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Índice

Índice........................................................................................................................................ 2
PARTE I – ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO ...................................................................... 10
1 – O Organismo Humano ................................................................................................... 10
1.1 – Anatomia e Fisiologia (T) ......................................................................................... 10
▪ Definir os termos de Anatomia e Fisiologia (T) e Identificar as diferentes formas como
pode ser estudada a Anatomia e a Fisiologia (T). ......................................................... 10
1.2 - Homeostase (T) ....................................................................................................... 10
▪ Definir: homeostase; variável e setpoint (T); ............................................................. 10
▪ Identificar os três componentes dos mecanismos de feedback negativo (T); ............. 10
▪ Explicar a relação dos mecanismos de feedback negativo e feedback positivo com a
homeostase (T)............................................................................................................ 11
1.3 – Terminologia e Planos do Corpo Humano (T) .......................................................... 11
▪ Definir: posição anatómica; supinação e pronação (T); .............................................. 11
▪ Explicar a importância da posição anatómica para os termos descritivos orientadores
(T); .............................................................................................................................. 11
2 – A Base Química da Vida ................................................................................................. 11
2.1 – Química Básica (T) .................................................................................................. 11
▪ Definir os termos: matéria; massa; peso; elemento e átomo (T); ............................... 11
▪ Descrever as partículas constituintes de um átomo e explicar como determinam o
número anatómico, o número de massa, os isótopos e o peso atómico (T); ................. 11
▪ Descrever as ligações iónicas, as ligações covalentes e as ligações por pontes de
hidrogénio (T);............................................................................................................. 12
▪ Distinguir entre uma molécula e um composto (T); ................................................... 12
▪ Definir solubilidade e dissociação (T); ........................................................................ 13
▪ Distinguir eletrólitos de não eletrólitos (T)................................................................. 13
2.2 – Reações Químicas e Energia (T) ............................................................................... 13
▪ Descrever e dar exemplos dos tipos de reações químicas que ocorrem no corpo (T); 13
▪ Definir: energia potencial; energia cinética; energia mecânica; energia química e
energia térmica (T); ..................................................................................................... 13
▪ Definir: energia de ativação; catalisadores e enzimas (T); .......................................... 13
▪ Descrever os fatores que afetam a velocidade de uma reação química (T)................. 14
2.3 – Química Inorgânica (T) ............................................................................................ 14
▪ Definir química inorgânica (T);................................................................................... 14
▪ Descrever as propriedades da água que a tornam importante para a vida dos
organismos (T);............................................................................................................ 14
▪ Definir: solução; suspensão e colóide (T); .................................................................. 14
▪ Definir: ácidos, bases, sais e tampões (T); .................................................................. 14
▪ Descrever a escala do pH (T); .................................................................................... 15
2.4 – Química Orgânica (T) .............................................................................................. 15
▪ Definir química orgânica (T); ..................................................................................... 15
▪ Descrever a estrutura química e as funções dos hidratos de carbono, lípidos, proteínas
e ácidos nucleicos no organismo (T); ........................................................................... 15
▪ Explicar a função do ATP no organismo (T). ............................................................... 17
3 – Estrutura e Funcionamento da Célula ............................................................................ 17
3.1 – Funções da Célula (T) .............................................................................................. 17
▪ Descrever as principais funções da célula (T). ............................................................ 17
3.2 – Membrana Plasmática (T) ....................................................................................... 17
▪ Definir os termos: intracelular; extracelular; intercelular; potencial de membrana e
glicocálice (T);.............................................................................................................. 17
▪ Identificar os lípidos predominantes na membrana plasmática (T); ........................... 17
▪ Explicar a organização dos fosfolípidos na membrana plasmática (T); ........................ 17
▪ Explicar a importância da natureza fluida da bicamada lipídica (T); ............................ 18
▪ Descrever a função do colesterol na membrana plasmática (T); ................................ 18
▪ Identificar as proteínas da membrana plasmática (T);................................................ 18
▪ Descrever as funções das proteínas da membrana plasmática (T). ............................. 18
3.3 – Movimento através da Membrana Plasmática (T) ................................................... 18
▪ Descrever as quatro formas como as moléculas e os iões se deslocam através da
membrana plasmática (T); ........................................................................................... 18
▪ Definir: soluto; solvente; gradiente de concentração; viscosidade; difusão; osmose;
pressão osmótica e filtração (T); .................................................................................. 19
▪ Descrever os fatores que afetam a velocidade da difusão através da membrana
plasmática (T); ............................................................................................................. 19
▪ Distinguir as diferentes soluções: solução isosmótica; solução hiperosmótica; solução
hiposmótica; solução isotónica; solução hipertónica e solução hipotónica (T); ............. 19
▪ Descrever as três características dos mecanismos de transporte mediado (T); .......... 19
▪ Descrever os três tipos de transporte mediado: difusão facilitada; transporte ativo e
transporte ativo secundário (T).................................................................................... 20
3.4 – Endocitose e Exocitose (T) ...................................................................................... 20
▪ Descrever os processos de endocitose e exocitose (T). .............................................. 20
3.5 – Citoplasma (T)......................................................................................................... 21
▪ Definir citoplasma (T); ............................................................................................... 21
O citoplasma é o material existente na célula entre o núcleo e a membrana plasmática.
.................................................................................................................................... 21
▪ Descrever as diferentes estruturas que compõem o citosol, bem como as funções de
cada estrutura (T). ....................................................................................................... 21
3.6 – Núcleo e Organelos Citoplasmáticos (T) .................................................................. 21
▪ Definir organelos (T);................................................................................................. 21
▪ Descrever a estrutura do núcleo (T);.......................................................................... 21
▪ Identificar os organelos citoplasmáticos (T) e Descrever a estrutura de cada organelo
citoplasmático, bem como a sua função (T). ................................................................ 22
3.7 – Ciclo de Vida Celular (T) .......................................................................................... 22
▪ Definir ciclo de vida celular (T);.................................................................................. 22
▪ Descrever as duas fases do ciclo de vida celular: interfase e divisão celular (T). ......... 22
4 – Histologia: O Estudo dos Tecidos ................................................................................... 23
4.1 – Tecidos e Histologia (T) ........................................................................................... 23
▪ Definir tecidos (T); ..................................................................................................... 23
▪ Enumerar os quatro principais tipos de tecidos e referir as três características usadas
para os classificar (T); .................................................................................................. 23
▪ Definir histologia e explicar a sua importância na avaliação da saúde (T). .................. 23
4.2 – Tecido Embrionário (T)............................................................................................ 23
▪ Enumerar as três camadas germinativas embrionárias (T); ........................................ 23
▪ Indicar as estruturas adultas que derivam da endoderme, da mesoderme, da
ectoderme, da neuro-ectoderme e das células da crista neural (T). ............................. 23
4.3 – Tecido Epitelial (T) .................................................................................................. 24
▪ Descrever as seis características comuns à maioria dos epitélios (T); ......................... 24
▪ Descrever as principais funções do tecido epitelial (T); .............................................. 24
▪ Classificar os epitélios de acordo com o número de camadas celulares e de acordo
com a forma das células superficiais (T); ...................................................................... 25
4.4 – Tecido Conjuntivo (T / TP) ....................................................................................... 25
▪ Identificar a principal característica estrutural que distingue o tecido conjuntivo dos
restantes tipos de tecidos (T); ...................................................................................... 25
▪ Descrever as funções do tecido conjuntivo (T); .......................................................... 25
▪ Descrever as células encontradas no tecido conjuntivo (T); ....................................... 26
▪ Descrever os três componentes principais da matriz extracelular do tecido conjuntivo
(T); .............................................................................................................................. 26
▪ Descrever os dois tipos de tecido conjuntivo embrionário (T); ................................... 28
4.5 – Tecido Muscular (T / TP) ......................................................................................... 28
▪ Identificar a principal característica do tecido muscular (T); ...................................... 28
▪ Enumerar os três tipos de tecido muscular (T); .......................................................... 28
4.6 – Tecido Nervoso (T / TP) ........................................................................................... 28
▪ Descrever a constituição do tecido nervoso (T); ........................................................ 28
PARTE II – SUPORTE E MOVIMENTO ........................................................................................ 29
1 – Sistema Tegumentar...................................................................................................... 29
▪ Descrever as principais funções do sistema tegumentar (T). ...................................... 29
2- Pele................................................................................................................................. 29
▪ Identificar as duas camadas de tecido que compõem a pele (T); ................................ 29
▪ Enumerar as cinco camadas da epiderme (T); ............................................................ 29
▪ Enumerar as duas camadas da derme (T); ................................................................. 30
2.1 – Anexos da Pele ....................................................................................................... 30
▪ Descrever os tipos de pelo (T); .................................................................................. 30
▪ Identificar as principais glândulas da pele (T); ............................................................ 30
3 - Sistema Esquelético: Ossos e Tecido Ósseo .................................................................... 31
Descrever as principais funções do sistema esquelético (T).......................................... 31
3.1 - Cartilagem (T) .......................................................................................................... 31
▪ Identificar os três tipos de cartilagem (T); .................................................................. 31
▪ Descrever a estrutura da cartilagem hialina (T);......................................................... 31
Descrever o crescimento aposicional e intersticial da cartilagem hialina (T). ................ 31
3.2 – Histologia Óssea (T) ................................................................................................ 32
▪ Descrever a matriz óssea e os diferentes tipos de células ósseas (T); ......................... 32
▪ Descrever os aspetos que caracterizam o osso reticular, lamelar, esponjoso e
compacto (T). .............................................................................................................. 33
3.3 – Desenvolvimento Ósseo (T) .................................................................................... 33
Descrever os dois padrões de formação de tecido ósseo: ossificação membranosa e
ossificação endocondral (T). ........................................................................................ 33
3.4 – Crescimento Ósseo (T) ........................................................................................... 34
▪ Descrever o crescimento do osso em comprimento (T); ............................................ 34
▪ Descrever o crescimento do osso em espessura (T). .................................................. 35
3.5 – Remodelação Óssea (T) ........................................................................................... 35
▪ Explicar como ocorre a remodelação óssea (T). ......................................................... 35
3.6 – Reparação Óssea (T) ............................................................................................... 36
▪ Descrever o processo de reparação óssea (T). ........................................................... 36
3.7 – Homeostasia do Cálcio (T) ....................................................................................... 36
▪ Explicar o papel dos ossos na homeostasia do cálcio (T). ........................................... 36
4 - Configurações dos Ossos (T) ........................................................................................... 36
▪ Enumerar as principais formas dos ossos (T); ............................................................ 36
4.1 – Esqueleto Axial (T) ................................................................................................. 37
▪ Enumerar os ossos que compõem a caixa craniana e os ossos que compõem a face (T);
.................................................................................................................................... 37
▪ Enumerar o tipo e o número de vértebras que compõe cada região da coluna
vertebral (T); ............................................................................................................... 37
5 – Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia ....................................................................... 37
5.1 - Funções do Sistema Muscular (T) ............................................................................. 37
▪ Descrever as principais funções do músculo (T). ........................................................ 37
5.2 - Características Gerais do Funcionamento do Músculo (T) ........................................ 38
▪ Descrever as quatro características funcionais fundamentais do músculo (T). ........... 38
5.3 - Estrutura do Músculo Esquelético (T) ...................................................................... 38
▪ Descrever a estrutura muscular esquelética, incluindo os elementos do tecido
conjuntivo, a inervação e irrigação sanguínea (T). ........................................................ 38
5.4 - Fisiologia do Músculo Esquelético (T) ...................................................................... 39
▪ Definir contração muscular (T); ................................................................................. 39
▪ Descrever as fases da contração muscular (T). ........................................................... 40
5.5 – Tipos de Contração Muscular (T) ............................................................................. 40
▪ Descrever os tipos de contração muscular (T) ............................................................ 40
5.6 - Músculo Liso (T) ...................................................................................................... 41
▪ Enumerar os tipos de músculo liso e descrever as características de cada um (T). ..... 41
5.7 - Músculo Cardíaco (T) ............................................................................................... 41
▪ Comparar as características estruturais e funcionais do músculo cardíaco com as do
músculo esquelético (T). .............................................................................................. 41
6 – Sistema Muscular: Anatomia Macroscópica ................................................................... 41
6.1 - Generalidades (T) .................................................................................................... 41
▪ Definir: origem; inserção terminal; corpo; agonista; antagonista; sinergista; músculo
principal e fixador (T);.................................................................................................. 41
▪ Descrever os diferentes critérios usados para designar os músculos (T) ..................... 42
PARTE III – SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO E CONTROLO .............................................................. 42
1 – Organização Funcional do Tecido Nervoso ..................................................................... 42
1.1 – Funções do Sistema Nervoso (T) ............................................................................. 42
▪ Descrever as principais funções do sistema nervoso (T). ............................................ 42
1.2 – Divisões do Sistema Nervoso (T) ............................................................................. 43
▪ Enumerar as divisões do sistema nervoso e descrever as características de cada uma
delas (T). ..................................................................................................................... 43
1.3 – Organização do Tecido Nervoso (T) ......................................................................... 44
▪ Descrever a organização do tecido nervoso no SNC e no SNP (T). .............................. 44
2 – Integração das Funções do Sistema Nervoso ................................................................. 44
2.1 – Sensação (T) ........................................................................................................... 44
▪ Enumerar os sentidos e descrever a forma como ocorre a sensação (T);.................... 44
▪ Descrever os diferentes tipos de recetores sensoriais e os estímulos que detetam (T).
.................................................................................................................................... 45
2.2 – Fala (T).................................................................................................................... 46
▪ Descrever a atividade encefálica envolvida na fala (T). .............................................. 46
3 – Os Sentidos Especiais..................................................................................................... 46
3.1 - Paladar (T) ............................................................................................................... 46
▪ Enumerar os cinco sabores primários e indicar, para cada um deles, a forma como se
dá a despolarização das células gustativas (T). ............................................................. 46
4 – Sistema Nervoso Autónomo .......................................................................................... 47
4.1 – Anatomia do Sistema Nervoso Autónomo (T).......................................................... 47
▪ Enumerar as divisões do SNA (T); .............................................................................. 47
▪ Descrever as diferentes estruturas que compõem o sistema simpático, o sistema
parassimpático e o sistema nervoso entérico (TP). ...................................................... 48
4.2 – Fisiologia do Sistema Nervoso Autónomo (T) .......................................................... 48
▪ Descrever os principais neurotransmissores e recetores do SNA (T). ......................... 48
5 – Organização Funcional do Sistema Endócrino ................................................................ 49
5.1 – Características Gerais do Sistema Endócrino (T) ...................................................... 49
▪ Definir glândula endócrina, sistema endócrino e hormona (T); .................................. 49
▪ Descrever as relações funcionais entre sistema nervoso e sistema endócrino (T). ..... 49
5.2 – Funções do Sistema Endócrino (T)........................................................................... 49
▪ Descrever as principais funções reguladoras do sistema endócrino (T). ..................... 49
5.3 – Estrutura Química das Hormonas (T) ....................................................................... 50
▪ Descrever as categorias das hormonas com base na sua estrutura química (T). ......... 50
5.4 – Controlo do Débito de Secreção (T)......................................................................... 51
▪ Descrever os três modelos principais que regulam a secreção hormonal (T). ............. 51
5.5 – Transporte e Distribuição no Organismo (T) ............................................................ 52
▪ Descrever como as hormonas são transportadas pela corrente sanguínea e fornecidas
às células (T). ............................................................................................................... 52
5.6 – Metabolismo e Excreção (T) .................................................................................... 52
▪ Definir semivida de uma hormona e descrever os principais fatores que aumentam e
diminuem a semivida das hormonas (T). ...................................................................... 52
5.7 – Interação das Hormonas com os Seus Tecidos Alvo (T) ............................................ 53
▪ Explicar a especificidade dos recetores para as hormonas (T); ................................... 53
▪ Descrever os fenómenos: regulação por excesso e regulação por défice (T). ............. 53
5.8 – Classes de Recetores Hormonais (T) ........................................................................ 54
▪ Descrever as duas principais categorias de recetores hormonais (T). ......................... 54
6 – Glândulas Endócrinas .................................................................................................... 54
6.1 – Hipófise e Hipotálamo (T) ....................................................................................... 54
▪ Enumerar as hormonas segregadas pelo Hipotálamo, os seus tecidos alvo e os seus
efeitos no organismo (T); ............................................................................................. 54
▪ Enumerar as hormonas segregadas pela Hipófise, os seus tecidos alvo e os seus
efeitos no organismo (T). ............................................................................................. 55
6.2 – Glândula Tiroideia (T).............................................................................................. 55
▪ Enumerar as hormonas tiroideias (T); ........................................................................ 55
▪ Descrever a síntese, o transporte, o mecanismo de ação e os efeitos das hormonas
tiroideias (T); ............................................................................................................... 56
1. Síntese da hormona tiroideia ............................................................................... 56
• Os iões de iodo são captados para dentro dos folículos por transporte activo, são
oxidados e ligados às moléculas de tirosina da tiroglobulina. ....................................... 56
•A tiroglobulina é segregada para o lúmen do folículo. As moléculas de tirosina
combinam-se com iodo para formar as hormonas T3 e T4. .......................................... 56
•A tiroglobulina entra para o interior das células e é destruída; a T3 e a T4 difundem-se
dos folículos para o sangue. ......................................................................................... 56
2. Transporte no sangue da hormona tiroideia ........................................................ 56
• A T 3 e a T4 ligam-se à globulina transportadora da tiroxina e a outras proteínas
plasmáticas. ................................................................................................................ 56
•As proteínas plasmáticas prolongam a semivida da T3 e da T4 e regulam os seus níveis
no sangue. ................................................................................................................... 56
•Aproximadamente um terço da T4 é convertido em T3 funcional. ............................. 56
3. Mecanismos de acção das hormonas tiroideias .................................................... 56
•As hormonas tiroideias ligam-se com as moléculas dos receptores intracelulares e
iniciam uma nova síntese proteica. .............................................................................. 56
4. Efeitos das hormonas tiroideias ........................................................................... 56
•As hormonas tiroideias aumentam o metabolismo da glicose, das gorduras e das
proteínas em muitos tecidos, aumentando assim a temperatura corporal. .................. 56
•O crescimento normal de muitos tecidos está dependente das hormonas tiroideias.. 56
▪ Explicar a regulação da secreção das hormonas tiroideias (T); ................................... 56
▪ Explicar a regulação da secreção de calcitonina e descrever a sua função (T). ............ 56
6.3 – Glândulas Paratiroideias (T) .................................................................................... 56
▪ Explicar a atividade da hormona paratiroideia e descrever como é regulada a sua
secreção (T) e ▪ Explicar a relação entre a hormona paratiroideia e a vitamina D (T). ... 56
6.4 – Glândulas Supra-Renais (T) ..................................................................................... 57
▪ Descrever os mecanismos de regulação da secreção das supra-renais (T). ................. 57
6.5 - Pâncreas (T) ............................................................................................................. 58
▪ Explicar a regulação da produção de insulina e glucagon (T). ..................................... 58
A secreção de insulina é controlada pelos níveis sanguíneos de nutrientes, por
estimulação nervosa e por controlo hormonal. A hiperglicemia (ou nível elevado de
glicose no sangue) afecta directamente as células beta e estimula a secreção de insulina.
A hipoglicemia (ou nível baixo de glicose no sangue) inibe directamente a secreção de
insulina. Assim, os níveis de glicose no sangue têm um papel fundamental na regulação da
secreção de insulina. Alguns aminoácidos também estimulam a secreção de insulina
agindo directamente sobre as células beta. A seguir a uma refeição, os níveis de glicose e
de aminoácidos aumentam no sistema circulatório, elevando a secreção de insulina.
Durante os períodos de jejum (em que os níveis de glicemia são baixos) a secreção de
insulina decresce. O sistema nervoso autónomo também controla a secreção de insulina.
Como a estimulação parassimpática está associada à ingestão de alimentos, ela produz-se
com níveis de glicose elevados, actuando para aumentar a secreção de insulina. A
inervação simpática inibe a secreção de insulina e ajuda a impedir uma descida rápida dos
níveis de glicemia. Uma vez que a maioria dos tecidos, com excepção do tecido nervoso,
requer insulina para a captação de glicose, a estimulação simpática mantém a glicemia
dentro de valores normais durante os períodos de actividade física ou agitação. Esta
resposta é importante para manter o funcionamento normal do sistema nervoso. As
hormonas do tubo digestivo envolvidas na regulação da digestão, como a gastrina, a
secretina e a colecistoquinina aumentam a secreção de insulina. A somatostatina inibe a
secreção de insulina e de glucagina, mas os factores que regulam a secreção de
somatostatina não são claros. Esta pode ser libertada em resposta à ingestão de
alimentos e, nesse caso, pode prevenir a secreção excessiva de insulina. ........................ 58
6.6 – Hormonas do Sistema Reprodutor (T) ..................................................................... 58
▪ Enumerar as hormonas segregadas pelos testículos e ovários (T) e ▪ Descrever as
funções das hormonas segregadas pelos testículos e ovários (T); ................................ 58
▪ Explicar a regulação das hormonas segregadas pelos testículos e ovários (T). ............ 58
6.7 – Hormonas da Glândula Pineal (T) ............................................................................ 59
▪ Enumerar as hormonas segregadas pela glândula pineal (T); ..................................... 59
▪ Descrever as funções das hormonas segregadas pela glândula pineal (T); ................. 59
▪ Explicar a regulação das hormonas segregadas pela glândula pineal (T)..................... 59
6.8 – Hormonas do Timo (T) ............................................................................................ 59
▪ Enumerar as hormonas segregadas pelo timo (T); ..................................................... 59
▪ Descrever as funções das hormonas segregadas pelo timo (T); .................................. 59
▪ Explicar a regulação das hormonas segregadas pelo timo (T). .................................... 59
PARTE I – ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO
1 – O Organismo Humano
1.1 – Anatomia e Fisiologia (T)
▪ Definir os termos de Anatomia e Fisiologia (T) e Identificar as diferentes formas como pode ser
estudada a Anatomia e a Fisiologia (T).
1. Anatomia é o estudo das estruturas do corpo.
•A anatomia do desenvolvimento estuda as modificações anatómicas desde a
concepção à idade adulta. A embriologia estuda as primeiras 8 semanas do
desenvolvimento.
•A citologia estuda as células e a histologia os tecidos.
•A anatomia geral realça os órgãos do ponto de vista sistémico ou regional.

2. A anatomia de superfície utiliza estruturas superficiais para referenciar estruturas mais


profundas; a produção de imagens anatómicas é uma técnica não invasiva usada para
identificar estruturas profundas.

3. Fisiologia é o estudo das funções do corpo. Esta disciplina pode ser abordada do ponto de
vista da célula ou dos sistemas e aparelhos.

4. A patologia dedica-se ao estudo de todos os aspectos da doença. A fisiologia do exercício


estuda as alterações causadas pelo exercício.

1.2 - Homeostase (T)


▪ Definir: homeostase; variável e setpoint (T);
A homeostase é a existência e manutenção de um meio ambiente relativamente constantes
dentro do corpo. Cada célula do organismo está rodeada por uma pequena quantidade de
líquido.

Para que as células funcionem normalmente, o volume, a temperatura e a constituição


química – denominadas variáveis porque os seus valores podem alterar-se – deste líquido
devem permanecer dentro de limites estreitos. A temperatura do corpo é uma variável que
pode aumentar num ambiente quente ou diminuir num ambiente frio.

Os mecanismos homeostáticos, tais como o transpirar ou os tremores, mantêm normalmente


a temperatura perto de um valor normal ideal, setpoint. De notar que estes mecanismos não
são capazes de manter a temperatura precisamente no setpoint. Em vez disso, a temperatura
corporal aumenta e diminui ligeiramente em torno do setpoint, produzindo uma amplitude
normal de valores. Desde que as temperaturas do corpo se mantenham dentro da amplitude
normal, a homeostase é mantida.

▪ Identificar os três componentes dos mecanismos de feedback negativo (T);


A maior parte dos mecanismos de retroacção negativa compõem-se de um receptor, um
centro de controlo e um efector.
▪ Explicar a relação dos mecanismos de feedback negativo e feedback positivo com a
homeostase (T).
A maior parte dos sistemas do corpo humano são regulados por mecanismos de feedback
negativo (retroacção negativa) ou que mantêm a homeostase. A palavra negativo significa que
qualquer desvio do setpoint é reduzido ou contrariado. A manutenção da pressão arterial
dentro de valores normais é um exemplo de mecanismo de feedback negativo que mantém a
homeostase.

As respostas dos mecanismos feedback positivo (retroacção positiva) não são homeostáticas e
são raras em indivíduos saudáveis. O termo positivo significa que sempre que ocorre um
desvio do valor normal, a resposta do sistema é no sentido de aumentar esse desvio. (figura
1.8). Desta forma, os mecanismos de feedback positivo (retroacção positiva) criam um ciclo
que se afasta da homeostase e que, em alguns casos, provoca a morte.

1.3 – Terminologia e Planos do Corpo Humano (T)


▪ Definir: posição anatómica; supinação e pronação (T);
A posição anatómica refere-se a estar de pé e erecto, com a face orientada para a frente, os
membros superiores ao longo do corpo e as faces palmares das mãos orientadas para a frente.
Uma pessoa está em supinação quando deitado de costas e em pronação quando deitado de
barriga para baixo.

▪ Explicar a importância da posição anatómica para os termos descritivos orientadores (T);


Para evitar confusão, as descrições relacionais são sempre baseadas na posição anatómica,
independentemente da posição da pessoa em causa. Assim, o cotovelo é sempre descrito
como estando acima do punho, independentemente da pessoa estar deitada ou a fazer o pino.

Os termos descritivos descrevem as partes do corpo humano relativamente umas às outras.

2 – A Base Química da Vida


2.1 – Química Básica (T)
▪ Definir os termos: matéria; massa; peso; elemento e átomo (T);
Todos os seres vivos e não vivos são compostos de matéria, algo que ocupa espaço e tem
massa. A massa é a quantidade de matéria de um objecto e o peso é o resultado da acção da
força gravitacional sobre um objecto com uma determinada massa. Um elemento é o tipo
mais simples de matéria com propriedades químicas únicas. Um átomo é a menor partícula de
um elemento que possui as propriedades químicas desse mesmo elemento. Um elemento é
composto por átomos de uma única espécie.

▪ Descrever as partículas constituintes de um átomo e explicar como determinam o número


anatómico, o número de massa, os isótopos e o peso atómico (T);
Os átomos são compostos por partículas sub-atómicas, algumas das quais com carga eléctrica.
Os três principais tipos de partículas que compõem os átomos são os neutrões, protões e
electrões. Os neutrões não têm carga eléctrica, os protões têm carga positiva e os electrões
têm carga negativa.

O número atómico de um elemento é igual ao número de protões em cada átomo e, uma vez
que o número de electrões e protões é igual, este também indica o número de electrões.
O número de massa de um elemento é igual ao número de protões mais o número de
neutrões de cada átomo.
Os isótopos são duas ou mais formas do mesmo elemento que têm o mesmo número de
protões e electrões, mas um número diferente de neutrões. Assim, os isótopos têm o mesmo
número atómico mas números de massa diferentes

O peso atómico de um elemento é a massa média dos seus isótopos naturais, levando em
conta a abundância relativa de cada um deles.

▪ Descrever as ligações iónicas, as ligações covalentes e as ligações por pontes de hidrogénio (T);
Os iões carregados positivamente são denominados catiões e os iões carregados
negativamente são denominados aniões. Dado que os iões com cargas opostas se atraem, os
catiões e os aniões tendem a manter-se juntos. As ligações que resultam desta atracção forte
são chamadas ligações iónicas

As ligações covalentes surgem quando um átomo partilha um ou mais pares de electrões. A


combinação de átomos forma uma molécula. A uma distância óptima, os dois núcleos atraem
mutuamente os dois electrões e cada electrão é partilhado por ambos os núcleos.

As moléculas com ligações covalentes polares têm extremidades positivas e negativas. Se a


molécula de hidrogénio com carga positiva de uma molécula for atraída por uma molécula de
oxigénio, azoto ou flúor com carga negativa, forma-se uma ligação por pontes de hidrogénio.

▪ Distinguir entre uma molécula e um composto (T);


Uma molécula resulta da combinação química de dois ou mais átomos que formam uma
estrutura que funciona como uma unidade independente. Um composto é uma substância
formada por dois ou mais tipos de átomos diferentes quimicamente combinados.
▪ Definir solubilidade e dissociação (T);
Solubilidade é a capacidade de uma substância para se dissolver noutra, como quando se
dissolve açúcar na água. Substâncias carregadas e substâncias polares, dissolvem-se
rapidamente na água, ao passo que substâncias apolares não.

Quando os compostos iónicos se dissolvem na água, os seus iões dissociam-se, ou separam-se


uns dos outros, porque os catiões são atraídos pela extremidade negativa das moléculas de
água e os aniões são atraídos pela extremidade positiva das moléculas de água.

▪ Distinguir eletrólitos de não eletrólitos (T).


Os catiões e os aniões que se dissociam na água são por vezes chamados electrólitos porque
têm a capacidade de conduzir uma corrente eléctrica, o fluxo das partículas com carga.

As moléculas que não se dissociam formam soluções que não conduzem electricidade, e são
denominadas não electrólitos.

2.2 – Reações Químicas e Energia (T)


▪ Descrever e dar exemplos dos tipos de reações químicas que ocorrem no corpo (T);
Numa reacção química, os átomos, os iões e as moléculas ou compostos, interagem para
formar e quebrar ligações químicas. As substâncias que entram numa reacção química tomam
o nome de reagentes e as substâncias que resultam de uma reacção química chamam-se
produtos.
Um exemplo é a síntese de moléculas complexas do corpo humano a partir dos elementos
básicos obtidos através da alimentação e um outro exemplo de uma reacção de síntese no
corpo é a formação de adenosina trifosfato (ATP).

▪ Definir: energia potencial; energia cinética; energia mecânica; energia química e energia
térmica (T);
A energia potencial é energia armazenada que pode ser utilizada para realizar trabalho mas
que ainda não o está a realizar.

A energia cinética é uma forma de energia que realiza trabalho e move matéria.

A energia mecânica é a energia que resulta da posição ou do movimento dos objectos.

A energia química de uma substância é uma forma de energia potencial existente nas ligações
químicas.

O calor é a energia que flui entre objectos com diferentes temperaturas. Todas as outras
formas de energia podem ser convertidas em energia térmica.

▪ Definir: energia de ativação; catalisadores e enzimas (T);


A energia de activação é a energia mínima requerida aos reagentes para iniciarem uma
reacção química.

Os catalisadores são substâncias que aumentam a velocidade das reacções químicas sem
sofrerem alterações. As enzimas, abordadas em maior detalhe mais à frente neste capítulo,
são proteínas catalisadoras que aumentam a velocidade das reacções químicas diminuindo a
energia de activação necessária para o início da reacção.
▪ Descrever os fatores que afetam a velocidade de uma reação química (T).
Com uma enzima, a velocidade de uma reacção química pode ocorrer um milhão de vezes
mais depressa do que na sua ausência. A temperatura pode também afectar a velocidade das
reacções químicas. À medida que a temperatura aumenta os reagentes têm mais energia
cinética, movimentam-se com maior velocidade, e colidem com uns com os outros mais
frequentemente e com maior força, aumentando a possibilidade de ocorrência de uma
reacção química. Dentro de certos limites, quanto maior a concentração de reagentes maior a
velocidade da reacção. Isto acontece porque, como a concentração de reagentes aumenta, a
probabilidade de entrarem em contacto uns com os outros é maior.

2.3 – Química Inorgânica (T)


▪ Definir química inorgânica (T);
A química inorgânica ocupa-se do estudo das moléculas que não contêm carbono.Estas
definições têm no entanto algumas excepções. O monóxido de carbono (CO), o dióxido de
carbono (CO2) e os iões bicarbonato (HCO3-), por exemplo, são classificados como moléculas
inorgânicas.

▪ Descrever as propriedades da água que a tornam importante para a vida dos organismos (T);
Manutenção da Temperatura do Corpo: A água possui um calor específico elevado, ou seja, é
necessária uma quantidade relativamente grande de calor para elevar a sua temperatura;
desta forma a água tolera grandes variações de temperatura.

Protecção: A água é um lubrificante eficaz que protege dos danos resultantes da fricção.

Reacções Químicas: Muitas das reacções químicas necessárias à vida não ocorrem sem as
moléculas reagentes se encontrarem dissolvidas na água.

Meio Solvente: Uma mistura é uma combinação de duas ou mais substâncias mantidas em
conjunto física mas não quimicamente. Uma solução é qualquer líquido, gás ou sólido que
contenha substâncias uniformemente distribuídas sem limites visíveis entre elas. As soluções
são muitas vezes descritas como uma substância dissolvendo uma outra. O soluto dissolve-se
no solvente (água).
▪ Definir: solução; suspensão e colóide (T);
Uma solução é qualquer líquido, gás ou sólido que contenha substâncias uniformemente
distribuídas sem limites visíveis entre elas.

Uma suspensão é uma mistura que contém materiais que se separam uns dos outros, a não ser
que sejam mantidos em conjunto por agitação permanente.

Um colóide é uma mistura (mistura coloidal) na qual uma substância dispersa (tipo soluto) é
distribuída por uma substância dispersante (tipo solvente).

▪ Definir: ácidos, bases, sais e tampões (T);


Um ácido define-se como uma substância dadora de protões. Uma base define-se como uma
substância receptora de protões. Um sal é uma molécula composta por um catião que não o
ião hidrogénio, e um anião que não o ião hidróxido. Um tampão é uma solução de um ácido
conjugado com uma base, em que o composto ácido e o composto base estão em
concentrações semelhantes.
▪ Descrever a escala do pH (T);
A escala de pH refere-se à concentração de iões hidrogénio numa solução.

2.4 – Química Orgânica (T)


▪ Definir química orgânica (T);
A química orgânica ocupa-se do estudo das moléculas que contêm carbono. Os quatro grandes
grupos de moléculas orgânicas essenciais aos organismos vivos são os glícidos, os lípidos, as
proteínas e os ácidos nucleicos.

▪ Descrever a estrutura química e as funções dos hidratos de carbono, lípidos, proteínas e ácidos
nucleicos no organismo (T);
Os glícidos são, principalmente, compostos por átomos de carbono, hidrogénio e oxigénio, e
variam de moléculas pequenas a muito grandes. Os glícidos são parte importante de outras
moléculas orgânicas e podem ser desdobrados para fornecer a energia necessária à vida.
Os lípidos são o segundo maior grupo de moléculas orgânicas comuns aos organismos vivos.
Tal como os glícidos, são compostos principalmente por carbono, hidrogénio e oxigénio; mas
alguns lípidos têm também pequenas quantidades de outros elementos como sejam o fósforo
e o azoto. Os lípidos desempenham
muitas funções importantes no
organismo. Protegem e isolam, ajudam a
regular muitos dos processos fisiológicos
e são constituintes importantes das
membranas plasmáticas. Para além destes
aspectos, os lípidos são das moléculas que
melhor armazenam energia e podem ser
desdobrados e utilizados como fonte de
energia.

Todas as proteínas contêm carbono, hidrogénio, oxigénio e azoto ligados entre si através de
ligações covalentes. Algumas proteínas contêm enxofre e outras contêm também pequenas
quantidades de fósforo, ferro e iodo. Os pesos moleculares das proteínas podem ser bastante
elevados. As proteínas regulam os processos orgânicos, actuam como sistema de transporte,
protegem, ajudam na contracção muscular e dão estrutura e energia.

1. A unidade básica dos ácidos nucleicos é o nucleótido, ou seja, um monossacárido ligado a


um fosfato e a uma base orgânica.

2. Os nucleótidos de ADN contêm o monossacárido desoxirribose e as bases orgânicas


adenina, timina, guanina ou citosina. O ADN existe como uma cadeia dupla de nucleótidos,
ligados entre si, e constitui o material hereditário das células.
3. Os nucleótidos de ARN contêm o monossacárido ribose. As bases orgânicas são as mesmas
que as do ADN à excepção da timina, que é substituída pelo uracilo.
▪ Explicar a função do ATP no organismo (T).
O ATP armazena energia originária do catabolismo. A energia libertada do ATP é utilizada no
anabolismo e noutros processos celulares.

3 – Estrutura e Funcionamento da Célula


3.1 – Funções da Célula (T)
▪ Descrever as principais funções da célula (T).
1. Unidade básica da vida. A célula constitui a menor porção a que o organismo pode ser
reduzido mantendo as características da vida.

2. Protecção e suporte. As células produzem e segregam várias moléculas que conferem


protecção e suporte ao organismo. As células ósseas, por exemplo, estão rodeadas por um
material mineralizado que confere dureza ao tecido ósseo para que proteja o encéfalo e outros
órgãos, e suporte o peso do corpo.

3. Movimento. Todos os movimentos do corpo ocorrem devido à existência de moléculas


localizadas em células específicas (p. ex., células musculares).

4. Comunicação. As células produzem e recebem sinais químicos e eléctricos que lhes


permitem comunicar umas com as outras. Por exemplo, as células nervosas comunicam entre
si e com as células musculares, dando origem à sua contracção.

5. Metabolismo celular e libertação de energia. As reacções quí-micas que ocorrem dentro das
células são designadas colectivamente por metabolismo celular. A energia libertada durante o
metabolismo é utilizada em actividades celulares, como a síntese de novas moléculas, a
contracção muscular e a produção de calor, que ajudam a manter a temperatura corporal.

6. Hereditariedade. Cada célula contém uma cópia do código genético do indivíduo. Existem
células especializadas responsáveis pela transmissão desse código à geração seguinte.

3.2 – Membrana Plasmática (T)


▪ Definir os termos: intracelular; extracelular; intercelular; potencial de membrana e glicocálice
(T);
A membrana plasmática é o componente mais externo da célula. As substâncias existentes no
seu interior são intracelulares; as que lhe são exteriores denominam-se extracelulares (são
por vezes denominadas intercelulares por se localizarem entre as células). A regulação do
movimento de iões pelas células resulta numa diferença de cargas ao longo da membrana
plasmática, o potencial de membrana. O glicocálice corresponde ao conjunto de glicolípidos,
glicoproteínas e glícidos na superfície externa da membrana plasmática.

▪ Identificar os lípidos predominantes na membrana plasmática (T);


Os lípidos predominantes da membrana plasmática são os fosfolípidos e o colesterol.

▪ Explicar a organização dos fosfolípidos na membrana plasmática (T);


Os fosfolípidos estão organizados em bicamadas lipídicas (uma dupla camada constituída por
moléculas lipídicas) porque têm uma cabeça polar (com carga) e uma cauda apolar (sem
carga). As cabeças polares hidrofílicas (que procuram o contacto com a água) estão expostas à
água existente dentro e fora da célula, enquanto que as caudas apolares hidrofóbicas (que
evitam o contacto com a água) ficam voltadas umas para as outras no interior da membrana
plasmática.
▪ Explicar a importância da natureza fluida da bicamada lipídica (T);
A natureza fluida da dupla camada lipídica tem várias consequências importantes. Constitui
um importante meio de distribuição de moléculas dentro da membrana plasmática. Para além
disso, pequenos danos na membrana podem ser reparados, já que os fosfolípidos tendem a
reagrupar-se em torno das zonas lesadas, selando-as. Adicionalmente, a natureza fluida da
bicamada lipídica permite às membranas fundirem-se entre si.

▪ Descrever a função do colesterol na membrana plasmática (T);


O colesterol, que se encontra disperso entre os fosfolípidos e constitui cerca de 1/3 dos lípidos
totais da membrana plasmática. O grupo hidrofílico OH do colesterol situa-se entre as cabeças
dos fosfolípidos e a superfície hidrofílica da membrana; a porção hidrofóbica da molécula de
colesterol encontra-se dentro da região hidrofóbica dos fosfolípidos. A quantidade de
colesterol numa dada membrana é um factor determinante da sua natureza fluida e,
consequentemente, do seu funcionamento.

▪ Identificar as proteínas da membrana plasmática (T);


As proteínas integrais ou intrínsecas, penetram profundamente na bicamada lipídica,
estendendo-se, em muitos casos, de uma superfície até à outra, enquanto outras, as proteínas
periféricas ou extrínsecas, se encontram ligadas à superfície interna ou externa da dupla
camada. As proteínas membranares são marcadores, sítios de ligação, canais, receptoras,
enzimas ou transportadoras. A sua capacidade de funcionamento depende da sua estrutura
tridimensional e das suas características químicas.

▪ Descrever as funções das proteínas da membrana plasmática (T).


As proteínas da membrana plasmática exercem grandes variedades de funções: atuam
preferencialmente nos mecanismos de transporte, organizando verdadeiros túneis que
permitem a passagem de substâncias para dentro e para fora da célula, funcionam como
receptores de membrana, encarregadas de receber sinais de substâncias que levam alguma
mensagem para a célula, favorecem a adesão de células adjacentes em um tecido, servem
como ponto de ancoragem para o citoesqueleto.

3.3 – Movimento através da Membrana Plasmática (T)


▪ Descrever as quatro formas como as moléculas e os iões se deslocam através da membrana
plasmática (T);
1. Directamente através da membrana de fosfolípidos - As moléculas lipossolúveis atravessam
facilmente a membrana plasmática dissolvendo-se na bicamada lipídica.

2. Canais de membrana - As pequenas moléculas atravessam os canais da membrana


plasmática. A maior parte dos canais encontram-se carregados positivamente, permitindo
mais facilmente a passagem a iões de carga negativa e moléculas neutras do que a iões
positivos.

3. Moléculas transportadoras - Grandes moléculas polares (p. ex., glicose e aminoácidos) são
transportadas através da membrana por moléculas transportadoras.

4. Vesículas - Porções maiores de várias substâncias entram nas células dentro de vesículas.
▪ Definir: soluto; solvente; gradiente de concentração; viscosidade; difusão; osmose; pressão
osmótica e filtração (T);
Uma solução é constituída por uma ou mais substâncias denominadas solutos, dissolvidas no
líquido ou gás predominante denominado solvente. Existe uma diferença de concentração
quando a concentração de um soluto é mais elevada num dado ponto do solvente do que
noutro. A diferença de concentração entre dois pontos denomina-se gradiente de
concentração. A viscosidade mede a facilidade com que um líquido flui. A difusão é o
movimento de solutos de uma área de maior concentração para uma área de menor
concentração na solução. Osmose é a difusão da água (solvente) através de uma membrana
semipermeável. Pressão osmótica é a força necessária para evitar o movimento da água por
osmose através de uma membrana selectivamente permeável. Ocorre filtração quando se
coloca uma divisória porosa numa corrente de líquido em movimento. A divisória funciona
como uma peneira muito fina. As partículas suficientemente pequenas atravessam os poros
juntamente com o líquido mas as partículas maiores do que os poros são impedidas de a
atravessar. Ao contrário da difusão, a filtração depende da diferença de pressão entre ambos
os lados da divisória.

▪ Descrever os fatores que afetam a velocidade da difusão através da membrana plasmática (T);
A velocidade de difusão é influenciada pela magnitude do gradiente de concentração, pela
temperatura da solução, pelo tamanho das moléculas difundidas e pela viscosidade do
solvente. Quanto mais elevado for o gradiente de concentração, maior é o número de
partículas de soluto que se deslocam da maior concentração para a menor. À medida que a
temperatura de uma solução aumenta, aumenta também a velocidade a que as partículas de
deslocam, originando uma velocidade de difusão mais elevada. As moléculas pequenas
difundem-se mais facilmente numa solução do que moléculas grandes.

▪ Distinguir as diferentes soluções: solução isosmótica; solução hiperosmótica; solução


hiposmótica; solução isotónica; solução hipertónica e solução hipotónica (T);
A pressão osmótica de uma solução é descrita por três termos. Soluções com igual
concentração de partículas de soluto têm a mesma pressão osmótica: são isosmóticas. As
soluções continuam a ser isosmóticas mesmo quando o tipo de partículas nas duas soluções
difere um do outro. Se uma solução apresentar uma concentração de solutos maior do que a
da outra solução, diz-se hiperosmótica quando comparada com a solução mais diluída. A
solução mais diluída, com pressão osmótica mais baixa, é hiposmótica, em comparação com a
solução mais concentrada.

Três termos adicionais descrevem a tendência da célula para reduzir ou aumentar de volume
quando colocada numa solução. Se uma célula for colocada numa solução na qual não reduz
nem aumenta o volume, a solução diz-se isotónica. Se uma célula for colocada numa solução e
a água sair da célula por osmose, diminuindo o seu volume, a solução diz-se hipertónica. Se
uma célula for colocada numa solução e a água entrar na célula por osmose, aumentando o
seu volume, a solução diz-se hipotónica.

▪ Descrever as três características dos mecanismos de transporte mediado (T);


Os mecanismos de transporte mediado apresentam três características: especificidade,
competição e saturação. Especificidade significa que cada proteína de transporte se liga e
transporta apenas um único tipo de moléculas. A estrutura química do sítio de ligação
determina a especificidade da proteína de transporte. A competição é o resultado de
moléculas semelhantes se ligarem à proteína de transporte. Apesar de os sítios de ligação das
proteínas de transporte serem específicos, substâncias intimamente relacionadas podem ligar-
se ao mesmo sítio de ligação. A substância com maior concentração, ou a substância que mais
facilmente se liga ao sítio de ligação, será transportada através da membrana plasmática a
uma velocidade superior. Saturação significa que a velocidade de transporte de moléculas
através da membrana é limitada pelo número de proteínas de transporte disponíveis. À
medida que aumenta a concentração da substância transportada, mais proteínas de
transporte têm os seus sítios de ligação ocupados. A velocidade a que a substância é
transportada aumenta; contudo, uma vez que a concentração da substância aumente de
forma a que todos os sítios de ligação fiquem ocupados, a velocidade de transporte mantém-
se constante, apesar de a concentração da substância continuar a aumentar.

▪ Descrever os três tipos de transporte mediado: difusão facilitada; transporte ativo e transporte
ativo secundário (T).
A difusão facilitada é o processo de transporte mediado de substâncias para dentro ou para
fora das células, da região de concentração mais elevada para a menos elevada. A difusão
facilitada não necessita de energia metabólica para transportar as substâncias através da
membrana plasmática. A velocidade com que as moléculas são transportadas é directamente
proporcional ao seu gradiente de concentração até ao ponto de saturação, quando todas as
proteínas de transporte estão a ser utilizadas.
O transporte activo é um processo de transporte mediado que requer energia fornecida pelo
ATP. O movimento da substância transportada para o lado oposto da membrana, seguido da
sua libertação pela proteína de transporte, é alimentado pela degradação de ATP. Os
processos de transporte activo são importantes uma vez que podem deslocar substâncias
contra os seus gradientes de concentração, isto é, da menor para a maior concentração.

O transporte activo secundário envolve o transporte activo de um ião como o sódio para fora
da célula, estabelecendo um gradiente de concentração, com a concentração de iões mais
elevada no exterior da célula. A tendência para o ião voltar para o interior da célula, a favor do
seu gradiente de concentração, fornece a energia necessária para transportar um ião diferente
ou outra molécula para dentro da célula.

3.4 – Endocitose e Exocitose (T)


▪ Descrever os processos de endocitose e exocitose (T).
A endocitose, inclui os processos de fagocitose e de pinocitose e refere-se à entrada de
material volumoso na célula através da membrana plasmática por formação de uma vesícula.
Uma porção da membrana plasmática invagina-se em torno de uma partícula ou gotícula,
fundindo-se de forma a envolvê-la completamente. Seguidamente, essa porção da membrana
destaca-se de tal forma que a partícula ou gotícula envolvida pela membrana fica incluída no
citoplasma e a membrana plasmática permanece intacta.

Fagocitose significa, literalmente, alimentação da célula e aplica-se à endocitose quando são


ingeridas partículas sólidas, formando-se vesículas fagocíticas.

Pinocitose significa ingestão de líquidos pela célula e distingue-se da fagocitose porque as


vesículas formadas são menores e contêm moléculas dissolvidas em líquido e não partículas. A
pinocitose forma frequentemente vesículas perto dos extremos de invaginações profundas da
membrana plasmática.

Em algumas células há acumulação de secreções dentro de vesículas. Estas vesículas de


secreção deslocam-se posteriormente para a membrana plasmática, com a qual as vesículas se
fundem, sendo o conteúdo da vesícula expelido para fora da célula. Este processo é
denominado exocitose.

3.5 – Citoplasma (T)

▪ Definir citoplasma (T);


O citoplasma é o material existente na célula entre o núcleo e a membrana plasmática.
▪ Descrever as diferentes estruturas que compõem o citosol, bem como as funções de cada
estrutura (T).
1. O citosol é composto por uma parte fluida (o local onde ocorrem as reacções químicas), pelo
citosqueleto e por inclusões citoplasmáticas.

2. O citosqueleto suporta a célula e permite-lhe realizar movimentos. É constituído por fibras


proteicas.

• Os microtúbulos são tubos ocos compostos pela proteína tubulina. Formam o fuso cromático
e são componentes de centríolos, cílios e flagelos.

• Os filamentos de actina são pequenas fibrilhas proteicas que dotam o citoplasma de


estrutura e estão na origem dos movimentos celulares.

• Os filamentos intermédios são fibras proteicas que dotam as células de força estrutural.

3. As inclusões citoplasmáticas, tais como os lipocromos, não estão delimitadas por


membrana.

3.6 – Núcleo e Organelos Citoplasmáticos (T)


▪ Definir organelos (T);
Organelos são estruturas subcelulares especializadas para realizar funções específicas.

▪ Descrever a estrutura do núcleo (T);


O núcleo, que contém quase toda a informação genética da célula, é uma estrutura grande,
limitada por uma membrana e localizada normalmente perto do centro da célula. Pode ser
esférico, alongado ou lobado, dependendo do tipo de célula. O núcleo consiste de
nucleoplasma limitado pelo invólucro nuclear, composto por duas membranas separadas por
um espaço. Em muitas zonas da superfície do invólucro nuclear, as membranas interna e
externa fundem-se para formarem os poros nucleares. As moléculas movimentam-se entre o
núcleo e o citoplasma através destes poros. O ácido desoxirribonucleico (ADN) e as proteínas
que lhe estão associadas encontram-se dispersos pelo núcleo.
▪ Identificar os organelos citoplasmáticos (T) e Descrever a estrutura de cada organelo
citoplasmático, bem como a sua função (T).

3.7 – Ciclo de Vida Celular (T)


▪ Definir ciclo de vida celular (T);
O ciclo celular inclui as alterações por que passa uma célula desde que é formada até ao
momento em que se divide para formar duas novas células. O ciclo celular de uma célula é
composto de duas fases: a interfase e a divisão celular, ou mitose.
▪ Descrever as duas fases do ciclo de vida celular: interfase e divisão celular (T).
A interfase é a fase entre divisões celulares. Mais de 90% do ciclo de vida de uma célula típica
é passado na interfase. Durante este período de tempo a célula leva a cabo actividades
metabólicas vitais e desempenha funções especializadas, tais como a secreção de enzimas
digestivas. Além disso, prepara-se para a divisão celular. Esta preparação inclui o aumento do
tamanho da célula, uma vez que muitos componentes celulares duplicam em quantidade, e
uma replicação do ADN da célula. Os centríolos do centrossoma também duplicam.
Consequentemente, quando a célula se divide, cada nova célula recebe os organelos e o ADN
necessários para continuar a funcionar. A interfase pode ser subdividida em três subfases,
chamadas G1, S e G2. Durante as fases G1 (a primeira fase de intervalo – gap) e G2 (a segunda
fase), a célula desenvolve actividades metabólicas de rotina. Durante a fase S (a fase de
síntese) ocorre a replicação do ADN (é sintetizado novo ADN). Há muitas células do organismo
que não se dividem durante dias, meses, ou mesmo anos. Estas células que se encontram “em
repouso” saem do ciclo celular e entram na chamada fase G0, na qual permanecem até serem
estimuladas a dividir-se.
As novas células necessárias ao crescimento e reparação dos tecidos são produzidas por
divisão celular. Uma célula mãe divide-se para formar duas células filhas, cada uma das quais
tem igual tipo e quantidade de ADN que a célula mãe. Uma vez que o ADN determina a
estrutura e a função da célula, as células-filhas têm a mesma estrutura e desempenham as
mesmas funções que a célula-mãe. A divisão celular envolve dois grandes acontecimentos: a
divisão do núcleo para formar dois novos núcleos e a divisão do citoplasma para formar duas
novas células, cada uma com um dos núcleos recém-formados. A divisão do núcleo dá-se por
mitose e a divisão do citoplasma toma o nome de citocinese.

4 – Histologia: O Estudo dos Tecidos


4.1 – Tecidos e Histologia (T)
▪ Definir tecidos (T);
Tecidos são conjuntos de células similares e das substâncias que as envolvem. As células
especializadas e a matriz extracelular envolvente formam todos os diferentes tipos de tecidos
encontrados a nível de organização tecidular.

▪ Enumerar os quatro principais tipos de tecidos e referir as três características usadas para os
classificar (T);
A classificação dos tecidos baseia-se na estrutura das células; na composição das substâncias
não celulares que as envolvem, a matriz extracelular; e nas funções das células. Os quatro
principais tipos de tecidos, que englobam todos os tecidos, e a partir dos quais todos os órgãos
do corpo humano são formados, são:

1. tecido epitelial;

2. tecido conjuntivo;

3. tecido muscular;

4. tecido nervoso.

▪ Definir histologia e explicar a sua importância na avaliação da saúde (T).


A histologia é o estudo microscópico dos tecidos. É possível obter muita informação acerca da
saúde dos indivíduos através da observação de tecidos. A observação de amostras de tecido de
indivíduos com várias patologias permite distinguir a doença específica ou para determinação
da causa de morte ou estudo das alterações provocadas por uma doença.

4.2 – Tecido Embrionário (T)


▪ Enumerar as três camadas germinativas embrionárias (T);
A endoderme, mesoderme e a ectoderme.

▪ Indicar as estruturas adultas que derivam da endoderme, da mesoderme, da ectoderme, da


neuro-ectoderme e das células da crista neural (T).
A endoderme, a camada interna, forma a mucosa do tubo digestivo e seus derivados. A
mesoderme, a camada intermédia, forma tecidos como os músculos, os ossos e os vasos
sanguíneos. A ectoderme, a camada externa, forma a pele. A porção da ectoderme
denominada neuro-ectoderme vai dar origem ao sistema nervoso. Os grupos de células que se
separam da neuro-ectoderme durante o desenvolvimento, denominadas células da crista
neural, dão origem a partes dos nervos periféricos, ao pigmento da pele e a muitos tecidos da
face.
4.3 – Tecido Epitelial (T)
▪ Descrever as seis características comuns à maioria dos epitélios (T);
O epitélio, ou tecido epitelial, pode ser considerado o revestimento protector das superfícies
externa e interna do corpo. As características comuns à maioria dos epitélios são as seguintes:
1. O epitélio é constituído na sua quase totalidade por células, com muito pouco material
extracelular entre elas.

2. O epitélio cobre as superfícies corporais e forma glândulas cujo desenvolvimento deriva das
superfícies do organismo. Nessas superfícies estão incluídas o exterior do corpo, o
revestimento do tubo digestivo, os vasos sanguíneos e muitas cavidades do organismo.

3. A maior parte dos tecidos epiteliais possui uma superfície livre, ou apical, que não se
encontra ligada a outras células; uma superfície lateral, ligada a outras células epiteliais; e uma
superfície basal. A superfície basal da maior parte dos epitélios está ligada a uma membrana
basal. A membrana basal é um tipo especializado de material extracelular segregado pelas
células epiteliais e pelas células de tecido conjuntivo. Ajuda a fixar as células epiteliais aos
tecidos subjacentes e desempenha um importante papel ao suportar e guiar a migração celular
durante a reparação dos tecidos. Alguns epitélios (como os dos capilares linfáticos e sinusóides
hepáticos) não possuem membrana basal, e alguns tecidos epiteliais (p. ex., os de algumas
glândulas endócrinas) não possuem superfície livre ou superfície basal com membrana basal.

4. Zonas de contacto celular especializadas, tais como as junções de coesão (tight junctions) e
os desmossomas, ligam entre si células epiteliais adjacentes.

5. Os vasos sanguíneos não penetram na membrana basal para atingir o epitélio; desta forma,
para atingirem o epitélio, os gases e nutrientes transportados pelo sangue difundem-se
através da membrana basal a partir dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente. Nos
epitélios com muitas camadas de células, as células mais activas metabolicamente estão
situadas perto da membrana basal.

6. As células epiteliais mantêm a capacidade de realizar mitoses e, por isso, são capazes de
substituir células danificadas por novas células epiteliais. As células indiferenciadas (células
estaminais) dividem-se e produzem continuamente novas células. Nalguns tipos de epitélios,
como o da pele e o do tubo digestivo, as células perdidas ou mortas são substituídas
continuamente por novas células.

▪ Descrever as principais funções do tecido epitelial (T);


1. Proteger as estruturas adjacentes. São exemplos a pele e o epitélio da cavidade oral que
protegem as estruturas adjacentes da abrasão.

2. Actuar como barreira. O epitélio impede o movimento de muitas substâncias através da


camada epitelial. Por exemplo, a pele actua como barreira à passagem da água evitando que o
organismo a perca. A pele também é uma barreira contra a entrada de muitas moléculas
tóxicas e microrganismos no corpo.
3. Permitir a passagem de substâncias. O epitélio permite o movimento de muitas substâncias
através da camada epitelial. Por exemplo, a troca de oxigénio e de dióxido de carbono entre o
ar e o sangue faz-se por difusão através do epitélio do pulmão.

4. Segregar substâncias. São exemplos as glândulas sudoríparas, as glândulas mucosas e a


porção secretora de enzimas do pâncreas.
5. Absorver substâncias. As membranas celulares de certos tecidos epiteliais contêm moléculas
transportadoras que regulam a absorção de materiais.
▪ Classificar os epitélios de acordo com o número de camadas celulares e de acordo com a forma
das células superficiais (T);

4.4 – Tecido Conjuntivo (T / TP)


▪ Identificar a principal característica estrutural que distingue o tecido conjuntivo dos restantes
tipos de tecidos (T);
O tecido conjuntivo é abundante e faz parte de todos os órgãos do corpo humano. A principal
característica estrutural que o distingue dos outros três tipos de tecidos é o facto de ser
constituído por células separadas umas das outras por uma abundante matriz extracelular. O
tecido conjuntivo apresenta estruturas variadas e realiza uma série de funções importantes.

▪ Descrever as funções do tecido conjuntivo (T);


1. Delimitar e separar. Bainhas de tecido conjuntivo formam cápsulas em redor de órgãos
como o fígado e os rins. O tecido conjuntivo também forma camadas que separam tecidos e
órgãos. Por exemplo, o tecido conjuntivo separa músculos, artérias, veias e nervos uns dos
outros.

2. Ligar tecidos uns aos outros. Por exemplo, os tendões são cabos, ou bandas, de tecido
conjuntivo resistente que ligam os músculos aos ossos e os ligamentos são bandas de tecido
conjuntivo que ligam os ossos uns dos outros.

3. Sustentar e mover. Os ossos do sistema esquelético conferem um suporte rígido ao corpo e


a cartilagem semi-rígida suporta estruturas como o nariz, os pavilhões auriculares e as
superfícies articulares. As articulações interósseas permitem que uma parte do corpo se mova
em relação às demais.

4. Armazenar. O tecido adiposo (gordura) armazena moléculas de alta energia, e os ossos


armazenam sais minerais como cálcio e fosfato.

5. Almofadar e isolar. O tecido adiposo almofada e protege os tecidos que envolve, e isola a
camada abaixo da pele, ajudando a conservar o calor.
6. Transportar. O sangue transporta substâncias para todas as partes do corpo, tais como
gases, nutrientes, enzimas, hormonas e células do sistema imunitário.
7. Proteger. As células do sistema imunitário e do sangue conferem protecção contra as
toxinas e microorganismos. Os ossos protegem as estruturas adjacentes de traumatismos.

▪ Descrever as células encontradas no tecido conjuntivo (T);


Os blastos criam a matriz, os citos mantêm-na e os clastos degradam-na para reconstrução.
Por exemplo, os fibroblastos são células que formam o tecido conjuntivo fibroso e os fibrocitos
mantêm-no. Os condroblastos formam a cartilagem e os condrocitos são células que a mantêm
Os osteoblastos formam o osso, os osteocitos mantêm-no e os osteoclastos degradam-no. As
células adiposas, também denominadas células gordas ou adipocitos, contêm grandes
quantidades de lípidos. Os lípidos impelem todo o restante conteúdo celular para a periferia,
de tal modo que cada célula parece conter uma grande gota de gordura no centro rodeada por
uma fina camada de citoplasma.

As células adiposas são raras nalguns tecidos conjuntivos (cartilagem), abundantes noutros
(tecido conjuntivo laxo) e predominantes no tecido adiposo.

Os mastocitos podem ser encontrados com frequência sob as membranas do tecido conjuntivo
laxo e ao longo dos pequenos vasos sanguíneos dos órgãos. Contêm substâncias químicas
como a heparina, histamina e enzimas proteolíticas que serão libertadas em resposta a
traumatismos e infecções, desempenhando papéis fundamentais na inflamação.

Os glóbulos brancos são células que se deslocam continuamente dos vasos sanguíneos para o
tecido conjuntivo. A velocidade aumenta drasticamente em resposta a traumatismos ou
infecções. A acumulação de linfocitos, um tipo de glóbulos brancos, é comum nalguns tecidos
conjuntivos, como acontece com o tecido conjuntivo que se encontra sob o revestimento
epitelial de algumas porções do tubo digestivo.

Os macrófagos podem ser encontrados nalguns tipos de tecido conjuntivo. São derivados dos
monocitos, um tipo de glóbulos brancos. Os macrófagos podem ser fixos (isto é, não se movem
no tecido conjuntivo onde se encontram) ou móveis (deslocam-se pelo tecido conjuntivo
através de movimentos amebóides). Os macrófagos fagocitam corpos estranhos ou células
lesadas e desempenham um papel muito importante na protecção contra as infecções.

As células mesenquimatosas indiferenciadas, por vezes denominadas células indiferenciadas,


ou estaminais, são células embrionárias que persistem no tecido conjuntivo adulto. Têm o
potencial de, em caso de lesões, se diferenciarem e formarem células adultas, como os
fibroblastos ou células de músculo liso

▪ Descrever os três componentes principais da matriz extracelular do tecido conjuntivo (T);


A matriz extracelular do tecido conjuntivo tem três componentes principais: (1) fibras
proteicas, (2) substância fundamental constituída por proteínas não fibrosas e por outras
moléculas e (3) líquido.

(1) Três tipos de fibras proteicas – colagénio, fibras reticulares e fibras elásticas – ajudam
a formar o tecido conjuntivo. As fibras de colagénio consistem de colagénio, a proteína
mais comum no corpo humano, representando de um quarto a um terço do total de
proteínas do corpo, o que constitui aproximadamente 6% do peso total do corpo. Cada
molécula de colagénio assemelha-se a uma corda microscópica constituída por três
cadeias de polipéptidos enroladas sobre si mesmos. O colagénio é muito forte e
flexível mas nada elástico. Existem pelo menos 15 tipos diferentes de colagénio,
muitos dos quais são específicos de certos tecidos. As fibras de colagénio diferem nos
diversos tipos de aminoácidos que constituem as cadeias de polipéptidos. Dos 15 tipos
de colagénio, há 6 que são os mais comuns. O osso, a dentina e o cimento dentário
contêm, essencialmente, colagénio de tipo I, a cartilagem é composta por colagénio de
tipo II e as fibras reticulares por colagénio de tipo III. As fibras reticulares, ou de
reticulina são, na verdade, fibras de colagénio muito finas, não constituindo uma
categoria quimicamente distinta de fibras. São fibras muito curtas e finas que se
ramificam para formar uma rede e que se distinguem microscopicamente das outras
fibras de colagénio. As fibras reticulares não são tão fortes como a maioria das fibras
de colagénio, mas as redes de fibras reticulares preenchem os espaços existentes
entre os tecidos e os órgãos. As fibras elásticas contêm uma proteína chamada
elastina. Tal como o nome indica, esta proteína é elástica, possuindo a capacidade de
retomar a forma original depois de ser distendida ou comprimida. A elastina confere
ao tecido em que se encontra uma qualidade elástica. As moléculas de elastina
parecem minúsculas molas enroladas, entrecruzando-se para produzirem uma grande
e intrincada teia de moléculas que se estendem por todo o tecido.
(2) Dois tipos de macromoléculas não fibrosas, o ácido hialurónico e os proteoglicanos,
fazem parte da matriz extracelular. Estas moléculas constituem a maior parte da
substância fundamental da matriz, o fundo sem forma sobre o qual se vêm, ao
microscópio, as fibras de colagénio. Pelo contrário, as moléculas apresentam uma
forma altamente estruturadas. O ácido hialurónico (de aparência vítrea) é uma longa
cadeia não ramificada de polissacáridos composta por unidades repetidas de
dissacáridos. Confere uma qualidade oleosa aos líquidos que o contêm; por essa razão,
constitui um bom lubrificante para as cavidades articulares. O ácido hialurónico
também é encontrado em grandes quantidades no tecido conjuntivo e constitui o
principal componente do humor vítreo do olho. Um proteoglicano (formado a partir de
proteínas e polissacáridos) é uma macromolécula constituída por numerosos
polissacáridos, chamados glicosaminoglicanos, cada um ligado numa das extremidades
a um centro proteico comum. Estes monómeros de proteoglicanos parecem
minúsculos ramos de pinheiro. O centro proteico é o ramo da árvore e os
proteoglicanos as agulhas. Os centros proteicos dos monómeros de proteoglicanos
podem ligar-se a uma molécula de ácido hialurónico para formar um agregado de
proteoglicanos. O agregado assemelha-se a um pinheiro completo, com o ácido
hialurónico representado pelo tronco da árvore e os monómeros de proteoglicanos
formando os ramos. Os proteoglicanos armazenam grandes quantidade de água, o que
lhes dá a capacidade de assumirem a forma original quando comprimidos ou
deformados. Existem vários tipos diferentes de glicosaminoglicanos, e a sua
abundância varia consoante o tipo de tecido conjuntivo. Na substância fundamental
podem encontrar-se várias moléculas de adesão que mantêm unidos os agregados de
proteoglicanos, não só uns aos outros como a outras estruturas como as membranas
celulares. Um tipo específico de molécula adesiva predomina em certos tipos de
substância fundamental. Por exemplo, a condronectina encontra-se na substância
fundamental da cartilagem, a osteonectina na substância fundamental do osso e a
fibronectina na substância fundamental do tecido conjuntivo fibroso.
▪ Descrever os dois tipos de tecido conjuntivo embrionário (T);
O tecido conjuntivo embrionário recebe o nome de mesênquima. É composto por fibroblastos
de configuração irregular rodeados por abundante matriz extracelular semilíquida na qual se
encontram distribuídas delicadas fibras colagénicas. É este tecido que forma o embrião
durante a terceira e quarta semanas de desenvolvimento a partir da mesoderme e das células
da crista neural e todos os tipos de tecido conjuntivo adulto se desenvolvem a partir dele.
Cerca da 8ª semana de desenvolvimento, já muito do mesênquima se tornou especializado na
formação dos tipos de tecido conjuntivo encontrados nos adultos, bem como dos músculos,
vasos sanguíneos e outros tecidos. A principal fonte de tecido conjuntivo embrionário
remanescente no recém-nascido encontra-se no cordão umbilical e chama-se tecido
conjuntivo mucoso ou geleia de Wharton. A estrutura do tecido conjuntivo mucoso é
semelhante à do mesênquima.

4.5 – Tecido Muscular (T / TP)


▪ Identificar a principal característica do tecido muscular (T);
A principal característica do tecido muscular é ser fortemente contráctil e, por isso mesmo,
responsável pelo movimento.

▪ Enumerar os três tipos de tecido muscular (T);


Assim, os três tipos musculares acima referidos são estriado voluntário ou músculo
esquelético; estriado involuntário ou músculo cardíaco e não-estriado involuntário ou
músculo liso.

4.6 – Tecido Nervoso (T / TP)


▪ Descrever a constituição do tecido nervoso (T);
Encontra-se no cérebro, medula espinhal e nervos e é caracterizado pela capacidade para
conduzir sinais eléctricos denominados potenciais de acção. É constituído por neurónios, que
são responsáveis por esta capacidade condutora, e por células de suporte, denominadas
nevróglia ou glia.
PARTE II – SUPORTE E MOVIMENTO
1 – Sistema Tegumentar
▪ Descrever as principais funções do sistema tegumentar (T).

2- Pele
▪ Identificar as duas camadas de tecido que compõem a pele (T);

▪ Enumerar as cinco camadas da epiderme (T);


▪ Enumerar as duas camadas da derme (T);

2.1 – Anexos da Pele


▪ Descrever os tipos de pelo (T);

A presença de pêlos é uma das características comuns a todos os mamíferos; se o pêlo for
denso e cobrir a maior parte da superfície do corpo, denomina-se pelagem. Nos seres
humanos, encontram-se pêlos em quase toda a pele excepto nas palmas das mãos, plantas dos
pés, lábios, mamilos, parte dos órgãos genitais externos, e segmentos distais dos dedos das
mãos e dos pés. Cerca do quinto ou sexto mês de desenvolvimento fetal, formam-se pêlos
delicados e não pigmentados, denominados lanugo, que cobrem o feto. Perto do nascimento o
lanugo do couro cabeludo, pálpebras e sobrancelhas é substituído por pêlos definitivos, que
são longos, espessos e pigmentados. O lanugo do resto do corpo é substituído por penugem,
constituída por pêlos curtos, finos e normalmente sem pigmento.

▪ Identificar as principais glândulas da pele (T);


As principais glândulas da pele são as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas.
3 - Sistema Esquelético: Ossos e Tecido Ósseo
Descrever as principais funções do sistema esquelético (T).
1. Suporte. O osso, rígido e forte, está bem adaptado para suportar pesos e é o principal tecido
de suporte do organismo. A cartilagem constitui um suporte firme, ainda que flexível, no
interior de certas estruturas, como o nariz, o ouvido externo, a caixa torácica e a traqueia. Os
ligamentos são bandas resistentes de tecido conjuntivo fibroso que se inserem nos ossos e os
mantêm unidos.

2. Protecção. O osso é duro e protege os órgãos que envolve. Por exemplo, o crânio encerra e
protege o encéfalo, e as vértebras rodeiam a medula espinhal. A caixa torácica protege o
coração, os pulmões e outros órgãos do tórax.

3. Movimento. Os músculos esqueléticos inserem-se nos ossos através de tendões, que são
bandas resistentes de tecido conjuntivo. A contracção dos músculos esqueléticos faz mover os
ossos, originando os movimentos do corpo. As articulações, que se formam onde dois ou mais
ossos se reúnem, permitem movimento entre ossos. A cartilagem, que é mole, cobre as
extremidades dos ossos em algumas das articulações, permitindo aos ossos moverem-se
livremente. Os ligamentos unem os ossos entre si, mas limitam os movimentos excessivos.

4. Armazenamento. Alguns minerais presentes no sangue são captados pelos ossos e aí


armazenados. Se o nível destes minerais no sangue diminuir, os minerais são libertados dos
ossos para o sangue. Os principais minerais armazenados são o cálcio e o fósforo. A gordura
(tecido adiposo) é igualmente armazenada nas cavidades ósseas. Se necessárias, as gorduras
são libertadas para a corrente sanguínea e usadas por outros tecidos como fonte de energia.

5. Produção de células sanguíneas. Muitos ossos contêm cavidades cujo interior está
preenchido por medula óssea, que dá origem a células sanguíneas e plaquetas.

3.1 - Cartilagem (T)


▪ Identificar os três tipos de cartilagem (T);
Existem três tipos de cartilagem: cartilagem hialina, fibrocartilagem e cartilagem elástica.

▪ Descrever a estrutura da cartilagem hialina (T);


A cartilagem hialina consiste em células especializadas que produzem uma matriz em torno
das células. As células que produzem uma nova matriz de cartilagem são os condroblastos.
Quando um condroblasto é envolvido pela matriz, torna-se um condrócito, que é uma célula
arredondada que ocupa um espaço na matriz denominado lacuna. A matriz contém colagénio,
que lhe confere resistência, e proteoglicanos, que tornam a cartilagem simultaneamente
resistente e flexível, por retenção de água.

Descrever o crescimento aposicional e intersticial da cartilagem hialina (T).


Crescimento aposicional (cartilagem nova é acrescentada à superfície da já existente, pelos
condroblastos da camada interna do pericôndrio) e Crescimento intersticial (cartilagem nova é
formada no seio da cartilagem já existente, pelos condrócitos que se dividem e produzem
matriz adicional).
3.2 – Histologia Óssea (T)
▪ Descrever a matriz óssea e os diferentes tipos de células ósseas (T);
Em relação ao seu peso, a matriz óssea é constituída aproximadamente por cerca de 35% de
material orgânico e 65% de material inorgânico. O material orgânico consiste
fundamentalmente em colagénio e proteoglicanos. O material inorgânico consiste
principalmente em cristais de fosfato de cálcio denominados hidroxiapatite, que tem a fórmula
molecular Ca10 (PO4)6 (OH)2. O colagénio e os componentes minerais são responsáveis pelas
principais características funcionais do tecido ósseo. Pode dizer-se que a matriz óssea se
assemelha a cimento armado. O colagénio, tal como as verguinhas de aço de reforço, confere
resistência flexível à matriz, enquanto os componentes minerais, tal como o cimento,
conferem à matriz resistência à compressão (capacidade de suportar o peso). Se forem
retirados a um osso longo todos os seus minerais, o colagénio torna-se o seu principal
constituinte e o osso torna-se muito flexível. Por outro lado, se o colagénio for removido do
osso, o componente mineral torna-se o seu principal constituinte, e o osso torna-se frágil e
quebradiço.

As células ósseas classificam-se em osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, que têm funções e


origens diferentes.

Osteoblastos: têm um retículo endoplasmático desenvolvido e numerosos ribossomas.


Produzem colagénio e proteoglicanos, que são armazenados nas vesículas do aparelho de
Golgi e libertados da célula por exocitose. Os osteoblastos também formam vesículas que
acumulam iões de cálcio (Ca2+), iões de fosfato (PO42-) e várias enzimas. O conteúdo destas
vesículas é libertado das células por exocitose e é utilizado na formação dos cristais de
hidroxiapatite. É em consequência destes processos que se forma a matriz óssea mineralizada.
A ossificação, ou osteogénese, é a formação de osso pelos osteoblastos. Os prolongamentos
celulares alongados dos osteoblastos unem-se aos prolongamentos celulares de outros
osteoblastos através de junções comunicantes. Os osteoblastos formam em seguida uma
matriz óssea extracelular que envolve as células e os seus prolongamentos.
Osteócitos: A partir do momento em que um osteoblasto fica rodeado por matriz óssea, torna-
se uma célula madura que se designa por osteócito. Os osteócitos tornam-se relativamente
inactivos em comparação com a maioria dos osteoblastos, mas é-lhes possível produzir os
componentes necessários para manter a matriz óssea. O espaço ocupado pelos corpos
celulares dos osteócitos chama-se lacunas e os espaços ocupados pelos seus prolongamentos
celulares chama-se canalículos (pequenos canais). De certo modo, as células e os seus
prolongamentos formam um “molde” em torno do qual se forma a matriz. O osso distingue-se
da cartilagem devido ao facto de os prolongamentos das células ósseas estarem em contacto
uns com os outros através dos canalículos. Em vez de se difundirem através da matriz
mineralizada, os nutrientes e gases podem circular através da pequena quantidade de líquido
que envolve as células nos canalículos e nas lacunas, ou passar de célula para célula através da
gap junctions que unem os prolongamentos celulares.

Osteoclastos: são células grandes com vários núcleos, responsáveis pela reabsorção, ou
destruição do osso. No local em que a membrana celular dos osteoclastos contacta a matriz
óssea, formam-se numerosas projecções que constituem um bordo pregueado (ruffled
border). Os iões de hidrogénio são bombeados através desse bordo e produzem um meio
ácido que provoca a descalcificação da matriz óssea. Os osteoclastos também libertam
enzimas que digerem os componentes proteicos da matriz. Pelo processo de endocitose,
alguns dos produtos que resultam da reabsorção do osso são conduzidos ao interior do
osteoclasto. Os osteoclastos degradam melhor o osso quando estão em contacto directo com
a matriz óssea mineralizada. Os osteoblastos colaboram na reabsorção do osso pelos
osteoclastos, produzindo enzimas que degradam a fina camada de matriz orgânica não
mineralizada que normalmente cobre o osso. A remoção desta camada pelos osteoblastos
possibilita aos osteoclastos entrar em contacto com a matriz óssea mineralizada.

▪ Descrever os aspetos que caracterizam o osso reticular, lamelar, esponjoso e compacto (T).

Osso Reticular e Lamelar:

1. O osso reticular contém fibras de colagénio orientadas em várias direcções diferentes.

2. O osso lamelar está organizado em camadas finas, chamadas lamelas, com fibras de
colagénio orientadas paralelamente umas às outras.

Osso Esponjoso e Osso Compacto:

O osso esponjoso tem numerosos espaços.

•As lamelas combinam-se para formar trabéculas, esteios ósseos que se interligam para
formar uma estrutura entrelaçada, com espaços preenchidos por medula óssea e vasos
sanguíneos.

•As trabéculas orientam-se ao longo das linhas de tensão e dão resistência estrutural.

O osso compacto é denso e contém poucos espaços.

•O osso compacto é constituído por lamelas organizadas: lamelas circunferenciais que cobrem
a superfície exterior dos ossos compactos; lamelas concêntricas que rodeiam os canais
centrais, formando osteons; as lamelas intersticiais são remanescências de outras lamelas
abandonadas após a remodelação óssea.

• Os canais no interior do osso compacto providenciam um meio de troca para gases,


nutrientes e produtos de excreção: a partir do periósteo ou do endósteo, os canais perfurantes
transportam vasos sanguíneos para os canais centrais e os canalículos ligam os canais centrais
aos osteócitos.

3.3 – Desenvolvimento Ósseo (T)


Descrever os dois padrões de formação de tecido ósseo: ossificação membranosa e ossificação
endocondral (T).
3.4 – Crescimento Ósseo (T)
▪ Descrever o crescimento do osso em comprimento (T);

Os ossos longos e os prolongamentos ósseos alongam-se através de um processo de


crescimento na placa epifisária. Num osso longo, a placa epifisária separa a epífise da diáfise.

Os prolongamentos ósseos longos, como as apófises vertebrais, também têm placas


epifisárias. O crescimento na placa epifisária envolve a formação de nova cartilagem por
crescimento cartilagíneo intersticial, seguido de crescimento ósseo aposicional na superfície da
cartilagem. A placa epifisária encontra-se organizada em quatro zonas. A zona de cartilagem
em repouso situa-se junto da epífise e contém condrócitos dispostos aleatoriamente que não
se dividem rapidamente. Os condrócitos da zona de proliferação produzem cartilagem nova
através do crescimento cartilagíneo intersticial. Os condrócitos dividem-se e formam colunas
que lembram pilhas de pratos ou de moedas. Na zona de hipertrofia, os condrócitos
produzidos na zona de proliferação amadurecem e aumentam de tamanho. Assim verifica-se
um gradiente de maturação em cada coluna: as células mais próximas da epífise são mais
novas e proliferam activamente, enquanto as células progressivamente mais próximas da
diáfise são mais velhas e encontram-se hipertrofiadas. A zona de calcificação é muito fina, e
consiste em matriz mineralizada com carbonato de cálcio. Os condrócitos hipertrofiados
morrem e os vasos sanguíneos da diáfise crescem para o interior desta área. O tecido
conjuntivo que rodeia esses vasos sanguíneos contém osteoblastos do endósteo. Os
osteoblastos alinham-se na superfície da cartilagem calcificada e, por crescimento ósseo
aposicional, depositam nova matriz óssea, que é mais tarde remodelada.

À medida que se formam novas células cartilagíneas na zona de proliferação e que estas
aumentam de tamanho na zona de hipertrofia, o comprimento total da diáfise aumenta.
Contudo, a espessura da placa epifisária não aumenta, uma vez que são iguais as velocidades
de crescimento da cartilagem na face epifisária da placa e da conversão da cartilagem em
tecido ósseo na face diafisária da placa. Quando os ossos atingem o tamanho adulto normal, o
seu alongamento cessa, em consequência da ossificação da placa epifisária, que se transforma
na linha epifisária. Este fenómeno, designado por encerramento da placa epifisária, ocorre
entre os 12 e os 25 anos de idade, conforme o osso e o indivíduo.
▪ Descrever o crescimento do osso em espessura (T).
O crescimento aposicional do osso sob o periósteo é responsável pelo aumento na espessura
(diâmetro) dos ossos longos e pelo crescimento dos outros ossos em tamanho ou espessura.
Quando o crescimento ósseo em espessura é rápido, os osteoblastos do periósteo depositam
osso formando séries de cristas, separadas entre si por goteiras. O periósteo cobre as cristas
ósseas e estende-se para baixo até ao fundo das goteiras. Um ou mais vasos sanguíneos do
periósteo passa a alojar-se no interior de cada goteira. À medida que os osteoblastos vão
produzindo osso, as cristas aumentam de dimensões e aproximam-se umas para as outras,
acabando por se reunir, de modo a converter as goteiras em túneis. O nome do periósteo nos
canais passa a ser endósteo, pois agora a membrana reveste a superfície interna do osso. Os
osteoblastos do endósteo depositam osso formando uma lamela concêntrica. A produção de
mais lamelas preenche o canal, rodeia completamente o vaso sanguíneo, e produz um osteon.
Quando o crescimento ósseo em espessura é lento, a superfície óssea torna-se lisa à medida
que os osteoblastos do periósteo depositam camadas uniformes de osso, formando lamelas
circunferenciais. As lamelas circunferenciais são destruídas durante a remodelação, formando
osteons.

3.5 – Remodelação Óssea (T)


▪ Explicar como ocorre a remodelação óssea (T).
Da mesma forma que renovamos ou remodelamos as nossas casas quando ficam obsoletas,
também o osso, quando fica velho, é substituído por osso novo, num processo que se chama
remodelação óssea. Durante este processo, os osteoclastos removem o osso velho, e os
osteoblastos depositam osso novo. A remodelação óssea converte o osso reticular em osso
lamelar, e está envolvida no crescimento ósseo, na modificação da configuração óssea, na
adaptação dos ossos ao stresse mecânico, na reparação óssea e na regulação dos iões cálcio
no organismo. Por exemplo, à medida que um osso longo aumenta em comprimento e
diâmetro, o tamanho do canal medular aumenta também. Se assim não fosse, o osso seria
constituído praticamente só por matriz óssea sólida, e seria muito pesado. Um cilindro oco
com a mesma altura, peso e composição que um cilindro sólido, mas com um diâmetro maior,
pode suportar muito mais peso do que o segundo sem ceder. Por isso o osso possui vantagem
mecânica superior como cilindro oco do que se fosse um cilindro sólido. A espessura relativa
do osso compacto é mantida pela remoção de tecido ósseo interior feita pelos osteoclastos e
adição de tecido ósseo no exterior por osteoblastos. A remodelação é também responsável
pela formação de novos osteons no osso compacto. Este processo ocorre de duas maneiras.
Em primeiro lugar, e no interior de osteons já existentes, os osteoclastos penetram no canal
central através dos vasos sanguíneos e começam a remover osso do centro do osteon,
produzindo um túnel alargado ao longo do osso Formam-se depois novas lamelas concêntricas
em torno dos vasos, até os novos osteons preencherem a área ocupada pelos antigos. Em
segundo lugar, alguns osteoclastos do periósteo removem osso, causando a formação de uma
goteira ao longo da superfície do osso. Os capilares do periósteo alojam-se nessas goteiras e
são envolvidos de modo a formar um túnel quando os osteoblastos do periósteo fabricam osso
novo. São depois acrescentadas novas lamelas ao interior do canal até que se constitua um
osteon. O osso está constantemente a ser removido pelos osteoclastos, e novo osso está a ser
formado pelos osteoblastos. Contudo, este processo deixa ficar para trás porções de osso
antigo, denominadas lamelas intersticiais.
Resumo: A remodelação converte osso reticular em osso laminar e possibilita ao osso
alteração da forma, ajuste ao stresse, reparação e regulação dos níveis de cálcio no organismo.

3.6 – Reparação Óssea (T)


▪ Descrever o processo de reparação óssea (T).
1. A reparação de uma fractura começa com a formação de um hematoma.
2. O hematoma é substituído pelo calo interno, constituído por fibras e cartilagem. 3. O calo
externo é um anel osteocartilagíneo que estabiliza os topos ósseos fracturados.

4. Os calos interno e externo ossificam, formando osso reticular.

5. O osso reticular é remodelado.

3.7 – Homeostasia do Cálcio (T)

▪ Explicar o papel dos ossos na homeostasia do cálcio (T).

O osso é o principal local de armazenamento de cálcio no corpo humano e desempenham um


papel importante na regulação dos níveis sanguíneos de cálcio, e o movimento de cálcio para
dentro e para fora do osso contribui para determinar os níveis sanguíneos de cálcio. O cálcio
move-se para dentro do osso à medida que os osteoblastos constroem osso novo, e para fora
à medida que os osteoclastos degradam o tecido ósseo. Quando a actividade dos osteoblastos
e dos osteoclastos se encontra equilibrada, o movimento de cálcio para dentro e para fora do
tecido ósseo é igual.

A hormona paratiroideia (PTH, parathyroid hormone), das glândulas paratiroideias, é a


principal reguladora dos níveis de cálcio no sangue. Se o nível de cálcio sanguíneo diminuir, a
produção de hormona paratiroideia aumenta, levando a um aumento do número de
osteoclastos, o que resulta na estimulação da degradação do osso, e na elevação dos níveis
sanguíneos de cálcio. Os osteoblastos respondem à PTH libertando enzimas que degradam a
capa de matriz óssea orgânica não mineralizada que cobre o osso, tornando assim a matriz
óssea mineralizada acessível aos osteócitos.
Inversamente, se os níveis sanguíneos de cálcio forem demasiado elevados, a actividade dos
osteoclastos diminui. Os osteoclastos libertam menos cálcio do osso para o sangue do que
aquele que é removido do sangue pelos osteoblastos, para produzir osso novo. Como
resultado, existe um movimento resultante de cálcio do sangue para o osso e os níveis
sanguíneos de cálcio diminuem.

4 - Configurações dos Ossos (T)

▪ Enumerar as principais formas dos ossos (T);


Cada osso pode ser classificado de acordo com a sua forma como longo, curto, achatado (ou
chato), ou irregular. Os ossos longos são mais compridos do que largos. A maior parte dos
ossos dos membros superiores e inferiores são ossos longos. Os ossos curtos são
aproximadamente tão largos e espessos quanto compridos. São quase cúbicos ou redondos e
exemplificam-se pelos ossos dos punhos (ossos do carpo) e tornozelos (ossos do tarso). Os
ossos achatados (ou chatos) possuem uma forma relativamente delgada e achatada e são
geralmente encurvados. Exemplos de ossos achatados são certos ossos do crânio, as costelas,
o esterno e as omoplatas. Os ossos irregulares são os que, como as vértebras e os ossos da
face, possuem formas que não se enquadram em nenhuma das outras três categorias.

4.1 – Esqueleto Axial (T)


▪ Enumerar os ossos que compõem a caixa craniana e os ossos que compõem a face (T);

▪ Enumerar o tipo e o número de vértebras que compõe cada região da coluna vertebral (T);

5 – Sistema Muscular: Histologia e Fisiologia

5.1 - Funções do Sistema Muscular (T)


▪ Descrever as principais funções do músculo (T).

1. Movimento corporal. A maior parte dos músculos esqueléticos liga-se a ossos, depende do
controlo consciente e é responsável pela maioria dos movimentos do corpo, incluindo andar,
correr e manipular objectos.
2. Manutenção da postura. Os músculos esqueléticos mantêm constantemente o tónus, o que
permite ficar sentado ou em pé.
3. Respiração. Os músculos do tórax são responsáveis pelos movimentos necessários à
respiração.

4. Produção de calor corporal. Da contracção dos músculos esqueléticos resulta calor, que é
crítico para a manutenção da temperatura corporal.

5. Comunicação. Os músculos esqueléticos estão envolvidos em todos os aspectos da


comunicação, como o falar, escrever à mão ou à máquina, os gestos ou a expressão facial.

6. Constrição de órgãos e vasos. A contracção do músculo liso nas paredes dos órgãos internos
e dos vasos provoca a constrição destas estruturas. Esta constrição desloca e mistura os
alimentos e a água ao longo do tubo digestivo, expulsa as secreções glandulares através dos
canais e regula o fluxo nos vasos sanguíneos.

7. Batimento cardíaco. A contracção do músculo cardíaco provoca o batimento cardíaco e


bombeia o sangue para todas as partes do corpo.

5.2 - Características Gerais do Funcionamento do Músculo (T)


▪ Descrever as quatro características funcionais fundamentais do músculo (T).
1. O músculo apresenta contractilidade (encolhe voluntariamente), excitabilidade (responde a
estímulos), extensibilidade (pode ser estirado) e elasticidade (volta ao comprimento em
repouso).

2. O músculo encolhe voluntariamente, mas alonga passivamente.

5.3 - Estrutura do Músculo Esquelético (T)


▪ Descrever a estrutura muscular esquelética, incluindo os elementos do tecido conjuntivo, a
inervação e irrigação sanguínea (T).
Estrutura do Músculo Esquelético

As fibras musculares são multinucleadas e de aparência estriada. Cada fibra muscular


esquelética é uma célula cilíndrica única contendo diversos núcleos localizados à periferia da
fibra, junto da membrana celular. As fibras musculares desenvolvem-se a partir de células
multinucleadas menos diferenciadas, chamadas mioblastos

Tecido Conjuntivo

1. O endomísio envolve cada fibra muscular.

2. As fibras musculares estão cobertas pela lâmina externa e pelo endomísio.

3. Os fascículos musculares, feixes de fibras musculares, estão cobertos pelo perimísio.

4. O músculo, constituído pelos feixes musculares, está coberto pelo epimísio ou fáscia.

5. O tecido conjuntivo muscular está firmemente ligado ao tecido conjuntivo dos tendões e do
osso.

Nervos e Vasos Sanguíneos


1. Os neurónios motores estendem-se em associação com as artérias e veias pelo tecido
conjuntivo dos músculos esqueléticos.
2. A nível do perimísio, os axónios dos neurónios motores ramificam-se e cada ramo projecta-
se para uma fibra muscular, formando uma sinapse.

Fibras Musculares

1. Fibra muscular é uma célula única que consiste numa membrana celular (sarcolema),
citoplasma (sarcoplasma), diversos núcleos e miofibrilhas.

2. As miofibrilhas compõem-se de duas proteínas principais: actina e miosina.

• Os miofilamentos de actina consistem numa dupla hélice de actina-F (que se compõe de


monómeros de actina-G), tropomiosina e troponina.

•As moléculas de miosina, que consistem em duas cabeças globulares e uma porção cilíndrica,
compreendem filamentos de miosina.

•Forma-se uma ponte quando a miosina se liga à actina. 3. A actina e a miosina organizam-se
para formar sarcómeros.

• Os sarcómeros ligam-se por discos Z que seguram miofilamentos de actina.

•Seis miofilamentos de actina (filamentos finos) rodeiam um miofilamento de miosina


(filamento grosso).

•As miofibrilhas parecem estriadas por causa das bandas A e das bandas I.

5.4 - Fisiologia do Músculo Esquelético (T)


▪ Definir contração muscular (T);
A contracção muscular é o encurtamento de um músculo em resposta a um estímulo que
causa um potencial de acção em uma ou mais fibras musculares. Embora o normal
funcionamento dos músculos seja mais complexo, a compreensão da contracção muscular
torna mais fácil a compreensão da função dos músculos no organismo vivo.
▪ Descrever as fases da contração muscular (T).

5.5 – Tipos de Contração Muscular (T)


▪ Descrever os tipos de contração muscular (T)
5.6 - Músculo Liso (T)
▪ Enumerar os tipos de músculo liso e descrever as características de cada um (T).
O músculo liso pode ser visceral ou multiunitário.

O músculo liso visceral: ou unitário, é mais comum que o músculo liso multiunitário. Encontra-
se normalmente em túnicas envolventes dos órgãos ocos, constituindo o músculo liso dos
tubos digestivo, reprodutor e urinário. O músculo liso visceral tem numerosas junções de
hiato, que permitem a passagem directa dos potenciais de acção de uma célula para outra. Por
isso, as bainhas de células musculares lisas funcionam como uma unidade única e uma onda de
contracções atravessa toda a camada muscular lisa. O músculo liso visceral é, muitas vezes,
auto-rítmico, mas parte dele contrai-se apenas quando estimulado. Por exemplo, os músculos
lisos viscerais do tubo digestivo contraem-se espontaneamente em intervalos relativamente
regulares, enquanto que o músculo liso visceral da bexiga contrai-se quando estimulado pelo
sistema nervoso.

O músculo liso multiunitário encontra-se em túnicas ou camadas nas paredes dos vasos
sanguíneos, ou em pequenos feixes como nos músculos erectores do pêlo e na íris, ou, ainda,
em células isoladas, como na cápsula do baço. O músculo liso multiunitário tem poucas
junções de hiato e cada célula, ou grupo de células, actua como unidade independente.
Contrai-se, habitualmente, apenas quando estimulado por nervos ou hormonas.

5.7 - Músculo Cardíaco (T)


▪ Comparar as características estruturais e funcionais do músculo cardíaco com as do músculo
esquelético (T).
O tecido muscular cardíaco é estriado como o músculo esquelético, mas cada célula contém
habitualmente um único núcleo localizado perto do centro. Células adjacentes juntam-se umas
às outras para formar fibras ramificadas através de ligações especializadas célula-a-célula, que
se designam por discos intercalares e que têm junções do hiato, que permitem aos potenciais
de acção passar de célula para célula. As células musculares cardíacas são auto-rítmicas e uma
parte do coração actua normalmente como marca-passo. Os potenciais de acção do músculo
cardíaco são semelhantes aos do nervo e do músculo esquelético, mas têm maior duração e
maior período refractário. A despolarização do músculo cardíaco resulta da entrada dos iões
de sódio e cálcio através da membrana celular. A regulação da contracção do músculo cardíaco
pelos iões Ca2+ é semelhante à do músculo esquelético.

6 – Sistema Muscular: Anatomia Macroscópica


6.1 - Generalidades (T)
▪ Definir: origem; inserção terminal; corpo; agonista; antagonista; sinergista; músculo principal e
fixador (T);

Origem e inserção terminal: também designada por cabeça, é normalmente a extremidade do


músculo ligada ao mais fixo dos dois ossos e a sua inserção terminal a extremidade do
músculo inserida no osso que sofre maior movimento.

Corpo ou ventre: A maior porção do músculo, entre a origem e a inserção.

Agonista: O músculo que provoca acção quando se contrai.


Antagonista: Os músculos que trabalham em oposição a outros músculos, movendo uma
estrutura na direcção oposta.
Sinergista: Os músculos que desempenham uma acção conjunta (sinérgica) para executar um
movimento.

Músculo Principal: num grupo de sinergistas, existe um músculo que desempenha o papel
principal no desempenho de determinado movimento.

Músculo fixador: estabilizam uma ou mais articulações cruzadas pelo principal.

▪ Descrever os diferentes critérios usados para designar os músculos (T)


1. Localização. Alguns músculos são designados de acordo com a sua localização. Por exemplo,
os peitorais localizam-se no tórax (vulgo “peito”), os glúteos (nádega) na nádega (também
conhecida por região glútea) e o braquial anterior localiza-se no braço.

2. Tamanho. Os nomes dos músculos podem também referir-se ao tamanho relativo dos
músculos. Por exemplo, o grande glúteo é o maior músculo da nádega e o pequeno glúteo é o
mais pequeno dos glúteos. Um músculo longo é mais comprido que um músculo curto.
3. Forma. Alguns músculos designam-se de acordo com a sua forma. O músculo deltóide
(triangular) é triangular, o quadrado dos lombos é quadrangular e os músculos redondos são
redondos.

4. Orientação. Os músculos também se designam de acordo com a sua orientação fascicular.


Um músculo recto (direito) tem feixes musculares que correm ao longo da estrutura a que
estão associados, enquanto que os feixes de um músculo oblíquo se dispõem obliquamente ao
eixo longitudinal dessa estrutura.

5. Inserções de origem e terminação. Os músculos podem ser nomeados de acordo com as


suas inserções de origem e terminação. O esterno-cleido-mastoideu tem origem no esterno e
clavícula e insere-se na apófise mastoideia do osso temporal. O músculo estilo-hioideu origina-
se na apófise estiloideia do temporal e termina inserindo-se no osso hióide.

6. Número de cabeças. O número de cabeças (feixes independentes) de um músculo pode


também ser utilizado para nomear o músculo. Um músculo bicípete tem duas cabeças e um
tricípete tem três cabeças.

7. Função. Os músculos também se designam de acordo com a sua função. Um abdutor afasta
uma estrutura da linha média e um adutor move uma estrutura na direcção da linha média. O
masséter (amassar) é um músculo da mastigação.

PARTE III – SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO E CONTROLO


1 – Organização Funcional do Tecido Nervoso

1.1 – Funções do Sistema Nervoso (T)


▪ Descrever as principais funções do sistema nervoso (T).
O sistema nervoso está envolvido de alguma maneira na maioria das funções orgânicas.
Algumas das principais funções do sistema nervoso são:
1. Informação sensorial. Os receptores sensoriais monitorizam numerosos estímulos externos
e internos, como a temperatura, o tacto, o paladar, o olfacto, o som, a pressão arterial, o pH
dos líquidos corporais e a posição relativa das partes do corpo.

2. Integração. O encéfalo e a medula espinhal são os principais órgãos processadores da


informação sensorial e iniciadores de respostas. A informação pode produzir uma resposta
imediata, ser armazenada como memória para uso posterior ou pode ser ignorada.

3. Homeostase. As actividades reguladoras e coordenadoras do sistema nervoso são


necessárias para manter a homeostase. Os triliões de células do corpo humano não funcionam
independentemente umas das outras, mas têm que trabalhar em conjunto para manter a
homeostase. Por exemplo, as células cardíacas têm que se contrair a um ritmo que assegure o
abastecimento adequado de sangue e as células do rim têm que regular o volume sanguíneo e
remover os produtos de excreção. O sistema nervoso pode estimular ou inibir as actividades
destas e outras estruturas, ajudando a manter a homeostase.

4. Actividade mental. O encéfalo é o centro das actividades mentais, incluindo a consciência, o


pensamento, a memória e as emoções.

5. Controlo dos músculos e glândulas. Habitualmente, os músculos esqueléticos só se


contraem quando estimulados pelo sistema nervoso e o sistema nervoso controla os principais
movimentos do corpo pelo controlo do músculo esquelético. Alguns músculos lisos, como os
da parede dos vasos sanguíneos, só se contraem quando estimulados pelo sistema nervoso ou
por hormonas. O músculo cardíaco e alguns músculos lisos, como os da parede do estômago,
contraem-se de forma autorrítmica. Isto é, não se torna necessária qualquer estimulação
externa para ocorrer a contracção. Embora o sistema nervoso não inicie a contracção destes
músculos, pode torná-la mais rápida ou mais lenta. Finalmente, o sistema nervoso controla as
secreções de muitas glândulas, como as sudoríparas, as salivares e as do tubo digestivo.

1.2 – Divisões do Sistema Nervoso (T)


▪ Enumerar as divisões do sistema nervoso e descrever as características de cada uma delas (T).
1. O sistema nervoso tem duas divisões anatómicas.
•O sistema nervoso central (SNC) consiste no encéfalo e medula espinhal e está
envolvido por ossos.
•O sistema nervoso periférico (SNP), tecido nervoso fora do SNC, consiste em
receptores sensoriais, nervos, gânglios e plexos.
2. O SNP tem duas divisões
•A divisão sensorial transmite potenciais de acção ao SNC e consiste geralmente em
neurónios simples que têm nos gânglios os seus corpos celulares.
•A divisão motora transporta os potenciais de acção para fora do SNC, pelos nervos
cranianos e raquidianos.
3. A divisão motora tem duas subdivisões.
•O sistema nervoso somático motor inerva os músculos esqueléticos e depende
principalmente do controlo voluntário. Consiste em neurónios simples, que têm o
corpo celular no interior do SNC.
•O sistema nervoso autónomo (SNA) inerva o músculo cardíaco, a musculatura lisa e
as glândulas. Tem dois neurónios entre o SNC e os órgãos efectores. Os primeiros têm
os corpos celulares no SNC e os segundos têm os corpos celulares nos gânglios
autónomos.
•O SNA divide-se em simpático, que prepara o corpo para a actividade,
parassimpático, que regula as funções de repouso, e sistema nervoso entérico, que
controla o aparelho digestivo.
4. As divisões anatómicas desempenham diferentes funções.
•O SNC processa, integra, armazena e responde à informação trazida pelo SNP.
•O SNP recebe estímulos e transmite e recebe informação para e do SNC.

1.3 – Organização do Tecido Nervoso (T)


▪ Descrever a organização do tecido nervoso no SNC e no SNP (T).
O tecido nervoso organiza-se de modo a que os axónios formem feixes e os corpos celulares
neuronais e os seus dendritos, regra geral relativamente curtos, se disponham em grupos. Os
feixes de axónios paralelos e as suas bainhas de mielina são esbranquiçados e designam-se por
substância branca. Os conjuntos de corpos celulares neuronais e axónios não mielinizados são
de cor mais acinzentada e designam-se por substância cinzenta. Os axónios que contêm a
substância nervosa do SNC formam os feixes nervosos, que propagam os potenciais de acção
de uma área do SNC para outra. A substância cinzenta do SNC desempenha funções de
integração ou actua como área de retransmissão, onde os axónios formam sinapses com os
corpos celulares neuronais. A área central da medula espinhal é constituída por substância
cinzenta, e a superfície exterior da maior parte do encéfalo consiste em substância cinzenta
designada por córtex. No interior do encéfalo existem outras aglomerações de substância
cinzenta, os núcleos. No SNP, os feixes de axónios e suas bainhas formam nervos, que
conduzem potenciais de acção para o e do SNC. A maioria dos nervos contém axónios
mielinizados, mas alguns consistem em axónios não mielinizados. Os conjuntos de corpos
celulares neuronais no SNP são designados por gânglios.

2 – Integração das Funções do Sistema Nervoso


2.1 – Sensação (T)
▪ Enumerar os sentidos e descrever a forma como ocorre a sensação (T);
Os sentidos são os meios pelos quais o encéfalo recebe informação sobre o meio ambiente e
sobre o corpo. Reconheceram-se, historicamente, cinco sentidos: o olfacto, paladar, visão,
ouvido e tacto. Hoje em dia, os sentidos classificam-se em dois grupos principais: gerais e
especiais. Os sentidos gerais são os que têm os receptores distribuídos por uma grande parte
do corpo. Dividem-se em dois grupos: os somáticos e os viscerais (quadro 14.1). Os sentidos
somáticos, que fornecem informação sensorial sobre o corpo e o meio ambiente, são o tacto, a
pressão, a temperatura, a propriocepção e a dor. Os sentidos viscerais, que fornecem
informações sobre os diversos órgãos internos, são principalmente a dor e a pressão. Os
sentidos especiais têm uma estrutura mais especializada e localizam-se em partes específicas
do corpo (ver o quadro 14.1). São o olfacto, paladar, visão, audição e equilíbrio, estudados em
pormenor no capítulo 15. A sensação, ou percepção, é o conhecimento consciente dos
estímulos recebidos pelos receptores sensoriais. O encéfalo recebe constantemente uma
ampla variedade de estímulos tanto do interior como do exterior do corpo. A estimulação dos
receptores sensoriais não resulta imediatamente numa sensação. Os receptores sensoriais
respondem aos estímulos gerando potenciais de acção que se propagam à medula espinhal e
ao encéfalo. As sensações surgem quando os potenciais de acção atingem o córtex cerebral.
Há outras áreas do encéfalo envolvidas na sensação. Por exemplo, o tálamo está implicado na
sensação de dor. A sensação exige os seguintes passos:
1. Os estímulos com origem no interior ou no exterior do corpo têm que ser detectados
por receptores sensoriais e convertidos em potenciais de acção que se propagam ao
SNC através dos nervos.
2. No SNC, as vias nervosas transportam os potenciais de acção ao córtex cerebral e a
outras áreas do SNC.
3. Os potenciais de acção que atingem o córtex cerebral têm que ser traduzidos, de
modo a que a pessoa tenha consciência do estímulo.

▪ Descrever os diferentes tipos de recetores sensoriais e os estímulos que detetam (T).


Os diferentes sentidos dependem de receptores especializados que respondem a tipos
específicos de estímulos. Os mecanoreceptores respondem a estímulos mecânicos, como
sejam a compressão, a deformação ou o estiramento das células. Os sentidos do tacto,
pressão, propriocepção, audição e equilíbrio dependem de variados mecanoreceptores. Os
quimioreceptores respondem a substâncias químicas que se ligam aos receptores na sua
membrana. O olfacto e o paladar dependem de quimioreceptores. Os termoreceptores
respondem a variações da temperatura no local em que o receptor se encontra e são
necessários para o sentido da temperatura. Os fotoreceptores respondem ao estímulo da luz
que atinge as células receptoras, e são necessários para a visão. Os nocireceptores (noceo
significa fazer mal) ou receptores da dor respondem a estímulos dolorosos, sejam eles
mecânicos, químicos ou térmicos. A maior parte dos receptores sensoriais responde a um tipo
único de estímulo, mas alguns nociceptores respondem a mais do que um. Há pelo menos oito
tipos principais de terminações nervosas sensoriais envolvidas na sensibilidade geral e que
diferem pela sua estrutura e pelo tipo de estímulos a que são mais sensíveis (quadro 14.2 e
figura 14.1). Muitas destas terminações nervosas estão associadas à pele; outras associam-se a
estruturas mais profundas, como tendões, ligamentos e músculos; e algumas podem
encontrar-se tanto na pele como em estruturas mais profundas. Em geral, as terminações
nervosas sensoriais classificam-se, com base na sua localização, em três grupos: os
exteroreceptores (receptores cutâneos) que estão associados à pele, os visceroreceptores que
se associam às vísceras ou órgãos internos, e os proprioreceptores que se associam às
articulações, tendões e outro tecidos conjuntivos. Os exteroreceptores dão informação sobre o
meio externo, os visceroreceptores sobre o meio interno, e os proprioreceptores informam
sobre a posição e movimento do corpo e sobre o grau de estiramento ou força da contracção
muscular. Estruturalmente, as terminações nervosas sensoriais mais simples e mais comuns
são as terminações nervosas livres (ver a figura 14.1), que são ramificações neuronais
relativamente não especializadas semelhantes a dendritos e que se distribuem por quase
todas as partes do corpo. A maioria dos visceroreceptores consiste em terminações nervosas
livres, responsáveis por numerosas sensações, como a dor, temperatura, prurido e
movimento. As terminações nervosas livres responsáveis pela detecção da temperatura
reagem a três tipos de sensações. Um tipo de receptor, os receptores do frio, aumenta a
frequência de produção de potenciais de acção à medida que a pele arrefece. O segundo tipo,
os receptores do calor, aumenta a frequência de produção de potenciais de acção à medida
que aumenta a temperatura da pele. Ambos reagem com a maior intensidade às alterações da
temperatura. Os receptores do frio são 10 a 15 vezes mais numerosos do que os receptores do
calor numa mesma área de pele. O terceiro tipo é o dos receptores da dor, estimulados pelo
frio ou calor extremos. Com temperaturas muito baixas (0º a 12º C) só os receptores da dor
são estimulados. A sensação de dor cessa quando a temperatura ultrapassa os 15º C. Entre os
12º e os 35º C, as fibras do frio são estimuladas. As fibras nervosas do calor são estimuladas
entre 25º e 47º C. Como se vê, as temperaturas “confortáveis”, entre 25º e 35º C, estimulam
simultaneamente os receptores do calor e do frio. As temperaturas acima dos 47º C não só
deixam de estimular os receptores do calor como estimulam de facto os receptores do frio e
da dor.

2.2 – Fala (T)


▪ Descrever a atividade encefálica envolvida na fala (T).
Na maioria das pessoas, a área da fala encontra-se no córtex cerebral esquerdo. Estão
envolvidas duas áreas principais: a área de Wernicke (área sensorial da fala), que é uma parte
do lobo parietal e a área de Broca (área motora da fala), localizada na parte inferior do lobo
frontal. A área de Wernicke é necessária à compreensão e formulação de um discurso
coerente. A área de Broca inicia as sequências complexas de movimentos necessários à fala.

Para que alguém repita uma palavra que ouviu, é preciso que se verifique a seguinte sequência
de acontecimentos. Os potenciais de acção provenientes do ouvido atingem o córtex auditivo
primário, onde a palavra é ouvida. A palavra é depois reconhecida na área auditiva associativa
e compreendida numa porção da área de Wernicke. Em seguida, os potenciais de acção que
representam a palavra são conduzidos através de fibras de associação que põem em ligação as
áreas de Wernicke e de Broca. Na área de Broca, a palavra é formulada à medida que é
repetida. Os potenciais de acção propagam-se depois para a área pré-motora, onde os
movimentos são programados, e, finalmente, para o córtex motor primário, onde os
movimentos adequados são desencadeados. Pronunciar uma palavra escrita é de certa forma
similar. A informação passa dos olhos para o córtex visual primário, depois para a área visual
associativa, onde a palavra é reconhecida, e segue para a área de Wernicke, onde é
compreendida e é formulado o modo como irá ser pronunciada. A partir da área de Wernicke
segue a mesma via que as palavras repetidas depois de ouvidas.

3 – Os Sentidos Especiais
3.1 - Paladar (T)
▪ Enumerar os cinco sabores primários e indicar, para cada um deles, a forma como se dá a
despolarização das células gustativas (T).
O limiar de estimulação varia para os cinco sabores primários. A sensibilidade para as
substâncias amargas é a mais elevada; as sensibilidades ao doce e ao salgado são as mais
baixas. Os açúcares, alguns outros hidratos de carbono e algumas proteínas produzem sabores
doces; muitas proteínas e aminoácidos produzem sabores umami; os ácidos produzem sabores
acres; os iões metálicos tendem a produzir sabores salgados; e os alcalóides (bases) produzem
sabores amargos. Muitos alcalóides são venenosos, pelo que a elevada sensibilidade para os
sabores amargos pode ser protectora. Por outro lado, os seres humanos tendem a procurar os
sabores doces, salgados e umami, talvez em resposta às necessidades corporais de açúcares,
glícidos, proteínas e minerais.
4 – Sistema Nervoso Autónomo
4.1 – Anatomia do Sistema Nervoso Autónomo (T)
▪ Enumerar as divisões do SNA (T);
O SNA divide-se em sistema simpático, sistema parassimpático e sistema nervoso entérico.
▪ Descrever as diferentes estruturas que compõem o sistema simpático, o sistema
parassimpático e o sistema nervoso entérico (TP).
Sistema Simpático (Porção Tóraco-Lombar do SNA)

1. Os corpos celulares pré-ganglionares estão na substância cinzenta dos cornos laterais da


medula espinhal, de T1 a L2.

2. Os axónios pré-ganglionares passam pelas raízes ventrais e pelos ramos comunicantes


brancos para os gânglios da cadeia simpática. A partir daqui, são quatro as vias possíveis:

• Os axónios pré-ganglionares fazem sinapse (ao mesmo nível ou a nível diferente) com
neurónios pós-ganglionares, que saem dos gânglios pelos ramos comunicantes cinzentos e
entram nos nervos raquidianos.

• Os axónios pré-ganglionares fazem sinapse (ao mesmo nível ou a nível diferente) com
neurónios pós-ganglionares, que saem dos gânglios pelos nervos simpáticos.

• Os axónios pré-ganglionares passam pela cadeia ganglionar sem fazer sinapse e formam
nervos esplâncnicos. Os axónios préganglionares fazem sinapse então com neurónios pós-
ganglionares nos gânglios pré-viscerais.

•No caso da glândula supra-renal, os axónios pré-ganglionares fazem sinapse com a medula
supra-renal.

Sistema Parassimpático (Porção Crânio-Sagrada do SNA)

1. Os corpos celulares pré-ganglionares estão em núcleos do tronco cerebral ou da substância


cinzenta dos cornos laterais da medula espinhal, de S2 a S4.

• Os axónios pré-ganglionares do encéfalo passam para os gânglios através dos nervos


cranianos.

• Os axónios pré-ganglionares da região sagrada passam pelas raízes ventrais dos nervos
pélvicos para os gânglios.

2. Os axónios pré-ganglionares passam para os gânglios pré-viscerais na parede do órgão


inervado ou perto dele.

Sistema Nervoso Entérico

1. O plexo nervoso entérico encontra-se na espessura da parede do tubo digestivo.

2. O plexo entérico é constituído por neurónios sensoriais, neurónios motores do SNA e


neurónios entéricos.

4.2 – Fisiologia do Sistema Nervoso Autónomo (T)


▪ Descrever os principais neurotransmissores e recetores do SNA (T).
Neurotransmissores
1. Os neurónios que libertam acetilcolina chamam-se colinérgicos (todos os neurónios pré-
ganglionares, todos os parassimpáticos pósganglionares e alguns pós-ganglionares simpáticos).
2. Os neurónios que libertam noradrenalina chamam-se adrenérgicos (a maioria dos neurónios
pós-ganglionares simpáticos)

Receptores

1. A acetilcolina liga-se a receptores nicotínicos (que se encontram em todos os neurónios pós-


ganglionares) e a receptores muscarínicos (que se encontram em todos os órgãos efectores
parassimpáticos e alguns simpáticos)

2. A noradrenalina e a adrenalina ligam-se a receptores alfa e beta (que se encontram na


maioria dos órgãos efectores simpáticos).

3. A activação dos receptores nicotínicos é excitatória, enquanto que a activação dos


receptores alfa e beta é ou excitatória ou inibitória.

4. Os principais subtipos dos receptores alfa são os receptores adrenérgicos α1 e α2 e para os


receptores beta são os receptores adrenégicos β1 e β2.

5 – Organização Funcional do Sistema Endócrino


5.1 – Características Gerais do Sistema Endócrino (T)
▪ Definir glândula endócrina, sistema endócrino e hormona (T);
O sistema endócrino é formado por glândulas que segregam sinais químicos para o aparelho
circulatório. Os produtos das glândulas endócrinas são as hormonas, um termo derivado da
palavra grega hormon, que significa pôr em movimento. Tradicionalmente a hormona é
definida como um sinal químico, ou ligando, que (1) é produzida em quantidades diminutas
por um conjunto de células, (2) é segregada para os espaços intersticiais, 3) entra no aparelho
circulatório, através do qual é transportada à distância, e (4) actua em tecidos específicos,
chamados tecidos alvo, noutra parte do organismo, para influenciar a sua actividade de um
modo específico.

▪ Descrever as relações funcionais entre sistema nervoso e sistema endócrino (T).


Embora tanto o sistema endócrino como o sistema nervoso regulem as actividades de
determinadas estruturas do organismo, fazem-no de formas diferentes. As hormonas
segregadas pela maioria das glândulas endócrinas podem ser descritas como sinais de
amplitude modulada, que consistem em aumentos ou diminuições da sua concentração nos
líquidos orgânicos. As respostas produzidas pelas hormonas ora aumentam ora diminuem, em
função da concentração hormonal. Por outro lado, os potenciais de acção, transportados ao
longo dos axónios, podem ser descritos como sinais de frequência modulada, os quais variam
em frequência mas não em amplitude. As respostas do sistema endócrino são geralmente mais
lentas e duradouras e os seus efeitos são habitualmente mais gerais do que as respostas do
sistema nervoso.

5.2 – Funções do Sistema Endócrino (T)


▪ Descrever as principais funções reguladoras do sistema endócrino (T).
1. Metabolismo e maturação dos tecidos. O sistema endócrino regula a actividade metabólica
e influencia a maturação de tecidos, tais como os do sistema nervoso.
2. Regulação iónica. O sistema endócrino ajuda a regular o pH do sangue assim como as
concentrações de Na+, K+ e Ca2+ no sangue.
3. Equilíbrio hídrico. O sistema endócrino regula o equilíbrio hídrico, controlando a
concentração de solutos do sangue.

4. Regulação do sistema imunitário. O sistema endócrino ajuda a controlar a produção de


células imunitárias.

5. Frequência cardíaca e regulação da pressão arterial. O sistema endócrino ajuda a regular a


frequência cardíaca e a pressão arterial e também ajuda a preparar o organismo para a
actividade física.

6. Controlo da glicose e de outros nutrientes no sangue. O sistema endócrino regula os níveis


de glicose e de outros nutrientes no sangue.

7. Controlo das funções reprodutoras. O sistema endócrino controla o desenvolvimento e as


funções do sistema reprodutor nos homens e nas mulheres.

8. Contracção uterina e produção do leite. O sistema endócrino regula as contracções uterinas


durante o nascimento e estimula a produção do leite nas mulheres que se encontram a
amamentar.

5.3 – Estrutura Química das Hormonas (T)


▪ Descrever as categorias das hormonas com base na sua estrutura química (T).
5.4 – Controlo do Débito de Secreção (T)
▪ Descrever os três modelos principais que regulam a secreção hormonal (T).
5.5 – Transporte e Distribuição no Organismo (T)
▪ Descrever como as hormonas são transportadas pela corrente sanguínea e fornecidas às
células (T).
As hormonas encontram-se dissolvidas no plasma sanguíneo e são transportadas quer em
forma livre quer ligadas a proteínas plasmáticas. As hormonas que estão livres no plasma
difundem-se dos capilares para os espaços intersticiais. À medida que a concentração de
moléculas hormonais livres aumenta no sangue, mais moléculas de hormonas se difundem dos
capilares para os espaços intersticiais ligando-se às células alvo. À medida que a concentração
de moléculas livres diminui no sangue, menos moléculas de hormonas se difundem dos
capilares para os espaços intersticiais para se ligarem às células alvo. As hormonas que se
ligam às proteínas plasmáticas fazem-no de uma forma reversível. É estabelecido um equilíbrio
entre as hormonas plasmáticas livres e as que se ligam às proteínas plasmáticas, chamadas
proteínas de ligação. Visto que as hormonas circulam no sangue, são distribuídas rapidamente
pelo organismo.

5.6 – Metabolismo e Excreção (T)


▪ Definir semivida de uma hormona e descrever os principais fatores que aumentam e diminuem
a semivida das hormonas (T).
O tempo necessário para a eliminação de metade da quantidade de uma substância do
aparelho circulatório é chamado semivida.
5.7 – Interação das Hormonas com os Seus Tecidos Alvo (T)
▪ Explicar a especificidade dos recetores para as hormonas (T);
Chama-se especificidade à tendência de cada tipo de ligando para se ligar a um tipo específico
de local receptor e não a outros. Por isso, a insulina liga-se a receptores para a insulina e não a
receptores para a hormona do crescimento. No entanto, determinados ligandos, como as
hormonas, podem ligar-se a um número de receptores diferentes que tenham afinidades
estreitas entre si. Por exemplo, a epinefrina pode ligar-se a mais do que um tipo de receptor
para a epinefrina. As hormonas são ligandos que são segregados e distribuídos a todo o
organismo pelo aparelho circulatório, mas em que a presença ou ausência de moléculas
receptoras específicas determina quais as células que responderão ou não a cada hormona.

▪ Descrever os fenómenos: regulação por excesso e regulação por défice (T).


A regulação por défice acontece quando o número de receptores para uma hormona diminui
nas células alvo. Por exemplo, a hormona libertadora da gonadotropina (GnRH) libertada pelo
hipotálamo liga-se a receptores para a GnRH na adeno-hipófise. A combinação da GnRH com
os seus receptores causa a regulação por défice dos receptores para a GnRH de forma que,
eventualmente, as células alvo se tornam menos sensíveis à GnRH.

A regulação por excesso ocorre quando alguns estímulos provocam o aumento do número de
receptores de uma célula alvo para uma dada hormona. Por exemplo, a FSH actua nas células
do ovário para regular por excesso o número de receptores para LH. Assim, o ovário torna-se
mais sensível ao efeito de LH.
5.8 – Classes de Recetores Hormonais (T)
▪ Descrever as duas principais categorias de recetores hormonais (T).
1. Ligandos que não podem passar através da membrana celular. Estes ligandos incluem as
grandes moléculas e as moléculas hidrossolúveis que não podem passar através da membrana
celular. Eles interagem com os receptores de membrana, os quais são receptores que
atravessam a membrana celular e têm os seus locais receptores expostos na superfície externa
da membrana celular. Quando um ligando se liga ao local receptor na superfície externa da
membrana celular, o receptor inicia uma resposta dentro da célula. Estes ligandos incluem
muitas hormonas de grandes dimensões e que são estruturalmente proteínas, glicoproteínas,
polipéptidos e algumas moléculas mais pequenas como a epinefrina e a norepinefrina.

2. Ligandos que passam através da membrana celular. Estes ligandos são lipossolúveis e
relativamente pequenos. Difundem-se através da membrana celular e ligam-se aos receptores
intracelulares, os quais são receptores existentes no citoplasma ou no núcleo da célula.
Subsequentemente, os receptores, com os ligandos ligados nos seus locais receptores,
interagem com o ADN no núcleo da célula ou com as enzimas existentes para produzir uma
resposta.

6 – Glândulas Endócrinas
6.1 – Hipófise e Hipotálamo (T)
▪ Enumerar as hormonas segregadas pelo Hipotálamo, os seus tecidos alvo e os seus efeitos no
organismo (T);
▪ Enumerar as hormonas segregadas pela Hipófise, os seus tecidos alvo e os seus efeitos no
organismo (T).

6.2 – Glândula Tiroideia (T)


▪ Enumerar as hormonas tiroideias (T);
▪ Descrever a síntese, o transporte, o mecanismo de ação e os efeitos das hormonas tiroideias
(T);
1. Síntese da hormona tiroideia
• Os iões de iodo são captados para dentro dos folículos por transporte activo, são
oxidados e ligados às moléculas de tirosina da tiroglobulina.
•A tiroglobulina é segregada para o lúmen do folículo. As moléculas de tirosina
combinam-se com iodo para formar as hormonas T3 e T4.
•A tiroglobulina entra para o interior das células e é destruída; a T3 e a T4 difundem-se
dos folículos para o sangue.
2. Transporte no sangue da hormona tiroideia
• A T 3 e a T4 ligam-se à globulina transportadora da tiroxina e a outras proteínas
plasmáticas.
•As proteínas plasmáticas prolongam a semivida da T3 e da T4 e regulam os seus
níveis no sangue.
•Aproximadamente um terço da T4 é convertido em T3 funcional.
3. Mecanismos de acção das hormonas tiroideias
•As hormonas tiroideias ligam-se com as moléculas dos receptores intracelulares e
iniciam uma nova síntese proteica.
4. Efeitos das hormonas tiroideias
•As hormonas tiroideias aumentam o metabolismo da glicose, das gorduras e das
proteínas em muitos tecidos, aumentando assim a temperatura corporal.
•O crescimento normal de muitos tecidos está dependente das hormonas tiroideias.

▪ Explicar a regulação da secreção das hormonas tiroideias (T);


•A produção aumentada de TSH pela adeno-hipófise aumenta a secreção de hormona
tiroideia.
•A TRH proveniente do hipotálamo aumenta a secreção da TSH. A TRH aumenta como
resultado da exposição crónica ao frio, à privação alimentar e ao stress.

• A T 3 e a T4 inibem a secreção de TSH e de TRH.

▪ Explicar a regulação da secreção de calcitonina e descrever a sua função (T).


1. As células parafoliculares segregam calcitonina.

2. A subida dos níveis de cálcio no sangue estimula a secreção de calcitonina.

3. A calcitonina faz diminuir os níveis de cálcio e de fosfato sanguíneos por inibição dos
osteoclastos.

6.3 – Glândulas Paratiroideias (T)


▪ Explicar a atividade da hormona paratiroideia e descrever como é regulada a sua secreção (T)
e ▪ Explicar a relação entre a hormona paratiroideia e a vitamina D (T).

1. As glândulas paratiroideias estão implantadas na tiroideia.

2. A acção da PTH é aumentar os níveis sanguíneos de cálcio

•A PTH estimula os osteoclastos.


•A PTH promove a reabsorção do cálcio pelos rins e a formação de vitamina D activa também
pelos rins.

•A vitamina D activa aumenta a absorção do cálcio pelo intestino.

3. O decréscimo dos níveis sanguíneos do cálcio estimula a secreção de PTH.

6.4 – Glândulas Supra-Renais (T)


▪ Descrever os mecanismos de regulação da secreção das supra-renais (T).
•A epinefrina constitui 80% e a norepinefrina os restantes 20% da secreção das hormonas da
medula supra-renal.
•A epinefrina aumenta os níveis sanguíneos de glicose, o consumo do glicogénio e da glicose
pelo músculo esquelético, a frequência e a força de contracção cardíacas e provoca
vasoconstrição na pele e nas vísceras e vasodilatação nos músculos esqueléticos e cardíaco.

•A norepinefrina estimula o músculo cardíaco e provoca vasoconstrição periférica.

•As hormonas da supra-renal preparam o organismo para a actividade física.


•A libertação das hormonas da medula supra-renal é mediada pelo sistema nervoso simpático
em resposta às emoções, às agressões (físicas e psíquicas), ao exercício físico e à hipoglicemia.
•A zona glomerulosa segrega mineralocorticóides, em especial a aldosterona. A aldosterona
actua sobre os rins, para aumentar os níveis sanguíneos do sódio e diminuir os de potássio e
de hidrogénio.

•A zona fascicular segrega glicocorticóides, em especial o cortisol.


•O cortisol aumenta a degradação das gorduras, aumenta a síntese da glicose a partir dos
aminoácidos, diminui a resposta inflamatória e é necessário para o desenvolvimento de alguns
tecidos.

•A secreção de cortisol é estimulada pela ACTH da adeno-hipófise. A libertação da ACTH é


estimulada pela CRH do hipotálamo. A secreção de CRH é estimulada pela hipoglicemia ou pelo
stress.

•A zona reticular segrega androgénios. No sexo feminino, os androgénios estimulam o


crescimento dos pêlos púbicos e axilares, bem como o impulso sexual.
6.5 - Pâncreas (T)
▪ Explicar a regulação da produção de insulina e glucagon (T).
A secreção de insulina é controlada pelos níveis sanguíneos de nutrientes, por estimulação
nervosa e por controlo hormonal. A hiperglicemia (ou nível elevado de glicose no sangue)
afecta directamente as células beta e estimula a secreção de insulina. A hipoglicemia (ou nível
baixo de glicose no sangue) inibe directamente a secreção de insulina. Assim, os níveis de
glicose no sangue têm um papel fundamental na regulação da secreção de insulina. Alguns
aminoácidos também estimulam a secreção de insulina agindo directamente sobre as células
beta. A seguir a uma refeição, os níveis de glicose e de aminoácidos aumentam no sistema
circulatório, elevando a secreção de insulina. Durante os períodos de jejum (em que os níveis
de glicemia são baixos) a secreção de insulina decresce. O sistema nervoso autónomo também
controla a secreção de insulina. Como a estimulação parassimpática está associada à ingestão
de alimentos, ela produz-se com níveis de glicose elevados, actuando para aumentar a
secreção de insulina. A inervação simpática inibe a secreção de insulina e ajuda a impedir uma
descida rápida dos níveis de glicemia. Uma vez que a maioria dos tecidos, com excepção do
tecido nervoso, requer insulina para a captação de glicose, a estimulação simpática mantém a
glicemia dentro de valores normais durante os períodos de actividade física ou agitação. Esta
resposta é importante para manter o funcionamento normal do sistema nervoso. As hormonas
do tubo digestivo envolvidas na regulação da digestão, como a gastrina, a secretina e a
colecistoquinina aumentam a secreção de insulina. A somatostatina inibe a secreção de
insulina e de glucagina, mas os factores que regulam a secreção de somatostatina não são
claros. Esta pode ser libertada em resposta à ingestão de alimentos e, nesse caso, pode
prevenir a secreção excessiva de insulina.
6.6 – Hormonas do Sistema Reprodutor (T)
▪ Enumerar as hormonas segregadas pelos testículos e ovários (T) e ▪ Descrever as funções das
hormonas segregadas pelos testículos e ovários (T);

▪ Explicar a regulação das hormonas segregadas pelos testículos e ovários (T).


Os testículos segregam outra hormona chamada inibina, cuja função é inibir a secreção de FSH
pela adeno-hipófise. A testosterona regula a produção de espermatozóides pelos testículos,
desenvolve e mantém os órgãos reprodutores masculinos e as características sexuais
secundárias.

Como os testículos, as funções dos ovários dependem da secreção da FSH e LH pela adeno-
hipófise. As principais hormonas segregadas pelos ovários são os estrogénios e a progesterona.
Estas hormonas, juntamente com a FSH e LH, controlam o ciclo reprodutor feminino,
preparam as glândulas mamárias para a lactação e são responsáveis pela manutenção da
gravidez. Os estrogénios e a progesterona também são responsáveis pelo desenvolvimento
dos órgãos reprodutores femininos e pelas características sexuais secundárias. Os ovários
também segregam inibina, a qual inibe a secreção da FSH.

6.7 – Hormonas da Glândula Pineal (T)


▪ Enumerar as hormonas segregadas pela glândula pineal (T);
A melatonina e a vasotocina de arginina.

▪ Descrever as funções das hormonas segregadas pela glândula pineal (T);

▪ Explicar a regulação das hormonas segregadas pela glândula pineal (T).


A melatonina faz diminuir a secreção de GnRH pelo hipotálamo e, através deste mecanismo,
pode inibir as funções reprodutoras. Pode também ajudar a regular os ciclos de sono,
aumentando a tendência para dormir. A vasotocina de arginina actua em conjunto com a
melatonina para regular a função do sistema reprodutor em alguns animais. Todavia, a
evidência do papel da melatonina é mais vasta.

6.8 – Hormonas do Timo (T)


▪ Enumerar as hormonas segregadas pelo timo (T);
Timosina.

▪ Descrever as funções das hormonas segregadas pelo timo (T);

▪ Explicar a regulação das hormonas segregadas pelo timo (T).

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