GOVERNADOR VALADARES
2020
1. INSTRUÇÕES GERAIS: ................................................................................................................ 3
A. Introdução ......................................................................................................................... 3
B. Princípios gerais de técnicas: ............................................................................................ 4
C. Vidrarias importantes........................................................................................................ 4
D. Equipamentos ................................................................................................................... 5
E. Técnicas de transferência de materiais:............................................................................ 6
2. MODELO DE RELATÓRIO: .......................................................................................................... 7
3. ROTEIROS DE AULAS PRÁTICAS: ................................................................................................ 8
A. AULA PRÁTICA 1: Preparo de soluções ............................................................................. 8
B. AULA PRÁTICA 2 (1ª parte): pH ....................................................................................... 11
C. AULA PRÁTICA 2 (2ª parte): Solução-tampão ................................................................. 13
D. AULA PRÁTICA 3: Identificação de carboidratos ............................................................. 16
E. AULA PRÁTICA 4: Propriedades de lipídeos e saponificação de triacilgliceróis .............. 18
F. AULA PRÁTICA 5: Pipetagem Automática/Espectrofotometria ...................................... 21
2
1. INSTRUÇÕES GERAIS:
A. Introdução
❖ Lembre-se que o laboratório é um lugar para trabalhos sérios e não para
experimentos ao acaso.
❖ Não é permitido o ingresso do aluno no laboratório sem o avental/jaleco.
❖ É extremamente proibido fumar no laboratório, quer seja visitando ou
trabalhando.
❖ Não são permitidas brincadeiras nem conversas entre alunos, a não ser quando
tratar-se da aula em questão.
❖ Realize somente os experimentos indicados na aula. Não é permitido realizar
aqueles não autorizados.
❖ Leia as práticas com antecedência para obter melhor aproveitamento das aulas.
❖ Leia com o máximo de atenção os rótulos dos frascos, antes de utilizar as
sustâncias contidas neles.
❖ Não troque os reagentes de uma bancada para outra.
❖ Nunca prove uma solução a não ser com a permissão do professor, e quando for
cheirar qualquer substância, proceda com cuidado, mantendo o rosto afastado da
substância, com movimentos de mão dirigindo os vapores ao nariz.
❖ Quando qualquer substância cair no chão ou na mesa, lave o local imediatamente,
assim como se a substância cair em sua pele, lave também imediatamente com
muita água corrente e avise o professor.
❖ Quando aquecer a substância em um tubo de ensaio, não aponte a extremidade
aberta para outras pessoas ou em sua direção, e o faça sempre agitando o tubo ao
qual se aquece.
❖ Substâncias inflamáveis devem ser aquecidas em banho-maria, chapa elétrica ou
banho de areia. Nunca use a chama direta para aquecer substâncias inflamáveis.
❖ Quando trabalhar com utensílios de vidro proceda com cuidado para evitar cortes
e queda dos mesmos.
❖ Nunca use quantidades maiores de reagentes que o indicado no roteiro.
❖ Antes de efetuar qualquer alteração nos reagentes empregados na experiência (por
qualquer motivo), discuta as mudanças com o professor.
3
❖ Quando for diluir ácidos com água, sempre junte o ácido à água, com cuidado.
NUNCA junte a água aos ácidos concentrados porque você pode causar uma
explosão.
❖ Tendo qualquer dúvida solicite ao professor os devidos esclarecimentos.
❖ No final da aula, limpe todo material: passe água de torneira nas vidrarias
utilizadas. As pipetas devem ser colocadas dentro das cubas.
❖ Qualquer material quebrado ou qualquer substância alterada ou contaminada pelo
aluno deverá ser comunicado imediatamente ao professor responsável. Lembre-
se que só quebra material ou só estraga os reativos os indivíduos que estão
trabalhando, já que os ociosos nunca causam estragos.
❖ Qualquer acidente deve ser comunicado imediatamente ao professor.
❖ Use sempre uma pipeta para cada reagente a fim de evitar contaminações.
❖ Evite a troca de rolhas/tampas dos reagentes.
❖ Para aquecer o tubo na chama direta (no bico de gás), observe se o tubo está
externamente seco; caso contrário, seque o mesmo antes de efetuar a operação.
Para que o tubo seja uniformemente aquecido, utilize pinças especiais e mantenha
o tubo em constante agitação.
❖ Nunca dirija a boca do tubo em direção a si mesmo ou ao colega, pois poderão
ocorrer esguichos e com isto atingi-lo.
❖ Não deixe peças de vidro quentes em qualquer lugar, espere sempre que o vidro
quente volte a esfriar antes de pegá-lo. Lembre-se que o vidro quente parece
sempre estar frio.
❖ Terminando o uso do bico de gás, verifique se a torneira do gás está bem fechada,
evitando assim explosões e intoxicações.
C. Vidrarias importantes
4
❖ Proveta ou cilindro graduado: frasco com graduações, destinado a medidas
aproximadas de volume de líquidos.
❖ Pipeta: equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos.
❖ Balão volumétrico: recipiente calibrado de precisão destinado a conter um
determinado volume de líquido a uma dada temperatura, utilizado no preparo de
soluções de concentrações finais.
❖ Funil: utilizado na transferência de um líquido de um frasco para outro ou para
efetuar filtrações simples.
❖ Funil de separação ou decantação: usado para separar líquidos imiscíveis.
❖ Dessecador: utilizado no armazenamento de substâncias que exigem baixo teor de
umidade na atmosfera.
❖ Bastão de vidro: usado na agitação e transferência de líquidos.
❖ Almofariz ou grau e pistilo: destinado a pulverização de sólidos, que podem ser
de porcelana, ágata ou metal.
❖ Cadinho: usado para calcinação de substâncias.
D. Equipamentos
5
os pratos da balança sempre limpos e após a pesagem deixar a balança sempre no
zero.
❖ Outros equipamentos importantes: Centrifuga, Banho-Maria, pHmetro,
Espectrofotometro.
6
2. MODELO DE RELATÓRIO:
CAPA
TÍTULO
SUBTÍTULO, SE HOUVER
(Centralizado negritado)
Cidade
Ano
(Centralizado)
CONTEÚDO
1 Introdução
2 Materiais e equipamentos
3 Procedimento Experimental
4 Resultados e discussão
5 Conclusão
6 Questionário (se houver)
7 Referências
7
3. ROTEIROS DE AULAS PRÁTICAS:
❖ Introdução:
O preparo das soluções e reagentes consiste de uma etapa importante para um
experimento bem sucedido. Para isso é necessário verificar as normas técnicas
relacionadas ao preparo de soluções, observar os rótulos dos produtos a serem
manipulados, averiguar possíveis incompatibilidades e condições físico-químicas para
manipulação e atentar para a concentração.
A validade dos produtos é variável dependendo do local de armazenamento
(temperatura, umidade, incidência de luz, entre outros). Entretanto qualquer modificação
no aspecto da solução se faz prudente descartá-la, atentando para as normas de segurança
quanto à eliminação de resíduos.
❖ Objetivos
➢ Conhecer as principais vidrarias utilizadas em um laboratório de Bioquímica;
➢ Entender os princípios do preparo de soluções.
❖ Materiais
➢ Béquer de 100 e 250 mL;
➢ Provetas;
➢ Vidro de relógio.
❖ Reagentes
➢ Cloreto de sódio.
❖ Procedimentos
8
b) Utilize um vidro de relógio para medir a massa de NaCl na balança analítica;
c) Transfira a massa de NaCl para um béquer;
d) Use uma proveta para medir 150mL de água destilada;
e) Transfira a água destilada para o béquer;
f) Coloque uma barra magnética no béquer com água e NaCl e leve o conjunto para
um agitador magnético. Mantenha o sistema em agitação por 2min.
2 - Preparar 100mL de solução NaCl 0,3% por diluição da solução de NaCl 0,9%
preparada anteriormente.
a) Calcule a quantidade da solução de NaCl que deve ser transferida para um balão
volumétrico de 100mL. Utilize uma proveta para realizar a transferência;
b) Complete o volume do balão volumétrico para 100mL.
3 – Finalizando a aula
a) Após o término de todas as atividades, descartar as soluções de NaCl vertendo-as
na pia do laboratório, lavar a vidraria apenas com água da torneira (sem utilizar
detergentes), passar água destilada (ou deionizada) na vidraria e deixá-la sobre o
centro da bancada.
LEMBRETES:
%=M/V*100
Concentração (C) = m/V
Onde:
m = massa do soluto (g)
V = volume da solução (L)
Molaridade (M) = m /mol.v
Onde:
m = massa atômica (g)
Mol = massa molecular (g)
v = volume (L)
Concentração Percentual (sólido em líquido): % equivale a massa de 1 g do soluto em
100 mL de solução.
9
Concentração Percentual (líquido em líquido): % equivale a 1 mL do líquido a ser
diluído em 100 mL de solução.
Formula para ajuste de concentração: C.V = C´. V´
Onde:
C = concentração inicial
V = volume inicial
C´ = concentração final
V´ = volume final
10
B. AULA PRÁTICA 2 (1ª parte): pH
❖ Objetivos
➢ Definir pH e reconhecer sua importância no sistema biológico;
➢ Transformar concentração de H+ em pH e vice-versa;
❖ Materiais
➢ Tubos de ensaios e suporte;
➢ Pipetas graduadas de 1, 5, e 10 mL;
➢ Conta-gotas.
❖ Reagentes
➢ Ácido clorídrico 0,1M;
➢ Ácido acético 0,1M;
➢ Reativo de Topfer: solução alcoólica de p-dimetilaminoazobenzeno a 5%
(amarelo de metila, vermelho em pH 1,2 e amarelo em pH 4,0);
USAMOS FENOLFTALEÍNA – 5 GOTAS
1- Procedimento experimental
a) A partir de uma solução HCl 0,1M, preparar 10 mL das concentrações abaixo:
0,01 M; 0,001 M; 0,0001 M; 0,00001 M; 0,000001 M (fazer diluições 1 mL/10
mL)
b) No 1º tubo, colocar 10 mL de HCl 0,1 M. Transferir, com o auxílio de pipeta, 1
mL do 1º tubo para o 2º tubo e adicionar 9 mL de água destilada.
c) Realizar este procedimento para os tubos seguintes: retirando 1 mL do tubo
anterior e transferir para o tubo posterior, completando o volume com 9 mL de
água destilada. Desprezar 1 mL do 6º tubo para que todos fiquem com 9mL.
d) Adicionar, a cada tubo, 1 gota do reativo de Topfer e misturar sem inversão.
e) Observar a cor correspondente em cada tubo e conservá-lo para comparação.
f) Calcular o pH aproximado de cada solução.
g) Colocar 9 mL de ácido acético 0,1 M em um tubo de ensaio e adicionar 1 gota de
reativo de Topfer.
h) Determinar o pH comparando-o com o padrão de HCl. Anotar os resultados.
11
2- Finalizando a aula
a) Após o término de todas as atividades, descartar as soluções de HCl e ácido
acético dos tubos de ensaio vertendo-as em um frasco determinado pelo professor.
Retornar os tubos de ensaio para a grade e deixá-los na pia do laboratório.
ATENÇÃO: não misture as soluções de HCl e de ácido acético, pois elas serão
neutralizadas separadamente pelo técnico do laboratório para o descarte
adequado.
12
C. AULA PRÁTICA 2 (2ª parte): Solução-tampão
❖ Objetivos
➢ Definir sistema tampão, explicar como funciona e observar seu efeito.
❖ Materiais
➢ Tubos de ensaios e suporte;
➢ Pipetas graduadas de 1, 5, e 10 mL;
➢ Conta-gotas.
❖ Reagentes
➢ Ácido clorídrico 0,1M;
➢ Hidróxido de sódio 0,1M;
➢ Soluções tamponantes de pH: 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9;
➢ Indicador universal.
13
Se adicionarmos algumas gotas de solução de um dos indicadores mencionados na
tabela I à solução de pH desconhecido, um deles se encontrará em zona de transição
apresentando cor intermediária, tendo-se desta forma, medida aproximada do pH da
solução.
Indicador universal
Mistura de indicadores que apresenta transição em toda escala do pH. É usado para
determinação aproximada do pH.
Indicador universal
Laranja de metila 0,05 g
Vermelho de metila 0,15 g
Azul de bromotimol 0,30 g
Fenolftaleína 0,35 g
Álcool etílico 66% 1L
Procedimento experimental
a) Em 8 tubos de ensaios colocar 1 mL das seguintes soluções tamponantes: pH 3,
pH 4, pH 5, pH 6, pH 7, pH 8, pH 9 e pH 10. Adicionar, a cada tubo, 5 gotas de
indicador universal e misturar sem inversão. Observar as cores formadas e
comparar estas com as cores indicadas na tabela II. Conservar esta escala para
comparação.
b) Em outros 4 tubos de ensaio, numerá-los de 1 a 4, e colocar 5 gotas de indicador
universal em cada um deles.
c) Aos tubos 1 e 3 adicionar 10 mL de água destilada.
14
d) Aos tubos 2 e 4 adicionar 1 mL de tampão pH 7 e 9 mL de água destilada.
e) Acrescentar aos tubos 1 e 2, 2 gotas de NaOH 0,1M e misturar sem inversão.
Observar se há mudança de pH.
f) Soprar o tubo 1 até que não se verifique mais mudança de cor da solução.
Determinar o pH, comparando com a escala e anotar.
g) Soprar o tubo 2 por um tempo mais prolongado. Anotar o que foi observado.
h) Tratar os tubos 3 e 4 com 2 gotas de HCl 0,1M.
i) Continuar a adição de HCl 0,1M ao tubo 4 gota a gota. AGITAR A CADA 5
GOTAS. Determinar quantas gotas de ácido foram acrescentadas até que se
obtenha a mesma cor do tubo 3.
3. Quantas gotas de HCl 0,1 M foram adicionadas ao tubo 4 para atingir o mesmo
pH do tubo 3 com 2 gotas de HCl 0,1M? Qual a explicação para essa diferença?
15
D. AULA PRÁTICA 3: Identificação de carboidratos
Objetivos
Executar testes qualitativos em tubos de ensaio para reconhecimento de carboidratos;
Testar os seguintes testes: Molish, Benedict, Seliwanoff e reação de iodo;
Aplicar os testes acima para identificação de carboidratos desconhecidos.
Materiais Reagentes
Tubos de ensaio; Reagente de Molish;
Suporte para tubo; Ácido sulfúrico concentrado;
Pinça de madeira; Reagente Benedict;
Banho-maria; Reagente Seliwanoff;
Pêra de borracha; Solução de iodo – lugol;
Pipeta de 1 mL; Solução desconhecida de carboidratos;
Pipeta de 2 mL; Soluções padrões (glicose, frutose, sacarose e amido).
Conta-gotas.
- Procedimentos
1) Teste de Molish: teste positivo para carboidratos com mais de 5 carbonos.
a) Marcar três tubos de ensaio: “padrão”, “desconhecido” e “água”;
b) Pipetar 1 mL de água no tubo “água”, 1mL de glicose no tubo “padrão” e 1mL
da amostra desconhecida no tubo “desconhecido”;
c) Adicionar 3 gotas do reativo de Molish e agitar;
d) Adicionar 1 mL de ácido sulfúrico concentrado, pelas paredes dos tubos, de modo
que os dois líquidos não se misturem.
e) Observar o aparecimento de um anel roxo no limite de separação dos dois líquidos
correspondente a formação de furfural ou hidroximetil furfural por carboidratos com
mais de 5 carbonos.
16
c) Adicionar 2 gotas de solução de iodo. Notar o aparecimento de cor azul no
“padrão”.
5) Finalizando a aula:
a) Após o término de todas as atividades, descartar as soluções presentes nos tubos de
ensaio vertendo-as em um frasco determinado pelo professor. Retornar os tubos de
ensaio para a grade e deixá-los na pia do laboratório.
b) ATENÇÃO: tenha muito cuidado da hora de realizar o descarte. Utilize luvas.
c) São quatro frascos para descarte: um para o teste de Molish, outro para o teste de
Seliwanoff, outro para o teste de Benedict e outro para o teste do iodo.
17
E. AULA PRÁTICA 4: Propriedades de lipídeos e saponificação de
triacilgliceróis
❖ Introdução:
Os lipídeos possuem inúmeras funções, tais como: reservas de energia,
componente das membranas biológicas, isolamento e proteção de órgãos. São
moléculas insolúveis em água, que tendem a se agregar. Segue abaixo algumas
características dos lipídeos:
1) Gorduras naturais: 98 a 99% de TAGs (ácidos graxos e glicerol), restante MAg,
AGs
2) Propriedades físicas: proporção e estrutura química de seus ácidos graxos
3) Mistura de TAGs: formados por AGs insaturados (compõem os óleos líquidos em
TA)
4) Ácido graxo insaturado presente em óleos de soja (C18:2) – ácido linoléico (uma
dupla entre carbonos 9 e 10; uma dupla entre os carbonos 12 e 13) C18:2 (9,12).
Pertencente à família ômega 6;
5) Gorduras sólidas em TA são uma mistura de TAGs com ácidos graxos saturados
Reação de saponificação
TAG (apolares e insolúveis em H2O) hidrolisado na presença de uma base, ocorre
a formação de sais de ácidos graxos ou sabões.
NAOH (base forte - é base cuja constante de dissociação é elevada, aumentando
com maior intensidade a concentração de OH- quando adicionada a uma solução aquosa).
etanol
18
❖ Objetivos:
➢ Geral
Ao final da prática os estudantes deverão ser capazes de obter o sabão através da
reação de saponificação, entre um ácido graxo (glicerídeo) e uma base forte (NaOH).
➢ Específicos
a) Caracterizar os TAGs quanto a solubilidade;
b) Explicar a reação de saponificação a partir de TAGs;
c) Obter sabão a partir de AGs livres;
d) Observar como ocorre a reação do glicerídeo com hidróxido de sódio, e analisar
o que é necessário para que a reação ocorra, tanto em termos de materiais como
de ações. Analisar os produtos formados e a importância desta reação para a
indústria.
❖ Materiais:
➢ 2 Tubos de ensaio;
➢ Grade para tubos de ensaio
➢ Tela de amianto;
➢ Tripé de ferro;
➢ Pipetas de vidro de 5 mL, 10 mL;
➢ Pêra de borracha;
➢ Bastão de vidro;
➢ Béquer
❖ Reagentes:
➢ Óleo vegetal de soja:
➢ Hidróxido de sódio;
➢ Álcool etílico (age como solvente);
❖ Procedimentos:
1) Colocar em três tubos de ensaios limpos e secos:
o Tubo 1: 0,5mL de ácido acético
o Tubo 2: 0,5mL de ácido oléico
o Tubo 3: pequenos fragmentos de ácido esteárico (cerca de 0,05g)
19
o Verificar o cheiro e o aspecto físico de cada um e anotar as observações.
5) Finalizando a aula:
a. Após o término de todas as atividades, descartar as soluções presentes
nos tubos de ensaio vertendo-as em um frasco determinado pelo
professor. Nos tubos contendo ácido graxo ou sabão solidificado,
utilizar uma escova de tubo para facilitar a remoção. Retornar os tubos
de ensaio para a grade e deixá-los na pia do laboratório.
20
F. AULA PRÁTICA 5: Pipetagem Automática
❖ Introdução
As pipetas automáticas foram inventadas na década de 1940 por George Riggs. O
invento pretendia ser uma alternativa às pipetas graduadas de vidro, utilizadas pelos
inspetores de leite para recolher amostras visando avaliar a presença de bactérias. A pipeta
automática facilitaria o trabalho e preveniria a contaminação dos inspetores, pois
dispensava a sucção do líquido com a boca (http://labiq.iq.usp.br).
Atualmente as pipetas automáticas são amplamente utilizadas, principalmente em
laboratórios de Biologia Molecular, Microbiologia e Bioquímica. Elas são capazes de
transferir pequenos volumes (entre 0,25 µL – 5000 µL) com alta reprodutibilidade e
exatidão. Cada pipeta apresenta uma faixa de volume ajustável, e é conhecida pelo
volume máximo que pode dispensar. Por exemplo, a P1000 é capaz de dispensar volumes
de 200 µL a 1000 µL (1 mL) (http://labiq.iq.usp.br).
A lista abaixo relaciona as pipetas e os volumes que são capazes de dispensar com
exatidão e precisão.
Modelo Volume recomendado (µL) Volume mínimo (µL)
P-2 0,1 a 2 0,002
P-10 0,5 a 10 0,02
P-20 2 a 20 0,02
P-100 10 a 100 0,2
P-200 50 a 200 0,2
P-1000 100 a 1000 2,0
P-5000 500 a 5000 2,0
Princípio da técnica
21
A alta exatidão indica que as pipetas automáticas dispensam volumes bastante
aproximados do volume indicado no equipamento. A precisão está relacionada à
reprodutibilidade de mensurações individuais de um mesmo volume, e também pode ser
expressa como um desvio padrão (http://labiq.iq.usp.br).
A tabela abaixo mostra alguns exemplos de exatidão e precisão de pipetas.
Pipeta Volume (µL) Exatidão absoluta (µL) Precisão absoluta (µL)
2 0,1 0,04
P-20 10 0,1 0,05
20 0,2 0,06
50 0,5 0,2
P-200 100 0,8 0,25
200 1,6 0,3
100 3 0.6
P-1000 500 4 1
1000 8 1,3
Objetivos
Materiais
➢ Pipeta monocanal
➢ Frasco de descarte de ponteiras
➢ Béquer
➢ Relógio de vidro
Reagentes
➢ Água destilada
➢ Óleo vegetal
Procedimento
22
Por exemplo, para transferir 2,48 µL, a pipeta mais adequada é a P-10, já que este volume
está dentro da faixa de precisão para esta pipeta. Uma P-2 não seria adequada, pois o
volume ultrapassa o máximo para a pipeta (2,00 µL). Uma P-20 (volumes entre 2 - 20
µL) também não seria adequada devido ao volume estar muito próximo do mínimo
permitido pela pipeta. O uso de pipetas automáticas fora de suas respectivas faixas de
precisão resulta em erros nos volumes medidos e na perda de regulagem da pipeta.
Selecionada a pipeta adequada, é necessário ajustar o volume de interesse. Para isso,
pegue a pipeta com uma das mãos e gire o botão de ajuste com a outra mão até chegar ao
volume desejado. Existe um anel no meio do botão que bloqueia o volume. Para o ajuste
fino do volume é necessário girar o botão 1/3 acima do volume desejado e voltar
lentamente para a configuração exata. Isso aumenta a precisão da medida.
O visor digital indicador de volume geralmente tem três dígitos e é lido na direção do
botão de pipetagem para a base (onde se encaixa a ponteira). Os três dígitos indicam o
volume em microlitros e podem ser coloridos em preto ou vermelho. Se houver esta
distinção de cores, os dígitos pretos indicam volumes inteiros e os vermelhos, indicam
frações. Os algarismos significativos variam de pipeta para pipeta e são, via de regra,
0,05% do volume máximo da pipeta. Por exemplo, a P-20 chega a 0,01µL e a P-200 a 0,1
µL.
Depois de ajustado o volume, coloque a ponteira na pipeta de forma que fique
bem presa. Aperte o botão de pipetagem até sentir o primeiro ponto de resistência. Leve
a pipeta com o botão apertado até o recipiente contendo o líquido a ser transferido. Com
a pipeta na posição vertical, faça a ponteira imergir de 1 a 6 mm abaixo da superfície do
líquido (1 mm para P-2; 4 mm para P-1000 e 6 mm para P-5000). Para fazer o líquido
subir na ponteira, volte lentamente o botão para a posição inicial. Espere alguns segundo
até que o líquido ocupe todo o volume. Retire a ponteira do líquido. Se ficarem algumas
gotas do lado de fora da ponteira, passe cuidadosamente um papel no entorno sem
encostar na abertura da ponteira.
Para dispensar o líquido, aperte novamente o botão até sentir a primeira
resistência. Espere alguns segundo e depois aperte até sentir a segunda resistência. Isso
permite dispensar o restante do líquido.
Para retirar a pipeta do recipiente, mantenha o botão apertado no segundo ajuste e
deslize cuidadosamente a ponta da ponteira pela parede do recipiente. Volte o botão para
a posição inicial lentamente. Para descartar a ponteira, aperte o botão ao lado do botão de
pipetagem.
23
A manipulação de líquidos viscosos utilizando pipetas automáticas pode ser
difícil, uma vez que a viscosidade limita a velocidade com que o liquido é aspirado. Para
estas aplicações, são recomendadas pipetas específicas para líquidos viscosos.
Calibração
24