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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4

2 PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS ............................................................... 7

3 PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO ............................................................ 10

4 HISTÓRICO ....................................................................................................................... 13

4.1 Histórico no Mundo ...................................................................................................... 13

4.2 Histórico no Brasil ........................................................................................................ 15

5 ACIDENTES DE TRABALHO .......................................................................................... 18

5.1 EVOLUÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO............................................................. 18

5.2 ACIDENTE ................................................................................................................... 19

6 CAUSAS DOS ACIDENTES ............................................................................................. 21

6.1 FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA: ...................................................... 21

6.2 RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EPI: ...................................................... 21

6.3 IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA DO TRABALHADOR: ................... 21

6.4 DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COM OS QUAIS SE TRABALHA: 22

6.5 FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO


TRABALHO: ................................................................................................................ 22

7 ANÁLISE DE RISCOS ...................................................................................................... 30

7.1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 30

8 TERMINOLOGIA............................................................................................................... 31

8.1 NATUREZA DOS RISCOS .......................................................................................... 34

8.1.1 Gerência de riscos (definição) ........................................................................... 37

8.1.2 Engenharia de segurança de sistemas .............................................................. 38

9 NORMAS REGULAMENTADORAS (NR) ........................................................................ 39

9.1 NR 1 – Disposições Gerais.......................................................................................... 40

9.2 NR 2 – Inspeção Prévia ............................................................................................... 40

9.3 NR 3 – Embargo ou Interdição .................................................................................... 40

1
9.4 NR 4 – Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho (SESMT) ....................................................................................................... 41

9.5 NR 5 – Comissão interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ................................... 41

9.6 NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI) ..................................................... 41

9.7 NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) .................. 42

9.8 NR 8 – Edificações ...................................................................................................... 42

9.9 NR 9 – Programa de Prevenção de riscos Ambientais (PPRA) .................................. 42

9.10 NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade ........................................................ 43

9.11 NR 11 – Transporte, movimentação, armazenamento e manuseio de materiais ....... 43

9.12 NR 12 – Máquinas e Equipamentos ............................................................................ 43

9.13 NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão ...................................................................... 44

9.14 NR 14 – Fornos ........................................................................................................... 44

9.15 NR 15 – Atividades e Operações insalubres ............................................................... 44

9.16 NR 16 – Atividades e Operações Perigosas ............................................................... 45

9.17 NR 17 – Ergonomia ..................................................................................................... 45

9.18 NR 18 - Condições e meio Ambiente de Trabalho na Indústria da construção .......... 45

9.19 NR 19 – Explosivos ..................................................................................................... 45

9.20 NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis ............................................................ 46

9.21 NR 21 – Trabalho a Céu Aberto .................................................................................. 46

9.22 NR 22 – Trabalhos Subterrâneos ................................................................................ 46

9.23 NR 23 - Proteção Contra Incêndios ............................................................................. 46

9.24 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 82 ................... 47

9.25 NR 25 - Resíduos Industriais ....................................................................................... 47

9.26 NR 26 - Sinalização de Segurança ............................................................................. 47

9.27 NR 27 - Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no ministério do


trabalho e previdência social ....................................................................................... 48

9.28 NR 28 - Fiscalização e Penalidades ............................................................................ 48

9.29 NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário ................................................... 48

9.30 NR- 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário ............................................... 48

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9.31 NR- 31- Segurança e saúde e no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura
exploração florestal e aquicultura ................................................................................ 49

9.32 NR- 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviço de saúde ................................ 49

9.33 NR- 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados ........................ 49

9.34 NR- 34 – Condições e Meio ambiente de trabalho na Industria da Construção e


Reparação Naval ......................................................................................................... 49

9.35 NR- 35 – Trabalho em Altura ....................................................................................... 49

9.36 NR- 36 – Segurança e saúde do trabalho em empresas de abate e processamento de


carnes e derivados. ..................................................................................................... 50

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................ 51

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1 INTRODUÇÃO

Fonte: www.escolafontes.com.br

Na América Latina observa-se que os governos utilizam como principal recurso


para sair da etapa de subdesenvolvimento um acelerado processo de industrialização
em curto prazo. Embora este processo de industrialização traga inegáveis benefícios
econômicos, traduzidos em progressivos aumentos da renda per capita e daí
melhores níveis de vida para a população desses países, é necessário se considerar
conjuntamente com esses positivos benefícios econômicos, a agressão constante a
que está exposto o homem em seus meios de trabalho e sua comunidade.
De outra forma, devem entender-se que é antieconômico buscar o
desenvolvimento industrial de um país, sem resolver as consequências sanitárias e
sociais que este traz consigo. Obtém-se um resultado final negativo, quando se
verifica que o custo das enfermidades e acidentes, superam os novos bens
produzidos.
A engenharia de Segurança deve ter como responsabilidade primária a
prevenção de doenças ocupacionais (ou profissionais) e acidentes no trabalho. O
pessoal médico complementa a ação preventiva e de controle, nessas áreas
específicas.

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É matéria fundamental estudar o binômio homem-ambiente de trabalho,
reconhecendo, avaliando e controlando os riscos que possam afetar a saúde dos
trabalhadores. Nesse sentido, ao considerar-se a prevenção e redução de riscos para
a saúde dos trabalhadores deve praticar-se o princípio estabelecido pela OIT ao
declarar que: “Segurança e Higiene no trabalho são conceitos individuais e deverão
ser tratados como dois aspectos de um mesmo problema, isto é, o da proteção dos
trabalhadores.

Fonte: presencasst.com.br

Indubitavelmente, os programas de proteção para a saúde dos trabalhadores


devem condicionar-se a serem planejados levando em conta não só a prevenção de
acidentes e doenças profissionais, mas também a proteção, fomento e conservação
da saúde no sentido mais amplo como definido pela OMS: “A saúde é um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou
enfermidades”.
Logo, a responsabilidade pela vida e saúde dos trabalhadores está ligada ao
trinômio Estado-Empresa-Trabalhador, já que os efeitos sobre a saúde se manifestam
nesses três componentes.

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Fonte: www.segurancamonitoramento.org

ASPECTO SOCIAL: Para ilustrar o efeito dos acidentes de trabalho sobre a


sociedade, um exemplo é dado a seguir. Supondo que um homem viva até os 60 anos,
trabalhando dos 15 aos 50 anos (35 anos de trabalho). Quando criança ou aposentado
sua produtividade é negativa, enquanto sua produção é de 10 unidades produtivas /
ano no período em que trabalha. O consumo durante toda sua vida é de 5 unidades
produtivas / ano. Verificando-se o saldo de sua produção em toda sua vida tem-se:

S = 35 x 10 - 60 x 5 = + 50 unidades produtivas / ano

Supondo que este indivíduo sofresse um acidente de trabalho aos 30 anos


diminuindo sua produção para 5 unidades produtivas / ano, o saldo final seria:

S = (30 - 15) x 10 + (50 - 30) x 5 - 60 x 5 = - 50 unidades produtivas / ano

Destacam-se ainda outros problemas sociais decorrentes dos acidentes de


trabalho, tais como: desemprego, a delinquência, a mendicância, etc.

ASPECTO HUMANO: Para avaliar os danos causados ao ser humano devido


aos acidentes de trabalho faz-se a seguinte pergunta: - Quanto vale a vida de um
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homem? São muitos os acidentes que levam a morte ou deixam sequelas que
impossibilitam ou dificultam o retorno do homem ao trabalho, tendo como
consequência a desestruturação do ambiente familiar, onde tais infortúnios
repercutem por tempo indeterminado. Lembra-se aqui que o "homem é a maior
riqueza de uma nação".

ASPECTO ECONÔMICO: O acidente de trabalho reduz significativamente a


produção de uma empresa, além de representar uma fonte de gastos como: remédios,
transporte, médico, etc. O prejuízo econômico decorre da paralisação do trabalho por
tempo indeterminado, devido a impossibilidade de substituição do acidentado por um
elemento treinado para aquele tipo de trabalho e, ainda, a influência psicológica
negativa que atinge os demais trabalhadores e que interfere no ritmo normal do
trabalho, levando sempre a uma grande queda da produção. O trabalhador também
sofre com este prejuízo, apesar da assistência e indenizações recebidas através da
Previdência Social, pois isto não lhe garante necessariamente o mesmo padrão de
vida mantido até a então. Aqui se encontra um bom motivo para se investir na
prevenção de acidentes de trabalho.

2 PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS

É fundamental prestar atenção apropriada à limpeza, higiene e demais fatores


que acondicionam os lugares de trabalho, para evitar as doenças profissionais. O
estudo das doenças ocupacionais, suas causas e efeitos, levam a desenvolver
técnicas de prevenção que junto podem produzir um maior bem-estar do trabalhador,
e daí um aumento da produção.

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Fonte: manualdotrabalhoseguro.blogspot.com.br

O controle das doenças ocupacionais compete primariamente ao pessoal de


engenharia que, ao determinar a magnitude dos riscos, conhecer a toxicologia das
substâncias químicas e os efeitos sobre a saúde dos demais fatores que
acondicionam o ambiente de trabalho, estão em posição adequada para aplicar os
diversos métodos e equipamentos de controle.

Fonte: br.pinterest.com

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O pessoal médico ajuda, para um melhor êxito, o controle das ditas doenças
por meio de exames médicos pré-admissionais, periódicos e de diagnóstico precoce,
pela seleção e colocação dos operários de acordo com suas habilidades e adequação
pessoal, pela educação e ensino de hábitos de higiene pessoal. Além disso, é
necessário contar com a cooperação das gerências e dos trabalhadores para
assegurar um contínuo interesse, supervisão, inspeção e manutenção das práticas de
controle.
Em geral, o controle dos riscos para a saúde dos trabalhadores obedece a uma
série de princípios básicos. Na maioria dos casos um eficiente controle se pode obter
ao aplicar uma combinação de medidas e em sua aplicação o denominador comum
vem a ser a educação sanitária; fica implícito considerar também a boa operação e
melhor manutenção dos componentes mecânicos selecionados.

Fonte: www.ebah.com.br

Entre os princípios básicos utilizados na redução dos riscos industriais, tem-se:


ventilação geral, ventilação local exaustora, substituição de materiais, mudança de
operações e/ou processos, término de operações, divisão de operações, equipe de
pessoal, manutenção, ordem e limpeza

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3 PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO

Fonte: tecfabiovalentim.blogspot.com.br

A prevenção de acidentes é o propósito primário de um programa de


segurança, permitindo a continuidade das operações e a redução dos custos de
produção. Dessa forma, a prevenção de acidentes industriais, não só é um imperativo
social e humano, como também um bom negócio. Como prevenir, significa impedir um
evento, tomando medidas antecipadas, a análise causal dos acidentes é o mais
importante passo na prevenção dos mesmos.
As formas universais de sua prevenção, uma vez conhecidas as causas
mediante a análise e investigação dos acidentes são:

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Esta supõe uma inspeção e revisão cuidadosa
das condições inseguras. Além disso, implica
numa revisão dos processos e operações que
Engenharia contribuem ao melhoramento da produção.
Nesse aspecto é interessante notar a
importância que tem as sugestões do pessoal
mais experimentado.

Isto implica o conhecimento das regras de


segurança, análise de função, o treinamento e
desempenho da função, instruções sobre
primeiros socorros e prevenção de incêndios,
Treinamento e
conferências aos supervisores, a educação
educação
profissional, a propaganda por meio de
cartazes, sinais, avisos e quadros de
segurança, concursos e campanhas
organizadas, publicações, etc.

Constituem um último recurso e não são bem


aceitos. O problema não consiste em achar um
culpado, mas modificar os atos inseguros e
Medidas atitudes inseguras do pessoal, por meio de
disciplinares treinamento e propaganda para evitar
acidentes. Em outras palavras, é fundamental
criar a mentalidade de segurança entre o
pessoal.

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Verifica-se que segurança não é somente um problema pessoal (humano), mas
que implica em engenharia, planejamento, produção, estatísticas, conhecimento das
leis de compensações e a habilidade de vender o programa à gerência e aos
trabalhadores.

Fonte: www.samseg.com.br

Segurança no Trabalho: é a função que tem por objetivo o estudo e a


implementação de medidas que visam eliminar ou controlar os riscos existentes na
execução do trabalho, sejam eles relativos ao ambiente ou decorrentes de atitudes
humanas, propiciando, dessa forma a eliminação dos acidentes ou, pelo menos, a
redução de sua frequência e gravidade e consequentemente a manutenção e o
aumento da “condição produtiva”.

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4 HISTÓRICO

Fonte: fabriciolirio.com.br

4.1 Histórico no Mundo

 Século XVI - George Bauer - levantamento sobre doenças e acidentes em


trabalhadores de minas de ouro e prata (1556).
 1700 - Médico Bernardino Ramazzini - livro “De Morbis Artificum Diatriba” -
relaciona cerca de 50 atividades profissionais com doenças - considerado o
“Pai da Medicina do Trabalho”.
 1760 - Início da Revolução Industrial (Inglaterra):
 Mulheres e crianças trabalhando em ambiente sem condições
sanitárias (higiene em geral).
 Máquinas inseguras, ruidosas, iluminação e ventilação deficientes,
etc.
 Inexistência de limites por horas de trabalho / acidentes.
 Estas condições no início da revolução industrial causavam
doenças até contagiosas. Diante desse quadro dramático, cria-se
no Parlamento Britânico uma comissão de inquérito - Sir. Robert
Peel.
 1802 - “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes:

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 12 horas/dia,
 Proibia trabalho noturno,
 Lavar as paredes 2 vezes / ano,
 Obrigava uso de ventilação.
 1819 - Leis Complementares, poucos avanços devido à forte oposição dos
empregadores.
 1830 - Médico Robert Bauer - aconselha industrial amigo à contratar 1
médico para diariamente visitar a fábrica.
 1833 - “Factory Act” - 1a lei efetiva no campo de proteção ao trabalhador.
Aplicava-se a todas as empresas têxteis movidas à vapor ou energia
hidráulica.
 Proibia trabalho noturno aos menores de 18 anos.
 12 horas / dia.
 69 horas / semana.
 Fabricas precisam ter escolas frequentadas por todos os
trabalhadores menores que 13 anos.
 Idade mínima para o trabalho: 9 anos.
 Um médico devia atestar se o desenvolvimento físico da criança
correspondia a sua idade cronológica.
 1834 - Robert Bauer - nomeado Inspetor Médico da fabricas.

Fonte: hst20153.blogspot.com.br
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 1842 - Industrial James Smith (Escócia) - contrata 1 médico para examinar
os menores trabalhadores antes de sua admissão ao serviço, examiná-los
periodicamente, orientá-los em relação a problemas de saúde prevenindo
as doenças ocupacionais ou não. Surgia a função específica do Médico de
Fábrica.

4.2 Histórico no Brasil

 Século XIX - engenhos de açúcar e café.


 1889 - 630 Fábricas e 54000 empregados.
 1907 - 3200 Fábricas - 150000 empregados. (1o Rio de Janeiro, 2 o São
Paulo).
 1907, 1912, 1917, 1920 - Greves por melhores condições de trabalho.
 1918 - 1 a lei sobre acidentes no trabalho. DL. No 3724 de 15/01/1918.
 1919 - Marca a presença dos 1as indústrias Americanas. As greves
culminam no código sanitário de São Paulo. Lei 13.493 de 05/03/1919 -
Alterações no DL 3724
 1923 - Inspetoria de higiene industrial e profissional - Ministério do Interior e
Justiça (DL. 16300).
 1934 - Inspetoria de higiene e segurança do trabalho - MTIC (Ministério do
trabalho, indústria e comércio) - 2ª lei de acidentes do trabalho. Lei 24.637
de 10/07/1934 - Alterações no DL 3724.
 1941 - Surge a ABPA - Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes

Fonte: profmarcelodaetr.blogspot.com.br
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 1942 - Divisão de higiene e segurança do trabalho.
 1943 - CLT - DL. 5452 de 01/05/43 - capítulo V - higiene e segurança do
trabalho.
 Guerra Mundial influencia na Industrialização (CSN, Petrobrás)
 1944 - DL. 7036/ M.T. de 10/11/44 - lei de acidentes - SESI. Revoga a lei
3724
 1949 -Standart Oil (fábrica) - cria 1o Serviço de Previdência de Acidentes.
 Década de 50:
 II Congresso Pan-americano de Medicina do Trabalho.
 I Congresso Nacional de CIPAS.
 1953 - Portaria 155 - regulamenta CIPAS - Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.
 Década de 60:
 CONPAT - Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes.
 1963 - Criada a Fundacentro - subordinada à secretaria de
segurança e medicina do trabalho do M.T.
 1967 - Nova lei de acidentes do trabalho. Lei 293 de 28/02/67
revoga o DL 7036 (1944). Lei 5316 de 14/09/67 - Seguro de
acidentes não permanecerá só no campo privado.
 1968 - Portaria 32 - CIPA’s.
 Década de 70:
 1972 - Portaria 3237 - Segurança, higiene e medicina do trabalho.
 1975 - Portaria 3460 - Segurança e medicina do trabalho.
 1976 - Lei de Acidentes No 6367 de 19/10/76 (DL. 79037 de
24/12/76). Revoga a lei 5316. O seguro é feito obrigatoriamente
pelo INPS.
 1977 - Lei 6514 - revisão do capítulo V, título II da CLT. (DL 5452)
 1978 - Lei No 83080 - Substitui e cancela 79037 (24/12/76)
 1978 - Regulamentada a Lei 6514 - Portaria 3214 / MTb /78

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 Década de 80:
 1983 - Portaria No 6 de 09/03/83 SSMT - MT - Alterações da 3214.
Alterações da Nrs 1, 2, 3 e 6.
 1988 - Portaria No 3067 de 12/04/88 - MT - Aprovação
das normas regulamentadoras rurais - Segurança e Higiene do
trabalho rural (art. 13 da lei 5889 de 08/06/73).
 Década de 90:
 1991 - Lei 8213 - determina que o INSS cobre de empresas
culpadas por acidentes de trabalho os benefícios pagos aos
acidentados.
 1992 – Criação da FENATEST – Federação Nacional dos Técnicos
de Segurança do Trabalho.

Fonte: tstsergiobigi.blogspot.com.br

 Anos 2000:
Criação de normas relativas ao uso das empresas do Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP).

Obs: A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil profissiográfico


previdenciário, abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e fornecer a
este, quando da rescisão do contrato de trabalho ou do desligamento do cooperado,
cópia autêntica deste documento, sob pena da multa prevista no art. 283. Para fins de
concessão de benefícios por incapacidade, a partir de 01/11/2003, a Perícia Médica
do INSS poderá solicitar à empresa o PPP, com vista à fundamentação do
reconhecimento técnico do nexo causal e para avaliação de potencial laborativo
objetivando processo de reabilitação profissional.
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5 ACIDENTES DE TRABALHO

Fonte: saberalei.com.br

5.1 EVOLUÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO

Não há notícias sobre a ocorrência de acidentes do trabalho na época em que


o trabalho era meramente artesanal. De maneira análoga, as informações são
mínimas sobre os acidentes ocorridos atualmente nas indústrias de artesanato. Isso
se verifica pelo fato do artesão pouco manusear máquinas, trabalhando basicamente
com ferramentas e equipamentos de pequeno porte.
O mesmo não acontece no sistema industrial, onde predomina a máquina e
ferramentas de maior porte, onde os acidentes avolumam-se de maneira a preocupar
trabalhadores, sindicatos e autoridades ligados ao setor trabalhista e previdenciário,
e vários segmentos da sociedade.

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5.2 ACIDENTE

Acidente é um acontecimento infeliz, casual ou não, fortuito, imprevisto, que


resulta em ferimento, dano, ruína.
Acidente do Trabalho: é toda lesão corporal ou perturbação funcional que, no
exercício ou por motivo de trabalho, resultar de causa externa, súbita, imprevista ou
fortuita, determinando a morte do empregado ou a sua incapacidade para o trabalho,
total ou parcial, permanente ou temporária.

Tipos de acidentes de trabalho:

 Três são as formas de acidentes:


 Acidente típico,
 Acidente "in itinere" ou de trajeto,
 Doenças profissionais.

Figura 1 - Organograma do Acidente de Trabalho

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Acidente Típico: é aquele que decorre diretamente do exercício do trabalho, a
serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que
cause a morte, a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.
Acidente "in itinere” ou de trajeto: é aquele que ocorre no trajeto do empregado;
é o que decorre não de sua prestação laborial, não enquanto trabalha, mas no trajeto
de e para o trabalho. É o acidente de trabalho indireto. Podem ser:
 A viagem do empregado;
 No período das refeições ou descanso;
 A ação de terceiros, em certos casos.

A viagem pode ser:

 Em viagem a serviço da empresa, seja qual for ao meio de locomoção


utilizado, inclusive veículo de propriedade do empregado.
 No percurso da residência para o trabalho ou deste para aquele.
 No intervalo para refeições podem ocorrer acidentes como intoxicação pela
alimentação fornecida pelo restaurante do local de trabalho, água
contaminada no refeitório, queda no refeitório, nas ocasiões de satisfação
das necessidades fisiológicas no local de trabalho, etc. Além de
desabamento, inundação ou incêndio.

Nesta categoria incluem-se:

 Sabotagem e terrorismo praticado por terceiros, inclusive companheiros de


trabalho,
 Ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho.
 Ato de imprudência ou negligência de terceiros, inclusive companheiro de
trabalho
 Ato de pessoa privada da razão.

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 Doenças Profissionais: são as decorrentes das condições ou excepcionais
em que o trabalho seja executado, desde que, diretamente relacionada
com a atividade exercida, cause redução da capacidade para o trabalho

6 CAUSAS DOS ACIDENTES

6.1 FALTA DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA:

De alto custo aquisitivo, nem todos os empregadores sondados mostram


simpatia pelos equipamentos de proteção (preço e conceituação). Na filosofia destes,
somente os empregados sob maior risco eventualmente utilizar-se-iam de reduzido
número de equipamentos.
Nos trabalhadores que labutam a curta distância de uma fonte qualquer de
risco, não é observada a disponibilidade de equipamentos de segurança, apesar de
receberem fagulhas, forte calor, odores causadores de mal-estar, poeiras, etc. O
argumento mais frequente para não usarem os equipamentos, é de que estes
trabalhadores não estão expostos a perigo.

6.2 RECUSA DO TRABALHADOR EM USAR O EPI:

Óculos pesados, máscaras, capacetes, roupas mais espessas que os de uso


habitual, calçados com reforços, luvas, etc, constituem o equipamento de segurança
do trabalhador. No corpo seu peso é bem superior ao da indumentária habitual.
Alegando desconforto e até mesmo perda da agilidade para a execução das tarefas,
os trabalhadores mostram-se pouco interessados no uso de EPI (conscientização).

6.3 IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA DO TRABALHADOR:

O simples uso de equipamentos de segurança não resolve o problema, se não


forem tomados certos cuidados no ambiente de trabalho. O comportamento do
trabalhador é fator determinante de grande número de acidentes.

21
A imprudência, a negligência e a imperícia, expõem o prestador de serviços a
mais de um risco de acidente diário.
Imprudência é a prática de um ato perigoso, realiza-se uma conduta que a
cautela indica que não deve ser realizada. A imprudência é positiva, ou seja, o sujeito
pratica uma ação.
Negligência é a ausência de precaução ou indiferença em relação ao ato
realizado. A negligência é negativa, ou seja: o sujeito deixa de fazer algo, opondo-se
à imprudência. A imprudência e a negligência são atitudes antônimas entre si.
Imperícia é a falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão. É possível
que, em face da ausência de conhecimento técnico ou prático, causem-se acidentes.

6.4 DEFEITO NOS EQUIPAMENTOS E MÁQUINAS COM OS QUAIS SE


TRABALHA:

As instalações da empregadora, e os equipamentos (máquinas manuais e fixas,


ferramentas, etc.) de limitada duração, podem apresentar defeitos no momento do
uso, simplesmente deixar de funcionar, como também apresentar rupturas em seu
corpo. Problemas que podem até mesmo, causar danos letais aos que estiverem
trabalhando com eles no momento.
A pouca perícia, a falta de correta manutenção, o desgaste e a má qualidade
podem ser fatores determinantes deste problema.

6.5 FALTA DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E


MEDICINA DO TRABALHO:

Empregados e empregadores, em seu maior número, são constituídos de


pessoas leigas em matéria de segurança e medicina do trabalho. Sensível ao
problema estabeleceu o legislativo no artigo 200 da CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) - DL. 5452 de 01/03/1943:
Art. 200: Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições
complementares às normas de que trata este capítulo, tendo em vista as
peculiaridades de cada setor de trabalho.

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Atendendo ao disposto na citada norma legal, foi baixada a portaria 3214, de
08 de junho de 1978, que estabelece as NRs - Normas Regulamentadoras de
segurança e medicina do trabalho. São ao todo 28 NRs e atualmente acrescidas das
NRRs (Normas Regulamentadoras Rurais). A NR-4 alterada pela portaria No 33/83,
estabelece:

ANEXO 1 - NR-4 - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e


Medicina do Trabalho (SESMT).

As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos de administração direta e


indireta e dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela
CLT, manterão obrigatoriamente, serviços especializados em Engenharia de
Segurança de em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e
proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.
O dimensionamento dos serviços especializados em engenharia de segurança
e em medicina do trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao
número total de empregados do estabelecimento constantes dos quadros I e II
anexos, observados as exceções previstas nesta NR.
Para fins de dimensionamento, os canteiros de obras e as frentes de trabalho
com menos de 1000 empregados e situados no mesmo estado, território ou Distrito
Federal não são considerados como estabelecimentos, mas como integrantes da
empresa de engenharia principal responsável, a quem caberá organizar os serviços
especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho.
Neste caso, os Engenheiros de Segurança do Trabalho, os Médicos do
Trabalho e os enfermeiros do trabalho poderão ficar centralizados.

Fonte: empdigital.com.br
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As empresas que possuam mais de 50% de seus empregados em
estabelecimento ou setor com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior
ao da atividade principal deverão dimensionar os SESMT em função do maior grau de
risco, obedecido o disposto no quadro II desta NR.
A empresa poderá constituir SESMT centralizado para atender a um conjunto
de estabelecimentos pertencente a ela, desde que a distância a ser percorrida entre
aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais estabelecimentos não
ultrapasse a 5000 m, dimensionando-o em função do total de empregados e do risco,
de acordo com o quadro II anexo e o subitem 4.2.2.
O serviço único de engenharia e medicina deverá possuir os profissionais
especializados, sendo permitido aos demais engenheiros e médicos exercerem
engenharia de segurança e medicina do trabalho, desde que habilitados e registrados
conforme estabelece a NR-27.
Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho deverão ser integrados por engenheiro de segurança do trabalho, médico do
trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho e auxiliar do
trabalho.
Para fins desta norma regulamentadora, as empresas obrigadas a constituir
SESMT, deverão exigir dos profissionais que as integram, comprovação de que
satisfazem os seguintes requisitos:
 Engenheiro de Segurança do Trabalho: engenheiro ou arquiteto portador de
certificado de conclusão de curso de especialização em engenharia de
segurança do trabalho, em nível de pós-graduação.
 Médico do Trabalho: médico portador de certificado de conclusão de curso
de especialização em medicina do trabalho, em nível de pós-graduação, ou
portador de certificado de residência médica em área de concentração em
saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela
comissão nacional de residência médica, do MEC, ambos ministrados por
Universidade ou Faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina.
 Enfermeiro do Trabalho: enfermeiro portador de certificado de conclusão de
curso de especialização em enfermagem do trabalho, em nível de pós-

24
graduação, ministrado por Universidade ou Faculdade que mantenha curso
de graduação em enfermagem.
 Auxiliar de Enfermagem do Trabalho: auxiliar de enfermagem ou técnico de
enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação
de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição
especializada reconhecida e autorizada pelo MEC.
 Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de
registro profissional expedido pelo MEC.
Os profissionais integrantes dos SESMT deverão ser empregados da empresa,
salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15 (referente ao engenheiro e técnico de
segurança).
O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro
do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas (tempo
integral) por dia para as atividades dos SESMT respeitada a Legislação pertinente em
vigor.
Em seus itens, a NR-4 regulamenta o serviço destes profissionais, suas
relações com o empregador e empregados. O objetivo desse profissional é levar ao
trabalhador os conhecimentos necessários a prevenção de acidentes.
Nem sempre, porém estas empresas mantêm estes serviços especializados na
prevenção de acidentes, o que acaba redundando em total ignorância das normas de
segurança. A falta desses profissionais no mercado de trabalho, segundo alegam,
acarreta a inobservância destas normas e os benefícios.
É difícil o contato direto do engenheiro com todos os trabalhadores. Ciente
disto, o legislativo que editou a CLT e a portaria 3214/78, determina o seguinte:

ANEXO 2 - NR-5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA

As empresas privadas e públicas e os órgãos governamentais que possuam


empregados regidos pela CLT ficam obrigados a organizar e manter em
funcionamento, por estabelecimento, uma Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes - CIPA.

25
A CIPA tem como objetivo observar e relatar condições de risco nos ambientes
de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou
neutralizar os mesmos, discutir os acidentes ocorridos, encaminhando aos SESMT e
empregador o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes
semelhantes e, ainda, orientar os demais trabalhadores quanto a prevenção de
acidentes.
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados
de acordo com as proporções mínimas estabelecidas no quadro I desta NR ou com
aqueles estipulados em outras NRs.
A composição da CIPA deverá obedecer a critérios que permitam estar
representada a maior parte dos setores do estabelecimento, não devendo faltar em
qualquer hipótese, a representação dos setores que ofereçam maior risco ou que
apresentem maior número de acidentes.
Os membros titulares da CIPA, designados pelo empregador, não poderão ser
reconduzidos para mais de dois mandatos consecutivos.
Organizada a CIPA, a mesma deverá ser registrada no órgão regional do
Ministério do Trabalho - MTb, até 10 (dez) dias após a eleição. O registro da CIPA
será feito mediante requerimento ao Delegado Regional do Trabalho ou Delegado do
Trabalho Marítimo, acompanhado de cópia dos atos da eleição e da instalação e
posse, contendo o calendário anual das reuniões ordinárias da CIPA, constando dia,
mês, hora e local de realização dos mesmos.
Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutíneo secreto. O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um)
ano, permitida uma reeleição.
A CIPA terá as seguintes atribuições:
 Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a SIPAT - Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho,
 Elaborar, ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento,
o mapa de riscos, o qual deverá ser refeito a cada gestão da CIPA.
Os membros titulares da CIPA representantes dos empregados não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico econômico ou financeiro.
26
Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em casos de reclamação à
Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados
no item 5.27, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

ANEXO 3 - NR - 05 - MAPA DE RISCOS

Mapa de Risco: é uma representação gráfica de um conjunto de fatores


presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos
trabalhadores: acidentes e doenças ocupacionais. Tais fatores têm origem nos
diversos elementos do processo de trabalho (materiais, máquinas, ferramentas,
instalações, suprimentos, e espaços de trabalho) e a forma de organização do
trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, gestão e planejamento de trabalho, postura
de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.). O mapa de
risco é estabelecido na Portaria 3214 de 08 de julho de 1978.
O mapa de riscos tem como objetivos:
 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da
situação de segurança e saúde no trabalho da empresa.
 Possibilitar, durante a sua elaboração a troca e divulgação de informações
entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades
de prevenção.
Etapas de elaboração do mapa de risco:
 Conhecer o processo de trabalho no local analisado:
 Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento
profissionais e de segurança e saúde, jornada;
 Os instrumentos e materiais de trabalho;
 As atividades exercidas;
 O ambiente.

 Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação


da tabela I;

27
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:
 Medidas de proteção coletiva;
 Medidas de organização do trabalho;
 Medidas de proteção individual;
 Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários,
bebedouro, refeitório, área de lazer.
 Identificar os indicadores de saúde:
 Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos
aos mesmos riscos;
 Acidentes de trabalho ocorridos;
 Doenças profissionais diagnosticadas;
 Causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de


círculo:
 O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na
tabela I;
 O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado
dentro do círculo;
 A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido
clorídrico; ou ergonômico - repetitividade, ritmo excessivo) que deve
ser anotada também dento do círculo;
 A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores,
que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes
de círculos.

Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou


setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de
fácil acesso para os trabalhadores.

28
No caso das empresas da indústria da construção, o Mapa de Risco do
estabelecimento deverá ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo
ser revisto sempre que um fato novo e superveniente, modificar a situação de riscos
estabelecida.
TABELA I
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS OCUPACIONAIS EM
GRUPOS, DE ACORDO COM A SUA NATUREZA E A PADRONIZAÇÃO
DAS CORES CORRESPONDENTES
GRUPO 1: GRUPO 2: GRUPO 3: GRUPO 4: GRUPO 5:
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO AZUL
RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS DE
FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES
ESFORÇO FÍSICO ARRANJO FÍSICO
RUÍDOS POEIRAS VÍRUS
INTENSO INADEQUADO
LEVANTAMENTO E MÁQUINAS E
VIBRAÇÕES FUMOS BACTÉRIAS TRANSPORTE EQUIPAMENTOS SEM
MANUAL DE PESO PROTEÇÃO
EXIGÊNCIA DE FERRAMENTAS
RADIAÇÕES
NÉVOAS PROTOZOÁRIOS POSTURA INADEQUADAS OU
IONIZANTES
INADEQUADA DEFEITUOSAS
RADIAÇÕES
CONTROLE RÍGIDO ILUMINAÇÃO
NÃO NEBLINAS FUNGOS
DE PRODUTIVIDADE INADEQUADA
IONIZANTES
IMPOSIÇÃO DE
FRIO GASES PARASITAS ELETRICIDADE
RITMOS EXCESSIVOS
PROBABILIDADE DE
TRABALHO EM
CALOR VAPORES BACILOS INCÊNDIO OU
TURNO E NOTURNO
EXPLOSÃO
SUBSTÂNCIAS,
COMPOSTOS OU JORNADAS DE
PRESSÕES ARMAZENAMENTO
PRODUTOS TRABALHO
ANORMAIS INADEQUADO
QUÍMICOS EM PROLONGADAS
GERAL
MONOTONIA E ANIMAIS
UMIDADE
REPETITIVIDADE PEÇONHENTOS
OUTRAS SITUAÇÕES
OUTRAS SITUAÇÕES DE RISCO QUE
CAUSADORAS DE PODERÃO
STRESS FÍSICO E/OU CONTRIBUIR PARA A
PSÍQUICO OCORRÊNCIA DE
ACIDENTES

29
7 ANÁLISE DE RISCOS

7.1 INTRODUÇÃO

Podemos dizer que os acidentes são tão antigos quanto o próprio homem, pois
o envolvimento deste com a questão tem ceifado muitas vidas, mas também têm
salvado outras tantas. Nas buscas e desenvolvimento contínuo de técnicas e
ferramentas gerenciais que venham a garantir um ambiente seguro para realização
de atividades de quaisquer naturezas, faz-se necessário utilizar uma terminologia
conhecida e alinhada a padrões internacionais, para que estes assuntos ganhem
clareza e precisão.

Fonte: consultoriamd.com.br

Assim, evita-se os possíveis desvios e vícios de comunicação e compreensão


que podem se adicionar as dificuldades na resolução de problemas estudados.
Sugerimos a leitura e a fixação de alguns conceitos que facilitarão nossa
abordagem.

30
8 TERMINOLOGIA

Uma ou mais condições de uma variável com o potencial


Risco: necessário para causar danos. Esses danos podem ser
(HAZARD) entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos
ou estruturas, perda de material em processo, ou redução da
capacidade de desempenho de uma função predeterminada.
Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos
adversos.

Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um


Risco: período específico de tempo ou número de ciclos
(RISK) operacionais.
Pode ser indicado pela probabilidade de um acidente
multiplicada pelo dano em reais, vidas ou unidades
operacionais.
Podendo significar ainda:
- A incerteza quanto a ocorrência de um determinado evento
(acidente);
- A chance de perda ou perdas que uma empresa pode sofrer
por causa de um acidente ou série de acidentes.

É frequentemente definida como “isenção de riscos”.


Segurança: Entretanto, é praticamente impossível a eliminação completa
de todos os riscos.
Segurança é, portanto, um compromisso acerca de uma
relativa proteção da exposição a riscos. É o antônimo de
perigo.

31
Perigo: Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a
sua materialização em danos.

Dano: É a gravidade da perda humana, material ou financeira que


pode resultar se o controle sobre um risco é perdido.

Causa: É a origem de caráter humano ou material relacionada com o


evento catastrófico (acidente), pela materialização de um
risco, resultando danos.

Perda: É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de


ressarcimento por seguro ou por outros meios.

Sinistro: É o prejuízo sofrido por uma organização com garantia de


ressarcimento por seguro ou por outros meios.

Incidente: Qualquer evento ou fato negativo com potencial para


provocar danos. É também chamado “quase acidente”:
situação em que não há danos macroscópicos.

Controle: É o domínio que se exerce sobre ações, atividades, projetos,


processos, tec. Um sistema é considerado sob controle
quando as seguintes condições são satisfeitas, isto é:
 Quando existe;
 Padrão (trabalho, operação, etc.);
 Sistema de medição / comparação;
 Sistema de análise / avaliação;
 Ação corretiva / preventiva;
Pode ainda ser acrescido:
Sistema de melhoria contínua; Capacidade de mudar o processo.

32
É aquele que é básico para que uma organização atinja seus
Processo objetivos e alcance seus resultados. Os processos críticos
crítico: não podem ser instáveis, sob pena de não atenderem as
necessidades do cliente e do negócio. São aqueles que têm
impacto sobre a missão institucional da organização e que
devem refletir o que a sociedade e os consumidores esperam
dela.

Sistemas São os sistemas que apresentam relação de intercâmbio com


abertos: o ambiente.

Sistemas São os que não apresentam relação de intercâmbio com o


fechados: meio ambiente; são herméticos a qualquer influência
ambiental. São utópicos, apenas imagináveis em nível de
estudo. Não existem na natureza.

Sistemas São aqueles para os quais não poderemos fornecer


probabilístic previsões de resultados.
os:

Sistemas São aqueles que as partes integrantes interagem de forma


determinísti previsível.
cos: Uma empresa pode ser classificada como um “sistema
aberto, complexo e probabilístico”, desenvolvendo
técnicas de sobrevivência num ambiente em alteração
contínua.

É a tendência que os sistemas têm para o desgaste, para a


Entropia: desintegração, para o afrouxamento dos padrões e para o

33
aumento da aleatoriedade. A medida que aumenta o
processo de informação / comunicação, diminui a entropia.

É o equilíbrio dinâmico entre as partes do sistema. Só se


Homeostase: consegue a homeostase com adaptação do sistema às
mudanças que ocorrem no meio ambiente. Um bom
sistema de comunicações pode concorrer para o alcance
deste estado.

8.1 NATUREZA DOS RISCOS

Pesquisando diversos autores, principalmente norte-americanos, quanto a


“Gerência de Riscos”, no contexto tradicional, percebemos uma classificação não
formal, mas funcional dos riscos que podem atingir uma empresa ou organização.
Basicamente, divididas em: riscos especulativos (ou dinâmicos) e riscos puros (ou
estáticos).
A diferença principal entre essas duas categorias de risco reside no fato de que
os riscos especulativos envolvem uma possibilidade de ganho ou chance de perda;
ao passo que os riscos puros envolvem somente uma chance de perda, não existindo
nenhuma possibilidade de ganho de lucro.
Os riscos especulativos podem ainda ser divididos em três tipos: riscos
administrativos, políticos e de inovação.
Os riscos administrativos estão intimamente relacionados ao processo de
tomada de decisões gerenciais: uma decisão errada pode gerar perdas consideráveis,
enquanto que uma decisão correta pode trazer lucros para a empresa. O problema
maior está na dificuldade de se prever, com exatidão, o resultado que advirá da
decisão adotada. Essa incerteza nada mais é do que a própria definição de risco,
conforme visto anteriormente.

34
Os riscos administrativos podem ser subdivididos em:
Riscos de mercado: são certos fatores que tornam incerta a venda de um
determinado produto ou serviço, a um preço suficiente que traga resultados
satisfatórios em relação ao capital investido;
Riscos financeiros: dizem respeito as incertezas em relação as decisões
tomadas sobre a política econômico-financeira da organização;

Fonte: pt.depositphotos.com

Riscos de produção: envolvem questões e incertezas quando a materiais,


equipamentos, mão-de-obra e tecnologia utilizados na fabricação de um produto ou
na prestação de um determinado serviço.
Os riscos políticos, por sua vez, derivam-se de leis, decretos, portarias,
resoluções, etc, emanados do Governo Federal, Estadual e Municipal, os quais podem
ameaçar os interesses e objetivos da organização.
Por último, os riscos de inovação referem-se as incertezas decorrentes,
normalmente, da introdução (oferta) de novos produtos ou serviços no mercado, e da
sua aceitação (demanda) pelos consumidores.

35
Os riscos puros, como já mencionamos, existem quando há somente uma
chance de perda e nenhuma possibilidade de ganho ou lucro.
Normalmente, considera-se que a Gerência de Riscos trata apenas das
questões relativas a prevenção e ao financiamento dos riscos puros. Entretanto, vale
mencionar que muitas de suas técnicas podem ser igualmente aplicadas aos riscos
especulativos.
É importante lembrar também o papel fundamental que desempenha, nos
programas de gerenciamento de riscos, o estudo dos incidentes (quase acidentes).
Para melhor caracterizar esta afirmação, vamos considerar um estudo bastante
representativo realizado nos Estados Unidos, em 1969, pela “Insurance Company of
North América”, o qual abrangeu 1.753.498 acidentes registrados por 297
organizações, que representavam 21 diferentes setores de atividades e empregavam
1.750.000 trabalhadores. O tempo de exposição aos riscos somou, no período
analisado, mais de 3 bilhões de horas-homem.
Esse estudo revelou que, para cada acidente com lesão grave (com
afastamento), havia 9,8 acidentes com lesão leve (sem afastamento) e 30,2 acidentes
com danos a propriedade.
Parte do estudo compreendeu 4.000 horas de entrevistas a trabalhadores sobre
a ocorrência de incidentes que, em circunstâncias ligeiramente diferentes, poderiam
ter causado lesões ou danos a propriedade. Como resultado dessas entrevistas,
concluiu-se que, para cada lesão grave, ocorreram 600 incidentes (quase-acidentes)
que não apresentaram lesões ou danos visíveis – figura a seguir.

36
De acordo com CICCO & FANTAZZINI, 1985, P.14, esta relação indica
claramente que os esforços de prevenção e controle de riscos devem ser
concentrados não só nos acidentes com lesão*, mas também com acidentes com
danos à propriedade e incidentes, pois qualquer um destes últimos pode resultar ainda
em uma lesão grave ou morte.
Acidente com afastamento: Lesão pessoal que impede o retorno do acidentado
até o dia subsequente ao do acidente ou, que resulte em incapacidade permanente.

8.1.1 Gerência de riscos (definição)

Várias têm sido as tentativas para se definir o conceito de Gerência de Riscos.


No entanto a definição que propomos a seguir está intimamente relacionada ao
conceito e conteúdo que atribuímos à mesma.
Podemos dizer que a Gerência de Riscos é a ciência, a arte e a função que
visa a proteção dos recursos humanos, materiais e financeiros de uma empresa, quer
através da eliminação ou redução de seus riscos, quer através do financiamento dos
riscos remanescentes, conforme seja economicamente mais viável.

37
8.1.2 . Engenharia de segurança de sistemas

Um breve retrospecto seria suficiente para se inferir que o prevencionismo, em


seu mais amplo sentido, evoluiu de uma maneira crescente, englobando um número
cada vez maior de fatores e atividades, desde as precoces ações de reparação de
danos (lesões), até uma conceituação bastante ampla, onde se buscou a prevenção
de todas as situações geradoras de efeitos indesejados ao trabalho. As abordagens
mais modernas de prevencionismo envolvem, assim, uma série de atividades que
transcendem de longe a pura “prevenção de acidentes”, como definidas duas ou três
décadas passadas.
Ainda, pudemos notar que essas abordagens modernas se assemelham em
seu objetivo de “controle de danos”, ou “controle total de perdas”, porém diferem em
aspectos básicos. De fato, há uma corrente que é fortemente baseada no aspecto
administrativo da prevenção, conjugando as técnicas tradicionais a algumas outras
mais recentes, mas enfatizando a ação administrativa de controle.
Outra corrente é derivada de um enfoque mais técnico da infortunística, e que
procura dar soluções técnicas a problemas técnicos.
Pode-se dizer mais uma vez que os subprodutos da corrida espacial norte-
americana ofereceram abundantes e proveitosas aplicações na vida em geral. Os
engenheiros de Segurança e Sistemas e as técnicas aí aplicadas surgiram na
necessidade imperiosa de segurança total, em uma área onde não se poderia correr
riscos.

Fonte: www.conscienciaprevencionista.com.br

38
Muitas técnicas foram desenvolvidas com o correr do tempo, dirigidas ao
campo aeroespacial, militar (indústria de mísseis) e a indústria de apoio, as quais se
notaram depois, seriam igualmente úteis nas áreas “civis” de riscos. As técnicas de
Segurança de sistemas foram, assim, apresentadas pouco a pouco ao
prevencionismo, já na década de sessenta, e, até hoje, essa infiltração vem ocorrendo
paulatinamente.

Fonte: www.buzzero.com

9 NORMAS REGULAMENTADORAS (NR)

As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do


trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos
órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Devido a sua importância para o mundo do
trabalho, as NRs estão sendo disponibilizadas em três idiomas: Português, Espanhol,
Inglês. As normas em Português estão completas e estão disponíveis da NR-1 até a
NR-36 nos outros dois idiomas. As Normas Regulamentadoras surgiram
39
primeiramente, a lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, estabeleceu a redação dos
ART. 154 a 201 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à segurança
e medicina do trabalho. Conforme, o art. 200 da Consolidação das Leis do Trabalho –
CLT cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer as disposições complementares às
normas relativas à segurança e medicina do trabalho. Dessa forma, em 08 de junho
de 1978, o Ministério do Trabalho aprovou a Portaria nº 3.214, que regulamentou as
normas regulamentadoras pertinentes a Segurança e Medicina do Trabalho.

As Normas Regulamentadoras vigentes estão listadas adiante:

9.1 NR 1 – Disposições Gerais

Estabelece as competências relativas às NR no âmbito dos Órgão


governamentais, define os principais termos usados nas normas e estabelece as
obrigações gerais do empregador e do empregado.

9.2 NR 2 – Inspeção Prévia

Estabelece os procedimentos a serem seguidos para o início das atividades de


qualquer estabelecimento visando obter junto ao Órgão Regional do MTB a aprovação
de suas instalações e do “Certificado de Aprovação de Instalações”.

9.3 NR 3 – Embargo ou Interdição

Estabelece as condições em que pode ocorrer interdição de um


estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento ou embargo de uma
obras em função da existência de risco grave e iminente para o trabalhador.

40
9.4 NR 4 – Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (SESMT)

 Define as empresas que deverão manter SESMT, e estabelece que o


dimensionamento deste serviço se vincula à gradação do risco da
atividade principal e ao número total de empregados do
estabelecimento;
 Apresenta o quadro de “Classificação Nacional de Atividades
Econômicas” e seu correspondente “grau de risco”;
 Estabelece os requisitos a serem observados pelos profissionais que
venham a ocupar os cargos de médico do trabalho, engenheiro de
segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem
do trabalho e técnico de segurança do trabalho;
 Relaciona as competências dos profissionais integrantes do SESMT;
 Define o número de profissionais que irá constituir o SESMT e a jornada
mínima de trabalho dos mesmos, através do relacionamento entre o
grau de risco do estabelecimento e o número de operários.

9.5 NR 5 – Comissão interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

Estabelece a obrigatoriedade da constituição da cipa nas empresas, seus


objetivos, como deve ser constituída, suas obrigações junto ao mtb, as atribuições,
deveres e direitos de seus componentes e as obrigações dos empregados e do
empregador relativas a seu funcionamento.

9.6 NR 6 – Equipamento de Proteção Individual (EPI)

 Define o que são EPI;


 Estabelece as obrigações do empregador quanto ao fornecimento
gratuito dos EPI, treinamento dos funcionários para o uso dos mesmos,
a responsabilidade de tornar obrigatório seu uso e dá outras
disposições;

41
 Estabelece as obrigações dos empregados relativas ao uso do EPI;
 Define as obrigações do fabricante e do importador do EPI;
 Estabelece que todo EPI deve possuir “Certificado de Aprovação”(CA)
fornecido pelo MTb e dá outras disposições relativas ao assunto.

9.7 NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)

Estabelece a obrigatoriedade por parte dos empregadores em elaborar e


implementar PCMSO, assim como o acompanhamento do programa;
Define as diretrizes e responsabilidades do empregador e do médico
coordenador relativas ao PCMSO;
Estabelece a realização obrigatória de exames médicos nos operários, sua
freqüência, a necessidade da realização de exames complementares e dá outras
disposições;
Torna obrigatória a emissão de “Atestado de saúde Ocupacional” (ASO), seu
conteúdo mínimo e o direito do trabalhador em receber uma via do mesmo;
Estabelece a obrigação dos estabelecimentos em possuírem materiais para
prestação de primeiros socorros.

9.8 NR 8 – Edificações

Estabelece os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas


edificações para garantir o conforto aos que nelas trabalham.

9.9 NR 9 – Programa de Prevenção de riscos Ambientais (PPRA)

Estabelece a obrigatoriedade do empregador de elaborar e implementar o


PPRA visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo
em consideração o meio ambiente e os recursos naturais;

42
Define os responsáveis pela elaboração do PPRA a forma como devem ser
levadas a efeito as ações, os parâmetros mínimos a serem observados em 78 sua
elaboração, sua estrutura e forma de acompanhamento e registro de dados e dá
outras disposições.

9.10 NR 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade

 Fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos


empregados que tenham em instalações elétricas em suas diversas
etapas, incluindo o projeto, execução, operação, manutenção,
reforma e ampliação e ainda a segurança de usuários e terceiros;
 Estabelece as condições mínimas que qualificam os trabalhadores
que atuam em redes elétricas e dá outras disposições.

9.11 NR 11 – Transporte, movimentação, armazenamento e manuseio de


materiais

 Define as normas de segurança para operação de elevadores,


guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras;
 Estabelece as normas de segurança para as atividades de transporte
de sacas e de armazenamento de materiais.

9.12 NR 12 – Máquinas e Equipamentos

 Estabelece as condições a serem observadas nas instalações e áreas


de trabalho;
 Define as normas de segurança das máquinas e equipamentos, assim
como sua manutenção e operação;
 Estabelece critérios a serem observados na fabricação, importação,
venda e locação de máquinas e equipamentos.

43
9.13 NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão

Estabelece as normas de segurança relativas a instalação, documentação,


funcionamento, manutenção, inspeção e habilitação de pessoal para operação de
caldeiras e vasos sob pressão e das outras disposições relativas ao assunto.

9.14 NR 14 – Fornos

Estabelece os requisitos necessários para a construção e funcionamento de


fornos, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores.

9.15 NR 15 – Atividades e Operações insalubres

Define “Limites de Tolerância” e as atividades e operações consideradas


insalubres e sua graduação (“graus de insalubridade”), que são relacionadas em 14
anexos à referida norma que são os seguintes:
 Anexo 1 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente;
 Anexo 2 - Limites de tolerância para ruídos de impacto;
 Anexo 3 - Limites de tolerância para exposição ao calor;
 Anexo 4 - Foi revogado (referia-se a iluminação dos locais de trabalho);
 Anexo 5 - Limite de tolerância para radiações ionizantes;
 Anexo 6 - Trabalhos sob condições hiperbáricas;
 Anexo 7 - Radiações não ionizantes;
 Anexo 8 - Vibrações; Anexo 9 - Frio;
 Anexo 10 - Umidade;
 Anexo 11 ;Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por
limite de tolerância e inspeção no local de trabalho;
 Anexo 12 - Limites de tolerância para poeiras minerais (arbestos,
manganês e seus compostos e sílica livre cristalizada);
 Anexo 13 - Agentes químicos;
 Anexo 14 - Agentes biológicos.

44
9.16 NR 16 – Atividades e Operações Perigosas

Estabelece as atividades e operações perigosas assim como as áreas de risco


para fins de pagamento do adicional de periculosidade aos trabalhadores, as quais
estão relacionadas nos anexos à referida norma.

9.17 NR 17 – Ergonomia

 Estabelece os parâmetros que permitem a adaptação das condições


de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores
incluindo:
 O levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
 Mobiliário dos postos de trabalho;
 Equipamentos dos postos de trabalho;
 Condições ambientais de trabalho;
 Organização do trabalho.

9.18 NR 18 - Condições e meio Ambiente de Trabalho na Indústria da construção

Estabelece as diretrizes de ordem administrativa e de planejamento de


organização que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições, e no meio ambiente de
trabalho na indústria de construção.

9.19 NR 19 – Explosivos

 Define e classifica os explosivos assim como as normas de segurança


para o manuseio e transporte destes produtos;
 Estabelece os requisitos para a construção de depósitos de explosivos;
 Define os períodos para inspeção dos explosivos de forma a verificar
sua condição de uso.

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9.20 NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

 Define e classifica líquidos combustíveis e inflamáveis;


 Estabelece normas de segurança para a armazenagem destes
produtos inclusive para os gases liquefeitos.

9.21 NR 21 – Trabalho a Céu Aberto

 Estabelece as medidas de proteção para trabalhos realizados a céu


aberto, incluindo as condições de moradia do trabalhador e de sua
família que residirem no local de trabalho;
 Define as normas de segurança do trabalho no serviço de exploração
de pedreiras.

9.22 NR 22 – Trabalhos Subterrâneos

 Estabelece as normas gerais de segurança para o trabalho em minas.


 Esta norma se aplica a:
 Minerações subterrâneas;
 Minerações a céu aberto;
 Garimpos, no que couber;
 Beneficiamento minerais;
 Pesquisa minera;

9.23 NR 23 - Proteção Contra Incêndios

 Define as necessidades básicas que as empresas devem possuir para


proteção contra incêndios e as atitudes a serem tomadas no combate
a incêndios;
 Define as classes de fogo;
 Estabelece normas relativas a extinção de incêndios por meio de água;

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 Normatiza o uso de extintores de incêndio e estabelece critérios
relativos aos extintores portáteis;
 Indica os extintores recomendados ás diversas classes de fogo, como
deve ser feita a inspeção destes equipamentos, o número de extintores
e sua distribuição nos ambientes de trabalho, a localização e
sinalização dos extintores e as situações em que há necessidade de
serem instalados sistemas de alarmes para incêndios.

9.24 NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 82

Estabelece os critérios a serem observados nos locais de trabalho relativos às


instalações sanitárias, vestiários, refeitórios (incluindo condições de higiene e conforto
por ocasião das refeições), cozinhas, alojamento e dá outros dispositivos pertinentes
à matéria.

9.25 NR 25 - Resíduos Industriais

Estabelece critérios para a eliminação de resíduos industriais sólidos, líquidos


e gasosos no ambiente.

9.26 NR 26 - Sinalização de Segurança

Fixa as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de
acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas,
identificando as canalizações empregadas nas industrias para a condução de fluídos
(líquidos e gases), e advertindo contra riscos.

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9.27 NR 27 - Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no
ministério do trabalho e previdência social

Fixa os critérios para o exercício da profissão de "Técnico de Segurança do


Trabalho" e dá outras disposições relativas ao registro destes profissionais na
secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.

9.28 NR 28 - Fiscalização e Penalidades

Define os critérios relativos a fiscalização do cumprimento das disposições


legais e(ou) regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, incluindo os
processos resultantes da ação fiscalizadora, o embargo ou interdição de locais de
trabalho, máquinas ou equipamentos;
Estabelece a graduação das multas, em UFIR, referentes aos preceitos legais
e (ou) regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador.

9.29 NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em


operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que
exercem atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo
e retroportuárias, situados dentro ou fora da área do porto organizado, assim
regulamentando a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais.

9.30 NR- 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

Esta norma regulamentadora tem como objetivo a proteção das condições de


segurança e a saúde dos trabalhadores aquaviários.

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9.31 NR- 31- Segurança e saúde e no trabalho na agricultura, pecuária,
silvicultura exploração florestal e aquicultura

Tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na organização


e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o
desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente de trabalho.

9.32 NR- 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviço de saúde

Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de


medidas de proteção á segurança e a saúde, bem como daqueles que exercem
atividades de promoção e assistência a saúde em geral.

9.33 NR- 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados

Esta norma tem como objetivo estabelecer requisitos mínimos para a


identificação de espaços confinados e reconhecimento, avaliação, monitoramento e
controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e
saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

9.34 NR- 34 – Condições e Meio ambiente de trabalho na Industria da


Construção e Reparação Naval

Tem como finalidade estabelecer requisitos mínimos e as medidas de proteção


à segurança, a saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de
construção e reparação naval.

9.35 NR- 35 – Trabalho em Altura

A norma regulamentadora nº 35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas


de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos
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direta ou indiretamente com esta atividade. O treinamento ou curso da NR-35 tem
validade de dois anos, sendo necessária sua reciclagem

9.36 NR- 36 – Segurança e saúde do trabalho em empresas de abate e


processamento de carnes e derivados.

Esta tem objetivo de estabelecer requisitos mínimos para avaliação, controle e


monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de
abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de
forma a garantir a saúde e segurança do trabalhador.
Conforme, a evolução dos meios de trabalho vai se consolidando, o Ministério
do Trabalho e Emprego busca estabelecer o desenvolvimento e a atualização das
normas regulamentadoras, com objetivo da preservação à saúde e a integridade dos
trabalhadores, tal como a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

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BIBLIOGRAFIA

Atlas - Manuais de Legislação Atlas. Segurança e medicina do trabalho. 48.ed. São


Paulo: Atlas, 2000.

BARBOSA FILHO, Antônio Nunes. Segurança do trabalho e gestão ambiental. São


Paulo: Atlas, 2001.

CAMPOS, José Luiz Dias. O ministério público e o meio ambiente do trabalho:


responsabilidade civil e criminal do empregador e prepostos. São Paulo:
FUNDACENTRO, 1991.

DELA COLETA, José Augusto. Acidentes de trabalho. São Paulo: Atlas, 1989.

MACHER, Cezar et al. Curso de engenharia e segurança do trabalho. São Paulo:


FUNDACENTRO, 1979.

MONTICUCO, Deogledes. Medidas de proteção coletiva contra quedas de altura. São


Paulo: FUNDACENTRO, 1991.

NORMAS REGULAMENTADORAS. Segurança e medicina do trabalho. 14.ed. São


Paulo: Atlas, 1989.

WONGTSCHOWISKI, Pedro. Curso de coordenação de projetos industriais. 2.ed. Rio


de Janeiro: Instituto Brasileiro de Petróleo, 1994.

ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho.


7.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

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