FACULDADE DE ECONOMIA
Vale ressaltar ainda no Art. 1º o seguinte trecho, Parágrafo único. Todo o poder emana
do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição. Pensamento abordado por Rousseau em que destaca a soberania do povo, onde
os indivíduos renuncia seus poderes individuas através de pacto para se garantir os objetivos
coletivos, e a relação de representação de seus direitos/desejos através do representantes eleitos
sobre a forma de democracia direta e representativa. Diferentemente de Hobbes que
considerava a necessidade de um poder soberano que pudesse garantir a segurança de todos.
No Artigo terceiro da CF vemos conceitos abordados por Locke, onde o esta da seguinte
forma representado na constituição, Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; III - erradicar a
pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Para Locke os cidadão livres delegam poder ao estado para que lhe seja garantido os
desejos estabelecidos no pacto social. A relação entre indivíduo e estado para Locke se dá
através do pacto social que tinha como função a transição do estado lhe garantir o direito de
propriedade e proteção. Diferente de Hobbes que considerava o pacto social como uma
renúncia/submissão de direitos. Tal pensamento de Locke pode ser identificado nos incisos do
artigo 3º, como a função da República Federativa tem de garantir a liberdade e o direito de
propriedade. Outro aspecto importante da abordagem de Locke está presente no 4º Art. nos
seguintes incisos, V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica
dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para
o progresso da humanidade; ou seja o estado como garantidor do direito da propriedade e do
bem comum.
Os conceitos de Locke também estão presente ao longo do Artigo 5º, que apresentarei
alguns de relevância no contexto de Locke, I - homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII
- a propriedade atenderá a sua função social; LXXII - conceder-se-á habeas data. Os incisos
destacados acima apresentam conceitos semelhantes aos de Locke, onde dentre os direitos de
propriedade apresentado por ele estavam o direito da vida, liberdade e etc. Dentre os direitos
coletivos, que é o motivo do contrato social, o artigo 5° estabelece direito e obrigações que
nortearam o estado e sob a visão de Locke esse poder do estado garante que os indivíduos não
voltem ao estado de natureza, gerado pela violação da propriedade ou de um direito.
Dentro ainda do Artigo 5º estão presente conceitos que se assemelha aos de Rousseau,
os direitos individuais são garantidos destaque para os seguintes incisos, IV - é livre a
manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VI - é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; XIII - é livre o exercício de
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte,
quando necessário ao exercício profissional; Rousseau conceitua a liberdade quando o povo
puder criar suas leis em condições iguais, sem a submissão de um “soberano”, ou seja a
submissão da vontade geral, não de um indivíduo, estabelecendo o estado como um órgão
limitado ao poder do povo. A limitação do estado se dá pelo poder do povo, tal pensamento se
vê presente na formulação direitos individuais que estabeleça condições individuais,
resguardada sob os direitos coletivos. Tendo em vista que ambos os direitos, coletivos e
individuas, estão presente dentro do mesmo capitulo.
O artigo 18º da CF se apresenta como um dos mais claros sobre as referências dos
Federalista na formação das nossas Leis. Primeiramente vale destacar os objetivos comuns dos
Federalistas, que discordavam de Montesquieu e Rousseau a respeito do sucesso de uma
democracia, analisando os objetivos individuais como entrave sobre o bem coletivo.
O novo sistema de governo defendido pelos Federalista era a Republica e fazia questão
de diferenciar e enaltecer em relação as democracias defendidas anteriormente. Conceituando
que a função do governo estejam sob o controle de um pequeno número de cidadãos, não que
esta seja a diferença, mas sim o controle desses pequenos cidadãos sobre todos os outros. E
principalmente todos sobre as mesmas Leis. Onde todos responderiam a um órgão que fosse
responsável por todos os conflitos internos e externos.
No artigo 18º da CF temos uma clara influência desse órgão soberano sobre a união dos
estados: Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos
termos desta Constituição. O contexto vivido pelos Federalista era a base para a busca por uma
nova forma de governo. Tal conceito está presente na nossa constituição sob os direitos dos
estados e todos sob as mesmas bases de organização: § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os
Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados
podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou
formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.