Registro: 2019.0000042555
ACÓRDÃO
Voto
Vistos etc.
Recurso contrarrazoado.
Relato do essencial.
Decido.
fundamentos.
aparelho celular, modelo Xperia M5-DT, no dia 07/02/2017. O valor da aquisição foi embutido
nas parcelas do plano contratado. Além disso, arcou com o valor do contrato de seguro,
totalizando o investimento R$ 3.388,48 (três mil trezentos e oitenta e oito reais e quarenta e
oito centavos).
funcionamento. Por diversas vezes o encaminhou para a assistência técnica, mas, sem sucesso.
aparelho, que não foi cumprido. Requereu a devolução da quantia paga e a reparação dos danos
morais suportados.
controvertida não pode deixar de ser apreciada, portanto, sob a ótica protetiva do direito do
consumidor.
tampouco responder pelos danos pleiteados pela recorrida, uma vez que inexistiram ilicitude e
civil.
responsáveis pela reparação integral dos danos causados ao consumidor (art. 7º, p.u, do CDC),
HERMAN BENJAMIN e outros, in Manual de Direito do Consumidor, Ed. RT, 5ª ed., p. 117).
ou das partes, tratando-se de relação de consumo “tendo mais de um autor a ofensa, todos
responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo” (art.
7º e 25º).
fornecimento.
Nesse diapasão, perante o vulnerável por excelência (CDC, art. 4º, I),
como forma de proteção da facilitação de sua atuação em juízo (6º, VIII, primeira parte) e da
busca do direito subjetivo à reparação integral do dano (6º, inc. VI), havendo defeito ou vício
respondem pelos danos suportados pelo consumidor, sem prejuízo de eventual ação de
é objetiva, pois prescinde do elemento da culpa para sua caracterização, como regra,
foi oriundo de fato essencial (caso fortuito ou força maior), o que não se verificou no caso em
tela.
Ao contrário.
apresentou defeito, o encaminhou diversas vezes para a assistência técnica, celebrou acordo
com a fabricante, que não foi cumprido, suportando danos causados, portanto, exclusivamente,
transtornos suportados, por culpa exclusiva dos fornecedores, incluindo a recorrente, já que não
agiram com a cautela devida, configurando a hipótese de dano moral indenizável, conforme
assistência técnica. Contexto fático que releva muito mais do que mero
morais (R$2.000,00), merece prevalecer, pois, em hipótese alguma pode ser considerado
exorbitante. Além disso, é legítimo e adequado diante das particularidades do caso, a gravidade
do fato em si, a responsabilidade dos agentes, a condição econômica das partes, tendo sido
sua integralidade.
Ante o exposto e, considerando no mais que dos autos consta, pelo meu
voto, NEGO PROVIMENTO ao recurso, condenando a recorrente nas custas e aos honorários
Juiz Relator