Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
“ENTRETANTO, o Espírito Santo nos diz claramente que nos últimos
tempos alguns na igreja se desviarão de Cristo e se tornarão
seguidores de mestre com idéias de inspiração diabólica” 1Tm 4.1.
Alguns falsos ensinadores têm introduzido no meio do povo de
Deus ensinos deturpantes sobre as coisas que ainda hão de
acontecer. Ë de se lamentar que essas heresias têm desviado
muitos cristão que por sua vez perdem o gosto pelo verdadeiro
ensino, contido nas Sagradas Escrituras, concernente ao futuro.
O estudo da Escatologia requer muita atenção e cuidado para não
entrar na classe dos falsos mestres que Paulo enfatizou que, nos
últimos tempos surgiriam.
Não é difícil o estudo sobre Escatologia, desde que o estudante
dedicado busque a orientação de Deus que por sua vez iluminará a
mente do seu discípulo. Uma coisa é certa: o Espírito Santo é o
único e verdadeiro intérprete que merece toda a nossa confiança,
no que tange a todo o conteúdo plausível da Bíblia Sagrada, o Livro
de Deus.
I – DEFININDO O TERMO ESCATOLOGIA
O termo escatologia deriva de duas palavras gregas: escathos e
logos, que se traduzem por “últimas coisas” e “estudo” ou
“tratado”. É o estudo ou doutrina das últimas coisas. É chamada
bíblica, no nosso caso, porque ela pode ser extrabíblica.
No estudo da escatologia bíblica, é de caráter fundamental, Ter o
cuidado em não apresentar falsas interpretações, evitando, com
isso, questionamento e especulações. Deus nos adverte dizendo
que devemos “manejar bem a Palavra da verdade.”(II Tm.2.15).
“Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim
falará e não mentirá; se tardar, espera-o, porque certamente virá,
não tardará”.(Hc 2.3).
2
TIPOS DE ESCATOLOGIA
As reflexões escatológicas são divididas em dois temas:
4
a) Escatologia individual.
Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao
indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário,
ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma
abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja.
b) Escatologia Geral.
Este estudo trata da Segunda Vinda de Cristo, ressurreição geral,
do juízo final, bem como da condição dos justos no novo céu e na
nova terra e o destino dos ímpios.
2 – O ARREBATAMENTO DA IGREJA.
Uma característica singular que identifica a Igreja fiel é o
sentimento de constante expectativa que a domina no tocante ao
retorno de Cristo. E ela sabe que não ficará neste vale de lágrimas.
Os crentes sabem que o arrebatamento é uma realidade que lhe
diz respeito.
A definição da 2ª vinda de Cristo é bastante ampla; é vista pelo
menos de duas maneiras diferentes. E localizada, às vezes, para
indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto o
arrebatamento da Igreja quanto a revelação de Cristo em glória no
Monte das Oliveiras; Zc. 14.4. Outras vezes, é enfocada
especificamente para diferenciar a revelação de Cristo do
arrebatamento da Igreja que a antecederá.
2.1 – Palavras usadas para descrever o arrebatamento
12
3 – A GRANDE TRIBULAÇÃO.
Logo após o arrebatamento da Igreja e antes da manifestação
pessoal de Jesus a este mundo, terá lugar uma série de eventos
terríveis em sua magnitude e alcance. É um tempo de tribulação e
angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel
refere-se a uma tribulação jamais dantes experimentada; Dn. 12.1.
Jeremias descreve-a como o tempo de angústia para Jacó; Jr. 30.7.
confira também as palavras de Jesus em Mc. 13.19. O ponto
culminante deste tempo de angústia será de tal forma que se “o
Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria;
mas por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias;
Mc. 13.20.
14
4 – O MILÊNIO
“…e reinarão com Cristo durante mil anos”; Ap. 20.4b. O milênio
será, de acordo com as escrituras, um tempo de restauração para
todas as coisas. Ao invés do pecado, a justiça encherá a Terra.
Será verdadeiramente a Idade Áurea da Terra, acerca do qual os
poetas têm entoado, e pela qual este mundo triste e sofrido tem
esperado através de todos os séculos, desde que o seu Rei foi
crucificado e assim o Senhor da Glória foi rejeitado pelos que lhe
pertenciam e por cuja razão, o reino foi adiado.
Haverá profundas mudanças na Terra, durante o Milênio. A
maldição que Deus pronunciou devido ao pecado, será removida e
assim a benção de Deus mover-se-á sobre a Terra.
Vejamos agora alguns itens a serem considerados sobre o Milênio.
4.1 – A forma de Governo
TEOCRÁTICO, isto é, o próprio Deus regerá o mundo na pessoa do
Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo; Dn. 7.4.
4.2 – A Sede do Governo
Jerusalém, será a capital do mundo. A desprezada cidade tantas
vezes pisada pelos exércitos invasores.
4.3 – Condições espirituais
17
5 – O JULGAMENTO FINAL
E Ap. 20.11-15 descreve-se o julgamento que terá lugar ao fim do
Milênio, mil anos depois do julgamento das nações, realizando-se
não sobre a terra, como foi o caso do julgamento das nações, mas
sim nas regiões celestiais onde Deus habita. A primeira
ressurreição, Ap.20.6, ocorrerá antes do início do Milênio e será
para os mortos justos pertencentes a todas as dispensações, à
Igreja, e ao grupo salvo durante a Grande Tribulação: Ap.7
Sendo que os participantes da 1ª ressurreição são descritos como
bem aventurados, e santos, naturalmente os demais mortos que
não viverem até o fim do Milênio não o são. Por essa razão cremos
que perante o GTB comparecerão os mortos ímpios.
A presença do Livro da Vida será necessária na condenação
daqueles que alegarão méritos das suas obras, quando deveriam
ter aceitado a Cristo como seu Salvador, fato que teria colocado
seus nomes nesse livro do Cordeiro.
Os ímpios serão julgados segundo as suas obras. O registro delas
será aberto e lido para determinar o grau de castigo. O Lago de
Fogo será para todos os ímpios. Para este lugar serão removidos
para sempre a morte e o Hades.
1. FONTES BIBLIOGRÁFICAS
CABRAL, Elienai. Revista Lições Bíblicas (3º trimestre 1998) CPAD.
FALCÃO, Napoleão. Fita K-7. As cinco verdades sobre a morte.
GILBERTO, Antônio. O calendário da profecia (9ª Edição 1997)
CPAD.
GOMES, Gesiel Nunes. O Rei está voltando (1ª Edição 1978) LEAL.
HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas (2ª Edição 1996) CPAD.
HORTON, Stanley M. A Vitória Final (1ª Edição 1995) CPAD.
LOCKYER, Sr. Herbert. Apocalipse – O drama dos Séculos, (1ª Edição
em Português 1992) Editora Vida.
OLSON, N. Laurence. O plano Divino Através dos Séculos (18ª
Edição 1998) CPAD.
JEOVÁ, O Senhor. A Bíblia Sagrada.
___, Jornal “Chamada da Meia Noite”. (1995)
Autor: José Marcílio da Silva
21
– Tertuliano
- John Wesley
– Charles Spurgeon
– George Lad
Pré Milenismo e as Alianças
Os pré –Milenistas entendem que a promessa da aliança abrâmica,
que dava aos descendentes de Abraão a terra desde o rio do Egito
até o rio Eufrates, jamais foi cumprida, mas será totalmente
realizada durante o reino milenar (Gn 15.18). As promessas da
aliança davídica também requerem o estabelecimento do Reino
milenar para que sejam cumpridas (2 Sm 7:12-16).
O pré-milenarismo e a bíblia
O pré-milenarismo tem grande respeito pelo que esta nas
escrituras. Provavelmente, seria seguro afirmar que, quase sem
exceção, os pré-milenaristas acreditam na inerrância da bíblia.
A historia do pré-milenismo clássico
A interpretação pré-milenista clássica foi defendida nos primeiros
séculos da história da igreja. Ainda que os detalhes cronológicos
não fossem tão claros, a visão pré-milenista teve grande aceitação
no período dos pais da igreja. O historiador da igreja Philip schaff,
resumiu isso da seguinte maneira: “ A questão mais intrigante da
escatologia do período anteniceno é o quiliasmo proeminete, ou
milenismo, crença no reino visivel de Cristo em glória na terra com
os santos ressurretos durante mil anos, antes do julgamento e da
ressurreição generalizada. Isso não foi, de fato, uma doutrina da
igreja incorporada a nenhum credo ou forma de devoção, mas sim
uma opinião de renomados professores grandemente aceita”. A
esperança da volta de Cristo foi minada pelo união da Igreja e o
estado sob o governo de Constantino. Anos depois Agostinho
reinterpretaria o conceito e a duração do milênio como vamos ver
logo adiante.
24
25
3°) O Pós-milênismo:
O prefixo pós descreve o significado do termo em relação ao
milênio: a volta de Cristo será depois do milênio. De acordo com os
pós-milenistas, o avanço do evangelho e o crescimento da igreja se
acentuarão de forma gradativa, de tal modo que umam proporção
cada vez maior da população mundial se tornará cristã. Segundo
Larine Boettner : Essa visão das ultimas coisas que temos do Reino
de Deus esta sendo estendida pelo mundo por meio da pregação
do evangelho e da obra redentora do Espírito Santo no coração das
pessoas, de modo que o mundo todo acabará cristianizado e a
volta de Cristo deverá ocorrer no final de um período de justiça e
de paz normalmente chamado de “Milênio”… A segunda vinda de
Cristo será seguida, imediatamente, pela ressurreição generalizada,
o juízo geral e a introdução do céu e do inferno em sua plenitude.”
Uma característica central do pós-milenismo é o otimismo quanto
as futuro de todas as coisas. O evangelho dará ao mundo uma
transformação social, econômica e de bem estar espiritual na Terra
que será resultado do avanço do evangelho desde a era apostólica.
Os pós milenistas assim como todos os outros não acreditam que
todos serão salvos nesse período. Entretanto o os princípios e
valores cristãos serão prevalecentes na terra de modo que o
pecado terá proporções mínimas. Sua duração será um longo
período de tempo, mas não necessariamente mil anos.
Provavelmente mais longo que mil anos literais.
Os pós-milenistas entendem também que Satanás ficará amarrado
durante todo o tempo e sempre debaixo do controle de Deus. Mas
ele será amarrado de uma maneira especial no inicio do milênio, de
acordo com Apocalipse 20.
Muitas passagens os pós-milenistas usam como base. Muitos dos
textos usados pelos pré-milenistas também são usados pelos pós-
milenistas de forma que os estes acreditam no cumprimento antes
da volta de Cristo. Os textos sãos: Salmos 2:8; 22:27;47;72; 86:9;
Isaías 2:2-4; 11:6-9; Jeremias 31:34; Daniel 2:35,44 e Miqueias 4:1-
4.
29
4°) O Amilênismo:
O amilenismo é a interpretação do milênio não literal antes da
volta de Cristo. Os amilenistas acreditam que no final haverá um
desenvolvimento paralelo tanto do bem quanto do mal, do Reino
de deus e do que pertence a Satanás. A visão amilenista é a mais
simples de todas as interpretações, pois descreve o milênio de
Apocalipse 20.1-10 como sendo a “ Era da Igreja”. A era da Igreja (o
milênio não literal) trata-se de uma era em que a influencia de
satanás sobre as nações sofre grande redução de modo que o
evangelho pode ser pregado por todo o mundo. Aqueles que
Reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já
estão reinando com Cristo no Céu. De acardo com essa posição a
presente era da igreja continuará até o tempo da volta de Cristo e
que quando este voltar, haverá ressurreição tanto de crentes como
de incrédulos. Os crentes terão o corpo ressuscitado e unido a
novamente com o espírito e entrarão assim no estado eterno do
céu para sempre.
As divergências Amilenistas.
Entre os defensores do amilênismo clássico, existem duas visões
acerca do milênio. A Primeira defende a possibilidade de ver, nesta
era, o cumprimento das passagens que falam do milênio mediante
a Igreja da Terra. A segunda defende que as passagens estão sendo
cumpridas pelos santos no céu agora. As duas interpretações
chagam na conclusão que não haverá um Reino terreno e futuro.
O amilenismo e as Alianças
Os amilenistas acreditam que as promessas que não foram
cumpridas literalmente, foram ou serão cumpridas em Cristo ou na
igreja. O amilênismo defende que muitas passagens eram de modo
condicional. Assim muitos amilenistas crêem que os novos céus e a
nova terra tem haver com a era da igreja sobre a terra.
O Amilenismo e a Igreja
32
Conclusão
Obviamente é impossível fechar questão sobre determinada
interpretação. A complexidade e a nuança do tema não nos
permite excluir nenhuma das 4 principais e possíveis interpretações
e logo não nos deixa ameno da responsabilidade de compreensão
do que a bíblia ensina. Embora busquemos uma possível solução
para este “problema” devemos ter em mente que grandes teólogos
e homens de Deus divergem em sua opinião ao longo da própria
história da Igreja.
Por isso o tema tem sua importância didática. Aprendemos a nos
importar mais com o assunto, pesquisar mais, ter a mente mais
aberta para possíveis variações do tema e assim reconhecer que o
assunto demanda de nós uma responsabilidade devocional e
acadêmica do apocalipse.
João começa o Apocalipse afirmando: “Feliz é aquele que lê as
palavras desta profecia e felizes aquele quês que ouvem e guardam
o que nela está escrito” Se o tema nos levar a ler, meditar e
guardar como preciosidade todas as promessas que estão no livro,
então este estudo cumpriu o seu papel na edificação.
Deus abençoe
Bibliografia
Berkhof,Louis. Teologia Sistemática – Campinas: Luz Para o
Caminho Publicações,1990
Ryrie,Charles C. Teologia Básica ao Alcance de Todos – São Paulo:
Mundo Cristão, 2004
Grudem, Waine A. Teologia Sistemática – São Paulo: Vida Nova,
1999
Bock, Darrell L. O Milênio – São Paulo: Vida Acadêmica, 2005
Grenz, Stanley J. Dicionário de Teologia – São Paulo: Editora Vida,
2007
BÍBLIA SAGRADA NVI