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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................2
1.1. Objectivos.............................................................................................................................2
1.1.1. Geral..............................................................................................................................2
1.1.2. Específicos.....................................................................................................................2
1.2.1. Metodologia...........................................................................................................................2
2. Meios Didáticos........................................................................................................................3
3. Classificação dos Meios Didáticos...........................................................................................3
3.1.1. Classificação dos meios de ensino segundo Edgar Dale...................................................4
3.2.1. Tipos de meios didáticos.......................................................................................................4
4. Objetivos do uso dos meios didáticos no processo de ensino-aprendizagem..........................4
4.1.1. Critérios e princípios para a utilização dos meios de ensino............................................5
5.1.1. Fatores para a escolha dos meios didáticos...........................................................................7
5.2.1. Exigências para a apresentação dos meios didáticos.............................................................7
6.1. Modelos Didáticos....................................................................................................................8
6.1.1. Classificação dos Modelos....................................................................................................8
6.2.1. Aplicação de modelos nas aulas de biologia.........................................................................9
Conclusão......................................................................................................................................12
Bibliografia....................................................................................................................................13
1. Introdução

O presente trabalho abordará sobre meios didáticos e modelos didáticos, sua classificação os
objetivos do uso no processo de ensino e aprendizagem e critério. Os meios de ensino são
componentes do ambiente, da aprendizagem que dão origem a estimulação para o aluno. Estes
são o conjunto de elementos e equipamentos que se utilizam para facilitar a realização de
processo do ensino e aprendizagem.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer os meios de ensino e modelos didáticos.
1.1.2. Específicos
 Definir meios didáticos e modelos didáticos;
 Descrever os objetivos e utilização dos meios de ensino;
 Identificar os meios aplicáveis para o ensino de Biologia.

1.2.1. Metodologia
Para a realização deste trabalho foi necessária a consulta de varias fontes bibliográficas e artigos
virtuais os quais vêm devidamente citados ao longo do trabalho e constam na bibliografia.
2. Meios Didáticos

De acordo com LIBÂNEO (1994), meios didáticos designamos todos os meios e recursos
matérias utilizados pelo professor e pelos alunos para organização e condução metódica do
processo de ensino e aprendizagem.
Meio didático é qualquer recurso físico utilizado no contexto de um método ou técnica de ensino
a fim de auxiliar o professor a transmitir a mensagem e o educando a mais eficientemente
realizar a aprendizagem.
Em suma, meio didático é todo material didático usado na sala de aulas no momento de interação
professor-aluno, durante a mediação dos saberes com vista a concretizar os conteúdos de modo a
facilitar a assimilação e perceção por parte dos alunos.

3. Classificação dos Meios Didáticos


Para PILETTI, não há uma classificação de recursos universalmente
aceita. Tradicionalmente os meios de ensino são classificados da seguinte maneira:

Recursos Visuais → Projeções, cartazes, gravuras.


Recursos Auditivos → Rádio, gravações
Recursos Audiovisuais → Cinema, televisão

Esta é uma classificação bastante ampla, mas que tem a vantagem de incluir os recursos da
comunidade. A utilização dos recursos da comunidade contribui para diminuir a distância entre ″
a ilha, na qual está a escola, e a terra firme da vida, usando a figura de Olson que segue a baixo.

3.1.1. Classificação dos meios de ensino segundo Edgar Dale


Outra classificação de recursos bastante utilizada é a de Edgar Dale. Esse autor propôs o ″cone
da experiência″, no qual hierarquiza os vários recursos em função do grau de abstração. Parte do
imediatamente vivencial e, através de várias instâncias, chega ao símbolo abstrato.
Essa classificação tem a vantagem de destacar que o ensino concretamente verbalista deve ser
evitado. Fazendo uma utilização de recursos vai ajudar a proporcionar aos alunos tais
experiências.

3.2.1. Tipos de meios didáticos

Meios simples de ensino: cadernos, canetas, borrachas, lápis de cores, giz, apagadores.
Móveis e equipamentos de sala: quadro carteiras e meios do professor, armário.
Objectos originais e naturais: seres vivos: mortos e vivos exemplares mineralógicos matérias
primas.
Reprodução e imitações: modelos didáticos, modelos de sistema solar, olho, coração
desmontável.
Aparelho, aparelhagens para experiência e reprodução: microscópio, aparelhos de vídeo e
mediação.
Meios auditivos, visuais e audiovisuais
Visual: livros, manuais, compêndios, texto de apoio e transparência.
Auditivos: cassetes, CDˋS e programas de rádio.
Audiovisuais: cassetes de vídeo, filmes.

4. Objetivos do uso dos meios didáticos nas aulas de Biologia

Para NIVAGARA (2004) A partir deste conceito de meios didáticos de ensino-aprendizagem


como se anteviu, facilmente pode-se chegar a conclusão de que os meios didáticos são usados
com vista a determinar finalidades dentre as quais podem ser mencionadas as seguintes:

 Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar dando-lhe noção mais exata
dos factos e fenómenos estudados;
 Motivar e despertar o interesse dos alunos na aula;
 Concretizar e ilustrar o que esta sendo exposto verbalmente, isto e, visualizar ou
concretizar os conteúdos da aprendizagem;
 Aproximar o aluno da realidade;
 Desenvolver a capacidade de observação;
 Desenvolver a experimentação concreta;
 Economizar esforços para levar os alunos a compreensão de factos e conceitos;
 Auxiliar a fixação de aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que o
material pode provocar;
 Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades com
o manuseio ou a construção dos aparelhos por parte dos alunos.

Em resumo pode dizer-se que, na escola actual, o meio didáctio, mais do que ilustrar, tem por
fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e construir. Assume assim, aspecto
funcional e dinâmico, propiciando oportunidade de enriquecer a experiencia do aluno,
aproximando-o da realidade e oferecendo-lhe oportunidade de actuação.
Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do ensino, deve
obedecer as seguintes condições:

 Ser adequado ao assunto da aula;


 Ser de fácil apreensão e de fácil manejo;
 Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de
aparelhos.
4.1.1. Critérios e princípios para a utilização dos meios de ensino

Para que os meios de ensino realmente colaborem no sentido de melhorar a aprendizagem, na sua
utilização devem ser observados alguns critérios e princípios. Vejamos os princípios principais:

 Ao seleccionar um meio de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem


alcançados. Nunca se deve utilizar um meio só porque está na moda.
 Nunca se deve utilizar um recurso. que não seja conhecido suficientemente de
forma a poder empregá-lo corretamente.
 A eficácia dos: recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos. Por isso,
devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua
receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, sua participação
activa, etc.
 A eficácia depende também das características dos próprios meios com relação as
funções que podem exercer no processo de aprendizagem. A função de um cartaz,
por exemplo, é diferente da do álbum seriado.
 Na escolha dos meios deve-se levar em conta a natureza da matéria ensinada.
Algumas matérias exigem maior utilização de e meios Página | 6 audiovisuais que
outras. Ciências, por exemplo exigem mais audiovisuais do que matemática.
 As condições ambientais podem facilitar ou ao contrário, dificultar a utilização de
certos recursos, A existência de tomadas de energia eléctrica, por exemplo, exclui
a possibilidade de utilização de retroprojector, projector de slides ou de filmes.
 O tempo disponível é outro elemento importante que deve ser considerado. A
preparação e utilização dos meios requerem determinado tempo e, muitas vezes, o
professor não dispõe desse tempo. Então, deverá buscar outras alternativa, tais
como, utilizar recursos que exigem menos tempo, solicitar a ajuda dos alunos para
preparar meios ou recursos, solicitar ajuda de outros professor, etc.

Em suma pode-se dizer que um ensino activo, participativo, requer inevitavelmente o uso de
meios de ensino aprendizagem. E na base desses meios que o professor facilmente guiara a
experimentação, a observação e a manipulação dos alunos, podendo, estes, descrever os
factos e fenómenos representados pelos meios de ensino-aprendizagem. De facto, eles
constituem um grande suporte para a atividade do professor, no sentido de, através da
intuição dos órgãos de sentido, aproxima-se ao aluno a realidade do que se pretende
aprender, visto que estes meios representam sempre um conteúdo específico.

Com este procedimento de uso de meio de ensino, os alunos estarão em condições de estar
cada vez mais despertos e aptos para a aprendizagem. Entretanto, resta, para um
aproveitamento integral dos meios de ensino, reconhecer-se que eles não se utilizam e nem
devem ser utilizados com finalidades em si mesmos, senão virados para a aprendizagem dos
alunos, eis porque, o professor precisa de ter domínio exaustivo sobre a finalidade com que
usa os meios recorrendo, ao mesmo tempo, a princípios e critérios fundamentados sob ponto
de vista didático.

5.1.1. Fatores para a escolha dos meios didáticos


 O aluno é um fator para a escolha dos meios didáticos
 O professor é que mostra ou não os meios didáticos
 O tempo para apresentar (disponibilidade do tempo)
 Local e momento da aula

5.2.1. Exigências para a apresentação dos meios didáticos


 Devem ser apropriados, isto é, adequados aos objetivos da unidade e da aula;
 Simples, que envolvem pouca explicação (um meio didático complicado faz com que
a atenção do aluno se desvie);
 Atraente, atraem ao manter a atenção dos alunos;
 Manejável, ou seja, fácil de manipular;
 Visível, visto por todos sem dispersar atenção; Ex: o quadro preto deve estar sempre
limpo, tubos de ensaio e copos limpos, as linhas para sublinhar um assunto ou assunto
ou título no quadro devem ser feitas com uma régua Utilização dos meios didáticos
 Para a utilização dos meios didáticos, o professor deve fazer uma seleção cuidadosa
tendo em conta o método de ensino a empregar, o conteúdo a transmitir e tem que
escolher o momento da aula que deve aplicá-los

6.1. Modelos Didáticos


Segundo SETUVAL & BEJARANO, (2009) modelo didático é instrumento sugestivo e que
podem ser eficazes na prática docente diante da abordagem do conteúdo que, muitas vezes, são
de difícil compreição pelos estudante, principalmente no que se refere ao ensino de ciências e
biologia.

Para FERNANDEZ, (2015) modelos didáticos são formulações de quadro interpretativo


baseados em pressupostos teóricos utilizador para explicar ou exemplificar as ideias pedagógicas
e servem de referencia e parâmetro para se intender, reproduzir, controlar e / ou avaliar a pratica
pedagógica entendida como uma parte de fenómeno educativo.

Para SILVA, (2009) o modelo didático é um objecto descritivo que evidencia as proporções das
dimensões ensináveis, e também enfatiza que a sua construção é apenas uma das etapas para uma
proposta mais ampla sobre o trabalho, para que este vise à elaboração de sequências didácticas e
características ensináveis, que se espera de seus aprendizes (alunos) a desenvolverem.

6.1.1. Classificação dos Modelos


Segundo ORLANDO et al. (2009) os modelos biológicos como estruturas tridimensionais ou
semi-planas (alto relevo) e coloridas, são utilizadas como facilitadores dos aprendizados,
complementando o conteúdo escrito e as figuras planas e, mutas vezes, descoloridas dos livro-
texto. Pois os modelos tridimensionais mostrarem-se bastante didáticos, pois os próprios
estudantes obtêm melhores resultados em suas aulas devidas a maneira diferente pela qual é
ensinada a matéria;

MULLER (2005) Classifica os modelos em (2) dois grupos fundamentais:

 Planares – no que diz respeito a fotografias, escantilhões, mapas, desenhos.


 Tridimensionais – são aqueles que apresentam três dimensões como por exemplo
bonecos, objectos geométricos, esculturas que representam objectos reais.

Alguns autores discutem a tipologia de modelos em suas pesquisas para o ensino de ciências, e
de acordo com seus referenciais citaremos:
GILBERT & BOULTER, (1998) que classificam os modelos em (4) quatro que são,
 Modelo Mental - a representação pessoal e privada de um alvo;
 Modelo Expresso - uma versão do modelo mental que se expressa através da ação do
indivíduo seja pela fala ou escrita;
 Modelo Consensual - um modelo expresso subentendido a grupos sociais, por exemplo,
pertence à comunidade cientifica, e sobre o qual se concorda que apresente algum mérito;
 Modelo Pedagógico - um modelo especialmente construído e usado para auxiliar na
compreensão de um modelo consensual.

6.2.1. Aplicação de modelos nas aulas de biologia


SANTOS et al. (2008) na configuração do modelo didático, diz ser este, uma importante
ferramenta que pode auxiliar o professor a estabelecer os vínculos entre abordagem teórica e a
sua prática docente.
Segundo KRASILCHICK, (2004) os modelos didáticos se constituem em um dos recursos mais
utilizados em aulas de biologia com o intuito de mostrar objetos em três dimensões, porém existe
o problema de os estudantes considerarem que os modelos são simplificações do objeto real.
Assim, uma maneira de amenizar essa situação é fazer com que os alunos participem do processo
de aprendizagem, fabricando seus próprios modelos. Para isso, a técnica utilizada na elaboração
de modelos precisa ser de fácil manuseio e reprodução.

O estudo dos seres vivos, em especial peixes e anfíbios, vem muitas vezes sendo acompanhado
por manipulações e explorações de diversos grupos de animais, no sentido de facilitar a
apropriação de conhecimentos relativos a sua anatomia interna e externa, como também
conhecimentos morfo-fisiológicos

Figura 1: Modelos de um peixe e de uma rã em biscuit, apresentando anatomia externa e interna


Fonte do autor: Bioexplica@gmail.br

Para isso GUIMARÃES, ECHEVERRÍA & MORAES, (2006, p. 303) discutem que a inclusão
de outros modelos didácticos pode indicar, ainda, um momento de evolução no desenvolvimento
profissional dos professores de Ciências, mas que estes possam constituir em espaço
significativo de reflexão sobre a finalidade da educação e sobre as práticas cotidianas de sala de
aula.
Em seu trabalho sobre modelos didácticos em biologia Celular e Molecular, ORLANDO et al.
(2009), deixa bem evidenciado o sucesso de seu material, e exemplifica algumas condições
retóricas, para uma futura construção deste arcabouço:
 Os modelos tridimensionais mostraram-se bastante didácticos, pois os próprios estudantes
obtêm melhor resultado em suas aulas devido à maneira diferente pela qual é ensinada a
matéria;
 Os modelos tridimensionais auxiliam uma melhor visualização e compreensão dos
conteúdos, sendo fácil de relacionar o todo com as partes e as partes com o todo;
 O modelo apesar de simplificado, não deve conter aspectos errados ou confusos com
relação ao tema estudado;
 O estudo a partir dos modelos é um processo mais dinâmico e se enfoca num modo mais
prazeroso de aprendizagem; mais fácil de associações com o cotidiano;
O aluno (modalizador) pode distinguir dois aspetos complementares no processo de
modelização: o modelo teórico e o empírico. O modelo teórico relacionado ao carácter
hipotético, e o modelo empírico resultado de um tratamento de dados, tendo base o modelo
teórico, (PAZ et al 2006, P. 135).

Conclusão
Chegado ao fim do presente trabalho conclui-se que os modelos didáticos são formulações de
quadro interpretativo baseados em pressupostos teóricos utilizador para explicar ou exemplificar
as ideias pedagógicas e servem de referencia e parâmetro para se intender, reproduzir, controlar e
avaliar a pratica pedagógica entendida como uma parte de fenómeno educativo
Bibliografia
LIBÂNEO, José Carlo. Didática.Cortez. São Paulo, 1994
KRASILCHICK. Como Ensinar Tudo a Todos Didactica Geral. S-L, 2010
NIVAGARA, Daniel.  Didatica Geral. Aprender a Ensinar. S-D INEO, 2004
PILETI, Claudino. Didatica Geral. 21ª ed. Editora Alice. São Paulo, 1997
ORLANDO et al.G., Introdução à Didáctica Geral, Editora Fundo da Cultura, 6ª edição, São
Paulo, 1968.
GILBERT & BOULTER, Fundamentos da pedagogia, Volume único 4ª edição, são Paulo:
moderna 2006

SETUVAL & BEJARANO, O papel da Escola e dos Professores no processo de


reorganização, 3ª edição Porto editores São Paulo. 2009.

FERNANDEZ, SILVA Basic Principles of curriculum and instruction, 2a edição Binc Editors,
Belgian,2015.
GUIMARÃES, ECHEVERRÍA & MORAES, Cadernos de Apoio aos Órgãos de Direção,
Administração e Gestão das Escolas. Caderno 2: Gestão Pedagógica da Escola ou a Gestão de
uma dada Organização Curricular. Lisboa: ME/SEEBS 2006

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