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A: 2016007201 10º A
1. Real;
2. Civil;
3. Presumida.
A doutrina acrescenta também a hipótese da Lei nº 9.140/95 que reconheceu como mortos,
para todos os efeitos legais (morte legal), os “desaparecidos políticos”.
1 Morte Real
A personalidade civil termina com a morte física, deixando o indivíduo de ser sujeito de
direitos e obrigações.
Com este documento é lavrada a certidão de óbito, por ato do oficial do registro civil de
pessoa natural, sendo esta a condição para o sepultamento. Na falta do corpo, recorre-se aos
meios indiretos de comprovação morte real (também chamada de justificação judicial de
morte real).
Isto está disciplinado no art. 88 da Lei nº 6.015/73 (Lei de Registros Publicos ): "Poderão os
juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de pessoas desaparecidas em
naufrágios, incêndio, terremoto ou outra qualquer catástrofe, quando estiver provada a sua
presença no local do desastre e não for possível encontrar o cadáver para exame".
Se um avião explode matando todos os passageiros, há o óbito comprovado de todos;
entretanto, pode ser que não tenhamos os corpos de todos os passageiros. Mesmo assim
podemos dizer que houve a morte real, pela justificação judicial: não foram encontrados todos
os corpos, mas há certeza da morte de todos.
NOME: PAULO WELLINGTON R.A: 2016007201 10º A
2 Morte Civil
A morte civil era a perda da personalidade em vida. A pessoa estava viva, mas era tratada
como se estivesse morta. Geralmente era uma pena aplicada a pessoas condenadas
criminalmente, em situações especiais.
Atualmente, pode-se dizer ela não existe mais. No entanto, há resquícios de morte civil. Ex.:
exclusão de herança por indignidade do filho, “como se ele morto fosse” (vejam esta
expressão no art. 1.816, CC); embora viva, a pessoa é ignorada para efeitos de herança.
3 Morte Presumida
Ocorre quando não se consegue provar que houve a morte real. O tema é tratado inicialmente
pelos arts. 6º e 7º, CC.
Vejamos primeiro o art. 6º, CC, que é bem mais complexo, pois exige a declaração de
ausência, que está prevista nos arts. 22 a 39, CC. Ausência é o desaparecimento de uma
pessoa do seu domicílio.
A pessoa que deixa de dar notícias de seu paradeiro por um longo período de tempo, sem
deixar um representante (procurador) para administrar seus bens (art. 22, CC). Os efeitos da
morte presumida são patrimoniais (protege-se o patrimônio do ausente) e alguns pessoais (ex.:
o estado de viuvez do cônjuge do ausente).
A ausência só pode ser reconhecida por meio de um processo judicial composto de três fases:
1. Curadoria de ausentes;
2. Sucessão provisória;
3. Sucessão definitiva.
Com a sua volta opera-se a cessação da curatela, o mesmo ocorrendo se houver notícia de seu
óbito comprovado. No entanto, se o ausente deixou um representante para cuidar de seus
interesses, aquele prazo (de um ano) eleva se para três anos.
No processo de ausência a sentença do Juiz é dada logo no início do processo, para que se
inicie a sucessão provisória. Mas esta sentença determinando a abertura da sucessão ainda não
produz efeitos de imediato.
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O art. 28, CC prevê uma cautela a mais. Ou seja, concede um prazo de mais 180 dias para que
o ausente reapareça e tome conhecimento da sentença que determinou a abertura da sucessão
provisória de seus bens.
Assim, a sentença somente irá produzir efeitos 180 dias após sua publicação na imprensa.
Trata-se, digamos, de uma “última chance” que se dá ao ausente. Após este prazo, a ausência
passa a ser presumida.
Nesta fase cessa a curatela dos bens do ausente. É feita a partilha dos bens deixados e agora
são os herdeiros, de forma provisória e condicional (e não mais o curador) que irão
administrar os bens, prestando caução (ou seja, dando garantias de que os bens serão
restituídos no caso do ausente aparecer).
Nesta fase os herdeiros ainda não têm a propriedade; exercem apenas a posse dos bens do
ausente. Apenas se antecipa a sucessão, sem delinear definitivamente o destino dos bens
desaparecido.
Por isso os sucessores ainda não podem vender os bens. Os imóveis somente podem ser
vendidos com autorização judicial. A sucessão provisória é encerrada se o ausente retornar ou
se comprovar a sua morte real.
Se seu pai retornar posteriormente, o filho não será obrigado a restituir os aluguéis que
recebeu com a casa e nem o que lucrou explorando a fazenda. Já os demais sucessores terão
direito somente à metade destes frutos ou rendimentos.
Ou então terá direito ao preço que os herdeiros houverem recebido com sua venda. Se
regressar após esse prazo (portanto após 21 anos de processo), não terá direito a mais nada. É
interessante acrescentar que o art. 38, CC possibilita se requerer a sucessão definitiva
provando-se que o ausente conta com 80 anos de idade e que de cinco datam as últimas
notícias dele.
É nesta fase (na sucessão definitiva, ou seja, até 10 anos após o trânsito em julgado da
sentença de abertura da sucessão provisória) que também se dissolve a sociedade conjugal,
considerando-se rompido o vínculo matrimonial. É o que prevê o art. 1.571, § 1º do CC. Neste
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