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1. Noção de raciocínio/inferência
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Inferir consiste em chegar a novos juízos partindo de outros.
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Uma inferência é mediata se exige um termo mediador para passar de uma proposição a outra.
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Que conclusões podemos tirar deste quadrado?
i.
Transformámos a quantidade e a qualidade de uma proposição. A partir de uma única
proposição formámos novas proposições. Exemplo: a partir de “Todas as invenções são
úteis” podemos inferir as outra três.
ii.
Por oposição as proposições são:
Contraditórias ( A O ; E I )
As proposições diferem simultaneamente pela qualidade e pela quantidade, isto é,
quando uma é A e a outra O ou quando uma é E e a outra I. Trata-se da maior oposição
possível entre proposições; as proposições são completamente inconciliáveis. Não podem
ser ambas verdadeiras nem ambas falsas ao mesmo tempo; se uma é verdadeira, a outra é
necessariamente falsa, e vice-versa. Exemplos:
“Todos os cisnes são brancos” (A) “Alguns cisnes não são brancos” (O)
“Todo o x é y” “Algum x não é y”
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“Nenhum cisne é branco” (E) “Alguns cisnes são brancos” (I)
“Nenhum x é y” “Algum x é Y”
Contrárias ( A E )
Sendo ambas universais, diferem apenas pela qualidade, quer dizer, quando uma é A e
a outra E. Exemplos:
“Todo o portista é sectário” (A) “Nenhum portista é sectário” (E)
“Todo o x é y” “Nenhum x é y”
Sub-contrárias ( I O )
Sendo ambas particulares, diferem apenas pela qualidade (quando uma é I e a outra
O). Exemplos:
“Alguns benfiquistas praticam desporto” (I) “Alguns benfiquistas não praticam
desporto” (O)
“Algum x é Y” “Algum x não é y”
Subalternas ( A I ; E O )
Quando diferem apenas pela quantidade, isto é, quando uma é Universal-Afirmativa e a
outra Particular-Afirmativa (“Todo o x é y” “Algum x é Y”) ou quando uma é Universal-
Negativa e a outra Particular-Negativa (“Nenhum x é y” “Algum x não é y”). Se A é
verdadeira, infere-se que I também o será necessariamente (pois, o que se afirma do todo
também tem que se afirmar das partes); mas do facto de I ser verdadeira não se infere que A
seja verdadeira. De igual modo, se E for verdadeira infere-se que O também o será, mas não
o contrário.
Exercícios
3
“Nenhum homem é irracional”
“Nenhum irracional é homem”
“Todos os advogados são juristas”, converte-se por limitação em “Alguns juristas são
advogados”;
“Alguns metais não são corpos sólidos” (O) “Alguns metais são corpos não-
sólidos.” (I)
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Dito de outro modo: a conversão por limitação é a transposição dos termos com alteração da quantidade do sujeito da
proposição primitiva. Uma proposição universal afirmativa converte-se numa proposição particular da mesma qualidade.
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b) converte-se simplesmente5 a proposição particular afirmativa assim obtida:
Quadro síntese
Conversão Simples
(E) Nenhum S é P → (E) Nenhum P é S
(I) Algum S é P → (I) Algum P é S
Exercícios
5
Converter simplesmente = efectuar conversão simple.