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Referencial Curricular

de Alagoas

Ensino Fundamental
Ensino Fundamental
2019
2019
CIÊNCIAS DA NATUREZA
CIÊNCIAS DA NATUREZA

GEOVANA FÉLIX DA SILVA- ESCOLA. ESTADUAL INDÍGENA CACIQUE ALFREDO CELESTINO


CIÊNCIAS DA NATUREZA
5. A ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA................................................................. 673
5.1 Breve histórico das concepções do ensino de ciências da natureza..........................674
5.2 Ciências da natureza no ensino fundamental..............................................................678
5.2.1 As competências específicas para o ensino de ciências da natureza.....................679
5.2.2 O letramento científico e o ensino por investigação ..............................................683
5.3 As unidades temáticas..................................................................................................688
5.3.1 As unidades temáticas nos Anos Iniciais/ Anos Finais.............................................689
5.4 Desdobramentos didático-pedagógicos – DesDP.....................................................697
5.5 Um olhar para o território alagoano.............................................................................700

ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
ANOS INICIAIS/ANOS FINAIS........................................................................... 705

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 719
5. A AREA DE
CIÊNCIAS DA
NATUREZA
O Referencial Curricular de Alagoas da área
de Ciências da natureza baseia-se nos pressu-
postos da Educação e visa à formação integral do
estudante numa perspectiva humanística, ética,
social e política. Ele apresenta os pressupostos
científicos que embasam o ensino de Ciências
por investigação, aponta alguns exemplos de
estratégias didáticas, denominado aqui de Des-
dobramentos Didático-Pedagógicos - DesDP, e,
por fim, apresenta o Organizador Curricular de
Ciências da Natureza para os Anos Iniciais e Anos
Finais do Ensino Fundamental, com um olhar
para as especificidades de Alagoas.
Em conformidade com os pressupostos
teóricos advindos da BNCC (2017), o ensino de
Ciências da Natureza se materializa com os co-
nhecimentos epistemológicos de Química, Bio-
logia, Física e Geociências, desde o primeiro ao
nono ano do Ensino Fundamental. Esses conhe-
cimentos estão articulados com as dez compe-
tências gerais que se inter-relacionam com as
competências específicas da área, e essa com as
unidades temáticas, os objetos de conhecimen-
tos e as habilidades descritas no documento.
Desta forma, o conhecimento se encontra
organizado em Unidades temáticas, que se
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repetem em todos os anos do en- de um cidadão que pode intervir


sino fundamental. Em cada Uni- em seu contexto sócio ambiental.
dade temática têm-se os objetos
de conhecimento e as habilida- 5.1 Breve Histórico
des. Os objetos de conhecimento das Concepções do
se configuram nos conteúdos e as Ensino de Ciências
habilidades estão direcionadas ao da Natureza
que o estudante precisa desen- A natureza da Ciência pode ser
volver em cada ano. Logo, repre- entendida como um conjunto de
senta conteúdos, procedimentos elementos que tratam da constru-
e valores a serem desenvolvidos ção, estabelecimento e organiza-
nos estudantes, conforme o pro- ção do conhecimento científico e
cesso cognitivo da criança e do tecnológico (MOURA, 2014). De
adolescente. acordo com o Referencial Curricu-
A BNCC (2017) tem como foco o lar de Alagoas, são definidas como
desenvolvimento integral do ser, no “o conjunto de conhecimentos
entendimento que a integralidade teóricos sobre os fenômenos na-
envolve as dimensões físicas, bio- turais baseado em metodologia
lógicas, psicológicas, sócio emo- científica e fundamentação experi-
cionais, químicas, históricas e cul- mental” (ALAGOAS, 2014, pág. 73).
turais, concebidas como dimensões Ao longo do tempo, seu per-
indissociáveis. Essa concepção de curso histórico apresenta proces-
educação se configura no desenvol- sos de acúmulo de conhecimen-
vimento das competências cogniti- tos, mudanças e rupturas. Esses
vas, que contribuem para a formação processos contribuíram para a
de estudantes autônomos, colabo- compreensão de conhecimentos
rativos, éticos e políticos. oriundos da Física, Química, Biolo-
Desse modo, o ensino está gia, Astronomia, Geologia, e suas
pautado numa perspectiva inter- tecnologias. E, a BNCC expressa
disciplinar e integradora, baseado a inserção da análise dos avanços
no prosseguimento dos estudos a tecnológicos, buscando a melhoria
partir da integração de saberes por da qualidade de vida dos indivíduos.
meio do domínio de procedimen- Assim também, podem ser
tos de investigação e de produção apontados diversos marcos que
científica com vistas à construção contribuíram para a evolução do
do conhecimento na área de Ciên- ensino de Ciências e para a melho-
cias da Natureza, para a formação ria de vida da humanidade. Neste
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sentido, é importante compreen- mudaram a forma de viver das pessoas,


der a sua origem, que não tem um alterando os padrões de consumo
ponto único de partida, mas entre e, muitas vezes, afetando o meio
eles, o trabalho de pesquisa e des- ambiente. (ALAGOAS, 2014, p. 74)
cobertas de vários filósofos, como
Tales de Mileto, que destinava par- Na área da Biologia, conceitos
te de seu tempo a refletir sobre a de adaptação e seleção natural,
origem das coisas e sobre como conhecimentos de Geologia, Bo-
elas se formavam. Segundo Ala- tânica, Zoologia, Paleontologia e
goas (2014), a população não podia Embriologia, Genética e da Biolo-
naquela época discordar das ideias gia Molecular, como por exemplo,
propostas pelos pensadores. na área de engenharia genética,
Adiante, na continuação na destacaram estudiosos como
busca de explicações para as coi- Lyell (século XIX), Charles Darwin,
sas no mundo, veio o “Desenvolvi- Pasteur, entre outros, que aliados
mento da Alquimia, precursora da ao desenvolvimento tecnológico,
Química e a criação das primeiras realizaram diversas pesquisas que
Universidades.” (ALAGOAS, 2014, contribuíram e contribuem para a
p. 73). O século XVI, então, foi um melhoria da qualidade de vida do
período de descobertas nas áreas ser humano na terra.
de Física e Química e contou com No Brasil, o percurso histórico
a participação de estudiosos como do ensino de Ciências foi marcado
Copérnico, Kepler e Galileu, Isaac por diversas mudanças de con-
Newton, Planck, Einstein, Lavoisier, cepções e tendências ao longo do
entre outros. tempo. Tais mudanças ocorreram
Mais tarde, com o auxílio de a partir do contexto socioeconô-
outros cientistas e diversas des- mico em que passou o país naquele
cobertas, foi possível a criação de momento, o que remete para uma
artefatos que favoreceu a vida dos estreita relação com a evolução
seres humanos: tecnológica científica.
De acordo com Krasilchik,
As pessoas usam diariamente materiais (1987), entre os fatores mais sig-
como plásticos, fios sintéticos, nificativos que induziram a mu-
resinas para fabricar produtos. danças de concepções no ensino
Os conhecimentos tecnológicos de Ciências da Natureza no Brasil,
permitiram a fabricação de fertilizantes, estão a Segunda Guerra Mundial, e
medicamentos, aditivos alimentares a influência do processo de indus-
e inúmeros outros produtos que
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trialização que por muito tempo, obra qualificada, o que era uma
influenciou o currículo desta área preocupação da época devido às
de conhecimento. necessidades sociais oriundas do
Para a autora, nas décadas de 50 contexto econômico.
e de 60, foi marcante o interesse do Ainda em meados da década de
ensino na formação de cientistas, o 70, com a crise energética instaura-
que levou as escolas brasileiras a do no período pós-segunda guerra
um currículo que sofreu influência mundial, os impactos ambientais
de outros países, apresentando se intensificaram, colocando em
nas escolas o método científico. risco a saúde e o meio ambiente,
Nessa época, de acordo com a fato que instigou a inserção das
Lei 4021/61, o ensino de Ciências discussões desta temática no cur-
da Natureza era apenas para as rículo (BRASIL, 1997).
duas últimas séries do ginásio. Já Nesse contexto, foi marcante
havia forte influência social, políti- a ruptura no campo das ciências,
ca e econômica sobre o currículo, tendência que questionava a neu-
e nesse interim, questionava-se o tralidade do conhecimento tecno-
ensino tradicional, que era pauta- lógico e científico, ampliando a vi-
do na transmissão de informações são de impacto, compreendendo o
pelo professor, que apenas lançava papel socioeconômico e político na
mão da utilização de aulas expositi- sociedade. Essa tendência, segun-
vas como estratégia de ensino. do Henn et al, (2011), se configurou
Com a Lei de Diretrizes e Ba- no movimento pedagógico conhe-
ses (LDB), nº 4024 de 1961, a car- cido como as Ciências, Tecnologia
ga horária das disciplinas científi- e Sociedade (CTS), em que se dis-
cas aumentou e o surgimento dos cutiu no currículo, os aspectos po-
Centros de Ciências provocou o sitivos e negativos desses avanços.
desenvolvimento de uma gama de Essas concepções se expandiram
materiais educativos, o que trouxe à década de 80 e o método científico
grandes contribuições para a mo- já não respondia às necessidades do
dernização do ensino. currículo para essa área. Dessa for-
Na década de 70, a reestrutu- ma, o foco deslocou-se para a im-
ração política do país e o golpe mi- portância do estudante e do mesmo
litar provocaram novas mudanças ser responsável pela construção de
no sistema educacional brasileiro. seu próprio conhecimento científico,
A LDB nº 5692 de 1971 passou a expressa pela necessidade de mu-
valorizar a formação de mão de danças conceituais.
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Movimentos educacionais da- teceu na história do ensino de Ciên-


quela época mudaram o foco do cias no Brasil, mas na participação
ensino para o foco na aprendiza- ativa do estudante, com base em
gem e passou-se a utilizar a cons- resolução de problemas de situa-
trução do conhecimento científico ções desafiadoras, motivadoras, que
como método de ensino. provoquem no estudante reflexões
Em 1996, a Lei de Diretrizes e e análises, a partir dos contextos so-
Bases da Educação, nº 9.394/96, ciais que venham a se apresentar.
determinou que a função da Edu- A partir da LDB de 96, a apren-
cação Básica é a aquisição e con- dizagem adquiriu aspectos de for-
solidação dos conhecimentos e a mação voltados a questões da
preparação para o trabalho e para preparação para o trabalho, para
a cidadania. Esse aprendizado in- a cidadania, formação ética, auto-
clui a formação ética, a autonomia nomia intelectual e conhecimentos
intelectual e a compreensão dos científicos para formação integral
fundamentos científicos e tecno- do cidadão. Segundo as Diretrizes
lógicos dos processos produtivos, Curriculares da Educação Básica,
numa perspectiva do ensino por
redescoberta. Os conhecimentos científicos que são
A partir de Krasilchik (1987), os tomados como conteúdos escolares
objetivos no ensino de Ciências da podem ser reconhecidos como aqueles
Natureza visam à oferecer as condi- produzidos pelos homens no processo
ções necessárias para os estudantes histórico de produção de sua existência
identificarem o problema, a partir material e imaterial, valorizados,
das observações, levantar hipóte- selecionados, e organizados, a fim de que
ses, testá-las ou refutá-las, bem possam ser ensinados e aprendidos, por
como apresentar ideias conclusivas. contribuírem para o desenvolvimento
Logo, um caminho para o método cognitivo do estudante, bem como para
científico, a partir da experiência di- sua formação geral. (BRASIL, 2013).
reta com os fenômenos naturais,
que proporcionaria aos estudantes Desse modo, o ensino deve criar
apropriação do conhecimento cien- mecanismos para que os estudan-
tífico por redescoberta. tes compreendam que a constru-
Conforme Moreira et al (2007), ção do conhecimento advém de um
o currículo de Ciências deve estar construto sócio histórico.
voltado não só para transmissão de No Referencial Curricular de
conhecimentos, como muito acon- Alagoas (2014, p. 76), a educação
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científica é imprescindível no que problema, em que envolvem as


se refere a “formação crítica/re- concepções alternativas dos estu-
flexiva do sujeito, permitindo o de- dantes, a elaboração e a verificação
senvolvimento de uma visão ampla de hipóteses e a sistematização da
dos benefícios e riscos advindos construção de conceitos. De acor-
destas mudanças”. O referido do- do com Moura (2014), o ponto a ser
cumento aponta ainda sobre o de- destacado é a multiplicidade de
senvolvimento científico com base formas como o trabalho científico
na Ciência, na Tecnologia e no Am- pode ser desenvolvido nos proces-
biente, de modo a serem pensados sos de ensino.
com cuidado pela sociedade, no Nesse sentido, faz se necessário
que tange à continuidade do de- estabelecer um conjunto de sabe-
senvolvimento de conhecimentos res integrados e significativos para
teóricos que possam corroborar o prosseguimento dos estudos,
com a melhoria na qualidade de bem como para o entendimento
vida do ser humano sem prejuízos e ação crítica acerca do mundo e
para o ambiente em que vivemos. para o mundo do trabalho. Segundo
De acordo com a BNCC 2017, a Carvalho (2013), cabe ao estudante
formação do estudante está pau- dominar procedimentos básicos de
tada em sua integralidade, baseada investigação e de produção de co-
nos pressupostos da construção nhecimentos científicos por meio
do conhecimento por meio do le- da busca de informações em diver-
tramento cientifico. Logo, fazer sas fontes e desenvolver a capaci-
Ciência requer leitura, levantamen- dade de pesquisar e de buscar e (re)
to de dados, reflexões, hipóteses, construir conhecimentos.
práticas, resolução de problemas Dentre as recomendações dos
e construção de possibilidades de documentos oficiais destacam-se
intervenção no meio. a necessidade do tratamento inter-
disciplinar e contextualizado que
5.2 Ciências da possa responder às necessidades
Natureza no Ensino da vida contemporânea e o desen-
Fundamental volvimento de conhecimentos mais
O conhecimento em ciências da amplos e abstratos, de forma a levar
natureza pode ser construído com os estudantes à aquisição de cultura
o uso de diversos métodos, desde geral e a uma visão global do mundo.
a experimentação até situações A partir do que preconiza a
investigativas, como as situações BNCC (2017), os componentes da
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área de Ciências da Natureza de- dade brasileira como saúde, preser-


vem interagir, buscando a expli- vação do meio ambiente, educação
cação de fenômenos e problemas para o consumo, educação fiscal e
complexos, naturais ou criados de trânsito, educação alimentar e
pelos seres humanos. A crescente nutricional, trabalho, ciência e tec-
valorização do conhecimento e a nologia, diversidade étnica, de gê-
capacidade de inovar demanda ci- nero e cultural, a discriminação, o
dadãos capazes de aprender conti- preconceito, dentre outros.
nuamente para o que é essencial a Os conhecimentos científicos e
uma formação integral. tecnológicos abordados devem se
De acordo com as Diretrizes aproximar da cultura e da produção
Curriculares Nacionais (BRASIL, contemporânea, em estreita rela-
2013), a interdisciplinaridade, im- ção com outras áreas, consideran-
portante para o aprendizado cien- do sua relevância social e sua pro-
tífico, não elimina a indiscutível dução histórica.
disciplinaridade do conhecimento. O ensino de Ciências deve se
Além disso, o conhecimento cientí- distinguir do ensino unicamente
fico disciplinar é parte essencial da voltado para formação de supostos
cultura contemporânea. cientistas e ser direcionado para
Nesta perspectiva, em Ciências todos os estudantes, independen-
da Natureza se apresentam interli- temente da profissão que terão no
gadas os conhecimentos das áreas futuro: uma formação para todos e
de Física, Química e Biologia, que para a vida, contemplando as com-
possuem em comum a investiga- petências específicas para o ensi-
ção dos fenômenos naturais e o no de Ciências da Natureza.
desenvolvimento tecnológico, e
compartilham linguagens para a 5.2.1 As Competências
representação e sistematização do Específicas para o
conhecimento de fenômenos ou Ensino de Ciências da
processos naturais e tecnológicos. Natureza
O ensino de Ciências deve per- A formação integral do
mear a abordagem de temas abran- estudante à luz da BNCC (2017),
gentes e contemporâneos que aponta para o desenvolvimento de
fazem parte da vida humana em características que auxiliem o mes-
escala global, regional e local, bem mo no processo de aprendizagem.
como na esfera individual. Temas Esta formação deve ser consti-
que envolvam questões da socie- tuída de competências que o habi-
4. Avaliar aplicações e implicações
litem para resolver problemas em políticas, socioambientais e cultu-
seu cotidiano de forma autôno- rais da ciência e de suas tecnologias
ma, crítica e reflexiva. para propor alternativas aos desa-
Para tanto, segue um quadro fios do mundo contemporâneo, in-
com as competências específi- cluindo aqueles relativos ao mundo
cas de Ciências da Natureza para do trabalho.
o Ensino Fundamental, descritas 5. Construir argumentos com base
pelo documento nacional. em dados, evidências e informa-
ções confiáveis e negociar e de-
fender ideias e pontos de vista que
COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE promovam a consciência socioam-
CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA O biental e o respeito a si próprio e ao
ENSINO FUNDAMENTAL outro, acolhendo e valorizando a di-
versidade de indivíduos e de grupos
1. Compreender as Ciências da Na- sociais, sem preconceitos de qual-
quer natureza.
tureza como empreendimento hu-
mano, e o conhecimento científico 6. Utilizar diferentes linguagens e
como provisório, cultural e históri- tecnologias digitais de informação
co. e comunicação para se comunicar,
2. Compreender conceitos funda- acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos e resolver
mentais e estruturas explicativas
das Ciências da Natureza, bem problemas das Ciências da Natu-
como dominar processos, práti- reza de forma crítica, significativa,
cas e procedimentos da investi- reflexiva e ética.
gação científica, de modo a sentir 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do
segurança no debate de questões seu corpo e bem-estar, compreen-
científicas, tecnológicas, socioam- dendo-se na diversidade humana,
bientais e do mundo do trabalho, fazendo-se respeitar e respeitando
continuar aprendendo e colaborar o outro, recorrendo aos conheci-
para a construção de uma socieda- mentos das Ciências da Natureza e
de justa, democrática e inclusiva. às suas tecnologias.
3. Analisar, compreender e explicar 8. Agir pessoal e coletivamente com
características, fenômenos e pro- respeito, autonomia, responsabili-
cessos relativos ao mundo natural, dade, flexibilidade, resiliência e de-
social e tecnológico (incluindo o terminação, recorrendo aos conhe-
digital), como também as relações cimentos das Ciências da Natureza
que se estabelecem entre eles, para tomar decisões frente a ques-
exercitando a curiosidade para fa- tões científico-tecnológicas e so-
zer perguntas, buscar respostas e cioambientais e a respeito da saúde
criar soluções (inclusive tecnológi- individual e coletiva, com base em
cas) com base nos conhecimentos princípios éticos, democráticos,
das Ciências da Natureza. sustentáveis e solidários.
Fonte: Base Nacional Comum Curricular (2017).
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Dentre as 8 competências es- como preconiza as Competências


pecíficas de Ciências da Natureza Gerais da BNCC.
para o Ensino Fundamental, a com- No que se refere a competência
petência específica 1, trata da ne- específica 3, por exemplo, “com-
cessidade de compreensão sobre a preender e explicar características
evolução das Ciências, que aconte- e fenômenos ligados ao mundo
ce continuamente. Logo, nada está natural”, tem o intuito de aguçar a
determinado para sempre, novas curiosidade proporcionando ao es-
descobertas vão sendo divulgadas tudante capacidade de desenvol-
e, com isso, o conhecimento cientí- ver o pensamento lógico na formu-
fico se apresenta provisório, a par- lação de perguntas, e na tentativa
tir do contexto socio-histórico e de resolução de problemas volta-
cultural que perpassa a sociedade dos para o cotidiano.
naquele momento. Ainda nessa competência e em
Os conceitos fundamentais das consonância com a competência
Ciências da Natureza, bem como geral da Base, o processo tecno-
suas estruturas explicativas, deno- lógico, incluindo o digital, lança um
tam “Dominar processos, práticas olhar para resolução de situações
e procedimentos da investigação na criação de soluções que utilizem
científica” (BNCC, 2017, p. 322) apa- tais artefatos, o que corrobora com
recem na competência específica 2. a necessidade de conhecimentos
Ela aponta para a necessidade oriundos das Ciência da Natureza.
de compreensão sobre as questões Sobre a competência especí-
científicas e tecnológicas que nos fica 4, o mundo contemporâneo,
cercam, estabelecendo relações que envolve também o mundo do
com o cotidiano e com os artefatos trabalho, implica possuir conhe-
que contribuem para melhor quali- cimentos para avaliar situações
dade de vida do ser humano. postas com olhar para questões
Nessa perspectiva, esse tipo de políticas, socioambientais e cul-
conhecimento contribui na cons- turais, e o uso das tecnologias. A
trução de “uma sociedade mais BNCC (2017), traz, ainda, em suas
justa, democrática e inclusiva”, o competências gerais, a formação
que proporciona debates sobre integral na perspectiva não só do
diversos temas que podem apre- conteúdo da área de Ciências da
sentar reflexões no campo da ética Natureza, mas uma visão global de
e do olhar sobre o coletivo. O cui- benefícios, e/ou consequências,
dado com seu corpo e com o outro, que as decisões tomadas afetem
678 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

de modo positivo a sociedade A competência específica 7


contemporânea. chama a atenção de todos nós,
De importante teor é que na for- para a importância do respeito. O
mação desde estudante de forma cuidado de si e de seu próprio cor-
integral, ele possa argumentar com po, o cuidado do outro e o respeito
base em dados confiáveis, de cunho à diversidade, são elementos que
científico, que possam compreender subjazem a coletividade. Pois, to-
a situação e defender a ideia, e levar mada de decisões para a melhoria
em conta questões sociais e socio da qualidade de vida de todos inde-
-emocionais valorizando os grupos pende de credos, de lugar da mo-
sociais e sua diversidade, excluindo radia, se no campo na cidade, de
preconceitos e formando cidadãos diversidade étnica, se descende do
livres de intolerâncias. Grupos cultu- indígena ou do quilombo, se per-
rais que defendem ideias que podem tencente a grupos sociais, se pos-
melhorar a convivência no mundo sui alguma necessidade especial.
devem ser valorizados, e esta pre- A BNCC (2017) em suas com-
missa constitui a competência es- petências gerais, assim como as
pecífica 5 de Ciências da Natureza competências específicas de Ciên-
do Ensino Fundamental. cias da Natureza, a qual discute-se
Na competência específica 6, e aqui, deixa claro a miscigenação
nas competências gerais, a utiliza- e diversidade existente em nosso
ção de diferentes linguagens para país como questão histórico e cul-
comunicar-se apresenta-se como tural de grande importância, e a ne-
imprescindível na formação desse cessidade de respeito a todos para
estudante autônomo, crítico, refle- a formação de uma sociedade mais
xivo e com postura de intervenção justa e igualitária.
sobre a realidade. Neste sentido, pode-se inferir
Isso também denota o uso das sobre a competência específica 8,
tecnologias digitais nesse proces- que valoriza o agir coletivamente
so, devido a evolução tecnológica em prol não só de si, mas de todos,
e o que ela pode nos oferecer, pois no pensar com responsabilida-
formar um cidadão que domine as de, recorrendo a conhecimentos
tecnologias em benefício da socie- oriundos dos estudos sobre Ciên-
dade torna-se uma característica cias da Natureza, que aprecia o res-
necessária na resolução de situa- peito à saúde coletiva nas atitudes
ções problemas que o cotidiano do sujeito perante a vivência em
pode nos mostrar. sociedade.
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Assim, em todas as competên- çando conhecimentos diversifica-


cias especificas de Ciências da Na- dos, correlatos e complementares.
tureza para o Ensino Fundamental, A premissa do trabalho com
em consonância com as compe- objetos de conhecimentos que
tências gerais da BNCC, a equida- a BNCC traz, no formato da ver-
de se apresenta como uma premis- ticalidade e do espiral, para além
sa indispensável. Portanto, nesse da horizontalidade, vai constituir
processo ancora-se a necessidade a progressividade de desenvolvi-
de letramento científico, quan- mento cognitivo e socioemocio-
do se desenvolve no estudante a nal nos estudantes. Desse modo,
apropriação dos conhecimentos são de suma importância para a
necessários e essa apropriação inserção nos processos de ensi-
perpassa pelo desenvolvimento in- no, as estratégias profícuas à in-
tegral do cidadão, com visão macro vestigação científica, tais como o
e micro do seu papel na sociedade. ensino por investigação.
Dessa forma, a área de Ciências
da Natureza tem como premissa 5.2.2 O Letramento
o desenvolvimento das compe- Científico e o Ensino
tências necessárias, mediante a por Investigação
multiplicidade de estratégias, além Em consonância com os pres-
de um olhar articulado dos vários supostos da BNCC (2017), a área
campos de saber. de Ciências da Natureza no Ensino
Vale ressaltar que este docu- Fundamental tem um compromis-
mento aponta como desafio a ver- so em desenvolver o letramento
ticalização do ensino e a promo- científico. No entendimento que
ção do conhecimento em espiral. esse letramento envolve a capaci-
A verticalização para além da hori- dade de compreender e interpretar
zontalidade dos objetos de conhe- o mundo (natural, social, tecnoló-
cimentos que a BNCC propõe, no gico), assim como transformá-lo
sentido de revisitar conhecimen- com base nos aportes teóricos e
tos prévios que podem agregar va- processuais dessa área.
lor ao conhecimento em constru- Para Mamede e Zimmermann
ção. Os objetos de conhecimentos (2005, p. 02), nos processos de
devem aparecer nas salas de aulas ensino, “torna-se letrado cienti-
de maneira espiral, a partir do ano ficamente aquele que consegue
letivo que o estudante está vincu- envolver o uso do conhecimento
lado, e de forma vertical, entrela- científico e tecnológico no seu dia
680 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

a dia, dentro de um contexto socio Compreende que a sociedade exerce


-histórico específico e transformá- um controle sobre as ciências e as
-lo conforme os aportes teóricos e tecnologias pelo viés das subvenções
processuais do ensino de Ciências”. que ela concede; d) Reconhece bem os
Dessa forma, o conceito de le- limites como a utilidade das ciências
tramento se refere, tanto ao co- e das tecnologias para o progresso
nhecimento da ciência como ao da do bem-estar humano; e) Conhece
tecnologia, ambos com objetivos os principais conceitos, hipóteses
distintos em propósitos, processos e teorias científicas e é capaz de
e produtos que se entrelaçam. aplicá-los; f) Aprecia a ciência e
A BNCC (2017) preconiza que as Tecnologias pela estimulação
apreender ciência não é a finalida- intelectual que elas suscitam; g)
de última do letramento, mas, sim, Compreende que a produção de
o desenvolvimento da capacidade saberes científicos depende ao mesmo
de atuação no e sobre o mundo, tempo de processos de pesquisa
importante ao exercício pleno da e de conhecimentos teóricos; h)
cidadania. Faz a distinção entre os resultados
Com o propósito de se ter um científicos e a opinião pessoal; i)
indivíduo com apropriação do co- Reconhece a origem da ciência e
nhecimento científico, Fourez compreende que o saber científico
(1994, apud Lorenzetti e Delizoi- é provisório e sujeito às mudanças
cov, 2000) pontua quatorze carac- de acordo com a acumulação de
terísticas que deve ser construído resultados; j)Compreende as
no estudante ao longo dos estu- aplicações das tecnologias e as
dos, são elas: decisões implícitas em sua utilidade;
l) Retira de sua formação científica
a) Utiliza conceitos científicos uma visão do mundo mais rico e mais
e é capaz de integrar valores interessante; m) Conhece as fontes
e conhecimentos para tomar válidas de informação científica
decisões responsáveis na vida e tecnológica e recorre a elas por
cotidiana; b) Compreende que ocasião da tomada de consciência;
a sociedade exerce um controle n) Ter uma certa compreensão da
sobre as ciências e as tecnologias, maneira pela qual as ciências e as
tanto como as ciências e as tecnologias foram produzidas na
tecnologias marcam a sociedade; c) história; (FOUREZ,1994, p. 29)  
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Dentro desse contexto, Pozo e problemas, à comunicação e usa processos


Crespo (2009), afirmam que o le- da investigação científica como metodologia
tramento científico requer conhe- de ensino (…) (Freire, 2009, p.105)
cimentos conceituais, processuais
e atitudinais para o desenvolvi- O processo investigativo, nes-
mento de práticas comuns interli- se sentido, envolve a definição do
gadas à investigação científica que problema e a partir da observa-
possibilitam os avanços da Ciência. ção dos fenômenos da natureza,
Assim, a área de Ciências da Na- devem ser realizadas perguntas
tureza por meio de ação articulada, questionadoras que permitam ao
com uma multiplicidade de saber, estudante analisar, delinear, e le-
deve assegurar ao estudante, por vantar hipóteses.
meio do ensino por investigação, Conforme Bachelard (2007), a
o conhecimento científico histori- articulação do questionamento de
camente construído, bem como a situações do cotidiano e a pesquisa
aproximação gradativa aos princi- do problema, originários das rela-
pais processos, práticas e procedi- ções socioculturais do sujeito e do
mentos da investigação científica, seu contexto, podem incentivar a
dando-lhe sentido e significado. curiosidade científica, que é nata
Na literatura, diversos autores das crianças e jovens no processo
procuram definir o conceito de en- de aprendizagem em Ciências da
sino por investigação e na maioria Natureza e possibilitar a mobiliza-
deles, envolve os conceitos da re- ção cognitiva que habilite o estu-
solução de problemas, no sentido dante apropriar-se de cada etapa
de resolver algo que não tem solu- da investigação científica.
ção, trabalhando no estudante ca- O quadro a seguir do texto da
racterísticas próprias da investiga- BNCC (2017) aponta as etapas do
ção científica. Para Freire, letramento científico, baseados
nos pressupostos da Definição
O ensino por investigação constitui uma de problemas, do Levantamento,
orientação didáctica para o planeamento análise e representação, da Co-
das aprendizagens científicas dos municação, e da Intervenção.
estudantes, reflecte o modo como os
cientistas trabalham e fazem ciência, dá
ênfase ao questionamento, à resolução de
682 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

•• Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas.


DEFINIÇÃO DO
•• Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações.
PROBLEMA
•• Propor hipótese.

•• Planejar e realizar atividades de campo (experimentos, observações, leituras, visitas,


ambientes virtuais etc.).
•• Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive digitais, para coleta, análise e
representação de dados (imagem, esquemas, tabelas, gráficos, quadros, diagramas,
mapas, modelos, representações de sistemas, fluxogramas, mapas conceituais,
simulações, aplicativos etc.).
•• Avaliar informações (validade, coerência, e adequação ao problema formulado).
•• Elaborar explicações e/ou modelos. LEVANTAMENTO,
ANÁLISE E
•• Associar explicações e/ou modelos à evolução histórica dos conhecimentos científicos REPRESENTAÇÃO
envolvidos.
•• Selecionareconstruirargumentoscombaseemevidências,modelose/ouconhecimentos
científicos.
•• Aprimorar seus saberes e incorporar, gradualmente, e de modo significativo, o
conhecimento científico.
•• Desenvolver soluções para problemas cotidianos usando diferentes ferramentas,
inclusive digitais.

•• Organizar e/ou extrapolar conclusões.


•• Relatar informações de forma oral, escrita ou multimodal.
•• Apresentar, de forma sistemática dados e resultados de investigações.
COMUNICAÇÃO
•• Participar das discussões de caráter científico com colegas, professores, familiares
e comunidade em geral.
•• Considerar contra-argumentos para rever processos investigativos e conclusões.

•• Implementar soluções e avaliar sua eficácia para resolver problemas cotidianos.


•• Desenvolver ações de intervenção para melhorar qualidade de vida individual, coletiva INTERVENÇÃO
e socioambiental.

Fonte: Base Nacional Comum Curricular (2017).

No que se refere à definição do a atenção do estudante, deve-se


problema, a BNCC (2017), espera delinear um caminho possível para
que o estudante tenha condições a resolução do problema levanta-
de observar o mundo que o rodeia e do. Nessa fase, o planejamento de
que faça perguntas que demandem como responder a pergunta, e a
análise. A partir de algo que chame construção de hipóteses.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 683

Não se trata de um processo ensino por investigação. Vale res-


mecânico, neste interim, o profes- saltar a coerência e a adequação ao
sor precisa planejar bem a aula para problema proposto no percurso de
que motive o estudante, e agu- realização de tais atividades.
ce sua curiosidade. Uma pergun- Faz parte dessa fase a constru-
ta bem formulada a partir do seu ção de argumentos com base em
contexto, pode levar o estudante a evidências de cunho científico, para
procurar solucionar o problema. justificar o caminho da resolução
Numa segunda etapa, de levan- de problemas tomado, o que pode
tamento, análise e representação, evidenciar a construção do conhe-
a partir do trabalho realizado na cimento científico.
primeira etapa na construção das A outra etapa do letramento, diz
hipóteses, chega o momento de respeito à comunicação, ou seja,
planejar as atividades de campo, se após a organização dos dados cole-
assim forem necessárias, definir as tados frente aos argumentos cons-
observações, visitas de campo, ou truídos, trabalhar no estudante a
simplesmente o ambiente virtual maneira de relatar a sistemática dos
que pode auxiliar na coleta de da- dados e resultados da investigação.
dos, e na representação da mesma. Nessa etapa espera-se que o
A representação da coleta de estudante possa participar de dis-
dados pode envolver “imagem, cussões e expor seus argumentos
esquemas, tabelas, gráficos, qua- de forma coerente e organizada,
dros, diagramas, mapas, modelos, pois na evidência de contra-argu-
representações de sistemas, flu- mentos, poder refletir sobre o pro-
xogramas, mapas conceituais, si- cesso investigativo que participou,
mulações, aplicativos etc.” (BNCC, bem como perceber as fragilida-
2017), o que a Base aponta como des, ou a não resolução do proble-
uma das competências gerais para ma proposto.
a formação integral do estudante, Por fim, segundo o texto na-
a capacidade de expressar e comu- cional, a última fase do letramento
nicar-se por meio de pesquisas em científico diz respeito a interven-
diversas fontes confiáveis. ção, fase para avaliar se a resolução
A ferramenta digital se mos- do problema preterido pode contri-
tra um aliado do conhecimento, na buir no cotidiano. A melhoria na qua-
maneira que pode comunicar e re- lidade de vida individual e coletiva,
presentar um resultado obtido no premissa das competências gerais
desenvolvimento de atividades no e específicas de Ciências da Nature-
684 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

za para o Ensino Fundamental, deve em seu escopo os Desdobramen-


ser o objetivo maior da resolução do tos Didáticos - Pedagógicos (Des-
problema proposto, o que incide no DP), como contribuição para o cur-
desenvolvimento das ações que fo- rículo no território alagoano, bem
ram previamente analisadas. como para a construção do Projeto
Todo esse processo de levan- Pedagógico em suas respectivas
tamento e análise das representa- unidades de ensino.
ções, comunicação e representação
a partir de uma pergunta, para gerar 5.3 As Unidades
a resposta de um problema, induz à Temáticas
apropriação do conhecimento que A partir da BNCC (2017), e com
permite o desenvolvimento cogniti- o Referencial Curricular de Alagoas
vo na construção do conhecimento (2014), a área de Ciências da Natu-
ao longo da Educação Básica. reza se concentra em estudar os
Dessa forma, o processo inves- fenômenos naturais, sendo assim
tigativo deve ser entendido como ,envolve os processos de evolução
elemento central na formação dos e manutenção da vida no planeta,
estudantes, em um sentido mais perpassando – com seus recursos
amplo, e cujo desenvolvimento deve naturais, transformações e fontes
ser atrelado a situações didáticas de energias - do nosso planeta no
planejadas ao longo de toda a edu- Sistema Solar e no Universo, bem
cação básica, de modo a possibilitar como a aplicabilidade do conheci-
revisitar, de forma reflexiva, seus mento científico nas várias esferas
conhecimentos e sua compreensão da vida humana (BRASIL, 2017).
acerca do mundo em que vivem. Todo esse conhecimento se ma-
Para tanto, a BNCC (2017), terializa com o desenvolvimento de
normatiza e define um conjunto estudantes capazes de compreen-
orgânico e progressivo de apren- der, se comunicar e intervir nos pro-
dizagens essenciais e indispensá- cessos de sistematização de con-
veis que todos os estudantes têm ceitos, ampliando a visão de mundo.
direito e que devem se desenvolver A estruturação da organização
ao longo da etapa no Ensino Funda- curricular da área, componente de
mental inicial e final. Ciências, as aprendizagens essen-
E, em nível estadual, a elabora- ciais se encontram em três uni-
ção deste texto, pertencente ao Re- dades temáticas, que se repetem
ferencial Curricular de Alagoas, da ao longo do Ensino Fundamental.
área de Ciências da Natureza, traz Desta forma as Unidades temá-
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 685

ticas são: Matéria e energia; Vida tos que embasam a prática peda-
evolução; Terra e universo. gógica nessa fase de escolarização.
Cada Unidade Temática com- Nos Anos Iniciais do Ensino
põe-se de Objetos de Conheci- Fundamental, assim como nos
mentos que são os conteúdos Anos Finais, as Unidades Temá-
conceituais, assim como traz con- ticas são: Matéria e energia; Vida
sigo, também, as habilidades per- evolução; Terra e universo.
tinentes à unidade e ao objeto que A unidade temática Matéria e
podem ser organizados pelo pro- energia contempla o estudo de
fessor no seu planejamento, aten- materiais e suas transformações,
dendo às especificidades sociocul- fontes e tipos de energia utilizados
turais locais. na vida em geral, na perspectiva de
Essa organização indica pers- construir conhecimento sobre a
pectivas de abordagem para tra- natureza da matéria e os diferentes
balhar a especificidade da área de usos da energia.
forma progressiva, sem isolar, pois Dessa maneira, nessa unidade
estabelece diferentes sequências estão envolvidos estudos refe-
nos ciclos, permite tratar as temá- rentes à ocorrência, à utilização
ticas de importância local e fazer e ao processamento de recursos
conexão entre os objetos de co- naturais e energéticos emprega-
nhecimento da área. dos na geração de diferentes tipos
Esses devem ser vistos não de de energia e na produção e no uso
forma horizontal apenas, mas na responsável de materiais diversos.
verticalidade, e no processo de Discute-se, também, a perspecti-
ensino de forma espiral, em que va histórica da apropriação huma-
conhecimentos se entrelacem na desses recursos, com base, por
num todo para a formação inte- exemplo, na identificação do uso
gral do estudante. de materiais em diferentes am-
bientes e épocas e sua relação com
5.3.1 As Unidades Temáticas a sociedade e a tecnologia.
nos Anos Iniciais De acordo com a Base Nacio-
Nos primeiros anos do Ensino nal Comum Curricular (2017), nos
Fundamental, em que a criança en- Anos Iniciais as crianças apresen-
contra-se em fase de alfabetização, tam desenvolvimento cognitivo
o ensino de Ciências da Natureza que requer a busca de materiais
deve estar associado ao letramen- concretos que auxiliem na constru-
to científico, bases dos pressupos- ção de conceito. Assim tem-se:
686 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

Nos Anos Iniciais, as crianças já se materiais típicos da cultura local,


envolvem com uma série de objetos, compreender o descarte de mate-
materiais e fenômenos em sua vivência riais na cidade do estudante, bem
diária e na relação com o entorno. Tais como a visita a lugares que fazem o
experiências são o ponto de partida para descarte conforme as questões de
possibilitar a construção das primeiras meio ambiente e sustentabilidade.
noções sobre os materiais, seus usos A unidade temática Vida e evo-
e suas propriedades, bem como sobre lução propõe o estudo de questões
suas interações com luz, som, calor, relacionadas aos seres vivos (in-
eletricidade e umidade, entre outros cluindo os seres humanos), suas
elementos. Além de prever a construção características e necessidades, e a
coletiva de propostas de reciclagem vida como fenômeno natural e so-
e reutilização de materiais, estimula- cial, os elementos essenciais à sua
se ainda a construção de hábitos manutenção e à compreensão dos
saudáveis e sustentáveis por meio da processos evolutivos que geram a
discussão acerca dos riscos associados diversidade de formas de vida no
à integridade física e à qualidade planeta.
auditiva e visual. Espera-se também As características dos ecossis-
que os estudantes possam reconhecer tema serão estudas com destaque
a importância, por exemplo, da água, para as interações dos seres vivos
em seus diferentes estados, para a com outros seres vivos e com os
agricultura, o clima, a conservação do fatores não vivos do ambiente, com
solo, a geração de energia elétrica, a destaque para as interações que os
qualidade do ar atmosférico e o equilíbrio seres humanos estabelecem entre
dos ecossistemas. Em síntese, valorizam- si e com os demais seres vivos e
se, nessa fase, os elementos mais elementos não vivos do ambiente.
concretos e os ambientes que os cercam Abordam-se, ainda, a importância
(casa, escola e bairro), oferecendo aos da preservação da biodiversidade e
estudantes a oportunidade de interação, como ela se distribui nos principais
compreensão e ação no seu entorno. ecossistemas brasileiros.
(BRASIL, 2017). Com isso, no ano de cada etapa
pode ainda haver a conexão entre
Nessa unidade, há muitas pos- as unidades temáticas, por exem-
sibilidades de trabalho ao olhar plo e quando se tratar sobre ecos-
para o território alagoano, entre sistemas pode ampliar a discussão
tantos, por exemplo, identificar sobre o potencial da biomassa na
materiais produzidos na região, e produção de energia, desde o pro-
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 687

cessamento dos aspectos positi- Essa unidade, ainda, preconiza


vos e negativos do uso dessa fonte sobre as inter-relações que existem
energética. entre os sistemas fisiológicos do
O olhar para o território alagoa- corpo humano e amplia a noção so-
no se mostra com diversas possibi- bre a saúde do ponto coletivo, até as
lidades, levando em consideração questões de políticas públicas. Den-
os biomas da região e a identifica- tro dessa concepção descreve-se:
ção de espécies mais recorrentes.
Além de apontar espécies que es- O corpo humano é um todo dinâmico
tejam em extinção e compreender e articulado, e que a manutenção e
os fatores que contribuem para tal o funcionamento harmonioso desse
consequência. conjunto dependem da integração entre as
Desde cedo, na escola, os estu- funções específicas desempenhadas pelos
dantes devem compreender sobre diferentes sistemas que o compõem. Além
o processo de inter-relações entre disso, destacam-se aspectos relativos à
os seres e os aspectos positivos e saúde, compreendida não somente como
negativos que esta relação pode um estado de equilíbrio dinâmico do corpo,
proporcionar. De acordo com a mas como um bem da coletividade, abrindo
BNCC (2017), para os Anos Iniciais espaço para discutir o que é preciso para
a ênfase é para a percepções emo- promover a saúde individual e coletiva,
cionais e afetivas dos estudantes inclusive no âmbito das políticas públicas.
sobres as características os seres (BRASIL, 2017).
vivos e a suas relações:
Para os Anos Iniciais, a impor-
Nos Anos Iniciais, as características tância da progressividade do en-
dos seres vivos são trabalhadas a sino entre a Educação Infantil e o
partir das ideias, representações, Ensino Fundamental se mostra na
disposições emocionais e afetivas ampliação da visão sobre a apre-
que os estudantes trazem para a ciação, os cuidados ao corpo, o
escola. Esses saberes dos estudantes respeito a diversidade étnico-cul-
vão sendo organizados a partir de tural e à educação especial, dado o
observações orientadas, com ênfase exposto, afirma-se que:
na compreensão dos seres vivos do
entorno, como também dos elos Pretende-se que, em continuidade
nutricionais que se estabelecem às abordagens na Educação Infantil,
entre eles no ambiente natural. as crianças ampliem os seus
(BRASIL, 2017) conhecimentos e apreço pelo seu
688 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

corpo, identifiquem os cuidados ção a ampliação quanto aos im-


necessários para a manutenção da pactos ambientais e fenômenos
saúde e integridade do organismo e naturais. Desta forma, este docu-
desenvolvam atitudes de respeito mento infere que:
e acolhimento pelas diferenças
individuais, tanto no que diz respeito Assim, ao abranger com maior
à diversidade étnico cultural quanto detalhe características importantes
em relação à inclusão de estudantes da para a manutenção da vida na Terra,
educação especial. (BRASIL, 2017). como o efeito estufa e a camada de
ozônio, espera-se que os estudantes
Em conformidade com a BNCC possam compreender também alguns
(2017), a unidade temática Terra e fenômenos naturais como vulcões,
Universo, busca a compreensão de: tsunamis e terremotos, bem como
[...] características da Terra, do aqueles mais relacionados aos padrões
Sol, da Lua e de outros corpos celes- de circulação atmosférica e oceânica
tes – suas dimensões, composição, e ao aquecimento desigual causado
localizações, movimentos e forças pela forma e pelos movimentos da
que atuam entre eles. Ampliam-se Terra, em uma perspectiva de maior
experiências de observação do céu, ampliação de conhecimentos relativos
do planeta Terra, particularmente à evolução da vida e do planeta, ao
das zonas habitadas pelo ser huma- clima e à previsão do tempo, entre
no e demais seres vivos, bem como outros fenômenos.
de observação dos principais fenô-
menos celestes. Além disso, ao sa- A BNCC (2017) ainda comple-
lientar que a construção dos conhe- menta apontando para a exploração
cimentos sobre a Terra e o céu se da curiosidade da criança, em que
deu de diferentes formas em distin- chama a atenção para objetos ce-
tas culturas ao longo da história da lestes, desenhos infantis, brinque-
humanidade, explora-se a riqueza dos, livros com estórias que tratam
envolvida nesses conhecimentos, sobre fenômenos naturais. As uni-
o que permite, entre outras coisas, dades temáticas se materializam
maior valorização de outras formas com a continuidade e a integração
de conceber o mundo, como os co- dos objetos de conhecimento nos
nhecimentos próprios dos povos processos de ensino na etapa de
indígenas originários. escolarização, portanto, “é funda-
Além de caracterizar esses mental que elas não se desenvol-
conteúdos conceituais, faz men- vam isoladamente” (BRASIL, 2017).
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 689

Dentro desse contexto, a in- e colocar em xeque a vida dos de-


terligação entre as unidades te- mais seres vivos.
máticas é imprescindível para a Preconiza-se pensar em uma
efetivação dessa prerrogativa. educação científica contemporâ-
Desta forma, a BNCC traz como nea reconhecendo os múltiplos
indicativo para ser explorado em papéis da tecnologia no desen-
sala temas como sustentabilidade volvimento da sociedade humana.
socioambiental, ambiente, a saúde A investigação de materiais para
e a tecnologia e assim, argumenta: usos tecnológicos, a aplicação de
instrumentos óticos na saúde e na
Por exemplo, para que o estudante observação do céu, a produção de
compreenda saúde de forma material sintético e seus usos, as
abrangente, e não relacionada apenas aplicações das fontes de energia
ao seu próprio corpo, é necessário e suas aplicações e, até mesmo,
que ele seja estimulado a pensar o uso da radiação eletromagnéti-
em saneamento básico, geração de ca para diagnóstico e tratamento
energia, impactos ambientais, além médico, entre outras situações,
da ideia de que medicamentos são são exemplos de como ciência e
substâncias sintéticas que atuam no tecnologia, por um lado, viabilizam
funcionamento do organismo (BRASIL, a melhoria da qualidade de vida hu-
2017, p. 327). mana, mas, por outro, ampliam as
desigualdades sociais e a degrada-
Sobre questões voltados à ção do ambiente.
sustentabilidade, infere-se que Dessa forma, é importante sa-
os estudantes ampliem a com- lientar os múltiplos papéis desem-
preensão desse termo para além penhados pela relação ciência-tec-
da importância da biodiversidade nologia-sociedade na vida moderna
e da manutenção dos ecossis- e na vida do planeta Terra como ele-
temas e incluam os aspectos do mentos centrais no posicionamen-
equilíbrio dinâmico socioambien- to e na tomada de decisões, frente
tal em suas vidas (BRASIL, 2017). aos desafios éticos, culturais, políti-
Dessa forma, que se promovam cos e socioambientais.
espaços para reflexão, compa-
ração e avaliação de hábitos de 5.3.2 As Unidades Temáticas
consumo, na perspectiva de com- nos Anos Finais
preensão de teia da vida, em que Para os Anos Finais do Ensi-
certos aspectos podem interferir no Fundamental, o texto da BNCC
690 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

(2017), dá progressividade e con- maneira que o professor, em seu


tinuidade às unidades temáticas: planejamento, possa aprimorar os
matéria e energia; vida evolução; conteúdos conceituais sem perder
terra e universo. de vista as questões regionais e lo-
Temas voltados para a manu- cais, tão importantes no contexto
tenção da vida na Terra, o uso dos sócio - histórico de formação cul-
recursos naturais, a tecnologia, as tural do indivíduo.
fontes de energia e as transforma- Alagoas se constitui como um
ções que ocorrem na natureza e nos grande celeiro de observação de
contextos socioculturais continuam fenômenos da natureza e essa
sendo temas apontados como de prerrogativa deve estar presen-
grande importância para a forma- te no planejamento do profes-
ção do cidadão na sua integralidade. sor, seja na cidade ou no campo,
A formação do estudante de for- seja em escolas no sertão ou no
ma integral perpassa pela inserção litoral, seja numa aldeia ou num
do conhecimento científico desde quilombo, sempre há possibili-
os Anos Iniciais do Ensino Funda- dades de observação e utilização
mental e tem aspecto de progres- de espaços que contribuam com
sividade, pois evolui gradualmente o processo de aprendizagem dos
permitindo o desenvolvimento dos estudantes, um lugar rico em re-
estudantes sobre aspectos ligados cursos naturais e detentor do
à resolução de problemas, à argu- maior complexo estuarino lagu-
mentação, à comunicação e à inter- nar da América Latina.
venção, como corrobora as compe- No que se refere a unidade te-
tências específicas para a área de mática Matéria e energia, os ob-
Ciências Naturais. jetos de conhecimentos envolvem
Vale ressaltar que continua a estudos sobre misturas homo-
premissa de não isolamento das uni- gêneas e heterogêneas, sobre o
dades temáticas ao longo do ano e processo de separação desses ma-
série, dessa forma, há que se pensar teriais, bem como o processo de
na horizontalidade e na verticalidade transformação química pelo qual
dos objetos de conhecimento den- passam os artefatos, indicam estu-
tro de suas respectivas unidades. dos sobre as máquinas simples, as
O conjunto de habilidades que formas de propagação do calor, so-
formam os objetos de conheci- bre o equilíbrio termodinâmico na
mento para os Anos Finais do En- Terra e, ainda trata da importância
sino Fundamental se expressam de da história dos combustíveis.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 691

O texto da BNCC (2017, p. 345), dade morfofisiológica de todos


prima-se em “Discutir e avaliar mu- os seres vivos e que eles sofrem
danças econômicas, culturais e so- transformações ao longo do tem-
ciais, tanto na vida cotidiana quan- po. Nessa unidade se amplia a dis-
to no mundo do trabalho”, com um cussão acerca dos sistemas de
olhar para a tecnologia que facilite funcionamento do corpo huma-
a vida humana. Logo, as fontes de no como os sistemas locomotor
energia e as transformações tam- e nervoso, sem perder de vista a
bém fazem parte desse contexto, unidade de funcionamento do cor-
além de estudos sobre circuitos po, com o entendimento sobre sua
elétricos e fatores como economia estrutura, o que demanda “dedu-
de energia ou o uso sustentável zir que a estrutura, a sustentação
deste tipo de recurso. e a movimentação dos animais
Nesta unidade temática ainda resultam da interação entre o sis-
se prevê o estudo sobre a estrutu- tema ósseo, muscular e nervoso”
ra da matéria, bem como sua rela- (BNCC, 2017, p. 343).
ção para a sobrevivência na Terra Para essa unidade nos Anos
e o efeito das radiações sobre a Finais ainda se pretende discutir
saúde humana. sobre a diversidade dos ecossiste-
Em Alagoas, esses processos mas, a preservação da biodiversi-
de separação de misturas, trans- dade, os fenômenos naturais e os
formação química de materiais, e a impactos causados pelo uso de-
importância dos combustíveis po- sordenado dos recursos naturais,
dem ser percebidos devido às in- e discussões sobre temáticas vol-
dústrias e hidrelétricas existentes tadas a programas indicadores de
em sua região. saúde pública.
O fator econômico está relacio- Acrescenta-se, ainda, os meca-
nado à produção de novos materiais, nismos reprodutivos e a sexualida-
bem como na produção de biocom- de, numa perspectiva não só bio-
bustíveis. Essa temática é indispen- lógica, mas também sociocultural,
sável para discussão voltada à sus- afetiva e ética.
tentabilidade, na tentativa de utilizar A hereditariedade e as ideias
adequadamente os recursos que a evolucionistas também fazem parte
natureza nos proporciona. dos objetos de conhecimentos pró-
Na unidade temática Vida e prios dessa unidade temática e cha-
evolução, se configura na com- mam a atenção para questões como
preensão de que a célula é a uni- o trabalho com textos históricos e
692 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

científicos que discutam a relação de científicas. São mencionados a


ancestralidade e descendência. composição do ar, a camada de
No território alagoano, é vasta a ozônio, o efeito estufa, e fenôme-
possibilidade didática de exemplos nos naturais de diversos tipos, in-
e situações que podem ser abor- dependentemente de ocorrerem
dadas sobre os objetos de conhe- neste ou naquele país.
cimentos nessa unidade temática. Neste sentido, espera-se “Dis-
Alagoas possui biodiversida- cutir iniciativas que contribuam
de animal e de plantas em seus para restabelecer o equilíbrio am-
diversos tipos de ecossistemas. biental, a partir da identificação de
Desde regiões com a Mata Atlân- alterações climáticas regionais e
tica até a Caatinga, as espécies globais provocadas pela interven-
de animais e de plantas são sig- ção humana.” (BNCC, 2017, p. 347).
nificativas, apesar da intervenção Os estudos sobre Astronomia
negativa do homem sobre a má e cultura fazem parte desta unida-
utilização dos recursos naturais, de temática com o intuito do estu-
o que interfere na sobrevivência do sobre o ambiente que vivemos,
de diversas espécies, colocando sobre a possibilidade de vida fora
algumas delas na lista de ameaça- da Terra, sobre o sistema como
das de extinção, como é o caso da um todo integrado, bem como a
ave mutum de Alagoas, símbolo evolução estelar.
de resistência do estado. Nestas unidades temáticas
Na perspectiva da hereditarie- apresentadas, espera-se a pro-
dade, a presença marcante nesse gressividade do trabalho pedagó-
território da miscigenação, das gico sobre os objetos de conheci-
raízes dos Quilombos dos Palma- mentos apresentados na busca de
res, das tribos indígenas, do ho- formação integral do estudante,
mem do campo e de toda herança numa perspectiva humanística e
cultural presente nas manifesta- de uma sociedade justa e iguali-
ções culturais. tária em condições de usufruto de
Na unidade temática Terra e bens que valorize os recursos na-
Universo, os estudos devem ver- turais e ampliem a saúde humana
sar sobre a forma, a estrutura e os de forma coletiva.
movimentos da Terra, o sistema Dessa forma, segue os DesDP,
sol, terra e lua e trabalhar no estu- característica peculiar no docu-
dante a questão da argumentação mento que a equipe de Alagoas
e evidências sobre as questões apresenta como contribuição.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 693

5.4 Desdobramentos área de ensino de Ciências, desta-


Didático cam o uso de práticas experimen-
Pedagógicos – tais como importante ferramenta
DesDP pedagógica para a compreensão
O Referencial Curricular de Ala- dos fenômenos científicos. Segun-
goas de Ciências da Natureza traz do Campos e Nigro (1999), as ativi-
em seu documento, como viés dades práticas podem ser classifi-
modificador, uma quarta coluna cadas em demonstrações práticas,
denominada de Desdobramentos experimentos ilustrativos, experi-
Didáticos Pedagógicos – DesDP, mentos descritivos e experimen-
em que são apontados a contex- tos investigativos.
tualização, a completamento e o As demonstrações práticas são
aprofundamento das habilidades aquelas atividades realizadas pelo
existentes na Base com um olhar professor, em que o estudante par-
para o território alagoano e apre- ticipa da aula sem intervir, isso pos-
senta possibilidades didáticas de sibilita o contato com fenômenos
apoio à prática docente do profes- já conhecidos, equipamentos, ins-
sor na escola. trumentos etc. Os experimentos
A intenção dos DesDP consiste ilustrativos têm a mesma finalida-
em lançar um olhar sobre a prática de e estimulam a criatividade dos
pedagógica que vislumbre ques- estudantes.
tões regionais e locais, sendo as- Os experimentos descritivos
sim, características específicas do são aquelas atividades que o estu-
nosso estado de Alagoas devem dante realiza e que não são obriga-
ser consideradas. toriamente dirigidas o tempo todo
Como exemplo de DesDP em pelo professor. A partir delas, ele
Ciências da Natureza podemos ci- tem contato direto com  fenôme-
tar, com grande potencial, as aulas nos que precisa avaliar, sejam ou
de campo, o desenvolvimento de não comuns no seu dia a dia. Essas
seminários, a realização de deba- atividades se assemelham com as
tes, de simulações, entre outras, atividades investigativas, porém
objetivando situações que promo- não implica necessariamente a
vam discussão, argumentação, re- realização de hipóteses.
solução de problemas visando ao Os experimentos investigativos
letramento científico. se configuram em atividades práti-
Sobre Atividades com Experi- cas que requerem maior participa-
mentação, inúmeras pesquisas na ção do estudante, desde as concep-
694 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

ções ou conhecimentos prévios até vida. A elaboração de textos des-


a sistematização do conhecimento critivos das ações desenvolvidas
adquirido ao longo do processo, como relatórios e esquemas de-
fato que difere das demais.       De vem ser produzidos sob a orienta-
acordo com Campos e Nigro (1999), ção do professor.
possibilitam percorrer um ciclo in- Tão importante quanto o pro-
vestigativo, contudo, sem trabalhar cesso, está o cuidado que os pro-
nas áreas de fronteira do conheci- fessores devem ter com as noções
mento, como fazem os cientistas. de segurança durante a realização
A operacionalização das de- dos experimentos, principalmente
monstrações experimentais se aqueles que envolvem uso de ele-
processa na ausência ou insufi- tricidade, fontes de calor e subs-
ciência de material para todos os tâncias químicas tóxicas.
participantes. Isso, contudo, não Os projetos didáticos também
exime o estudante de participar se mostram com grande potencial
dos desafios cognitivos que a ati- para o ensino de Ciências por inves-
vidade pode proporcionar, atuando tigação e se mantêm atuais à medida
ativamente em todo o processo, que propõem uma mudança na ma-
sem ser um mero expectador. neira de refletir a prática pedagógica
Os experimentos descritivos com uma abordagem interdiscipli-
são os que atualmente predominam nar. Isso possibilita o envolvimento
nas aulas de Ciências e o desafio se entre os estudantes e professores
mostra no fato de que tais ativida- ao intervir no contexto sociocultural.
des não se mostrarem como recei- De acordo com Zabala (2010), o
tas prontas, acríticas e verdades ab- autor aponta algumas caracterís-
solutas que se traduzem em pouca ticas dos projetos entre eles apre-
aprendizagem para os estudantes. senta a pesquisa como intervenção
O planejamento pedagógico pedagógica, pois é uma atividade
de todas as etapas, como sejam, a intencional que se desenvolve a
observação, o questionamento, a partir de um problema que tem im-
manipulação, a formulação de hi- portância no contexto do estudan-
póteses, a argumentação e a ex- te. Considera os conhecimentos
perimentação auxiliarão para que prévios que os estudantes trazem
essa estratégia motive, oportunize consigo, promove a interdiscipli-
a criatividade dos estudantes para naridade, trata dos conteúdos de
recriar o seu espaço e intervenha forma mais dinâmica, e de forma
para a melhoria da qualidade de espiral, como preconiza a BNCC.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 695

Trabalhar com projetos permite É fundamental o planejamento


ainda a participação dos estudan- coletivo de todas as etapas, arti-
tes nas etapas de desenvolvimento culando os componentes curri-
do projeto, dando-lhe responsabi- culares, produzindo sentidos para
lidades e estimulando a coopera- o conhecimento sobre o tema, e,
ção e participação nas tomadas de por fim, a avaliação e a socializa-
decisão prevê ainda o estímulo a ção dos resultados.
autonomia e contempla a divulga- A Resolução de problemas pro-
ção de resultados. põe situações desafiadoras, possí-
O desenvolvimento de proje- veis de serem resolvidas por meio
tos contextualizados e interdis- da articulação de atividades desen-
ciplinares favorece a pesquisa e a volvidas pelos estudantes e atra-
articulação de saberes contribuin- vés das intervenções pedagógicas
do para a aprendizagem. Sempre intencionadas.
que possivel, os temas escolhidos Ela permite a mobilização dos
devem ser associados à realidade conhecimentos adquiridos, ga-
vivida pelos estudante e aos pro- rantindo a aprendizagem, além de
blemas que afetam a comunidade favorecer a troca de ideias e hipó-
em que vivem. teses, o respeito pelas diferentes
Na área de Ciências da Natu- opiniões, a busca pelas informa-
reza, diversos temas podem ser ções e a disposição para enfrentar
abordados, como por exemplo: os desafios e a tomada de decisões.
Fontes de Energia, Viagens Es- É necessário oferecer aos estu-
paciais, Ameaças à Biodiversida- dantes ocasiões em que eles pos-
de, Desmatamento, Alimentação sam mobilizar recursos internos
Saudável, Tratamento de Água, (conhecimentos, capacidades e ati-
Poluição Atmosférica, Efeito Es- tudes) e externos (recursos e fontes
tufa, entre outros que são atuais e de informações disponíveis, fichas,
relevantes para sociedade. protocolos e manuais técnicos etc.)
Em síntese, a pedagogia de pro- para resolver questões e desafios.
jetos envolve a escolha do tema, a Essa iniciativa favorece a articula-
problematização, o levantamento ção entre conhecimentos prévios e
de hipóteses, a seleção de fontes novos e a compreensão de diferen-
de informação e pesquisa e a ela- tes interações presentes em deter-
boração do cronograma de exe- minadas situações - problema, con-
cução (LEITE, 1998; NERY, 2007; tribuindo para o desenvolvimento
BARBOSA E HORN, 2008). da autonomia e do espírito crítico.
696 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

As aulas de campo também planejar suas aulas na tentativa de


são estratégias que podem contri- abarcar a aprendizagem significati-
buir com o processo de letramento va de seus estudantes, bem como,
cientifico. Conforme a pesquisa de proporcionar a formação integral
Rocha, Oliveira e Silva (2015), as do cidadão nos aspectos socioe-
aulas de campo, ou estudo do meio, mocionais, culturais e éticos.
se constitui uma grande aliada no
processo ensino aprendizagem, 5.4.1 Um Olhar para o
pois une conhecimento, sensações Território Alagoano
e emoções para sensibilizar e de- O Estado de Alagoas localiza-se
senvolver a criticidade dos estu- na região nordeste de nosso país e
dantes, tornando-os personagens possui clima tropical. Sua biodiver-
ativos, além de contribuírem para a sidade concentra-se principalmen-
conservação do ambiente. te no litoral, área constituída por
Oliveira e Correia (2013) desta- florestas tropicais, mangues litorâ-
cam a importância da aula de cam- neos e caatinga.
po como mecanismo facilitador Recebe o nome de Alagoas de-
do ensino aprendizagem sobre os vido à presença de lagoas em seu
ecossistemas. A pesquisa ressalta território, e com seus principais
o papel do registro por meio de fo- rios, que são o São Francisco, o
tos e anotações em que elaboram o Mundaú e o Paraíba do Meio. Possui
diário de bordo e utilizam como re- uma planície litorânea, um planalto
curso para análise progressiva dos no norte e uma depressão no cen-
dados coletados. tro. De acordo com Freitas (BRASIL
Assim como estas, outras es- ESCOLA, 2018), seus principais
tratégias podem ser utilizadas a recursos naturais são o petróleo, o
partir de práticas que podem con- gás natural e o sal-gema.
tribuir com o processo de letra- Na vegetação se caracteriza
mento científico por meio do en- com três tipos, a floresta tropi-
sino de Ciências da Natureza por cal, o agreste e a caatinga, que
investigação. contem grande diversidade de
Estes aqui apresentados não se espécies de animais e plantas. A
esgotam por si só, espera-se que caatinga está localizada no oeste
a prática pedagógica do professor do Estado e apresenta uma vege-
vise a alcançar garantir as apren- tação de cactos e árvores de pe-
dizagens essenciais que preconi- queno porte, cuja região tem um
za a BNCC, logo o professor deve aspecto seco.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 697

A fauna de Alagoas é composta na lista1 nacional do ministério do


principalmente por espécies que meio ambiente.
vivem no litoral, como o peixe boi. Entre os animais silvestres
A região também conta com uma ameaçados em Alagoas estão:
espécie típica de lagarto que vive Macaco-prego-galego (Sapajus
na caatinga e é chamado Gekkoni- flavius), Gato-do-mato (Leo-
dae. A fauna de Alagoas também pardus tigrinus), Gato-mourisco
tem lagartixas, gatos do mato, ca- (Puma yagouarondi), Onça-parda
ranguejos e outros animais. (Puma concolor), Cuandu-mirim
Segue lista com exemplos de (Coendou speratus), Pintor-ver-
espécies animais da fauna do esta- dadeiro (Tangara fastuosa), Pin-
do de Alagoas: Lagarto, Gato-do- tassilgo do nordeste (Sporagra
-mato, Bicho-preguiça, Bem-te-vi, yarrellii), Papagaio-chauá (Ama-
Fura-barreira (pássaro), Anu-preto zona rhodocorytha), Peixe-boi-
(pássaro), Xexéu (pássaro), Sagui, -marinho (Trichechus manatus),
Cotia, Quati, Tatu, Teiú, Jiboia, Sa- Tartaruga-cabeçuda (Caretta ca-
biá-da-mata (pássaro), Iguana, Mu- retta), Tartaruga-verde (Chelo-
tum-do-nordeste ou mutum-de- nia mydas), Tartaruga-de-pente
-alagoas (ave-símbolo de Alagoas). (Eretmochelys imbricata), Tarta-
A flora do estado também bas- ruga-oliva (Lepdochelys olivácea)
tante diversa, entre elas, espécies e Jararacuçu de murici (Bothrops
vegetais como: Begônia, Umbuzei- muriciensis).
ro, Braúna, Bromélia, Ipê, Aroeira, O decreto do dia 22 de Setem-
Quixabeira, Cedro, Ouricuri, Barba- bro de 2017, assinado pelo gover-
timão, Mangabeira, Embaúba, Pau- nador Renan Filho, tornou o mutum
-ferro, Ingazeiro. a ave símbolo estadual e marcou a
Desse modo, ressalta-se a im- reintrodução da ave e a inaugura-
portância dos elementos caracte- ção do Centro de Educação Am-
rísticos de nossa região no trabalho biental Pedro Mário Nardelli, que foi
em sala de aula, valorizando aspec- considerado extinto pelos critérios
tos regionais e culturais do estado. nacionais e internacionais
Segundo o Istituito do Meio Em 2017 houve a reintrodução
Ambiente (IMA, 2017), Alagoas da espécie Mutum de Alagoas na
possui mais de 15 espécies de ani-
1 (Lista Nacional Oficial das Espécies da Fauna
mais ameaçadas ou em risco de
Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Am-
extinção, Uma dessas espécies, o biente (MMA) e a Lista Vermelha da União Interna-
Mutum-de-Alagoas, que consta cional para Conservação da Natureza e dos Recur-
sos Naturais (IUCN).
698 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

natureza. O nome mutum, pelo qual paços tomados por plantações de


é conhecido, é derivado da palavra cana-de-açúcar e destruição de
da língua tupi guarani “mitú”. Foi áreas ambientais.
criado pelos índios para retratar os Nessa situação, em relação ao
sons que esse tipo de pássaro fazia. Referencial Curricular de Alagoas,
Os mutuns geralmente têm de no componente Ciências da Natu-
80 a 85 centímetros de compri- reza, vale ressaltar a importância da
mento, da cabeça à ponta da calda. inserção da parte diversificada no
Suas penas são negras, sendo que currículo, a exemplo de temáticas
as penas da extremidade do rabo que reflitam questões ambientais
e as penas da barriga são em tons e de sustentabilidade que norteiam
mais claros, quase um marrom. todo o território alagoano. Desse
De acordo com o Instituto Bra- modo, pretende-se introduzir ob-
sileiro do Meio Ambiente - IBAMA, jetos de conhecimentos escolares
o mutum é a primeira espécie que e na prática docente questões vol-
entrou em extinção por culpa unica- tadas ao território.
mente humana, pois o grande nível Não só a ave mutum, mas tam-
de desmatamento ambiental cau- bém algumas espécies vegetais
sou a destruição do habitat natural estão ficando cada vez mais raras
dessa ave, que era encontrada por no estado. Pouco a pouco elas es-
entre as árvores e solto pelo chão. tão desaparecendo, e por motivos
Atualmente, cerca de 100 aves diversos. Muitas delas, antes co-
dessa espécie são criadas em cati- muns em Alagoas, passaram a inte-
veiro e os cientistas, biólogos e es- grar a categoria das espécies raras
pecialistas estão tentando criar o no estado, ficando a apenas alguns
maior número de espécies possível passos da extinção. São árvores de
para poder, mais tarde, repovoar grande, médio e pequeno portes
áreas ambientalmente protegidas que vêm sofrendo com o desmata-
e evitar que ocorra a extinção total mento e com a expansão imobiliária
dessa ave. e hoteleira nos litorais Norte e Sul.
O IMA (2017) afirma que “os Espécies como os umbuzeiros,
cativeiros fechados em meio à begônias, bromélias, braúnas, ce-
Mata Atlântica ainda são hoje a dros, ipês, aroeiras, quixabeiras, ou-
melhor opção para a proteção ricuris, mangabeiras e barbatimões,
dos mutuns”, que ocorre em área naturais de áreas de Mata Atlântica
preservada devido a grandes es- ou da Caatinga, tiveram as popu-
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 699

lações dizimadas e não mais foram na o processo de destruição ainda


recolocados na natureza. mais grave.
A mangabeira, por exemplo, que O artesanato também vem
é um símbolo do Litoral Norte, corre sendo ameaçado. Uma prática ar-
hoje um sério risco de desaparecer tesanal natural no Litoral Sul do
e entrar em extinção em Alagoas. estado, especialmente na cidade
O barbatimão também se en- de Coruripe, também pode estar
contra entre as espécies raras em ameaçada por conta da ação de-
Alagoas. Natural da Mata Atlântica, vastadora do homem. Os pés de
essa árvore tem sumido por con- ouricuri, uma espécie de palmeira
ta da ação do homem. Tal espécie utilizada na confecção de diversos
possui características de cicatriza- utensílios, estão desaparecendo e
ção de ferimentos, mas o homem obrigando os artesãos a buscarem
realiza cortes no caule que pode alternativas para não deixar a tra-
mlevar a morte da espécie. dição morrer.
Uma espécie do bioma Caatin- A folha de ouricuri também é
ga que sofre histórico processo de utlizada como adornos em rituais
desmatamento, a braúna, está na religiosos de comunidades indige-
lista por possuir madeira nobre, nas, fato que denota a necessidade
apreciada para a construção de ca- da sua preservação e da sua con-
sas. Ela é cortada de forma desen- servação e de todas as espécies
freada e já passou a fazer parte, in- do território, contribuindo com as
clusive, da lista vermelha do Ibama, manifestações culturais e a valo-
em que constam as plantas amea- rização de identidade das comuni-
çadas de extinção no país. dades existentes em Alagoas, para
O cedro é outro tipo de árvore os que se utilizam da matéria prima
rara no estado que não tem sido oriunda da flora.
encontrada sequer no povoado que Essas e tantas outras espécies,
leva esse nome, situado na cidade bem como as características físicas
de Maravilha, no Sertão alagoano. e hidrográficas do nosso território,
Essas e outras espécies da Caa- devem ser levadas em consideração
tinga, como alguns ipês, fazem no ensino de Ciências da natureza
parte do percentual de 40% das no Ensino Fundamental, exemplos
plantas desse bioma que não con- próximos da diversidade local que
seguem rebrotar na natureza de- podem contribuir na construção do
pois do desmatamento, o que tor- conhecimento do estudante.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 701

QUADRO
ORGANIZADOR
CURRICULAR
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 1º ANO

Conhecimento
Objeto De
Temática

Habilidades Desdp - Desdobramentos Didáticos Pedagógicos


Unidade

Observar os diversos tipos de materiais no cotidiano


das crianças, percebendo semelhanças e diferenças
usando experimentos simples.
(EF01CI01) Comparar caracte- Incentivar o hábito de ler e interpretar imagens e có-
Características dos materiais

rísticas de diferentes materiais digos inseridos no cotidiano relacionados à tecnologia


presentes em objetos de uso e sua relação com as Ciências Naturais.
cotidiano, discutindo sua origem, Compreender a importância da água para a manuten-
Matéria e energia

modos como são descartados ção da vida, assim como instigar as crianças a desen-
e como podem ser usados de volver ações para consumo sustentável.
forma mais conscientes. Reconhecer a tecnologia no processo de transforma-
ção dos recursos naturais.
Produção de materiais em Alagoas: produção de
artesanato a partir da folha de Ouricuri.

(EF01CI02) Localizar, nomear e


representar graficamente (por
meio de desenho) partes do
corpo humano e explicar suas Relacionar a importância da água potável e do sa-
funções. (EF01CI03) Discutir As neamento básico, assim como, destacar doenças
Corpo humano Respeito à diversidade

razões pelas quais os hábitos transmitidas por microrganismos e parasitas por água
de higiene do corpo (lavar as contaminada.
mãos antes de comer, escovar Conhecer as doenças mais comuns em sua região,
os dentes, limpar os olhos, como: dengue, esquistossomose, verminoses.
o nariz e as orelhas Reconhecer as características das diversidades
etc.) são necessários para a (comunidades Quilombolas, indígenas e do campo.)
manutenção da vida. (EF01CI04) existentes na localidade.
Vida e evolução

Comparar características físicas Respeitar as diferenças de crianças com necessidades


entre os colegas, reconhecendo especiais.
a diversidade e a importância da
valorização, do acolhimento e do
respeito às diferenças.

(EF01CI05) Identificar e nomear Discutir com as crianças a contextualização histórica


diferentes escalas de tempo: os e cultural relativas ao período do dia e da noite.
períodos diários (manhã, tarde, Exemplificar aparelhos de medição de tempo e sua
noite) e a sucessão de dias, importância no cotidiano.
semanas, meses e anos. Valorizar o calendário local, em relação às colheitas
Escalas de tempo
Terra e Universo

(EF01CI06) Selecionar exemplos típicas da região.


de como a sucessão de dias e
noites orienta o ritmo de ativida-
des diárias de seres humanos e
de outros seres vivos.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 2º ANO

Conhecimento
Desdp - Desdobramentos Didáticos
Objeto De
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

(EF02CI01) Identificar de que materiais (me-


Propriedades e usos dos materiais Preven-

tais, madeira, vidro etc.) são feitos os obje- Reconhecer as características dos ma-
tos que fazem parte da vida cotidiana, como teriais, através de recursos audiovisuais
esses objetos são utilizados e com quais (filmes, desenhos animados que contam
materiais eram produzidos no passado. sobre a composição de diferentes materiais)
ção de acidentes domésticos

(EF02CI02) Propor o uso de diferentes facilitando a compreensão.


materiais para a construção de objetos Perceber a tecnologia na evolução dos ma-
de uso cotidiano, tendo em vista algumas teriais utilizados no cotidiano e sua susten-
Matéria e energia

propriedades desses materiais (flexibilida- tabilidade (colher de pau, colher de metal).


de, dureza, transparência etc.). Discutir com as crianças atitudes de pre-
(EF02CI03) Discutir os cuidados necessários venção de acidentes domésticos (perceber o
à prevenção de acidentes domésticos (ob- risco em sua casa, na escola ou no caminho
jetos cortantes e inflamáveis, eletricidade, que percorre de sua casa até a escola).
produtos de Limpeza, medicamentos etc.).

Reconhecer a diversidade de plantas e animais


na região em que a criança está inserida, atra-
vés de diferentes tipos de ilustrações e/ou aula
de campo, de modo a compreender a impor-
(EF02CI04) Descrever características de tância dessas características para a continuida-
de desses seres no ambiente;
plantas e animais (tamanho, forma, cor, fase
Observar essas características, de forma a
da vida, local onde se desenvolvem etc.) que instigar as crianças a entender a importância de
fazem parte de seu cotidiano e relacioná-las cuidardoambientecomaçõesdeconservação.
ao ambiente em que eles vivem. Identificar na comunidade as espécies que são
(EF02CI05) Investigar a importância da água maiscultivadasquetemimportânciasocioeco-
e da luz para a manutenção da vida de plan- nômica na região.
Seres vivos no ambiente Plantas

tas em geral. Listar animais silvestres e domesticados da


(EF02CI06) Identificar as principais partes região em relação as condições do ambiente e
de uma planta (raiz, caule, folhas, flores e sua adaptação.
Reconhecer a inter-relação entre os seres
frutos) e a função desempenhada por cada
vivos, e desses com os aspectos abióticos
uma delas, e analisar as relações entre as como o ciclo da água e da luz, reconhecendo
Vida e evolução

plantas, o ambiente e os demais seres vivos. os fatores que interferem na manutenção dos
fenômenos que os envolvem.
Observar a formação vegetal e sua relação
com o clima, contribuindo para processos de
investigação.

Observar e registrar a projeção de sombras


Movimentoaparentedo
Sol no céu. O Sol como

(EF02CI07) Descrever as posições do Sol


do seu corpo e objetos a partir da posição
fonte de luz e calor

em diversos horários do dia e associá-las ao


do sol.
Terra e Universo

tamanho da sombra projetada.


Perceber a importância do calor, da ilumina-
(EF02CI08) Comparar o efeito da radiação
ção solar ou artificial, para a vida dos seres
solar (aquecimento e reflexão) em diferentes
vivos, mediante um processo investigativo;
tipos de superfície (água, areia, solo, super-
Reconhecer as diversas formas de preven-
fícies escura, Clara e metálica etc.).
ção de exposição à luz solar e ao calor.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 3º ANO

Conhecimento
Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

(EF03CI01) Produzir diferentes sons a partir da


Produção de som Efeitos da luz nos mate-

vibração de variados objetos e identificar variáveis


que influem nesse fenômeno.
Reconhecer as características dos mate-
(EF03CI02) Experimentar e relatar o que ocorre
riais que propagam som.
com a passagem da luz através de objetos trans-
Construir brinquedos ou objetos com
riais. Saúde auditiva e visual

parentes (copos, janelas de vidro, lentes, prismas,


materiais sustentáveis que propagam luz;
água etc.), no contato com superfícies polidas
Pesquisar sobre a saúde auditiva e visual
(espelhos) e na intersecção com objetos opacos
na perspectiva de prevenção de doenças.
Matéria e energia

(paredes, pratos, pessoas e outros objetos de uso


Demonstrar a prevenção de doenças
cotidiano).
relacionadas ao auditivo e visual por meio
(EF03CI03) Discutir hábitos necessários para a
do uso das TIC’s (vídeo, áudio, gráficos).
manutenção da saúde auditiva e visual consideran-
do as condições do ambiente em termos de som
e luz.

Listar e classificar características dos


(EF03CI04) Identificar características sobre o
animais mais comuns na região.
Características e desenvolvimento dos

modo de vida (o que comem, como se reprodu-


Perceber as mudanças que ocorrem no
zem, como se deslocam etc.) dos animais mais
desenvolvimento do corpo humano.
comuns no ambiente próximo.
Identificar os animais típicos da região,
(EF03CI05) Descrever e comunicar às alterações
reconhecendo as características que
que ocorrem desde o nascimento em animais de
auxiliam na manutenção da vida nesses
diferentes meios terrestres ou aquáticos, inclusive
ambientes.
o homem.
Compreender fatores de riscos para a
(EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar
Vida e evolução

vida desses animais neste ambiente;


grupos com base em características externas
Utilizar diversos materiais na represen-
comuns (presença de penas, pelos, escamas) bico,
tação das características desses animais
animais

garras, antenas, patas etc.).


(massa de modelar, brinquedos, materiais
reutilizáveis).

(EF03CI07) Identificar características da Terra


Mostrar as características da terra recor-
(como seu formato esférico, a presença de água,
rendo ao uso de tecnologias (massa de
solo etc.), com base na observação, manipulação e
modelar, softwares, maquetes)
comparação de diferentes formas de representação
do planeta (mapas, globos, fotografias etc.).
Visita ao Observatório (Alagoas).
Observação do céu. Usos do solo

(EF03CI08) Observar, identificar e registrar os


períodos diários (dia e/ou noite) em que o Sol, de-
Comparar a permeabilidade do solo por
mais estrelas, Lua e planetas estão visíveis no céu.
meio de experimentos
(EF03CI09) Comparar diferentes amostras de solo
Características da Terra.

do entorno da escola com base em características


Reconhecer as atividades de extração de
como cor, textura, cheiro, tamanho das partículas,
Terra e Universo

materiais do solo, existentes na comu-


permeabilidade etc.
nidade, município ou estado (exemplo
(EF03CI10) Identificar os diferentes usos do solo
da extração de calcário, de cobre, de
(plantação e extração de materiais, dentre outras
petróleo, de sais) por meio de pesquisa
possibilidades), reconhecendo a importância do
ou visita de campo.
solo para a agricultura e para a vida.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 4º ANO
Conhecimento
Objeto De

Desdp - Desdobramentos Didáticos


Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

(EF04CI01) Identificar misturas na vida diária, com


MisturasTransformações reversí-

Realizar pequenos experimentos su-


base em suas propriedades físicas observáveis,
pervisionados para observar misturas
reconhecendo sua composição. (EF04CI02) Testar
homogêneas e heterogêneas.
e relatar transformações nos materiais do dia a dia
veis e não reversíveis

quando expostos a diferentes condições (aqueci-


Assistir vídeos sobre produção de
Matéria e energia

mento, resfriamento, luz e umidade).


materiais observando as condições
(EF04CI03) Concluir que algumas mudanças
que são expostos para sua fabricação.
causadas por aquecimento ou resfriamento são
Listar com exemplos, fenômenos
reversíveis (como as mudanças de estado físico da
reversíveis (físico) e não reversíveis
água) e outras não (como o cozimento do ovo, a
(químicos).
queima do papel etc.).
Cadeias alimentares simples Microrganismos

(EF04CI04) Analisar e construir cadeias alimen-


Montar cadeias alimentares com
tares simples, reconhecendo a posição ocupada
seres da região.
pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol
Discutir sobre seres bióticos e
como fonte primária de energia na produção de
abióticos e sua importância para o
alimentos.
ecossistema.
(EF04CI05) Descrever e destacar semelhanças e
Reconhecer as características, os
diferenças entre o ciclo da matéria e o fluxo de
tipos de seres decompositores, assim
energia entre os componentes vivos e não vivos de
como os seus benefícios e malefícios
um ecossistema.
para o ambiente;
(EF04CI06) Relacionar a participação de fungos e
Vida e evolução

Pesquisar sobre a participação de


bactérias no processo de decomposição, reconhe-
microrganismos na produção de ali-
cendo a importância ambiental desse processo.
mentos como pão, iogurte, coalhada,
(EF04CI07) Verificar a participação de microrganis-
queijo, etc.
mos na produção de alimentos,

(EF04CI09) Identificar os pontos cardeais, com


base no registro de diferentes posições relati-
Pontos cardeais Calendários,
fenômenos cíclicos e cultura

vas do Sol e da sombra de uma vara (gnômon).


(EF04CI10) Comparar as indicações dos pontos
cardeais resultantes da observação das sombras de
uma vara (gnômon) com aquelas obtidas por meio
Terra e Universo

de uma bússola.
(EF04CI11) Associar os movimentos cíclicos da
Lua e da Terra a períodos de tempo regulares e
ao uso desse conhecimento para a construção de
calendários em diferentes culturas.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 5º ANO

Conhecimento
Objeto De
Desdp - Desdobramentos
Temática

Habilidades
Unidade

Didáticos Pedagógicos

(EF05CI01) Explorar fenômenos da vida


cotidiana que evidenciem propriedades
Investigar e descrever as proprie-
físicas dos materiais – como densidade,
dades físicas dos materiais com-
condutibilidade térmica e elétrica, res-
preendendo suas características.
postas a forças magnéticas, solubilidade,
Reconhecer os diferentes tipos de
respostas a forças mecânicas (dureza,
materiais utilizados no tratamento
elasticidade etc.), entre outras.
da água.
(EF05CI02) Aplicar os conhecimentos so-
Visitar uma estação de tratamento
bre as mudanças de estado físico da água
para reconhecer a importância e as
para explicar o ciclo hidrológico e analisar
etapas do tratamento da água.
suas implicações na agricultura, no clima,
Identificar os processos que en-
na geração de energia elétrica, no provi-
volvem o ciclo hidrológico, assim
mento de água potável e no equilíbrio dos
como os fatores que interferem
Ciclo hidrológico Consumo consciente Reciclagem

ecossistemas regionais (ou locais).


nesse ciclo, inter-relacionando
(EF05CI03) Selecionar argumentos que
com manutenção do equilíbrio da
justifiquem a importância da cobertura ve-
natureza;
getal para a manutenção do ciclo da água,
Entender a importância do trata-
a conservação dos solos, dos cursos de
mento de esgoto como estratégia
água e da qualidade do ar atmosférico.
de conservação do meio ambiente
Propriedades físicas dos materiais

(EF05CI04) Identificar os principais usos


e prevenção de doenças.
da água e de outros materiais nas ativi-
Conhecer as características do
dades cotidianas para discutir e propor
solo produtivo, identificando os
formas sustentáveis de utilização desses
fatores (naturais e antrópicos)
recursos.
que intensificam a lixiviação ou a
Matéria e energia

(EF05CI05) Construir propostas coletivas


erosão.
para um consumo mais consciente e criar
Propor alternativas sustentáveis
soluções tecnológicas para o descarte
para o uso de materiais de sua
adequado e a reutilização ou reciclagem
escola e comunidade.
de materiais consumidos na escola e/ou
na vida cotidiana.
Reconhecer características do
sistema digestório, respiratório,
cardiovascular, bem como a inter-
(EF05CI06) Selecionar argumentos jus-
ligação entre os órgãos e o funcio-
tifiquem por que os sistemas digestório
namento desses sistemas;
e respiratório são considerados corres-
Construir modelos de sistemas
ponsáveis pelo processo de nutrição do
para compreensão de seu funcio-
organismo, com base na identificação das
namento.
funções desses sistemas.
Construir uma tabela com diversos
(EF05CI07) Justificar a relação entre o
tipos de alimentos e analisar o
funcionamento do sistema circulatório
valor nutricional.
a distribuição dos nutrientes pelo organis-
Realizar investigação das disfun-
mo e a eliminação dos resíduos produzi-
ções mais comuns relacionadas a
dos.
esses sistemas, a nível local, regio-
(EF05CI08) Organizar um cardápio
nal, estadual, nacional, nos mais
equilibrado com base nas características
diferentes recursos disponíveis
dos grupos alimentares (nutrientes e
(livros, internet, revistas, jornais,
calorias) e nas necessidades individuais
etc.), para refletir mecanismos de
(atividades realizadas, idade, sexo etc.)
prevenção.
para a manutenção da saúde do organis-
Realizar debates sobre temas
mo. (EF05CI09) Discutir a ocorrência de
relacionados com distúrbios nutri-
distúrbios nutricionais (como obesidade,
cionais / alimentares (obesidade,
subnutrição etc.) entre crianças e jovens
bulimia, anorexia, desnutrição...)
a partir da análise de seus hábitos (tipos
e como a mídia contribui nessa
e quantidade de alimento ingerido, prática
relação.
de atividade física etc.). Combustíveis,
Reconhecer as atividades físicas
medicamentos, entre outros.
como estratégia fundamental para
(EF04CI08) Propor, a partir do conhe-
a prevenção de doenças.
Nutrição do organismo

cimento das formas de transmissão de


Pesquisar doenças transmitidas
alguns microrganismos (vírus, bactérias
por microrganismo mais comuns
e protozoários), atitudes e medidas ade-
Vida e evolução

em Alagoas e na comunidade,
quadas para prevenção de doenças a eles
apontando formas de prevenção.
associadas.
Hábitos alimentares Integração
entre os sistemas digestório,
respiratório e circulatório

(EF05CI10) Identificar algumas conste-


Constelações e mapas celestes. Movi-
mento de rotação da Terra. Periodici-
dade das fases da Lua. Instrumentos

lações no céu, com o apoio de recursos


(como mapas celestes e aplicativos digi-
Realizar aula prática com visitas
tais, entre outros), e os períodos do ano
ao Observatório em Alagoas, e da
em que elas são visíveis no início da noite.
Usina Ciência.
(EF05CI11) Associar o movimento diário
Construir modelos que represen-
do Sol e das demais estrelas no céu ao
tem o movimento do sol e dos
movimento de rotação da Terra.
Terra e Universo

planetas.
(EF05CI12) Concluir sobre a periodicidade
Atividade de investigação sobre as
das fases da Lua, com base na observa-
fases da lua.
ção e no registro das formas aparentes
óticos

da Lua no céu ao longo de, pelo menos,


dois meses.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 6º ANO

Conhecimento Desdp - Desdobramentos


Objeto De
Habilidades
Temática
Unidade

Didáticos Pedagógicos

Compreender conceitos de
materiais. Materiais sintéticos. Transformações químicas

EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a


Misturas homogêneas e heterogêneas Separação de

matéria.
mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água
Reconhecer e diferenciar Subs-
e areia etc.).
tâncias e Misturas por suas
EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a
características e Propriedades.
partir do resultado de misturas de materiais que originam pro-
Saber lidar com as diferentes
dutos diferentes dos que foram misturados (mistura de ingre-
formas de medidas para volume,
dientes para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato
massa e densidade da Matéria.
de sódio etc.).
Propor soluções para separa-
EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separa-
ção de misturas selecionando
ção de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identifica-
Matéria e energia

procedimentos experimentais e
ção de processos de separação de materiais (como a produção
estratégias adequadas.
de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros).
Realizar observações, medidas e
(EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros
interpretaçãodedados(podendo
materiaissintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico,
conter tabelas e gráficos), para
reconhecendobenefícioseavaliandoimpactossocioambientais.
iniciar a linguagem em Química.

(EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu


sistemas locomotor e nervoso. Lentes corretivas.
Célula como unidade da vida. Interação entre os

papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos.


(EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou
modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um Com-
plexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. Coletar e comparar dados a
(EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coorde- nível local, estadual nacional,
nação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na refletindo os fatores que estão
análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. envolvidos nessas disfunções.
(EF06CI08) Explicar a importância da visão (captação e interpre- Realizar levantamento dos
tação das imagens) na interação do organismo com o meio e, distúrbios oculares e refletir os
com base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes mecanismos utilizados para as
adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão. possíveis soluções para esses
Vida e evolução

(EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movi- distúrbios;


mentação dos animais resultam da interação entre os sistemas
muscular, ósseo e nervoso.
(EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso
pode ser afetado por substâncias psicoativas

(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando


Forma, estrutura e movimentos

a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes


períodos geológicos.
(EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demons-
Manipular diferentes tipos de
trem a esfericidade da Terra.
materiais para facilitar a com-
(EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara(g-
Terra e Universo

preensão da estrutura interna


nômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são
da Terra.
uma evidência dos movimentos relativos entre Terra e o Sol,
que podem se explicados por meio dos movimentos de rotação
da Terra

e translação da terra e da inclinação de seu eixo de rotação ao


plano de sua órbita em torno do Sol.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 7º ANO
Conhecimento

Desdp - Desdobramentos
Objeto De
Temática

Habilidades
Unidade

Didáticos Pedagógicos

(EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo da his-


Máquina simples. Formas de propagação do calor. Equilíbrio termodinâmico e vida na

tória, das máquinas simples e propor soluções e


invenções para a realização de tarefas mecânicas
cotidianas.
(EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e sensa-
ção térmica nas diferentes situações de equilíbrio
termodinâmico cotidianas.
EF07CI03) Utilizar o conhecimento das formas de
propagação do calor para justificar a utilização de
Terra. Equilíbrio dos combustíveis e das máquinas térmicas

determinados materiais (condutores e isolantes) na


vida cotidiana, explicar o princípio de funcionamen-
Visitar a Usina Ciência (Show de
to de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor
Física e Química).
solar etc.) e/ou construir soluções tecnológicas a
Utilizar experimentos simples para
partir desse conhecimento.
demonstração de propagação de
(EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio termodi-
calor.
nâmico para a manutenção da vida na Terra, para o
Debater sobre tecnologia e desen-
funcionamento de máquinas térmicas e em outras
volvimento sustentável.
situações cotidianas.
EF07CI05) Discutir o uso de diferentes tipos de
combustível e máquinas térmicas ao longo do
tempo, para avaliar avanços, questões econômicas
e problemas socioambientais causados pela produ-
Matéria e energia

ção e uso desses materiais e máquinas.


(EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econô-
micas, culturais e sociais, tanto na vida cotidiana
quanto no mundo do trabalho, decorrentes do
desenvolvimento de novos materiais e tecnologias
(como automação e informatização).
(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas

Diversidade de ecossistemas. Fenômenos naturais e impactos ambientais. Progra-


brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de
água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar,
à temperatura etc., correlacionando essas caracte-
rísticas à flora e fauna específicas.
Reconhecer os ecossistemas das
(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados
regiões alagoanas, assim como os
por catástrofes naturais ou mudanças nos compo-
seres vivos e sua função na manu-
nentes físicos, biológicos ou sociais de um ecos-
tenção do equilíbrio do ambiente
sistema afetam suas populações, podendo ameaçar
desses ecossistemas;
ou provocar a extinção de espécies, alteração de
Observar e Identificar em sua
hábitos, migração etc.
região os impactos ambien-
(EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da
tais enfrentados pelos ecos-
comunidade, cidade ou estado, com base na aná-
sistemas terrestres e aquáti-
lise e comparação de indicadores de saúde (como
cos, estimulando os jovens
taxa de mortalidade infantil, cobertura de sanea-
adolescentes a buscarem medi-
mento básico e incidência de doenças de veicu-
das socioambientais sustentáveis;
mas e indicadores de saúde pública

lação hídrica, atmosférica entre outras) e dos re-


Utilizar os diferentes gêneros
sultados de políticas públicas destinadas à saúde.
textuais e as mídias digitais para
(EF07CI10) Argumentar sobre a importância da
apresentar os dados coletados
vacinação para a saúde pública, com base em
sobre os impactos ambientais;
informações sobre a maneira como a vacina atua
Instigar os jovens a desenvolve-
no organismo e o papel histórico da vacinação
rem mecanismos de conservação
para a manutenção da saúde individual e
ambiental;
Vida e evolução

coletiva e para a erradicação de doenças.


(EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecno-
logia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões
da vida humana, considerando indicadores ambien-
tais e de qualidade de vida.
Composição do ar. Efeito estufa. Camada de ozônio. Fenômenos naturais
(vulcões, terremotos e tsunamis. Placas tectônicas e deriva continental

(EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de


gases, identificando sua composição, e discutir fe-
nômenos naturais ou antrópicos que podem alterar
essa composição.
(EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efei-
to estufa, seu papel fundamental para o desenvolvi-
mento da vida na Terra, discutir as ações humanas
responsáveis pelo seu aumento artificial (queima
dos combustíveis fósseis, desmatamento,
queimadas etc.) e selecionar e implementar propos- Propor diferentes experimentos
tas para a reversão ou controle desse quadro. comintencionalidadeinvestigativa.
(EF07CI14) Justificar a importância da camada de
ozônio
(EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como
vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara
ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base
no modelo das placas tectônicas.
Terra e Universo

(EF07CI16) Justificar o formato das costas brasi-


leira e africana com base na teoria da deriva dos
continentes.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 8º ANO

Conhecimento
Objeto De
Desdp - Desdobramentos Didáticos
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

(EF08CI01) Identificar e classificar diferentes


Fontes e tipos de energia. Transformação de energia. Cálculo de consumo de energia elétrica. Cir-

Estimular a pesquisa de diversos tipos


fontes (renováveis e não renováveis) e tipos
de energias alternativas, enfatizando
de energia utilizados em residências, comuni-
aspectos socioambientais positivos e
dades ou cidades.
negativos;
(EF08CI02) Construir circuitos elétri-
cos com pilha/bateria, fios e lâmpa-
da ou outros dispositivos e compará-
-los a circuitos elétricos residenciais.
EF08CI03) Classificar equipamentos elé-
tricos residenciais (chuveiro, ferro, lâm-
padas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo
com o tipo de transformação de energia
(da energia elétrica para a térmica, lumi-
nosa, sonora e mecânica, por exemplo).
(EF08CI04) Calcular o consumo de ele-
trodomésticos a partir dos dados de
cuitos elétricos. Uso consciente de energia elétrica

potência (descritos no próprio equi-


pamento) e tempo médio de uso Proporcionar visita a Usina Hidrelétrica
para avaliar o impacto de cada equipa- de Paulo Afonso, Hidrelétrica de Xingó,
mento no consumo doméstico mensal. museu MAX, entre outros existentes na
(EF08CI05) Propor ações coletivas para otimi- região.
zar o uso de energia elétrica em sua escola e/
ou comunidade, com base na seleção de equi-
pamentos segundo critérios de sustentabili-
dade (consumo de energia e eficiência ener-
gética) e hábitos de consumo responsável.
Matéria e energia

(EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de ge-


ração de energia elétrica (termelétricas, hi-
drelétricas, eólicas etc.), suas semelhanças e
diferenças, seus impactos socioambientais,
e como essa energia chega e é usada em
sua cidade, comunidade, casa ou escola.
Reconhecer o sistema reprodutivo das
plantas e animais, bem como os fatores
que influenciam e determinam o tipo de
reprodução.
Reconhecer os agentes polinizadores
EF08CI07) Comparar diferentes processos
das plantas e sua importância para
reprodutivos em plantas e animais em relação
manutenção e a variabilidade genética
aos mecanismos adaptativos e evolutivos.
das plantas;
(EF08CI08) Analisar e explicar as transforma-
Identificar os fatores que interferem no
ções que ocorrem na puberdade considerando
ciclo reprodutivo das plantas, bem como
a atuação dos hormônios sexuais e do sistema
as características das mesmas;
nervoso.
Utilizar jogos e filmes educativos para
(EF08CI09) Comparar o modo de ação e a
o reconhecimento das características
eficácia dos diversos métodos contraceptivos
similares e diferentes do sexo masculino
e justificar a necessidade de compartilhar a
e feminino, típicas da puberdade, refle-
responsabilidade na escolha e na utilização
tindo sobre a importância do respeito a
do método mais adequado à prevenção da
vida, reduzindo as desigualdades entre
gravidez precoce e Indesejada e de
os jovens adolescentes, bem como
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Mecanismos reprodutivos. Sexualidade

esclarecendo mitos típicos desta fase;


(EF08CI10) Identificar os principais sintomas,
Identificar a ação fisiológica do sistema
modos de transmissão e tratamento de al-
hormonal na caracterização da puber-
gumas DST (com ênfase na AIDS), e discutir
dade masculina e feminina, assim como
estratégias e métodos de prevenção.
estimular hábitos de higiene e cuidado
(EF08CI11) Selecionar argumentos que evi-
com o corpo;
denciem as múltiplas dimensões da sexuali-
Coletar dados (local, estadual e na-
dade humana (biológica, sociocultural, afetiva
cional) na localidade dos jovens ado-
e ética).
Vida e evolução

lescentes, sobre os tipos de doenças


infectocontagiosas por relações sexuais
mais comuns, para à partir desses
dados, intervir com ações pedagógicas
preventivas;

(EF08CI12) Justificar, por meio da construção


de modelos e da observação da Lua no céu,
a ocorrência das fases da Lua e dos eclipses,
com base nas posições relativas entre Sol,
Terra e Lua.
(EF08CI13) Representar os movimentos de
rotação e translação da Terra e analisar o
papel da inclinação do eixo de rotação da Terra
em relação à sua órbita na ocorrência das
estações do ano, com a utilização de modelos
Visitar o observatório do CEPA e Usina
tridimensionais.
Ciência.
(EF08CI14) Relacionar climas regionais aos
Pesquisa em revistas, jornais e internet,
padrões de circulação atmosférica e oceânica
e debate sobre a intervenção humana e
Sistema Sol, Terra e Lua Clima

e ao aquecimento desigual causado pela forma


as alterações climáticas locais e globais.
e pelos movimentos da Terra.
(EF08CI15) Identificar as principais variá-
veis envolvidas na previsão do tempo e
simular situações nas quais elas possam
Terra e Universo

ser medidas.
(EF08CI16) Discutir iniciativas que con-
tribuam para restabelecer o equilíbrio
ambiental a partir da identificação de
alterações climáticas regionais e globais
provocadas pela intervenção humana.
ORGANIZADOR CURRICULAR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – 9º ANO

Conhecimento
Objeto De Desdp - Desdobramentos Didáticos
Temática

Habilidades
Unidade

Pedagógicos

EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico


trutura da matéria. Radiações e suas aplicações na saúde.
Aspectos quantitativos das transformações químicas. Es-

da matéria e explicar essas transformações com Construir, caracterizar e diferenciar os


base no modelo de constituição submicroscópica. diversos Modelos Atômicos e a História
(EF09CI02) Comparar quantidades de reagentes e a eles associada. Pesquisar sobre a
produtos envolvidos em transformações químicas, Evolução Tecnológica e sua importância
estabelecendo a proporção entre as suas massas. para o avanço do Conhecimento Cien-
EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a tífico.
estrutura da matéria (constituição do átomo e com- Instigar a produção de energia solar
posição de moléculas simples) e reconhecer sua com materiais de baixo custo, a partir de
evolução histórica. situações problema.
(EF09CI04) Planejar e executar experimentos que Conhecer os empreendimentos es-
evidenciem que todas as cores de luz podem ser taduais, locais que utilizam a trans-
formadas pela composição das três cores primárias missão e recepção de imagem e som,
Matéria e energia

da luz e que a cor de um objeto está relacionada instigando a criatividade dos jovens
também à cor da luz que o ilumina. adolescentes para o uso de forma a
(EF09CI05) Investigar os principais mecanismos contribuir com a propagação de temas
envolvidos na transmissão e recepção de imagem e de pertinência e necessidade para a
som que revolucionaram os sistemas de comunica- comunidade;
ção humana.

(EF09CI06) Classificar as radiações eletromagnéticas Despertar nos jovens adolescentes o


por suas frequências, fontes e aplicações, discutindo protagonismo juvenil e o projeto de vida
e avaliando as implicações de seu uso em controle utilizando os recursos midiáticos dispo-
remoto, telefone celular, raio X, forno de micro-on- níveis na escola, de forma a empreender
ações inventivas advindas das discussões
das, fotocélulas etc.
de temas geradores, baseados em situa-
(EF09CI07) Discutir o papel do avanço tecnológico ções problemas;
na aplicação das radiações na medicina diagnóstica Discutir a importância dos isótopos ra-
(raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) dioativos e de sua utilização nos campo da
e no tratamento de doenças (radioterapia, cirurgia medicina,agriculturaegeologia,avaliando
ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etc.). riscos e benefícios.
Reconhecer os processos de fusão e
fissão nucleares como fontes de energia
e construção de bombas atômicas. Fazer
levantamento (local, estadual, nacional)
de anomalias advindas de radiação, discu-
tindo prováveis causas e consequências,
assim como ações preventivas; Estimular
os jovens adolescentes a utilizarem os re-
cursos tecnológicos e científicos sobre os
aspectossocioambientaisnacomunidade;
Analisar aspectos positivos e negativos;

Utilizar o contexto histórico sobre a


energia radioativa, dentre outras;
Pesquisar e avaliar implicações sociais,
ambientais e/ou econômicas na produ-
ção ou no consumo de energia nuclear
observando os riscos e os benefícios.
(EF09CI08) Associar os gametas à transmissão Reconhecer a importância do contexto

Hereditariedade.Ideias evolucionistas. Pre-


das características hereditárias, estabelecendo rela- histórico da hereditariedade, assim
ções entre ancestrais e descendentes. como seus mecanismos de transmissão;
(EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre here- Simular um júri com situações proble-
ditariedade (fatores hereditários, segregação, ga- mas, envolvendo hereditariedade;
metas, fecundação), considerando-as para resolver Pesquisar e Identificar as unidades de
servação da biodiversidade

problemas envolvendo a transmissão de característi- conservação existentes em Alagoas, seu


cas hereditárias em diferentes organismos. contexto histórico de criação e desafios
(EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de La- enfrentados para a efetivação da pro-
marck e Darwin apresentadas em textos científicos posta de trabalho;
Vida e evolução

e históricos, identificando semelhanças e diferenças Criar e discutir propostas sustentáveis


entre essas ideias e sua importância para explicar a para os problemas ambientais identifica-
diversidade biológica. dos na comunidade local, promovendo o
protagonismo juvenil.

(EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das .


espécies com base na atuação da seleção natural
sobre as variantes de uma mesma espécie, resultan-
tes de processo reprodutivo.
(EF09CI12) Justificar a importância das unidades de
conservação para a preservação da biodiversidade e
do patrimônio nacional, considerando os diferentes
tipos de unidades (parques, reservas e florestas
nacionais), as populações humanas e as atividades á
eles relacionados.
(EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas
para a solução de problemas ambientais da cidade
ou da comunidade, com base na análise de ações
de consumo consciente e de sustentabilidade bem-
sucedidas.

(EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura Visitar o observatório do CEPA e Usina


Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Univer-
so. Astronomia e cultura. Vida humana fora da Terra. Ordem de

do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas Ciência.


gigantes gasosos e corpos menores), assim como
a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a
Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia
dentre bilhões).
(EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e
explicações sobre a origem da Terra, do Sol ou do
grandeza astronômica. Evolução estelar

Sistema Solar às necessidades de distintas culturas


(agricultura, caça, mito, orientação espacial e tem-
poral etc.).
(EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilida-
de da sobrevivência humana fora da Terra, com base
nas condições necessárias à vida, nas características
dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvi-
dos em viagens interplanetárias e interestelares.
Terra e Universo

(EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nasci-


mento, vida e morte) baseado no conhecimento das
etapas de evolução de estrelas de diferentes dimen-
sões e os efeitos desse processo no nosso planeta.
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 715

REFERÊNCIAS dos direitos de aprendizagem e de-


senvolvimento do ciclo de alfabe-
ALAGOAS.    Referencial curri- tização (1º, 2º e 3º anos) do ensino
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Educação Nacional, lei nº 9.394. Matemática e suas Tecnologias.
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1996.  Tecnológica - MEC, SEMTEC: Bra-
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Nacionais para o Ensino Funda- BRASIL. Novas Diretrizes para
mental de 9  anos  Resolução CNE/ a Educação Básica. Ministério da
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716 - CIÊNCIAS DA NATUREZA -

Nacional da Educação. Diretrizes E. P. U, 1987. 


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Biologia(EREBIO-SUL).  Acessado do ensino médio. Dissertação em
em 9 de Maio de 2017. ensino de Ciências e Matemática
KRASILCHIK, M. O Professor e o - Programa de Pós-Graduação em
Currículo das Ciências.  São Paulo: Ensino de Ciências e Matemática -
Referencial Curricular de Alagoas - Educação Infantil 717

Universidade Federal de Alagoas,


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