PORTUGUÊS

SEGUNDÃO A/B
BRUNA REBELO

REVISÃO - VERBOS

Antes de iniciarmos nosso conteúdo novo, é de suma importância voltarmos ao tópico de verbos (tempos
e modos). Para facilitar vamos conferir o quadro de resumo abaixo:

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 CORRELAÇÕES VERBAIS
Quando temos mais que uma oração na frase,
precisamos ficar atentos para a chamada correlação
entre os tempos dos verbos. O que exatamente é isso?
Bem, algumas das qualidades de um bom texto estão
ligadas à clareza, à coerência e à coesão. E, para
manter a clareza, precisamos nos ater à relação entre
as orações.
Como os verbos são ‘a alma’ da oração, eles
precisam de atenção. Algumas vezes, a escolha
equivocada do tempo verbal pode ocasionar alguns
problemas: ou o emissor acaba dizendo algo diferente
do que pensou, ou cria uma incoerência no texto.
Observemos estes dois enunciados:
• É certo que desperdiçamos recursos naturais.
• É certo que desperdicemos recursos naturais.
Ambas as frases estão corretas
gramaticalmente, porém trazem informações muito
diferentes, decorrentes da diferença na conjugação
dos verbos.
Em ambas temos a oração principal com verbo
no presente do indicativo. A diferença aparece na
conjugação do verbo desperdiçar. No primeiro caso
temos o referido verbo conjugado no presente do
subjuntivo e na segunda frase, o verbo está no
presente do subjuntivo.
Vamos relembrar um pouquinho das
informações implícitas nos tempos e modos verbais:
Segundo os manuais de gramática, os modos
verbais indicam a atitude do emissor em relação ao
fato, à ação expressa pelo verbo. Assim,
o Indicativo expressa certeza; o Subjuntivo expressa
possibilidade, incerteza, hipótese; e indicativo:
o Imperativo expressa ordens ou pedidos.
Quanto aos tempos, estes localizam o fato numa
linha cronológica em relação ao momento da fala, da
enunciação. Assim temos:
• Presente: fato ocorre no momento da fala (às
vezes há outros empregos, como o presente indicando
um fato atemporal, ou um futuro próximo)
• Pretérito: fato ocorreu antes do momento da
enunciação:
a. Perfeito – indica ação concluída no
passado;
b. Imperfeito – indica ação repetida no
passado;
c. Mais que Perfeito: indica ação
concluída antes de outra já passada
• Futuro: ação projetada para um momento
após a enunciação:
a. do Presente: projeção a partir de um
momento presente
b. do Pretérito: projeção a partir de um
momento hipotético no pretérito.
Voltemos às duas frases:
Na primeira, a interpretação é a de que existe
uma certeza de que existe desperdício: nós de fato
desperdiçamos recursos naturais.
Já na segunda, a interpretação é a de que
desperdiçar recursos naturais não é errado, fazer isso é
uma atitude correta.
Assim, é preciso atenção para não emitir
mensagens diferentes do que tínhamos em mente. Por
isso, é necessário conhecer as correlações entre os
tempos, para construir adequadamente nossas
mensagens.
Para fazer com que prevaleça o aspecto lógico,
objetivo e coerente das ideias manifestadas, devemos
observar as possibilidades de combinações entre os
verbos das orações que compõem os períodos.
Vejamos como isso se dá, ou seja, quais são as
correlações verbais:
Se em uma oração usarmos o primeiro dos
tempos apontados abaixo, na outra oração deveremos
usar o correspondente:
• Presente do indicativo -> presente do modo
subjuntivo:
Quero que você faça um favor para a turma.
• Futuro do subjuntivo -> futuro do presente do
Se você fizer o favor, eu ficarei satisfeita.
• Pretérito mais que perfeito composto do
subjuntivo + futuro do pretérito composto do
indicativo:
Se você tivesse feito o favor, eu teria
ficado satisfeita.
• Pretérito perfeito do indicativo -> pretérito
imperfeito do subjuntivo:
Pedi que ele fizesse o favor.
• Pretérito imperfeito do subjuntivo -> futuro do
pretérito do indicativo:
Se você fizesse o favor, eu ficaria satisfeita.
É isso! Se você utilizar essas recomendações,
seu texto ficará bem estruturado!
Bons estudos!
@prof.brunarebelo