quanto às derivadas. O
de brincar em si. Essas práticas não esporte, como uma das práticas
possuem um conjunto estável de mais conhecidas da contempora-
regras e, portanto, ainda que pos- neidade, por sua grande presen-
sam ser reconhecidos, jogos simi- ça nos meios de comunicação,
lares, em diferentes épocas e par- caracteriza-se por ser orientado
tes do mundo, esses são recriados, pela comparação de um deter-
constantemente, pelos diversos minado desempenho entre indi-
grupos culturais. Mesmo assim, é víduos ou grupos (adversários),
possível reconhecer que um con- regido por um conjunto de regras
junto grande dessas brincadeiras e formais, institucionalizadas por
jogos é difundido, por meio de redes organizações (associações, fede-
de sociabilidade informais, o que rações e confederações esporti-
permite denominá-los populares. vas), as quais definem as normas
É importante fazer uma distin- de disputa e promovem o desen-
ção entre jogo, como conteúdo volvimento das modalidades em
específico, e jogo, como ferramen- todos os níveis de competição.
ta auxiliar de ensino. Neste docu- No entanto, essas características
374 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

não possuem um único sentido exigências motrizes semelhan-


ou somente um significado en- tes, no desenvolvimento de suas
tre aqueles que o praticam, es- práticas. Assim, são apresenta-
pecialmente quando o esporte é das sete categorias de esportes
realizado no contexto do lazer, da (note-se que as modalidades,
educação e da saúde. Como toda citadas na descrição das catego-
prática social, o esporte é passí- rias, servem apenas para facilitar
vel de recriação por quem se en- a compreensão do que carac-
volve com ele. teriza cada uma das categorias.
As práticas derivadas dos es- Portanto, não são prescrições
portes mantêm, essencialmente, das modalidades a ser obrigato-
suas características formais de re- riamente tematizadas na escola):
gulação das ações, mas adaptam as
demais normas institucionais aos a) Esportes de Marca: conjunto de
interesses dos participantes, às ca- modalidades que se caracteri-
racterísticas do espaço, ao número zam por comparar os resulta-
de jogadores, ao material disponível dos registrados em segundos,
etc. Isso permite afirmar, por exem- metros ou quilos (patinação de
plo, que, em um jogo de dois contra velocidade, todas as provas do
dois, em uma trave, os participantes atletismo, remo, ciclismo, levan-
estão jogando handebol, mesmo tamento de peso etc.).
não sendo obedecidos as variadas
regras que integram o regulamento b) Esportes de Precisão: conjunto
oficial da modalidade. de modalidades que se carac-
Para a estruturação dessa terizam por arremessar/lançar
Unidade Temática, é utilizado um objeto, procurando acertar
um modelo de classificação ba- um alvo específico, estático
seado na lógica interna, tendo, ou em movimento, comparan-
como referência, os critérios de do-se o número de tentativas
cooperação, interação com o ad- empreendidas, a pontuação
versário, desempenho motor e estabelecida, em cada tentati-
objetivos táticos da ação. Esse va (maior ou menor do que a do
modelo possibilita a distribui- adversário) ou a proximidade
ção das modalidades esportivas do objeto arremessado ao alvo
em categorias, privilegiando as (mais perto ou mais longe do
ações motoras intrínsecas, reu- que o adversário conseguiu
nindo esportes que apresentam deixar), como nos seguintes
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 375

casos: bocha, curling, golfe, tiro versário, o mais longe possível,


com arco, tiro esportivo etc. para tentar percorrer o maior
número de vezes as bases ou a
c) Esportes Técnico-combina- maior distância possível, entre
tório: reúne modalidades, nas as bases, enquanto os defenso-
quais o resultado da ação mo- res não recuperam o controle
tora comparado é a qualidade da bola, e, assim, somar pontos
do movimento, segundo pa- (beisebol, críquete, softbol etc.).
drões técnico-combinatórios
(ginástica artística, ginástica f) Esportes de Invasão ou terri-
rítmica, nado sincronizado, torial: conjunto de modalidades
patinação artística, saltos orna- que se caracterizam por compa-
mentais etc.). rar a capacidade de uma equipe
introduzir ou levar uma bola (ou
d) Esportes de Rede/quadra di- outro objeto) a uma meta ou se-
vidida ou parede de rebote: tor da quadra/ campo defendida
reúne modalidades que se ca- pelos adversários (gol, cesta,
racterizam por arremessar, lan- touchdown etc.), protegendo,
çar ou rebater a bola em direção simultaneamente, o próprio
a setores da quadra adversária, alvo, meta ou setor do campo
nos quais o rival seja incapaz de (basquetebol, frisbee, futebol,
devolvê-la da mesma forma ou futsal, futebol americano, han-
que leve o adversário a cometer debol, hóquei sobre grama, polo
um erro dentro do período de aquático, rúgbi etc.)
tempo em que o objeto do jogo
está em movimento. Alguns g) Esportes de Combate: reúne
exemplos de esportes de rede modalidades caracterizadas
são: voleibol, vôlei de praia, tênis como disputas, nas quais o
de campo, tênis de mesa, bad- oponente deve ser subjugado,
minton e peteca. Já os esportes com técnicas, táticas e estraté-
de parede incluem pelota basca, gias de desequilíbrio, contusão,
raquetebol, squash etc. imobilização ou exclusão de um
determinado espaço, por meio
e) Esportes de Campo e taco: de combinações de ações de
categoria que reúne as modali- ataque e defesa (judô, boxe,
dades que se caracterizam por esgrima, Taekwondo etc.).
rebater a bola lançada pelo ad-
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GINÁSTICA exercitação corporal orientada à


melhoria do rendimento, à aquisi-
Na Unidade Temática Ginásti- ção e à manutenção da condição fí-
cas, são...(até o fim do parágrafo), sica individual ou à modificação da
substituir por: A Unidade Temá- composição corporal. Geralmente,
tica, Ginástica, é dividida em três são organizadas em sessões pla-
segmentos que podem ser classi- nejadas de movimentos repetidos,
ficados da seguinte maneira: (a) Gi- com frequência e intensidade de-
nástica geral; (b) Ginásticas de con- finidas. Podem ser orientadas de
dicionamento físico; e (c) Ginásticas acordo com uma população espe-
de conscientização corporal. cífica, como a ginástica para ges-
tantes, ou atreladas a situações
a) Ginástica Geral ambientais determinadas, como a
A ginástica geral, também co- ginástica laboral.
nhecida como ginástica para todos,
reúne as práticas corporais que c) Ginástica de Conscientização
têm, como elemento organizador, a Corporal
exploração das possibilidades acro- As ginásticas de conscientiza-
báticas e expressivas do corpo, a in- ção corporal reúnem práticas que
teração social, o compartilhamento empregam movimentos suaves
do aprendizado e a não competiti- e lentos, tal como a recorrência a
vidade. Podem ser constituídas de posturas ou à conscientização de
exercícios no solo, no ar (saltos), em exercícios respiratórios, voltados
aparelhos (trapézio, corda, fita elás- para a obtenção de uma melhor
tica), de maneira individual ou cole- percepção sobre o próprio cor-
tiva, e combinam um conjunto bem po. Algumas dessas práticas, que
variado de piruetas, rolamentos, constituem esse grupo, têm ori-
paradas de mão, pontes, pirâmides gem em práticas corporais milena-
humanas etc. Integram também, a res da cultura oriental.
essa prática, os denominados jogos
de malabar ou malabarismo.
DANÇA
b) Ginástica de Condicionamento
Físico Por sua vez, a Unidade Temáti-
As ginásticas de condiciona- ca, Dança, explora o conjunto das
mento físico se caracterizam pela práticas corporais caracterizadas
por movimentos rítmicos, organi-
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 377

zados em passos e evoluções es- PRÁTICAS CORPORAIS


pecíficas, muitas vezes também DE AVENTURA
integradas a coreografias. As dan-
ças podem ser realizadas de forma Na unidade temática, Práticas
individual, em duplas ou em gru- corporais de aventura, exploram-
pos, sendo essas duas últimas as -se expressões e formas de ex-
formas mais comuns. Diferentes perimentação corporal, centradas
de outras práticas corporais, rítmi- nas perícias e proezas provocadas
co-expressivas, elas se desenvol- pelas situações de imprevisibili-
vem em codificações particulares, dade que se apresentam quando
historicamente constituídas, que o praticante interage com um am-
permitem identificar movimentos biente desafiador. Algumas dessas
e ritmos musicais peculiares asso- práticas costumam receber outras
ciados a cada uma delas. denominações, como: esportes de
aventura, esportes alternativos e
esportes extremos. Assim como
LUTAS as demais práticas, elas são objeto
também de diferentes classifica-
A Unidade Temática, Lutas fo- ções, conforme o critério que se
caliza as disputas corporais, nas utilize. Neste documento, optou-
quais os participantes empre- -se por diferenciá-las com base no
gam técnicas, táticas e estraté- ambiente de que necessitam para
gias específicas para imobilizar, ser realizadas: na natureza e urba-
desequilibrar, atingir ou excluir o nas. As práticas de aventura na na-
oponente de um determinado es- tureza se caracterizam por explorar
paço, combinando ações de ata- as incertezas que o ambiente físico
que e defesa dirigidas ao corpo cria para o praticante na geração
do adversário. Dessa forma, além da vertigem e do risco controlado,
das lutas, presentes no contexto como em corrida orientada, corrida
comunitário e regional, podem de aventura, corridas de mountain
ser tratadas lutas brasileiras (ca- bike, rapel, tirolesa, arborismo etc.
poeira, huka-huka, luta marajoara Já as práticas de aventura urbanas
etc.), bem como lutas de diversos exploram a “paisagem de cimen-
países do mundo (judô, aikido, to” para produzir essas condições
jiu-jítsu, muay thai, boxe, chinese (vertigem e risco controlado) du-
boxing, esgrima, kendo etc.). rante a prática de parkour, skate,
378 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

patins, bike, corridas de orientação É importante lembrar que divi-


dentro da cidade, etc. do a quantidade de faixa litorânea,
Ainda, de acordo com a BNCC, lagoas e rios em nosso estado de
todas as práticas corporais, podem Alagoas, o estudante possa ter
ser objeto do trabalho pedagógico a oportunidade de experimentar
em qualquer etapa e modalidade práticas corporais no meio líqui-
de ensino. Ainda assim, alguns cri- do, dado seu inegável valor para a
térios de progressão do conheci- segurança pessoal e seu potencial
mento devem ser atendidos, tais de fruição durante o lazer. Essa
como os elementos específicos afirmação não se vincula apenas à
das diferentes práticas corporais, ideia de vivenciar e/ou aprender,
as características dos sujeitos e os por exemplo, os esportes aquá-
contextos de atuação, sinalizan- ticos (em especial, a natação em
do tendências de organização dos seus quatro estilos competitivos),
conhecimentos. No Estado de Ala- mas também à proposta de expe-
goas possuímos diversas realida- rimentar “atividades aquáticas”.
des de municípios e escolas, e essa São, portanto, práticas centradas
organização da progressão e esco- na ambientação dos estudantes ao
lha das atividades deverá seguir a meio líquido que permitem apren-
realidade local da escola. der, entre outros movimentos bá-
As unidades temáticas de Brin- sicos, o controle da respiração, a
cadeiras e jogos, Danças e Lutas flutuação em equilíbrio, a imersão e
estão organizadas em objetos de os deslocamentos na água.
conhecimento conforme a ocorrên- Ressalta-se que as práticas cor-
cia social dessas práticas corporais, porais na escola devem ser recons-
das esferas sociais mais familiares truídas com base em sua função so-
(localidade e região) às menos fami- cial e suas possibilidades materiais.
liares (esferas nacional e mundial). Isso significa dizer que as mesmas
Em Ginásticas, a organização dos podem ser transformadas no inte-
objetos de conhecimento se dá com rior da escola. Por exemplo, as prá-
base na diversidade dessas práti- ticas corporais de aventura devem
cas e nas suas características. Em ser adaptadas às condições da es-
Esportes, a abordagem recai sobre cola, ocorrendo de maneira simula-
a sua tipologia (modelo de classifi- da, tomando-se como referência o
cação), enquanto Práticas corporais cenário de cada contexto escolar.
de aventura se estrutura nas ver- No Referencial Curricular de
tentes urbana e na natureza. Alagoas a Educação Física é tra-
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 379

balhada em blocos conforme a Outra questão a ser destacada,


BNCC, tendo o seu detalhamento para Educação Física, é a distribui-
por ano a ser realizado de acordo ção das habilidades em união de
com o nível da turma a ser traba- anos de ensino, em blocos 1º e 2º
lhada, contemplando o desen- anos, com as mesmas habilidades
volvimento das competências e e mesmos objetos do conheci-
habilidades propostas para esse mento, seguindo a mesma dinâmi-
componente curricular. Esse deta- ca, 3º ao 5º ano; tal como, para 6 º
lhamento será realizado de forma e 7º anos; 8º e 9º.
gradativa, valorizando as expe- O quadro abaixo exibe a distri-
riências anteriores e preparando buição dessas unidades no Ensino
para as vivências futuras. Fundamental.

1º e 2º anos 3º e 5º anos 6º e 7º anos 8º e 9 º anos


Brincadeira e Brincadeira e Brincadeira e
Jogos Jogos Jogos
Esportes Esportes Esportes Esportes
Ginásticas Ginásticas Ginásticas Ginásticas
Danças Danças Danças Danças
Lutas Lutas Lutas
Práticas Práticas
corporais de corporais de
aventura aventura na
natureza
6.2 DIMENSÕES DO CONHECIMENTO DA
EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL
A organização das unidades temáticas se baseia na compreensão de que
o caráter lúdico está presente em todas as práticas corporais, por essa razão,
a delimitação das habilidades privilegia oito dimensões de conhecimento.

1. Experimentação: refere-se à dimensão do conhecimento que se


origina pela vivência das práticas corporais, pelo envolvimento
corporal na realização das mesmas.
2. Uso e apropriação: refere-se ao conhecimento que possibilita, ao
estudante, ter condições de realizar, de forma autônoma, uma de-
terminada prática corporal.
3. Fruição: implica a apreciação estética das experiências sensíveis,
geradas pelas vivências corporais, bem como das diferentes práti-
cas corporais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos.
4. Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na
observação e na análise das próprias vivências corporais e daque-
las realizadas por outros.
5. Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos originados
em discussões e vivências no contexto da tematização das práti-
cas corporais, que possibilitam a aprendizagem de valores e nor-
mas, voltadas ao exercício da cidadania, em prol de uma sociedade
democrática.
6. Análise: está associada aos conceitos necessários para entender
as características e o funcionamento das práticas corporais (saber
sobre).
7. Compreensão: está também associada ao conhecimento concei-
tual, mas, diferentemente da dimensão anterior, refere-se ao es-
clarecimento do processo de inserção das práticas corporais no
contexto sociocultural, reunindo saberes que possibilitam com-
preender o lugar das práticas corporais no mundo.
8. Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e conhe-
cimentos, necessários para os estudantes participarem, de forma
confiante e autoral, em decisões e ações orientadas a democrati-
zar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como re-
ferência, valores favoráveis à convivência social.
6.3 COMPETÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL
É a mobilização de conhecimentos, habilidades atitudes e valores
para resolver demandas complexas da vida cotidiana, da expressividade
corporal, do exercício pleno da cidadania e do mundo do trabalho, com-
preende dez competências específicas para o ensino da Educação Física
que citamos a seguir:

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus


vínculos com a organização da vida coletiva e individual.
2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumen-
tar as possibilidades de aprendizagem das práticas corporais, além
de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural nesse
campo.
3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das prá-
ticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no con-
texto das atividades laborais.
4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde,
beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos
disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e precon-
ceituosas.
5. Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender
seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios, em re-
lação às práticas corporais e aos seus participantes.
6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atri-
buídos às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos
que delas participam.
7. Reconhecer as práticas corporais, como elementos constitutivos
da identidade cultural dos povos e grupos.
8. Usufruir das práticas corporais, de forma autônoma, para poten-
cializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de
sociabilidade e a promoção da saúde.
9. Reconhecer o acesso às práticas corporais, como direito do cida-
dão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no
contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras,
jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de
aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
382 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

7. EDUCAÇÃO torno do brincar, desenvolvidas na


FÍSICA NO ENSINO Educação Infantil. As crianças pos-
FUNDAMENTAL suem conhecimentos que precisam
ser, por um lado, reconhecidos e
Os Anos Iniciais do Ensino Fun- problematizados nas vivências es-
damental possuem modos próprios colares com vistas a proporcionar
de vida e múltiplas experiências a compreensão do mundo e, por
pessoais e sociais, o que torna ne- outro, ampliados de maneira a po-
cessário reconhecer a existência de tencializar a inserção e o trânsito
infâncias no plural e, consequente- dessas crianças nas várias esferas
mente, a singularidade de qualquer da vida social. (BRASIL,2017).
processo escolar e sua interde- Os quadros abaixo exibem a
pendência com as características distribuição dos quatro blocos com
da comunidade local. É importante as Unidades Temáticas e seus res-
reconhecer, também, a necessária pectivos objetos do conhecimento
continuidade às experiências em no ensino fundamental.

UNIDADE OBJETOS DE CONHECIMENTO


TEMÁTICA
1º e 2º ano (1ºBloco) 3º ao 5º ano (2º Bloco)

Brinca- Brincadeiras e jogos da cultu- Brincadeiras e jogos populares do


deiras e ra popular, presentes no con- Brasil e do mundo
Jogos texto comunitário e regional Brincadeiras e jogos de matriz indí-
gena e africana

Esportes Esportes de campo e taco


Esportes de marca
Esportes de rede/parede
Esportes de precisão
Esportes de invasão

Ginásticas Ginástica geral Ginástica geral

Danças Dançasdocontextocomunitá- Danças do Brasil e do mundo


rio e regional Danças de matriz indígena e africana

Lutas Lutas do contexto comunitário e re-


gional
Lutas de matriz indígena e africana
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 383

OBJETOS DE CONHECIMENTO
UNIDADE TEMÁTICA
6º e 7º anos (3º Bloco) 8º e 9º anos (4º Bloco)

Brincadeiras e Jogos Jogos eletrônicos

Esportes Esportes de marca Esportes de rede/parede


Esportes de precisão Esportes de campo e taco
Esportes de invasão Esportes de invasão Esportes
Esportes técnico- -com- de combate
binatórios

Ginásticas Ginástica de condicio- Ginástica de condicionamen-


namento físico to físico Ginástica de cons-
cientização corporal

Danças Danças urbanas Danças de salão

Lutas Lutas do Brasil Lutas do mundo

Práticas Corporais de Práticas corporais de Práticas Corporais de aventu-


Aventura aventura urbanas ra na natureza

8. ORGANIZADOR
CURRICULAR DE os referenciais definidos nos es-
EDUCAÇÃO FÍSICA paços, regiões, locais e territórios
de Alagoas. O DesDP apresenta
O Organizador Curricular de exemplos e possibilidades, como
Educação Física apresenta as Uni- sugestão para ampliar ações pe-
dades Temáticas, os objetos de dagógicas, sobretudo para o ensi-
conhecimento e as habilidades, no e desenvolvimento da aprendi-
definidas para cada bloco, pré-de- zagem significativa. As etapas de
finido pela Base Nacional Comum Ensino são pautadas no território
Curricular. No Referencial Curri- alagoano, considerando os saberes
cular de Alagoas, destacamos os essenciais da BNCC e os diversifi-
Desdobramentos Didático-Peda- cados que precisam fazer parte do
gógicos - DesDP que tem, como trabalho curricular, desenvolvido
objetivo, contextualizar e abordar em cada escola.
384 - EDUCAÇÃO FÍSICA -

QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
1º BLOCO: 1º e 2º ano

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos DesDP

(EF12EF01) Experi- Na construção do currículo/plano de aula, pode-se partir das


Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional

mentar, fruir e recriar características locais, estipulando experiências de brincadei-


diferentes brincadeiras e ras e jogos da cultura popular Alagoana e que fazem parte
jogos da cultura popular do contexto comunitário e regional, propondo experiências
presentes no contexto positivas aos estudantes. Uma possibilidade de organização
comunitário e regional, da habilidade por anos segundo um critério de complexidade
reconhecendo e res- pode ser por meio das habilidades motoras — das mais
peitando as diferenças simples, como correr, saltar, rolar, chutar, arremessar, para as
individuais de desempe- mais complexas, como correr e quicar a bola, arremessar ou
nho dos colegas. chutar uma bola a um alvo específico. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF01HI05),
de História; e (EF01GE02), de Geografia, voltadas à identifica-
ção de semelhanças e diferenças de jogos e brincadeiras de
diferentes tempos e lugares.

(EF12EF02) Explicar, As experiências dos estudantes sobre as brincadeiras e jogos


por meio de múltiplas que praticam e observam outros praticando no seu dia a dia
linguagens (corporal, podem servir de ponto de partida para o desenvolvimento
visual, oral e escrita), as da habilidade. A partir desses relatos, pode-se pesquisar as
brincadeiras e os jogos origens dessas práticas, como esses jogos chegaram até eles
populares do contexto e a sua importância para a preservação da cultura, como brin-
comunitário e regional, cadeiras que imitam ações dos adultos, por exemplo, brincar
reconhecendo e valo- de cozinhar ou brincar de dirigir carrinhos. Além disso, pode-
rizando a importância -se identificar quais agentes da comunidade (em associações,
desses jogos e brincadei- idosos, pessoas do convívio do estudante, universidades)
ras para suas culturas de são fontes para o resgate dos jogos e brincadeiras locais e
origem. regionais.

(EF12EF03) Planejar e É possível contextualizar e aprofundar esta habilidade pro-


utilizar estrategias para pondo a análise das características das brincadeiras e jogos
resolver desafíos de praticados em Alagoas no contexto comunitário e regional,
brincadeiras e jogos como número de participantes, materiais, regras, espaços,
populares do contexto exigências físicas ou habilidades motoras necessárias para
comunitário e regional, a sua prática. Um exemplo é a modificação ou adaptação de
com base no reconheci- regras às características dos estudantes, tornando-as mais
mento das características flexíveis, ou às características do espaço, como em um jogo
dessas práticas. de futebol realizado em locais pequenos, onde se elimina as
laterais do campo. Em muitos casos, os estudantes já reali-
zam essas adaptações nos locais onde moram. Pode-se so-
licitar que compartilhem essas experiências com os colegas
para auxiliar na solução dos desafios identificados por eles.
(EF12EF04) Colaborar É interessante desenvolver aprendizagens sobre a relação
Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos da cultura popular presentes


no contexto comunitário e regional
na proposição e na entre o ser humano e o ambiente físico. A todo momento,
produção de alternativas realizamos movimentos em diferentes ambientes físicos, aos
para a prática, em outros quais podemos nos adaptar e transformar de acordo com
momentos e espaços, nossa necessidade. À medida que os estudantes propõem
de brincadeiras e jo- alternativas para práticas em outros ambientes, devem pen-
gos e demais práticas sar em adaptações e transformações possíveis, respeitando a
corporais tematizadas si e ao ambiente no qual se encontram. Outra possível intera-
na escola, produzindo ção com outras disciplinas refere-se às produções de textos
textos (orais, escritos, (orais, escritos e audiovisuais), que relacionam a habilidade à
audiovisuais) para di- Língua Portuguesa, nos eixos produção de textos e oralidade,
vulgá-las na escola e na e ao uso de tecnologias.
comunidade.

(EF12EF05) Experimen- Os estudantes devem conhecer os movimentos necessários


Esportes

Esportes de marca Esportes de precisão

tar e fruir, prezando pelo para execução dos elementos comuns aos esportes de marca
trabalho coletivo e pelo e precisão, como as habilidades motoras de correr, saltar,
protagonismo, a prática lançar e arremessar, e as capacidades físicas requisitadas
de esportes de marca e durante as práticas, como a força muscular, a potência mus-
deprecisão,identificando cular e a velocidade. A prática de uma modalidade, que pode
os elementos comuns a ser, ao mesmo tempo, individual e coletiva, pode levar a re-
esses esportes. flexões acerca do trabalho coletivo e do protagonismo, como,
por exemplo, ao propor corridas individuais (corrida em linha
reta, corrida com obstáculos, corrida carregando objetos) e,
a seguir, o mesmo tipo de corrida em revezamento e, ao final,
discutir sobre as diferenças entre os dois tipos e sobre o que
sentiram os estudantes ao participar de ambas.

(EF12EF06) Discutir a A discussão sobre as normas e regras dos esportes pode


importância da obser- ser ampliada para uma reflexão sobre as condutas dos es-
vação das normas e das tudantes em todos os momentos, tanto na escola como nos
regras dos esportes de ambientes que frequentam no seu dia a dia. O aumento de
marca e de precisão para complexidade durante os anos pode ser estabelecido inicial-
assegurar a integridade mente levando-se em conta as características e a importância
própria e as dos demais das regras no esporte e nas aulas de Educação Física para, no
participantes. segundo ano, propor a sugestão de que os estudantes adap-
tem as regras das modalidades esportivas às características
do grupo.
(EF12EF07) Experimen- É importante considerar que existem elementos básicos da
Ginásticas

Ginástica geral
tar, fruir e identificar dife- ginástica que fazem parte do universo dos estudantes. Correr,
rentes elementos básicos saltar, manipular objetos, rolar, equilibrar-se são habilidades
da ginástica (equilíbrios, motoras presentes tanto nas ginásticas como em outras
saltos, giros, rotações, práticas das quais participam, como nos jogos e brincadei-
acrobacias, com e sem ras. Na ginástica, esses movimentos são realizados com
materiais) e da ginástica uma técnica mais elaborada, que pode causar insegurança e
geral, de forma individual desconforto em estudantes menos habilidosos ou que não
e em pequenos grupos, estejam acostumados aos movimentos. Portanto, a aquisição
adotandoprocedimentos da técnica deve ser desenvolvida gradativamente, levando em
de segurança. conta as características individuais. Esses movimento devem
ser executados individualmente e em grupos, identificando as
suas possibilidades e limitações.

(EF12EF08) Planejar e Nas atividades, pode-se propor a análise dos movimentos


utilizar estratégias para realizados para se identificar os elementos das ginásticas.
a execução de diferentes Correr, saltar, manipular objetos, rolar, equilibrar-se são habi-
elementos básicos da lidades motoras presentes nas ginásticas e é importante que
ginástica e da ginástica os currículos/planos de aula proponham a sua experimenta-
geral. ção de modo que os estudantes se apropriem desses movi-
mentos de acordo com as suas características individuais.

(EF12EF09) Participar da Podemos realizar práticas nas quais os estudantes identifi-


ginástica geral, identifi- quem a ação das regiões corporais e as suas possibilidades
candoas potencialidades de movimentos, como movimentar-se utilizando as mãos,
e os limites do corpo, e os pés, os braços, o tronco, a cabeça e o pescoço durante
respeitandoasdiferenças a prática das ginásticas, de outras práticas corporais, assim
individuais e de desem- como outros movimentos que os estudantes realizam no seu
penho corporal. dia a dia. Por exemplo, a solicitação da capacidade física de
equilíbrio em um movimento estático sobre a trave, banco
ou linhas da quadra e o movimento de equilíbrio presente ao
manipular objetos em movimento, como uma corda ou bolas,
ou, ainda, durante um salto e queda após uma corrida. Essas
atividades devem ser realizadas respeitando as diferenças
individuais e de desempenho corporal.

(EF12EF10) Descrever, No currículo/plano de aula, é possível explorar linguagens


por meio de múltiplas que mais se aproximam do contexto dos estudantes para
linguagens (corporal, explicar sobre as ginásticas e ginástica geral, fazendo uso
oral, escrita e audiovi- de interações com o eixo “escrita” de Língua Portuguesa, na
sual), as características unidade temática Estratégias de produção do texto, onde se
dos elementos básicos discute a finalidade da escrita, para quem escrever, onde o
da ginástica e da ginásti- texto vai circular, qual o suporte do texto e a linguagem utili-
ca geral, identificando a zada. A realidade local da escola pode também estabelecer re-
presença desses elemen- lações entre as habilidades motoras e as capacidades físicas
tos em distintas práticas presentes nos elementos básicos da ginástica e da ginástica
corporais. geral, e as práticas corporais que fazem parte da cultura local,
como nas danças regionais (Coco de roda, Reisado, Pastoril
e o Guerreiro de Alagoas), jogos e brincadeiras, esportes ou
situações do dia a dia dos estudantes.
(EF12EF11) Experimen- Na construção do currículo/plano de aula, pode-se partir de
Danças

Danças do contexto comunitário e regional


tar e fruir diferentes dan- vivências de danças que fazem parte do contexto comunitário
ças do contexto comu- e regional como o Coco de roda, Reisado, Pastoril, o Guerrei-
nitário e regional (rodas ro de Alagoas e outras, propondo experiências positivas aos
cantadas, brincadeiras estudantes. Ao participar de uma dança que exige movimen-
rítmicas e expressivas), e tos com os quais não se está acostumado ou que proponha
recriá-las, respeitando as interação com os outros. É interessante que o currículo local
diferenças individuais e proponha uma aprendizagem sobre as danças do contexto
dedesempenhocorporal. comunitário e regional partindo de habilidades motoras mais
simples para as mais complexas, estimulando os estudantes
a interagir com os colegas, e que possibilite a eles relatar o
que sentiram durante as práticas. A mesma relação se es-
tabelece com as capacidades físicas. As diferenças de agili-
dade, coordenação, ritmo ou equilíbrio entre os estudantes
interferem no desempenho durante as práticas de danças. O
currículo/plano de aula local pode propor a identificação e o
estudo das capacidades físicas exigidas nas danças, assim
como a importância desses atributos para o dia a dia.

(EF12EF12) Identificar os Sugerimos que os estudantes identifiquem a presença das


elementos constitutivos capacidades físicas durante as práticas das danças. Além do
(ritmo, espaço, gestos) ritmo, que é um elemento constituinte das danças, outras
das danças do contexto capacidades, como a coordenação motora, o equilíbrio, a
comunitário e regional, agilidade a flexibilidade, entre outras, estão presentes nessa
valorizandoerespeitando prática. Outro ponto que pode ser explorado nessas ativida-
as manifestações de des é o de que os estudantes experimentem e identifiquem
diferentes culturas. quais são as habilidades motoras necessárias para a prática
das danças. Nessa fase, é recomendável situar o foco na
ampliação de aprendizagens de movimentos, e não na exe-
cução da técnica da dança em si. O relato dos estudantes
sobre as danças que praticam e observam outros praticando
no seu dia a dia podem servir de ponto de partida para que
eles pesquisem sobre as origens dessas práticas, como essas
danças chegaram até eles e a sua importância para a preser-
vação da cultura, como as danças típicas das festas regionais
ou danças folclóricas da sua região. Há, aqui, oportunidade
de trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF01LP04),
da Língua Portuguesa; e (EF12AR14), da Arte, voltadas à
percepção e registro dos elementos constitutivos do som e
da música.
2º BLOCO: 3º ao 5º ano
Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos DesDP

(EF35EF01) Ex- Na elaboração do currículo, é adequado que se estabeleça relações


Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo


Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

perimentar e fruir com outros componentes, por meio de experiências de leituras que
brincadeiras e jogos deem suporte para aprendizagens sobre como o povoamento e a
populares do Brasil e formação das culturas das diversas regiões de Alagoas e do país que
do mundo, incluindo influenciaram as práticas dos jogos e brincadeiras de matriz indígena e
aqueles de matriz africana. É interessante que os estudantes sejam apresentados a con-
indígena e africana, ceitos sobre patrimônio cultural para que reconheçam e valorizem as
e recriá-los, valori- aprendizagens sobre os jogos e brincadeiras que não fazem parte do
zando a importância seu cotidiano. Possibilidade de organização da habilidade por anos:
desse patrimônio a) Jogos e brincadeiras com regras e exigências motoras mais simples
histórico cultural. para as mais complexas;
b) Aprofundamento na aprendizagem sobre a cultura na qual as brinca-
deiras e jogos se originaram;
c) Identificação de jogos e brincadeiras que se manifestam de modo
semelhante na maneira de jogar em diferentes locais, mas que pos-
suem nomes e movimentos adaptados à cultura local. Há, aqui, opor-
tunidade de trabalho interdisciplinar com as habilidades (EF15AR24),
da Arte; e (EF04LP12) e (EF04LP13), da Língua Portuguesa.

(EF35EF02) Planejar É importante que os estudantes possam reconhecer que os aspectos


Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo
Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

e utilizar estratégias de segurança para realização das brincadeiras e dos jogos populares
para possibilitar a em Alagoas e no Brasil, incluem as aprendizagens sobre as habilidades
participação segura motoras, capacidades físicas e as estruturas corporais e a partir daí,
de todos os estudan- proponham estratégias para a prática segura de todos.
tes em brincadeiras
e jogos populares
do Brasil e de matriz
indígena e africana.
Brincadeiras e jogos

Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo É possível propor situações de aprendizagem que permitam o apro-
(EF35EF03) Des-
Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana fundamento na compreensão da identidade cultural dos povos e, em
crever, por meio de
particular, daqueles que constituíram o povo alagoano e brasileiro. É
múltiplas linguagens
interessante que os estudantes sejam apresentados a conceitos sobre
(corporal, oral, es-
patrimônio cultural para que possam valorizar aprendizagens sobre os
crita, audiovisual),
jogos e brincadeiras que não fazem parte do seu cotidiano e descrever
as brincadeiras e os
sobre a sua importância para a preservação das culturas. Conhecer
jogos populares do
os jogos e brincadeiras praticados pelos povos indígenas alagoanos.
Brasil e de matriz
(Aconã, Karapotó, Kariri-Xocó, Karuazu, Katokinn, Jeripancó, Kalankó,
indígena e africana,
Koiupanká Tingui-botó, Wassu-cocal, Xukuru-Kariri), ou seja, quais
explicando suas
práticas eram utilizadas pelos povos que habitavam originalmente
características e a
nosso estado e quais práticas foram trazidas pelos povos que migra-
importância desse
ram para essa região. Há, aqui, oportunidade de trabalho interdis-
patrimônio histórico
ciplinar com as habilidades (EF35LP20), (EF03LP22), (EF03LP25),
cultural na preser-
(EF03LP26), da Língua Portuguesa; e (EF15AR26), da Arte, voltadas
vação das diferentes
à descrição e comunicação de informações por múltiplas linguagens
culturas.
(escrita, audiovisual, oral, artística).
Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo

(EF35EF04) Recriar,
Brincadeiras e jogos de matriz indígena e africana

Esta habilidade pode ser aprofundada partindo da relação entre o ser


individual e coletiva-
humano e o ambiente físico. A todo momento, realizamos movimen-
mente, e experimen-
tos em diferentes ambientes físicos. Nessa interação, podemos nos
tar, na escola e fora
adaptar, transformar ou controlar o ambiente de acordo com nossa
dela, brincadeiras e
necessidade. O currículo local pode propor ações que unam a escola
jogos populares do
a outras entidades do poder público para incorporar ações que possi-
Brasil e do mundo,
bilitem a observação e análise dos espaços públicos e o diálogo sobre
incluindo aqueles
possíveis intervenções para melhor aproveitamento desses espaços.
de matriz indígena
Uma possibilidade de organização da habilidade por anos segundo um
e africana, e demais
critério de complexidade pode inicialmente propor que os estudantes
práticas corporais
analisem e proponham intervenções em locais disponíveis próximos
tematizadas na es-
à escola, o que lhes dará informações e suporte sobre como agir, por
cola, adequando-as
exemplo, nas relações com o poder público, na análise dos espaços,
aos espaços públicos
na confecção de materiais ou adaptação daqueles disponíveis.
disponíveis.
(EF35EF05) Ex-
Esportes

Esportes de campo e taco Esportes de rede/parede Esportes de invasão perimentar e fruir Na elaboração do currículo, pode-se aprofundar esta habilidade a partir
diversos tipos de do estudo das características dos movimentos necessários para execu-
esportes de campo e ção dos elementos comuns aos esportes de campo e taco, rede/parede
taco, rede/parede e e invasão, como as habilidades motoras de rebater, correr, lançar,
invasão, identifican- passar, chutar, arremessar e saltar. Um ponto importante refere-se à
do seus elementos importância da ênfase na participação e não no resultado. Sugere-se
comuns e criando es- que haja, no decorrer do desenvolvimento das aulas, momentos de
tratégias individuais reflexão nos quais os estudantes possam valorizar aprendizagens rela-
e coletivas básicas cionadas à participação, como, por exemplo, a importância do trabalho
para sua execução, em equipe para se atingir um objetivo comum, e não ao fato de terem
prezando pelo tra- ganho ou perdido uma disputa.
balho coletivo e pelo
protagonismo.

É interessante que os estudantes percebam que os conceitos de jogo e


esporte são utilizados de maneira muito similar. Por exemplo, chama-
(EF35EF06) Dife-
mos uma partida oficial de vôlei na televisão de “jogo” de vôlei, apesar
renciar os conceitos
de ser um esporte. Pode-se apresentar aos estudantes as diversas
de jogo e esporte,
definições de esporte utilizadas no Brasil, investigando a sua origem e
identificando as
o seu significado. Uma possibilidade de organização da habilidade por
características que
anos segundo um critério de complexidade seria iniciar com apren-
os constituem na
dizagens sobre as aproximações do esporte com o jogo, que permite
contemporaneidade
a adaptação de regras e espaços e um caráter mais informal, até o
e suas manifestações
estudo do esporte formal, como uma manifestação cultural de grande
(profissional e comu-
impacto em nossa sociedade, que é orientada para a competição,
nitária/lazer).
exclusão dos menos hábeis, profissionalismo, treinamento exaustivo e
regras rígidas.
Ginásticas (EF35EF07) Ex- É adequado que os estudantes tomem contato com apresentações

Ginástica geral
perimentar e fruir, de ginástica geral, sejam presenciais ou assistindo-as na televisão ou
de forma coletiva, internet. A partir da observação, é importante que percebam que os
combinações de movimentos dos praticantes representam algo, ou seja, as coreografias
diferentes elementos contam uma história. Uma possibilidade de organização da habilidade
da ginástica geral por anos segundo critérios de complexidade pode propor:
(equilíbrios, saltos, a) Partir de coreografias com movimentos de ginástica simples, pro-
giros, rotações, acro- pondo que os estudantes elaborem as coreografias de acordo com a
bacias, com e sem sua habilidades e gosto pessoal, para a proposição de coreografias
materiais), propondo mais elaboradas, utilizando diferentes materiais e com movimentos de
coreografias com maior complexidade;
diferentes temas do b) Partir de temas preexistentes, como temas do folclore e da cultura
cotidiano. local, para a proposição de que os estudantes sugiram e criem temas
mais próximos da sua realidade. Há, aqui, oportunidade de traba-
lho interdisciplinar, com as habilidades (EF15AR08), (EF15AR10),
(EF15AR11), da Arte; (EF04MA16), (EF05MA15), da Matemática; e
(EF35EF09), da própria Educação Física, voltados à experimentação,
descrição e representação do movimento de pessoas e objetos no
espaço.

(EF35EF08) Planejar Nesta habilidade é adequado que os estudantes reconheçam que


e utilizar estratégias nosso corpo tem potencial para o movimento devido às estruturas
para resolver desa- corporais, que são os ossos, as articulações, os músculos, o coração,
fios na execução de os pulmões, o cérebro e o sistema nervoso. À medida que vivenciam
elementos básicos os movimentos de rotação, equilíbrio, saltos, acrobacias, entre outros,
de apresentações podem reconhecer as regiões corporais e as estruturas solicitadas. Por
coletivas de ginástica exemplo, durante uma sequência de saltos, são solicitados principal-
geral, reconhecendo mente os membros inferiores e as articulações do tornozelo, joelho e
as potencialidades quadril para amortecer o impacto na aterrissagem. Esse conhecimento
e os limites do possibilita aos estudantes terem autonomia para adotar medidas de
corpo e adotando segurança não só durante as aulas de Educação Física, mas sempre
procedimentos de que se envolverem em atividades físicas no seu dia a dia.
segurança.
Danças (EF35EF09) Experi- É interessante propor situações de aprendizagem que permitam o

Danças do Brasil e do mundo


Danças de matriz indígena e africana
mentar, recriar e fruir aprofundamentonacompreensãodaidentidadecultural,emparticular,
danças populares do daqueles que constituíram o povo alagoano e brasileiro. Essas aprendi-
Brasil e do mundo zagens são importantes para que os estudantes possam perceber por
e danças de matriz que existem diferentes tipos de dança e que são atribuídos diferentes
indígena e africana, significados a elas de acordo com a cultura local daqueles que a prati-
valorizando e respei- cam. Uma possibilidade de organização curricular pode propor que se
tando os diferentes estude as danças por região do Brasil, analisando se existem danças
sentidos e significa- que são praticadas em outros os estados que compõem a região, quais
dos dessas danças são as danças de matriz indígena e quais são de matriz africana, que
em suas culturas de sofreram influência do povoamento da região e quais são praticadas
origem. também em outras regiões do Brasil. Iniciando o estudo das danças
praticadas pelos povos indígenas presente em Alagoas.
Há, aqui, oportunidade de trabalho interdisciplinar, com as habilidades
(EF15AR08), (EF15AR10), (EF15AR11), da Arte; e (EF35EF07), da
própria Educação Física, voltados à experimentação, descrição e repre-
sentação do movimento de pessoas e objetos no espaço.

(EF35EF10) Com- Os estudantes devem identificar a presença das capacidades físicas du-
parar e identificar rante as práticas das danças. Além do ritmo, que é um elemento cons-
os elementos cons- tituinte das danças, outras capacidades, como a coordenação motora,
titutivos comuns e o equilíbrio, a agilidade, a flexibilidade, entre outras, estão presentes
diferentes (ritmo, nas práticas. Os estudantes devem comparar as danças populares
espaço, gestos) em do Brasil e do mundo e as danças de matriz indígena e africana com
danças populares do aquelas que conhecem em termos de exigências físicas, habilidades
Brasil e do mundo motoras necessárias para a sua execução e intencionalidade daqueles
e danças de matriz que dançam (lazer, apresentação, ritual, celebração). Além disso, o
indígena e africana. estudo do elemento constituinte espaço possibilita interações com o
componente curricular de Geografia.

(EF35EF11) Formular A elaboração do currículo, sugere-se que os Estudante identifiquem


e utilizar estratégias a presença das capacidades físicas durante as práticas das danças
para a execução de populares em Alagoas, no Brasil e no mundo, e das danças de matriz
elementos consti- indígena e africana. A experimentação das danças deve ser incentivada
tutivos das danças como fator de ampliação de repertório motor dos estudantes e como
populares do Brasil oportunidade de se conhecer diferentes manifestações culturais da
e do mundo, e das prática corporal. Esta habilidade é uma oportunidade de os estudan-
danças de matriz tes se aprofundarem sobre as aprendizagens das danças, realizando
indígena e africana. pesquisas junto a escolas de dança, centros culturais, entidades de
preservação de cultura ou universidades.

(EF35EF12) Iden- É interessante que os estudantes identifiquem que o preconceito parte


tificar situações de de uma opinião ou conceito formado antes de se ter os conhecimentos
injustiça e preconcei- adequados sobre o assunto. Pode-se, desse modo, propor aprofunda-
to geradas e/ou pre- mentos sobre algumas leis que possibilitam reflexões sobre os direitos
sentes no contexto dos brasileiros, como a Lei de Direitos Humanos, o Estatuto do Índio
das danças e demais ou o Estatuto da Igualdade Racial. Os estudantes devem reconhecer
práticas corporais e que as danças e demais práticas corporais são manifestações da cul-
discutir alternativas tura corporal de movimento a que todo cidadão tem direito de praticar.
para superá-las. Podem-se propor visitas a instituições locais que promovam as danças
e promover diálogos com seus participantes, investigando quais as
situações de preconceito e injustiça que identificam nessas práticas e
discutir alternativas para superá-las.
(EF35EF13) Ex-
Lutas

Lutas do contexto comunitário e regional


Lutas de matriz indígena e africana
perimentar, fruir e O relato dos estudantes sobre as lutas que conhecem, praticam e
recriar diferentes observam outros praticando no seu ambiente social pode servir de
lutas presentes no ponto de partida para o desenvolvimento desta habilidade. A partir
contextocomunitário desses relatos, pode-se experimentar e recriar as práticas, adaptando
e regional e lutas de as regras às características dos estudantes e os materiais e espaços
matriz indígena e disponíveis às exigências da modalidade.
africana.

Esta habilidade pode ser explorada propondo o estudo das lutas em


diferentes aspectos:
1. A compreensão histórica das lutas, que fazem parte da história
(EF35EF14) Planejar
humana, inicialmente como práticas de sobrevivência, modificando-se
e utilizar estratégias
através dos tempos até chegar às modalidades que conhecemos hoje.
básicas das lutas do
2. A característica imprevisível e previsível das lutas. As lutas de de-
contextocomunitário
monstração têm caráter previsível, com movimentos coreografados,
e regional e lutas de
como os katas. Nas lutas de enfrentamento, o caráter é imprevisível,
matriz indígena e
pois, entre outras coisas, não existe a definição de um tempo estabe-
africana experimen-
lecido e sim de um tempo máximo. Em uma luta de judô, por exemplo,
tadas, respeitando
um ippon define a luta independentemente do tempo.
o colega como opo-
3. As habilidades motoras necessárias para a prática das modalidades,
nente e as normas de
como socar, chutar, segurar, agarrar ou empurrar. Todas elas deman-
segurança.
dam uma técnica específica que varia de acordo com a modalidade
estudada.

Pode-se referir a um importante aspecto a ser desenvolvido, que é


a distinção entre as lutas e as brigas. O aprofundamento sobre as
características das lutas constitui ponto de partida para esse entendi-
mento. As lutas são modalidades esportivas compostas de regras e
(EF35EF15) Identifi-
técnicas de golpes sistematizados, com ações contra um oponente e
car as características
com respeito entre os praticantes. O currículo pode propor a experi-
das lutas do contexto
mentação e a fruição das lutas do contexto comunitário e regional e
comunitário e regio-
lutas de matriz indígena e africana, identificando essas características.
nal e lutas de matriz
A briga é o enfrentamento entre duas ou mais pessoas, sem regras ou
indígena e africana,
fundamentos pedagógicos, com a intenção de agredir e com o uso de
reconhecendo as
violência desmedida. É aconselhável iniciar as experimentações das
diferenças entre lutas
lutas com atividades mais simples, explorando o contato com o outro,
e brigas e entre lutas
como movimentos de deslocar o colega de um determinado espaço
e as demais práticas
e desequilíbrios, além de vivenciar os golpes das lutas em materiais
corporais.
como bexigas, colchonetes ou bolas. Uma possibilidade de organiza-
ção da habilidade por anos poderia propor aprendizagens sobre lutas
que os estudantes conhecem e fazem parte do seu contexto social para
lutas menos familiares.
3º BLOCO: 6º e 7º ano

Conhecimento
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades Desdobramentos Didático-Pedagógicos DesDP

(EF67EF01) Experimen- Aplicar e analisar os jogos de cunho educativo, priori-


Brincadeiras e jogos

Jogos eletrônicos

tar e fruir, na escola e zando os que promovem o movimento, buscando o co-


fora dela, jogos eletrôni- nhecimento prévio dos estudantes, mapeando os jogos
cos diversos, valori- mais vivenciados por eles, realizando junto aos mes-
zando e respeitando os mos um olhar criativo e crítico. É importante organizar
sentidos e significados práticas significativas e reflexivas acerca dos jogos
atribuídos a eles por eletrônicos, de modo que os estudantes reconheçam
diferentes grupos sociais seus sentidos e potenciais riscos para um estilo de
e etários. vida ativo, crítico e tolerante. Nesse processo, pode-se
propor que os estudantes compartilhem sobre os
jogos eletrônicos que conhecem e praticam e quais as
sensações ao praticá-los. A interdisciplinaridade pode
ser oportunizada através das habilidades (EF69LP06),
(EF67LP11) e (EF67LP12), da Língua Portuguesa, no
que se refere à experimentação, observação, produção
e crítica dos jogos eletrônicos.

(EF67EF02) Identificar Conhecer, compreender, aplicar e analisar, os bene-


Jogos eletrônicos

as transformações nas fícios trazidos pelos jogos eletrônicos (relacionados


características dos jogos às atividades mental, cognitiva e emocional), como
eletrônicos em função também verificando as possibilidades e limites frente a
dos avanços das tecno- vivência corporal de cada praticante.
logias e nas respectivas Possibilitades de trabalho interdisciplinar (EF67LP06),
exigências corporais (EF67LP11), (EF67LP12), da Língua Portuguesa, no
colocadas por esses que se refere à experimentação, observação, produção
diferentes tipos de jogos. e crítica dos jogos eletrônicos.
(EF67EF03) Experimen- O professor junto aos estudantes analisar o conhe-
Esportes

Esportes de marca / Esportes de precisão / Esportes de invasão / Esportes técnico combinatórios


tar e fruir esportes de cimento motor adquirido e busquem alternativas de
marca, precisão, invasão práticas nos espaços disponíveis, se estendendo para
etécnico-combinatórios, ambientes comunitários; como também valorizar as
valorizando o trabalho contribuições existentes em Alagoas das etnias de
coletivo e o protago- matriz africana e indígena (Jogos Indígenas - Corrida
nismo. de Maracá, arco e flecha, voleibol com peteca, zaraba-
tana,etc)

(EF67EF04) Praticar Propor aos estudantes realizar pesquisas e analisar os


um ou mais esportes de conceitos dessas modalidades, conhecer e aplicar as
marca, precisão, invasão regras e normas, resgatando e valorizando as expe-
e técnico-combinatórios riências já vivenciadas e adaptadas no contexto escolar
oferecidos pela escola, e comunitário.
usando habilidades É importante que o professor possibilite aos estudan-
técnico-táticas básicas e tes identificarem as habilidades motoras, capacidades
respeitando regras. físicas e as táticas (partindo de aprendizagens com
modalidades que fazem parte do contexto social dos
estudantes para modalidades menos familiares).

(EF67EF05) Planejar e Promover e planejar momentos de discussão, onde


utilizar estratégias para os estudantes dialoguem sobre suas possibilidades e
solucionar os desafios limites.
técnicos e táticos, tanto Aplicar o desenvolvimento das capacidades físicas no
nos esportes de marca, âmbito das atividades pré-esportivas e dos esportes.
precisão, invasão e
técnico-combinatórios
como nas modalidades
esportivas escolhidas
para praticar de forma
específica.

(EF67EF06) Analisar Aplicar o esporte como estratégia de desenvolvimento


as transformações na humano ou seja, utilizar o esporte para atividades no
organização e na prática contexto de lazer, educação e saúde, fortalecendo
dos esportes em suas a identidade cultural e regional, possibilitando o agir
diferentesmanifestações solidário para fomentar a cultura da paz.
(profissional e comunitá-
rio/lazer).

(EF67EF07) Propor e Analisar quais esportes existentes no contexto escolar


produzir alternativas ecomunitário,produzindoaprendizagenssignificativas
paraexperimentaçãodos através de pesquisas, mapeamento e registros dos
esportes não disponíveis espaços públicos disponíveis no entorno da escola
e/ou acessíveis na co- , com propostas de intervenção através de projetos
munidade e das demais interdisciplinares, envolvendo os agentes públicos,
práticas corporais tema- líderes comunitários no intuito de tornar acessíveis à
tizadas na escola. comunidade.
Ginásticas (EF67EF08) Experimen- Tais capacidades recomenda-se serem trabalhadas de

Ginástica de condicionamento físico


tar e fruir exercícios acordo com o contexto social dos seus estudantes,
físicos que solicitem como também levá-los a identificar as alterações
diferentes capacidades provocadas no corpo (excitação, cansaço, batimentos
físicas, identificando cardíacos); possibilitar um estudo sobre os efeitos no
seus tipos (força, veloci- organismo de uma alimentação adequada frente aos
dade, resistência, flexi- exercícios físicos.
bilidade) e as sensações Oportunidade para o trabalho interdisciplinar com a
corporais provocadas habilidade (EF69AR11).
pela sua prática.

(EF67EF09) Construir,
Mapear, analisar as atividades físicas e de lazer viven-
coletivamente, proce-
ciadas no âmbito escolar e comunitário para ressig-
dimentos e normas de
nificação das aprendizagens. É importante levar os
convívio que viabilizem
estudantes a compreenderem a relação entre exercício
a participação de todos
físico e saúde, identificando as principais capacidades
na prática de exercícios
físicas e estruturas corporais envolvidas nesse pro-
físicos, com o objetivo
cesso.
de promover a saúde.

No contexto de cada território alagoano (praias) são


identificadas variedades de exercícios físicos ( tipo
de atividade física que consiste em movimentos
(EF67EF10) Diferenciar corporais programados), outros realizam atividades
exercício físico de ati- físicas (constitui qualquer movimento realizado pelos
vidade física e propor músculos esqueléticos); convêm propor temas para
alternativas para a práti- os estudantes, como observar e registrar as atividades
ca de exercícios físicos que fazem parte do seu dia-a-dia, se são fisicamente
dentro e fora do ambien- ativos, e diferenciando quais são as atividades físicas
te escolar. de quais são exercícios físicos , observar se há ativida-
des adaptados para inclusão e respeito as identidades
de maneira que produzam significados para aqueles
que os praticam.
Danças Promover aprendizagens sobre o percurso histórico

Danças urbanas
das danças urbanas, para aquelas que são praticadas
(EF67EF11) Experimen-
partindo das suas modalidades originais para aquelas
tar, fruir e recriar danças
que são praticadas nos dias de hoje, ou seja partir do
urbanas, identificando
conhecimento prévio dos estudantes, utilizando de
seus elementos consti-
forma consciente todas as vivências (noções de tem-
tutivos (ritmo, espaço,
po/espaço/lateralidade/esquemacorporal,emsituação
gestos).
de respeito mútuo).

A experimentação das danças deve ser incentivada


como fator de ampliação de repertório motor dos estu-
(EF67EF12) Planejar e dantes e como oportunidade de se conhecer diferentes
utilizar estratégias para manifestações culturais.
aprender elementos Interessante realizar visitas a locais onde as pessoas
constitutivos das danças praticam essas modalidades de dança, realizar ofici-
urbanas. nas, assistir vídeos. Além disso, o estudo do elemento
constituinte espaço possibilita interações com o com-
ponente curricular de Geografia.

(EF67EF13) Diferenciar
as danças urbanas das Realizar uma retomada das modalidades de dança
demais manifestações aprendidas ao longo dos anos e seus significados nos
da dança, valorizando e dias atuais.
respeitando os sentidos Oportunidade de trabalho interdisciplinar com a habili-
e significados atribuídos dade (EF69ART13), da Arte, no que se refere à investi-
a eles por diferentes gação de tipos de dança.
grupos sociais.
Lutas (EF67EF14) Experimen-

Lutas do Brasil
tar, fruir e recriar dife- Analisar e aplicar os aspectos histórico-sociais das
rentes lutas do Brasil, diferentes lutas em Alagoas e no Brasil, como também
valorizando a própria promover aprendizagens sobre as lutas que os estu-
segurança e integridade dantes praticam para lutas que observam no ambiente
física, bem como as dos social no qual estão inseridos.
demais.

Analisar e aplicar lutas presentes em Alagoas e no


(EF67EF15) Planejar e Brasil, vivenciando os fundamentos das lutas, cons-
utilizar estratégias bási- truindo valores éticos, na perspectiva de atitudes que
cas das lutas do Brasil, venham favorecer a mudança de comportamentos e
respeitando o colega procedimentos de prática que considerem a inclusão
como oponente. de todos com segurança.

(EF67EF16) Identifi-
car as características
(códigos, rituais, ele- Conhecer, analisar e aplicar as classificações das lu-
mentos técnico-táticos, tas, promovendo as capacidades física de forma lúdica,
indumentária, materiais, respeitando a tradição local e regional.
instalações, instituições)
das lutas do Brasil.

(EF67EF17) Problemati-
Analisar e aplicar atividades referentes às lutas, respei-
zar preconceitos e es-
tando os aspectos histórico-sociais das lutas (indíge-
tereótipos relacionados
nas e africanas).
ao universo das lutas e
Propor aprofundamentos sobre o Estatuto do Índio ou
demais práticas corpo-
o Estatuto da Igualdade Racial ou a Declaração Univer-
rais, propondo alternati-
sal dos Direitos Humanos, promover questionamentos
vas para superá-los, com
e reflexões frente a preconceitos relacionadas às lutas
base na solidariedade, na
e demais práticas.
justiça, na equidade e no
respeito.
(EF67EF18) Experimen- Explorar aprendizagens sobre os princípios dos espor-
Práticas corporais de aventura

Práticas corporais de aventura urbanas


tar e fruir diferentes tes de aventuras. Possibilitar aos estudantes múltiplas
práticas corporais manifestações corporais voltadas para aspectos que
de aventura urbanas, compartilhe valores e segurança em sua execução.
valorizando a própria
segurança e integridade
física, bem como as dos
demais.

(EF67EF19) Identificar Propor, analisar os limites e possibilidades dos seus


os riscos durante a reali- estudantes frente os diversos tipos de movimentos
zação de práticas corpo- e capacidades físicas de cada um de forma segura e
rais de aventura urbanas responsável.
e planejar estratégias
para sua superação.

(EF67EF20) Executar Promover passeios, trilhas dentro da cidade, através


práticas corporais de de um mapeamento prévio dos estudantes dos espa-
aventura urbanas, res- ços local e regional.
peitando o patrimônio
público e utilizando
alternativas para a prá-
tica segura em diversos
espaços.

(EF67EF21) Identificar Convém apresentar os aspectos histórico-sociais das


a origem das práticas práticas corporais existentes no meio local e regional.
corporais de aventura verificar junto aos estudantes possibilidades de adap-
e as possibilidades de tações para seus praticantes. Organizar pesquisas e
recriá-las, reconhecendo exposições sobre os equipamentos de segurança e
as características (ins- materiais utilizados para as práticas de aventura.
trumentos, equipamen-
tos de segurança, indu-
mentária, organização) e
seus tipos de práticas.
4º BLOCO: 8º e 9º ano

Conhecimento
Desdobramentos Didático-Pedagógicos
Objeto de
Temáticas
Unidades

Habilidades
DesDP

Convém explorar situações de aprendizagem


(EF89EF01) Experimentar diferentes nas quais os estudantes exercitem o senso
Esportes de rede/parede / Esportes de campo e taco / Esportes de invasão / Esportes de combate

papéis (jogador, árbitro e técnico) de justiça, o diálogo e a alteridade.


e fruir os esportes de rede/parede, Interdisciplinaridade com a habilidade
campo e taco, invasão e combate, (EF69AR08), no que se refere a investigação
valorizando o trabalho coletivo e o e experimentação de diferentes papéis (como
protagonismo. técnico, jogador, juiz, goleiro) relacionados
aos sistemas da arte e do esporte.

(EF89EF02) Praticar um ou mais es- Avaliar e sintetizar atividades motoras que


portes de rede/parede, campo e taco, valorizem o repertório de experiências e
invasão e combate oferecidos pela saberes no contexto das aulas de educação
escola, usando habilidades técnico-táti- física ou em equipes representativas da
cas básicas. escola no âmbito local e regional.

(EF89EF03) Formular e utilizar es-


tratégias para solucionar os desafios Pode-se propor que os estudantes pesqui-
técnicos e táticos, tanto nos esportes sem sobre as modalidades e suas origens,
de campo e taco, rede/parede, invasão regras e materiais necessários para a sua
e combate como nas modalidades prática, ficando atento para a inclusão e
esportivas escolhidas para praticar de autonomia dos sujeitos que as praticam.
forma específica.

Resgatar, avaliar e sintetizar modalidades


(EF89EF04) Identificar os elementos
esportivas dos povos indígenas, respeitando
técnicos ou técnico-táticos individuais,
identidades dos territórios.
combinações táticas, sistemas de jogo
É importante que os estudantes identifi-
e regras das modalidades esportivas
quem as necessidades de movimentos para
praticadas, bem como diferenciar as
as práticas, como: habilidades motoras,
modalidades esportivas com base nos
capacidades físicas, táticas, regras. Criar
critérios da lógica interna das catego-
Esportes

momentos de discussão nos quais os estu-


rias de esporte: rede/parede, campo e
dantes dialoguem sobre suas possibilidades
taco, invasão e combate.
e limitações.
Produzir campanhas informativas, preventi-

Esportes de rede/parede / Esportes de campo e taco / Esportes de invasão /


vas em parcerias com o poder público e pri-
vado, como também projetos integradores
para serem desenvolvidos na escola, envol-
vendo sua comunidade a fim de possibilitar
(EF89EF05) Identificar as transforma-
atitudes que venham favorecer a mudança de
ções históricas do fenômeno esportivo
comportamentos , (aprofundamentos sobre
e discutir alguns de seus problemas
torcidas organizadas, letras das músicas
(doping, corrupção, violência etc.) e a
das torcidas, o alto investimento financeiro,
forma como as mídias os apresentam.
audiências públicas em vista das violências
praticadas em nome de um time de futebol) ,
cuidados com a saúde ( a utilização de subs-
tâncias dopantes)

Uma possibilidade de organização da ha-


bilidade é a relação entre os movimentos e
(EF89EF06) Verificar locais disponíveis o ambiente físico. Propor aos estudantes
Esportes de combate

na comunidade para a prática de es- uma contextualização por meio de um ma-


portes e das demais práticas corporais peamento dos espaços públicos disponíveis
tematizadas na escola, propondo e no entorno da escola, realizar um projeto
produzindo alternativas para utilizá-los integrador para uma intervenção de acesso
Esportes

no tempo livre. aos esportes e demais práticas corporais


vivenciadas na comunidade.
Convêm levar os estudantes a realizar

Ginástica de conscientização
pesquisas (aumento da massa muscular,
condicionamento físico (EF89EF07) Experimentar e fruir um ou
melhora da postura do condicionamento car-
mais programas de exercícios físicos,
diorrespiratório ) e possibilitar um ou mais
identificando as exigências corporais
programas de exercícios físicos, identifican-
desses diferentes programas e reco-
do as exigências corporais desses diferentes
nhecendo a importância de uma prática
Ginástica de

programas e reconhecendo a importância


individualizada,adequadaàscaracterís-
corporal

para saúde de uma prática individualizada e


ticas e necessidades de cada sujeito.
regular, adequada às características e neces-
sidades de cada sujeito
conscientização corporal
condicionamento físico

Sugerimos uma análise sobre as transfor-


(EF89EF08) Discutir as transformações
mações históricas (interdisciplinaridade com
históricas dos padrões de desempenho,
História) dos padrões de desempenho, saúde
saúde e beleza, considerando a forma
e beleza nos diferentes contextos sociais,
Ginástica de

Ginástica de

como são apresentados nos diferentes


histórico e cultural.
meios (científico, midiático etc.).

Convêm abordar temáticas atuais presentes


conscientização corporal
condicionamento físico

no dia-a-dia dos estudantes, nos aspec-


(EF89EF09) Problematizar a prática
tos de saúde (sedentarismo, obesidade,
excessiva de exercícios físicos e o uso
alimentação balanceada/ suplementos
de medicamentos para a ampliação
alimentares /aumento de massa muscular, )
Ginástica de

Ginástica de

do rendimento ou potencialização das


; realizar seminários no âmbito escolar com
transformações corporais.
profissionais da área de saúde (médicos/
nutricionistas)
conscientização corporal
condicionamento físico

Possibilitar aos estudantes rodas de con-


(EF89EF10) Experimentar e fruir um ou
versa sobre noções de corpo em movimen-
mais tipos de ginástica de conscienti-
to, tempo do corpo (infância, adolescência,
zação corporal, identificando as exigên-
Ginástica de

Ginástica de

maturidade e velhice), importância dos


cias corporais dos mesmos.
exercícios respiratórios (percepção corporal).
conscientização corporal

(EF89EF11) Identificar as diferenças e


condicionamento físico

semelhanças entre a ginástica de cons-


Interessante realizar pesquisas, seminários,
cientização corporal e as de condicio-
apresentações culturais, rodas de conversa
namento físico e discutir como a práti-
sobre as principais modalidades de ginás-
Ginástica de

Ginástica de

ca de cada uma dessas manifestações


ticas de conscientização corporal (origens,
Ginásticas

pode contribuir para a melhoria das


características).
condições de vida, saúde, bem-estar e
cuidado consigo mesmo.
Pode-seproporaosestudanteslevantamento
das danças que conhecem e praticam, pes-
Danças de salão (EF89EF12) Experimentar, fruir e recriar quisas sobre as origens e historicidade de
danças de salão, valorizando a diversi- forma contextualizadas (celebrações, apre-
dade cultural e respeitando a tradição sentações ou atos religiosos).
dessas culturas. Trabalho interdisciplinar com a habilidade
(EF69AR09), da Arte, referentes a experimen-
tação e fruição de diversos tipos de dança .

Sugere-se uma discussão junto aos estu-


Danças de salão

(EF89EF13) Planejar e utilizar estraté- dantes sobre as capacidades físicas presen-


gias para se apropriar dos elementos tes durante as práticas das danças de salão.
constitutivos (ritmo, espaço, gestos) Pode-se pesquisar sobre o percurso históri-
das danças de salão. co das danças até as que são praticadas nos
dias de hoje.

Pode-se sensibilizar, mobilizar e construir


danças junto aos estudantes abordando
temáticascontemporâneasparaparticiparem
dos Encontros Estudantis (organizado pela
SEDUC anualmente, abrangendo estudantes
de toda Alagoas) , festivais de danças pro-
(EF89EF14) Discutir estereótipos e pre- venientes do contexto escolar e comunitário
conceitos relativos às danças de salão que venha favorecer a mudança de compor-
e demais práticas corporais e propor tamentos e múltiplas aprendizagens.
alternativas para sua superação. Interdisciplinaridade (EF69AR15), da Arte
no que se refere a problematização de
Danças de salão

preconceitos estereótipos relacionados as


práticas corporais; e Língua Portuguesa com
as habilidades (EF69LP01), (EF69LP11),(E-
F69LP13), (EF69LP14), (EF69LP15),

Interessante que os estudantes pesquisem


(EF89EF15) Analisar as características e analisem sobre o percurso histórico da
Danças de salão

(ritmos, gestos, coreografias e músi- dança , características, transformações


cas) das danças de salão, bem como ocorridas em determinadas épocas e locais
suas transformações históricas e os (quais danças de salão típicas do país e de
Danças

grupos de origem. seu contexto social).


Pode-se explorar o estudo de lutas existentes

Lutas do mundo
(EF89EF16) Experimentar e fruir a
do mundo e do território alagoano existentes
execução dos movimentos pertencen-
nas comunidades indígenas. Identificando
tes às lutas do mundo, adotando pro-
habilidades motoras, capacidades físicas,
cedimentos de segurança e respeitando
regras e normas de segurança para prática
o oponente.
das lutas.

A referida habilidade necessita de aprofun-


damento de aspectos relacionados as lutas,
(EF89EF17) Planejar e utilizar estraté- tais como: habilidades motoras utilizadas
Lutas do mundo

gias básicas das lutas experimentadas, nas lutas (empurrar agarrar, arrastar, socar,
reconhecendo as suas características chutar); capacidades físicas (força muscular,
técnico-táticas. a resistência muscular, a potência muscular e
o equilíbrio), partir das lutas com caracterís-
ticas mais simples para as mais complexas

Propomos estudos sobre o processo de


evolução das lutas ( sobrevivência, defesa
(EF89EF18) Discutir as transformações pessoal, modalidades esportivas). Convêm
históricas, o processo de esportiviza- contextualizar as modalidades de lutas
Lutas do mundo

ção e a midiatização de uma ou mais indígenas ((Aconã, Karapotó, Kariri-Xocó,


lutas, valorizando e respeitando as Karuazu, Katokinn, Jeripancó, Kalankó, Koiu-
culturas de origem. panká Tingui-botó, Wassu-cocal, Xukuru-Ka-
Lutas

riri) presente em Alagoas.


Propomos o desenvolvimento de temas
como: habilidades motoras, capacidades
(EF89EF19) Experimentar e fruir dife-
físicas, estruturas corporais, o ambiente
rentes práticas corporais de aventura
físico, motivar os estudantes para criar novas
na natureza, valorizando a própria
práticas valorizando o patrimônio ambiental
segurança e integridade física, bem
(oportunizar realização de trilhas nos par-
como as dos demais, respeitando o
ques municipais, corridas de orientação nas
patrimônio natural e minimizando os
diversas praias alagoanas) Adotar essas
impactos de degradação ambiental.
práticas como uma opção a mais de lazer em
suas comunidades.

Integrar ações com demais componen-


tes curriculares do contexto escolar para
apropriação dos sujeitos na realização das
(EF89EF20) Identificar riscos, formu-
práticas corporais de aventura, mapeando
lar estratégias e observar normas de
possíveis locais (parques municipais, trilhas/
segurança para superar os desafios
praias ) para as devidas atividades. Reco-
na realização de práticas corporais de
menda-se iniciar com investigação do risco
aventura na natureza.
e a proposição de estratégias de segurança
Práticas corporais de aventura na natureza

e modalidade de pouca solicitação técnica


como trekking.
Práticas corporais de aventura

Podem-se propor pesquisas sobre as


transformações históricas de esportes de
(EF89EF21) identificar as caracterís-
aventura (no ar, terra e por fim, água); que
ticas (equipamentos de segurança,
façam visitas ou convidem praticantes ou
instrumentos, indumentária, organiza-
entidades que desenvolvem as modalidades,
ção) das práticas corporais de aventura
estabelecendodiscussõeseexperimentações
na natureza, bem como suas transfor-
alternativas de acordo com o acesso dos
mações históricas.
estudantes aos espaços naturais próximos
a escola.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 407

REFERÊNCIAS DARIDO, Suraya Cristina. Para


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