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Assembleia Municipal do Seixal

E D ITAL
N.º 02/2021

Alfredo José Monteiro da Costa


Presidente da Assembleia Municipal do Seixal

Torna público, nos termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 30.º do anexo à Lei n.º 75/2013 de 12 de
setembro, que a Assembleia Municipal do Seixal reunirá em Sessão Ordinária, a 1ª de 2021, no
próximo dia 24 de fevereiro, pelas 20H00, por videoconferência, no âmbito do regime de exceção
que se vive presentemente em consequência da pandemia de COVID-19, e nos termos da Lei nº 1-
A/2021, de 13 de janeiro.
A Ordem de Trabalhos da sessão será a seguinte:

I – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.


II – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.

II.1. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.


II.2. Ata da 1ª Sessão Ordinária de 28 de fevereiro de 2020.
II.3. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.4. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
II.5. Grandes Opções do Plano e Orçamento 2021. 1ª Revisão. Aprovação.
II.6. Procedimento para contratação de empréstimo a médio/longo prazo para investimento -
Relatório final. Adjudicação. Aprovação.
Nos termos do n.º 2 artigo 18º do Regimento da Assembleia Municipal, a presente sessão poderá
ser repartida por duas reuniões, ficando desde já convocada a segunda reunião, a ter lugar no dia
útil imediatamente seguinte, no caso o dia 25 de fevereiro de 2021, para o mesmo horário e no

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mesmo regime, caso se verifique a necessidade da sua realização para conclusão do Período da
Ordem do Dia.
Para conhecimento geral se publica o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos
lugares habituais estabelecidos na Lei, por cinco dias (úteis) dos dez dias subsequentes à data do
presente.

Seixal, 19 de fevereiro de 2021

O Presidente da Assembleia Municipal

___________________________________________________
Alfredo José Monteiro da Costa

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020

A T A nº 01/2020
Aos vinte e oito dias de fevereiro de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 1ª sessão ordinária de 2020, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e por Rui Brás, em virtude
de a 2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, ter solicitado substituição, com a
seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº 2/2020 de 12 de fevereiro.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.
II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
III.1. Suspensão de Mandato de Maria João Evaristo de Oliveira Santos.
III.2. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
III.3. Ata nº 04/2019 - 2ª Sessão Ordinária, de 15 de abril de 2019. Aprovação.
III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.6. Procedimento para aquisição de imóveis destinados ao realojamento de agregados
familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do loteamento Quinta de Vale de Chicharos –
Aquisição de 6 frações e contratação dos respetivos empréstimos junto do IHRU.
Aprovação.
III.7. Desafetação do domínio público para o domínio privado municipal de uma parcela, com a
área de 3,000 m2, sita na Quinta de Vale de Chicharos, e constituição de direito de
superfície sobre a mesma parcela, a favor da CRIAR´T – Associação de Solidariedade.
Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Guerreiro Santos Barbosa, Custódio
Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Gonçalo Rui de Oliveira, Almira
Maria Machado dos Santos e Armando da Costa Farias e Raul Ramires.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Célia Maria Martins Cunha, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás,

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão, Rui Jorge Guerreiro Parreira e Maria
Virgínia Dias.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Carlos Lázaro.
Do PAN: Nuno André Baptista Nunes
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Hernâni Magalhães por Almira Santos, Ana Inácio por Armando Farias
e Rui Algarvio por Raul Ramires.
No grupo municipal do PS: Sara Lopes por Maria Virgina Dias.
No grupo municipal do BE: Francisco Silva por Carlos Lázaro em virtude de Ligía Maria Anjos e
Márcia Santana terem também solicitado a sua substituição.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.
A Sessão teve início cerca das 20:30h.
O Presidente da Assembleia Municipal disse:

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Damos inicio à sessão da Assembleia Municipal, que
é a 1ª sessão ordinária de 2020, começamos então pelo primeiro ponto que é o período de
intervenção da população e nesse sentido tem a palavra o Rui Sado, peço ao Senhor Presidente da
União de Freguesias, António Santos que nos apoie.”
I.1. António Santos, em nome de Rui Sado, disse: “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia
Municipal, Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Exmos. Senhores Deputados
Municipais, Exmos. Senhores Vereadores, população em geral, diz o Rui Sado, hoje em dia as
noticias surgem na comunicação social para aterrorizar o povo português como o corona vírus, não
digo que este vírus não existe, mas com essa obsessão não há outras de maior interesse geral,
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principalmente o nosso ???, começamos com o aeroporto do Montijo, os vários ?? sobre este
terminal são todos negativos e o Governo insiste nesta loucura, por isso, não posso deixar de
enaltecer as Câmaras Municipais do Seixal e da Moita por se oporem, como munícipe do Concelho
do Seixal quero também enaltecer a Câmara Municipal do Seixal pelo muito que tem feito ao longo
deste 45 anos após abril, tivemos as obras na freguesia do Seixal, vamos ter mais um
prolongamento da zona pedonal entre a PSP Seixal até onde se situava a antiga ponte do comboio
Seixal/Barreiro, hoje fala-se tanto em racismo e eu gostava de fazer uma pergunta desta tribuna,
não será por discriminação que a Câmara do Barreiro não quer fazer a ponte Seixal/Barreiro? Não
será discriminação do Governo, para com as populações do Seixal e Sesimbra, estar sempre a adiar
a construção do hospital do Seixal? Não será discriminação do Governo a não reposição das nossas
freguesias. Como cidadão fiz uma pesquisa aos projetos da Câmara e mais uma vez queria
agradecer à Câmara pelas obras que vai realizar, em particular, na freguesia de Arrentela e a
construção do coreto, cuja sua localização irá servir a Timbre Seixalense, a União Seixalense e a
União Arrentelense, disse o Rui Sado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, tem agora a a palavra o Senhor Carlos
Vieira, se faz favor.”
I.2. Carlos Vieira disse: “Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Presidente da
Câmara Municipal, Senhores Vereadores, Senhores eleitos, muito boa noite. Sr. Presidente mais
uma vez venho aqui relembrar um acontecimento, trágico há muito pouco tempo, ali para os lados
da Chamusca, em que o gás metano…. precisamente o que temos aqui no nosso aterro sanitário
do Seixal. Tivemos uma quarta feira cultural, há muito pouco tempo no Auditório da Junta de
Freguesia da Amora ... “A Terra e a Camada de Ozono”, pois o metano é um dos grandes
causadores da destruição da camada de ozono, incluindo outros gazes como… mas o metano é um
dos causadores que a nossa proteção, que se chama camada de ozono, destrói, portanto é o
senhor metano é um dos causadores que atualmente …. do aterro sanitário do Seixal. Outro ponto
que eu trago cá, Senhor Vereador do Ambiente, tenho aqui… sobre a reunião que foi pedida e
sobre um acontecimento, sobre uma construção que está em curso, na sexta fase, no lote 156, que
a meu ver, a moradia está a ser construida em cima de dois lotes , antes que haja mais problemas
com isso, na aquisição, na compra ou na venda ou no licenciamento de habitação, gostaria que
esta câmara fosse investigar o que se lá passa, se precisar de ajuda nós estamos lá. O terceiro
ponto, isto é uma coisa que me tem incomodado muito, eu não gosto que ninguém decida por
mim, não me leve a mal isto, eu não gosto, eu é que tenho que decidir o meu próprio caminho não
são os outros que nunca fizeram campanha que dizem vai-se debater isto e depois não, dá-se uma
injeçãozinha e está a andar vamos lá embora, quando dizem lá que tem que passar não sei por
quantas, tem que dizer uma, duas, três, quatro vezes que quero ser, como se a pessoa está
inconsciente? está ali de boca aberta, como é que ele pode manifestar-se se quer morrer? São
estas pessoas que hoje, naquela assembleia estão a querer matar, são aqueles indivíduos que
supostamente criaram as infraestrutura para a gente testar aquilo, isto é muito importante, foram

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Ata nº 01/2020
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este indivíduos , coitaditos , que já não sabem quem são, mas que querem dar uma injeção para ir
embora, foram eles … que criaram estas infraestruturas, pontes, estradas, auto estradas, ... e eu,
não me levem a mal, não gosto dessas decisões, quando temos uma população de sessenta e tal
por cento que não votou e quarenta e picos é que estão a decidir uma coisa que ... e não fazer
decretos-lei para aprovar isso como lei e dá-se uma injeçãozinha quando, se a memória não me
falha, naquela mesma assembleia, naquela casa, os animais de quatro patas foi aprovada lá … em
que eles morrem… velhinhos, mas os animais de duas patas levassem uma injeçãozinha e vão
embora… não levem a mal, parece que toda a gente que lá está se chamam Srs. Doutores e
Engenheiros e não sei quê e não sei que mais, a mim isto custa-me um bocadinho. Quarto ponto, o
IVA da eletricidade tenho ouvido isto muitos e os senhores eleitos a dizerem ao governo para
baixarem a pergunta que eu ponho aos economistas é se baixar o IVA da eletricidade a gente está
a baixar mas está a aumentar, se nós baixarmos o IVA da eletricidade, eu também gosto que ele
acabasse com os imposto mas depois o problema é este, começamos a importar… e eletricidade
mais energia elétrica mais importações de matérias-primas mais...em cima disso quando
chegarmos à conclusão no final estamos enganados mas aquilo que eu estava a querer dizer é o
seguinte, temos uma coisa tão boa hoje que é o sol, energia fotovoltaica, é isso, os senhores
membros da Assembleia devem dizer ao governo, então sim aí é que vão baixar o IVA da
eletricidade ….. pois se as pessoas durante o dia passavam a gastar a energia produzida pelo sol
em vez de estarem a gastar a energia produzida pelos senhores chineses, e já não gastavam os IVAs
já não gastavam nada disso
O Presidente da Assembleia Municipal disse: excedeu os cinco minutos...
Carlos Vieira - ah, então vamos para as hortinhas, eu não lhes chamo sociais chamo-lhes
recreativas porque fui um dos indivíduos que me candidatei à Qta. da Trindade e fui rejeitado
porque eu candidatei-me a uma hortinha recreativa só que ...nem tanto, só queria que
participassem qualquer coisa para que não esteja agora… mandaram-me uma carta a dizer que a
sua candidatura está fora ... “porque não apresentou a sua declaração de rendimentos” quando
isso não era obrigatório entregar, a declaração de rendimentos, a única coisa que eu peço aqui é
que na Qta. do Cortez, nos foros de Amora, há lá uma zona verde muito grande se podia criar lá
umas hortinhas, que não chamo sociais mas sim recreativas, de proximidade, porque ali na
Trindade o que lá vi foi indivíduos chegarem lá com o seu carinho, abrirem as portas do seu
carinho topo de gama …. isto é social ou recreativo? Outro ponto é o Hospital do Seixal e aqui eu
dirijo-me aos senhores da Assembleia da República … liquidar as pessoas, é assim que eu vou
chamar,… que construiram este país que hoje estão. Muito obrigado a todos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E a ultima intervenção é do Sr. Humberto Batardo,
se faz favor.”
I.3. Humberto Batardo disse: “Olá, boa noite a todos. Hoje eu venho aqui falar, já há muito tempo
que não entro nesta casa, há dois anos, desde o meu ultimo mandato como deputado da
Assembleia Municipal, também, mas hoje venho aqui como cidadão do Concelho do Seixal e não
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como militante de um partido, neste caso no CDS, mas venho sim como cidadão desde concelho e
venho aqui apresentar alguns considerandos e também algumas perguntas ao executivo da
Câmara. Senhor Presidente da Câmara, Senhores Vereadores, em primeiro lugar, e à Assembleia
Municipal, acho que esta pergunta… neste caso à Câmara e à Assembleia Municipal, que é a
seguinte: a população do Concelho do Seixal, estamos a falar do concelho em geral, continua a não
ter conhecimento dos dias e das horas desta Assembleia, não existe qualquer tipo de divulgação,
eu para saber perguntei a uma pessoa que está aqui presente, quando é que era a próxima
Assembleia Municipal, portanto, no site da Câmara muito pouca gente vai, mas temos redes sociais
onde pode muito bem ser divulgado, exatamente, as ações, neste caso, as Assembleias Municipais
e que não se vê, peço desculpa, já agora gostaria de saber onde é que posso encontrar quando é
que há as assembleias. Em segundo lugar, venho aqui falar sobre uma preocupação geral da
população, que muito em tenho falado também, as pessoas tem falado comigo, elas conhecem-
me, como é óbvio, como é normal, e às vezes perguntam-me e eu também não sei responder, e
hoje, venho também aqui fazer mais uma pergunta, que é, assim que a gente entra neste
concelho, pela entrada da auto estrada, ali no Fogueteiro, a gente vê uma coisa que muitas
pessoas ficam indignadas e que vai desde o Fogueteiro até Corroios, que é o lixo visual,
continuamos com imensos grafites, não estou a falar de grafites daqueles que são decorativos,
mas sim o lixo visual, chamado lixo visual, no ultimo mandato falou-se aqui sobre este assunto e
disse que se iria fazer alguma coisa, mas até hoje ainda nada foi feito, até a própria população do
Concelho do Seixal diz assim “e pá parece que estamos num gueto”, desculpe a expressão, mas a
expressão é exatamente esta, portanto, gostaria de saber se a Câmara tem alguma coisa para fazer,
fazer esta limpeza, existem outras Câmara Municipais no nosso país que o fazem, por alta
recreação, estamos a falar de juntas de freguesia que fazem por alta recreação, e , acho que a
nossa câmara podia também fazer, para ter uma boa imagem, não só de alguns sítios do Concelho
do Seixal mas também outros sítios que existem no nosso concelho e, principalmente,se formos a
ver, a Av 1º de Maio, então, aquilo é uma lástima, estamos a falar da Av. 1º de Maio que vai desde
o Fogueteiro até Corroios. Em terceiro e ultimo lugar, eu vou fazer aqui uma pergunta que é onde
eu mora, neste momento, eu moro no Miratejo e já agora eu faço essa pergunta que é, senhor
Presidente, o Miratejo está um pouco ao abandono, porque, se formos a ver, está cada vez mais
violento o Miratejo, eu moro num sitio junto ao mercado do Miratejo existe imensa violência no
Miratejo, existe ali constantemente violência e em segundo lugar, o mercado do Miratejo está
completamente morto, antigamente não estava, havia pessoas que nós íamos ao mercado hoje em
dia só existe duas bancas, acrescentaram uns palcos ali que, eu acho e, até a própria população diz
que não faz sentido, as pessoas com que eu falo, que eu sou dali, agora eu moro ali há 3 anos,
quase 4, e eu acho que o mercado do Miratejo devia voltar ao auge, já que estamos a falar em
lojas tradicionais, voltamos a … tradicional e, ali, mais uma vez e não acontece, mas pronto, a
violência também costuma a haver à noite, não estou a falar durante o dia, muitas das vezes a
população daquela zona tem que chamar a PSP para poder intervir e algumas das vezes a PSP nem
lá chega. Para finalizar, só mesmo para finalizar que eu esqueci-me deste ponto, que é em Fernão
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Ferro, da Rotunda do Marco do Grilo à Rotunda da Qta. Do Conde, acho que é a Av. 23 de
Dezembro, no passado falou-se e continua a existir ali atropelamentos e até ao momento, houve
aqui uma proposta…. Passo ali bastantes vezes e aquilo à noite é bastante escuro, numa proposta
que eu faço metam lombas como há em certos sítios aqui no Concelho do Seixal, existem lombas
de redução eu acho que era essencial haver ali lombas, porque existem ali imensas passadeiras e
muitas delas são bastante escuras. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Senhor Presidente da Câmara se
pretende intervir, Senhor Presidente se faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Boa noite. Breves notas sobre as questões colocadas
pelos senhores munícipes, não só agradecer-lhes o facto de se dirigirem à Assembleia Municipal
para poderem expor as questões que aqui trouxeram, … uns breves comentários, primeiro há um
tipo de credibilidade no Concelho do Seixal, há uma hegemonia que se constitui para o nosso
município e a forma, diria exemplar, que das comunidades do município vivem em harmonia e
esse é um objetivo que temos; dizer que fenómenos de racismo acontecem pontualmente e por
isso a nossa atitude será sempre do lado de quem promove o combate a este tipo de fenómeno e
nessa perspetiva a integração cultural que temos vindo a realizar no nosso município em conjunto
com as comunidades tem sido exemplar; somos um bom exemplo a nível nacional sobre esta
matéria. Dizer também que tomamos nota relativamente às preocupações que vieram
relativamente ao aterro sanitário inter-municipal; a Câmara Municipal tem vindo a colocar, ao
gestor e concessionário ou concedente, neste caso o concedente é o Estado Português, o
concessionário é o Grupo Mota-engil, temos vindo a colocar, quer ao concedente, ao Estado, quer
ao concessionário, que é o Grupo Mota-engil, que de facto aterro inter-municipal que tem
fortíssimos impactos negativos sobre as populações, não é hoje um sistema eficiente e, por isso,
ter-se-á que encontrar uma outra solução relativamente ao aterro sanitário inter-municipal do
Seixal para que cessem os impactos sobre as populações e se aumente a eficiência ambiental que
hoje já não existe, nesta perspetiva acompanhamos a preocupação do Sr. Carlos Vieira e estamos a
trabalhar para que se possa avançar para um outro estádio relativamente ao tratamento dos
resíduos no nosso município, aliás, a Câmara Municipal do Seixal é hoje pioneira na recolha, dos
chamados bio-resíduos que, são tratados numa central específica que é a Central de Valorização
Orgânica do Seixal e com a redução dos impactos com que os gazes que, se esse lixos fossem
colocados no aterro, iriam para a atmosfera, com este processo na Central de Valorização Orgânica
esses gazes são acondicionados e são transformados em energia elétrica sem impactos negativos
para o ambiente. O Pinhal Conde da Cunha é a localidade que está mais próxima do aterro
sanitário inter-municipal e, por isso os impactos sentir-se-ão de forma mais forte nessa localidade
e nesse sentido acompanhamos a população com as preocupações sentidas e também, digamos
assim, na perspetiva de podermos alterar aquilo que é o nível de tratamento e o nível de
tecnologia deste aterro sanitário. Sobre… vou fazer uma referência, penso que é um debate vai ser
aqui alvo na Assembleia Municipal, sobre IVA da eletricidade é lamentável, é lamentável,

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permitam-me dizer que … continuamos a pagar 22%, alguns eleitos presentes nesta sala fizeram
parte do contingente que aprovou na Assembleia da República a manutenção do IVA da
eletricidade a 22% , mas no entanto, reparem que existe aqui responsabilidades políticas evidentes
na manutenção desta taxa que é altíssima e que não promove aquilo que tem sido o
desagravamento fiscal, o desagravamento dos encargos das famílias em tantas e tantas matérias.
Sobre as hortas recreativas dizer que o município não só promove concursos para as mesmas,
alias, veio à reunião de Câmara, creio que há (...) atrás, na ultima reunião de Câmara, a abertura
para novo concurso de duas hortas urbanas e estamos a preparar uma próxima, que será no Alto
do Moinho, é a próxima horta urbana que vamos construir, neste momento estamos em
adjudicação dessa intervenção e, teremos com certeza, capacidade para mais pessoas como o Sr.
Vieira que quer também ter a sua parte neste projeto. Sobre o Hospital do Seixal dizer que ainda
há uma hora ou duas que a Senhora Ministra da Saúde Esteve aqui na Câmara Municipal num
encerramento de um congresso, que também acolhemos no nosso município, o nosso município
felizmente tem excelentes condições para acolher congressos e outros eventos e, por isso, hoje
tivemos aqui na Câmara Municipal o II Congresso da Associação das Unidades de Cuidados da
Comunidade, para quem não sabe, são áreas especificas dentro dos cuidados de saúde primários
que mais perto estão dos utentes no sentido de promover a saúde comunitária. Foi um congresso
importante, o congresso do Seixal onde podemos contar com a Senhora Ministra da Saúde, na
parte final da sessão, mas onde foi confrontada com o novo adiamento do processo do hospital do
Seixal, é lamentável, é lamentável, 180 dias úteis, 180 dias úteis, que os membros do júri tiveram
para classificar quatro projetos, que houvesse um indivíduo que, em 180 dias úteis, não tenha
conseguido classificar quatro projetos e, por isso,… a adjudicação, que estava prevista para junho
de 2019, depois passou para novembro de 2019, supostamente seria em fevereiro de 2020, agora
há-de passar novamente,talvez para maio ou junho de 2020. Já tinha enviado uma carta à Senhora
Ministra, hoje disse-lhe novamente que este tipo de situações são, de facto, lamentáveis. Até
parece que é de propósito, até parece que é de propósito, que se anda a adiar o hospital do Seixal,
por isso, acompanhamos,também, a preocupação colocada relativamente esta matéria pelo Sr.
munícipe. Iremos com certeza trabalhar na melhor divulgação das Assembleias Municipais, penso
que este é um dever da Câmara e, claro, da Assembleia, é uma matéria que nos deve preocupar. A
Assembleia Municipal é, por assim dizer, um dos órgãos máximos da democracia local e deve ter
ampla projeção e divulgação relativamente à sua realização, também dizer que relativamente à
arte urbana, que é diferente dos tags ou etiquetas ou assinaturas, nós somos dos municípios que
tem promovido e ajudado a promover a arte do grafíti, aliás, se hoje o Joel Farto, mais conhecido
como Vhils, é um dos grandes artista internacionais de arte urbana foi porque começou com o
grafíti aqui no nosso município, houve, por assim, dizer este contexto favorável à criação da arte
urbana e, a arte urbana não é má, é boa, deve ser promovida e estimulada e por isso a câmara
municipal, não só promove, de forma correta, o que são as boas práticas e a promoção da arte
urbana, através de um projeto dentro da área da juventude, como vamos agora avançar, não só na
identificação dos locais para esse efeito a que chamamos murais comunitários, como vamos, por
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outro lado, dar aos condomínios ferramentas ou equipamentos que permitam tirar essas
assinaturas inestéticas e que não são arte urbana, são poluição urbana, vamos avançar nessa
direção este ano; 2020 será o ano que iremos avançar com o referido. Depois sobre a questão de
Miratejo, a opinião do Sr. munícipe é legitima, como todas as outras, a questão da violência
acontece em todo o país e todo o mundo, não é exclusiva de um local, mas volto a referir o que já
disse nesta Assembleia Municipal, o Concelho do Seixal, dos dezoito municípios da Área
Metropolitana de Lisboa, no índice conjugado entre numero de crimes e gravidade dos crimes, tem
a quarta mais baixa taxa de criminalidade da região metropolitana quem tem a maior taxa de
criminalidade da região metropolitana, numero de crimes e gravidade, por habitante, portanto, o
índice é conjugado e é por habitante, para haver uma equivalência entre os dezoito municípios, é
por habitante, é o Concelho de Lisboa. O Concelho de Lisboa é o que tem o maior índice de
criminalidade e mais grave por habitante e o Seixal está nos últimos quatro, ou seja, é dos mais
seguros. Isto não invalida que existam bolsas e episódios de violência, naturalmente competirá às
forças de segurança tratar de forma a poder reduzir e ...esses focos . Sobre o mercado municipal,
eu diria que a questão dos mercados municipais é hoje uma matéria que está, de certa forma, num
determinado sentido, idêntica em todas as áreas metropolitanas em todas as áreas urbanas, de
facto, os mercados municipais já não tem a procura, já não tem a dinâmica de outrora, porque
existem hoje outras ofertas que respondem aquilo que são as necessidades das populações, isso é
mais um desafio para os gestores dos mercados, estou a falar da câmara, claro, e estou a falar das
juntas de freguesia, por isso, temos vindo a fazer um trabalho de tentativa de dinamização dos
mercados municipais, da sua reabilitação, da sua re-funcionalização para, também, podermos
continuarmos a ter naqueles espaços áreas úteis para serviço à população, por isso eu gostaria ,
por um lado dizer que a responsabilidade é do município, a responsabilidade é do município, da
câmara municipal, relativamente à pouca dinâmica, a segunda é para dizer que estamos a
trabalhar para podermos, em cada espaço e em cada área, podermos ter uma nova função para
esses mercados municipais. Sobre a Av. 10 de junho, que foi referida, a câmara municipal essa
repavimentou integralmente essa avenida há cerca de 3 ou 4 anos, fizemos agora uma empreitada
de passeios em toda essa avenida, falta apenas um troço central que está a aguardar a intervenção
da Divisão de Águas para… pública para fecharmos o passeio, para que possamos ter condições de
mobilidade pedonal, e claro as questões de segurança das passadeiras são muito importantes,
veremos esta matéria com mais cuidado como que o Sr. munícipe nos colocou. Agradeço uma vez
mais todas as questões colocadas. Muito obrigado Senhor Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado Senhor Presidente da Câmara, o
Senhor Presidente já referiu em relação à divulgação da Assembleia…. colocada a questão de onde
se pode consultar, bom, no site da câmara municipal ….

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II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos ao Período de Antes da Ordem do Dia
nós temos um conjunto de 15 documentos desses 15 documentos apenas um deles, que é do CDS-
PP, foi apresentado depois do período regimental, ou melhor depois do período até às doze horas
em que os documentos não carecem de leitura; neste caso o do CDS não sendo dentro do período
regimental como é evidente é necessário portanto a sua leitura. Começamos pelo primeiro
documento que é uma moção «Construção da Escola de 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Ensino
Secundário na Freguesia de Fernão Ferro», é da CDU e é subscrita por Paula Santos que tem a
palavra se faz favor.”
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Construção da Escola de 2.º e 3.º ciclos
do Ensino Básico e Ensino Secundário na Freguesia de Fernão Ferro», subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à ata com o número 1)
Paula Santos, da CDU disse: “A CDU trouxe à Assembleia Municipal uma moção em que coloca a
necessidade da reivindicação de uma escola para o 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Ensino
Secundário na Freguesia de Fernão Ferro esta é uma Freguesia que tem vindo a crescer é uma
Freguesia que tem vindo a crescer sobretudo em população jovem a escola que dá resposta a esta
Freguesia não tem capacidade para acolher todos os alunos de Fernão ferro acabando por muitos
estudantes terem que ir para outras escolas inclusive noutros concelhos é uma reivindicação e
uma necessidade que há muito está identificada inclusivamente na parte educativa e
recentemente foi entregue até uma petição na Assembleia da República com 4.360 assinaturas a
exigir exatamente a construção desta escola por isso aquilo que nós trazemos é exatamente neste
sentido por um lado salvar a intervenção por parte da comunidade escolar, dos pais, das
populações, por esta iniciativa e que a Assembleia Municipal possa através desta moção
manifestar a sua posição pela necessidade da construção de uma escola do 2.º e 3.º ciclos do
Ensino Básico e Ensino Secundário na Freguesia de Fernão Ferro.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições para esta moção? Quem é que pretende
intervir? Mais inscrições? Já temos uma Rui Mendes, Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, disse: “ O PSD Seixal é favorável à construção de uma escola em Fernão Ferro
faz todo o sentido e é necessário é favorável e sempre o foi e está preocupado com o bem estar
dos alunos que têm que se deslocar todos os dias para outras Freguesias e de tal forma que na 5.ª
sessão ordinária nesta mesma Assembleia propôs a utilização de autocarros municipais para a des -
locação desses mesmos alunos à escola, esta moção foi aprovada e esperamos que esta mesma
deliberação também seja cumprida pós-embora tenha sido aprovada sem os votos a favor da ban-
cada da CDU.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O Partido Socialista concorda com a necessidade dessa escola mas
vinha aqui fazer a sugestão para que ficasse mais completa e mais de acordo com a realidade esta
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moção tendo em conta que no 1º ciclo em Fernão Ferro existem 24 turmas entre o normal e em
turno duplo nove e apenas 7 salas de jardim de infância isso significa que pelo menos é necessário
também uma escola de 1.º ciclo em Fernão Ferro e assim a sugestão do Partido Socialista para
aprovarmos era em vez de ser construção de uma escola do 2º e 3º ciclo que fosse construção das
escolas do 1º 2º e 3º e ensino básico e secundário na Freguesia de Fernão Ferro introduzindo um
parágrafo em que se dizia: Tendo em conta que existem nove turmas em turno duplo uma grande
necessidade de salas de jardim de infância existe uma necessidade da construção de uma escola
do 1º ciclo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Não há mais inscrições pelo que
pergunto ao proponente? Se faz favor.”
Paula Santos, da CDU disse: “Muito rapidamente até tendo em conta as intervenções que foram
aqui proferidas nós trouxemos esta moção também com o objetivo de valorizar a intervenção e a
ação que foi desenvolvida pela população de Fernão Ferro pelos pais pela comunidade escolar com
o apoio das autarquias em particular a Câmara Municipal para a construção desta mesma escola,
mas há aqui uma diferença que eu creio que é muito significativa e que deve de ser feita, é no que
diz respeito às competências do município o município tem feito um esforço sabemos que ainda há
necessidade de reforçar esse investimento, mas o município tem feito um esforço de alargamento
da rede pública quer de jardim de infância quer do 1º ciclo, infelizmente não temos essa mesma
vontade por parte dos vários Governos e também do Governo do Partido Socialista relativamente
aos níveis de ensino que são da sua competência, por isso consideramos que esta moção está bem
como está porque ela reflete para já dar suporte e valoriza uma ação da população uma
necessidade que está identificada e que não há qualquer resposta porque contrariamente ao
Governo a Câmara Municipal tem realizado investimento tem procurado dar resposta quer na rede
do pré-escolar quer no 1º ciclo nesta freguesia tem sido alargada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende
intervir? Se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu gostaria de cumprimentar os promotores desta
iniciativa desta moção porque de facto esta é uma enorme necessidade da população de Fernão
Ferro que tem hoje as populações mais jovens do conselho é uma Freguesia que está em franco
crescimento mais que outras e aquilo que consideramos que é urgente é de facto existir uma
resposta dentro da Freguesia ao nível do ensino do 2º e 3º ciclo e secundário nomeadamente do
ministério da educação, foi desenvolvido um abaixo assinado com mais de 4 mil assinaturas está
neste momento na Assembleia da República portanto foi já objeto de aceitação por parte da
comissão de educação e a nossa perspetiva é que seja discutido esperamos ser chamados para
discutir na comissão parlamentar de educação esta necessidade e de facto a partir daqui os
partidos possam ter iniciativas que pressionem o Governo para fazerem aquilo que precisam fazer
porque na verdade o Seixal continua com as escolas do 2º, 3º e secundárias em situações
extremamente precárias, a pior é de facto a escola secundária João de Barros que é do
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conhecimento de todos, há 10 anos imagine-se, e por isso há que investir de forma decisiva na
educação, a educação é o futuro de qualquer Nação é o futuro das gerações e é o futuro do País e
por isso este desinvestimento crónico na educação tem que terminar tem que haver aqui uma
mudança e é isso que nós queremos também no concelho do Seixal o Governo tem que investir na
educação no concelho do Seixal, não só tem que reforçar as condições das escolas existentes como
também partilhar mais esforços no concelho para o que é necessário e o que é necessário é
efetivamente mais que noutros locais é na Freguesia de Fernão Ferro, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 01/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e seis (36 ) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal da CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada por unanimidade. Passamos
para a moção seguinte ou melhor são um conjunto de documentos dos grupos municipais e
portanto seguindo a ordem há 3 documentos sobre o aeroporto portanto com condições
diferentes é verdade, é uma saudação do PS, uma moção do BE, e um voto de protesto do PAN e
portanto nós vamos e com os líderes vamos fazer a apreciação em conjunto, cada um fará a sua
apresentação como é evidente, a apreciação em conjunto e depois a votação separadamente
como não podia deixar de ser; portanto nesse sentido começamos pela saudação «Construção de
um aeroporto do Montijo», é do PS e subscrita por Samuel Cruz que tem a palavra se faz favor.”
II.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «Construção de um aeroporto do
Montijo», subscrita por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 2)
Samuel Cruz, do PS, disse: “A extensão do aeroporto internacional de Lisboa para o Montijo é um
projeto estruturante para o desenvolvimento do País e para a península de Setúbal em particular
que corresponde a um investimento até 2028 de 1,3 mil milhões de euros trata-se do maior
volume de investimento de sempre na península de Setúbal e será responsável pela criação de
milhares de postos de trabalho qualificados na península de Setúbal no quadro da Área
Metropolitana de Lisboa a previsão contada pelos estudos é da criação de 10 mil postos de
trabalho e constitui uma oportunidade ímpar de emprego e de emprego qualificado para as
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populações da península de Setúbal e consequentemente para melhores condições de vida destas
populações este investimento é absolutamente imprescindível para o País dado que o aeroporto
Internacional General Humberto Delgado em Lisboa movimenta atualmente cerca de 30 milhões
de passageiros ano muito acima da sua capacidade para que está dimensionado 22 milhões de
passageiros ano com um investimento maior o aeroporto complementar do Montijo e o aeroporto
internacional de Lisboa passa a ter capacidade para movimentar no seu conjunto cerca de 50
milhões de passageiros ano aos longos dos últimos 50 anos foram estudados em diferentes
circunstâncias 17 localizações diferentes para este investimento tendo a localização do Montijo
obtido todos os pareceres positivos ainda que condicionados como acontece sempre numa obra
deste tipo, basta de estudo é preciso concretizar o projeto dentro dos parceiros ao projeto assume
especial importância o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente que ainda assim
prevê 160 medidas de investigação de impacto ambiental talvez a proteção da experiência dada
inicialmente ao aeroporto a medida de solução foi dos aviões e das operações (…) essas medidas
são da responsabilidade da concessionária do aeroporto que apresentou um investimento de cerca
de 48 milhões de euros mas repetimos o parecer da Agência Portuguesa do Ambiente é favorável o
desenvolvimento deste projeto é um ambicioso e importante pacote relacionado com novas
acessibilidades, ofertas de transporte de que se destaca uma nova ligação à capital assim como a
criação de dois barcos para a Transtejo; constam ainda do plano inicial de investimento as
travessias Seixal/Barreiro e Montijo/Barreiro infraestruturas que são inevitáveis fazer no quadro do
novo aeroporto complementar do Montijo; os autarcas do PCP na península de Setúbal assumem
nas últimas décadas como forças de apelo ao desenvolvimento desta região a ação do PCP na
península de Setúbal é bem conhecida de todos contendo como único propósito a conservação do
seu poder autárquico ao longo de décadas o PCP condenou a maioria do municípios da península
de Setúbal e teve sempre o princípio a opor-se a qualquer movimento transformador do território,
um novo confrontação com a administração central e sempre utilizando as populações como arma
de arremesso contra os diferentes Governos Centrais, a futura (...) do PCP nas autarquias é sempre
na prevaricação e não uma partilha de responsabilidade de desenvolvimento dos projetos que
afirmam o futuro da península de Setúbal a decisão da estrutura política do PCP bloquear o
projeto do novo aeroporto complementar do Montijo é absolutamente inaceitável; o PCP quer
levar o quadro legal de certificação dos aeroportos para travar na secretaria o que os estudos
técnicos garantem, a localização da infraestrutura da aeroportuária do Montijo é a decisão
tecnicamente mais viável para a expansão do aeroporto internacional de Lisboa seria absurdo e
mesmo desproporcional que apenas um ou dois municípios pudessem bloquear o investimento
mais importante do século na península, a propósito no expediente legal quanto à certificação de
um aeroporto ou de um aro-metro, os autarcas do PCP pretendem na realidade é continuar a
utilizar o poder local que lhes resta na península de Setúbal num jogo político para servir os seus
próprios interesses partidários, bloquear a decisão da localização do Montijo na expansão do
aeroporto internacional de Lisboa constitui uma gravíssima atitude dos autarcas do PCP porque se
traduz no desprezo pelo desenvolvimento deste território e das suas gentes; este é um
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investimento que diz respeito a todo o País e a esta região em particular e não a cada município
individualmente; bloquear o aeroporto complementar do Montijo é negar a oportunidade de uma
vida melhor a essas populações num território tão fustigado ao longo de décadas pelo
desemprego; a maior expressão da incapacidade do PCP em procurar consensos na península de
Setúbal espelha-se na total inoperância da Associação de Municípios da Região de Setúbal para o
qual a maioria comunista exige aos municípios valores de quotas substancialmente superiores às
quotas pagas para a Área Metropolitana de Lisboa; mas enquanto a Área Metropolitana de Lisboa
faz, e veja-se o passe social, não se reconhece nenhuma utilidade à AMRS; impõe-se pois
denunciar a atitude dos autarcas do PCP da península de Setúbal, em responsabilizar o poder que
ainda lhes resta nas autarquias da península com a mesma receita de sempre, opor-se a todo e
qualquer desenvolvimento lançando campanhas de desinformações e manipulação da opinião
pública e utilizar em particular supostas comissões de utentes para servir os seu interesse e
mobilismo e a obediência é cega ao seu diretor partidário; os cidadãos do Distrito de Setúbal não
merecem perder esta oportunidade de desenvolvimento desta região e por isso não deixaremos
de apoiar todas as iniciativas que garantam a concretização deste investimento tão importante
para o País e para a península de Setúbal em particular, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a moção do Bloco de Esquerda
«Pelo respeito pelo Poder Local e por um aeroporto que sirva o interesse publico», é subscrita por
Vítor Cavalinhos que tem a palavra se faz favor.”
II.3. O Grupo Municipal do BE, apresentou a moção «Pelo respeito pelo Poder Local e por um
aeroporto que sirva o interesse publico» , subscrita por Vítor Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 3)
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “Para prestar uma informação, é que os autarcas do BE também são
contra o aeroporto do Montijo e até os autarcas do PAN acho que também são, acho não tenho a
certeza que são contra o aeroporto do Montijo portanto e agora havemos de ver qual é a posição
do PSD mas isso depois ver-se-à o que é que vai até ao fim deste debate, o problema é que o que
Partido Socialista defende do aeroporto do Montijo os outros partidos nomeadamente o BE é
contra o aeroporto do Montijo os argumentos há argumentos de que a científica é a favor e há
argumentos muitos argumentos contra a opção do Montijo, e há um argumento económico que é
essencial o principal interessado na construção do aeroporto no Montijo é a (…) porque não sei se,
tenho muitas dúvidas que seja a grande montante da defesa do interesse público, e portanto a
questão essencial do ponto de vista do Bloco é que, somos contra o aeroporto do Montijo ponto, e
achamos e a nossa posição é uma posição que temos assumido nos diversos concelhos, é que o
Governo a localização do novo aeroporto deve ser dada deve ser feito um estudo que não foi feito
de uma avaliação de estratégia ambiental que nunca foi feita e portanto decorrente isso chegar-se-
à a uma solução pode ser seja ela qual for mas o que nós sabemos e a nossa posição e a nossa
convicção é que somos contra a solução Montijo e não gastar mais, esta é das discussões mais
discutíveis da sociedade portuguesa dos tempo não é só de agora, o problema (…) é que o
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Governo agora, acho que no cumprimento da lei, exato, o cumprimento da lei é uma coisa que
passa a ser uma coisa excecional, mas a questão que se põe é: o Governo não conhecia a lei? é
uma coisa extraordinária o Governo não sabia que aquela lei existia e portanto, agora, dois
municípios no exercício dos seus direitos podem impedir que se construa um aeroporto se a lei
permitir que isso aconteça e se esses municípios e suas populações estiveram com as convicções
que essa solução não é benéfica para os habitantes estão a exercer o seu poder legítimo isto é só a
democracia a funcionar agora não pode ser é conforme as nossas conveniências, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o 4º documento do aeroporto que é
um voto de protesto «Pela insistência do Governo na opção Montijo para o novo aeroporto
complementar», é do PAN e é subscrita por André Nunes que tem a palavra se faz favor.”
II.4. O Grupo Municipal do PAN, apresentou voto de protesto «Pela insistência do Governo na
opção Montijo para o novo aeroporto complementar», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4)
André Nunes, do PAN, disse: “Um ponto prévio: que me lembre, foi das poucas vezes que o
Samuel leu uma intervenção e a impressão que me deu é que nem tu acreditas no que disseste. O
PAN veio apresentar um voto de protesto pela insistência do Governo na opção Montijo para o
novo aeroporto complementar. "
A seguir leu integralmente o documento anexo à ata com o número 4.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos portanto proceder às intervenções, quem é
que pretende intervir neste conjunto de moções? João Rebelo. Mais? Duarte Correia. Mais? Não
há mais intervenções? Paulo Silva. Bom é a primeira volta, João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Em relação a estas três moções nós votaremos favoravelmente à
moção do Partido Socialista e votaremos contra à do PAN e BE; a posição do CDS, como sabem, é
conhecida, nós fomos favoráveis à solução Portela mais um, porque financeiramente é inviável
outra solução porque implica custos que rodam os 7 mil milhões de euros para o novo aeroporto
partindo do sobreposto que de facto precisamos de uma estrutura aeroportuária que corresponda
ao aumento do anúncio que tivemos de voos para Portugal e da chegada de enfim turistas e outros
que visitam por razões turísticas e também económicas e empresariais o nosso País, esse aumento
é evidente o aeroporto da Portela não tem capacidade para responder a todos os pedidos,
Portugal rejeita todos os dias voos que podem ser para aumentar o turismo ou outro tipo de
objeto e o que existe disponível na zona de Lisboa só permite de facto pensar-mos na utilização
que é atualmente a qualidade militar a base da força aérea para permitir essa alternativa, os
estudos estão feitos é a solução mais viável à pouco foi um assunto que eu enfim acompanhei
muito na Comissão de Defesa quando estava no parlamento porque inicialmente teríamos que ter
a certeza que as forças armadas, neste caso a força aérea, foram acomodadas todas as
possibilidades para garantir para que isso não acontecesse e foram feitos os estudos necessários,
quem acredita na necessidade de termos um aumento da oferta do aeroporto em Portugal só tem
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esta solução, e mesmo se podermos pensar eventualmente em Beja ou outro tipo de soluções eu
garanto que os operadores turísticos não querem saber disso porque tentou-se também essa
possibilidade porque eles não vão aterrar em Beja e demorar 3 horas a chegar a Lisboa ou ao
Algarve ou o que for para poder dinamizar essa, são a resposta que eles têm e são o que eles vão
dizendo e portanto nós temos que adaptar também a oferta que nós temos às próprias dinâmicas
do mercado, esta solução economicamente também é mais viável e parece-me ser o mais
importante, registo que o Partido Socialista de uma forma inteligente não ponha este seu voto
numa referência ao facto de defender que se altera a lei para abdicar-mos dos pareceres das
outras Câmaras Municipais também é por isso que nós votamos a favor nós achamos que toda a
gente tem que ter o direito a se prenunciar sobre isto os institutos o que era para fazerem assim o
fizeram todos o fizeram e se a lei obriga as Câmaras Municipais que serão diretamente enfim algo
de algum impacto seja ele de que ordem for devemos ouvir essas Câmaras Municipais mas o PS de
uma forma inteligente pôs essa questão e portanto nós votaremos favoravelmente esta proposta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Correia.”
Duarte Correia, do PSD disse: “A opção do Partido Social Democrata é muito clara, quem criou este
impasse foi o Partido Socialista, não cabe ao Partido Social Democrata alterar e nem nunca o fará
de alterar um diploma à medida, portanto ao PSD não compete rigorosamente fazer nada a não
ser manter a lei que está em vigor o que o Partido Socialista quer fazer aqui é alterar uma lei que
foi criada pelo próprio Partido Socialista portanto e o PSD não está disponível para isso, não está, a
posição mais clara que existe é esta oiçam-se as populações, oiçam-se os órgãos autárquicos e
cumpra-se a lei sempre foi assim nós aqui já defendemos que se cumprisse a lei num conselho
municipal da juventude à 10 anos que está para aprovado e ainda não foi aprovado por este
município, a lei é esta cumpra-se a lei, também não se entende como é que o Partido Socialista
propõe o aeroporto do Montijo e não executa ou não prevê a colocação de uma via férrea é
incompreensível, não é a aquisição de dois navios que vai mitigar o acesso ao aeroporto do
Montijo; como disse o João Rebelo, nós também fomos favoráveis à construção da Portela mais um
o País neste momento não tem dinheiro para construir um aeroporto novo de raiz é
incompreensível, dar-vos conta também que, e muito rapidamente que o tempo não é muito, o
aeroporto de Lisboa tem 2 pistas, tem a 1735 e tem a 0321; o que vai acontecer é o encerramento
da 1735, a pista secundária, para a construção de mais (…) o cais para pavimento de aviões
aumentando a capacidade do aeroporto da Portela; portanto muito sinceramente eu
pessoalmente não acredito que o aeroporto do Montijo esteja construído nos próximos 10 anos,
mas isto sou eu, é um pouco idêntico à construção do hospital do Seixal também não acredito que
dentro de 10 anos esteja construído, mas é o Governo do Partido Socialista que temos é este e a
posição do PSD está bem clara.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Silva.”
Paulo Silva, do CDU disse: “O Partido Socialista vem aqui assim em defesa da sua dama do Montijo
dizer que o PCP é o culpado de todos os males deste Mundo, mas é só o PCP que está contra o
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aeroporto do Montijo? Não é, já se viu aqui hoje que pelo menos há mais 2 forças políticas que
aqui expressaram essa oposição à pretensão do Partido Socialista, o BE e o PAN, mas são só estes
partidos que são contra?Não, organizações ambientais dão parecer negativo ao novo aeroporto no
Montijo, e uma entidade independente a ordem dos engenheiros agarra a opção do aeroporto no
Montijo portanto a nossa posição sermos contra não é só por sermos contra como o PS veio aqui
dizer, somos contra porque há argumentos muito fortes para sermos contra, argumentos esses que
são secundários quer por outras forças políticas quer por entidades independentes como estão as
organizações ambientais e a ordem dos engenheiros mas também não só os próprios operadores
da TAP já fez saber que não quer os seus aviões a voar para o Montijo considera que não é
adequado que não tem condições para os seus aviões voarem para o Montijo e quer continuar a
utilizar a Portela e não quer Montijo os próprios pilotos também já fizeram saber isso por questões
de segurança portanto há muita gente contra o Montijo pelas mais variadas razões e
principalmente porque não se justifica, o aeroporto do Montijo vem trazer um aumento da
qualidade de vida das populações? então é bom o PS ir para Fernão Ferro dizer isto quando é
sabido que Fernão Ferro aqui no concelho do Seixal vai ser fortemente afetada com os planos de
aterragem que vão obrigar os aviões a passar a baixa altitude em Fernão Ferro com um aumento
exponencial dos ruídos e para mitigar isto dizem que serão necessários 40 milhões quando é
sabido que as construções que estão feitas não estão preparadas para este nível de ruído não
estão preparadas para isso, isto vai ser prejudicial nomeadamente aqui para o Concelho do Seixal e
muito, e por isso os meus parabéns ao sr. Presidente da Câmara pela posição de defesa da
população que tem tomado, ao contrário dos eleitos do PS que não querem saber dos interesses
da população e só querem saber dos interesses do Partido Socialista interesses esses que vamos
ver quem é que defende quem é que está ao lado do PS, a multinacional (…) é o grande aliado do
PS juntamente com o CDS e parece que desde a última discussão do orçamento de Estado que o
CDS parece ser a muleta do PS sempre que o PS necessitar lá está o CDS a correr para os braços do
PS, estamos aqui assim olhem para nós estamos aqui assim à espera que vocês nos chamem que
nós vamos logo a correr, mas pior é que o PS aponta para esta solução do Montijo demonstrando
uma incompetência total é que desconhecia a lei a lei que foi aprovada pelo próprio Partido
Socialista e começou a anunciar tudo sem ter visto se havia as condições necessárias para poder
avançar com a obra, e não há, porque a lei aprovada pelo Partido Socialista a lei 186/2007 é clara a
considerar que todos os municípios que estão abrangidos e que estão na área do novo aeroporto e
que vão ter impacto nesses municípios têm que dar o seu apoio favorável e o PS já sabia
previamente porque tanto o Seixal como a Moita foram muito claros quando foi no início e quanto
à sua oposição não sei porque é esse espanto, só demonstra é que foram incompetentes na
maneira como conduziram o processo, para nós PCP a questão é simples Alcochete porque tudo
quanto é para todos a melhor solução e sobre isso nomeadamente a ordem dos engenheiros que
também considera que a alternativa do campo de tiro de Alcochete para o novo aeroporto de
Lisboa é a mais satisfatória é a única que interessa ao País porque pode permitir a condução da
construção do aeroporto de raiz com as pistas paralelas e de mais equipamentos aeroportuários e
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respetivas acessibilidades e meios de acesso configura os requisitos de um verdadeiro aeroporto
internacional e infraestruturas que o País não dispõe e que com a solução Montijo continuará a
não dispor, portanto para nós há um caminho, Alcochete, e todos os estudos apontavam para isso
e o Partido Socialista quer fazer tábua rasa com uma solução parece só que o Partido Socialista e a
multinacional (…) e com o aconchego do CDS que defende.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora mais intervenções em relação à apreciação
destes documentos, quem é que pretende intervir, é a segunda ronda para fechar, quem é que
pretende intervir? Não há? Parece que não há mais pedidos de intervenção, queria confirmar isso,
pergunto aos proponentes pela ordem se pretendam intervir? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Bem, o meu esclarecimento ao PSD que se enquadra aqui também na
última intervenção do eleito do PCP para dizer o seguinte: A moção não fala em alterar a lei isso foi
aliás muito bem referenciado por o João Rebelo está ali, salvar a decisão de fazer um aeroporto no
Montijo e portanto não há como confundir as duas coisas gostava de dizer isso à bancada do PSD e
ao Paulo Silva o PSD não está isolado o PSD tal como o PP também é a favor desta proposta o PSD
está contra é à alteração da lei que é uma coisa completamente diferente mas em relação à
proposta está de acordo portanto isso é a primeira questão, a segunda é o seguinte: Vai haver
sempre pessoas contra basta olhar para a história, a Portela teve um grande, quando foi
construída, um grande movimento contra porque havia um grande movimento na sociedade
Portuguesa que dizia para o aeroporto devia ser muito pobre porque a Portela era longuíssimo da
cidade e era uma coisa que não fazia sentido para ninguém portanto meus amigos desde o
Camões até ao velho do Restelo isto não tem novidade nenhuma iremos ter sempre, depois quem
está a pedir isto não é quem é contra o aeroporto o que está a pedir e o seu responsável diz é, o
aeroporto do Montijo é necessário, o atual modelo de negócio da TAP que é servir plataforma
giratória para a América do Sul não se coaduna com a autorização do aeroporto do Montijo mas é
aquilo que todos os voos que os passageiros têm como destino final Lisboa fazem sentido virem
para lá neste momento estamos em fevereiro foram recusados 300 voos no verão, 300 voos no fim
de fevereiro, imaginem o impacto que isto tem na economia nacional e é por isso que o aeroporto
do Montijo é necessário porque é mais rápido e mais barato esta é a verdade, por fim dizer,
confundir tudo, veio aqui Fernão Ferro, podia dizer Fernão Ferro podia dizer Seixal podia dizer
península de Setúbal podia dizer País, o que diz o estudo do impacto ambiental é que o cone de
aproximação poderá ter efeitos sobre o Pinhal do General o Pinhal do General faz parte de Fernão
Ferro mas não é Fernão Ferro assim como Fernão Ferro faz parte do Seixal e não é o Seixal é
limitado ao Pinhal do General, meus amigos querem dizer a que altura é que os aviões para
aterrarem no Montijo vão passar no Pinhal do General, bem aí se as casas por metro quadrado do
Pinhal do General passarem a valerem metade basta metade daquilo que valem hoje em dia em
Alvalade e lá é muito juntinho tenho a certeza que nenhum proprietário do Pinhal do General se
vai queixar, disse.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos pretende intervir? Não, André
Nunes? Também não. Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “O novo aeroporto de Lisboa decide-se em Paris,(aqui
houve uma interrupção do Sr. eleito Samuel Cruz).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Um ponto de ordem, pronto, mas o Sr. Presidente
da Câmara estava a intervir.
Samuel Cruz, do PS disse: “O ponto de ordem é por isto, é percebido que ia dar a palavra ao
Presidente da Câmara sempre foi assim o Sr. Presidente da Câmara tem direito de utilizar da
palavra mas é antes, antes da palavra final dos proponentes e portanto eu não me oponho a que o
Sr. Presidente da Câmara use da palavra mas desde já fica registado o meu direito de falar no final.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom verificar com o 1.º secretário e 2ª secretária
para de facto confirmar isso e entretanto dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Como estava a dizer o novo aeroporto de Lisboa
decide-se em Paris, não deixa de ser desconcertante verificar (…) e a sede política impediram o
mais elementar esforço nacional de previsão de planeamento agora que o aeroporto da Portela
está esgotado que constitui um travão à economia Portuguesa a pergunta constrangedora é como
foi possível uma cidade desenvolvida ter chegado aqui a este inevitável momento sem nada ter
sido feito para o antecipar ou pior ainda esforçando-se por negar que alguma vez chegaria durante
anos e anos a decisão de construir um novo aeroporto baseado em visões realistas no que era o
óbvio e ocasional foram algo injustas de (...) acusações de despesismo de esbanjamento de
recursos de megalomania eis o resultado pagaremos durante anos por nada ter sido feito e
devemos vários anos para o aeroporto internacional congestionar apesar de tudo agora está
esclarecido que é preciso fazer um novo aeroporto, passemos ao segundo ponto, onde fazê-lo, a
questão do Montijo essa solução seria, segundo os 2 lideres dos maiores partidos, a mais barata e
a mais rápida, é preciso andar depressa disseram, embora perceba esta pressa não estou de
acordo com a solução e gostaria de desenvolver alguns argumentos, o primeiro mais interessante é
de razão ambiental nenhum novo aeroporto internacional de uma capital europeia deve ser
construído perto de uma cidade ou ao lado de uma área protegida essa impossibilidade resulta da
legislação europeia sobre o ruído e da legislação europeia sobre conservação da natureza, um
segundo aspeto tem ainda a ver com a política ambiental, para construir o novo aeroporto
internacional que com vista acima de 2 mil e 100 metros a legislação ambiental em vigor impõe
cooperação entre lugares possíveis não permitindo o estudo de um único local previamente
decidido a razão é simples de perceber a questão fundamental é procurar a melhor localização
entre vários verificáveis como viáveis integrante na análise dos estudos ambientais é isso que se
chama avaliação ambiental estratégica, se na verdade a solução do Montijo for adotada ela será
única opção a única porque nunca teve um estudo comparativo com qualquer outra alternativa,
diz-se que a solução Montijo é a apresentada como a mais rápida de executar que a anterior
solução de Alcochete tal afirmação não é verdadeira recordemos que a solução Alcochete tem o
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projeto aprovado desde 2010 esse projeto está feito tem avaliação da tal estratégica aprovada tem
estudo de impacto ambiental viabilizado e tem também a respetiva avaliação ambiental aprovada
com o parecer positivo das Câmaras que a lei considera necessário operacionalidade do
entendimento a avaliação ambiental é válida até dezembro de 2020, isto é a solução Alcochete
tinha e tem todas as exigências ambientais cumpridas à muitos anos enquanto a solução Montijo
ou não as cumpriu ou ignorou os pareceres dos parceiros Camarários positivos necessários para a
sua construção se a questão fosse andar depressa a solução Alcochete estava e está à muitos anos
à frente das outras, depois temos ainda a questão financeira, a empresa Francesa Vinci foi vendida
à empresa ANA afirma que a solução Alcochete constituía um confortável investimento, ora bem,
não há outra forma de o dizer, o argumento não passa de uma artimanha, a solução Alcochete está
como é sabido concedida a ser executada por fases a primeira fase cuja teoria é uma etapa
intermédia em que o aeroporto de Alcochete funcionaria como complementar com o da Portela
tem uma pista de infraestruturas térrea e ar muito semelhantes às projetadas para o Montijo, ora,
para comparar investimentos devemos comparar apenas o que é comparável a solução Montijo
deve de ser comparada à primeira fase do projeto de Alcochete e não ao projeto definitivo de
Alcochete acontece que esta primeira fase tem custos de investimento análogos à solução Montijo
e por isso Montijo não é mais barato, o truque da argumentação consiste em comparar o custo
deste aeroporto complementar ao custo previsto para todas as fases de Alcochete é comparar o
que não é comparável, concluamos até que a pergunta final é esta, afinal quem é que indicou o
Montijo como opção? de onde surgiu esta ideia? A resposta é constrangedora a opção Montijo
mais Portela não foi escolhida com proposta de nenhum órgão da administração pública não foi
recomendada nem estudada por nenhum laboratório público de investigação não foi comparada
com outras de estudos ambientais ela parece resultar simplesmente da escolha da empresa Vinci
eis ao que chegámos, disse o engenheiro José Sócrates, agora palavras do Presidente da Câmara,
de facto é lamentável que se continue 10 anos após uma decisão que teve um amplo consenso
técnico e político novamente a não aceitar aquilo que foi esse amplo consenso técnico e político,
porque se houve forças políticas que estiveram de acordo à 10 anos atrás na solução Alcochete o
mistério que preside a este Sócrates veio colocar e que nós já colocámos, é porque razão se
escolheu o Montijo, qual é o mistério que fez agora o PS alterar a sua posição de 2010 para uma
posição em 2020, 10 anos depois, para o aeroporto que vai ter mais custos vai ter mais impacto
sobre as populações e vai ser um projeto sem futuro porque se Alcochete é possível ampliar um
aeroporto internacional, no Montijo é dinheiro deitado fora porque esse aeroporto nunca poderá
ser ampliado e será sempre um pequeno apeadeiro ou um pequeno terminal aeroportuário, por
isso à provocação dos Velhos do Restelo eu digo que o PS incide desde o 25 de abril os vendedores
do tempo vendem tudo o que podem até inclusive as suas decisões (...) estratégicas para o País
colocam à frente do interesse nacional o interesse dos privados por isso defender Alcochete é
defender o que deve de ser o futuro aeroportuário da região e do País é defender o
desenvolvimento correto sustentável de uma região e do País e não subjugar o interesse nacional
com qualquer interesse de grupo privado o que parece que comprou o Partido Socialista.”
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Ata nº 01/2020
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, pergunto então aos proponentes que
pretendem intervir? Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Bem, o Sr. Presidente da Câmara não encontrou nada melhor do que ler
um texto do José Sócrates para defender o texto (…) quem é que acedeu ao aeroporto do Montijo,
bem eu diria salve-se quem leu o texto, que foi o Presidente da Câmara, salve-se quem o assina o
José Sócrates, só falta saber quem é que o escreveu.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Vítor Cavalinhos e ao André se
pretendem intervir? André Nunes.”
André Nunes, do PAN, disse: “É só para anunciar que na próxima Assembleia Municipal nós
traremos uma moção contra as drenagens do Sado é a hora de conhecermos a posição do PCP pela
necessidade de desenvolvimento ambientais estratégicas.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então vamos colocar à votação os documentos, a
primeira votação é a saudação do PS «Construção de um aeroporto do Montijo».”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 02/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta saudação foi rejeitada com os votos a
favor do PS, PSD, CDS e os votos contra da CDU, BE, PAN e SFF. Alguma declaração de voto? João
Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “Só para recordar que foi um ministro do
CDS em 2014, António Pires Lima, que avançou em primeiro com esta solução de Portela mais um
no Montijo e portanto nós estamos a ser absolutamente coerentes como quando nós fomos
quando estávamos no Governo, só para lembrar algumas intervenções aqui que eram ideias que
nós andámos aqui a mudar ao sabor do vento, em segundo lugar quem é que aprovou este último
orçamento como tem acontecido nestes últimos quatro anos o Partido Socialista e este Governo
teve o apoio do PCP, do PEV, do BE e do PAN, agora remeteu à abstenção e permitiu que este
orçamento passasse, este orçamento foi obra que em relação ao Montijo estão recordados, vamos
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apostar e desenvolver o projeto Portela mais um no Montijo, portanto veja bem aqui as
incoerências destas coisas foi graças ao Bloco que é quem está mais a criticar que este orçamento
e agora vai permitir que se continue com esta proposta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quer ver que o CDS ainda vai para o Governo! Por
este andar. Ora, vamos passar para o documento seguinte, que é do Bloco de Esquerda é uma
moção «Pelo respeito pelo Poder Local e por um aeroporto que sirva o interesse publico».”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 03/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Cinco (5) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
• Quinze abstenções (15) dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto foi rejeitada com os votos a favor do BE,
PAN, JFFF, abstenção da CDU, e os votos contra PS, PSD e CDS-PP. Alguma declaração de voto?
Paula Santos se faz favor.”
Paula Santos, da CDU, em declaração de voto disse: “A CDU absteve-se nesta moção, porque na
parte deliberativa consta um ponto em que coloca que o Governo deve encontrar uma localização
alternativa ao Montijo, bom, esta localização já existe já tem os estudos de avaliação de impacto
ambiental comparando várias alternativas e tomou a opção pela construção do aeroporto do
campo de tiro de Alcochete, todo o restante da moção nós acompanhamos incluindo o ponto 1,
consideramos é que não há necessidade de encontrar uma nova alternativa porque ela já existe, é
Alcochete.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais algumas declarações de voto? Bruno
Barata, se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista como é consabido é a
favor da construção do aeroporto e portanto tendo votado contra e também deixar aqui bem claro
que nem sempre a solução Alcochete agradou a todos em 2010 à uma proposta de resolução do
PCP a travar também o aeroporto de Alcochete porque era contra o desenvolvimento de toda a
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zona a norte do Distrito de Setúbal e depois daí envia aos serviços da Assembleia Municipal para
dar a conhecer a resolução do Partido Comunista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Bom, é conveniente que uma declaração de voto
eu também não percebi, responsabiliza quem faz. Já não há mais nenhuma declaração de voto?
Não. Passamos para o documento seguinte que é do PAN é um voto de protesto «Pela insistência
do Governo na opção Montijo para o novo aeroporto complementar».”
Aprovada a Tomada de Posição nº 04/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este voto de protesto foi aprovado com os votos a
favor da CDU, BE, PAN e do JFFF, e os votos contra do PS, PSD, e CDS-PP. Declarações de voto? Não
há declarações de voto, é isso? É isso, muito bem, então passamos para o documento seguinte.”
II.5. O Grupo Municipal do PSD, apresentou uma moção «Pela manutenção e preservação dos
equipamentos desportivos municipais», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 5).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto seguindo a ordem é um documento do
PSD «Pela manutenção e preservação dos equipamentos desportivos municipais», é subscrita por
Rui Belchior que tem a palavra se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “O título da nossa moção é pela manutenção e preservação dos
equipamentos desportivos municipais e gostaria de começar inclusive com, citando o Sr.
Presidente da Câmara por uma expressão que ele já usou hoje aqui e que eu entendo que se
adequa aqui à apresentação da nossa moção pelo menos nesta primeira parte, não será tanto para
citar será mais para frasear que é: de facto é lamentável, foi esta a expressão que eu achei que se
adequava aqui e porquê? porque de facto chegou-nos como é evidente, chegou-nos ao
conhecimento por as mais diversas vias que quer a piscina municipal de Corroios e de Amora e a
pista Carla Sacramento estão muito degradados os equipamentos votados ao abandono e com
diversos problemas como a humidade, paredes descascadas por pintar por limpar, secadores

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estragados, falta de água quente, cacifos avariados e portanto esta moção é no fundo para tentar
perceber porque é que chegámos a este ponto aliás hoje já se falou também na questão dos
mercados e o que é que o resto das pessoas, e agora vou esperar têm a dizer em relação ao
assunto, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, intervenções em relação a esta moção, ou
melhor quem pretende intervir? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta matéria há um plano de recuperação e remodelação dos
vários equipamentos desportivos municipais alguns deles já foram recuperados outros estão em
plano para o serem penso que o Sr. Presidente até irá falar sobre isso, há uma coisa que eu desde
já tenho aqui para dizer, é que é impossível o que o PSD aqui afirma ou seja que há munícipes que
desistem de frequentar as piscinas do concelho para passarem a frequentar a piscina municipal do
Feijó aquela que foi encerrada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, mais intervenções? Não há pedidos de
intervenção, e tem a palavra o sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Vou pedir a intervenção do Sr. Vereador do pelouro do
desporto que tem esta área, por favor Sr. Vereador.”
O Vereador José Carlos Gomes,disse: “A questão colocada em relação a estes 3 equipamentos
municipais não corresponde totalmente à verdade, há efetivamente portanto são 3 equipamentos
que há várias dezena de anos têm sofrido algum desgaste mas que têm sido portanto reabilitados
têm sido portanto feitas pequenas intervenções no sentido da sua manutenção, eles estão
efetivamente a necessitar de uma intervenção profunda e essa intervenção profunda nós neste
momento temos o levantamento já das necessidades que são portanto feitas para que estes
equipamentos sejam novamente enfim reabilitados estruturados e estarem portanto ao serviço
daquilo que é as suas funções que é ao serviço da população temos portanto um plano já feito
daquilo que são as suas necessidades como disse temos orçamentos também já executados já
também feitos e vamos durante ao longo deste ano fazendo por várias fases as remodelações
necessárias destes 3 equipamentos, nomeadamente a piscina municipal de Corroios já foi feita
portanto uma intervenção no balnear dos técnicos e no balneário dos bebés portanto muito bom
mas necessita naturalmente de mais obra e essa obra é de facto profunda uma obra grande de
investimento de várias centenas de milhares de euros e que está no nosso orçamento e que vamos
ao longo deste ano como disse fazer, no que diz respeito portanto ao tempo de saírem da piscina
de Corroios para a piscina do Feijó portanto não compreendi o que quer dizer portanto à piscina
de Almada que se situa no Feijó penso eu não corresponde à verdade um ou outro indivíduo mas
não corresponde aqui a uma desertificação em que deixem a piscina de Corroios para outro lado
qualquer antes pelo contrário eu tenho aqui os registos portanto de janeiro de 2019 e que na
piscina municipal de Corroios estava portanto com 4685 utentes portanto por mês e em janeiro
2020 com 5679 e a piscina municipal de Amora com 3691 em janeiro de 2019 esta comparação
destes dois últimos meses com os dados que eu tenho e em janeiro de 2020 com 3942, isto
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naturalmente reflete-se também na receita em janeiro a piscina municipal de Corroios por
exemplo tinha em 2019 uma receita de 49 mil 157,34 euros e em janeiro 50 mil 289,13 ou seja os
equipamentos estão a servir a população estão a servir para o seu fim e neste momento não há
drama nenhum portanto que possa naturalmente colocar da forma como se colocou, parece que
está tudo estragado e que não está em funcionamento não é nada disso, tem-se feito portanto
várias reparações várias reabilitações sempre que necessário, estraga-se a sanita põe-se a sanita,
estraga-se o chuveiro põe-se o chuveiro, estas reparações vão-se fazendo, têm-se feito nalgumas
estruturas algumas reparações bastantes necessárias, mas também compreendem os senhores
eleitos são equipamentos de grande utilização e grandes condensações, portanto também de
humidade e que naturalmente pode haver uma ou outra situação que não agrade a toda a gente,
dizer também que o número de reclamações diminuiu grandemente em relação portanto às
questões das piscinas municipais, e à pista de Carla Sacramento vamos também não só colocar
portanto uma pista nova como também alargar a (…) e também tratar da unificar está no nosso
plano e vamos fazer isso investir, disse Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, Sr. Presidente só para concluir dizer que o
executivo municipal está profundamente empenhado em garantir a máxima qualidade dos
equipamentos municipais inclusivamente os desportivos, aliás tem sido notório o grande
investimento que temos vindo a realizar em equipamentos desportivos quer nas coletividades
quer no próprio município por isso como o Sr. Vereador referiu são equipamentos de grande
utilização são milhares de pessoas que passam principalmente nas duas piscinas municipais talvez
seja das piscinas municipais com mais utilização do Distrito de Setúbal claro que por isso tem um
desgaste também acentuado o município tem um plano de recuperação que está a executar e
vamos com certeza continuar para que tenhamos a melhor resposta possível e os melhores
equipamentos possíveis, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir? Sim,
se faz favor,.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Como é evidente nós não vimos para aqui inventar nada porque até
parece que cada vez que há uma espécie de indicação sobre os problemas que existem no nosso
concelho parece que é um ai Jesus que não se pode dizer nada porque estamos já aqui a falar ou
faltar com a verdade, não é isso que sucede portanto como calcularão não sou eu, até nem sequer
sou frequentador de nenhumas das piscinas e nem sequer da pista Carla Sacramento, mas são os
munícipes que me vêm contar e até está por aí para quem quiser ver nas redes sociais esse postal
ilustrado das condições dos balneários designadamente das piscinas nas redes sociais, não sou eu
que inventei eu falei com as pessoas fiz perguntas e a questão do Feijó se está agora fechada ou
não a informação que nós temos dita pelas próprias pessoas é que têm ido para Almada, para o
Feijó se está agora fechada também Corroios e Amora já tiveram períodos já tiveram fechadas
deve haver alguma razão, mas também não é isso o tema central da questão, o tema é o seguinte:
Num concelho em que acabaram os munícipes de receber flayers que estão por aí espalhados
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outdoors de investimentos, de promessas de investimento de 900 milhões etc., etc., e depois
termos os equipamentos neste estado, é isto que quanto a mim é inadmissível e inaceitável e
lamentável; e acaba aqui o Sr. Vereador e dos esclarecimentos que fez e o Sr. Presidente tem de
admitir que é necessário uma intervenção profunda, porque uma coisa que precisa de uma
intervenção profunda é porque está degradada e nós sabemos portanto que na pista Carla
Sacramento chove dentro do edifício em quase todas as áreas e que há portanto na pista e o Sr.
Vereador já confirmou, a necessidade da sua substituição há buracos que cabe um pé de uma
pessoa portanto acho extraordinário chegar as coisas a um ponto destes, portanto era só isto que
queríamos dizer sem nenhum (…) estar aqui a fazer uma denúncia digamos falsa é apenas a
constatação de factos indesmentíveis, queria dizer e sublinhar. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção do PSD.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 05/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
- Do grupo municipal do PAN: 1
. Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
do PS, PSD, CDS-PP, PAN,JFFF, e a abstenção do BE e os votos contra da CDU. Há alguma declaração
de voto? Não há declarações de voto, então passamos para o documento seguinte.”
II.6. O Grupo Municipal do CDS/PP apresentou a recomendação «Requalificação dos
balneários da Piscina Municipal de Corroios».
(Documento anexo à ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do CDS é uma recomendação sobre
«Requalificação dos balneários da Piscina Municipal de Corroios», subscrita pelo João Rebelo se faz
favor, tem a palavra.”
João Rebelo, do CDS/PP, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 6.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta recomendação, quem é que
pretende intervir? Não há pedidos de intervenções, confirmamos isso, dou a palavra ao Sr.
Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu penso que à pouco na nossa intervenção do
executivo ficou patente o esforço que estamos a fazer de requalificação dos equipamentos
desportivos municipais portanto a mesma moção já refere que houve uma obra de requalificação
da parte dos balneários seguir-se-à a outra, existirão sempre críticas relativamente às obras que
são realizadas umas pessoas querem os chuveiros mais acima outros quererão mais abaixo isso é
natural, neste caso queixaram-se as pessoas que querem ter os chuveiros mais abaixo serão
matérias que naturalmente iremos analisar do ponto de vista técnico para que se necessário
poder-mos corrigir uma próxima intervenção, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, eu pergunto ao João Rebelo se pretende ainda
intervir? Não, ah… já não tem tempo, então vamos colocar à votação:”
Aprovada a Tomada de Posição nº 06/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declarações de voto? Não há, passamos para o
documento seguinte.”
II.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Transportes AML», subscrita por
Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É da CDU uma Saudação «Transportes AML»,
subscrita por Paulo Silva que tem a palavra se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 7.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Já temos uma mas mais
intervenções? Bem, Rui Mendes se faz favor.”

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Rui Mendes, do PSD, disse: “O PSD não vota favoravelmente nenhuma saudação à Assembleia da
República às autarquias como tem sido prática corrente nossa e até de outras bancadas como a do
BE muito menos votar uma saudação a concursos que ainda não estão fundamentados, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Bom, não há pedidos de
intervenção é isso? Então pergunto ao sr. Presidente da Câmara se pretende intervir? Sim, se faz
favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, esta moção que introduz um aspeto importante
mais um passo na autêntica revolução que está a haver relativamente aos transportes na Área
Metropolitana de Lisboa, eu gostaria de dizer que nestes 45 anos de Abril após intermitação do
passe social intermodal em 76 só em 2019 é que se viveu novamente uma grande transformação
porque até esse momento várias forças políticas sempre bloquearam que se pudesse operar esta
transformação e esta revolução do passe social intermodal e consequentemente em prol das
populações recordo que a partir do dia 1 de abril de 2019 aquilo que diziam que era impossível foi
possível teve um único título para toda a Área Metropolitana para todos os operadores de
transporte a baixo custo isto foi o que o PCP e a CDU sempre defenderam nas autarquias e sempre
defenderam na Assembleia da República e que lamentamos que tenha sido bloqueado pelas forças
digamos pelas outras forças políticas, felizmente que no mandato autárquico presente houve a
convergência necessária ao nível da Área Metropolitana entre as várias composições e os vários
eleitos municipais e por isso este exemplo que neste momento ou melhor esta transformação que
partiu da Área Metropolitana neste momento alargou-se a todo o País porque o Governo foi
obrigado a implementar não só caucionar do ponto de vista da organização e também do apoio de
(…) financiamento uma parte significativa do financiamento foi obrigado a avançar nessa direção
como depois foi obrigado também a avançar com o programa (…) que designou por parte que é o
programa de apoio à opção tarifária e digamos assim a uma nova abordagem do tratamento que é
a mobilidade em termos das Áreas Metropolitanas e das comunidades intermunicipais, o passo
seguinte a esta revolução do passe intermodal é de facto termos mais e melhores transportes, a
Área Metropolitana de Lisboa ficou com a competência de gerir o sistema de transportes coletivos
de passageiros autocarros de transporte público e por isso houve um grande trabalho durante o
último ano de projeção de planeamento ou (…) a um novo concurso que iria ou estava em
preparação e que foi preparado e que foi anunciado no dia 18 de fevereiro em Lisboa, que vai
então após a sua concretização vai resultar e que tenhamos no Concelho do Seixal um aumento
em 60% da oferta atual do transporte coletivo rodoviário de passageiros, queremos mais carreiras
queremos maior cobertura no Concelho e queremos também mais frequência em termos destas
carreiras de transportes públicos, e teremos uma outra novidade que é um único operador que se
vai chamar Carris metropolitana, que vai substituir todos os atuais operadores seja Metro, ou
Carris seja os privados TST, rodoviária de Lisboa, Vineca, etc. portanto trata-se efetivamente de
mais uma demonstração que unidos num só objetivo, revolucionar a mobilidade da Área
Metropolitana, conseguem se houver vontade política para o fazer; e dizer que também este

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objetivo vai ser concretizado o melhor calendário é agosto 2021 mas sabemos que se trata de um
concurso público internacional com 4 yotes e que com certeza vai ser alvo de muita retilência aliás
logo no dia seguinte ao concurso ser anunciado já havia pedidos de esclarecimento de uma
empresa por isso este calendário de agosto de 2021 é o melhor calendário mas se for no final de
2021 teremos com certeza mais novidade e com isso conseguiremos não só dar maior mobilidade
às populações, principalmente àquelas populações que estão mais afastadas porque não têm
viatura própria ou não têm condições financeiras para se deslocar, esses serão os primeiros
beneficiados mas eu diria que todos deixaremos de precisar tanto do automóvel do transporte
individual e caminharemos no sentido de podermos utilizar mais os transportes públicos
invertendo a lógica das últimas duas décadas de aumento de transporte individual em substituição
do transporte coletivo trata-se de uma matéria fundamental de equidade social e também de
melhoria ambiental em virtude daquilo que são os impactos que todos sabemos sobre a qualidade
do ar que advêm principalmente do escape dos automóveis e dos camiões ninguém tenha dúvidas
(…) o principal fator negativo são as partículas emitidas pelos escapes dos automóveis que todos
nós conduzimos, por isso com menos automóveis a circular e com mais transportes públicos
eficientes e mentalmente sustentáveis conseguiremos este objectivo para contribuir para uma
melhor mobilidade um melhor ambiente a baixo custo este é o desafio e a demonstração de que
os municípios e o poder local têm, continuam a ter uma enorme prevalência que são os direitos
das populações porque, de facto, se não tivéssemos tido esta unidade neste mandato não
conseguiríamos estar hoje aqui também com esta moção que traduz esta enorme mobilidade e vai
ter um reflexo extraordinário não só no Concelho do Seixal como em toda a Área Metropolitana de
Lisboa, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende ainda
intervir? Não, vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 07/XII/2020 por maioria e em minuta com:
• Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 15
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do presidente da JFFF: 1
• Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
da CDU, PS, BE, e do SFF, e a abstenção do PAN e do CDS, e o voto contra do PSD, Há alguma
declaração de voto? João Rebelo e Bruno Barata, João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto disse: “Sr. Presidente, a abstenção mais uma vez
reitero que não gosto deste mecanismo de fazer saudações às Autarquias e Assembleias
Municipais ou seja o que for sobre lançamentos de concursos ou adjudicações porque nós só
devemos celebrar quando as coisas acontecem de facto, sabemos que o teor de alguns concursos
lançados pelo o reforço por exemplo das capacidades da Transtejo e correu mal esses concursos e
portanto não aconteceram, e portanto não vamos saudar algo que é positivo, que não negamos,
mas que ainda não aconteceu, vamos esperar para ver e é por isso a abstenção do CDS neste
momento, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista saúda a saudação da CDU
que teve a sua importância pelos motivos explanados pelo Sr. Presidente da Câmara e gostaria de
salientar que este é o desafio estratégico do Governo Socialista e é um compromisso do Partido
Socialista mais mobilidade e a proteção do ambiente, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte é do PS uma
moção «Pelo Replaneamento e reestruturação do sistema adutor de águas pluviais em Santa
Marta do Pinhal», é subscrita por Luís Gonçalves que tem a palavra se faz favor.”
II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pelo Replaneamento e reestruturação do
sistema adutor de águas pluviais em Santa Marta do Pinhal», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 8 )
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Só um ponto prévio para prosseguir as operações. No documento,
no quarto parágrafo, na 2ª linha, após a vírgula, onde está "o" deveria ser "ou" e no último
parágrafo, antes da parte deliberativa que faz referência à sessão, onde se lê a 5ª Sessão
Extraordinária de 2019, deve ler-se a 1ª Sessão Ordinária de 2020, e fica o meu compromisso em
enviar, como é habitual, a cópia corrigida aos serviços. Posto isto esta moção visa a necessidade de
pensar em evoluir sobre o ponto problemático no que diz respeito aos sistemas de águas pluviais
no Concelho, o caso é conhecido já entregámos às outras bancadas um pequeno vídeo e mesmo
assim este ano não choveu assim tanto mas para que possam ver o exemplo que mesmo assim
este ano houve problemas, obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Sr. deputado Eduardo Rosa faça
favor.”
Eduardo Rosa disse: “Sobre esta moção que aqui está a ser colocada dizer que relativamente às
questões que aqui foram colocadas relativamente a Santa Marta toda a gente sabe quando é que
foi feita aquela urbanização e que ela cumpre efetivamente com aquilo que a legislação assim o

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exige o problema de Santa Marta tem a ver efetivamente e todos constataram com o inverno que
passou desde que chova de uma forma gradual e contínua não tem qualquer tipo de problemas é
evidente que quando chove de uma forma repetitiva e com a intensidade fora do normal
obviamente em Santa Marta e em outros locais esta situação acontece e ter em atenção que a
parte mais preocupante neste momento em Corroios efetivamente tem a ver com o vale da
Sobreda quando chove em montante na Sobreda efetivamente há as cheias ali em Corroios
incluindo os solos que foram todos feitos a montante, este ano em Santa Marta com as chuvas que
fizeram com certeza que o vídeo que falam não deve de ser deste ano garantidamente porque não
houve qualquer tipo de situação em Corroios durante este inverno e se continuar a chover da
forma que chove gradual a situação de alguma forma está sempre salvaguardada, no entanto e
aquilo que se está a pensar é fazer as obras para se poder encontrar soluções para que quando de
alguma forma comum é evidente que estamos todos de acordo que sejam feitas devam ser feitas
para bem das populações e acima de tudo de Santa Marta, obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Não havendo mais inscrições eu dava a palavra
ao Sr. Deputado Luís Gonçalves, ah, peço desculpa, não tinha registado a indicação do uso da
palavra do Sr. Presidente da Câmara, que fará o favor de usar da palavra.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Vou pedir a ajuda do Sr. Vice-presidente que é também
Vereador responsável sobre esta matéria, por favor.”
O Vereador Joaquim Tavares, disse: ”Portanto sobre esta matéria mais uma vez informar a
Assembleia que a Câmara desenvolveu um procedimento e um estudo sobre as águas em Santa
Marta do Pinhal Corroios na sequência desse estudo foram elencadas um conjunto de
intervenções que dava seguimento a uma intervenção que a Câmara já tinha feito de duplicação de
troços da rede, mas para além disso num conjunto de outras ações e intervenções que parte delas
têm vindo a ser implementadas pelos serviços municipais; desde logo a forçar os órgãos de
entrada quer através de um aumento de (…) grandes quer através da sua coligação em pontos
estratégicos e associado a isso também as questões das operações da empresa antes do período
da chuva é que têm vindo a poluir as situações de inundações nos últimos três anos, o
planeamento que temos para estas questões não se restringe só a esta área aliás o Sr. Presidente
da Junta já aqui deu nota também de que estão perspetivadas a construção de bacias de retenção
aliás uma delas está prevista lançar-mos o concurso para a obra este ano portanto quer da parte
da (...) quer em Corroios e portanto é o conjunto de todas essas intervenções que vai permitir
mitigar as questões que aqui foram enlencadas e as outras que são do conhecimento geral que
resultam da impermeabilização dos solos muito a partir de Almada e depois por localização é em
Corroios que apanha com toda a iniciativa.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente e Sr. Vice-presidente,
perguntava ao proponente se pretende intervir? Prescinde, obrigado também. Passaremos à
votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 08/XII/2020 por maioria e em minuta com:
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Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do presidente da JFFF: 1
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
do PS, PSD, PAN, CDS, e votos contra da CDU e JFF, e abstenção do BE. Quem deseja fazer
declaração de voto? Não havendo declarações de voto passo ao Sr. Presidente.”
II.9. O Grupo Municipal do PAN apresentou um voto de protesto «Pela falta de resposta
categórica do Estado para com os crimes contra animais de companhia», subscrita por André
Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 9 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte, é do PAN e é
um voto de protesto «Pela falta de resposta categórica do Estado para com os crimes contra
animais de companhia», é subscrita por André Nunes que tem a palavra se faz favor.”
André Nunes , do PAN, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 9.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições para este documento, quem é que
pretende intervir? Não há inscrições, confirma-se? Há Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva , da CDU, disse: “Nós iremos votar contra esta moção por considerarmos que esta
questão passa por um aumento das campanhas de prevenção e sensibilização das populações e
não pelo aumento da moldura penal que isso é assim e pensamos que a moldura penal que já
existe penso que sim.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente André Nunes se pretende
intervir? Não, prescinde, vamos então colocar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 09/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Oito (8) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
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- Do grupo municipal do PAN: 1
 Doze (12) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi rejeitada com os votos a favor
do PSD, BE, PAN, a abstenção do PS,CDS, e os votos contra da CDU e SFF. Há alguma declaração de
voto? Paula Santos, João Rebelo e Samuel Cruz.”
Paula Santos, da CDU, em declaração de voto, disse: “O nosso voto é contra a esta moção creio
que ficou, claro mas qualquer das formas ainda dizer o seguinte, a questão que aqui está e
obviamente que rejeitamos todos e quaisquer maus tratos a animais e que naturalmente deve
haver intervenção relativamente a essa matéria não é aí que está a questão a questão principal e
daí o nosso voto contra prende-se com a necessidade de se encontrar soluções para evitar que
aconteçam maus tratos e sobre isso não há soluções que são apresentadas nesta moção, aliás, o
caminho vai no sentido de agudizar o conflito entre os seres humanos e entre a natureza quando
nós consideramos que deve ser exatamente o oposto o caminho deve ser no sentido da prevenção
da consciencialização e criarmos as condições naturalmente para vivermos num mundo que a
natureza em que todos fazemos parte de respeito e preservação do bem estar animal e não no
caminho de ir no sentido de, como aqui foi referido, de agravamento de criminalização de
molduras penais que efetivamente não resolve o problema com o qual estamos confrontados.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “ Só manifestar a minha total concordância
com o texto que foi aqui apresentado pelo André do PAN, a abstenção podem achar estranho isso,
mas neste caso concordo com o que foi aqui dado pela nossa colega Paula Santos a moldura penal
já é suficiente o problema é que há ainda muitos juízes e é dito aqui no voto que não aplicam o
que a lei permite aplicar normalmente é só coimas quando há possibilidade de penas de prisão
efetiva portanto o alerta que deixo ficar é que se comece a aplicar a lei efetivamente a estas
pessoas que são pessoas monstruosas no sentido deste caso chocante, neste caso concreto
estamos a falar do toureiro João Moura do que fez é absolutamente vergonhoso portanto é aplicar
a lei a lei existe e é suficiente por isso a nossa abstenção tem a ver com isso mas concordamos em
absoluto com o conteúdo do texto que foi aqui dito, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”

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Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista absteve-se porque pós
embora concorde com a generalidade dos considerandos e se subscreva na integra o primeiro
ponto da deliberação entende que no segundo ponto da deliberação há uma crítica implícita a um
órgão de soberania, no caso dos tribunais, e entendemos que não é o papel nesta Assembleia fazê-
lo.”
II.10. O Grupo Municipal da CDU apresentou um voto de pesar «Pelas vitimas do nazi-
fascismo», subscrita por Armando Farias.
(Documento anexo à Ata com o número 10 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é da
CDU, um voto de pesar «Pelas vitimas do nazi-fascismo», e é subscrita por Armando Farias que
tem a palavra.”
Armando Farias, da CDU, disse: “Antes de fundamentar o voto de pesar queríamos introduzir um
novo item na parte deliberativa que passará a ser o 2º item com a seguinte redação: A seguir o
papel de salvaguarda do regime democrático importante para o perigo (…) das forças de extrema
direita tendo iniciativas de sensibilização junto das populações, relativamente à justificação do
voto de pesar, em 27 de janeiro completaram-se 75 anos da libertação do campo de concentração
nazi de Auschwitz, todos conhecemos tal infeliz acontecimento foi um dos acontecimentos mais
monstruosos de maior violência e atrocidades em toda a história da humanidade. Nesse campo
passaram muitos milhares de prisioneiros de guerra mas também civis, judeus e outras camadas
de pessoas humanas que foram de facto sujeitas a grandes atrocidades. Só por si se justifica que
assinalemos a data da libertação do campo nazi de Auschwitz, mas mais ainda do que isso para
além de assinalar é que deve ser sempre um momento de refletir sobre a história e no momento
que atravessamos atualmente de reconhecimento das forças da direita da extrema direita do
avanço do militarismo e dos perigos que em todo o Mundo que nós todos estamos confrontados
os novos desenvolvimentos que levarão certamente a guerras se nós não pusermos travão a esse
procedimento da extrema direita e do fascismo, e é por isso que o voto de pesar no nosso ponto
de vista justifica estes alertas justifica que também nos lembremos do nosso passado infelizmente
de ditadura em Portugal coniventes com os regimes fascistas Alemão e Italiano e aquilo que foi a
opressão para o povo Português e tudo isto justifica que do nosso ponto de vista todos os
democratas todos os antifascistas tomem posição quanto às regras contra o avanço da extrema
direita, nesse sentido limito-me à parte deliberativa, que a paz é essencial à vida e é também uma
condição indispensável para assegurar o progresso e o bem-estar da humanidade. A Assembleia
Municipal do Seixal, reunida a 28 de fevereiro de 2020, por proposta dos eleitos da CDU, delibera:
Exortar a Câmara Municipal do Seixal a prosseguir a importante ação que no âmbito do Movimen-
to dos Municípios pela Paz tem vindo a desenvolver o concelho,designadamente nas áreas da edu-
cação para a paz e da cultura da paz, com especial prioridade dirigida às novas gerações; Guardar
um minuto de silêncio em memória das vítimas do nazi-fascismo; Assumir um papel de salvaguar-
da do regime democrático alertando para os perigos do protejelamento das forças da extrema di-
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reita promovendo iniciativas de sensibilização junto das populações; Endereçar o presente voto de
pesar à União dos Resistentes Anti-Fascistas Portugueses e ao Conselho Português para a Paz e a
Cooperação. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, então intervenções sobre este voto de
pesar? Quem é que pretende intervir? Não há? confirma-se? Há, Rui Belchior se faz favor.”
Rui Belchior do PSD, disse: “Bem, não quero ser indelicado enfim, mas o senhor, creio que é
Armando Farias já nos habituou a este tipo de documentos a nível ideológico, digamos assim,
exacerbados e bastante vincados, bem nós esta conversa prévia, para depois não haver as
confusões dizerem que nós dissemos algo que nós afinal não dissemos já sucedeu isto quando nós
aqui falámos na aprovação no parlamento europeu da equiparação do comunismo e nazismo pois
já houve aqui para além das indelicadezas do chamar nazi depois dizer, de uma má interpretação,
dizer que eu tinha afirmado que os senhores eram nazis e por aí fora e não é disso que se trata,
nós somos contra todo o tipo de ismos, talvez tirando o capitalismo é o sistema que nós achamos
que aliás temos em vigor temos que conviver com isso, mas somos contra o fascismo e o
comunismo porque quando se fala aqui de campo de concentração e o senhor faz aqui é um
bocadinho um texto do ponto de vista das escritas esquizofrenia que por um lado os Judeus e
depois mais tarde já são os comunistas etc. uma coisa extraordinária; nós não podemos também
deixar passar em branco nesta altura os crimes do comunismo porque, estima-se e há quem
escreva sobre o assunto, que o comunismo tem pelo menos 100 milhões de vítimas, por aí, eu não
estou a falar do PCP Português, estou a falar do comunismo em geral do Mundo sabemos todos o
que é que o comunismo fez e já agora noutra posição ou os campos de concentração nazis e claro
está que é do nazismo, e o que é que tínhamos também na União Soviética, temos também
trabalhos forçados denominados por gulagues, o que é que se passou no massacre vergonhoso
para todos os soviéticos no holomodor, na Ucrânia, que quer dizer morte pela fome, morte
sistemática pela fome foi o que sucedeu; e para dizer o seguinte, portanto nós evidentemente
somos contra o nazismo também votamos a favor evidentemente das vítimas, de todas as vítimas,
não só as de Auschwitz, mas de todos os outros campos de concentração, mas também não
podemos permitir que uma pessoa que tem este tipo de pensamento e este tipo de ideologia que
já aqui defendeu diversas vezes Cuba, a Venezuela, venha aqui passar uma esponja branca dos
crimes do comunismo, isso nós não permitimos, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O nazismo existiu e é isso que se está aqui a falar, é
bom que se fale do que se deve falar. Ora, quem é que pretende intervir? Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “O Bloco de Esquerda vai votar a favor desta moção
independentemente estarem misturados um conjunto de assuntos dos quais nós partilhamos as
opiniões do que aqui estão portanto esse problema não é o principal, mas o que é essencial é que
esta moção tem a ver com os 75 anos da libertação de Auschwitz pelo exército Soviético, (...)
portanto o exército Soviético o povo Soviético tiveram calcula-se 20 milhões de pessoas morreram
na guerra mas de facto os vencedores do nazismo não foi só os Estados Unidos e a Inglaterra mas
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foi também a União Soviética, portanto acho que é uma coisa que é, ... será diferente? Está-se a rir,
será que isto é falso, o que eu estou a dizer? Ah… pronto!... agora o problema, esta moção trata da
condenação e o voto de pesar pelas vitimas do nazi-fascismo não trata de outra coisa, quer dizer e
as tentativas de branqueamento da história aliás as tentativas, estas tentativas de dizerem que o
holocausto foi uma invenção há muito e aliás há historiadores com esses pensamentos até de
nações Inglesas e por aí adiante, pretendem (…) é preciso eu acho que, sem pretender dar lições a
ninguém como é evidente não tenho essa pretensão, mas acho que os democratas ou os povos
democratas tentarem pôr a igualdade no mesmo plano o nazi/fascismo com os crimes ou com os
erros das sociedades do comunismo, as sociedades da União Soviética que existiam isso está
testemunhado que portanto houve campos de concentração houve presos políticos, mas quer
dizer a dimensão (…) o pessoal se colocarem ao mesmo nível a coisa mais idiona que apareceu e
que a humanidade sofreu foi o nazi/fascismo é uma coisa que aliás acho que não é desadequada
do ponto de vista, até inclusive do ponto de vista intelectual, é uma coisa pouco séria e portanto
há muita (...) sobre isso aliás o Primo Levi, se aceitam uma sugestão leiam o Primo Levi, se isto é
sobre a trégua, os que morrem e os que sobrevivem e os que sucumbem e portanto para se
aperceberem e já leram o que é que foi o bom do nazismo; portanto acho, quer dizer, é
indescritível do ponto de vista da minha sensibilidade, eu acho, a mim incomoda-me numa casa da
democracia, os democratas fazerem, quererem por na mesma balança estas duas situações e isso é
desvalorizar ou não considerar o nazi/fascismo como o maior crime que foi cometido contra a
humanidade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções se for caso disso? Não é,
pergunto ao proponente se pretende? Não então vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 10/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto este voto de pesar foi aprovado com os
votos a favor da CDU, do PS, do BE, do PAN, e do Presidente de F. Ferro e os votos contra do PSD e

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do CDS. Alguma declaração de voto? João Rebelo, Rui Belchior, ah está bem, Luisa Gama em vez do
Rui, certo, e Samuel Cruz e André Nunes; se faz favor João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “A justificar o meu voto contra, pela própria
redação eu acho que a CDU nunca pretendeu procurou melhorar para aprovar este voto, é um
voto com uma retórica que enfim é da CDU que é que havemos de fazer, e por isso mesmo pela
carga que tem nunca procurou esse mesmo consenso que seja aqui aprovado, eu gostaria de
destacar que na Assembleia da República eu apresentei todos os anos para a minha
responsabilidade um voto sobre a libertação de Auschwitz do exército (…) não era o exército
Soviético era assim que nós lhe chamava-mos na época e era assim que eu escrevia nos votos e
nunca tive problema em escrever, nunca esqueci do exército que libertou o campo de Auschwitz,
mas esse voto era sempre feito de forma a aprovação de todos e foi isso que aconteceu, se nós
pretendemos que isso aconteça nós trabalhamos para que o texto seja consensual isto não é
consensual da forma que nós queríamos mas tem todo o direito de fazer e justifico por isso mesmo
o meu voto contra, claro que farei 1 minuto de silêncio em memória das vítimas do nazi/fascismo
porque de facto os números são avassaladores das mortes nos campos de concentração foram 10
milhões de pessoas que morreram para não falar dos mortos das guerras de agressão feitas pela
ditadura nazi; essas pessoas que morreram, 6 milhões de Judeus, homossexuais, pessoas ligadas a
partidos políticos, listas, personalidades religiosas, pessoas com deficiência, foi portanto uma
organização criminosa que engendrou o maior crime que existe na humanidade, feito em dois, três
anos, uma rapidez absolutamente brutal que destruiu e trouxe miséria e destruição a todas as
coisas, acho bem que a Assembleia Municipal do Seixal por vezes recorde outros regimes que
cometeram também esses mesmos crimes,só dou esta última informação o campo de Auschwitz
quando foi libertado pelo exército vermelho passado três meses voltou a ser reinstituído como
campo de trabalho feito pela União Soviética quando pôs lá oponentes de Polacos que não eram
favoráveis à União Soviética e foram também muitos deles fuzilados por causa disso mesmo,
gostaria de recordar isso, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Luísa Gama.”
Luísa Gama, do PSD, em declaração de voto, disse: “O PSD votou contra este documento e posso-
lhe garantir que muito nos custa em primeiro lugar e a mim principalmente enquanto historiadora
causa-me arrepios como dizia à pouco aqui o Vítor Cavalinhos que se possa (…) o holocausto não é
nada disso que pretendemos aqui fazer o nosso voto contra vai no sentido de que este documento
mais do que um voto de pesar nos pareceu uma salvação não ao exército vermelho mas à União
Soviética, e para nós não faz sentido condenar um regime é certo que causou todo um holocausto
matou milhões de pessoas e ao mesmo tempo glorificar outro como disse aqui, e bem, o João
Rebelo a (…) que chegou a Auschwitz e a outras partes ocupadas matou também milhares de
pessoas aliás algumas delas presas em campos Alemães portanto não fazia para nós esse sentido e
é por isso que votámos contra, para já não falar do pacto Germânico e Soviético e para já não falar
do pacto (…) e por aí fora, portanto condenamos todos os regimes opressores e ditatoriais e não
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esquecendo também que aqui só se fala de exercito vermelho mas o exercito vermelho não lutou
sozinho é preciso não esquecer que há aliados Britânicos e aliados Americanos e aqui no vosso
texto parece que o exercito vermelho lutou contra alguém apenas sozinho e isso não é verdade e é
por esse motivo que votamos contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Bem, o Partido Socialista votou favoravelmente
porque não podia deixar de se associar a um documento intitulado voto de pesar pelas vítimas do
Nazi/fascismo mas na verdade de todo o documento é mesmo só o título aquilo em que concorda
porque todo o resto discordamos em absoluto, dizer que nos parece no mínimo, para ser educado,
de mau gosto num documento que tem este título que é vitimas do nazi-fascismo, depois
aproveitá-lo para criticar Israel e o povo Judeu, enfim cada coisa no seu lugar e juntar as duas é de
muito mau tom mas diga-se que percebemos também a intenção e sim a intenção é também de
mau gosto justificar a ação da Câmara Municipal do Seixal junto da organização satélite presidida
por Ilda Figueiredo com o conceito para a paz e cooperação e a sua a ligação da Câmara Municipal
do Seixal à Palestina dizer que não é boa ideia criticar o nacional socialismo aliando-se para
justificar a nossa aliança ao nacionalismo Árabe também não é recomendável, não é recomendável
a Câmara Municipal do Seixal ligar-se a uma organização como a LP ou OLP que é quem até à bem
pouco tempo era considerada uma organização terrorista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, André Nunes.”
André Nunes do PAN, em declaração de voto, disse: “Sr. Presidente a minha declaração de voto vai
no sentido da votação que já foi feita portanto nós votámos a favor efetivamente em memória das
vitimas do nazi/fascismo coisa que não esquecemos, na verdade isto não é um voto de pesar a
parte (...) não tem qualquer correspondência com a parte deliberativa.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, acabámos as declarações de voto,
passamos para o documento seguinte. Há… vamos ao minuto de silêncio”
II.11. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Adesão à Associação
ADAPT.Local», subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo à Ata com o número 11 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos agora sim para o documento seguinte, é
uma recomendação do PS «Adesão à Associação ADAPT. Local», subscrita por Nelson Patriarca que
tem a palavra se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Vou ser muito breve, esta associação criada em 2016 tem como
objetivo integrar uma série de instituições, 2005 instituições de ensino, de investigação no sentido
de dinamizar e procurar em conjunto de formas de adaptação local às alterações climáticas no
nosso País algumas fazem parte de inúmeros municípios neste momento de vários municípios e é
neste sentido tendo em conta o que aqui está descrito o Partido Socialista propõe ou recomenda

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que esta Assembleia Municipal possa recomendar aliás ao executivo da Câmara Municipal que
efetua adesão a esta associação e também de muitas outras, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Considerando que a Câmara Municipal do Seixal já faz parte de
algumas associações com objeto semelhante nomeadamente o compromisso de (…)
sustentabilidade a CDP para (…) o que é que diferencia esta associação daquelas que a Câmara já
faz parte para nos levar a aderir a uma associação com objetos semelhantes a outras da qual já
fazemos parte.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções?Não há mais intervenções?
Parece que não, então Nelson Patriarca se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Esclarecer o eleito da CDU, obviamente algumas das situações que
não incluem e têm objetos em mais lados e nestas estão reunidas uma série de Municípios e
instituições que definem em concreto e promovem em concreto a estratégia que podem ser
assumidas em função das mesmas realidades das mesmas evidências que cada Município
evidencia que têm dificuldades e dos processos que têm que trabalhar obviamente que tem o (…)
como tu também o definiste e tem o objetivo um bocadinho mais lácteo se calhar mais lento e
consegue de municípios ribeirinhos que aqui também são membros têm as necessárias
necessidades contínuas e promover estratégias como vem nos objetivos desta associação de
cooperação de conhecimentos de troca de experiências de realidades locais do nosso País, efetivas
muitos sensíveis promover esta sustentabilidade e esta adaptação (...) às alterações climáticas que
sentimos efetivamente no nosso território.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais pedidos de intervenção, é isso, vamos
colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 11/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do grupo municipal do PAN: 1
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal da CDU: 1
 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 14

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- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS,
PSD, CDS, PAN, e a abstenção do BE e uma abstenção da CDU, e os votos contra da CDU e do SFF.
Alguma declaração de voto? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “A CDU votou contra por considerar que a
adesão a esta associação não traria qualquer novidade nem qualquer inovação face a outras
associações similares que a Câmara Municipal do Seixal ou Município do Seixal já fazem parte.”
II.12. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a saudação «À Assembleia da República pela
aprovação, na generalidade, dos 5 projetos de lei que despenalizam a morte medicamente
assistida», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 12 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos então para o documento seguinte que é
do PAN, é uma saudação «À Assembleia da República pela aprovação, na generalidade, dos 5
projetos de lei que despenalizam a morte medicamente assistida», subscrita por André Nunes se
faz favor. O PAN tem 50 segundos.”
André Nunes, do PAN, disse: “O Presidente de Fernão Ferro cedeu-me 2 minutos vou tentar não
exceder obrigado, e leu integralmente o documento anexo à ata com o número 12.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bem, esgotou o seu tempo e também os 2 minutos.
Intervenções sobre esta saudação? Não há pedidos de intervenção? Bom, então não há pedidos de
intervenção vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 12/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Treze (13) votos a favor dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do PS: 8
Do grupo municipal do BE: 3
Do grupo municipal do PAN: 1
Do presidente da JFFF: 1
 Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal da CDU: 15
Do grupo municipal do PS: 1
Do grupo municipal do PSD: 4
Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do PS: 2

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então a saudação foi rejeitada com os votos contra
da CDU, PSD, CDS, e 1 do PS, abstenções, 2 do PS, e a favor, o restante PS, o BE, PAN e o JFF.
Declarações de voto? Ora, João Rebelo, Paula Santos, Samuel Cruz e Rui Belchior, portanto João
Rebelo.”
João Rebelo, da CDS/PP, em declaração de voto, disse: “Hoje eu tenho muita pena que a
Assembleia Municipal do Seixal não fosse a Assembleia da República porque assim a eutanásia
teria chumbado e teria sido um ato muito importante tinha sido um sinal muito importante, como
sabem o meu partido oficialmente fez campanha pelo não e é pelo não que fez assim há 2 anos
atrás e voltou a fazer, eu pessoalmente também me empenhei nessa campanha, não deixa de ser
curioso que esta proposta que está aqui do PAN veio com tantos ses ses ses que é exatamente o
que vai lá chegar é o medo que vai acontecer com esta lei se for para a frente, que arranque a
deslizante que as legislações, portanto sim, sim, que as legislações que na Bélgica e na Holanda
tinham em 2002 aprovaram uma lei que descambou completamente e tornou-se num instrumento
de morte absolutamente lamentável e manipulado por interesses absolutamente ocultos e
portanto esta lei que se, vamos agora ver o que o Presidente da República faz e o que fará também
o tribunal constitucional, mas se têm a certeza como (…) estão a bem da população porque é que
têm tanto medo do referendo, fazer o referendo para outros temas lá foram a correr para fazer
qual é o medo que têm se estão tão certos que a população quer isso fazer um referendo sobre a
questão que é tão sensível, mas (…) o BE colocou no seu programa eleitoral esta questão (…)
lamento profundamente que o Partido Socialista não pôs isto no seu programa e PSD, e mais
alguns partidos, e nós contra e outros dois partidos a favor como é que sentiram embuçados
democraticamente para apresentar esta matéria que não é por isso mesmo democrática e eu
registo como muito positivo que a Assembleia Municipal do Seixal tenha chumbado esta moção
apresentada sobre a eutanásia.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, Paula Santos.”
Paula Santos, da CDU, em declaração de voto, disse: “Nós votámos contra esta moção por duas
razões uma primeira porque é trazida uma moção para saudar a aprovação de iniciativas que
foram aprovadas somente na generalidade que ainda tem todo o processo legislativo em frente
para continuar e por isso parece-nos extemporâneo e desajustado trazer uma moção quando o
processo ainda está em curso, em segundo aspeto relativamente ao conteúdo estamos a falar de
uma questão que é extremamente complexa que não se trata com simplismos e que não se trata
também de avaliar-mos aqui o que é que cada um de nós fazia porque o que está efetivamente em
cima da mesa qual é a decisão de cada um um de nós relativamente a sua vida ou não, mas o que
é que o Estado permite que se faça ou qual é que é o papel do Estado deve ter relativamente a
esta matéria, e entendemos que não pode ser o legislador a assumir uma opção legislativa sobre a
vida e a morte das pessoas sem ter em conta as circunstâncias e as consequências sociais dessa
opção, porque o que (…) é de facto saber se o Estado nega a muitos cidadãos os meios para viver
dignamente e lhes ofereça os meios legais para antecipar a morte por (...) com dignidade, hoje...
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1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
( houve aqui uma interrupção do Sr. Presidente para avisar o tempo) ah... são só 2 minutos, então
peço desculpa, deixe-me só concluir rapidamente dizendo o seguinte: por esta questão ser muito
mais profunda a verdade é que hoje deveríamos ter assegurado com o SNS um conjunto de
cuidados que ainda não estão, e esta é uma situação que para nós é da mais extrema importância
e relevância, e isto sim, é uma matéria pela qual nos batemos, obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Vou fazer uma declaração de voto (…) em
nome da bancada porque é uma declaração de voto não é uma bancada que exerceu os seus
sentidos de voto possíveis favor, contra e abstenção e justamente para justificar isso dizendo que o
Partido Socialista entende que esta é uma matéria de consciência e sendo um partido livre cada
um votou exatamente com o que a sua consciência ditou, dizer que não posso deixar de falar na
incoerência do PCP que justificou o seu sentido de voto aqui por o processo que está a decorrer
quando ainda no inicio desta Assembleia apresentou uma saudação a um processo que ainda não
está a decorrer não se sabe quando vai iniciar tem a ver com os transportes da Área Metropolitana
de Lisboa.“
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “São descabidas. Ora, Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto, disse: “Declaração de voto do Partido Social
Democrata eu diria aqui Partido Social Democrata Seixal porque aqui admitimos algumas, digamos
assim, divergências de entendimento em relação àquilo que alguns companheiros nossos fizeram
na Assembleia da República e porquê? Porque nós aqui entendemos também somos um partido
plural e portanto também temos entendimentos diversos entendemos que esta matéria que não
foi discutida de nenhum modo na campanha eleitoral à 4 meses atrás foi agora ou melhor os
deputados sentiram-se legitimados para em representação do País e do eleitorado decidir uma
matéria destas tão fraturante como aliás como todos aqui se viu com os mais diversos sentidos de
voto exatamente sendo uma matéria de consciência, tinha que haver um debate nós defendemos
um referendo aliás já o houve em 3 ocasiões na história recente da democracia, 2 vezes para o
aborto 1 vez para a regionalização e não entendemos como é que nesta matéria tão complexa tão
discutível que gera tanta discussão não se tenha optado, percebemos que acarretaria alguns
custos, mas até se justifica, o debate deveria de ter sido feito não foi e enquanto ele não for feito
nós mantemos esta posição, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto seguinte, ah.. esqueci-me
de si, desculpe lá.”
André Nunes, do PAN, disse: “Sr. Presidente não leve a mal mas eu quero fazer um voto de
protesto à mesa, é porque estar a dizer que são pelo direito à vida implica que os outros sejam
pela morte, somos pela dignidade da vida.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E o Vítor Cavalinhos também pediu.”

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse: “Uma primeira nota é uma consideração é
uma referência aquilo que, à expressão e à intervenção do Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
o Sr. Presidente da Assembleia Municipal tem todo o direito como todos nós temos de intervir se
tiver tempo para tal portanto utilizar o seu cargo para tecer considerações nomeadamente que é a
favor da vida, de facto objetivamente é suposição que os outros não têm a posição do Sr.
Presidente, que são a favor da morte e isso de facto é, aliás, um tema desta dimensão com esta
importância estar a ser discutido à meia-noite com declaração de votos é uma coisa estapafúrdia;
o Bloco de Esquerda apresentou um projeto, este tema tem sido atualmente discutido e já há
personalidades que disseram que foi atualmente discutido e agora disseram que não houve
discussão nenhuma (…) e a razão que o Bloco de Esquerda é contra o referendo é porque e sendo
lógica e aliás sendo coerente com as posições de pessoas que acham que a vida não é
recomendada que é uma coisa extraordinária que é a Igreja Católica que por exemplo achou à aqui
dois anos que não havia referendo que a vida não era recomendável agora passou a achar que
pode haver referendo que a vida já é recomendável, é extraordinário o nível, isto é um problema
muito profundo e é (…) da incoerência de utilizar todas as artimanhas para tentar manipular a
opinião das pessoas, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas é declaração de voto? Ah, é em defesa da
honra, se faz favor.”
Marta Barão, do PS, em defesa da honra, disse: “Eu sou a favor da eutanásia mas já é a segunda
vez que vêm falar da Igreja Católica, eu sou católica e vêm ofender a minha religião, eu peço por
favor que parem de fazer isso que é uma ofensa, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor, então passamos para o documento
seguinte que é uma saudação da CDU.”
II.13. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Ao Dia Internacional da Mulher»,
subscrita por Almira Santos.
(Documento anexo à Ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação é «Ao Dia Internacional da Mulher»,
subscrita por Almira Santos, que tem a palavra.”
Almira Santos, da CDU, disse: “Nesta saudação venho só fazer uma alteração ao 5º parágrafo e
ficar com a seguinte redação: Apelar à população do concelho do Seixal que participe na ações de
luta em defesa dos direitos das mulheres que se irão realizar no dia 8 de março, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, intervenções? Quem é que pretende intervir?
Não há pedidos de intervenção é? Então vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 13/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
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- Do grupo municipal do PS: 8
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Oito (8) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PS: 3
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do BE, do PAN e do SFF, e abstenções, 3 do PS, PSD e CDS. Declarações de voto há
alguma? Declarações de voto? Há, Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Também nesta moção o Partido Socialista vota
fundamentalmente e favoravelmente o título que é saudar o Dia Internacional da Mulher, já os
considerandos não os subscrevemos na integra mas tendo em conta o essencial o nosso voto é
favorável.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para o documento seguinte.”
II.14. O Grupo Municipal do PS apresentou a saudação «Às medidas políticas inscritas no OE
2020 de reforço do poder local», subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PS, é uma saudação «Às medidas políticas
inscritas no OE 2020 de reforço do poder local», subscrita por Bruno Barata que tem a palavra se
faz favor.”
Bruno Barata, do PS, disse: “O orçamento de Estado para 2020 reforça significativamente o poder
local as transferências vão ser reforçadas em 278 milhões de euros que significam mais 10% que
em 2019 é o maior crescimento de sempre em transferências para as autarquias desde 2012, pela
primeira vez também em 2020 as Câmaras Municipais vão usar os saldos de gerência de execução
orçamental logo no início do ano, e também a proposta de OE 2020 inclui a possibilidade de
empréstimos destinados para o financiamento do investimento em programas de arrendamento
urbano ... (Aqui o Sr. Presidente interrompeu para dizer que o PS já não tinha mais tempo para
continuar)...
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, então o PSD passou 1 minuto e 30 a mesa não
deu por isso, não anulei, todos têm agora 1 minuto e 30, a CDU terá 1 minuto e 30 todos terão 1
minuto e 30.”

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Bruno Barata, do PS, disse: “Como eu dizia antes desta interrupção abrupta eu estava a dizer que a
proposta para o OE 2020 inclui a possibilidade de empréstimos destinados exclusivamente ao
financiamento do investimento em programas de arrendamento urbano e de soluções
habitacionais sendo que estes empréstimos não serão considerados nas dívidas das autarquias e
portanto é dada aqui uma possibilidade a resolverem os problemas habitacionais dos seus
municípios neste sentido do reforço também de 139 milhões de apoio ao programa de Apoio à
Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, que o Governo reforçou o orçamento de 2020.
Assim, a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 1º Sessão Ordinária de 2020, saúda as medidas
políticas, inscritas no Orçamento de Estado de 2020, reforço do poder local, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, intervenções? Paulo Silva depois António
Santos, portanto têm mais 1 minuto e 30.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Portanto o Partido Socialista veio aqui apresentar esta saudação
defendendo que estamos perante um orçamento de Estado amigo das autarquias locais, ora se ele
fosse assim tão amigo das autarquias locais o Conselho Diretivo da ANMP cujos presidentes é do
Partido Socialista cuja maioria de Câmaras Municipais são do Partido Socialista não tinha emitido
um parecer desfavorável à proposta de lei de Orçamento de Estado para 2020, esta é a realidade
objetiva que o PS quer esconder quer mascarar com esta saudação para além de ter uma mentira
que dá assim a entender que é um aumento das remunerações dos presidentes de Junta desde
sempre mas é sobre isso que o António Santos irá falar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “António Santos se faz favor.”
António Santos, Presidente da União de Freguesias do Seixal, Aldeia de Paio Pires e Arrentela
disse: “De uma forma muito rápida gostaria de perguntar ao Bruno onde é que estão os aumentos
de 3% de remunerações para os presidentes de Junta, agora, eu acho que nós temos que ser claros
e concretos quando colocamos determinadas questões e se possível ser mais objetivos, aliás o que
está aqui do aumento das verbas de remunerações de 3% para os presidentes de Junta pode e com
certeza que induz, não é clara e pode induzir em erro, o que nós estamos a falar não é disso o que
nós estamos a falar aqui muito provavelmente são os novos presidentes de junta que entretanto
criaram condições para poderem estar (…) e da forma como isto está escrito pode induzir que há
uma aumento de verbas dos presidentes de junta que é coisa que já não acontece há uma série de
anos e convém dizer que antes pelo contrário foram retirados foi 5% às remunerações dos eleitos
locais presidentes de junta muito em concreto tiveram aquando da troica que nunca foram
restituídos, já para não falar na comparação destes 3% com os 0,3% previstos de aumento para os
trabalhadores da administração pública, era só deixar este comentário que em muito eu acho em
nome da verdade, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Bem eu inscrevo-me para uma
brevíssima intervenção, não podia deixar de o fazer enquanto Vice-presidente da Associação
Nacional de Municípios e acompanharei o processo quer nas reuniões com o Governo e portanto
aquilo que é positivo no Orçamento de Estado e o que é preventivo e foi e o que é negativo, que a
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ANMP emitiu o parecer desfavorável e na Assembleia da República a maldição das duas comissões
(…) e a primeira questão é que o Orçamento de Estado não cumpre a lei das finanças locais o qual
fizemos o exercício sobre esta matéria mas o OE não cumpre a lei que o próprio Partido Socialista
aprovou na Assembleia da República, ou que levou à Assembleia da República, portanto são
menos 35 milhões por incumprimento da lei, o resto é um aumento da lei não há aqui parece que
o Governo é pá vamos fazer uma transferência mais é o que a lei prevê não é nenhum acréscimo,
mais, se de facto a alteração à lei das finanças locais não tivesse já o titulado 3 anos de
incumprimento à lei das finanças locais até 2021 ou seja o (…) ficava no orçamento de Estado, bom
esses 290 milhões de euros eram (…) e só no próximo ano é que é cumprida por inteiro a lei das
finanças locais, mas em concreto só por este exemplo só para ficar com esta ideia de
incumprimento em 35 milhões de objetivos o fundo social municipal em 2020 é menor, são 190
milhões de euros e faltam 35 milhões aí, é menor do que em 2009 o que é positivo é positivo agora
o que é negativo é claro, e por isso que por unanimidade o conselho diretivo emitiu parecer
desfavorável. Bom, mais alguma intervenção? Dou a palavra do Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto assim é existem muitas medidas que são
necessárias para podermos ter maior capacidade em termos da nossa intervenção os municípios
Portugueses relativamente àquilo que são as contribuições de Estado ou participação dos impostos
do Estado estão muito distantes do que é a União Europeia, por isso ninguém tem dúvidas que
com mais receitas ou com maior participação do Estado os municípios portugueses teriam maior
capacidade para continuarem a ser o grande motor do desenvolvimento local, por isso esta
saudação portanto é muito limitada daquilo que deveria ser na verdade um programa de reforço
do poder local do reforço da nossa capacidade e portanto o que aqui está expresso aquilo que
foram as medidas no Orçamento de Estado 2020 são muitíssimo limitadas devia e poder-se-ia ter
ido muito mais longe em prol dos projetos e do desenvolvimento das autarquias em Portugal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o proponente se o entender, não,
muito bem então vamos colocar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº14/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do BE: 3
Do grupo municipal do PAN: 1

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 Onze (11) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A Saudação foi rejeitada com os votos contra da
CDU, do PSD, do CDS e do SFF, e a abstenção do BE e do PAN, e os votos a favor do PS. Há alguma
declaração de voto? Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, em declaração de voto, disse: “Apenas duas observações, primeira nós
votámos contra porque estamos outra vez a saudar neste caso a Assembleia da República, nós não
o fazemos pura propaganda, em segundo lugar estamos coerentes com a nossa reputação no
parlamento ao contrário de outras bancadas que aqui estão.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para a última que é um voto de pesar.”
II.15. O Grupo Municipal do PS apresentou voto de pesar «Pelo falecimento de Joaquim Pina
Moura, subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 15)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PS o voto de pesar «Pelo falecimento de
Joaquim Pina Moura, subscrita por Bruno Barata, se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, leu integralmente o documento anexo à Ata com o número 15.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Isto é o exemplo do que não é um voto de pesar o que estamos aqui
assim é perante um ataque ao PCP e o antigo comunismo primário de que salienta as várias
agruras que sofreu no PCP e isto é o que não deve ser, aconselho os eleitos do Partido Socialista a
verem o voto de pesar apresentado na Assembleia da República que teve o voto nosso voto
favorável aqui assim o antigo comunismo primário que aqui está e depois acaba com uma
provocação para ser enviada ao PCP, nós iremos votar contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir com os tempos que
ainda tem? Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Ora muito bem, eu não sou do PCP e nem do PS, também nunca
fui, e não tenho nenhum problema; agora esta moção isto não é nenhum voto de pesar isto é um
ataque ao PCP e é utilizado voto de pesar para fazer de facto um ataque ao PCP que não é o meu
partido mas o qual merece respeito, aliás como todos eles; e portanto isto parece que é uma
provocação parece que é um divertir, parece que é uma brincadeira, parece que é uma diversão, é
um bocado a brincar com as pessoas, isto é uma tentativa de gozar com o PCP e acho que isto não
é nenhum voto de pesar, aliás eu vou acabar já, nenhum voto de pesar aqui foi posto à
consideração sobre qualquer personalidade e, portanto, este enquadramento isto a história
principal do Pina Moura é a história dos seus méritos intelectuais que foi aqui trazido mas a
história principal deste voto de pesar é o seu relacionamento e divergência com o PCP, mas isso é o
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principal para uma pessoa honrar uma pessoa esse é o principal motivo de que o Pina Moura
merece ser honrado é pelo seu relacionamento e pela sua divergência e pelo seu conflito com o
PCP? Portanto este voto de pesar é, isto não é nenhum voto de pesar é um voto de exercício de
conflito com um partido desta Assembleia que tem o seu posicionamento, que tem as suas ideias,
agora o problema do ponto de vista democrático e do ponto de vista do respeito pelas pessoas, já
agora pelos membros do PCP, portanto acho que isto não adianta nada e já agora quando se fala
em estabelecer pontes, isto não é nada, portanto isto é um voto de pesar de andar à canelada e
não adianta coisa nenhuma. Portanto o Bloco de Esquerda vai votar contra este voto de pesar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, o PS não tem tempo se quiser ter tempo
peça. Ah, ponto de ordem.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Quer dizer, isto está a haver de facto uma dificuldade de
procedimentos; a última intervenção que foi contada ao PCP, ou que não foi contada ao PCP, foi a
intervenção do Presidente Alfredo Monteiro, não foi de todo contabilizada, nós contabilizamos ali,
foram 2 minutos, excedia o tempo do PCP a partir desse momento que eu chamei à atenção mas a
mesa concedeu ao Paulo Silva que falasse apesar do tempo da CDU estar esgotado; a única coisa
que pedi é igualdade de tratamentos, e mais, já houve no passado situações idênticas que cai
sempre para os mesmos e cai sempre para o PS em que foram apresentados votos de pesar que
tendo em conta que eram votos de pesar que se prescindiu da questão do tempo portanto a única
coisa que nós aqui pedimos é igualdade de tratamento em relação às outras bancadas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois mas isso no voto de pesar foi decidido na
reunião de líderes aí não tem palavra, é pá porque entretanto essa coisa de uns que acham que
são coitadinhos que são prejudicados etc. etc. porque na intervenção do Bruno Barata foi um
problema técnico é que não se contou, e o Rui assumiu essa responsabilidade, e devia-se ter
contado o tempo que se esteve a pedir tempo porque o PS sabe, o Bruno Barata sabe que antes de
ir para ali qual é o tempo que tem; e se precisava de mais tempo tinha que o ter pedido antes o
tempo que esteve ali mais de 1 minuto até ter tempo, portanto o PS não está prejudicado em nada
que fique claro porque o tempo não foi contado e deveria de ter sido porque é um problema do PS
porque o Bruno quando foi para ali só tinha 30 segundos e portanto queria falar 2 minutos e não
pediu tempo, desculpem lá cada um organize-se e o tempo não foi contado e deveria de ter sido
contado e portanto o PS não está aqui a ser prejudicado coisa nenhuma primeira questão, agora se
há aqui um problema com os tempos na Assembleia Municipal temos que reunir com os líderes,
bom, o que é que a mesa considera? Bom, o entendimento da mesa é que só quem tem tempo é
SFF mais ninguém tem tempo, é pá isto está a ficar uma brincadeira (…) nós vamos acabar com isto
dos tempos que não é nada, os tempos são para completar não são para intervir e portanto não há
mais cedência de tempo a partir de agora não há mais cedência de tempo, o que está acordado
entre os líderes e a mesa é se são pessoas crescidas e responsáveis todos, todos, começando nos
eleitos da Assembleia e na mesa é que o pedido a outros partidos e a cedência de tempos (…) e
portanto não há mais cedências de tempo nesta Assembleia hoje quem tem tempo pode intervir é
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SFF e o PAN são os que podem intervir certo, os outros não podem. Bruno Barata em defesa da
honra? Se faz favor.”
Bruno Barata, do PS disse: “Eu queria dizer que não pedi e não admito que chamem a este voto de
pesar que é gozar ou que é instável a história do homem é a história do homem, ele lutou contra o
fascismo corajosamente (...) do Comité Central, contribuiu para o País como deputado e como
governante e portanto esta é a história e a história não é para branquear.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais alguma defesa da honra? Samuel, é isso?
Se faz favor, é regimental.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O ponto de Ordem destina-se a discutir a forma como os trabalhos
estão a ser conduzidos eu quero que este ponto de ordem tem três itens diferentes, o primeiro é a
discriminação em relação ao que se está a passar nesta Assembleia foram prometidas a todas as
outras forças políticas que cedessem tempos agora quanto ao ceder tempo ao Partido Socialista o
Sr. Presidente da Assembleia entende que mais ninguém pode ceder tempos e que não há nenhum
tipo de cedências primeira (…) o surgimento no primeiro ponto de ordem do Partido Socialista
deve de ser dentro desta Assembleia o mínimo de independência que se exige ao Sr. Presidente da
Assembleia é a igualdade de tratamento entre as diferentes bancadas isso não está a acontecer,
em segundo lugar também na igualdade de tratamento tem que haver equidade dumas
Assembleias Municipais com outras Assembleias Municipais já no passado mas neste mandato
sobre esta presidência foi entendido que apesar de uma bancada não ter tempo podia apresentar
um voto de pesar tendo em conta a matéria sobre o que versava, aquilo que o Partido Socialista
pede é equidade na distribuição de tempo na (…) como aconteceu já hoje aqui o que pede é
igualdade naquilo que já aconteceu noutras Assembleias Municipais e o que pede ao Sr. Presidente
da Assembleia Municipal é contenção e brio no seu trabalho; o Presidente da Assembleia
Municipal jamais pode dizer aquilo que o Sr. Presidente acabou de dizer (…) não há qualquer tipo
de independência na condução desta e acho que no mínimo que conheço e que pode fazer é (…)
naquilo que aqui disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A gente vê isso, mas o que é isso aqui? O que é
isto? Ponha-se a andar, então o senhor permite-se fazer o que quer na Assembleia, até atacou o
antigo Presidente da Câmara várias vezes aqui, ataca o atual e ataca o antigo, e faz o que lhe
apetece, não lhe admito essa conversa, desculpe lá, o senhor é que é prepotente, o senhor é que é
prepotente, acabou! Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta questão vou dizer o seguinte, é pena que hoje não esteja
presente aqui a eleita do Partido Socialista, Sara, que na mesa várias vezes se insurgiu e disse que a
questão da cedência de tempos era para complemento de intervenções e não para novas interven-
ções; isto está gravado e pode ser visto, que não foi permitida a minha intervenção sendo da CDU
porque tem que ser igual para todos e foi considerado que era uma nova intervenção quando a
CDU já não tinha tempo; o que o Partido Socialista está hoje aqui assim a querer e na próxima reu -
nião de líderes com a mesa presente eu irei questionar a eleita do Partido Socialista Sara sobre
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esta questão, o Partido Socialista está a querer aqui uma questão de exceção que não houve nou-
tras circunstâncias e nomeadamente sobre a minha pessoa que eu não pude intervir para novas in-
tervenções mesmo com cedência de tempos de outras bancadas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós na próxima reunião de líderes podemos ver,
voltar a ver esta questão, mas a questão é clara e creio que nenhum dos líderes que está aqui
acordou e nós não acordamos está no memorando da reunião de líderes além de ser verídico está
escrito na ata da reunião de líderes, os senhores têm, é que a cedência de tempo é para completar
não é para se apropriar do tempo para si próprio para o grupo municipal (...) sobre isso não há
dúvida de espécie nenhuma e o que eu ia apresentar era no quadro onde se acordou de não haver
tempo em algum voto de pesar poderem apresentar, que não foi o caso, havia tempo utilizaram o
tempo e esgotaram o tempo e agora não podem pedir o que não está acordado entre nós e escrito
em ata e volto a repetir que a própria Sara 2.ª secretária chegou a chamar a tenção e portanto não
há aqui nenhuma má condução do Presidente da Assembleia e nenhuma descriminação ao PS foi
aquilo que se acordou eu vou-vos dar a ata a ata na próxima reunião vou-vos dar a ata para que
não haja dúvidas sobre isso, nós discutimos isso uma série de tempo a questão dos tempos e (…)
foi essa dos tempos dos outros partidos não é (…) senão subvertia em completo essa divisão de
tempo, o tempo é para completar e vamos ver como é que isso vai ficar que já estou a ver um
abuso especial nesta matéria e vamos ter que discutir isso, portanto sendo assim pergunto dentro
dos que têm tempo o PAN e SFF se pretendem intervir? Não, então vamos passar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº15/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezanove (19) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do presidente da JFFF: 1
 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto o voto de pesar foi rejeitado com os votos
contra da CDU, do BE e do SFF, e o voto a favor do PS, do PSD, do PAN e do CDS, há alguma
declaração de voto? Samuel Cruz e Paulo Silva a seguir e Duarte Correia. Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “A declaração de voto desta matéria é uma
situação que diz o seguinte: A doença e a morte de quem quer que seja não podem constituir em
circunstância alguma arremessos de luta política; reconheço sobremaneira após o 25 de Abril que
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
as suas nunca foram coincidentes com as minhas no entanto para memória futura de que hoje
estarão vivos e amanhã poderão não estar, dos mortos ou se fala bem ou não se diz nada. Pedro
Mogárrio, Presidente da Assembleia de Freguesia da Amora.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, a seguir Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “Espero que o Samuel tenha registado para o
futuro o que acabou de dizer que a vida e a morte de alguém não pode ser arma de arremesso
político para aprender e ensinar ao Partido Socialista como deve de fazer votos de pesar para não
vir a reboque de um bote de ar com armas de arremesso político que foi o que fizeram, lamento
profundamente que o Partido Socialista não tenha estado à altura no voto de pesar que
apresentou de honrar o nome de Joaquim Pina Moura que merecia pelo seu saber intelectual,
portanto quanto ao resto nós discordámos temos memória pela pessoa não podemos é aceitar
que venham aqui assim utilizarem o nome dele como armas de arremesso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Duarte Correia.”
Duarte Correia, do PSD, em declaração de voto, disse: “Bom, em relação a este voto de pesar e a
todos os votos de pesar o Partido Social Democrata tem uma política muito clara que é, o voto de
pesar não pode servir de arremesso político, e não posso deixar de lembrar aqui o Sr. Presidente e
todos os eleitos que em novembro de 2017 nesta mesma Assembleia o Partido Social Democrata
apresentou um voto de pesar pela morte do Francisco Trancão treinador de futebol do Paio Pires
Futebol Clube e o Sr. Presidente não admitiu que esse voto de pesar fosse votado nessa
Assembleia porque o Partido Social Democrata não tinha tempo o Partido Social Democrata na
Assembleia seguinte apresentou o mesmo voto de pesar e foi votado, portanto isto já foi nessa
Assembleia e o Francisco Trancão nem sequer era militante do Partido Social Democrata aliás acho
que nem sequer partido político ele tinha, era um treinador de futebol das camadas jovens do Paio
Pires Futebol Clube, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Só agora dar uma nota não é uma resposta, mas é
bom que os líderes transmitam aquilo que se aprova porque em relação ao voto de pesar que o
Duarte colocou há bocado foi na sequência de um entendimento de líderes; portanto o Duarte se
não tinha conhecimento disso não posso fazer nada. Portanto está terminado o Período de Antes
da Ordem do Dia, vamos para 10 minutos de intervalo.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


III.1. Suspensão de Mandato de Maria João Evaristo de Oliveira Santos.
(Documento anexo à ata com o número 16).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A Mesa e os líderes chegaram a um entendimento
em relação à continuidade da Assembleia porque vamos entrar no período da ordem do dia e não
é possível terminar em tempo útil a Assembleia. O que definimos é que a Assembleia, nós hoje
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vamos deliberar até ao ponto de informação da Câmara, ou seja, apreciação de informação da
Câmara e apreciação de informação do Sr. Presidente da Câmara e depois a Assembleia irá
continuar esta sessão na terça feira, às 20 horas. Foi o entendimento a que chegámos: mesa e
líderes em relação à sequência. Sendo assim, o primeiro ponto é a suspensão de mandato de
Maria João Evaristo de Oliveira Santos e a sua substituição na sequência da deliberação da
suspensão de mandato que se dará lugar com o Gonçalo Rui Oliveira que a seguir à suspensão
pode ocupar o seu lugar. Pergunto se há alguma questão em relação à suspensão de mandato?
Não havendo está aprovada a suspensão de mandato”.
Aprovada a Deliberação nº 1/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta (36) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
III.2. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Neste momento temos uma nova organização do
quadro das comissões, tendo em conta o quadro da organização dos pelouros da câmara e plano
de atividades e portanto, dou a palavras aos coordenadores, uma informação síntese do trabalho
desenvolvido em cada uma das comissões. Quem quer usar da palavra?”.
Maria Júlia Freire, da CDU, disse: “A comissão da cultura, participação, habitação, juventude e de-
senvolvimento social reuniu duas vezes. Uma delas para aprovar o plano de atividades e depois
com a sra. vereadora para apresentação das linhas gerais das GOP e reuniu no início de fevereiro
para concluir o plano de atividades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Américo Costa”.
Américo Costa da CDU, disse. “Uma pequena nota sobre os trabalhos da comissão permanente de
educação, urbanismo e recursos humanos, duas reuniões, cumprindo o calendário, quer de indica-
ção do coordenador, quer da elaboração de um pequeno plano de atividades. Temos condições
para o funcionamento normal a partir de agora. Podemos dizer que a primeira reunião está já
agendada sobre o tema urbanismo. Aliás, decidimos conforme o programa que cada uma daquelas
grandes áreas é assim, sujeita a uma reunião, área de educação, urbanismo e recursos humanos.
Começámos pelo urbanismo e já tivemos com a Sra. Vereadora Maria João Macau. Tivemos já a

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possibilidade de anunciar a reunião para o dia 26 de março. Vão ser avisados os membros da co-
missão pelos métodos habituais mas desde já podem agora agendar essa matéria”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A comissão de desenvolvimento estratégico reuniu, elaborou o seu
plano de atividades. É uma comissão que reúne sempre antes de cada assembleia municipal, tendo
em consideração que há cinco assembleias municipais ordinárias, vimos que no intervalo dessas
assembleias reunimos nos meses em que não houver assembleias com temas específicos, sendo
que o próximo será sobre o turismo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Custódio Carvalho”.
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “A comissão permanente de desporto, obras municipais,
fiscalização e trânsito reuniu em janeiro, já marcámos a próxima reunião para dia 18 de março em
que vamos ter a presença do Vereador, o tema da reunião será as obras municipais e
paralelamente a essa reunião vamos também entregar o plano de atividades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Nuno Graça”.
Nuno Graça, da CDU, disse: “A comissão permanente de ambiente, bem estar animal, serviços
urbanos e proteção civil à semelhança das anteriores também reuniu, foi feita a planificação das
atividades para 2020 apesar do que alguns referiram de que o funcionamento das comissões não
ter sido o ideal até então, devo dizer que nesta comissão tivemos várias reuniões. Não obstante,
estão reunidas as condições para ainda funcionar melhor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Não sou a coordenadora de património cultural mas dado que a
coordenadora não está presente, dar aqui também informação à assembleia se me permitir dizer
só que esta comissão também reuniu duas vezes neste período, tivemos oportunidade de reunir
com o vereador para discutir as disponibilidades relativamente às questões do património cultural
e preparar também o plano de atividades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação às comissões permanentes intervieram
todos, em relação às comissões especificas, a comissão especifica de realojamento reuniu com o
desenvolvimento estratégico e a comissão de desenvolvimento social no quadro até da ordem de
trabalhos, propostas que a câmara sobre Vale de Chicharos e há uma agenda que já foi entregue
aos lideres, terá concretização nos próximos meses onde participará também o Sr. Presidente da
Câmara. Em relação às restantes comissões: hospital e restauração das freguesias e das questões
ambientais da Siderurgia Nacional. Não sei se em relação às comissões há mais alguma questão
que queiram referir? Não, havendo passamos para o ponto seguinte”.
III.3. Ata n.º 04/2019 – 2.ª Sessão Ordinária de 15 de abril de 2019. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 17 )

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não podem votar por não terem estado presentes
da CDU: Paula Santos, Custódio Carvalho e Gonçalo Rui Oliveira e do PS: Tomás Santos, Sérgio
Ramalhete e Maria Virgínia Dias. Algum assunto sobre esta ata que queiram colocar? Faz favor
André”.
André Nunes, do PAN, disse: “Só para perguntar se sobre esta ata houve algum problema com a
gravação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação a esta ata André? Esta ata que se
encontra para deliberação … que estamos aqui a apreciar. Esta não, portanto, a ata é de abril,
certo? Era esse esclarecimento? Sim senhor! Então sendo assim, consideramos aprovada esta ata e
suspendemos aqui a Assembleia Municipal, prossegue na 3.ª feira às 20 horas”.
Aprovada a Deliberação n.º 2/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 13
- Do grupo municipal do PS: 8
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1

2ª Reunião, dia 3 de março de 2020

III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 18)
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 19)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Face à importância da matéria, julgamos ser útil e
faremos essa distribuição como naturalmente sempre que se entender se fará em relação à
documentação que seja útil para os membros da Assembleia. Nesse sentido, dou a palavra ao Sr.
Vice Presidente... Se é ponto de ordem tem que falar dali!”.

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Bruno Barata, do PS, disse: “Agradecendo o parecer da Associação Nacional de Municípios
Portugueses sobre o Orçamento de Estado, eu próprio enviei na 6.ª feira, fiz um pedido ao
Presidente da Assembleia Municipal através dos serviços também para divulgar e clarificar esta
assembleia da posição do Partido Comunista Português numa proposta de resolução da
Assembleia da Republica em 2004, salvo erro, sobre o aeroporto de Alcochete, então
manifestando alguma relutância, eu enviei este documento, essa proposta, na 6 feira, como
também está na ordem do dia eu apelava ao Sr. Presidente para também partilhar com os
presentes, obrigado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tudo o que seja de apoio aos membros da
assembleia para a sua atividade, naturalmente que não há nenhuma questão sobre isso. O
documento chegou ontem. Aliás, sobre esta matéria estamos a falar de uma questão tão
importante que continuaremos o debate, eu próprio até tive oportunidade de ter espaço e até de
ter intervenção porque eu era Presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal e
acompanhei por dentro, como se compreende o processo. Conheço muito bem o processo de
Alcochete, tive uma participação ativa nas funções que desempenhava e terei todo o gosto em
poder participar".
O Vice Presidente da Câmara Municipal disse: “Em relação ao ponto de apreciação da câmara
sobre a atividade desta foi distribuída a informação e ficaria disponível para as perguntas que os
srs. eleitos quisessem fazer”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Então, tem a palavra Luís Gonçalves”.
Luís Gonçalves, do PS, disse: “A primeira coisa que eu gostava de perguntar é se houve descargas
de esgotos na baía e não me responderam mas eu gostava de saber é se a câmara faz o controlo,
quais são os dias, se os contabiliza, especificamente em que houve descargas de esgotos na baía,
ou seja, se tem essa informação. A segunda questão que eu queria colocar é acerca do anúncio de
um festival que vai acontecer no Seixal, o VillaMix, eu gostaria de saber se a Câmara Municipal do
Seixal vai criar algum tipo de contrapartida, estou a falar do pagamento do espaço, eventualmente
ofertas de bilhetes seja o que for, relativamente à organização deste evento que se vai levar a cabo.
A terceira questão, eu confesso que tenho aqui uma dificuldade em situar-se se devo colocar isto
aqui neste ponto ou no ponto que tem a ver com o realojamento de Vale de Chicharos mas
efetivamente o ponto que tem a ver com o realojamento de Vale de Chicharos tem haver com a
compra de imóveis que estão especificados. Eu gostava de saber qual é a estratégia que vão ter e
se vai responder neste ponto da ordem de trabalhos sobre as habitações que se vão comprar ”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sérgio Ramalhete”.
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “Eu tinha duas questões a colocar, muito se fala nelas, nestas
assembleias mas a verdade é que ainda não consegui perceber o projeto que a Câmara tem para o
nosso município. Relativamente à informação de que dispomos, quais os projetos cuja câmara
municipal recorre a fundos europeus, o valor total desses projetos, quais foram aprovados neste

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caso, qual o valor co-financiado pela (...). Relativamente à empresa Business Portugal gostava de
perceber porque que é, o que é que ela faz? Quais os projetos de desenvolvimento para o
município?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Queria em primeiro lugar solicitar à Câmara Municipal que
operacionalizasse o seu gabinete de comunicação não apenas para promover os vereadores da
CDU no Boletim Municipal e também para melhorar a comunicação dos documentos que chegam
aos eleitos municipais através destes relatórios, uma vez que parecem documentos que foram
escritos e impressos numa tipografia dos anos 70. No âmbito do pelouro da educação, em primeiro
lugar temos a preocupação com o facto de verificar que praticamente todas as escolas do concelho
que estão em obras, pelo menos nas intervenções que eu verifiquei. Só eu contei 30 escolas
intervencionadas, queria perguntar ao Sr. Presidente da Câmara e à Sra. Vereadora da Educação o
seguinte: nas áreas de intervenção, uma palavra para a remoção do amianto, na penúltima reunião
da comissão permanente deste pelouro, ainda no anterior figurino, a Sra. Vereadora Manuela
Calado prometeu que o amianto seria totalmente removido até à pascoa, tendo em conta que a
pascoa é daqui a um mês e a palavra amianto não se encontra no relatório. Pelo menos eu não
encontrei. O que está feito? Queria perguntar! Se calhar há um dossier para verificar, nós é que
não sabemos! Por fim encontrei várias referencias às refeições escolares. No entanto, à cerca de
um ano foram conhecidas várias noticias sobre o deficiente serviço de refeições escolares nas
escolas do concelho. Eu próprio, pessoalmente conheço bem esta situação por razões familiares,
queria então perguntar se tinham apurado as responsabilidades sobre esta matéria na altura e se
sim, a que conclusões a câmara municipal chegou?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Armando Farias”.
Armando Farias, da CDU, disse: “Queria colocar duas questões ao executivo, uma é sobre o evento
realizado em fevereiro, da Nauticampo, em que a câmara tem tido sempre presença habitual, dizer
alguma coisa sobre a presença deste ano. A outra questão prende-se com a baía do Seixal, temos
conhecimento de que há um conjunto largo de projetos para a baía do Seixal, a minha pergunta é
no sentido de saber se nos podia dizer alguma coisa sobre isso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Luísa Gama”.
Luísa Gama, do PSD, disse: “Tinha aqui um conjunto de questões muito especificas. A primeira é
relativa a Fernão Ferro e à Rua António Baldaque da Silva sobre a qual nos chegou algumas
informações, queixas por falta de alcatroamentos que gostavam de ver em breve alcatroar.
Relativamente a Corroios se tem alguma ideia de quando é que será resolvido o problema da
iluminação dos estacionamentos da Av. Luís Grácio e também ainda relativamente a Corroios e à
escola João de Barros, sabemos que a Câmara Municipal ficou de contactar as Infraestruturas de
Portugal para a colocação de pilaretes junto à escola por causa da segurança no estacionamento,
saber se isso já foi efetuado? Qual é a situação? Relativamente a Fernão Ferro chegaram-nos

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algumas informações sobre saneamento básico, aparentemente a população está preocupada com
as condutas da água e o amianto haverá a possibilidade de nos esclarecer sobre isso e até que
ponto pode ou não ser problemático”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Muito rapidamente algumas perguntas, se a Câmara tem
conhecimento de falta de internet e problemas informáticos na escola da Quinta da Princesa e em
relação à promessa da construção do CROAC´s Seixal, quando é que se vai conhecer? Para quando
a continuação da construção da alternativa à Estrada Nacional 10, em Corroios e Amora? Uma
pergunta que acho que foi feita pelo Partido Socialista tem a ver com os tais 900 milhões de euros
que a câmara anunciou de investimentos para o concelho do Seixal, sabendo alguns porque nas
reuniões das comissões com o Sr. Presidente da Câmara e com o vereador … mas estamos aqui
numa sessão pública, no sentido de saber exatamente o que estamos a falar, o prazo da sua
resolução, o que vai sair dos orçamentos da Câmara Municipal, o que vem através dos fundos, do
dinheiro que vem do Estado Central, estamos a falar exatamente de que prazo de conclusão?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Almira Santos se faz favor”.
Almira Santos, da CDU, disse: “Gostava de perguntar acerca da Aldeia Natal, queria saber como
correu a iniciativa e qual o impacto que teve na promoção do Seixal na Área Metropolitana de
Lisboa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “No último ano têm sido aqui repetidas denuncias que vão no
sentido do incumprimento do horário de funcionamento de alguns estabelecimentos do concelho,
quer na zona ribeirinha de Amora e no núcleo urbano do Seixal, algo que tem repercussões não
apenas ao nível dos moradores mas também a nível da segurança. Em resposta a um requerimento
que lhe dirigi sobre a afixação ilegal de propaganda, o sr. respondeu dizendo e vou citar: «que a
divisão de fiscalização municipal dispõe apenas de 14 fiscais em intervenção num conjunto muito
vasto e diversificado de áreas». O que lhe quero perguntar é se reconhece ou não a urgência de
reforçar os meios humanos da divisão de fiscalização e se sim, se tenciona e quando proceder ao
seu reforço? Relativamente aos problemas ambientais em Paio Pires e fique descansado que não
lhe vou perguntar porque razão os prazos para apresentação dos estudos continuam a ser
interrompidos, a verdade é que a versão mais recente do (...) da Câmara é que os estudos
apresentados pelas entidades externas continham erros técnicos e que por esse motivo foram
devolvidos; o que lhe quero perguntar é que erros técnicos foram esses? E se à luz dos mesmos a
Câmara mantém a confiança na entidade que realizou o estudo. Outro tema e relacionado com o
programa «O Chapim vem ao Seixal» estamos em plena época da lagarta processionária, em
fevereiro de 2018, foi aprovada nesta assembleia uma moção do PAN com dois pontos: um que
instaga a Câmara Municipal a recuperar, capitalizar e a tornar ativo o programa «O Chapim vem ao
Seixal», o outro que instaga a Câmara a difundir anualmente com especial incidência nos meses de

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janeiro a abril os perigos da lagarta e os cuidados a ter com o mesma. O que lhe pergunto é porque
razão só neste último ponto foi implementado? Depois, outra questão relacionada com o apoio à
tauromaquia no concelho, no dia 27 de abril esta assembleia aprovou uma moção do PAN que
instaga a câmara municipal a revogar todos os apoios diretos e indiretos à atividade tauromáquica
no concelho, assumindo dessa forma uma posição de neutralidade face ao espetáculo de
tauromaquia. A algumas semanas deparámo-nos com um espetáculo taurino que teve lugar no
concelho, a ser promovido com o logótipo da Câmara Municipal, o que lhe pergunto é se o
executivo apoiou realmente o evento e se desrespeitou a vontade da maioria desta assembleia ou
se não apoiou e nesse caso, pergunto o que vai fazer a câmara relacionado com a utilização
indevida da imagem Câmara Municipal pelos organizadores do evento. Outra pergunta relacionada
com abrigos de animais e com o regulamento de proibição de animais, no dia 5 de julho de 2018
esta assembleia também votou favoravelmente a moção do PAN pela permissão de alimentação de
animais na via e outros espaços públicos e pela alteração do regulamento municipal que proíbe a
alimentação de animais na via e outros espaços públicos. Há pessoas neste concelho a serem
ameaçadas com contraordenações por estarem a fazer um trabalho que é competência da
autarquia. O que lhe pergunto é se tenciona respeitar a vontade desta assembleia, uma vez mais, e
se sim, quando é que pensa estar atualizado para (…) aos cuidadores de animais no concelho.
Ainda sobre a matéria de bem estar animal, pergunto-lhe se há alguma vontade do município para
acolher a proposta do PAN em criar abrigos para os animais comunitários? Outra pergunta
relacionada com códigos de conduta: a Lei 52/2019 estabelece entre outras coisas que os
municípios devem aprovar códigos de conduta e que desenvolvam as questões ligadas às ofertas
aos eleitos e publica-los e divulga-los nos respetivos sítios da internet. Segundo o artigo 25.º, n.º6
desta Lei, o prazo para aprovação deste código tem 130 dias, ou seja, até 25/10/2019, dado que
estamos em março e aquilo que saiu foi no passado dia 21 de fevereiro, o que lhe pergunto é se
tem ou não a Câmara Municipal intenção de cumprir com esta legislação. Por último, relacionado
com o pagamento de senhas relacionadas com o ultimo ato eleitoral há pessoas que dizem ainda
não ter recebido o valor das gratificações, segundo informação obtida junto dos serviços da
Câmara Municipal todas as gratificações já foram processadas, membros das mesas que não
receberam, é importante perceber a disponibilidade da autarquia para no futuro e à semelhança
do que acontece noutros municípios adiantar verba aos membros das mesas de maneira a que
estes não fiquem meses à espera, pergunto-lhe se a Câmara Municipal pensa ainda corrigir essa
situação?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Seis questões. A primeira delas, queria abordar a questão dos 900
milhões de euros, nós já em câmara Municipal e também aqui na Assembleia Municipal tivemos
ocasião de colocar algumas questões, é que 900 milhões de euros é quase nove meses mais que o
orçamento municipal que nós aprovámos para 2020, vamos reincidir nas questões que colocámos
sobre esta matéria, nomeadamente: os 900 milhões de euros de investimento são para quantos

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anos? Os projetos que se referem esse investimento sendo que alguns deles não são de
investimento municipal mas a forma de resolver este problema é investimento municipal qual é o
investimento municipal desses 900 milhões de euros, qual é o investimento do Estado Central? e
qual é o investimento privado e quais são os projetos e qual é o limite de intervalo para esse
investimento de 900 milhões de euros? Quantos anos para quantos mandatos? A ideia dos
projetos que já estão contratualizados ou aqueles que a Câmara pode prestar sobre esta matéria
são (… ) milhões de euros. Sobre mercados municipais, nós queríamos colocar aqui a questão do
mercado da Cruz de Pau, quando é que se iniciam as obras, como é que está a situação e quando é
que se prevê que o mercado seja reabilitado. Não sendo meu hábito, mas acho que é uma
interrogação que eu coloco aqui. O meu hábito é não querer fazer processos de intenção e
continuo a não fazê-lo, mas de qualquer modo vai-me dando a ideia de que não sei se a opção será
que o mercado definhe e que morra naturalmente porque o Mercado da Cruz de Pau quem lá vai e
eu vou lá muito, vou lá todos os sábados, é que durante a semana cada vez tem menos gente. O
mercado da Cruz de Pau concretamente o que se prevê de facto, iniciar as obras e requalificar o
que está projetado. A informação que temos também na atividade é que foi feita uma (...) na Torre
da Marinha para avaliar as condições para a requalificação e intervenção do mesmo mercado, nós
queríamos solicitar informações mais concretas sobre o estado desta e o que é que nos podem
acrescentar sobre esta perspetiva e sobre esse projeto. Sobre o amianto nas escolas, da
responsabilidade municipal, numa das ultimas reuniões da comissão de urbanismo e educação a
sra. vereadora responsável pelo pelouro respondeu lá que no principio do próximo ano letivo as 14
escolas da responsabilidade e da competência municipal não teriam amianto, queria informação e
gostava de mais informação para que no inicio do próximo ano letivo as 14 escolas da
responsabilidade municipal não tenham amianto. Última questão para o Sr. Presidente nos
confirmar ou não este compromisso. A outra questão sobre o plano pela melhoria da qualidade do
ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo, solicitámos informações concretas sobre o ponto de situação
e também achávamos que havendo mais informação que aquela que é colocada graficamente no
relatório, fazia sentido que fosse disponibilizada mais nformação daquilo que existe. Sobre a carta
da qualidade do ar, outra questão que queríamos colocar, no relatório diz-se que o executivo já
recebeu a carta e que nos serviços está a ser analisada, a questão que nós colocamos é quando é
que podem disponibilizar a toda a vereação e à Assembleia Municipal essa carta? E já agora,
também gostava de saber desde quando é que a Câmara recebeu a cartada qualidade do ar. A
ultima questão é em que estado se encontra a elaboração do plano municipal de habitação? “.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “A Câmara Municipal do Seixal de acordo com a informação
prestada efetuou uma consulta ao mercado no âmbito do POSEUR para elaborar o projeto de
execução descontaminação dos solos da J. Caetano e Fernando Branco SPEL, sempre nos foi
referido há vários anos que estes passivos ambientais eram da responsabilidade e da intervenção
do Governo, aquilo que pergunto é em que âmbito é que a Câmara Municipal do Seixal está a fazer

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esta consulta ou esta candidatura visto ser uma responsabilidade do governo e historicamente a
Câmara Municipal do Seixal não assumir estas responsabilidades. Em relação à mobilidade elétrica,
diz também o relatório sobre a instalação de dois pontos de carregamento elétrico; tendo em
conta que neste momento no espaço publico não existe nenhum ponto de carregamento elétrico,
ao que julgo saber, apenas em dois espaços privados, queria saber se esta é uma situação que já
teve algum avanço em relação a este quatro trimestre que é o que se referia o relatório ou se pelo
contrário ainda não. Depois falar também aqui sobre uma outra documentação sobre a
monitorização das águas balneares, queremos também referir nesta parte de ambiente, gostaria
de saber se esta informação da monitorização vai em que sentido ou que resultados têm sido
obtidos. Depois, duas questões que aqui já foram colocadas, uma delas tem a ver com a
informação jurídica, penso que aqui já foi colocado que pudesse ser acrescentado alguma
formação sem que isso coloque em causa nenhuma questão de proteção de dados mas a quem é
que se referem estes processos, temos um único processo, temos o valor da causa mas às vezes
não temos muito bem noção, ou pelo menos de que área pode ser relativo. Finalmente, em
relação aos pontos 4 e 5 contêm pdf`s bastante extensos mas que, na verdade, são digitalizações;
isto aqui já foi levantado por mim e por outras pessoas em que eles fossem efetivamente os pdf´s
que são formados, que são gerados para que simplesmente pudessem ser pesquisáveis através de
uma pesquisa normal. ”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fernando Sousa”
Fernando Sousa, da CDU, disse: “Nós gostaríamos de perguntar ao Sr. Presidente da Câmara se nos
pode informar do ponto de situação em que está o processo do hospital do Seixal? Também o
ponto de situação para quando a abertura novamente da urgência pediátrica do Hospital Garcia de
Orta?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sem qualquer ponta de ironia ou provocação mas nós PSD temos esta
curiosidade que queríamos hoje esclarecer e temos a curiosidade no sentido em que sabendo nós
que o PCP é normalmente um partido organizado e que fala a uma só voz e portanto, aquilo que se
passa até nas freguesias, com certeza o Sr. Presidente da Câmara está a par e o resto do executivo
e portanto, atendendo que a Assembleia de Freguesia de Amora foi em 2017, ainda no mandato
anterior, apresentada uma proposta pelo PSD, no sentido da instalação de um único posto wifi, foi
recusada essa proposta pelo PCP. Nós queríamos saber a titulo de curiosidade se votaram contra
só porque era o PSD ou se votaram contra para se apropriarem da ideia, como aliás já aconteceu
noutro tipo de temas e noutro tipo de assuntos para apresentarem como vós e para dizer que
agora somos pioneiros do wifi e etc. Esta era a primeira pergunta, se a proposta na altura foi
recusada só por ser do PSD. Depois, aproveitando a pergunta do Sr. eleito Armando Farias, a
presença do município na Nauticampo, queríamos perguntar quanto dispendeu o município a
nossa presença nesse certame da Nauticampo. Depois queria-vos também perguntar no fundo,
consideramos nós, é um sistema de uma organização democrata, onde é que o Sr. Presidente
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atendendo que falta um ano e meio para o terminus deste mandato autárquico, pensa, já nem
digo executar medidas que já foram aqui aprovadas aqui na assembleia municipal é no fundo por a
democracia a funcionar em medidas como o cartão sénior municipal que foi aqui aprovado nesta
assembleia municipal, conselho municipal da juventude entre muitas outras, já agora falando de
transportes para os alunos de Fernão Ferro e portanto, nesta fase em que não há ainda nenhuma
escola construida, mas esta entre outras, para já é tudo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apresento aqui uma questão curta há uma espécie de respostas aos
requerimentos tipo que agora a Câmara tem apresentado que diz qualquer coisa do tipo, face ao
exposto nos termos da lei 46/2017 de 24 de agosto a lei de acessos aos documentos da
Administração Pública – Lada não foi possível nesta fase disponibilizar para a consulta solicitada,
ou seja como processo está em tramitação neste caso, essa resposta é de 14 fevereiro de 2020 e
então, baseia-se no seguinte: A pergunta ao Sr. Presidente e para enquadrar é o seguinte: tem
confiança nos serviços jurídicos desta câmara e na sua assessoria? É que parece-me que nenhum
jurista dá uma resposta que diga de acordo com a lei tal; o mínimo exigível é de acordo com o
número tal do artigo tal não se configura possível, era o mínimo exigível, remeter exclusivamente
para a Lei é no mínimo má opção. Em segundo lugar, parece-me que será confundir aquilo que é o
papel de um eleito com aquilo que é o papel de qualquer munícipe, há aqui algo que os juristas
imagino eu, e isso é que eu acho preocupante terá sido um jurista que respondeu, eventualmente
nos serviços jurídicos deu parecer favorável à resposta que entendia que estava de acordo e
eventualmente alguém na assessoria do Sr. Presidente da Câmara deu também o seu aval a isto e
agora estamos a falar da LADA que é a Lei de acesso aos processos administrativos que é uma coisa
que uma câmara com esta dimensão (...) todos os dias andará aqui (...) como se costuma dizer. A
minha pergunta baseia-se nisto, como é que um requerimento datado de 14 de fevereiro de 2020
remete para a Lei n.º 46/2007 que foi refutada pela Lei 26/2016 de 22 de agosto, passaram quase
4 anos, como é que nesta casa se anda a responder a requerimentos e passados 4 anos de existir
uma nova lei de acessos aos processos administrativos, ninguém nesta casa percebeu, eu acho isto
inacreditável”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções. Quem é que pretende intervir?
Carlos Pereira, Júlia Freire e no final desta ronda fechamos. Carlos Pereira, Júlia Freire, Bruno
Barata, Raul Ramires. Mais? Não há mais? Está fechado! Então, tem a palavra Carlos Pereira”.
Carlos Pereira, da CDU, disse: “No passado sábado realizou-se em Fernão Ferro a autorização do
projeto e o lançamento da primeira pedra do Centro Social do Lar de Idosos, gostaria de saber e
dado que este Lar estava previsto no programa eleitoral da CDU, bem como no plano de atividades
da Câmara Municipal do Seixal, gostaria que o Presidente informasse esta assembleia sobre a
planificação da obra e os apoios concedidos pela câmara, bem como os que estão previstos e para
quando a conclusão da obra? Queria também saber sobre o CDA de Fernão Ferro para quando se
prevê a sua entrada em funcionamento? Depois relativamente ao pavilhão desportivo do Portugal
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Cultura e Recreio, gostaria de saber qual é a estratégia da Câmara para este equipamento e quais
são os apoios?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Júlia Freire”.
Júlia Freire, da CDU, disse: “Têm saído noticias que colocam o município do seixal como um dos
mais avançados na recolha de resíduos; o que nos pode dizer sobre este assunto?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: “Queria partilhar convosco que as funções de eleito municipal muito
me honram e exerço da melhor forma que sei, exerço todos os dias, não só nos dias das
assembleias ou das comissões, há o olhar atento, a análise, há estudo, há questões que surgem,
necessitamos de informação para clarificar. O que acontece é que sinto-me bloqueado em exercer
essas funções porque esta atividade da Câmara e obviamente eu não exijo do Sr. Presidente da
Câmara que saiba de cor os projetos de execução e o Sr. Presidente e bem nessa Assembleia
Municipal disse olhe está aí uma boa questão para fazer um requerimento do ponto de situação de
execução e os projetos com financiamento europeu. Acontece por exemplo que essa questão foi
colocada há 206 dias e não há qualquer resposta. Uma outra questão sobre os arrendamentos tem
241 dias, os arrendamentos da câmara, isto é informação que presumo eu que nem exija esforço
aos funcionários e aos técnicos que acompanham a matéria porque o acompanhamento dos
fundos europeus, os contratos de arrendamento, os inquéritos de satisfação é informação que a
câmara dispõe à distancia de um clique e de um envio, há efetivamente uma força de bloqueio e
análise para melhorar este município e exercermos o nosso direito de supervisão dos trabalhos da
Câmara. Efetivamente torna-se muito complicado, queria deixar esta nota ao Sr. Presidente, tenho
deixado vários vezes, o Partido Socialista tem 19 requerimentos, enumerei estes 3 mas destes 19
por exemplo, 4 têm mais de um ano e essa sua atitude não se pactua com a democracia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Apenas um apontamento de memória, os serviços
confirmarão mas eu sobre essas duas matérias, lembro-me perfeitamente da resposta do Sr.
Presidente da Câmara em relação aos fundos comunitários, ... aliás, até houve um que … o valor
global do arrendamento, estou a falar da minha memória, certo? Agora que depois houve por
exemplo em relação ao Quadro Comunitário em concreto, o Sr. membro da Assembleia fez um
novo requerimento a pedir novamente também me lembro mas que houve resposta ah isso não
tenho duvida, mas estou a falar de memória e os serviços confirmarão. Vamos passar a trazer para
aqui um quadro para a assembleia, eu lembrei destas. Sr. membro da assembleia Raul Ramires faz
favor”.
Raul Ramires, da CDU, disse: “Tendo sido inaugurado já mais uma edição do Março Jovem vinha
pedir ao Sr. Presidente da Câmara e ao executivo o que nos pode dizer acerca do programa deste
ano e também da participação das associações juvenis ”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor”.

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Paulo Silva, da CDU, disse: “Duas questões ao executivo municipal, o primeiro tem a ver com um
assunto que já foi aqui várias vezes discutido nesta assembleia que é a questão das transferências
de competências, têm havido várias discussões e inclusive houve um encontro de municípios no
Rivoli no Porto em que houve tomadas de posição conjuntas, têm havido reuniões também entre a
Área Metropolitana de Lisboa e a Secretária de Estado, como é que está atualmente o processo?
Segundo, o Governo do Partido Socialista sobre a questão da construção do aeroporto do Montijo
e face ao parecer negativo que os municípios do Seixal e da Moita avançou que iria alterar a Lei à
medida para ultrapassar essas questões, sobre esta questão qual é a posição da Câmara Municipal
do Seixal”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Temos esgotadas as inscrições, como é de boa
regra eu dava a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para dar resposta às perguntas que achar
conveniente”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia aos srs. vereadores que têm competências nas
áreas relacionadas com as matérias colocadas pelos srs. eleitos, recordo que são 58 questões,
temos 46 minutos, um minuto para cada uma para conseguirmos responder a todas, pedia ao
Vereador José Carlos Gomes que pudesse dar uma nota sobre a questão do arruamento, com o
alcatrão em falta em Fernão Ferro, também sobre iluminação publica na avenida Rui Grácio, sobre
a questão dos pilaretes da escola João de Barros, ainda sobre o reforço da divisão de fiscalização
municipal. Uma nota ainda sobre a obra do Mercado Municipal da Cruz de Pau e também sobre o
pavilhão desportivo do Portugal Cultura e Recreio”.
O Vereador José Carlos Gomes disse: “Em relação às questões colocadas, no que diz respeito à
Rua Baldaque da Silva, em Fernão Ferro, ela pertence a uma AUGI que ainda não foi rececionada
de modo a que não temos neste momento previsão de pavimentação, iremos de qualquer das
maneiras, estamos a averiguar esta situação, no âmbito da AUGI e enquadrar as obras que
efetivamente forem necessárias fazer mas que terão que ser enquadradas e protocoladas no
âmbito da AUGI porque a responsabilidade destas situações tem que ser inspecionadas à AUGI
tendo em conta que ainda não foi rececionada a AUGI. No que diz respeito à iluminação da
Avenida Rui Grácio, ela foi reportada já à EDP e não temos ainda uma resposta da EDP que não
tem estado a responder de uma forma célere, tanto às questões colocadas e levantadas pela
câmara municipal, no que diz respeito a algumas zonas de iluminação no concelho. Estamos a
acompanhar esta situação e esperamos que em breve ela possa vir a ser resolvida. No que diz
respeito à questão do Mercado da Cruz de Pau dizer que o ponto de situação neste momento é
que estamos a fazer a avaliação de projeto, nós iniciámos a obra mas depois temos que
interromper a obra tendo em conta que o empreiteiro declinou fazer a obra. Este foi um processo
que depois teve aqui alguns aspetos jurídicos que o Tribunal de Almada acabou por dar razão à
câmara, neste momento estamos a fazer a revisão do projeto do Mercado da Cruz de Pau e vamos
evoluir depois para concurso público e a partir daí, esperamos que apareçam para se dar inicio à
obra. Depois, em termos da fiscalização, estamos a fazer o reforço da fiscalização de várias zonas
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do concelho, no que diz respeito a questões relacionadas com o lixo, a depósitos ilícitos, a viaturas
abandonadas etc, esse reforço efetivamente estamos a fazer, iremos continuar nesta senda a
prestar o nosso serviço publico e também a sensibilizar a população para estas questões. No que
diz respeito à questão da estratégia da câmara em relação à questão do pavilhão desportivo do
Portugal Cultura e Recreio daquilo que é os investimentos no movimento associativo, dizer que
esta é mais uma obra que vem qualificar o parque desportivo no nosso concelho, vem qualificar
mais uma coletividade do nosso concelho e naturalmente disponibilizar para a população uma
maior cobertura e uma melhor amplitude de atividade e de conforto daquilo que é a necessidade
que a população tem em fazer atividade física no sentido da saúde e bem estar. A estratégia aqui
implementada tem a ver com o projeto político da Câmara Municipal do Seixal através da área do
desporto, onde temos no plano de investimento equipamentos desportivos e que está refletido na
carta desportiva municipal na área da programação e equipamentos, defenindo-se aqui
prioridades de investimento garantindo-se assim uma distribuição espacial, e equilibrada das
diferentes tipologias de equipamentos desportivos e várias zonas do concelho no sentido da sua
ampliação de sedes, requalificação de sedes e também construção de sedes e de outros
equipamentos, nomeadamente: alguns exemplos o Clube Recreativo e Desportivo das
Cavaquinhas, o Clube Desportivo do Cavadas, o Clube de Campismo Luz e Vida, o Centro de
Convívio de Vale de Milhaços, a Associação Náutica do Seixal, a Associação Naval Amorense entre
outros, o pavilhão do Centro de Solidariedade Social de Pinhal de Frades, o pavilhão do Grupo
Desportivo Águias Unidas e neste contexto também a curto prazo e de acordo com as Grandes
Opções do Plano para 2020 temos ainda a conclusão da obra da piscina municipal de Paio Pires
que será inaugurada este ano, a conclusão da construção do Complexo Desportivo e Associativo de
Santa Marta do Pinhal está na fase final de conclusão, a conclusão do pavilhão desportivo da
Mundet relacionado com o hóquei em patins também em fase de conclusão. O lançamento do
concurso para a obra de qualificação do mercado municipal e a conclusão das obras de construção
do Centro de Treinos do Amora no Parque Municipal do Serrado, a requalificação do complexo
municipal de atletismo Carla Sacramento e as piscinas municipais de Amora e Corroios conforme já
falamos aqui na anterior assembleia, a execução também do projeto do pavilhão desportivo
municipal de Fernão Ferro, estamos também com uma execução de projeto do pavilhão desportivo
de Amora direcionado para o vólei, a requalificação do campo de futebol do Pinhal do General, a
construção dos Centros Náuticos de Amora e Seixal, ou seja há aqui uma grande amplitude de
investimentos, uma grande amplitude de podermos qualificar o concelho com equipamentos
desportivos que possam servir a população, requalificar as nossas coletividades, iremos continuar
este nosso projeto de uma forma faseada, economicamente viável, no sentido de prestar um
melhor serviço à população“.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Vereador José Carlos Gomes. Pedia agora a
Vereadora Maria João Macau que pudesse dar uma informação sobre a questão da nossa
intervenção nas escolas da nossa responsabilidade, ainda informação sobre os equipamentos
informáticos na Quinta da Princesa, sobre a alternativa à Nacional 10”.
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A Vereadora Maria João Macau disse: “Em relação à questão colocada pelo Sr. Tomás Santos e
também pelo Sr. Vítor Cavalinhos que no fundo falaram sobre a questão do amianto, dizer que no
dia 21 de janeiro houve realmente uma reunião da comissão da assembleia municipal, no qual
estivemos presentes, nomeadamente o Tomás Santos, na qual eu informei que era objetivo
realmente retirar o amianto das 14 escolas e jardins de infância da rede pública durante este
período das férias e sobretudo, no mês de julho e agosto, uma vez que este tipo de intervenção só
o poderemos fazer numa altura em que não haja crianças nesses estabelecimentos. Este é um
grande objetivo e como o Vítor Cavalinhos também aqui pediu, reafirmo aquilo que é o nosso
objetivo é fazer esta intervenção durante o período de verão em que não há crianças nas escolas e
estamos realmente a providenciar esse processo. Depois em relação à questão das refeições
escolares, dizer que as refeições escolares como vocês sabem são resultantes de um concurso
internacional de refeições escolares e quando há alguma desconformidade em termos das
refeições, nós temos um caderno de encargos, isto é um programa e agiremos em conformidade
com ambos os instrumentos e foi isso que fizemos quando aconteceu aquela anomalia num ou
dois dias das refeições num dos agrupamentos de escola. Em relação à questão colocada pelo Sr.
João Rebelo sobre a questão da Quinta da Princesa e equipamentos informáticos dizer que
estamos neste momento a dotar as escolas com cerca de 120 computadores novos que estão a ser
distribuídos a cada uma das escolas e em relação à Internet esse assunto está também neste
momento a ser providenciado, nomeadamente para a escola da Quinta da Princesa e na qual eu
tive recentemente a fazer uma visita e portanto, informámos a coordenadora exatamente dessa
questão”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Pedia ao Vereador Joaquim Tavares para referir-se às
questões relacionadas com as descargas na baía, se temos ou não registo dessa informação, ainda
também sobre a questão relacionada com as condutas de água em fibrocimento, se resulta algum
risco para a saúde publica, o projeto do novo CROACS o centro de recolha oficial de animais de
companhia, o projeto «Chapim vem ao Seixal», a questão do regulamento de alimentação de
animais de rua e os abrigos para os animais, o CDA de Fernão Ferro e também a questão levantada
sobre os bioresiduos”.
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Relativamente à questão das descargas de emergência de
águas residuais na baía, dar nota que elas têm origem nos equipamentos da Simarsul e acontecem
em duas situações, ou no quadro da manutenção quando não é possível conter os afluentes para
realizar a respetiva manutenção e terem que ser despejados na linha de água mais próxima, neste
caso, na baía ou em caso de avaria passam diretamente para a linha de água e portanto, em
qualquer das situações o procedimento que está instituído é de obrigatoriedade da entidade
gestora comunicar à APA estas ocorrências, aquilo que acertámos com a Simarsul é que sempre
comunique à APA, dar conhecimento também à Câmara Municipal do Seixal e portanto, nós
conhecemos todas as situações que são reportadas à APA e que a empresa também no quadro
desse fornecimento nos faz chegar a mesma informação. Fernão ferro, abastecimento de água e

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amianto, nas condutas de abastecimento é uma questão que várias vezes têm vindo a ser colocada
em diferentes fóruns e aqui na Assembleia Municipal também nalguns momentos. De qualquer
forma dizer que no concelho existem várias condutas em fibrocimento, o procedimento que a
Câmara tem é que de tudo o que são reparações e nova instalação ou remodelação de condutas já
não instalamos nada em fibrocimento, instalamos com outros materiais, sendo que não há registo
de que haja alguma contaminação ou algum perigo para a saúde pelo abastecimento de água ser
feito nessas condutas de fibrocimento. Aliás, há no site da própria entidade reguladora e que pode
ser consultado. Portanto, um esclarecimento técnico sobre essa matéria que comprova aquilo que
estamos a afirmar. Relativamente ao CROACS também como tem vindo a ser informado, nós
estamos a desenvolver os projetos para avançarmos com a construção deste novo equipamento,
ele encontra-se precisamente nessa fase de elaboração dos respetivos projetos. Chapim é uma
questão que foi colocada sobre a colocação de mais ninhos e sobre a vinda dos animais. Nós
colocámos mais alguns ninhos, estão instalados no nosso concelho, não contratualizámos foi com a
empresa porque aquela com quem fazemos esse trabalho já não o faz, e não contratualizámos
nenhum serviço de monitorização dos animais e de ocupação dos ninhos e, portanto, não sabemos
se realmente eles ocuparam os ninhos, se não os ocuparam, portanto essa informação não
conseguimos dar. CDA de Fernão Ferro, foi comunicada à empresa, foram desenvolvidos os
trâmites que eram necessários para a empresa retomar a obra, esperemos que retome em breve e
que se possa concluir aquilo que falta relativamente ao CDA. Abrigos de animais ainda não
implementámos no terreno, é um assunto sobre o qual temos ainda que refletir na equipa e que
ainda não tem uma conclusão sobre a matéria não da sua localização ou da sua implementação
mas os moldes em que vamos implementar e como é que poderemos acompanhar esses mesmos
artigos. Dar nota que a câmara é a única na Península de Setúbal que está neste momento a fazer
essa recolha, estamos com uma experiência piloto no quadro de uma candidatura que fizemos,
1500 moradias aproximadamente e também vamos iniciar este mês nalguns restaurantes.
Portanto, é um trabalho, por um lado de sensibilização junto dos munícipes envolvidos e dos
proprietários dos restaurantes e depois, naturalmente, temos que caraterizar o que é o resultado
dessa recolha ao longo deste período, a evolução que houve e aquilo que contribuiu para retirar
com esta recolha seletiva resíduos do aterro. Dar nota que estamos ao mesmo tempo com uma
outra candidatura de 15 mil moradias já aprovadas. Portanto, estamos a preparar esse trabalho de
15 mil moradias e apresentámos agora no final de fevereiro, terminado uma terceira chamada
ainda uma outra fase deste trabalho para abranger à volta de mais de 2 mil moradias ficando o
leque daquilo que são áreas com residência unifamiliar cobertas por esta recolha, podemos
concluir também positivamente essa candidatura”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Pedia à Vereadora Manuela Calado que pudesse falar
sobre o processo de Vale de Chicharos, apesar de estar na ordem de trabalhos, ainda também
sobre a questão relacionada com o apoio à tauromaquia. Depois sobre o plano municipal de
habitação, sobre o lar de idosos de Fernão Ferro e sobre a programação do Março Jovem“.

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A Vereadora Manuela Calado disse: “Dar algumas informações relativamente às questões que
foram colocadas sobre o realojamento de Vale de Chicharos como também foi já aqui referido, que
também faz parte da ordem de trabalhos desta assembleia, dizer-vos que o processo continua,
estamos a avaliar a aquisição das habitações e também os procedimentos a seguir, considerando
que aquilo que estava previsto e de acordo com o nosso programa que era realojar o lote 13 em
2019 por questões que se prenderam com a aquisição das habitações mas também com o
processo que é demasiado burocratizante e também estende aqui um pouco o prazo para a
aquisição dessas mesmas habitações. Portanto, não foi possível e associado a isso, também foi
visto que para além do lote 13 nós também iríamos realojar até 2019 o lote 14 e 15. Portanto, o
procedimento continua e depois de uma reunião que tivemos com a Secretária de Estado, estamos
aqui num processo de avaliação dos diferentes procedimentos para fazer aqui um ajuste para qual
será o programa que vamos dar continuidade ao processo. No que diz respeito ainda completando
também com o realojamento o plano municipal de habitação que foi aqui também mencionado,
nós já temos a trabalhar connosco a empresa que foi selecionada para nos ajudar na construção da
nossa estratégia local de habitação e portanto, o plano municipal de habitação também está
contemplado nesse processo e portanto, claro primeiro está o objetivo que é tentar resolver e
fazê-lo o mais rapidamente possível. Assim que tiver já alguma coisa em concreto serão
informados sobre o desenrolar da execução deste plano municipal de habitação até porque depois
ele também requerer que todos os órgãos se possam pronunciar sobre o mesmo. No que diz
respeito ao Lar, a primeira pedra foi lançada neste sábado, dizer que é mais uma grande obra que
estamos a desenvolver na freguesia de Fernão Ferro, em parceria com a Associação de
Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro e que vem suprimir algumas das necessidades
no que diz respeito à área social e às camas sociais que são necessárias neste município. Portanto,
este será a construção do lar, do qual o município vai investir cerca de 1 milhão de euros e estamos
em crer que no prazo de um ano, a ano e pouco estará já em fase de poder ser colocado à
disposição da população de Fernão Ferro, mas também da população do concelho do seixal e
portanto, dizer que foi uma grande iniciativa, será de certeza um grande equipamento e que agora
também, aguardamos que o programa PARES para o que está previsto abrir para esta área de
construção de lares, possamos também poder candidatar. Depois, relativamente ao Março Jovem
que se iniciou ontem é um conjunto que tem ao longo deste tempo, um conjunto de atividades de
projetos que são desenvolvidos em parceria com as associações de estudantes das escolas
secundárias do concelho, a escola mexe que vai decorrer cada dia em cada uma das diversas
escolas, com um conjunto de iniciativas que vai desde debates, construção de peças e dança etc,
promovido essencialmente pelas associações de estudantes. Depois também temos um ciclo de
stand up comedy que será amanhã e no dia seguinte mas que se irá estender também até ao final
do ano de 2020. Vamos ter também no dia 7 de março no parque urbano de Fernão Ferro durante
o dia um conjunto de atividades que passam desde o BMX, parcour, danças, hip hop e outras
atividades e que terminará à noite com um concerto de hip hop. Ainda vai decorrer o Canta que
também é em parceria com as escolas secundárias e vai terminar no dia 29 durante o dia com uma
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atividade na freguesia de Amora, em parceria com a Associação Naval Amorense, Clube de
Canoagem de Amora e também com os escuteiros marítimos do Seixal e nesse mesmo fim de
semana de 28 e 29 irá decorrer o campeonato nacional de hip hop no pavilhão Municipal da Torre
da Marinha”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Dizer que sobre o evento VillaMix é um grande festival
da lusofonia, tivemos condições de o acolher no concelho, cabe ao município essencialmente
questões de aspetos logísticos relativamente à iniciativa de apoio à sua organização, à sua
implementação. Vai ser mais um grande evento cultural no nosso município e que irá marcar uma
vez mais panorama cultural e não só do municipio, mas também da região. Depois sobre os fundos
europeus, eu tenho a convicção que terei respondido ao que o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal também se referiu, tenho essa convicção, aliás tenho um mapa com todas as respostas
que foram enviadas para a Assembleia Municipal, temos uma elevada taxa de resposta, estamos
com os 121 requerimentos recebidos, já respondemos a 97, estamos com uma taxa elevada de
resposta, apesar de nem todos terem sido respondidos, no entanto eu vou averiguar isto, também
tenho memória de ter assinado informação relativamente aos fundos europeus. Sobre a empresa
Business Portugal não tenho memória sobre esta empresa. Sobre a Nauticampo dizer que a nossa
participação, uma vez mais, foi de certa forma distintiva porque na verdade existirão outros
municípios presentes mas de facto, o espaço do município do Seixal tem não só um conjunto de
apresentações relativamente aquilo que são as ofertas principalmente das atividades náuticas, mas
também têm outros parceiros do município, quer da área económica, quer da área náutica, quer
da área do artesanato tem tido um conjunto de empresas e parceiros da Câmara Municipal que
estão na Nauticampo, no espaço do município do Seixal e conseguem demonstrar ali a todos os
visitantes este município e as ofertas que temos. Por isso, pensamos que é um certame muito
importante para a nossa participação e onde neste ano, quisemos apresentar 12 projetos em torno
da baía do Seixal. São 12 projetos que já o tínhamos apresentámos de certa forma, do ponto de
vista da iniciativa mas alguns já evoluíram bastante, outros estão a evoluir e por isso resolvemos
nesta Nauticampo novamente dar esta ideia de grande ação da Câmara Municipal enquanto
entidade que tem a competência para no planeamento, mas também pelo desenvolvimento
económico, temos essa competência do ponto de vista da nossa ação de podermos também dirigir
aquilo que são os esforços públicos e privados no sentido da valorização da nossa baía. Por isso, a
Câmara Municipal não só avança com iniciativas e projetos para as suas propriedades, como
também avança com ideias para propriedades privadas no sentido de podermos ter aqui um
conjunto de investimentos que tenham uma coerência, que tenham uma harmonia em torno
daquilo que são as nossas pretensões de valorização da nossa baía. Sobre a questão dos 900
milhões de euros, neste momento como o concelho é dinâmico a listagem já vem mais em mil
milhões de euros de investimento, entre o investimento publico e o privado temos registados um
conjunto de investimentos em curso e previstos onde na verdade muito gostaríamos que fosse o
investimento publico tivesse a maior preponderância do ponto de vista daquilo que é a ação de
investimento do concelho. Para isso, esta Assembleia Municipal sabe perfeitamente que se o
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Estado tivesse a construção ou previsse já o Hospital no Seixal, o metro sul do tejo, a estrada
regional 10, a ponte Seixal/Barreiro, a estrada alternativa à Estrada Nacional 378, requalificação do
nó do Fogueteiro, as esquadras da divisão policial do Seixal, da Cruz de Pau, o quartel da GNR de
Fernão Ferro, a requalificação da estrada regional 378, os pavilhões gimnodesportivos em falta,
entre tantas, os lares de idosos que são necessários, as creches sociais que são necessárias. As
escolas: A escola 2,3 de Fernão Ferro, a escola secundária de Fernão Ferro. Se nós pudéssemos
somar estes mil milhões de euros, todos estes investimentos que eu referi se calhar já estaríamos a
falar em ser quase 2 mil milhões de euros. Pois bem, essa contabilidade, o município está a realizar
e por isso, sim é verdade que estamos com mais 900 milhões de euros em curso e previstos com
projetos concretos e esses projetos estão a ser concretizados. Sobre a Aldeia Natal do Seixal foi um
grande evento, direcionado para as famílias, associado a um local icónico que é o núcleo urbano
antigo do Seixal que sofreu uma requalificação de grande qualidade e que hoje é não só, partilhada
por todos aqueles que habitam no município, como por todos os que visitam e o Seixal está
extraordinário, é um local de extrema beleza que o município fez, uma obra excelente. Por isso,
este evento é mais um evento que vem dar essa projeção ao núcleo urbano antigo do Seixal, ainda
por cima feito de forma gratuita, o que demonstra a nossa forma bem diferente de estar
relativamente às famílias, enquanto outros municípios, as entradas são pagas, aqui na Aldeia Natal
do Seixal, as entradas não são pagas, todos podem usufruir, os divertimentos têm um valor até
bastante baixo relativamente a outros eventos e por isso, este evento tem crescido
significativamente ano após ano e o ano de 2019, foi mais um ano onde o evento cresceu com
mais de 100 mil pessoas que visitaram a Aldeia Natal do Seixal. Depois registei esta questão
relacionada com o código de conduta, irei avaliar esta matéria, eu creio que não exista nenhuma
questão sobre esta matéria relativamente à imparcialidade dos processos do município. Sobre as
senhas do ato eleitoral, só muito recentemente é que a Direção Geral da Administração Interna, a
Secretaria Interna é que enviou as verbas para pagar o ultimo ato eleitoral e a Câmara Municipal
tem vindo a fazer esses pagamentos. Aliás, eu tenho ideia que já estão todos neste momento
pagos é a informação, pelo menos eu já assinei centenas de pagamentos relativamente às senhas
do ato eleitoral. Presumo que estejam todos pagos. Sobre o Mercado Municipal da Torre da
Marinha, o município mantém intenção de fazer uma obra de requalificação, é claro que não será
tão profunda como aquela que vai ser feita no Mercado Municipal da Cruz de Pau, para o efeito
estamos com a Junta de Freguesia a articular obras de remodelação que permitam que o mercado
continue em funcionamento para que possamos ir requalificando paulatinamente o mercado de
forma a não podermos colocar qualquer interdição, ou pelo menos uma interdição mínima para
que o mercado continue a funcionar. Sobre as questões da carta da qualidade do ar, o estudo da
saúde, tudo isso está neste momento em fase de preparação das apresentações publicas, às quais
já temos datas, julgo que são em março e abril, se não estou em erro, ou seja este mês e no
próximo iremos fazer duas sessões publicas para apresentação desses estudos que estão em
conclusão. É claro que se detetarmos qualquer lapso ou erro em qualquer estudo, seja interno ou
externo, deve ser corrigido. Sobre a questão da descontaminação dos solos, o município está a
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Assembleia Municipal do Seixal
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desenvolver uma tentativa de poder junto do Estado novamente colocar esta questão como
prioritária. De facto, os solos continuam contaminados, os sítios que já conhecem, não preciso
estar novamente a recordar a história. Aquilo que estamos a fazer é tentar junto do Governo,
tentar junto também dos fundos europeus ver se existem condições de financiamento para poder
resolver esse problema, não terá que ser o município a fazê-lo mas estamos a fazer o nosso
trabalho para que possam existir as condições para ser feito. Sobre as questões da autonomia
elétrica, estamos a preparar a instalação de postos de carregamento elétrico no espaço público,
estamos a fazer a monitorização das águas balneares do município, aqui uma referência para uma
queixa que já fizemos para a Câmara Municipal de Almada, para os Serviços Municipalizados de
Agua e Saneamento de Almada pelo péssimo trabalho que está a ser feito e que neste momento é
um fator de poluição da baía do Seixal e que já motivou uma queixa do município à Inspeção Geral
do Ambiente, espero que atue em conformidade. Sobre as questões relacionadas com a
informação jurídica, eu coloco a questão ao contrário, isto é, se houver alguma questão que a
Assembleia queira ver esclarecido, alguns processos, pode fazê-lo ou nesta sede ou mesmo em
requerimento; podemos naturalmente esclarecer essa é uma questão, desde que não possa ferir
qualquer questão relacionada com matérias legais. Sobre o hospital do Seixal, de facto, cá está
nenhuma das obras do Governo corre bem, gostaríamos que houvesse uma, não sei se é azar,
talvez! Uma vez mais, lamentavelmente o que era para ser em junho de 2019 e que passou para o
novembro de 2019, depois passou para fevereiro de 2020, quer a adjudicação do melhor projeto,
dos quatro em curso para o Hospital do Seixal. Novamente na reunião de 5 de fevereiro, se
concluiu e tenho aqui a ata que e passo a dizer, o presidente do júri deu a conhecer aos restantes
elementos presente na reunião a deliberação do conselho diretivo da ARS sobre o ponto da ordem
de trabalhos que era prorrogação do prazo da elaboração das propostas do hospital de
proximidade do Seixal. Na deliberação pode ler-se que a prorrogação do prazo de elaboração das
propostas a concurso sustenta-se no facto de se terem esgotado os 180 dias úteis fixados para a
avaliação das propostas e respetiva adjudicação. Ficou claro na reunião que os relatórios técnicos
estão atrasados, sendo que este atraso se reporta nomeadamente à analise do domínio de
arquitetura que está sobre a responsabilidade da ACSS – Administração Central do Sistema de
Saúde, IP. o Sr. nomeado pela ACSS para estar no júri teve 180 dias úteis para apreciar a
arquitetura de quatro projetos, e em 180 dias úteis não conseguiu apreciar e entregar ao júri essas
avaliações, o que vai novamente adiar o processo, talvez para maio ou para junho e por isso
motivou da parte da Câmara Municipal do Seixal, dois ofícios um para a Sra. Ministra da Saúde a
pedir explicações sobre a matéria e outro para o Presidente do Conselho Diretivo da ACSS –
Administração Central do Sistema de Saúde a pedir esclarecimentos porquê que em 180 dias úteis
perante uma necessidade premente da população uma pessoa que é nomeada não tem as
condições para poder avaliar quatro propostas. Não sei se é incompetência, se é azar, se é
propositado mas este é o resultado do processo. Portanto, para responder que o Seixal novo
adiamento em virtude desta matéria. Sobre a urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta aqui
também confusão generalizada, reunião com a Ministra, a Sra. Presidente da Câmara de Almada
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diz que é em janeiro, veio logo a seguir o Presidente do Conselho de Administração do Hospital
Garcia de Orta dizer que era mentira que a Presidente da câmara estava enganada e que é em
abril. A Ministra estamos em março diz que talvez em abril possa continuar, hoje na comissão
parlamentar de saúde li nas notícias, disse na 6.ª feira que esteve aqui que é muito difícil ter
qualquer cenário ou qualquer perspetiva. Cá está, mais uma vez a saúde devia e deve ser um dos
principais vetores de um Governo que se diz de esquerda e que se diz ao serviço das populações,
nem sequer a urgência pediátrica consegue por a funcionar num hospital que está desde
novembro encerrada à noite. Acho lamentável que continuem com este procedimento e não se
trate de uma matéria que é um urgente para as famílias e para as populações. Depois, nós
respeitamos, todos os órgãos eleitos, quer seja a Assembleia de Freguesia, quer seja a Junta de
Freguesia, quer seja a Assembleia Municipal, quer o executivo municipal, por isso as deliberações
que cada órgão toma responsabiliza-os a eles e por isso se a Assembleia de Freguesia de Amora
deliberou sobre uma determinada matéria deverá ser e deverá haver uma explicação e não
compete ao Presidente da Câmara fazer qualquer comentário a não ser respeitar essa decisão e
essa deliberação. Depois sobre leis revogadas há pouco foi também feita uma chamada de
atenção, eu agradeço naturalmente a correção irei verificar da mesma forma se de facto, existe
razão sobre uma lei revogada, iremos com certeza melhorar nesse aspeto e ainda sobre a questão
relacionada com as transferências de competências, dizer que apesar de nesta Assembleia e
também em reunião de Câmara Municipal decidiu que já estava, que não havia nada a fazer, 2020
já havia transferência de competências, 2021 de certeza que existiria, digamos que a nossa
persistência, a nossa chamada de atenção relativamente a aspetos essenciais desta transferência
de competências que não estavam minimamente reunidas as condições fizeram com que o novo
titular da pasta que tem este processo que a Sra. Ministra Alexandra Leitão pudesse fazer um
conjunto de reuniões a nível nacional e que com os municípios pudesse então, consertar um
quadro onde de facto, anuiu que existem muitas insuficiências neste processo de transferência de
competências e por isso, iria propor o seu aditamento. A verdade é que o Governo a seguir a essa
reunião da Área Metropolitana de Lisboa foi em fevereiro já anunciou o adiamento pelo menos de
dois diplomas muito mais complexos, falamos da área da saúde e da área da educação e por isso
entendemos que abre-se um espaço de diálogo novo até aqui, abre-se um espaço de negociação
que não houve até aqui e que isso é positivo e isso é de salutar. Sobre o aeroporto ou o terminal
aeroportuário do Montijo, gostaria também de dizer que mais vale tarde do que nunca, também
amanhã de manhã vai haver uma reunião com o Sr. Primeiro Ministro e o Sr. Ministro das
Infraestruturas e com seis presidentes de câmara da área envolvente ao terminal do Montijo para
que finalmente possamos conversar com o Governo sobre esta matéria é porque vejam como é
que é possível que se quer avançar com uma infraestrutura com esta dimensão e com este alcance
regional, sem sequer falar com as autarquias. É inacreditável. E como é que é possível também que
se decida uma opção do aeroporto sem qualquer estudo, os estudos foram feitos a seguir, o
estudo ambiental o primeiro foi chumbado, o segundo teve mais de 1000 participações contrárias
à implementação deste aeroporto e em terceiro lugar se querem fazer algo sincero saber que
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existe uma lei que remete aos municípios e não só, um parecer vinculativo, isto revela uma total
impreparação, eu diria também uma total incompetência. Amanhã e com espírito positivo vou ver
uma explicação da parte do Governo, finalmente. Amanhã vamos perceber todos o que é que o
Governo decidiu não realizar o aeroporto em Alcochete e decidiu fazê-lo no Montijo, estou com
enorme expetativa para perceber que se de facto, o Governo defende o interesse nacional ou
defende o interesse de uma multinacional. Vamos ver amanhã a explicação do Governo sobre esta
matéria, sendo que da nossa parte continuaremos com a nossa posição, aquela que conhecem que
foi e é consensual há mais de 10 anos no país, que é o novo aeroporto de Lisboa é para ser
realizado no campo de tiro de Alcochete, pode ser Portela mais 1, nesta fase, não é Montijo, é
Alcochete isso não só é benéfico do ponto de vista do investimento publico, é mais barato
construir em Alcochete, tem menos impactos sobre as populações, só aqui no Seixal serão
afetadas 30 mil pessoas de forma direta com um plano de aproximação à pista do aeroporto do
Montijo, enquanto que Alcochete são de 400 pessoas é o que dizem os estudos que estão em cima
da mesa e depois com uma terceira questão que é muito importante que tem a ver com a
segurança aeronáutica, a zona do Montijo é uma zona de nidificação das aves e também está na
rota migratória das aves que é um fator que pode causar graves riscos para a aviação civil
enquanto que no campo de tiro de Alcochete, claro que existe um problema, mas é ignorado para
o Estuário do Tejo. Por isso, amanhã com certeza que o Sr. Primeiro Ministro irá ter uma explicação
plausível para esta insistência com o aeroporto, com o terminal aeroportuário do Montijo. Tenho a
certeza que não é o interesse de uma multinacional que mobiliza o Sr. Primeiro Ministro, nem o
Governo, veremos se o interesse nacional está ou não em cima da mesa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Temos aqui
uma questão que tem a ver com o tempo da câmara, a câmara utilizou o tempo para responder a
49 questões, o Sr. Presidente e os srs. vereadores, foram respondidas eu diria até de forma objetiva
respondendo às 49 e nesse sentido, na reunião de líderes temos que acertar o procedimento que
seguimos foi naturalmente a Câmara tem que ter condições para poder responder às questões
porque o contrário, aliás foi o entendimento a que chegámos, o contrário não podia acontecer que
é serem feitas as questões e a Câmara não responder. Se isso acontecesse, os membros da
assembleia diriam que o Sr. Presidente da Câmara, não respondeu a um conjunto de questões.
Nesse sentido, o entendimento da mesa é que à semelhança do que já foi o procedimento
anterior, naturalmente que o Sr. Presidente da Câmara que tem o tempo necessário para os dois
pontos. Naturalmente significará apresentar os pontos e depois responder às questões que forem
suscitadas, Samuel Cruz pretende intervir para? Ponto de ordem”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Ponto de ordem porque é sobre a gestão dos trabalhos e o Partido
Socialista está a levantar esta matéria, porquê? Logo no inicio deste mandato, no inicio do
regimento o Partido Socialista pela minha pessoa disse em sede de comissão especifica para
discutir o regimento que era necessário haver assembleias municipais periódicas destinadas única
e exclusivamente a perguntas à câmara e viu-se aqui hoje e já se viu no passado da sua

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necessidade aqui fica desde já o registo para a semana há uma reunião para discutir regimento
que se possa de novo equacionar essa meta e é importante que o Sr. Presidente da Câmara, por
exemplo hoje perdeu muito tempo a falar sobre o aeroporto quando ninguém lhe perguntou nada,
mas houve meia dúzia de perguntas que interessavam muito e que não respondeu”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para já o ponto de ordem tem que ser terminado
porque senão deixa de ser ponto de ordem, em segundo lugar não há comentários! Aliás, já há
bocado durante a intervenção do Sr. Presidente da câmara havia um barulhinho lá mais para o
fundo e é importante isso não pode ser, aqui tem que haver respeito na Assembleia Municipal,
respeito por todos e respeito entre nós. Faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “É um ponto de ordem um pouco diferente do habitual porque tem que
ser contextualizado. Tem que haver respeito e eu já disse, tivemos aqui numa discussão na última
6.ª feira, tem que haver respeito e igualdade. O Bruno Barata, a discussão que tivemos foi que o Sr.
Presidente da Assembleia Municipal interrompeu e disse não fala mais! O Sr. Presidente da Câmara
passou 1 minuto e 94 segundos e não falou mais porque não quis e o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal nada disse e o Partido Socialista exige igualdade para todos e propõe soluções e por
isso, o Partido Socialista não concorda que a Câmara que tenha tempo, se a câmara quiser usar
tempo há bancadas que podem dispensar do seu tempo senão os tempos são conhecidos e vamos
discutir os documentos e vamos ver … não aceita que para seguir as regras para o seu grupo
municipal as regras são ao segundo, ao milímetro para o resto, é à medida e à descrição. Não pode
ser!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fica para a reunião de líderes que é 2.ª feira. Sem
comentários lá atrás! Ninguém pediu a palavra! O Sr. está a ser mal educado! Ninguém lhe deu a
palavra! Se quer ser comentador vá para outro sitio. Desculpe lá, o Sr. está a ser mal educado! Eu
não lhe permito isso a si, nem a ninguém! A educação tem um sitio para se fazer! Paulo Silva se faz
favor. Se os lideres quiserem intervir de forma sucinta e breve podem fazê-lo”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “É de lamentar enquanto o Sr. Presidente da Câmara esteve a
responder os eleitos do Partido Socialista tiveram comportamentos que não tinham nada a ver
com o preocupar-se com o que estava a ser dito, principalmente o eleito Sérgio Ramalhete que
esteve sempre a mandar bocas e eu acho que isso é de lamentar porque se tivesse tido o mínimo
de atenção, o eleito Samuel Cruz não vinha aqui dizer que ninguém fez questões a favor do
aeroporto quando efetivamente foi uma das perguntas que eu fiz. Eu fiz essa pergunta sobre o
aeroporto, agora foram feitas 49 perguntas, a câmara respondeu em 47 minutos a Câmara, um
minuto para cada pergunta que foi feita. Se a Câmara não tem tempo para apresentar os dois
pontos só temos uma solução, acabamos esta assembleia e teremos que marcar outra para discutir
estes dois pontos. Se a conversa que o Sr. eleito do Partido Socialista, Samuel Cruz, se vem dizer a
Câmara não tem tempo portanto, não posso dar tempo à câmara sobre estes dois pontos, só
temos uma solução é esta assembleia acaba aqui a discussão destes dois pontos e temos que
marcar outra acho que isso não tem qualquer sentido”.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas é defesa da honra? Eu não tinha percebido que
era defesa da honra!”
Bruno Barata, do PS, disse: “eu vou propor uma solução será transitória porque 2. feira vamos
discutir isso para resolver o assunto, proponho Sr. Presidente que sejam dados à Câmara Municipal
20 minutos para apresentar e também para depois responder, se precisar de mais tempo, suponho
que a CDU seja generosa e possa ceder o seu tempo se a Câmara precisar. São dados 20 minutos
para a Câmara poder apresentar as suas propostas e responder também às perguntas, é a proposta
que faço”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguém dos líderes para intervir? Vítor
Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Nós voltamos a esta coisa e já me começa a faltar paciência para
estas coisas, mas isso se calhar já é da idade. Estamos aqui a inventar um problema que toda a
gente sabe disto. Nós colocamos perguntas ao executivo … não estou lá muito satisfeito mas essa
não é agora a questão essencial. Se se fazem 50 perguntas, toda a gente já sabe o que vai dar, 50
perguntas, se não se responde é porque não se respondeu, se respondeu gastou o tempo todo.
Não faz sentido que a câmara não tenha tempo para apresentar ou pelo menos para responder. É
uma coisa que não faz sentido nenhum! Vamos mais uma vez em reunião de lideres colocar esse
problema, é evidente que o Samuel em representação do Partido Socialista quer impor, quer
propor e se fosse possível já era assim que já existia, uma Assembleia Municipal especifica para
resolver o problema mas isso até hoje não foi feito pelos diversos partidos e isso não faz parte do
regimento, nós arranjamos aqui um artificio que é o que Partido Socialista está a fazer e a
argumentação do Samuel é um artificio para objetivamente querer impor essa função e querer,
nesta Assembleia Municipal tornar isto impraticável porque a única conclusão possível é nós
estarmos de acordo com a ideia do Samuel e eu não aceito isso. O que quer dizer e acabo já aqui a
conversa, para não demorar muito mais tempo, nós não estamos disponíveis para virmos cá para
outra Assembleia Municipal. Na última queria acabar a Assembleia Municipal e até deixámos
moções à meia noite e um quarto e agora por um artificio que nós queremos forçar uma situação,
não faz sentido nenhum, acho que o bom senso e o nosso ponto de vista é que esta Assembleia
termine e que a Câmara tenha tempo e eu estou de acordo com a proposta que o João fez aqui e
acabamos isto, porque senão e ultrapassando esta situação mas isto parece que é uma coisa não
tem fim e isto tem que ter um fim!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra ”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “A resposta ao Paulo Silva é que o Partido Socialista não aceita
reprimendas de falta de atenção ou falta de postura nesta assembleia, em especial quando o Sr.
Presidente da Câmara e quando estamos a fazer perguntas, baixa e fala, ainda agora tive ocasião
de reparar, quando todos falamos; não aceitamos nessa medida o que quer que seja de falta de
atenção ou do que quer que seja, não aceitamos de ninguém. A outra questão, o Samuel disse que
havia esta necessidade e parece-me que o Partido Socialista e parece que se vê que a necessidade
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existe, tanto existe que o debate não ficou terminado, havia aqui lugar para o contraditório e
portanto, é uma necessidade. Temos que em conjunto saber responder a essas necessidades. E
costuma-se dizer que atitude gera atitude e a postura do Partido Socialista é aquilo que já foi dito
na 6.ª feira passada, as regras não podem ser cumpridas ao segundo para o Partido Socialista e
para os outros é quando dá jeito, não aceitamos isso, é uma posição de principio. De certeza que
todos aqui tiveram de acordo que o Bruno Barata não falava mais um segundo na 6.ª feira passada,
agora não se podem sentir confortáveis que as regras se alterem para os outros”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Ainda na 6.ª feira passada disseram bem a assembleia teve aqui
interrompida ou parcialmente interrompida quase durante meia hora, por conta de um minuto e
qualquer coisa que o Partido Social Democrata teria falado a mais, e portanto quer o PS, quer os
outros sentiam na obrigação ou no direito de serem recompensados. Devo dizer o seguinte, e
portanto, nessa medida também era importante que se acabasse alguns paternalismos, algumas
queixinhas, porque aqui não devem haver virgens ofendidas, todos aqui falamos quando não
devemos falar, dizemos coisas quando não devemos dizer e portanto, de facto essas reprimendas
ou esses paternalismos exagerados também não ficam bem, mas também que não se diga que uns
são mais beneficiados do que outros, entre o deve e o haver na 6.ª feira o que se passou é que
todos foram compensados, a bem ou a mal houve aquela compensação por conta de um minuto e
tal, que já agora foi na sequência de ter sido aqui várias vezes interrompido, também era bom que
se dissesse esse tipo de coisas porque foi aquilo que foi aquilo que sucedeu. Depois, dizer o
seguinte é verdade que as regras e as normas que estão estabelecidas devem ser iguais para todos
e devem ser cumpridas mas parece-me evidente que aqui um bocadinho de sensatez, se fazem ou
se fazemos e eu aqui também estou incluído, cerca de 50 perguntas ou 40 e tal à câmara e
desejamos que nos respondam. Aliás, nem foi o caso, houve muitas que ficaram por responder, já
agora diga-se de passagem. Portanto, se respondesse a todas ainda pior seria. Parece-me que
nesta medida e para terminar que a proposta do João Rebelo com a qual concordamos é uma
proposta sensata, também não faz sentido que vamos agora apreciar estes dois pontos, desta
importância, e a câmara fique quieta e muda e não diga nada sobre o assunto, parece-me também
que não tem viabilidade para assim ser“.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Foi uma proposta de 20
minutos, temos 2.ª feira reunião de líderes, mais uma vez, mas tem que se resolver pela
importância, ou seja o tempo necessário que a câmara possa responder. Vamos ver 2.ª feira. A
Mesa, parece um preciosismo, mas que considerando a proposta dos 20 minutos colocar isto em
metade do tempo até, dá 23 tenha 46 fica 23, estamos de acordo? Sr. Presidente tem a palavra”.
III.6. Procedimento para aquisição de imóveis destinados ao realojamento de agregados
familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do loteamento Quinta de Vale de Chicharos –
Aquisição de 6 frações e contratação dos respetivos empréstimos junto do IHRU. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20)
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III. 7 Desafetação do domínio público para o domínio privado municipal de uma parcela, com a
área de 3,000 m2, sita na Quinta de Vale de Chicharos, e constituição de direito de superfície
sobre a mesma parcela, a favor da CRIAR´T – Associação de Solidariedade. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 21)
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu ia pedir à Sra. Vereadora que tem o pelouro de
desenvolvimento social e habitação que pudesse apresentar os pontos”.
A Vereadora Manuela Calado disse: “Passando ao ponto III.6 sobre o procedimento para a
aquisição de imóveis destinado ao realojamento de Vale de Chicharos dizer que aquilo que vos
trazemos hoje é a aprovação das minutas assim com o respetivo empréstimo. As minutas que nos
foram remetidas, nós Câmara Municipal depois de aprovadas em Conselho Diretivo no IRHU para
aquisição destes seis imóveis, foi um processo longo, como eu referi muito burocratizado, e que
dos 74 imóveis que tinham sido propostos em abertura de procedimento publico, apenas no final
resultaram estes seis e portanto, é este procedimento a esta assembleia e as respetivas minutas e
autorização do pedido de orçamneto. No segundo ponto, a desafetação de domínio publico para
domínio privado municipal de uma parcela de terreno na Quinta de Vale de Chicharos. Portanto, é
uma zona confinada entre a Quinta da Mata e Vale de Chicharos e é uma parcela onde a CRIAR-T
irá construir uma creche ao abrigo do programa PARES com a qual se candidatou neste segundo
programa de apoio e que a ser construida virá de certo modo também colmatar as necessidades
da freguesia de Amora e não só, o concelho do Seixal tem nesta área social de apoio a questão da
primeira infância. E dizer que a CRIAR-T neste momento também funciona em condições muito
rudimentares e a construção deste equipamento irá também de certo modo ajudar a possibilitar,
reforçar o trabalho que aquela instituição já faz da área social e também permitir aos seus
trabalhadores e aos seus utentes, melhores condições de poderem estar e usufruírem do trabalho
que tem, por isso entendemos também esta desafetação de terreno".
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente, estamos disponíveis para
responder às questões que entenderem”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? A apreciação dos dois pontos são
separadas. Luís Gonçalves se faz favor. Depois, Tomás Santos, a seguir André”.
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Eu queria antes de mais fazer um ponto prévio, todos
compreendemos que há um ano atrás o valor praticado era mediano, as casas eram mais baratas
do que são agora, ainda assim, sei que este processo parou no tempo, eu gostava de questionar o
executivo se foi equacionado e se tentou fazer alguma coisa no sentido de comprar casas, por
exemplo, a privados e anunciar às pessoas que a Câmara estava no mercado a comprar imóveis e
que poderiam sujeitar o seu imóvel, desde logo, evitaria o valor das comissões imobiliárias, mas
também não tinha que ser só a privados, podíamos tentar por exemplo com bancos ou
eventualmente com agentes imobiliários, eu gostaria de saber se em algum momento o executivo
equaciona essa hipótese e se fez algum contacto nesse sentido, o que é que aconteceu?”.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Dizer-vos que na passada 4.ª feira, dia 26 de fevereiro, numa ação
singular mas de salutar a Assembleia Municipal do Seixal convocou as comissões permanentes de
desenvolvimento estratégico, finanças, cultura, participação, juventude, habitação e a comissão
especifica de acompanhamento ao realojamento das famílias de Vale de Chicharos para debater o
atual estado deste processo. Após uma discussão em que mais não se fez e espero bem que aqui
também não se faça, de encostar as responsabilidades de um lado para o outro tive oportunidade
de perguntar ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, quer à Sra. Vereador da habitação Manuela
Calado, qual era a estratégia deste município para a habitação e não obtive resposta. O problema
urbano da habitação indigna que acontece em Vale de Chicharos nasce nos anos 80 do século
passado com a construção de três torres de habitação e nunca foram terminadas devido à falência
da empresa que as construiu, repito nos anos 80 o que significa que este município está há mais de
30 anos para resolver esta situação. Repito há mais de 30 anos! Sr. Presidente da Câmara
Municipal do Seixal volto a dizer-lhe aquilo que disse na reunião da passada 4.ª feira, se eu
estivesse sentado no lugar de Presidente de uma Câmara Municipal que anda há mais de 30 anos
para encontrar uma solução de habitação digna para os habitantes de Vale de Chicharos eu teria
vergonha. Bem sei, Sr. Presidente que na sua resposta irá utilizar o truque habitual, dizer que a
vergonha não é sua que tudo o que é bom foi o sr. e a seu executivo que fizeram e que tudo o que
é mau é porque o poder central não conseguiu resolver. Acho que o Sr. Presidente não percebeu
aquilo que eu lhe procurei dizer na passada 4.ª feira e por isso, venho aqui hoje dizê-lo novamente.
Lisboa é um município que em número de habitantes é maior do que este, também conviveu e
convive com problemas de realojamento e de habitação social, mas pergunto se os autarcas deste
município não ficaram de braços cruzados à espera que alguém viesse resolver os problemas, para
os quais estes autarcas tentaram sobre promessas o resolver? Não! Não ficaram! Agiram! A
empresa pública de urbanização de Lisboa construiu edifícios de habitação social e requalificou
várias zonas do município amplamente degradadas como é o caso do Martim Moniz hoje uma
zona com ampla visita de pessoas de todo o mundo. Almada, um concelho até à bem pouco tempo
de maioria comunista também tem problemas de realojamento e de habitação social. Os autarcas
deste município ficaram de braços cruzados à espera que alguém viesse resolver os problemas
para os quais esses autarcas tentaram sob promessas os resolver? Não, não ficaram! Agiram!
Como vão agir para resolver o problema do bairro do segundo torrão, Trafaria que vocês CDU
depois de mais de 40 anos de poder autárquico nunca foram capazes de o resolver e o Sr.
Presidente veio-me dizer que é o único Presidente de Câmara neste país que precisa que venham
resolver os seus problemas. É muito bonito, responsabilizar o Sr. Primeiro Ministro por este ter
francamente emitido que tomou conhecimento da situação de Vale de Chicharos através do
visionamento do filme S. Jorge mas mais uma coisa que o Sr. Presidente não percebeu nas reuniões
das comissões que tivemos, onde é que o Sr. Presidente e os seus restantes camaradas andaram
que não foram capazes de expor esta situação ao Sr. Primeiro Ministro quando este era Presidente
da Área Metropolitana de Lisboa? Onde é que os srs. andaram em todos estes anos? Foi preciso
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um filme para o Primeiro Ministro deste país conhecer este problema tão grave, chegámos ao
ridículo do ator Nuno Lopes já ter feito mais por Vale de Chicharos que os srs. É isso? Pergunto?
Mas eu sei porque tenho memoria onde é que os srs. andaram. Os srs. andaram a esconder este
problema durante todos estes anos, a realidade é que nunca quiseram verdadeiramente resolve-lo
e esta é que é verdadeiramente a vossa estratégia de habitação neste concelho, mas por isso,
venho aqui hoje para vos dar oportunidade do contraditório para procurar obter uma resposta à
questão que fiz na passada 4.ª feira. Dou-vos uma segunda oportunidade de o fazerem aqui nesta
assembleia. Qual é a vossa estratégia de habitação para este concelho? Falam em estratégia para a
habitação, mas qual é? Não é apenas dizer! Qual é? Digam? Expliquem-nos, digam-nos quais são as
diretrizes? Quais são as vossas ideias? Qual é que é a vossa visão para este problema? Se o
problema similar a este que aconteceu e que acontece e que estamos aqui hoje a falar, o que é que
vocês fariam para resolver um problema desta dimensão? Por fim, na passada 4.ª feira,
recomendei ao Sr. Presidente e ao restante executivo um livro chamado «políticas de habitação -
200 anos» do professor Gonçalo Antunes; neste livro é explicado que há de facto, uma escola de
habitação e que situações como estas, não são únicas, nem singulares, que derivam de uma
política de habitação social nefasta e caduca, com efeitos negativos como a guetização e a
perifização e a segregação. Hoje venho aqui depois dessa conversa, não apenas para lhe
recomendar este livro, venho aqui dar-lhe em mão, trata-se de uma versão única, deste verdadeiro
manual autografado pelo autor, admito que possa não gostar da leitura porque está bem escrito e
bem documentado e certamente confrontá-lo-á com uma realidade que o Sr. procura de fazer de
conta que não existe, como certamente procurará aqui nesta Assembleia Municipal, mas isso já é
uma escolha sua, não será a do Partido Socialista que faltarão os meios e os instrumentos para ao
final de 30 anos de poder autárquico ser capaz de resolver este problema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpe lá! Isto é teatro completo. É puro teatro! É
a forma do PS fazer política na Assembleia Municipal. Uma adjetivação que não quero aqui fazer,
apetecia, além de teatro apetecia-me uma adjetivação que eu não quero dizer. Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Começando pelo principio, recuperando também eu um tema falado
na reunião das comissões de 4.ª feira e porque já me documentei na medida daquilo que era
necessário, queria aqui começar por esclarecer através de um ponto prévio que uma das
afirmações feitas inclusive na sessão de câmara pelos vereadores do Partido Socialista em relação
à empresa imobiliária que esteve na primeira fase deste processo de realojamento, creio que o
edifício 10, em que foram realojadas 64 famílias e foi dito nessa reunião de câmara que a empresa
imobiliária tinha sido constituída dois meses antes. Portanto, como eu disse na altura, volto a
reafirmar é uma calunia, é falso até porque tenho aqui a certidão que prova para quem quiser
depois ver, esta mesma empresa foi constituída a 16/12/2014, para além disso tem uma carteira
de clientes que fala por si, com inúmeras personalidades, inclusive foi a imobiliária responsável e
agora riem-se os que quiserem, e aqui está documentos que provam a afirmação que vou fazer, foi
a imobiliária responsável pela vinda da Madonna para Portugal, na tentativa de comprar um

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imóvel. É só para que saibam, eu agora digo já a toque de imediato que não sei se foram estes os
motivos ou os argumentos que presidiram à opção da Câmara Municipal para esta primeira fase,
não faço a mínima ideia. Agora queria deixar aqui bem claro é que não se trata de uma empresa
constituída dois meses antes do processo, isso é que não foi de todo! E faço aqui uma declaração
de interesses, aliás por conta dessa declaração de interesses não votarei neste ponto, para que não
haja nenhum sombra de duvidas sobre o papel que estou aqui neste momento a tentar descrever,
mas não posso é permitir que pessoas que eu conheço sejam atiradas para a lama desta forma
inadmissível e eu sei e até admito que a câmara ou o executivo com algumas das opções que tem
feito ao nível das avenças que tem com alguns ex-autarcas etc, faça por merecer este tipo de
desconfiança. Agora, relativamente a esta empresa isto não corresponde à realidade por uma
simples razão, do que sabemos na primeira fase foram envolvidas cerca de 10 imobiliárias através
de partilhas, através das mais diversas formas, esta imobiliária foi a que apresentou a proposta
melhor e mais adequada e por isso, acabou por estar neste processo. E que foi aliás, a parte do
processo em que correu bem, porque foi feito com algum secretismo, foi feito com alguma
reserva, embora envolvendo também esse processo e essa parte do processo uma parte bastante
complexa e burocrática, desde logo porque era a Câmara, era a Santa Casa da Misericórdia e era o
IRHU e o IRHU é agora a parte que sobra juntamente com a câmara e vê-se os resultados. Os
resultados estão à vista, neste tal processo burocrático e moroso como dizia a Sra. Vereadora e
portanto, vê-se que agora as coisas não estão a correr bem. Aliás, sejamos francos sem vincular
destes 6 imóveis que estão aqui, sem vincularem as pessoas sob nenhuma forma, sem contratos
promessa, sem nenhuma espécie de vinculo, é impossível atender à dinâmica do mercado
imobiliário, a forma como ele está especulado e deva-se dizer isto com franqueza, é evidente que
não é só por conta do conhecimento deste processo mas já nós sabemos que já há pessoas a
aproveitarem-se do facto, e com conhecimento deste processo para especular. Aliás, até casas em
sítios que não se considerariam à partida propriamente desejáveis para se viver e já está toda a
gente a especular sobre os valores das casas porque já conhecem o processo e até fazem
afirmações do tipo que a câmara precisa e tem que pagar e mais nada! Portanto, isto revela que
esta opção para esta segunda fase que era suposto preencher 74 temos 6 e diria que destes 6
muito provavelmente a esta hora já não estar nenhum ou está um ou dois porque as pessoas como
o mercado está, provavelmente a esta hora já a venderam, os srs. nem sabem isto! Portanto, este
processo da forma como está feito em articulação com o IRHU que é preciso que se diga também o
seguinte, e isso ficou demonstrado na primeira fase do modelo, as pessoas que lá estão e lá está, e
por aqui também queria referir isto, não falemos do conhecimento das famílias e etc, em relação
ao PS, ainda agora o último Governo e já neste o que não faltaram foi casos de familiares e de
conhecidos e amigos favorecidos neste ou naquele aspeto e portanto, o mesmo acontece com o
IRHU que na sua grande maioria demonstraram ser incompetentes sobre o que é que andam a
fazer e portanto, isto não tem nada para correr bem. Portanto, nós estamos muito pessimistas
quanto a isto, uma das coisas que nos preocupam é a continuar-se a prometer e a dizer-se que se
vai concretizar em 2021 e em 2022 quando está toda a gente a ver que é uma impossibilidade
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factual, não é possível a não ser que agora o mercado regrida, como já sucedeu noutras épocas é
possível, até porque estes valores são muito semelhantes aqueles que se praticavam em 99 e em
2000 etc. e, portanto, é uma possibilidade. A outra forma toda a gente conhece para baixar o preço
do mercado de habitação toda a gente conhece qual é a outra forma que é a inclusão no mercado
de habitação social e portanto, não é mais bairros sociais, nós aí, nesse capitulo, também
concordamos que este modelo que estava a ser adotado, dentro daquilo que era possível era dos
mais certos que é espalhar, digamos assim, as pessoas e integrar as pessoas por vários locais e não
concentra-los como se viu no passado em bairros sociais e etc. Agora isso significa que lá está
repito, mais habitação social que só com isso é que conseguimos baixar os valores dos imóveis que
é para baixar o valor do arrendamento. Doutra forma isso não é possível e não vamos conseguir
fazê-lo, portanto nós não queríamos também entrar nessa discussão, de quem é que é a
responsabilidade, já ficou na antevisão que foi feita e na discussão que já foi feita nas comissões, já
se viu que a câmara não assume a responsabilidade e o PS enquanto Governo central também não
assume a responsabilidade. Portanto, andam aqui num ping-pong para ver quem é que é
competente, depois consultam os artigos da constituição, da lei de bases da habitação etc. O que é
facto, é que ambos prometeram. A Câmara comprometeu-se, aliás foi um dos desígnios deste
mandato a resolução deste problema não só ali como também de Santa Marta e é verdade que
não é caso único nem no país, nem na zona metropolitana de Lisboa; não fomos agora aqui no
Seixal aqueles que têm problemas de habitação, há outros, isso é tudo verdade. A outra verdade é
que isso foi prometido às pessoas e as pessoas têm expetativas e está-se a dizer que em 2022 e
que faremos todos os esforços para concluir este processo etc. porque temos que ser honestos e
perceber que ser realista não é ser pessimista, é uma realidade, isto não é possível como está
neste momento a não ser que agora o Governo nessa tal portaria que olhando para ela à primeira
vista os valores face à realidade são completamente descabidas, o Governo consiga uma
comparticipação maior e a Câmara também consiga dar uma comparticipação maior, só deste
modo é que se consegue ultrapassar este processo, de outra maneira não é possível. Para terminar
porque já sei que agora a seguir a discussão vai ser em redor de quem é que tem a
responsabilidade ou não, de relembrar um facto que também já relembramos na comissão é que
nestes últimos anos, o PS não gosta muito que eu diga estas coisas mas é verdade. Desde 1995,
estão lá há 21 anos com promessas, e agora com mais quatro, o que faz os últimos 25 anos de
Governo, não sei de quem é que tem ou deixa de ter a responsabilidade. Por outro lado, a câmara
há quase 50 anos e o problema continua por resolver. De facto, envergonha-nos a todos, não
envergonha só a câmara, envergonha todos os partidos e todos os munícipes deste concelho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Eu creio que estamos a discutir um problema que é muito sério e
que importa aborda-lo e fazer um pouco de história de quem é que tem a responsabilidade e
quem é que não tem a responsabilidade, o que eu sei é que perante o problema concreto de Vale
de Chicharos e a necessidade de garantir habitação digna aos moradores e às famílias que residem

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neste bairro, quem tomou a iniciativa de procurar uma solução e de resolver foi a Câmara
Municipal do Seixal. Não conheço outra entidade que tenha tomado a iniciativa da sua resolução.
Agora se olhamos para o problema da habitação do nosso país ele é de facto, um pouco mais vasto
porque podemos recuar a 50 anos, podemos recuar a 70 anos, a verdade é que a seguir ao 25 de
abril houve um investimento significativo de procurar que haja habitação publica para resolver o
problema que estava identificado junto das famílias, mas também rapidamente o Estado se
demitiu das suas responsabilidades relativamente a esta matéria e deixou a intervenção na mãos
dos privados e temos aí, a realidade do nosso país que é haver pessoas que continuam a residir em
habitações que não têm condições de habitabilidade e que muitas delas são precárias, nem lhe
podemos chamar uma habitação, daí haver um conjunto de famílias que para resolver o seu
problema da habitação fez um empréstimo ao banco e se tornou proprietária que afeta 75%, ou
seja, que cerca de 75% de famílias têm habitação porque para o fazer o empréstimo ficaram com a
corda ao pescoço ao longo de anos e anos e muitas acabaram infelizmente por perder. Aliás, diga-
se também que nos últimos anos e estou a falar há mais de duas décadas que o grande
investimento na política de habitação passou vários governos foi no apoio ao financiamento
exatamente nesta lógica da aquisição da habitação com tudo aquilo que significa e em termos de
arrendamento devemos dizer que há de facto muito pouco relativamente a essa matéria, mas mais
grave que isto, é somos dos países, já que se gosta muito de fazer comparações com a Europa e
com a União Europeia, somos dos países que em termos de habitação pública junto da
Administração Central e a Administração Local soma 2% do total da habitação. É esta a realidade,
eu acho que isto é o cerne do problema para voltar a Vale de Chicharos, porque as coisas não
acontecem por acaso e a verdade é que há uma falta grande de habitação pública para dar uma
resposta às populações e habitação pública não só dirigida às populações que possam ter menores
rendimentos porque podemos ter inclusivamente habitação publica para as várias camadas da
população e exatamente para assegurar que a habitação a preços que sejam compatíveis com
aquilo que são os rendimentos das famílias no nosso país e que a habitação hoje não signifique 50
ou mais por cento daquilo que é o orçamento do agregado familiar mas que seja de facto, um peso
muito mais diminuto e garantindo efetivamente, mas é aqui que entra depois também a questão
das responsabilidades, mas eu creio que não é uma questão de somenos, nem é uma questão de
menor importância, nem é uma questão de chutar para o outro, é porque a nossa Constituição é
muito clara, na Lei de bases da habitação que recentemente foi aprovada também é muito clara e
coloca esta responsabilidade por parte do Governo, agora não estou aqui a falar de nenhum
partido em particular, estou a falar dos vários governos que foram passando e todos eles têm
responsabilidades, porque a verdade é que foram passando e esta foi sendo sempre um dos
parentes pobres. Aliás, tem a ver com todos os problemas que existem na saúde, na educação, no
apoio social, talvez o direito à habitação que é um dos direitos da nossa constituição consagra
tenha sido um daqueles que talvez menos tenha evoluído e que menos tenha sido garantido para
as famílias e para as populações. Por isso, eu creio que é justo referirmos hoje aqui se de facto, foi
dado um passo e já foi dado um passo, já houve famílias que foram realojadas, está a prosseguir
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uma nova fase para a resolução do problema foi porque a Câmara Municipal tomou a iniciativa
porque da parte do Governo não houve esse avanço e essa tomada de iniciativa para a resolução
do problema. Se a Câmara Municipal não tivesse lá chegado a dizer meus senhores, temos aqui
uma proposta concreta para avançar, qual é que é a disponibilidade a coisa não tinha avançado. Eu
creio que falou-se aqui já de um conjunto de palavras menos simpáticas mas eu acho que o
problema de Vale de Chicharos infelizmente é um problema que já tem anos, que não está
escondido e está à vista de todos, se o Primeiro Ministro não sabe, lamento que o próprio Partido
Socialista não o informou ou se não tinha conhecimento na altura, mas eu creio que há aqui uma
posição e uma atitude muito diferenciada relativamente aquilo que tem sido a postura da CDU
porque dizemos claramente é uma responsabilidade do Governo que ao longo de anos, de décadas
se desresponsabilizaram relativamente a esta matéria no que diz respeito ao realojamento, não
tem havido verbas e verificamos que relativamente ao PER, escusa de estar a abanar com a cabeça,
relativamente ao programa especial de realojamento também por via de responsabilizar os
próprios municípios, pelo menos desde 2009 havia zero euros no Orçamento de Estado para dar
continuidade a esse mesmo problema e por isso, o que é que significou a transferência de
encargos e a desresponsabilização para os municípios. Há um aspeto que é importante que fique
claro, numa atitude séria de resolução do problema a Câmara Municipal do Seixal procurou
encontrar uma solução e uma solução que eu creio que também é de valorizar, procurando
integrar as famílias junto da comunidade nas habitações várias no concelho que tivessem
disponibilizadas para isso e não criar como aqui já foi utilizado expressões de guetos, segregação,
exclusão das famílias, não! Integrado nas comunidades, eu creio que esse é um aspeto relevante.
Já contrariamente, outras autarquias nomeadamente geridas pelo Partido Socialista, eu vou dar
um exemplo muito concreto, a Câmara Municipal da Amadora que relativamente aos processos de
um conjunto de famílias que residem em habitações precárias, a solução não foi encontrar uma
solução de realojamento, foi demolir sem alternativa, demolir pondo as coisas das pessoas na rua
e mandando a casa abaixo, precária é certo, mas era o único teto que tinham e sem qualquer
solução alternativa. Eu não conheço outra, até de várias forças políticas de autarquias geridas por
várias forças políticas, é a única câmara do país que perante problemas concretos de negação do
direito à habitação, a solução não é procurar soluções de realojamento, nem venham dizer, ah mas
havia que são aqueles realojamentos da Segurança Social temporários de emergência por 15 dias,
passados 15 dias ou um mês acabou-se e sem uma solução definitiva, não conheço mais nenhuma
câmara que tenha tomado uma atitude desta natureza e eu creio que isto marca bem a diferença
daquilo que é a CDU, procurando contribuir para a resolução dos problemas e aquilo que é o
Partido Socialista nas autarquias no que diz respeito à habitação. Eu queria aqui também trazer
uma outra questão que eu creio que vale a pena intervir porque estamos a ser afetados no nosso
país por uma intensíssima especulação imobiliária que atinge também o nosso concelho e que
estamos a falar na especulação imobiliária que resulta naturalmente do conjunto de fatores que
vão existindo uma atividade turística não planeada e que se sente no facto, das habitações na
outra margem do Tejo estarem com preços proibitivos para aquilo que são os rendimentos da
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nossa população que tem trazido muitas pessoas também aqui para a Margem Sul e para o nosso
concelho, há uma redução de facto, da disponibilização de casas para a função de habitação
permanente, há questões que se colocam até do ponto de vista da lei dos solos e do ordenamento
do território que exige que sejam defendidos os interesses públicos, mas há aqui também uma
ausência de intervenção mais uma vez por parte do Governo, no sentido de perante esta situação
o que é que seria necessário para a redução de preços e para o aumento daquilo que é a oferta da
habitação, que haja de facto um aproveitamento daquilo que são os edifícios públicos da
Administração Central que possam efetivamente ser disponibilizados para a habitação a custos que
sejam compatíveis com aquilo que são os rendimentos. Para terminar, dizer o seguinte: já agora só
trazer aqui dois aspetos: é preciso o reforço de verbas para o realojamento, mas é preciso também
encontrar uma solução que defenda os interesses, nós por exemplo e no âmbito da discussão da
lei de bases da habitação, levamos uma proposta que era a possibilidade por um lado, das
entidades publicas poderem exercer o direito de preferência enquanto sejam entidades públicas
que esse direito de preferência fosse exercido não pelo valor do mercado que essa habitação
estava a ser disponibilizada mas pelo valor patrimonial que se encontra definido na Autoridade
Tributária, não foi aceite esta proposta mas permitiria que as entidades públicas não ficassem
sujeitas aquilo que são os valores especulativos que hoje estão a ser colocados e fundamental é
que haja uma opção clara relativamente a esta matéria, reforço de verbas e uma não
responsabilização do Governo naquilo que é uma questão fundamental que é o direito à
habitação”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da Honra? Não sei qual é a honra que foi
afetada, faz favor”.
Tomás Santos, do PS, disse: “É para defesa da honra e consigo porque há aqui algo que eu posso
brincar, posso inclusive mandar umas «larachas» sobre o Benfica mas agora é mesmo a sério e há
coisas que eu sinceramente acho que não se fazem e há uma coisa que o Sr. Presidente até pela
experiência autárquica que tem, acho que tem consciência da suas funções e tem consciência que
os votos que o elegeram tem a mesma legitimidade dos votos que me elegeram a mim, e não é
por ser Presidente desta Assembleia que tem o direito de mandar bocas e de dizer que viu ou que
deixou de ver porque aqui toda a gente manda bocas, eu no inicio desta Assembleia Municipal vim
aqui falar e a Paula Santos a mandar-me bocas a intervenção toda e não foi por isso que me
queixei e portanto, nós queremos e como o meu colega Samuel Cruz disse se nós queremos
respeito, temos que nos dar ao respeito, portanto acho que há coisas que têm que ser ditas de
forma muito séria”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu acho que cada um deve fazer uma análise
própria, pode não ser agora aqui faça em casa que é para ver se ajudam todos e naturalmente que
o Presidente da Assembleia é um ser humano como os outros e portanto, todos contribuírem para
dignificar até como agora está o Presidente a falar para o boneco. Vamos lá ver se dignificamos a
assembleia. Todos e eu não me excluo, todos são responsáveis por dignificar a Assembleia
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Municipal. E o Presidente da Assembleia intervirá quando entender que, de facto, não estamos no
bom caminho, é o nosso papel e é o meu papel e eu não prescindo disso e era bom que não
entrassemos em vitimizações aqui na Assembleia Municipal, entrassemos é numa de qualificar e
todos têm essa capacidade. Paula Santos também em defesa da honra não é?”.
Paula Santos da CDU, disse: “Sr. Presidente só para usar os mesmos termos da intervenção
anterior, nós consideramos que de facto, a educação que devemos debater as questões foi esse o
espírito nesta intervenção, não reconheço aquilo que foi dito relativamente a palavras
relativamente à minha pessoa como foram aqui proferidas, mas independentemente disso, não é
essa a questão, eu creio que as questões até pode ser que haja sempre o debate de ideias e do
debate político porque é natural que haja divergências, que é natural que tenhamos opiniões
diferentes que se aproveitem instrumentos ou figuras do regimento para procurar fugir ao debate
político quando não se tem os argumentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Também já está um bocadinho fora da defesa da
honra. Temos que fazer uma tabela de defesa da honra. Tem a palavra o André Nunes”.
André Nunes do PAN, disse: “O debate sobre este 6.º ponto da ordem de trabalhos podendo ser
um debate de que quem falhou no passado, devendo ser o debate de quem continua a falhar no
presente, não deve ser o debate de quem continua a falhar no presente. O debate de hoje é e deve
ser o debate das opções, deve ser o debate sobre a segurança física e psicológica que um lar
confere, deve ser o debate da proteção da família que por um lado contribui. O debate pela
dignidade da pessoa humana que um lar personifica e são várias as opções que cada agente com
responsabilidades tem ao seu dispor. Enquanto autarcas deste concelho é sobre aquelas que
podemos tomar que nos devemos importar e nesse particular Sr. Presidente lamento que esteja a
falhar. Ainda na passada 6.ª feira entraram dois projetos de resolução, um dos quais da iniciativa
do PCP, vimos o líder parlamentar comunista afirmar, e bem diga-se, o direito à habitação
enquanto direito fundamental. Porém chegámos a este debate o que vemos é um PCP a duas
velocidades, o PCP da Assembleia da República que defende o direito à habitação como uma
prioridade, já o da Câmara Municipal do Seixal parece só concordar, o que parece é que se o fator
belisca o direito constitucional como qualquer agente em que o PCP ideologicamente se afasta,
como a banca por exemplo, o direito é fundamental. Já sim, se aquele que belisca for o fator
puramente formal então, aquele direito já não é assim tão fundamental. Um amigo meu
genuinamente comunista disse-me há uns tempos que este PCP deixou de ser comunista porque
se desapegou das pessoas. Pois bem, esta é uma excelente demonstração desse desapego é uma
excelente demonstração de quanto desligado está este PCP das populações. É este mesmo
executivo que esbanja milhares de euros anualmente em fogo de artificio, 250 mil euros em dois
anos, esbanja anualmente milhares de euros em publicidade e marketing, mais de 3 milhões de
200 mil euros em dois anos, mas que não quer porque entende que não deve por termo a uma
chaga social do nosso concelho que é a habitação indigna e sem condições. Esta autarquia que se
gaba do fulgor financeiro mas que não quer porque entende que não deve chegar-se à frente e
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garantir a habitação a quem dela precisa ao invés escuda-se no texto da lei para continuar um
braço de ferro, em que os principais derrotados são sempre as pessoas, é que Sr. Presidente o
facto do texto da Constituição obrigar o Estado Central nesta matéria não nos obriga a si enquanto
autarca a zelar pelos munícipes do concelho do Seixal. A reivindicação legitima reconheço de exigir
ao Estado central o cumprimento do valor constitucional em apreço não o desobriga a si perante a
população antes o convoca a retemperar esforços, mas não é isso que o Sr. está a fazer com esta
posição assumida, não é a população do concelho do Seixal que o Sr. está a defender quando
responsabiliza mesmo que com razão o Poder Central, não é o habitante idoso que vive sem
elevador, não é o habitante recém nascido que vive num lugar insalubre e também não é o
habitante que vive com medo de morrer soterrado numa eventual derrocada do edifício. A si
enquanto autarca não se exige só que reivindique o cumprimento da lei ao Governo, exige-se que
encontre soluções. Este problema já podia estar resolvido, este problema pode ser resolvido, assim
haja vontade para tal. Nós votaremos a favor do presente ponto e falo-e-mos porque entendemos
que todas as oportunidades são poucas para erradicar o fenómeno da habitação indigna e falo-e-
mos porque todas as ferramentas são válidas para garantir o direito à habitação como um direito
fundamental que é e porque entendemos que este concelho não pode ter em pleno século XXI um
problema desta natureza. Ter a esperança de ver o realojamento terminado até 2022 não é e não
deveria ser uma vitória de que se possa orgulhar, não quando se trata de um problema com
décadas e muito menos quando falamos de pessoas para quem um mês sem condições de
habitação dignas já é um suplicio, quanto mais três anos”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado João Rebelo”.
João Rebelo do CDS/PP, disse: “Só um reparo, mas o primeiro autarca que mais lutou para
erradicar barracas foi o Presidente de Câmara do CDS, Cruz Abecassis, no mandato de 79/89 em
que o esforço que foi feito com fundos da câmara foi absolutamente notável, só posteriormente o
Governo do PSD do Professor Cavaco Silva lançou o famosos programa de realojamento especial
de toda a área urbana de Lisboa em que muitos concelhos puderam resolver esses problemas, era
só para referir este aspeto que eu gosto sempre de lembrar a memória de Cruz Abecassis. Em
segundo aspeto, também recordar que recentemente num artigo do Expresso dizia o seguinte: em
2019 na área da Grande Lisboa tem mais de 2 mil famílias em bairros de lata, era a expressão que
usava e que os três piores concelhos eram o Seixal, Almada e Loures. Isto antes de explicar-vos
qual será a posição do CDS em relação à proposta que a Câmara aqui traz, recordar que esta chaga
no concelho do Seixal e os problemas que nós temos em Vale de Chicharos é um problema que
tem décadas, há vários responsáveis com certeza. Nós podemos reparar que ao longo destas
décadas, que a gestão da CDU tem muitas responsabilidades também de não resolução deste
problema, teve muitas oportunidades de tentar que o Governo central resolvesse estas questões e
nada aconteceu ao longo destes anos; ainda recentemente dito pelo anterior Presidente do
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana que o caso do bairro da Jamaica era um exemplo e
passo a citar como uma câmara municipal se demite das suas funções e das suas competências

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para resolver o problema. Também a solução que é aqui proposta para a resolução do problema
busca a nossa concordância mas eu coloco esta questão agora à Sra. Vereadora que é o seguinte: O
que nos é aqui pedido de facto, é uma solução, não sendo a resolução disso mesmo, mas temos ali
propostas de contratos promessas para aquisição de 6 que foram aqui feitas mas as casas estão
disponíveis em termos de mercado ou já não estão disponíveis e aqui dou razão à Câmara
Municipal, nesta ida e volta com este tipo de reabilitação urbana dizer vou ter aquilo e o mercado
dizer o mesmo que foi dito aqui pelo Rui Belchior, faz com que está disponível e para a semana já
não está disponível. A pressão em termos de dinâmica do mercado imobiliário é de tal ordem que
o que está neste momento disponível hoje já não está disponível amanhã e é a dinâmica que leva a
uma solução como esta que está aqui proposta; a pergunta que eu coloco é: será que estamos a
aprovar algo que é absolutamente impossível de cumprir e depois, a seguir, não estamos a
resolver? Isso sim, foi aqui falado temos que cumprir a Lei na definição das rendas que serão
colocadas em relação a esta habitação. Nós sabemos, a lei define claramente, isto é uma
mensagem a todas as pessoas que têm problemas de habitação, vêm que há um esforço enorme
para reabilitar, pelo menos para recolocar estas famílias e elas às vezes estão a pagar um sufoco
incrível como foi aqui dito pela nossa colega Paula Santos a pagar a sua própria casa e depois
serem realojadas, e não estarem a pagar e a não fazer esforço absolutamente nenhum, nem que
seja o mínimo esforço para que ajudem na reabilitação dessa mesma habitação. E depois há outros
problemas, foi aqui já referido temos o bairro de Santa Marta de Corroios que é outra chaga que
está aberta no concelho e que merece obviamente da parte de todos nós atenção. Não querendo
ser parte do problema vou ouvir a resposta da Sra. Vereadora e do Sr. Presidente da Câmara e
posso evoluir da abstenção para o voto a favor, vamos ver que resposta me será dada e se a
câmara está a tentar resolver o problema e todos nós devemos ser parte da solução e não estar
aqui a fazer a obstrução; nunca o fiz, já dei o voto favorável a muitas propostas apresentadas pela
câmara, mas neste caso concreto tenho sérias duvidas se estão a resolver a questão por causa de
algo que a câmara não controla e que nós não controlamos que é a própria dinâmica do mercado”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “O anterior processo de realojamento foi realizado no âmbito do
ProHabita, um anos depois do programa o atual processo de realojamento obrigaria a câmara a
financiar em 72% a compra das habitações e o Estado 28%, segundo informação que o Sr.
Presidente da Câmara nos prestou na reunião da comissão. Agora, pretende-se resolver este
problema aplicando o programa de (...) não é possível controlar a especulação imobiliária, acho
que é uma evidência. A Câmara Municipal do Seixal e o Governo assumiram o compromisso de
realojar os moradores de Vale de Chicharos. Agora às pessoas, interessa pouco de quem é a
responsabilidade. Qual é a abertura do Governo através do programa para resolver este problema?
a nós parece-nos que a Câmara devia começar a trabalhar num plano B que parece que não existe;
se falhar o plano A, qual é o plano B?

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Do nosso ponto de vista, se calhar é necessário, achamos que é uma situação se calhar razoável
que o Governo colocasse o património do IRHU para resolver este problema no nosso concelho,
esse património ou parte dele devia ser colocado para resolver este problema e as outras questões
de carência habitacional que existem em Vale de Chicharros e não só. Finalmente, nós pensamos
que se a câmara tiver que se substituir ao Poder Central para resolver este problema, acho que
terá que ser ponderada essa necessidade devido à importância de resolver este problema e já
agora, a Câmara Municipal do Seixal ao longo dos anos, ao longos dos mandatos, substituiu-se
muitas vezes ao Poder central para resolver problemas. Há um problema por exemplo, foi
aprovado neste orçamento que a câmara vai gastar 3 milhões de euros na alternativa à estrada
nacional 10, é uma opção e é uma escolha, do ponto de vista democrático podemos fazer as
escolhas e as opções e encarar e estarmos de acordo com uma e não estarmos de acordo com a
outra. Finalmente este problema e a dimensão destes problemas colocam uma urgência impossível
de encarar de frente, a definição de uma estratégia local de habitação e a aprovação de um plano
local de habitação são essenciais para resolver este problema e para não deixar que eles se
agravem e para dar uma resposta cabal e definitiva ao problema de habitação no nosso concelho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Mendes”.
Rui Mendes do PSD, disse: “Infelizmente tenho visto e apenas vejo nos últimos tempos a
identificação e o tentar apontar o dedo de quem foi a culpa nestes últimos anos, 30, 40 ou 50
anos, acho que o tema não é este, o tema é a solução que parece ter andado arredad a face a isto
neste debate e tenho dito. E face ao aproveito político que possa existir quanto a este tema parece
ser mais importante do que efetivamente resolver. Estamos a falar de 74 famílias das quais 6 vão
ter solução, então e as restantes? Destes 6 fogos se calhar ficamos com 2 ou 3 como aqui já foi
dito. Agora que medidas é que vão ser tomadas, caso exista uma solução miraculosa para as 74
famílias, quando forem realojadas as 74 visto que não estamos a fazer … de forma crescente,
quando terminarmos ainda temos lá mais 74 famílias, que medidas é que a câmara tem? que
plano de ação é que a câmara tem? Quando pretende realojar estas seis? Tem a certeza que para o
lugar destes seis … mais seis e no final não temos mais 74 famílias e depois de realojarmos essas
74, temos a solução para essas 74 famílias, temos lá mais 74 famílias. Se o problema não for
resolvido como um todo passa a ser um problema crónico e sem fim à vista, e por essa razão
respeito a intenção de resolução mas de forma sética quanto à sua eficácia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos para uma nova ronda, eu iria sugerir que
fosse a última ronda de inscrições. Samuel Cruz, mais! Paula Santos, Paulo Silva”.
Paulo Silva da CDU, disse: “Começo a minha intervenção por ler qual é que o ponto da ordem de
trabalhos, parece-me a mim que alguns vieram aqui fazer intervenções sem saberem o que
estavam a discutir, o ponto que está aqui em discussão é: procedimento para aquisição de imóveis
destinados ao realojamento de agregados familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do
loteamento Quinta de Vale de Chicharos aquisição de 6 frações e contratação dos respetivos
empréstimos junto do IRHU - Aprovação. É isto que nós estamos aqui a discutir, se no âmbito deste
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processo, se aprovamos ou não a aquisição destas 6 frações e o respetivo processo de empréstimo.
Sobre isto, e feito este introito o Partido Socialista pela voz do seu eleito Luís Gonçalves veio aqui
questionar a câmara se alguma vez propôs a privados a compra de imóveis para este realojamento,
eu penso que isto demonstra uma coisa, é que não leu minimamente a informação que veio da
câmara sobre este processo porque se tivesse lido bastava a primeira folha, a deliberação da
câmara determinou a abertura de procedimento para aquisição de imóveis destinados ao
realojamento de agregados familiares. Ponto seguinte, o ato publico de abertura de propostas
decorreu no dia de 19 de julho de 2019, portanto houve um procedimento que foi aberto, houve a
entrega de propostas e houve um ato público de abertura dessas propostas, bastaria ter lido mas
tenho que lhe dizer o seguinte: é que a sua pergunta ainda tinha alguma coisa a sua intervenção
com o tema que estava a ser aqui discutido, não fez o trabalho de casa mas pelo menos sabia o
que estava aqui a ser discutido. Agora o Sr. eleito Tomás Santos vem aqui fazer uma intervenção
que não tem nada a ver com o tema. E vem aqui com questões de políticas de habitação, quando
isso já foi discutido quando se aprovou este processo aqui nesta Assembleia Municipal e depois
vem dizer que a câmara não faz nada para resolver o problema de Vale de Chicharos. Faz! A
câmara está a fazer e isto que está aqui em discussão faz parte da atuação que estamos a ter.
Agora muito francamente até ao momento não conheço que a Câmara de Almada que foi dado
aqui como um exemplo que tenha feito alguma coisa para resolver o segundo Torrão, não conheço.
Depois vem dar aqui o exemplo de Lisboa, como se fosse um exemplo a questão de uma Câmara
Municipal e o Sr. Vereador do Urbanismo tenha se demitido por questões de suspensão sobre a
sua própria atuação mas vem dar aqui o exemplo que a Câmara de Lisboa é um grande exemplo
porque reabilitou o Martim Moniz, mas havia alguma situação do realojamento ou de habitação
precária no Martim Moniz? Eu por acaso fiquei com essa curiosidade porque eu conheço a zona e
não tenho esse conhecimento e tomei a liberdade de ir buscar o livro que o sr. para ver se nas
zonas de realojamento em Lisboa havia alguma referencia ao Martim Moniz e não há! Estão aqui
várias obras de realojamento de Lisboa, Martim Moniz zero! O que só demonstra uma coisa é que
o sr. eleito não conhece o livro que ofereceu porque se o conhecesse não teria feito a figura que
fez. Ó Sr. eleito Tomás Santos, eu estive calado a ouvi-lo! Não consegue? Sabe, o comportamento
não é para todos. Eu por acaso tinha vergonha se fosse oferecer um livro que não conhecesse e
por isso, tomo a liberdade de o devolver para o sr. eleito ler o livro antes de voltar a referir-se ao
livro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quer defender a honra, faça favor”.
Tomás Santos do PS, disse: “O livro tem muitas páginas aconselho-o a ler todas antes de vir aqui
falar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faça favor Paulo Silva”.
Paulo Silva da CDU, disse: “Eu convido o Sr. eleito a vir dizer quais são as páginas do livro que se
referem ao processo de reabilitação do Martim Moniz”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quer se inscrever? Está inscrito! Samuel Cruz”.
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Samuel Cruz do PS, disse: “Eu parto do principio de que não me vai interromper e que tal como a
câmara também tenho mais de metade do tempo que teria direito por uma situação de igualdade,
mas eu ia dizer uma coisa diferente que é: eu acho que vamos discutir o regimento na próxima
reunião e devemos incluir uma alínea nova e é eu para me inscrever, também já não é a primeira
vez que isso me acontece, portanto a ultima ronda quem se inscreve, mas sempre que eu me
inscrevo há sempre uma ronda de inscrições. Se o Samuel se inscrever há mais uma ronda de
inscrições”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vá lá! Não lhe dei a palavra Paulo Silva. Isto é um
parêntesis de breves segundos, o PS que se anda a vitimizar aqui na Assembleia que é o patinho
feio até é contra o PS porque se inscreveu o Luís Gonçalves e agora está chateado. Oh, Samuel!”.
Samuel Cruz do PS, disse: “Eu fico contente em primeiro lugar pelo livro ter sido entregue a
alguém, nomeadamente ao Paulo Silva que é espetacular a capacidade que enquanto ouvia as
intervenções de ler um livro com 641 páginas, é de facto de valor e de facto, existe realojamento e
existe fogos construidos pela CML no Martim Moniz e isto era um ponto prévio.O segundo ponto
prévio, Belchior puseste-te numa posição delicada e como falaste nisso e frisaste diretamente o PS,
o PS é obrigado a responder que é aquilo que eu vou fazer, a primeira coisa, existe de facto, uma
figura regimental em quem se sente impedido não intervém na discussão e não vota aquilo que
não existe; é eu não voto mas agora venho aqui dizer tudo o que tenho a dizer sobre o assunto e
ainda por cima na qualidade de advogado, eu acho que de facto puseste-te numa posição bastante
fragilizada acerca desse assunto, mas há de facto, criticas acerca daquilo que aconteceu no
primeiro processo de realojamento, mais recente, Vale de Chicharos feitos pelo PS e sou obrigado
a dizê-las foi entregue à Santa Casa da Misericórdia, o processo em exclusivo, algo terá sido
diferente porque a Câmara desta vez obrigou, como já foi aqui referido, a lançar o concurso publico
e bem, o que é certo é que o que a Santa Casa da Misericórdia fez não foi isso. Toda a gente é
obrigada a vender à Santa Casa através daquela imobiliária, um exclusivo que não se entende, ou
seja, se um privado sabia disto, ia à Santa Casa e dizia: olhe tenho a casinha, marquem lá a
escritura que é para eu vos vender a casa. Não! Você vai ali aquela imobiliária eles angariam o
imóvel e depois vem cá nos vender, uma percentagem. Isso é um exclusivo que se apresenta pelo
menos em 64 frações, 320 mil euros de comissão e como quem não quer ser lobo não lhe veste a
pele como o PS é acusado, e já foi aqui hoje repetidamente, de nepotismo há um problema com
esta imobiliária, é que a proprietária desta imobiliária é familiar muito próxima do antigo vereador
do urbanismo, Jorge Silva. Eu não o diria aqui como estas letrinhas todas, se não tivesse a certeza
daquilo que estou a dizer, portanto, há de facto um problema, do ponto de vista político
naturalmente, e da avaliação política que fazemos do processo e o procedimento que a câmara
entregou à Santa Casa da Misericórdia e a Santa Casa da Misericórdia entregou em exclusivo a uma
imobiliária, sem qualquer tipo de concurso, sem nada, que é um familiar de um antigo vereador do
PCP do urbanismo, isto é tão claro quanto isto e esse ato sem concurso, sem nada, valeu no
mínimo 320 mil euros em comissões, estamos esclarecidos acerca do problema do Partido

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Socialista com este assunto? Penso que sim. Isto não pode ser visto apenas aqui nas seis casinhas e
pronto! Há um problema muito mais lato aqui para averiguarmos, o problema é: a câmara falhou e
falhou várias vezes. A Câmara falhou desde logo na fiscalização, falhou quando deixou ocupar
aquelas casas não deveria ter deixado de ocupar aquelas casas mas mais! A câmara falhou porque
não deixou acabar de construir aquelas casas as condições indignas que tem, mas a verdade é que
muito tijolo foi assente naquele sitio e a fiscalização da Câmara tão presente e atuante quando
alguém faz um muro um bocadinho fora, não foi capaz de vir impedir aquelas torres a crescerem e
a nascerem, mais! Penso que faculta água à borla, é tudo ilegal mas há água. Portanto, falhou na
fiscalização na ocupação das torres e na fiscalização quando acabaram de construir as torres e a
Câmara Municipal do Seixal falhou no PER, a verdade é esta, o Governo lançou um PER para
erradicação das barracas e vejamos quem fez e quem não fez. No âmbito do PER foram
recenseadas 50 mil famílias na Área Metropolitana de Lisboa e do Porto em 28 municípios, desses
28 municípios, 20 concluíram o processo, 8 não concluíram o processo. O Seixal é um deles. Houve
20 que foram capazes de fazer e houve 8 que não foram capazes de fazer. Ainda assim, vejamos as
diferenças entre eles. Na Área Metropolitana de Lisboa desses 8, são 5: Amadora, Loures, Odivelas,
Almada e Seixal. A Amadora que foi aqui dado como exemplo, gastou com o seu plano de
realojamento 55 milhões de euros, porque na Amadora foram recenseadas 6 mil e 500 famílias e
foram alojadas 6 mil, se a Câmara Municipal do Seixal tivesse feito as 6 mil habitações que a
Câmara da Amadora fez não existiria nenhum problema de habitação no concelho, 6 mil. Em
Loures foram recenseadas 2600 e foram construidas quase 2500. Em Odivelas falta fazer 79, em
Almada 1014, na fonte desde dados adivinhem o Seixal não forneceu os dados, enfim! Mas, para
aquilo que é a nossa atuação, nós conhecemos a realidade do concelho do Seixal, sabemos que os
fogos que não foram feitos, que não foram comprados e o problema que não está resolvido e é
preciso que se diga o concelho do Seixal apresenta a taxa mais baixa de execução do PER do país. O
Seixal apresenta a taxa de execução mais baixa do país, mas mais! A Câmara Municipal do Seixal
está a falhar, falhou no passado e está a falhar porque aquilo que foi anunciado foi que o
realojamento destas 74 famílias estava concluído em 2019, foi esse o compromisso da câmara. O
que é que aconteceu? Estamos neste momento a decidir a compra de 6 habitações, das 74 que
tínhamos dito que acabavam em 2019. Não sabemos se são 6 porque inicialmente eram 13,
concorreram até este momento em que foi à Câmara, das 13, 7 tinham desistido e eu provei estas
6 até ao momento da assinatura do contrato-promessa que não sei se existe ou da escritura ainda
algumas desistiram também e isto não serve de nada porque não se pode ir aquela torre e tirar 6
famílias e realoja-las porque se for aquela torre e se tirar 6 famílias e realoja-las em algum sitio,
acontece o que já aconteceu no passado que é imediatamente aqueles locais ou frações, aquelas
habitações serão de novo ocupados e o problema do Seixal aloja 6 famílias e fica com o mesmo
problema que tinha antes de o fazer. Portanto, a pergunta que se impõe é: qual é o plano da
Câmara Municipal do Seixal? É curioso, um dos requerimentos que o Partido Socialista apresentou
foi no dia 8 de fevereiro do ano passado a pergunta ...".

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, cada coisa no seu sitio, em relação à
câmara, se houver acordo dos lideres. Está fechado!. O entendimento do PSD é que não tempo
não tem tempo é isso? Rui é isso? André? O tempo é só para completar. Vá lá João” 3:36:01
João Rebelo do CDS/PP, disse: “A proposta que eu fiz há bocado é exclusivamente para dizer que ..
toda a gente concordou eu e o André o que estamos a propor é cedermos o tempo que temos que
faz 6 minutos e … ".
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O tempo é para completar. Dois minutos, para
completar, não é seis porque senão acaba-se com os tempos, nós temos uma distribuição
majorada da menor representação, se vamos subverter isso, para completar, porque senão ...”
João Rebelo do CDS/PP, disse: “Para completar são 3 mais 2, são 5.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Vá lá!”.
Samuel Cruz do PS, disse: “Toda a gente tem prescindido e a câmara também e as regras acima de
tudo têm que ser igual para todos. Eu agora não tenho tempo para o contraditório, ainda há
bocadinho era o ultimo a falar e agora já estão dois depois de mim, quer dizer metam as mãos na
consciência e digo ao Sr. Presidente e aos lideres que entenderam silenciar o PS”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “2.ª feira conversamos calmamente porque havemos
de nos entender. Inscrições? Paula Santos. Paulo Silva e Tomás Santos os srs. querem ir para o
átrio? Vão para o átrio os 2, ok? Faz favor, Paula Santos”.
Paula Santos da CDU, disse: “Queria só referir-me a alguns elementos relativamente à discussão
que estamos a fazer, porque nem é verdade que o Seixal tenha sido dos municípios que a execução
do PER ficou mais abaixo, não é verdade, veja e consulte os dados que aí estão referenciados, mas
é preciso também contar a história toda. E contar a história toda é que o PER foi um processo que
transferiu responsabilidades e encargos para as autarquias, que a partir de 2009, pelo menos não
tinha mais nenhuma verba para prosseguir com o processo sabendo que não estava concluído, que
os critérios do PER eram critérios fechados porque não previa, hoje uma família que tem um filho
com 5 anos, daqui a 10 anos tem 15, daqui a mais 10 anos tem 25 e forma a sua própria família e
muitas destas pessoas precisam também de uma habitação própria e não residirem 6, 7, 10 numa
mesma casa e o desdobramento não foi previsto. Aliás, eu vou colocar esta questão para dizer o
seguinte: o Governo criou um novo programa, é mais alargado do ponto de vista destes critérios
mas mantém a base de uma perspetiva de continuação de transferências para as autarquias
porque aquilo que é dito até por membros do Governo, é dizer que o apoio do Estado pode ir de
30 a 60% dependente dos critérios e de cada uma das condições, quem é que suporta o processo?
As próprias autarquias. A questão aqui não está de que não é uma questão de somenos de quem é
que assume ou quem é que não assume a responsabilidade, porque é fácil vir para os elementos
do Partido Socialista, do PSD ou de outros partidos virem aqui e o PAN também acusar a autarquia
que nada fez quando no meio de todo este processo, a única entidade pública que avançou para a
frente para a resolução do processo, que apresentou propostas concretas e que agora está
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confrontada com o problema da especulação imobiliária que existe no nosso país, foi a Câmara
Municipal do Seixal e vem-se aqui fazer de conta que não houve nenhuma vontade, quando quem
de facto, tem tido responsabilidades ao longo de anos, nunca quis saber e nunca houve verbas,
nem financiamento para esta matéria. Eu queria também deixar aqui claro o seguinte, foi feito um
levantamento das necessidades habitacionais porque os dados que estavam previstos no PER, de
facto de 93 creio que todos estamos de acordo que há muitos que estão desatualizados e que não
corresponde às necessidades de hoje. Foi feito um levantamento pelo Governo de 2018,
necessidades de família a realojar são alguns exemplos para a gente perceber também a dimensão
dos problemas que estamos a falar e temos um problema que é preciso resolver e que estão a ser
dados passos. Seixal 526 famílias, Amadora 2839 e reitero a solução da Amadora tem sido demolir
habitações e não assegurar o realojamento e creio que demonstra bem a atitude relativamente às
pessoas em concreto e de facto, um fechar de olhos relativamente a esta matéria. Cascais 769,
Lisboa 2867, só para dar exemplos da Área Metropolitana de Lisboa mas também podia trazer aqui
da Área Metropolitana do Porto. Relativamente ao Primeiro Direito há aqui um outro aspeto que é
preciso ter em conta que é: as candidaturas que são feitas, é necessário ter a estratégia municipal
de habitação, os municípios estão a trabalhar na estratégia municipal de habitação mas depois tem
esta coisa extraordinária em que o IRHU e o Governo tem uma espécie de tutela de mérito em que
vai avaliar se as estratégias municipais de habitação estão conforme e se podem fazer alterações e
isto eu creio que é também uma intromissão daquilo que é a autonomia do Poder Local
Democrático, manda a responsabilidade mas depois quer estar ao de cima a decidir o que é que
pode ser e o que não pode ser, eu creio que isto são questões de fundo que devem estar
colocadas, mas eu reitero esta questão foi aqui colocada que eu creio que é inaceitável os srs.
eleitos virem aqui dizer que há dificuldades, foram conhecidas essas dificuldades mas há de facto
uma grande vontade da resolução do problema, gostávamos que já tivéssemos mais à frente
relativamente a esta matéria mas eu creio que ninguém pode ignorar. Aliás, basta ver os preços,
quer de arrendamento, quer de aquisição de habitações que não é só no Seixal, na Área
Metropolitana de Lisboa para a gente ver esta realidade e creio que os srs. também conseguem
fazer esse exercício, não é muito difícil de fazer e perceber que ficou para já muito longe daquilo
que são a capacidade das famílias para o poder suportar mas que há de facto aqui uma
especulação imobiliária que está a criar dificuldades várias para que se possa dar concretização
efetivamente a este objetivo, mas por isso reitero e não me canso de dizer, se há entidade que deu
o passo com propostas concretas, com soluções para a resolução do problema foi a Câmara
Municipal do Seixal, exatamente por aquilo que foi aqui colocado. Queremos o problema
resolvido, porque se fosse pelo Governo as pessoas ainda lá estavam e aquela torre ainda não
tinha sido demolida”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estavam inscritos Luís Gonçalves, Rui Belchior. Mais
intervenções? Fecharíamos aqui se o entenderem, disse exatamente isso, quantas e quantas vezes
é que vários de todas as bancadas têm esse direito, não é a Mesa que pode impedir. Rui Belchior”.

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Rui Belchior do PSD, disse: “Esta Assembleia começa a ter a tónica do paternalismo e das pessoas
que entendem saber e querer pretender ensinar os outros sobre determinados assuntos e
determinadas matérias. Dizer o seguinte, ao Sr. Samuel respondendo-lhe naturalmente, que foi o
que fez aqui esta afirmação, de facto, o que está na Lei embora não tenha sido este durante anos e
os anos que já cá andamos têm demonstrado isso mesmo, não tenha sido essa a prática desta
assembleia, as pessoas sempre discutiram e depois por esta ou aquela razão entenderam sair, de
facto a Lei diz podem em discussão e em votação, é verdade. Esqueceste-te de dizer o principal é
se eu me considerar impedido e agora é a pergunta seguinte: em que medida é que eu estou a
impedido? Eu revelei aqui apenas uma posição pessoal que entendia em função de conhecer as
pessoas que não devia de votar nesta matéria. Eu estou impedido de algum modo? Há alusão ao
facto de ser advogado ou deixar de ser? A gente tem que ver as coisas com elas são, da forma
completa não atirar essas coisas para o ar. Isso é, como eu costumo dizer, voar muito baixinho,
nem sequer estava à espera disso, porque acho que ficou claro o que eu disse era uma questão
moral, mas já que falaste outra vez no tempo, voltaste outra vez a falar neste assunto, a questão
principal e que me levou a falar nisso foi uma questão muito concerta, eu já aqui disse, foi a
afirmação dizerem que a imobiliária tinha sido constituída dois meses antes, isso é inamissível,
porque não é verdade, não corresponde à verdade e já agora dizer o seguinte: quando se diz a
proprietária da imobiliária é familiar do ex-vereador Jorge Silva, se isto não é atirar lama para cima
das pessoas então o que é? Para já, não é uma proprietária, são duas proprietárias, a que falas em
particular de facto, é nora do ex-vereador Jorge Silva, até já te expliquei que conheço do ponto de
vista pessoal, que é uma pessoa que nem sequer gerente é. Relativamente ao PS que ainda no
ultimo mandato foi uma serie de escândalos, de pais, filhos, tios no Governo vir falar aqui em
familiares nunca questão destas eu acho isto caricato, é uma coisa inaceitável, eu não posso
aceitar isso, eu não reconheço nenhuma autoridade moral ao PS para vir falar em questões
familiares.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Rui, o tempo”.
Rui Belchior do PSD, disse: “Deixe-me só terminar. Ainda dizer o seguinte: também me admira
porque isso então, diria ou o PS já sabe muito mais do que eu próprio e da minha bancada, quando
se fala em 300 e tal mil euros de comissão, que eu não sei onde é que foi obtido, a pouca
informação que nós temos em concreto é que foram partilhados inúmeros imóveis com outras
imobiliárias, ou seja e a comissão também partilhada e as pessoas não tiveram gastos, não
trabalharam, é que eu pensava que não eras comunista, eu pensava que as pessoas que trabalham
têm que receber, esta é a nossa filosofia, aliás, capitalista. Já agora esta imobiliária a forma que se
entendeu fazer, o processo correu bem, foram 64 famílias realojadas. Agora com o Governo é que
não está a correr nada bem, o IRHU a interagir com a Câmara, com as dificuldades que estamos a
ter é que não está a correr nada bem. Ó Samuel, eu não consigo entender e quero deixar aqui
claro, para terminar, para não haver nenhuma duvida, convido a quem quiser para demonstrar, já
que falaste aqui na minha qualidade de advogado, estou aqui como autarca, não estou aqui como

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advogado, em que eu tenha participado, em que haja uma intervenção minha seja em que
processo for deste género em relação à Câmara ou com estas imobiliárias, onde é que está a
minha intervenção? É verdade que eu é que me pus nesta situação quando disse que saía mas é
um aspeto moral, é o meu entendimento, não considerem que não estou, eu não tenho nenhuma
participação, que fique bem claro, neste processo e convido-os que demonstrem onde é que está a
intervenção neste processo em particular e isto queria deixar bem claro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Apenas 10 segundos para dizer o seguinte e eu não
posso deixar de dizer isto: considero pelo que conheço da pessoa que vocês conhecem bem, foi
autarca na câmara, que é sério, uma referência, e acho que é completamente incrível e fica mal o
Jorge Silva vir aqui à baila; quero deixar aqui em ata, considero uma indignidade absoluta por
todos os motivos, de que, quem conhece este homem, uma referencia como pessoa incontornável
e não apenas por ter sido autarca nesta câmara, mas também por ser comunista e ser operário e
fico triste, é uma tristeza! Defesa da honra? É uma absoluta indignidade e tristeza.“
Samuel Cruz do PS, disse: “Em defesa da honra porque se disse que aquilo que eu disse era uma
indignidade e cabe aqui dizer duas coisas, em primeiro o Sr. Presidente da Assembleia Municipal
não pode nessa qualidade fazer este tipo de intervenção. Ao Presidente da Assembleia Municipal
cabe dirigir os trabalhos, se quer fazer esse tipo de intervenção levanta-se e vem ao púlpito e faz a
intervenção enquanto eleito do Partido Comunista Português, sistematicamente quer fazer
confundir os dois estatutos. Não pode! Segundo não deve, se quer respeito enquanto Presidente
da Assembleia Municipal não se deve envolver na discussão da Assembleia. Terceiro: Ninguém
aqui colocou o que quer que seja de má fé, portanto acho que é de má-fé da sua parte acerca do
ex-vereador Jorge Silva, aquilo que aqui se relatou e não foi trazido pelo PS foi factual e a
população do concelho do Seixal merece conhecer todos os factos. Indigno é querer esconder”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fique a saber que eu intervirei sempre que
considerar situações destas, trazida pelo PS que de facto é triste, intervirei sempre e não tenha
nenhuma duvida. Era o que faltava! Por na lama o nome de uma pessoa! Era o que faltava! Na
defesa daquilo serei a vida inteira e já cá ando há mais tempo que você. Não admito e não aceito
que se ponha na lama, como o PS pôs, neste caso em concreto o Jorge Silva, nunca aceitarei. Sr.
Presidente se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Antes de mais eu gostaria de agradecer à Assembleia
Municipal de podermos também contribuir para o debate e para o esclarecimento necessário, não
sem antes pedir desculpa pela postura menos digna de alguns membros do executivo da Câmara
Municipal como se dirigiam ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal, peço desculpa em nome do
executivo municipal. Pedia então, à Sra. Vereadora que pudesse fazer algum esclarecimento
relativamente às matérias colocadas”.
Vereadora Manuela Calado disse: “Alguns esclarecimentos. Dizer que quando foi proposto o
procedimento concursal para aquisição das 64 casas foram convidadas todas as agências
imobiliárias e particulares que assim o pretendessem fazer. Portanto, foi o mais transparente
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possível e o mais aberto a todos que quiserem participar nelas. No que diz respeito às seis
habitações a informação que temos é que ainda continuam para serem adquiridas, isto era a
informação há uma uma semana mais ou menos, 10 dias, estamos em crer que provavelmente
ainda continuarão a estar no mercado para serem adquiridas. Na questão de se ter colocado o que
é que nós estamos a fazer, nós estamos a fazer o processo de realojamento, estamos a trabalhar na
nossa estratégia local de habitação e no plano municipal de habitação, ferramentas de
planeamento extremamente importantes para estabelecer aquilo que se pretende fazer em
termos de habitação porque não podemos só falar de habitação e realojamento temos que falar
muito mais do isso. Portanto, a estratégia local e o plano municipal de habitação são ferramentas
muito importantes para definir políticas publicas de habitação que são muito necessárias no nosso
país e que não existem. Para terminar aquilo que eu gostaria de dizer e reforçando mais uma vez
aquilo que a eleita Paula Santos disse, é verdade que ainda temos um caminho longo a percorrer
mas aquilo que fizemos foi para terminar com um flagelo bem grande, eu gostaria de perguntar
também aos srs. eleitos o que é que andaram aqui a fazer estes anos todos, desde o PER até agora,
e dizer que a Câmara desde sempre esteve empenhada em encontrar uma solução para este
flagelo. Felizmente só em 2017 é que foi encontrado um parceiro que quisesse ouvir o nosso
projeto, e que quisesse sentar à mesa para definir uma estratégia para realojar Vale de Chicharos.
Portanto, aquilo que nós estamos a fazer neste momento é trabalhar, é realojar pessoas que
necessitam e estamos a falar de realojamento de Vale de Chicharos e de Santa Marta mas também
não podemos esquecer todos os que neste momento, são cerca de 500 famílias que também estão
em lista de espera para atribuição de uma habitação”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Só para concluir, o apelo que fazemos para nós
podermos avançar, neste mandato, como começamos e bem é que precisamos da ajuda de todos
porque para desajudar já basta a situação que temos, se nós não tivermos na Assembleia
Municipal ao lado do executivo municipal à procura de soluções que permitam resolver este
problema, será com certeza mais difícil, por isso eu penso que a discussão foi importante sobre o
contexto onde estamos, a história que é nossa, mas dizer também que existem neste momento, 25
mil famílias que estão registadas no país pelo Governo e que o Primeiro Ministro disse que gostaria
que nos 50 anos do 25 de abril ter todas realojadas. Os 50 anos do 25 de abril são no próximo
2024, estamos muito próximos desse objetivo e no Seixal os 25 mil, nós temos cerca de 400
famílias que estão nos dois bairros, em Vale de Chicharos e Santa Marta. Portanto, o nosso
caminho que temos traçado é de concretização, encontrámos o modelo, temos o know how,
precisamos de ajuda para ultrapassar os vários obstáculos que se colocam. Neste momento há um
obstáculo que se coloca perante nós que é o preço elevado das habitações face aquilo que se é o
programa ProHabita, veremos agora com o 1.º direito se esta relação 28,72% é atenuada. Se isso
acontecer temos condições para dar o passo e avançar na aquisição das restantes habitações, elas
existem estão em cima da portaria, elas existem, estão identificadas nós podemos adquiri-las
assim haja financiamento da parte do Governo para equilibrar esta situação e avançarmos na
concretização de mais uma operação de realojamento que recordo não é com 6 habitações que se
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fará é com as 74 habitações adquiridas. Foi isso que fizemos com o lote 10 e é isso que iremos
fazer para os três lotes: 13, 14 e 15. Só para concluir dizer o seguinte: Vale de Chicharos, foi
totalmente incluído todas as pessoas identificadas pelo PER em Vale de Chicharos foram todas
realojadas, isso não temos dúvidas e também não temos duvidas que durante anos não houve
mais investimento para o PER, só houve a partir de 2017 quando a Secretaria de Estado foi criada a
habitação a meio do mandato anterior. Para dizer se há responsabilidades, essas responsabilidades
são dos governos que durante pelo menos mais de uma década não destinaram um euro para o
realojamento social em Portugal, por isso este nosso deficit não é do Seixal, é de Portugal, 25 mil
famílias e são só as identificadas com habitações precárias fora todas as outras que nós sabemos
que existem e que recorrem aos serviços do município e dos municípios para poder ter uma
habitação que não fossem despejadas e que vivem numa situação difícil. Esta é a realidade dos
factos, e por isso todos precisamos de ajudar e não atirar pedras, eu acho que já chega. Aliás, eu
hoje ouvi aqui coisas inadmissíveis, chega de atirar pedras, chega de ofender as pessoas, respeito
pelo órgão onde estamos e respeito pelas pessoas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara, quem vota a
favor?”.
Aprovada a Deliberação nº 3/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS: 1
. Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do PSD: 3 (Rui Belchior, do PSD, ausentou-se)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado com os votos a favor da CDU, do PS,
do Bloco de Esquerda, do CDS, e as abstenções do PSD e uma ausência que foi anunciada”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ponto 7, quem vota a favor?”.
Aprovada a Deliberação nº 4/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS: 1

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Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e do CDS e a abstenção do PSD”.
III. 8. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada a deliberação nº 5/XII/2020, por unanimidade, com:
• Trinta e cinco votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Consideramos aprovada a ata em minuta”.
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 0:30 horas do dia 4 de março.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020

A T A nº 01/2020
Aos vinte e oito dias de fevereiro de dois mil e vinte, reuniu a Assembleia Municipal do Seixal, na
sua 1ª sessão ordinária de 2020, nas instalações dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do
Seixal, sitas na Alameda dos Bombeiros Voluntários, presidida por Alfredo José Monteiro da Costa
e secretariada pelo 1º Secretário, Américo Augusto de Oliveira da Costa, e por Rui Brás, em virtude
de a 2ª secretária, Sara Sofia Oliveira da Silva Lopes Oliveira, ter solicitado substituição, com a
seguinte Ordem de Trabalhos, divulgada pelo edital nº 2/2020 de 12 de fevereiro.
I – PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.
II – PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
III – PERÍODO DA ORDEM DO DIA.
III.1. Suspensão de Mandato de Maria João Evaristo de Oliveira Santos.
III.2. Informação sobre o trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
III.3. Ata nº 04/2019 - 2ª Sessão Ordinária, de 15 de abril de 2019. Aprovação.
III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º
do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
III.6. Procedimento para aquisição de imóveis destinados ao realojamento de agregados
familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do loteamento Quinta de Vale de Chicharos –
Aquisição de 6 frações e contratação dos respetivos empréstimos junto do IHRU.
Aprovação.
III.7. Desafetação do domínio público para o domínio privado municipal de uma parcela, com a
área de 3,000 m2, sita na Quinta de Vale de Chicharos, e constituição de direito de
superfície sobre a mesma parcela, a favor da CRIAR´T – Associação de Solidariedade.
Aprovação.
Estiveram presentes, para além dos membros da Mesa:
Da CDU: Paulo Alexandre da Conceição Silva, Paula Alexandra Guerreiro Santos Barbosa, Custódio
Luís Quaresma Jesus de Carvalho, Maria Júlia dos Santos Freire, Nuno Filipe Oliveira Graça,
Fernando Júlio da Silva e Sousa, Carlos Alberto de Sousa Pereira, Gonçalo Rui de Oliveira, Almira
Maria Machado dos Santos e Armando da Costa Farias e Raul Ramires.
Do PS: Samuel Pedro da Silva Cruz, Bruno António Ribeiro Barata, Luís Pedro de Seia Gonçalves,
Célia Maria Martins Cunha, Nelson Filipe Lampreia de Oliveira Patriarca, Rui Miguel Santos Brás,

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Sérgio Miguel Carreiro Ramalhete, Marta Sofia Valadas Barão, Rui Jorge Guerreiro Parreira e Maria
Virgínia Dias.
Do PSD: Rui Miguel Lança Belchior Pereira, Rui Alexandrino Calção Mendes, Maria Luisa Marques
da Gama e Duarte Sérgio dos Santos Melo Correia.
Do BE: Vítor Cavalinhos, Eduardo Manuel Lino Grêlo e Carlos Lázaro.
Do PAN: Nuno André Baptista Nunes
Do CDS-PP: João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo.
Estiveram ainda presentes os Presidentes de Junta de Freguesia de Amora, Corroios, Fernão Ferro
e da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, respetivamente, Manuel
Ferreira Araújo, Eduardo Rosa, Carlos Reis e António Santos.
Registaram-se as seguintes substituições:
No grupo municipal da CDU: Hernâni Magalhães por Almira Santos, Ana Inácio por Armando Farias
e Rui Algarvio por Raul Ramires.
No grupo municipal do PS: Sara Lopes por Maria Virgina Dias.
No grupo municipal do BE: Francisco Silva por Carlos Lázaro em virtude de Ligía Maria Anjos e
Márcia Santana terem também solicitado a sua substituição.
Para além do Presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Cesário Cardador dos Santos,
estiveram presentes os seguintes Vereadores:
Maria Manuela Palmeiro Calado, Joaquim Carlos Coelho Tavares, José Carlos Marques Gomes,
Maria João Varela Macau, Eduardo Rodrigues, Marco Fernandes, Elizabete Pereira Adrião, Nuno
Moreira e Francisco Morais.
A Sessão teve início cerca das 20:30h.
O Presidente da Assembleia Municipal disse:

I. PERÍODO DE INTERVENÇÃO DA POPULAÇÃO.


O Presidente da Assembleia Municipal disse:“Damos inicio à sessão da Assembleia Municipal, que
é a 1ª sessão ordinária de 2020, começamos então pelo primeiro ponto que é o período de
intervenção da população e nesse sentido tem a palavra o Rui Sado, peço ao Senhor Presidente da
União de Freguesias, António Santos que nos apoie.”
I.1. António Santos, em nome de Rui Sado, disse: “Exmo. Senhor Presidente da Assembleia
Municipal, Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal, Exmos. Senhores Deputados
Municipais, Exmos. Senhores Vereadores, população em geral, diz o Rui Sado, hoje em dia as
noticias surgem na comunicação social para aterrorizar o povo português como o corona vírus, não
digo que este vírus não existe, mas com essa obsessão não há outras de maior interesse geral,
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
principalmente o nosso ???, começamos com o aeroporto do Montijo, os vários ?? sobre este
terminal são todos negativos e o Governo insiste nesta loucura, por isso, não posso deixar de
enaltecer as Câmaras Municipais do Seixal e da Moita por se oporem, como munícipe do Concelho
do Seixal quero também enaltecer a Câmara Municipal do Seixal pelo muito que tem feito ao longo
deste 45 anos após abril, tivemos as obras na freguesia do Seixal, vamos ter mais um
prolongamento da zona pedonal entre a PSP Seixal até onde se situava a antiga ponte do comboio
Seixal/Barreiro, hoje fala-se tanto em racismo e eu gostava de fazer uma pergunta desta tribuna,
não será por discriminação que a Câmara do Barreiro não quer fazer a ponte Seixal/Barreiro? Não
será discriminação do Governo, para com as populações do Seixal e Sesimbra, estar sempre a adiar
a construção do hospital do Seixal? Não será discriminação do Governo a não reposição das nossas
freguesias. Como cidadão fiz uma pesquisa aos projetos da Câmara e mais uma vez queria
agradecer à Câmara pelas obras que vai realizar, em particular, na freguesia de Arrentela e a
construção do coreto, cuja sua localização irá servir a Timbre Seixalense, a União Seixalense e a
União Arrentelense, disse o Rui Sado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado, tem agora a a palavra o Senhor Carlos
Vieira, se faz favor.”
I.2. Carlos Vieira disse: “Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Presidente da
Câmara Municipal, Senhores Vereadores, Senhores eleitos, muito boa noite. Sr. Presidente mais
uma vez venho aqui relembrar um acontecimento, trágico há muito pouco tempo, ali para os lados
da Chamusca, em que o gás metano…. precisamente o que temos aqui no nosso aterro sanitário
do Seixal. Tivemos uma quarta feira cultural, há muito pouco tempo no Auditório da Junta de
Freguesia da Amora ... “A Terra e a Camada de Ozono”, pois o metano é um dos grandes
causadores da destruição da camada de ozono, incluindo outros gazes como… mas o metano é um
dos causadores que a nossa proteção, que se chama camada de ozono, destrói, portanto é o
senhor metano é um dos causadores que atualmente …. do aterro sanitário do Seixal. Outro ponto
que eu trago cá, Senhor Vereador do Ambiente, tenho aqui… sobre a reunião que foi pedida e
sobre um acontecimento, sobre uma construção que está em curso, na sexta fase, no lote 156, que
a meu ver, a moradia está a ser construida em cima de dois lotes , antes que haja mais problemas
com isso, na aquisição, na compra ou na venda ou no licenciamento de habitação, gostaria que
esta câmara fosse investigar o que se lá passa, se precisar de ajuda nós estamos lá. O terceiro
ponto, isto é uma coisa que me tem incomodado muito, eu não gosto que ninguém decida por
mim, não me leve a mal isto, eu não gosto, eu é que tenho que decidir o meu próprio caminho não
são os outros que nunca fizeram campanha que dizem vai-se debater isto e depois não, dá-se uma
injeçãozinha e está a andar vamos lá embora, quando dizem lá que tem que passar não sei por
quantas, tem que dizer uma, duas, três, quatro vezes que quero ser, como se a pessoa está
inconsciente? está ali de boca aberta, como é que ele pode manifestar-se se quer morrer? São
estas pessoas que hoje, naquela assembleia estão a querer matar, são aqueles indivíduos que
supostamente criaram as infraestrutura para a gente testar aquilo, isto é muito importante, foram

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
este indivíduos , coitaditos , que já não sabem quem são, mas que querem dar uma injeção para ir
embora, foram eles … que criaram estas infraestruturas, pontes, estradas, auto estradas, ... e eu,
não me levem a mal, não gosto dessas decisões, quando temos uma população de sessenta e tal
por cento que não votou e quarenta e picos é que estão a decidir uma coisa que ... e não fazer
decretos-lei para aprovar isso como lei e dá-se uma injeçãozinha quando, se a memória não me
falha, naquela mesma assembleia, naquela casa, os animais de quatro patas foi aprovada lá … em
que eles morrem… velhinhos, mas os animais de duas patas levassem uma injeçãozinha e vão
embora… não levem a mal, parece que toda a gente que lá está se chamam Srs. Doutores e
Engenheiros e não sei quê e não sei que mais, a mim isto custa-me um bocadinho. Quarto ponto, o
IVA da eletricidade tenho ouvido isto muitos e os senhores eleitos a dizerem ao governo para
baixarem a pergunta que eu ponho aos economistas é se baixar o IVA da eletricidade a gente está
a baixar mas está a aumentar, se nós baixarmos o IVA da eletricidade, eu também gosto que ele
acabasse com os imposto mas depois o problema é este, começamos a importar… e eletricidade
mais energia elétrica mais importações de matérias-primas mais...em cima disso quando
chegarmos à conclusão no final estamos enganados mas aquilo que eu estava a querer dizer é o
seguinte, temos uma coisa tão boa hoje que é o sol, energia fotovoltaica, é isso, os senhores
membros da Assembleia devem dizer ao governo, então sim aí é que vão baixar o IVA da
eletricidade ….. pois se as pessoas durante o dia passavam a gastar a energia produzida pelo sol
em vez de estarem a gastar a energia produzida pelos senhores chineses, e já não gastavam os IVAs
já não gastavam nada disso
O Presidente da Assembleia Municipal disse: excedeu os cinco minutos...
Carlos Vieira - ah, então vamos para as hortinhas, eu não lhes chamo sociais chamo-lhes
recreativas porque fui um dos indivíduos que me candidatei à Qta. da Trindade e fui rejeitado
porque eu candidatei-me a uma hortinha recreativa só que ...nem tanto, só queria que
participassem qualquer coisa para que não esteja agora… mandaram-me uma carta a dizer que a
sua candidatura está fora ... “porque não apresentou a sua declaração de rendimentos” quando
isso não era obrigatório entregar, a declaração de rendimentos, a única coisa que eu peço aqui é
que na Qta. do Cortez, nos foros de Amora, há lá uma zona verde muito grande se podia criar lá
umas hortinhas, que não chamo sociais mas sim recreativas, de proximidade, porque ali na
Trindade o que lá vi foi indivíduos chegarem lá com o seu carinho, abrirem as portas do seu
carinho topo de gama …. isto é social ou recreativo? Outro ponto é o Hospital do Seixal e aqui eu
dirijo-me aos senhores da Assembleia da República … liquidar as pessoas, é assim que eu vou
chamar,… que construiram este país que hoje estão. Muito obrigado a todos.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E a ultima intervenção é do Sr. Humberto Batardo,
se faz favor.”
I.3. Humberto Batardo disse: “Olá, boa noite a todos. Hoje eu venho aqui falar, já há muito tempo
que não entro nesta casa, há dois anos, desde o meu ultimo mandato como deputado da
Assembleia Municipal, também, mas hoje venho aqui como cidadão do Concelho do Seixal e não
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
como militante de um partido, neste caso no CDS, mas venho sim como cidadão desde concelho e
venho aqui apresentar alguns considerandos e também algumas perguntas ao executivo da
Câmara. Senhor Presidente da Câmara, Senhores Vereadores, em primeiro lugar, e à Assembleia
Municipal, acho que esta pergunta… neste caso à Câmara e à Assembleia Municipal, que é a
seguinte: a população do Concelho do Seixal, estamos a falar do concelho em geral, continua a não
ter conhecimento dos dias e das horas desta Assembleia, não existe qualquer tipo de divulgação,
eu para saber perguntei a uma pessoa que está aqui presente, quando é que era a próxima
Assembleia Municipal, portanto, no site da Câmara muito pouca gente vai, mas temos redes sociais
onde pode muito bem ser divulgado, exatamente, as ações, neste caso, as Assembleias Municipais
e que não se vê, peço desculpa, já agora gostaria de saber onde é que posso encontrar quando é
que há as assembleias. Em segundo lugar, venho aqui falar sobre uma preocupação geral da
população, que muito em tenho falado também, as pessoas tem falado comigo, elas conhecem-
me, como é óbvio, como é normal, e às vezes perguntam-me e eu também não sei responder, e
hoje, venho também aqui fazer mais uma pergunta, que é, assim que a gente entra neste
concelho, pela entrada da auto estrada, ali no Fogueteiro, a gente vê uma coisa que muitas
pessoas ficam indignadas e que vai desde o Fogueteiro até Corroios, que é o lixo visual,
continuamos com imensos grafites, não estou a falar de grafites daqueles que são decorativos,
mas sim o lixo visual, chamado lixo visual, no ultimo mandato falou-se aqui sobre este assunto e
disse que se iria fazer alguma coisa, mas até hoje ainda nada foi feito, até a própria população do
Concelho do Seixal diz assim “e pá parece que estamos num gueto”, desculpe a expressão, mas a
expressão é exatamente esta, portanto, gostaria de saber se a Câmara tem alguma coisa para fazer,
fazer esta limpeza, existem outras Câmara Municipais no nosso país que o fazem, por alta
recreação, estamos a falar de juntas de freguesia que fazem por alta recreação, e , acho que a
nossa câmara podia também fazer, para ter uma boa imagem, não só de alguns sítios do Concelho
do Seixal mas também outros sítios que existem no nosso concelho e, principalmente,se formos a
ver, a Av 1º de Maio, então, aquilo é uma lástima, estamos a falar da Av. 1º de Maio que vai desde
o Fogueteiro até Corroios. Em terceiro e ultimo lugar, eu vou fazer aqui uma pergunta que é onde
eu mora, neste momento, eu moro no Miratejo e já agora eu faço essa pergunta que é, senhor
Presidente, o Miratejo está um pouco ao abandono, porque, se formos a ver, está cada vez mais
violento o Miratejo, eu moro num sitio junto ao mercado do Miratejo existe imensa violência no
Miratejo, existe ali constantemente violência e em segundo lugar, o mercado do Miratejo está
completamente morto, antigamente não estava, havia pessoas que nós íamos ao mercado hoje em
dia só existe duas bancas, acrescentaram uns palcos ali que, eu acho e, até a própria população diz
que não faz sentido, as pessoas com que eu falo, que eu sou dali, agora eu moro ali há 3 anos,
quase 4, e eu acho que o mercado do Miratejo devia voltar ao auge, já que estamos a falar em
lojas tradicionais, voltamos a … tradicional e, ali, mais uma vez e não acontece, mas pronto, a
violência também costuma a haver à noite, não estou a falar durante o dia, muitas das vezes a
população daquela zona tem que chamar a PSP para poder intervir e algumas das vezes a PSP nem
lá chega. Para finalizar, só mesmo para finalizar que eu esqueci-me deste ponto, que é em Fernão
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Ferro, da Rotunda do Marco do Grilo à Rotunda da Qta. Do Conde, acho que é a Av. 23 de
Dezembro, no passado falou-se e continua a existir ali atropelamentos e até ao momento, houve
aqui uma proposta…. Passo ali bastantes vezes e aquilo à noite é bastante escuro, numa proposta
que eu faço metam lombas como há em certos sítios aqui no Concelho do Seixal, existem lombas
de redução eu acho que era essencial haver ali lombas, porque existem ali imensas passadeiras e
muitas delas são bastante escuras. Muito obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Senhor Presidente da Câmara se
pretende intervir, Senhor Presidente se faz favor.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Boa noite. Breves notas sobre as questões colocadas
pelos senhores munícipes, não só agradecer-lhes o facto de se dirigirem à Assembleia Municipal
para poderem expor as questões que aqui trouxeram, … uns breves comentários, primeiro há um
tipo de credibilidade no Concelho do Seixal, há uma hegemonia que se constitui para o nosso
município e a forma, diria exemplar, que das comunidades do município vivem em harmonia e
esse é um objetivo que temos; dizer que fenómenos de racismo acontecem pontualmente e por
isso a nossa atitude será sempre do lado de quem promove o combate a este tipo de fenómeno e
nessa perspetiva a integração cultural que temos vindo a realizar no nosso município em conjunto
com as comunidades tem sido exemplar; somos um bom exemplo a nível nacional sobre esta
matéria. Dizer também que tomamos nota relativamente às preocupações que vieram
relativamente ao aterro sanitário inter-municipal; a Câmara Municipal tem vindo a colocar, ao
gestor e concessionário ou concedente, neste caso o concedente é o Estado Português, o
concessionário é o Grupo Mota-engil, temos vindo a colocar, quer ao concedente, ao Estado, quer
ao concessionário, que é o Grupo Mota-engil, que de facto aterro inter-municipal que tem
fortíssimos impactos negativos sobre as populações, não é hoje um sistema eficiente e, por isso,
ter-se-á que encontrar uma outra solução relativamente ao aterro sanitário inter-municipal do
Seixal para que cessem os impactos sobre as populações e se aumente a eficiência ambiental que
hoje já não existe, nesta perspetiva acompanhamos a preocupação do Sr. Carlos Vieira e estamos a
trabalhar para que se possa avançar para um outro estádio relativamente ao tratamento dos
resíduos no nosso município, aliás, a Câmara Municipal do Seixal é hoje pioneira na recolha, dos
chamados bio-resíduos que, são tratados numa central específica que é a Central de Valorização
Orgânica do Seixal e com a redução dos impactos com que os gazes que, se esse lixos fossem
colocados no aterro, iriam para a atmosfera, com este processo na Central de Valorização Orgânica
esses gazes são acondicionados e são transformados em energia elétrica sem impactos negativos
para o ambiente. O Pinhal Conde da Cunha é a localidade que está mais próxima do aterro
sanitário inter-municipal e, por isso os impactos sentir-se-ão de forma mais forte nessa localidade
e nesse sentido acompanhamos a população com as preocupações sentidas e também, digamos
assim, na perspetiva de podermos alterar aquilo que é o nível de tratamento e o nível de
tecnologia deste aterro sanitário. Sobre… vou fazer uma referência, penso que é um debate vai ser
aqui alvo na Assembleia Municipal, sobre IVA da eletricidade é lamentável, é lamentável,

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
permitam-me dizer que … continuamos a pagar 22%, alguns eleitos presentes nesta sala fizeram
parte do contingente que aprovou na Assembleia da República a manutenção do IVA da
eletricidade a 22% , mas no entanto, reparem que existe aqui responsabilidades políticas evidentes
na manutenção desta taxa que é altíssima e que não promove aquilo que tem sido o
desagravamento fiscal, o desagravamento dos encargos das famílias em tantas e tantas matérias.
Sobre as hortas recreativas dizer que o município não só promove concursos para as mesmas,
alias, veio à reunião de Câmara, creio que há (...) atrás, na ultima reunião de Câmara, a abertura
para novo concurso de duas hortas urbanas e estamos a preparar uma próxima, que será no Alto
do Moinho, é a próxima horta urbana que vamos construir, neste momento estamos em
adjudicação dessa intervenção e, teremos com certeza, capacidade para mais pessoas como o Sr.
Vieira que quer também ter a sua parte neste projeto. Sobre o Hospital do Seixal dizer que ainda
há uma hora ou duas que a Senhora Ministra da Saúde Esteve aqui na Câmara Municipal num
encerramento de um congresso, que também acolhemos no nosso município, o nosso município
felizmente tem excelentes condições para acolher congressos e outros eventos e, por isso, hoje
tivemos aqui na Câmara Municipal o II Congresso da Associação das Unidades de Cuidados da
Comunidade, para quem não sabe, são áreas especificas dentro dos cuidados de saúde primários
que mais perto estão dos utentes no sentido de promover a saúde comunitária. Foi um congresso
importante, o congresso do Seixal onde podemos contar com a Senhora Ministra da Saúde, na
parte final da sessão, mas onde foi confrontada com o novo adiamento do processo do hospital do
Seixal, é lamentável, é lamentável, 180 dias úteis, 180 dias úteis, que os membros do júri tiveram
para classificar quatro projetos, que houvesse um indivíduo que, em 180 dias úteis, não tenha
conseguido classificar quatro projetos e, por isso,… a adjudicação, que estava prevista para junho
de 2019, depois passou para novembro de 2019, supostamente seria em fevereiro de 2020, agora
há-de passar novamente,talvez para maio ou junho de 2020. Já tinha enviado uma carta à Senhora
Ministra, hoje disse-lhe novamente que este tipo de situações são, de facto, lamentáveis. Até
parece que é de propósito, até parece que é de propósito, que se anda a adiar o hospital do Seixal,
por isso, acompanhamos,também, a preocupação colocada relativamente esta matéria pelo Sr.
munícipe. Iremos com certeza trabalhar na melhor divulgação das Assembleias Municipais, penso
que este é um dever da Câmara e, claro, da Assembleia, é uma matéria que nos deve preocupar. A
Assembleia Municipal é, por assim dizer, um dos órgãos máximos da democracia local e deve ter
ampla projeção e divulgação relativamente à sua realização, também dizer que relativamente à
arte urbana, que é diferente dos tags ou etiquetas ou assinaturas, nós somos dos municípios que
tem promovido e ajudado a promover a arte do grafíti, aliás, se hoje o Joel Farto, mais conhecido
como Vhils, é um dos grandes artista internacionais de arte urbana foi porque começou com o
grafíti aqui no nosso município, houve, por assim, dizer este contexto favorável à criação da arte
urbana e, a arte urbana não é má, é boa, deve ser promovida e estimulada e por isso a câmara
municipal, não só promove, de forma correta, o que são as boas práticas e a promoção da arte
urbana, através de um projeto dentro da área da juventude, como vamos agora avançar, não só na
identificação dos locais para esse efeito a que chamamos murais comunitários, como vamos, por
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outro lado, dar aos condomínios ferramentas ou equipamentos que permitam tirar essas
assinaturas inestéticas e que não são arte urbana, são poluição urbana, vamos avançar nessa
direção este ano; 2020 será o ano que iremos avançar com o referido. Depois sobre a questão de
Miratejo, a opinião do Sr. munícipe é legitima, como todas as outras, a questão da violência
acontece em todo o país e todo o mundo, não é exclusiva de um local, mas volto a referir o que já
disse nesta Assembleia Municipal, o Concelho do Seixal, dos dezoito municípios da Área
Metropolitana de Lisboa, no índice conjugado entre numero de crimes e gravidade dos crimes, tem
a quarta mais baixa taxa de criminalidade da região metropolitana quem tem a maior taxa de
criminalidade da região metropolitana, numero de crimes e gravidade, por habitante, portanto, o
índice é conjugado e é por habitante, para haver uma equivalência entre os dezoito municípios, é
por habitante, é o Concelho de Lisboa. O Concelho de Lisboa é o que tem o maior índice de
criminalidade e mais grave por habitante e o Seixal está nos últimos quatro, ou seja, é dos mais
seguros. Isto não invalida que existam bolsas e episódios de violência, naturalmente competirá às
forças de segurança tratar de forma a poder reduzir e ...esses focos . Sobre o mercado municipal,
eu diria que a questão dos mercados municipais é hoje uma matéria que está, de certa forma, num
determinado sentido, idêntica em todas as áreas metropolitanas em todas as áreas urbanas, de
facto, os mercados municipais já não tem a procura, já não tem a dinâmica de outrora, porque
existem hoje outras ofertas que respondem aquilo que são as necessidades das populações, isso é
mais um desafio para os gestores dos mercados, estou a falar da câmara, claro, e estou a falar das
juntas de freguesia, por isso, temos vindo a fazer um trabalho de tentativa de dinamização dos
mercados municipais, da sua reabilitação, da sua re-funcionalização para, também, podermos
continuarmos a ter naqueles espaços áreas úteis para serviço à população, por isso eu gostaria ,
por um lado dizer que a responsabilidade é do município, a responsabilidade é do município, da
câmara municipal, relativamente à pouca dinâmica, a segunda é para dizer que estamos a
trabalhar para podermos, em cada espaço e em cada área, podermos ter uma nova função para
esses mercados municipais. Sobre a Av. 10 de junho, que foi referida, a câmara municipal essa
repavimentou integralmente essa avenida há cerca de 3 ou 4 anos, fizemos agora uma empreitada
de passeios em toda essa avenida, falta apenas um troço central que está a aguardar a intervenção
da Divisão de Águas para… pública para fecharmos o passeio, para que possamos ter condições de
mobilidade pedonal, e claro as questões de segurança das passadeiras são muito importantes,
veremos esta matéria com mais cuidado como que o Sr. munícipe nos colocou. Agradeço uma vez
mais todas as questões colocadas. Muito obrigado Senhor Presidente.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito obrigado Senhor Presidente da Câmara, o
Senhor Presidente já referiu em relação à divulgação da Assembleia…. colocada a questão de onde
se pode consultar, bom, no site da câmara municipal ….

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II. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos ao Período de Antes da Ordem do Dia
nós temos um conjunto de 15 documentos desses 15 documentos apenas um deles, que é do CDS-
PP, foi apresentado depois do período regimental, ou melhor depois do período até às doze horas
em que os documentos não carecem de leitura; neste caso o do CDS não sendo dentro do período
regimental como é evidente é necessário portanto a sua leitura. Começamos pelo primeiro
documento que é uma moção «Construção da Escola de 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Ensino
Secundário na Freguesia de Fernão Ferro», é da CDU e é subscrita por Paula Santos que tem a
palavra se faz favor.”
II.1. O Grupo Municipal da CDU apresentou a moção «Construção da Escola de 2.º e 3.º ciclos
do Ensino Básico e Ensino Secundário na Freguesia de Fernão Ferro», subscrita por Paula Santos.
(Documento anexo à ata com o número 1)
Paula Santos, da CDU disse: “A CDU trouxe à Assembleia Municipal uma moção em que coloca a
necessidade da reivindicação de uma escola para o 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e Ensino
Secundário na Freguesia de Fernão Ferro esta é uma Freguesia que tem vindo a crescer é uma
Freguesia que tem vindo a crescer sobretudo em população jovem a escola que dá resposta a esta
Freguesia não tem capacidade para acolher todos os alunos de Fernão ferro acabando por muitos
estudantes terem que ir para outras escolas inclusive noutros concelhos é uma reivindicação e
uma necessidade que há muito está identificada inclusivamente na parte educativa e
recentemente foi entregue até uma petição na Assembleia da República com 4.360 assinaturas a
exigir exatamente a construção desta escola por isso aquilo que nós trazemos é exatamente neste
sentido por um lado salvar a intervenção por parte da comunidade escolar, dos pais, das
populações, por esta iniciativa e que a Assembleia Municipal possa através desta moção
manifestar a sua posição pela necessidade da construção de uma escola do 2.º e 3.º ciclos do
Ensino Básico e Ensino Secundário na Freguesia de Fernão Ferro.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições para esta moção? Quem é que pretende
intervir? Mais inscrições? Já temos uma Rui Mendes, Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, disse: “ O PSD Seixal é favorável à construção de uma escola em Fernão Ferro
faz todo o sentido e é necessário é favorável e sempre o foi e está preocupado com o bem estar
dos alunos que têm que se deslocar todos os dias para outras Freguesias e de tal forma que na 5.ª
sessão ordinária nesta mesma Assembleia propôs a utilização de autocarros municipais para a des -
locação desses mesmos alunos à escola, esta moção foi aprovada e esperamos que esta mesma
deliberação também seja cumprida pós-embora tenha sido aprovada sem os votos a favor da ban-
cada da CDU.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O Partido Socialista concorda com a necessidade dessa escola mas
vinha aqui fazer a sugestão para que ficasse mais completa e mais de acordo com a realidade esta
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moção tendo em conta que no 1º ciclo em Fernão Ferro existem 24 turmas entre o normal e em
turno duplo nove e apenas 7 salas de jardim de infância isso significa que pelo menos é necessário
também uma escola de 1.º ciclo em Fernão Ferro e assim a sugestão do Partido Socialista para
aprovarmos era em vez de ser construção de uma escola do 2º e 3º ciclo que fosse construção das
escolas do 1º 2º e 3º e ensino básico e secundário na Freguesia de Fernão Ferro introduzindo um
parágrafo em que se dizia: Tendo em conta que existem nove turmas em turno duplo uma grande
necessidade de salas de jardim de infância existe uma necessidade da construção de uma escola
do 1º ciclo.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais inscrições? Não há mais inscrições pelo que
pergunto ao proponente? Se faz favor.”
Paula Santos, da CDU disse: “Muito rapidamente até tendo em conta as intervenções que foram
aqui proferidas nós trouxemos esta moção também com o objetivo de valorizar a intervenção e a
ação que foi desenvolvida pela população de Fernão Ferro pelos pais pela comunidade escolar com
o apoio das autarquias em particular a Câmara Municipal para a construção desta mesma escola,
mas há aqui uma diferença que eu creio que é muito significativa e que deve de ser feita, é no que
diz respeito às competências do município o município tem feito um esforço sabemos que ainda há
necessidade de reforçar esse investimento, mas o município tem feito um esforço de alargamento
da rede pública quer de jardim de infância quer do 1º ciclo, infelizmente não temos essa mesma
vontade por parte dos vários Governos e também do Governo do Partido Socialista relativamente
aos níveis de ensino que são da sua competência, por isso consideramos que esta moção está bem
como está porque ela reflete para já dar suporte e valoriza uma ação da população uma
necessidade que está identificada e que não há qualquer resposta porque contrariamente ao
Governo a Câmara Municipal tem realizado investimento tem procurado dar resposta quer na rede
do pré-escolar quer no 1º ciclo nesta freguesia tem sido alargada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Sr. Presidente da Câmara se pretende
intervir? Se faz favor Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu gostaria de cumprimentar os promotores desta
iniciativa desta moção porque de facto esta é uma enorme necessidade da população de Fernão
Ferro que tem hoje as populações mais jovens do conselho é uma Freguesia que está em franco
crescimento mais que outras e aquilo que consideramos que é urgente é de facto existir uma
resposta dentro da Freguesia ao nível do ensino do 2º e 3º ciclo e secundário nomeadamente do
ministério da educação, foi desenvolvido um abaixo assinado com mais de 4 mil assinaturas está
neste momento na Assembleia da República portanto foi já objeto de aceitação por parte da
comissão de educação e a nossa perspetiva é que seja discutido esperamos ser chamados para
discutir na comissão parlamentar de educação esta necessidade e de facto a partir daqui os
partidos possam ter iniciativas que pressionem o Governo para fazerem aquilo que precisam fazer
porque na verdade o Seixal continua com as escolas do 2º, 3º e secundárias em situações
extremamente precárias, a pior é de facto a escola secundária João de Barros que é do
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conhecimento de todos, há 10 anos imagine-se, e por isso há que investir de forma decisiva na
educação, a educação é o futuro de qualquer Nação é o futuro das gerações e é o futuro do País e
por isso este desinvestimento crónico na educação tem que terminar tem que haver aqui uma
mudança e é isso que nós queremos também no concelho do Seixal o Governo tem que investir na
educação no concelho do Seixal, não só tem que reforçar as condições das escolas existentes como
também partilhar mais esforços no concelho para o que é necessário e o que é necessário é
efetivamente mais que noutros locais é na Freguesia de Fernão Ferro, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 01/XII/2020 por unanimidade e em minuta com:
 Trinta e seis (36 ) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal da CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada por unanimidade. Passamos
para a moção seguinte ou melhor são um conjunto de documentos dos grupos municipais e
portanto seguindo a ordem há 3 documentos sobre o aeroporto portanto com condições
diferentes é verdade, é uma saudação do PS, uma moção do BE, e um voto de protesto do PAN e
portanto nós vamos e com os líderes vamos fazer a apreciação em conjunto, cada um fará a sua
apresentação como é evidente, a apreciação em conjunto e depois a votação separadamente
como não podia deixar de ser; portanto nesse sentido começamos pela saudação «Construção de
um aeroporto do Montijo», é do PS e subscrita por Samuel Cruz que tem a palavra se faz favor.”
II.2. O Grupo Municipal do PS, apresentou a saudação «Construção de um aeroporto do
Montijo», subscrita por Samuel Cruz.
(Documento anexo à ata com o número 2)
Samuel Cruz, do PS, disse: “A extensão do aeroporto internacional de Lisboa para o Montijo é um
projeto estruturante para o desenvolvimento do País e para a península de Setúbal em particular
que corresponde a um investimento até 2028 de 1,3 mil milhões de euros trata-se do maior
volume de investimento de sempre na península de Setúbal e será responsável pela criação de
milhares de postos de trabalho qualificados na península de Setúbal no quadro da Área
Metropolitana de Lisboa a previsão contada pelos estudos é da criação de 10 mil postos de
trabalho e constitui uma oportunidade ímpar de emprego e de emprego qualificado para as
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populações da península de Setúbal e consequentemente para melhores condições de vida destas
populações este investimento é absolutamente imprescindível para o País dado que o aeroporto
Internacional General Humberto Delgado em Lisboa movimenta atualmente cerca de 30 milhões
de passageiros ano muito acima da sua capacidade para que está dimensionado 22 milhões de
passageiros ano com um investimento maior o aeroporto complementar do Montijo e o aeroporto
internacional de Lisboa passa a ter capacidade para movimentar no seu conjunto cerca de 50
milhões de passageiros ano aos longos dos últimos 50 anos foram estudados em diferentes
circunstâncias 17 localizações diferentes para este investimento tendo a localização do Montijo
obtido todos os pareceres positivos ainda que condicionados como acontece sempre numa obra
deste tipo, basta de estudo é preciso concretizar o projeto dentro dos parceiros ao projeto assume
especial importância o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente que ainda assim
prevê 160 medidas de investigação de impacto ambiental talvez a proteção da experiência dada
inicialmente ao aeroporto a medida de solução foi dos aviões e das operações (…) essas medidas
são da responsabilidade da concessionária do aeroporto que apresentou um investimento de cerca
de 48 milhões de euros mas repetimos o parecer da Agência Portuguesa do Ambiente é favorável o
desenvolvimento deste projeto é um ambicioso e importante pacote relacionado com novas
acessibilidades, ofertas de transporte de que se destaca uma nova ligação à capital assim como a
criação de dois barcos para a Transtejo; constam ainda do plano inicial de investimento as
travessias Seixal/Barreiro e Montijo/Barreiro infraestruturas que são inevitáveis fazer no quadro do
novo aeroporto complementar do Montijo; os autarcas do PCP na península de Setúbal assumem
nas últimas décadas como forças de apelo ao desenvolvimento desta região a ação do PCP na
península de Setúbal é bem conhecida de todos contendo como único propósito a conservação do
seu poder autárquico ao longo de décadas o PCP condenou a maioria do municípios da península
de Setúbal e teve sempre o princípio a opor-se a qualquer movimento transformador do território,
um novo confrontação com a administração central e sempre utilizando as populações como arma
de arremesso contra os diferentes Governos Centrais, a futura (...) do PCP nas autarquias é sempre
na prevaricação e não uma partilha de responsabilidade de desenvolvimento dos projetos que
afirmam o futuro da península de Setúbal a decisão da estrutura política do PCP bloquear o
projeto do novo aeroporto complementar do Montijo é absolutamente inaceitável; o PCP quer
levar o quadro legal de certificação dos aeroportos para travar na secretaria o que os estudos
técnicos garantem, a localização da infraestrutura da aeroportuária do Montijo é a decisão
tecnicamente mais viável para a expansão do aeroporto internacional de Lisboa seria absurdo e
mesmo desproporcional que apenas um ou dois municípios pudessem bloquear o investimento
mais importante do século na península, a propósito no expediente legal quanto à certificação de
um aeroporto ou de um aro-metro, os autarcas do PCP pretendem na realidade é continuar a
utilizar o poder local que lhes resta na península de Setúbal num jogo político para servir os seus
próprios interesses partidários, bloquear a decisão da localização do Montijo na expansão do
aeroporto internacional de Lisboa constitui uma gravíssima atitude dos autarcas do PCP porque se
traduz no desprezo pelo desenvolvimento deste território e das suas gentes; este é um
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investimento que diz respeito a todo o País e a esta região em particular e não a cada município
individualmente; bloquear o aeroporto complementar do Montijo é negar a oportunidade de uma
vida melhor a essas populações num território tão fustigado ao longo de décadas pelo
desemprego; a maior expressão da incapacidade do PCP em procurar consensos na península de
Setúbal espelha-se na total inoperância da Associação de Municípios da Região de Setúbal para o
qual a maioria comunista exige aos municípios valores de quotas substancialmente superiores às
quotas pagas para a Área Metropolitana de Lisboa; mas enquanto a Área Metropolitana de Lisboa
faz, e veja-se o passe social, não se reconhece nenhuma utilidade à AMRS; impõe-se pois
denunciar a atitude dos autarcas do PCP da península de Setúbal, em responsabilizar o poder que
ainda lhes resta nas autarquias da península com a mesma receita de sempre, opor-se a todo e
qualquer desenvolvimento lançando campanhas de desinformações e manipulação da opinião
pública e utilizar em particular supostas comissões de utentes para servir os seu interesse e
mobilismo e a obediência é cega ao seu diretor partidário; os cidadãos do Distrito de Setúbal não
merecem perder esta oportunidade de desenvolvimento desta região e por isso não deixaremos
de apoiar todas as iniciativas que garantam a concretização deste investimento tão importante
para o País e para a península de Setúbal em particular, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para a moção do Bloco de Esquerda
«Pelo respeito pelo Poder Local e por um aeroporto que sirva o interesse publico», é subscrita por
Vítor Cavalinhos que tem a palavra se faz favor.”
II.3. O Grupo Municipal do BE, apresentou a moção «Pelo respeito pelo Poder Local e por um
aeroporto que sirva o interesse publico» , subscrita por Vítor Cavalinhos.
(Documento anexo à ata com o número 3)
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “Para prestar uma informação, é que os autarcas do BE também são
contra o aeroporto do Montijo e até os autarcas do PAN acho que também são, acho não tenho a
certeza que são contra o aeroporto do Montijo portanto e agora havemos de ver qual é a posição
do PSD mas isso depois ver-se-à o que é que vai até ao fim deste debate, o problema é que o que
Partido Socialista defende do aeroporto do Montijo os outros partidos nomeadamente o BE é
contra o aeroporto do Montijo os argumentos há argumentos de que a científica é a favor e há
argumentos muitos argumentos contra a opção do Montijo, e há um argumento económico que é
essencial o principal interessado na construção do aeroporto no Montijo é a (…) porque não sei se,
tenho muitas dúvidas que seja a grande montante da defesa do interesse público, e portanto a
questão essencial do ponto de vista do Bloco é que, somos contra o aeroporto do Montijo ponto, e
achamos e a nossa posição é uma posição que temos assumido nos diversos concelhos, é que o
Governo a localização do novo aeroporto deve ser dada deve ser feito um estudo que não foi feito
de uma avaliação de estratégia ambiental que nunca foi feita e portanto decorrente isso chegar-se-
à a uma solução pode ser seja ela qual for mas o que nós sabemos e a nossa posição e a nossa
convicção é que somos contra a solução Montijo e não gastar mais, esta é das discussões mais
discutíveis da sociedade portuguesa dos tempo não é só de agora, o problema (…) é que o
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Governo agora, acho que no cumprimento da lei, exato, o cumprimento da lei é uma coisa que
passa a ser uma coisa excecional, mas a questão que se põe é: o Governo não conhecia a lei? é
uma coisa extraordinária o Governo não sabia que aquela lei existia e portanto, agora, dois
municípios no exercício dos seus direitos podem impedir que se construa um aeroporto se a lei
permitir que isso aconteça e se esses municípios e suas populações estiveram com as convicções
que essa solução não é benéfica para os habitantes estão a exercer o seu poder legítimo isto é só a
democracia a funcionar agora não pode ser é conforme as nossas conveniências, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o 4º documento do aeroporto que é
um voto de protesto «Pela insistência do Governo na opção Montijo para o novo aeroporto
complementar», é do PAN e é subscrita por André Nunes que tem a palavra se faz favor.”
II.4. O Grupo Municipal do PAN, apresentou voto de protesto «Pela insistência do Governo na
opção Montijo para o novo aeroporto complementar», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 4)
André Nunes, do PAN, disse: “Um ponto prévio: que me lembre, foi das poucas vezes que o
Samuel leu uma intervenção e a impressão que me deu é que nem tu acreditas no que disseste. O
PAN veio apresentar um voto de protesto pela insistência do Governo na opção Montijo para o
novo aeroporto complementar. "
A seguir leu integralmente o documento anexo à ata com o número 4.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos portanto proceder às intervenções, quem é
que pretende intervir neste conjunto de moções? João Rebelo. Mais? Duarte Correia. Mais? Não
há mais intervenções? Paulo Silva. Bom é a primeira volta, João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Em relação a estas três moções nós votaremos favoravelmente à
moção do Partido Socialista e votaremos contra à do PAN e BE; a posição do CDS, como sabem, é
conhecida, nós fomos favoráveis à solução Portela mais um, porque financeiramente é inviável
outra solução porque implica custos que rodam os 7 mil milhões de euros para o novo aeroporto
partindo do sobreposto que de facto precisamos de uma estrutura aeroportuária que corresponda
ao aumento do anúncio que tivemos de voos para Portugal e da chegada de enfim turistas e outros
que visitam por razões turísticas e também económicas e empresariais o nosso País, esse aumento
é evidente o aeroporto da Portela não tem capacidade para responder a todos os pedidos,
Portugal rejeita todos os dias voos que podem ser para aumentar o turismo ou outro tipo de
objeto e o que existe disponível na zona de Lisboa só permite de facto pensar-mos na utilização
que é atualmente a qualidade militar a base da força aérea para permitir essa alternativa, os
estudos estão feitos é a solução mais viável à pouco foi um assunto que eu enfim acompanhei
muito na Comissão de Defesa quando estava no parlamento porque inicialmente teríamos que ter
a certeza que as forças armadas, neste caso a força aérea, foram acomodadas todas as
possibilidades para garantir para que isso não acontecesse e foram feitos os estudos necessários,
quem acredita na necessidade de termos um aumento da oferta do aeroporto em Portugal só tem
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esta solução, e mesmo se podermos pensar eventualmente em Beja ou outro tipo de soluções eu
garanto que os operadores turísticos não querem saber disso porque tentou-se também essa
possibilidade porque eles não vão aterrar em Beja e demorar 3 horas a chegar a Lisboa ou ao
Algarve ou o que for para poder dinamizar essa, são a resposta que eles têm e são o que eles vão
dizendo e portanto nós temos que adaptar também a oferta que nós temos às próprias dinâmicas
do mercado, esta solução economicamente também é mais viável e parece-me ser o mais
importante, registo que o Partido Socialista de uma forma inteligente não ponha este seu voto
numa referência ao facto de defender que se altera a lei para abdicar-mos dos pareceres das
outras Câmaras Municipais também é por isso que nós votamos a favor nós achamos que toda a
gente tem que ter o direito a se prenunciar sobre isto os institutos o que era para fazerem assim o
fizeram todos o fizeram e se a lei obriga as Câmaras Municipais que serão diretamente enfim algo
de algum impacto seja ele de que ordem for devemos ouvir essas Câmaras Municipais mas o PS de
uma forma inteligente pôs essa questão e portanto nós votaremos favoravelmente esta proposta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Correia.”
Duarte Correia, do PSD disse: “A opção do Partido Social Democrata é muito clara, quem criou este
impasse foi o Partido Socialista, não cabe ao Partido Social Democrata alterar e nem nunca o fará
de alterar um diploma à medida, portanto ao PSD não compete rigorosamente fazer nada a não
ser manter a lei que está em vigor o que o Partido Socialista quer fazer aqui é alterar uma lei que
foi criada pelo próprio Partido Socialista portanto e o PSD não está disponível para isso, não está, a
posição mais clara que existe é esta oiçam-se as populações, oiçam-se os órgãos autárquicos e
cumpra-se a lei sempre foi assim nós aqui já defendemos que se cumprisse a lei num conselho
municipal da juventude à 10 anos que está para aprovado e ainda não foi aprovado por este
município, a lei é esta cumpra-se a lei, também não se entende como é que o Partido Socialista
propõe o aeroporto do Montijo e não executa ou não prevê a colocação de uma via férrea é
incompreensível, não é a aquisição de dois navios que vai mitigar o acesso ao aeroporto do
Montijo; como disse o João Rebelo, nós também fomos favoráveis à construção da Portela mais um
o País neste momento não tem dinheiro para construir um aeroporto novo de raiz é
incompreensível, dar-vos conta também que, e muito rapidamente que o tempo não é muito, o
aeroporto de Lisboa tem 2 pistas, tem a 1735 e tem a 0321; o que vai acontecer é o encerramento
da 1735, a pista secundária, para a construção de mais (…) o cais para pavimento de aviões
aumentando a capacidade do aeroporto da Portela; portanto muito sinceramente eu
pessoalmente não acredito que o aeroporto do Montijo esteja construído nos próximos 10 anos,
mas isto sou eu, é um pouco idêntico à construção do hospital do Seixal também não acredito que
dentro de 10 anos esteja construído, mas é o Governo do Partido Socialista que temos é este e a
posição do PSD está bem clara.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Silva.”
Paulo Silva, do CDU disse: “O Partido Socialista vem aqui assim em defesa da sua dama do Montijo
dizer que o PCP é o culpado de todos os males deste Mundo, mas é só o PCP que está contra o
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aeroporto do Montijo? Não é, já se viu aqui hoje que pelo menos há mais 2 forças políticas que
aqui expressaram essa oposição à pretensão do Partido Socialista, o BE e o PAN, mas são só estes
partidos que são contra?Não, organizações ambientais dão parecer negativo ao novo aeroporto no
Montijo, e uma entidade independente a ordem dos engenheiros agarra a opção do aeroporto no
Montijo portanto a nossa posição sermos contra não é só por sermos contra como o PS veio aqui
dizer, somos contra porque há argumentos muito fortes para sermos contra, argumentos esses que
são secundários quer por outras forças políticas quer por entidades independentes como estão as
organizações ambientais e a ordem dos engenheiros mas também não só os próprios operadores
da TAP já fez saber que não quer os seus aviões a voar para o Montijo considera que não é
adequado que não tem condições para os seus aviões voarem para o Montijo e quer continuar a
utilizar a Portela e não quer Montijo os próprios pilotos também já fizeram saber isso por questões
de segurança portanto há muita gente contra o Montijo pelas mais variadas razões e
principalmente porque não se justifica, o aeroporto do Montijo vem trazer um aumento da
qualidade de vida das populações? então é bom o PS ir para Fernão Ferro dizer isto quando é
sabido que Fernão Ferro aqui no concelho do Seixal vai ser fortemente afetada com os planos de
aterragem que vão obrigar os aviões a passar a baixa altitude em Fernão Ferro com um aumento
exponencial dos ruídos e para mitigar isto dizem que serão necessários 40 milhões quando é
sabido que as construções que estão feitas não estão preparadas para este nível de ruído não
estão preparadas para isso, isto vai ser prejudicial nomeadamente aqui para o Concelho do Seixal e
muito, e por isso os meus parabéns ao sr. Presidente da Câmara pela posição de defesa da
população que tem tomado, ao contrário dos eleitos do PS que não querem saber dos interesses
da população e só querem saber dos interesses do Partido Socialista interesses esses que vamos
ver quem é que defende quem é que está ao lado do PS, a multinacional (…) é o grande aliado do
PS juntamente com o CDS e parece que desde a última discussão do orçamento de Estado que o
CDS parece ser a muleta do PS sempre que o PS necessitar lá está o CDS a correr para os braços do
PS, estamos aqui assim olhem para nós estamos aqui assim à espera que vocês nos chamem que
nós vamos logo a correr, mas pior é que o PS aponta para esta solução do Montijo demonstrando
uma incompetência total é que desconhecia a lei a lei que foi aprovada pelo próprio Partido
Socialista e começou a anunciar tudo sem ter visto se havia as condições necessárias para poder
avançar com a obra, e não há, porque a lei aprovada pelo Partido Socialista a lei 186/2007 é clara a
considerar que todos os municípios que estão abrangidos e que estão na área do novo aeroporto e
que vão ter impacto nesses municípios têm que dar o seu apoio favorável e o PS já sabia
previamente porque tanto o Seixal como a Moita foram muito claros quando foi no início e quanto
à sua oposição não sei porque é esse espanto, só demonstra é que foram incompetentes na
maneira como conduziram o processo, para nós PCP a questão é simples Alcochete porque tudo
quanto é para todos a melhor solução e sobre isso nomeadamente a ordem dos engenheiros que
também considera que a alternativa do campo de tiro de Alcochete para o novo aeroporto de
Lisboa é a mais satisfatória é a única que interessa ao País porque pode permitir a condução da
construção do aeroporto de raiz com as pistas paralelas e de mais equipamentos aeroportuários e
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respetivas acessibilidades e meios de acesso configura os requisitos de um verdadeiro aeroporto
internacional e infraestruturas que o País não dispõe e que com a solução Montijo continuará a
não dispor, portanto para nós há um caminho, Alcochete, e todos os estudos apontavam para isso
e o Partido Socialista quer fazer tábua rasa com uma solução parece só que o Partido Socialista e a
multinacional (…) e com o aconchego do CDS que defende.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora mais intervenções em relação à apreciação
destes documentos, quem é que pretende intervir, é a segunda ronda para fechar, quem é que
pretende intervir? Não há? Parece que não há mais pedidos de intervenção, queria confirmar isso,
pergunto aos proponentes pela ordem se pretendam intervir? Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Bem, o meu esclarecimento ao PSD que se enquadra aqui também na
última intervenção do eleito do PCP para dizer o seguinte: A moção não fala em alterar a lei isso foi
aliás muito bem referenciado por o João Rebelo está ali, salvar a decisão de fazer um aeroporto no
Montijo e portanto não há como confundir as duas coisas gostava de dizer isso à bancada do PSD e
ao Paulo Silva o PSD não está isolado o PSD tal como o PP também é a favor desta proposta o PSD
está contra é à alteração da lei que é uma coisa completamente diferente mas em relação à
proposta está de acordo portanto isso é a primeira questão, a segunda é o seguinte: Vai haver
sempre pessoas contra basta olhar para a história, a Portela teve um grande, quando foi
construída, um grande movimento contra porque havia um grande movimento na sociedade
Portuguesa que dizia para o aeroporto devia ser muito pobre porque a Portela era longuíssimo da
cidade e era uma coisa que não fazia sentido para ninguém portanto meus amigos desde o
Camões até ao velho do Restelo isto não tem novidade nenhuma iremos ter sempre, depois quem
está a pedir isto não é quem é contra o aeroporto o que está a pedir e o seu responsável diz é, o
aeroporto do Montijo é necessário, o atual modelo de negócio da TAP que é servir plataforma
giratória para a América do Sul não se coaduna com a autorização do aeroporto do Montijo mas é
aquilo que todos os voos que os passageiros têm como destino final Lisboa fazem sentido virem
para lá neste momento estamos em fevereiro foram recusados 300 voos no verão, 300 voos no fim
de fevereiro, imaginem o impacto que isto tem na economia nacional e é por isso que o aeroporto
do Montijo é necessário porque é mais rápido e mais barato esta é a verdade, por fim dizer,
confundir tudo, veio aqui Fernão Ferro, podia dizer Fernão Ferro podia dizer Seixal podia dizer
península de Setúbal podia dizer País, o que diz o estudo do impacto ambiental é que o cone de
aproximação poderá ter efeitos sobre o Pinhal do General o Pinhal do General faz parte de Fernão
Ferro mas não é Fernão Ferro assim como Fernão Ferro faz parte do Seixal e não é o Seixal é
limitado ao Pinhal do General, meus amigos querem dizer a que altura é que os aviões para
aterrarem no Montijo vão passar no Pinhal do General, bem aí se as casas por metro quadrado do
Pinhal do General passarem a valerem metade basta metade daquilo que valem hoje em dia em
Alvalade e lá é muito juntinho tenho a certeza que nenhum proprietário do Pinhal do General se
vai queixar, disse.”

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos pretende intervir? Não, André
Nunes? Também não. Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “O novo aeroporto de Lisboa decide-se em Paris,(aqui
houve uma interrupção do Sr. eleito Samuel Cruz).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Um ponto de ordem, pronto, mas o Sr. Presidente
da Câmara estava a intervir.
Samuel Cruz, do PS disse: “O ponto de ordem é por isto, é percebido que ia dar a palavra ao
Presidente da Câmara sempre foi assim o Sr. Presidente da Câmara tem direito de utilizar da
palavra mas é antes, antes da palavra final dos proponentes e portanto eu não me oponho a que o
Sr. Presidente da Câmara use da palavra mas desde já fica registado o meu direito de falar no final.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom verificar com o 1.º secretário e 2ª secretária
para de facto confirmar isso e entretanto dou a palavra ao Sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Como estava a dizer o novo aeroporto de Lisboa
decide-se em Paris, não deixa de ser desconcertante verificar (…) e a sede política impediram o
mais elementar esforço nacional de previsão de planeamento agora que o aeroporto da Portela
está esgotado que constitui um travão à economia Portuguesa a pergunta constrangedora é como
foi possível uma cidade desenvolvida ter chegado aqui a este inevitável momento sem nada ter
sido feito para o antecipar ou pior ainda esforçando-se por negar que alguma vez chegaria durante
anos e anos a decisão de construir um novo aeroporto baseado em visões realistas no que era o
óbvio e ocasional foram algo injustas de (...) acusações de despesismo de esbanjamento de
recursos de megalomania eis o resultado pagaremos durante anos por nada ter sido feito e
devemos vários anos para o aeroporto internacional congestionar apesar de tudo agora está
esclarecido que é preciso fazer um novo aeroporto, passemos ao segundo ponto, onde fazê-lo, a
questão do Montijo essa solução seria, segundo os 2 lideres dos maiores partidos, a mais barata e
a mais rápida, é preciso andar depressa disseram, embora perceba esta pressa não estou de
acordo com a solução e gostaria de desenvolver alguns argumentos, o primeiro mais interessante é
de razão ambiental nenhum novo aeroporto internacional de uma capital europeia deve ser
construído perto de uma cidade ou ao lado de uma área protegida essa impossibilidade resulta da
legislação europeia sobre o ruído e da legislação europeia sobre conservação da natureza, um
segundo aspeto tem ainda a ver com a política ambiental, para construir o novo aeroporto
internacional que com vista acima de 2 mil e 100 metros a legislação ambiental em vigor impõe
cooperação entre lugares possíveis não permitindo o estudo de um único local previamente
decidido a razão é simples de perceber a questão fundamental é procurar a melhor localização
entre vários verificáveis como viáveis integrante na análise dos estudos ambientais é isso que se
chama avaliação ambiental estratégica, se na verdade a solução do Montijo for adotada ela será
única opção a única porque nunca teve um estudo comparativo com qualquer outra alternativa,
diz-se que a solução Montijo é a apresentada como a mais rápida de executar que a anterior
solução de Alcochete tal afirmação não é verdadeira recordemos que a solução Alcochete tem o
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projeto aprovado desde 2010 esse projeto está feito tem avaliação da tal estratégica aprovada tem
estudo de impacto ambiental viabilizado e tem também a respetiva avaliação ambiental aprovada
com o parecer positivo das Câmaras que a lei considera necessário operacionalidade do
entendimento a avaliação ambiental é válida até dezembro de 2020, isto é a solução Alcochete
tinha e tem todas as exigências ambientais cumpridas à muitos anos enquanto a solução Montijo
ou não as cumpriu ou ignorou os pareceres dos parceiros Camarários positivos necessários para a
sua construção se a questão fosse andar depressa a solução Alcochete estava e está à muitos anos
à frente das outras, depois temos ainda a questão financeira, a empresa Francesa Vinci foi vendida
à empresa ANA afirma que a solução Alcochete constituía um confortável investimento, ora bem,
não há outra forma de o dizer, o argumento não passa de uma artimanha, a solução Alcochete está
como é sabido concedida a ser executada por fases a primeira fase cuja teoria é uma etapa
intermédia em que o aeroporto de Alcochete funcionaria como complementar com o da Portela
tem uma pista de infraestruturas térrea e ar muito semelhantes às projetadas para o Montijo, ora,
para comparar investimentos devemos comparar apenas o que é comparável a solução Montijo
deve de ser comparada à primeira fase do projeto de Alcochete e não ao projeto definitivo de
Alcochete acontece que esta primeira fase tem custos de investimento análogos à solução Montijo
e por isso Montijo não é mais barato, o truque da argumentação consiste em comparar o custo
deste aeroporto complementar ao custo previsto para todas as fases de Alcochete é comparar o
que não é comparável, concluamos até que a pergunta final é esta, afinal quem é que indicou o
Montijo como opção? de onde surgiu esta ideia? A resposta é constrangedora a opção Montijo
mais Portela não foi escolhida com proposta de nenhum órgão da administração pública não foi
recomendada nem estudada por nenhum laboratório público de investigação não foi comparada
com outras de estudos ambientais ela parece resultar simplesmente da escolha da empresa Vinci
eis ao que chegámos, disse o engenheiro José Sócrates, agora palavras do Presidente da Câmara,
de facto é lamentável que se continue 10 anos após uma decisão que teve um amplo consenso
técnico e político novamente a não aceitar aquilo que foi esse amplo consenso técnico e político,
porque se houve forças políticas que estiveram de acordo à 10 anos atrás na solução Alcochete o
mistério que preside a este Sócrates veio colocar e que nós já colocámos, é porque razão se
escolheu o Montijo, qual é o mistério que fez agora o PS alterar a sua posição de 2010 para uma
posição em 2020, 10 anos depois, para o aeroporto que vai ter mais custos vai ter mais impacto
sobre as populações e vai ser um projeto sem futuro porque se Alcochete é possível ampliar um
aeroporto internacional, no Montijo é dinheiro deitado fora porque esse aeroporto nunca poderá
ser ampliado e será sempre um pequeno apeadeiro ou um pequeno terminal aeroportuário, por
isso à provocação dos Velhos do Restelo eu digo que o PS incide desde o 25 de abril os vendedores
do tempo vendem tudo o que podem até inclusive as suas decisões (...) estratégicas para o País
colocam à frente do interesse nacional o interesse dos privados por isso defender Alcochete é
defender o que deve de ser o futuro aeroportuário da região e do País é defender o
desenvolvimento correto sustentável de uma região e do País e não subjugar o interesse nacional
com qualquer interesse de grupo privado o que parece que comprou o Partido Socialista.”
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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, pergunto então aos proponentes que
pretendem intervir? Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS disse: “Bem, o Sr. Presidente da Câmara não encontrou nada melhor do que ler
um texto do José Sócrates para defender o texto (…) quem é que acedeu ao aeroporto do Montijo,
bem eu diria salve-se quem leu o texto, que foi o Presidente da Câmara, salve-se quem o assina o
José Sócrates, só falta saber quem é que o escreveu.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao Vítor Cavalinhos e ao André se
pretendem intervir? André Nunes.”
André Nunes, do PAN, disse: “É só para anunciar que na próxima Assembleia Municipal nós
traremos uma moção contra as drenagens do Sado é a hora de conhecermos a posição do PCP pela
necessidade de desenvolvimento ambientais estratégicas.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então vamos colocar à votação os documentos, a
primeira votação é a saudação do PS «Construção de um aeroporto do Montijo».”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 02/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezasseis (16) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Vinte (20) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto esta saudação foi rejeitada com os votos a
favor do PS, PSD, CDS e os votos contra da CDU, BE, PAN e SFF. Alguma declaração de voto? João
Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “Só para recordar que foi um ministro do
CDS em 2014, António Pires Lima, que avançou em primeiro com esta solução de Portela mais um
no Montijo e portanto nós estamos a ser absolutamente coerentes como quando nós fomos
quando estávamos no Governo, só para lembrar algumas intervenções aqui que eram ideias que
nós andámos aqui a mudar ao sabor do vento, em segundo lugar quem é que aprovou este último
orçamento como tem acontecido nestes últimos quatro anos o Partido Socialista e este Governo
teve o apoio do PCP, do PEV, do BE e do PAN, agora remeteu à abstenção e permitiu que este
orçamento passasse, este orçamento foi obra que em relação ao Montijo estão recordados, vamos
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
apostar e desenvolver o projeto Portela mais um no Montijo, portanto veja bem aqui as
incoerências destas coisas foi graças ao Bloco que é quem está mais a criticar que este orçamento
e agora vai permitir que se continue com esta proposta.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quer ver que o CDS ainda vai para o Governo! Por
este andar. Ora, vamos passar para o documento seguinte, que é do Bloco de Esquerda é uma
moção «Pelo respeito pelo Poder Local e por um aeroporto que sirva o interesse publico».”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 03/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Cinco (5) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
• Quinze abstenções (15) dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1

O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto foi rejeitada com os votos a favor do BE,
PAN, JFFF, abstenção da CDU, e os votos contra PS, PSD e CDS-PP. Alguma declaração de voto?
Paula Santos se faz favor.”
Paula Santos, da CDU, em declaração de voto disse: “A CDU absteve-se nesta moção, porque na
parte deliberativa consta um ponto em que coloca que o Governo deve encontrar uma localização
alternativa ao Montijo, bom, esta localização já existe já tem os estudos de avaliação de impacto
ambiental comparando várias alternativas e tomou a opção pela construção do aeroporto do
campo de tiro de Alcochete, todo o restante da moção nós acompanhamos incluindo o ponto 1,
consideramos é que não há necessidade de encontrar uma nova alternativa porque ela já existe, é
Alcochete.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais algumas declarações de voto? Bruno
Barata, se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista como é consabido é a
favor da construção do aeroporto e portanto tendo votado contra e também deixar aqui bem claro
que nem sempre a solução Alcochete agradou a todos em 2010 à uma proposta de resolução do
PCP a travar também o aeroporto de Alcochete porque era contra o desenvolvimento de toda a
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
zona a norte do Distrito de Setúbal e depois daí envia aos serviços da Assembleia Municipal para
dar a conhecer a resolução do Partido Comunista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “ Bom, é conveniente que uma declaração de voto
eu também não percebi, responsabiliza quem faz. Já não há mais nenhuma declaração de voto?
Não. Passamos para o documento seguinte que é do PAN é um voto de protesto «Pela insistência
do Governo na opção Montijo para o novo aeroporto complementar».”
Aprovada a Tomada de Posição nº 04/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte (20) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Este voto de protesto foi aprovado com os votos a
favor da CDU, BE, PAN e do JFFF, e os votos contra do PS, PSD, e CDS-PP. Declarações de voto? Não
há declarações de voto, é isso? É isso, muito bem, então passamos para o documento seguinte.”
II.5. O Grupo Municipal do PSD, apresentou uma moção «Pela manutenção e preservação dos
equipamentos desportivos municipais», subscrita por Rui Belchior.
(Documento anexo à ata com o número 5).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto seguindo a ordem é um documento do
PSD «Pela manutenção e preservação dos equipamentos desportivos municipais», é subscrita por
Rui Belchior que tem a palavra se faz favor.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “O título da nossa moção é pela manutenção e preservação dos
equipamentos desportivos municipais e gostaria de começar inclusive com, citando o Sr.
Presidente da Câmara por uma expressão que ele já usou hoje aqui e que eu entendo que se
adequa aqui à apresentação da nossa moção pelo menos nesta primeira parte, não será tanto para
citar será mais para frasear que é: de facto é lamentável, foi esta a expressão que eu achei que se
adequava aqui e porquê? porque de facto chegou-nos como é evidente, chegou-nos ao
conhecimento por as mais diversas vias que quer a piscina municipal de Corroios e de Amora e a
pista Carla Sacramento estão muito degradados os equipamentos votados ao abandono e com
diversos problemas como a humidade, paredes descascadas por pintar por limpar, secadores

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
estragados, falta de água quente, cacifos avariados e portanto esta moção é no fundo para tentar
perceber porque é que chegámos a este ponto aliás hoje já se falou também na questão dos
mercados e o que é que o resto das pessoas, e agora vou esperar têm a dizer em relação ao
assunto, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, intervenções em relação a esta moção, ou
melhor quem pretende intervir? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta matéria há um plano de recuperação e remodelação dos
vários equipamentos desportivos municipais alguns deles já foram recuperados outros estão em
plano para o serem penso que o Sr. Presidente até irá falar sobre isso, há uma coisa que eu desde
já tenho aqui para dizer, é que é impossível o que o PSD aqui afirma ou seja que há munícipes que
desistem de frequentar as piscinas do concelho para passarem a frequentar a piscina municipal do
Feijó aquela que foi encerrada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, mais intervenções? Não há pedidos de
intervenção, e tem a palavra o sr. Presidente da Câmara se faz favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Vou pedir a intervenção do Sr. Vereador do pelouro do
desporto que tem esta área, por favor Sr. Vereador.”
O Vereador José Carlos Gomes,disse: “A questão colocada em relação a estes 3 equipamentos
municipais não corresponde totalmente à verdade, há efetivamente portanto são 3 equipamentos
que há várias dezena de anos têm sofrido algum desgaste mas que têm sido portanto reabilitados
têm sido portanto feitas pequenas intervenções no sentido da sua manutenção, eles estão
efetivamente a necessitar de uma intervenção profunda e essa intervenção profunda nós neste
momento temos o levantamento já das necessidades que são portanto feitas para que estes
equipamentos sejam novamente enfim reabilitados estruturados e estarem portanto ao serviço
daquilo que é as suas funções que é ao serviço da população temos portanto um plano já feito
daquilo que são as suas necessidades como disse temos orçamentos também já executados já
também feitos e vamos durante ao longo deste ano fazendo por várias fases as remodelações
necessárias destes 3 equipamentos, nomeadamente a piscina municipal de Corroios já foi feita
portanto uma intervenção no balnear dos técnicos e no balneário dos bebés portanto muito bom
mas necessita naturalmente de mais obra e essa obra é de facto profunda uma obra grande de
investimento de várias centenas de milhares de euros e que está no nosso orçamento e que vamos
ao longo deste ano como disse fazer, no que diz respeito portanto ao tempo de saírem da piscina
de Corroios para a piscina do Feijó portanto não compreendi o que quer dizer portanto à piscina
de Almada que se situa no Feijó penso eu não corresponde à verdade um ou outro indivíduo mas
não corresponde aqui a uma desertificação em que deixem a piscina de Corroios para outro lado
qualquer antes pelo contrário eu tenho aqui os registos portanto de janeiro de 2019 e que na
piscina municipal de Corroios estava portanto com 4685 utentes portanto por mês e em janeiro
2020 com 5679 e a piscina municipal de Amora com 3691 em janeiro de 2019 esta comparação
destes dois últimos meses com os dados que eu tenho e em janeiro de 2020 com 3942, isto
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naturalmente reflete-se também na receita em janeiro a piscina municipal de Corroios por
exemplo tinha em 2019 uma receita de 49 mil 157,34 euros e em janeiro 50 mil 289,13 ou seja os
equipamentos estão a servir a população estão a servir para o seu fim e neste momento não há
drama nenhum portanto que possa naturalmente colocar da forma como se colocou, parece que
está tudo estragado e que não está em funcionamento não é nada disso, tem-se feito portanto
várias reparações várias reabilitações sempre que necessário, estraga-se a sanita põe-se a sanita,
estraga-se o chuveiro põe-se o chuveiro, estas reparações vão-se fazendo, têm-se feito nalgumas
estruturas algumas reparações bastantes necessárias, mas também compreendem os senhores
eleitos são equipamentos de grande utilização e grandes condensações, portanto também de
humidade e que naturalmente pode haver uma ou outra situação que não agrade a toda a gente,
dizer também que o número de reclamações diminuiu grandemente em relação portanto às
questões das piscinas municipais, e à pista de Carla Sacramento vamos também não só colocar
portanto uma pista nova como também alargar a (…) e também tratar da unificar está no nosso
plano e vamos fazer isso investir, disse Sr. Presidente.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, Sr. Presidente só para concluir dizer que o
executivo municipal está profundamente empenhado em garantir a máxima qualidade dos
equipamentos municipais inclusivamente os desportivos, aliás tem sido notório o grande
investimento que temos vindo a realizar em equipamentos desportivos quer nas coletividades
quer no próprio município por isso como o Sr. Vereador referiu são equipamentos de grande
utilização são milhares de pessoas que passam principalmente nas duas piscinas municipais talvez
seja das piscinas municipais com mais utilização do Distrito de Setúbal claro que por isso tem um
desgaste também acentuado o município tem um plano de recuperação que está a executar e
vamos com certeza continuar para que tenhamos a melhor resposta possível e os melhores
equipamentos possíveis, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende intervir? Sim,
se faz favor,.”
Rui Belchior, do PSD, disse: “Como é evidente nós não vimos para aqui inventar nada porque até
parece que cada vez que há uma espécie de indicação sobre os problemas que existem no nosso
concelho parece que é um ai Jesus que não se pode dizer nada porque estamos já aqui a falar ou
faltar com a verdade, não é isso que sucede portanto como calcularão não sou eu, até nem sequer
sou frequentador de nenhumas das piscinas e nem sequer da pista Carla Sacramento, mas são os
munícipes que me vêm contar e até está por aí para quem quiser ver nas redes sociais esse postal
ilustrado das condições dos balneários designadamente das piscinas nas redes sociais, não sou eu
que inventei eu falei com as pessoas fiz perguntas e a questão do Feijó se está agora fechada ou
não a informação que nós temos dita pelas próprias pessoas é que têm ido para Almada, para o
Feijó se está agora fechada também Corroios e Amora já tiveram períodos já tiveram fechadas
deve haver alguma razão, mas também não é isso o tema central da questão, o tema é o seguinte:
Num concelho em que acabaram os munícipes de receber flayers que estão por aí espalhados
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
outdoors de investimentos, de promessas de investimento de 900 milhões etc., etc., e depois
termos os equipamentos neste estado, é isto que quanto a mim é inadmissível e inaceitável e
lamentável; e acaba aqui o Sr. Vereador e dos esclarecimentos que fez e o Sr. Presidente tem de
admitir que é necessário uma intervenção profunda, porque uma coisa que precisa de uma
intervenção profunda é porque está degradada e nós sabemos portanto que na pista Carla
Sacramento chove dentro do edifício em quase todas as áreas e que há portanto na pista e o Sr.
Vereador já confirmou, a necessidade da sua substituição há buracos que cabe um pé de uma
pessoa portanto acho extraordinário chegar as coisas a um ponto destes, portanto era só isto que
queríamos dizer sem nenhum (…) estar aqui a fazer uma denúncia digamos falsa é apenas a
constatação de factos indesmentíveis, queria dizer e sublinhar. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos colocar à votação esta moção do PSD.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 05/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezoito (18) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
- Do grupo municipal do PAN: 1
. Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
do PS, PSD, CDS-PP, PAN,JFFF, e a abstenção do BE e os votos contra da CDU. Há alguma declaração
de voto? Não há declarações de voto, então passamos para o documento seguinte.”
II.6. O Grupo Municipal do CDS/PP apresentou a recomendação «Requalificação dos
balneários da Piscina Municipal de Corroios».
(Documento anexo à ata com o número 6)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do CDS é uma recomendação sobre
«Requalificação dos balneários da Piscina Municipal de Corroios», subscrita pelo João Rebelo se faz
favor, tem a palavra.”
João Rebelo, do CDS/PP, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 6.

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções para esta recomendação, quem é que
pretende intervir? Não há pedidos de intervenções, confirmamos isso, dou a palavra ao Sr.
Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu penso que à pouco na nossa intervenção do
executivo ficou patente o esforço que estamos a fazer de requalificação dos equipamentos
desportivos municipais portanto a mesma moção já refere que houve uma obra de requalificação
da parte dos balneários seguir-se-à a outra, existirão sempre críticas relativamente às obras que
são realizadas umas pessoas querem os chuveiros mais acima outros quererão mais abaixo isso é
natural, neste caso queixaram-se as pessoas que querem ter os chuveiros mais abaixo serão
matérias que naturalmente iremos analisar do ponto de vista técnico para que se necessário
poder-mos corrigir uma próxima intervenção, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, eu pergunto ao João Rebelo se pretende ainda
intervir? Não, ah… já não tem tempo, então vamos colocar à votação:”
Aprovada a Tomada de Posição nº 06/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte e um (21) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Declarações de voto? Não há, passamos para o
documento seguinte.”
II.7. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Transportes AML», subscrita por
Paulo Silva.
(Documento anexo à ata com o número 7)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É da CDU uma Saudação «Transportes AML»,
subscrita por Paulo Silva que tem a palavra se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 7.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Já temos uma mas mais
intervenções? Bem, Rui Mendes se faz favor.”

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Rui Mendes, do PSD, disse: “O PSD não vota favoravelmente nenhuma saudação à Assembleia da
República às autarquias como tem sido prática corrente nossa e até de outras bancadas como a do
BE muito menos votar uma saudação a concursos que ainda não estão fundamentados, disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Bom, não há pedidos de
intervenção é isso? Então pergunto ao sr. Presidente da Câmara se pretende intervir? Sim, se faz
favor.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Bom, esta moção que introduz um aspeto importante
mais um passo na autêntica revolução que está a haver relativamente aos transportes na Área
Metropolitana de Lisboa, eu gostaria de dizer que nestes 45 anos de Abril após intermitação do
passe social intermodal em 76 só em 2019 é que se viveu novamente uma grande transformação
porque até esse momento várias forças políticas sempre bloquearam que se pudesse operar esta
transformação e esta revolução do passe social intermodal e consequentemente em prol das
populações recordo que a partir do dia 1 de abril de 2019 aquilo que diziam que era impossível foi
possível teve um único título para toda a Área Metropolitana para todos os operadores de
transporte a baixo custo isto foi o que o PCP e a CDU sempre defenderam nas autarquias e sempre
defenderam na Assembleia da República e que lamentamos que tenha sido bloqueado pelas forças
digamos pelas outras forças políticas, felizmente que no mandato autárquico presente houve a
convergência necessária ao nível da Área Metropolitana entre as várias composições e os vários
eleitos municipais e por isso este exemplo que neste momento ou melhor esta transformação que
partiu da Área Metropolitana neste momento alargou-se a todo o País porque o Governo foi
obrigado a implementar não só caucionar do ponto de vista da organização e também do apoio de
(…) financiamento uma parte significativa do financiamento foi obrigado a avançar nessa direção
como depois foi obrigado também a avançar com o programa (…) que designou por parte que é o
programa de apoio à opção tarifária e digamos assim a uma nova abordagem do tratamento que é
a mobilidade em termos das Áreas Metropolitanas e das comunidades intermunicipais, o passo
seguinte a esta revolução do passe intermodal é de facto termos mais e melhores transportes, a
Área Metropolitana de Lisboa ficou com a competência de gerir o sistema de transportes coletivos
de passageiros autocarros de transporte público e por isso houve um grande trabalho durante o
último ano de projeção de planeamento ou (…) a um novo concurso que iria ou estava em
preparação e que foi preparado e que foi anunciado no dia 18 de fevereiro em Lisboa, que vai
então após a sua concretização vai resultar e que tenhamos no Concelho do Seixal um aumento
em 60% da oferta atual do transporte coletivo rodoviário de passageiros, queremos mais carreiras
queremos maior cobertura no Concelho e queremos também mais frequência em termos destas
carreiras de transportes públicos, e teremos uma outra novidade que é um único operador que se
vai chamar Carris metropolitana, que vai substituir todos os atuais operadores seja Metro, ou
Carris seja os privados TST, rodoviária de Lisboa, Vineca, etc. portanto trata-se efetivamente de
mais uma demonstração que unidos num só objetivo, revolucionar a mobilidade da Área
Metropolitana, conseguem se houver vontade política para o fazer; e dizer que também este

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
objetivo vai ser concretizado o melhor calendário é agosto 2021 mas sabemos que se trata de um
concurso público internacional com 4 yotes e que com certeza vai ser alvo de muita retilência aliás
logo no dia seguinte ao concurso ser anunciado já havia pedidos de esclarecimento de uma
empresa por isso este calendário de agosto de 2021 é o melhor calendário mas se for no final de
2021 teremos com certeza mais novidade e com isso conseguiremos não só dar maior mobilidade
às populações, principalmente àquelas populações que estão mais afastadas porque não têm
viatura própria ou não têm condições financeiras para se deslocar, esses serão os primeiros
beneficiados mas eu diria que todos deixaremos de precisar tanto do automóvel do transporte
individual e caminharemos no sentido de podermos utilizar mais os transportes públicos
invertendo a lógica das últimas duas décadas de aumento de transporte individual em substituição
do transporte coletivo trata-se de uma matéria fundamental de equidade social e também de
melhoria ambiental em virtude daquilo que são os impactos que todos sabemos sobre a qualidade
do ar que advêm principalmente do escape dos automóveis e dos camiões ninguém tenha dúvidas
(…) o principal fator negativo são as partículas emitidas pelos escapes dos automóveis que todos
nós conduzimos, por isso com menos automóveis a circular e com mais transportes públicos
eficientes e mentalmente sustentáveis conseguiremos este objectivo para contribuir para uma
melhor mobilidade um melhor ambiente a baixo custo este é o desafio e a demonstração de que
os municípios e o poder local têm, continuam a ter uma enorme prevalência que são os direitos
das populações porque, de facto, se não tivéssemos tido esta unidade neste mandato não
conseguiríamos estar hoje aqui também com esta moção que traduz esta enorme mobilidade e vai
ter um reflexo extraordinário não só no Concelho do Seixal como em toda a Área Metropolitana de
Lisboa, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente se pretende ainda
intervir? Não, vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 07/XII/2020 por maioria e em minuta com:
• Trinta (30) votos a favor dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal da CDU: 15
• Do grupo municipal do PS: 11
• Do grupo municipal do BE: 3
• Do presidente da JFFF: 1
• Quatro (4) votos contra dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PSD: 4
• Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:
• Do grupo municipal do PAN: 1
• Do grupo municipal do CDS-PP: 1

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
da CDU, PS, BE, e do SFF, e a abstenção do PAN e do CDS, e o voto contra do PSD, Há alguma
declaração de voto? João Rebelo e Bruno Barata, João Rebelo se faz favor.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto disse: “Sr. Presidente, a abstenção mais uma vez
reitero que não gosto deste mecanismo de fazer saudações às Autarquias e Assembleias
Municipais ou seja o que for sobre lançamentos de concursos ou adjudicações porque nós só
devemos celebrar quando as coisas acontecem de facto, sabemos que o teor de alguns concursos
lançados pelo o reforço por exemplo das capacidades da Transtejo e correu mal esses concursos e
portanto não aconteceram, e portanto não vamos saudar algo que é positivo, que não negamos,
mas que ainda não aconteceu, vamos esperar para ver e é por isso a abstenção do CDS neste
momento, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista saúda a saudação da CDU
que teve a sua importância pelos motivos explanados pelo Sr. Presidente da Câmara e gostaria de
salientar que este é o desafio estratégico do Governo Socialista e é um compromisso do Partido
Socialista mais mobilidade e a proteção do ambiente, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte é do PS uma
moção «Pelo Replaneamento e reestruturação do sistema adutor de águas pluviais em Santa
Marta do Pinhal», é subscrita por Luís Gonçalves que tem a palavra se faz favor.”
II.8. O Grupo Municipal do PS apresentou a moção «Pelo Replaneamento e reestruturação do
sistema adutor de águas pluviais em Santa Marta do Pinhal», subscrita por Luís Gonçalves.
(Documento anexo à ata com o número 8 )
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Só um ponto prévio para prosseguir as operações. No documento,
no quarto parágrafo, na 2ª linha, após a vírgula, onde está "o" deveria ser "ou" e no último
parágrafo, antes da parte deliberativa que faz referência à sessão, onde se lê a 5ª Sessão
Extraordinária de 2019, deve ler-se a 1ª Sessão Ordinária de 2020, e fica o meu compromisso em
enviar, como é habitual, a cópia corrigida aos serviços. Posto isto esta moção visa a necessidade de
pensar em evoluir sobre o ponto problemático no que diz respeito aos sistemas de águas pluviais
no Concelho, o caso é conhecido já entregámos às outras bancadas um pequeno vídeo e mesmo
assim este ano não choveu assim tanto mas para que possam ver o exemplo que mesmo assim
este ano houve problemas, obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Sr. deputado Eduardo Rosa faça
favor.”
Eduardo Rosa disse: “Sobre esta moção que aqui está a ser colocada dizer que relativamente às
questões que aqui foram colocadas relativamente a Santa Marta toda a gente sabe quando é que
foi feita aquela urbanização e que ela cumpre efetivamente com aquilo que a legislação assim o

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Assembleia Municipal do Seixal
Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
exige o problema de Santa Marta tem a ver efetivamente e todos constataram com o inverno que
passou desde que chova de uma forma gradual e contínua não tem qualquer tipo de problemas é
evidente que quando chove de uma forma repetitiva e com a intensidade fora do normal
obviamente em Santa Marta e em outros locais esta situação acontece e ter em atenção que a
parte mais preocupante neste momento em Corroios efetivamente tem a ver com o vale da
Sobreda quando chove em montante na Sobreda efetivamente há as cheias ali em Corroios
incluindo os solos que foram todos feitos a montante, este ano em Santa Marta com as chuvas que
fizeram com certeza que o vídeo que falam não deve de ser deste ano garantidamente porque não
houve qualquer tipo de situação em Corroios durante este inverno e se continuar a chover da
forma que chove gradual a situação de alguma forma está sempre salvaguardada, no entanto e
aquilo que se está a pensar é fazer as obras para se poder encontrar soluções para que quando de
alguma forma comum é evidente que estamos todos de acordo que sejam feitas devam ser feitas
para bem das populações e acima de tudo de Santa Marta, obrigado.”
O 1º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Não havendo mais inscrições eu dava a palavra
ao Sr. Deputado Luís Gonçalves, ah, peço desculpa, não tinha registado a indicação do uso da
palavra do Sr. Presidente da Câmara, que fará o favor de usar da palavra.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Vou pedir a ajuda do Sr. Vice-presidente que é também
Vereador responsável sobre esta matéria, por favor.”
O Vereador Joaquim Tavares, disse: ”Portanto sobre esta matéria mais uma vez informar a
Assembleia que a Câmara desenvolveu um procedimento e um estudo sobre as águas em Santa
Marta do Pinhal Corroios na sequência desse estudo foram elencadas um conjunto de
intervenções que dava seguimento a uma intervenção que a Câmara já tinha feito de duplicação de
troços da rede, mas para além disso num conjunto de outras ações e intervenções que parte delas
têm vindo a ser implementadas pelos serviços municipais; desde logo a forçar os órgãos de
entrada quer através de um aumento de (…) grandes quer através da sua coligação em pontos
estratégicos e associado a isso também as questões das operações da empresa antes do período
da chuva é que têm vindo a poluir as situações de inundações nos últimos três anos, o
planeamento que temos para estas questões não se restringe só a esta área aliás o Sr. Presidente
da Junta já aqui deu nota também de que estão perspetivadas a construção de bacias de retenção
aliás uma delas está prevista lançar-mos o concurso para a obra este ano portanto quer da parte
da (...) quer em Corroios e portanto é o conjunto de todas essas intervenções que vai permitir
mitigar as questões que aqui foram enlencadas e as outras que são do conhecimento geral que
resultam da impermeabilização dos solos muito a partir de Almada e depois por localização é em
Corroios que apanha com toda a iniciativa.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente e Sr. Vice-presidente,
perguntava ao proponente se pretende intervir? Prescinde, obrigado também. Passaremos à
votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 08/XII/2020 por maioria e em minuta com:
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Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do presidente da JFFF: 1
Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi aprovada com os votos a favor
do PS, PSD, PAN, CDS, e votos contra da CDU e JFF, e abstenção do BE. Quem deseja fazer
declaração de voto? Não havendo declarações de voto passo ao Sr. Presidente.”
II.9. O Grupo Municipal do PAN apresentou um voto de protesto «Pela falta de resposta
categórica do Estado para com os crimes contra animais de companhia», subscrita por André
Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 9 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte, é do PAN e é
um voto de protesto «Pela falta de resposta categórica do Estado para com os crimes contra
animais de companhia», é subscrita por André Nunes que tem a palavra se faz favor.”
André Nunes , do PAN, leu integralmente o documento anexo à ata com o número 9.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições para este documento, quem é que
pretende intervir? Não há inscrições, confirma-se? Há Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva , da CDU, disse: “Nós iremos votar contra esta moção por considerarmos que esta
questão passa por um aumento das campanhas de prevenção e sensibilização das populações e
não pelo aumento da moldura penal que isso é assim e pensamos que a moldura penal que já
existe penso que sim.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pergunto ao proponente André Nunes se pretende
intervir? Não, prescinde, vamos então colocar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº 09/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Oito (8) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
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- Do grupo municipal do PAN: 1
 Doze (12) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Dezasseis (16) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto a moção foi rejeitada com os votos a favor
do PSD, BE, PAN, a abstenção do PS,CDS, e os votos contra da CDU e SFF. Há alguma declaração de
voto? Paula Santos, João Rebelo e Samuel Cruz.”
Paula Santos, da CDU, em declaração de voto, disse: “O nosso voto é contra a esta moção creio
que ficou, claro mas qualquer das formas ainda dizer o seguinte, a questão que aqui está e
obviamente que rejeitamos todos e quaisquer maus tratos a animais e que naturalmente deve
haver intervenção relativamente a essa matéria não é aí que está a questão a questão principal e
daí o nosso voto contra prende-se com a necessidade de se encontrar soluções para evitar que
aconteçam maus tratos e sobre isso não há soluções que são apresentadas nesta moção, aliás, o
caminho vai no sentido de agudizar o conflito entre os seres humanos e entre a natureza quando
nós consideramos que deve ser exatamente o oposto o caminho deve ser no sentido da prevenção
da consciencialização e criarmos as condições naturalmente para vivermos num mundo que a
natureza em que todos fazemos parte de respeito e preservação do bem estar animal e não no
caminho de ir no sentido de, como aqui foi referido, de agravamento de criminalização de
molduras penais que efetivamente não resolve o problema com o qual estamos confrontados.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “ Só manifestar a minha total concordância
com o texto que foi aqui apresentado pelo André do PAN, a abstenção podem achar estranho isso,
mas neste caso concordo com o que foi aqui dado pela nossa colega Paula Santos a moldura penal
já é suficiente o problema é que há ainda muitos juízes e é dito aqui no voto que não aplicam o
que a lei permite aplicar normalmente é só coimas quando há possibilidade de penas de prisão
efetiva portanto o alerta que deixo ficar é que se comece a aplicar a lei efetivamente a estas
pessoas que são pessoas monstruosas no sentido deste caso chocante, neste caso concreto
estamos a falar do toureiro João Moura do que fez é absolutamente vergonhoso portanto é aplicar
a lei a lei existe e é suficiente por isso a nossa abstenção tem a ver com isso mas concordamos em
absoluto com o conteúdo do texto que foi aqui dito, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”

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Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto disse: “O Partido Socialista absteve-se porque pós
embora concorde com a generalidade dos considerandos e se subscreva na integra o primeiro
ponto da deliberação entende que no segundo ponto da deliberação há uma crítica implícita a um
órgão de soberania, no caso dos tribunais, e entendemos que não é o papel nesta Assembleia fazê-
lo.”
II.10. O Grupo Municipal da CDU apresentou um voto de pesar «Pelas vitimas do nazi-
fascismo», subscrita por Armando Farias.
(Documento anexo à Ata com o número 10 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o documento seguinte que é da
CDU, um voto de pesar «Pelas vitimas do nazi-fascismo», e é subscrita por Armando Farias que
tem a palavra.”
Armando Farias, da CDU, disse: “Antes de fundamentar o voto de pesar queríamos introduzir um
novo item na parte deliberativa que passará a ser o 2º item com a seguinte redação: A seguir o
papel de salvaguarda do regime democrático importante para o perigo (…) das forças de extrema
direita tendo iniciativas de sensibilização junto das populações, relativamente à justificação do
voto de pesar, em 27 de janeiro completaram-se 75 anos da libertação do campo de concentração
nazi de Auschwitz, todos conhecemos tal infeliz acontecimento foi um dos acontecimentos mais
monstruosos de maior violência e atrocidades em toda a história da humanidade. Nesse campo
passaram muitos milhares de prisioneiros de guerra mas também civis, judeus e outras camadas
de pessoas humanas que foram de facto sujeitas a grandes atrocidades. Só por si se justifica que
assinalemos a data da libertação do campo nazi de Auschwitz, mas mais ainda do que isso para
além de assinalar é que deve ser sempre um momento de refletir sobre a história e no momento
que atravessamos atualmente de reconhecimento das forças da direita da extrema direita do
avanço do militarismo e dos perigos que em todo o Mundo que nós todos estamos confrontados
os novos desenvolvimentos que levarão certamente a guerras se nós não pusermos travão a esse
procedimento da extrema direita e do fascismo, e é por isso que o voto de pesar no nosso ponto
de vista justifica estes alertas justifica que também nos lembremos do nosso passado infelizmente
de ditadura em Portugal coniventes com os regimes fascistas Alemão e Italiano e aquilo que foi a
opressão para o povo Português e tudo isto justifica que do nosso ponto de vista todos os
democratas todos os antifascistas tomem posição quanto às regras contra o avanço da extrema
direita, nesse sentido limito-me à parte deliberativa, que a paz é essencial à vida e é também uma
condição indispensável para assegurar o progresso e o bem-estar da humanidade. A Assembleia
Municipal do Seixal, reunida a 28 de fevereiro de 2020, por proposta dos eleitos da CDU, delibera:
Exortar a Câmara Municipal do Seixal a prosseguir a importante ação que no âmbito do Movimen-
to dos Municípios pela Paz tem vindo a desenvolver o concelho,designadamente nas áreas da edu-
cação para a paz e da cultura da paz, com especial prioridade dirigida às novas gerações; Guardar
um minuto de silêncio em memória das vítimas do nazi-fascismo; Assumir um papel de salvaguar-
da do regime democrático alertando para os perigos do protejelamento das forças da extrema di-
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reita promovendo iniciativas de sensibilização junto das populações; Endereçar o presente voto de
pesar à União dos Resistentes Anti-Fascistas Portugueses e ao Conselho Português para a Paz e a
Cooperação. Obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, então intervenções sobre este voto de
pesar? Quem é que pretende intervir? Não há? confirma-se? Há, Rui Belchior se faz favor.”
Rui Belchior do PSD, disse: “Bem, não quero ser indelicado enfim, mas o senhor, creio que é
Armando Farias já nos habituou a este tipo de documentos a nível ideológico, digamos assim,
exacerbados e bastante vincados, bem nós esta conversa prévia, para depois não haver as
confusões dizerem que nós dissemos algo que nós afinal não dissemos já sucedeu isto quando nós
aqui falámos na aprovação no parlamento europeu da equiparação do comunismo e nazismo pois
já houve aqui para além das indelicadezas do chamar nazi depois dizer, de uma má interpretação,
dizer que eu tinha afirmado que os senhores eram nazis e por aí fora e não é disso que se trata,
nós somos contra todo o tipo de ismos, talvez tirando o capitalismo é o sistema que nós achamos
que aliás temos em vigor temos que conviver com isso, mas somos contra o fascismo e o
comunismo porque quando se fala aqui de campo de concentração e o senhor faz aqui é um
bocadinho um texto do ponto de vista das escritas esquizofrenia que por um lado os Judeus e
depois mais tarde já são os comunistas etc. uma coisa extraordinária; nós não podemos também
deixar passar em branco nesta altura os crimes do comunismo porque, estima-se e há quem
escreva sobre o assunto, que o comunismo tem pelo menos 100 milhões de vítimas, por aí, eu não
estou a falar do PCP Português, estou a falar do comunismo em geral do Mundo sabemos todos o
que é que o comunismo fez e já agora noutra posição ou os campos de concentração nazis e claro
está que é do nazismo, e o que é que tínhamos também na União Soviética, temos também
trabalhos forçados denominados por gulagues, o que é que se passou no massacre vergonhoso
para todos os soviéticos no holomodor, na Ucrânia, que quer dizer morte pela fome, morte
sistemática pela fome foi o que sucedeu; e para dizer o seguinte, portanto nós evidentemente
somos contra o nazismo também votamos a favor evidentemente das vítimas, de todas as vítimas,
não só as de Auschwitz, mas de todos os outros campos de concentração, mas também não
podemos permitir que uma pessoa que tem este tipo de pensamento e este tipo de ideologia que
já aqui defendeu diversas vezes Cuba, a Venezuela, venha aqui passar uma esponja branca dos
crimes do comunismo, isso nós não permitimos, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O nazismo existiu e é isso que se está aqui a falar, é
bom que se fale do que se deve falar. Ora, quem é que pretende intervir? Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “O Bloco de Esquerda vai votar a favor desta moção
independentemente estarem misturados um conjunto de assuntos dos quais nós partilhamos as
opiniões do que aqui estão portanto esse problema não é o principal, mas o que é essencial é que
esta moção tem a ver com os 75 anos da libertação de Auschwitz pelo exército Soviético, (...)
portanto o exército Soviético o povo Soviético tiveram calcula-se 20 milhões de pessoas morreram
na guerra mas de facto os vencedores do nazismo não foi só os Estados Unidos e a Inglaterra mas
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foi também a União Soviética, portanto acho que é uma coisa que é, ... será diferente? Está-se a rir,
será que isto é falso, o que eu estou a dizer? Ah… pronto!... agora o problema, esta moção trata da
condenação e o voto de pesar pelas vitimas do nazi-fascismo não trata de outra coisa, quer dizer e
as tentativas de branqueamento da história aliás as tentativas, estas tentativas de dizerem que o
holocausto foi uma invenção há muito e aliás há historiadores com esses pensamentos até de
nações Inglesas e por aí adiante, pretendem (…) é preciso eu acho que, sem pretender dar lições a
ninguém como é evidente não tenho essa pretensão, mas acho que os democratas ou os povos
democratas tentarem pôr a igualdade no mesmo plano o nazi/fascismo com os crimes ou com os
erros das sociedades do comunismo, as sociedades da União Soviética que existiam isso está
testemunhado que portanto houve campos de concentração houve presos políticos, mas quer
dizer a dimensão (…) o pessoal se colocarem ao mesmo nível a coisa mais idiona que apareceu e
que a humanidade sofreu foi o nazi/fascismo é uma coisa que aliás acho que não é desadequada
do ponto de vista, até inclusive do ponto de vista intelectual, é uma coisa pouco séria e portanto
há muita (...) sobre isso aliás o Primo Levi, se aceitam uma sugestão leiam o Primo Levi, se isto é
sobre a trégua, os que morrem e os que sobrevivem e os que sucumbem e portanto para se
aperceberem e já leram o que é que foi o bom do nazismo; portanto acho, quer dizer, é
indescritível do ponto de vista da minha sensibilidade, eu acho, a mim incomoda-me numa casa da
democracia, os democratas fazerem, quererem por na mesma balança estas duas situações e isso é
desvalorizar ou não considerar o nazi/fascismo como o maior crime que foi cometido contra a
humanidade.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções se for caso disso? Não é,
pergunto ao proponente se pretende? Não então vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 10/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Cinco (5) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto este voto de pesar foi aprovado com os
votos a favor da CDU, do PS, do BE, do PAN, e do Presidente de F. Ferro e os votos contra do PSD e

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do CDS. Alguma declaração de voto? João Rebelo, Rui Belchior, ah está bem, Luisa Gama em vez do
Rui, certo, e Samuel Cruz e André Nunes; se faz favor João Rebelo.”
João Rebelo, do CDS/PP, em declaração de voto, disse: “A justificar o meu voto contra, pela própria
redação eu acho que a CDU nunca pretendeu procurou melhorar para aprovar este voto, é um
voto com uma retórica que enfim é da CDU que é que havemos de fazer, e por isso mesmo pela
carga que tem nunca procurou esse mesmo consenso que seja aqui aprovado, eu gostaria de
destacar que na Assembleia da República eu apresentei todos os anos para a minha
responsabilidade um voto sobre a libertação de Auschwitz do exército (…) não era o exército
Soviético era assim que nós lhe chamava-mos na época e era assim que eu escrevia nos votos e
nunca tive problema em escrever, nunca esqueci do exército que libertou o campo de Auschwitz,
mas esse voto era sempre feito de forma a aprovação de todos e foi isso que aconteceu, se nós
pretendemos que isso aconteça nós trabalhamos para que o texto seja consensual isto não é
consensual da forma que nós queríamos mas tem todo o direito de fazer e justifico por isso mesmo
o meu voto contra, claro que farei 1 minuto de silêncio em memória das vítimas do nazi/fascismo
porque de facto os números são avassaladores das mortes nos campos de concentração foram 10
milhões de pessoas que morreram para não falar dos mortos das guerras de agressão feitas pela
ditadura nazi; essas pessoas que morreram, 6 milhões de Judeus, homossexuais, pessoas ligadas a
partidos políticos, listas, personalidades religiosas, pessoas com deficiência, foi portanto uma
organização criminosa que engendrou o maior crime que existe na humanidade, feito em dois, três
anos, uma rapidez absolutamente brutal que destruiu e trouxe miséria e destruição a todas as
coisas, acho bem que a Assembleia Municipal do Seixal por vezes recorde outros regimes que
cometeram também esses mesmos crimes,só dou esta última informação o campo de Auschwitz
quando foi libertado pelo exército vermelho passado três meses voltou a ser reinstituído como
campo de trabalho feito pela União Soviética quando pôs lá oponentes de Polacos que não eram
favoráveis à União Soviética e foram também muitos deles fuzilados por causa disso mesmo,
gostaria de recordar isso, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Luísa Gama.”
Luísa Gama, do PSD, em declaração de voto, disse: “O PSD votou contra este documento e posso-
lhe garantir que muito nos custa em primeiro lugar e a mim principalmente enquanto historiadora
causa-me arrepios como dizia à pouco aqui o Vítor Cavalinhos que se possa (…) o holocausto não é
nada disso que pretendemos aqui fazer o nosso voto contra vai no sentido de que este documento
mais do que um voto de pesar nos pareceu uma salvação não ao exército vermelho mas à União
Soviética, e para nós não faz sentido condenar um regime é certo que causou todo um holocausto
matou milhões de pessoas e ao mesmo tempo glorificar outro como disse aqui, e bem, o João
Rebelo a (…) que chegou a Auschwitz e a outras partes ocupadas matou também milhares de
pessoas aliás algumas delas presas em campos Alemães portanto não fazia para nós esse sentido e
é por isso que votámos contra, para já não falar do pacto Germânico e Soviético e para já não falar
do pacto (…) e por aí fora, portanto condenamos todos os regimes opressores e ditatoriais e não
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esquecendo também que aqui só se fala de exercito vermelho mas o exercito vermelho não lutou
sozinho é preciso não esquecer que há aliados Britânicos e aliados Americanos e aqui no vosso
texto parece que o exercito vermelho lutou contra alguém apenas sozinho e isso não é verdade e é
por esse motivo que votamos contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Bem, o Partido Socialista votou favoravelmente
porque não podia deixar de se associar a um documento intitulado voto de pesar pelas vítimas do
Nazi/fascismo mas na verdade de todo o documento é mesmo só o título aquilo em que concorda
porque todo o resto discordamos em absoluto, dizer que nos parece no mínimo, para ser educado,
de mau gosto num documento que tem este título que é vitimas do nazi-fascismo, depois
aproveitá-lo para criticar Israel e o povo Judeu, enfim cada coisa no seu lugar e juntar as duas é de
muito mau tom mas diga-se que percebemos também a intenção e sim a intenção é também de
mau gosto justificar a ação da Câmara Municipal do Seixal junto da organização satélite presidida
por Ilda Figueiredo com o conceito para a paz e cooperação e a sua a ligação da Câmara Municipal
do Seixal à Palestina dizer que não é boa ideia criticar o nacional socialismo aliando-se para
justificar a nossa aliança ao nacionalismo Árabe também não é recomendável, não é recomendável
a Câmara Municipal do Seixal ligar-se a uma organização como a LP ou OLP que é quem até à bem
pouco tempo era considerada uma organização terrorista.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, André Nunes.”
André Nunes do PAN, em declaração de voto, disse: “Sr. Presidente a minha declaração de voto vai
no sentido da votação que já foi feita portanto nós votámos a favor efetivamente em memória das
vitimas do nazi/fascismo coisa que não esquecemos, na verdade isto não é um voto de pesar a
parte (...) não tem qualquer correspondência com a parte deliberativa.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Muito bem, acabámos as declarações de voto,
passamos para o documento seguinte. Há… vamos ao minuto de silêncio”
II.11. O Grupo Municipal do PS apresentou a recomendação «Adesão à Associação
ADAPT.Local», subscrita por Nelson Patriarca.
(Documento anexo à Ata com o número 11 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos agora sim para o documento seguinte, é
uma recomendação do PS «Adesão à Associação ADAPT. Local», subscrita por Nelson Patriarca que
tem a palavra se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Vou ser muito breve, esta associação criada em 2016 tem como
objetivo integrar uma série de instituições, 2005 instituições de ensino, de investigação no sentido
de dinamizar e procurar em conjunto de formas de adaptação local às alterações climáticas no
nosso País algumas fazem parte de inúmeros municípios neste momento de vários municípios e é
neste sentido tendo em conta o que aqui está descrito o Partido Socialista propõe ou recomenda

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que esta Assembleia Municipal possa recomendar aliás ao executivo da Câmara Municipal que
efetua adesão a esta associação e também de muitas outras, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Considerando que a Câmara Municipal do Seixal já faz parte de
algumas associações com objeto semelhante nomeadamente o compromisso de (…)
sustentabilidade a CDP para (…) o que é que diferencia esta associação daquelas que a Câmara já
faz parte para nos levar a aderir a uma associação com objetos semelhantes a outras da qual já
fazemos parte.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções?Não há mais intervenções?
Parece que não, então Nelson Patriarca se faz favor.”
Nelson Patriarca, do PS, disse: “Esclarecer o eleito da CDU, obviamente algumas das situações que
não incluem e têm objetos em mais lados e nestas estão reunidas uma série de Municípios e
instituições que definem em concreto e promovem em concreto a estratégia que podem ser
assumidas em função das mesmas realidades das mesmas evidências que cada Município
evidencia que têm dificuldades e dos processos que têm que trabalhar obviamente que tem o (…)
como tu também o definiste e tem o objetivo um bocadinho mais lácteo se calhar mais lento e
consegue de municípios ribeirinhos que aqui também são membros têm as necessárias
necessidades contínuas e promover estratégias como vem nos objetivos desta associação de
cooperação de conhecimentos de troca de experiências de realidades locais do nosso País, efetivas
muitos sensíveis promover esta sustentabilidade e esta adaptação (...) às alterações climáticas que
sentimos efetivamente no nosso território.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não há mais pedidos de intervenção, é isso, vamos
colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 11/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do grupo municipal do PAN: 1
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal da CDU: 1
 Quinze (15) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 14

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- Do presidente da JFFF: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A moção foi aprovada com os votos a favor do PS,
PSD, CDS, PAN, e a abstenção do BE e uma abstenção da CDU, e os votos contra da CDU e do SFF.
Alguma declaração de voto? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “A CDU votou contra por considerar que a
adesão a esta associação não traria qualquer novidade nem qualquer inovação face a outras
associações similares que a Câmara Municipal do Seixal ou Município do Seixal já fazem parte.”
II.12. O Grupo Municipal do PAN, apresentou a saudação «À Assembleia da República pela
aprovação, na generalidade, dos 5 projetos de lei que despenalizam a morte medicamente
assistida», subscrita por André Nunes.
(Documento anexo à ata com o número 12 )
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos então para o documento seguinte que é
do PAN, é uma saudação «À Assembleia da República pela aprovação, na generalidade, dos 5
projetos de lei que despenalizam a morte medicamente assistida», subscrita por André Nunes se
faz favor. O PAN tem 50 segundos.”
André Nunes, do PAN, disse: “O Presidente de Fernão Ferro cedeu-me 2 minutos vou tentar não
exceder obrigado, e leu integralmente o documento anexo à ata com o número 12.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bem, esgotou o seu tempo e também os 2 minutos.
Intervenções sobre esta saudação? Não há pedidos de intervenção? Bom, então não há pedidos de
intervenção vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 12/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Treze (13) votos a favor dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do PS: 8
Do grupo municipal do BE: 3
Do grupo municipal do PAN: 1
Do presidente da JFFF: 1
 Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal da CDU: 15
Do grupo municipal do PS: 1
Do grupo municipal do PSD: 4
Do grupo municipal do CDS-PP: 1
 Duas (2) abstenções dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do PS: 2

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Então a saudação foi rejeitada com os votos contra
da CDU, PSD, CDS, e 1 do PS, abstenções, 2 do PS, e a favor, o restante PS, o BE, PAN e o JFF.
Declarações de voto? Ora, João Rebelo, Paula Santos, Samuel Cruz e Rui Belchior, portanto João
Rebelo.”
João Rebelo, da CDS/PP, em declaração de voto, disse: “Hoje eu tenho muita pena que a
Assembleia Municipal do Seixal não fosse a Assembleia da República porque assim a eutanásia
teria chumbado e teria sido um ato muito importante tinha sido um sinal muito importante, como
sabem o meu partido oficialmente fez campanha pelo não e é pelo não que fez assim há 2 anos
atrás e voltou a fazer, eu pessoalmente também me empenhei nessa campanha, não deixa de ser
curioso que esta proposta que está aqui do PAN veio com tantos ses ses ses que é exatamente o
que vai lá chegar é o medo que vai acontecer com esta lei se for para a frente, que arranque a
deslizante que as legislações, portanto sim, sim, que as legislações que na Bélgica e na Holanda
tinham em 2002 aprovaram uma lei que descambou completamente e tornou-se num instrumento
de morte absolutamente lamentável e manipulado por interesses absolutamente ocultos e
portanto esta lei que se, vamos agora ver o que o Presidente da República faz e o que fará também
o tribunal constitucional, mas se têm a certeza como (…) estão a bem da população porque é que
têm tanto medo do referendo, fazer o referendo para outros temas lá foram a correr para fazer
qual é o medo que têm se estão tão certos que a população quer isso fazer um referendo sobre a
questão que é tão sensível, mas (…) o BE colocou no seu programa eleitoral esta questão (…)
lamento profundamente que o Partido Socialista não pôs isto no seu programa e PSD, e mais
alguns partidos, e nós contra e outros dois partidos a favor como é que sentiram embuçados
democraticamente para apresentar esta matéria que não é por isso mesmo democrática e eu
registo como muito positivo que a Assembleia Municipal do Seixal tenha chumbado esta moção
apresentada sobre a eutanásia.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, Paula Santos.”
Paula Santos, da CDU, em declaração de voto, disse: “Nós votámos contra esta moção por duas
razões uma primeira porque é trazida uma moção para saudar a aprovação de iniciativas que
foram aprovadas somente na generalidade que ainda tem todo o processo legislativo em frente
para continuar e por isso parece-nos extemporâneo e desajustado trazer uma moção quando o
processo ainda está em curso, em segundo aspeto relativamente ao conteúdo estamos a falar de
uma questão que é extremamente complexa que não se trata com simplismos e que não se trata
também de avaliar-mos aqui o que é que cada um de nós fazia porque o que está efetivamente em
cima da mesa qual é a decisão de cada um um de nós relativamente a sua vida ou não, mas o que
é que o Estado permite que se faça ou qual é que é o papel do Estado deve ter relativamente a
esta matéria, e entendemos que não pode ser o legislador a assumir uma opção legislativa sobre a
vida e a morte das pessoas sem ter em conta as circunstâncias e as consequências sociais dessa
opção, porque o que (…) é de facto saber se o Estado nega a muitos cidadãos os meios para viver
dignamente e lhes ofereça os meios legais para antecipar a morte por (...) com dignidade, hoje...
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1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
( houve aqui uma interrupção do Sr. Presidente para avisar o tempo) ah... são só 2 minutos, então
peço desculpa, deixe-me só concluir rapidamente dizendo o seguinte: por esta questão ser muito
mais profunda a verdade é que hoje deveríamos ter assegurado com o SNS um conjunto de
cuidados que ainda não estão, e esta é uma situação que para nós é da mais extrema importância
e relevância, e isto sim, é uma matéria pela qual nos batemos, obrigada.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Vou fazer uma declaração de voto (…) em
nome da bancada porque é uma declaração de voto não é uma bancada que exerceu os seus
sentidos de voto possíveis favor, contra e abstenção e justamente para justificar isso dizendo que o
Partido Socialista entende que esta é uma matéria de consciência e sendo um partido livre cada
um votou exatamente com o que a sua consciência ditou, dizer que não posso deixar de falar na
incoerência do PCP que justificou o seu sentido de voto aqui por o processo que está a decorrer
quando ainda no inicio desta Assembleia apresentou uma saudação a um processo que ainda não
está a decorrer não se sabe quando vai iniciar tem a ver com os transportes da Área Metropolitana
de Lisboa.“
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “São descabidas. Ora, Rui Belchior.”
Rui Belchior, do PSD, em declaração de voto, disse: “Declaração de voto do Partido Social
Democrata eu diria aqui Partido Social Democrata Seixal porque aqui admitimos algumas, digamos
assim, divergências de entendimento em relação àquilo que alguns companheiros nossos fizeram
na Assembleia da República e porquê? Porque nós aqui entendemos também somos um partido
plural e portanto também temos entendimentos diversos entendemos que esta matéria que não
foi discutida de nenhum modo na campanha eleitoral à 4 meses atrás foi agora ou melhor os
deputados sentiram-se legitimados para em representação do País e do eleitorado decidir uma
matéria destas tão fraturante como aliás como todos aqui se viu com os mais diversos sentidos de
voto exatamente sendo uma matéria de consciência, tinha que haver um debate nós defendemos
um referendo aliás já o houve em 3 ocasiões na história recente da democracia, 2 vezes para o
aborto 1 vez para a regionalização e não entendemos como é que nesta matéria tão complexa tão
discutível que gera tanta discussão não se tenha optado, percebemos que acarretaria alguns
custos, mas até se justifica, o debate deveria de ter sido feito não foi e enquanto ele não for feito
nós mantemos esta posição, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Passamos para o ponto seguinte, ah.. esqueci-me
de si, desculpe lá.”
André Nunes, do PAN, disse: “Sr. Presidente não leve a mal mas eu quero fazer um voto de
protesto à mesa, é porque estar a dizer que são pelo direito à vida implica que os outros sejam
pela morte, somos pela dignidade da vida.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “E o Vítor Cavalinhos também pediu.”

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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Vítor Cavalinhos, do BE, em declaração de voto, disse: “Uma primeira nota é uma consideração é
uma referência aquilo que, à expressão e à intervenção do Sr. Presidente da Assembleia Municipal,
o Sr. Presidente da Assembleia Municipal tem todo o direito como todos nós temos de intervir se
tiver tempo para tal portanto utilizar o seu cargo para tecer considerações nomeadamente que é a
favor da vida, de facto objetivamente é suposição que os outros não têm a posição do Sr.
Presidente, que são a favor da morte e isso de facto é, aliás, um tema desta dimensão com esta
importância estar a ser discutido à meia-noite com declaração de votos é uma coisa estapafúrdia;
o Bloco de Esquerda apresentou um projeto, este tema tem sido atualmente discutido e já há
personalidades que disseram que foi atualmente discutido e agora disseram que não houve
discussão nenhuma (…) e a razão que o Bloco de Esquerda é contra o referendo é porque e sendo
lógica e aliás sendo coerente com as posições de pessoas que acham que a vida não é
recomendada que é uma coisa extraordinária que é a Igreja Católica que por exemplo achou à aqui
dois anos que não havia referendo que a vida não era recomendável agora passou a achar que
pode haver referendo que a vida já é recomendável, é extraordinário o nível, isto é um problema
muito profundo e é (…) da incoerência de utilizar todas as artimanhas para tentar manipular a
opinião das pessoas, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas é declaração de voto? Ah, é em defesa da
honra, se faz favor.”
Marta Barão, do PS, em defesa da honra, disse: “Eu sou a favor da eutanásia mas já é a segunda
vez que vêm falar da Igreja Católica, eu sou católica e vêm ofender a minha religião, eu peço por
favor que parem de fazer isso que é uma ofensa, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sim senhor, então passamos para o documento
seguinte que é uma saudação da CDU.”
II.13. O Grupo Municipal da CDU apresentou a saudação «Ao Dia Internacional da Mulher»,
subscrita por Almira Santos.
(Documento anexo à Ata com o número 13)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação é «Ao Dia Internacional da Mulher»,
subscrita por Almira Santos, que tem a palavra.”
Almira Santos, da CDU, disse: “Nesta saudação venho só fazer uma alteração ao 5º parágrafo e
ficar com a seguinte redação: Apelar à população do concelho do Seixal que participe na ações de
luta em defesa dos direitos das mulheres que se irão realizar no dia 8 de março, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, intervenções? Quem é que pretende intervir?
Não há pedidos de intervenção é? Então vamos colocar à votação.”
Aprovada a Tomada de Posição nº 13/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte e oito (28) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
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- Do grupo municipal do PS: 8
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Oito (8) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PS: 3
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A saudação foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do BE, do PAN e do SFF, e abstenções, 3 do PS, PSD e CDS. Declarações de voto há
alguma? Declarações de voto? Há, Samuel Cruz se faz favor.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “Também nesta moção o Partido Socialista vota
fundamentalmente e favoravelmente o título que é saudar o Dia Internacional da Mulher, já os
considerandos não os subscrevemos na integra mas tendo em conta o essencial o nosso voto é
favorável.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para o documento seguinte.”
II.14. O Grupo Municipal do PS apresentou a saudação «Às medidas políticas inscritas no OE
2020 de reforço do poder local», subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 14)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PS, é uma saudação «Às medidas políticas
inscritas no OE 2020 de reforço do poder local», subscrita por Bruno Barata que tem a palavra se
faz favor.”
Bruno Barata, do PS, disse: “O orçamento de Estado para 2020 reforça significativamente o poder
local as transferências vão ser reforçadas em 278 milhões de euros que significam mais 10% que
em 2019 é o maior crescimento de sempre em transferências para as autarquias desde 2012, pela
primeira vez também em 2020 as Câmaras Municipais vão usar os saldos de gerência de execução
orçamental logo no início do ano, e também a proposta de OE 2020 inclui a possibilidade de
empréstimos destinados para o financiamento do investimento em programas de arrendamento
urbano ... (Aqui o Sr. Presidente interrompeu para dizer que o PS já não tinha mais tempo para
continuar)...
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, então o PSD passou 1 minuto e 30 a mesa não
deu por isso, não anulei, todos têm agora 1 minuto e 30, a CDU terá 1 minuto e 30 todos terão 1
minuto e 30.”

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Bruno Barata, do PS, disse: “Como eu dizia antes desta interrupção abrupta eu estava a dizer que a
proposta para o OE 2020 inclui a possibilidade de empréstimos destinados exclusivamente ao
financiamento do investimento em programas de arrendamento urbano e de soluções
habitacionais sendo que estes empréstimos não serão considerados nas dívidas das autarquias e
portanto é dada aqui uma possibilidade a resolverem os problemas habitacionais dos seus
municípios neste sentido do reforço também de 139 milhões de apoio ao programa de Apoio à
Redução do Tarifário dos Transportes Públicos, que o Governo reforçou o orçamento de 2020.
Assim, a Assembleia Municipal do Seixal, na sua 1º Sessão Ordinária de 2020, saúda as medidas
políticas, inscritas no Orçamento de Estado de 2020, reforço do poder local, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, intervenções? Paulo Silva depois António
Santos, portanto têm mais 1 minuto e 30.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Portanto o Partido Socialista veio aqui apresentar esta saudação
defendendo que estamos perante um orçamento de Estado amigo das autarquias locais, ora se ele
fosse assim tão amigo das autarquias locais o Conselho Diretivo da ANMP cujos presidentes é do
Partido Socialista cuja maioria de Câmaras Municipais são do Partido Socialista não tinha emitido
um parecer desfavorável à proposta de lei de Orçamento de Estado para 2020, esta é a realidade
objetiva que o PS quer esconder quer mascarar com esta saudação para além de ter uma mentira
que dá assim a entender que é um aumento das remunerações dos presidentes de Junta desde
sempre mas é sobre isso que o António Santos irá falar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “António Santos se faz favor.”
António Santos, Presidente da União de Freguesias do Seixal, Aldeia de Paio Pires e Arrentela
disse: “De uma forma muito rápida gostaria de perguntar ao Bruno onde é que estão os aumentos
de 3% de remunerações para os presidentes de Junta, agora, eu acho que nós temos que ser claros
e concretos quando colocamos determinadas questões e se possível ser mais objetivos, aliás o que
está aqui do aumento das verbas de remunerações de 3% para os presidentes de Junta pode e com
certeza que induz, não é clara e pode induzir em erro, o que nós estamos a falar não é disso o que
nós estamos a falar aqui muito provavelmente são os novos presidentes de junta que entretanto
criaram condições para poderem estar (…) e da forma como isto está escrito pode induzir que há
uma aumento de verbas dos presidentes de junta que é coisa que já não acontece há uma série de
anos e convém dizer que antes pelo contrário foram retirados foi 5% às remunerações dos eleitos
locais presidentes de junta muito em concreto tiveram aquando da troica que nunca foram
restituídos, já para não falar na comparação destes 3% com os 0,3% previstos de aumento para os
trabalhadores da administração pública, era só deixar este comentário que em muito eu acho em
nome da verdade, obrigado.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Bem eu inscrevo-me para uma
brevíssima intervenção, não podia deixar de o fazer enquanto Vice-presidente da Associação
Nacional de Municípios e acompanharei o processo quer nas reuniões com o Governo e portanto
aquilo que é positivo no Orçamento de Estado e o que é preventivo e foi e o que é negativo, que a
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ANMP emitiu o parecer desfavorável e na Assembleia da República a maldição das duas comissões
(…) e a primeira questão é que o Orçamento de Estado não cumpre a lei das finanças locais o qual
fizemos o exercício sobre esta matéria mas o OE não cumpre a lei que o próprio Partido Socialista
aprovou na Assembleia da República, ou que levou à Assembleia da República, portanto são
menos 35 milhões por incumprimento da lei, o resto é um aumento da lei não há aqui parece que
o Governo é pá vamos fazer uma transferência mais é o que a lei prevê não é nenhum acréscimo,
mais, se de facto a alteração à lei das finanças locais não tivesse já o titulado 3 anos de
incumprimento à lei das finanças locais até 2021 ou seja o (…) ficava no orçamento de Estado, bom
esses 290 milhões de euros eram (…) e só no próximo ano é que é cumprida por inteiro a lei das
finanças locais, mas em concreto só por este exemplo só para ficar com esta ideia de
incumprimento em 35 milhões de objetivos o fundo social municipal em 2020 é menor, são 190
milhões de euros e faltam 35 milhões aí, é menor do que em 2009 o que é positivo é positivo agora
o que é negativo é claro, e por isso que por unanimidade o conselho diretivo emitiu parecer
desfavorável. Bom, mais alguma intervenção? Dou a palavra do Sr. Presidente da Câmara.”
O Presidente da Câmara Municipal disse: “De facto assim é existem muitas medidas que são
necessárias para podermos ter maior capacidade em termos da nossa intervenção os municípios
Portugueses relativamente àquilo que são as contribuições de Estado ou participação dos impostos
do Estado estão muito distantes do que é a União Europeia, por isso ninguém tem dúvidas que
com mais receitas ou com maior participação do Estado os municípios portugueses teriam maior
capacidade para continuarem a ser o grande motor do desenvolvimento local, por isso esta
saudação portanto é muito limitada daquilo que deveria ser na verdade um programa de reforço
do poder local do reforço da nossa capacidade e portanto o que aqui está expresso aquilo que
foram as medidas no Orçamento de Estado 2020 são muitíssimo limitadas devia e poder-se-ia ter
ido muito mais longe em prol dos projetos e do desenvolvimento das autarquias em Portugal.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o proponente se o entender, não,
muito bem então vamos colocar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº14/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Vinte e um (21) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
 Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do BE: 3
Do grupo municipal do PAN: 1

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 Onze (11) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A Saudação foi rejeitada com os votos contra da
CDU, do PSD, do CDS e do SFF, e a abstenção do BE e do PAN, e os votos a favor do PS. Há alguma
declaração de voto? Rui Mendes se faz favor.”
Rui Mendes, do PSD, em declaração de voto, disse: “Apenas duas observações, primeira nós
votámos contra porque estamos outra vez a saudar neste caso a Assembleia da República, nós não
o fazemos pura propaganda, em segundo lugar estamos coerentes com a nossa reputação no
parlamento ao contrário de outras bancadas que aqui estão.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma declaração de voto? Não. Então
passamos para a última que é um voto de pesar.”
II.15. O Grupo Municipal do PS apresentou voto de pesar «Pelo falecimento de Joaquim Pina
Moura, subscrita por Bruno Barata.
(Documento anexo à Ata com o número 15)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “É do PS o voto de pesar «Pelo falecimento de
Joaquim Pina Moura, subscrita por Bruno Barata, se faz favor.”
Bruno Barata, do PS, leu integralmente o documento anexo à Ata com o número 15.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Isto é o exemplo do que não é um voto de pesar o que estamos aqui
assim é perante um ataque ao PCP e o antigo comunismo primário de que salienta as várias
agruras que sofreu no PCP e isto é o que não deve ser, aconselho os eleitos do Partido Socialista a
verem o voto de pesar apresentado na Assembleia da República que teve o voto nosso voto
favorável aqui assim o antigo comunismo primário que aqui está e depois acaba com uma
provocação para ser enviada ao PCP, nós iremos votar contra.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quem é que pretende intervir com os tempos que
ainda tem? Vítor Cavalinhos.”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Ora muito bem, eu não sou do PCP e nem do PS, também nunca
fui, e não tenho nenhum problema; agora esta moção isto não é nenhum voto de pesar isto é um
ataque ao PCP e é utilizado voto de pesar para fazer de facto um ataque ao PCP que não é o meu
partido mas o qual merece respeito, aliás como todos eles; e portanto isto parece que é uma
provocação parece que é um divertir, parece que é uma brincadeira, parece que é uma diversão, é
um bocado a brincar com as pessoas, isto é uma tentativa de gozar com o PCP e acho que isto não
é nenhum voto de pesar, aliás eu vou acabar já, nenhum voto de pesar aqui foi posto à
consideração sobre qualquer personalidade e, portanto, este enquadramento isto a história
principal do Pina Moura é a história dos seus méritos intelectuais que foi aqui trazido mas a
história principal deste voto de pesar é o seu relacionamento e divergência com o PCP, mas isso é o
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principal para uma pessoa honrar uma pessoa esse é o principal motivo de que o Pina Moura
merece ser honrado é pelo seu relacionamento e pela sua divergência e pelo seu conflito com o
PCP? Portanto este voto de pesar é, isto não é nenhum voto de pesar é um voto de exercício de
conflito com um partido desta Assembleia que tem o seu posicionamento, que tem as suas ideias,
agora o problema do ponto de vista democrático e do ponto de vista do respeito pelas pessoas, já
agora pelos membros do PCP, portanto acho que isto não adianta nada e já agora quando se fala
em estabelecer pontes, isto não é nada, portanto isto é um voto de pesar de andar à canelada e
não adianta coisa nenhuma. Portanto o Bloco de Esquerda vai votar contra este voto de pesar.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bom, o PS não tem tempo se quiser ter tempo
peça. Ah, ponto de ordem.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Quer dizer, isto está a haver de facto uma dificuldade de
procedimentos; a última intervenção que foi contada ao PCP, ou que não foi contada ao PCP, foi a
intervenção do Presidente Alfredo Monteiro, não foi de todo contabilizada, nós contabilizamos ali,
foram 2 minutos, excedia o tempo do PCP a partir desse momento que eu chamei à atenção mas a
mesa concedeu ao Paulo Silva que falasse apesar do tempo da CDU estar esgotado; a única coisa
que pedi é igualdade de tratamentos, e mais, já houve no passado situações idênticas que cai
sempre para os mesmos e cai sempre para o PS em que foram apresentados votos de pesar que
tendo em conta que eram votos de pesar que se prescindiu da questão do tempo portanto a única
coisa que nós aqui pedimos é igualdade de tratamento em relação às outras bancadas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Pois mas isso no voto de pesar foi decidido na
reunião de líderes aí não tem palavra, é pá porque entretanto essa coisa de uns que acham que
são coitadinhos que são prejudicados etc. etc. porque na intervenção do Bruno Barata foi um
problema técnico é que não se contou, e o Rui assumiu essa responsabilidade, e devia-se ter
contado o tempo que se esteve a pedir tempo porque o PS sabe, o Bruno Barata sabe que antes de
ir para ali qual é o tempo que tem; e se precisava de mais tempo tinha que o ter pedido antes o
tempo que esteve ali mais de 1 minuto até ter tempo, portanto o PS não está prejudicado em nada
que fique claro porque o tempo não foi contado e deveria de ter sido porque é um problema do PS
porque o Bruno quando foi para ali só tinha 30 segundos e portanto queria falar 2 minutos e não
pediu tempo, desculpem lá cada um organize-se e o tempo não foi contado e deveria de ter sido
contado e portanto o PS não está aqui a ser prejudicado coisa nenhuma primeira questão, agora se
há aqui um problema com os tempos na Assembleia Municipal temos que reunir com os líderes,
bom, o que é que a mesa considera? Bom, o entendimento da mesa é que só quem tem tempo é
SFF mais ninguém tem tempo, é pá isto está a ficar uma brincadeira (…) nós vamos acabar com isto
dos tempos que não é nada, os tempos são para completar não são para intervir e portanto não há
mais cedência de tempo a partir de agora não há mais cedência de tempo, o que está acordado
entre os líderes e a mesa é se são pessoas crescidas e responsáveis todos, todos, começando nos
eleitos da Assembleia e na mesa é que o pedido a outros partidos e a cedência de tempos (…) e
portanto não há mais cedências de tempo nesta Assembleia hoje quem tem tempo pode intervir é
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SFF e o PAN são os que podem intervir certo, os outros não podem. Bruno Barata em defesa da
honra? Se faz favor.”
Bruno Barata, do PS disse: “Eu queria dizer que não pedi e não admito que chamem a este voto de
pesar que é gozar ou que é instável a história do homem é a história do homem, ele lutou contra o
fascismo corajosamente (...) do Comité Central, contribuiu para o País como deputado e como
governante e portanto esta é a história e a história não é para branquear.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Há mais alguma defesa da honra? Samuel, é isso?
Se faz favor, é regimental.”
Samuel Cruz, do PS, disse: “O ponto de Ordem destina-se a discutir a forma como os trabalhos
estão a ser conduzidos eu quero que este ponto de ordem tem três itens diferentes, o primeiro é a
discriminação em relação ao que se está a passar nesta Assembleia foram prometidas a todas as
outras forças políticas que cedessem tempos agora quanto ao ceder tempo ao Partido Socialista o
Sr. Presidente da Assembleia entende que mais ninguém pode ceder tempos e que não há nenhum
tipo de cedências primeira (…) o surgimento no primeiro ponto de ordem do Partido Socialista
deve de ser dentro desta Assembleia o mínimo de independência que se exige ao Sr. Presidente da
Assembleia é a igualdade de tratamento entre as diferentes bancadas isso não está a acontecer,
em segundo lugar também na igualdade de tratamento tem que haver equidade dumas
Assembleias Municipais com outras Assembleias Municipais já no passado mas neste mandato
sobre esta presidência foi entendido que apesar de uma bancada não ter tempo podia apresentar
um voto de pesar tendo em conta a matéria sobre o que versava, aquilo que o Partido Socialista
pede é equidade na distribuição de tempo na (…) como aconteceu já hoje aqui o que pede é
igualdade naquilo que já aconteceu noutras Assembleias Municipais e o que pede ao Sr. Presidente
da Assembleia Municipal é contenção e brio no seu trabalho; o Presidente da Assembleia
Municipal jamais pode dizer aquilo que o Sr. Presidente acabou de dizer (…) não há qualquer tipo
de independência na condução desta e acho que no mínimo que conheço e que pode fazer é (…)
naquilo que aqui disse.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A gente vê isso, mas o que é isso aqui? O que é
isto? Ponha-se a andar, então o senhor permite-se fazer o que quer na Assembleia, até atacou o
antigo Presidente da Câmara várias vezes aqui, ataca o atual e ataca o antigo, e faz o que lhe
apetece, não lhe admito essa conversa, desculpe lá, o senhor é que é prepotente, o senhor é que é
prepotente, acabou! Paulo Silva se faz favor.”
Paulo Silva, da CDU, disse: “Sobre esta questão vou dizer o seguinte, é pena que hoje não esteja
presente aqui a eleita do Partido Socialista, Sara, que na mesa várias vezes se insurgiu e disse que a
questão da cedência de tempos era para complemento de intervenções e não para novas interven-
ções; isto está gravado e pode ser visto, que não foi permitida a minha intervenção sendo da CDU
porque tem que ser igual para todos e foi considerado que era uma nova intervenção quando a
CDU já não tinha tempo; o que o Partido Socialista está hoje aqui assim a querer e na próxima reu -
nião de líderes com a mesa presente eu irei questionar a eleita do Partido Socialista Sara sobre
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esta questão, o Partido Socialista está a querer aqui uma questão de exceção que não houve nou-
tras circunstâncias e nomeadamente sobre a minha pessoa que eu não pude intervir para novas in-
tervenções mesmo com cedência de tempos de outras bancadas.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nós na próxima reunião de líderes podemos ver,
voltar a ver esta questão, mas a questão é clara e creio que nenhum dos líderes que está aqui
acordou e nós não acordamos está no memorando da reunião de líderes além de ser verídico está
escrito na ata da reunião de líderes, os senhores têm, é que a cedência de tempo é para completar
não é para se apropriar do tempo para si próprio para o grupo municipal (...) sobre isso não há
dúvida de espécie nenhuma e o que eu ia apresentar era no quadro onde se acordou de não haver
tempo em algum voto de pesar poderem apresentar, que não foi o caso, havia tempo utilizaram o
tempo e esgotaram o tempo e agora não podem pedir o que não está acordado entre nós e escrito
em ata e volto a repetir que a própria Sara 2.ª secretária chegou a chamar a tenção e portanto não
há aqui nenhuma má condução do Presidente da Assembleia e nenhuma descriminação ao PS foi
aquilo que se acordou eu vou-vos dar a ata a ata na próxima reunião vou-vos dar a ata para que
não haja dúvidas sobre isso, nós discutimos isso uma série de tempo a questão dos tempos e (…)
foi essa dos tempos dos outros partidos não é (…) senão subvertia em completo essa divisão de
tempo, o tempo é para completar e vamos ver como é que isso vai ficar que já estou a ver um
abuso especial nesta matéria e vamos ter que discutir isso, portanto sendo assim pergunto dentro
dos que têm tempo o PAN e SFF se pretendem intervir? Não, então vamos passar à votação.”
Rejeitada a Tomada de Posição nº15/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Dezanove (19) votos contra dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do presidente da JFFF: 1
 Dezassete (17) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Portanto o voto de pesar foi rejeitado com os votos
contra da CDU, do BE e do SFF, e o voto a favor do PS, do PSD, do PAN e do CDS, há alguma
declaração de voto? Samuel Cruz e Paulo Silva a seguir e Duarte Correia. Samuel Cruz.”
Samuel Cruz, do PS, em declaração de voto, disse: “A declaração de voto desta matéria é uma
situação que diz o seguinte: A doença e a morte de quem quer que seja não podem constituir em
circunstância alguma arremessos de luta política; reconheço sobremaneira após o 25 de Abril que
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as suas nunca foram coincidentes com as minhas no entanto para memória futura de que hoje
estarão vivos e amanhã poderão não estar, dos mortos ou se fala bem ou não se diz nada. Pedro
Mogárrio, Presidente da Assembleia de Freguesia da Amora.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ora, a seguir Paulo Silva.”
Paulo Silva, da CDU, em declaração de voto, disse: “Espero que o Samuel tenha registado para o
futuro o que acabou de dizer que a vida e a morte de alguém não pode ser arma de arremesso
político para aprender e ensinar ao Partido Socialista como deve de fazer votos de pesar para não
vir a reboque de um bote de ar com armas de arremesso político que foi o que fizeram, lamento
profundamente que o Partido Socialista não tenha estado à altura no voto de pesar que
apresentou de honrar o nome de Joaquim Pina Moura que merecia pelo seu saber intelectual,
portanto quanto ao resto nós discordámos temos memória pela pessoa não podemos é aceitar
que venham aqui assim utilizarem o nome dele como armas de arremesso.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Duarte Correia.”
Duarte Correia, do PSD, em declaração de voto, disse: “Bom, em relação a este voto de pesar e a
todos os votos de pesar o Partido Social Democrata tem uma política muito clara que é, o voto de
pesar não pode servir de arremesso político, e não posso deixar de lembrar aqui o Sr. Presidente e
todos os eleitos que em novembro de 2017 nesta mesma Assembleia o Partido Social Democrata
apresentou um voto de pesar pela morte do Francisco Trancão treinador de futebol do Paio Pires
Futebol Clube e o Sr. Presidente não admitiu que esse voto de pesar fosse votado nessa
Assembleia porque o Partido Social Democrata não tinha tempo o Partido Social Democrata na
Assembleia seguinte apresentou o mesmo voto de pesar e foi votado, portanto isto já foi nessa
Assembleia e o Francisco Trancão nem sequer era militante do Partido Social Democrata aliás acho
que nem sequer partido político ele tinha, era um treinador de futebol das camadas jovens do Paio
Pires Futebol Clube, era só.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Só agora dar uma nota não é uma resposta, mas é
bom que os líderes transmitam aquilo que se aprova porque em relação ao voto de pesar que o
Duarte colocou há bocado foi na sequência de um entendimento de líderes; portanto o Duarte se
não tinha conhecimento disso não posso fazer nada. Portanto está terminado o Período de Antes
da Ordem do Dia, vamos para 10 minutos de intervalo.”

III. PERÍODO DA ORDEM DO DIA


III.1. Suspensão de Mandato de Maria João Evaristo de Oliveira Santos.
(Documento anexo à ata com o número 16).
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A Mesa e os líderes chegaram a um entendimento
em relação à continuidade da Assembleia porque vamos entrar no período da ordem do dia e não
é possível terminar em tempo útil a Assembleia. O que definimos é que a Assembleia, nós hoje
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vamos deliberar até ao ponto de informação da Câmara, ou seja, apreciação de informação da
Câmara e apreciação de informação do Sr. Presidente da Câmara e depois a Assembleia irá
continuar esta sessão na terça feira, às 20 horas. Foi o entendimento a que chegámos: mesa e
líderes em relação à sequência. Sendo assim, o primeiro ponto é a suspensão de mandato de
Maria João Evaristo de Oliveira Santos e a sua substituição na sequência da deliberação da
suspensão de mandato que se dará lugar com o Gonçalo Rui Oliveira que a seguir à suspensão
pode ocupar o seu lugar. Pergunto se há alguma questão em relação à suspensão de mandato?
Não havendo está aprovada a suspensão de mandato”.
Aprovada a Deliberação nº 1/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta (36) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 15
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1
III.2. Informação do trabalho em curso das Comissões da Assembleia Municipal.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Neste momento temos uma nova organização do
quadro das comissões, tendo em conta o quadro da organização dos pelouros da câmara e plano
de atividades e portanto, dou a palavras aos coordenadores, uma informação síntese do trabalho
desenvolvido em cada uma das comissões. Quem quer usar da palavra?”.
Maria Júlia Freire, da CDU, disse: “A comissão da cultura, participação, habitação, juventude e de-
senvolvimento social reuniu duas vezes. Uma delas para aprovar o plano de atividades e depois
com a sra. vereadora para apresentação das linhas gerais das GOP e reuniu no início de fevereiro
para concluir o plano de atividades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Américo Costa”.
Américo Costa da CDU, disse. “Uma pequena nota sobre os trabalhos da comissão permanente de
educação, urbanismo e recursos humanos, duas reuniões, cumprindo o calendário, quer de indica-
ção do coordenador, quer da elaboração de um pequeno plano de atividades. Temos condições
para o funcionamento normal a partir de agora. Podemos dizer que a primeira reunião está já
agendada sobre o tema urbanismo. Aliás, decidimos conforme o programa que cada uma daquelas
grandes áreas é assim, sujeita a uma reunião, área de educação, urbanismo e recursos humanos.
Começámos pelo urbanismo e já tivemos com a Sra. Vereadora Maria João Macau. Tivemos já a

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possibilidade de anunciar a reunião para o dia 26 de março. Vão ser avisados os membros da co-
missão pelos métodos habituais mas desde já podem agora agendar essa matéria”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “A comissão de desenvolvimento estratégico reuniu, elaborou o seu
plano de atividades. É uma comissão que reúne sempre antes de cada assembleia municipal, tendo
em consideração que há cinco assembleias municipais ordinárias, vimos que no intervalo dessas
assembleias reunimos nos meses em que não houver assembleias com temas específicos, sendo
que o próximo será sobre o turismo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Custódio Carvalho”.
Custódio Carvalho, da CDU, disse: “A comissão permanente de desporto, obras municipais,
fiscalização e trânsito reuniu em janeiro, já marcámos a próxima reunião para dia 18 de março em
que vamos ter a presença do Vereador, o tema da reunião será as obras municipais e
paralelamente a essa reunião vamos também entregar o plano de atividades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções? Nuno Graça”.
Nuno Graça, da CDU, disse: “A comissão permanente de ambiente, bem estar animal, serviços
urbanos e proteção civil à semelhança das anteriores também reuniu, foi feita a planificação das
atividades para 2020 apesar do que alguns referiram de que o funcionamento das comissões não
ter sido o ideal até então, devo dizer que nesta comissão tivemos várias reuniões. Não obstante,
estão reunidas as condições para ainda funcionar melhor”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Não sou a coordenadora de património cultural mas dado que a
coordenadora não está presente, dar aqui também informação à assembleia se me permitir dizer
só que esta comissão também reuniu duas vezes neste período, tivemos oportunidade de reunir
com o vereador para discutir as disponibilidades relativamente às questões do património cultural
e preparar também o plano de atividades”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação às comissões permanentes intervieram
todos, em relação às comissões especificas, a comissão especifica de realojamento reuniu com o
desenvolvimento estratégico e a comissão de desenvolvimento social no quadro até da ordem de
trabalhos, propostas que a câmara sobre Vale de Chicharos e há uma agenda que já foi entregue
aos lideres, terá concretização nos próximos meses onde participará também o Sr. Presidente da
Câmara. Em relação às restantes comissões: hospital e restauração das freguesias e das questões
ambientais da Siderurgia Nacional. Não sei se em relação às comissões há mais alguma questão
que queiram referir? Não, havendo passamos para o ponto seguinte”.
III.3. Ata n.º 04/2019 – 2.ª Sessão Ordinária de 15 de abril de 2019. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 17 )

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Não podem votar por não terem estado presentes
da CDU: Paula Santos, Custódio Carvalho e Gonçalo Rui Oliveira e do PS: Tomás Santos, Sérgio
Ramalhete e Maria Virgínia Dias. Algum assunto sobre esta ata que queiram colocar? Faz favor
André”.
André Nunes, do PAN, disse: “Só para perguntar se sobre esta ata houve algum problema com a
gravação.”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Em relação a esta ata André? Esta ata que se
encontra para deliberação … que estamos aqui a apreciar. Esta não, portanto, a ata é de abril,
certo? Era esse esclarecimento? Sim senhor! Então sendo assim, consideramos aprovada esta ata e
suspendemos aqui a Assembleia Municipal, prossegue na 3.ª feira às 20 horas”.
Aprovada a Deliberação n.º 2/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 13
- Do grupo municipal do PS: 8
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do PAN: 1
- Do grupo municipal do CDS-PP: 1
- Do presidente da JFFF: 1

2ª Reunião, dia 3 de março de 2020

III.4. Apreciação de informação da Câmara, sobre a atividade desta, nos termos e para efeitos
das alíneas a) e b) do n.º 2 do art.º 25.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 18)
III.5. Apreciação de informação do Presidente da Câmara, sobre a atividade do município e
situação financeira do mesmo, nos termos e para efeitos da alínea c) do n.º 2 do art.º 25.º do
Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.
(Documento anexo à ata com o número 19)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Face à importância da matéria, julgamos ser útil e
faremos essa distribuição como naturalmente sempre que se entender se fará em relação à
documentação que seja útil para os membros da Assembleia. Nesse sentido, dou a palavra ao Sr.
Vice Presidente... Se é ponto de ordem tem que falar dali!”.

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Bruno Barata, do PS, disse: “Agradecendo o parecer da Associação Nacional de Municípios
Portugueses sobre o Orçamento de Estado, eu próprio enviei na 6.ª feira, fiz um pedido ao
Presidente da Assembleia Municipal através dos serviços também para divulgar e clarificar esta
assembleia da posição do Partido Comunista Português numa proposta de resolução da
Assembleia da Republica em 2004, salvo erro, sobre o aeroporto de Alcochete, então
manifestando alguma relutância, eu enviei este documento, essa proposta, na 6 feira, como
também está na ordem do dia eu apelava ao Sr. Presidente para também partilhar com os
presentes, obrigado”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tudo o que seja de apoio aos membros da
assembleia para a sua atividade, naturalmente que não há nenhuma questão sobre isso. O
documento chegou ontem. Aliás, sobre esta matéria estamos a falar de uma questão tão
importante que continuaremos o debate, eu próprio até tive oportunidade de ter espaço e até de
ter intervenção porque eu era Presidente da Associação de Municípios da Região de Setúbal e
acompanhei por dentro, como se compreende o processo. Conheço muito bem o processo de
Alcochete, tive uma participação ativa nas funções que desempenhava e terei todo o gosto em
poder participar".
O Vice Presidente da Câmara Municipal disse: “Em relação ao ponto de apreciação da câmara
sobre a atividade desta foi distribuída a informação e ficaria disponível para as perguntas que os
srs. eleitos quisessem fazer”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Inscrições? Então, tem a palavra Luís Gonçalves”.
Luís Gonçalves, do PS, disse: “A primeira coisa que eu gostava de perguntar é se houve descargas
de esgotos na baía e não me responderam mas eu gostava de saber é se a câmara faz o controlo,
quais são os dias, se os contabiliza, especificamente em que houve descargas de esgotos na baía,
ou seja, se tem essa informação. A segunda questão que eu queria colocar é acerca do anúncio de
um festival que vai acontecer no Seixal, o VillaMix, eu gostaria de saber se a Câmara Municipal do
Seixal vai criar algum tipo de contrapartida, estou a falar do pagamento do espaço, eventualmente
ofertas de bilhetes seja o que for, relativamente à organização deste evento que se vai levar a cabo.
A terceira questão, eu confesso que tenho aqui uma dificuldade em situar-se se devo colocar isto
aqui neste ponto ou no ponto que tem a ver com o realojamento de Vale de Chicharos mas
efetivamente o ponto que tem a ver com o realojamento de Vale de Chicharos tem haver com a
compra de imóveis que estão especificados. Eu gostava de saber qual é a estratégia que vão ter e
se vai responder neste ponto da ordem de trabalhos sobre as habitações que se vão comprar ”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Sérgio Ramalhete”.
Sérgio Ramalhete, do PS, disse: “Eu tinha duas questões a colocar, muito se fala nelas, nestas
assembleias mas a verdade é que ainda não consegui perceber o projeto que a Câmara tem para o
nosso município. Relativamente à informação de que dispomos, quais os projetos cuja câmara
municipal recorre a fundos europeus, o valor total desses projetos, quais foram aprovados neste

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caso, qual o valor co-financiado pela (...). Relativamente à empresa Business Portugal gostava de
perceber porque que é, o que é que ela faz? Quais os projetos de desenvolvimento para o
município?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Queria em primeiro lugar solicitar à Câmara Municipal que
operacionalizasse o seu gabinete de comunicação não apenas para promover os vereadores da
CDU no Boletim Municipal e também para melhorar a comunicação dos documentos que chegam
aos eleitos municipais através destes relatórios, uma vez que parecem documentos que foram
escritos e impressos numa tipografia dos anos 70. No âmbito do pelouro da educação, em primeiro
lugar temos a preocupação com o facto de verificar que praticamente todas as escolas do concelho
que estão em obras, pelo menos nas intervenções que eu verifiquei. Só eu contei 30 escolas
intervencionadas, queria perguntar ao Sr. Presidente da Câmara e à Sra. Vereadora da Educação o
seguinte: nas áreas de intervenção, uma palavra para a remoção do amianto, na penúltima reunião
da comissão permanente deste pelouro, ainda no anterior figurino, a Sra. Vereadora Manuela
Calado prometeu que o amianto seria totalmente removido até à pascoa, tendo em conta que a
pascoa é daqui a um mês e a palavra amianto não se encontra no relatório. Pelo menos eu não
encontrei. O que está feito? Queria perguntar! Se calhar há um dossier para verificar, nós é que
não sabemos! Por fim encontrei várias referencias às refeições escolares. No entanto, à cerca de
um ano foram conhecidas várias noticias sobre o deficiente serviço de refeições escolares nas
escolas do concelho. Eu próprio, pessoalmente conheço bem esta situação por razões familiares,
queria então perguntar se tinham apurado as responsabilidades sobre esta matéria na altura e se
sim, a que conclusões a câmara municipal chegou?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Armando Farias”.
Armando Farias, da CDU, disse: “Queria colocar duas questões ao executivo, uma é sobre o evento
realizado em fevereiro, da Nauticampo, em que a câmara tem tido sempre presença habitual, dizer
alguma coisa sobre a presença deste ano. A outra questão prende-se com a baía do Seixal, temos
conhecimento de que há um conjunto largo de projetos para a baía do Seixal, a minha pergunta é
no sentido de saber se nos podia dizer alguma coisa sobre isso”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Luísa Gama”.
Luísa Gama, do PSD, disse: “Tinha aqui um conjunto de questões muito especificas. A primeira é
relativa a Fernão Ferro e à Rua António Baldaque da Silva sobre a qual nos chegou algumas
informações, queixas por falta de alcatroamentos que gostavam de ver em breve alcatroar.
Relativamente a Corroios se tem alguma ideia de quando é que será resolvido o problema da
iluminação dos estacionamentos da Av. Luís Grácio e também ainda relativamente a Corroios e à
escola João de Barros, sabemos que a Câmara Municipal ficou de contactar as Infraestruturas de
Portugal para a colocação de pilaretes junto à escola por causa da segurança no estacionamento,
saber se isso já foi efetuado? Qual é a situação? Relativamente a Fernão Ferro chegaram-nos

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algumas informações sobre saneamento básico, aparentemente a população está preocupada com
as condutas da água e o amianto haverá a possibilidade de nos esclarecer sobre isso e até que
ponto pode ou não ser problemático”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “João Rebelo”.
João Rebelo, do CDS/PP, disse: “Muito rapidamente algumas perguntas, se a Câmara tem
conhecimento de falta de internet e problemas informáticos na escola da Quinta da Princesa e em
relação à promessa da construção do CROAC´s Seixal, quando é que se vai conhecer? Para quando
a continuação da construção da alternativa à Estrada Nacional 10, em Corroios e Amora? Uma
pergunta que acho que foi feita pelo Partido Socialista tem a ver com os tais 900 milhões de euros
que a câmara anunciou de investimentos para o concelho do Seixal, sabendo alguns porque nas
reuniões das comissões com o Sr. Presidente da Câmara e com o vereador … mas estamos aqui
numa sessão pública, no sentido de saber exatamente o que estamos a falar, o prazo da sua
resolução, o que vai sair dos orçamentos da Câmara Municipal, o que vem através dos fundos, do
dinheiro que vem do Estado Central, estamos a falar exatamente de que prazo de conclusão?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Almira Santos se faz favor”.
Almira Santos, da CDU, disse: “Gostava de perguntar acerca da Aldeia Natal, queria saber como
correu a iniciativa e qual o impacto que teve na promoção do Seixal na Área Metropolitana de
Lisboa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “André Nunes”.
André Nunes, do PAN, disse: “No último ano têm sido aqui repetidas denuncias que vão no
sentido do incumprimento do horário de funcionamento de alguns estabelecimentos do concelho,
quer na zona ribeirinha de Amora e no núcleo urbano do Seixal, algo que tem repercussões não
apenas ao nível dos moradores mas também a nível da segurança. Em resposta a um requerimento
que lhe dirigi sobre a afixação ilegal de propaganda, o sr. respondeu dizendo e vou citar: «que a
divisão de fiscalização municipal dispõe apenas de 14 fiscais em intervenção num conjunto muito
vasto e diversificado de áreas». O que lhe quero perguntar é se reconhece ou não a urgência de
reforçar os meios humanos da divisão de fiscalização e se sim, se tenciona e quando proceder ao
seu reforço? Relativamente aos problemas ambientais em Paio Pires e fique descansado que não
lhe vou perguntar porque razão os prazos para apresentação dos estudos continuam a ser
interrompidos, a verdade é que a versão mais recente do (...) da Câmara é que os estudos
apresentados pelas entidades externas continham erros técnicos e que por esse motivo foram
devolvidos; o que lhe quero perguntar é que erros técnicos foram esses? E se à luz dos mesmos a
Câmara mantém a confiança na entidade que realizou o estudo. Outro tema e relacionado com o
programa «O Chapim vem ao Seixal» estamos em plena época da lagarta processionária, em
fevereiro de 2018, foi aprovada nesta assembleia uma moção do PAN com dois pontos: um que
instaga a Câmara Municipal a recuperar, capitalizar e a tornar ativo o programa «O Chapim vem ao
Seixal», o outro que instaga a Câmara a difundir anualmente com especial incidência nos meses de

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janeiro a abril os perigos da lagarta e os cuidados a ter com o mesma. O que lhe pergunto é porque
razão só neste último ponto foi implementado? Depois, outra questão relacionada com o apoio à
tauromaquia no concelho, no dia 27 de abril esta assembleia aprovou uma moção do PAN que
instaga a câmara municipal a revogar todos os apoios diretos e indiretos à atividade tauromáquica
no concelho, assumindo dessa forma uma posição de neutralidade face ao espetáculo de
tauromaquia. A algumas semanas deparámo-nos com um espetáculo taurino que teve lugar no
concelho, a ser promovido com o logótipo da Câmara Municipal, o que lhe pergunto é se o
executivo apoiou realmente o evento e se desrespeitou a vontade da maioria desta assembleia ou
se não apoiou e nesse caso, pergunto o que vai fazer a câmara relacionado com a utilização
indevida da imagem Câmara Municipal pelos organizadores do evento. Outra pergunta relacionada
com abrigos de animais e com o regulamento de proibição de animais, no dia 5 de julho de 2018
esta assembleia também votou favoravelmente a moção do PAN pela permissão de alimentação de
animais na via e outros espaços públicos e pela alteração do regulamento municipal que proíbe a
alimentação de animais na via e outros espaços públicos. Há pessoas neste concelho a serem
ameaçadas com contraordenações por estarem a fazer um trabalho que é competência da
autarquia. O que lhe pergunto é se tenciona respeitar a vontade desta assembleia, uma vez mais, e
se sim, quando é que pensa estar atualizado para (…) aos cuidadores de animais no concelho.
Ainda sobre a matéria de bem estar animal, pergunto-lhe se há alguma vontade do município para
acolher a proposta do PAN em criar abrigos para os animais comunitários? Outra pergunta
relacionada com códigos de conduta: a Lei 52/2019 estabelece entre outras coisas que os
municípios devem aprovar códigos de conduta e que desenvolvam as questões ligadas às ofertas
aos eleitos e publica-los e divulga-los nos respetivos sítios da internet. Segundo o artigo 25.º, n.º6
desta Lei, o prazo para aprovação deste código tem 130 dias, ou seja, até 25/10/2019, dado que
estamos em março e aquilo que saiu foi no passado dia 21 de fevereiro, o que lhe pergunto é se
tem ou não a Câmara Municipal intenção de cumprir com esta legislação. Por último, relacionado
com o pagamento de senhas relacionadas com o ultimo ato eleitoral há pessoas que dizem ainda
não ter recebido o valor das gratificações, segundo informação obtida junto dos serviços da
Câmara Municipal todas as gratificações já foram processadas, membros das mesas que não
receberam, é importante perceber a disponibilidade da autarquia para no futuro e à semelhança
do que acontece noutros municípios adiantar verba aos membros das mesas de maneira a que
estes não fiquem meses à espera, pergunto-lhe se a Câmara Municipal pensa ainda corrigir essa
situação?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vítor Cavalinhos”
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Seis questões. A primeira delas, queria abordar a questão dos 900
milhões de euros, nós já em câmara Municipal e também aqui na Assembleia Municipal tivemos
ocasião de colocar algumas questões, é que 900 milhões de euros é quase nove meses mais que o
orçamento municipal que nós aprovámos para 2020, vamos reincidir nas questões que colocámos
sobre esta matéria, nomeadamente: os 900 milhões de euros de investimento são para quantos

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anos? Os projetos que se referem esse investimento sendo que alguns deles não são de
investimento municipal mas a forma de resolver este problema é investimento municipal qual é o
investimento municipal desses 900 milhões de euros, qual é o investimento do Estado Central? e
qual é o investimento privado e quais são os projetos e qual é o limite de intervalo para esse
investimento de 900 milhões de euros? Quantos anos para quantos mandatos? A ideia dos
projetos que já estão contratualizados ou aqueles que a Câmara pode prestar sobre esta matéria
são (… ) milhões de euros. Sobre mercados municipais, nós queríamos colocar aqui a questão do
mercado da Cruz de Pau, quando é que se iniciam as obras, como é que está a situação e quando é
que se prevê que o mercado seja reabilitado. Não sendo meu hábito, mas acho que é uma
interrogação que eu coloco aqui. O meu hábito é não querer fazer processos de intenção e
continuo a não fazê-lo, mas de qualquer modo vai-me dando a ideia de que não sei se a opção será
que o mercado definhe e que morra naturalmente porque o Mercado da Cruz de Pau quem lá vai e
eu vou lá muito, vou lá todos os sábados, é que durante a semana cada vez tem menos gente. O
mercado da Cruz de Pau concretamente o que se prevê de facto, iniciar as obras e requalificar o
que está projetado. A informação que temos também na atividade é que foi feita uma (...) na Torre
da Marinha para avaliar as condições para a requalificação e intervenção do mesmo mercado, nós
queríamos solicitar informações mais concretas sobre o estado desta e o que é que nos podem
acrescentar sobre esta perspetiva e sobre esse projeto. Sobre o amianto nas escolas, da
responsabilidade municipal, numa das ultimas reuniões da comissão de urbanismo e educação a
sra. vereadora responsável pelo pelouro respondeu lá que no principio do próximo ano letivo as 14
escolas da responsabilidade e da competência municipal não teriam amianto, queria informação e
gostava de mais informação para que no inicio do próximo ano letivo as 14 escolas da
responsabilidade municipal não tenham amianto. Última questão para o Sr. Presidente nos
confirmar ou não este compromisso. A outra questão sobre o plano pela melhoria da qualidade do
ar na Região de Lisboa e Vale do Tejo, solicitámos informações concretas sobre o ponto de situação
e também achávamos que havendo mais informação que aquela que é colocada graficamente no
relatório, fazia sentido que fosse disponibilizada mais nformação daquilo que existe. Sobre a carta
da qualidade do ar, outra questão que queríamos colocar, no relatório diz-se que o executivo já
recebeu a carta e que nos serviços está a ser analisada, a questão que nós colocamos é quando é
que podem disponibilizar a toda a vereação e à Assembleia Municipal essa carta? E já agora,
também gostava de saber desde quando é que a Câmara recebeu a cartada qualidade do ar. A
ultima questão é em que estado se encontra a elaboração do plano municipal de habitação? “.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Nelson Patriarca”.
Nelson Patriarca, do PS, disse: “A Câmara Municipal do Seixal de acordo com a informação
prestada efetuou uma consulta ao mercado no âmbito do POSEUR para elaborar o projeto de
execução descontaminação dos solos da J. Caetano e Fernando Branco SPEL, sempre nos foi
referido há vários anos que estes passivos ambientais eram da responsabilidade e da intervenção
do Governo, aquilo que pergunto é em que âmbito é que a Câmara Municipal do Seixal está a fazer

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esta consulta ou esta candidatura visto ser uma responsabilidade do governo e historicamente a
Câmara Municipal do Seixal não assumir estas responsabilidades. Em relação à mobilidade elétrica,
diz também o relatório sobre a instalação de dois pontos de carregamento elétrico; tendo em
conta que neste momento no espaço publico não existe nenhum ponto de carregamento elétrico,
ao que julgo saber, apenas em dois espaços privados, queria saber se esta é uma situação que já
teve algum avanço em relação a este quatro trimestre que é o que se referia o relatório ou se pelo
contrário ainda não. Depois falar também aqui sobre uma outra documentação sobre a
monitorização das águas balneares, queremos também referir nesta parte de ambiente, gostaria
de saber se esta informação da monitorização vai em que sentido ou que resultados têm sido
obtidos. Depois, duas questões que aqui já foram colocadas, uma delas tem a ver com a
informação jurídica, penso que aqui já foi colocado que pudesse ser acrescentado alguma
formação sem que isso coloque em causa nenhuma questão de proteção de dados mas a quem é
que se referem estes processos, temos um único processo, temos o valor da causa mas às vezes
não temos muito bem noção, ou pelo menos de que área pode ser relativo. Finalmente, em
relação aos pontos 4 e 5 contêm pdf`s bastante extensos mas que, na verdade, são digitalizações;
isto aqui já foi levantado por mim e por outras pessoas em que eles fossem efetivamente os pdf´s
que são formados, que são gerados para que simplesmente pudessem ser pesquisáveis através de
uma pesquisa normal. ”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fernando Sousa”
Fernando Sousa, da CDU, disse: “Nós gostaríamos de perguntar ao Sr. Presidente da Câmara se nos
pode informar do ponto de situação em que está o processo do hospital do Seixal? Também o
ponto de situação para quando a abertura novamente da urgência pediátrica do Hospital Garcia de
Orta?
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Sem qualquer ponta de ironia ou provocação mas nós PSD temos esta
curiosidade que queríamos hoje esclarecer e temos a curiosidade no sentido em que sabendo nós
que o PCP é normalmente um partido organizado e que fala a uma só voz e portanto, aquilo que se
passa até nas freguesias, com certeza o Sr. Presidente da Câmara está a par e o resto do executivo
e portanto, atendendo que a Assembleia de Freguesia de Amora foi em 2017, ainda no mandato
anterior, apresentada uma proposta pelo PSD, no sentido da instalação de um único posto wifi, foi
recusada essa proposta pelo PCP. Nós queríamos saber a titulo de curiosidade se votaram contra
só porque era o PSD ou se votaram contra para se apropriarem da ideia, como aliás já aconteceu
noutro tipo de temas e noutro tipo de assuntos para apresentarem como vós e para dizer que
agora somos pioneiros do wifi e etc. Esta era a primeira pergunta, se a proposta na altura foi
recusada só por ser do PSD. Depois, aproveitando a pergunta do Sr. eleito Armando Farias, a
presença do município na Nauticampo, queríamos perguntar quanto dispendeu o município a
nossa presença nesse certame da Nauticampo. Depois queria-vos também perguntar no fundo,
consideramos nós, é um sistema de uma organização democrata, onde é que o Sr. Presidente
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atendendo que falta um ano e meio para o terminus deste mandato autárquico, pensa, já nem
digo executar medidas que já foram aqui aprovadas aqui na assembleia municipal é no fundo por a
democracia a funcionar em medidas como o cartão sénior municipal que foi aqui aprovado nesta
assembleia municipal, conselho municipal da juventude entre muitas outras, já agora falando de
transportes para os alunos de Fernão Ferro e portanto, nesta fase em que não há ainda nenhuma
escola construida, mas esta entre outras, para já é tudo”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Cruz”
Samuel Cruz, do PS, disse: “Apresento aqui uma questão curta há uma espécie de respostas aos
requerimentos tipo que agora a Câmara tem apresentado que diz qualquer coisa do tipo, face ao
exposto nos termos da lei 46/2017 de 24 de agosto a lei de acessos aos documentos da
Administração Pública – Lada não foi possível nesta fase disponibilizar para a consulta solicitada,
ou seja como processo está em tramitação neste caso, essa resposta é de 14 fevereiro de 2020 e
então, baseia-se no seguinte: A pergunta ao Sr. Presidente e para enquadrar é o seguinte: tem
confiança nos serviços jurídicos desta câmara e na sua assessoria? É que parece-me que nenhum
jurista dá uma resposta que diga de acordo com a lei tal; o mínimo exigível é de acordo com o
número tal do artigo tal não se configura possível, era o mínimo exigível, remeter exclusivamente
para a Lei é no mínimo má opção. Em segundo lugar, parece-me que será confundir aquilo que é o
papel de um eleito com aquilo que é o papel de qualquer munícipe, há aqui algo que os juristas
imagino eu, e isso é que eu acho preocupante terá sido um jurista que respondeu, eventualmente
nos serviços jurídicos deu parecer favorável à resposta que entendia que estava de acordo e
eventualmente alguém na assessoria do Sr. Presidente da Câmara deu também o seu aval a isto e
agora estamos a falar da LADA que é a Lei de acesso aos processos administrativos que é uma coisa
que uma câmara com esta dimensão (...) todos os dias andará aqui (...) como se costuma dizer. A
minha pergunta baseia-se nisto, como é que um requerimento datado de 14 de fevereiro de 2020
remete para a Lei n.º 46/2007 que foi refutada pela Lei 26/2016 de 22 de agosto, passaram quase
4 anos, como é que nesta casa se anda a responder a requerimentos e passados 4 anos de existir
uma nova lei de acessos aos processos administrativos, ninguém nesta casa percebeu, eu acho isto
inacreditável”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais intervenções. Quem é que pretende intervir?
Carlos Pereira, Júlia Freire e no final desta ronda fechamos. Carlos Pereira, Júlia Freire, Bruno
Barata, Raul Ramires. Mais? Não há mais? Está fechado! Então, tem a palavra Carlos Pereira”.
Carlos Pereira, da CDU, disse: “No passado sábado realizou-se em Fernão Ferro a autorização do
projeto e o lançamento da primeira pedra do Centro Social do Lar de Idosos, gostaria de saber e
dado que este Lar estava previsto no programa eleitoral da CDU, bem como no plano de atividades
da Câmara Municipal do Seixal, gostaria que o Presidente informasse esta assembleia sobre a
planificação da obra e os apoios concedidos pela câmara, bem como os que estão previstos e para
quando a conclusão da obra? Queria também saber sobre o CDA de Fernão Ferro para quando se
prevê a sua entrada em funcionamento? Depois relativamente ao pavilhão desportivo do Portugal
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Ata nº 01/2020
1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Cultura e Recreio, gostaria de saber qual é a estratégia da Câmara para este equipamento e quais
são os apoios?”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Júlia Freire”.
Júlia Freire, da CDU, disse: “Têm saído noticias que colocam o município do seixal como um dos
mais avançados na recolha de resíduos; o que nos pode dizer sobre este assunto?”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Bruno Barata”.
Bruno Barata, do PS, disse: “Queria partilhar convosco que as funções de eleito municipal muito
me honram e exerço da melhor forma que sei, exerço todos os dias, não só nos dias das
assembleias ou das comissões, há o olhar atento, a análise, há estudo, há questões que surgem,
necessitamos de informação para clarificar. O que acontece é que sinto-me bloqueado em exercer
essas funções porque esta atividade da Câmara e obviamente eu não exijo do Sr. Presidente da
Câmara que saiba de cor os projetos de execução e o Sr. Presidente e bem nessa Assembleia
Municipal disse olhe está aí uma boa questão para fazer um requerimento do ponto de situação de
execução e os projetos com financiamento europeu. Acontece por exemplo que essa questão foi
colocada há 206 dias e não há qualquer resposta. Uma outra questão sobre os arrendamentos tem
241 dias, os arrendamentos da câmara, isto é informação que presumo eu que nem exija esforço
aos funcionários e aos técnicos que acompanham a matéria porque o acompanhamento dos
fundos europeus, os contratos de arrendamento, os inquéritos de satisfação é informação que a
câmara dispõe à distancia de um clique e de um envio, há efetivamente uma força de bloqueio e
análise para melhorar este município e exercermos o nosso direito de supervisão dos trabalhos da
Câmara. Efetivamente torna-se muito complicado, queria deixar esta nota ao Sr. Presidente, tenho
deixado vários vezes, o Partido Socialista tem 19 requerimentos, enumerei estes 3 mas destes 19
por exemplo, 4 têm mais de um ano e essa sua atitude não se pactua com a democracia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Apenas um apontamento de memória, os serviços
confirmarão mas eu sobre essas duas matérias, lembro-me perfeitamente da resposta do Sr.
Presidente da Câmara em relação aos fundos comunitários, ... aliás, até houve um que … o valor
global do arrendamento, estou a falar da minha memória, certo? Agora que depois houve por
exemplo em relação ao Quadro Comunitário em concreto, o Sr. membro da Assembleia fez um
novo requerimento a pedir novamente também me lembro mas que houve resposta ah isso não
tenho duvida, mas estou a falar de memória e os serviços confirmarão. Vamos passar a trazer para
aqui um quadro para a assembleia, eu lembrei destas. Sr. membro da assembleia Raul Ramires faz
favor”.
Raul Ramires, da CDU, disse: “Tendo sido inaugurado já mais uma edição do Março Jovem vinha
pedir ao Sr. Presidente da Câmara e ao executivo o que nos pode dizer acerca do programa deste
ano e também da participação das associações juvenis ”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Paulo Silva se faz favor”.

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Paulo Silva, da CDU, disse: “Duas questões ao executivo municipal, o primeiro tem a ver com um
assunto que já foi aqui várias vezes discutido nesta assembleia que é a questão das transferências
de competências, têm havido várias discussões e inclusive houve um encontro de municípios no
Rivoli no Porto em que houve tomadas de posição conjuntas, têm havido reuniões também entre a
Área Metropolitana de Lisboa e a Secretária de Estado, como é que está atualmente o processo?
Segundo, o Governo do Partido Socialista sobre a questão da construção do aeroporto do Montijo
e face ao parecer negativo que os municípios do Seixal e da Moita avançou que iria alterar a Lei à
medida para ultrapassar essas questões, sobre esta questão qual é a posição da Câmara Municipal
do Seixal”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Temos esgotadas as inscrições, como é de boa
regra eu dava a palavra ao Sr. Presidente da Câmara para dar resposta às perguntas que achar
conveniente”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu pedia aos srs. vereadores que têm competências nas
áreas relacionadas com as matérias colocadas pelos srs. eleitos, recordo que são 58 questões,
temos 46 minutos, um minuto para cada uma para conseguirmos responder a todas, pedia ao
Vereador José Carlos Gomes que pudesse dar uma nota sobre a questão do arruamento, com o
alcatrão em falta em Fernão Ferro, também sobre iluminação publica na avenida Rui Grácio, sobre
a questão dos pilaretes da escola João de Barros, ainda sobre o reforço da divisão de fiscalização
municipal. Uma nota ainda sobre a obra do Mercado Municipal da Cruz de Pau e também sobre o
pavilhão desportivo do Portugal Cultura e Recreio”.
O Vereador José Carlos Gomes disse: “Em relação às questões colocadas, no que diz respeito à
Rua Baldaque da Silva, em Fernão Ferro, ela pertence a uma AUGI que ainda não foi rececionada
de modo a que não temos neste momento previsão de pavimentação, iremos de qualquer das
maneiras, estamos a averiguar esta situação, no âmbito da AUGI e enquadrar as obras que
efetivamente forem necessárias fazer mas que terão que ser enquadradas e protocoladas no
âmbito da AUGI porque a responsabilidade destas situações tem que ser inspecionadas à AUGI
tendo em conta que ainda não foi rececionada a AUGI. No que diz respeito à iluminação da
Avenida Rui Grácio, ela foi reportada já à EDP e não temos ainda uma resposta da EDP que não
tem estado a responder de uma forma célere, tanto às questões colocadas e levantadas pela
câmara municipal, no que diz respeito a algumas zonas de iluminação no concelho. Estamos a
acompanhar esta situação e esperamos que em breve ela possa vir a ser resolvida. No que diz
respeito à questão do Mercado da Cruz de Pau dizer que o ponto de situação neste momento é
que estamos a fazer a avaliação de projeto, nós iniciámos a obra mas depois temos que
interromper a obra tendo em conta que o empreiteiro declinou fazer a obra. Este foi um processo
que depois teve aqui alguns aspetos jurídicos que o Tribunal de Almada acabou por dar razão à
câmara, neste momento estamos a fazer a revisão do projeto do Mercado da Cruz de Pau e vamos
evoluir depois para concurso público e a partir daí, esperamos que apareçam para se dar inicio à
obra. Depois, em termos da fiscalização, estamos a fazer o reforço da fiscalização de várias zonas
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do concelho, no que diz respeito a questões relacionadas com o lixo, a depósitos ilícitos, a viaturas
abandonadas etc, esse reforço efetivamente estamos a fazer, iremos continuar nesta senda a
prestar o nosso serviço publico e também a sensibilizar a população para estas questões. No que
diz respeito à questão da estratégia da câmara em relação à questão do pavilhão desportivo do
Portugal Cultura e Recreio daquilo que é os investimentos no movimento associativo, dizer que
esta é mais uma obra que vem qualificar o parque desportivo no nosso concelho, vem qualificar
mais uma coletividade do nosso concelho e naturalmente disponibilizar para a população uma
maior cobertura e uma melhor amplitude de atividade e de conforto daquilo que é a necessidade
que a população tem em fazer atividade física no sentido da saúde e bem estar. A estratégia aqui
implementada tem a ver com o projeto político da Câmara Municipal do Seixal através da área do
desporto, onde temos no plano de investimento equipamentos desportivos e que está refletido na
carta desportiva municipal na área da programação e equipamentos, defenindo-se aqui
prioridades de investimento garantindo-se assim uma distribuição espacial, e equilibrada das
diferentes tipologias de equipamentos desportivos e várias zonas do concelho no sentido da sua
ampliação de sedes, requalificação de sedes e também construção de sedes e de outros
equipamentos, nomeadamente: alguns exemplos o Clube Recreativo e Desportivo das
Cavaquinhas, o Clube Desportivo do Cavadas, o Clube de Campismo Luz e Vida, o Centro de
Convívio de Vale de Milhaços, a Associação Náutica do Seixal, a Associação Naval Amorense entre
outros, o pavilhão do Centro de Solidariedade Social de Pinhal de Frades, o pavilhão do Grupo
Desportivo Águias Unidas e neste contexto também a curto prazo e de acordo com as Grandes
Opções do Plano para 2020 temos ainda a conclusão da obra da piscina municipal de Paio Pires
que será inaugurada este ano, a conclusão da construção do Complexo Desportivo e Associativo de
Santa Marta do Pinhal está na fase final de conclusão, a conclusão do pavilhão desportivo da
Mundet relacionado com o hóquei em patins também em fase de conclusão. O lançamento do
concurso para a obra de qualificação do mercado municipal e a conclusão das obras de construção
do Centro de Treinos do Amora no Parque Municipal do Serrado, a requalificação do complexo
municipal de atletismo Carla Sacramento e as piscinas municipais de Amora e Corroios conforme já
falamos aqui na anterior assembleia, a execução também do projeto do pavilhão desportivo
municipal de Fernão Ferro, estamos também com uma execução de projeto do pavilhão desportivo
de Amora direcionado para o vólei, a requalificação do campo de futebol do Pinhal do General, a
construção dos Centros Náuticos de Amora e Seixal, ou seja há aqui uma grande amplitude de
investimentos, uma grande amplitude de podermos qualificar o concelho com equipamentos
desportivos que possam servir a população, requalificar as nossas coletividades, iremos continuar
este nosso projeto de uma forma faseada, economicamente viável, no sentido de prestar um
melhor serviço à população“.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Vereador José Carlos Gomes. Pedia agora a
Vereadora Maria João Macau que pudesse dar uma informação sobre a questão da nossa
intervenção nas escolas da nossa responsabilidade, ainda informação sobre os equipamentos
informáticos na Quinta da Princesa, sobre a alternativa à Nacional 10”.
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A Vereadora Maria João Macau disse: “Em relação à questão colocada pelo Sr. Tomás Santos e
também pelo Sr. Vítor Cavalinhos que no fundo falaram sobre a questão do amianto, dizer que no
dia 21 de janeiro houve realmente uma reunião da comissão da assembleia municipal, no qual
estivemos presentes, nomeadamente o Tomás Santos, na qual eu informei que era objetivo
realmente retirar o amianto das 14 escolas e jardins de infância da rede pública durante este
período das férias e sobretudo, no mês de julho e agosto, uma vez que este tipo de intervenção só
o poderemos fazer numa altura em que não haja crianças nesses estabelecimentos. Este é um
grande objetivo e como o Vítor Cavalinhos também aqui pediu, reafirmo aquilo que é o nosso
objetivo é fazer esta intervenção durante o período de verão em que não há crianças nas escolas e
estamos realmente a providenciar esse processo. Depois em relação à questão das refeições
escolares, dizer que as refeições escolares como vocês sabem são resultantes de um concurso
internacional de refeições escolares e quando há alguma desconformidade em termos das
refeições, nós temos um caderno de encargos, isto é um programa e agiremos em conformidade
com ambos os instrumentos e foi isso que fizemos quando aconteceu aquela anomalia num ou
dois dias das refeições num dos agrupamentos de escola. Em relação à questão colocada pelo Sr.
João Rebelo sobre a questão da Quinta da Princesa e equipamentos informáticos dizer que
estamos neste momento a dotar as escolas com cerca de 120 computadores novos que estão a ser
distribuídos a cada uma das escolas e em relação à Internet esse assunto está também neste
momento a ser providenciado, nomeadamente para a escola da Quinta da Princesa e na qual eu
tive recentemente a fazer uma visita e portanto, informámos a coordenadora exatamente dessa
questão”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Pedia ao Vereador Joaquim Tavares para referir-se às
questões relacionadas com as descargas na baía, se temos ou não registo dessa informação, ainda
também sobre a questão relacionada com as condutas de água em fibrocimento, se resulta algum
risco para a saúde publica, o projeto do novo CROACS o centro de recolha oficial de animais de
companhia, o projeto «Chapim vem ao Seixal», a questão do regulamento de alimentação de
animais de rua e os abrigos para os animais, o CDA de Fernão Ferro e também a questão levantada
sobre os bioresiduos”.
O Vereador Joaquim Tavares disse: “Relativamente à questão das descargas de emergência de
águas residuais na baía, dar nota que elas têm origem nos equipamentos da Simarsul e acontecem
em duas situações, ou no quadro da manutenção quando não é possível conter os afluentes para
realizar a respetiva manutenção e terem que ser despejados na linha de água mais próxima, neste
caso, na baía ou em caso de avaria passam diretamente para a linha de água e portanto, em
qualquer das situações o procedimento que está instituído é de obrigatoriedade da entidade
gestora comunicar à APA estas ocorrências, aquilo que acertámos com a Simarsul é que sempre
comunique à APA, dar conhecimento também à Câmara Municipal do Seixal e portanto, nós
conhecemos todas as situações que são reportadas à APA e que a empresa também no quadro
desse fornecimento nos faz chegar a mesma informação. Fernão ferro, abastecimento de água e

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amianto, nas condutas de abastecimento é uma questão que várias vezes têm vindo a ser colocada
em diferentes fóruns e aqui na Assembleia Municipal também nalguns momentos. De qualquer
forma dizer que no concelho existem várias condutas em fibrocimento, o procedimento que a
Câmara tem é que de tudo o que são reparações e nova instalação ou remodelação de condutas já
não instalamos nada em fibrocimento, instalamos com outros materiais, sendo que não há registo
de que haja alguma contaminação ou algum perigo para a saúde pelo abastecimento de água ser
feito nessas condutas de fibrocimento. Aliás, há no site da própria entidade reguladora e que pode
ser consultado. Portanto, um esclarecimento técnico sobre essa matéria que comprova aquilo que
estamos a afirmar. Relativamente ao CROACS também como tem vindo a ser informado, nós
estamos a desenvolver os projetos para avançarmos com a construção deste novo equipamento,
ele encontra-se precisamente nessa fase de elaboração dos respetivos projetos. Chapim é uma
questão que foi colocada sobre a colocação de mais ninhos e sobre a vinda dos animais. Nós
colocámos mais alguns ninhos, estão instalados no nosso concelho, não contratualizámos foi com a
empresa porque aquela com quem fazemos esse trabalho já não o faz, e não contratualizámos
nenhum serviço de monitorização dos animais e de ocupação dos ninhos e, portanto, não sabemos
se realmente eles ocuparam os ninhos, se não os ocuparam, portanto essa informação não
conseguimos dar. CDA de Fernão Ferro, foi comunicada à empresa, foram desenvolvidos os
trâmites que eram necessários para a empresa retomar a obra, esperemos que retome em breve e
que se possa concluir aquilo que falta relativamente ao CDA. Abrigos de animais ainda não
implementámos no terreno, é um assunto sobre o qual temos ainda que refletir na equipa e que
ainda não tem uma conclusão sobre a matéria não da sua localização ou da sua implementação
mas os moldes em que vamos implementar e como é que poderemos acompanhar esses mesmos
artigos. Dar nota que a câmara é a única na Península de Setúbal que está neste momento a fazer
essa recolha, estamos com uma experiência piloto no quadro de uma candidatura que fizemos,
1500 moradias aproximadamente e também vamos iniciar este mês nalguns restaurantes.
Portanto, é um trabalho, por um lado de sensibilização junto dos munícipes envolvidos e dos
proprietários dos restaurantes e depois, naturalmente, temos que caraterizar o que é o resultado
dessa recolha ao longo deste período, a evolução que houve e aquilo que contribuiu para retirar
com esta recolha seletiva resíduos do aterro. Dar nota que estamos ao mesmo tempo com uma
outra candidatura de 15 mil moradias já aprovadas. Portanto, estamos a preparar esse trabalho de
15 mil moradias e apresentámos agora no final de fevereiro, terminado uma terceira chamada
ainda uma outra fase deste trabalho para abranger à volta de mais de 2 mil moradias ficando o
leque daquilo que são áreas com residência unifamiliar cobertas por esta recolha, podemos
concluir também positivamente essa candidatura”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Pedia à Vereadora Manuela Calado que pudesse falar
sobre o processo de Vale de Chicharos, apesar de estar na ordem de trabalhos, ainda também
sobre a questão relacionada com o apoio à tauromaquia. Depois sobre o plano municipal de
habitação, sobre o lar de idosos de Fernão Ferro e sobre a programação do Março Jovem“.

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A Vereadora Manuela Calado disse: “Dar algumas informações relativamente às questões que
foram colocadas sobre o realojamento de Vale de Chicharos como também foi já aqui referido, que
também faz parte da ordem de trabalhos desta assembleia, dizer-vos que o processo continua,
estamos a avaliar a aquisição das habitações e também os procedimentos a seguir, considerando
que aquilo que estava previsto e de acordo com o nosso programa que era realojar o lote 13 em
2019 por questões que se prenderam com a aquisição das habitações mas também com o
processo que é demasiado burocratizante e também estende aqui um pouco o prazo para a
aquisição dessas mesmas habitações. Portanto, não foi possível e associado a isso, também foi
visto que para além do lote 13 nós também iríamos realojar até 2019 o lote 14 e 15. Portanto, o
procedimento continua e depois de uma reunião que tivemos com a Secretária de Estado, estamos
aqui num processo de avaliação dos diferentes procedimentos para fazer aqui um ajuste para qual
será o programa que vamos dar continuidade ao processo. No que diz respeito ainda completando
também com o realojamento o plano municipal de habitação que foi aqui também mencionado,
nós já temos a trabalhar connosco a empresa que foi selecionada para nos ajudar na construção da
nossa estratégia local de habitação e portanto, o plano municipal de habitação também está
contemplado nesse processo e portanto, claro primeiro está o objetivo que é tentar resolver e
fazê-lo o mais rapidamente possível. Assim que tiver já alguma coisa em concreto serão
informados sobre o desenrolar da execução deste plano municipal de habitação até porque depois
ele também requerer que todos os órgãos se possam pronunciar sobre o mesmo. No que diz
respeito ao Lar, a primeira pedra foi lançada neste sábado, dizer que é mais uma grande obra que
estamos a desenvolver na freguesia de Fernão Ferro, em parceria com a Associação de
Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro e que vem suprimir algumas das necessidades
no que diz respeito à área social e às camas sociais que são necessárias neste município. Portanto,
este será a construção do lar, do qual o município vai investir cerca de 1 milhão de euros e estamos
em crer que no prazo de um ano, a ano e pouco estará já em fase de poder ser colocado à
disposição da população de Fernão Ferro, mas também da população do concelho do seixal e
portanto, dizer que foi uma grande iniciativa, será de certeza um grande equipamento e que agora
também, aguardamos que o programa PARES para o que está previsto abrir para esta área de
construção de lares, possamos também poder candidatar. Depois, relativamente ao Março Jovem
que se iniciou ontem é um conjunto que tem ao longo deste tempo, um conjunto de atividades de
projetos que são desenvolvidos em parceria com as associações de estudantes das escolas
secundárias do concelho, a escola mexe que vai decorrer cada dia em cada uma das diversas
escolas, com um conjunto de iniciativas que vai desde debates, construção de peças e dança etc,
promovido essencialmente pelas associações de estudantes. Depois também temos um ciclo de
stand up comedy que será amanhã e no dia seguinte mas que se irá estender também até ao final
do ano de 2020. Vamos ter também no dia 7 de março no parque urbano de Fernão Ferro durante
o dia um conjunto de atividades que passam desde o BMX, parcour, danças, hip hop e outras
atividades e que terminará à noite com um concerto de hip hop. Ainda vai decorrer o Canta que
também é em parceria com as escolas secundárias e vai terminar no dia 29 durante o dia com uma
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atividade na freguesia de Amora, em parceria com a Associação Naval Amorense, Clube de
Canoagem de Amora e também com os escuteiros marítimos do Seixal e nesse mesmo fim de
semana de 28 e 29 irá decorrer o campeonato nacional de hip hop no pavilhão Municipal da Torre
da Marinha”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Dizer que sobre o evento VillaMix é um grande festival
da lusofonia, tivemos condições de o acolher no concelho, cabe ao município essencialmente
questões de aspetos logísticos relativamente à iniciativa de apoio à sua organização, à sua
implementação. Vai ser mais um grande evento cultural no nosso município e que irá marcar uma
vez mais panorama cultural e não só do municipio, mas também da região. Depois sobre os fundos
europeus, eu tenho a convicção que terei respondido ao que o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal também se referiu, tenho essa convicção, aliás tenho um mapa com todas as respostas
que foram enviadas para a Assembleia Municipal, temos uma elevada taxa de resposta, estamos
com os 121 requerimentos recebidos, já respondemos a 97, estamos com uma taxa elevada de
resposta, apesar de nem todos terem sido respondidos, no entanto eu vou averiguar isto, também
tenho memória de ter assinado informação relativamente aos fundos europeus. Sobre a empresa
Business Portugal não tenho memória sobre esta empresa. Sobre a Nauticampo dizer que a nossa
participação, uma vez mais, foi de certa forma distintiva porque na verdade existirão outros
municípios presentes mas de facto, o espaço do município do Seixal tem não só um conjunto de
apresentações relativamente aquilo que são as ofertas principalmente das atividades náuticas, mas
também têm outros parceiros do município, quer da área económica, quer da área náutica, quer
da área do artesanato tem tido um conjunto de empresas e parceiros da Câmara Municipal que
estão na Nauticampo, no espaço do município do Seixal e conseguem demonstrar ali a todos os
visitantes este município e as ofertas que temos. Por isso, pensamos que é um certame muito
importante para a nossa participação e onde neste ano, quisemos apresentar 12 projetos em torno
da baía do Seixal. São 12 projetos que já o tínhamos apresentámos de certa forma, do ponto de
vista da iniciativa mas alguns já evoluíram bastante, outros estão a evoluir e por isso resolvemos
nesta Nauticampo novamente dar esta ideia de grande ação da Câmara Municipal enquanto
entidade que tem a competência para no planeamento, mas também pelo desenvolvimento
económico, temos essa competência do ponto de vista da nossa ação de podermos também dirigir
aquilo que são os esforços públicos e privados no sentido da valorização da nossa baía. Por isso, a
Câmara Municipal não só avança com iniciativas e projetos para as suas propriedades, como
também avança com ideias para propriedades privadas no sentido de podermos ter aqui um
conjunto de investimentos que tenham uma coerência, que tenham uma harmonia em torno
daquilo que são as nossas pretensões de valorização da nossa baía. Sobre a questão dos 900
milhões de euros, neste momento como o concelho é dinâmico a listagem já vem mais em mil
milhões de euros de investimento, entre o investimento publico e o privado temos registados um
conjunto de investimentos em curso e previstos onde na verdade muito gostaríamos que fosse o
investimento publico tivesse a maior preponderância do ponto de vista daquilo que é a ação de
investimento do concelho. Para isso, esta Assembleia Municipal sabe perfeitamente que se o
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Estado tivesse a construção ou previsse já o Hospital no Seixal, o metro sul do tejo, a estrada
regional 10, a ponte Seixal/Barreiro, a estrada alternativa à Estrada Nacional 378, requalificação do
nó do Fogueteiro, as esquadras da divisão policial do Seixal, da Cruz de Pau, o quartel da GNR de
Fernão Ferro, a requalificação da estrada regional 378, os pavilhões gimnodesportivos em falta,
entre tantas, os lares de idosos que são necessários, as creches sociais que são necessárias. As
escolas: A escola 2,3 de Fernão Ferro, a escola secundária de Fernão Ferro. Se nós pudéssemos
somar estes mil milhões de euros, todos estes investimentos que eu referi se calhar já estaríamos a
falar em ser quase 2 mil milhões de euros. Pois bem, essa contabilidade, o município está a realizar
e por isso, sim é verdade que estamos com mais 900 milhões de euros em curso e previstos com
projetos concretos e esses projetos estão a ser concretizados. Sobre a Aldeia Natal do Seixal foi um
grande evento, direcionado para as famílias, associado a um local icónico que é o núcleo urbano
antigo do Seixal que sofreu uma requalificação de grande qualidade e que hoje é não só, partilhada
por todos aqueles que habitam no município, como por todos os que visitam e o Seixal está
extraordinário, é um local de extrema beleza que o município fez, uma obra excelente. Por isso,
este evento é mais um evento que vem dar essa projeção ao núcleo urbano antigo do Seixal, ainda
por cima feito de forma gratuita, o que demonstra a nossa forma bem diferente de estar
relativamente às famílias, enquanto outros municípios, as entradas são pagas, aqui na Aldeia Natal
do Seixal, as entradas não são pagas, todos podem usufruir, os divertimentos têm um valor até
bastante baixo relativamente a outros eventos e por isso, este evento tem crescido
significativamente ano após ano e o ano de 2019, foi mais um ano onde o evento cresceu com
mais de 100 mil pessoas que visitaram a Aldeia Natal do Seixal. Depois registei esta questão
relacionada com o código de conduta, irei avaliar esta matéria, eu creio que não exista nenhuma
questão sobre esta matéria relativamente à imparcialidade dos processos do município. Sobre as
senhas do ato eleitoral, só muito recentemente é que a Direção Geral da Administração Interna, a
Secretaria Interna é que enviou as verbas para pagar o ultimo ato eleitoral e a Câmara Municipal
tem vindo a fazer esses pagamentos. Aliás, eu tenho ideia que já estão todos neste momento
pagos é a informação, pelo menos eu já assinei centenas de pagamentos relativamente às senhas
do ato eleitoral. Presumo que estejam todos pagos. Sobre o Mercado Municipal da Torre da
Marinha, o município mantém intenção de fazer uma obra de requalificação, é claro que não será
tão profunda como aquela que vai ser feita no Mercado Municipal da Cruz de Pau, para o efeito
estamos com a Junta de Freguesia a articular obras de remodelação que permitam que o mercado
continue em funcionamento para que possamos ir requalificando paulatinamente o mercado de
forma a não podermos colocar qualquer interdição, ou pelo menos uma interdição mínima para
que o mercado continue a funcionar. Sobre as questões da carta da qualidade do ar, o estudo da
saúde, tudo isso está neste momento em fase de preparação das apresentações publicas, às quais
já temos datas, julgo que são em março e abril, se não estou em erro, ou seja este mês e no
próximo iremos fazer duas sessões publicas para apresentação desses estudos que estão em
conclusão. É claro que se detetarmos qualquer lapso ou erro em qualquer estudo, seja interno ou
externo, deve ser corrigido. Sobre a questão da descontaminação dos solos, o município está a
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desenvolver uma tentativa de poder junto do Estado novamente colocar esta questão como
prioritária. De facto, os solos continuam contaminados, os sítios que já conhecem, não preciso
estar novamente a recordar a história. Aquilo que estamos a fazer é tentar junto do Governo,
tentar junto também dos fundos europeus ver se existem condições de financiamento para poder
resolver esse problema, não terá que ser o município a fazê-lo mas estamos a fazer o nosso
trabalho para que possam existir as condições para ser feito. Sobre as questões da autonomia
elétrica, estamos a preparar a instalação de postos de carregamento elétrico no espaço público,
estamos a fazer a monitorização das águas balneares do município, aqui uma referência para uma
queixa que já fizemos para a Câmara Municipal de Almada, para os Serviços Municipalizados de
Agua e Saneamento de Almada pelo péssimo trabalho que está a ser feito e que neste momento é
um fator de poluição da baía do Seixal e que já motivou uma queixa do município à Inspeção Geral
do Ambiente, espero que atue em conformidade. Sobre as questões relacionadas com a
informação jurídica, eu coloco a questão ao contrário, isto é, se houver alguma questão que a
Assembleia queira ver esclarecido, alguns processos, pode fazê-lo ou nesta sede ou mesmo em
requerimento; podemos naturalmente esclarecer essa é uma questão, desde que não possa ferir
qualquer questão relacionada com matérias legais. Sobre o hospital do Seixal, de facto, cá está
nenhuma das obras do Governo corre bem, gostaríamos que houvesse uma, não sei se é azar,
talvez! Uma vez mais, lamentavelmente o que era para ser em junho de 2019 e que passou para o
novembro de 2019, depois passou para fevereiro de 2020, quer a adjudicação do melhor projeto,
dos quatro em curso para o Hospital do Seixal. Novamente na reunião de 5 de fevereiro, se
concluiu e tenho aqui a ata que e passo a dizer, o presidente do júri deu a conhecer aos restantes
elementos presente na reunião a deliberação do conselho diretivo da ARS sobre o ponto da ordem
de trabalhos que era prorrogação do prazo da elaboração das propostas do hospital de
proximidade do Seixal. Na deliberação pode ler-se que a prorrogação do prazo de elaboração das
propostas a concurso sustenta-se no facto de se terem esgotado os 180 dias úteis fixados para a
avaliação das propostas e respetiva adjudicação. Ficou claro na reunião que os relatórios técnicos
estão atrasados, sendo que este atraso se reporta nomeadamente à analise do domínio de
arquitetura que está sobre a responsabilidade da ACSS – Administração Central do Sistema de
Saúde, IP. o Sr. nomeado pela ACSS para estar no júri teve 180 dias úteis para apreciar a
arquitetura de quatro projetos, e em 180 dias úteis não conseguiu apreciar e entregar ao júri essas
avaliações, o que vai novamente adiar o processo, talvez para maio ou para junho e por isso
motivou da parte da Câmara Municipal do Seixal, dois ofícios um para a Sra. Ministra da Saúde a
pedir explicações sobre a matéria e outro para o Presidente do Conselho Diretivo da ACSS –
Administração Central do Sistema de Saúde a pedir esclarecimentos porquê que em 180 dias úteis
perante uma necessidade premente da população uma pessoa que é nomeada não tem as
condições para poder avaliar quatro propostas. Não sei se é incompetência, se é azar, se é
propositado mas este é o resultado do processo. Portanto, para responder que o Seixal novo
adiamento em virtude desta matéria. Sobre a urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta aqui
também confusão generalizada, reunião com a Ministra, a Sra. Presidente da Câmara de Almada
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diz que é em janeiro, veio logo a seguir o Presidente do Conselho de Administração do Hospital
Garcia de Orta dizer que era mentira que a Presidente da câmara estava enganada e que é em
abril. A Ministra estamos em março diz que talvez em abril possa continuar, hoje na comissão
parlamentar de saúde li nas notícias, disse na 6.ª feira que esteve aqui que é muito difícil ter
qualquer cenário ou qualquer perspetiva. Cá está, mais uma vez a saúde devia e deve ser um dos
principais vetores de um Governo que se diz de esquerda e que se diz ao serviço das populações,
nem sequer a urgência pediátrica consegue por a funcionar num hospital que está desde
novembro encerrada à noite. Acho lamentável que continuem com este procedimento e não se
trate de uma matéria que é um urgente para as famílias e para as populações. Depois, nós
respeitamos, todos os órgãos eleitos, quer seja a Assembleia de Freguesia, quer seja a Junta de
Freguesia, quer seja a Assembleia Municipal, quer o executivo municipal, por isso as deliberações
que cada órgão toma responsabiliza-os a eles e por isso se a Assembleia de Freguesia de Amora
deliberou sobre uma determinada matéria deverá ser e deverá haver uma explicação e não
compete ao Presidente da Câmara fazer qualquer comentário a não ser respeitar essa decisão e
essa deliberação. Depois sobre leis revogadas há pouco foi também feita uma chamada de
atenção, eu agradeço naturalmente a correção irei verificar da mesma forma se de facto, existe
razão sobre uma lei revogada, iremos com certeza melhorar nesse aspeto e ainda sobre a questão
relacionada com as transferências de competências, dizer que apesar de nesta Assembleia e
também em reunião de Câmara Municipal decidiu que já estava, que não havia nada a fazer, 2020
já havia transferência de competências, 2021 de certeza que existiria, digamos que a nossa
persistência, a nossa chamada de atenção relativamente a aspetos essenciais desta transferência
de competências que não estavam minimamente reunidas as condições fizeram com que o novo
titular da pasta que tem este processo que a Sra. Ministra Alexandra Leitão pudesse fazer um
conjunto de reuniões a nível nacional e que com os municípios pudesse então, consertar um
quadro onde de facto, anuiu que existem muitas insuficiências neste processo de transferência de
competências e por isso, iria propor o seu aditamento. A verdade é que o Governo a seguir a essa
reunião da Área Metropolitana de Lisboa foi em fevereiro já anunciou o adiamento pelo menos de
dois diplomas muito mais complexos, falamos da área da saúde e da área da educação e por isso
entendemos que abre-se um espaço de diálogo novo até aqui, abre-se um espaço de negociação
que não houve até aqui e que isso é positivo e isso é de salutar. Sobre o aeroporto ou o terminal
aeroportuário do Montijo, gostaria também de dizer que mais vale tarde do que nunca, também
amanhã de manhã vai haver uma reunião com o Sr. Primeiro Ministro e o Sr. Ministro das
Infraestruturas e com seis presidentes de câmara da área envolvente ao terminal do Montijo para
que finalmente possamos conversar com o Governo sobre esta matéria é porque vejam como é
que é possível que se quer avançar com uma infraestrutura com esta dimensão e com este alcance
regional, sem sequer falar com as autarquias. É inacreditável. E como é que é possível também que
se decida uma opção do aeroporto sem qualquer estudo, os estudos foram feitos a seguir, o
estudo ambiental o primeiro foi chumbado, o segundo teve mais de 1000 participações contrárias
à implementação deste aeroporto e em terceiro lugar se querem fazer algo sincero saber que
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existe uma lei que remete aos municípios e não só, um parecer vinculativo, isto revela uma total
impreparação, eu diria também uma total incompetência. Amanhã e com espírito positivo vou ver
uma explicação da parte do Governo, finalmente. Amanhã vamos perceber todos o que é que o
Governo decidiu não realizar o aeroporto em Alcochete e decidiu fazê-lo no Montijo, estou com
enorme expetativa para perceber que se de facto, o Governo defende o interesse nacional ou
defende o interesse de uma multinacional. Vamos ver amanhã a explicação do Governo sobre esta
matéria, sendo que da nossa parte continuaremos com a nossa posição, aquela que conhecem que
foi e é consensual há mais de 10 anos no país, que é o novo aeroporto de Lisboa é para ser
realizado no campo de tiro de Alcochete, pode ser Portela mais 1, nesta fase, não é Montijo, é
Alcochete isso não só é benéfico do ponto de vista do investimento publico, é mais barato
construir em Alcochete, tem menos impactos sobre as populações, só aqui no Seixal serão
afetadas 30 mil pessoas de forma direta com um plano de aproximação à pista do aeroporto do
Montijo, enquanto que Alcochete são de 400 pessoas é o que dizem os estudos que estão em cima
da mesa e depois com uma terceira questão que é muito importante que tem a ver com a
segurança aeronáutica, a zona do Montijo é uma zona de nidificação das aves e também está na
rota migratória das aves que é um fator que pode causar graves riscos para a aviação civil
enquanto que no campo de tiro de Alcochete, claro que existe um problema, mas é ignorado para
o Estuário do Tejo. Por isso, amanhã com certeza que o Sr. Primeiro Ministro irá ter uma explicação
plausível para esta insistência com o aeroporto, com o terminal aeroportuário do Montijo. Tenho a
certeza que não é o interesse de uma multinacional que mobiliza o Sr. Primeiro Ministro, nem o
Governo, veremos se o interesse nacional está ou não em cima da mesa”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara. Temos aqui
uma questão que tem a ver com o tempo da câmara, a câmara utilizou o tempo para responder a
49 questões, o Sr. Presidente e os srs. vereadores, foram respondidas eu diria até de forma objetiva
respondendo às 49 e nesse sentido, na reunião de líderes temos que acertar o procedimento que
seguimos foi naturalmente a Câmara tem que ter condições para poder responder às questões
porque o contrário, aliás foi o entendimento a que chegámos, o contrário não podia acontecer que
é serem feitas as questões e a Câmara não responder. Se isso acontecesse, os membros da
assembleia diriam que o Sr. Presidente da Câmara, não respondeu a um conjunto de questões.
Nesse sentido, o entendimento da mesa é que à semelhança do que já foi o procedimento
anterior, naturalmente que o Sr. Presidente da Câmara que tem o tempo necessário para os dois
pontos. Naturalmente significará apresentar os pontos e depois responder às questões que forem
suscitadas, Samuel Cruz pretende intervir para? Ponto de ordem”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “Ponto de ordem porque é sobre a gestão dos trabalhos e o Partido
Socialista está a levantar esta matéria, porquê? Logo no inicio deste mandato, no inicio do
regimento o Partido Socialista pela minha pessoa disse em sede de comissão especifica para
discutir o regimento que era necessário haver assembleias municipais periódicas destinadas única
e exclusivamente a perguntas à câmara e viu-se aqui hoje e já se viu no passado da sua

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necessidade aqui fica desde já o registo para a semana há uma reunião para discutir regimento
que se possa de novo equacionar essa meta e é importante que o Sr. Presidente da Câmara, por
exemplo hoje perdeu muito tempo a falar sobre o aeroporto quando ninguém lhe perguntou nada,
mas houve meia dúzia de perguntas que interessavam muito e que não respondeu”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Para já o ponto de ordem tem que ser terminado
porque senão deixa de ser ponto de ordem, em segundo lugar não há comentários! Aliás, já há
bocado durante a intervenção do Sr. Presidente da câmara havia um barulhinho lá mais para o
fundo e é importante isso não pode ser, aqui tem que haver respeito na Assembleia Municipal,
respeito por todos e respeito entre nós. Faz favor”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “É um ponto de ordem um pouco diferente do habitual porque tem que
ser contextualizado. Tem que haver respeito e eu já disse, tivemos aqui numa discussão na última
6.ª feira, tem que haver respeito e igualdade. O Bruno Barata, a discussão que tivemos foi que o Sr.
Presidente da Assembleia Municipal interrompeu e disse não fala mais! O Sr. Presidente da Câmara
passou 1 minuto e 94 segundos e não falou mais porque não quis e o Sr. Presidente da Assembleia
Municipal nada disse e o Partido Socialista exige igualdade para todos e propõe soluções e por
isso, o Partido Socialista não concorda que a Câmara que tenha tempo, se a câmara quiser usar
tempo há bancadas que podem dispensar do seu tempo senão os tempos são conhecidos e vamos
discutir os documentos e vamos ver … não aceita que para seguir as regras para o seu grupo
municipal as regras são ao segundo, ao milímetro para o resto, é à medida e à descrição. Não pode
ser!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fica para a reunião de líderes que é 2.ª feira. Sem
comentários lá atrás! Ninguém pediu a palavra! O Sr. está a ser mal educado! Ninguém lhe deu a
palavra! Se quer ser comentador vá para outro sitio. Desculpe lá, o Sr. está a ser mal educado! Eu
não lhe permito isso a si, nem a ninguém! A educação tem um sitio para se fazer! Paulo Silva se faz
favor. Se os lideres quiserem intervir de forma sucinta e breve podem fazê-lo”.
Paulo Silva, da CDU, disse: “É de lamentar enquanto o Sr. Presidente da Câmara esteve a
responder os eleitos do Partido Socialista tiveram comportamentos que não tinham nada a ver
com o preocupar-se com o que estava a ser dito, principalmente o eleito Sérgio Ramalhete que
esteve sempre a mandar bocas e eu acho que isso é de lamentar porque se tivesse tido o mínimo
de atenção, o eleito Samuel Cruz não vinha aqui dizer que ninguém fez questões a favor do
aeroporto quando efetivamente foi uma das perguntas que eu fiz. Eu fiz essa pergunta sobre o
aeroporto, agora foram feitas 49 perguntas, a câmara respondeu em 47 minutos a Câmara, um
minuto para cada pergunta que foi feita. Se a Câmara não tem tempo para apresentar os dois
pontos só temos uma solução, acabamos esta assembleia e teremos que marcar outra para discutir
estes dois pontos. Se a conversa que o Sr. eleito do Partido Socialista, Samuel Cruz, se vem dizer a
Câmara não tem tempo portanto, não posso dar tempo à câmara sobre estes dois pontos, só
temos uma solução é esta assembleia acaba aqui a discussão destes dois pontos e temos que
marcar outra acho que isso não tem qualquer sentido”.
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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mas é defesa da honra? Eu não tinha percebido que
era defesa da honra!”
Bruno Barata, do PS, disse: “eu vou propor uma solução será transitória porque 2. feira vamos
discutir isso para resolver o assunto, proponho Sr. Presidente que sejam dados à Câmara Municipal
20 minutos para apresentar e também para depois responder, se precisar de mais tempo, suponho
que a CDU seja generosa e possa ceder o seu tempo se a Câmara precisar. São dados 20 minutos
para a Câmara poder apresentar as suas propostas e responder também às perguntas, é a proposta
que faço”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguém dos líderes para intervir? Vítor
Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos, do BE, disse: “Nós voltamos a esta coisa e já me começa a faltar paciência para
estas coisas, mas isso se calhar já é da idade. Estamos aqui a inventar um problema que toda a
gente sabe disto. Nós colocamos perguntas ao executivo … não estou lá muito satisfeito mas essa
não é agora a questão essencial. Se se fazem 50 perguntas, toda a gente já sabe o que vai dar, 50
perguntas, se não se responde é porque não se respondeu, se respondeu gastou o tempo todo.
Não faz sentido que a câmara não tenha tempo para apresentar ou pelo menos para responder. É
uma coisa que não faz sentido nenhum! Vamos mais uma vez em reunião de lideres colocar esse
problema, é evidente que o Samuel em representação do Partido Socialista quer impor, quer
propor e se fosse possível já era assim que já existia, uma Assembleia Municipal especifica para
resolver o problema mas isso até hoje não foi feito pelos diversos partidos e isso não faz parte do
regimento, nós arranjamos aqui um artificio que é o que Partido Socialista está a fazer e a
argumentação do Samuel é um artificio para objetivamente querer impor essa função e querer,
nesta Assembleia Municipal tornar isto impraticável porque a única conclusão possível é nós
estarmos de acordo com a ideia do Samuel e eu não aceito isso. O que quer dizer e acabo já aqui a
conversa, para não demorar muito mais tempo, nós não estamos disponíveis para virmos cá para
outra Assembleia Municipal. Na última queria acabar a Assembleia Municipal e até deixámos
moções à meia noite e um quarto e agora por um artificio que nós queremos forçar uma situação,
não faz sentido nenhum, acho que o bom senso e o nosso ponto de vista é que esta Assembleia
termine e que a Câmara tenha tempo e eu estou de acordo com a proposta que o João fez aqui e
acabamos isto, porque senão e ultrapassando esta situação mas isto parece que é uma coisa não
tem fim e isto tem que ter um fim!”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da honra ”.
Samuel Cruz, do PS, disse: “A resposta ao Paulo Silva é que o Partido Socialista não aceita
reprimendas de falta de atenção ou falta de postura nesta assembleia, em especial quando o Sr.
Presidente da Câmara e quando estamos a fazer perguntas, baixa e fala, ainda agora tive ocasião
de reparar, quando todos falamos; não aceitamos nessa medida o que quer que seja de falta de
atenção ou do que quer que seja, não aceitamos de ninguém. A outra questão, o Samuel disse que
havia esta necessidade e parece-me que o Partido Socialista e parece que se vê que a necessidade
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existe, tanto existe que o debate não ficou terminado, havia aqui lugar para o contraditório e
portanto, é uma necessidade. Temos que em conjunto saber responder a essas necessidades. E
costuma-se dizer que atitude gera atitude e a postura do Partido Socialista é aquilo que já foi dito
na 6.ª feira passada, as regras não podem ser cumpridas ao segundo para o Partido Socialista e
para os outros é quando dá jeito, não aceitamos isso, é uma posição de principio. De certeza que
todos aqui tiveram de acordo que o Bruno Barata não falava mais um segundo na 6.ª feira passada,
agora não se podem sentir confortáveis que as regras se alterem para os outros”
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Ainda na 6.ª feira passada disseram bem a assembleia teve aqui
interrompida ou parcialmente interrompida quase durante meia hora, por conta de um minuto e
qualquer coisa que o Partido Social Democrata teria falado a mais, e portanto quer o PS, quer os
outros sentiam na obrigação ou no direito de serem recompensados. Devo dizer o seguinte, e
portanto, nessa medida também era importante que se acabasse alguns paternalismos, algumas
queixinhas, porque aqui não devem haver virgens ofendidas, todos aqui falamos quando não
devemos falar, dizemos coisas quando não devemos dizer e portanto, de facto essas reprimendas
ou esses paternalismos exagerados também não ficam bem, mas também que não se diga que uns
são mais beneficiados do que outros, entre o deve e o haver na 6.ª feira o que se passou é que
todos foram compensados, a bem ou a mal houve aquela compensação por conta de um minuto e
tal, que já agora foi na sequência de ter sido aqui várias vezes interrompido, também era bom que
se dissesse esse tipo de coisas porque foi aquilo que foi aquilo que sucedeu. Depois, dizer o
seguinte é verdade que as regras e as normas que estão estabelecidas devem ser iguais para todos
e devem ser cumpridas mas parece-me evidente que aqui um bocadinho de sensatez, se fazem ou
se fazemos e eu aqui também estou incluído, cerca de 50 perguntas ou 40 e tal à câmara e
desejamos que nos respondam. Aliás, nem foi o caso, houve muitas que ficaram por responder, já
agora diga-se de passagem. Portanto, se respondesse a todas ainda pior seria. Parece-me que
nesta medida e para terminar que a proposta do João Rebelo com a qual concordamos é uma
proposta sensata, também não faz sentido que vamos agora apreciar estes dois pontos, desta
importância, e a câmara fique quieta e muda e não diga nada sobre o assunto, parece-me também
que não tem viabilidade para assim ser“.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Mais alguma intervenção? Foi uma proposta de 20
minutos, temos 2.ª feira reunião de líderes, mais uma vez, mas tem que se resolver pela
importância, ou seja o tempo necessário que a câmara possa responder. Vamos ver 2.ª feira. A
Mesa, parece um preciosismo, mas que considerando a proposta dos 20 minutos colocar isto em
metade do tempo até, dá 23 tenha 46 fica 23, estamos de acordo? Sr. Presidente tem a palavra”.
III.6. Procedimento para aquisição de imóveis destinados ao realojamento de agregados
familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do loteamento Quinta de Vale de Chicharos –
Aquisição de 6 frações e contratação dos respetivos empréstimos junto do IHRU. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 20)
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III. 7 Desafetação do domínio público para o domínio privado municipal de uma parcela, com a
área de 3,000 m2, sita na Quinta de Vale de Chicharos, e constituição de direito de superfície
sobre a mesma parcela, a favor da CRIAR´T – Associação de Solidariedade. Aprovação.
(Documento anexo à ata com o número 21)
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Eu ia pedir à Sra. Vereadora que tem o pelouro de
desenvolvimento social e habitação que pudesse apresentar os pontos”.
A Vereadora Manuela Calado disse: “Passando ao ponto III.6 sobre o procedimento para a
aquisição de imóveis destinado ao realojamento de Vale de Chicharos dizer que aquilo que vos
trazemos hoje é a aprovação das minutas assim com o respetivo empréstimo. As minutas que nos
foram remetidas, nós Câmara Municipal depois de aprovadas em Conselho Diretivo no IRHU para
aquisição destes seis imóveis, foi um processo longo, como eu referi muito burocratizado, e que
dos 74 imóveis que tinham sido propostos em abertura de procedimento publico, apenas no final
resultaram estes seis e portanto, é este procedimento a esta assembleia e as respetivas minutas e
autorização do pedido de orçamneto. No segundo ponto, a desafetação de domínio publico para
domínio privado municipal de uma parcela de terreno na Quinta de Vale de Chicharos. Portanto, é
uma zona confinada entre a Quinta da Mata e Vale de Chicharos e é uma parcela onde a CRIAR-T
irá construir uma creche ao abrigo do programa PARES com a qual se candidatou neste segundo
programa de apoio e que a ser construida virá de certo modo também colmatar as necessidades
da freguesia de Amora e não só, o concelho do Seixal tem nesta área social de apoio a questão da
primeira infância. E dizer que a CRIAR-T neste momento também funciona em condições muito
rudimentares e a construção deste equipamento irá também de certo modo ajudar a possibilitar,
reforçar o trabalho que aquela instituição já faz da área social e também permitir aos seus
trabalhadores e aos seus utentes, melhores condições de poderem estar e usufruírem do trabalho
que tem, por isso entendemos também esta desafetação de terreno".
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente, estamos disponíveis para
responder às questões que entenderem”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Intervenções? A apreciação dos dois pontos são
separadas. Luís Gonçalves se faz favor. Depois, Tomás Santos, a seguir André”.
Luís Gonçalves, do PS, disse: “Eu queria antes de mais fazer um ponto prévio, todos
compreendemos que há um ano atrás o valor praticado era mediano, as casas eram mais baratas
do que são agora, ainda assim, sei que este processo parou no tempo, eu gostava de questionar o
executivo se foi equacionado e se tentou fazer alguma coisa no sentido de comprar casas, por
exemplo, a privados e anunciar às pessoas que a Câmara estava no mercado a comprar imóveis e
que poderiam sujeitar o seu imóvel, desde logo, evitaria o valor das comissões imobiliárias, mas
também não tinha que ser só a privados, podíamos tentar por exemplo com bancos ou
eventualmente com agentes imobiliários, eu gostaria de saber se em algum momento o executivo
equaciona essa hipótese e se fez algum contacto nesse sentido, o que é que aconteceu?”.

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tomás Santos”.
Tomás Santos, do PS, disse: “Dizer-vos que na passada 4.ª feira, dia 26 de fevereiro, numa ação
singular mas de salutar a Assembleia Municipal do Seixal convocou as comissões permanentes de
desenvolvimento estratégico, finanças, cultura, participação, juventude, habitação e a comissão
especifica de acompanhamento ao realojamento das famílias de Vale de Chicharos para debater o
atual estado deste processo. Após uma discussão em que mais não se fez e espero bem que aqui
também não se faça, de encostar as responsabilidades de um lado para o outro tive oportunidade
de perguntar ao Sr. Presidente da Câmara Municipal, quer à Sra. Vereador da habitação Manuela
Calado, qual era a estratégia deste município para a habitação e não obtive resposta. O problema
urbano da habitação indigna que acontece em Vale de Chicharos nasce nos anos 80 do século
passado com a construção de três torres de habitação e nunca foram terminadas devido à falência
da empresa que as construiu, repito nos anos 80 o que significa que este município está há mais de
30 anos para resolver esta situação. Repito há mais de 30 anos! Sr. Presidente da Câmara
Municipal do Seixal volto a dizer-lhe aquilo que disse na reunião da passada 4.ª feira, se eu
estivesse sentado no lugar de Presidente de uma Câmara Municipal que anda há mais de 30 anos
para encontrar uma solução de habitação digna para os habitantes de Vale de Chicharos eu teria
vergonha. Bem sei, Sr. Presidente que na sua resposta irá utilizar o truque habitual, dizer que a
vergonha não é sua que tudo o que é bom foi o sr. e a seu executivo que fizeram e que tudo o que
é mau é porque o poder central não conseguiu resolver. Acho que o Sr. Presidente não percebeu
aquilo que eu lhe procurei dizer na passada 4.ª feira e por isso, venho aqui hoje dizê-lo novamente.
Lisboa é um município que em número de habitantes é maior do que este, também conviveu e
convive com problemas de realojamento e de habitação social, mas pergunto se os autarcas deste
município não ficaram de braços cruzados à espera que alguém viesse resolver os problemas, para
os quais estes autarcas tentaram sobre promessas o resolver? Não! Não ficaram! Agiram! A
empresa pública de urbanização de Lisboa construiu edifícios de habitação social e requalificou
várias zonas do município amplamente degradadas como é o caso do Martim Moniz hoje uma
zona com ampla visita de pessoas de todo o mundo. Almada, um concelho até à bem pouco tempo
de maioria comunista também tem problemas de realojamento e de habitação social. Os autarcas
deste município ficaram de braços cruzados à espera que alguém viesse resolver os problemas
para os quais esses autarcas tentaram sob promessas os resolver? Não, não ficaram! Agiram!
Como vão agir para resolver o problema do bairro do segundo torrão, Trafaria que vocês CDU
depois de mais de 40 anos de poder autárquico nunca foram capazes de o resolver e o Sr.
Presidente veio-me dizer que é o único Presidente de Câmara neste país que precisa que venham
resolver os seus problemas. É muito bonito, responsabilizar o Sr. Primeiro Ministro por este ter
francamente emitido que tomou conhecimento da situação de Vale de Chicharos através do
visionamento do filme S. Jorge mas mais uma coisa que o Sr. Presidente não percebeu nas reuniões
das comissões que tivemos, onde é que o Sr. Presidente e os seus restantes camaradas andaram
que não foram capazes de expor esta situação ao Sr. Primeiro Ministro quando este era Presidente
da Área Metropolitana de Lisboa? Onde é que os srs. andaram em todos estes anos? Foi preciso
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um filme para o Primeiro Ministro deste país conhecer este problema tão grave, chegámos ao
ridículo do ator Nuno Lopes já ter feito mais por Vale de Chicharos que os srs. É isso? Pergunto?
Mas eu sei porque tenho memoria onde é que os srs. andaram. Os srs. andaram a esconder este
problema durante todos estes anos, a realidade é que nunca quiseram verdadeiramente resolve-lo
e esta é que é verdadeiramente a vossa estratégia de habitação neste concelho, mas por isso,
venho aqui hoje para vos dar oportunidade do contraditório para procurar obter uma resposta à
questão que fiz na passada 4.ª feira. Dou-vos uma segunda oportunidade de o fazerem aqui nesta
assembleia. Qual é a vossa estratégia de habitação para este concelho? Falam em estratégia para a
habitação, mas qual é? Não é apenas dizer! Qual é? Digam? Expliquem-nos, digam-nos quais são as
diretrizes? Quais são as vossas ideias? Qual é que é a vossa visão para este problema? Se o
problema similar a este que aconteceu e que acontece e que estamos aqui hoje a falar, o que é que
vocês fariam para resolver um problema desta dimensão? Por fim, na passada 4.ª feira,
recomendei ao Sr. Presidente e ao restante executivo um livro chamado «políticas de habitação -
200 anos» do professor Gonçalo Antunes; neste livro é explicado que há de facto, uma escola de
habitação e que situações como estas, não são únicas, nem singulares, que derivam de uma
política de habitação social nefasta e caduca, com efeitos negativos como a guetização e a
perifização e a segregação. Hoje venho aqui depois dessa conversa, não apenas para lhe
recomendar este livro, venho aqui dar-lhe em mão, trata-se de uma versão única, deste verdadeiro
manual autografado pelo autor, admito que possa não gostar da leitura porque está bem escrito e
bem documentado e certamente confrontá-lo-á com uma realidade que o Sr. procura de fazer de
conta que não existe, como certamente procurará aqui nesta Assembleia Municipal, mas isso já é
uma escolha sua, não será a do Partido Socialista que faltarão os meios e os instrumentos para ao
final de 30 anos de poder autárquico ser capaz de resolver este problema”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Desculpe lá! Isto é teatro completo. É puro teatro! É
a forma do PS fazer política na Assembleia Municipal. Uma adjetivação que não quero aqui fazer,
apetecia, além de teatro apetecia-me uma adjetivação que eu não quero dizer. Rui Belchior”.
Rui Belchior, do PSD, disse: “Começando pelo principio, recuperando também eu um tema falado
na reunião das comissões de 4.ª feira e porque já me documentei na medida daquilo que era
necessário, queria aqui começar por esclarecer através de um ponto prévio que uma das
afirmações feitas inclusive na sessão de câmara pelos vereadores do Partido Socialista em relação
à empresa imobiliária que esteve na primeira fase deste processo de realojamento, creio que o
edifício 10, em que foram realojadas 64 famílias e foi dito nessa reunião de câmara que a empresa
imobiliária tinha sido constituída dois meses antes. Portanto, como eu disse na altura, volto a
reafirmar é uma calunia, é falso até porque tenho aqui a certidão que prova para quem quiser
depois ver, esta mesma empresa foi constituída a 16/12/2014, para além disso tem uma carteira
de clientes que fala por si, com inúmeras personalidades, inclusive foi a imobiliária responsável e
agora riem-se os que quiserem, e aqui está documentos que provam a afirmação que vou fazer, foi
a imobiliária responsável pela vinda da Madonna para Portugal, na tentativa de comprar um

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imóvel. É só para que saibam, eu agora digo já a toque de imediato que não sei se foram estes os
motivos ou os argumentos que presidiram à opção da Câmara Municipal para esta primeira fase,
não faço a mínima ideia. Agora queria deixar aqui bem claro é que não se trata de uma empresa
constituída dois meses antes do processo, isso é que não foi de todo! E faço aqui uma declaração
de interesses, aliás por conta dessa declaração de interesses não votarei neste ponto, para que não
haja nenhum sombra de duvidas sobre o papel que estou aqui neste momento a tentar descrever,
mas não posso é permitir que pessoas que eu conheço sejam atiradas para a lama desta forma
inadmissível e eu sei e até admito que a câmara ou o executivo com algumas das opções que tem
feito ao nível das avenças que tem com alguns ex-autarcas etc, faça por merecer este tipo de
desconfiança. Agora, relativamente a esta empresa isto não corresponde à realidade por uma
simples razão, do que sabemos na primeira fase foram envolvidas cerca de 10 imobiliárias através
de partilhas, através das mais diversas formas, esta imobiliária foi a que apresentou a proposta
melhor e mais adequada e por isso, acabou por estar neste processo. E que foi aliás, a parte do
processo em que correu bem, porque foi feito com algum secretismo, foi feito com alguma
reserva, embora envolvendo também esse processo e essa parte do processo uma parte bastante
complexa e burocrática, desde logo porque era a Câmara, era a Santa Casa da Misericórdia e era o
IRHU e o IRHU é agora a parte que sobra juntamente com a câmara e vê-se os resultados. Os
resultados estão à vista, neste tal processo burocrático e moroso como dizia a Sra. Vereadora e
portanto, vê-se que agora as coisas não estão a correr bem. Aliás, sejamos francos sem vincular
destes 6 imóveis que estão aqui, sem vincularem as pessoas sob nenhuma forma, sem contratos
promessa, sem nenhuma espécie de vinculo, é impossível atender à dinâmica do mercado
imobiliário, a forma como ele está especulado e deva-se dizer isto com franqueza, é evidente que
não é só por conta do conhecimento deste processo mas já nós sabemos que já há pessoas a
aproveitarem-se do facto, e com conhecimento deste processo para especular. Aliás, até casas em
sítios que não se considerariam à partida propriamente desejáveis para se viver e já está toda a
gente a especular sobre os valores das casas porque já conhecem o processo e até fazem
afirmações do tipo que a câmara precisa e tem que pagar e mais nada! Portanto, isto revela que
esta opção para esta segunda fase que era suposto preencher 74 temos 6 e diria que destes 6
muito provavelmente a esta hora já não estar nenhum ou está um ou dois porque as pessoas como
o mercado está, provavelmente a esta hora já a venderam, os srs. nem sabem isto! Portanto, este
processo da forma como está feito em articulação com o IRHU que é preciso que se diga também o
seguinte, e isso ficou demonstrado na primeira fase do modelo, as pessoas que lá estão e lá está, e
por aqui também queria referir isto, não falemos do conhecimento das famílias e etc, em relação
ao PS, ainda agora o último Governo e já neste o que não faltaram foi casos de familiares e de
conhecidos e amigos favorecidos neste ou naquele aspeto e portanto, o mesmo acontece com o
IRHU que na sua grande maioria demonstraram ser incompetentes sobre o que é que andam a
fazer e portanto, isto não tem nada para correr bem. Portanto, nós estamos muito pessimistas
quanto a isto, uma das coisas que nos preocupam é a continuar-se a prometer e a dizer-se que se
vai concretizar em 2021 e em 2022 quando está toda a gente a ver que é uma impossibilidade
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factual, não é possível a não ser que agora o mercado regrida, como já sucedeu noutras épocas é
possível, até porque estes valores são muito semelhantes aqueles que se praticavam em 99 e em
2000 etc. e, portanto, é uma possibilidade. A outra forma toda a gente conhece para baixar o preço
do mercado de habitação toda a gente conhece qual é a outra forma que é a inclusão no mercado
de habitação social e portanto, não é mais bairros sociais, nós aí, nesse capitulo, também
concordamos que este modelo que estava a ser adotado, dentro daquilo que era possível era dos
mais certos que é espalhar, digamos assim, as pessoas e integrar as pessoas por vários locais e não
concentra-los como se viu no passado em bairros sociais e etc. Agora isso significa que lá está
repito, mais habitação social que só com isso é que conseguimos baixar os valores dos imóveis que
é para baixar o valor do arrendamento. Doutra forma isso não é possível e não vamos conseguir
fazê-lo, portanto nós não queríamos também entrar nessa discussão, de quem é que é a
responsabilidade, já ficou na antevisão que foi feita e na discussão que já foi feita nas comissões, já
se viu que a câmara não assume a responsabilidade e o PS enquanto Governo central também não
assume a responsabilidade. Portanto, andam aqui num ping-pong para ver quem é que é
competente, depois consultam os artigos da constituição, da lei de bases da habitação etc. O que é
facto, é que ambos prometeram. A Câmara comprometeu-se, aliás foi um dos desígnios deste
mandato a resolução deste problema não só ali como também de Santa Marta e é verdade que
não é caso único nem no país, nem na zona metropolitana de Lisboa; não fomos agora aqui no
Seixal aqueles que têm problemas de habitação, há outros, isso é tudo verdade. A outra verdade é
que isso foi prometido às pessoas e as pessoas têm expetativas e está-se a dizer que em 2022 e
que faremos todos os esforços para concluir este processo etc. porque temos que ser honestos e
perceber que ser realista não é ser pessimista, é uma realidade, isto não é possível como está
neste momento a não ser que agora o Governo nessa tal portaria que olhando para ela à primeira
vista os valores face à realidade são completamente descabidas, o Governo consiga uma
comparticipação maior e a Câmara também consiga dar uma comparticipação maior, só deste
modo é que se consegue ultrapassar este processo, de outra maneira não é possível. Para terminar
porque já sei que agora a seguir a discussão vai ser em redor de quem é que tem a
responsabilidade ou não, de relembrar um facto que também já relembramos na comissão é que
nestes últimos anos, o PS não gosta muito que eu diga estas coisas mas é verdade. Desde 1995,
estão lá há 21 anos com promessas, e agora com mais quatro, o que faz os últimos 25 anos de
Governo, não sei de quem é que tem ou deixa de ter a responsabilidade. Por outro lado, a câmara
há quase 50 anos e o problema continua por resolver. De facto, envergonha-nos a todos, não
envergonha só a câmara, envergonha todos os partidos e todos os munícipes deste concelho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Paula Santos”.
Paula Santos, da CDU, disse: “Eu creio que estamos a discutir um problema que é muito sério e
que importa aborda-lo e fazer um pouco de história de quem é que tem a responsabilidade e
quem é que não tem a responsabilidade, o que eu sei é que perante o problema concreto de Vale
de Chicharos e a necessidade de garantir habitação digna aos moradores e às famílias que residem

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neste bairro, quem tomou a iniciativa de procurar uma solução e de resolver foi a Câmara
Municipal do Seixal. Não conheço outra entidade que tenha tomado a iniciativa da sua resolução.
Agora se olhamos para o problema da habitação do nosso país ele é de facto, um pouco mais vasto
porque podemos recuar a 50 anos, podemos recuar a 70 anos, a verdade é que a seguir ao 25 de
abril houve um investimento significativo de procurar que haja habitação publica para resolver o
problema que estava identificado junto das famílias, mas também rapidamente o Estado se
demitiu das suas responsabilidades relativamente a esta matéria e deixou a intervenção na mãos
dos privados e temos aí, a realidade do nosso país que é haver pessoas que continuam a residir em
habitações que não têm condições de habitabilidade e que muitas delas são precárias, nem lhe
podemos chamar uma habitação, daí haver um conjunto de famílias que para resolver o seu
problema da habitação fez um empréstimo ao banco e se tornou proprietária que afeta 75%, ou
seja, que cerca de 75% de famílias têm habitação porque para o fazer o empréstimo ficaram com a
corda ao pescoço ao longo de anos e anos e muitas acabaram infelizmente por perder. Aliás, diga-
se também que nos últimos anos e estou a falar há mais de duas décadas que o grande
investimento na política de habitação passou vários governos foi no apoio ao financiamento
exatamente nesta lógica da aquisição da habitação com tudo aquilo que significa e em termos de
arrendamento devemos dizer que há de facto muito pouco relativamente a essa matéria, mas mais
grave que isto, é somos dos países, já que se gosta muito de fazer comparações com a Europa e
com a União Europeia, somos dos países que em termos de habitação pública junto da
Administração Central e a Administração Local soma 2% do total da habitação. É esta a realidade,
eu acho que isto é o cerne do problema para voltar a Vale de Chicharos, porque as coisas não
acontecem por acaso e a verdade é que há uma falta grande de habitação pública para dar uma
resposta às populações e habitação pública não só dirigida às populações que possam ter menores
rendimentos porque podemos ter inclusivamente habitação publica para as várias camadas da
população e exatamente para assegurar que a habitação a preços que sejam compatíveis com
aquilo que são os rendimentos das famílias no nosso país e que a habitação hoje não signifique 50
ou mais por cento daquilo que é o orçamento do agregado familiar mas que seja de facto, um peso
muito mais diminuto e garantindo efetivamente, mas é aqui que entra depois também a questão
das responsabilidades, mas eu creio que não é uma questão de somenos, nem é uma questão de
menor importância, nem é uma questão de chutar para o outro, é porque a nossa Constituição é
muito clara, na Lei de bases da habitação que recentemente foi aprovada também é muito clara e
coloca esta responsabilidade por parte do Governo, agora não estou aqui a falar de nenhum
partido em particular, estou a falar dos vários governos que foram passando e todos eles têm
responsabilidades, porque a verdade é que foram passando e esta foi sendo sempre um dos
parentes pobres. Aliás, tem a ver com todos os problemas que existem na saúde, na educação, no
apoio social, talvez o direito à habitação que é um dos direitos da nossa constituição consagra
tenha sido um daqueles que talvez menos tenha evoluído e que menos tenha sido garantido para
as famílias e para as populações. Por isso, eu creio que é justo referirmos hoje aqui se de facto, foi
dado um passo e já foi dado um passo, já houve famílias que foram realojadas, está a prosseguir
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uma nova fase para a resolução do problema foi porque a Câmara Municipal tomou a iniciativa
porque da parte do Governo não houve esse avanço e essa tomada de iniciativa para a resolução
do problema. Se a Câmara Municipal não tivesse lá chegado a dizer meus senhores, temos aqui
uma proposta concreta para avançar, qual é que é a disponibilidade a coisa não tinha avançado. Eu
creio que falou-se aqui já de um conjunto de palavras menos simpáticas mas eu acho que o
problema de Vale de Chicharos infelizmente é um problema que já tem anos, que não está
escondido e está à vista de todos, se o Primeiro Ministro não sabe, lamento que o próprio Partido
Socialista não o informou ou se não tinha conhecimento na altura, mas eu creio que há aqui uma
posição e uma atitude muito diferenciada relativamente aquilo que tem sido a postura da CDU
porque dizemos claramente é uma responsabilidade do Governo que ao longo de anos, de décadas
se desresponsabilizaram relativamente a esta matéria no que diz respeito ao realojamento, não
tem havido verbas e verificamos que relativamente ao PER, escusa de estar a abanar com a cabeça,
relativamente ao programa especial de realojamento também por via de responsabilizar os
próprios municípios, pelo menos desde 2009 havia zero euros no Orçamento de Estado para dar
continuidade a esse mesmo problema e por isso, o que é que significou a transferência de
encargos e a desresponsabilização para os municípios. Há um aspeto que é importante que fique
claro, numa atitude séria de resolução do problema a Câmara Municipal do Seixal procurou
encontrar uma solução e uma solução que eu creio que também é de valorizar, procurando
integrar as famílias junto da comunidade nas habitações várias no concelho que tivessem
disponibilizadas para isso e não criar como aqui já foi utilizado expressões de guetos, segregação,
exclusão das famílias, não! Integrado nas comunidades, eu creio que esse é um aspeto relevante.
Já contrariamente, outras autarquias nomeadamente geridas pelo Partido Socialista, eu vou dar
um exemplo muito concreto, a Câmara Municipal da Amadora que relativamente aos processos de
um conjunto de famílias que residem em habitações precárias, a solução não foi encontrar uma
solução de realojamento, foi demolir sem alternativa, demolir pondo as coisas das pessoas na rua
e mandando a casa abaixo, precária é certo, mas era o único teto que tinham e sem qualquer
solução alternativa. Eu não conheço outra, até de várias forças políticas de autarquias geridas por
várias forças políticas, é a única câmara do país que perante problemas concretos de negação do
direito à habitação, a solução não é procurar soluções de realojamento, nem venham dizer, ah mas
havia que são aqueles realojamentos da Segurança Social temporários de emergência por 15 dias,
passados 15 dias ou um mês acabou-se e sem uma solução definitiva, não conheço mais nenhuma
câmara que tenha tomado uma atitude desta natureza e eu creio que isto marca bem a diferença
daquilo que é a CDU, procurando contribuir para a resolução dos problemas e aquilo que é o
Partido Socialista nas autarquias no que diz respeito à habitação. Eu queria aqui também trazer
uma outra questão que eu creio que vale a pena intervir porque estamos a ser afetados no nosso
país por uma intensíssima especulação imobiliária que atinge também o nosso concelho e que
estamos a falar na especulação imobiliária que resulta naturalmente do conjunto de fatores que
vão existindo uma atividade turística não planeada e que se sente no facto, das habitações na
outra margem do Tejo estarem com preços proibitivos para aquilo que são os rendimentos da
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nossa população que tem trazido muitas pessoas também aqui para a Margem Sul e para o nosso
concelho, há uma redução de facto, da disponibilização de casas para a função de habitação
permanente, há questões que se colocam até do ponto de vista da lei dos solos e do ordenamento
do território que exige que sejam defendidos os interesses públicos, mas há aqui também uma
ausência de intervenção mais uma vez por parte do Governo, no sentido de perante esta situação
o que é que seria necessário para a redução de preços e para o aumento daquilo que é a oferta da
habitação, que haja de facto um aproveitamento daquilo que são os edifícios públicos da
Administração Central que possam efetivamente ser disponibilizados para a habitação a custos que
sejam compatíveis com aquilo que são os rendimentos. Para terminar, dizer o seguinte: já agora só
trazer aqui dois aspetos: é preciso o reforço de verbas para o realojamento, mas é preciso também
encontrar uma solução que defenda os interesses, nós por exemplo e no âmbito da discussão da
lei de bases da habitação, levamos uma proposta que era a possibilidade por um lado, das
entidades publicas poderem exercer o direito de preferência enquanto sejam entidades públicas
que esse direito de preferência fosse exercido não pelo valor do mercado que essa habitação
estava a ser disponibilizada mas pelo valor patrimonial que se encontra definido na Autoridade
Tributária, não foi aceite esta proposta mas permitiria que as entidades públicas não ficassem
sujeitas aquilo que são os valores especulativos que hoje estão a ser colocados e fundamental é
que haja uma opção clara relativamente a esta matéria, reforço de verbas e uma não
responsabilização do Governo naquilo que é uma questão fundamental que é o direito à
habitação”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Defesa da Honra? Não sei qual é a honra que foi
afetada, faz favor”.
Tomás Santos, do PS, disse: “É para defesa da honra e consigo porque há aqui algo que eu posso
brincar, posso inclusive mandar umas «larachas» sobre o Benfica mas agora é mesmo a sério e há
coisas que eu sinceramente acho que não se fazem e há uma coisa que o Sr. Presidente até pela
experiência autárquica que tem, acho que tem consciência da suas funções e tem consciência que
os votos que o elegeram tem a mesma legitimidade dos votos que me elegeram a mim, e não é
por ser Presidente desta Assembleia que tem o direito de mandar bocas e de dizer que viu ou que
deixou de ver porque aqui toda a gente manda bocas, eu no inicio desta Assembleia Municipal vim
aqui falar e a Paula Santos a mandar-me bocas a intervenção toda e não foi por isso que me
queixei e portanto, nós queremos e como o meu colega Samuel Cruz disse se nós queremos
respeito, temos que nos dar ao respeito, portanto acho que há coisas que têm que ser ditas de
forma muito séria”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Eu acho que cada um deve fazer uma análise
própria, pode não ser agora aqui faça em casa que é para ver se ajudam todos e naturalmente que
o Presidente da Assembleia é um ser humano como os outros e portanto, todos contribuírem para
dignificar até como agora está o Presidente a falar para o boneco. Vamos lá ver se dignificamos a
assembleia. Todos e eu não me excluo, todos são responsáveis por dignificar a Assembleia
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Municipal. E o Presidente da Assembleia intervirá quando entender que, de facto, não estamos no
bom caminho, é o nosso papel e é o meu papel e eu não prescindo disso e era bom que não
entrassemos em vitimizações aqui na Assembleia Municipal, entrassemos é numa de qualificar e
todos têm essa capacidade. Paula Santos também em defesa da honra não é?”.
Paula Santos da CDU, disse: “Sr. Presidente só para usar os mesmos termos da intervenção
anterior, nós consideramos que de facto, a educação que devemos debater as questões foi esse o
espírito nesta intervenção, não reconheço aquilo que foi dito relativamente a palavras
relativamente à minha pessoa como foram aqui proferidas, mas independentemente disso, não é
essa a questão, eu creio que as questões até pode ser que haja sempre o debate de ideias e do
debate político porque é natural que haja divergências, que é natural que tenhamos opiniões
diferentes que se aproveitem instrumentos ou figuras do regimento para procurar fugir ao debate
político quando não se tem os argumentos”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Também já está um bocadinho fora da defesa da
honra. Temos que fazer uma tabela de defesa da honra. Tem a palavra o André Nunes”.
André Nunes do PAN, disse: “O debate sobre este 6.º ponto da ordem de trabalhos podendo ser
um debate de que quem falhou no passado, devendo ser o debate de quem continua a falhar no
presente, não deve ser o debate de quem continua a falhar no presente. O debate de hoje é e deve
ser o debate das opções, deve ser o debate sobre a segurança física e psicológica que um lar
confere, deve ser o debate da proteção da família que por um lado contribui. O debate pela
dignidade da pessoa humana que um lar personifica e são várias as opções que cada agente com
responsabilidades tem ao seu dispor. Enquanto autarcas deste concelho é sobre aquelas que
podemos tomar que nos devemos importar e nesse particular Sr. Presidente lamento que esteja a
falhar. Ainda na passada 6.ª feira entraram dois projetos de resolução, um dos quais da iniciativa
do PCP, vimos o líder parlamentar comunista afirmar, e bem diga-se, o direito à habitação
enquanto direito fundamental. Porém chegámos a este debate o que vemos é um PCP a duas
velocidades, o PCP da Assembleia da República que defende o direito à habitação como uma
prioridade, já o da Câmara Municipal do Seixal parece só concordar, o que parece é que se o fator
belisca o direito constitucional como qualquer agente em que o PCP ideologicamente se afasta,
como a banca por exemplo, o direito é fundamental. Já sim, se aquele que belisca for o fator
puramente formal então, aquele direito já não é assim tão fundamental. Um amigo meu
genuinamente comunista disse-me há uns tempos que este PCP deixou de ser comunista porque
se desapegou das pessoas. Pois bem, esta é uma excelente demonstração desse desapego é uma
excelente demonstração de quanto desligado está este PCP das populações. É este mesmo
executivo que esbanja milhares de euros anualmente em fogo de artificio, 250 mil euros em dois
anos, esbanja anualmente milhares de euros em publicidade e marketing, mais de 3 milhões de
200 mil euros em dois anos, mas que não quer porque entende que não deve por termo a uma
chaga social do nosso concelho que é a habitação indigna e sem condições. Esta autarquia que se
gaba do fulgor financeiro mas que não quer porque entende que não deve chegar-se à frente e
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garantir a habitação a quem dela precisa ao invés escuda-se no texto da lei para continuar um
braço de ferro, em que os principais derrotados são sempre as pessoas, é que Sr. Presidente o
facto do texto da Constituição obrigar o Estado Central nesta matéria não nos obriga a si enquanto
autarca a zelar pelos munícipes do concelho do Seixal. A reivindicação legitima reconheço de exigir
ao Estado central o cumprimento do valor constitucional em apreço não o desobriga a si perante a
população antes o convoca a retemperar esforços, mas não é isso que o Sr. está a fazer com esta
posição assumida, não é a população do concelho do Seixal que o Sr. está a defender quando
responsabiliza mesmo que com razão o Poder Central, não é o habitante idoso que vive sem
elevador, não é o habitante recém nascido que vive num lugar insalubre e também não é o
habitante que vive com medo de morrer soterrado numa eventual derrocada do edifício. A si
enquanto autarca não se exige só que reivindique o cumprimento da lei ao Governo, exige-se que
encontre soluções. Este problema já podia estar resolvido, este problema pode ser resolvido, assim
haja vontade para tal. Nós votaremos a favor do presente ponto e falo-e-mos porque entendemos
que todas as oportunidades são poucas para erradicar o fenómeno da habitação indigna e falo-e-
mos porque todas as ferramentas são válidas para garantir o direito à habitação como um direito
fundamental que é e porque entendemos que este concelho não pode ter em pleno século XXI um
problema desta natureza. Ter a esperança de ver o realojamento terminado até 2022 não é e não
deveria ser uma vitória de que se possa orgulhar, não quando se trata de um problema com
décadas e muito menos quando falamos de pessoas para quem um mês sem condições de
habitação dignas já é um suplicio, quanto mais três anos”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado João Rebelo”.
João Rebelo do CDS/PP, disse: “Só um reparo, mas o primeiro autarca que mais lutou para
erradicar barracas foi o Presidente de Câmara do CDS, Cruz Abecassis, no mandato de 79/89 em
que o esforço que foi feito com fundos da câmara foi absolutamente notável, só posteriormente o
Governo do PSD do Professor Cavaco Silva lançou o famosos programa de realojamento especial
de toda a área urbana de Lisboa em que muitos concelhos puderam resolver esses problemas, era
só para referir este aspeto que eu gosto sempre de lembrar a memória de Cruz Abecassis. Em
segundo aspeto, também recordar que recentemente num artigo do Expresso dizia o seguinte: em
2019 na área da Grande Lisboa tem mais de 2 mil famílias em bairros de lata, era a expressão que
usava e que os três piores concelhos eram o Seixal, Almada e Loures. Isto antes de explicar-vos
qual será a posição do CDS em relação à proposta que a Câmara aqui traz, recordar que esta chaga
no concelho do Seixal e os problemas que nós temos em Vale de Chicharos é um problema que
tem décadas, há vários responsáveis com certeza. Nós podemos reparar que ao longo destas
décadas, que a gestão da CDU tem muitas responsabilidades também de não resolução deste
problema, teve muitas oportunidades de tentar que o Governo central resolvesse estas questões e
nada aconteceu ao longo destes anos; ainda recentemente dito pelo anterior Presidente do
Instituto de Habitação e de Reabilitação Urbana que o caso do bairro da Jamaica era um exemplo e
passo a citar como uma câmara municipal se demite das suas funções e das suas competências

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para resolver o problema. Também a solução que é aqui proposta para a resolução do problema
busca a nossa concordância mas eu coloco esta questão agora à Sra. Vereadora que é o seguinte: O
que nos é aqui pedido de facto, é uma solução, não sendo a resolução disso mesmo, mas temos ali
propostas de contratos promessas para aquisição de 6 que foram aqui feitas mas as casas estão
disponíveis em termos de mercado ou já não estão disponíveis e aqui dou razão à Câmara
Municipal, nesta ida e volta com este tipo de reabilitação urbana dizer vou ter aquilo e o mercado
dizer o mesmo que foi dito aqui pelo Rui Belchior, faz com que está disponível e para a semana já
não está disponível. A pressão em termos de dinâmica do mercado imobiliário é de tal ordem que
o que está neste momento disponível hoje já não está disponível amanhã e é a dinâmica que leva a
uma solução como esta que está aqui proposta; a pergunta que eu coloco é: será que estamos a
aprovar algo que é absolutamente impossível de cumprir e depois, a seguir, não estamos a
resolver? Isso sim, foi aqui falado temos que cumprir a Lei na definição das rendas que serão
colocadas em relação a esta habitação. Nós sabemos, a lei define claramente, isto é uma
mensagem a todas as pessoas que têm problemas de habitação, vêm que há um esforço enorme
para reabilitar, pelo menos para recolocar estas famílias e elas às vezes estão a pagar um sufoco
incrível como foi aqui dito pela nossa colega Paula Santos a pagar a sua própria casa e depois
serem realojadas, e não estarem a pagar e a não fazer esforço absolutamente nenhum, nem que
seja o mínimo esforço para que ajudem na reabilitação dessa mesma habitação. E depois há outros
problemas, foi aqui já referido temos o bairro de Santa Marta de Corroios que é outra chaga que
está aberta no concelho e que merece obviamente da parte de todos nós atenção. Não querendo
ser parte do problema vou ouvir a resposta da Sra. Vereadora e do Sr. Presidente da Câmara e
posso evoluir da abstenção para o voto a favor, vamos ver que resposta me será dada e se a
câmara está a tentar resolver o problema e todos nós devemos ser parte da solução e não estar
aqui a fazer a obstrução; nunca o fiz, já dei o voto favorável a muitas propostas apresentadas pela
câmara, mas neste caso concreto tenho sérias duvidas se estão a resolver a questão por causa de
algo que a câmara não controla e que nós não controlamos que é a própria dinâmica do mercado”.
O 1.º Secretário da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra o Sr. deputado Vítor Cavalinhos”.
Vítor Cavalinhos do BE, disse: “O anterior processo de realojamento foi realizado no âmbito do
ProHabita, um anos depois do programa o atual processo de realojamento obrigaria a câmara a
financiar em 72% a compra das habitações e o Estado 28%, segundo informação que o Sr.
Presidente da Câmara nos prestou na reunião da comissão. Agora, pretende-se resolver este
problema aplicando o programa de (...) não é possível controlar a especulação imobiliária, acho
que é uma evidência. A Câmara Municipal do Seixal e o Governo assumiram o compromisso de
realojar os moradores de Vale de Chicharos. Agora às pessoas, interessa pouco de quem é a
responsabilidade. Qual é a abertura do Governo através do programa para resolver este problema?
a nós parece-nos que a Câmara devia começar a trabalhar num plano B que parece que não existe;
se falhar o plano A, qual é o plano B?

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Do nosso ponto de vista, se calhar é necessário, achamos que é uma situação se calhar razoável
que o Governo colocasse o património do IRHU para resolver este problema no nosso concelho,
esse património ou parte dele devia ser colocado para resolver este problema e as outras questões
de carência habitacional que existem em Vale de Chicharros e não só. Finalmente, nós pensamos
que se a câmara tiver que se substituir ao Poder Central para resolver este problema, acho que
terá que ser ponderada essa necessidade devido à importância de resolver este problema e já
agora, a Câmara Municipal do Seixal ao longo dos anos, ao longos dos mandatos, substituiu-se
muitas vezes ao Poder central para resolver problemas. Há um problema por exemplo, foi
aprovado neste orçamento que a câmara vai gastar 3 milhões de euros na alternativa à estrada
nacional 10, é uma opção e é uma escolha, do ponto de vista democrático podemos fazer as
escolhas e as opções e encarar e estarmos de acordo com uma e não estarmos de acordo com a
outra. Finalmente este problema e a dimensão destes problemas colocam uma urgência impossível
de encarar de frente, a definição de uma estratégia local de habitação e a aprovação de um plano
local de habitação são essenciais para resolver este problema e para não deixar que eles se
agravem e para dar uma resposta cabal e definitiva ao problema de habitação no nosso concelho”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Tem a palavra Rui Mendes”.
Rui Mendes do PSD, disse: “Infelizmente tenho visto e apenas vejo nos últimos tempos a
identificação e o tentar apontar o dedo de quem foi a culpa nestes últimos anos, 30, 40 ou 50
anos, acho que o tema não é este, o tema é a solução que parece ter andado arredad a face a isto
neste debate e tenho dito. E face ao aproveito político que possa existir quanto a este tema parece
ser mais importante do que efetivamente resolver. Estamos a falar de 74 famílias das quais 6 vão
ter solução, então e as restantes? Destes 6 fogos se calhar ficamos com 2 ou 3 como aqui já foi
dito. Agora que medidas é que vão ser tomadas, caso exista uma solução miraculosa para as 74
famílias, quando forem realojadas as 74 visto que não estamos a fazer … de forma crescente,
quando terminarmos ainda temos lá mais 74 famílias, que medidas é que a câmara tem? que
plano de ação é que a câmara tem? Quando pretende realojar estas seis? Tem a certeza que para o
lugar destes seis … mais seis e no final não temos mais 74 famílias e depois de realojarmos essas
74, temos a solução para essas 74 famílias, temos lá mais 74 famílias. Se o problema não for
resolvido como um todo passa a ser um problema crónico e sem fim à vista, e por essa razão
respeito a intenção de resolução mas de forma sética quanto à sua eficácia”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vamos para uma nova ronda, eu iria sugerir que
fosse a última ronda de inscrições. Samuel Cruz, mais! Paula Santos, Paulo Silva”.
Paulo Silva da CDU, disse: “Começo a minha intervenção por ler qual é que o ponto da ordem de
trabalhos, parece-me a mim que alguns vieram aqui fazer intervenções sem saberem o que
estavam a discutir, o ponto que está aqui em discussão é: procedimento para aquisição de imóveis
destinados ao realojamento de agregados familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do
loteamento Quinta de Vale de Chicharos aquisição de 6 frações e contratação dos respetivos
empréstimos junto do IRHU - Aprovação. É isto que nós estamos aqui a discutir, se no âmbito deste
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processo, se aprovamos ou não a aquisição destas 6 frações e o respetivo processo de empréstimo.
Sobre isto, e feito este introito o Partido Socialista pela voz do seu eleito Luís Gonçalves veio aqui
questionar a câmara se alguma vez propôs a privados a compra de imóveis para este realojamento,
eu penso que isto demonstra uma coisa, é que não leu minimamente a informação que veio da
câmara sobre este processo porque se tivesse lido bastava a primeira folha, a deliberação da
câmara determinou a abertura de procedimento para aquisição de imóveis destinados ao
realojamento de agregados familiares. Ponto seguinte, o ato publico de abertura de propostas
decorreu no dia de 19 de julho de 2019, portanto houve um procedimento que foi aberto, houve a
entrega de propostas e houve um ato público de abertura dessas propostas, bastaria ter lido mas
tenho que lhe dizer o seguinte: é que a sua pergunta ainda tinha alguma coisa a sua intervenção
com o tema que estava a ser aqui discutido, não fez o trabalho de casa mas pelo menos sabia o
que estava aqui a ser discutido. Agora o Sr. eleito Tomás Santos vem aqui fazer uma intervenção
que não tem nada a ver com o tema. E vem aqui com questões de políticas de habitação, quando
isso já foi discutido quando se aprovou este processo aqui nesta Assembleia Municipal e depois
vem dizer que a câmara não faz nada para resolver o problema de Vale de Chicharos. Faz! A
câmara está a fazer e isto que está aqui em discussão faz parte da atuação que estamos a ter.
Agora muito francamente até ao momento não conheço que a Câmara de Almada que foi dado
aqui como um exemplo que tenha feito alguma coisa para resolver o segundo Torrão, não conheço.
Depois vem dar aqui o exemplo de Lisboa, como se fosse um exemplo a questão de uma Câmara
Municipal e o Sr. Vereador do Urbanismo tenha se demitido por questões de suspensão sobre a
sua própria atuação mas vem dar aqui o exemplo que a Câmara de Lisboa é um grande exemplo
porque reabilitou o Martim Moniz, mas havia alguma situação do realojamento ou de habitação
precária no Martim Moniz? Eu por acaso fiquei com essa curiosidade porque eu conheço a zona e
não tenho esse conhecimento e tomei a liberdade de ir buscar o livro que o sr. para ver se nas
zonas de realojamento em Lisboa havia alguma referencia ao Martim Moniz e não há! Estão aqui
várias obras de realojamento de Lisboa, Martim Moniz zero! O que só demonstra uma coisa é que
o sr. eleito não conhece o livro que ofereceu porque se o conhecesse não teria feito a figura que
fez. Ó Sr. eleito Tomás Santos, eu estive calado a ouvi-lo! Não consegue? Sabe, o comportamento
não é para todos. Eu por acaso tinha vergonha se fosse oferecer um livro que não conhecesse e
por isso, tomo a liberdade de o devolver para o sr. eleito ler o livro antes de voltar a referir-se ao
livro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quer defender a honra, faça favor”.
Tomás Santos do PS, disse: “O livro tem muitas páginas aconselho-o a ler todas antes de vir aqui
falar”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Faça favor Paulo Silva”.
Paulo Silva da CDU, disse: “Eu convido o Sr. eleito a vir dizer quais são as páginas do livro que se
referem ao processo de reabilitação do Martim Moniz”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Quer se inscrever? Está inscrito! Samuel Cruz”.
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1ª Sessão Ordinária – 28 de fevereiro de 2020
Samuel Cruz do PS, disse: “Eu parto do principio de que não me vai interromper e que tal como a
câmara também tenho mais de metade do tempo que teria direito por uma situação de igualdade,
mas eu ia dizer uma coisa diferente que é: eu acho que vamos discutir o regimento na próxima
reunião e devemos incluir uma alínea nova e é eu para me inscrever, também já não é a primeira
vez que isso me acontece, portanto a ultima ronda quem se inscreve, mas sempre que eu me
inscrevo há sempre uma ronda de inscrições. Se o Samuel se inscrever há mais uma ronda de
inscrições”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Vá lá! Não lhe dei a palavra Paulo Silva. Isto é um
parêntesis de breves segundos, o PS que se anda a vitimizar aqui na Assembleia que é o patinho
feio até é contra o PS porque se inscreveu o Luís Gonçalves e agora está chateado. Oh, Samuel!”.
Samuel Cruz do PS, disse: “Eu fico contente em primeiro lugar pelo livro ter sido entregue a
alguém, nomeadamente ao Paulo Silva que é espetacular a capacidade que enquanto ouvia as
intervenções de ler um livro com 641 páginas, é de facto de valor e de facto, existe realojamento e
existe fogos construidos pela CML no Martim Moniz e isto era um ponto prévio.O segundo ponto
prévio, Belchior puseste-te numa posição delicada e como falaste nisso e frisaste diretamente o PS,
o PS é obrigado a responder que é aquilo que eu vou fazer, a primeira coisa, existe de facto, uma
figura regimental em quem se sente impedido não intervém na discussão e não vota aquilo que
não existe; é eu não voto mas agora venho aqui dizer tudo o que tenho a dizer sobre o assunto e
ainda por cima na qualidade de advogado, eu acho que de facto puseste-te numa posição bastante
fragilizada acerca desse assunto, mas há de facto, criticas acerca daquilo que aconteceu no
primeiro processo de realojamento, mais recente, Vale de Chicharos feitos pelo PS e sou obrigado
a dizê-las foi entregue à Santa Casa da Misericórdia, o processo em exclusivo, algo terá sido
diferente porque a Câmara desta vez obrigou, como já foi aqui referido, a lançar o concurso publico
e bem, o que é certo é que o que a Santa Casa da Misericórdia fez não foi isso. Toda a gente é
obrigada a vender à Santa Casa através daquela imobiliária, um exclusivo que não se entende, ou
seja, se um privado sabia disto, ia à Santa Casa e dizia: olhe tenho a casinha, marquem lá a
escritura que é para eu vos vender a casa. Não! Você vai ali aquela imobiliária eles angariam o
imóvel e depois vem cá nos vender, uma percentagem. Isso é um exclusivo que se apresenta pelo
menos em 64 frações, 320 mil euros de comissão e como quem não quer ser lobo não lhe veste a
pele como o PS é acusado, e já foi aqui hoje repetidamente, de nepotismo há um problema com
esta imobiliária, é que a proprietária desta imobiliária é familiar muito próxima do antigo vereador
do urbanismo, Jorge Silva. Eu não o diria aqui como estas letrinhas todas, se não tivesse a certeza
daquilo que estou a dizer, portanto, há de facto um problema, do ponto de vista político
naturalmente, e da avaliação política que fazemos do processo e o procedimento que a câmara
entregou à Santa Casa da Misericórdia e a Santa Casa da Misericórdia entregou em exclusivo a uma
imobiliária, sem qualquer tipo de concurso, sem nada, que é um familiar de um antigo vereador do
PCP do urbanismo, isto é tão claro quanto isto e esse ato sem concurso, sem nada, valeu no
mínimo 320 mil euros em comissões, estamos esclarecidos acerca do problema do Partido

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Socialista com este assunto? Penso que sim. Isto não pode ser visto apenas aqui nas seis casinhas e
pronto! Há um problema muito mais lato aqui para averiguarmos, o problema é: a câmara falhou e
falhou várias vezes. A Câmara falhou desde logo na fiscalização, falhou quando deixou ocupar
aquelas casas não deveria ter deixado de ocupar aquelas casas mas mais! A câmara falhou porque
não deixou acabar de construir aquelas casas as condições indignas que tem, mas a verdade é que
muito tijolo foi assente naquele sitio e a fiscalização da Câmara tão presente e atuante quando
alguém faz um muro um bocadinho fora, não foi capaz de vir impedir aquelas torres a crescerem e
a nascerem, mais! Penso que faculta água à borla, é tudo ilegal mas há água. Portanto, falhou na
fiscalização na ocupação das torres e na fiscalização quando acabaram de construir as torres e a
Câmara Municipal do Seixal falhou no PER, a verdade é esta, o Governo lançou um PER para
erradicação das barracas e vejamos quem fez e quem não fez. No âmbito do PER foram
recenseadas 50 mil famílias na Área Metropolitana de Lisboa e do Porto em 28 municípios, desses
28 municípios, 20 concluíram o processo, 8 não concluíram o processo. O Seixal é um deles. Houve
20 que foram capazes de fazer e houve 8 que não foram capazes de fazer. Ainda assim, vejamos as
diferenças entre eles. Na Área Metropolitana de Lisboa desses 8, são 5: Amadora, Loures, Odivelas,
Almada e Seixal. A Amadora que foi aqui dado como exemplo, gastou com o seu plano de
realojamento 55 milhões de euros, porque na Amadora foram recenseadas 6 mil e 500 famílias e
foram alojadas 6 mil, se a Câmara Municipal do Seixal tivesse feito as 6 mil habitações que a
Câmara da Amadora fez não existiria nenhum problema de habitação no concelho, 6 mil. Em
Loures foram recenseadas 2600 e foram construidas quase 2500. Em Odivelas falta fazer 79, em
Almada 1014, na fonte desde dados adivinhem o Seixal não forneceu os dados, enfim! Mas, para
aquilo que é a nossa atuação, nós conhecemos a realidade do concelho do Seixal, sabemos que os
fogos que não foram feitos, que não foram comprados e o problema que não está resolvido e é
preciso que se diga o concelho do Seixal apresenta a taxa mais baixa de execução do PER do país. O
Seixal apresenta a taxa de execução mais baixa do país, mas mais! A Câmara Municipal do Seixal
está a falhar, falhou no passado e está a falhar porque aquilo que foi anunciado foi que o
realojamento destas 74 famílias estava concluído em 2019, foi esse o compromisso da câmara. O
que é que aconteceu? Estamos neste momento a decidir a compra de 6 habitações, das 74 que
tínhamos dito que acabavam em 2019. Não sabemos se são 6 porque inicialmente eram 13,
concorreram até este momento em que foi à Câmara, das 13, 7 tinham desistido e eu provei estas
6 até ao momento da assinatura do contrato-promessa que não sei se existe ou da escritura ainda
algumas desistiram também e isto não serve de nada porque não se pode ir aquela torre e tirar 6
famílias e realoja-las porque se for aquela torre e se tirar 6 famílias e realoja-las em algum sitio,
acontece o que já aconteceu no passado que é imediatamente aqueles locais ou frações, aquelas
habitações serão de novo ocupados e o problema do Seixal aloja 6 famílias e fica com o mesmo
problema que tinha antes de o fazer. Portanto, a pergunta que se impõe é: qual é o plano da
Câmara Municipal do Seixal? É curioso, um dos requerimentos que o Partido Socialista apresentou
foi no dia 8 de fevereiro do ano passado a pergunta ...".

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O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Samuel, cada coisa no seu sitio, em relação à
câmara, se houver acordo dos lideres. Está fechado!. O entendimento do PSD é que não tempo
não tem tempo é isso? Rui é isso? André? O tempo é só para completar. Vá lá João” 3:36:01
João Rebelo do CDS/PP, disse: “A proposta que eu fiz há bocado é exclusivamente para dizer que ..
toda a gente concordou eu e o André o que estamos a propor é cedermos o tempo que temos que
faz 6 minutos e … ".
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “O tempo é para completar. Dois minutos, para
completar, não é seis porque senão acaba-se com os tempos, nós temos uma distribuição
majorada da menor representação, se vamos subverter isso, para completar, porque senão ...”
João Rebelo do CDS/PP, disse: “Para completar são 3 mais 2, são 5.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Samuel Vá lá!”.
Samuel Cruz do PS, disse: “Toda a gente tem prescindido e a câmara também e as regras acima de
tudo têm que ser igual para todos. Eu agora não tenho tempo para o contraditório, ainda há
bocadinho era o ultimo a falar e agora já estão dois depois de mim, quer dizer metam as mãos na
consciência e digo ao Sr. Presidente e aos lideres que entenderam silenciar o PS”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “2.ª feira conversamos calmamente porque havemos
de nos entender. Inscrições? Paula Santos. Paulo Silva e Tomás Santos os srs. querem ir para o
átrio? Vão para o átrio os 2, ok? Faz favor, Paula Santos”.
Paula Santos da CDU, disse: “Queria só referir-me a alguns elementos relativamente à discussão
que estamos a fazer, porque nem é verdade que o Seixal tenha sido dos municípios que a execução
do PER ficou mais abaixo, não é verdade, veja e consulte os dados que aí estão referenciados, mas
é preciso também contar a história toda. E contar a história toda é que o PER foi um processo que
transferiu responsabilidades e encargos para as autarquias, que a partir de 2009, pelo menos não
tinha mais nenhuma verba para prosseguir com o processo sabendo que não estava concluído, que
os critérios do PER eram critérios fechados porque não previa, hoje uma família que tem um filho
com 5 anos, daqui a 10 anos tem 15, daqui a mais 10 anos tem 25 e forma a sua própria família e
muitas destas pessoas precisam também de uma habitação própria e não residirem 6, 7, 10 numa
mesma casa e o desdobramento não foi previsto. Aliás, eu vou colocar esta questão para dizer o
seguinte: o Governo criou um novo programa, é mais alargado do ponto de vista destes critérios
mas mantém a base de uma perspetiva de continuação de transferências para as autarquias
porque aquilo que é dito até por membros do Governo, é dizer que o apoio do Estado pode ir de
30 a 60% dependente dos critérios e de cada uma das condições, quem é que suporta o processo?
As próprias autarquias. A questão aqui não está de que não é uma questão de somenos de quem é
que assume ou quem é que não assume a responsabilidade, porque é fácil vir para os elementos
do Partido Socialista, do PSD ou de outros partidos virem aqui e o PAN também acusar a autarquia
que nada fez quando no meio de todo este processo, a única entidade pública que avançou para a
frente para a resolução do processo, que apresentou propostas concretas e que agora está
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confrontada com o problema da especulação imobiliária que existe no nosso país, foi a Câmara
Municipal do Seixal e vem-se aqui fazer de conta que não houve nenhuma vontade, quando quem
de facto, tem tido responsabilidades ao longo de anos, nunca quis saber e nunca houve verbas,
nem financiamento para esta matéria. Eu queria também deixar aqui claro o seguinte, foi feito um
levantamento das necessidades habitacionais porque os dados que estavam previstos no PER, de
facto de 93 creio que todos estamos de acordo que há muitos que estão desatualizados e que não
corresponde às necessidades de hoje. Foi feito um levantamento pelo Governo de 2018,
necessidades de família a realojar são alguns exemplos para a gente perceber também a dimensão
dos problemas que estamos a falar e temos um problema que é preciso resolver e que estão a ser
dados passos. Seixal 526 famílias, Amadora 2839 e reitero a solução da Amadora tem sido demolir
habitações e não assegurar o realojamento e creio que demonstra bem a atitude relativamente às
pessoas em concreto e de facto, um fechar de olhos relativamente a esta matéria. Cascais 769,
Lisboa 2867, só para dar exemplos da Área Metropolitana de Lisboa mas também podia trazer aqui
da Área Metropolitana do Porto. Relativamente ao Primeiro Direito há aqui um outro aspeto que é
preciso ter em conta que é: as candidaturas que são feitas, é necessário ter a estratégia municipal
de habitação, os municípios estão a trabalhar na estratégia municipal de habitação mas depois tem
esta coisa extraordinária em que o IRHU e o Governo tem uma espécie de tutela de mérito em que
vai avaliar se as estratégias municipais de habitação estão conforme e se podem fazer alterações e
isto eu creio que é também uma intromissão daquilo que é a autonomia do Poder Local
Democrático, manda a responsabilidade mas depois quer estar ao de cima a decidir o que é que
pode ser e o que não pode ser, eu creio que isto são questões de fundo que devem estar
colocadas, mas eu reitero esta questão foi aqui colocada que eu creio que é inaceitável os srs.
eleitos virem aqui dizer que há dificuldades, foram conhecidas essas dificuldades mas há de facto
uma grande vontade da resolução do problema, gostávamos que já tivéssemos mais à frente
relativamente a esta matéria mas eu creio que ninguém pode ignorar. Aliás, basta ver os preços,
quer de arrendamento, quer de aquisição de habitações que não é só no Seixal, na Área
Metropolitana de Lisboa para a gente ver esta realidade e creio que os srs. também conseguem
fazer esse exercício, não é muito difícil de fazer e perceber que ficou para já muito longe daquilo
que são a capacidade das famílias para o poder suportar mas que há de facto aqui uma
especulação imobiliária que está a criar dificuldades várias para que se possa dar concretização
efetivamente a este objetivo, mas por isso reitero e não me canso de dizer, se há entidade que deu
o passo com propostas concretas, com soluções para a resolução do problema foi a Câmara
Municipal do Seixal, exatamente por aquilo que foi aqui colocado. Queremos o problema
resolvido, porque se fosse pelo Governo as pessoas ainda lá estavam e aquela torre ainda não
tinha sido demolida”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Estavam inscritos Luís Gonçalves, Rui Belchior. Mais
intervenções? Fecharíamos aqui se o entenderem, disse exatamente isso, quantas e quantas vezes
é que vários de todas as bancadas têm esse direito, não é a Mesa que pode impedir. Rui Belchior”.

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Rui Belchior do PSD, disse: “Esta Assembleia começa a ter a tónica do paternalismo e das pessoas
que entendem saber e querer pretender ensinar os outros sobre determinados assuntos e
determinadas matérias. Dizer o seguinte, ao Sr. Samuel respondendo-lhe naturalmente, que foi o
que fez aqui esta afirmação, de facto, o que está na Lei embora não tenha sido este durante anos e
os anos que já cá andamos têm demonstrado isso mesmo, não tenha sido essa a prática desta
assembleia, as pessoas sempre discutiram e depois por esta ou aquela razão entenderam sair, de
facto a Lei diz podem em discussão e em votação, é verdade. Esqueceste-te de dizer o principal é
se eu me considerar impedido e agora é a pergunta seguinte: em que medida é que eu estou a
impedido? Eu revelei aqui apenas uma posição pessoal que entendia em função de conhecer as
pessoas que não devia de votar nesta matéria. Eu estou impedido de algum modo? Há alusão ao
facto de ser advogado ou deixar de ser? A gente tem que ver as coisas com elas são, da forma
completa não atirar essas coisas para o ar. Isso é, como eu costumo dizer, voar muito baixinho,
nem sequer estava à espera disso, porque acho que ficou claro o que eu disse era uma questão
moral, mas já que falaste outra vez no tempo, voltaste outra vez a falar neste assunto, a questão
principal e que me levou a falar nisso foi uma questão muito concerta, eu já aqui disse, foi a
afirmação dizerem que a imobiliária tinha sido constituída dois meses antes, isso é inamissível,
porque não é verdade, não corresponde à verdade e já agora dizer o seguinte: quando se diz a
proprietária da imobiliária é familiar do ex-vereador Jorge Silva, se isto não é atirar lama para cima
das pessoas então o que é? Para já, não é uma proprietária, são duas proprietárias, a que falas em
particular de facto, é nora do ex-vereador Jorge Silva, até já te expliquei que conheço do ponto de
vista pessoal, que é uma pessoa que nem sequer gerente é. Relativamente ao PS que ainda no
ultimo mandato foi uma serie de escândalos, de pais, filhos, tios no Governo vir falar aqui em
familiares nunca questão destas eu acho isto caricato, é uma coisa inaceitável, eu não posso
aceitar isso, eu não reconheço nenhuma autoridade moral ao PS para vir falar em questões
familiares.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ó Rui, o tempo”.
Rui Belchior do PSD, disse: “Deixe-me só terminar. Ainda dizer o seguinte: também me admira
porque isso então, diria ou o PS já sabe muito mais do que eu próprio e da minha bancada, quando
se fala em 300 e tal mil euros de comissão, que eu não sei onde é que foi obtido, a pouca
informação que nós temos em concreto é que foram partilhados inúmeros imóveis com outras
imobiliárias, ou seja e a comissão também partilhada e as pessoas não tiveram gastos, não
trabalharam, é que eu pensava que não eras comunista, eu pensava que as pessoas que trabalham
têm que receber, esta é a nossa filosofia, aliás, capitalista. Já agora esta imobiliária a forma que se
entendeu fazer, o processo correu bem, foram 64 famílias realojadas. Agora com o Governo é que
não está a correr nada bem, o IRHU a interagir com a Câmara, com as dificuldades que estamos a
ter é que não está a correr nada bem. Ó Samuel, eu não consigo entender e quero deixar aqui
claro, para terminar, para não haver nenhuma duvida, convido a quem quiser para demonstrar, já
que falaste aqui na minha qualidade de advogado, estou aqui como autarca, não estou aqui como

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advogado, em que eu tenha participado, em que haja uma intervenção minha seja em que
processo for deste género em relação à Câmara ou com estas imobiliárias, onde é que está a
minha intervenção? É verdade que eu é que me pus nesta situação quando disse que saía mas é
um aspeto moral, é o meu entendimento, não considerem que não estou, eu não tenho nenhuma
participação, que fique bem claro, neste processo e convido-os que demonstrem onde é que está a
intervenção neste processo em particular e isto queria deixar bem claro”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Apenas 10 segundos para dizer o seguinte e eu não
posso deixar de dizer isto: considero pelo que conheço da pessoa que vocês conhecem bem, foi
autarca na câmara, que é sério, uma referência, e acho que é completamente incrível e fica mal o
Jorge Silva vir aqui à baila; quero deixar aqui em ata, considero uma indignidade absoluta por
todos os motivos, de que, quem conhece este homem, uma referencia como pessoa incontornável
e não apenas por ter sido autarca nesta câmara, mas também por ser comunista e ser operário e
fico triste, é uma tristeza! Defesa da honra? É uma absoluta indignidade e tristeza.“
Samuel Cruz do PS, disse: “Em defesa da honra porque se disse que aquilo que eu disse era uma
indignidade e cabe aqui dizer duas coisas, em primeiro o Sr. Presidente da Assembleia Municipal
não pode nessa qualidade fazer este tipo de intervenção. Ao Presidente da Assembleia Municipal
cabe dirigir os trabalhos, se quer fazer esse tipo de intervenção levanta-se e vem ao púlpito e faz a
intervenção enquanto eleito do Partido Comunista Português, sistematicamente quer fazer
confundir os dois estatutos. Não pode! Segundo não deve, se quer respeito enquanto Presidente
da Assembleia Municipal não se deve envolver na discussão da Assembleia. Terceiro: Ninguém
aqui colocou o que quer que seja de má fé, portanto acho que é de má-fé da sua parte acerca do
ex-vereador Jorge Silva, aquilo que aqui se relatou e não foi trazido pelo PS foi factual e a
população do concelho do Seixal merece conhecer todos os factos. Indigno é querer esconder”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Fique a saber que eu intervirei sempre que
considerar situações destas, trazida pelo PS que de facto é triste, intervirei sempre e não tenha
nenhuma duvida. Era o que faltava! Por na lama o nome de uma pessoa! Era o que faltava! Na
defesa daquilo serei a vida inteira e já cá ando há mais tempo que você. Não admito e não aceito
que se ponha na lama, como o PS pôs, neste caso em concreto o Jorge Silva, nunca aceitarei. Sr.
Presidente se faz favor”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Antes de mais eu gostaria de agradecer à Assembleia
Municipal de podermos também contribuir para o debate e para o esclarecimento necessário, não
sem antes pedir desculpa pela postura menos digna de alguns membros do executivo da Câmara
Municipal como se dirigiam ao Sr. Presidente da Assembleia Municipal, peço desculpa em nome do
executivo municipal. Pedia então, à Sra. Vereadora que pudesse fazer algum esclarecimento
relativamente às matérias colocadas”.
Vereadora Manuela Calado disse: “Alguns esclarecimentos. Dizer que quando foi proposto o
procedimento concursal para aquisição das 64 casas foram convidadas todas as agências
imobiliárias e particulares que assim o pretendessem fazer. Portanto, foi o mais transparente
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possível e o mais aberto a todos que quiserem participar nelas. No que diz respeito às seis
habitações a informação que temos é que ainda continuam para serem adquiridas, isto era a
informação há uma uma semana mais ou menos, 10 dias, estamos em crer que provavelmente
ainda continuarão a estar no mercado para serem adquiridas. Na questão de se ter colocado o que
é que nós estamos a fazer, nós estamos a fazer o processo de realojamento, estamos a trabalhar na
nossa estratégia local de habitação e no plano municipal de habitação, ferramentas de
planeamento extremamente importantes para estabelecer aquilo que se pretende fazer em
termos de habitação porque não podemos só falar de habitação e realojamento temos que falar
muito mais do isso. Portanto, a estratégia local e o plano municipal de habitação são ferramentas
muito importantes para definir políticas publicas de habitação que são muito necessárias no nosso
país e que não existem. Para terminar aquilo que eu gostaria de dizer e reforçando mais uma vez
aquilo que a eleita Paula Santos disse, é verdade que ainda temos um caminho longo a percorrer
mas aquilo que fizemos foi para terminar com um flagelo bem grande, eu gostaria de perguntar
também aos srs. eleitos o que é que andaram aqui a fazer estes anos todos, desde o PER até agora,
e dizer que a Câmara desde sempre esteve empenhada em encontrar uma solução para este
flagelo. Felizmente só em 2017 é que foi encontrado um parceiro que quisesse ouvir o nosso
projeto, e que quisesse sentar à mesa para definir uma estratégia para realojar Vale de Chicharos.
Portanto, aquilo que nós estamos a fazer neste momento é trabalhar, é realojar pessoas que
necessitam e estamos a falar de realojamento de Vale de Chicharos e de Santa Marta mas também
não podemos esquecer todos os que neste momento, são cerca de 500 famílias que também estão
em lista de espera para atribuição de uma habitação”.
O Presidente da Câmara Municipal disse: “Só para concluir, o apelo que fazemos para nós
podermos avançar, neste mandato, como começamos e bem é que precisamos da ajuda de todos
porque para desajudar já basta a situação que temos, se nós não tivermos na Assembleia
Municipal ao lado do executivo municipal à procura de soluções que permitam resolver este
problema, será com certeza mais difícil, por isso eu penso que a discussão foi importante sobre o
contexto onde estamos, a história que é nossa, mas dizer também que existem neste momento, 25
mil famílias que estão registadas no país pelo Governo e que o Primeiro Ministro disse que gostaria
que nos 50 anos do 25 de abril ter todas realojadas. Os 50 anos do 25 de abril são no próximo
2024, estamos muito próximos desse objetivo e no Seixal os 25 mil, nós temos cerca de 400
famílias que estão nos dois bairros, em Vale de Chicharos e Santa Marta. Portanto, o nosso
caminho que temos traçado é de concretização, encontrámos o modelo, temos o know how,
precisamos de ajuda para ultrapassar os vários obstáculos que se colocam. Neste momento há um
obstáculo que se coloca perante nós que é o preço elevado das habitações face aquilo que se é o
programa ProHabita, veremos agora com o 1.º direito se esta relação 28,72% é atenuada. Se isso
acontecer temos condições para dar o passo e avançar na aquisição das restantes habitações, elas
existem estão em cima da portaria, elas existem, estão identificadas nós podemos adquiri-las
assim haja financiamento da parte do Governo para equilibrar esta situação e avançarmos na
concretização de mais uma operação de realojamento que recordo não é com 6 habitações que se
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fará é com as 74 habitações adquiridas. Foi isso que fizemos com o lote 10 e é isso que iremos
fazer para os três lotes: 13, 14 e 15. Só para concluir dizer o seguinte: Vale de Chicharos, foi
totalmente incluído todas as pessoas identificadas pelo PER em Vale de Chicharos foram todas
realojadas, isso não temos dúvidas e também não temos duvidas que durante anos não houve
mais investimento para o PER, só houve a partir de 2017 quando a Secretaria de Estado foi criada a
habitação a meio do mandato anterior. Para dizer se há responsabilidades, essas responsabilidades
são dos governos que durante pelo menos mais de uma década não destinaram um euro para o
realojamento social em Portugal, por isso este nosso deficit não é do Seixal, é de Portugal, 25 mil
famílias e são só as identificadas com habitações precárias fora todas as outras que nós sabemos
que existem e que recorrem aos serviços do município e dos municípios para poder ter uma
habitação que não fossem despejadas e que vivem numa situação difícil. Esta é a realidade dos
factos, e por isso todos precisamos de ajudar e não atirar pedras, eu acho que já chega. Aliás, eu
hoje ouvi aqui coisas inadmissíveis, chega de atirar pedras, chega de ofender as pessoas, respeito
pelo órgão onde estamos e respeito pelas pessoas”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Obrigado Sr. Presidente da Câmara, quem vota a
favor?”.
Aprovada a Deliberação nº 3/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS: 1
. Três (3) abstenções dos seguintes eleitos:
Do grupo municipal do PSD: 3 (Rui Belchior, do PSD, ausentou-se)
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Foi aprovado com os votos a favor da CDU, do PS,
do Bloco de Esquerda, do CDS, e as abstenções do PSD e uma ausência que foi anunciada”.
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Ponto 7, quem vota a favor?”.
Aprovada a Deliberação nº 4/XII/2020 por maioria e em minuta com:
 Trinta e um (31) votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS: 1

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Quatro (4) abstenções dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal do PSD: 4
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “A proposta foi aprovada com os votos a favor da
CDU, do PS, do Bloco de Esquerda e do CDS e a abstenção do PSD”.
III. 8. Minuta da Ata – Aprovação.
Aprovada a deliberação nº 5/XII/2020, por unanimidade, com:
• Trinta e cinco votos a favor dos seguintes eleitos:
- Do grupo municipal da CDU: 16
- Do grupo municipal do PS: 11
- Do grupo municipal do PSD: 4
- Do grupo municipal do BE: 3
- Do grupo municipal do CDS: 1
O Presidente da Assembleia Municipal disse: “Consideramos aprovada a ata em minuta”.
Nada mais havendo a tratar, O Presidente da Assembleia Municipal deu os trabalhos por
encerrados, agradecendo a presença do executivo municipal e dos membros deste Órgão.
A sessão terminou cerca da 0:30 horas do dia 4 de março.
Nos termos do art.º 5.º do Decreto-Lei nº 45362 de 21 de Novembro de 1963 (com a redação
atualizada pelo Decreto-Lei nº 334/82 de 19 de Agosto, e de acordo com uma interpretação
extensiva), os documentos mencionados são arquivados, ora em pasta anexa à presente ata, ora
no respetivo processo.
Sempre que se indicou ter sido tomada qualquer deliberação, dever-se-á entender ter sido
aprovado nos termos e para efeitos do disposto no art.º 92.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro,
com a redação atualizada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de janeiro, e com as alterações introduzidas
pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro e pela Lei nº 75/2013, de 12 de setembro.
Para constar se lavrou a presente ata que vai ser assinada pelo Presidente e Secretários em
exercício:
O Presidente da Assembleia Municipal:

O Primeiro Secretário:

A Segunda Secretária:

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