Você está na página 1de 40
REVISTA ESCOTEIRA | ANO1-NO3~. JAN/FEV/MAR .1992 | ie? Novos distintivos de especialidades RASIL — REGIAO PARANA SISTECNICA TECNOLOGIA DE INFORMATICA LIDA Revenda de Microcomputadores SISCO Impressoras Novas e Usadas Microcomputadores Novos e Usados Assisténcia técnica Desenvolvimento de Sistemas Personalizados e Aplicativos SOLICITE DEMONSTRACAO SEM COMPROMISS: Rua Francisco Torres, 705 - 29 Andar Telefones (041) 262-2788 e 262-0861 Caixa Postal 5174 - Fax (041) 262-1944 CURITIBA 80,060.“ PARANA EQUIPAMENTOS PARA CAMPING MONTANHSMO E — ALPNSVO Mochilas Excusivas ~ Barracas Microleves Agasahos Para Baxas Temperaturas Fomecemos pelo correio RUA 24 DE MAIO 463. F.(041)222-9508 CEP 80230 - CURITIBA - PARANA il Pi — SANEPAR CARTA DO EDITOR DE PREGO E VALORES Confesso que jé estava quase entregando os pontos, Faltava dinheiro para produzir este ftimero da revista. Verbas publicitérias com este quadro recessive ? Onde estéo ? Me digam que cu vou atrds ! Faltava até apoio e ajuda. De tepente, um telefonema. Se cada um de nds contribufsse com um valor mensal inferior ao prego de um refrigerante seria possivel manter, com absoluta garantia de periodicidade, a nossa revista escoteira. A proposta de auto-financiamento caiu no Conse~ tho Regional, final de marco. Por dois votos. Por votos contra, diga-se de passagem, inclusive de membros da atual Comisséo Executiva Regional ¢ Comisséo Fiscal. Voltamos pratica- mente a estaca zero. De repente, um telefonema. A idéia de reduzir a tiragem da revista era uma opgfo. Uma triste opgdo, Reduziria os custos e reduziria também o numero de leitores. Af, quem sabe, a revista passasse a ter um pouco mais de valor. Passasse a ser uma espécie de troféu raro, diffeil de obter e de colecionar De repente, um telefonema. Surgiu a idéia de pré-venda. Se os grupos escoteitos comprassem a revista antecipadamen- te, terfamos mais dinheiro em caixa para en- frentar o desafio. Cartas foram expedidas. O seu grupo comprou ? De repente, um telefonema. Passava das 22:30 horas, um dia desses. No outro lado da linha, 0 velho lobo, conselheiro nacional, para puxar a conversa disse que estava um pouco adoentado, nfo podia participar muito, Queria saber dos "problemas" da revista. Pediu que passdssemos em sua casa pare pegar um cheque. Uma pequena contribuigao, de grande valor. Vocés sabem de quem eu estou falando ? De alguém que gosta muito de ler e de colecionar FOGO DE CONSELHO. Oswaldir Ehlke Scholz INDICE 7 FOGO DE CONSELHO | crstacccoron E@ECIAL : De proco © valores, 3. | Eles sovaram minha Publicagdo trimestral da vida eee 19 REGIAO ESCOTEIRADOPARANA | | CERIMONIAL Bus krmelnoce Leto, 492 Investidura Pioneira,... 4 | AVENTURA ESCOTEIRA 410: F 1) 2 rulhe Agua... . Chie ne GONVERSA AOPE DOFOGO Apettlie Ap A ‘atriotismo perdido. . . ESCOTISMO NO MUNDO Comissso Editorial fee ValozoPemandes Ce sonhe eseateiro. ... 6 | Jamboree Colombo. 24 jewton Dan Faora Oswald Ehlke Scholz(Coordenador) | | AREM - a Régis Augusto Blauth QUADRO DE HONRA. @ Urugual ee ‘Sérgio Almeida Jornalista-DRT 120) Destaque especial... 8 ci we Fotogratia Ran Gira cat he Ga GRUPOS ESCOTEIRGS ‘Osvaldo Pinheiro da Silva (Muca) Cae A Se Dasenhos brasiloiro adota | Luiz Alberto Ferreira novos distintivos de REGIAO ESCOTEIRA Pooks Faoro espedalidades....... 10 | 0 Governador e os Escoteiros......... St Digitactio METODO ESCOTEIRO Ralo X da evaeao no Alexandre Della Coletta Scholz Eapecialidedes. i. i- 12. | Sparano tr Sheila Baumann Salvamento ra dgua.... 14 | projeto 200: ae 2 Stee Extintores de Conpoeas inctndio ss. ..... 16 | TEMPOLIVRE ofAr Entre nds &amerras .. 18 | Pintandoe bordsndo... 38 Disgramagfo, Arte o Revisio Oswaldir Ehike Scholz Fotolito ¢ Impressio ENCARTE: FACA CER ! Grafica Darnol Ltda- 252.4068 G TO. Se ee Sree Vee nee oe Capa: Novos distintivos de Especialidades CERIMONIAL —— EEE INVESTIDURA PIONEIRA: O LIMIAR DE UMA NOVA VIDA *As pessoas seguem sugestdes com mais entusiasmo quando compreendem seus objetivos’. Com esta frase no prefacio de seu livro Guia do Chefe Escoteiro, Baden-Powell aponta para a importancia da compreen- 840 do nosso verdadeiro papel no Movi- mento Escoteiro. Se € verdade que o lobinho nao tem ainda a capacidade de entender e antecipar os efeitos que a participagdo no Movimento Escoteiro terao sobre ele, um jovem com idade proxima aos 18 anos tem nao s6 esta capacidade mas o direito disto saber. Antes que um Escudeiro ou Escudeira possa ser investido, devera descobrir, tanto quanto possivel pelo seu esforco pessoal mas auxiliado por seus compa- nheiros de Cla - especialmente os padi nhos - © que se espera dele e principal- mente o que ele espera dele. Qual € 0 projeto de vida profissional, pessoal, social ¢ afetiva que esté disposto a elaborar e executar ao longo dos proxi- mos anos da sua vida. E claro que este projeto ainda pode ser esboco ¢ carece de melhor claboracao ¢ acabamento; pode ainda apresentar uma porgao de indefini- Ses ¢ pontos a aperfeicoar pois a maioria destes jovens esta apenas iniciando a sua carreira universitaria ou assumindo seus compromissos com um emprego perma- nente. E neste sentido que a Investidura Pio- neira marca profundamente o Pioneiro. Apés uma fase probatéria em. que os Propésitos do Movimento Escoteiro ficam claros para ele, 0 desejo de assumir ex- pontaneamente um compromisso adulto com este Propésito, fazendo o seu Melhor Possivel para conseguir enfrentar o desa- fio agora apresentado, 0 leva a renovar sua Promessa Escoteira. Esta renovagio tem entéo um novo sabor: a disposicéo de se despojar dos estorvos passados e Conduzir com Remo a Sua Canoa como diz B.P. no livro Ca- minho para o Sucesso. Conduzir com remo porque dele depende todo 0 sucesso da sua viagem através das Aguas revoltas que se assemelham a vida real que viver4; a Sua Canoa porque ela representa a totalidade do seu projeto: ela é que lhe conduzira através das dificuldades mas se nao for adequadamente conduzida ou mal construida nao resistira e podera naufra- gar. O Pioneiro, quando se investe, assume esta consciéncia: compromete-se com 0 seu crescimento pessoal e com a busca da felicidade. Felicidade esta que sera atin- gida sempre que se puder apreciar as belezas ¢ maravilhas deste mundo - aju- dando a melhoré-las, e ajudar os outros ao invés de ultrapassd-los e vence-los (palavras de B.P.). Felicidade esta que marcaré o LIMIAR DE UMA NOVA VIDA. Newton Dan Faoro Mestre Pioneiro CONVERSA AO PE DO FOGO Patriotismo perdido Infelizmente esse € um senti- mento que est4 entrando em "extingao" neste Pafs. A crise econémica e, por conseguinte o desrespeito as leis, a desordem, o "jeitinho brasileiro" e a miséria, estéo fazendo com que as Pessoas esquecam ou até mesmo des- prezem o amor a Patria. Atualmente, o descrédito no futuro do Brasil est4 fazendo com que milhares de brasileiros abandonem sua terra mesmo clandestinamente, em busca de melhores condigdes de vida. La fora, mesmo sendo vitimas de pre- conceito e exploragao, vivem de forma digna. Tudo porque, no 12 mundo as “coisas funcionam". Aqui, em vez das pessoas se preocuparem em dar a sua contribuicéo & sociedade, antes, querem fiscalizar 0 | procedimento de seus préximos para nao serem passados para tras. Como geralmente sempre h4 um pr6ximo corrupto, este mal se expande. Aqui, os poucos que tém boa vontade ¢, de forma honesta tentam sobreviver, nado tém reconhecimento moral, quanto menos material, que na situacao atual € indispensavel. Neste lugar, as pessoas sonegam impostos, subornam fiscais, cobram Agio, desviam dinheiro do povo, tém Iucros abusivos, planejam fraudes, traficam drogas, matam, roubam, se- qiiestram ¢ viyem na impunidade. No entanto, tenho esperanca. Por incrivel que pareca, ainda acredito que a educacao desse povo melhorara e que o pao seré dividido em fatias iguais para todos. Um dia, quando houver "ordem ¢ progresso", nos orgulharemos desta Patria. Jeferson Thiago S. Lopes Tropa - Sénior Patrulha - Krackatva GE Santa Ménica | Cartas do trimestre A qualidade gréfica ¢ 0 conteddo, repe- tindo o impacto alcangado pelo némero de lanca- mento, sfo demonstragées evidentes do folego com que se atiram ao trabalho 0s que assumiram 0 cargo de dotar o Escotismo Paranaense de um veiculo a altura de suas sdlidas tradigbes. A capa da presente edicdo, destacando o novo traje escoteiro, constitui, scm divida alguma, uma das mais felizes iniciativas no sentido de divulgar, no Ambito da UEB, uma deciso histérica para a qual foi decisivo o papel desempenhado por essa Regigo. Em nome da Comissio Executiva Nacio- nal, solicito 20 Companheiro fazer chegar a todos 08 envolvidos no trabalho de produzir FOGO DE CONSELHO os nossos agradecimentos ¢ congratu- lagoes. Jaire Perez de Vasconcelos Escoteiro-Chefe Brasilia - DF Ficamos muito honrados com o zecebi- mento do primeiro exemplar da revista escoteira “Fogo de Conselho", editada pela Regiao Escoteira do Parané. © Movimento Escoteiro sempre nos fascinou, desde a nossa infancia, onde foram ministradas as primeiras ligdes de democracia € convivéneia honesta ¢ correta com a sociedade. Aproveitamos a ocasido para externar nosso interesse em continuar recebendo os pr6ximos is exemplares da referida revista, Eng®. Mariano Silva Filho Superintendente de Manutengdo do Sistema Companhia Paranaense de Energia Curitiba - PR Aos Prezados Companheiros(as) da Regido do Parand nossos agradecimentos pelo n? 2 da Revista Escoteira FOGO DE CONSELHO, que vem confirmar a 6tima impressdo e grande utilidade evidenciada pelo n? 1. Temos plena certeza que vocs continuardo nessa trilha, contribuindo assim para uma positiva divulgacdo do nosso Movimento Reste Brasil, t@o necessitado das coisas que o Escotismo tem a oferecer. Parabéns, parabéns, parabéns! Herry Mauricio Fuldauer Sao Paulo - SP Aguardo, com espectativa, 0 n? 3 em tardo da grande evolucto quanto a0 conteido e produgto do n? 2 dessa revista. Parabéns ao Editor © Comisséo, bem como a Unido dos Escoteiros do Brasil - Regiéo Perand, pelo belo trabalho que todos vém desen- volvendo, Ruy Fernando Ramos Leal Coordenador Executivo da Unidade Central CIBE Nacional Brasilia - DF Es un gran placer para nosostros dirigir- Ros @ ustedes, felicitandolos por la calidad de su Publicacfon y deseando por vuestro intermedio un muy feliz alo 1992 @ todos los Grupos Scout del Estado de Parané. Deseamos entrar en contacto més frecuen- te y cereano con todos ustedes, para lo que les damos a continuacién nuestra direccién para correspondencias. Luiz Martinez (Presidente) Javier Cabral (Vice-Presidente) Grupo Scout n? 2 "San José" Ciudad del Este - Paraguay Nota da redacto: o endereco para correspondéncia € 0 da Caixa Postal 1620, CEP 85892, Foz de Iguacu - Parand. Um sonho escoteiro Veja s6 com o que eu sonhei, ~ Que os menores abandonados nao esta- yam na rua, mas na escola; - Que todos os pais nao precisavam men- digar ou roubar, mas tinham de onde tirar © sustento da familia de forma digna; - Que os corruptos, bandidos e desonestos nao estavam a solta, mas sim atrds das grades; - Que os tamponeses nao precisavam jogar fora sua colheita nem implorar a governantes um valor minimo pelo que produziram com o suor do seu rosto, mas ganhar o justo por terem trabalhado; ~ Que a terra no era de um dono s6, mas daqueles que dela tiravam o sustento e dela alimentavam a seu proximo; - Que os idosos nao eram humilhados, mas tinham uma velhice digna e respeita- da; ~ Que os governantes nao governavam por interesses prprios, mas sim pelas neces- sidades e anseios do povo; 6 - Que as pessoas nao precisavam implorar por justica, mas sim seus direitos eram respeitados; - Que as pessoas nao passavam fome, mas tinham trés refeicdes por dia; - Que os enfermos nao morriam esperan- do serem socorridos, mas eram atendidos com dignidade e respeito; - Que patroes ¢ empregados nao briga- vam, mas sim os saldrios eram justos ambos se respeitavam. Acordei, mas era um sonho ? Sim, pois agradeco a Deus que ainda sou capaz de sonhar. Chefe Osmar G. E. N.S. Medianeira Tropa II “Esta é a historia a iquelo TODOMUNDO, ALGUEM, QUALQUER UM ___ Havia um importante trabalho a ser | e ‘TODOMUNDO tinha certeza de que aLqueM QUALQUER UM poderia té-lo feito mas -NINGUEM. ° fez! ALGUEM zangou-se porque era trabalho de TODOMUNDO. POP OMUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazé-lo mas NINGUEM imaginou que TODOMUNDO deixasse de fazé ‘lo. Ao final TODOMUNDO culpou ALGUEM cane NINGUEM fez o que QUALQUER UM por: ter feito. Nossa modalidade navega de vento em popa, com o apoio de todos, Sabe por qué? ‘Nosso lema € "ym por todos ¢ todos por um", “Neste momento, agradecemos ao chefe Renato Bordenouski Filho (Moitéo) pela dedicagto com que desempenhou 2 functo de Assistente Regional da Modalidade do Mar, no Parané, até dezembro de 1991. A partir dessa data, foi indicado o chefe Antonio Carlos de S. Brasil, do GEMAR URCA, que j4 vem traba- Thando com a sua Comissdo Regional da ‘Modalidade de Mar, composta por representan- tes dos trés grupos escoteiros, da modalidade, existentes no Parana. CONVERSANDO COM O AREM Hoje, estamos com a terceira revista, Desde © primeiro niimero estamos repassando mensa- gens da nossa modalidade. Gostarfamos de saber como vocés tém aproveitado nosso espa- ESCOTEIROS DO MAR: SEMPRE ALERTA ! go. O objetivo € divulgar noticias para que Rosso espaco tenha sempre algo util ¢ interes- sate para todos nés, A proposta é desenvolver nossa modalidade sempre em alto nivel, como € de costume. Aqui esto as metas a serem desenvolvidas em 1992: = Cursos preparat6rios para que os chefes conquistem a cartcira de habilitagzo (ca~ tegoria Arrais Amador); + Elaboragdo de livros ¢ apostilas técnicas sobre a modalidade; - Realizagdo do I Ajuri Regional de Mar ¢ também do V Indaba Regional de Mar, ambos em junho préximo; + Desenvolver dois projetos: divulgacdo de modalidade € o Barco-Escola, Nao somos um movimento & parte, somos parte de um grande. movimento. Como dizia B-P: "Devemos trabalhar para que, todos juntos, formemos uma familia unida e feliz” Sempre unidos num s6 bordejo | Chefe Bras (AREM: Assistente Regional dos Escoteiros do Mar) QUADRO DE HONRA DESTAQUE ESPECIAL Escoteiro oo i da Patria Esta pagina é dedicada aos escotistas € — membros juvenis que ‘obtiveram o titulo maximo — José nos ramos de adestramento progressive aa Leandro de Uniao dos Escoteiros do Brasil. A Direcao er GE. ‘Regional parabeniza o esforco individual de oa © _ todos, o apoio das chefias e @ organizagao dos Bonita ipos Escoteiros aos quais estado vinculados. Lis de Ouro Carolina M. Yong Jo ea 349) GE. Guara-puava Addano Kldna 869/G.ENS.Monte Claro bs aa 29 G.E. Jorge Frassati - 4 fener Jorge Frasats Paulo Ricardo Opuszka, Dante Lui: Pranceshi Filho e Mauricio Tucunduva Blanco be Marcela Portes Rocha 169/ GE. Paul Harris Elaine Pereira Martins 499/ GENS. Medianeira_ a Gustavo Schmidt 659 / GE. Falcao Negro Cruzeiro do Sul Mauricio Wodiani 169/ G.E.Paul Haris Floise Cristina M . Sanches 499/ GE.NS.Medianeira Adriane Goeldner 659/ G.E. Filcio Negro Valkitia Canetti Avelar 169/ GE. Paul Harris Fernanda Milarki Vicente 499/ GENS. Medianeira Sérgio! C. Milani 889/ GE. Sao Gabriel 9 REPORTAGEM DE CAPA O ESCOTISMO BRASILEIRO ADOTA NOVOS DISTINTIVOS DE ESPECIALIDADES Joao Alberto Bordignon Comissario Regional Os distintivos de especialidades 18m agora formato de escudo, cores mais brilhantes, fundo de cor diferente para cada ramo e cinco desenhios que representam os Ramos de Conhecimento. Os desenhos sdo os mesmos para os ramos lobinho, escoteiro € sénior, em trés graus: bronze, prata © ouro, segundo o jovem possua uma, duas, trés ou mais de trés especialidades dentro de Geterminado Ramo de Conhecimento. Uma especia- lidade conquistada dentro de determinado Ramo de Conhecimento d4 direito a0 uso de distintivo correspondente ao grau bronze. Duas especialidades dentro do mesmo Ramo de Conhecimento corres- pondente ao grau prata, enquanto trés ou mais especialidades dentro do mesmo Ramo de Conheci- mento dé direito a0 grau ouro, Neste sentido, foram criados cinco grupos, separando as especialidades segundo Ramos de Conhecimento: Cultura, Desportos, Ciéncia ¢ Tecnologia, Habilidades Escoteiras ¢ Servicos. Para cada Ramo de Conhecimento foi criado um distin- tivo que pode ser identificado facilmente, pelo seu desenho caracteristico. A cor de fundo distingue a aplicacdo dos distintivos para os ramos lobinho (campo amerelo), escoteiro (campo verde) ¢ sénior (campo grend), © leque, bordado em bronze, prata ou ouro, que aparece na parte inferior de cada escudo, € 0 elemento que identifica a graduacto. Com © novo sistema, as etapas exigides para conquistar as diversas especialidades permanecem as mesmas. Apenas os distintivos € que mudaram. © mais importante ¢ que ao passar para o ramo escoteiro, o lobinho ou a lobinha continuard usando 08 distintivos de especialidades recebidos na Alca- téia, até que conquiste a primeira especialidade na tropa. Neste caso, o distintivo daquele Ramo de Conhecimento vai ser substitufdo pelo distintivo de fundo verde, em grau bronze. E assim, sucessiva- mente, até que todos os distintivos de fundo amarelo sejam substitufdos. A mesma coisa ocorre com 0 escoteiro ou escoteira que passa para o ramo stnior: os distintivos de fundo verde, serao gradati- vamente substituidos por outros de fundo grend, observados os Ramos de Conhecimento. Outro detalhe importante € que os distintivos de Habilidades Escoteiras e Servigos serfo usados na manga esquerda, enquanto os de Cultura, Despor- tos e Ciéncia ¢ Tecnologia sero usados na manga direita do traje escoteiro. A alteracéo no Sistema de Distintivos de Espe- cialidades foi comunicada pela Resolugao n® 09/91, de 17 de outubro de 1991, por ato da Comissio Executiva Nacional. Se voce tiver alguma divida, consulte esse documento que foi enviado para o seu chefe de grupo. Ele traz os novos textos do P.O.R. sobre os distintivos de especialidades. Habilidades Escoteiras Servigos — | Os distintivos de | Habilidades Escoteiras e | Servigos sero usados na manga esquerda, enquanto os de Cultura, Ciéncia e Tecnologia e Desportos | sero usados na manga direita do traje escoteiro COMO E PORQUE SURGIRAM AS ESPECIALIDADES Na primeira edigéo do "Bscotismo para Rapa- zes", em 1908, apenas trés distintivos eram mencio- nados: Sinaleiro, Primeios Socorros ¢ Tocaia. Alguns anos depois, em 1911, j4 existiam quarenta © Um distintivos de especialidades dispontveis. No Brasil temos quase 200 diferentes especialidades, somando as do ramo lobinho com as dos ramos escoteiro e sénior. Mas, qual € 0 objetivo dos Distintivos de Espe- cialidades no Escotismo ? Baden-Powell responde: “Hstabelecemos os certificados de eficiéncia e Gistintivos de especialidades, a fim de desenvolver em cada camarada 0 gosto pelas habilidades, artes ou trabalhos manuais, um dos quais pode, futura- mente, vir a transformar-se numa profissao. ‘A quantidade de distintivos diferentes ndo deve ser um convite @ cada escoteiro para ver quantos ele consegue conquistar, mas sim ter um grande niimero de assuntos dentre os quais até o mais Gesinteressado dos jovens possa encontrar ao menos uma especialidade que possa estimuld-lo a aumen- tar seus conhecimentos ¢ habilidades. EXEMPLOS DO SISTEMA DE ESPECIALIDADES EM OUTROS PAISES Nos Estados Unidos da América ¢ adotado um sistema com aproximadamente cento € vinte espe- cialidades, porém apenas seis podem ser usadas no uniforme de manga comprida, O uniforme de manga curta € usado em especialidades. Em oca- sides especiais, € usada uma faixa passando por cima do ombro direito, seguindo em diagonal pelo peito ¢ costas, e terminando na cintura do lado esquerdo, (vide 0 desenho) Na Austrélia o sistema € muito interessante, Para conquistar os Yistintivos de classe, 0 escoteiro tem que conguistar trés distintivos que s4o como distintivos de especialidades, porém chamados de Distintivos Alvo: dois obrigatérios, de cidadania campismo, e€ um outro escolhido dentre nove assuntos. Os assuntos so 03 mesmos para as trés classes, variando apenas em grau de profundidade. Os desenhos sao também os mesmos, variando a cor de fundo: vermelho, azul e verde. Existem outros dezesseis distintivos chamados de “Distinti- vos de Desafio’, que sto exigidos em numero de dois, quatro e seis, respectivamente, para conquis- tar 0 corddes correspondentes as trés classes: Pioneiro, Explorador ¢ Aventureiro. Né Itélia, por outro lado, existem sessenta ¢ seis Gistintivos de especialidades. Existem também dezesseis "Distintivos de Competéncia” para aqueles que possufrem ao menos quatro especialidades relativas ao setor de competéncia e se aprofunda- rem no assunto. Existem também quinze especiali- dades de patrulha, em forma de bandeirolas, que so conquistadas através de atividades realizadas ao longo de um ano, e a bandeirola é usada duran- te © ano seguinte. (Observacdo: nas paginas seguintes vocé enconirard mais matéria sobre especialidades). Merit Right sieeve ‘4 fourth position >edge Gen jabove cut saan 2" Versity/Venture letter METODO ESCOTEIRO ESPECIALIDADES ‘As especialidades valorizam conhecimentos ¢ habili- dades especificas de cada jovem. Bie escolhe quais deseja conquistar, quanto tempo vai empreger ¢ onde vai buscar os conhecimentos. Os jovens escolhem as Especialidades por terem algum conhecimento ou porque desejam se desen- volver no assunto. O chefe deve identificar qual a situac&o em que 0 mesmo se encontra. Para aquele que j4 tem conhecimento, pode-se exigir mais qualidade. Ambos porém devem apresentar algum Progresso durante a conquista da Especialidade & cumprir com os requisitos previstos n0 POR. A motivagdo para as especialidades pode vir por meio de palestras ou atividades onde os jovens tem @ oportunidade de adquirir algum conhecimento. A cobranga de especialidades pode ser feita pelos chefes ou instrutores que tenham conhecimento do assunto, Freqilentemente ocorre que um jovem abandone o assunto t8o logo conquiste a Especialidade. Cabe a0 chefe criar oportunidades para que ele soja requisitado a prestar servicos na érea especifica, obrigando-o a constantes revisbes. ALGUMAS IDEIAS PARA VOCE INCENTIVAR A CONQUISTA DE ESPECIALIDADES + Faca uma pesquisa na sua secdo para ver quais so as especialidades mais desejadas ¢ inclua na Programacéo anual ou semestral > Escolha uma especialidade para servir de tema para cada més do ano. - Convide um especialista para dirigir uma ativida- de relacionada 4 uma especialidade. - Faga uma lista dos pais, chefes e pioneiros que tém alguma habilidade e que possam servir de instrutores de especialidades. Coloque esta lista em lugar visivel > Organize um acampamento com a programacio voltada para especialidades. Nao precisa se apro- fundar muito em cada tema. © importante é motivar 0 maior némero possivel de jovens. Os que se interessarem buscargo as informagdes comple- mentares para a conquista. PREVENDO O TEMPO Mirna M. Casagrande Grupo Escoteiro S4o Judas Tadeu A especialidade de Previsor do Tempo, para o ramo Escoteiro, € uma das mais agraddveis de desenvolver desde que se tenha boa vontade © responsabilidade, requisitos que ndo devem faltar a um escoteiro. Observe como € féeil: - Fazer um registro diério de suas préprias observagtes do tempo durante um més, usando as letras e simbolos de Beaufort ¢ incluindo, 0 menos, 3 das seguintes observagtes: + forca do vento e directo; -condigdes atmosféricas, incluindo quantidade de nuvens e visibilidade; -temperatura; -leitura do barémetro; e ~chuv: Esta 6 a etapa mais demorade, mas no a mais dificil. Os simbolos de Beaufort, s4o utilizados em todas as estacdes meteorolégicas do mundo e Portanto reconhecidos internacionalmente. 12, Em alta 2S Agora que vocé jé conhece os simbolos ¢ s6 montar a Estagdo Meteorolégica. Dependendo dos ftens escolhidos vocé precisard de um termémetro (medi- dor de temperatura), uma biruta (indicador da diregdéo dos ventos), ‘um bardmetro (medidor de Pressio atmosférica) /ou um pluvidmetro (medidor da quantidade de chuva caida). Estes trés altimos vocé mesmo poderd construir, seguindo as instru goes abaixo: Como construir um: Barémetro - amarre firmemente um pedago de borracha de baléo de soprar em volta do becal de um vidro de geléia. Para impedit qualquer vaza- mento, amarre bem com barbante. Recorte um disco bem fino de cortica ou isopor e cole bem no centro da cobertura de bortacha. Cole a ponta de uma vareta de vassoura sobre 0 disco de cortiga ou isopor, de acordo com a figura. Complete o apare- Iho desenhando uma escala num pedaco de cartoli- na ou fixe junto ao vidro uma régua. Deixe o aparelho em um lugar determinado e observe Giariamente a posicéo do ponteiro (quando o ponteiro desce, a pressfo atmosférica esid em alta + bom tempo; quando o ponteiro sobe, a pressdo atmosférica esté em baixa - mau tempo). Biruta - pode ser feito com arame de aluminio, que é mais leve. A boca da biruta deve ter uns 20 cm de diametro. O saco deve ser feito com um pano leve (0 "nylon" de meias funciona bem) ¢ ter 40 cm de profundidade. Complete com uma base com um rolimA que deve ser preso de modo que o rolamento interno gire livrem&nte, Com auxilio de uma bissola indique no suporte os pontos cardeais. Pluvidmetro - fixe com barbante uma régua a0 Jongo de uma garrafa de vidro transparente. Coloque um funil bem ajustado ao gargalo da garrafa. Deixe © pluviémetro do lado de fora da casa ¢ observe diariamente, Caso tenha chovido, indique no seu jornal quantos centimetros foram. (Com os dados obtides na sua Estac&o Meteoro- Logica, organize um Jornal Meteorolégico, para os registros didrios, durante um més, conforme solicita- do. E muito importante que a leitura dos aparelhos seja feita sempre em um mesmo horério. Jornal Meteorolégico Local: Chuva: (caso tenha chovido, indique quanto) ‘Responsével: Patrulha: 2. Construir um medidor simples de chuva. Jé explicado anteriormente. 3. Saber explicar a formacdo da chuva, neve, grani- 10, saraiva, névoas € geada 4. Saber a0 menos dois sinais naturais que anteci, pem bom tempo e dois que facam prever mau tempo, aplicdveis ao seu proprio Distrito. 5. Reconhecer ¢ dar nome de quatro diferentes tipos de nuvens e explicar sua significagdo. Com relacdo ao {tem 4, faca uso de suas proprias observagdes com relagéo a0 comportamento dos animais, por exemplo. Para os ftens 3 ¢ 5, pesquise em enciclopédias, em casa ou na biblioteca do seu colégio. Em caso de dividas, pega ajuda a seu chefe ou professor de Ciéncias. SALVAMENTO NA AGUA Renato Eugenio de Lima DCIM/Chefe Sénior-GESLG No itimo més de novembro, as tropas de seniores ¢ de guias de um GE de Curitiba realiza- ram uma atividade conjunta no rio Nhundiaquara, na Serra do Mar. Tudo correu bem, sendo cumpri- das todas as normas de seguranca, inclusive a presenga de salva-vidas, acompanhando as béias Ao final da atividade, 0 almoco estava previsto em Porto de Cima. Quando os chefes chegaram a0 local, havia uma grande aglomeragdo de pessoas, a0 lado do restaurante Nhundiaquara, no gramado das margens do rio. Dois rapazes safam do rio desanimados, ¢ havia um certo siléncio das pessoas. Estranhando o ambiente, perguntamos para a proprietéria do restaurante 0 que havia acontecido. A resposta nos surpreendeu. Hé poucos instantes, trés rapazes desciam 0 rio em uma béia, que virou. Ao verem o fato, algumas pessoas entraram na dgua para salvd-los, sendo que, de dentro do rio, nfo perceberam que um dos rapazes ficou sem auxilio. Infelizmente esse jovem (14 anos) faleceu, sendo o afogamento presenciado por mais de 0 pessoas, nas margens do rio! 14 com IPCIO i AUTOFLUTUAGAO Os marinheiros sao treinados para utilizar a "Autoflutuacdo de sobrevi- yéncia", para permanecer em segu- ranga por varios minutos ou até mesmo horas, aguardando por um resgate. Respire fundoe relaxe completamente, flutuando em pé, préximo a superfi- cie. Quando necessitar de ar, empurre as suas maos para baixo e faca o movi- mento de “tesoura" com suas pernas. Isto far4 com que seu rosto alcance a superficie para vocé respirar. Depois relaxe ¢ flutue novamente. Nesse ponto, o rio tem uma largura de cerca de 20 metros, © qualquer uma das dezenas de pessoas que estavam nas margens poderia ter lancado um cabo, uma bola, um isopor, qualquer coisa que flutuasse. Mas ninguém teve a idéia na hora. Caso os seniores tivessem chegado $ minutos antes, talvez as coisas teriam acontecido de forma diferente. Mas nfo dastaria estar 14, seria necess4- tio saber 0 que fazer. E para este tipo de situacio, um escoteiro deve sempre estar preparado. Com este objetivo, apresentamos a seguir as principais normas de salvamentos na agua, incluin- do informagSes dos manugis escoteiros norte- americanos. Leia tudo com atengdo, mas jamais se considere um "expert’. Utilize estes conhecimentos apenas em iltimo caso, PREPARB-SE ANTES ! Muitas pessoas sofrem afogamentos enualmente. Voe8 poderd cuidar de si mesmo, se aprender a nagar. Todo o escoteiro deve fazer um esforco para aprender a nadar. Se vocé j4 € um bom nadador, étimo. Aproveite para dar 0 exemplo, seguindo todas as normas de seguranga, inclusive utilizando os coletes salva- vidas quando indicado, Para salvar uma pessoa que esteje em perigo de afogamento, vocé deveré aprender as técnicas de salvamento antes que elas venham a ser necessd- tias. Faga exercicios de salvamento com a sua patrulha, procure cursos dos bombeiros. Se possivel alcance a especialidade de "salva-vidas". Mesmo que vocé tenha o treinamento adequado, nunca tente um salvamento nadando, se for posst- vel fazé-lo de qualquer outra forma. O método mais seguro de salvamento, consiste na aplicagio da técnica "GAJA" que significa: G - GRITE A - ALCANCE J - JOGUE A - V& com APOIO 1) GRITE - Tentar um resgate sozinho € sempre desaconselhdvel; grite avisando a todos que alguém est se afogando. Obtenha auxilio 20 mesmo tempo que toma as providéncias necessdrias. 2) ALCANCE - A maiorie dos acidentes acontece proximo as margens, como no exemplo acima. ente alcancer a vitima a partir das margens, com seus bracos ou pernas. Utilize remos, varas, tébuas, bancos, ou qualquer outra coisa que possa ser encontrada perto. 3) JOGUB - Existe qualquer coisa que flutue por perto 2 Uma bola, um colete salva-vidas, um isopor, uma c&mara de ar? Jogue para a vitima. Se nao for possivel, faa uma corda unindo pedagos de roupa ¢ lance para a pessoa em dificuldades, enquanto segura 2 outra extremidade. 4) V4 com APOIO - Quando néo for possivel o salvamento pelos procedimentos anteriores, "V4 com APOIO". Dirija-se 20 local em um barco, em uma prancha ou com uma béia salva-vidas. 5) Se tudo falhar, sendo impossivel utilizar os procedimentos anteriores, em situagbes extremas ode ser necessério que voce tenha que nadar para salvar alguém. "Nunca tente um salvamento deste tipo se voce ngo é um excelente nadador, com boa resisténcia forca !". © esforco de um salvamento € exaustivo, € pode colocar uma pessoa em risco de afogamento. Tente este tipo de atitude apenas se vocé jé praticou os métodos de salvamento de vidas na gua ! Lembre-se: uma pessoa que estd se afogando, estd Iutando por sua vida. No seu pnico, ela poderd tenter agarrar o salvador ¢ ‘subir’ em cima dele. A menos que voeé saiba o que fazer, ela poderd afundé-lo. Se ndo houver outra forma, tire suas roupas mantendo um olho na vitima o tempo todo. Prenda © colarinho de sua camisa com os dentes e entre na agua de pé. Se aproxime da vitima utilizando o nado de peito, mas permaneca fora do seu alcance. Agarre a camisa com uma das mdos e jogue a outra ponta nas méos da vitima. Quando ela agarrar a camisa, reboque-a para as margens. Fique atento ¢ seja extremamente cuidadoso, se a vitima se apavorar ¢ ameacar @ sua seguranca, afaste-se. Aguarde até que ela se acalme, mesmo que isto signifique que cla perca @ consciéncia. Depois puxe-a para a praia. a EXTINTORES DE INCENDIO - SAIBA O QUE SAO. Extintores so equipamentos de comba- tea "Princfpios de Incéndios". Estao divi- didos em trés grupos, de acordo com a classe de incéndio em que serao usados. Estas sdo as classes principais de incén - dios: Classe A: Sio incéndios em materiais sélidos, ¢ que deixam residuos. Exemplos: Papel, borracha, madeira, plistico. Classe B: Sao incéndios em Ifquidos e gases infla- maveis, que queimam na superficie e nao deixam residuos. Exemplos: Gasolina, diesel, Aleool, querosene, glp (g4s de cozinha) Classe Sao os incéndios que ocorrem em mate- riais elétricos que estdo energizados, isto €, que esto ligados a rede elétrica e em funcionamento. Exemplos: Televisdo, video-game, computador, geladeira, ferro elétrico, etc TIPOS DE EXTINTORES - CLASSES Igualmente para cada classe de incén- dio, h4 um tipo especifico de Extintor, que sao: Classe A (Materiais que deixam residuos): O extintor de Classe A mais usado é 0 tipo MAP-10 L, isto é, "Mecanismo de Agua Pressurizada" com 10 litros de agua. Ele possui um alcance do jato expelido de cerca de 10 metros de distancia, e com descarga continua, dura cerca de 50 se- gundos para descarrega-lo. E muito efi- ciente. Veja ilustragao 01. Nao usar ja- mais em eletricidade. Classe B (Liquidos e gases inflamaveis): O tipo mais usado, é 0 de "PQS", isto é, 16, "P6 Quimico Seco", constituido de Bicar- bonato de Sédio refinado, e é encontrado em varios tamanhos, desde 01 quilo, usado em veiculos, até carretas de 50 quilos, usadas em subestagoes de energia elétrica e refinarias de petroleo. O extin- tor de 01 quilo, por ser 0 mais comum e facil de se encontrar, demora para ser descarregado em média 40 segundos, sendo que o alcance de seu jato € de 3,3 metros. Veja a ilustracao 02. Classe C (Material elétrico energizado’ Para este tipo de incéndio, o mais efi- ciente € 0 de gas CO2, (Diéxido de Car- bono), que é um gas inerte, isto €, nao faz mal ao homem. Este extintor € encontrado em Varios tamanhos, ¢ os mais comuns sao os de 04 e 06 quilos. O seu tempo de descarga é de 25 segundos (04 quilos) e alcance do jato é de 40 centimetros. Veja a ilustracao 03. Observagées: Jamais use 0 extintor em brincadeiras; verifique sempre o do seu veiculo, assim como os existentes em sua escola e prédio, e estando o mesmo danificado ou usado, comunique ao responsdvel para que seja feita a manutengao e recarga imediata- mente, pois o Extintor deve ser mantido sempre em perfeitas condigdes de uso. Dele dependem vidas. SEMPRE ALERTA! ENTRE ae AMARA LOJA se ESCOTEIRA Os melhores pregos da cidade! ASSESSORIA JURIDICA TRABALHISTA ‘Completa linha de materiais para 2 prética do escotismo COBRANCAS - CONTRATOS PROCURAGOES CARLOS ALBERTO VIDAL OAB 6742 Rua Francisco Torres, 705 - 2a. cj. 05 FONE: (041) 264-3531 80.060 - Curitiba - Parand Rua Ermelino de Lego, 492 Curitiba - Parané Fone: (041) 234-7311 REGIAO ESCOTEIRA DO PARANA FACA _CERTO NO03 Janeiro/Narco - 1992 Encaris de Revista FOGO DE CONSELHO | EQUIPES DE INTERESSE } DCB Osear Victor Palmquist Arias - Membro do Conselho Nacional de Representantes 1. INTRODUCAG Muitas vezes os jovens abandonam o Escotismo antes que 0 processo educacio- nal tenha produzido seus efeitos, A passa- gem do Ramo Sénior para o Ramo Pio- neiro tem sido um momento critico espe- cialmente pela mudanca da forma de lideranga. Estudos recentes realizados pelas Co- missoes dos Ramos Sénior e Pioneiro identificaram na pouca aplicagéo de E- quipes de Interesse no Ramo Sénior uma das causas da evasao por ocasiao da pas- sagem entre os dois Ramos. 2. O PROCESSO DECISGRIO EM RELACAO AS FAIXAS ETARIAS O propésito do Movimento Escoteiro da énfase ao autodesenvolvimento do jovem e isto é atingido através da progressiva participagao nos processos decisério ¢ executivo de suas atividades ao longo de sua vida escoteira. No Ramo Lobinho, a maior parte das decisdes é tomada pelos adultos. As ativi- dades sao integralmente executadas pelos Chefes. No Ramo Escoteiro, os Conselhos de Patrulha e a Corte de Honra passam a ter uma parcela de responsabilidade nos destinos da Tropa. As atividades de Pa- trulha iniciam um treinamento de lide- ranga ¢ espirito de equipe. No Ramo Sénior, além do Conselho de Patrulha ¢ da Corte de Honra surgem 0 Conselho de Tropa e as Equipes de Inte- resse. Seniores e Guias assumem uma parcela significativa na execucio das atividades. A lideranca € exercida a nivel de Patrulhas, como no Ramo Escoteiro e anfvel de Tropa nas Equipes de Interesse. No Ramo Pioneiro, a estrutura tem um novo incremento: o Conselho de Cla e a Comissio Administrativa. planejam e executam todas as atividades. A obrigacao do Chefe da Secdo é in- centivar ao maximo a participacao dos jovens dentro das instituigoes acima des- critas. 3. OPERACAO DE EQUIPES DE INTERESSE As Equipes de Interesse auxiliam o jovem a assumir responsabilidades através, da liberdade de opcdo. A adesio a Equi- pes de Interesse € voluntéria. As Equipes de Interesse podem ser classificadas de acordo com seu objetivo, qual seja: fungao, tarefa ou projeto. Elas sao tempordrias, existem durante o tempo necessdrio para atingir seu objetivo. As Equipes de Interesse agregam dois ou mais jovens, podendo utilizar como convidados: especialistas, instrutores e colaboradores. A coordenagao de uma Equipe de Inte- resse € feita por um dos jovens que a compée. Os temas a serem desenvolvidos pelas Equipes de Interesse podem ser variados: interesses profissionais, esportes, lazer, cultura, adestramento, atividades sociais, atividades escoteiras e outros. Quanto a abrangéncia dos temas, pode- mos classificar as atividades das Equipes de Interesse em dois grandes grupos: EMPREENDIMENTO - utilizada quando o interesse € de toda a Segao. Cada equipe € responsdvel por uma parcela do empre- endimento. Por exemplo na realizagao de uma festa s4o formadas varias equipes: som, alimentacdo, luz, decoracao, etc. PARCIAL - utilizada sempre que 0 inte- Tesse nao é de todos os membros da Seco e sim de apenas alguns deles. Por exem- plo: atividade de servico ou participagao em uma atividade nacional. 4. ETAPAS PARA O DESENVOLVI- MENTO DE EQUIPES DE INTERESSE Aexisténcia de uma Equipe de Interes- se deve ser orientada pelas seguintes etapas: 4.1. PLANEJAMENTO - nesta etapa os integrantes da equipe devem definir o projeto: OBJETIVO - Quais as especificacées, situagdo atual, resultados pretendidos e custos (se houver). LOCAL - Onde serao realizadas as reu- nides preparatérias ¢ onde ser4 executada ou apresentada a atividade. CRONOGRAMA - Data de inicio e término, datas de conclusao de objetivos intermediérios ¢ data de execugao. ESTRATEGIAS - Definicdo dos métodos de trabalho, procedimentos, seqiiéncia de tarefas e alternativas de seguranca contra imprevistos. RESPONSABILIDADES - Definicéo do coordenador, responséveis pelas tarefas, pelos controles ¢ pela comunicagao. 4.2 APROVACAO DO PROJETO - nesta etapa o coordenador da Equipe de Inte- resse deve apresentar 0 projeto para os 6rgaos de decisao da Secéo onde serao analisados os seguintes aspectos: - viabilidade do projeto; - vantagens para o desenvolvimento da Segao; — - harmonia entre atividades da Equipe de Interesse ¢ as atividades da Secdo; - euidados com a seguranga; - identificacaéo da atividade com a Promessa Escoteira. 4.3 ETAPAS DA EXECUCAO DO PRO- JETO - apés a aprovacao do projeto a Equipe de Interesse pode dar inicio A sua realizado. Alteragdes no planejamento original on dilatacdes de prazos de execu- sao devem ser submetidos novamente aos 6rgaos de decisio para discussao e andlise. A execuco de um projeto deve respei- tar os seguintes aspectos: VERIFICACAO DOS RECURSOS MA- TERIAIS E HUMANOS - licencas das autoridades escoteiras (Grupo, Distrito ou Regiao), materiais a serem utilizados durante a atividade, responsdveis treina- dos ¢ substitutos treinados. VERIFICACAO DAS CONDICOES AM- BIENTAIS E CLIMATICAS - previsio do tempo e inspecao do local (para os casos de atividades externas). EXECUCAO - instalagdes e montagens, pontualidade, consecugao dos objetivos, controle da situacao, corregdes ao longo do desenvolvimento ¢ desmontagens. AGRADECIMENTOS - cartas de agra- decimentos a proprietarios e colaborado- Tes. 4.4 AVALIACAO - ao concluir 0 pro- jeto, a Equipe de Interesse deve apre- sentar um relatério por escrito contendo: - descrigao do projeto; - resultados obtidos; = observacdes que venham a auxiliar outros jovens a desenvolverem novas Equipes de Interesse. Os relatérios devem ser arquivados para consulta geral. 5. ORGAOS DE DECISAO RAMO SENIOR:Conselho de Tropa para aprovagao do projeto e avaliagao do rela~ torio e Corte de Honra para acompanha- mento durante o desenvolvimento. RAMO PIONEIRO: Conselho de Cla para aprovagao do projeto e avaliagao do rela- tério e a Comissao Administrativa para acompanhamento durante o desenvolvi- mento. 6. A COMPLEXIDADE DAS EQUIPES DE INTERESSE Considerando que a complexidade no Movimento Escoteiro deve ser progres- siva, as equipes de interesse no Ramo Sénior devem ser mais simples e de dura- cao menor e as do Ramo Pioneiro mais complexas. As Equipes mais simples podem pres- cindir de algumas das etapas acima des- critas, por exemplo uma equipe de inte- resse para desenvolver uma atividade de sede para a Aleatéia do Grupo pode nao necessitar de recursos financeiros ¢ auto- rizagoes. Outro aspecto importante a considerar € que no Ramo Sénior a aplicacao do Sistema de Patrulhas € obrigatoria e ocupa a maior parte do tempo: atividades de Patrulha, Conselho de Patrulha, Conselho de Tropa e Corte de Honra, No Ramo Pioneiro existem duas estruturas perma- nentes: Conselho de Cla e Comissao Ad-* ministrativa ¢ a estrutura transit6ria formada pelas Equipes de Interesse. 71. EXEMPLO DO PROJETO DE UMA EQUIPE DE INTERESSE PARCIAL 7.1 OBJETIVO ESPECIFICACAO - Realizar umacorrida de orientagao para Lobinhos (as), Esco- teiros (as), Seniores e Guias. A previsao € de 400 participantes. CUSTOS - Sera cobrada uma taxa de participacdo para cobrir os custos de: medalhas, xérox de cartas ¢ de instrugdes. A Comissao Executiva do Grupo prestara os servigos de cantina do dia da corrida assemira os prejuizos no caso de arreca- 7.2 LOCAL REUNIOES PREPARATORIAS - sala do Cla, aos sébados. LOCAL DA EXECUGAO - Parque do Barigui. 7.3 CRONOGRAMA: Abril/89: - elaboragdo do projeto. Maio/89: - apresentagao para o Conselho de Cla e aprovacao Maio/8 - infcio da execugao do projeto. Junho/89: - apoio a corrida de orientacéo da Prefeitura de Curitiba para adquirir experiéncia. Julho/89: = execucdo da base de orientagio no Acampamento Regional do Parand, em Maringé. Agosto/89: - levantamento de campo e desenho da carta. Setembro/89: - iluminagao de 200 cartas (colorir); - cartas convite aos Grupos Escoteiros; - determinagao dos percursos para as varias categorias. Outubro/89: + confec¢ao de cartoes de controle ¢ prismas; - treinamento dos responsdveis e subs- titutos; Novembro/89: = execugao da corrida; - relatério. 7.4 ESTRATEGIAS - organizar e dirigir eventos de menor porte para adquirir experiéncia; ~ realizar amplo treinamento, convi- dando especialistas; = preparar os materiais informativos ¢ cartas com grande antecedéncia, guar- dando as tiltimas semanas para as pe- quenas tarefas; - escolher uma data alternativa para o caso de chuva; - solicitar licengas ao Departamento de Parques e apoio da Policia Militar; - solicitar apoio da Chefia e Comissao Executiva para o dia da corrida. 7.5 RESPONSABILIDADES - Definicgdo do coordenador, responsaveis pelas tare- fas e substitutos. ESPECIAL ELES SALVARAM MINHA VIDA Magaly 5. Passos Operado pelo Corpo de Bombeiros, o SIATE € um sistema integrado de atendi- mento 4 emergéncia, que vem oferecendo servigos de primeiro mundo a populagdo da Regiao Metropolitana de Curitiba Desde o tempo em que editavamos o Jornal do Escoteiro é que conhego vocés, leitores da comunidade escoteira parana- ense. Por ter me inteirado da filosofia de Baden-Powell que, entre outras coisas, visa o bem comum, senti que deveria publicar esta minha experiéncia de vida. Em 1989, através de meu trabalho como jornalista, tomei conhecimento e divul- guei um programa de atendimento a acidentados de transito que estava em fase de implantacao na Regiao Metropolitana de Curitiba. Era 0 SIATE - Sistema Inte- grado de Atendimento a Emergéncia. Seu idealizador, Dr. Luiz Carlos Sobania transmitia um entusiasmo contagiante. Todos os 6rgaos envolvidos na sua con- cretizacao acreditavam na idéia. Os bom- beiros treinados para serem socorristas j se orgulhavam da missao que se esbocava. Apesar de todas as dificuldades financei- ras (cada ambulancia-UTI custa em torno de um milhao de délares), 0 SIATE to- mou corpo e hoje conta com uma imensa estrutura administrativa, 8 ambulancias avancadas, 106 socorristas e 12 médicos de plantao. Para qualquer emergéncia é s6 ligar 193, O SIATE € um sistema integrado com- posto pela Prefeitura Municipal de Curi- tiba, pela Secretaria de Estado da Satide € operado pela Secretaria de Seguranca Piiblica do Estado, através do Corpo de Bombeiros. Conta também com 0 apoic técnico de diversos érgaos, incluindo 2 Universidade Federal do Paran4. ACONTECEU COMIGO No infcio de fevereiro tivemos um acidente na estrada das praias. Minka familia saiu ilesa, mas eu, assim que recobrei os sentidos, percebi que a minha situacao era delicada: sentia dores na nuca e dorméncia no corpo. Imediatamente, meu subconsciente mandou as mensagens -19 armazenadas do tempo em que assisti o treinamento dos socorristas: "Ninguém mexe em mim". Este era meu comando quase que obstinado, pois sabia que havia algo de grave na coluna.Quando em pou- cos minutos alguém disse "Nao se preocu- pe que a ambulancia do SIATE est che- gando', senti que estava iluminada Os trés socorristas, cabo Jesus, soldado Shane e soldado Baumel aumentaram minhas chances de sobrevida e mais, sem seqiielas irreversiveis. Todas as primeiras providéncias foram tomadas e meu corpo completamente imobilizado para seu devido transporte. Neste momento deci- diu-se meu destino. Se eu nao tivesse sido adequadamente removida, hoje, pela fratura cervical que eu tive, estaria tetra- plégica. Segundo estatisticas realizadas por programas similares nos Estados Unidos, a maioria das complicagées ffsicas do acidentado decorrem do atendimento e transporte inadequados, geralmente feitos com a maior das boas intengdes por popu- lares. E claro que precisei de tratamento, cirurgia e ainda levarei um tempo para me recuperar totalmente. Mas o que vale € que uma tragédia foi evitada pelos socorristas pertencentes a um programa eficiente que salva vidas. O QUE FICA DISSO TUDO Sinto-me privilegiada por ter tido contato com 0 SIATE desde 0 inicio de sua implantagdo. Naquela época jé foi profissionalmente gratificante escrever sobre ele. Agora vi de perto o que € um trabalho realizado com amor e profissio- nalismo. Minha missdo é divulgar 0 SIA- TE para que mais pessoas possam ser ehite BARRACAS MICRO LEVES ROUPAS TERMICAS ROUPAS DE ABRIGO / MOCHILAS a ¢ SOLICITE neat’ CATALOGO RUA GUARANS, 115 - CAIXA POSTAL 13023 FONE (041) 968-1851 - CEP ei560 - CURITIBA - PR salvas, Nao s6 isso: para mostrar que neste nosso Brasil existe lugar para programas decentes. Esta constatacao positiva precisa ser espalhada e valorizada. Em resumo, o que quero registrar aqui € 0 seguinte: nao importa em que vocés estejam empenhados, seja no trabalho, no estudo, no esporte ou no lazer, fagam com amor. O trabalho destes socorristas é, aci- ma de tudo, um ato de amor ao proximo. Procurem estar sempre bem informados. Nao se deve remover um acidentado, principalmente se houver suspeita de trauma na coluna. O SIATE tem unidades méveis em pontos estratégicos da Regido Metropolitana de Curitiba, e contou neste iltimo verao com unidades em Matinhos e Guaratuba. Os socorristas atendem o acidentado no local do acidente e dentro da ambulincia-UTI até a chegada no pronto-socorro mais préximo. Para qualquer trauma emergencial, nao somente acidentes automobilisticos, chame o SIATE. LIGUE 193. Um abrago fraterno ‘Magaly Schlossmacher Passos, 38, jornalista, esté : telacionada a0 escotismo através de seu marido Adalberto Egg Passos ¢ de seu sogro Adhail Sprenger Passos, vice presidente do Conselho Regio- nal. Tem vérios inhos — par- ticipando no Grupo Escoteiro So Judas Tadeu, Yconquisla EQUIP AMENTOS PARA SUA AVENTURA. MOCHILAS DE 15 A 80 LITROS EQUIP. PARA MOUNTAIN BIKE SACOS PARA DORMIR POCHETES. (041) 292-4259 20. AVENTURA ESCOTEIRA A PATRULHA AGUIA PARTICIPA DE UM GRANDE JOGO Régis Blauth A pedido do Chefe, 0s Monitores tinham observado durante um més o comportamento dos Escoteizos, nas reunides de Tropa, reunides de Patrulha e fore das atividades. A observacéo havia sido feita sigilosamente, de tal modo que os observados agiram de maneira natural. Os resultados foram estudados na Corte de Honra e 2 conclusao foi de que eles precisavam desenvolver mais o Espirito Escoteiro. A primeira vista nada de errado havia em seu comportamento. © Chefe sugeriu ¢ @ Corte de Honra aprovou a realizagéo de uma atividade onde os Escoteiros estariam ocupados com um jogo que propiciasse oportunidades para uma reflexéo em Patrulha A atividade nfo tardou para acontecer: num sAbado, as 14:00 horas, uma das Patruthas - a guia - deveria entrar num parque, montar um acampamento camuflado e cumprir uma programa- Go estabelecida nas regras do jogo. As outras 3 Patrulhas entrariam no parque &s 14:30 horas, deveriam localizar a Patrulha Aguia ¢ observar algumas caracteristicas especiais de suas instala- goes. A Aguia seria a vencedora se cumprisse a programacdo estabelecida e nfo fosse localizada até 4s 12:00 horas de domingo. As Patrulhas adversd- rias sairiam vencedoras se observassem as caracte~ aisticas especiais de suas instalagbes. A Patrulha Aguia combinou sair com 0 énibus das 12:30 € chegar ao parque as 13:15. Como um elemento da Aguia nao poderia ir nese horério, ficou acertado de que iria no 6nibus seguinte. Para & surpresa da Aguia, nesse Onibus foram apenas os elementos das outras Patrulhas. Este fato compli- cou os planos. O préximo dnibus s6 chegaria as 14:25, dando apenas uma margem de $ minutos antes que as outras Patrulhas entrassem no parque. Como determinavam as regras do jogo, entraram no parque as 14:00 horas sob a visto interessada de seus adversdrios que s6 poderiam entrar no parque 30 minutos apés. Foi tracada uma estraté- gia para o imprevisto: um dos elementos aguardaria @ chegada do retardatério. Os outros levariam sua mochila para que eles pudessem correr usando os cinco minutos que restavam antes que os adversé- tios entrassem no parque. Para confundir as outras Patrulhas, foi combinado que os dois companheiros deveriam se deslocar para 0 lado oposto aquele no qual pretendiam acampar, até a ponte do regato peinc!pal, As regras do jogo determinavam que até as 15:00 horas wma barraca deveria estar armada © @ bandeira do jogo hastcada. Deslocaram-se até a clareira onde existia uma velha figueira e dividiram as tarefas: um elemento deveria ir correndo até a ponte do regato principal € de Id indicar com sinais de pista 0 acesso até = figueira, os demais se deslocariam aié 0 local onde seria instalado 0 acampamento. © plano de deslocamento era completo: os elemen- tos que estavam atrasados sc desiocariam correado 2 até a ponte do regato, de onde seguiriam a pista até o acampamento, tomando 0 cuidado de climi- nar todos 0s vest{gios. © local do acampamento era bem adequado para uma camuflagem: o mato era fechado ¢ ficava quase no topo de um morro, Uma drvore alta foi escolhida para ser a torre de vigia ¢ um butiazeiro foi escolhido como mastro. Possuiam duas barraces, uma de lona verde e uma de lona branca. Como 2s regras do jogo determinavam que uma barraca deveria estar armada na hora do hasteamento, foi armada a de cor verde. Com poucos galhos de camuflagem ela ficou imperceptivel para quem a olhasse a poucos metros de distancia. ‘Ainda dentro do prazo limite chegaram os retar- datdrios. Foi hasteada a bandeira e comemorado 0 sucesso de conseguir cumprir a primeira tarefa do jogo. Alguém perguniou sc o cumprimento das Tegras do jogo 4 risca, sem a presenca do chefe ou qualquer fiscal nao seria uma demonstracéo de que possufam 0 Espirito Escoteiro. Os retardatérios informaram que as outras Patru- Ihas tentaram seguf-los e que poderiam ter sido vyistos no trecho entre a figueira ¢ 0 acampamento. Foi construféa uma plataforma, para que 0 vigia ficasse em uma posigio mais confortdvel, ¢ um fogdo tipo trincheira, Dois elementos foram buscar 4gua na represa. Qual nfo foi sua surpresa quando repararam na outra margem, escondidos na relva, alguns Escoteiros, Ficaram em duvida se eles estariam ali os aguar- dando ou por simples coincidéncis, Aguardaram uns 15 minutos e, como eles nao safam de Id, resolveram arriscar. A represa tinha uns 150 metros de largura ¢ na margem em que estavam, havia alguns salceiros com galhos pendentes tocando a Agua. Um deles se deslocou sobre um galho ¢, com © auxflio de uma corda, conseguiu recolher um balde cheio. Na outra margem tudo passou desper- cebido. © fogio tipo trincheira recebeu um acess6rio espe cial: uma tampa mével, feita de galhos ¢ barro, que poderia cobrir 0 fogéo caso algum estranho se a- proximasse. ‘Ao entardecer, iniciaram um fogo com Ienha bem seca ¢ a sopa de legumes comecou a ferver. Alerta! © vigia anunciou que alguém se aproximava. Recolhida a panela, 0 fogo foi coberto com areia a tampa do fogdo foi fechada. A menos de 10 metros das instalagdes foram ouvidos passos. Reconheceram pelo uniforme que deveria ser um jardineiro do parque. Ble trazia uma pd no ombro que Ihe cobria 0 rosto. Apés o jantar iniciaram a dltima tarefa da noite, talvez a mais dificil. Quatro elementos deveriam se deslocat do acampamento ¢, em qualquer lugar, entre 20:00 e 21:00 horas, deveriam fazer um fogo ¢ dar 0 Grito de Patrulha. O local escolhido foi & clareira junto a velha figueira. O fogo foi feito debaixo de uma lona, que foi erguida na hora do 2 grito. “Para o alto sempre mais alto: Aguial”. Jogaram um balde de 4gua no fogo ¢ correram para o lado oposto ao acampamento. A Patrulha Ledo, que se encontrava nas proximidades correu em sua diregéo. Decidiram se separar e procurar despisté-los, mareando encontro na ponte do riacho, tdo logo tivessem a certeza de que no estavam mais sendo seguidos, Poucos minutos depois aconteceu aquilo que veio deixar a maior lembranca daquele jogo. Um dos elementos da Aguia, na tentativa de evadir-se, enroscou-se em uma cerca de arame farpado, que Ihe fez um profundo corte no supercflio direito. O primeiro a encontré-lo foi 0 Monitor da Patrulha Letio, Ao deparar com o-rosto ensangiientado, imediatamente tomou seu apito ¢, por trés vezes, deu 0 apito de chamada da Tropa. Este aviso significava que © jogo estava interrompido ¢ que todos deveriam se aproximar. Os elementos que ficaram no acampamento também ouviram 0 apito ¢ concluiram que somente um acidente poderia motivar o apito. Pegaram a maleta de primeiros-socorros ¢ correram para 0 lo- cal. © excesso de sangue ¢ a falta de luz nfo permiti- ram fazer um diagnéstico. Neste momento, chegou © jardineiro que havia passado a tarde pelo ecam- pamento ¢, que para a surpresa geral, se tratava Go Chefe da Tropa, até aquele momento incognito, ‘observando 0 jogo. Improvisada uma maca, levaram o ferido até a portaria do parque, onde havia energia elétrica. O Chefe decidiu levé-lo até hospital. © Monitor da Patrulha Pantera convocou uma Corte de Honra para dar prosseguimento a ativida- de. Embora nao constasse das regras do jogo, ficou ‘estabelecido que a Patrulha Aguia deveria voltar ao acampamento © que as outras Patrulhas s6 poderiam segui-la 10 minutos depois. ‘Ao chegar no acampamento, alguém fez o seguinte comentario: 0 acidente fez'o jogo parar, pois o ferido era mais importante. © Monitor da Pantera, quando propés na Corte de Honra que a Aguia se afastasse, estava alterando as regras do jogo para dar 4 Patrutha Aguia uma nova oportunidade de manter seu acampamento desconhecido para as demais Patrulhas. Tudo levava a concluir que para ele era mais importante ser justo do que vencer 0 jogo. Esta era uma demonstragio de que cle possufa Espirito Escoteiro, Pela manha se depararam com uma situacao inesperada: a cerca de 200 metros do acampamento estava acampada a Patrulha Ona. Ficaram em total siléncio aguardando sua sa(da. Era uma ja contra o tempo, pois deveriam cozinhar um pau até as 8:00 horas. Executaram um plano de emergéncia: dois clemen- tos se desiocaram até o outro lado do reservatério, onde fizeram uma fogueira para atrair a Patrutha Onca. Hles de fato correram para lé, porém a fumaca e a gritaria atrafram as outras Patrulhas, © que impediu que executassem a tarcfa dentro do prazo previsto. Declararam em seu relatério que nao conseguiram realizar a tarefa e iniciaram a seguinte, A nova tarefa consistia em ocupar duas posigdes afastadas 200 metros entre si ¢ realizar, por um periodo de 5 minutos, uma comunicacéo com espelhos reflexos do sol. Procuraram um local bem afastado do acampamen- to onde poderiam subir em duas drvores bem altes. A velha figueira foi uma das escolhidas; a outra 4rvore foi um eucalipto em uma colina, no outro lado do vale, Uma nuvem encobriu o sol, impedindo a realizacéo da tarefa. Um dos elementos comentou: poderfamos regressar ao acampamento e declarar que realiza- mos a tarefa, porém isto n&o seria justo para com as demais Patrulhas ¢ estarfamos descumprindo nossa Lei Escoteira. Foram observados por uma das Patrulhas conseguiram, mais uma vez, despist4-la. mas Desmontaram 0 acampamento, deixando o local sem nenhum vestigio ¢ se dirigiram para a velha figueira, para o encerramento do jogo. © Chefe se encontrava no local em companhia do companheiro ferido que recebera S$ pontos no supercilio. A avaliagéo Ihes atribufa uma pontuagdo idéntica a da Patrulha Pantera. Tinham realizado quase todas as tarefas, porém perderam pontos porque os elementos da Pantera passaram pelo local do acampamento apés terem saido de 14 ¢ recolheram 2 bandeira do jogo, que havia sido esquecida hasteada, Eles também assinalaram no mapa do jogo os locais de onde transmitiram os reflexos de espethos. Um impasse porém foi formado: caso nfo tivesse ocortido 0 acidente, 0 elemento acabaria sendo seguido ¢ denunciaria as instalagdes. A alteracao da regra do jogo favoreceu a Patrulha Aguia. Nova Corte de Honra foi convocada. Apés a exposicgao dos vérios argumentos foi realizada uma votagao, que acabou em empate. i © Chefe pediu licenca ao Presidente da Corte de Honra ¢ fez a seguinte colocacao: "A Tropa viveu neste acampamento uma grande experiéncia: 0 Esptrito Escoteito de todos se desenvoiveu. As regras do jogo foram cumpridas. O atendimento ac ferido e a alteracao da regra do jogo demonstraram que vocts entenderam e aplicaram a Lei Escoteira. ‘Todos voces esto de parabéns. Proponho que toda Tropa seja considerada a vencedota do jogo." O Presidente colocou em votacio ¢ a aprovacao foi undnime. Para aproveitar o final da tarde, realizaram uma partida de caetebol, o jogo preferido da Tropa. O ferido, que n&o podia correr, ficou como juiz e 0 Chefe jogou no lugar dele. 2B ESCOTISMO NO MUNDO a I CINCO SECULOS, UM REENCONTRO © Parque Osdrio, com 110 hectares, Campo: Escola da UEB/RS, distante a S$ km do litoral gaticho e 2 100 km de Porto Alegre, serd 0 local do Jamboree Colombo que reunird cerca de 15.000 escoteiros de diversos pafses do mundo, no perfodo entre 29 de dezembro de 1992 a 5 de janciro de 1993. © evento tem por objetivo comemorar 0 5? centenério da chegada de Cristévao Colombo & América. Em 1492, esse navegador espanhol aportou em terras da América com as caravelas “La Nina", "La Pinta" ¢ “La Santa Maria’, iniciando uma constante corrente migratéria de povos ¢ racas. Promovido pelas Regides Interamericane ¢ Européia, conforme deciséo da 32! Conferéncia Mundial, realizada em Paris, 0 Jamboree Colombo estd sendo organizado pela Regido Escoteira do Rio Grande do Sul por delegac4o do Conselho Nacional. ‘A taxa do evento seré de 270 US$ (duzentos ¢ setenta délares americancs), cobrindo as despesas de alimentacéo, transporte do aeroporto até o Parque Osério, seguros ¢ outras necessidades durante 0 evento. Poderdo participar escoteiros ¢ escotciras, seniores ¢ guias, de 12 a 18 anos de idade, com um mfnimo de 2! classe ou adestramento semelhante. A proporgfo de chefes serd de no mfnimo um adulto para seis membros juvenis. As tropas serao compostas de 30 a 40 membros juvenis com 6 ov 7 chefes com mais de 18 anos. Esté prevista também a participacéo de chefes ¢ pioneiros como _ JAMBOREE COLON JAMBOREE COLON membros das equipes de servigo. ‘© acampamento apresentard trés grandes blocos de eventos. O primeiro bloco ineluird as cerimOnias © 0s espetdculos. Muitas surpresas ¢ novidades estdo reservadas para esses momentos. O segundo bloco seré o das atividades internas que acontecerio no local do acampamento. As atividades externas, com visita a Porto Alegre, Gramado, Cancla ¢ 0 "Dia da Lagoa” constituem 0 terceiro bloco de eventos. MEMORIA ESCOTEIRA ‘Numa manh& de julho comegou uma viagem de sonhos e descobertas por terras cisplatinas. EXCURSAO A ARGENTINA E URUGUAI Novembro de 1951. Os escoteiros ¢ ‘seniores da "Associagéo dos Escoteiros do Cireulo Militar do Paran4" iam escolher 0 local para a préxima excurséo anual de julho. © chefe Nelson Hey, brincando, Sugeriu a Argentina e o Uruguai. Em coro, a resposta foi um "imposs(vei’, "que ficaria para mais tarde", apesar de muitos desejarem conhecer esses pafses vizinhos © amigos. Como no dicionério de escoteiro n&o deve constar a palavra "imposs{vel", @ op¢ao também foi inclufda na votacio. © resultado final indicou 19 votos para Argentina e Uruguai, 10 votos para Belo Horizonte e 6 votos para Foz do Iguacu. Nas reunites seguintes foram estipula- das as condigbes de participacdo: 10.)Ter mais de seis meses de boa atividade; 20.) Ser de 2a. classe; 30.) Ter instrucdo secundéria e 4o.) Assistir as reunides especiais para a excurséo. (s inscritos se elevaram a 40, incluin- do 8 convidados da Tropa Jorge Frassati, 8 da Tropa da Aguia e 2 da Tropa J.G. Guedes. Destes, restaram 15 elementos. O dinheiro para a viagem foi fruto de pe- quenos servigos, entre eles a decoracéo carnavalesca do Clube Curitibano, Argentina 3 de julho de 1952, As 6:15 horas, todos os integrantes da caravana j4 se encontravam fla estacdo ferrovidria: Nel- son Hey, Leonidas Avelleda, Jodo Carlos Licheski, Airton Hey, Alberto Reichmann, Pedro Menzel, Jo&o Victor Oliveira, Geverson Pilati, Egmar Kleinke e Polan Urban, representando o Circulo, Da Tropa da Aguia estavam presentes Fer- nando Pinto Dias, Renato Souza Lobo, Helio. Gomes, Irajé Bartes © Gerson Gerken, © fotdgrafo oficial da delegacso era Rubens Utrabo. Em Buenos Aires, as 8:30 do dia 9 de julho, 08 paranaenses foram recepciona- os pelo Comissério Internacional Aronel Abelardo de La Vega, entre outros esco- tistas argentinos. Depois de visitar a Escola de Arte "Quinkela Martins’ ¢ 0 velho € tradicional barco "Armandito’, que servia de sede para a Companhia Scouts Navales "Juan B, Azupardo’, os excursionistas chegaram a Escola Supe- rior de Guerra, onde ficaram hospedados durante @ permanéncia em Buenos Aires Alf, at€ 0 dia 16 de julho, os parana- enses puderam dar uma esticada as cida- des de Lujan e Sermiento, e conhecer algumas organizacdes ¢ pontos turfsticos da capital argentina: a sede central dos Scouts Argentinos, A Embaixada Brasi- leita, o Instituto San Marti, a Catedral de Buenos Aires, 0 Clube do Circulo Militar, entre outros. 17 de julho. Alvorada as 6 horas. Com © material pronto o grupo partiu para o Uruguai. Levaram 2 horas atravessando © "mar del plata” até desembarcarem no Ponto de destino, em Colonia. Para Mon- tevideu, a viagem foi de Onibus "coach" Nelson Hey 26. ‘A cadeia da fraternidade ¢ o exemplo de m&os que se tocam ‘no mesmo compromisso de lealdade ¢ amor ao préximo Casado com Leoni Massolim Hey, pai de Nelson Hey Filho, Nelsi Hey Nilson Hey (os dois fils, ex-escoteiros), o chefe Nelson Hey escreveu esta mensagem para o "Fogo de Conselho": ="O lema escoteito deveria ser aplicado por todos os homens, Assim, estariam sempre alertas para servir o melhor possivel a todos aqueles que sofressem necessidades em nosso mundo". Auditor, aposentado como funciondrio esta- dual fiscal do Estado do Paran4, formado em Ciéncias Contdbeis (1946) © Admiaistracao (1970), Nelson Hey foi sub-chefe da delegacao brasileira no Jamboree da Austria, em 1951. ‘Comegou como escoteiro em 1938, Em janeiro de 1939, falou com Getulio Vargas, na Quinta Boa Vista. Em 1940, entrou na Associaco Escoteita do Cfrculo Militar do Parand. Hoje, um exemplo para todos nés! Uruguai Em Montevideu, os paranaenses fica- ram alojados no Hotel Campiotti, A recepedo oficial ficou por conta do prof, Paul Schurmann, Comissério Internacio- nal dos Scouts’ Uruguaios. A troca de flamulas e as mensagens fraternas marca- Tam 0 encontro que aconteceu na sede do Centro Cultural Uruguai-Estados Unidos. Na breve passagem pelo Uruguai, os paranaenses conheceram algumas das afamadas praias do pafs vizinho. Conhe- ceram 0 aeroporto de Carrasco ¢ passa- ram uma tarde agraddvel, entre cangdes © palestras, com escoteiros uruguaios. Na noite do dia 18, em recepeao na residén- cia de um escoteiro uruguaio, os parana- enses participaram de um “cocktail”, de um baile muito animado, e conheceram 0 prof. Emilio Vardesis, presidente dos "Scouts" Uruguaios. A volta Em 19 de julho, retornaram @ Buenos Aires. Mais trés dias de visitas conta- tos. Para conhecer a Cidade Estudantil, © estédio River Plate, o jornal La Pren- sa. Para fortalecer a amizade escoteira. A despedida na tarde do dia 23 foi emocionante. Entre *hurras" & Argentina © ao Brasil, entre "vivas" ¢ “adeus Grupo deixou Buenos Aires. A chegada em Curitiba aconteceu no dia 27 de julho de 1951, &s 20:45 horas, sem qualquer contratempo. Emogao na despedida O abraco amigo, a troca de lembran- gas ¢ as palavras de conforto e amizade Marcaram, de forma comovente, uma espléndida excursdo que reuniu membros de um mesmo ideal. E que ganhou forca e vigor com um "carbeto” de cancées tfpicas e regionais."Siempre Listo”. Se ee eee GRUPOS ESCOTEIROS 1/PR - G. E. PE VERMELHO A RESPONSABILIDADE DE CARREGAR O N° 1 Marco Rossoni Filho Chefe de Grupo © G. E. Pé Vermelho foi fundado em 1986 por um grupo de pais € com 0 incentivo do Rotary Club. Os primeiros oito lobinhos ¢ oito escoteiros fizeram sua promessa, junto com a chefia, em 30.11.86, data da fundacdo do Grupo. Na ocasiao, comandou a ceriménia o Chefe Almir, que desde entao tem nos dado todo apoio ¢ ajuda necessdria. O nosso Grupo recebeu da Regido 0 n° 1/PR. Desconhecemos os motivos da distingao e, ao mesmo tempo, ficamos preocupados. E motivo de orgulho ser o niémero um; mas isso também implica em responsabilidades, pois atrai a atengao, e sempre se espera mais de quem é 0 niimero um. Nao somos os maiores nem os melhores, mas temos nos esforcado para fazer um bom trabalho junto aos nossos jovens. Contamos atualmente com 93 membros juvenis, distribufdos em duas Alcatéias (masculina ¢ feminina), duas Tropas Escoteiras (masculiia e feminina) Sede propria: quase uma reali dade. e uma Tropa Sénior. Nossa tropa Sénior costuma minguar no inicio do ano, quando os jovens se mudam para a capital, para se prepararem para o vestibular. De uma tropa de treze, restam hoje quatro patrulheiros. Acreditamos que o mesmo problema afeta a maioria dos Grupos do interior. Inicialmente, fazfamos nossas reunides na AABB. Hoje nos reunimos no Parque Municipal Mal. Deodoro, um canion de 40.000 m?, no centro da cidade. Ao lado do parque, compramos, um terreno, onde estamos construindo a nossa tao sonhada sede. Comegamos no ano passado, com a ajuda da Prefeitura. Fizemos muitas promocoes, nem sempre com o resultado esperado. Mas a casa esta aparecendo. © nosso Pé Vermelho tem origem no século passado. Era a alcunha dada aos palmenses, condutores de gado, que levavam as tropas até a estrada-de- ferro, pelos caminhos lamacentos de entao, 14 chegando com as_botas vermelhas da lama. Pejorativo na época, hoje € aceito como um sinénimo de palmense. Nosso Grupo tem sido presenga constante nos eventos civicos e ecolégicos da cidade, tornando-se ponto de referéncia quando o assusito ¢ a Natureza sua preservagao. 49/PR - G. E. NOSSA SENHORA MEDIANEIRA 20 ANOS DE ESCOTISMO José Mario Moraes ¢ Silva Escotista, ex-escoteiro. Outubro de 1991. O Fogo de Conselho coroava mais um acampamento de Grupo - 0 acampamento dos 20 Anos. Em volta do fogo, mais de duzentas pessoas recor- davam a Historia do Grupo, um Grupo que comecou muito pequeno em uma tarde de sabado, em agosto de 71, quando sete meninos do Colégio Medianeira se reuniram pela primeira vez para ouvirem do chefe Ramirez (G. E. Marechal Ron- don) suas primeiras nogdes de Escotismo. O Grupo seria oficialmente fundado no dia 16 de outubro quando, sob achefia do saudoso chefe Francisco Riederer fizeram Promessa o Padre José Lorenzatto (Chefe de Grupo), o Padre José Ten Cat (Chefe de Tropa) e mais os sete escoteiros das Patrulhas Falcao e Morcego. Nascia o Grupo Escoteiro Nossa Senhora Medianeira. Sem nenhum dirigente, sem Comissio Executiva, sem ninguém que entendesse de escotismo. Nossos chefes nao tinham sequer 0 curso que hoje cha- mamos de CAP. O Grupo tinha tudo para nao dar certo mas, contrariando todas as As primeiras promessas marcaram a fundacio do Grupo Escoteiro N.S.Medianeira expectativas, cresceu e se firmou como um Grupo Escoteiro sério e que trabalha bastante pelo Movimento Escoteiro em nosso pais. Sao 20 Anos de continuo crescimento, de muita historia ¢ muitas est6rias, impossi veis de serem resumidas em poucas li- nhas. Em 72 ja tinhamos as quatro patrulhas - Pantera e Touro completavam a Tropa - e foi aberta a primeira Alcatéia. Em Janeiro de 73 participamos do I Campo- ree Sul, nossa primeira grande atividade. Apenas cinco escoteiros, sob a coordena- gao do chefe Almir (Chefe da Delegacao do Parané) com duas barracas empresta- das (uma do G. E. Jorge Frassatti) pois ainda nao haviamos adquirido a nossa primeira barraca, 0 que s6 aconteceria no final de 73. A Comisséo Executiva, tendo o Prof. Riad Salamuni como presidente, s6 foi formada em 76 ¢ a nossa sede so seria inaugurada em 78 quando, apés cinco mudangas, aceitamos o desafio de trans- formar uma estrebaria, recém desocupada pelos seus ex-moradores - as vacas - em uma sede escoteira. Apés todo este tempo eu poderia falar de muita coisa: dos acampamentos na Serra do Mar ou do Jamboree na Australia; da Conferéncia Interamericana de Curitiba ou da Conferéncia Mundial de Paris; da Itha do Mel ou da Tha de Marajé. Poderia contar as est6rias do Garret, fantasma que quase sempre comparece aos nossos acam - pamentos; relembrar uma memordvel cacada de tirisco (animalzinho tfpico da Serra do Mar ?) ou recordar o dia em que um Disco Voador (ou OVNI) quase pon- sou em um acampamento escoteiro. Poderiarelembrar momentos tristes quan - do alguns dos nossos partiram para o 2 Grande Acampamento ou os momentos alegres, os casamentos, batizados, aprova- goes em yestibulares, promessas. Mas, eu acredito que o que melhor representa o Medianeira sao algumas criangas: 0 Thia- go, o André, o Rafael, o José Carlos, a Mirian, a Thais e a Lilian. Eles sao lobi- nhos e escoteiros, filhos daqueles que fundaram e iniciaram 0 Grupo, um Gru- po Escoteiro que est4 passando de pai para filho. O Indaba de final de ano representou um recorde, mais de setenta pessoas sendo 28 criangas. Mais parecia um acantonamento de Alcatéia. La estava presente o Bruno, um bebezinho, neto de escotistas, filho de escoteiro. O primeiro da terceira geracao. ro. E, na verdade, uma grande famil parte de uma familia ainda maior, a fa- milia Medianeira, integrada por toda a comunidade do Colégio e pelos sacerdotes da Sociedade de Jesus que vém, h4 mais de 20 anos, emprestando o seu apoio a UEB para a saudavel pratica do Escotis- mo Apés 20 maravilhosos anos, de lutas ¢ conquistas, saudade e alegrias, devemos agradecer a muitos, a todos os que nos ajudaram. Agradecemos porém, de ma- neira muito especial a Nossa Padroeira, aquela que € a responsavel pela nossa unido, pela nossa protecao, Nossa Senhora Medianeira. av. Brasflia, 6072 - sala 6 fone (041) 248-1881 cep 81.110 - Curitiba - PR MOCHILAS, SACOS DE DORMIR E ALF ORJESPARA CICLOTURISMO E MOUTAIN BIKE CARATUVA equipamentos SHOPPING SETE - AV. SETEDE SETENERO , 3I46- LOJA FONE (04) 222.0922 PF B0.20 “CURITIBA PARANA, 30. REGIAO ESCOTEIRA UNIAO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL Regio Escoteira do Parané Gestao 1991/1993 CONSELHO REGIONAL PAULO SALAMUN! Presidente ADHAIL SPRENGER PASSOS Vice-Presidente COMISSAO EXECUTIVA REGIONAL JORGE ISFER KALUFF Presidente RAUL CLOVIS DE ARAUJO SANTOS. Vice-Presidente JOAO ALBERTO BORDIGNON Comissério Regione! REGIS AUGUSTO BLAUTH Comissério Regional Adjunto EUCLIDES LOCATELLI Diretor Financeiro OMAR AKEL Diretor Financeira Adjunto ROBERTO SIQUEIRA FILHO Ditetor Administrativo VITOR MATTAR FRANCA Diretor Administrative Adjunto RENATO EUGENIO DE LIMA Diretor de Expansio MARIO MIRO NETO Diretor de Financiemento JOSE MARIO MORAES E SILVA " Diretor da Loja WILMAR MORETAO. Diretor da Loje Adjunto GERALDO LUIZ DE SOUZA Diretor de Patriménio SHIDO OGURA | Diretor de Patrimonio Adjunto OSWALDIA EHLKE SCHOLZ Diretor de Comunicac&o Social ALMIR NEGHERBON . Exeoutivo Regional COMISSAO FISCAL FLAVIO ARNS Presidente CARLOS ALBERTO GROCOSKE JOAO BATISTA ALBERTO GNOATO Membros Titulares MAURO EDSON ALBERTI FRANCISCO DE ASSIS WOITINSK| JOAO CARLOS OLIVEIRA ‘Membros Suplentes © governador Roberto Requido pertenceu a Patrulha Aguia e confessa "ter boas recordacdes das atividades como escoteiro”, Como presidente de honra de UEB/PR, 0 governador foi homenageado por dirigentes e membros juvenis do Movimento Escoteiro no Parand, O GOVERNADOR E OS ESCOTEIROS No dia 14 de fevereito deste ano, o governador Roberto Regquito recebeu dirigentes e membros juvenis do Movimen- to Escoteiro no Parané, oportunidade em que o presidente do Conselho Regional, Paulo Salamuni, relatou as atividades que estdo sendo desenvolvidas pelos 7.500 membros do Movimento no Paran4, destacando mutirées ecoldgicos, acampamentos escolares realizados por alunos da rede piblica de ensino, entre outras atividades de alcance social € de utilidade piblica, © governador Requifo afirmou que os grupos escoteiros so forcas indispensaveis para a conscientizac&o do jovem a0 comportamento ecolégico ¢ as iniciativas para a criagdo de mecanismos de fiscalizagto das agdes de preservacio am- biental. Requito disse que 0 Governo do Parand colocard, a Gisposigdo dos escoteiros, recursos e equipamentos necess4- rios 0 desenvolvimento de novos projetos. Ex-escoteiro, Roberto Requido relembra o cumprimento fraterno dos integrantes do Movimento Escoteiro. +31 RAIO-X DA EVASAO NO PARANA 0 Escotismo tem condigdes de contribuir para a formagdo de seus membros na medida que cles permanecam ativos no Movimento, por varios anos. Este estudo tem por objetivo apresentar infor- mag6es sobre @ evasho, identificar possiveis causas das desisténcias, sugerir procedimentos para aumentar a permanéncia de jovens e chefes. ‘Vamos considerar que os indivfduos que fazem parte do Escotismo sofrem influéncias em dois ambientes: 2) Ambiente interno: programacio das atividades; procedimentos operacionais (Programa Excoteiro); atitudes, conhecimentos ¢ habilidades dos adultos que dirigem as atividades; convivéncia com amigos; sede ¢ materiais de campo. b) Ambiente externo: participagéo em equipes esportivas; turma de amigos; passeios aos centros comerciais; recursos financeiros (falta ou excesso); catequese ¢ pressbes familiares para que 0 membro largue o Escotismo. Cada individu estabelece a importancia © 0 rempo que vai dedicat a cada um dos ambientes. medida que a satisfac cresce em um ambiente, a tendéncia ¢ aumentar o tempo a ele dedicado. © ambiente externo ¢ altamente condicionado pela sociedade de consumo. Os chamamentos comerciais sao cada vez mais sofisticados, criando uma sede insacidvel de consumir tudo o que aparece nos vefculos de comunicacdo. Nesta érea, © Escotismo pouco pode fazer. Nossa estratégia € melhorar o ambiente interno. Isto s6 ser4 possfvel se estudarmos as causes da evasto ¢ adotarmos medidas corretivas. Contribuiram para este estudo 9 Grupos de Curitiba e 8 Grupos de oito cidades, abrangendo uma amostragem de 1498 jovens. As informacoes sto referentes a0 perfodo abril/90 - mazo/91. Agrupamos 0s motivos de afastamento em 3 grupos distintos Grupo 1 (responsével por 70% da evasdo registra- da): Alternativas de lazer; inadaptacéo a0 Movi- mento Escoteiro até 1 ano apés a admissao; falta de preparagio nas passagens; e atividades pouco atraentes, Grupo 2 (responsével por 15% da evasio registra- 4a): relacionamento familiar; afastamento dos pais do Grupo Escoteiro ¢ presses familiares para larger 0 Escotismo, Grupo 3 (responsével por 15% da evasdo registra- da): trabalho, catequese, satide, falta de recursos financeiros. RECOMENDACOES PARA OS GRUPOS QUE TIVERAM EVASAO NO GRUPO1 AGAO INDIVIDUAL + Treinamento para chefes (participacao em cursos do esquema formal da regido ¢ extras, leitura ¢ estagios), ACOES A NIVEL DE GRUPO ~ Realizar Conselhos de Chefes; + Divulgar para as segbes todas as informaghes ¢ fichas técnices recebidas da Regido e Distrito; + Participar do Projeto Grupo Padrao; = Organizar seminérios de estudos; - Realizar atividades de Grupo; = Solicitar apoio do Distrito ¢ da Regiao: = Viabilizar a participacao dos chefes em Cursos. AGOES A NIVEL DE DISTRITO - Visitar os Grupos (na sede em atividades externas); + Incentivar © projeto Grupo Padrao; - Criar oportunidades para cénsultas in + Realizar Indabas distritais; - Realizar seminrios de estudos; SEMINARIO 2002 O PARANA RESPONDE AO DESAFIO! Renato Eugenio de Lima Diretor de Expansdo da U.E.B./PR Com este lema, foi realizado o Semin4- rio 2002, no s4bado (21-03-92) como evento prévio do Conselho Regional da U.E.B./PR. Durante toda a tarde, cerca de 100 participantes, entre escotistas e dirigentes de grupos escoteiros, discuti- ram os caminhos do escotismo paranaense para os proximos 10 anos. O objetivo central foi estabelecer a res- posta da Regiao Escoteira do Parana ao Projeto 2002, da Conferéncia Escoteira Mundial, que desafiou todos os pafses a estabelecerem os seus objetivos de efeti- vo, a ser atingido até 0 ano 2002, quando sera realizada a primeira Conferéncia Escoteira Mundial do terceiro milénio. Através de uma metodologia de traba- lho tipicamente escoteira, que permitiu a efetiva participagao de todos, discutiram- se OS recursos necess4rios para atingir 0 objetivo e os meios para obter esses re- cursos. Previamente todos os Distritos e Grupos Escoteiros responderam a um questionério sobre o tema, que serviu de motivacao para a discussao. Apés todo o trabalho, foi estabelecida a meta paranaense a ser atingida até o ano 2002, € posteriormente aclamada pela plendria do Conselho Regional. Esta meta prevé um crescimento de 17% ao ano, para atingir em dez anos 50.000 escotei- ros! Quadro 1 - Previséo de crescimento do efetivo escoteiro no Parana Taxa de|Efetivo| Pop. | % da Ano} cres. |escotei-] Total | pop. a anual | ro} x 1.000 total 1991} 25% | 7.500| 8.416 | 0,09 1993| 25% |12.000| 8.568 | 0,14 1996] 17% |19.500| 8.801 | 0,22 1999| 17% |31.000| 9.041 | 0,34 2002| 17% |50.000| 9.287 | 0.53 “Se Ihe incumbem de alguma missAo, ou se vocé tem algum problema que Ihe parece demasiado grande, nao esquive. Sorria, pense na manei qual yocé possa resolvé-I - Realizar atividades distritais; + Pesquisar as dificuldades das segdes dos grupos do distrito para equacionar solugdes ¢/ou informar as Comissoes Regionais do Ramo; + Solicitar apoio da Regifo. AGOES A NIVEL REGIONAL - Elaborar documentagéo de apoio (fichas técnicas ¢ primeiros seis meses da secao); = Criar oportunidades para consultas individuais; - Realizar Indabas regionais; ~ Realizar atividades regionais; = Promover treinamento dos Comissdrios Distritais. RECOMENDACOES PARA OS GRUPOS QUE TIVERAM EVASAO NO GRUPO 2 ~ Realizar conselhos de Pais da Segao ¢ do Grupo; + Promover 0 atendimento individual aos Pais desde a admissao; - Realizar atividades sociais e de campo com familias. RECOMENDACOES PARA OS GRUPOS QUE TIVERAMEVASAO NO GRUPO 3 + Realizar agoes especificas para cada caso. CONCLUSOES + A amostra recebida corresponde a parcela dos Grupos mais organizados. E provével que uma amostragem maior possa alterar os valores apresen- tados. = A adogio das recomendacées contribuiré para melhores resultados a partir do segundo ano. - Para o aprimoramento do estudo é necessdrio que mais Grupos contribuam com dados para o projeto. 33 TEMPO LIVRE PINTANDO E BORDANDO Imagine a toca dos lobinhos ou os cantos de patrulha decorades com a ins(gnia mundial do movimento escoteiro. Reproduza o modeloabaixo numa cartolina grande ou, se preferir, num tecido de bom tamanho. Seja fiel a escala do desenho. Depois, 6 s6 pintar ou bordar! Amesma técnica de reproducdo pode ser empregada para ampliar qualquer desenho. Mos a obra. %| 34. SPEED MOUNTAIN Qualidade recomendada para situagdes onde se necesita de agilidade e robustez. SUPER TREK Modelo particularmente confortavel, no abrindo méo de sua qualidade e resistencia para trekking em locais Umidos. CANYON Extrema qualidade para trekking em cascalhos € locais amides, Ideal para Percursos dificeis, onde os pés necessitam de muita protecéo e conforto. Langamento; Mochila Transformer's 85 |; Mochila Escolar 15 |; ‘Curso de escalada indoor. Botas para caminhada: Canyon by Snake, Marumbi Soft Trek, Ibitirati, Super Trek, Speed; Botas para escalada; All Rock, Perfect, Anhangava, Paradise; Para mountain bike: Snake Bike: Cadeirinha exclusiva; 80 modelos de agarras artificiais. Atendemos todo Brasil via sedex. Rua Vicente Machado, 666A - CEP 80420 - Curitiba - PR - Fone (041) 225-7164 SEMPRE ALERTA, TODOS OS DIAS. Todo dia € dia de fazer algo de titi! A Super Poupanca sasizar

Você também pode gostar