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Aluno: Marco Felipe Freire Silva Ornelas (Marco Sughatto) – Matrícula: 20192418008
Data: 25/01/2020
#SomosTodosUm
Percebimento
O que era para ser a empolgação da primeira de muitas semanas de aula, numa
Universidade movimentada, colorida, que respira arte e música. Virou uma aflição de meses
até todo mundo entender o que era a Pandemia, o que estávamos passando e qual era o nosso
lugar no meio disso tudo.
Sete meses se passaram e fomos convidados a retornar para aula, cada um em sua
casa, confesso que teve uma resistência muito grande de minha parte. Não me sentia em
condição mental para fazer uma aula desse tipo e em casa, não sentia que tinha o ambiente
para fazer esse tipo de aula. Pensei em todas as limitações, mas mesmo desanimado e ansioso
com o que poderia acontecer e como seria, não queria deixar de tentar o processo, me
permitir a ter essa oportunidade.
Então me permiti fazer as aulas, isso me fez observar que não existe um certo e
errado no processo, o simples fato de ter coragem de realizar o processo me fez perceber que
é muito mais importante o tentar do que o de fato conseguir algo no processo. Foram várias
tentativas fazendo os exercícios propostos que envolviam o Olfato, Paladar, tato, audição e
Visão. Também envolviam o Corpo e mente.
Durante a escrita desse texto teve um momento que me senti bloqueado para
escrever e voltei ao texto que eu mesmo apresentei na sala de aula o Continuum Movement,
este método de Educação Somática foi desenvolvido por Emilie Conrad. Nele é usado a
exploração de movimentos fluidos, ondulatórios, espiralados, deflagrados por nossas
respirações e sons, e executados dentro de possibilidades e ritmos pessoais.
A intensidade da vida urbana faz com que prestemos atenção aos ritmos
existenciais que se mais se aproximam dos que nos são impostos pelo cotidiano. A imagem de
um corpo-máquina fez com que perdêssemos contato com a fonte primordial da nossa
existência, fonte essa que é a fonte da inspiração, de ter movimentos contínuos e livres para
poder ser e fazer o que quisermos, sem as travas que construímos ao longo dos anos com as
crenças limitantes.
Parei de escrever por mais um tempo para olhar minha avó de 98 anos que estava
sentada, mas gosta de ficar muito de olhos fechados, perguntei para ela:
- Eu gosto (Avó)
- Mas o que você fica pensando enquanto está de olho fechado (Eu)
Embora eu ache que não tenha conseguido demostrar muito, existe uma vontade
e força muito grande dentro de mim de me expressar, tem um grande drama dentro de mim e
ao mesmo tempo humor, e na minha primeira apresentação eu tentei demostrar todas as
crenças e nós dentro de mim, tentei tirar essas amarras como se tivesse tirando nós dentro de
mim e libertando meu corpo, minha energia, meus chakras para serem livres para eu poder
voar e ser o que quiser ser.
Mesmo querendo escrever mais quero me limitar e ser enxuto e respeitar o meu
momento de fazer algo simples, porém de coração. É o meu melhor para o dia de hoje e o que
eu posso ser.
Quero agradecer imensamente o processo, a oportunidade de ter essas aulas, ao
todo apoio da professora, monitores e a certeza que nos vemos em breve. Obrigado de
coração.