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Plano Catequético Paroquial

1.     INTRODUÇÃO
“Não nascemos cristãos, mas tornamo-nos cristãos”, (Tertuliano, escritor do século II).

“Conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber;


tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas,
e fazê-lo conhecido com nossas palavras e obras é nossa alegria”, (DAp 29 e IVC 167).

A Iniciação Cristã (IC) é um processo unitário litúrgico-catequético para a iniciação


da fé; um processo através do qual a pessoa é inserida no mistério de Cristo, morto e
ressuscitado, se torna discípula de Cristo e em seguida é admitida aos sacramentos do
Batismo, da Crisma e da Eucaristia. O processo da IC é maior do que a catequese, que é a
serviço da IC e é só um dos momentos da IC. “A IC que inclui o kerygma é a maneira pratica
de colocar alguém em contato com Jesus e iniciá-lo no discipulado”, (DAp 288).
“Sentimos a urgência de desenvolver em nossas comunidades um processo de
iniciação na vida cristã que comece pelo kerygma e, guiado pela Palavra de Deus, conduza a
um encontro pessoal, cada vez maior, com Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito homem,
experimentado como plenitude da humanidade e que leve à conversão, ao seguimento em
uma comunidade eclesial e a um amadurecimento de fé na prática dos sacramentos, do
serviço e da missão”, (DAp 289).
A Iniciação Cristã acontecia através de um método chamado catecumenato. Este
método marcou os primeiros tempos da Igreja e levava a pessoa a fazer uma experiência
profunda com Jesus Cristo e seu reino. Não era apenas dá noções dos valores evangélicos e
em seguida receber os sacramentos ou ingressar em um grupo, era um verdadeiro encontro,
uma experiência de vida que encantava, empolgava, apaixonava a pessoa, no amor a Deus e
aos irmãos.
Também hoje, iniciar à vida cristã é mergulhar na pessoa de Jesus, porque a vida
cristã não é uma doutrina, não é uma filosofia, não é um código moral. Não se pode falar de
curso para o Batismo, curso para a primeira Eucaristia. A catequese é para inserir na
comunidade, na vida da Igreja: não é a preparação para um sacramento, mas para a vida
cristã. “Aqueles que receberam de Deus por meio da Igreja a fé em Cristo, sejam admitidos
ao catecumenato, mediante a celebração de cerimônias litúrgicas; o catecumenato não é
mera exposição de dogmas e preceitos, mas uma formação e uma aprendizagem de toda a
vida cristã, prolongada de modo conveniente, por cujo meio os discípulos se unem com
Cristo, seu mestre”, (AG 14).
Etimologicamente a palavra “iniciação” vem do latim “in-ire”, ou seja, ir para dentro;
donde: “ïn-iter”, ou seja, ingresso, en-caminhamento. Iniciação é o processo que
coloca alguém na condição de entrar num novo estado de vida, numa comunidade.
Conforme o célebre texto de Atos 2,42-47, o aprendizado da vida cristã, realizado no
seio mesmo da comunidade, compreende estas quatro dimensões básicas:
1) O ensino dos Apóstolos: conhecimento e adesão à Mensagem - Kerygma
2) Vida de comunhão: uma fraternidade conforme o Evangelho –  Koinonia 
3) Frequência da Fração do Pão, Oração: celebração da Páscoa do Senhor - Liturgia
4) Partilha dos bens: “tinham tudo em comum” - serviço ao irmão -  Diakonia
“A paróquia precisa ser o lugar onde se assegure a iniciação cristã e terá como
tarefas irrenunciáveis: iniciar na vida cristã os adultos batizados e não suficientemente
evangelizados; educar na fé as crianças batizadas em um processo que as leve a completar
sua iniciação cristã; iniciar os não batizados que, havendo escutado o kerygma, querem
abraçar a fé”, (DGAE 2008-2010 n. 63; citando DAp 293).
Muitas vezes “iniciação cristã” e “catecumenato” são tomados hoje como sinônimos;
entretanto, faz-se necessário uma distinção, uma vez que a iniciação põe o acento no
sacramental e o catecumenato está relacionado com a catequese. O catecumenato se define
como processo educativo-cristão, demarcado por tempos e etapas, dirigido a convertidos, no
seio de uma comunidade eclesial, por meio de uma regeneração sacramental.
A iniciação Crista é um processo, porque assinalado por etapas sucessivas, e
desenvolve-se de forma progressiva. Este processo é unitário porque os três sacramentos
(Batismo, Crisma, Eucaristia) são um só (cf. IVC 87). Precisa compreender a mútua relação e
a unidade de sentido entre os três, superando a fragmentação e a desarticulação na
catequese. Os três sacramentos tem uma única finalidade: a maturidade em Cristo.
“A catequese não é uma supérflua introdução na fé, um verniz ou um cursinho de
admissão à Igreja. É um processo exigente, um itinerário prolongado de preparação e
compreensão vital, de acolhimento dos grandes segredos da fé (mistérios), da vida nova
revelada em Cristo Jesus e celebrada na liturgia”, (DNC 37).
“A finalidade da catequese é aprofundar o primeiro anúncio do Evangelho; levar o
catequizando a conhecer, acolher, celebrar e vivenciar o mistério de Deus, manifestado em
Jesus Cristo, que nos revela o Pai e nos envia o Espírito Santo. Conduz a entrega do coração a
Deus, à comunhão com a Igreja, corpo de Cristo”, (DNC 43).
Sujeito da evangelização é toda a comunidade, principalmente os adultos em geral e
os pais: “O que nós ouvimos, o que aprendemos, o que nossos pais nos contaram, não
ocultaremos a seus filhos; mas vamos contar à geração seguinte as glórias do Senhor, o seu
poder e os prodígios que operou”, (Sal 78 (79)).
Fontes da catequese são a Bíblia e a Tradição: “A catequese há de haurir sempre o
seu conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na Sagrada
Escritura, porque a Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só depósito
inviolável da Palavra de Deus, confiada à Igreja”, (CT 27 e DGC 95-96).
Três exigências da catequese: “É preciso para a solidez da educação da fé e para
edificar personalidades e comunidades cristãs maduras, coerentes, que o conteúdo da
Catequese seja unitário, orgânico e integral”, (CR 94). “Aqueles que se tornam discípulos de
Cristo têm o direito de receber a Palavra da fé não mutilada, falsificada ou diminuída, mas
sim plena e integral, com todo o seu rigor e com todo o seu vigor. Atraiçoar em qualquer
ponto a integridade da mensagem é esvaziar perigosamente a própria catequese e
comprometer os frutos que Cristo e a comunidade eclesial têm o direito de esperar dela”,
(CR 99, citando CT 30). “Outra exigência, que explicita e complementa as duas primeiras, é a
da hierarquia das verdades. Na formulação de sua mensagem, a Igreja sempre reconheceu a
prioridade de algumas: isto não significa que algumas verdades pertençam à fé menos que
outras, mas que algumas verdades se fundam sobre outras mais importantes, e são por elas
iluminadas”, (CR 100 ; DGC 111-115 e DNC 127-131).
Podemos acrescentar com uma quarta exigência, lembrando que a catequese deve
ser permanente, isto é: acompanha todos os momentos da vida cristã, perseguindo o sempre
melhor conhecimento dos mistérios de Cristo e da sua Igreja. “A catequese não deve ser só
ocasional, reduzida a momentos prévios aos sacramentos ou à iniciação cristã, mas sim um
itinerário catequético permanente”, (DAp 298).
Daqui nasce também a exigência da continuidade da catequese: se falta um
catequista outro ajuda; em ocasiões especiais quando pode até faltar a maior parte deles
(concursos públicos, formações, eleições) a catequese acontecerá reunindo os diferentes
grupos numa única sala, mas sempre vai ter catequese.
Foi assim no começo da Igreja (Jo 1,38-45): Jesus formou discípulos, devagar. Houve
um primeiro chamado, um aprendizado e um convívio. Houve etapas na missão, um envio,
aprofundamentos. Mas mesmo assim não estavam totalmente prontos para a tarefa de ser
Igreja até que viveram a experiência do mistério pascal.
Tudo começa com uma busca (cf. Jo 1,38): “Que procurais?” pergunta Jesus; isso gera
um encontro (cf. Jo 1,38-39): “Onde moras?” dizem eles. No fundo estão perguntando: “Como
te conheceremos melhor?” Jesus responde: “Vinde e vede!”; e produz conversão: eles vão,
vêem... e decidem segui-lo. O processo vai produzindo comunhão: permaneceram com ele
(cf.Jo 1,39), que leva à missão: cada discípulo atrai outros (cf. Jo 1,40-41.45), para anunciar
juntos a boa nova (cf. Mc 3,14 e cf. Jo 17,20-23) e fazer discípulos em todos os povos (cf. Mt
28, 19).
2.     BREVE HISTÓRIA DO CATECUMENATO E REALIDADE ATUAL
1.    A partir de Pentecostes a Igreja cresceu através de um processo de iniciação. Numa
sociedade ainda não marcada pela cultura cristã, pessoas aderiam ao projeto do Reino
tornando-se discípulas. Essa iniciação foi bem feita, sustentou mártires e possibilitou a
expansão do Evangelho pelo mundo. Mesmo quando ainda não eram tantos, os cristãos eram
firmes o bastante para que o império, que a princípio os perseguia, os aceitasse e mais tarde
até os tornasse representantes da “religião oficial”. Não se consegue isso com cristãos só de
nome. Foi preciso uma sólida iniciação, para vencer tempos difíceis.
2.     O caminho da iniciação ficou evidente, a partir do século II, com a estruturação
do catecumenato para promover a introdução dos novos convertidos na vida da Igreja. O
objetivo era o aprofundamento da fé, como adesão pessoal a Jesus Cristo e a tudo que ele
revela. Era o caminho ordinário para conduzir principalmente os adultos (e não as crianças)
aos mistérios divinos, à profissão de fé e à participação na comunidade.
3.     Quando o cristianismo começou a ser religião aceita e, posteriormente tornada religião
oficial do Império (com Constantino e Teodósio), o catecumenato foi reduzido
à Quaresma até desaparecer e ser substituído pelo Batismo de massa. Ser cristão começa a
ser situação comum e abre-se a possibilidade do batismo ministrado às crianças. No século
VI desaparece o catecumenato propriamente dito; catequese e liturgia se distanciam e a
catequese vai se dirigindo às crianças. Era natural também que, numa sociedade
nominalmente cristã, a “iniciação” fosse feita por imersão no próprio ambiente cultural.
Iniciava-se o longo período do catecumenato social no contexto da cristandade.

4.     Jesus respondeu aos que o buscavam: “Vinde e vede!”. Eles foram, viram, se encantaram
com o que vivenciaram, ficaram, aprenderam, depois partiram em missão com a vida
transformada para sempre. A iniciação à vida cristã supõe uma comunidade que passe no
teste do “Vinde e vede”. Iniciação não é só aprendizado de doutrina. É inserção na totalidade
da experiência de fé dentro de uma comunidade em que se identifica a presença ativa do
fermento do evangelho e a força transformadora do amor de Jesus.
5.    Jesus, ao falar do Reino, chama-o de mistério: “A vós é confiado o mistério do Reino de Deus”
(Mc 4,11; cf. Mt 13,11; cf. Lc 8,10). Ser cristão é participar desse mistério e se comprometer
com ele. Requer uma mudança de vida, é fruto de experiência, não apenas de conhecimento.
Mistério é a realidade do Reino de Deus presente em Jesus.
6.    A mensagem cristã apresentada como mistério leva naturalmente à realidade da iniciação.
No nosso imaginário o mistério carrega em si algo de fascinante, sublime, surpreendente,
deslumbrante, inacessível ao simples mortal; enfim, algo de divino, de fantástico e
espantoso. O mistério é um segredo que se manifesta somente aos iniciados. Diferentemente
de outros conhecimentos ou práticas, não se tem acesso ao mistério através de um ensino
teórico, ou com a aquisição de certas habilidades. Para ter acesso aos divinos mistérios a
pessoa precisa, de uma maneira ou de outra, ser iniciada a essas realidades maravilhosas
através de experiências que a marcam profundamente.
7.    O Documento de Aparecida é enfático ao falar da necessidade urgente de assumir o processo
iniciático na evangelização: “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato
com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão
evangelizadora. Tarefa irrenunciável de oferecer modalidade de iniciação cristã,” (nº 287-
294).
8.    A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja (cf. CD  14, SC 64-68 e AG 14), com a
devida enculturação, quer retomar a dimensão mística e de celebração da catequese,
considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma
autêntica experiência cristã,  na integridade de suas várias dimensões.

3.     ESQUEMA GERAL DO CATECUMENATO  (apresentação


tradicional)

PRÉ-CATECUMENATO (1º tempo). No modelo catecumenal, em qualquer época do ano, as


pessoas que querem viver o processo são recebidas por um catequista. São também
acompanhadas por um introdutor ou introdutora, vão entrando em contato com a
comunidade e com o ministro ordenado. Faz-se um primeiro anúncio (ou o novo anúncio,
dependendo do caso) do mistério de Cristo, no diálogo com a pessoa, sua cultura e
experiência religiosa. Esse é o tempo do despertar ou reavivar a fé em Jesus Cristo e a
conversão, da percepção da função da Igreja. O caminhante é incentivado a vivenciar a fé
pela oração e pela mudança de relações com os outros e com a vida.
a.       Rito de admissão ao catecumenato (1ª etapa). Os candidatos são marcados por uma
primeira grande celebração, que é o rito de entrada no catecumenato. Nela eles são
assinalados com a cruz do Senhor, pois pela fé já participam do mistério da morte e
ressurreição. Depois são convidados a entrar na igreja e a ouvir a Palavra de Deus junto com
a comunidade. Recebem o Livro da Palavra como sinal de sua condição de ouvintes da
Palavra. Assim são acolhidos no seio maternal da Igreja e reconhecidos como iniciantes no
discipulado, catecúmenos.
CATECUMENATO (2º Tempo). Tendo sido feita a acolhida como catecúmenos na celebração
da primeira etapa, se inicia o catecumenato propriamente dito; é a fase mais longa de todo
processo de iniciação à vida cristã. Durante este tempo os catecúmenos criam familiaridade
com a Palavra de Deus, recebem formação catequética, são iniciados nos ritos litúrgicos e
exercitam-se na prática da vida cristã. Pede-se deles uma progressiva mudança de
mentalidade e dos costumes com suas consequências sociais. “A formação propriamente
catecumenal, conforme a mais antiga tradição, se realiza através da narração das
experiências de Deus, particularmente da História da Salvação mediante a catequese
bíblica”, (cf. DNC , 47).
b.      Celebração da eleição ou inscrição do nome (2ªetapa). Acontece no início da quaresma e
encerra-se o catecumenato propriamente dito e dá-se início ao tempo da purificação e
iluminação. É uma celebração muito solene porque é um momento forte de todo o
catecumenato. Os catecúmenos declaram diante do bispo ou seu representante o desejo e a
decisão de se tornarem cristãos.
PURIFICAÇÃO E ILUMINAÇÃO (3º. Tempo). Nos quarenta dias da quaresma acontece o tempo
de purificação e iluminação. Os catecúmenos são ajudados na revisão de vida e no retorno ao
primeiro encontro com o Senhor. É um tempo em que se realça mais o cultivo da vida
interior. Procura-se purificar os corações e espíritos pelo exame de consciência e pela
penitência. São próprios deste tempo os escrutínios, as entregas do Símbolo (Credo),
da Oração do Senhor (Pai-Nosso). Os escrutínios realizam-se no 3º, 4º e 5o Domingos da
Quaresma.
c.       Celebração dos sacramentos da iniciação (3ª etapa). Na noite da Páscoa ou no Tempo Pascal
os iniciados recebem os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia. É a terceira
grande celebração ou etapa. “Os eleitos, tendo recebido o perdão dos pecados, são
incorporados ao povo de Deus, tornam-se seus filhos adotivos, são introduzidos pelo
Espírito, na prometida plenitude dos tempos” (RICA 27).
MISTAGOGIA (4ºTempo). Ao longo do tempo pascal, acontece um prolongamento da
experiência dos iniciados, um mergulho maior no mistério: o tempo da mistagogia. É este o
último tempo da iniciação. Nele “se obtém o conhecimento mais completo dos mistérios
através das novas explanações e sobretudo da experiência dos sacramentos recebidos”
(RICA 38). “Para encerrar o tempo da mistagogia, realiza-se uma celebração ao terminar o
tempo pascal, nas proximidades do domingo de Pentecostes, até mesmo com festividades
externas” (RICA  237).

4.     DESAFIOS ATUAIS
 “Hoje um dos desafios de nossa pastoral é a transmissão da fé às novas
gerações (suscitar a fé), incorporar as pessoas na comunidade cristã, celebrar consciente e
profundamente os sacramentos e manter e alimentar a fé recebida e professada. Para os
batizados mas não evangelizados, apresenta-se o desafio de uma re-iniciação na comunidade
e na vida cristã, já que o batismo os iniciou “sacramentalmente” na fé. Paralelamente, o
desafio também é a luta contra o fenômeno da descristianização de grande parte da
população, fomentada pelo secularismo, consumismo materialista e ideologias anticristãs”,
(3ª semana brasileira de catequese, 2009).

  “A iniciação cristã é um desafio que devemos encarar com decisão, com coragem e
criatividade, visto que em muitas partes a iniciação cristã tem sido pobre e fragmentada. Ou
educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-
as para seu seguimento, ou não cumprimos nossa missão evangelizadora”, (DAp 287). Temos
uma multidão iniciada ontologicamente na fé, mas não existencialmente.

  “Muitos buscam os sacramentos para si ou para seus filhos sem motivações tão
claras; frequentam a Missa ou outras praticas de devoção tendo em vista alcançar graças,
milagres, favores...”, (IVC 105). Outras vezes nem frequentam a comunidade e voltam a
dialogar com alguém da igreja na ocasião da necessidade do sacramento: podem estar com
medo, não conseguem entender porque precise uma catequese, vão atrais de lugares com
menos encontros e menos burocracia. Buscam sacramentos e não vida de fé, não desejam
nenhum compromisso ou responsabilidade, não querem mudar a própria vida.

 “São muitos os cristãos que não participam da Eucaristia dominical nem recebem
com regularidade os sacramentos, nem se inserem ativamente na comunidade eclesial. (...)
Além disso, temos alta porcentagem de católicos sem a consciência de sua missão de ser sal e
fermento no mundo, com identidade cristã fraca e vulnerável”, (DAp 286).

 Outro desafio é compreender como os três sacramentos da iniciação Crista são uma
única realidade, porque única é a ação que liberta os seres humanos das trevas e doa o
espirito de filhos adotivos; única é a união a Cristo, que confere a capacidade de viver a
mesma vida de doação. “Os fiéis, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento
da Confirmação e nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia”,(CIC 1212). O
catequista da Eucaristia, não pode não dialogar com o catequista da Crisma e aquilo do
Batismo: é a única iniciação cristã!

 A nível diocesano, onde mais e onde menos, temos ainda uma evasão seja de
catequistas que de crianças. É pouca a participação dos catequistas nas formações e ainda
menor a participação da família na catequese. A comunidade não vive a responsabilidade do
anúncio e do testemunho da fé na frente das novas gerações.

 O desafio de uma catequese que não seja só para as crianças, uma


catequese com adultos, uma catequese permanente. “Jesus evangelizou os adultos e
abençoou as crianças. Nós muitas vezes fazemos o contrário”, (IVC 10). A iniciação à vida
cristã de crianças e adolescentes precisa de comunidades adultas na fé, testemunhas fortes e
fiéis, modelos de vida.

5.     DIMENSÕES DUMA CATEQUESE QUE INICIA À VIDA CRISTÃ


①  DIMENSÃO CRISTOCENTRICA (DGC 98-100 e CR 95-96)  

“A unidade do conteúdo da Catequese se faz ao redor da pessoa de Jesus Cristo. É


o cristocentrismo da Catequese, (...) tão ricamente ilustrado pelo Papa João Paulo II no
capítulo I da Catechesi Tradendae (nº 5-9)”, (CR 95). “Cristocentrismo significa não só que
Cristo deve aparecer na Catequese como a chave, o centro e o fim do homem, bem como de
toda a História humana (GS 10), mas que a adesão à sua pessoa e à sua missão, e não só a um
núcleo de verdades, é a referência central de toda a Catequese (cf. EN 22)”, (CR 96).
Precisa centralizar a catequese ao redor do Tríduo Pascal, incluindo tanto sua fase
de preparação (Quaresma), quanto sua fase posterior (Tempo Pascal).
Catequese querigmatica, quer dizer cristocéntrica, porque o centro do primeiro anúncio é a
pessoa de Jesus, e portanto uma catequese trinitária: porque Jesus revela o Pai, no Espírito
Santo.
②  DIMENSÃO BÍBLICA (DNC 106-114)

No centro da espiritualidade de Israel está a Palavra pela qual Deus se fez conhecer e
que ajuda a interpretar os novos acontecimentos da história. Logo, toda ação
evangelizadora, tanto no Antigo como no Novo Testamento, era perpassada pela dimensão
Bíblico-Catequética.
 “Todo roteiro catequético deverá incluir estímulos e orientações com vista a uma
leitura da Bíblia, segundo um plano adequado à idade e às condições culturais do leitor. O
plano deve favorecer uma leitura interessante, viva, com acesso direto aos textos, ajudando
a compreensão da mensagem, assim como o Magistério da Igreja a interpreta (cf. DV 10b)”,
(CR 88).
“Nossa recente tradição catequética tem valorizado a Sagrada Escritura
como livro de catequese por excelência: os textos catequéticos lhe servem de
complementação (cf. TM 24 e CR 154) em sintonia com o DGC: A Igreja quer que, em todo o
ministério da Palavra, a Sagrada escritura tenha uma posição pró-eminente (DGC 127)”,
(DNC 107).
“A iniciação à leitura da Bíblia, na Catequese, deve levar não só ao contato com a
Palavra de Deus na leitura pessoal ou grupal da Escritura, mas principalmente à
compreensão da Palavra proclamada e meditada na Liturgia”, (CR 89).
③  DIMENSÃO LITURGICA (DNC 115-122)

“A Liturgia, com sua peculiar organização do tempo (domingos, períodos litúrgicos


como Advento, Natal, Quaresma, Páscoa etc.) pode e deve ser ocasião privilegiada de
Catequese, abrindo novas perspectivas para o crescimento da fé, através de orações,
reflexão, imitação dos santos, e descoberta não só intelectual, mas também sensível e
estética dos valores e das expressões da vida cristã”, (CR 90).
A catequese conduz o batizado à participação plena, ativa e frutuosa na liturgia. Uma
catequese relacionada com o ano litúrgico e apoiada nas celebrações, que valoriza a
participação continuada na Eucaristia dominical e experimenta os sinais/ritos da liturgia
não somente como elementos deste mundo, mas também como realidades divinas.
 Não só pela riqueza de seu conteúdo bíblico, mas pela sua natureza de síntese e
cume de toda a vida cristã, a liturgia é fonte inesgotável da Catequese. Nela se encontram a
ação santificadora de Deus e a expressão orante da fé da comunidade. A catequese litúrgica é
também uma catequese orante, que reza e ensina a rezar; é uma catequese que envolve toda
a pessoa do catequizando na sua relação com Jesus e que ajuda a dialogar com Ele.
As celebrações litúrgicas, com a riqueza de suas palavras e ações, mensagens e
sinais, podem ser consideradas como uma catequese em ato. Mas, por sua vez, para serem
bem compreendidas e participadas, as celebrações litúrgicas ou sacramentais exigem uma
catequese de preparação ou iniciação (cf. DCG 25; CT 23)”, (CR 89). O RICA é o melhor
exemplo de unidade entre catequese e liturgia.
④  DIMENSÃO FAMILIAR

“Pelo sacramento do Matrimônio os pais recebem a graça e a responsabilidade de


serem os primeiros catequistas de seus filhos. Mesmo diante dos desafios atuais da família,
ela é chamada a dar os primeiros passos na educação da fé dos filhos”, (DNC 238). “Os pais
são os primeiros educadores da fé”, (DGC 255 e CR 121).
Sabemos que a família hoje é agredida por diferentes partes (cf. DNC 95), mas a
iniciação à vida crista não pode esquecer a família como lugar privilegiado do primeiro
encontro com Cristo, como originária dimensão eclesial e religiosa, como principal ente de
formação.
Prioritário é visitar e conhecer as famílias dos catequizandos, sem cansar de
convidar a família toda a participar do caminho da IVC. Também alguns encontros poderiam
acontecer nas casas. “Uma atenção especial se dê aos lares com dificuldades, tanto de
relacionamento como econômicas. É fundamental um trabalho integrado, de parceria, entre
catequese, pastoral familiar, pastoral da criança, pastoral do menor, pastoral da juventude e
outras”, (DNC 298).
“Mesmo com tantos desafios, a catequese acredita na família como ambiente
propício para o desenvolvimento da fé cristã. Catequese mais vivencial do que sistemática”,
(DNC 299).

⑤  DIMENSÃO DA VIDA COMUNITÁRIA (DGC 263-264 e DNC 301-302)

A comunidade cristã é o lugar por excelência da catequese: cada passo e cada etapa
da catequese acontece dentro da vida da comunidade.
            Para que a comunidade cristã seja um ambiente propício à catequese é necessário: ser
espaço acolhedor de amizade, de convivência humana e fraterna; ser espaço onde se
aprenda e se expresse solidariedade, integrando fé e vida; ser espaço de vida eclesial onde a
celebração da Eucaristia e dos sacramentos seja expressão da presença viva de Jesus; ser
espaço para o engajamento, segundo a idade e os carismas.
Sujeito da Iniciação à Vida Cristã é a comunidade inteira, uma comunidade
ministerial, que vivencia os sacramentos e a Palavra. Precisamos favorecer um maior
envolvimento da comunidade, para que se senta responsável por aqueles que dali em diante
fariam parte dela.
O catequizando deve participar da vida comunitária. Pertence às finalidades da
catequese introduzir na vida da comunidade e não se dá Iniciação Cristã sem participação
ativa e afetiva da vida de uma comunidade. Uma catequese em estilo catecumenal atua numa
pastoral de conjunto.

⑥  DIMENSÃO DA AÇÃO TRANFORMADORA

“O conhecimento intelectivo da fé requer a experiência pessoal e comunitária de


Deus e a caridade operativa para a mudança do mundo à luz dos valores do Reino”, (DNC 90).
A Vida Cristã é doação e o mesmo encontro com Cristo se realiza nesta doação:
“Todas as vezes que fizestes uma destas coisas ao menor dos irmãos, foi a mim que o
fizestes”, (Mt 2 5,40). Seguir Jesus significa servir os próprios irmãos (cf. Jo 13,1-16) e na
hierarquia dos valores e dos ensinamentos da catequese, prioritária é a caridade (cf. 1Cor
13,1-13).
“De um modo especial, a Catequese, em nosso contexto, procura esclarecer como
convém… realidades como a ação do homem para sua libertação integral, o empenho na
busca de uma sociedade mais solidária e fraternal e a luta pela justiça e pela construção da
Paz (CT 29; cf. EN 30-38; Medellín, Cat. 6)”, (CR 93).
            “Formar discípulos e missionários na América Latina significa animar homens e
mulheres a se comprometerem com sua realidade social, política e cultural; estarem abertos
ao dialogo com o mundo a serem defensores da vida, dos direitos humanos e da natureza”,
(III Semana Latino-Americana de Catequese, Colômbia 2006).
            “O serviço de caridade da Igreja entre os pobres é um campo de atividade que
caracteriza de maneira decisiva a vida cristã, o estilo eclesial e a programação pastoral”,
(DAp 394).
A catequese procura a conversão, uma vivência da fé, esperança e caridade, como
resultado da ação do Espírito Santo. “Unir o livro da vida com o livro da Bíblia”, (Carlos
Mesters).
⑦  DIMENSÃO MISSIONÁRIA

Quem encontra Jesus, não pode ficar calado. “Cada cristão e cada comunidade há de
discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar
esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias
que precisam da luz do Evangelho. A alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade
dos discípulos, é uma alegria missionária”, (EG 20-21). “Esse despertar missionário (...)
procurará colocar a Igreja em estado permanente de missão”, (DAp 551).
“A dimensão missionária da Iniciação Cristã, deve impregnar todas as estruturas
eclesiais e todos os planos pastorais da Diocese e paróquias. Requer uma real conversão
pastoral que vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral
decididamente missionária”, (cf. DAp 370).
“Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os
costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal
proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação”, (EG 27).

⑧  DIMENSÃO ECUMÊNICA (DGC 197 e DNC 217)

“A catequese assume a dimensão ecumênica no diálogo com os irmãos de outras


Igrejas e comunidades cristãs. Essa dimensão se realiza, sobretudo, com a exposição de toda
Revelação que tem a Igreja Católica como depositária, com o respeito à hierarquia das
verdades; ressalta a unidade na diversidade dos cristãos, porém suscitando o desejo de
unidade; prepara para conviver com outros grupos de cristãos, cultivando a própria
identidade católica e o respeito à fé dos outros. A dimensão ecumênica faz parte da doutrina
católica. Muitos católicos desconhecem o que a Igreja recomenda sobre o ecumenismo”,
(DNC 217).

6.     IDENTIDADE DO CATEQUISTA
O catequista deve ser pessoa convertida, evangelizada, entusiasmada. Pessoa de
oração diária, que fez a experiência do amor de Deus e dá catequese como um ato de amor. O
catequista reflete em seu rosto a alegria, o entusiasmo, o encantamento por Jesus Cristo, seu
reino e sua Igreja. Transmite uma experiência de vida, não uma teoria, nem uma doutrina
racional e vazia.
Dá catequese com alegria e os catequizandos são tocados pela alegria do catequista.
Esta alegria convence, inflama, atrai as pessoas ao seguimento de Jesus. A alegria é sinal da
fé, manifesta a experiência feita do amor de Deus e o desejo de comunicá-la.
Uma catequese dada com amor e por amor e dada com alegria, suscita no coração do
ouvinte a esperança de ser melhor, o desejo de mudar, a aspiração de se converter e se
salvar e de ajudar os outros a descobrirem este amor.
O catequista da Iniciação Cristã faz diariamente a meditação da Palavra de Deus, tem
seu ritmo de silêncio, de escuta, de oração pessoal, precisa permanecer na “escola da
Palavra” para interiorizar a mensagem e comunicá-la com ardor. Participa de toda a vida da
comunidade e principalmente da celebração festiva, que reconhece como centro da vida
espiritual. É um contemplativo que transmite o que armazena em seu coração. A boca fala do
que vem do coração. Na iniciação Cristã acontece a catequese apostólica: “Chamou-os, para
estar com Ele e enviou-os a evangelizar” (Mc 3,14-15).
Ele se preocupa da preparação das atividades catequéticas: uma preparação que
inicia bem antes, participando das formações e estudando, e uma preparação próxima, pela
especifica atividade semanal. Não é vergonha dizer que não sabe, vergonha é não querer
estudar.
O catequista está consciente de pertencer a uma comunidade, age em nome da
comunidade, interagindo sempre com os outros catequistas e todas as pastorais.
Vive a própria missão como um ministério, realizado em nome da Igreja,
fundamentado na graça batismal e dos outros sacramentos da iniciação crista.
7.     CALENDÁRIO PARA UMA INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
PREMISSAS
O calendário anual da catequese prevê o acompanhamento do Ano Litúrgico,
iniciando no mês de agosto e tendo três meses de introdução básica, que transforme a turma
de crianças em pequena comunidade de vida cristã. Os primeiros três meses ajudarão no
conhecimento recíproco, na visita das famílias, na aprendizagem das regras fundamentais
de relacionamento e introduzirão na metodologia da Iniciação Cristã. Cada mês será
caraterizado por um tema principal: Vocação, Bíblia, Missão.
Novembro será o mês da solene entrada no catecumenato. No primeiro domingo do
advento inicia o ritmo do ano litúrgico, que passando pela celebração do Natal, chega ao
inicio da Quaresma no momento melhor do caminho pedagógico e encontra no Tríduo
Pascal o centro do percurso de fé e no Tempo Pascal a época melhor pela celebração dos
sacramentos da Iniciação Cristã.
No tempo inteiro da Iniciação à vida cristã haverão os ritos de entrega: Cruz, Bíblia,
Pai Nosso, Símbolo da Fé, ... Cada entrega não pode que acontecer uma única vez: o mesmo
catecúmeno não é bom que receba duas ou três vezes a cruz durante as celebrações da
própria comunidade, ou duas ou três vezes a Bíblia, ....
Os padrinhos do batismo serão sempre convidados a participar destes ritos, assim
como da Missa da Primeira Eucaristia e dos outros momentos significativos da vida religiosa
do próprio afilhado.
Os conteúdos específicos dos encontros de catequese serão diversificados segundo a
etapa do caminho de iniciação à vida cristã e por enquanto podemos utilizar a apostila
diocesana de 2011 aguardando as previstas indicações da CNBB.
Nesta seção vamos colocar os conteúdos gerais, que podem acompanhar todos os
grupos de catequese, as sugestões, as modalidades para vivenciar as dimensões que foram
apresentadas acima. Não quere se tornar regra prescritiva, mas sim proposta, na
possibilidade de mudanças, sobretudo na colocação no calendário.

JUNHO
®                Semana catequética diocesana: planejada para acontecer no final do mês. Será pelo
menos de três ou quatro dias, sendo que os primeiros um ou dois dias será de formação para
os catequistas iniciantes e a segunda parte para todos os catequistas.

JULHO (mês preparatório e de férias)


®                Colónia de férias (responsabilidade de todas as pastorais): com as crianças. Os jovens
e os adolescentes podem ajudar na animação dos momentos. É já uma primeira preparação
ao começo da catequese, desperta a atenção e tem sempre um tema educativo principal. Os
responsáveis das pastorais poderiam participar de alguns momentos e se apresentar.

AGOSTO (mês vocacional)


®                1° domingo: Dia do padre, abertura do ano catequético e do mês vocacional. Oração
pelas vocações, especialmente pelas vocações sacerdotais. Onde possível o padre visita os
grupos de catequese. Nas pequenas comunidades os primeiros encontros podem acontecer
reunindo todas as crianças no mesmo lugar.
®                2° domingo: Dia dos pais, falar da responsabilidade dos pais na educação cristã dos
filhos e da vocação à vida familiar: Jesus nasceu numa família.
®                3° domingo: Dia do religioso. Encontro com os religiosos da Paróquia (se tiver) e
oração pelas vocações religiosas. Que bom se fosse possível viver um retiro com todos os
catequistas.
®                4° domingo: Dia do catequista – envio dos catequistas na Paróquia (ou em cada
comunidade). Quando tiver um 5° domingo será o Dia dos diversos ministérios, celebrando a
ministerialidade de toda a Igreja ou também a Festa da Família.
·                    Este tempo, até o Rito de entrada no catecumenato, é chamado Pré-catecumenato.
·                    Em agosto haverá a primeira formação dos catequistas a nível paroquial ou o retiro.
·                    Conteúdo principal da catequese de agosto é a vocação: estamos aqui porque Jesus
nos chamou e tem um projeto sobre cada um de nós e sobre a comunidade. Narrar a História
da salvação (muito resumida) e a história da comunidade a qual pertencemos. Descoberta
da identidade pessoal: quem sou eu, quem somos nós, quem é Jesus para nós.
·                    Nos meses de agosto e setembro os catequistas visitam as famílias dos
catequizandos.
·                    Que bom seria se o padre pudesse ter uma pequena conversa com cada criança da
catequese; encontros de 5 minutos para deixar contar a cada uma a própria história de fé, as
alegrias e as preocupações. O padre depois poderia concluir falando contemporaneamente
com todo o grupo da vida pastoral da comunidade e da Paróquia e da esperança nas novas
gerações.

SETEMBRO (mês da Bíblia)


®                1° domingo: introdução à Bíblia, apreender a pesquisar os trechos bíblicos. O
encontro pode ser feito com a participação de um ministro da Palavra da Paróquia.
®                2° domingo: celebração da entronização da Bíblia na sala de catequese, num lugar
definitivo e significativo. Sempre a Bíblia estará presente na sala depois deste dia. O
encontro pode ser feito com a presença de alguém que participa dos círculos bíblicos
daquela comunidade.
®                3° domingo: Teatro bíblico e preparação da Feira bíblica.
®                4° domingo: Feira bíblica a nível paroquial ou de setor.
·                    No mês de setembro seria ótimo que cada grupo vivesse um retiro espiritual. Nas
comunidades menores o retiro poderia acontecer com todas as crianças juntas. O tema do
retiro pode ser “A oração: dialogar com Jesus”.

OUTUBRO (mês missionário)


®                1° domingo: celebração de abertura do mês missionário. O que é missão. Envio das
equipes do grupo da Perseverança.
®                2° domingo: Círio de Nazaré – não tem catequese neste dia.
®                3° domingo: Círio das crianças a nível paroquial ou de setor. O grupo Caminhando
com Jesus (os pequeninos) recebe a oração do Pai Nosso (entrega do Pai Nosso) na celebração
dominical, rezando todos juntos na frente do altar e da comunidade.
®                4° domingo: contar a vida de grandes missionários do Brasil. Projeto da pequena
biblioteca de livros religiosos na comunidade: pode se fazer um banco de venda na frente da
igreja ou pode houver o empréstimo a rodízio entre as crianças.

NOVEMBRO (mês da entrada no catecumenato)


®                02 de novembro: Dia dos Finados – celebração no cemitério com a presença da
catequese.
®                1° domingo: celebração lembrando o próprio batismo e o comum chamado à
santidade.
®                2° domingo: Rito de entrada no catecumenato eucarístico. Participam as crianças que
receberão pela primeira vez a Eucaristia no tempo pascal depois de um ano e meio de
catecumenato. Na celebração os catecúmenos receberão a cruz (Rito da entrega da Cruz) e o
livro “Deus fala aos seus filhos” (livrinho vermelho). Os catecúmenos que já fizeram o
primeiro ano receberão o texto do Hino à Caridade de 1Cor 13,1-13 (Rito da entrega do
Mandamento do Amor).
®                15 de novembro (feriado nacional): que tal viver um retiro com todos os catequistas
da Paróquia, tendo como tema: a espiritualidade do catequista?
®                3° domingo: Rito de entrada no catecumenato crismal. Participam os adolescentes
que receberão a Crisma no tempo pascal depois de um ano e meio de catecumenato crismal.
Na celebração os catecúmenos receberão a Bíblia (Rito da entrega da Bíblia). Os catecúmenos
que já fizeram o primeiro ano receberão o texto do Credo (Rito da entrega do Símbolo da Fé).
®                4° domingo: se for já o primeiro domingo do advento, passar ao esquema seguinte.
·                    Com a entrada no catecumenato termina o pré-catecumenato, tempo da primeira
adesão a Deus e do conhecimento do kerygma. O pré-catecumenato não tem durada fixa, o
grupo da catequese é aberto a novos ingressos; o catecumenato terá a durada de mais ou
menos um ano e meio e depois do rito de entrada.
·                    A entrada no catecumenato dos que manifestaram este desejo, e enquanto tais são
apresentados à Igreja pelos padrinhos, introdutores, ou pelos catequistas, supõe, em
primeiro lugar, exame sobre as motivações e a idoneidade de cada candidato, a quem se
pedirá para sua admissão: vida espiritual preliminar e os conhecimentos fundamentais da
doutrina cristã, a conversão inicial e a vontade de mudar de vida e de começar o trato com
Deus em Cristo, mínimo sentido da penitência e da prática de oração, primeira experiência
de trato com a comunidade cristã, (cf RICA, Obs. Prévias 15). Neste rito podem receber a
camisa da catequese.
·                    Tema catequese: o ano litúrgico, o significado dos tempos e as cores da liturgia;
introdução aos sacramentos.
·                    Se for possível poderia houver pra cada criança uma segunda conversa com o
padre, tendo esta vez como tema a oração pessoal.

ADVENTO e NATAL
®                1° domingo do advento: solene início do novo ano litúrgico e do tempo do advento,
apresentando o caminho no ritmo das quatro semanas. Coroa do Advento e sua explicação.
®                2° domingo do advento: dia da caridade, convidar membros da Cáritas paroquial.
®                3° domingo do advento: dia da alegria pela aproximação de Jesus.
®                4° domingo do advento:
·                    Advento de fraternidade: um compromisso de caridade que acompanhe as 4
semanas.
·                    Confissões em preparação ao Natal.
·                    Educar a preparar o Presépio na própria casa e na igreja, (Concurso dos
presépios?).
·                    Viver a Novena de Natal.
TEMPO DE NATAL
®                1° domingo depois do Natal – Sagrada Família de Jesus: é na ultima semana do ano
social. Rezar pra todas as famílias da Paróquia e agradecer por todos os dons que recebemos
no ano que está encerrando.
®                1° de janeiro – Maria Mãe de Deus: participar da Missa do início do ano. Não vai ter
catequese neste dia. Oração pela paz no mundo (dia mundial da paz).
®                2° domingo depois do Natal – Epifania: colocar os Magos no presépio da igreja e
celebrar a fé dos povos de todo o mundo. Último dia dos símbolos de Natal na igreja e nas
casas.
®                3° domingo depois do Natal – Batismo de Jesus: lembrar o nosso batismo,
compreender a distinção entre o batismo de João Batista e o batismo que nós recebemos.
Inicia o Tempo Comum da liturgia.

QUARESMA
®                Na quaresma agendar um retiro espiritual por cada grupo. O grupo do primeiro ano
do catecumenato eucarístico viverá durante o retiro pela primeira vez o sacramento da
Reconciliação: “Primeira Confissão”. Também os outros grupos viverão o sacramento da
Confissão durante este retiro.
®                Quarta-feira de Cinzas: abertura da Quaresma e rito das Cinzas, apresentação do
tempo quaresmal: jejum, oração e caridade (Mt 6,1-6.16-18). Início da Campanha da
Fraternidade.
®                1° domingo de quaresma: onde necessário, acontece hoje a abertura da Quaresma
com rito das Cinzas e apresentação do tempo quaresmal. As tentações de Jesus no deserto e
as nossas tentações. É o dia do da eleição e inscrição do nome ( Rito da eleição e inscrição do
nome): os candidatos que estão preparados são eleitos e podem inscrever o próprio nome
sobre o grande Livro da Comunidade entre aqueles que receberão os sacramentos no tempo
pascal, respondendo assim ao chamado de Deus. A eleição acontecerá mais ou menos dois

 
meses antes da celebração do sacramento. Além da fé e da vontade firme de receber os
sacramentos da Igreja, requer-se “a conversão da mente e dos costumes, conhecimentos
suficientes da doutrina cristã e sentimentos de fé e de caridade”. (RICA, Obs. Prévias, 23).
®                2° domingo de quaresma: Transfiguração de Jesus.
®                3° domingo de quaresma: apresentar e desenvolver o tema da Campanha da
Fraternidade.
®                4° domingo de quaresma: atualizar e praticar o tema da Campanha da Fraternidade.
®                5° domingo de quaresma: continuação dos temas quaresmais.
®                Domingo de Ramos: procissão de Ramos e meditação da Paixão de Jesus.
®                Quinta-feira Santa: celebração da Ceia do Senhor. As crianças do catecumenato
eucarístico tenham um lugar privilegiado na celebração. Liturgia do lava-pés.
®                Sexta-feira Santa: Via Sacra vivente preparada pela catequese.
®                Páscoa: a Vigília Pascal veja o convite de toda comunidade e uma participação ativa
dos diferentes ministérios. Os crismandos participem ativamente da liturgia da luz.

®                2° domingo da Páscoa: todo domingo do tempo Pascal vai ser solenizado o rito de
acender o círio pascal e de vez em quando o rito da aspersão da água benta no momento do
Ato penitencial (no 2° domingo sempre).
®                3° domingo da Páscoa: preparação mais especifica aos sacramentos.
®                4° domingo da Páscoa: Domingo de Jesus Bom Pastor; Dia mundial das vocações.
®                5° domingo da Páscoa: ...
®                6° domingo da Páscoa: ...
®                Ascensão: ...
®                Pentecostes: o grupo do catecumenato crismal prepara a celebração, junto com a
equipe de liturgia. A celebração da Crisma, se possível, não fique longe desta época (pelo
menos em Macapá). Pode se pensar um envio missionário daqueles que receberam os
sacramentos.
®                SS. Trindade: ...
®                Corpus Christi: onde oportuno haja Missa em cada Paróquia na parte da manhã,
deixando a tarde pela celebração diocesana.
Nesta época seria bom celebrar a Missa da Primeira Eucaristia; em qualquer caso depois da
Páscoa e antes o fim do mês de junho.
®                No primeiro domingo de maio o grupo Caminhando com Jesus (os pequeninos) recebe
a oração da Ave Maria (entrega da Ave Maria) na celebração dominical, rezando todos juntos
na frente do altar e da comunidade. Abertura do mês mariano.
®                No segundo domingo de maio celebrar o “Dia das mães”, como momento forte da vida
familiar e ocasião para convidar toda família a participar da Missa e da vida da comunidade.
®                Domingo X do tempo comum no mês de junho: Tempo da Mistagogia. Como viver os
sacramentos que recebemos? Qual vida de caridade nasce pelos sacramentos?
®                Domingo X do tempo comum no mês de junho: ...
®                Domingo X do tempo comum no mês de junho: ...
®                Domingo X do tempo comum no mês de junho: encerramento da catequese,
convidando os pais num evento no qual cada grupo da catequese apresenta algumas
atividades vivenciadas no ano. Lançamento da Colônia de Férias.

8.    PSICOLOGIA DAS IDADES


A catequese exige o conhecimento de: 1) Conteúdos da catequese; 2)
Pedagogia e Psicologia da criança e do adolescente; 3) Conhecimento das crianças e
dos adolescentes com quem trabalhamos e convivemos; 4) testemunho de vida do
catequista.
                Essas exigências darão o norte para onde queremos caminhar:
®     O que vamos transmitir na catequese?
®     Para quem?
®     Como vamos transmitir?
                É muito importante conhecer o desenvolvimento religioso do indivíduo,
levando em consideração as contribuições da psicologia e da pedagogia. A educação
da fé deve penetrar profundamente na vida da pessoa. A Palavra de Deus é a mesma
para todos, mas cada idade tem maneira peculiar de acolher a mensagem. Educar é
possibilitar à pessoa um desenvolvimento total em todas as suas dimensões. Fazer
desabrochar as qualidades e potencialidades que são fontes de realização e
crescimento na fé.

FASE DE 4 A 6 ANOS – A criança se sente limitada pela vontade dos outros e se torna
“difícil”. É nessa idade que as crianças começam a descobrir as diferenças entre
menino e menina e a perceber que, em relação a isso, cada um tem papel diferente
na sociedade. Neste período acontece a identificação ou não, a aceitação ou não
deste papel. É a primeira crise do eu. A criança é sensível ao elogio e à repressão. É
realista e imaginativa; as imagens tomam vida: o sol que brilha, o colorido da flor, a
água corrente, tudo é motivo para olhar, escutar, mexer.
                Nessa fase predomina a afetividade: deseja fazer alguma coisa pelo prazer e
não pelo resultado. Por exemplo: brinca com barro, com água, areia... É o despertar
da consciência moral, a idade do sim e do não. É capaz de distinguir o bem do mal. É
o nascimento da liberdade, ela começa a responder pro si mesma.
Orientações para a catequese – Catequese afetiva, ocasional, à base da confiança;
catequese inseparável da ação. Sentida da grandeza de Deus e sua bondade através
da criação. A criança faz perguntas que devem ser respondidas, de acordo com sua
capacidade de compreensão.
Atividades: Gestos concretos, oração espontânea, desenho...
FASE DE 7 A 9 ANOS (crise do uso da razão) – A criança é muito ativa, começa a querer
conhecer o mundo de fora: é a idade dos porquês. Só aceita e compreende as coisas
concretas. É nessa fase que a criança “gosta de quebrar” as coisas, pela vontade que
tem de “descobrir” tudo. A criança vai saindo do ambiente familiar para entrar em
contato com o mundo. Esse contato provoca um intenso desenvolvimento psico-
social. Encontra dificuldades no relacionamento. Ela começa a perceber que seus
pais não são perfeitos, não sabem, nem podem tudo.
                A criança já diz “a gente”, pois começa a ter companheiros. Antes do uso da
razão, a criança tem o senso religioso, mas não tem ato livre e, portanto, fé pessoal.  
O relacionamento com Deus é muito marcado pelos pais. É a época da catequese de
introdução na comunidade, a catequese de interiorização da fé, pois a criança já tem
a capacidade de amar a Jesus e entender o sofrimento das pessoas. Ainda não
compreende as ideias abstratas de Deus, mas entende claramente que Deus a ama.
                É uma idade muito importante, pois aqui se forma a personalidade
espiritual da criança. Precisa dizer-lhe sempre a verdade, com respostas claras e
simples à altura de seu desenvolvimento mental. É o despertar responsabilidade e
da criatividade, descobre o certo e o errado, deixa-se influenciar pelos outros,
sobretudo pelas crianças maiores e pelos adultos. Deseja “ser grande”. A afetividade
é passiva e ativa ao mesmo tempo. Seus sentimentos são violentos, mas de pouca
duração: é capaz de bater no irmãozinho e, em seguida, dar-lhe um beijo.
Orientações para a catequese – O catequista deve estimular para o bem e para o
belo: atitudes de partilha, cartazes bem feitos, cores e gravuras adequadas.
Canalizar a agressividade para o bem; aproveitar sua energia com atividades e não
através de castigos. É necessário que o catequista procure ter contato com a família
para conhecer melhor a criança e o meio em que ela vive. Organizar atividades com
participação em equipes; brincadeiras com certas regras, que estimulem as
lideranças.
                Ensinar as verdades essenciais de tal maneira que ajudem a vida de fé. Nesta
fase, iniciar a preparação para os sacramentos, a reflexão e interiorização – o
sentido de Deus: sua grandeza e sua bondade, através da criação em clima de amor.
Leva-los a descobrir que Deus é grande, é Pai bondoso e que ama muito.
Atividades: Desenho livre, modelagem, cantos, orações (com gestos), simples mas
não infantis, que levem a assumir algum compromisso concreto; desenvolver o
sentido da doação.

FASE DE 9 A 11 ANOS (meninice) – Idade social do jogo, da vivência em grupinhos.


Entra o sentido da lei, do bem comum, da justiça. É a idade da prática. Essa idade é
caracterizada pela curiosidade intelectual e inteligência prática. Gosta de descobrir,
do trabalho dos adultos e de equipe; idade das coleções (cartões, figurinhas...).
Seleciona suas companhias e amizades.
                Gosta de viver o mundo dos sonhos, da fantasia. Dá muita importância a
pequenos ciúmes, gracejos, falatórios. Como é a fase do ciúme, o catequista não deve
colocar nenhum catequizando em destaque, evitar preferências; criar um clima de
companheirismo, mostrando a importância de viverem juntos. Senso de “pesquisa”,
procura atividades perigosas influenciado por filmes e vídeo games... canalizar suas
energias através de atividades bem movimentadas e sadias.

Orientações para a catequese – Nesta fase a catequese irá basear-se na história da


Salvação. Encontros com oração, cantos, equipes, coisas da vida. Nesse período a
criança é sensível à ação na sociedade e, por isso, sensível a uma catequese litúrgica.
Deve ser uma catequese da ação, dos fatos, sociabilidade. Colocar as devidas
orientações para a confissão e boa comunhão.
Atividades: Manuseio da Bíblia, pesquisa. Trabalhos em grupo: álbuns, painéis,
redações. Celebração com gestos, cantos ritmados. Assumir compromisso na
comunidade que parte dele, ajudar necessitados, visitar pessoas pobres e doentes.

FASE DE 11 A 13 ANOS (Pré-adolescência) – De agora em diante será tudo aquilo que
ele descobrir. O pré-adolescente é inseguro (crise do eu consciente) e busca ideal e
segurança nos heróis. É a fase das grandes transformações que chamamos
puberdade (mudanças físicas, afetivas, intelectuais). Descobre a própria
sexualidade, mas ainda tem dificuldades em lidar com ela. Ele não se sente aceito na
sociedade: não é mais criança, por isso não gosta de se misturar com crianças,
gerando crítica, violência interior e exterior. Não quer receber ordens impostas; tem
conflitos consigo e sua família; questiona as ordens estabelecidas. É capaz de grande
generosidade, mas desanima-se facilmente quando não consegue o que deseja.

Orientações para a catequese – Nessa fase a catequese apela par o EU, para o que há
de melhor dentro do catequizando; o catequista tem que ser muito amigo para
poder orientá-lo bem. Tratá-los com amor, mas com muita firmeza, porque eles
precisam de muita segurança. Ouvir reclamações, sem dar importância, mas dar
orientações e orientá-los. Nesta idade vale a “pedagogia do herói” e as testemunhas
da Igreja. Personagens concretos no contexto histórico em que viveu: dificuldades,
lutas, limitações. A pedagogia da fantasia e do medo não vale mais.
Atividades: Nesta fase, faz-se necessária ampla documentação: cartazes, fontes de
consulta, mapas, fotografias, gravuras, jornais, pois  catequizando precisa confirmar
tudo o que lhe dizem.

FASE DE 14 A 17 ANOS (adolescência) – Tudo gira em torno da personalização. É a


idade da ruptura, da rejeição de uma religião infantil. Oportunidade para lembrar a
formação da personalidade com perspectivas cristãs. Nessa fase, o catequista
deverá orientar o adolescente para o caminho da doação e do amor. Orienta-lo para
a lealdade, sinceridade, doação, felicidade, companheirismo, respeito (valores)...
numa atitude de quem está a caminho da amizade e do amor. Gosta de aventuras,
não tem muita noção de perigo. Descobre a amizade; procura relacionamento
grupal. Insegurança no futuro. Necessidade de crescer, de se realizar – acha que a
religião impede de viver em plenitude (proibições). Sente-se único, pela descoberta
do eu. Analisa e critica tudo. Auto-afirmação, busca a própria identidade, procura
ser ele mesmo. Procura Deus, mas a sua ideia de Deus é, muitas vezes de um ser
distante, que não se interessa com os problemas que ele vive. Não vê Deus como
aquele que ama e perdoa.
Orientações para a catequese – A catequese como anúncio da Boa Nova que leva o
adolescente a uma opção por Jesus Cristo, como um convite para o crescimento de
sua personalidade – chamando à vivência dos valores humanos (amor, liberdade,
felicidade, justiça, paz). Dar uma visão dinâmica do cristianismo: somos o povo de
Deus em marcha; formamos a Igreja – Comunidade. Temos uma missão nesta Igreja;
apresentar o caminho para a salvação.
                Os sacramentos sejam apresentados como a atualização dos gestos de
Cristo. A catequese deve levar o adolescente ao encontro pessoal com Cristo, do qual
brote uma resposta profunda de compromisso.

9.     GRUPO DOS PEQUENINOS – “CAMINHANDO COM JESUS”


®    Participam do grupo dos pequeninos todas as crianças que ainda não começaram o caminho
catecumenal.
®    Uns anos atrais escolhemos como nome “Caminhando com Jesus” e ainda continua até
encontrar outra possibilidade.
®    Não existe um roteiro definitivo, será um grupo único, com o objetivo de ensinar a rezar,
reconhecer o tempo sacro (domingo) e o lugar sacro (igreja e as pessoas). É bom ter muitas
brincadeiras, cantos, teatro, dinâmicas.
®    Nesta etapa acontecerão as entregas das orações: do Pai Nosso (3° domingo de outubro) e
da Ave Maria (1° domingo de maio).
®    É também o tempo da redescoberta do próprio batismo.

10.                      GRUPO DA PERSEVERANÇA
®    Participam do grupo da perseverança todos os catequizandos depois da primeira Eucaristia e
antes do inicio do catecumenato crismal.
®    Cada criança/pré-adolescente assume um serviço específico na própria comunidade,
escolhendo entre:
§  Coroinha
§  Acolhida na igreja
§  Ministério de dança
§  Ministério de música
§  Outro serviço que a comunidade determina
®    No mês de outubro aconteceram na celebração festiva da comunidade os envios das
diferentes equipes (pode acontecer numa única celebração as quatro equipes e pode ser no
primeiro domingo).
®    Os conteúdos dos encontros serão segundo o mesmo calendário da catequese, mas com muita
liberdade e priorizando o aspecto social e o mundo da adolescência.

11.                      ROTEIRO PARA O ENCONTRO DA CATEQUESE


1)    AMBIENTAÇÃO: organização do ambiente com recursos e elementos que introduzam o
catequizando ao tema a ser trabalhado. O Catequista é o primo a chegar e prepara tudo antes
do começo do encontro. É bom que os encontros possam ter a duração de uma hora e meia.
2)    ACOLHIDA: receber os catequizandos de maneira calorosa com abraço, cantos,
cumprimentos entre eles, chamar sempre pelo nome. É a ocasião para falar com os pais das
crianças quando acompanhadas.
3)    APRESENTAÇÃO DO TEMA: introduzir o tema de modo motivador sempre utilizando de
referências da realidade. As vezes pode ser útil convidar uma pessoa da comunidade que
ajude a compreender o assunto.
4)    ILUMINANDO COM A PALAVRA: exploração do tema á luz do texto bíblico (introduzindo a
palavra com um canto, dando ênfase á introdução da palavra). Não esquecer-se de invocar o
Espírito Santo, através da oração.
5)    CRESCER NA ORAÇÃO: momento de silêncio, interiorização da Palavra, destacar frases ou
palavras que tocaram o coração.
6)    GUARDAR NO CORAÇÃO: destacar os aspectos mais importantes do tema para a vida do
catequizando, incentivando-o a guardar para si e procurar vivenciar a palavra em seu dia a
dia.
7)    ATIVIDADES DIRIGIDAS: orientar os catequizandos para a realização de atividades
direcionadas pelo catequista, como trabalhos em grupo, dissertações, dinâmicas, pesquisas,
bem como planejamento de ações coletivas (como campanhas educativas, visitas, atividades
recreativas, entre outras).
8)    COMPROMISSO PARA VIVENCIA DA FÉ: motivar o catequizando com base no tema do
encontro a realizar uma ação concreta diante do que aprendeu na catequese.
9)    ORAÇÃO FINAL E DESPEDIDA: realizar a oração final com orações do bom cristão (Pai nosso,
Ave Maria, Salve Rainha, Creio, Santo Anjo, entre outras), sempre breve. Na despedida
encerrar o encontro com alegria, motivando o retorno ao próximo e acompanhar a saída.
10)                                 AVALIAÇÃO PESSOAL: avaliar o que foi bem recebido, as dificuldades que
apareceram, aquilo que não foi conseguido. Verificar quem faltou e se preocupar dele.

12.                      BIBLIOGRAFIA e SIGLAS
v  IC              sigla da Iniciação Cristã
v  AG             Ad Gentes – Concilio Vaticano II – 1965
v  RICA         Ritual da Iniciação Cristã de Adultos – 1973 (reeditado no Brasil em 2001)
v  EN             Evangelii Nuntiandi, Paolo VI – 1975
v  CT             Catechesi Tradendae – Giov.Paolo II – 1979
v  CR             Catequese Renovada – 1983
v  CIC                        Catecismo Igreja Católica – 1992
v  DGC          Diretório Geral da Catequese – 1997
v  DNC          Diretório Nacional da Catequese – 2005
v  DAp          Documento de Aparecida – 2007
v  IVC            Iniciação à Vida Cristã – estudos da CNBB n° 97 – 2009
v  3SB           3ª Semana Brasileira de catequese – 8/12.10.2009

v  EG             Evangelii Gaudium – Papa Francisco – 2013


Postado por Unknown às 11:40 
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