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Acompanhamento em Creche e Jardim de Infância

Técnicas Pedagógicas
UFCD- 3275

Formadora: Diana Madureira

Lousada, 2021
Objetivos do Módulo:

O Reconhecer as principais técnicas pedagógica em

creches e jardins de infância.

O Identificar as atitudes e desenvolver as ações


necessárias ao estabelecimento de relações adequadas
à situação de creches e jardins de infância.
Avaliação do Módulo:
 Ficha de Avaliação de Conhecimentos: Data a definir

 Participação, interesse, relações interpessoais e


responsabilidade (assiduidade e pontualidade)

 Atividades realizadas
Creche
A Creche
O Por diferentes motivos inerentes à sociedade atual,

a família já não consegue realizar sozinha a tarefa


de educar uma criança, como tradicionalmente
acontecia.
A Creche
O Numa sociedade, onde cada vez é maior o número

de mulheres que trabalham a tempo inteiro, a


efetiva partilha das tarefas do contexto público e
privado, convida a que mulheres e homens dividam
responsabilidades em matéria de educação dos
filhos, competindo ainda, ao Estado e à sociedade
civil proporcionar apoio e suporte às famílias.
O A implantação das creches:

O a) zonas com maior índice de mão de obra

feminina;

O b) zonas de maior índice de natalidade;

O c) zonas em que se verifique tendência para maior

atracção populacional jovem.


A Creche
O A creche é um equipamento de natureza
socioeducativa, vocacionado para o apoio à família
e à criança, destinado a acolher crianças até aos 3
anos de idade, durante o período correspondente
ao impedimento dos pais ou de quem exerça as
responsabilidades parentais.
Capacidade:

O As Creches devem ter capacidade não inferior a 20

crianças.

O Os estabelecimentos com menos de 20 crianças são

designados por Creches de dimensão reduzida.


O A capacidade recomendável das Creches é de 33

crianças.

O A capacidade máxima recomendável das creches é

de 66 crianças (duplicação do módulo de 33


crianças).
As crianças devem ser distribuídas por grupos,
relativamente homogéneos sob o ponto de vista
etário.

Grupos Lotação máxima / sala

Até à aquisição da marcha 10 crianças

Aquisição da marcha – 24 14 crianças


meses
24 – 36 meses 18 crianças
O Embora o critério base para a constituição dos

grupos de crianças seja o da idade, devem ser


considerados, simultaneamente, outros fatores, tais
como:

 O desenvolvimento motor, o equilíbrio afetivo, a

emotividade, a sociabilidade, o desenvolvimento


de linguagem, o comportamento alimentar e as
condições físicas do estabelecimento.
O Deve sempre ficar salvaguardada a progressão das

crianças pelos diferentes escalões etários, pelo que

a Creche deve ter, no mínimo, um berçário e

duas salas de atividades e de

diferentes faixas etárias.


O As caraterísticas mais relevantes das crianças, nos

grupos etários, a que estes estabelecimentos se


destinam são as indicadas no quadro seguinte:

4/6 meses Permanece grande parte do tempo deitada.


Quando apoiada, fica alguns momentos sentada.
6/14 meses Permanece menos tempo deitada e a dormir.
Procura e consegue sentar-se sozinha.
Começa a ficar em pé quando apoiada.
14/24 meses Gatinha e adquire o andar.
Brinca por pequenos períodos.
Aprende a comer sozinha.
24/36 meses Aperfeiçoa o andar.
Aprende a subir escadas, a trepar, saltar e a correr.
Passa a maior parte do tempo acordada e em
constante atividade.
Condições de admissão:

O São condições de admissão de crianças em creches

ter idade compreendida entre os 3 meses e meio e 3


anos de idade podendo estes limites ser ajustados
aos casos excecionais designadamente para atender
às necessidades dos pais.
O As crianças só poderão ser entregues aos pais ou a

alguém devidamente credenciado e registado em


ficha no ato da inscrição.

O A troca de informação no ato da receção/saída das

crianças (cuidados especiais, situações de exceção,


ou outras de interesse para o conhecimento e
desenvolvimento da criança) deverão ser anotados.
O A admissão das crianças com deficiência deverá ser

objeto de avaliação conjunta dos técnicos do


estabelecimento e dos técnicos especialistas que
prestam apoio, tendo em atenção:
a) o parecer técnico da equipa de apoio técnico
precoce sempre que as houver, ou os serviços
especializados dos CRSS ou de IPSS;

b) em igualdade de circunstâncias, a deficiência


constitui fator de prioridade;

c) a admissão deverá ser feita o mais precocemente


possível, tendo em conta as necessidades das
crianças e dos pais;

d) a admissão ao longo do ano terá lugar, quando tal


se verifique absolutamente necessário.
Critérios de prioridade

O Sempre que a capacidade do estabelecimento não

permita a admissão do total de crianças inscritas, as


admissões far-se-ão de acordo com os seguintes
critérios de prioridade:
a) crianças em situação de risco;

b) ausência ou indisponibilidade dos pais em assegurar


aos filhos os cuidados necessários;

c) crianças de famílias monoparentais ou famílias


numerosas;

d) crianças com irmãos a frequentar já o


estabelecimento;

e) crianças cujos pais trabalham na área do


estabelecimento;
f ) de acordo com o estabelecido no estatuto dos
Bombeiros Voluntários, os filhos destes em caso de
acidente mortal do pai.
NOTA: Na apreciação das regras referidas
anteriormente, deverão ser prioritariamente
considerados os agregados de mais fracos recursos
económicos
O São objetivos específicos das Creches:

a) Facilitar a conciliação da vida familiar e


profissional do agregado familiar;

b) Colaborar com a família numa partilha de


cuidados e responsabilidades em todo o
processo evolutivo da criança;

c) Assegurar um atendimento individual e


personalizado em função das necessidades
específicas de cada criança;
d) Prevenir e despistar precocemente qualquer
inadaptação, deficiência ou situação de risco,
assegurando o encaminhamento mais adequado;

e) Proporcionar condições para o desenvolvimento


integral da criança, num ambiente de segurança física
e afetiva;

f) Promover a articulação com outros serviços


existentes na comunidade.
A creche presta um conjunto de atividades e
serviços, designadamente:

a) Cuidados adequados à satisfação das


necessidades da criança;

b) Nutrição e alimentação adequada, qualitativa e


quantitativamente, à idade da criança, sem prejuízo
de dietas especiais em caso de prescrição médica;

c) Cuidados de higiene pessoal;


d) Atendimento individualizado, de acordo com as
capacidades e competências das crianças;

e) Atividades pedagógicas, lúdicas e de


motricidade, em função da idade e necessidades
específicas das crianças;

f) Disponibilização de informação, à família, sobre o


funcionamento da creche e desenvolvimento da
criança.
O A Creche deve ser organizada "educativamente",

em espaços próprios e edifícios próprios, de forma a

motivar o desenvolvimento da criança, e não ser um

mero depósito de crianças.


O A Creche deve estimular o desenvolvimento físico, a

coordenação motora, e o desenvolvimento sensorial

e cognitivo, a função simbólica e da linguagem.

O Deve fornecer o inicio dos hábitos de higiene e do

relacionamento com os outros.


O O contacto com as outras crianças num ambiente

próprio permite o desenvolvimento harmonioso das


personalidades.

O As trocas entre elas vão permitir que o horizonte

psicológico se alargue.
O É a primeira preparação social para a escola,

tendo em atenção o respeitar dos ritmos da


criança entre vigília e sono.
O O sono é bastante importante nesta fase do

crescimento da criança, a sua função biológica é


preservar a integridade do organismo e de todo o
seu ciclo de vida.

O Nos primeiros anos de vida, o sono da criança é

o descanso a milhares de estímulos , como se de


uma defesa se tratasse.
O É necessário que a criança aprenda a utilizar os
meios de comunicação de que dispõe, não só
para receber informação, como também para se
exprimir.

O Assim, os jogos são o veículo para melhorar as


capacidades de recepção de informação da
criança, e uma das melhores formas de
comunicar.
Horário:
O O horário de funcionamento da creche deve ser o

adequado às necessidades dos pais ou de quem


exerça as responsabilidades parentais, não
devendo a criança permanecer na creche por um
período superior ao estritamente necessário.
Direção técnica:
O A direção técnica é assegurada, preferencialmente,

por um educador de infância, podendo ser


assumida por outros profissionais com licenciatura
em Ciências Sociais e Humanas ou em outras
áreas das Ciências da Educação.
Pessoal:
O A intervenção é assegurada por uma equipa técnica

dimensionada em função da capacidade da creche


e dos grupos de crianças, devendo ser constituída
por:
a) Duas unidades de pessoal, técnicos na área do

desenvolvimento infantil ou ajudantes de ação


educativa, por cada grupo até à aquisição de
marcha;

b) Um educador de infância e um ajudante de ação

educativa por cada grupo, a partir da aquisição da


marcha;

c) Um ajudante de ação educativa para assegurar o

pleno funcionamento do período de abertura e de


encerramento da creche.
O Nos casos em que a confeção de refeições e a

higiene do ambiente não sejam objeto de


contratualização externa, deve, ainda, ser previsto
pessoal que assegure a prestação dos respetivos
serviços.

O A creche pode contar com a colaboração de

voluntários, devidamente enquadrados, não


podendo estes ser considerados para efeitos do
disposto nos números anteriores.
Acesso à informação:
O A creche deve afixar, em local visível e de fácil

acesso, designadamente, os seguintes


documentos:
a) Autorização de funcionamento ou autorização
provisória de funcionamento, quando aplicável;

b) Regulamento interno;

c) Identificação da direção técnica;

d) Horários de funcionamento;
e) Preçário ou tabela da comparticipação familiar;

f) Mapa semanal de ementas;

g) Publicitação dos apoios financeiros da segurança

social, quando aplicável;

h) Mapa do pessoal e respetivos horários de acordo

com a legislação em vigor;

i) Plano de atividades;

j) Planta de emergência;

l) Identificação da apólice de seguro escolar;

m) Identificação da existência do livro de reclamações.


Regulamento interno:
1 — O regulamento interno define as regras e os
princípios específicos do funcionamento da creche e
deve ser

elaborado de acordo com a legislação em vigor.

2 — Um exemplar do regulamento interno deve ser

entregue às famílias no ato de celebração do contrato


de prestação de serviços.
3 — As alterações ao regulamento interno são
comunicadas ao Instituto de Segurança Social, I. P.,
bem como aos respetivos pais ou a quem exerça as
responsabilidades parentais.
Processo de admissão:
1 — A admissão das crianças é da responsabilidade da
direção da instituição, mediante parecer da direção
técnica, em colaboração com os pais ou com quem tenha

o exercício das responsabilidades parentais.

2 — Quando se trate da admissão de crianças com


deficiência ou com alterações nas estruturas ou funções do

corpo, deve ser previamente garantida a colaboração com

as equipas locais de intervenção precoce na infância.


Contrato de prestação de serviços:
A admissão depende da celebração de um contrato
prestação de serviços assinado pelas partes.
Processo individual:
A creche deve organizar um processo individual de
cada criança.
O processo individual é de acesso restrito e deve ser
permanentemente atualizado, assegurando a creche
o seu arquivo em conformidade com a legislação
vigente.
O processo individual da criança pode, quando
solicitado, ser consultado pelos pais ou por quem
exerça as responsabilidades parentais.
Para além da creche que outros serviços existem
para crianças dos 3meses aos 3 anos de idade?

O Oferta Formal:
Ama: pessoa que cuida de uma ou mais
crianças (max.. 4). Por conta própria ou
mediante retribuição.
Para além da creche que outros serviços existem
para crianças dos 3meses aos 3 anos de idade?

O Oferta não formal:

Família
Amigos
Vizinhos
Baby-sitters
Instalações:

O A Creche deve compreender as seguintes áreas

funcionais e respetivos espaços e compartimentos,


de acordo com a Portaria n.º 262/2011 de 31 Agosto:
a) Receção;

b) Direção e serviços técnicos;

c) Berçário;

d) Atividades, convívio e refeições;

e) Área do pessoal;

f) Serviços.
a) Receção:
O Destina -se ao acolhimento/receção e atendimento e

deve:

a) Ser ampla, com iluminação suficiente e adequada


para espaço de transição com o exterior e permitir o
fácil encaminhamento para os diversos espaços;
b) Ser proporcional à dimensão da área total da
creche, possuir mobiliário e equipamento adequados e
dispor de vigilância para apoiar o controlo de entrada e
saída de pessoas e ajudar a manter a segurança das
instalações;

c) Na área de receção devem existir instalações


sanitárias separadas por sexo e acessíveis a pessoas
com mobilidade condicionada;
d) Prever a existência de um espaço para cabides
individuais, acessíveis aos pais ou a quem exerça as
responsabilidades parentais.
O Nesta área pode ainda localizar -se a zona destinada

ao desenvolvimento das tarefas administrativas e de


gestão corrente do estabelecimento (núcleo
administrativo)
b) Área da direção, serviços técnicos e
administrativos:
O Destina -se a local de trabalho da direção técnica do

estabelecimento, a arquivo administrativo e a


expedientes vários.
O Pode incluir, designadamente, os seguintes espaços:

a) Gabinete da direção;

b) Núcleo administrativo;

c) Gabinete(s) técnico(s);

d) Instalação sanitária.
O Deve, igualmente, ser considerado um espaço
destinado ao isolamento das crianças que adoeçam
subitamente e à prestação de cuidados básicos de
saúde.
O Os gabinetes devem incluir mobiliário que permita a

realização de trabalho administrativo e ou


pedagógico, receção e atendimento de crianças e
famílias e arrumação dos arquivos.
O O equipamento fixo e móvel do núcleo
administrativo, quando este esteja contido na área de
receção, não deve apresentar risco para as crianças
que transitem nesse espaço.
c) Berçário

O O berçário destina -se a crianças até à aquisição da

marcha e integra:

 Sala de berços;

 Sala-parque;

 Copa de leites;

 Zona de higienização.
Sala de berços:

O Serve para repouso das crianças, localizada numa

zona silenciosa do edifício, com sistema de


escurecimento e não pode servir como local de
passagem ou atravessamento.

O O equipamento móvel existente deve permitir uma

fácil circulação e a escolha das camas de grades ou


berços deve obedecer à legislação em vigor.
Sala-parque.

O Serve para os tempos ativos das crianças, cujo

equipamento móvel possibilite aos profissionais


manter contacto com as crianças numa posição
cómoda e facilitada.
O Deve dispor de brinquedos que respeitem as normas

de segurança, adequados à idade das crianças e às


suas necessidades lúdicas e de desenvolvimento,
espaços acolchoados e devidamente protegidos para
os bebés, cadeiras de repouso, espelho inquebrável
e pavimento amortecedor, facilmente lavável.
Copa de leites

O Serve para a preparação e distribuição dos leites

dispondo de prateleiras e ou armários, esterilizador


de biberões, frigorífico, fogão elétrico e zona de
lavagem.
Zona de higienização

O Permite a higienização das crianças dispondo de

bancada para muda de fralda, banheira com águas


correntes, armários para vestiário das crianças,
recipiente hermético para fraldas sujas e espaço
para arrumação de produtos de higiene, fora do
alcance dos bebés.
NOTA:

O Os espaços devem ser adequados à sua função,

autónomos e ter comunicação entre si, de forma a


permitir simultaneamente a observação permanente
e a privacidade das crianças que estão a dormir.
d) Área de atividades, convívio e refeições
O Esta área destina-se ao desenvolvimento de
atividades lúdicas, pedagógicas e às refeições das
crianças a partir da aquisição da marcha até aos 36
meses e integra:

 Salas de atividades

 Sala de refeições

 Instalações sanitárias

 Recreio
Sala de atividades:

O Organizadas de modo flexível e adequado às


necessidades lúdicas das crianças, sendo
recomendável que possuam ligação com o recreio.

O Devem estar equipadas com mobiliário e materiais

didáticos adequados à faixa etária.


O As salas de atividades podem ser utilizadas para o

repouso das crianças, desde que disponham de


sistemas de escurecimento e equipamento adequado
ao descanso das crianças (catre, lençol e manta
individualizados)
Catre
Sala de refeições:

O Preferencialmente situada perto da cozinha.

O Esta sala pode ser utilizada também para reuniões,

festas ou recreio interior.

O Deve dispor de lugares sentados e mesas, bancadas

auxiliares devidamente protegidas do acesso das


crianças e painéis nas paredes que possibilitem a
decoração de desenhos, sem risco para as crianças;
Instalações sanitárias:

O Com lavatórios e sanitas de tamanho infantil, na

proporção de um lavatório para cada grupo de sete


crianças e uma sanita para cada grupo de cinco
crianças.
Recreio:

O Constituído por um espaço exterior vedado, com uma

zona coberta, com zonas de interesse para as crianças


e que permita a utilização de brinquedos com rodas.

O Quando a utilização do recreio for partilhada com

bebés, deve prever a separação de espaços.


O Deve, ainda, contemplar equipamento diverso,
estruturas fixas ou móveis, que permitam subir, trepar e
escorregar, bebedouros, bancos para adultos, bancos e
mesas para as crianças, recipientes para recolha
seletiva de lixo e iluminação.
e) Área do pessoal

O As instalações para o pessoal devem ser compostas

pelos seguintes espaços:

 Sala do pessoal

 Vestiários com capacidade para colocação

de cacifos com fechadura

 Instalações sanitárias equipadas com sanita,

lavatório e base de duche


f) Área de serviços

O A área de serviços compreende:

 Cozinha

 Lavandaria

 Serviços de apoio
O Cozinha deve localizar -se junto ao acesso de serviço,
possuir boas condições de higiene, ventilação e
renovação do ar. Deve incluir um espaço principal e
espaços anexos.

O A organização do espaço principal deve garantir o

normal percurso das fases de preparação, confeção e


distribuição dos alimentos e da lavagem de loiça e
utensílios, com separação das zonas sujas e zonas
limpas.
O A separação física entre as zonas sujas e limpas pode

dispensar -se quando o percurso dos alimentos se


realize em momentos claramente distintos, sendo
obrigatório efetuar a limpeza e desinfeção das
superfícies e materiais utilizados entre as diferentes
fases, salvaguardando as condições de higiene e
segurança alimentar e a prevenção de eventuais
contaminações.
O Os espaços anexos são compostos por:

a) Despensa;

b) Compartimento de frio adequadamente ventilado


e composto por frigorífico e arca congeladora;

c) Compartimento do lixo com capacidade adequada


à periodicidade de recolha prevista e com acesso
direto pelo exterior.
O Caso se proceda à confeção de alimentos no exterior do

edifício e conforme o sistema a adotar, devem ser


concebidos os espaços necessários para proceder, em
condições de higiene e de bom funcionamento, à
receção das refeições, o seu armazenamento,
aquecimento e distribuição.
O Área de lavandaria destina -se à lavagem manual
ou automática de roupa.

O Deve incluir depósitos para receção de roupa suja,

máquinas de lavar e de secar roupa, depósitos,


armários e prateleiras para guardar a roupa lavada e
bancada para passar a ferro.
O Pode dispensar -se esta área quando a creche recorra a

este serviço no exterior, devendo contudo existir


espaços necessários para proceder ao envio e à
receção da roupa e respetivo depósito e separação.
O Área de serviços de apoio destina -se à
arrumação e armazenagem de equipamento, mobiliário,
materiais e produtos necessários ao funcionamento da
creche e integra as seguintes arrecadações:

a) Gerais;

b) Géneros alimentícios;

c) Produtos e equipamentos de limpeza


A Intervenção do TAE em
Creche
A chegada e a partida
TAE preocupa-se com:
O Dar as boas vindas e fazer as despedidas
calmamente de forma a tranquilizar crianças e
pais;
O Reconhecer os sentimentos das crianças e dos
pais acerca da separação e do reencontro;
O Seguir os indícios das crianças sobre o querer
entrar e sair das atividades;
O Comunicar abertamente com as crianças sobre
as chegadas e partidas dos pais;
O Trocar informações e observações com os pais
sobre as crianças.
A hora das Refeições
O TAE preocupa-se com:
O Proporcionar uma atmosfera calma e descontraída
de modo a que as crianças possam comer e apreciar
a sua refeição na companhia dos outros.
O Segurar e prestar uma atenção plena ao bebé
lactente.
O Apoiar o interesse dos bebés mais crescidos em
comerem sozinhos.
O Juntar-se às crianças na mesa das refeições.
O Envolver as crianças mais velhas na tarefa de pôr e
levantar a mesa.
Momento da Higiene
O TAE preocupa-se com:
O Integrar os cuidados corporais na exploração e
brincadeira da criança.
O Centrar-se em cada criança durante a rotina de cuidados.
O Encorajar a criança a fazer coisas sozinha.
Momento da sesta
O TAE preocupa-se com:
O Programar a hora da sesta segundo as
necessidades individuais de cada criança.
O Ajudar as crianças a acalmarem-se para a sesta.
O Proporcionar alternativas sossegadas para as
crianças que não dormem.
O Deixar que as crianças tenham vários estilos de
acordar.
Tempo de brincar
O TAE preocupa-se com:
O Prestar muita atenção às crianças enquanto exploram e brincam.
O Ajustar as ações e respostas do educador às indicações e ideias
das crianças.
O Envolver-se numa comunicação do estilo dar-e-receber com as
crianças.
O Apoiar as interações das crianças com os pares.
O Utilizar uma abordagem de resolução de problemas aos conflitos
sociais das crianças.
O Encorajar as crianças a arrumarem os materiais depois do tempo
de escolha livre.
Actividades no exterior
O TAE preocupa-se com:
O Proporcionar materiais diversos para o conforto
e as brincadeiras das crianças.
O Proporcionar uma variedade de experiências.
O Utilizar estratégias de apoio adequadas ao
tempo de escolha livre.
O Observar a natureza com as crianças.
O Acabar de forma tranquila o tempo de exterior.
Momentos de grupo
O TAE preocupa-se com:
O Planear antecipadamente e proporcionar experiências
ativas em grupo.
O Recolher materiais a oferecer às crianças..
O Proporcionar experiências de música e de movimento.
O Respeitar as escolhas e as ideias das crianças sobre a
utilização dos materiais.
O Fazer comentários breves e específicos sobre aquilo que
as crianças fazem.
O Interpretar ações e comunicações das crianças para com
outras crianças.
O Deixar que as ações das crianças anunciem o fim do
tempo de grupo.
Estratégias de colaboração da
equipa de adultos
Praticar uma comunicação aberta:
O Reservar algum tempo do dia para estarem
juntos a pensar sobre aquilo que estão a
observar nas crianças, no modo como as devem
apoiar e como resolver os problemas que vão
surgindo.
O Os membros da equipa partilham os seus
pensamentos e sentimentos genuínos, esperam
pela sua vez para falarem e escutarem e
respeitosamente dão toda a sua atenção ao
outro.
Estratégias de colaboração da
equipa de adultos
Tomar decisões conjuntas sobre:
O Espaço e materiais
O Horários e rotinas
O Papéis e responsabilidades
Estratégias de colaboração da
equipa de adultos
Recorrer à observação:
O Observar as crianças ao longo do dia
O Analisar e interpretar as observações das crianças
O Planificar formas de apoiar cada criança
Parceria TAE – Pais
Linhas orientadoras
O Reconhecer o papel da separação
O Praticar uma comunicação aberta
O Centrar-se nos pontos fortes dos pais
O Utilizar uma abordagem de resolução de problemas/conflitos
Parceria TAE – Pais
Estratégias para envolver os pais como
parceiros

Os TAE criam um ambiente acolhedor para as famílias:


O Estabelecer um espaço para as famílias
O Abordar as famílias de uma forma amistosa e respeitadora
Os TAE estabelecem um processo de inscrição
centrado na família:

O Organizar materiais de inscrição, incluindo fichas


informativas e formulários de autorização, informação
sobre orientações do centro, responsabilidades
pais/centro, calendarização do centro, lista dos passos
de inscrição
O Disponibilizar visitas guiadas à creche
O Fazer uma visita a casa da criança, se possível
O Apoiar e aprender sobre o par pais-criança através de
visitas de familiarização na creche
Os TAE encorajam os pais a participarem na
creche:
O Os pais juntam-se à criança na creche;
O Os pais participam nas reuniões;
O Os pais participam em projetos relacionados com a
creche.
A Organização do Espaço-Sala
Linhas orientadoras para a organização do espaço e dos
materiais

Criar ordem e flexibilidade no ambiente físico:


O Áreas distintas de cuidados e de brincadeiras: Preparação de
alimentos e refeições, sono, sesta, higiene.
O Acesso fácil ao exterior.
A Organização do Espaço-Sala
Linhas orientadoras para a organização do espaço e dos
materiais

Proporcionar conforto e segurança a crianças e adultos:


O Chão, paredes e tectos limpos e acolhedores.
O Locais acolhedores (almofadas, sofás, cadeirões,
tapetes)
O Luz natural suave.
O Mobiliário e equipamento à medida dos bebés e
das crianças.
O Mobiliário à medida dos adultos.
A Organização do Espaço-Sala
Linhas orientadoras para a organização do espaço e dos
materiais
Proporcionar conforto e segurança a
crianças e adultos (cont):
O Acesso seguro e conveniente dos adultos a
apetrechos e utensílios de todos os dias.
O Uma zona de entrada acolhedora
O Coisas agradáveis que lembrem a casa: Objectos
de conforto das crianças; Fotografias de família.
Actividades e rotinas em creche
O As actividades devem ser simples e breves

O Deve-se privilegiar a autonomia motora

O Devem-se realizar actividades que promovam o

desenvolvimento dos sentidos


O As rotinas devem ser sempre as mesmas:

 Deve-se comer à mesma hora


 Deve-se dormir a seguir ao comer

 Deve-se ouvir uma história a meio da tarde


Atividades e Rotinas
Organização da rotina
diária na creche

Criar um horário que seja Incorporar


previsível mas flexível aprendizagem ativa,
incluindo apoio do
adulto, em cada
acontecimento e rotina
de cuidados
Criar um ambiente que seja previsível
mas flexível
O As crianças e os profissionais da creche precisam

saber o decurso do dia, o que acontecerá a seguir:


horário previsível.

O Contudo, também é necessário ter a capacidade

de alterar a sucessão geral dos acontecimentos


para se adaptar às necessidades de sono,
alimentação e higiene das crianças: horário
flexível.
Incorporar aprendizagem ativa, incluindo apoio do
adulto, em cada acontecimento e rotina de cuidados
Ser paciente Valorizar a Partilhar o Trabalhar em
no constante necessidade controlo do equipa de
interesse das da criança dia com as forma a dar
crianças em para a crianças, apoio a cada
relação às exploração proporcionan- criança ao
coisas à sua sensorio- do-lhes longo do dia
volta motora em oportunidades
cada momento de escolha
da rotina
As rotinas são muito importantes nesta fase
inicial do desenvolvimento da criança:

São geradoras de confiança para o bebé e


devem incluir todos os aspetos do seu
bem-estar

São uma componente importante do dia do


bebé, pois proporcionam-lhe experiências
de aprendizagem a todos os níveis

Em casos especiais, podem mesmo ser


utilizadas como estratégias para atingir os
objetivos
Estas rotinas são:
Orientadas para cada bebé,
considerando a higiene e alimentação
de cada um

Utilizadas para promover e aprofundar


a relação interpessoal

Programadas mas flexíveis

Oportunidades de estimulação e
aprendizagem
Atividades e rotinas:
O Fundamentais no desenvolvimento do trabalho
pedagógico pois, permitem à criança ter noção do
espaço e do tempo e são uma forma de orientação
para as atividades;
 O educador deve planificar todas as atividades de
forma a incutir na criança a ideia de rotina;
 É necessário que a equipa educativa conheça os
ritmos de cada bebé e criança que tem ao seu
cuidado e respeite as diferenças.
O Normalmente, nas instituições o tempo é dividido da seguinte

forma:
• Chegada

• Pequeno-almoço

• Tempo de escolha livre

• Almoço

• Hora da sesta

• Lanche

• Tempo de exterior

• Tempo de escolha livre

• Partida
Exemplo de Rotina
O 8:00 – 10:00 O 7:30 – acolhimento
O 8:30 – lanche
Acolhimento
O 9:00 – distribuição das crianças pelas salas
O 10:00 – 11:00
O 9:30 – canções/histórias, presenças,
Atividades livres planificação de atividades, diálogo
O 11:00 – 11:30 O 10:00 – atividades orientadas
Higiene O 11:00 – atividades livres no exterior
O 11:30 – 12:30 O 11:50 – higiene
Almoço O 12:00 – almoço
O 12:30 – 13:00 O 12:50 – higiene
Higiene O 13:00 – sesta
O 13:00 – 15:00 O 15:00 – higiene e arrumação das camas
Sesta O 15:15 – atividades livres
O 15:50 – higiene
O 15:30 – 16:00
O 16:00 – lanche
Lanche
O 16:25 – higiene
O 16:00 – até à saída
O Até à saída (19:00) – atividades livres no
Atividades livres exterior e posteriormente nos cantos
pedagógicos
Importância das rotinas

O As atividades devem de ser idealizadas tendo em

vista a idade das crianças;

O As atividades devem de ser planificadas tendo em

vista o desenvolvimento das crianças;

O As atividades devem de permitir que as crianças para

além de aprenderem se divertiam;


O As rotinas são importantes porque permitem a

aquisição da noção de tempo;

O As rotinas são úteis para as crianças porque estas

conseguem prever os acontecimentos;


• Se as crianças tiverem noção do que vão fazer após

os pais as deixarem lá a separação dos pais e a


aproximação à equipa educativa torna-se mais fácil.
Pré-Escolar
(Jardim de infância)
Lei de Bases do Sistema Educativo

O A Lei de Bases do Sistema Educativo Português foi

aprovada a 14 de outubro de 1986*, tendo sido


alterada posteriormente em 1997, 2005 e 2009.

O A presente lei estabelece o quadro geral do sistema

educativo.
O Todos os portugueses têm direito à educação e à

cultura, nos termos da Constituição da República.

O O sistema educativo compreende a educação pré-

escolar, a educação escolar e a educação extraescolar.


Lei n.º 85/2009 de 27 de Agosto

O A presente lei, estabelece o regime da escolaridade

obrigatória para as crianças e jovens que se encontram


em idade escolar.
O Consideram -se em idade escolar, as crianças e jovens,

com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos.


O A presente lei consagra, ainda, a universalidade da

educação pré-escolar para todas as crianças a partir


do ano em que atinjam os 5 anos de idade.

O A universalidade implica, para o Estado, o dever de

garantir a existência de uma rede de educação pré -


escolar que permita a inscrição de todas as crianças
por ela abrangidas e o de assegurar que essa
frequência se efetue em regime de gratuitidade da
componente educativa.
Lei n.º 65/2015

O Primeira alteração à Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto,

estabelecendo a universalidade da educação pré -


escolar para as crianças a partir dos 4 anos de idade.
Lei quadro da educação Pré-Escolar
(Lei n.o 5/97 de 10 de Fevereiro)

O A presente lei quadro, na sequência dos princípios

definidos na Lei de Bases do Sistema Educativo,


consagra o ordenamento jurídico da educação pré-
escolar.
Educação pré-escolar
O É a primeira etapa da educação básica no processo

de educação ao longo da vida;

O É complementar da ação educativa da família, com

a qual deve estabelecer estreita cooperação;

O Favorecendo a formação e o desenvolvimento

equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena


inserção na sociedade como ser autónomo, livre e
solidário.
lei quadro da educação pré-escolar
O A educação pré-escolar destina-se às crianças com

idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de


ingresso no ensino básico e é ministrada em
estabelecimentos de educação pré-escolar.

O A frequência da educação pré-escolar é facultativa.


Objetivos da educação pré-escolar:
O Promover o desenvolvimento pessoal e social da

criança com base em experiências de vida


democrática numa perspetiva de educação para a
cidadania;

O Fomentar a inserção da criança em grupos sociais

diversos, no respeito pela pluralidade das culturas,


favorecendo uma progressiva consciência do seu
papel como membro da sociedade;
O Contribuir para a igualdade de oportunidades no

acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem;

O Estimular o desenvolvimento global de cada criança,

no respeito pelas suas características individuais,


incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diversificadas;

O Desenvolver a expressão e a comunicação através da

utilização de linguagens múltiplas como meios de


relação, de informação, de sensibilização estética e de
compreensão do mundo;
O Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

O Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e

de segurança, designadamente no âmbito da saúde


individual e coletiva;

O Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências

e precocidades, promovendo a melhor orientação e


encaminhamento da criança;

O Incentivar a participação das famílias no processo

educativo e estabelecer relações de efetiva


colaboração com a comunidade.
Capacidade:
O Os grupos são constituídos por um mínimo de 20 e um

máximo de 25 crianças, não podendo ultrapassar este


limite.

O Os grupos que integrem crianças com necessidades

educativas especiais de carácter permanente, e cujo


programa educativo individual assim o determine, são
constituídas por 20 crianças, não podendo incluir mais
de 2 crianças nessas condições.
O A composição etária do grupo de crianças depende da

opção pedagógica do educador de infância, tendo em


conta os benefícios de um grupo com idades próximas
ou diversas, a existência de uma ou várias salas, ou as
características demográficas da localidade.
Horário:
O Os jardins de infância asseguram um regime de

funcionamento e um horário flexível, onde consta as 5


horas diárias da componente educativa, da
responsabilidade do educador de infância, bem como
as horas dedicadas às atividades de animação e de
apoio à família.
O Estes estabelecimentos mantêm-se obrigatoriamente

aberto até às 17h e 30m e por um período mínimo de


8h diárias.

O No entanto, alguns jardins de infância oferecem um

horário mais alargado de funcionamento, adaptado


segundo as necessidades das famílias.
O O período de funcionamento deve ser comunicado aos

encarregados de educação no início do ano letivo.


Gratuitidade:
O A componente educativa da educação pré-escolar é

gratuita.

O As restantes componentes da educação pré-escolar

são comparticipadas pelo Estado de acordo com as


condições socioeconómicas das famílias.
Espaços:
a) Sala de atividades;
b) Vestiário e instalações sanitárias para crianças;
c) Sala polivalente;
d) Espaço para equipamento de cozinha, arrumo e
armazenamento de produtos alimentares;
e) Gabinete, incluindo espaço para arrecadação de
material didático;
f) Espaço para arrumar materiais de limpeza;
g) Instalações sanitárias para adultos;
h) Espaços de jogo ao ar livre.
a) Sala de atividades
O Este espaço destina-se ao desenvolvimento de
atividades educativas a realizar pelas crianças,
individualmente ou em grupo.
b) Vestiário e instalações sanitárias
para crianças
O Vestiário é espaço destinado ao arrumo de vestuário e

objetos pessoais das crianças.

O Deve, sempre que possível, ser autónomo da(s) sala(s)

de atividades.

O Localização: sempre que possível, junto à(s) sala(s) de

atividades.
O Instalações sanitárias são um espaço destinado à

higiene pessoal das crianças.

O Localização: próximo da(s) sala(s) de atividades,

permitindo fácil comunicação com a(s) mesma(s).


c) Sala polivalente
O Este espaço deverá permitir a prática de atividades

educativas e lúdicas, para além de responder à


realização de manifestações de carácter cultural e
recreativo, abertas à comunidade.
d) Espaço para equipamento de
cozinha, arrumo e armazenamento
de produtos alimentares
O Espaço destinado confeção e aquecimento de
refeições.

O O equipamento deve ser funcional.

O Localização: sempre que possível, próxima da sala de

refeições.
e) Gabinete, incluindo espaço para
arrecadação de material didático
O Espaço destinado ao trabalho individual ou em grupo,

onde se desenvolvem, as seguintes atividades:

 Direção, administração e gestão do estabelecimento;

 Trabalho individual;

 Trabalho de grupo - realização de reuniões de pais,

de educadores, de outros;

 Atendimento, de pais, educadores, elementos da

comunidade.
 Este espaço deve permitir a arrumação e
arrecadação de material didático.

 Localização: sempre que possível próximo da


entrada.
Gabinete
f ) Espaço para arrumar materiais de
limpeza

O Espaços para arrumo materiais de limpeza do edifício.

O Devem ser concebidos de forma a possibilitar a fixação

de prateleiras laváveis.
g) Instalações sanitárias para
adultos:
O Devem ser em número adequado à capacidade do

estabelecimento e de fácil acesso aos prováveis


utilizadores.

O Localização: próximo dos gabinetes, sempre que

possível.
h) Espaços de jogo ao ar livre
O Espaço exterior organizado de forma a oferecer
ambientes diversificados que permitam a realização de
atividades lúdicas e educativas.

O Deve, quando possível, incluir área coberta, ponto de

água e pequena arrecadação (material de exterior, de


jardinagem, lenha, etc.).
O A organização e o apetrechamento do espaço exterior

devem assegurar condições de segurança para a


realização de múltiplas atividades.

O Localização: junto ou em volta do edifício, acesso fácil

à(s) sala(s) de atividades.


Observação da criança
O Observar é a “ação de considerar e registar o

comportamento do indivíduo ou de um grupo, sem

alterar a sua espontaneidade, a sua verdade de

expressão”.

O Para que a observação seja equilibrada é preciso

centrá-la nas tarefas (atividades e situações) e nos

comportamentos relacionais entre o grupo.


O O observador deve procurar ser um espectador

objetivo e imparcial, registando e referindo a


situação observada, de forma rigorosa e
sistemática, por registo imediato e/ou
memorizado.

O Deve evitar fazer qualquer tipo de apreciação ou

juízo.
Tipos de observação

O Observação naturalista, onde o educador


observa a criança sem que esta se aperceba.

O Observação sistemática, que é uma observação

detalhada e com recurso a registos.


Criança e o Adulto

O É de extrema importância que exista uma boa interação entre o

adulto e a criança, pois essa interação vai promover na criança a


construção da sua identidade.
Da família à creche, ao jardim-de-infância

O A criança convive, cresce e comunica com a família, a esta cabe

a função educativa;

O A influência que esta exerce sobre a criança condiciona, facilita

e pode mesmo alterar o desenvolvimento da criança;

 É na família que se aprendem pela


primeira vez os valores essenciais e é
onde se dão as primeiras relações afetivas
importantes para todo o amadurecimento
global do individuo;
O Família, creche, jardim de infância e escola, devem orientar-se

na mesma direção, de forma a garantir a estabilidade e o


equilíbrio, fatores esses essenciais a uma
formação/aprendizagem correta;

O Entre pais e a equipa educativa tem que existir uma relação

estreita de colaboração e respeito, pois ambos têm um “rumo”/


objetivo semelhante, e em sintonia conseguir alcançar o
mesmo fim;
O Como sabemos não é obrigatório a frequência de uma criança

numa creche (dos 4 meses aos 3 anos) nem no jardim de


infância (dos 3 aos 6 anos).
Da família à creche

O Se a criança tiver algum objeto de estimação (boneco, fralda de

pano, etc.) que a acompanhe será útil. Estes objetos são usados
pela criança como um suporte, uma vez que são uma espécie de
substituto materno e permitem à criança organizar-se mentalmente
na ausência da figura materna.

 As crianças ao ficarem sozinhas na cama,


na creche, usam esses objetos para se
sentirem mais confiantes.
O Ao deixar a criança a mãe deve mostrar confiança e transmitir a

mensagem mais importante como por exemplo: “A mamã gosta


muito de ti; ficarás seguro neste local, onde tens outras pessoas
que também gostam de ti e irás brincar com outros bebés...“.
O Os bebés adaptam-se muito rápido a sítios novos, por isso

quanto mais cedo entrarem para creche melhor se irão sentir.

O A separação é mais difícil para os pais que para os bebés, o

bebé habitua-se melhor do que a figura materna.

O É essencial que haja segurança por parte dos pais quando vão

deixar os filhos na creche. Os pais quando deixam os seus filhos


na creche devem explicar-lhes com carinho que vão voltar a ir
buscá-los mas que precisam de ir trabalhar.
O A creche deverá ser entendida como uma grande parceira na

educação, desenvolvimento e crescimento do bebé como na


transmissão das bases necessárias para o seu bem estar físico,
psíquico, emocional e intelectual.
Da creche ao jardim de infância

O Alguns pais metem os bebés na creche ou deixam-nos ao cargo

de alguém, mas mesmo não andando na creche eles acabam


sempre por ir para o jardim de infância.

O Quando vão para o jardim de infância aos 3-4 anos, é de esperar

alguma reação negativa. Uns adaptam-se melhor que outros.


O Uma criança que já adquiriu alguma autonomia, irá adaptar-se

mais facilmente.

O As regras são um pouco diferentes, mas não deixam de ser

regras, e se está à partida habituada a cumpri-las não irá


estranhar.

O Ainda assim, pode haver alguma preparação, como ir visitar o

jardim de infância para que ela possa conhecer o espaço e a


educadora.
O A criança pode experimentar sentimentos de profundo abandono

e até de solidão quando é deixada no jardim de infância.

O Temos de ter em conta que existem sempre alguns que já se

conhecem de outros anos, uma vez que estão no jardim de


infância muito mais cedo e já têm o seu grupinho formado.

O Algumas vezes acontecem agressões, mordidelas, puxões de

cabelo... mas tudo isso é perfeitamente natural, portanto não há


motivo para grandes preocupações. No geral, existe sempre
brigas entre as crianças.
O Os pais podem, contar-lhe uma história cujo tema seja de um

menino que não queria ir para a escolinha mas que depois


arranjou muitos amiguinhos e adorou a experiência!
Para os pais:
O Devem confiar na escolar e conversar com a equipa

pedagógica;

O Não dramatizar o momento da separação;

O Independentemente do comportamento da criança, devem

procurar dar um tom leve e simpático às despedidas;

O Evitar as faltas e tentar ser pontual;

O O choro é normal na criança, não quer dizer que a criança não

gosta da escola, é uma maneira de mostrar que é difícil


despedir-se dos pais;

O Respeitar o ritmo da criança.

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