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Serviço Público Federal

Ministério da Educação
Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

ANTEPROJETO DE PESQUISA

Obs.: Este documento não pode ter nenhum tipo de identificação, conforme o item
2.3 do Edital. Caso isso ocorra, o projeto será indeferido.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPUS DE TRÊS LAGOAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA

Número de Inscrição:
201974136
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO:

Análise Geoambiental e Produção do Território


LINHA DE PESQUISA:

( X ) Dinâmica Ambiental e Planejamento

( ) Dinâmicas Territoriais na Cidade e no Campo

TÍTULO DO ANTEPROJETO

AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO ECOLÓGICO DE NASCENTES DO


RIBEIRÃO DOM TOMAZ, NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO
SUCURIÚ, TRÊS LAGOAS-MS

Programa de Pós-Graduação em Geografia do Campus de Três Lagoas/UFMS


Av. Ranulpho Marques Leal, nº 3484 | Distrito Industrial
CEP 79610-100 | Três Lagoas | MS
Fone: 67 3509-3720
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INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Com o avanço e consolidação das atividades antrópicas nos diferentes meios


naturais preexistentes, faz-se necessario direcionar um olhar crítico para esse processo,
com a intenção de entendê-lo, avaliar suas consequências e buscar a minimização ou
reversão dos problemas que essas atividades causam no sistema ambiental. A
apropriação de matas, rios e solo pelo ser humano, tem projetado no espaço diferentes
formas de impactos e derivações ambientais, sendo que esses problemas podem ser
notados tanto no espaço urbano, com enchentes, e no espaço rural, com assoreamento
de rios e intensificação de processos erosivos.

Como uma das formas de análise dessas modificações, se propõe a realização de


uma caracterização ambiental geral aliada a realização de avaliação ecológica preliminar
e monitoramento de diferentes pontos amostrais, em campo. Esses pontos foram
escolhidos com base nas suas caracteristicas de localização geográfica, considerando
dois fatores principais, a água e a vegetação. Nesse sentido, foram selecionados quatro
pontos de analise em duas nascentes do Ribeirão Dom Tomaz, no município de Três
Lagoas – MS.

A avaliação proposta seguirá uma metodologia já trabalhada em outros projetos


de pesquisa realizados, e se somará a contribuições de outros trabalhos realizados na
região. A proposta se divide em atividades de coleta de dados em campo, a partir de
fichas de levantamento, dados de GPS, croquis, fotografias e possíveis amostras, assim
como a coleta de material bibliográfico e técnico em gabinete, como gráficos, tabelas,
fotos, mapas, cartas, textos e artigos.

Esse conjunto de informações proporcionaram a base para as correlações sobre


o uso e ocupação da terra nas proximidades, o estágio de sucessão ecológica da
vegetação natural dos pontos amostrais e a qualidade ambiental dessa vegetação.

As questões que buscam ser elucidadas neste projeto estão ligadas a necessidade
de avaliação e monitoramento das faixas destinadas a conservação ambiental, neste caso
especificamente se tratando de Áreas de Preservação Permanentes (App’s), colaborando
desta forma com as propostas de intervenção para restauração florestal de diferentes
biomas e suas fisionomias e com o planejamento ambiental regional como um todo.

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OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Caracterizar os processos antrópicos e ambientais do espaço rural ao que se


encontra o recorte analisado, e realizar uma avaliação prévia da vegetação natural com
base na legislação vigente acerca dos estágios de sucessão ecológica e as suas
respectivas caracteristicas, a partir dos dados obtidos correlacionar o uso e ocupação
local com as caracteristicas e a tendência de desenvolvimento e conservação da
vegetação natural nas áreas selecionadas.

3.2. Objetivos Específicos

Caracterizar por meio de visitações a campo, mapas e imagens de satélite as formas de


uso de ocupação da terra no entorno dos pontos amostrais no R, assim como,
informações gerais sobre os aspectos geológicos, geomorfológicos, pedológicos e
climáticos da área.

Coletar e organizar os dados dos aspectos do meio físico em geral, citados acima, e
também das informações obtidas na avaliação ecológica da vegetação natural pela ficha
de levantamento.

Identificar os possíveis impactos e derivações ambientais no curso d’agua e em


fragmentos de vegetação natural do recorte escolhido.

Relacionar a metodologia e as diferentes técnicas de mapeamento em SIG para busca de


diferentes resultados e material técnico que possa auxiliar no planejamento ambiental.

Produzir com base nos dados, resultados que determinem as condições ambientais da
vegetação natural nos pontos, e propor possíveis formas de intervenção voltadas para
conservação ou restauração das App’s.

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REVISÃO DE LITERATURA

A natureza tem se alterado por múltiplos fatores, seja por seu processo natural
de mudança, ou devido as recorrentes intervenções que a sociedade tem realizado em
seu processo de desenvolvimento. A paisagem está estritamente condicionada a essa
mudança. A paisagem ecológica com suas formas de interações pode ser utilizada para
compreender parte dos processos de mudança que procedem na natureza. A constituição
da paisagem deve ser entendida como um processo sistêmico, complexo, altamente
composto e dinâmico. A paisagem não é a simples adição de elementos geográficos
disparatados. (BERTRAND, 2002).

A base teórica para o desenvolvimento deste trabalho se alinha com a ideia da


existência de influencias e interrelações entre os componentes do meio físico, e que o
constante fluxo de matéria afeta diretamente a ecodinâmica desses componentes, neste
caso, é essencial compreender as formas com que as áreas modificadas pelas práticas
antrópicas influenciam na conservação da biodiversidade de flora e fauna. A influência
antrópica na constituição desses ambientes está produzindo desequilíbrios na dinâmica
natural e pressões nas comunidades que nelas subsistem. Isto pode ser observado nas
intervenções realizadas em cursos d’agua, parcelas de solos, e áreas vegetadas do país.

Os meio ambientes no sentido estrito se tornaram exceção. Os


meios ditos naturais, florestas, cursos de água, litorais, estão na
verdade ampla ou remotamente artificializados. Sua própria
estrutura, e ainda com mais razão seu funcionamento,
consequentemente sua evolução, dependem largamente das
condições de sua transformação e de sua gestão pelas
sociedades sucessivas. (BERTRAND, 2002, p.
203)

A concepção premissa da existência de fluxos de matéria e energia no ambiente


é vital para o entendimento do geossistema, onde os componentes do meio realizam suas
trocas e tudo se transforma a partir de um sistema cíclico. Essa interação entre os
componentes produzem as unidades ecodinâmicas em que se baseiam os ecossistemas.
(TRICART, 1977)

O homem participa dos ecossistemas em que vive. Ele os


modifica e, por sua vez, os ecossistemas reagem determinando
algumas adaptações do homem as interações são permanentes e
intensas, qualquer que seja o nível de desenvolvimento técnico
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da sociedade humana.” (ROSS, 2009, p. 40, apud TRICART,


1977).

O estudo da fragilidade ou da qualidade de um ambiente ou ecossistema busca


essencialmente entender e apontar onde e em que medida o processo de transformação
da paisagem pode ser de maior ou menor intensidade. Sporl & Ross (2004) descrevem
de forma geral o que é uma análise da fragilidade de ambientes antropizados e destacam
que o seu entendimento depende primordialmente da noção integrada dos diferentes
aspectos ambientais que os compõem, sendo os mais incisivos, os tipos de solo e suas
ocupações, as formas de relevo, a geomorfologia, os recursos hídricos e a vegetação em
suas variadas fisionomias.
Para a execução deste estudo tomaremos como base alguns dos componentes
citados acima, e partir de suas analises será possível obter as condições e caracteristicas
gerais em relação ao solo, a geologia, a geomorfologia e a dinâmica hídrica e climática
da área de estudo.
Com isso, é necessário observar a relação entre os conceitos da ecodinâmica e a
própria ideia de ecossistema, que está integrado a paisagem, para elaborar-se um
panorama de como o avanço das atividades antrópicas agrícolas influenciam, e de que
formas ocorrem essas influências na qualidade e na quantidade em área (km²) de
remanescentes de vegetação natural nas App’s e demais fragmentos em geral, mesmo
que estejam em diferentes etapas de sucessão ecológica. É necessário um meio termo
que abarque o respeito aos recursos naturais e a possibilidade de um desenvolvimento
humano consciente. Ross (1994), destaca exatamente esta premissa.

Dentro desta perspectiva de planejamento econômico e


ambiental do território, quer seja ele, municipal, estadual,
federal, bacia hidrográfica, ou qualquer outra unidade, é
absolutamente necessário, que as intervenções humanas sejam
planejadas com objetivos claros de ordenamento territorial,
tomando-se como premissas a potencialidade dos recursos
naturais e humanos e as fragilidades do ambiente. (ROSS, 1994,
p. 64)

A partir desta relação dinâmica da natureza é necessário refletir sobre quais das
paisagens realmente ditas naturais, não sofrem de alguma forma impactos da atividade
humana sobre o espaço. Para ter essa certeza é preciso pensar em vários fatores, entre

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eles, que a extensão dessas áreas seja suficientemente grande para que as suas relações
internas não sejam, ou sejam minimamente afetadas pelas práticas humanas no exterior.

Deste modo, a base conceitual deste trabalho, oferece a tentativa de fornecer uma
discussão, mesmo que geral, da forma com que as diferentes atividades econômicas da
sociedade no meio rural, no caso, a intensa produção de eucaliptos e atividade
agropastoril, interferem nos demais elementos da paisagem que os rodeiam, fornecendo
bases para a criação de correlações e reflexões sobre esse continuo processo de
apropriação da natureza pelo homem e as consequências que esta dinâmica impõe direta
e indiretamente na qualidade dos cursos hídricos e dos remanescentes vegetais da região.
A principal contribuição do referencial teórico vai de encontro com a busca de novas
formas de pensar planejamento socioambiental e a criação de projetos que possam
colaborar para conservação da biodiversidade regional.

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METODOLOGIA

As áreas de estudo deste trabalho foram selecionadas e delimitadas segundo seus


atributos e características ambientais levantadas em uma analise previa e geral. Optou-
se em avaliar as condições ambientais das áreas de preservação permanentes de três
nascentes do Ribeirão Dom Tomaz, tributário da Bacia do Rio Sucuriú e pertencente a
rede de drenagem do município de Três Lagoas – MS. Segundo os levantamentos feitos
por Silva et al (2007), a microbacia do Ribeirão Dom Tomaz possui a área de
aproximadamente 90,25 km² e a sua classificação é de um canal de 3ª ordem.

A principio é necessario a coleta e organização de fontes bibliográficas que


possam oferecer um panorama geral das características e condições ambientais de toda
a área que engloba os quatro pontos de analises selecionados (Figura 1). Nesse sentido,
as informações prévias sobre o uso e ocupação do solo, pedologia, geologia,
geomorfologia e as caracteristicas de relevo e clima representam a construção da
primeira etapa da metodologia deste estudo.

Figura 1: Localização dos pontos de análise no Ribeirão Dom Tomaz.

Fonte: Google Earth, 2018

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A segunda etapa se baseia na coleta de dados sobre a vegetação natural em


campo, os dados que serão coletados fazem referência a uma serie de critérios
estabelecidos pela Resolução nº 1 estabelecida em 31 de janeiro de 1994, pelo Conselho
Nacional de Meio Ambiente (CONAMA 01/1994), dispondo de uma relação de critérios
para a definição de estágios de sucessão ecológica em diferentes localidades e biomas.

A ficha de levantamento de campo elaborada foi dividida em duas categorias de


análise. Na primeira categoria os critérios e atributos observados e avaliados foram os
mais gerais e possíveis de mensurar localmente e de serem confrontados em gabinete.
Entre os quais temos:

• Uso da terra predominante.

• Caracterização do solo e relevo.

• Indicadores de qualidade da água.

• Impactos e derivações ambientais.

Para a segunda categoria foi aplicada a avaliação dos estágios de sucessão


ecológica para o entorno dos pontos de coleta, com o objetivo de mensurar as condições
das áreas de preservação permanente, levando em conta que todos os pontos foram
fixados em cursos d’agua da região. Portanto, o atributo cobertura vegetal foi observado
segundo os seguintes critérios:

• Fisionomia.

• Estrato e produto lenhoso.

• Altura média das plantas.

• Diâmetro a altura do peito (DAP).

• Presença ou ausência de epífitas, trepadeiras e lianas.

• Presença e estágios de decomposição da serapilheira.

• Presença de sub-bosque.
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• Diversidade biológica.

Figura 2: Ficha de levantamento de campo.

Fonte: Autor.

Os levantamentos de campo serão realizados em três momentos diferentes da


pesquisa, o primeiro está previsto para o início da estação fria no final de junho de 2019,
a partir das informações obtidas neste primeiro campo será construída uma base de
dados com as caracteristicas fisionômicas da vegetação das App’s dos quatro pontos
amostrais. O segundo campo será realizado no inicio da estação quente e chuvosa no
início de dezembro com o intuito de comparar a evolução e a modificação nas condições

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da qualidade ambiental da vegetação riparia. O ultimo campo será novamente realizado


em junho de 2020, mas este apenas com o intuito de registrar fotograficamente as
mudanças que ocorreram na paisagem ao longo de um ano e consolidar as informações
coletadas durante a execução do trabalho.

Os pontos escolhidos serão analisados in loco nas atividades de campo e o seu


entorno será avaliado por meio da utilização de imagens do sensor OLI do satélite
Landsat 8 ® com o objetivo de identificar e analisar as ocupações do solo existentes nas
proximidades dos pontos amostrais, este processo será realizado a partir da definição de
um raio de estudo do qual o tamanho ainda deve ser definido.

As figuras a seguir trazem a visão geral das atividades que se desenvolvem nos
quatro pontos selecionados, o Ponto Amostral 1 está localizado nas coordenadas de lat.
20°32'33.55"S e Long. 51°45'24.67"O; o Ponto Amostral 2 esta em Lat. 20°33'46.11"S
e Long. 51°44'16.87"O; o Ponto Amostral 3 em Lat. 20°34'40.70"S e Long.
51°42'41.49"O; e o Ponto Amostral 4 em Lat. 20°35'19.51"S e Long. 51°43'47.50"O

Figura 3: Localização e características do entorno do Ponto Amostral 1.

Fonte: Google Earth, 2018

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Figura 4: Localização e características do entorno do Ponto Amostral 2.

Fonte: Google Earth, 2018

Figura 5: Localização e características do entorno do Ponto Amostral 3.

Fonte: Google Earth, 2018.

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Figura 6: Localização e características do entorno do Ponto Amostral 4.

Fonte: Google Earth, 2018.

A última etapa da metodologia proposta para este estudo esta condicionada a


realização de um mapeamento das App’s nas três nascentes escolhidas como recorte de
análise, para tal procedimento será necessario a obtenção de arquivos com Modelo
Digital de Elevação (MDE) da base de dados TOPODATA disponibilizada pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aliado a imagens de satélite Landsat
8® tratadas e reprojetadas para o Datum SIRGAS 2000 UTM 22S. Os arquivos .tif e
.shp serão trabalhados no software de mapeamento Quantum Gis 2.18® onde irá se
extrair a rede de drenagem completa do Ribeirão Dom Tomaz e a delimitação dos
divisores de agua de sua microbacia, posteriormente com a utilização desses dois
arquivos de base, serão realizadas as delimitações e classificações para a vegetação
presente nas proximidades do canal fluvial das nascentes em estudo, este procedimento
visa caracterizar a espacialização da vegetação de App e mensurar seus valores em área
comparando com o que se pede na Lei Florestal 12.651/2012.

Os dados tabulados em gráficos e tabelas, se somaram aos mapas obtidos em


geoprocessamento para a realização das correlações e discussões propostas no que
concerne á qualidade ambiental e o nível de conservação/degradação das áreas.
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ATIVIDADES E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

2019 2020
AÇÕES/ETAPAS F M A M J J A S O N D J
Coleta de material bibliográfico e técnico x x x x x x x x x x x
Caracterização prévia e geral do meio físico x x x x
Coleta de dados em campo x x
Organização e tabulação dos dados x x x x x x x x x
Elaboração de gráficos e tabelas x x x x
Elaboração de cartas temáticas x x x x

2020 2021
AÇÕES/ETAPAS F M A M J J A S O N D J
Coleta de dados em campo x
Elaboração de cartas temáticas x x x x x x
Correlação e analise dos resultados x x x x x x x x
Elaboração de artigos científicos x x x x x x x x
Qualificação x x
Redação definitiva x x x

RESULTADOS ESPERADOS, PRODUTOS E AVANÇOS

Com o avanço do estudo proposto, busca-se obter um conjunto de dados


qualitativos acerca do desenvolvimento ecológico da vegetação ciliar nas nascentes
escolhidas, observando a integridade das áreas de preservação permanente e os estágios
de sucessão ecológica da vegetação segundo suas fisionomias. O monitoramento da
vegetação nos pontos amostrais deve contribuir para embasar as correlações com os
possíveis impactos e derivações que a vegetação nativa sofre proveniente das atividades
agrícolas do entorno, esta analise e este resultado se basearam nas condições que
determinadas espécies vegetais e animais, indicadoras de qualidade ambiental podem
fornecer nas observações de campo.

A obtenção dos resultados passa por diferentes técnicas e metodologias, o material


obtido na fase de campo vai ser organizado através do preenchimento das fichas de
levantamento, da elaboração dos croquis para os pontos, do registro de fotografias e da
observação geral do entorno em cada um dos pontos de campo definidos e estes serão
denominado de resultados primários

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As tabelas e gráficos compõem parte dos resultados e funcionaram como base de


dados para a produção de mapas em SIG. O valor real em área total de App’s em Km²
de cada nascente será um dos principais dados de base para produção dos resultados,
dos quais devem relacionar a faixa de vegetação ciliar existente com a faixa faltante ou
que deveria constar como App’s.
As técnicas de correlação dos dados em gabinete se baseiam na análise e discussão
dos dados obtidos e na tabulação dos mesmos. Nesta etapa o geoprocessamento servira
como ferramenta para representação temática dos resultados obtidos ao longo do período
de pesquisa. A utilização de diferentes técnicas de mapeamento visa colaborar com a
demonstração de diferentes situações e caracteristicas da área estudada, seja na
mensuração e representação das App’s, seja na analise dos usos e ocupações de borda e
do entorno das nascentes ou mesmo na avaliação e projeção de faixas de restauração
ecológica onde a extensão e o volume da vegetação nativa não obedecem a legislação
vigente.
A observação e analise da qualidade ambiental de um recorte espacial precisa do
acompanhamento sistemático da variação temporal e ambiental da área ao longo de um
período, e este processo é um dos principais eixos para a realização de uma avaliação
ecológica completa e determinante, pois com o passar do tempo e das variações a
natureza altera sua dinâmica. Este projeto tem como seu principal objetivo a
possibilidade de obter resultados que ajudem no planejamento voltado para o
acompanhamento das derivações ambientais e para a melhoria nas práticas de
conservação florestal.

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IMPACTOS E BENEFÍCIOS ESPERADOS PARA MATO GROSSO DO SUL

Considerando a grande diversidade de recursos e riquezas naturais do estado do


Mato Grosso do Sul, este estudo tem como um de seus principais objetivos, a tentativa
de fornecer subsídios teóricos e técnicos para o monitoramento do desenvolvimento das
áreas destinadas a recuperação florestal e proteção da biodiversidade regional.

A biodiversidade de fauna e flora dos três principais biomas que compõem o


estado tem sido continuamente ameaçada pelo avanço das atividades antrópicas no meio
urbano e rural. A modernização da agricultura e da pecuária tem possibilitado a
ampliação das áreas de produção e consequentemente a redução das áreas de
preservação, das quais são de vital importância para a conservação e desenvolvimento
de espécies caracteristicas de biomas como Mata Atlântica e Cerrado presentes no
estado.

Como um dos principais benefícios deste projeto destaco a possibilidade de


ampliação e combinação das diferentes técnicas de avaliação de fragilidade e qualidade
ambiental para áreas de proteção, reservas legais, áreas de preservação permanentes,
reservas particulares do patrimônio natural e unidades de conservação em geral que
compõem o mosaico paisagístico e ambiental do Mato Grosso do Sul. A contribuição
deste trabalho também se estende a colaboração para criação de planos de restauração
ecológica e reflorestamento de áreas prioritárias para a biodiversidade.

Com isso, acreditasse que o monitoramento da evolução ecológica da vegetação


ciliar no Ribeirão Dom Tomaz, possa funcionar como base e deve colaborar com a
avaliação da qualidade ambiental dessas espécies vegetais e mensurar os impactos e
derivações que as atividades do entorno estão projetando nesta área. Com as técnicas e
resultados deste estudo abrem-se possibilidades de monitoramento ambiental da
vegetação e dos recursos hídricos em maiores escalas, contribuindo assim com a
preservação dos recursos naturais do estado.

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REFERÊNCIAS

BERTRAND, Claude et Georges – Une géographie traversière. L´environnement à


travers territoires et temporalites. Paris: Éditions Arguments, 2002, 311p.

BRASIL. Novo Código Florestal. Lei n° 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 de mai. 2012.
[on line] < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651.htm
>.

CONAMA - Resolução 01/1994. Disponível em: <


http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res94/res0194.html >. Acesso em 02 de
Ago/2018.

ROSS, J. L. S. Ecogeografia do Brasil: Subsídios para planejamento ambiental. São


Paulo: Oficina de Texto, 2006. 208p.

ROSS, J. L. S. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e antropizados.


Revista do Departamento de Geografia, 1994; 8: 63-74.

SPÖRL, C.; ROSS, J. L. S. Análise comparativa da fragilidade ambiental com aplicação


de três modelos. GEOUSP - Espaço e Tempo, n. 15, p. 39-49, 2004.

TRICART, J. Ecodinâmica. Rio de janeiro. IBGE, Diretoria Técnica, SUPREN, 1977.


91 p.

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Para preenchimento da Comissão de Seleção

Deferido: ( )

Indeferido: ( )

Observações:

Três Lagoas, _______ de ________________ de 201__.

__________________ _____________________ ____________________


Avaliador 1 Avaliador 2 Avaliador 3

OBS.:
− Deve ser grampeado, impressão em A4.

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