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Diretor-Presidente – DP
Claudio Guilherme Branco da Motta
Diretor de Engenharia, Meio Ambiente, Projeto e Implantação
de Empreendimentos – DE
Mário Marcio Rogar
Superintendente de Gestão Ambiental e Fundiária – GA.E
Rene Gomes Reis Junior
Gerente da Gerência de Engenharia Ambiental – GEA.E
Samantha Lee Salgueiro Alves
Gerente da Divisão de Meio Ambiente Físico e Biótico – DAFB.E
da área de influência da
Usina Hidrelétrica de Batalha
Rio de Janeiro
Furnas Centrais Elétricas S.A.
Maio de 2017
Revisão técnica
Angelica Figueira Fontes
Fotografias
Ambientare Soluções em Meio Ambitente
Biocev Serviços de Meio Ambiente Ltda.
Ecologic Centro de Avaliação e Pericias Ambientais
Ekos Planejamento Ambiental
Revisão
Eduardo Franklin e Magda Nunes Rocha – GCA.P
Catalogação na Fonte
72 p.: il.
Inclui Bibliografia.
ISBN 978-85-85996-24-6
CDU 567.6+598.1:621.311.21(058)
Apresentação...................................................................................................8
Introdução........................................................................................................9
Classe Amphibia.............................................................................................14
• Ordem: Anura..........................................................................................16
Classe: Reptilia................................................................................................32
• Ordem: Testudines..................................................................................34
• Ordem: Crocodylia..................................................................................36
• Ordem: Squamata...................................................................................38
Referências bibliográficas...........................................................................67
Apresentação
Nas últimas três décadas, herpetó- O maior fator isolado através do qual
logos de todo o mundo registraram os humanos influenciam os anfíbios
declínios em populações de anfíbios e répteis é a destruição e modifica-
(Phillips, 1990). Sugere-se que isso ção de seu habitat (Blaustein & Wake,
se deva a uma interação entre efeitos 1990). A tarefa mais importante no
locais e fatores globais. Tem-se dado sentido de preservá-los é a proteção
muita atenção aos declínios de anfí- de seu habitat, visando à proteção
bios, mas é importante lembrar que as da comunidade de plantas e animais
populações de répteis estão em declí- como um todo. Para Wilcox & Murphy
nio também, ambos os grupos fazem (1995), a maior ameaça às serpentes
parte de um declínio global na biodi- é a destruição de seu habitat, o que
versidade (Pough et al., 2001). resulta na eliminação física, tanto dos
animais como de seus ecossistemas.
O grupo dos répteis tem sua impor- Com a fragmentação das populações
tância por incluir predadores de topo restantes, ocorre a perda potencial da
de cadeia, como os crocodilianos e diversidade genética das mesmas.
Anura
Esta ordem inclui 27 famílias com mais
de 4.300 espécies, que ocorrem em todos
os continentes, exceção da Antártida.
Possuem uma especialização do corpo
para o salto, característica mais evidente
em seu esqueleto. No Brasil, atualmente,
são conhecidas 1.080 espécies de anfíbios
(SBH, 2015), aproximadamente 22% do
total de espécies no mundo.
FAMÍLIA:
Craugastoridae
NOME CIENTÍFICO:
Barycholos ternetzii (Miranda-Ribeiro, 1937)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Apresenta corpo de coloração Dados não encontrados.
marrom-claro com listras longitudinais
ligeiramente mais claras. Geralmente não REPRODUÇÃO
ultrapassa 3,1 centímetros de tamanho Os ovos são depositados no chão sobre o
corporal. folhiço. O desenvolvimento dos filhotes é
direto.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Ocorre nos estados de Minas Gerais, Goiás, COMPORTAMENTO
Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, São Os machos vocalizam sobre a serapilheira.
Paulo e também no Distrito Federal. A atividade de vocalização inicia-se em
outubro (início da estação chuvosa) e pode
HABITAT durar vários meses. Não se adapta bem a
Espécie endêmica do domínio do Cerrado, distúrbios antropogênicos.
sendo amplamente distribuída neste
bioma. Costuma habitar formações STATUS DE AMEAÇA
florestais e margens de riachos (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)
permanentes, associado a folhiço e rochas. Não ameaçada.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA: Rhinella schneideri (Werner, 1894)
Bufonidae
CARACTERÍSTICAS DIETA
Apresenta membros curtos e coloração Possui dieta generalista, alimentando-se
castanha (clara ou escura). Possui pele de uma grande variedade de insetos.
áspera com presença de glândulas
cutâneas que secretam um potente REPRODUÇÃO
veneno ao serem pressionadas. Os girinos A espécie possui padrão reprodutivo
também possuem este veneno. Seu explosivo. As fêmeas desovam em águas
tamanho corpóreo pode alcançar cerca de paradas na forma de cordões gelatinosos.
30 centímetros. Os girinos ocorrem nos meses iniciais da
estação chuvosa.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Do Uruguai à Bolívia central, passando pelo COMPORTAMENTO
Paraguai e Argentina. No Brasil é encontrada Espécie noturna, andarilha e que forrageia
na Bahia, em Pernambuco, no Mato Grosso, sob postes de iluminação, podendo ser
em Goiás e na região Sul. encontrada a quilômetros de distância de
corpos d’água. O macho vocaliza para atrair
HABITAT fêmeas, enquanto se desloca a procura
Ambientes abertos e relativamente delas as margens de lagos, lagoas e açudes.
próximos à água. Durante o dia abrigam-se
sob pedras e troncos de madeira, montes STATUS DE AMEAÇA
de tijolos, ou mesmo no interior de calhas, (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)
canaletas, entre outros. Menos preocupante.
FAMÍLIA:
Odontophrynidae
NOME CIENTÍFICO:
Odontophynus cultripes (Reinhardt and Lütken, 1862)
CARACTERÍSTICAS
Apresenta cabeça arredondada e focinho
pontudo. Suas glândulas paratóides
têm formato ovóide, característica esta
distintiva em relação às demais espécies
do gênero. Superfície dorsal verde-
acinzentada, com uma faixa amarela de DIETA
cada lado do corpo. Alcança tamanho Dados não encontrados.
entre 5 e 7 centímetros, sendo as fêmeas
maiores que os machos. REPRODUÇÃO
Deposita uma massa gelatinosa de ovos no
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA fundo de lagoas temporárias, mas também
Ocorre nos estados de Goiás, Minas Gerais pode se reproduzir em águas artificiais,
e São Paulo e também no sudoeste do Rio como lagoas de grandes fazendas com
de Janeiro, geralmente em localidades com macrófitas flutuantes.
altitude compreendida entre 800 e 1.000
metros acima do nível do mar. COMPORTAMENTO
Ainda não estudado. Não há publicações.
HABITAT
É encontrada no Cerrado, associada a STATUS DE AMEAÇA
bordas de mata decídua ou semi-decídua, e (IUCN, 2012; PORTARIA MMA Nº444)
também na Mata Atlântica semi-decídua. Não ameaçada.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA: Ameerega flavopicta (Lutz, 1925)
Dendrobatidae
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
Apresenta coloração do corpo negra com A atividade reprodutiva da espécie é
manchas amareladas no dorso e laranja diurna e ocorre na estação chuvosa,
nas coxas. Espécie de pequeno porte, quando os machos vocalizam na
medindo cerca de 3 cm. proximidade dos riachos. Os ovos são
depositados no solo sob afloramentos
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA rochosos, próximos a correntes de água
Espécie com distribuição nos estados de sazonais ou permanentes. Depois estes
Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Pará e ovos são carreados para a água, onde irão
Maranhão. completar seu desenvolvimento.
HABITAT COMPORTAMENTO
Possui hábitos diurnos. Vive em áreas Espécie ativa durante o dia, abriga-se
abertas ou de floresta e pode ser em frestas de rochas perto de riachos.
encontrada em frestas de rochas às Os machos apresentam cuidado parental
margens de córregos e riachos, ou na carregando os ovos e os girinos nas costas.
serapilheira próxima a corpos d’água. As manchas laranja da coxa funcionam
Espécie endêmica do domínio do Cerrado. como coloração de flash que confunde os
predadores em relação à sua aparência na
DIETA hora da fuga.
Alimenta-se de insetos, principalmente
formigas, cupins, besouros, aranhas e STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
gafanhotos. PORTARIA MMA Nº444)
Menos preocupante.
FAMÍLIA:
Hylidae
NOME CIENTÍFICO:
Hypsiboas albopunctatus (Spix, 1824)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Apresenta coloração variando do amarelo A espécie pode ser considerada como um
ao marrom com manchas arredondadas generalista que se alimenta de artrópodes,
amarelas na parte interna do fêmur e nas sendo besouros, aranhas e gafanhotos os
laterais do abdômen. Alcança cerca de 6 itens mais importantes de sua dieta.
centímetros de comprimento, sendo as
fêmeas maiores que os machos. REPRODUÇÃO
Reproduz-se continuamente ao longo do
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ano, embora haja um pico de atividade
Possui ampla distribuição no Brasil, sendo reprodutiva durante a estação chuvosa.
encontrada desde o Planalto Central, A desova, que possui em média 900 ovos,
passando pelas regiões Sudeste e Sul, e é depositada escondida entre pedras ou
se estendendo a outros países da América vegetação, em remansos rasos.
do Sul como Argentina, Bolívia, Uruguai e
Paraguai. COMPORTAMENTO
Adapta-se bem a ambientes alterados pelo
HABITAT homem.
Em geral, é encontrada empoleirada sobre
arbustos próximos a riachos e poças, sejam STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
estes permanentes ou temporários. Pode PORTARIA MMA Nº444)
também ser encontrada na vegetação Menos preocupante.
rasteira ou no chão.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Hypsiboas lundii (Burmeister, 1856)
Hylidae
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA: Scinax fuscovarius (Lutz, 1925)
Hylidae
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA: Physalaemus nattereri (Steindachner, 1863)
Leptodactylidae
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Leptodactylus furnarius (Sazima & Bokermann, 1978)
Leptodactylidae
CARACTERÍSTICAS DIETA
Os machos desta espécie atingem 3,8 Dados não encontrados.
centímetros e as fêmeas, um pouco
maiores, chegam a 4,4cm de comprimento. REPRODUÇÃO
Possuem pernas alongadas e focinho Reproduzem-se em alagadiços, lagoas e
longo, uma listra amarelo-claro no dorso brejos. Os machos costumam vocalizar de
que se estende do focinho até a base da dezembro a fevereiro, tanto à noite quanto
coluna. E manchas escuras por todo o de dia. A desova envolta em espuma é
corpo. depositada em ninhos globosos.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA: Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861)
Leptodactylidae
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de médio porte. Sua coloração Alimenta-se de insetos e aranhas.
dorsal pode variar de marrom para
marrom escuro ou até listrado. Pode REPRODUÇÃO
apresentar uma faixa que se inicia a partir A reprodução ocorre do final da estação
da região bucal, parecendo um bigode. seca até o final da estação chuvosa. Assim
Possui membros relativamente curtos. O como outras espécies do grupo, possui
corpo pode apresentar nódulos brancos parte do desenvolvimento em ninhos de
distribuídos até as patas traseiras. espuma depositados na toca subterrânea
construída pelo macho.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Ocorre em Pernambuco, Piauí, Maranhão, COMPORTAMENTO
Tocantins, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Espécie noturna, os machos vocalizam
Sul, além das regiões Sudeste e Sul do Brasil, ao redor de áreas alagadas onde se
alcançando o Sudeste da Bolívia, o Centro reproduzem.
da Argentina e todo o Paraguai e Uruguai.
STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
HABITAT PORTARIA MMA Nº444)
Ocupa tanto formações vegetais abertas, Menos preocupante.
como o Cerrado e a Caatinga, quanto
formações florestais de Mata Atlântica e
áreas alteradas pelo homem.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Leptodactylus latrans (Steffen, 1815)
Leptodactylidae
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
Espécie de grande porte com machos entre Acasalam de setembro a fevereiro.
9 e 12 centímetros, e fêmeas entre 8 e 11 Os machos vocalizam escondidos na
centímetros. O dorso é escuro, cinzento vegetação aquática, emitem notas curtas
com pregas longitudinais proeminentes. O monótonas e de baixa frequência.
ventre é esbranquiçado com cinza. A fêmea desova na superfície de águas
mais profundas fazendo ninhos de
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA espuma.
Distribui-se por toda América do Sul
cisandina (a leste dos Andes). COMPORTAMENTO
É uma espécie noturna. Durante o dia
HABITAT ficam na água ou nas margens de poças e
Encontrada em áreas abertas, pode ocorrer remansos de riachos. A fêmea defende os
em açudes, pequenas lagoas ou áreas girinos saltando contra os predadores.
inundadas.
STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
DIETA PORTARIA MMA Nº444)
Os girinos são onívoros e alimentam-se de Menos preocupante.
microrganismos, animais mortos, resíduos
e plantas.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Pithecopus oreades (Brandão, 2002)
Phyllomedusidae
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie que se caracteriza pela presença Dados não encontrados.
de uma determinada estrutura muscular
exclusiva. Pesquisas recentes têm revelado REPRODUÇÃO
que as espécies deste gênero secretam um Reproduz-se em pequenos riachos, onde
muco em sua pele que contém fármacos seus girinos se desenvolvem em piscinas
com alto poder bactericida. nos córregos.
Testudines
Esse grupo é representado pelas
tartarugas (as marinhas e as de água
doce), pelos cágados (de água doce)
e pelos jabutis (terrestres). Todos são
ovíparos e não apresentam qualquer
tipo de cuidado parental com os filhotes.
Em sua maioria são animais de vida
longa. Estes animais apresentam casco
ou carapaça na parte dorsal (costas), e
plastrão na parte inferior do casco.
CARACTERÍSTICAS DIETA
Possui carapaça achatada e larga com O único estudo que tratou da dieta desta
o dorso de coloração preta ou cinza espécie mostrou que ela se alimenta
esverdeada. As fêmeas, que são maiores preferencialmente de larvas de insetos,
do que os machos, podem alcançar até 35 podendo também ingerir moluscos,
centímetros e pesar 2,5 quilos. Esta espécie camarões e peixes.
é resistente à poluição e costuma se adaptar
bem em áreas antropizadas. REPRODUÇÃO
A reprodução ocorre anualmente e o
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA tamanho da ninhada pode variar entre 7 e
Presentes ao longo da bacia Amazônica, do 16 ovos.
rio Paraná e São Francisco, algumas áreas
do Pantanal, e em lagoas do Nordeste COMPORTAMENTO
de Sudeste do Brasil, além da Venezuela, Dados não encontrados.
Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai
e Argentina. STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
PORTARIA MMA Nº444)
HABITAT Ainda não avaliado pela IUCN (União
São comumente encontradas em rios, Internacional para Conservação da
lagos e lagoas de correnteza lenta, que Natureza).
tenham floresta em volta. Podem deslocar-
se por longas distâncias em busca de água.
Crocodylia
São animais semi-aquáticos, a maioria
encontradas em regiões tropicais e
subtropicais. Possuem pele grossa com
placas dérmicas no dorso, proporcionando
uma proteção. Todos os representantes
desta ordem são apenas carnívoros.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Caiman latirostris (Daudin, 1902)
Alligatoridae
CARACTERÍSTICAS DIETA
Crocodiliano de porte médio, com machos Alimentam-se de caracóis, aves, pequenos
podendo medir 3 metros de comprimento mamíferos e tartarugas.
total e fêmeas 2 metros. Apresentam
focinho curto e largo. A coloração vai do REPRODUÇÃO
verde oliva com manchas claras nos jovens Constroem ninhos com matéria orgânica
chegando ao verde pardo uniforme nos onde depositam de 17 a 50 ovos que são
adultos, sendo que o ventre é branco. encubados de 60 a 90 dias.
Squamata
No Brasil, a Ordem Squamata possui 731 espécies
distribuídas em lagartos, amphisbaenia e serpentes.
Os lagartos possuem cerca de 4.000 espécies espalhadas
no mundo e 266 espécies no Brasil. São animais adaptáveis,
podendo ser arborícolas (vivendo em árvores) e terrícolas
(vivendo em solo). Ocupam desde pântanos (áreas alagadas)
até desertos (áreas secas).
Em amphisbaenia ocorrem 73 espécies. A maioria dos
representantes não possui pés (ápodes). A cabeça é dura,
utilizada para a construção de túneis e a pele forma anéis. O
estudo desses animais é dificultado por serem fossoriais, ou
seja, que vivem embaixo da terra.
Existem cerca de 2.700 espécies de serpentes no mundo
e 392 espécies no Brasil. As serpentes possuem um corpo
alongado, revestido por escamas e são ápodes. A pele é
trocada com certa periodicidade através do que chamamos
de muda (SBH, 2015).
FAMÍLIA:
Mabuyidae
NOME CIENTÍFICO:
Copeoglossum nigropunctatum (Spix, 1825)
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
O comprimento rostro-cloacal varia de Vivíparo. A gestação dura de nove a doze
3,6 a 11 centímetros. Corpo cilíndrico e meses gerando de quatro a cinco filhotes.
alongado; cauda longa. Dorso marrom
avermelhado. Possui escamas lisas e COMPORTAMENTO
brilhantes. Diurno. Alterna entre sol e sombra para
regular a temperatura corporal. Procura
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ativamente seu alimento escarafunchando
Ocorre no Brasil nas regiões Norte, o folhiço. Camufla-se facilmente em
Centro-Oeste e Sudeste. meio a vegetação seca (folhiço). Quando
ameaçado, se esconde em fendas de
HABITAT rochas, sob troncos caídos e cupinzeiros,
Áreas abertas com pouca vegetação, mas onde também se reproduz.
pode utilizar matas.
STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
DIETA PORTARIA MMA Nº444)
Alimenta-se de grilos, gafanhotos, larvas Ainda não avaliado pela IUCN.
de insetos, besouros e aranhas.
FAMÍLIA:
Leiosauridae NOME CIENTÍFICO:
Enyalius bilineatus (Duméril & Bibron, 1837)
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
Espécie de corpo cilíndrico e delgado; Depositam uma média de quatro ovos de
membros e cauda longos. O comprimento onde nascem filhotes com cerca de 2,5
corporal pode chegar até 8 centímetros. O centímetros de comprimento.
dorso é marrom ou cinza uniforme.
COMPORTAMENTO
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA É uma espécie diurna, de hábitos
Esta espécie ocorre apenas no Brasil, nas sedentários, passando a maior parte do
regiões Centro-Oeste e Sudeste. tempo imóvel. Arborícola, camufla-se
muito bem quando empoleirada em
HABITAT pequenos arbustos, pois escolhe galhos
Ocorre principalmente em matas-de- com aproximadamente o mesmo diâmetro
galeria e ocasionalmente em cerrados. do seu corpo. Quando ameaçada, a espécie
pressiona o corpo contra o substrato e
DIETA pode se movimentar, colocando o poleiro
A dieta consiste de artrópodes, entre si e o observador.
principalmente grilos e gafanhotos,
besouros e formigas. STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
PORTARIA MMA Nº444)
Ainda não avaliado pela IUCN.
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
Espécie de corpo alongado e comprimido São animais ovíparos. A reprodução ocorre
lateralmente, cauda longa e membros no período chuvoso e a fêmea coloca de 7
curtos. Pálpebras fundidas. a 31 ovos.
DIETA
Alimenta-se de partes vegetais, como
flores e também de artrópodes como
gafanhotos, besouros, vespas etc.
FAMÍLIA:
Tropiduridae
NOME CIENTÍFICO:
Tropidurus torquatus (Wied-Neuwied, 1820)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de corpo robusto e deprimido, Alimentam-se de formigas, vespas,
membros longos e cauda relativamente aranhas, besouros e larvas de insetos.
curta. O comprimento rostro-cloacal pode Animais maiores podem ingerir partes
chegar a 14 centímetros, sendo os machos vegetais.
adultos maiores do que as fêmeas. O
dorso apresenta um fundo castanho com REPRODUÇÃO
diversos pontos negros e claros, formando A reprodução ocorre quase que
às vezes faixas transversais. inteiramente na estação chuvosa.
FAMÍLIA:
Teiidae NOME CIENTÍFICO:
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758)
CARACTERÍSTICAS DIETA
A espécie tem corpo cilíndrico e Tem dieta generalista, alimentando-
cauda circular. As patas traseiras são se tanto de invertebrados quanto de
comprimidas e robustas. Tem focinho pequenos vertebrados.
afilado. O comprimento corporal (sem a
cauda) pode atingir até 18 centímetros. REPRODUÇÃO
Possui vistosa coloração verde no dorso. Espécie ovípara, cava buracos sob rochas,
troncos caídos e montes de areia ou argila,
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA onde procura abrigo para depositar seus
Desde a Costa Rica até o norte da ovos. As ninhadas podem ter até 11 ovos.
Argentina. Ocorre em grande parte das
áreas tropicais e subtropicas da América COMPORTAMENTO
do Sul. Diurno, ativo nas horas mais quentes do
dia. Passa a maior parte do tempo em
HABITAT movimento termorregulando ou à procura
Típica de áreas abertas, a espécie é de alimento. Coloniza novas áreas com
encontrada no Cerrado, na Caatinga, nas relativa facilidade por se adaptar bem a
restingas, em bordas de mata e clareiras distúrbios antrópicos.
das florestas Atlântica e Amazônica.
STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
PORTARIA MMA Nº444)
Ainda não avaliado pela IUCN.
FAMÍLIA:
Teiidae
NOME CIENTÍFICO:
Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de grande porte, medindo cerca de Moluscos, artrópodes, vegetais, frutas,
1,40 metros. Apresenta membros e cauda ovos, roedores, aves e anfíbios.
longos e robustos. O dorso apresenta
faixas negras transversais que se alternam REPRODUÇÃO
com faixas mais claras. Ventre claro com Ovípara, deposita em média 25 ovos.
barras negras transversais irregulares. Os filhotes nascem esverdeados.
FAMÍLIA:
Teiidae
NOME CIENTÍFICO:
Tupinambis quadrilineatus (Manzani & Abe, 1997)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de pequeno porte quando Alimenta-se principalmente de artrópodes
comparada com outras do mesmo gênero, e moluscos, ingerindo pouca quantidade
tendo sido observados espécimes com no de material vegetal e vertebrados, quando
máximo 25,4 cm de comprimento. Possui comparada com outras espécies de maior
coloração enegrecida intercalada com porte do mesmo gênero.
manchas mais claras que variam do cinza
ao amarelo por todo o dorso. REPRODUÇÃO
Ainda não estudada. Não há publicações.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Ocorre nos estados de Mato Grosso, Goiás, COMPORTAMENTO
Tocantins, Minas Gerais e no sudeste do Diurno e terrestre. Busca ativamente seu
Pará. alimento.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Colobosaura modesta (Reinhardt and Lütken, 1862)
Gymnophtalmidae
FAMÍLIA:
Gymnophtalmidae NOME CIENTÍFICO:
Micrablepharus atticulus (Rodrigues, 1996)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de corpo cilíndrico e alongado, Alimenta-se de artrópodes.
com membros curtos e cauda longa. O
comprimento rostro-cloacal pode chegar REPRODUÇÃO
a 4 centímetros. O dorso é marrom- As ninhadas possuem de um a dois ovos.
esverdeado. De cada lado do corpo existem
duas faixas longitudinais brancas. O ventre COMPORTAMENTO
é branco e a cauda é de um azul brilhante. Espécie diurna e heliotérmica que pode
Membros anteriores com quatro dígitos. ser observada forrageando, em constante
Pálpebras ausentes. movimento, em meio a moitas de capim
ou folhiço. Quando avistada, pode ficar
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA imóvel, tentando se camuflar.
Ocorre no Brasil, aparentemente restrita
ao bioma do Cerrado. STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
PORTARIA MMA Nº444)
HABITAT Ainda não avaliado pela IUCN.
São encontradas em áreas abertas de
Cerrado.
CARACTERÍSTICAS DIETA
Mede até 76 centímetros. Apresenta corpo Alimenta-se de pequenos invertebrados,
cilíndrico, focinho arredondado, cauda larvas de cupins e outros insetos.
curta e sem patas. Escamas em forma de
anéis em volta do corpo. REPRODUÇÃO
Ovípara, colocando de 8 a 16 ovos.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
É encontrado em grande parte da América COMPORTAMENTO
do Sul e Panamá. Espécie diurna, sendo mais ativa pela
manhã. É fossorial, passando a maior parte
HABITAT do tempo sob o solo.
Vive em ambientes abertos e bordas de
mata. STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
PORTARIA MMA Nº444)
Menos preocupante.
FAMÍLIA:
Boidae NOME CIENTÍFICO:
Boa constrictor (Linnaeus, 1758)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de serpente áglifa (sem peçonha) Alimenta-se basicamente de aves e de
que pode medir mais de 3 metros. pequenos e médios mamíferos que matam
Apresenta cabeça triangular coberta com por constrição.
pequenas escamas e olhos com pupilas
em fenda. O corpo é volumoso e apresenta REPRODUÇÃO
coloração marrom-acinzentada ou Espécie vivípara, que gera em média 20
avermelhada. filhotes.
FAMÍLIA:
Dipsadidae
NOME CIENTÍFICO:
Erythrolamprus poecilogyrus (Wied-Neuwied, 1825)
CARACTERÍSTICAS
Espécie de serpente áglifa que mede
cerca de 79 centímetros. Apresenta olhos
com pupilas redondas e língua escura. DIETA
Adultos têm o dorso vermelho com faixas Alimenta-se de anfíbios anuros, inclusive
esverdeadas. sapos.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA: Erythrolamprus reginae (Linnaeus, 1758)
Dipsadidae
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
A espécie apresenta coloração dorsal Espécie ovípara. A reprodução ocorre ao
parda esverdeada, e ventre branco e longo de todo ano e as ninhadas podem ter
amarelo. Mede entre 7 a 8 centímetros de entre quatro e seis ovos.
comprimento. Serpente áglifa. A espécie
possui dimorfismo sexual, sendo as fêmeas COMPORTAMENTO
maiores do que os machos. Apresenta hábitos terrestres, sendo
encontrada em folhiço e áreas abertas.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Achatam o corpo dorso-ventralmente
Ocorre da Venezuela até o sudeste do para parecer mais larga. Quando se sente
Brasil. ameaçada pode liberar uma descarga
cloacal de cheiro forte. Adapta-se bem a
HABITAT distúrbios antrópicos.
Vive em ambiente florestal.
STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
DIETA PORTARIA MMA Nº444)
Alimenta-se principalmente de anfíbios Menos preocupante.
anuros e lagartos. Pode também predar
peixes.
FAMÍLIA:
Dipsadidae NOME CIENTÍFICO:
Oxyrhopus guibei (Hoge & Romano, 1977)
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie opistóglifa (peçonha situada Alimenta-se principalmente de lagartos
na parte posterior do maxilar superior) e pequenos roedores mas pode também
com tamanho corporal entre 61,8 e 81,5 predar aves.
centímetros. Possui coloração típica de
coral, constituída por duas bandas brancas REPRODUÇÃO
e três bandas pretas alternadas, formando Há dimorfismo sexual, sendo as fêmeas
tríades separadas por um anel vermelho. maiores que os machos. É ovípara e a
reprodução ocorre durante todo o ano.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Ocorre do Nordeste ao Centro-Oeste e Sul COMPORTAMENTO
do Brasil, bem como na Bolívia, Paraguai, Terrícola, apresenta atividade crepuscular
Uruguai e Norte e Nordeste da Argentina. e noturna, porém pode ser encontrada em
atividade também durante o dia. Mimetiza
HABITAT a coral peçonhenta ao longo da sua
Típica de áreas abertas, costuma ocorrer em distribuição geográfica, principalmente
bordas de matas e clareiras, sendo também a Micrurus frontalis, com a qual possui
encontrada em áreas agrícolas. Por ser uma semelhança no padrão de coloração. Não é
espécie de áreas abertas, pode também agressiva, raramente morde.
ser considerada invasora, cuja distribuição
geográfica vem se ampliando à medida que STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
áreas de florestas são alteradas. PORTARIA MMA Nº444)
Ainda não avaliado pela IUCN.
NOME CIENTÍFICO:
FAMÍLIA:
Philodryas olfersii
Dipsadidae
CARACTERÍSTICAS DIETA
Espécie de tamanho mediano, atingindo Alimenta-se de aves, pequenos lagartos,
1,5 metro. Cauda relativamente longa. anfíbios e pequenos mamíferos.
Possui coloração verde-oliva no dorso e
verde-claro no ventre. REPRODUÇÃO
Ovípara, colocando de sete a oito ovos que
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA eclodem no período chuvoso.
Possui ampla distribuição na América do
Sul a leste dos Andes, desde as Guianas até COMPORTAMENTO
o Uruguai. Defende-se fugindo rapidamente, porém,
se acuada, pode morder, inoculando
HABITAT veneno de ação local causando extensos
Apresenta hábito sub-arborícola. edemas.
Encontrada tanto em florestas como em
ambientes abertos e bordas de mata. STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
PORTARIA MMA Nº444)
Ainda não avaliado pela IUCN.
CARACTERÍSTICAS HABITAT
Espécie de pequeno porte com Primariamente terrícola, mas
comprimento corporal que varia entre eventualmente encontrada sobre a
30 e 60 centímetros. Apresenta padrão vegetação. Pode às vezes ser observada
característico com bandas pretas em meio a plantações agrícolas,
bordejadas por uma fina faixa branca principalmente pés de alface.
e separadas por uma banda marrom.
Possui um anel claro no focinho que a DIETA
distingue de S. neuwiedi. São muitas vezes É uma espécie malacófaga, ou seja,
confundidas com jararacas devido a alimentam-se de moluscos.
este padrão de manchas escuras. Possui
dentição áglifa (sem peçonha). REPRODUÇÃO
É uma espécie ovípara com reprodução
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA sazonal ocorrendo de agosto a janeiro.
Tem ampla distribuição, ocorrendo do
Norte e Nordeste do Brasil até a Argentina. COMPORTAMENTO
Possui hábito noturno.
FAMÍLIA:
Viperidae
NOME CIENTÍFICO:
Bothrops moojeni (Hoge, 1966)
CARACTERÍSTICAS REPRODUÇÃO
Espécie de médio porte, coloração clara O período de vitelogênese se inicia no
com manchas triangulares mais escuras na início da estação seca com a ovulação
lateral do corpo. Apresenta fosseta loreal ocorrendo nos meses de julho. Os filhotes
(órgão sensorial que fornece percepção nascem no mês de dezembro e janeiro, na
térmica do ambiente). estação chuvosa.
FAMÍLIA:
Viperidae NOME CIENTÍFICO:
Crotalus durissus (Linnaeus, 1758)
CARACTERÍSTICAS DIETA
A espécie apresenta coloração pardo- Alimenta-se principalmente de pequenos
escura com losangos alternados. Pode roedores, entretanto aves e lagartos
ser reconhecida pela presença de um também podem fazer parte da dieta.
chocalho na extremidade da cauda. São
peçonhentas e seu veneno tem ação REPRODUÇÃO
neurotóxica, paralisando as presas. Machos e fêmeas apresentam acentuado
Alcança 1,8 metro de comprimento. dimorfismo sexual, tendo os machos um
corpo de padrão mais alongado, e as
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA fêmeas um corpo mais largo. São vivíparas,
Tem ampla distribuição, sendo encontrada ou seja, os filhotes já nascem formados,
no México, América Central e do Sul. Nesta com aparência muito próxima da que terão
última, sua distribuição se estende da quando adultos. Suas ninhadas costumam
Colômbia até a Argentina. ter em média 11 filhotes.
HABITAT COMPORTAMENTO
Embora esteja frequentemente associada Não costuma ser agressiva, fugindo da
a áreas abertas, recentemente tem sido presença humana ou sinalizando com o
reportada em áreas florestadas que chocalho. Ataca apenas quando estão
sofreram fragmentação. Costuma viver forrageando ou se sentem ameaçadas.
em ambientes pedregosos. No Brasil,
é encontrada predominantemente no STATUS DE AMEAÇA (IUCN, 2012;
Cerrado e na Caatinga. PORTARIA MMA Nº444)
Menos preocupante.
Nestas tabelas são indicadas apenas as espécies que constam neste guia com suas respectivas descrições
Nestas tabelas são indicadas apenas as espécies que constam neste guia com suas respectivas descrições
Eiten, G., 1972. The cerrado vegetation of Brazil. Botanical Review, 38:
205-341.
IUCN, 2016 - The IUCN Red List of Threatened Species. Versão 2016.3.
Disponível em: www.iucnredlist.org. Acessado em 15 de janeiro de 2017.
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Pough, F. H.; Andrews, R. M.; Cadle, J. E.; Crump, M. L.; Savistsky, A. H. &
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