ENGENHARIA MECÂNICA
Disciplina:
RESISTÊNCIA dos
MATERIAIS I
Assunto:
TORÇÃO
Estudo da Torção
Objetivo:
• Conhecer as fórmulas para as deformações e
tensões em barras circulares submetidas à
torção;
• Analisar o estado de tensão de cisalhamento
puro;
• Relacionar os módulos de elasticidade E e G
em tração e cisalhamento, respectivamente.
• Analisar os eixos de rotação;
• Determinar a potência que os eixos de
rotação transmitem.
Grande transtorno pneu
murchar em momento e
lugar inconvenientes.
Se já lhe aconteceu de ter
que trocar um pneu com
uma chave de boca de
braço curto?
Você é capaz de avaliar a
dificuldade que representa
soltar os parafusos da roda
Como resolver com esse tipo de chave?
esta dificuldade?
Basta encaixar um cano
na haste da chave, para
alongar o comprimento
do braço e facilitar
o afrouxamento dos
parafusos, sob efeito
do momento da
força aplicada.
MOMENTO DE UMA FORÇA - Produto da intensidade da
força (F) pela distância do ponto de aplicação ao eixo do corpo
sobre o qual a força está sendo aplicada (d).
Em linguagem matemática, o momento de uma força (Mf) pode
ser expresso pela fórmula: Mf = F x d.
De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), a
unidade de momento é o newton metro (N.m).
Quando se trata de um esforço de torção, o momento de
torção (momento torsor), é também chamado de TORQUE.
Efeito do Torque produzido por uma força aplicada mediante
uma alavanca.
A rotação da extremidade livre da alavanca é proporcional ao
torque. A força aplicada a uma distância determinada equivale
ao dobro de uma força aplicada a meia distância da anterior.
TORÇÃO
Definição:
Giro de uma barra retilínea quando carregada por
momentos (torques) que tendem a produzir rotação
sobre o eixo longitudinal do mesmo (figura).
Árvore Primária e
Árvore Secundária
da Caixa de Marcha.
Exemplo de Barra em Torção:
Eixo Pinhão da Coroa e os Semi-Eixos do Diferencial.
Exemplo de Barra em Torção: Eixo Propulsor.
Exemplo de Barra
em Torção:
Eixo do Moto-Redutor.
DEFORMAÇÕES DE TORÇÃO
DE UMA BARRA CIRCULAR
Considere uma
barra prismática
de seção
transversal
circular girada
por torque T,
agindo nas
extremidades,
conforme
a figura.
TORÇÃO PURA - Toda a seção transversal está
submetida ao mesmo torque interno T.
Considerações:
- Das condições de simetria, as seções transversais
da barra não variam na forma enquanto rotacionam
sobre o eixo longitudinal.
- Assim, todas as seções transversais permanecem
planas e circulares e todos os raios permanecem
retos.
- Caso o ângulo de rotação entre uma extremidade da
barra e outra é pequeno, nem o comprimento da barra
e nem seu raio irão variar.
VARIÁVEIS
f, - Ângulo de torção.
O ângulo de torção varia ao longo do eixo da barra:
0 ≤ (x) ≤
Se toda a seção transversal da barra tem o mesmo
raio e está submetida ao mesmo torque (torção pura),
o ângulo (x) irá variar linearmente.
= T.L / c2.a.b3.G (p/ barras não circulares)
τmax - Tensão de cisalhamento na superfície externa da
barra (raio r);
τ - Tensão de cisalhamento em um ponto interior (raio ρ);
θ - Razão de torção;
G - Módulo de elasticidade de cisalhamento;
γ - Deformação de cisalhamento em radianos.
VARIÁVEIS
1 = /180 rad
1 = 0,01745333 rad;
Observações:
Tensão de Cisalhamento:
max = (T x Ce) / J
max = 40 x 0,05) / 8,5x10-6 m4
max = 0,344 x 106 Pa
max = 0,344 MPa
min = (T x Ci) / J
min = 40 N.m x 0,04 m) / 8,5 x10-6 m4
min = 0,276 x 106 Pa = 0,276 MPa
POTÊNCIA
Logo: P = T.ω
No SI, a potência é expressa em watts;
1 W = 1 N.m/s.
Relação Potência-Frequência
2) max = (T.R) / Ip
max = (5.000 kgf.cm x 4,5 cm) / 6,44x10-6 cm4
max = 3,494 x109 kgf/cm²
5 - MANOBRAS ACROBÁTICAS
Aumentam muito o esforço devido ao efeito giroscópico.
6 - CONCLUSÃO
De um modo geral, todo o motor “envenenado”, pode
quebrar mais facilmente o virabrequim que um motor
normal, sem alterações.
Não é por isso no entanto que não podemos modificá-lo
um pouco, visando um ganho de potência.
Importante lembrar que existe uma margem de segurança
nas peças, e que podemos utilizá-la, porém sem abusos.
O QUE É A BARRA DE TORÇÃO?