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Pierceana
Greimasiana
Semiótica da Cultura - Russa
Semiótica da Cultura – Alemã
Semiótica Psicanalítica
Definição de Signo
"Defino um Signo como qualquer coisa que, de um
lado, é assim determinada por um Objeto e, de
outro, assim determina uma idéia na mente de uma
pessoa, esta última determinação, que denomino o
Interpretante do signo, é, desse modo,
mediatamente determinada por aquele Objeto. Um
signo, assim, tem uma relação triádica com seu
Objeto e com seu Interpretante (8.343)." (p.12)
Santaella, L. (2000). A teoria geral dos signos:
Como as linguagens significam as coisas. 2a ed.
São Paulo: Pioneira.
O que são signos na concepção
peirceana?
Peirce ampliou a noção de signo,
concebendo-o como uma relação triádica.
"Signo é uma coisa que representa uma
outra coisa: seu objeto. Ele só pode
funcionar como signo se carregar esse
poder de representar, substituir uma outra
coisa diferente dele." (p.58)
Santaella, L. (1983). O que é Semiótica.
São Paulo: Brasiliense.
Objeto
Representâmen
BOLA
Interpretante
A imagem que vem a sua cabeça
no Signo há uma relação tripla entre
Objeto, Representâmen e Interpretante
O que é signo?
Há muitos e diversos tipos de signos e
qualquer definição de signo deverá ter em
conta não só a polissemia do termo signo,
mas sobretudo a diversidade dos próprios
signos
O signo tem uma natureza triádica,
podendo ser analisado:
- Em si mesmo, nas suas propriedades
internas, ou seja, no seu poder para
significar
- Na sua referência, aquilo que ele indica,
se refere ou representa
- Nos tipos de efeitos que está apto a
produzir nos seus receptores, isto é, nos
tipos de interpretação que ele tem o
potencial de despertar nos seus usuários
A teoria da semiótica permite penetrar no
próprio movimento interno das
mensagens, no modo como elas são
engendradas
É um percurso metodológico-analítico que
promete dar conta de questões relativas
às diferentes naturezas que as
mensagens podem ter: verbal, imagética,
sonora e suas misturas
Para uma análise afinada, a aplicação da
semiótica reclama pelo diálogo com
teorias mais específicas dos processos de
signo que estão sendo examinados
Para analisar semioticamente uma
pintura, é necessário haver um
conhecimento de história da arte
Se o repertório de informações do
receptor é muito baixo, a semiótica não
pode realizar para esse receptor o milagre
de fazê-lo produzir interpretantes que vão
além do senso comum
A Fenomenologia
Fenômeno é tudo aquilo, qualquer coisa,
que aparece à percepção e à mente
A fenomenologia tem por função
apresentar as categorias formais e
universais dos modos como os fenômenos
são apreendidos na mente
Há três elementos formais e universais em
todos os fenômenos que se apresentam à
percepção e à mente
Primeiridade, secundidade e terceiridade
A primeiridade aparece em tudo que
estiver relacionado com acaso,
possibilidade, qualidade, sentimento,
originalidade, liberdade. (signos e
interpretações de primeira categoria:
meros sentimentos e emoções)
A secundidade está ligada às idéias de
dependência, determinação, dualidade,
ação e reação, aqui e agora, conflito,
surpresa, dúvida (signos e interpretações
de segunda categoria: percepções, ações
e reações)
A terceiridade diz respeito à generalidade,
continuidade, crescimento, inteligência
(signos e interpretações de terceira
categoria: discursos e pensamentos
abstratos)
A primeiridade consiste, por exemplo, na
presença de imagens diretamente à
consciência, sem uma consciência
propriamente dita; ou melhor, "trata-se de
uma consciência imediata tal qual é.
Nenhuma outra coisa senão pura
qualidade de sentir. A qualidade da
consciência imediata é uma impressão In
totum, indivisível, não analisável, inocente
e frágil."
O caráter de secundidade já redunda em
"conflito". Não é o não analisável da
primeiridade, mas necessita dela para
existir. É o mundo do pensamento, sem,
no entanto, a mediação de signos. É a
"arena da existência cotidiana“. O aspecto
segundo representa uma consciência
reagindo ante o mundo, em relação
dialética; uma relação dual.
O que dizer sobre a terceiridade além
desta categoria conter as duas últimas
citadas? De acordo com Santaella, no
nível do pensamento a terceiridade
corresponderia ao nível simbólico, sígnico,
onde representamos e interpretamos o
mundo. Não é um caráter passivo,
primeiro, mas a união deste com o
segundo, acrescentando um fator
cognitivo. Na terceiridade é posto uma
camada interpretativa entre a consciência
(segundo) e o que é percebido (primeiro).
Toda relação sígnica envolve o signo
propriamente dito, o objeto e seu interpretante.
A noção de interpretante não se define na de
intérprete do signo, mas através da relação que
o signo mantém com o objeto.
A partir dessa relação, produz-se na mente
interpretadora um outro signo que traduz o
significado do primeiro (que é o interpretante do
primeiro).
Por exemplo, a palavra "casa" é um signo
interpretante do signo casa estabelecido
unicamente em cada subjetividade. Dessa
forma, o significado de um signo é sempre outro
signo, e assim por diante.
Para que exista a dúvida é necessária
uma “coisa” primeira. Qualquer coisa, ou
pelo menos o nome da coisa. Um
pensamento tão primitivo que pode até
mesmo ser uma sensação. Assim, temos
uma qualidade primeira, ou Primeiridade
que é a sensação, uma Secundidade que
é a dúvida, e por fim, a reflexão que
fazemos no momento Terceiro do
pensamento que é denominada de
Terceiridade.
Tendo suas categorias e a noção de
signo, Peirce estabeleceu uma rede de
classificações, sempre triádicas, dos tipos
possíveis de signo, tomando como base
as relações que se apresentam o signo. A
relação mais elementar entre essas
tríades se dá tomando-se a relação do
signo consigo mesmo (primeiridade), com
seu objeto dinâmico (secundidade) e com
seu interpretante (terceiridade):
A primeira tricotomia envolve a natureza
material do signo, se dá em relação ao
signo consigo mesmo por uma qualidade,
uma singularidade ou uma lei geral.
Assim, um signo pode ser um quali-signo,
um sin-signo ou um legi-signo.
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