Você está na página 1de 16

A mente - processos cognitivos, emocionais e conativos

Caracterizar a mente como um conjunto integrado de processos cognitivos,


emocionais e conativos
Durante muito tempo associou-se o conceito de mente á dimensão cognitiva do
ser humano. Falar em mente humana era o mesmo que falar em raciocínio, dedução,
abstração, juízos e conceitos.
Passado algum tempo, compreendeu-se que o funcionamento mental não se
reduz á dimensão cognitiva, á produção racional, abstrata dos conhecimentos.
Compreendeu-se que a mente humana implicava também a emoção, os sentimentos,
a afetividade e a ação.
Mente passa então a ser encarada como um sistema que integra os processos
cognitivos e também os processos emocionais e conativos. É uma manifestação total
de processos dinâmicos que interagem constantemente de forma complexa: os
processos mentais implicam-se mutuamente de forma integrada.

Funcionamento dos 3 processos mentais: 


 Processos cognitivos: estão relacionados com o saber, com o conhecimento,
reportam-se á criação, transformação e utilização da informação do meio
interno e exterior. Associam-se á questão “O quê?”. No âmbito dos processos
cognitivos, estudaremos a perceção, a memória e a aprendizagem. 
 Processos emotivos: estão relacionados com o sentir; são estados vividos pelo
sujeito caracterizados pela subjetividade. Correspondem às vivências de prazer
e desprazer e á interpretação das relações que temos com as pessoas, objetos
e ideias. Estão associados á questão “Como?”. No âmbito dos processos
emotivos estudaremos a emoção, o afeto e o sentimento. 
 Processos conativos: estão relacionados com o fazer, expressam-se em ações,
comportamentos. Correspondem á dimensão intencional da vida psíquica.
Estão associados á questão “Porquê?”. No âmbito dos processos conativos
procuraremos relacionar os conceitos de intencionalidade, tendência e esforço
de realização. 
 

O caracter específico dos processos cognitivos

Definir cognição
Cognição consiste no conhecimento humano e animal sob diferentes formas:
perceção, aprendizagem, memória, consciência, atenção e inteligência. 
Segundo Marc Richelle, cognição é o conjunto de mecanismos pelos quais um
organismo adquire informação, a trata, a conserva, a explora; designa também o
produto mental destes mecanismos, quer seja encarado de um modo generalizado
quer a propósito de um caso particular.  
Reconhecer a perceção, a memória e a aprendizagem como processos cognitivos
Os processos cognitivos são complexos, porque implicam um conjunto de
estruturas que recebem, filtram, organizam, modelam, retêm os dados provenientes
do meio.

Definir perceção
A perceção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o
mundo, que se caracteriza por exigir a presença da realidade a conhecer. Pela
perceção, organizamos e interpretamos as informações sensoriais. Por isso, a perceção
começa nos órgãos recetores (sensoriais) que são sensíveis a estímulos específicos.       
A perceção é uma atividade cognitiva que não se limita ao registo da
informação sensorial, implica a atribuição de sentido, que remete para a nossa
experiência. As perceções resultam de um trabalho árduo de análise e síntese por
parte do cérebro, destacando o seu caráter ativo e influenciado pelos conhecimentos,
experiências, expectativas e interesses do sujeito, é uma construção mental e uma
interpretação da realidade.

Explicar o processo percetivo


O nosso processo percetivo é construído por sistemas sensoriais: visão, olfato,
audição, tato, paladar e ainda pelo sentido do equilíbrio e o sentido dos movimentos
corporais. Estes sistemas sensoriais são sensíveis a determinados tipos de estímulos. 
Embora a receção sensorial seja diferente para os diferentes órgãos dos
sentidos, no processo percetivo existe 3 elementos: 
 Estímulo físico; 
 A sua tradução em impulsos nervosos; 
 A resposta á mensagem como perceção

Reconhecer a perceção como uma construção mental


As perceções não são cópias do mundo á nossa volta. A perceção não reproduz
o mundo como um espelho, o cérebro não regista o mundo exterior como um
fotógrafo tridimensional: constrói uma representação mental ou imagem da realidade.
Na perceção visual, que é a grande fonte de informação sobre o mundo, há
todo um processo biológico complexo em que o estímulo visual é transformado, não se
projetando no nosso cérebro como um slide num ecrã. Os estímulos luminosos, que
sensibilizam a nossa retina, são codificados em impulsos nervosos, que são
transmitidos pelos nervos óticos às áreas visuais do córtex, que os processam como
uma representação.´ 
É no nosso cérebro que se vão estruturar e organizar as representações do
mundo, é no cérebro que se dá sentido ao que vemos e ouvimos. Por isso se diz que é
no cérebro que se ouve, se vê, se sente o frio, o calor, os cheiros, os sabores. A
informação proveniente dos órgãos sensoriais é tratada pelo cérebro. É nesta
estrutura do sistema nervoso que ganha sentido e significado. 
Concluir que a perceção é uma interpretação da realidade/Enunciar algumas
manifestações da constância percetiva e o seu valor adaptativo
A visão que temos do mundo não é uma reprodução da realidade, mas uma
interpretação – constância percetiva. 
 Constância de tamanho: percecionamos o tamanho de um objeto ou de uma
pessoa independentemente da distância a que se encontra. Ora, o mesmo
objeto, apresentado a diferentes distâncias, forma na retina imagens com
diferentes tamanhos: quanto mais longe está, mais pequeno aparece. É no
cérebro que interpretamos os dados que recebemos. 
 Constância da forma: um objeto nunca forma a mesma imagem retiniana: a luz
é diferente, a incidência e o angulo do olhar diferentes também, a distância
muda constantemente. O reconhecimento envolve sistemas elaborados em
que intervêm a experiência anterior do sujeito, as memorias armazenadas, as
aprendizagens do sujeito. Por exemplo, nós percecionamos a porta como
retangular, mas quando a abrimos ela perde essa forma. 
 Constância do brilho e da cor: mantemos constantes o brilho e a cor dos
objetos, mesmo quando as circunstâncias físicas nos dão outra informação.
Percecionamos uma casa branca em plena luz do sol e mantemos constante a
cor, á noite, percecionamos o sangue sempre vermelho, a neve sempre branca,
independentemente da quantidade de luz

Enumerar fatores que contribuem para o caracter subjetivo da perceção


A nossa perceção do mundo é subjetiva, na medida em que percebemos o meio
que nos rodeia em função dos nossos conhecimentos adquiridos, necessidades,
interesses, valores, expectativas e experiências passadas.
É importante perceber que não percecionamos de uma forma neutra e
objetiva, mas antes individual, parcial e subjetiva. E é devido a esta última
característica que a perceção nos permite antecipar acontecimentos e prever
comportamentos, o que nos permite prepararmo-nos para eles.  
Por outro lado, a motivação e os estados emocionais, de cada um têm grande
influência na perceção que o indivíduo tem da realidade numa dada situação, por
exemplo, o nervosismo e o medo implicam, regularmente, uma distorção e ampliação
de factos que nos é incontrolável. 
Também o interesse que os acontecimentos e assuntos nos despertam é
importante para a perceção já que os estímulos percetivos são selecionados pela nossa
atenção e, por isso, tendemos a adquirir mais conhecimentos nas áreas que mais nos
fascinam.
Por fim, a subjetividade nota-se nas expectativas. Estas afetam as nossas
perceções levando-nos, frequentemente, à ilusão e consequente desilusão. 
Esclarecer o conceito de perceção social
Perceção social é o processo que está na base das interações sociais, ou seja, o
modo como conhecemos os outros, analisamos os seus comportamentos e
entendemos os seus perfis. É o modo como percecionamos as situações sociais e o
comportamento dos outros que orienta o nosso próprio comportamento. Por isso,
podemos afirmar que a perceção social está inteiramente relacionada com os grupos
sociais, a cultura e o contexto social do indivíduo.  
A predisposição percetiva mostra-nos que os indivíduos e os grupos sociais
atribuem significados particulares à realidade física, reconstruindo-a e, muitas vezes,
percebendo situações de modo diferente. Um exemplo disso, é o efeito dos
estereótipos e dos preconceitos na perceção.  

Mostrar que a cultura influencia o modo como o mundo é percecionado


A forma como percecionamos o mundo varia com a cultura, com o contexto
cultural. Reconhecemos que o modo como um chines, um europeu, um americano ou
um indiano representam o mundo, é diferente. 
A perceção de profundidade é também afetada pela cultura. A diferença de
tamanhos entre objetos é interpretada como estando a distâncias diferentes: por
exemplo um lápis estando mais longe, parece mais pequeno. 

Definir memória
A memória pode ser entendida como o registo de todas as experiências
existentes na consciência, bem como a qualidade, extensão e precisão dessas
lembranças. A memória é a capacidade do cérebro em armazenar, reter e recordar a
informação.
A memória está na base de todas as funções psíquicas: da perceção, da
aprendizagem, da imaginação, do raciocínio, etc. 
Não podemos conceber a vida humana sem memória. É a partir das
informações que o indivíduo possui que se adapta ao meio e atribui significado às
experiências vividas. Sem ela, seria impossível a transmissão e desenvolvimento
cultural. O homem seria um ser puramente biológico. 
É a memória que nos dá o sentimento de identidade pessoal: as experiências
vividas, acumuladas e que nos reconhecemos como nossas constituem o nosso
património pessoal que nos distingue dos outros e nos torna únicos. Sem memória não
existe identidade.
  A memória humana é limitada na sua capacidade de armazenamento e afetada
pelos sentimentos, emoções, experiências, imaginação e, ainda, pelo tempo.

Descrever os processos da memória


Cabe ao cérebro selecionar o que é relevante para assegurar a própria
sobrevivência do individuo e da espécie. Se registássemos e recordássemos todos os
estímulos, seriamos incapazes de responder adequadamente ao que efetivamente é
importante.  
O que o cérebro determina como importante, ou não, ocorre no processo
percetivo propriamente dito e no processamento da informação: 
 Codificar a informação sensorial; 
 Armazenar a informação; 
 Recuperar e utilizar a informação no processo de interpretação e ação sobre o
meio. 
 Existem dois tipos de recordações, aquelas que nos vêm automaticamente à
memória (Quantos anos tens?) e aquelas que requerem algum esforço (Quais
os processos de mundialização?). É nos casos de maior esforço que nós iremos
tentar associar a pergunta a alguma coisa para que a recordação seja mais fácil
e a isto chamamos de reconhecimento e de seguida após associarmos as coisas
iremos tentar lembrarmo-nos exaltamento aquilo que estas significam, o que é
a evocação. 

Distinguir memória de curto prazo de longo prazo


 Memória a curto prazo: memória que retém a informação durante um período
limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar para a memória a longo
prazo. Na memória a curto prazo, distinguem-se duas componentes, a memória
imediata e a memória de trabalho. 
A memória a longo prazo é um tipo de memória que é alimentada pelos materiais
da memória a longo prazo que são codificados em símbolos. A memória a longo prazo
retém os materiais durante horas, meses ou toda a vida. Na memória a longo prazo há
diferentes modalidades de armazenamento da informação para diferentes registos:
visual, auditivo, táctil e ainda da linguagem do movimento, e visto que as memórias
com origens diferentes são armazenadas em áreas diferentes do cérebro, a perda de
uma área não tem repercussões nas outras.
Distinguem-se, geralmente, dois tipos de memória a longo prazo que dependem de
estruturas cerebrais diferentes: a memória não declarativa e a memória declarativa. 

Caracterizar memoria imediata de memória de trabalho


Na memória imediata o material fica retido durante uma fração de tempo –
cerca de 30 segundos.
Na memória de trabalho o tempo pode-se alongar se repetirmos mentalmente
a informação. Neste tipo de memória integram-se outros registos em que a
informação se pode manter durantes horas (por exemplo, teres que trazer um teste
assinado no dia seguinte). Qualquer informação que tenha estado na memória a curto
prazo e que se tenha perdido estará perdida para sempre, só se mantendo se transitar
para a memória a longo prazo. 

Caracterizar memória não declarativa e memória declarativa


 Memória não declarativa: memória automática, que mantém as informações
subjacentes á questão “Como?” (como andar de bicicleta? como lavas os
dentes? como apertar as sapatilhas? como conduzir um carro?) Quando
desenvolvemos estes comportamentos, não temos consciência de que são
capacidades que dependem da memória. O exercício, o hábito, as repetições
do conjunto das práticas tornam essa atividade automática. Muitos dos nossos
comportamentos são essenciais á vida do dia a dia, dispensando a nossa
atenção. Para executarmos estas atividades não é requerida a localização no
tempo, nem reconhecimento, a não ser que nos perguntem por exemplo para
explicarmos por palavras como se atam as sapatilhas. A maior parte destes
comportamentos envolvem a atividade motora. A memória não declarativa é
também designada por memória implícita ou se registo. 
 Memória declarativa: implica a consciência do passado, do tempo, reportando-
se a acontecimentos, factos, pessoas. (Também designada de memória explicita
ou com registo). Distinguem-se, neste tipo de memória, dois subsistemas: 
o Memória episódica que envolve as recordações. Daí aparecer associada
ao termo “autobiografia”, porque se reporta a lembranças da tua vida
pessoal. É então uma memória pessoal que manifesta uma relação
íntima entre quem recorda o que se recorda. 
o Memória semântica refere-se ao conhecimento geral sobre o mundo.
Neste tipo de memória não há localização no tempo, não estando ligada
a nenhum conhecimento ou ação específicos, nem referenciado e
nenhum facto específico do passado. 

Reconhecer que a memoria é um processo ativo que reconstrói os dados que recebe
A memória é um processo ativo e dinâmico na medida em que não reproduz
fielmente aquilo que armazenou. A memória reconstrói os dados, o que implica que dê
mais relevo a uns, distorça outros ou mesmo os omita. Por outro lado, quando os
acontecimentos são muito emotivos, a memória deixa escapar pormenores que depois
são substituídos/reconstruídos pelo cérebro. Quem conta um conto, acrescenta um
ponto e, assim, quanto mais se reproduz o que aconteceu, mais elaborada e complexa
vai ficando a história, chegando a um ponto em que muitos factos não passam de
imaginação. 
No entanto, as representações que temos são sempre tão claras como se
fossem plenas reproduções da realidade, o que faz com que este processo ativo e
dinâmico nos passe completamente despercebido. Por este motivo, o mesmo
acontecimento pode ser descrito de formas bastante diferentes por diferentes
pessoas. Não mentem, apenas têm diferentes interpretações resultantes de diferentes
sentimentos, emoções e atenção. 

Mostrar que o esquecimento é um processo inerente á memoria


A memória é seletiva e limitada na sua capacidade de armazenamento. Por
isso, o esquecimento é condição essencial ao normal funcionamento da
memória. Podemos definir esquecimento como a incapacidade de recordar, de
recuperar dados, informações, experiências que foram memorizadas no passado. O
esquecimento pode ser provisório ou definitivo. Apesar de estar carregado de uma
imagem negativa, o esquecimento é essencial. Só continuamos, ao longo de toda a
vida, a memorizar informação porque conseguimos esquecer outra.
O esquecimento tem uma função seletiva e adaptativa, já que despreza a
informação inútil e desnecessária e os conteúdos conflituosos, impedindo um excesso
de informação acumulado no cérebro que bloquearia a captação de novos assuntos. O
esquecimento está, normalmente, mais relacionado com a memória a longo prazo
uma vez que, na memória a curto prazo, o tempo de retenção da informação é
demasiado curto: esta ou passa para a memória a longo prazo ou é apagada. 

Distinguir diferentes tipos de esquecimento


O esquecimento regressivo acontece quando há dificuldades em apreender
novas informações e relembrar conhecimentos, factos, nomes e números recentes. É
frequente ocorrer, maioritariamente, em pessoas mais idosas devido à
degenerescência dos tecidos cerebrais. Apesar disso, o envelhecimento pode ser
retardado com uma vida ativa, empenhada e equilibrada. 
O esquecimento motivado aparece na sequência da teoria do psiquismo
humano de Freud. Assim, esquecemos o que, inconscientemente, nos convém
esquecer. De forma a assegurar o equilíbrio psicológico, o cérebro tende a esquecer
todos os conteúdos que possam ser traumatizantes, dolorosos angustiantes,
fenómeno a que chamamos recalcamento. Através deste mecanismo de defesa, os
conteúdos do inconsciente são impedidos de atingir a consciência, diminuindo a
incidência de momentos tensos provocados por conflitos internos. 
O esquecimento por interferência das aprendizagens explica-se pela interação
das novas memórias com as mais antigas. As memórias mais antigas não desaparecem,
mas sofrem alterações por efeito da transferência de aprendizagens e experiências
posteriores que as tornam irreconhecíveis.

Definir aprendizagem
É o processo de modificação relativamente estável do comportamento ou do
conhecimento, devido à experiência, ao treino ou ao estudo e com uma função
adaptativa relativamente ao meio, sendo assim um processo cognitivo. Os
comportamentos aprendidos são adquiridos no processo de socialização, por exemplo,
a forma como andamos, a nossa linguagem, como arrumamos as nossas coisas, etc. 

Conhecer diferentes processos de aprendizagem: não simbólicas e simbólicas


Há comportamentos que estão diretamente associados com os estímulos do
meio e que são previsíveis a partir da presença do estímulo. Este tipo d
comportamento insere-se no que designa por aprendizagem não simbólicas
(aprendizagem não associativa e associativa). Outros comportamentos, como
cumprimentar as pessoas, são  aprendizagem simbólicas, porque envolvem a maneira
como interpretamos a realidade e como regulamos o nosso comportamento

Conhecer a aprendizagem não associativa


 Aprendizagem não associativa: o individuo aprende as características de um só
estímulo o que pode ser, por um lado, por habituação e, por outro lado, por
sensitização. 
Na habituação aprendemos a não reagir a um determinado estímulo por este
não ter importância, o que aumenta a nossa capacidade de concentração no que
realmente é essencial. 
Na sensitização aprendemos a apurar os nossos reflexos no caso de um
estímulo ser ameaçador ou prejudicial. 

Conhecer a aprendizagem associativa
 Aprendizagem associativa: é uma aprendizagem mais complexa, pois para se
aprender é necessário associar estímulos e respostas ou associar diversos
estímulos. Pode ser por condicionamento clássico ou por condicionamento
operante. 

Descrever a experiência de Parlov acerca do condicionamento clássico


Experiência do cão (1. Pavlov apresentava a carne ao cão e este salivava/ 2.
Depois apresentava a carne acompanhada pelo som de uma campainha e cão salivava.
Repetiu a associação carne + som/ 3. Ao ouvir apenas o som da campainha o cão
passou a salivar) 
Ao estudar os reflexos digestivos do cão, descobriu uma forma de
aprendizagem presente nos seres humanos e noutros animais: o reflexo condicionado. 
A descoberta que o investigador fez é que um estímulo (som), que não
provocava qualquer resposta especifica, depois de associado a outro estímulo (carne),
passou, por si só, a provocar a salivação. 

Conhecer a experiência por condicionamento clássico/Identificar os fenómenos


envolvidos no condicionamento clássico
Para compreender melhor este processo de aprendizagem passamos a
distinguir: 
 Estímulo neutro: estímulo que, antes do condicionamento, não produz a
resposta desejada (som da campainha inicialmente); 
 Estímulo não condicionado, incondicionado: estímulo de desencadeia uma
resposta não aprendida (carne); 
 Resposta incondicionada: resposta inata, não aprendida (salivar com o cheiro
da carne); 
 Estímulo condicionado: estímulo neutro que, associado ao estímulo
incondicionado, passa a provocar uma resposta semelhante á desencadeada
pelo estímulo incondicionado (o som, depois de associado á carne); 
 Resposta condicionada: resposta que, depois do condicionamento, se segue ao
estímulo, que antes era neutro (salivar quando ouve o som); 

Assim: 
 O estímulo incondicionalmente provoca resposta incondicionada – processo
inato não aprendido. 
 O estímulo neutro, durante o processo de condicionamento, transforma-se em
estímulo condicionado. 
 O estímulo condicionado provoca resposta condicionada. A resposta
condicionada e a resposta incondicionada sem semelhantes. 
 Podemos dizer que o cão aprendeu a salivar ao som da campainha. Este tipo de
aprendizagem, que se designa por condicionamento clássico (ou respondente,
ou pavloviano), está presente quer nos animais quer nos seres humanos. É uma
aprendizagem que não envolve a vontade do sujeito: o sujeito é passivo. 
Descrever a experiência de Skinner acerca do condicionamento operante
Experiência da “caixa de Skinner” (1. Colocou um rato esfomeado na caixa operante ou
Skinner/ 2. O animal explora o ambiente cheirando, deambulando no interior da
gaiola/ 3. Por a caso o rato aciona a alavanca recebendo uma porção de alimento/ 4. A
partir de várias tentativas bem-sucedidas, o rato passa a premir a alavanca para
receber alimento) 

Conhecer o processo de aprendizagem por condicionamento operante


Esta experiência mostra que o rato aprendeu a obter alimento: graças ao
reforço (consequência positiva), o animal aprendeu a carregar na alavanca.
Esclarecemos os conceitos de reforço, reforço positivo e reforço negativo.

Distinguir reforço positivo de reforço negativo


 Reforço: estímulo que, por trazer consequências positivas, aumenta a
probabilidade de uma resposta ocorrer. O reforço pode ser positivo ou
negativo. 
 Reforço positivo: estímulo que tem consequências positivas, agradáveis, e que
se segue a um dado comportamento (tu dizes uma asneira, eu riu-me dela
então tu continuarás a dizer asneiras pois recebes-te um reforço positivo da
minha parte) 
 Reforço negativo: o sujeito evita uma situação dolorosa, se se comportar de
determinado modo. É a eliminação do estímulo que permite evitar a situação
dolorosa (tu tens uma dor de cabeça, vais tomar um comprimido para evitar
que esta se torne pior, então como fez efeito tu irás passar a tomar
comprimidos sempre que te doer a cabeça pois o comprimido atuou como
reforço negativo) 
Quer o reforço positivo quer o negativo têm as mesmas consequências:
fortalecer, aumentar a ocorrência de um comportamento. Os dois tipos de reforço
aumentam a probabilidade que a resposta ocorra. É importante distinguir reforço
negativo e castigo: 
 Castigo: procedimento que diminui a probabilidade de ocorrer uma resposta
através do recurso a um estímulo aversivo. O castigo ou punição é infligido
quando não há uma resposta ou quando a resposta não é desejável. 
Enquanto o reforço negativo visa aumentar a ocorrência do comportamento, o
castigo visa diminuir ou evitar que um comportamento não desejável se repita. 
 Recompensa: procedimento ou estímulo usado para aumentar a probabilidade
de resposta. Correspondente ao reforço positivo do condicionamento
operante. 

Definir aprendizagem social na perspetiva de Bandura


A aprendizagem por observação e por imitação, também designada por
aprendizagem social ou aprendizagem por modelação, foi estudada pelo investigador
Albert Bandura, que desenvolveu um conjunto de experiências para mostrar a
importância da observação e da imitação na aprendizagem.  
Bandura confirmou que a experiência dos outros pode conduzir á aquisição de
novos comportamentos. Assim, um individuo pode adquirir um novo comportamento
a partir da observação de um modelo. Seria através de um processo – que o psicólogo
designa por modelação – que envolve a observação, a imitação e a integração, que
uma pessoa pode aprender um comportamento que passa a fazer parte do seu quadro
de respostas. 
Uma das questões que interessaram ao investigador foi conhecer as razões que
levam a que crianças que observem comportamentos agressivos não os reproduzam.
Depois de se ter assegurado que elas tinham memorizado as cenas, concluiu que não
bastava a observar e reter um comportamento para o imitar. A fase de execução
implica fatores internos do próprio sujeito. 
Foi esta constatação que levou Bandura a evoluir da teoria da aprendizagem
social para uma teoria cognitiva e social, considerando muito importantes as
capacidades cognitivas do sujeito. Cada individuo não é apenas produto das
circunstâncias da vida, é também o seu motor. Possui um conjunto de competências
que permitem a aprendizagem e o desenvolvimento: capacidade reflexiva para avaliar
o ambiente e se avaliar a si próprio. Neste contexto, a observação do outro permite-
lhe adquirir competências por modelação social. 

Caracterizar a aprendizagem com o recurso a símbolos


 Aquisição de conhecimentos: quando aprendemos algo novo, enquadramos
essas novas aquisições em esquemas cognitivos prévios que temos, o que
resulta num enriquecimento desses esquemas, numa modificação ou na
criação de um novo esquema. 
 Aquisição de procedimentos e competências: para executarmos uma
determinada tarefa, temos de desenvolver um conjunto de ações, que se
designam por procedimentos (para escrevermos temos necessariamente de
saber as letras, as silabas e desenhá-las, de forma a tornar a escrita uma ação
automática). 
Reconhecer que a aprendizagem é um processo pessoal que envolve a pessoa
na sua totalidade
A aprendizagem é um processo cognitivo que implica que o ser humano
interaja com o meio, a partir da sua experiência de vida. Para se adaptar, cada um de
nos tem de gerir a informação que recebe, tendo em conta as solitações da situação,
diferentes pessoas aprendam de forma diferente e que o resultado da aprendizagem
seja também diferente. E que a aprendizagem é um processo pessoal, que envolve a
totalidade da pessoa: o seu pensamento, as suas emoções, sentimentos e afetos, a sua
história de vida.

Identificar alguns processos do modo de aprender


 Motivação: A aprendizagem é mais clara e mais eficaz quando estamos
interessados por um determinado assunto ou tema. 
 Conhecimentos anteriores: Os conhecimentos anteriores servem de base a
novas aprendizagens. 
 Quantidade de informação: A nossa capacidade de aprender novas
informações é limitada, por isso é necessário proceder a uma seleção da
informação relevante. 
 Diversificação das atividades: Quanto mais diversificadas forem as abordagens
a um tema, maior é a motivação e a concentração e melhor decorre a
aprendizagem. 
 Planificação e organização: A definição clara de objetivos e a seleção de
estratégias é essencial para uma boa aprendizagem, pois planificar e organizar
promovem o controlo dos processos de aprendizagem. 
 Cooperação: A aprendizagem é mais eficaz se trabalharmos de forma
cooperativa, uma vez que a cooperação possibilita percebermos diferentes
perspetivas que ajudarão na resolução de problemas complexos.
 

Caracter específico dos processos emocionais


Reconhecer que as emoções têm um papel fundamental no processo de adaptação e
comunicação dos seres humanos
As emoções têm um papel fundamental no processo de adaptação e
comunicação dos seres humanos, na perspetiva do desenvolvimento da espécie e do
desenvolvimento individual

Esclarecer o  conceito de emoção


 Emoção: uma reação complexa a estímulos externos (mais frequentemente) e
também a estímulos internos, que se traduz em reações fisiológicas,
comportamentais, cognitivas, afetivas, sentimentais e em expressões faciais.

Assim:
 Tempo: a emoção tem um princípio e um fim. 
 Intensidade: cada emoção tem um tipo de intensidade. 
 Alterações corporais:  traduzem-se em várias manifestações corporais. 
 Causas e objetos: as emoções têm sempre uma causa e direcionam-se sempre
para um objeto. 
 Versatilidade: aparecem e desaparecem com rapidez. 
 Polaridade: podem ser positivas ou negativas. 
 Reações: são sempre uma reação a algo. 
 Interpretação: traduz uma interpretação dos factos.

Segundo António Damásio a 3 tipos de emoção:


 Emoções primárias: são as que aparecem na infância, ou seja, são úteis porque
permitem reações automáticas quando surgem determinados estímulos.
Alegria, tristeza, medo, surpresa, etc. 
 Emoções secundárias: são as que aparecem mais tarde na vida, ou seja,
implicam o recurso a aprendizagens já feitas. Vergonha, ciúme, culpa, orgulho,
etc. 
 Emoções de fundo: bem-estar, mal-estar, calma, tensão, etc. 

Distinguir emoções de afetos e sentimentos


Emoção:
 Têm origem numa causa, num acontecimento. 
 São reações corporais específicas, observáveis. 
 São públicas e voltadas para o exterior. 
 São automáticas e inconscientes. 
 Podem ser negativas ou positivas. 
 Variam em intensidade. 
 São de curta duração. 
 Têm princípio e fim. 

Afeto:
 Têm a ver com aquilo que nos afeta, são algo de que somos dotados. 
 São tendências para responder positiva ou negativamente a experiências
emocionais. 
 Ter afetos é ser dotado da capacidade de dar e de receber. 
 Exprimem-se através das emoções e têm uma ligação especial com o passado. 
 Exprimem-se em sentimentos e emoções. 

Sentimento:
 Não são observáveis, são privados e relacionam-se com o interior. 
 Prolongam-se no tempo e são menos intensos que as emoções. 
 Não se associam a nenhuma causa imediata. 
 Surgem quando tomamos consciência das nossas emoções. 

Resumindo: 
 Emoção: são processos desencadeados por um acontecimento que podem der
acompanhados 
 por reações orgânicas (fuga no caso de medo). 
 Afeto: exprimem-se através das emoções e constroem-se ao longo do tempo
(podem exprimir-se através do amor, do ódio, etc.). 
 Sentimento: são estados voltados para o nosso interior, isto é, não são
observáveis. 

Segundo António Damásio, existem três fases até termos consciência de um


sentimento
 1ª Fase - O estado de emoção: a emoção pode ser desencadeada  e
experimentada de forma inconsciente. 
 2ª Fase - O estado de sentimento: pode ser representado de forma não
consciente. 
 3ª Fase - O estado de sentimento tornado consciente: conhecido pelo
organismo que experimenta a emoção e o sentimento.

Identificar as componentes das emoções 


 Importante: a emoção não se pode circunscrever a uma única componente,
dado que cada uma tem grande influência em todas as outras. 
 Componente cognitiva: refere-se ao conhecimento do facto que desencadeia a
emoção. 
 Componente avaliativa: refere-se à influência que os nossos interesses e
necessidades têm na formação da emoção, logo, quanto mais importante for
para nós o acontecimento, maior vai ser a emoção desencadeada. 
 Componente fisiológica: refere-se às alterações corporais que se verificam no
indivíduo aquando da demonstração da emoção (aumento do ritmo cardíaco,
respiração ofegante, etc.). 
 Componente expressiva: refere-se às alterações físicas que se verificam no
indivíduo e que são visíveis aos outros (aumento do tom de voz, sorriso, choro,
etc.). 
 Componente comportamental: refere-se ao conjunto de comportamentos que
o estado emocional pode desencadear (agressão, crítica verbal, saltos de
alegria, gritos, etc.).
 Componente subjetiva: refere-se ao estado afetivo associado à emoção.

Conhecer a perspetiva evolutiva sobre as emoções defendida por Darwin e Ekman


 Segundo Charles Darwin: Darwin procurou traços comuns na expressão das
emoções em vários povos. Identificou seis emoções primárias: alegria, tristeza,
surpresa, cólera, desgosto e medo. Assim, Darwin considera que as emoções
desempenharam um papel adaptativo fundamental na história da espécie
humana, sendo determinantes na nossa capacidade de sobrevivência. 
 Segundo Ekman: Ekman procurou defender a sua tese, que consistia na ideia
de que povos diferentes sentiriam emoções diferentes. Assim, conseguiu
confirmar que há emoções universais, independentes do processo de
aprendizagem e da cultura em que se manifesta. Porém, não nega a influência
da cultura nas emoções, na medida em que há regras que controlam a sua
expressão. 

Mostrar que William James defende que a consciência das emoções depende da
consciência das alterações orgânicas
 William James: Defende que as emoções resultam das perceções do estado do
corpo, ou seja, que resultam da consciência das mudanças orgânicas
provocadas por determinados estímulos. Assim, o estado de consciência de
emoções como a alegria ou a raiva resume-se à consciência de manifestações
fisiológicas. Por exemplo, numa situação de perigo, o indivíduo não foge por ter
medo, mas tem medo por fugir. 

Conhecer a perspetiva cognitivista sobre as relações entre os processos cognitivos e


as emoções
De acordo com esta perspetiva, existe uma relação entre o que pensamos e o
que sentimos, ou seja, entre as nossas cognições e as nossas emoções. Assim, os
processos cognitivos são fundamentais para se perceberem as emoções, pois a forma
como representamos uma dada situação ou como a avaliamos é que desencadeia ou
não uma determinada emoção.

Enunciar as teses fundamentais da perspetiva culturalista


De acordo com esta perspetiva, as emoções são comportamentos aprendidos
no processo de socialização, ou seja, as emoções são uma construção social, que têm
que ser aprendidas. Neste contexto, as diferentes culturas definem o tipo de emoções
que se podem manifestar e como as manifestar, variando assim de cultura para cultura
a sua forma de expressão

Explicar as várias perspetivas contribuem para a compreensão das emoções


As várias perspetivas contribuem, com as suas interpretações, para a
compreensão das emoções e dos modos como se manifestam.

Reconhecer a importância das suas conclusões sobre as relações entre a razão e a


emoção
Quando temos de tomar uma decisão, é preciso: 
 Ter conhecimento da situação sobre a qual se tem de decidir; 
 Conhecer as diferentes opções de ação; 
 Conhecer as consequências de cada opção no presente e no futuro. 

Segundo António Damásio, as emoções e os sentimentos não são um obstáculo


ao funcionamento da razão, pois estão envolvidos nos processos de decisão. O
investigador chama a atenção para o facto de que se fosse apenas a razão a participar
nos processos de decisão, seria muito complicado tomar uma decisão, uma vez que a
análise rigorosa de cada uma das hipóteses levaria tanto tempo que a opção escolhida
deixaria de ser oportuna, ou então, perder-nos-íamos nos cálculos das vantagens e das
desvantagens. 

Analisar o papel de tomada de decisão na perspetiva de Damásio


Segundo Damásio, a tomada de decisão é suportada por duas vias que se
complementam paralelamente: 
 Raciocínio: a representação das consequências de uma opção é disponibilizada
pelo raciocínio: avaliação da situação, levantamento das opções possíveis,
comparações lógicas, etc. 
 Emoção: a perceção da situação provoca, ao mesmo tempo, a ativação de
experiências emocionais experimentadas anteriormente em situações
semelhantes.

Esclarecer o conceito de marcador somático


Marcador Somático: Mecanismo automático que orienta as nossas decisões:
Assim, não perdemos tanto tempo a analisar a situação; apercebendo-nos que seria
inútil analisar todas as possibilidades, poderíamos escolher uma à sorte; Actua como
um sinal de alarme automático que diz: atenção ao perigo decorrente da escolha de
determinada acção, protegendo-nos assim de prejuízos futuros, sem mais hesitações.
Os marcadores somáticos aumentam  assim a precisão e a eficiência do processo de
decisão.

O caracter específico dos processos conativos


Conhecer a especificidade dos processos conativos
Os processos conativos são as tendências do ser humano para agir
deliberadamente, ou seja, são as ações, os comportamentos.

A conação tem duas componentes: 


 Componente objetiva de execução: que se manifesta nos movimentos e que se
pode observar. 
 Componente subjetiva: uma disposição interna para a ação, que é a
conação. Assim, ligado à conação está ligada a motivação, o empenho, a
vontade, o desejo, ou seja, tudo o que move os indivíduos em direção a um fim
ou objetivo. 

Definir intencionalidade
A intencionalidade de um pensamento ou emoção existe quando esse mesmo
pensamento ou emoção é acerca de algo, ou seja, dizer que um estado mental tem
intencionalidade significa que ele é acerca de alguma coisa. Por exemplo, quando
pensamos, pensamos acerca de alguma coisa, logo, o pensamento é intencional.
Quando sentimos, sentimos em relação a alguma coisa, logo, o sentimento é
intencional. 

Definir tendências
A tendência é o impulso espontâneo que orienta a conduta do indivíduo, vai do
sujeito para o objeto, responde a uma necessidade interna e leva-nos a concretizar os
nossos próprios objetivos. É omnipresente, persistente e inacabada. Face a uma
necessidade, um desequilíbrio, há um impulso ou tendência que nos leva a querer
satisfazê-la rápida e eficazmente. Depois da resposta dada, encontramo-nos saciados
e, por isso, reequilibrados.

Descrever os elementos do ciclo motivacional


1. Necessidade: estado de desequilíbrio provocado por uma carência ou privação
(falta de alimento); 
2. Impulso: estado energético capaz de ativar e dirigir o comportamento (força
que move o individuo a obter comida); 
3. Resposta: atividade desenvolvida e desencadeada pelo impulso (procura de
alimento); 
4. Saciedade: redução ou eliminação do impulso (depois do alimento ser ingerido,
a fome atenua-se ou desaparece)

Distinguir, quanto à origem, tendências primarias e secundarias


1. Primárias: acontecem desde o nascimento e são independentes da
aprendizagem (ter fome, sede ou frio); 
2. Secundárias: são aprendidas no processo de socialização e correspondem
a necessidades sociais (tendência para as línguas ou para o desporto).

Distinguir, quanto ao objeto, tendências individuais, sociais, ideais.


1. Individuais: quando se relacionam com os interesses pessoais do
indivíduo (alimentação, descanso ou saúde); 
2. Sociais: quando estão na base de interações sociais e têm a ver com as relações
com os outros (afiliação, solidariedade ou irritação); 
3. Ideais: quando se relacionam com a promoção de valores intelectuais, estéticos
ou éticos (conhecimento, beleza ou justiça).

Mostrar o papel do esforço de realização no comportamento humano


O esforço de realização relaciona-se com o empenho para concretizarmos os
nossos desejos e objetivos, de modo que se tornam posteriormente em ações.

Indicar os pressupostos da teoria de Maslow/Distinguir os diferentes níveis da


pirâmide das necessidades de Maslow
Abraham Maslow desenvolveu uma teoria em que as motivações humanas se
organizam segundo uma hierarquia de necessidades representada numa pirâmide.
Segundo a hierarquia, a satisfação das necessidades superiores depende da
satisfação das necessidades inferiores, ou seja, apenas satisfazendo as necessidades
básicas, se passa para as necessidades psicológicas e, uma vez estas ultrapassadas é
que se consegue passar para as necessidades de realização pessoal.

Necessidades básicas:

 Fisiológicas: São as necessidades vitais para o ser humano, isto é, necessidades


necessárias para a sua sobrevivência: comida, bebida, roupa, etc.;
 De segurança: São as necessidades de se sentir seguro relativamente a
situações potencialmente perigosas: estabilidade, proteção, etc.

Necessidades psicológicas:

 De afiliação: São as necessidades de estar com os outros e de ser aceite pelos


outros: afeto, confiança, amor, etc.;
 De estima: São as necessidades de se sentir respeitado e estimado pelos
outros: reconhecimento, autoestima, prestígio, etc.

Necessidades de realização pessoal:

 De autorrealização: São as necessidades que cada um tem de realizar o seu


potencial: desenvolver talentos e criatividade individual

Você também pode gostar