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Unidade Didática 02:

Projeto Elétrico do
SFCR:
Cliente São Carlos:
Dimensionamento e Seleção dos
Componentes para Integração
Elétrica
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II
ÍNDICE

OBJETIVO ............................................................................................................................1
1 DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES E DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E
SECCIONAMENTO DO SFCR: CLIENTE SÃO CARLOS ................................................................1
2 CABO DE STRING ............................................................................................................5
2.1 CONECTORES PADRÃO TIPO-4 (MC-4) ..................................................................................7
3 FUSÍVEIS DE STRING .......................................................................................................7
3.1 PORTA-FUSÍVEL................................................................................................................8
4 CHAVE SECCIONADORA GERAL CC ..................................................................................9
5 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS – VARISTORES PARA CC .......................... 11
6 CABO ESPECÍFICO DE INVERSOR ................................................................................... 11
7 DISJUNTOR ESPECÍFICO DE INVERSOR ........................................................................... 12
8 DISJUNTOR GERAL CA .................................................................................................. 12
9 DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO CONTRA SURTOS – QGSFCR ............................................... 14
10 CABO GERAL CA ........................................................................................................... 14
11 CONDUTOR DE EQUIPOTENCIALIZAÇÃO – ATERRAMENTO FUNCIONAL ......................... 15
12 OUTROS MATERIAIS ..................................................................................................... 16

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III
Projeto de SFCR - microgeração

Objetivo
Este documento é a memória de cálculos do projeto elétrico do SFCR: Cliente São
Carlos.

1 Dimensionamento de Condutores e Dispositivos de Proteção e Secci-


onamento do SFCR: Cliente São Carlos
Após definidos os componentes principais do Sistema Fotovoltaico Conectados à Re-
de do projeto nomeado “Cliente São Carlos”, procederemos ao dimensionamento dos condu-
tores (de potencia e equipotencialização) e dos dispositivos de proteção e seccionamento.
Tomaremos como base o diagrama abaixo, que representa a configuração básica do SFCR, e
apresenta a disposição dos componentes principais, os dispositivos de seccionamento e os
dispositivos de proteção:

EDE
R

Figura 1 - Diagrama uniifilar das conexões entre os componentes princiapais e os dispositivos de seccionamento e
proteção do "SFCR: Cliente São Carlos" - Fonte: Ronilson di Souza/design: Eng. Lucas Santana

Conforme apresentado no documento “Alteração Comercial – Projeto Base (Final) do


SFCR: Cliente São Carlos”, esse sistema fotovoltaico será composto por 32 módulos fotovol-
taicos do fabricante SunEdison, marca/modelo Silvantis MEMC-M245AMA, divididos entre
2 invesores interativos do fabricante Fronius, marca/modelo IG PLUS 50 V-1. As informa-
ções técnicas dos equipamentos são mostradas nas tabelas abaixo; a memória de (re-)cálculo
do SFCR está no documento supracitado.

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Projeto Elétrico do SFCR: Cliente São Carlos

Tabela 1 - Características elétricas dos módulos fotovoltaicos MEMC-M250AMA - Fonte: site do fabricante
(www.sunedison.com/solar-material)

Características Elétricas em Condições Padrão de Teste (STC)


Potência-Pico Nominal 245 W
Tensão em Circuito Aberto 37,5 V
Corrente em Curto-Circuito 8,8 A
Tensão em Máxima Potência 29,7 V
Corrente em Máxima Potência 8,25 A
Coeficientes de Temperatura
Potência-pico -0,49%/°C
Tensão em Circuito Aberto -0,35%/°C
Corrente em Curto-Circuito +0,04%/°C
Outras Características
Temperaturas de Operação -40° C a + 85° C
Máximo fusível em série 15 A
Tolerância de Potência -0/+5 W

Tabela 2 - Características de entrada em CC dos inversores avaliados - Fonte: datasheet dos modelos - fabricante
Fronius

Característica Elétrica de Entrada Fronius IG PLUS 50 V-1


Máxima potência de entrada CC 4.260 W
Máxima corrente de entrada CC 18,6 A
Mínima Tensão de Entrada CC 230 Vcc
Máxima Tensão de Entrada CC 600 Vcc
Rendimento Médio (ηeuro) 95%

O diagrama elétrico multifilar, abaixo, detalha a disposição dos todos os componentes


do SFCR, que serão dimensionados, neste documento, seguindo a “ordem lógica” de fluxo da
corrente elétrica quando o SFCR está em funcionamento normal, segundo a lista abaixo:

1 – Cabos de string: ligando os módulos fotovoltaicos até o “quadro de gerenciamento


do SFCR”.

2 – Fusíveis de String: proteção contra sobrecorrente para cada pólo (positivo e nega-
tivo) de cada string.

3 – Chave Geral CC: para seccionamento do arranjo fotovoltaico

4 – Dispositivo de Proteção Contra Surtos: seleção dos varistores para o arranjo fo-
tovoltaico

5 – Cabo Específico de Inversor: condutor de ligação de cada inversor ao quadro de


gerenciamento do SFCR

6 – Disjuntor Específico: chave para seccionamento e proteção contra sobrecorrente


para cada inversor

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Projeto de SFCR - microgeração

7 – Disjuntor (Chave) Geral CA: seccionador geral do quadro de gerenciamento do


SFCR

8 – Dispositivo de Proteção contra Surtos para o QGSFCR: seleção dos varistores pa-
ra o DPS do “quadro de gerenciamento do SFCR”.

9 – Cabo Geral CA: condutor de ligação do SFCR até o quadro geral da unidade con-
sumidora.

10 – Condutor de Equipotencialização (Aterramento Funcional): condutor para a li-


gação equipotencial de todos os elementos do SFCR ao “barramento de equipotencialização”
da unidade consumidora

Figura 2 - Detalhamento multifilar do SFCR e as conexões entre componentes principais, dispositivos de


seccionamento e proteção, aterramento (e equipotencialiação) - Fonte: Ronilson di Souza/design: Eng. Lucas
Santana

Como o SFCR é composto de duas unidades de condicionamento de potência (inver-


sor interativo) iguais, com igual quantidade de módulos fotovoltaicos, e considerando o fun-
cionamento destes em seu máximo, todos os cálculos serão feitos para a mesma configura-
ção, e replicados. A configuração detalhada de cada unidade de condicionamento de potên-
cia e seu respectivo arranjo fotovoltaico está detalhada na Figura 3 abaixo:

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Projeto Elétrico do SFCR: Cliente São Carlos

Figura 3 - Diagrama detalhado da painel fotovoltaico e seus dispositivos de proteção e seccionamento - Fonte:
Ronilson di Souza/design: Eng. Lucas Santana

Para fins de dimensionamento, serão consideradas as seguintes características para o


arranjo fotovoltaico e inversor:

1 – Potência-Pico Nominal = 3.920 Wp (16 * 245 Wp)

2 – Tensão em Circuito Aberto = 600 V (16 * 37,5 Voc)

3 – Tensão em Máxima Potência = 475,2 V (16 * 29,7 Vmpp)

4 – Corrente em Curto-Circuito = 9 A (1 * 9 Isc)

5 –Corrente em Máxima Potência = 8,25 A (1 * 8,25 Impp)

Estas características correspondem à associação em série dos módulos fotovoltaicos,


e são baseadas nas características nominais em condição padrão de teste (STC – standard
test conditions).

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Projeto de SFCR - microgeração

Atenção:

A tensão em circuito aberto do painel fotovoltaico possui EXATA-


MENTE o valor do limite do inversor, e foi considerada a tensão
sem correção por fator de temperatura crítica.

Essa consideração deve ser feita com muito cuidado, principalmen-


te em locais em que a temperatura ambiente for baixa (com possi-
bilidades de temperaturas em torno de 0°C durante as horas de
sol), ou com inversores interativos que não tenham um bom siste-
ma de proteção contra sobretensão na entrada, e que não se desli-
gam quando recebem tensão maior que a máxima permitida (o
inversor utilizado neste projeto se desliga automaticamente, caso a
tensão do painel fotovoltaico seja maior que a máxima permitida
em sua entrada C.C.).

2 Cabo de String
Para o dimensionamento do cabo de string, serão aplicados os métodos da norma bra-
sileira ABNT NBR-5410:2004, com a alteração da metodologia de seleção por queda de ten-
são, conforme a equação apresentada no documento “PFO-UD02-CT01” (referente ao di-
mensionamento de “Condutores e Dispositivos de Seccionamento e Proteção”), consideran-
do:

1 – Tensão do string = 475,2 V

2 – Corrente máxima no cabo = 11,25 A (9 A * 1,25 – conforme IEC 60364-7-712)

3 - Distância máxima = 8 metros (entre módulos fotovoltaicos e inversor, incluindo o


quadro de gerenciamento do SFCR);

4 – Condutores de cobre estanhado = condutibilidade de 56 (1/56)

5 – Queda de tensão admissível = 1% (0,01)

Teremos, então:

𝟐 ∗ 𝟖 ∗ 𝟏𝟏, 𝟐𝟓
𝑺𝒎𝒎² = ≅ 𝟎, 𝟔𝟖 𝒎𝒎²
𝟓𝟔 ∗ 𝟎, 𝟎𝟏 ∗ 𝟒𝟕𝟓, 𝟐
De acordo ao item 6.2.6.1.1 da ABNT NBR-5410:2004 (tabela 47), a seção mínima
para condutores em circuitos de potência deve ser de 2,5 mm², podendo ser também aplica-
do à corrente contínua. Isto permite, portanto, a utilização do cabo solar do fabricante “Top
Cable”, marca “Top Solar”, modelo “ZZ-F”, na bitola 6 mm².

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Projeto Elétrico do SFCR: Cliente São Carlos

Figura 4 - Modelo de "cabo solar" do fabricante "Top Cable", modelo "TopSolarPV ZZ-F" - Fonte: site do fabricante
(www.topcable.com)

Na Prática:

Por atender às necessidade em 100% das vezes (em SFCR), e por


ter ótimo preço quando comprado em grande quantidade (rolos de
50 m e 100 m; carretel de 1.000 m), a melhor escolha é ter à
mão um modelo cuja seção reta do condutor é de, pelo menos, 4
mm², que é a bitola padrão dos cabos dos módulos fotovoltaicos.

Devido à folga necessária, tanto para a passagem, quanto para a produção de cone-
xões no quadro de gerenciamento do SFCR, cada “perna de cabo” terá 15 m (são 8 metros de
trecho direto, já contando as curvas, mas ainda não considerando a necessária “sobra de ca-
bo” nas caixas de passagem, se utilizadas); ao todo serão 30 m para cada painel (conjunto de
módulos), com 15 m de cabo com isolamento externo preto (para o polo negativo), e 15 m de
cabo com isolamento externo vermelho (para o polo positivo). Os cabos solares possuem
duplo isolamento, com a ‘camada externa’ resistente à radiação ultravioleta, que os permite
serem instalados à intempérie.

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Projeto de SFCR - microgeração

2.1 Conectores padrão Tipo-4 (MC-4)

Cada “perna de cabo” de string deverá possuir um conector adequado para a interliga-
ção ao pólo correspondente no primeiro ou último módulo fotovoltaico da série. Como os
módulos fotovoltaicos SunEdison Silvantes MEMC-M245AMA utilizam “caixas de conexão”
do fabricante “Amphenol”, cujos conectores são do Tipo-4 (portanto compatíveis com o “pa-
drão”), poderão ser utilizados os conectores Tipo-4 do fabricante “Multicontact” e, devido às
características do cabo “TopSolar TopCable ZZ-F”, foram selecionados os modelos
“32.0017P0001-UR” e “32.0016P0001-UR”, respectivamente para macho e fêmea (à es-
querda e à direita, na Figura 5 abaixo).

Figura 5 - Conectores para sistemas fotovoltaicos do fabricante "Multi-Contact" - Fonte: site do fabricante
(www.multi-contact.com)

Deve-se tomar o cuidado de, na escolha do conector, observar tanto o diâmetro in-
terno do condutor (para a seleção do terminal metálico), quando do diâmetro externo do
isolamento (para a seleção do condutor); utilizar uma combinação incorreta leva à má fixação
do terminal, ou a problemas de isolamento devido à incorreta “prensagem” do cabo no co-
nector.

Como há somente um string, e o cabo de string será ‘finalizado’ diretamente no interior


do quadro de gerenciamento do SFCR (QGSFCR), e a ligação com o inversor será direta, à
partir do QGSFCR será necessário somente um par de conectores. Como são dois inverso-
res, e já prevendo qualquer possibilidade de erro ou necessidade de remoção, serão disponi-
bilizados 6 pares de conectores.

3 Fusíveis de String
A capacidade nominal de condução dos fusíveis será dimensionada conforme a equa-
ção abaixo, conforme apresentado no documento “PFC-UD02-CT01”:

(𝟗 ∗ 𝟏, 𝟐𝟓)𝑨 ≤ 𝑰𝒇𝒖𝒔í𝒗𝒆𝒍 ≤ 𝟏𝟓 𝑨

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𝟏𝟏, 𝟐𝟓 𝑨 ≤ 𝑰𝒇𝒖𝒔í𝒗𝒆𝒍 ≤ 𝟏𝟓 𝑨
Foram selecionados os modelos do fabricante “DEKFUSE” de “ação ultra rápida” de
15 A, modelo “C-10x38KFF”.

Figura 6 - Fusível tipo "cartucho - 10x38", modelo C-10x38KFF do fabricante "DEKFUSE" - Fonte: site do fabricante
(www.dekfuse.com.br)

Informação:

Quando os cabos são dimensionados para 1,25 * Isc, não há ne-


cessidade de proteção contra sobrecorrente gerada pelo painel fo-
tovoltaico, pois esse dificilmente gera mais que a sua corrente de
curto-circuito (e quando isso ocorre são poucos miliamperes).

A função dos fusíveis é proteger o circuito para o caso mau funcio-


namento dos varistores do DPS.

3.1 Porta-Fusível

Com a utilização de fusível, faz-se necessário, então, o “porta-fusível”, que deve ser
compatível com o elemento que vai “enclausurar”. Portanto utilizaremos porta-fusível do
tipo 10x38 (10 mm x 38 mm), com capacidade de tensão e corrente adequada (e superior) às
do fusível. Foi selecionado o modelo “BF32” do fabricante “Embrastec”, para tensão máxima
de 660 V, e corrente máxima de 32 A.

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Projeto de SFCR - microgeração

Figura 7 - Base 'porta-fusível' tipo 10x38, modelo "BF32" do fabricante "Embrastec" - Fonte: site do fabricante
(www.antiraio.com - www.embrastec.com.br)

Como será utilizado um fusível para cada polo (um no positivo, outro no negativo) e
são dois strings ao todo (dois inversores), serão necessários 4 bases porta-fusível; mas serão
disponibilizadas 6 bases porta-fusível por precaução.

4 Chave Seccionadora Geral CC


Para dimensionamento da chave geral CC deve-se considerar a corrente total do pai-
nel fotovoltaico, que neste caso é a corrente total de um único string. A capacidade nominal
mínima da chave seccionadora geral CC será calculada conforme a equação abaixo, apresen-
tada no documento “PFC-UD02-CT01”:

𝑰𝒄𝒉𝒂𝒗𝒆 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 𝑪𝑪 > 𝟗, 𝟎𝟏 ∗ 𝟏, 𝟓 ≅ 𝟏𝟑, 𝟓 𝑨


O inversor interativo utilizado já possui chave seccionadora sob carga (interruptora),
por isso a seccionadora aqui considerada terá função de “isolar” o inversor do circuito, quan-
do este já estiver inoperante (circuito aberto). Como não terá função de “interromper” o cir-
cuito, não é necessário considerar o seu funcionamento sob carga (visualizando os valores
referentes à “Classificação DC21A” de seu datasheet); basta considerar a sua capacidade
nominal de condução de corrente (visualizando o item “Corrente Nominal Térmica” em seu
datasheet)

Foi selecionado, então, o modelo “OT40F”, do fabricante “ABB”, que tem capacidade
de condução de corrente até 32 A (quando instalada em caixa) para tensão até 750 V. Embo-
ra outros modelos de menor capacidade já sejam adequados a este projeto, o modelo
“OT40F” fazia parte do estoque (adquirido em grandes quantidades) devido à sua possibili-
dade de uso em configurações com maior quantidade de strings.

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Figura 8 - Chave seccionadora modelo OT40F do fabricante ABB - Fonte: ABB

Informação:

Chaves seccionadoras são classificadas para uso em corrente contí-


nua (DC) e corrente alternada (AC) separadamente, e são conside-
radas quatro classificações, com operação frequente (A) ou espo-
rádica (B):

AC20 ou DC20: a seccionadora não abre circuitos sob carga, so-


mente isola circuitos inoperantes;

AC21 ou DC21: a seccionadora abre circuitos com cargas resisti-


vas;

AC22 ou DC22: a seccionadora abre circuitos com carga mixtas


(resistivas e indutivas/capacitivas)

AC23 ou DC23: a seccionadora abre circuitos com cargas pura-


mente indutivas (ex.: grupos de motores)

Para abertura de circuitos de arranjos fotovoltaicos a classificação


mínima deve ser DC21B. Se o inversor já possuir uma seccionado-
ra mecânica, pode-se utilizar uma seccionadora isoladora, com
classificação DC20B.

Como são dois painéis, um para cada inversor, serão necessárias duas unidades; mas
serão disponibilizadas 4 chaves seccionadoras ABB - OT40F, por motivo de precaução (para
caso de problemas mecânicos durante a instalação).

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Projeto de SFCR - microgeração

5 Dispositivo de Proteção contra Surtos – Varistores para CC


Os varistores foram selecionados considerando sua tensão máxima contínua superior
à tensão em circuito aberto do painel fotovoltaico e à tolerância a surtos do inversor, que
segundo o seu datasheet é de “Categoria II” para a entrada de corrente contínua.

“VCL 680V 45 Ka Slim”, do fabricante “Clamper”, que tem “tensão máxima contínua
de 895 V para corrente contínua, e nível de proteção de 3,0 kV.

Figura 9 - Varistores da linha "VCL Slim" do fabricante "Clamper" - Fonte: site do fabricante (www.clamper.com.br)

Será um varistor para cada polo (um no positivo, um no negativo); como são dois
strings, serão necessários 4 varistores Clamper VLC 680 V 45 kA Slim. Como de praxe, serão
disponibilizados à obra 6 unidades, tendo reserva em caso de erros mecânicos na montagem.

Informação:

Preste atenção no datasheet, pois os varistores que possuem “clas-


sificação para uso em corrente contínua” tem tensões nominais
diferentes para CC e CA. O varistor Clamper VCL 680V 45 Ka Slim
tem tensão nominal de 680 Vca e de 895 Vcc.

6 Cabo Específico de Inversor


Os cabos de ligação dos inversores ao quadro de gerenciamento do SFCR são dimen-
sionados conforme a ABNT NBR 5410:2004, com alteração somente do método de queda
de tensão, conforme a equação abaixo, apresentada no documento “PFC-UD02-CT01”, con-
siderando a tensão nominal da rede em 220 Vca, a corrente máxima do inversor que é de
18,6 A, a distância máxima de 2 m entre os inversores e o QGSFCR, e a utilização de cabos
de cobre (condutibilidade = 1,56). O fator de potência mínimo ajustável para SFCR’s com
potência superior a 6 kWp, pela norma brasileira ABNT NBR-16.149:2013 é de 90% (0,9
indutivo a 0,9 capacitivo), por isso esse mínimo valor deve ser considerado para a seleção do
cabeamento.
𝟐 ∗ 𝟐 ∗ 𝟏𝟕, 𝟒 ∗ 𝟎, 𝟗
𝑺𝒎𝒎² = ≅ 𝟎, 𝟏𝟕 𝒎𝒎²
𝟓𝟔 ∗ 𝟎, 𝟎𝟑 ∗ 𝟐𝟐𝟎

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Portanto a seleção se dará pelo item 6.2.6.1.1 da ABNT NBR-5410:2004, que exige
seção mínima de 2,5 mm² para cabos de circuitos de potência. Devido ao calculado no item
10, neste trecho também foi utilizado cabo de 6 mm².

7 Disjuntor Específico de Inversor


O disjuntor específico de cada inversor é calculado pela corrente máxima de saída do
inversor interativo, considerando a ligação desse em duas fases.

𝑰𝒅𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓 > 𝟏𝟕, 𝟒 𝑨


Foi selecionado, então, o disjuntor bipolar de “Curva B”, modelo “MW220E”, do fabri-
cante “Eletromar”, com corrente nominal de 20 A.

Figura 10 - Disjuntor do fabricante "Eletromar" (imagem ilustrativa - para referência) - Fonte: site do fabricante
(www.eletromar.com.br)

8 Disjuntor Geral CA
Os dois inversores monofásicos serão ligados em bifásicos, mas serão instalados nas
três fases do sistema elétrico de potência; assim o disjuntor geral CA deverá ser do tipo tri-
polar, dimensionado considerando-se a corrente máxima que circulará na “fase comum aos
dois inversores interativos”. A capacidade mínima do disjuntor geral CA é dada pela equação,
abaixo, que considera as corrente máximas dos dois inversores na fase 2.

𝑰𝒅𝒊𝒔𝒋𝒖𝒏𝒕𝒐𝒓 𝒈𝒆𝒓𝒂𝒍 𝑪𝑨 > 𝟐 ∗ 𝟏𝟕, 𝟒 𝑨 = 𝟑𝟒, 𝟖 𝑨


Foi selecionado, então, o disjuntor tripolar de “Curva C”, modelo “SDD63C40” do fa-
bricante “Steck”, com capacidade máxima de 40 A.

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Figura 11 - Disjuntor tripolar "curva C" do fabricante "Steck" (imagem ilustrativa) - Fonte: site do fabricante
(http://catalogo.steck.com.br/)

Na Prática:

O disjuntor tripolar de “Curva C” é .utilizado por falta de modelo


de “Curva B”. Esse disjuntor está “desclassificado” como dispositi-
vo de proteção, devido às características de desequilíbrio entre as
fases, servindo apenas como dispositivo de seccionamento; ou de
“proteção em caso de falha dos varistores”.

Durante a instalação, por indisponibilidade em estoque de fornecedor, o modelo aci-


ma foi substituído pelo modelo “9447” do fabricante “Alumbra”, com capacidade de 50 A.

Figura 12 - Disjuntor tripolar "Curva C", modelo "C50/3 - 9447", do fabricante "Alumbra" - Fonte: site do fabricante
(www.alumbra.com.br)

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9 Dispositivo de Proteção contra Surtos – QGSFCR


Os varistores para o quadro de gerenciamento do SFCR serão do fabricante “Em-
brastec”, modelo “810120”, com tensão máxima contínua de 175 V e corrente de descarga
máxima de 20 kA e nível de proteção de 1,2 kV.

Figura 13 - Varistor 175V/20kA do fabricante "Embrastec" (esse é novo modelo) - Fonte: site do fabricante
(www.embrastec.com.br)

Serão 3 unidades, um para cada fase; mas serão disponibilizados à obra 5 unidades,
para o caso de erro de instalação.

10 Cabo Geral CA
O condutor de interligação entre o quadro de gerenciamento de SFCR e o quadro ge-
ral de distribuição é calculado pela equação abaixo, apresentada no documento “PFC-UD02-
CT01”, considerando a potência máxima de saída dos inversores, a tensão em 220 Vca, a cor-
rente máxima do disjuntor (previamente considerado) de 40 A, a distância de 10 m, e a utili-
zação de condutores de cobre.

√𝟑 ∗ 𝟐𝟎 ∗ (𝟒𝟎 ∗ 𝟏, 𝟐𝟓)
𝑺𝒎𝒎² = = 𝟒, 𝟔𝟖 𝒎𝒎²
𝟓𝟔 ∗ 𝟎, 𝟎𝟑 ∗ 𝟐𝟐𝟎
A alteração do disjuntor, durante a execução da instalação não alterou a escolha do
cabo, pois:

√𝟑 ∗ 𝟐𝟎 ∗ (𝟓𝟎 ∗ 𝟏, 𝟐𝟓)
𝑺𝒎𝒎² = = 𝟓, 𝟖𝟔 𝒎𝒎²
𝟓𝟔 ∗ 𝟎, 𝟎𝟑 ∗ 𝟐𝟐𝟎
Portanto a seção mínima de cabo para as três fases será de 6 mm², que é o valor nor-
matizado logo acima do valor obtido no cálculo. Será então utilizado o modelo de cabo “Supe-
rastic – BWF Antiflam – 750 V”, do fabricante “Prysmiam”, com bitola de 6 mm², que será
utilizado, também, para o trecho de ligação dos inversores ao QGSFCR.

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Projeto de SFCR - microgeração

Figura 14 - Condutor de cobre com isolação de PVC, modelo "Superastic" do fabricante "Prysmian" - Fonte: site do
fabricante (http://br.prysmiangroup.com)

Foi disponibilizado, para a obra, um rolo de 100 m deste cabo, com estimativa de uso
de, no máximo, 70 m, considerando:

1 – Distância máxima de dois metros entre os inversores e o QGSFCR (já com as cur-
vas e sobras), com “duas pernas de cabo” para cada;

2 – Distância de 20 metros entre e o QGSFCR e o seu ponto de conexão à rede (já


com as curvas e sobras), com “três pernas de cabo”, referentes às três fases.

Para a ligação do condutor do neutro¸ que embora não tenha conexão no SFCR, será
disponibilizado no QGSFCR, prover, então, 30 m desse mesmo condutor com isolamento de
cor azul, seguindo padrão da ABNT NBR-5410:2004.

11 Condutor de Equipotencialização – Aterramento Funcional


Segundo o item 6.4.3.1.3 da ABNT NBR-5410:2004, o condutor de equipotencializa-
ção deve ser de seção igual aos condutores de potência, quando estes forem de bitola menor
que 16 mm², como é o caso. Sendo assim, será disponibilizado um rolo de 100 m do modelo
de cabo “Superastic – BWF Antiflam – 750 V”, do fabricante “Prymiam”, com bitola de 6 mm²,
de isolamento na cor verde-amarela, com estimativa de utilização de 70 m, considerando:

1 – Utilização para equipotencialização dos módulos fotovoltaicos e estrutura de fixa-


ção dos módulos, na distância de 11 m para cada “fileira física” de módulos fotovoltaicos, que
são na quantidade de 4., totalizando 44 m.

2 – Interligação do arranjo fotovoltaico ao ponto de aterramento (caixa de inspeção


no solo), com distância de 8 m.

3 – Interligação dos inversores ao QGSFCR, com distância de 2 m para cada inversor;

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Projeto Elétrico do SFCR: Cliente São Carlos

4 – Conexões no QGSFCR, com estimativa de uso de 5 m;

5 – Interligação do QGSFCR ao ponto de equipotencialização, em uma das hastes de


aterramento, com distância de 10 m.

12 Outros Materiais
Para a realização da instalação elétrica serão necessários outros materiais, a seguir
listados:

1 – Quadro elétrico metálico padrão, 600x500, 1 unidade

2 – Eletrodutos anti-chama 3 m, 1’’, 5 unidades;

3 – Curva para eletroduto raio longo, 1’’, 4 unidades;

4 – Luva para eletroduto, 1 ‘’, 4 unidades;

5 – Abraçadeira tipo D, 1’’, 16 unidades;

6 – Condulete metálico com espelho cego, 4 unidades;

7 – Conector de alumínio para condulete com arruela, 1’’, 16 unidades;

8 – Lâmpada de sinalização para quadro elétrico, 220 Vca, 2 unidades;

9 – Trilho DIN perfurado, 7,5mmX35mm, 2 m;

10 – Canaleta elétrica com tampa, 50x50mm, 2 m;

11 – Terminal ilhós, 6 mm²; 100 unidades.

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