CHINA? O ministro das Comunicações, Fábio Faria, visitou na quinta-feira passada, as instalações do laboratório de segurança cibernética, da empresa chinesa Huawei na China, durante sua visita na intitulada "missão 5G". A missão 5G, como tem sido chamada, trata – se de uma comitiva composta por membros do ministério das comunicações, que visitarão países sedes de fabricantes da tecnologia 5G. A ida do ministro à China marcou o fim da missão, e gerou especulações, sobre uma possível tomada de decisão. Vale destacar que a Huawei, é líder global na tecnologia 5G e tem estado no centro da guerra comercial entre EUA e China. O ministro por sua vez, rebateu as críticas sobre a sua ida à Pequim, por meio de seu Twitter oficial. Segundo o ministro, a viagem do 5G à China foi para conhecermos, todas as tecnologias existentes no mundo. O leilão da tecnologia no Brasil, será feito em junho pela Anatel, e será decidida pelo presidente. Antes de viajar para a China, a comitiva tinha estado no Japão, Finlândia e Suécia — onde visitou empresas como a NEC, Ericsson e Nokia, considerados concorrentes da Huawei, em infraestrutura para as redes 5G. Ainda segundo o Ministério das Comunicações, as visitas tiveram como objetivo, "colher as melhores experiências da nova geração de conectividade". Além das instalações da Huawei, o ministro visitou o centro de aplicações práticas de 5G Galileo, com o objetivo de "debater padrões globais, e requisitos brasileiros de confiabilidade de redes". Vale ressaltar que sob a administração de Trump, os EUA iniciaram uma campanha contra o 5G da China, no ano passado. Na época, os norte-americanos alegaram que a tecnologia chinesa, era um grande risco para a segurança dos países. As acusações ainda diziam que as empresas nacionais, serviam aos interesses do governo do país, e por este motivo, nações que adotassem a tecnologia 5G, estariam sujeitas a espionagem. Um dos argumentos utilizados pelos EUA para provar as acusações, toma como base uma lei de segurança aprovada no ano de 2017, que dá em tese, poder ao governo chinês, para solicitar dados de companhias privadas como a Huawei, caso sintam se tratar, de um assunto de soberania nacional. Os EUA inclusive, aconselhou o Brasil e demais países aliados, a não adotarem a tecnologia, do país asiático. A China, por sua vez, tem negado as acusações, de que usará a Huawei, para espionar rivais, e destaca que o discurso dos EUA, pretende minar seu desenvolvimento econômico e tecnológico.