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Abuso de Poder

Conduta comissiva – quando o ato administrativo é praticado fora dos limites legalmente
postos

Conduta omissiva- situações nas quais o agente público deixa de exercer uma atividade
imposta a ele por lei, ou seja, quando se omite no exercício de seus deveres.
Obs- Em ambos os casos, o abuso de poder configura ilicitude que atinge o ato decorrente
dele.

Avocação – É a tomada temporária de competência legalmente atribuída a um agente


subordinado por outro agente de hierarquia superior.

Delegação- É a extensão ou ampliação temporária de competência/atribuições de um órgão a


outro de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, tornando-se os dois competentes para
prática do ato enquanto durar a delegação.

Poder de polícia

É o poder que a Administração tem de restringir o exercício de liberdades individuais e


o uso/gozo/disposição da propriedade privada, sempre para adequá-los ao interesse público.

Obs- É uma atividade tipicamente administrativa e aplica-se a todos os particulares, sem


necessidade de demonstração de qualquer vínculo de natureza especial.

Atributos

 Discricionariedade - liberdade estabelecida em lei ao administrador para decidir diante


do caso concreto e só pode ser reconhecida como atributo do poder de polícia quando
este for entendido em sentido amplo.

 Autoexecutoriedade- é a possibilidade de a Administração Pública executar seus atos


sem precisar de ordem judicial. Só existe quando houver previsão legal ou quando, não
previsto em lei, for urgente para assegurar a segurança da coletividade.

 Coercibilidade- é a possibilidade de a Administração Pública impor seus atos,


independentemente do consentimento do administrado.

Vinculação – Se a lei não dá opções ao administrador público, estabelecendo qual a forma de


agir, o poder é vinculado. Nesse caso, a lei estabelece a única solução possível diante da
situação de fato, fixando todos os requisitos.

Discricionariedade -Se a lei dá opções ao administrador público, ou seja, certa margem de


liberdade de decisão de acordo com os critérios de oportunidade, conveniência, justiça e
equidade, o poder é discricionário.

Ato administrativo - São atos por meio dos quais a Administração Pública atua, no exercício da
função administrativa, sob o regime de direito público e ensejando manifestação de vontade
do Estado ou de quem lhe faça às vezes.
Quanto à formação – simples

Complexo

Composto

Elementos

Forma- Modelo determinado pela lei para exteriorização do ato administrativo. A regra para os
atos administrativos é a forma escrita.

Finalidade- É o escopo do ato. É tudo aquilo que se busca proteger com a prática do ato
administrativo.

Competência- Refere-se à pessoa que pratica o ato administrativo. A competência funda-se na


necessidade de divisão do trabalho entre os agentes estatais.

Obs- A competência administrativa é irrenunciável, porque criada por lei e atribuída ao cargo
ou função, não ao indivíduo.

Objeto- Aquilo que o ato enumera, dispõe, declara, enuncia, certifica, extingue, autoriza,
modifica. Consiste em determinar qual o efeito jurídico imediato que o ato produz.

Motivo- É a situação de fato e de direito que determina ou autoriza a realização do ato


administrativo, que serve de fundamento para a prática do ato administrativo.

Obs- teoria dos motivos determinantes

Por essa teoria, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, vinculam-se aos
motivos expostos, que devem corresponder perfeitamente à realidade. Os atos discricionários,
se motivados, ficam vinculados aos motivos dados.

Extinção

Anulação – motivada pela ilegalidade.

Revogação- motivada pela conveniência e/ou oportunidade da Administração.

Cassação- quando o beneficiário descumpre requisitos que permitem a manutenção do ato e


de seus efeitos.

Extinção – natural- é o cumprimento dos efeitos do ato.

Subjetiva- é o desaparecimento do beneficiário do ato.

Objetiva- é o desaparecimento do objeto do ato.

Caducidade- nova legislação impede a permanência da situação antes consentida pelo Poder
Público.
Contraposição- extinção por ato superveniente com fundamento em competência diversa de
efeitos contrapostos.

Renúncia- o beneficiário abre mão de uma vantagem que antes desfrutava.

Responsabilidade civil do Estado- tem o dever de ressarcir particulares por danos decorrentes
de atos praticados por seus agentes.

Objetiva – A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das prestadoras de
serviços públicos não depende da comprovação de elementos subjetivos ou ilicitude,
baseando-se somente em três elementos, quais sejam conduta de agente público, dano e nexo
de causalidade.

Teoria do risco administrativo- Por meio dessa teoria, a obrigação econômica de reparação de
dano pelo Estado surge pelo simples fato de se assumir o risco de exercer tal atividade,
independentemente da má prestação do serviço ou da culpa do agente público faltoso.

Teoria do risco integral- Segundo essa teoria, o ente público é garantidor universal e a simples
existência do dano e do nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de indenizar para a
Administração, pois não admite nenhuma das excludentes de responsabilidade.

A doutrina majoritária indica que esta Teoria do Risco Integral deve ser aplicada em
determinados casos, quais sejam:

 Atividade nuclear.

 Dano ao meio ambiente.

 Acidente de trânsito (DPVAT).

 Crimes ocorridos a bordo de aeronaves que estejam sobrevoando o espeço aéreo


brasileiro.

 Danos decorrentes de ataques terroristas.

Teoria do risco criado- Pela Teoria do Risco Criado ou Suscitado, a responsabilidade civil do
Estado é objetiva, mesmo sem a conduta do agente. Ela se aplica nas situações em que
existem pessoas ou coisas sob custódia do Estado.

Exemplos:

 Preso foge de presídio e causa danos na vizinhança.

 Preso se suicida dentro do presídio.

 Crianças morrem na escola em virtude de um tiroteio.

Subjetiva

Teoria da culpa do serviço- A Teoria da Culpa do Serviço diz respeito à responsabilidade civil do
Estado em casos de omissão.
É considerada subjetiva e seus elementos são:

 Conduta estatal omissa.

 Dano

 Nexo causal.

 Faute du service (culpa do serviço), ou seja, no caso ou o serviço não funcionou ou


funcionou mal ou funcionou atrasado – tudo isso por dolo ou culpa por parte do
Estado.

 Se o Estado tivesse atuado e fosse possível atuar, o dano teria sido evitado.

Responsabilidade do agente público- Os agentes públicos respondem somente de forma


subjetiva – ou seja, após a análise de dolo ou culpa – perante o Estado em ação de regresso.

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