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O Discipulado de Jesus
Introdução
“E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: Que buscais? Disseram-lhe: Rabi
(que quer dizer Mestre), onde assistes? Respondeu-lhes: Vinde e vede.” (Jo 1:38-39)
“Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua
cruz e siga-me.” (Lc 9:23)
É aqui que o discipulado de Jesus começa, é aqui que de fato começamos a seguir
Jesus de verdade: quando negamos a nós mesmos, morremos para os nossos desejos e
vontades e seguimos Jesus. Se você decidir seguir Jesus com as suas cargas, a
caminhada vai se tornar penosa e você vai desistir. Se imagine em uma longa jornada à pé
com uma mochila de 30 kg nas costas, vai ser difícil prosseguir.
Você pode achar que tomar a sua cruz diariamente é penoso, mas a Bíblia nos
mostra o contrário (“Os seus mandamentos não são penosos” 1Jo 5:3). O mandamento de
Jesus só é duro para quem se opõe a ele, mas para quem se submete, o mandamento é
suave e leve. Bonhoeffer diz que discipulado é alegria! Há prazer em entregar a sua vida
para viver a vida de Deus.
E no âmbito de igreja local isso também é uma verdade: o discipulado é alegria. É
prazeroso, leve e suave fazer parte da vida uns dos outros. O discipulado de Jesus, o qual
chamamos de “vida na vida”, é baseado em relacionamento, então assim como é com
Jesus, faça parte da sua do seu discipulador, e não apenas queira sugá-lo com um
relacionamento superficial, mas deixe o discipulado ser alegre.
Você pode estar dizendo: “eu quero ser discipulado, mas a minha igreja local não
vive isso. O que eu faço?”
Em primeiro lugar, você é discípulo de Jesus. É impossível que você seja
discipulado por alguém sem que antes você se submeta ao discipulado de Jesus, seja
vulnerável a Ele.
A nossa relação com o outro é baseada em comunhão e não em afinidade. Não
busque em alguém vínculos emocionais, vínculos de alma. Mas busque o Senhor nessa
pessoa. Comunhão é ter algo em comum (Deus) e perseverar nisso apesar das diferenças.
Já a relação afetiva é baseada em afinidade e pontos em comum. As relações afetivas são
essenciais, mas o que nos une é Deus.
E por que isso é importante? Porque se procurarmos em um discipulador apenas
vínculos afetivos, gostos em comum, vamos nos frustrar, pois uma relação baseada na
alma em alguma hora vai ruir; se a alma se ferir ou desanimar, o vínculo acaba, e o
“discipulado” também.
Mas e como eu vivo esse discipulado se a minha igreja não vive isso?
Você pode ser mais vulnerável, você pode andar na luz com as pessoas, ter a sua
vida e o seu coração abertos a elas. Nisso você vai se tornar um refúgio para algumas
pessoas, alguém em quem elas podem confiar e ser vulneráveis, andarem na luz de volta.
Não existem desculpas para que não vivamos uma vida de discipulado quando
vemos isso em Jesus. Nós não precisamos de um título de discipulador para começarmos a
ter compaixão das pessoas e darmos suporte à elas em amor. Faz parte de todo cristão
tentar trazer pra fora o Cristo que há dentro de nós mesmos e do nosso irmão.