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Setúbal é um distrito de Portugal, sendo o 3º maior em população com mais de 900000 habitantes e

o 8º em relação a território. Foi classificada como Sede de distrito em 1926 e cabeça de diocese em
1975. Tem um conjunto de 13 concelhos.

Os registos de ocupação humana no território remontam desde o Neolítico.

Com a presença romana dos séculos I a IV da nossa era, nasceu Cetóbriga, um importante núcleo
urbano e industrial, ligado à salga de peixe, que se estendeu pelas duas margens do rio Sado,
incluindo Troia.

Tem uma beleza natural incrível constituída pelo Estuário do Sado, a Serra da Arrábida, a Serra de
Grândola, a Arriba Fóssil da Costa da Caparica, a Baía do Seixal, entre outros.

Apos a conquista de Palmela aos mouros e do estabelecimento da Ordem de Santiago da Espada,


Setúbal foi repovoada, primeiro na colina de Santa Maria e, logo depois a zona baixa que se
estende até ao atual bairro de Troino. Em 1249, recebeu de D. Paio Peres Correia, mestre da
Ordem, a primeira carta foral.

Setúbal, com uma extensão territorial relativamente diminuta, teve de afirmar-se, lutando com os
concelhos vizinhos de Palmela, Santiago do Cacém e Alcácer do Sal, já então constituídos.

Com as dificuldades apresentadas pelos habitantes, no que diz respeito à entrada e venda de
produtos trazidos de Sesimbra, Palmela e Alcácer, o mestre de Santiago, D. Garcia Peres, em 1343,
deu execução a uma carta de D. Afonso IV, que delimitava o termo de Setúbal, tendo sido
construída uma cortina de muralhas.

Os primeiros conventos franciscanos, um deles o Convento de Jesus, foram construídos em Setúbal


durante esse século.

A época dos Descobrimentos trouxe um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V, em 1458,


partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer.

A construção de um aqueduto, em 1487, que conduzia a água à vila, iniciada por D. João II,
terminou no reinado de D. Manuel. Este monarca reformou o foral da vila, em 1514, devido ao
progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha registado ao longo do último século.

O título de “notável villa” é concedido pelo D. João III, em 1525. Foi este título que proporcionou a
criação, em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de S.
Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes S. Julião e Santa Maria.
A cerca de dois quilómetros do centro de Setúbal, o rei D. Filipe II mandou edificar uma fortaleza –
de S. Filipe –, cujos trabalhos foram iniciados em 1582.

O terramoto de 1755 destruiu e danificou muitos edifícios, tendo todas as freguesias localizadas no
distrito terão sido as mais afetadas.

Ao longo do século XIX, o desenvolvimento económico e social transformou o distrito num dos mais
importantes centros comerciais e industriais do país.

Nessa altura, foi inaugurada a via-férrea Barreiro/Setúbal e, em 1863, a iluminação a gás. As obras
de aterro sobre o rio iniciaram-se, fazendo nascer a Avenida Luísa Todi.

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Habitada desde tempos longínquos pelos Fenícios e pelos romanos, que se fixaram na margem sul
do Rio Sado (em Troia - frente à atual cidade) e denominaram a povoação de Cetóbriga que veio
mais tarde a derivar para Setúbal.

Foram os romanos que deram início a uma das mais tradicionais atividades da região - a recolha de
sal e a conservação de alimentos em tanques de salga cujos vestígios se conservam na Península
de Troia.

O desenvolvimento de Setúbal esteve desde sempre ligado às atividades marítimas propiciadas pela
sua localização na foz do Rio Sado, sendo já no séc. XIV um dos principais Portos do país.

Os produtos agrícolas também merecem especial destaque sendo alguns deles já referenciados em
documentos oficiais do final do séc. XIV nomeadamente as uvas, vinhos, laranjas e peixe. Ainda
hoje, os vinhos produzidos na região envolvente têm fama, nomeadamente vinhos de mesa e o
moscatel conhecido como de Setúbal. Poderão ser provados nas caves situadas na localidade
próxima de Azeitão, onde também se produzem excelentes queijos e umas tortas deliciosas.

Na cidade em que nasceram vultos da cultura portuguesa, nomeadamente Bocage (poeta do séc.
XIX, conhecido pelo tom irónico e a crítica social que inseria em tudo o que escrevia) e Luísa Todi
(importante cantora lírica) merecem especial referência o Convento de Jesus em estilo gótico-
manuelino que alberga o Museu da Cidade e o Forte de São Filipe. Atualmente convertido numa
Pousada, é um ótimo miradouro sobre a cidade, o Rio Sado, Troia e a Serra da Arrábida.

Em redor de Setúbal encontram-se áreas de natureza preservada, nomeadamente a Reserva


Natural do Estuário do Sado, onde se podem observar golfinhos em liberdade, e o Parque Natural
da Arrábida, de características únicas, com espécies que só se poderão encontrar em áreas
próximas do Mediterrâneo.

De destacar são também as excelentes praias nomeadamente a Figueirinha, Galapos e o Portinho


da Arrábida (uma lindíssima baía abrigada) e, na margem oposta do Rio Sado à qual se chega
facilmente por ferry-boat, a península de Troia com cerca de 18 kms de praias e um campo de golfe.

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