O conteúdo do presente texto é com base nas aulas de Anatomia Patológica da prof. Karina Basso.
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Eucarionte
Apresentam todas as organelas citoplasmáticas, isso que
torna a célula efetiva, pois a célula consegue executar várias O RNAm é transportado para o citoplasma, ocorrendo a
funções ao mesmo tempo, sem que uma interfira na outra. SEGUNDA FASE, a . No citoplasma, para ser lido o
RNAm se faz necessário a presença do ribossomo. Quando o
RNAm chega no citoplasma, o ribossomo se liga à ele.
mesma origem do RIBOSSOMOS: são duas unidades proteicas que só se
núcleo, é um prolongamento contínuo da carioteca, realiza a tornam ativas quando se ligam no RNAm.
, a informação para sintetizar uma TRADUÇÃO: RNAm formado é encaminhado ao citoplasma
proteína vem através de um comando do núcleo. Dessa forma, e encontra o ribossomo, as duas partes do ribossomo se
as emitem as informações para que o núcleo juntam e começa a ser lido a fita.
perceba o que a célula precisa, nesse caso, proteínas. A proteína é formada por aminoácidos que são trazidos pelo
Tipos de sinalização celular: RNA transportador, logo após, ocorre a formação de
proteínas.
1. uma célula produz e libera uma substância
As proteínas podem ser encaminhadas para o
que irá agir longe de onde foi produzida, ou seja, em outro
sítio de ação. Para que ela execute sua função, terá que ou ficarem soltas no .
cair na corrente sanguínea. As proteínas que ficam soltas no citoplasma irão compor o
EXEMPLO DE ENDÓCRINA: hormônios. CITOESQUELETO (proteínas que fazem a estrutura da célula).
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Citoesqueletos 2.
3.
São proteínas estruturais e de transporte, separados em:
1. um exemplo é a actina, que é uma
proteína microfilamentosa, que serve para a contração É uma , onde a sua
muscular, os microfilamentos estão na periferia da célula extremidade voltada para o exterior da célula é HIDROFÓBICA,
para fazerem a movimentação, são proteínas finas. ou seja, não possui afinidade com a água. A sua extremidade
2. direcionada para o interior da célula é HIDROFÍLICA, tem
afinidade com a água. Além disso, tem as
exemplo são os desmossomos, que fazem
e as , as carreadoras
a ligação de uma célula na outra. Se dispõe na periferia da
célula para grudar uma na outra. Presentes em células de possibilitam a comunicação do meio externo com o meio interno
tração. Os desmossomos são junções de proteínas junto e, assim, vice-versa. Ambas as proteínas (carreadoras ou
com uma “placa” (ex. queratina). estruturais), podem sofrer lesão ou ficarem velhas, a partir
desse momento, gera uma resposta para o núcleo começar o
3. responsáveis pela formação do fuso processo de transcrição, o RNAm formado vai para o
mitótico, o fuso mitótico é responsável pela formação de citoplasma, se liga nos ribossomos aderidos ao retículo
dois núcleos iguais no processo de mitose, e também, endoplasmático rugoso, forma as proteínas que são
auxiliam no mecanismo de transporte, ou seja, os encaminhadas ao retículo endoplasmático rugoso e logo após
microtúbulos mostram o caminho para as proteínas. ao complexo de Golgi, onde de lá, serão direcionadas para
compor a membrana plasmática.
As PROTEÍNAS CARREADORAS permitem o fluxo/passagem
de substâncias, para que as substâncias passem pela
membrana plasmática, têm que possuir as seguintes
características: lipossolubilidade e tamanho adequado. Caso não
atenda esses dois quesitos, a substância terá que passar pelas
proteínas carreadoras.
Difusão simples
Mecanismo de Injúria à
ATIVO:
Célula Bomba de sódio e potássio.
Transporte em quantidade:
A célula normal
ENDOCITOSE: fagocitose e pinocitose
A é uma barreira à penetração Exocitose ou clasmocitose.
e a base estrutural para as enzimas que determinam as
funções biológicas. Osmose
A célula
para o a fim de
Presença de e do . Dentro das
equilibrar as concentrações.
organelas celulares, temos:
respiração celular. Mecanismos de equilíbrio
produção de : fosforilação oxidativa – dependente
proteínas e lipídeos. de oxigênio.
digestão (fagocitose/pinocitose). : processo ativo – gasto de ATP.
transcrição e tradução.
SEM GASTO DE Extracelular Intracelular.
ENERGIA Integridade de membrana.
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A é a redução da chegada de sangue no tecido. de água. Quanto mais água entrar dentro da célula, mas
entrará nas organelas citoplasmáticas, como na mitocôndria,
dessa forma, a mitocôndria não consegue produzir ATP,
quanto mais água mais falta ATP.
A água entra no retículo endoplasmático rugoso, que estica e
perde as suas dobras, virando uma bolha, com isso, os
A é a redução da concentração de oxigênio. ribossomos se desacoplam e perde a formação de proteínas.
é a ausência de oxigênio. Todos os processos ocorrem ao mesmo tempo.
Uma não é uma isquemia. na hipóxia podemos ter uma A água começa a entrar nas organelas por elas estarem
.
diminuição na concentração de hemácias, não ocorrendo um bom
transporte de oxigênio, mas a quantidade de sangue está Quanto mais água entra, menos ATP produz e com isso,
chegando normal, essa condição é frequente em animais que entra mais sódio e água.
tem hemoparasitas.
Pela falta de ATP, a célula começa a quebrar o (é
As hemácias dos mamíferos são anucleadas
uma molécula cheia de glicose). O glicogênio é a reserva
para aumentar a eficiência de transporte de energética na célula animal, na célula vegetal é o amido.
oxigênio, pacientes que tem aumento de metabólitos O glicogênio entra no processo de , ou
que deveriam ser excretados, eles ficam na seja, ocorre a quebra do glicogênio na ausência de oxigênio
corrente sanguínea e rompem a membrana (anaeróbico). A glicólise não é um processo eficiente, a cada
plasmática, causando morte celular. processo libera 2 ATP's e ácido lático.
O ácido lático muda o pH da célula, se a célula tiver um pH
a leptospirose causa hemólise!
básico, ele começa a ser acidificado. A glicólise altera o pH
Na isquemia, sem a chegada de oxigênio e glicose não ocorre e acabava com a reserva energética da célula.
a respiração celular, diminuindo as funções celulares. O O neurônio não faz glicólise anaeróbica.
primeiro efeito da isquemia é o Em um certo grau, a acidez provocada pelo ácido lático no
que causa um desequilíbrio, com isso, citoplasma, pode atingir o núcleo e
aumenta a entrada de sódio dentro da célula e entra junto a . O núcleo tem poros que possibilitam a
água, através disso, a célula começa a inchar.
comunicação com o citoplasma, isso altera o pH do núcleo e
condensa a cromatina (fita dupla de DNA), com isso, a
capacidade de transcrição se anula, diminuindo a síntese de
A a sofrer com a isquemia é a proteínas, ou seja, não tem síntese proteica, até esse
pois não tem substrato para produzir energia, momento a célula consegue voltar ao normal se a perfusão
tecidual retornar (ainda é reversível).
com a falta de glicose e oxigênio, diminui a produção de ATP. A
primeira bomba necessária para a integridade da célula é a de Relação célula-injúria
sódio e potássio, sendo dependente de ATP para manter a
diferença de concentração do meio extracelular do meio A resposta à lesão depende do , e
intracelular.
. As consequências da injúria dependem do ,
a composição da membrana das organelas é
e
igual à da membrana plasmática.
Se a isquemia continua por muito tempo, aumenta a quantidade
de sódio intracelular, com isso, por co-transporte a água entra
junto com o sódio, que resulta no aumento da concentração
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.
: baixo teor/concentração de oxigênio.
3. DESACOPLAMENTO DOS RIBOSSOMOS
: ausência de oxigênio. Queda de síntese proteica: disposição de lipídios.
Agentes físicos: traumas, temperatura e radiação. Com a entrada de água, essa água irá se acumular no
Agentes químicos. retículo endoplasmático rugoso, as saculações do
Agentes infecciosos. retículo começarão a se expandir e os ribossomos se
desprenderão.
A hipóxia é resultante de qualquer alteração no
4. DIMINUIÇÃO DZ SÍNTESE DE ATP
transporte de oxigênio, desde o momento da
Leva a falência da bomba de sódio e potássio e perda
inspiração até sua presença na mitocôndria
do controle celular.
para a fosforilação oxidativa.
Quando diminui ATP, perde a integridade do balanço
Nos temos uma lesão direta no vaso, osmótico que são dependentes de energia.
produtos sanitários e até medicamentos, a uremia entra nessa Outra , o cálcio começa a entrar e
categoria. Os são agentes biológicos,
enquanto a célula estiver com energia (ATP), coloca o cálcio
como hemoparasitas
para fora, quando o cálcio começa a entrar na célula e ela não
A falta de oxigênio leva ao decréscimo da fosforilação oxidativa tem energia para expulsa-lo, ele começa a se acumular no
mitocondrial. A produção de ATP é diminuída. citoplasma, esse processo começa a ativar as enzimas líticas
Diminuição de todos os mecanismos celulares dependentes que degradarão tudo (são enzimas digestivas). O retículo
de energia. endoplasmático liso consegue armazenar um pouco de cálcio
até se acumular, após isso, começa a sobrar cálcio no
As principais células afetadas com a redução de oxigênio:
citoplasma.
miócitos cardíacos, hepatócitos e neurônios.
Pelo aumento da água, o retículo endoplasmático liso
Insuficiência cardíaca
também perde a sua função, com isso, o cálcio que se
ou respiratória, perda ou redução da perfusão sanguínea
acumula no citoplasma ativará as enzimas líticas.
(isquemia), redução no transporte de oxigênio no sangue.
A célula gasta energia para jogar o cálcio fora e ficar
pouco dentro.
Agentes infecciosos
1. diminuição da atividade da bomba de NA+/K+ São bactérias, toxinas bacterianas (causam lesão na parede)
Influxo de Na+ e água: edema celular (retículo e vírus.
endoplasmático e mitocôndria) -> desbalanço osmótico.
2. GLICÓLISE ANAERÓBICA: ÁCIDO LATICO – PH
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começa a sobrar cálcio dentro da célula, ativando as enzimas Perda da capacidade seletiva.
líticas. Mitocôndria, membrana plasmática e outras organelas.
As enzimas são as: ATPase (quebra o ATP restante),
Resultado da injúria – diminui ATP e aumenta cálcio.
fosfolipase (quebra o fosfolipídio), proteases (quebram as
proteínas que compõe o citoesqueleto e membrana plasmática, CAUSAS: toxinas bacterianas, proteínas virais e vários
se quebra o citoesqueleto, a célula começa a se desprender agentes físicos e químicos.
das outras, pois quem as ligam são os desmossomos) e Perde a permeabilidade seletiva quando ocorre uma lesão na
endonucleases (fragmentam a cromatina). membrana, as lesões diretas são:
O cálcio é tóxico para a mitocôndria, progride a toxinas bacterianas ou bactérias.
lesão mitocondrial. A célula gasta 1 ATP para proteínas virais (ao se fixarem, fazem poros
jogar 3 Na fora e junto com ele, a água. Não é ocasionando danos).
reversível quando afeta gravemente um daqueles agentes físicos (temperatura) e químicos (produtos de
higiene, sanitários, medicamentos e etc).
4 pontos.
No organismo encontramos os seguintes tipos de células:
.
em constante multiplicação.
ex. célula epitelial. .
durante o desenvolvimento embrionário, as células Lesão reversível e ieversível
estão em constante multiplicação.
a célula está na GO e vai para a fase G1, começado Baixa ATP, perda da integridade de membrana, defeitos de
novamente o seu ciclo. síntese proteica e dano ao DNA.
um enterócito dura 3 dias. INJÚRIA É RETIRADA -> retorno da homeostasia.
se necessário elas voltam para a reversível.
multiplicação. Consegue sair de G0 e voltar para a INJÚRIA EXCESSIVA OU PERSISTENTE -> morte.
multiplicação.
irreversível.
ex. hepatócitos.
Se retirado o estímulo e a célula conseguir se reestabelecer,
se multiplicam apenas durante o então é reversível, se não conseguir é irreversível.
período fetal, não voltam para a multiplicação.
ex. neurônios e miócitos.
Permeabilidade de membrana
1. Membrana plasmática: alteração na permeabilidade já o vírus pode fazer lesão na membrana ou no material
de membrana e na pressão osmótica. genético), (acontece um aumento do consumo de
por causa do controle osmótico e permeabilidade ATP pelo aumento da temperatura, teremos um aumento no
seletiva. metabolismo celular, dessa forma, consome mais ATP e a
célula não consegue se reorganizar e produzir ATP para a sua
2. Respiração aeróbica: diminui ATP e pH, aumenta
reposição, com isso, falta ATP e começa a entrar água),
cálcio, ativação de enzimas líticas. (desde metabólitos
3. Síntese de enzimas: diminui o metabolismo e a formados no metabolismo celular, ou, de entrada exógena).
capacidade/potencial de adaptação. Todos atuam na membrana fazendo a água entrar.
4. Integridade genética: diminui síntese de RNA, .
enzimas e proteínas. s.
O acúmulo de determinadas substâncias origina as
degenerações. Sua classificação é de acordo com a natureza : .
química da substância que se acumula na célula e/ou .
interstícios e/ou interstícios lesados.
a) Acúmulo intracelular de : . EXEMPLO:
b) Acúmulo intracelular de :
c) Acúmulo intracelular de :
d) Acúmulo intracelular de :
Degeneração hidrópica
(edema celular), mas o citoplasma continua homogêneo, a água se encontra compartimentalizada e, de acordo com
sendo a tumefação turva. a distensão pode ocasionar ruptura celular (base para a
processo mais avançado da formação de vesículas nas viroses epiteliotróficos:
tumefação turva, formação de vacúolos
intracitoplasmáticos mal delimitados (citoplasma ).
“rendilhado”). Quando se torna heterogêneo.
Na virose epiteliotrófica, o vírus que tem
afinidade por epitélio, como é o caso do
parvovírus. A epiderme tem as células e a
região que foi afetada pelo vírus sofre um
processo de degeneração, que resulta em
Quando a água entra, o potássio sai. O potássio é importante aumento do volume e rompe a célula. É
principalmente nos miócitos cardíacos pois faz o transporte comum na febre aftosa, pois as células se
de aminoácidos. Se voltar a oxigenação doo tecido, a célula enchem, rompem e favorecem a entrada
consegue se recuperar, produz ATP. Precisa de 1 ATP para
tirar 3 NA+. bacteriana.
Aumento de volume do órgão, coloração pálida (quanto mais
água, menos cor), órgão aumenta de peso e ao corte pode
sofrer protusão.
ex. o fígado quando se acumula material a borda fica
abaulada.
todo órgão tem cápsula para a sua proteção, ao corte que
rompe a cápsula e o parênquima se projeta, sendo essa
projeção a protusão.
A é quando ocorre um
desequilíbrio nessas etapas, é um acúmulo reversível.
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espaço periportal: veia, artéria e capilares -> origem : afeta principalmente os músculos
tóxica é nesse espaço. papilares, determinando o aparecimento de listras
amarelas (“tipo coração tigrado”) quando focal.
centrolobular: por restrição de oxigênio.
No coração depende da quantidade de
3. se não há formação células afetadas dos músculos papilares,
de proteína, não ocorre a liberação de triglicerídeos. conforme acumula gordura vai ficando
CAUSAS: desnutrição e produtos tóxicos (CCI4 – forma mais amarelo, as células não ficam com a
radicais livres que destroem as membranas do retículo mesma quantidade de gordura, por isso
endoplasmático) exemplo: aflatoxina se liga ao DNA
forma estrias.
nuclear e interfere na síntese de proteínas.
é uma falta de proteína, a proteína que carrega o aumento de volume discreto, palidez (não
triglicerídeo. A quantidade de ácidos graxos e a significa apenas degenerações) e amarelamento.
metabolização estão normais, mas não tem proteínas para
carregar o triglicerídeo.
fica acumulado na forma de triglicerídeo.
Vacuolização citoplasmática (vacúolos bem delimitados).
A gordura tem peso/densidade, como a
No processo de rotina, o álcool e o xilol dissolvem os lipídeos
gordura possui muita afinidade com outras tornando o lipossomo um vacúolo vazio (espaço claro =
moléculas de gordura, elas começam a se imagem negativa do lipídio).
juntar. Ela se enfia no meio das organelas, degeneração tão grande que o vacúolo
empurrando-as. Isso faz com que o empurra o núcleo para periferia.
funcionamento falhe, o núcleo fica deslocado,
perde a parte estrutural do citoesqueleto (se
rompê-lo não volta mais).
Volume e coloração
Aumento de volume.
Diminui consistência (órgão mais pastoso).
Aumenta friabilidade e amarelamento.
Friabilidade:
Infiltração glicogênica
diminui o catabolismo (é a quebra da reserva energética, o Glicose alta na corrente sanguínea extravasa para o
catabolismo estará alto quando o animal não está se ultrafiltrado, com isso, as células do Túbulo Contorcido Proximal
alimentando, nesse caso, está baixo por estar chegando na (TCP) começam a reabsorver a glicose e convertê-la em
célula a glicose, então não é necessário ocorrer a quebra da glicogênio, com a chegada constante supera a capacidade da
reserva energética), no músculo temos um aumento no célula, sendo acumulada na forma de glicogênio que causa a
transporte de aminoácidos para a síntese de proteínas e no degeneração.
tecido adiposo aumenta o aumento de triglicerídeo, todo esse
processo resulta na diminuição sérica de glicose.
A diminuição da glicose circulante leva a um quadro de
hipoglicemia, quando isso ocorre, o mecanismo contrário é a
Deficiência Enzimática
liberação de glucagon pelas células ∝ do pâncreas, que
converte o glicogênio em glicose na corrente sanguínea, dessa
forma, reestabelece os níveis séricos de glicose.
a glicose entra na célula e não sofre
metabolização. Desta forma ocorre acúmulo de glicose no
armazenada na forma de glicogênio em grandes interior da célula (doenças genéticas: glicogenoses).
quantidades após a alimentação: o acúmulo se dá por Doenças de origem genética, a glicose entra, mas não
alterações metabólicas (hiperglicemias). consegue ser metabolizada, não a utiliza e com isso a célula
A alteração hepática passa a ser reflexo de uma alteração ou começa a estoca-la na forma de glicogênio.
condição sistêmica.
Causas que levam a infiltração glicogênica: hiperglicemia,
tumores hepáticos, excesso de corticoides e deficiência Degeneração hepatocelular induzida por
enzimática.
Acontece em casos de hiperglicemia (como na diabetes) e em glicocorticoides:
outros casos. O alto quadro de glicose sérica perpetua em
Ocorre pelo acúmulo de glicogênio no fígado devido ao
casos de deficiência de insulina (sem produção ou afuncional),
excesso de corticoides (endógeno ou exógeno): que ativam
com isso, a glicose fica na corrente sanguínea.
a enzima: glicogênio sintetase e levam ao aumento no
Acúmulo anormal intracelular reversível de glicogênio, acúmulo de glicogênio nas células hepáticas.
decorrente de falhas na sua síntese ou catabolismo.
gera tumefação celular
Administração de glicocorticoides em tempo e dose errada
causa degeneração hepática. A dose errada e tempo pode
ativar a enzima glicogênio sintetase que pega a glicose e a
acumula na forma de glicogênio, a administração de
glicocorticoides estimulam essa enzima.
Coloração especial: Acido periódico de Shiff: marca glicogênio
e diferencia de degeneração hidrópica.
Se não tem insulina gera um quadro de glicemia alta, com isso,
aumenta a glicose no ultrafiltrado (o organismo faz de tudo
para reabsorver a glicose), essa glicose é reabsorvida nas
células do túbulo e acumuladas como glicogênio, ao superar a
capacidade das células do túbulo de reabsorver, começa a ter
glicose sendo eliminada na urina e essas células do túbulo irão
sofrer degeneração.
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As células podem ser células lábeis, estáveis ou permanentes. responde a carga de trabalho com
hipertrofia e hiperplasia.
Exposição crônicas a drogas: fenobarbital e álcool:
Dilatação do REL nos hepatócitos: sistema misto
enzimático para catabolizar essas substâncias.
hiperplasia degeneração necrose
reflete a maior necessidade de
hipertrofia
proteínas extracelulares
atrofia
aumenta a quantidade de acordo com a
demanda funcional de energia.
refletem a atividade sintética
da célula
Fisiológica: resposta natural a demanda de trabalho
Compensatória: Resposta a perda de uma parte do
órgão, ou um órgão (em órgãos pares)
Consistência firme.
Sem brilho.
Limites precisos.
1.
Forma irregular ou triangular.
“necrose isquêmica”.
Abscesso
Para formar essa necrose liquefativa precisa de bactérias
piogênicas, com isso, em outros tecidos teremos a formação É o pus encapsulado, toda vez que tiver a bactéria que gera
de um exsudato purulento, podendo ser: uma resposta, o organismo responde encapsulando. É necrose
Abscesso. de liquefação com cápsula.
Infecção local por bactérias piogênicas liberação de
Flegmão.
enzimas que realizam uma atração de leucócitos.
Empiema.
leucócitos mortos e debris celulares.
Nos demais tecidos que não o SNC: Infecção bacteriana
(piogênicas) com acúmulo de leucócitos, que ao progredir Flegmão ou celulite
acumula debris celulares e neutrófilos, formando um abcesso
que, se persistir, deixará de ser caracterizado como necrose Inflamação purulenta (não há formação da membrana
liquefativa, e passará a ter características de necrose piogênica) coleção de pus encontra-se difusa sobre o tecido.
caseosa devido a redução na quantidade de água no tecido.
tem a necrose de liquefação, mas não forma cápsula
Essas bactérias causam destruição do tecido e gera pus. (membrana piogênica), o pus está difuso no tecido.
CELULITE ANAEROBICA
A bactéria libera uma substância que quem reconhece são os É uma das causas de piodermites profundas em cães:
neutrófilos, sendo esse processo a quimiotaxia. O macrófago mordedura, traumas, progressão rápida.
entra na resposta crônica, o macrófago responde a fungos
e bactérias mais resistentes (como a Mycobacterium), Causada por bactérias anaeróbicas, geralmente causada por
chegam quando o organismo não consegue mais eliminar, mordeduras que geram uma ferida penetrante, ao retirar o
aparecem nos casos de agentes de difícil controle. dente o tecido fecha e a bactéria fica em um ambiente
anaeróbico, ou seja, sem oxigênio.
Exemplo: pulmão, aspirado uma bactéria, a primeira célula
LACERAÇÃO: ocorre perda do tecido, não forma celulite pois
a responder a bactéria são os neutrófilos. Os neutrófilos agem o tecido não fecha e não cria um ambiente sem oxigênio.
por três mecanismos:
CELULITE AEROBICA
1. aumenta mediadores químicos
para chamar neutrófilos. Infecção profunda supurativa: em geral Staphylococus.
2. engloba as bactérias digestivas. Presença de oxigênio.
CELULITE DO PASTOR ALEMAO
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2. enzimas se originam de células estranhas = Ocorre a digestão de tudo dando um aspecto de queijo fresco.
neutrófilos. São enzimas liberadas pelos neutrófilos que Semelhante a queijo branco fresco (caseum). Massa amorfa,
realizam a digestão. esbranquiçada ou acinzentada, sem brilho, consistência
com a chegada de bactérias, o neutrófilo chega e pastosa ou firme, friável e seca = células mortas que se
libera mediadores químicos, os neutrófilos realizam a tornam uma massa granular friável.
fagocitose e a heterólise com a liberação de enzimas Pode haver focos de calcificação = lesões crônicas.
digestivas, com isso, essas enzimas acabam
degradando o tecido. Limites precisos (geralmente).
Há perda da arquitetura e detalhe celular.
O fungo responde aos macrófagos, sendo células da fase
crônica, não ocorre o extravasamento de líquidos.
É uma massa seca que destrói o tecido, é seca pois ocorre
perda de água.
A necrose está associado ao granuloma (área de necrose
central associado a células inflamatórias, sendo os
macrófagos, células gigantes e linfócitos, pode ter a cápsula
quando o tecido presente).
morre, os vasos podem se romper formando áreas
avermelhadas.
Perda da arquitetura do órgão pela destruição do tecido
(o fungo invade o organismo para se proliferar e ter
energia, por isso destrói o tecido).
Mistura de lipídeos e proteínas coaguladas.
Massa eosinofílica.
Aglomerado de material granular amorfo.
GRANULOMA: agentes de difícil digestão geram
necrose rodeada por células inflamatórias.
Coloração rosa/eosinofílica, pois degrada as bactérias. Coleta
a lesão na periferia para ter uma referência do normal. Granuloma
ABSCESSO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL: pode acontecer
caso chegue alguma bactéria. Formação de uma estrutura microscópica específica que se
assemelha a um grânulo.
Constituído por cápsula fibrosa, células
inflamatórias e necrose.
O centro é preenchido por necrose caseosa: tuberculose.
Composto ainda por macrófagos, células epitelióides, células
gigantes e linfócitos. Os antigos desenvolvem uma cápsula de
fibroblasto e tecido conjuntivo.
Necrose caseosa
Dissolução do tecido com massa amorfa, presente em casos
de agentes de difícil controle, como: fungos e Mycobacterium
spp.
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Mycobacterium tuberculosis.
Mycobacterium bovis.
Corynebcterium: linfadenite caseosa dos ovinos (necrose
do linfonodo).
Paracocidioidomicose.
Na necrose caseosa muda a consistência do abscesso e o tipo
de agente envolvido.
Necrose e putrefação
Porta de entrada
Macroscopia
Enegrecidas.
Microscopia
MUMIFICAÇÃO
Desidratação do tecido necrosado.
Baixa proliferação bacteriana.
“mumificação”. Os macrófagos realizam a absorção do tecido além de
atuarem ativando os fibroblastos para a produção de tecido
Seca e endurecida. conjuntivo. Uma necrose pode evoluir para uma absorção, caso
Coloração negra – alteração hemoglobina. o tecido acometido possua a capacidade de conseguir se
a hemácia que fica no tecido, libera a hemoglobina (a regenerar. Entretanto, se esse tecido não tiver essa
hemoglobina é desfeita) e os pigmentos da capacidade de regeneração, os macrófagos após a absorção
hemoglobina dá essa coloração negra. do tecido lesado começam a ativar os fibroblastos, sendo a
região lesada anteriormente substituída por tecido fibrótico
Geralmente bem delimitado. (fibrose).
Cordão umbilical de mamíferos. Os macrófagos ao chegarem no tecido lesionado
começam a realizar a limpeza, sendo posteriormente
encaminhados para os linfonodos por via linfática e o
tecido é substituído (processo ocorre quando o tecido
possui a capacidade de se regenerar).
Os tecidos mal perfundidos tendem a responder mal,
pois para chegar macrófagos precisa de uma boa
vascularização.
Em áreas pequenas, se o tecido for constituído por
células lábeis ele é reepitelizado.
Miocárdio necrosado (infarto do miocárdio). Específica para marcar cor, então marca só o mineral.
Musculatura esquelética necrosada. Coloração preta- fosfatos e carbonatos.
Granulomas (tuberculose bovina), faz a calcificação que
fica inerte.
Locais onde tem parasitas mortos ou encistados.
Áreas esbranquiçadas, firmes e bem delimitadas Temos dois hormônios sendo responsáveis pelo índice normal
normalmente, lesão que faz o ranger de facas (associado de cálcio, sendo eles:
a tuberculose, nódulos bem delimitados e arenosos). 1. secretado pela tireoide.
Ao corte: consistência arenosa.
2. secretado pela paratireoide.
Secundária à hipercalcemia.
Entrada de grande quantidade de cálcio dentro das células.
Induz a hiperparatireoidismo renal secundário Rações para nefropatas (renais) tem baixo índice de
fósforo, para não alterar na corrente sanguínea e
capturar o cálcio circulante.
Hipercalcemia
2. ingestão de plantas
Deposição de cálcio na mucosa gástrica, rins e septos calcinogênicas: Cestrum diurnum.
alveolares.
Crônico (IRC): deixou de exercer sua função, um
paciente com taxa de filtração glomerular (TFG)
menor que 25% o paciente é IRC (insuficiente renal Calcificação de tecidos moles: coração, aorta e
crônica). Todo o sangue que chega no rim é filtrado. pulmões.
25% dos dois rins que sobrou Cães e gatos: ingestão de rodenticidas contendo
colecalciferol.
Agudo (IRA): faz fluidoterapia para fazer uma
Calcificação: mucosa intestinal, paredes de vasos
hipertrofia nas células renais.
sanguíneos, pulmões e rins.
Todo rim tem que ser filtrado e sua parte funcional é
na região cortical.
3. :
Hiperparatireoidismo primário é raro. O
hiperparatireoidismo aumenta a produção de
paratormônio pela glândula.
É a morte celular programada ou necrose apoptótica.
Secundário: linfoma maligno e adenocarcinoma de
glândula apócrina anal. involução da glândula mamária, ou seja, sofre
atrofia e apoptose. A glândula mamária faz hipertrofia
O mais comum é o secundário, como insuficiência
(aumenta as organelas) e hiperplasia.
renal, linfoma (tumor maligno de linfócitos, é uma
neoplasia maligna que tende a não responder bem a Fisiológica tem função homeostática, mas pode começar por
quimioterapia) e adenocarcinoma. patológicas.
A paratireoide fica sempre estimulada pela substância que o
tumor produziu. Ciclo celular
Adenocarcinoma: produz substância que estimula Quando a célula recebe um estímulo ela sai da fase G0 e entra
a paratireoide. na G1, para conseguir entrar nessa fase, ela vai se
preparando. Na fase G1 sintetiza proteína, guarda energia
Calcificação: mucosa intestinal,
para ir para a fase S, que é a duplicação do material genético
paredes de vasos sanguíneos, pulmões e prossegue para a fase G2.
e rins. Para passar por cada fase, tem momentos de checagem, ou
4. seja, uma proteína verifica se está tudo correto, da fase S
para a G2 ocorre uma parada (check point) para verificar se
Neoplasia primária: é uma neoplasia daquele
o material genético está igual ou se apresenta erros. Nesse
tecido, pode ser por metástase óssea, como momento de checagem verifica se está tudo correto, quem
tumor prostático e mamário. Uma neoplasia no osso verifica é o gene P53 que irá correr a linha do DNA para
começa a destruir e jogar o cálcio na corrente verificar se está tudo certo, caso não esteja, outro gene
sanguíneo e aumenta o cálcio sérico. tenta realizar a correção do dano, se não conseguir corrigir,
essa célula vai para a apoptose, ou seja, irá morrer para
manter o equilíbrio.
As vezes forma neoplasias pois as células podem burlar o
sistema.
Apoptose
Mecanismo homeostático: : células anormais afetam os genes da morte.
.
“Genes da morte”: codificam proteínas que fluem sinais celulares são gerados quando há
através do citoplasma e provocam a morte celular. ativação de receptores de membrana que ativam os
genes da morte.
Outras moléculas promovem a ruptura dos cromossomos,
despolimerização do citoesqueleto e liberação do citocromo C crescimento é controlado por genes –
mitocondrial. proliferação e parada do desenvolvimento celular.
Não ocorre dano vascular As células em apoptose podem ter duas vias:
1. a própria célula define que vai morrer.
2. alguma sinalização define que tem que
Agregação da cromatina nuclear e desconexão das lâminas morrer.
de sustentação.
Despolimerização do citoesqueleto.
Muda o início da cascata, como por exemplo, um início de
Separação das junções celulares.
processo viral, esse desafio gera uma resposta do sistema
Formação de vesículas citoplasmáticas e núcleos imune, aumentando os linfócitos. Após a destruição da carga
picnóticos. viral e os linfócitos terem exercido a sua função, por conta do
Ruptura e desintegração das mitocôndrias. seu tempo de vida limitado (ao serem destinados para
combater a carga viral, eles tinham um tempo de vida curto),
os linfócitos começam a ativar as caspases (proteases) que
lesionam a mitocôndria e ativa mais caspases.
A própria célula lança o comando para realizar a apoptose.
indutoras que desempenham o papel de levar a A própria célula sabe que está na hora de morrer, com isso,
informação, ao chegar no núcleo tem o gene BAX. ela ativa as caspases que se ligam ao núcleo, estimulando-o. Se
ativar o BAX irá continuar a apoptose, caso seja ativado o
As caspases indutoras atuarão ativando o gene BAX que irá
BCL2, irá parar a cascata.
ativar novas proteases, que nesse caso, são as caspases
efetoras (começam o processo de quebra), formada as
caspases efetoras, elas irão danificar a mitocôndria e
consequentemente reduzir ATP, com a danificação será
liberado o citocromo C que ativará o último grupo de
caspases para realizar a quebra final da célula. Começa a
quebrar o citoesqueleto e se desprender das células pela
membrana basal, faz a fragmentação da célula.
Quem limpa a célula fragmentada são os macrófagos.
Em ambas as vias terá o estímulo do núcleo, sendo o local que VIA EXTRINSECA
tem o gene BAX e BCL2 (o BAX e BCL2 são sequências que
são lidas no material genético). Através da estimulação (ativação do núcleo), se o núcleo for
mais estimulado na região do gene BAX irá causar a ativação
Execução final: via das caspases a ativação do segundo grupo de caspases.
codifica proteínas indutoras da apoptose. O BAX é um código genético, se estimular o BCL2 não ocorrera
a liberação do citocromo C e com isso, bloqueia a cascata de
gene indutor da morte. apoptose e não ocorre lesão mitocondrial.
gene repressor da morte.
Relacionados ao hospedeiro
Endógenas
Degenerações ou necroses.
Alterações na resposta imunológica (por imunocomplexo Inflamação
ou autoimune).
Exógenas
Diluir e restringir o estímulo (ou agente). parede do vaso sanguíneo para que, dessa
Fluxo sanguíneo aumenta para o local da lesão: . forma, chegue mais sangue e
consequentemente mais células de defesa).
Permeabilidade aumentada dos capilares e vênulas: saída
de proteínas plasmáticas e leucócitos. Logo em seguida, ocorre uma hiperemia, ou
seja, o aumento do aporte sanguíneo, essa
Migração de leucócitos para o exsudato.
hiperemia é um processo fisiológico (como
por exemplo, quando acaba de ingerir
comida, quando estuda e gasta mais energia
– ATP, com isso, precisa de mais energia,
então, precisa de uma hiperemia), a
hiperemia é nas artérias.
Resposta imediata e inespecífica de um
tecido vascularizado diante da agressão.
No patológico é mais células para tentar
combater o microrganismo invasor, a
histamina faz o mecanismo de
vasodilatação e consequentemente,
hiperemia. Além disso, diminui a velocidade
sanguínea (sendo a estase), a próxima etapa
é o aumento da permeabilidade vascular,
esse endotélio deixa passar as células de
A inflamação aguda separamos em fenômenos vasculares e dentro do vaso para a região de fora, ou seja,
celulares para facilitar o estudo. região do tecido que foi acometida.
Quando ocorre uma invasão as células iniciarão os processos A histamina não faz hiperemia, o terceiro
para combater o agente que invadiu o tecido. As principais mecanismo da histamina é quando a célula
portas de entrada são: trato gastrointestinal, pele, mucosas e
endotelial recebe a histamina, que gera um
trato respiratório, as células sentinelas estarão mais
localizadas nesses pontos, as primeiras células são os estímulo do núcleo para a célula contrair,
mastócitos que contém grânulos de histamina no seu com essa contração forma poros que
interior (normalmente são mastócitos, mas a ativação pode permitem a passagem.
ser pelos linfócitos em alguns casos). Entretanto, os primeiros As células inflamatórias estão no vaso, com
a virem no tecido invadido são os mastócitos que liberam
grânulos de histamina. isso, aumenta o aporte sanguíneo
(hiperemia) e com isso diminui a velocidade
Os mastócitos frente a alguma adversidade rompem o seu
citoplasma e liberam a histamina que tem sua ação nos vasos do fluxo sanguíneo, a histamina leva um
sanguíneos. estímulo e pela actina e miosina ela se
A histamina irá agir nas células endoteliais contrai e essas células estão sustentadas
realizando uma vasodilatação (relaxa a pela lâmina basal.
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Dentro do vaso tem uma ordem que é o fluxo globulina e fibrinogênio junto com as
laminar, a plaqueta se encontra no células, nesse caso, é exsudato.
endotélio e gera uma cascata de Se for exsudato fibrinoso tem o líquido e
cicatrização, no vaso sanguíneo tem na fibrinogênio.
periferia o plasma que isola os elementos
figurados (hemácias, plaquetas e leucócitos
– é o grupo genérico das células
inflamatórias, dentro desse grupo temos os
neutrófilos, linfócitos, monócitos, basófilos,
mastócitos e eosinófilos), o fluxo laminar é
essa sequência.
vasodilatação
A inflamação crônica pode ser uma evolução da aguda ou pode químicos que fazem essa estimulação do neutrófilo e células
se iniciar por conta do agente infeccioso que penetrou o endoteliais é o fator de necrose tumoral.
organismo.
A PERDA DA FUNÇÃO é um sinal da inflamação crônica, ocorre
quando tem depósito de tecido conjuntivo.
Quando o vaso sofre uma vasodilatação que é o seu
relaxamento, essa vasodilatação é causada pela histamina que
foi liberada pelos mastócitos (são células presentes na
periferia dos vasos e em portas de entrada), a vasodilatação
permite o aumento do aporte sanguíneo para a região o que
causa o calor e vermelhidão, o aumento da permeabilidade
vascular ocorre pela contração das células endoteliais, o que
permite a formação de poros que possibilitam o
extravasamento de líquidos.
Os leucócitos irão se aproximar do endotélio e fazem um
rolamento frouxo e uma aderência firme, quando se gruda
firmemente o leucócito com a célula endotelial, o neutrófilo
libera colagenase que age na membrana basal formando um
poro completo (essa colagenase rompe a membrana basal),
permitindo o extravasamento de células e migração de
leucócitos. O aumento do fluxo sanguíneo causa calor e
INFLAMAÇÃO CRÔNICA: presença de vermelhidão.
linfócitos e macrófagos. O aumento da permeabilidade vascular faz
é a aproximação dos leucócitos na com que extravase líquido rico em proteínas
periferia. Aumenta o aporte e diminui a velocidade, o que para os tecidos extravasculares (edema e
permite a aproximação da célula no endotélio do vaso.
dor).
libera colagenase, acontece pois a
célula não consegue passar na sua forma normal. Também O macrófago é residente de muitos tecidos, quando está no
pode ser chamado de diapedese. Ela muda a conformação tecido que foi invadido ele inicia a sua ativação e libera
do citoesqueleto e se contrai para passar pelo poro. mediadores químicos, se for no fígado são as células de
Kupffer, se for no pulmão são os macrófagos alveolares e
O neutrófilo ativado faz rolamento e se encaixa no receptor,
também é responsável por ativar novos macrófagos na
quem realiza o aumento dos receptores nas células é o fator
circulação para chegarem em maiores quantidades
de necrose tumoral que irá estimular essas células endoteliais
futuramente.
e leucócitos, ou seja, aumentará a expressão gênica de
receptores na membrana. O macrófago normalmente participa de inflamação quando
são macrófagos sentinelas (presença em fígado e pulmão), o
O fator de necrose tumoral é benéfico e maléfico ao mesmo
mastócito é a principal célula, mas não é a única que inicia a
tempo, depende da quantidade que foi produzida, o macrófago
cascata inflamatória, pode ocorrer a ativação do macrófago
produz ele e estimula as células endoteliais e inflamatórias,
primeiro que depois ativa os mastócitos.
quando um neutrófilo está na corrente sanguínea não tem
muitos receptores pois o sangue fica se relacionando com Uma vez que ocorreu o aumento da expressão de receptores,
eles, quando esse neutrófilo é ativado significa que a ocorre a adesão firme e essa célula consegue realizar a
informação chegou até ele fazendo ele sair do vaso e indo transmigração, nos tecidos eles fazem locomoção até que
para o tecido para atuar, nesse momento, a informação chega realizarem a fagocitose do agente, os neutrófilos ao chegarem
no núcleo e se transforma em algo palpável, geralmente de no tecido digerem o agente e liberam mais mediadores na
origem proteica que é expressa na membrana plasmática e corrente sanguínea para ativar novas células, por conta disso,
torna o neutrófilo ativado, um dos principais mediadores a cascata vai se perpetuando.
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Fase aguda
Os neutrófilos são os primeiros leucócitos que chegam ao local Termo genérico para designar um extenso grupo de moléculas
de infecção (infecção aguda), chegam em torno de minutos. envolvidas na emissão de sinais entre as células durante os
processos imunológicos. São produzidas por monócitos e
Pode se desenvolver minutos a horas e durar por dias.
linfócitos e de origem proteica.
As pró-inflamatórias acentuam a cascata inflamatória. É um
termo genérico e de origem proteica, são produzidas por
monócitos (macrófagos na circulação, não estão ativados),
macrófagos (ativados) e linfócitos.
São compostas por proteínas para se ligarem em um receptor
e gerar informação para o núcleo.
que são porta de entrada (pulmão, pele e mucosa A dor é ocasionada pelo edema e liberação de bradicina, que
gastrointestinal). faz vasodilatação, aumenta a permeabilidade vascular, porém,
Toda vez que o mastócito é ativado, ele rompe a sua age em terminações nervosas.
membrana e libera os grânulos de histamina, automaticamente
os mastócitos morrem.
Fenômenos celulares
Migração de leucócitos
Potente vasodilatador.
Aumenta a permeabilidade vascular. Gera aumento da aderência entre leucócitos e endotélio.
Provoca dor.
Estimula síntese de NO.
Presentes nos leucócitos.
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A ativação endotelial, libera moléculas que aumentam a O exsudato é o líquido que se extravasa para fora do vaso,
expressão de integrinas dos leucócitos. quando é basicamente água e proteína de baixo peso molecular
Favorecendo a adesão. é transudato ou exsudato seroso, conforme aumenta o dano
celular é dado outros nomes, como exsudato purulento (quando
tiver bactéria), fibrinoso, catarral e hemorrágico.
Hemorrágico: quando já extravasa as hemácias, é mais : Salmonella spp, Pasteurella spp, corpo estranho.
grave.
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Inflamação granulomatosa
Macrófagos ativados.
Pode haver células epitelióides, células gigantes
multinucleadas.
Padrão difuso.
Infecções fúngicas profundas, Nocardia sp., Brucella,
Mycobacteria spp e infecções protozoárias.
A célula gigante tipo Langhans, formada pela fusão de
macrófagos, apresenta citoplasma amplo e núcleos
distribuídos na periferia celular em forma de ferradura.
GRANULOMA
Se for células permanentes, as células não Substitui um grupo celular por um de mesma origem, se as
conseguem se multiplicar e começa a ser células conseguirem se multiplicar e ocuparem o espaço lesado,
depositado tecido conjuntivo. Se ocorrer no é a regeneração.
SNC, as células da glia que ocuparão o Reconstrução fibrosa e regeneração do
espaço lesionado. epitélio, a célula sofre hiperplasia.
Os hepatócitos quando tem lesão, gera
–
inflamação e a primeira célula a realizar a
limpeza são os neutrófilos, porém, essa
limpeza é feita efetivamente pelos estão em constante multiplicação.
macrófagos. Se o hepatócito da periferia da se precisar, voltam para o
lesão está danificado, ele não consegue se processo de multiplicação.
multiplicar para realizar a regeneração e sofrem apenas o reparo, não
com isso, começa a ser depositado tecido conseguem se regenerar. A cicatrização é por fibrose,
conjuntivo (fibrose). pois as células não conseguem se multiplicar.
Falam que ocorre uma perda da função, As células tem respostas diferentes de acordo com o tecido,
se for um hepatócito, para que ele consiga se multiplicar, os
pois as células viáveis são substituídas por hepatócitos ao redor da área lesionada têm que estarem
tecido conjuntivo. íntegros.
A inflamação crônica ativa os fibroblastos
Modelo de Ferida Cutânea
pelos mediadores químicos liberados pelos
macrófagos.
O reparo/fibrose é quando está sendo
depositado um tecido de granulação 1. : neutrófilos e macrófagos – inflamação aguda.
(fibroblasto, tecido conjuntivo e vasos), a 2. angiogênese proliferação
formação de novos vasos (angiogênese) que celular síntese de colágeno giro do colágeno.
irá nutrir a epiderme para a sua 3. :
multiplicação, sendo a segunda etapa a (fibroblastos ativados se diferenciam em
reepitelização ou regeneração. miofibroblastos) se ligam a matriz extracelular e por
apresentarem actina e miosina promovem a contração.
é responsável pela organização.
4. : superfícies.
é depositado e com o passar do tempo faz a
5.
contração e rotação.
Participa as citocinas que estimulam a proliferação tecidual Limpeza
e de fibroblastos.
O neutrófilo ativa os macrófagos, ou seja, é uma inflamação
aguda que logo após, ativa os macrófagos.
Tecido de granulação
Contração da ferida
Fatores sistêmicos
Condição circulatória.
Infecção.
Condição metabólica.
Má nutrição.
Hormônios: estrógeno -> o estrógeno afeta na cascata de
cicatrização.
Definição
Acúmulo de líquido anormal em tecidos (meio extra-celular)
ou cavidades pré-formadas (pleura por exemplo).
É o acúmulo ou extravasamento de líquidos para fora do
vaso.
Tipos de edema
Quando essa inflamação é crônica, teremos a deposição de É o extravasamento de líquido pelo aumento da
fibrose, isso faz com que a valva se contraia e se torne permeabilidade vascular por conta da inflamação,
encurtada, quando o coração contrair (sístole) teremos o acontece na primeira fase da inflamação.
sangue voltando (sopro), pois as valvas não estão conseguindo O líquido extravasa pela ativação dos mediadores químicos
fechar. e etc.
No lado direito, o sangue chega no Aumento de permeabilidade.
coração e volta para o átrio se
acumulando, com isso, ocorrerá uma EXSUDATO.
dificuldade no fluxo sanguíneo. O vaso Densidade aumentada.
sanguíneo que está desembocando no átrio
Muitas proteínas.
direito é a veia cava, esse sangue
acumulado no átrio, começa a voltar para a Presença de células.
veia cava e na sua porção mais cranial,
pelo acúmulo de sangue, o líquido começa
a extravasar e resulta no .O
fígado é o último órgão que o sangue passa
Aumento da pressão hidrostática: aumento
para chegar no coração, os capilares do volume de líquido dentro do vaso.
sinusóides começam a ficar congestos (o Diminuição da pressão oncótica: redução na
sangue chega pelo espaço porta e é
drenado para a veia centrolobular), pelo quantidade de proteína dentro dos vasos.
fígado ser um órgão parenquimatoso não Obstrução linfática: linfonodo.
consegue acumular líquido, os lóbulos
hepáticos ficam engorgitados. Esse líquido Aumento de permeabilidade vascular:
também extravasa pela veia porta dentro extravasamento de liquido -> perda de volume.
da cavidade abdominal, sendo a .
1. Hemostasia primária: vasoconstrição transitória e
agregação plaquetária (para formar o tampão plaquetário
no local lesionado).
2. Hemostasia secundária: coagulação para formar
uma rede de fibrina.
Víbices
Hemorragias lineares.
Forma estriações hemorrágicas.
Mucosas.
Diarreia viral bovina.
Enterites verminóticas.
Hematoma Forma hemorragias paralelas e transversais,
principal no intestino, em MUCOSAS.
Quantidade de hemácias muito grande.
Há aumento de volume (protuberância).
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Pode acontecer por : forma aguda.
perda da integridade do epitélio, o epitélio
se está com muito tempo, pode ser é avascular e o tecido conjuntivo contém vasos
uma erosão de vasos, essa erosão pode ser por sanguíneos, sendo o tecido subjacente ao do epitélio,
renite fúngica). quando tem perda da integridade, o tecido conjuntivo
distúrbio de coagulação, se tem fica exposto podendo ter sangramentos.
falhas nos fatores de coagulação é uma coagulopatia. inflamação da mucosa
quando temos um tumor com células gástrica.
mais rápidas e que infiltram mais, é um tumor mais gera um
agressivo e as células neoplásicas apresentam quadro inflamatório e lesiona a mucosa.
características de liberarem fatores de crescimento
de vasos, dessa forma, qualquer batida pode romper
e sangrar. Essa condição está presente
principalmente no TVT (tumor venéreo transmissível)
em cães, carcinomas, condrossarcomas e
osteossarcomas.
O TVT é transmissível, pois as células se
implantam em outro animal, o TVT é espécie- parte do conteúdo segue
para o trato gastrointestinal enquanto que outra
específico que sofreu uma mutação e teve
parte pode voltar para o esôfago e resultar em
capacidade de transplante. hematêmese, a parte que continua o seu trajeto, ao
ser excretado, irá sair na forma de melena.
As neoplasias acontecem nos tecidos próprios
da cavidade nasal, sendo eles: epitélio, tecido
Fezes com sangue não digerido (“sangue vivo”).
conjuntivo, tecido ósseo e tecido cartilaginoso.
Sangue vivo, vindo da porção final do intestino grosso
Animal com hemorragia pulmonar intensa Intestino quando tem inflamação e lesão
com sangue pode formar gangrena pela
pode ter epistaxe.
presença de bactéria.
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para ter esse sangramento só se for (Estrôngilos em equinos podem passar pela
em casos de partos distócicos, por conta do esforço parede da aorta), lesão por vírus e etc.
e da lesão que pode causar. Essa área cicatrizada está propensa a
inflamação com formação e hemorragia. romper.
Hemoperitôneo
Cavidade peritoneal.
Pode acontecer por um hematoma esplênico (exemplo),
esse hematoma pode se romper e o líquido extravasar
para a cavidade abdominal, ou pode ocorrer por uma
ruptura de qualquer vaso e órgão.
Hemopericárdio
a Saco pericárdio.
bexiga é composta por epitélio e músculo liso, o de O saco pericárdio contorna o coração, dentro do saco tem
epitélio é o mais comum, principalmente na região do vasos, normalmente ocorre o Hemopericárdio por ruptura
trígono vesical, sendo complicada a retirada pela de vaso ou do átrio, o átrio se rompe em cães por
inserção do ureter, os carcinomas são mais comuns hemangiossarcoma atrial (muito comum).
em cadelas idosas. quando esse sangue extravasar, faz tamponamento
– cardíaco, dessa forma, impossibilita o relaxamento
é pela intoxicação da samambaia junto completo do coração, pois o sangue estará ocupando
com o vírus. o espaço.
Hemotórax
Cavidade torácica.
Pode ser por uma lesão de vaso, por um trauma por
exemplo, ou por uma ruptura de um órgão que tinha
hematoma.
A causa mais comum de ruptura de vaso é
pelo aneurisma, dentro do tórax temos vasos
de grande calibre, todo vaso tem uma
resistência, se esses vasos que possuem uma
boa resistência, por conta de algum trauma Hemácias fora do leito vascular, ou seja, fora do vaso.
ou parasita sofre uma lesão, irá formar uma
Macrófagos marrons.
área de cicatriz, essa área pode ter uma
resistência menor se comparada com uma Hemácias removidas por fagocitose.
área do vaso que está íntegra e com isso, Pigmento hemossiderina no interior dos macrófagos.
pode formar uma saculação (área frouxa).
a quebra da hemácia libera hemossiderina (pigmento
Esse aneurisma pode ser formado por uma
marrom), os macrófagos vão fagocitar para fazer a
lesão, por uma migração parasitária
limpeza.
68 | P á g i n a C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª K a r i n a B a s s o Maria Eduarda Cabral
Agudo X Crônico.
Extensão da hemorragia. Aumento do fluxo sanguíneo devido à liberação local de
Localização. mediadores inflamatórios (devido a agressão ao tecido).
Encéfalo: hemorragias no encéfalo tente a matar. Injúria térmica (queimaduras ou congelamento)
/Traumatismos.
Saco pericárdico: faz tamponamento cardíaco.
Infecções.
Pulmão: perde o paciente por insuficiência
respiratória. Inflamação aguda.
Na hiperemia patológica é qualquer condição que leva a um
Hiperemia quadro inflamatório.
Aumento de volume sanguíneo intravascular. Congestão
Processo ativo.
Impedimento do retorno venoso.
Sangue arterial.
Processo passivo.
Aumento do fluxo sanguíneo.
Sangue venoso.
Coloração vermelho vivo.
Retenção de sangue intravascular.
Hiperemia fisiológica.
Coloração vermelho-azulado.
Hiperemia patológica.
Hiperemia passiva, venosa ou estase.
A hiperemia é o aumento do aporte sanguíneo, é dividida em
fisiológica e patológica. É sangue venoso, escuro e é um processo passivo, como por
exemplo, por trombo que faz o sangue retornar com
A fisiológica temos o aumento do aporte
sanguíneo para levar mais oxigênio e
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quando o
estômago torce (mais comum em animal idoso e grande),
ao torcer, o tecido entra em isquemia e tem congestão,
ao distorcer, tudo o que foi produzido como metabólitos e
radicais livres, são liberados na corrente sanguínea.
a principal consequência é a lesão por reperfusão,
pois ao retornar a circulação, o radical livre cai na
corrente sanguínea.
permanece na veia distendendo o
vaso.
casos de
endocardites, cada vez que o coração contrai o sangue
reflui e tem dificuldade em chegar no átrio e congestiona
os vasos, quando acumula do , o órgão
congesto é o fígado, sendo que o rim perceve a hipóxia e
aumenta a pressão arterial, fazendo com que mais sangue
se acumule.
no , o problema é no pulmão, pois
aumenta a pressão hidrostática e extravasa líquido
para os alvéolos levando a um quadro de edema
pulmonar.
no fígado diminui sua função, no rim sua hipóxia é a
principal causa para necrose tubular.
Choque
70 | P á g i n a C o n t e ú d o c o m b a s e n a s a u l a s d a P r o f . ª K a r i n a B a s s o Maria Eduarda Cabral
batimentos falhos;
perda de sangue;
vasos sanguíneos dilatados (se torna uma cavidade
muito grande para ser preenchida com o sangue
disponível = falta sangue para todo o corpo).
batimentos cardíacos e respiratórios
desfecho final de eventos clínicos
aumentados, vasoconstrição periférica: pele fria.
potencialmente letais.
pressão baixa.
O choque é um colapso circulatório, de acordo
com a origem, é dividido em choque hipovolêmico Temos duas fases no choque:
(redução do líquido circulante), choque 1. FASE COMPENSADA: aumenta frequência
cardiogênico (falha no bombeamento cardíaco), cardíaca (taquicardia) e frequência respiratória
choque neurogênico (falha no sistema nervoso (taquipneia), faz vasoconstrição periférica para
simpático) e choque endotoxico/séptico (nem aumentar o aporte para os órgãos vitais, é o
sempre sabe se é só bactéria ou toxina na momento imediato.
corrente sanguínea).
2. FASE DESCOMPENSADA: começa a ter
A evolução de todos é uma diminuição da diminuição da pressão arterial, ou seja, começa a
reperfusão tecidual, que gera um quadro de diminuir a perfusão tecidual total, entrando em
isquemia generalizada, esses tecidos isquemia.
começam a entrar em degeneração (os mais
A fase descompensada sempre evolui
sensíveis são danificados primeiro), uma
das tentativas da célula é entrar em para a compensada, mas, em alguns
glicólise anaeróbica, através dessa casos, não tem a compensada.
glicólise, entra em acidose pela produção
redução nos níveis de oxigênio, mas
de ácido lático e evolui para morte. reestabelecimento da circulação a tempo.
ISQUEMIA: o organismo tem um mecanismo
compensatório, aumentando a reabsorção metabolismo anaeróbio – acidose lática: disfunção
de água e sódio (rim libera renina pela falta seguida de morte celular e morte somática (indivíduo
de oxigênio), aumenta frequência cardíaca como um todo).
para bombear mais rápido e aumenta a De acordo com a origem classificados:
frequência respiratória também. 1.
circulatória associada à 2.
perda de volume sanguíneo circulante, redução no
3.
rendimento cardíaco, e/ou resistência vascular periférica
inapropriada.
evolução são semelhantes =
hipotensão resulta em perfusão tecidual prejudicada,
hipóxia celular e mudança para metabolismo anaeróbico, hemorragias severas;
degeneração celular e morte.
desidratação (vômito e diarreia);
Causas:
queimaduras extensas.
redução dos batimentos cardíacos;
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Coagulação intravascular dieminada
Pulmão de choque
(CID)
Expansão incompleta e Congestão pulmonar.
Excesso de trombina (converte fibrinogênio em
Edema e colapso alveolar.
fibrina) devido danos vasculares difusos
Independente da origem ocorre a congestão, (vasculopatias; queimaduras; bacteremias).
sequestro no pulmão e fígado, o pulmão fica
enegrecido e pesado por conta do aumento do
Trombina gera agregação plaquetária e ativa fator
líquido, se for um choque séptico pode ter de coagulação: conversão pela trombina do
HEMORRAGIA, como consequência, teremos o edema. fibrinogênio em fibrina: formação de microtrombos.
No choque hipovolêmico tem perdas de sangue e não
acumula. Consumo dos fatores de coagulação: HEMORRAGIA
Tem hiperemia, morre de insuficiência respiratória. GENERALIZADA.
EXEMPLO: no choque séptico, cai bactéria na corrente
sanguínea que faz lesão endotelial, com isso, teremos uma
resposta inflamatória e fica exposto o colágeno subendotelial
que ativa os fatores de coagulação. Em um determinado
momento, ocorrerá a lesão, porém, não teremos fator de
coagulação, pois o mesmo é produzido pelo fígado, isso
acontece pelo fato de ter muitas lesões no vaso e o fator de
coagulação ter sido muito requerido, o fígado não está dando
conta de sintetizar mais, sem essa reparação causará
hemorragias.
Com a ausência dos fatores de coagulação, teremos como
resultado a formação de petéquias, sufusões, equimoses e
hemorragias extensas, para ser uma CID é preciso achar os
trombos disseminados.
As principais causas de CID, são:
choque endotoxico/séptico.
flebite (pode ser por vírus, que lesiona o endotélio, por
pacientes com IRC – insuficiência renal crônica – pela
ureia e creatinina que lesiona o endotélio, a acidose
metabólica em bovinos também lesionará o endotélio)
Trombose
Processo patológico caracterizado pela solidificação do sangue
dentro dos vasos ou do coração, no indivíduo vivo.
Resulta da ativação patológica do processo normal da
coagulação sanguínea.
com isso, a plaqueta consegue voltar pela força que o sangue Politraumatismos, queimaduras
volta.
extensas, neoplasias malignas
DILATAÇÃO VASCULAR
Toda vez que aumentar o número de
Geneticamente, doenças vasculares já teremos uma frouxidão plaquetas será ruim, os quadros de maior
na parede do vaso, tendo um diâmetro maior, porém, o fluxo exemplo são quadros de desidratação, sendo
sanguíneo continua o mesmo de um vaso de calibre normal,
para o sangue passar corretamente, precisamos da o número de plaquetas maior, pois o líquido
resistência (pressão do sangue no vaso e vice versa), se tem do vaso terá saído, precisamos da plaqueta
uma fragilidade e o sangue continua o mesmo, o sague fluirá íntegra, pois se tiver alguma lesão ou
lentamente, gerando um processo de congestão, o fator de danificadas podem ter reatividade maior
coagulação irá se interagir e a plaqueta encosta no endotélio que o normal com o endotélio, iniciando a
ativando a cascata.
cascata de coagulação.
a bactéria na circulação
começa a ter resposta inflamatória, aumenta a Os fatores de coagulação são produzidos
permeabilidade, vasodilatação (inflamação aguda), dessa forma, pelo fígado que é muito sujeito a lesão, o
acontece a mesma coisa dos outros quadros. hepatócito, quando tiver lesão nuclear pode
ter alteração na síntese proteica, tendo a
Aceleração do fluxo e turbulência não formação de proteínas de coagulação
(sendo hemorragia nesse caso) e a outra
ANEURISMAS possibilidade é a formação de proteínas
Aumenta a chance de turbulência, esses quadros de anômalas que estarão presente na
aceleração são basicamente por aneurismas (frouxidão do circulação e não terão função ou até mesmo,
vaso, acontece principalmente por parasitismo e lesão irão reagir com o endotélio iniciando a
vascular), quando o sangue passar faz uma movimentação e
altera fluxo laminar, sendo mais fácil a plaqueta encostar no cascata, esses defeitos podem ser no
endotélio, pois perde a ordem do fluxo. material genético ou pós lesão (micotoxinas,
uso de medicamentos contínuos como
BIFURCAÇÕES OU DEFEITOS gardenal).
CONGÊNITOS Outros exemplos que favorecem a formação
Gera uma turbulência e um aumento da velocidade, nessas desse quadro: politraumatismo e
áreas, o sangue tem que ser dividido para os dois vasos e isso queimadura extensa.
gera áreas de turbulência, aumentando as chances de fazer
mistura., mais importante nos gatos por causa do calibre da queimaduras graves e extensas causam
artéria.
lesão vascular, aumenta a
permeabilidade vascular, perda de
Aumento do número ou alterações funcionais das líquidos e fica mais viscoso, o sangue,
plaquetas.
aumentando a chance da plaqueta
Alterações de fatores pró ou anticoagulantes:
congênitas. encostar no vaso e dos fatores serem
adquiridas. ativados.
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Os trombos podem ser dos seguintes tipos: Corte transversal do oclusivo: vaso e é todo
preenchido.
1.
a) Brancos: predomínio de plaquetas, associado
a lesão, pois tem ativação de plaquetas, tende a ser
arterial.
3.
arteriais (principalmente na aorta, nos membros
inferiores e nas artérias viscerais, cerebrais e
coronarianas);
venosos (oriundos da estase venosa), de capilares e
veias cardíacas.
Podem ser murais ou oclusivos. Os arteriais são formados por mecanismos ativos, então
são sempre aderidos a parede vascular, têm possuem mais plaquetas. Enquanto que os venosos por serem
aspecto seco, opacos e friáveis. de processos congestivos são maiores e mais oclusivos, para
diferenciar tem que ver se apresenta algum ponto de fixação.
brilhantes, úmidos, elásticos e não são aderidos
a superfície vascular.
100
a) 10
20
c)
Embolia
Existência de um corpo estranho (êmbolo) transportado pelo
sangue e capaz de obstruir um vaso.
Diâmetro vascular menor que o êmbolo.
É um corpo estranho que cai na corrente sanguínea, pode ter
embolia gasosa também.
Os três principais são o tromboembolismo, embolia gordurosa,
embolia tumoral e, um quarto existente é a embolia séptica.
Traumatismo extenso ou queimadura do tecido obstruir, o seu principal objetivo não é obstruir, mas sim invadir
adiposo. outros tecidos.
Dependem de:
velocidade com que se instala (lenta ou rápida);
grau de redução do calibre da artéria afetada (total
ou parcial);
vulnerabilidade do tecido;
Uma artéria inflamada diminui o calibre, então depende do grau
de redução, vulnerabilidade do tecido e velocidade com que se
instala. Podem causar: hipóxia, anóxia e isso pode gerar uma
degeneração, isquemia ou infarto.
Podem causar:
hipóxia;
anóxia;
degeneração; Depende da extensão da área acometida e órgão acometido.
isquemia; No intestino o infarto mata, se a parede do intestino necrosa
perde a capacidade de isolar bactéria, o tecido que era
infarto. necrose vira uma gangrena, a bactéria começa a adentrar
causando um choque septicêmico ou enterotóxico.
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Pericárdio
Se forma após metabolização da gordura após inanição ou Líquido aquoso, transparente a amarelado.
caquexia. doenças de edema generalizado (hidrotórax e
ascite).
Fisiologicamente, temos quantidades de gordura no ICC.
coração recobrindo-o, esse processo de atrofia acontece Miocardiopatia dilatada em cães e gatos.
quando em alguns casos graves de restrição alimentar e IRC, hipoproteinemia.
processos caquetizantes (como, neoplasias).
Pode ocasionar tamponamento cardíaco.
O animal começa a consumir primariamente gordura do
tecido subcutâneo e caso permaneça, começa a consumir
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Processos de congestão por aumento da pressão Fisiologicamente, as concentrações de proteínas têm que
hidrostática, se tiver um processo de congestão do lado estarem normais.
direito, a veia cava fica congesta e o líquido extravasa Dentro do quadro de hipoproteinemia, que é por redução
para o saco pericárdico, não sai proteínas por ser um da concentração proteica, o meio extravascular se torna
aumento da pressão hidrostático, para sair proteína, hipertônica, com isso, a água começa a sair do vaso,
obrigatoriamente tem que ter uma lesão no vaso e, com formando o edema, ocorre em casos graves de
isso, seria uma alteração inflamatória. hipoproteinemia.
A presença de líquido dentro do saco pericárdio tem que
ser analisado, as 4 causas do edema são: Hemopericárdio
1. Inflamatória;
Ruptura de átrio.
2. Aumento da pressão hidrostática;
Ruptura de aorta.
3. Diminuição da pressão oncótica;
Neoplasias.
4. Obstrução linfática.
Consequência: tamponamento cardíaco
No contexto do saco pericárdio é mais comum o aumento
da pressão hidrostática, sendo principalmente associada Mais comum em ruptura de átrio, normalmente associado
por processos congestivos. Esses processos distendem o a neoplasias, ruptura de vasos por aneurismas
vaso e aumenta a quantidade de líquido, (áreas de frouxidão do vaso, pode ser por condições
consequentemente, aumenta a pressão hidrostática do genéticas ou lesões por vírus, parasitas e qualquer
interior do vaso se comparado com a do meio agente).
extravascular, com isso, esse líquido começa a ser áreas de aneurisma, o corpo responde a área que foi
extravasado. lesionada, mas as vezes não volta a ter a mesma
O sopro cardíaco faz com que cada vez que o coração resistência, formando áreas de parede flácida,
contraia, parte do sangue retornará, pois em casos de comum em migração parasitária.
problemas valvares, elas não irão se fechar neoplasias: as áreas não mantêm a mesma coesão,
completamente, deixando uma abertura para o sangue é o mais comum de acontecer tamponamento
voltar. cardíaco, o sangue se acumula dentro do saco e
esse sangue começa a se acumular no átrio, ao interfere no bombeamento cardíaco, pode causar
mesmo tempo que se acumula no átrio tem sangue choque, como em casos de hemangiossarcoma.
chegando da veia cava, com isso, começa a acumular
cada vez mais sangue.
dependendo do grau de congestão o líquido começa a
ser extravasado, podendo extravasar para o tórax
também ( ) e na veia dentro do saco
pericárdio também extravasa esse líquido, sendo o
.
acontece em casos de ICC (insuficiência cardíaca
congestiva).
Pode levar ao tamponamento cardíaco, pois o
coração não consegue relaxar, porém, é mais comum em
hemopericárdio.
HIPOPROTEINEMIA
.
infecção hematógena ou perfurante.
pasteurelose, septicemias.
acúmulo de exsudato purulento, viscoso,
brancoacinzentado e com mau-cheiro.
“coração em pão com manteiga”.
Hematógena
espessamento e encurtamento
da válvula cardíaca e das cordas tendíneas.
Relacionada a idade (cães).
Causa comum de ICC em cães idosos.
Mais comum na válvula mitral Válvulas encurtadas e
espessas, superfície lisa e pode ser difuso ou nodular.
CONSEQUÊNCIA: refluxo sanguíneo
Faz a fase aguda e começa a ter deposição de fibrose, lento, com isso, a parede fica abaulada
pois não consegue resolver tão fácil assim e vira uma pelo estiramento das células na
massa, quanto mais crônico, maior se torna, podemos tentativa de compensar as áreas
classificar em dois tipos: lesionadas, cronicamente a parede deixa
de ter força de contração dando origem a
1. só na valva é uma endocardite valvular.
uma cardiomiopatia dilatada, uma
2. como o tecido é contínuo a parede, a bactéria pode parede que era grossa se torna fina e
atingir as paredes, sendo uma endocardite mural. alongada.
como as valvas se fecham por aposição começa
Para ter um metabolismo normal e fisiológico, precisa de
a gerar uma irritação maior. nutrientes, os felinos tem uma
para seu metabolismo normal, as células do felino
Cardiomiopatias para manter a sua integridade e força precisam de uma
maior quantidade de taurina, com a ausência dessa taurina,
essas células se tornam fracas e diminui a capacidade de
contração, essas células a longo prazo começam a se
Músculo cardíaco está fino, enfraquecido, e não se contrai estirar e forma um abaulamento, consequentemente,
corretamente. diminui a força de contratilidade, é uma causa primária em
gatos por ser um aminoácido essencial para a
sobrevivência da célula.
: deficiência de taurina: pode ocasionar Nada impede de ser bilateral, o boxer tem uma
tromboembolismo aórtico (menos comum). predisposição a fazer cardiomiopatia dilatada bilateral.
: raças de grande porte. deficiência nutricional.
Endocárdio espessado e branco, alterações
histológicas inespecíficas.
Decorrente de diferentes patologias: a dilatação é
decorrente do estiramento das células musculares
cardíacas a fim de aumentar a força contrátil e aumentar
o volume sistólico.
A partir de certo ponto: reduz a força contrátil.
Causas secundárias são quadros que levam a uma
instabilidade da célula, um aditivo de ração chamado de
é um promotor de crescimento, a dose para
bovinos é maior do que a em equinos, o que se torna tóxico
aos equinos quando consomem o mesmo alimento que está
sendo ofertado aos bovinos, a longo prazo tem necrose,
para matar depende da dose e do tempo.
Alterações na parede, quando o coração for desafiado vai
ter que agir de alguma maneira, se o coração trabalhar Em cães é comum nos pacientes em quimioterapia, pois
mais ele faz hipertrofia, se tiver alguma lesão tende a um dos quimioterápicos utilizados comumente é a
fazer um estiramento das células. doxorrubicina sendo cardiotóxica e nefrotóxica, nesses
casos temos uma degeneração dessas células, pela
Áreas de necrose na parede não fará
aplicação frequente do medicamento pode danificar as
contração, as células ao redor sofrem um células que resulta em uma cardiomiopatia dilatada em
estiramento para conseguir bombear e alguns casos, o que leva a esse estiramento.
fazer o seu trabalho, esse é um processo
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A parede se torna fina e flácida, perdendo a força de acelera o metabolismo, quando esses gatos aumenta a
contração, dessa forma, parte do sangue fica acumulado, produção desse hormônio irá gerar sinais de irritação,
parte fica na região anterior e gera o quadro de perda de peso, aumenta a taxa de trabalho dessas células
congestão. e sofre hipertrofia. Os pacientes chegam pela irritação e
Lesão valvular ou na parede. perda de peso. Produz hormônio do crescimento que
aumenta o metabolismo da célula, dessa forma, ela
aumenta de volume (sofre um estiramento) porque
precisa de mais energia, então aumenta todas as
Parte do miocárdio aparece espessado. organelas de tamanho e volume.
aumento de volume celular, a musculatura
cardíaca não se multiplica, toda vez que sofre uma carga
de trabalho maior, suas fibras aumentam de volume, Aumento de massa muscular secundário a alteração
sempre secundária a uma lesão. primária → aumento do trabalho.
EX: lobo pulmonar com quadro de pneumonia, tem .
edema e está inflamado, não realiza a troca gasosa
normalmente, precisa da compensação, a parte que Pode ser (sobrecarga volumétrica:
não está trabalhando fará com que os alvéolos regurgitação valvar) ou (sobrecarga
funcionais sofram uma sobrecarga, chega em uma pressórica: estenose aórtica e hipertensão).
hora que o alvéolo não consegue expandir tanto e : dirofilariose, estenose pulmonar congênita, enfisema
pode romper pela distensão excessiva, esse aumento alveolar crônico, hipertensão pulmonar.
de volume dos alvéolos com ruptura ou não, chamamos dirofilariose, se instala dentro do ventrículo, a força
de enfisema alveolar, a troca gasosa nessa do coração terá que ser maior pela quantidade de
área está baixa, por mais que se cure da pneumonia coisa sólida no seu interior, isso gera um aumento no
essa área não volta ao normal, a troca gasosa nesse impulsionamento da musculatura.
paciente está ruim, quem compensa a baixa de O2 é
Os cães normalmente são causas secundárias ao aumento
o coração que começa a bater mais rápido, é um
da taxa de trabalho, como enfisema crônico
processo crônico. Se o coração trabalha sempre em
(principalmente em humanos), os quadros de aumento da
taxa mais elevada, a célula precisa de mais ATP e
taxa de trabalho também podem ser por estenose de
aumenta mitocôndria e as outras organelas, dessa
artéria, a luz do vaso estará reduzida (lúmen), uma
forma, sofre hipertrofia, gera um aumento do
estenose subaórtica faz com que chegue menos sangue.
volume, enfisemas crônicos de troca gasosa gera uma
no coração e ele tem que compensar esse volume menor,
hipertrofia.
ele compensa batendo mais rápido e com isso gasta mais
energia, para se adaptar aumenta de volume, ou seja,
aumenta a quantidade de organelas.
causa desconhecida;
Os buldogues são geneticamente predispostos, o coração
hereditária (persas);
tem que bombear mais para compensar e a parede se
gatos idosos: aumento da atividade: torna mais espessada, pode aumentar de forma
perda de peso, irritação. (cresce em direção ao saco pericárdio) ou
geralmente secundária. de forma (cresce em direção ao luz
reduzindo o tamanho da câmara cardíaca), com isso, o
Hipertrofia é sempre uma causa secundária, coração trabalha mais para impulsionar.
aumenta o volume secundário ao aumento da A hipertrófica e dilatada tem como
taxa de trabalho. evolução a ICC.
Gatos associados ao , é um aumento da
produção de hormônios do crescimento, animais idosos são
predispostos também, se um hormônio fisiologicamente
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CID
A renina encontra o angiotensinogênio que é produzido Crônica: congestão pulmonar passiva e edema crônico,
pelo fígado e fica disponível na circulação de forma inativa, hemossiderose e fibrose.
só que ele só é convertido quando encontra a renina e Causas: perda de contratilidade → miocardite, necrose,
forma a angiotensina 1.
cardiomiopatia; disfunção das válvulas aórtica e mitral;
A angiotensina 1 encontra a ECA que é uma enzima doenças congênitas.
produzida pelo endotélio vascular e fica disponível na : quando o cão faz uma atividade física que
circulação, com isso, é transformada em angiotensina
não estava acostumado, aumenta a exigência do
2 que age no córtex da glândula adrenal liberando
coração de forma súbita, as vezes o paciente é
aldosterona.
cardiopata a anos e quando descompensa gera
A aldosterona age no túbulo contorcido proximal e edema pulmonar, com insuficiência respiratória.
aumenta a reabsorção de sódio, ao reabsorver o sódio a
água vem junto por osmolaridade, se reabsorve o sódio o : quando avaliar o paciente normalmente ele
sangue se torna hipertônico, a fim de igualar os dois meios estará compensado e uma das características é a
a água é absorvida e aumenta a pressão arterial. congestão pulmonar, esse acúmulo de sangue
A renina gera o aumento da pressão arterial, porém, o permanente gera fagocitose das hemácias, congestão
problema não era volume e esse aumento faz uma crônica começa a degradar as hemácias porque está
sobrecarga no coração, quanto mais líquido chega mais
parado, com a quebra da hemácia libera
evolui o quadro de congestão.
hemoglobina que libera hemossiderina que é um
Se for do lado esquerdo e de forma muito intensa, o
pigmento marrom, pode gerar fibrose por conta da
paciente morre de insuficiência respiratória por edema
pulmonar, com a saída do plasma o sangue fica mais irritação, o vaso congesto gera irritação. A fibrose
viscoso e o sangue tem que fazer mais força, ele faz mais atrapalha as trocas gasosas, com isso, reduz a troca
força sendo que o problema é capacidade de contração, gasosa no pulmão, não tem sinais clínicos, o
quanto mais líquido chega, mais congestão, maior a paciente apresenta cansaço fácil, dificuldade
congestão mais edema é formado e com isso mais viscoso
respiratória, são sinais leves.
o sangue se torna.
O vaso tem uma resistência (força do sangue no vaso e
do vaso no sangue), quanto mais viscoso maior é a
resistência e o sangue tem que fazer mais força, esse Congestão hepática (fígado em noz moscada).
processo vai progredindo a lesão. Retenção de água e sódio.
Além disso, o rim libera eritropoetina que estimula a Edema.
medula óssea a produzir hemácias, com isso fica mais
tecido Subcutâneo ventral → equinos e bovinos;
viscoso ainda e aumenta a carga de trabalho e aumenta a
resistência, podemos cortar esse mecanismo utilizando ascite → cães;
inibidores da ECA e alguns diuréticos que também podem hidrotórax → gatos.
inibir a ECA, outro tratamento é usar medicamento que
aumenta a viabilidade das células cardíacas, ou seja, a Causas: hipertensão pulmonar (doença autoimunes e
força cardíaca, podem associar esses tratamentos, valvular; fibrose pulmonar), miocardiopatia, lesões em
dependendo do grau associam mais medicamentos. válvula tricúspide ou pulmonar.
Do lado direito acomete o fígado que só faz edema
porque não tem espaço para o líquido atravessar, o
Aguda: congestão pulmonar e edema. aumento maior da pressão será no espaço porta,
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2.
tamponamento cardíaco/ruptura de
átrio/hemopericárdio.
insuficiência cardiorrespiratória. Aparelho respiratório
O átrio para romper tem que ter uma lesão Dividimos em porção condutora (inicial) e porção
direta, uma traumática ou neoplasia (mais respiratória.
comum).
Quando o átrio rompe cada vez que ele contrair
o sangue vai para o saco pericárdico, chega uma
hora que não consegue relaxar e isso gera uma Revestido por células
congestão. colunares ciliadas pseudo-
O animal morre de insuficiência estratificadas, células
cardiorrespiratório, a causa é o tamponamento caliciformes e serosas.
cardíaco/ruptura de átrio/hemopericárdio.
A congestão não leva a nada mais grava porque zona de transição entre o
morre de insuficiência cardíaca/ sistema condutor (ciliado) e de troca de gases (alveolar).
cardiorrespiratório aguda. Nos bronquíolos começa a transição, onde temos bactérias
comensais para combater qualquer tipo de agente.
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a inanição é uma falta de alimentação e suporte no TVT é comum acometer a genitália por conta da
hídrico, se deixa de ingerir alimento começa a queimar transmissão pela cópula, o animal se conseguir
gordura (primeiro lipídios e posteriormente as responder contra as células do TVT não apresenta a
proteínas), começa a realizar o catabolismo proteico doença. Entretanto, se a imunidade estiver baixa, a
(muscular), caso perpetue o animal não consegue doença irá se instalar, podendo apresentar a doença
sobreviver, o principal órgão a sofrer é o coração por na mucosa nasal, pelo ato do animal cheira e em alguns
diminuir a força de contração e gerar um processo casos, lamber. Porém, nem sempre irá fazer massa
congestivo, no cérebro gera hipóxia, no rim diminui a na genitália, as vezes o animal apresenta apenas
filtração glomerular e acumula ureia e creatinina na epistaxe (epistaxe unilateral, mas a neoplasia
corrente sanguínea, o paciente morrer por um pode fazer bilateral também ).
colapso. afeta os tecidos que compõem a região: epitélio
A hipoplasia linfoide é a diminuição do número de (carcinoma), osso (osteossarcoma), fibroblasto
linfócitos, consequentemente, diminui a resposta (fibrossarcoma) e cartilagem (condrossarcoma).
imunológica.
Esses fatores aumentam a predisposição de infecção
Inflamação da mucosa nasal.
bacteriana.
Comum evoluir de rinite para sinusite.
Todos podem predispor a infecções
Aguda
bacterianas secundárias por diminuírem a
capacidade fagocítica dos macrófagos, ou RINITE SEROSA
por aumentar a viscosidade do muco, ou
reduzir a movimentação ciliar. Hiperemia, e produção aumentada de fluídos produzidas
por glândulas locais.
Cavidade e seios nasais Causas: irritantes suaves ou ar frio.
RINITE GRANULOMATOSA
Consequências
Pulmões
Os pulmões são divididos em lobos:
1. cranial e caudal.
2. cranial,
intermediário (ausente no equino) caudal e acessório.
E cada lobo é subdividido em lóbulos por tecido conjuntivo,
variando esta apresentação de acordo com a espécie.
Pneumotórax.
Colapso alveolar. maior exemplo é o pneumotórax, por entrar
ar ocorre a perda da pressão negativa e o
toda vez que um animal sadio tiver algum
pulmão não consegue expandir, o pneumotórax
problema, como causa obstrutiva (faz
pode acontecer por trauma perfurante ou
referência as vias de condução, como quando
por lesão traqueal (principalmente em
há a formação de espuma e ela chega nos
felinos).
brônquios, dessa forma, o ar não consegue
chegar). não é unilateral, é em toda a caixa torácica.
o animal estava vivendo e por outro problema
adquiriu a atelectasia.
pode ser por estenose e edema também.
no caso da estenose, se reduzir o lúmen irá
chegar menos ar, em casos graves por reduzir
a luz e chegar menos ar, o alvéolo não
consegue expandir.
Obstrutiva
Pode ou não ter ruptura das paredes alveolares: todas É uma dificuldade de retorno venoso e é um processo
as espécies. passivo, sendo mais comum por insuficiência cardíaca
congestiva do lado esquerdo.
Em equinos: complexo bronquiolite-enfisema crônico:
Em quadros de congestão crônica, as hemácias começam
animais de baia: e ambientes empoeirados.
a ser fagocitadas e liberam a hemoglobina, o primeiro
pigmento que forma ao liberar a hemoglobina é a
hemossiderina (pigmento marrom), por conta disso, o
pulmão estará amarronzado, podendo ser difuso ou
múltiplo.
Congestões agudas o pulmão fica um vermelho mais
intenso.
ENFISEMA INTERSTICIAL
Hemorragia pulmonar
Congestão
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em um
determinado momento cessa a produção de fatores de
coagulação e começa a ter hemorragia.
especifica
de cavalos é caracterizada por epistaxe: a própria
pressão sanguínea pode levar a ruptura de capilares
pulmonares, para ter epistaxe depende da lesão.
Insuficiência Cardíaca
Esquerda; Aumento do
volume sanguíneo; Oclusão
de veia pulmonar
Dano alveolar difuso;
Endotoxemia/Septicemia;
Vírus pneumotrópicos,
gases tóxicos,
endotoxemia, CID,
anafilaxia, etc.
Êmbolos neoplásicos em
vasos linfáticos.
Hipoproteinemia.
Pneumonia; Lesão em
pneumócitos tipo II;
Radicais livres de
oxigênio ou nitrogênio
(inflamação).
Edema pulmonar
Individual e coletivo.
Broncopneumonia
Gravidade depende:
natureza do material aspirado;
presença de bactérias;
distribuição do material no pulmão.
Conteúdo estomacal/ruminal.
Medicamentos.
Alimento.
Inalação/aspiração de algum tipo de conteúdo,
um filhote tem a maior casuística quando tem a
presença de fenda palatina, pois ao mamar
aspira o leite.
Para classificar depende do tipo de alimento,
podendo ser por leite, pela regurgitação, se os
monogástricos aspirar um conteúdo estomacal que
é ácido, começa a ser realizado a destruição da
mucosa. Os ruminantes se aspirarem o conteúdo
ruminal, por ter a presença de bactérias ocorrerá
uma contaminação.
Para salvar depende do tipo de alimento, da
quantidade e da distribuição do material.
Pneumonia intersticial
consistente/pesado, devido ao espessamento das os lugares mais comuns para gerar a pneumonia
paredes o pulmão não colaba ao abrir a caixa torácica por embólica é por conta de um abscesso hepático (por
conta da pressão negativa. ser o último lugar que o sangue passa antes de chegar
O pulmão aumenta a espessura dos septos/paredes, pela no coração e pulmão, ao cair na circulação que está
caixa torácica restringir o pulmão e aumentar o tamanho em um vaso de grande calibre, fica aprisionado em um
dos septos, começa a encostar nas costelas e o vaso de pequeno calibre no pulmão), o outro lugar seria
parênquima pulmonar tem impressão da costela, cheio de o intestino, onfaloflebites (cordão umbilical que é
ondas, depende da intensidade do espessamento da constituído por veia, artéria e uráco, o uráco está
parede. ligado a vesícula urinária para realizar a drenagem
durante a vida fetal, as trocas gasosas são feitas pelo
cordão umbilical, quando o animal nasce corta o cordão
umbilical e deve-se realizar a limpeza correta para
não ter uma contaminação, se acontecer
contaminação bacteriana essas bactérias fazem
septicemia), endocardite por contaminação bacteriana
que pode chegar no pulmão
Pneumonia embólica
Pneumotórax
Adenomas.
Adenocarcinomas.
Não são comuns, o comum é metástase (neoplasia
secundária)
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comprimido no meio,
atelectásico (reduz o tamanho do alvéolo, comprimi porque
o ar não deixa expandir).
Efusão pleural
HIDROTORAX
Quilotórax
Piotórax
Pus, bactéria, quadros bem restritos, tem que ter a Tecido linfoide
chegada de bactéria, normalmente por processo de
pneumonias, é o exsudato. Sist ema imune protege o organismo contra
microrganismos e moléculas estranhas.
Órgãos linfoides: timo, baço e linfonodos.
Órgãos linfoides
linfoma
Hiperasia linfoide
Linfonodos são “filtros” da linfa A hemácia tem uma vida útil de 3 meses, o baço faz o
mecanismo de filtração e captura de hemácias velhas.
hemocaterese: captura de hemácias velhas.
Removem partículas estranhas antes que a linfa
retorne ao sistema circulatório sanguíneo. Animal de grande porte tem uma cápsula mais espessa,
com isso, o baço apresenta uma coloração mais
Linfoadenomegalia esbranquiçada.
Hiperasia linfoide:
resposta a agressão: neutrofilica/eosinofílica..
Neoasia primaria ou metast ase.
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Pode formar um abscesso no baço se tiver bactéria choque faz sequestro visceral, pois o sangue acumula
nos órgãos vitais propiciando a dificuldade de retorno.
circulando na corrente sanguínea, os macrófagos
o baço está relacionado com o estômago na sua
capturam essa bactéria, e caso ela consiga se posição anatômica, é sustentado pelo ligamento
multiplicar forma o abscesso. gastroesplênico e quando tem uma torça gástrica o
baço rotaciona junto, tem que realizar a retirada
cirúrgica por conta da lesão por reperfusão.
Esplenomegalia
aumento de baço, o aumento uniforme é o baço Quando o estômago torce (mais comum em animal idoso e
aumentado como todo, pode ser a parte de grande), ao torcer, o tecido entra em isquemia e tem
polpa branca ou vermelha. congestão, ao distorcer, tudo o que foi produzido como
metabólitos e radicais livres, são liberados na corrente
Uniforme com consistência sanguinolenta: sanguínea.
polpa vermelha aumentada. A principal consequência é a lesão por reperfusão, pois ao
Uniforme com consistência firme: baço carnoso. retornar a circulação, o radical livre cai na corrente
polpa branca aumentada. sanguínea.
Nódulos esplênicos com consistência firme. se tiver um abscesso faz esplenomegalia porque pode
fistular e romper, um hematoma também tem que
Nódulos esplênicos com consistência retirar porque pode romper gerando um choque
sanguinolenta. hipovolêmico.
2. Hiperemia: septicemias bactérias transportadas
Também pode ser nodular invés de uniforme.
pela polpa vermelha fagocitadas pelos macrófagos
casos agudos nem sempre dão tempo de chegar
neutrófilos.
cão em sepse (bactéria na corrente sanguínea)
1. Congestão (torção/barbitúricos: anestesia ou eutanásia). tem aumento do aporte para fazer limpeza, tendo um
quadro de hiperemia.
torção: junto à torção gástrica: cães e suínos.
macroscopicamente não separa
uma das alterações é a congestão, sendo a dificuldade
de retorno venoso, dessa forma, ocorre um aumento congestão de hiperemia porque em ambos
de volume e as bordas do baço perdem seu aspecto temos o acúmulo de sangue.
cortante, ficando abauldas.
3. Anemia hemolítica aguda: Babesiose aumento
se o paciente está na cirurgia, dependendo do
medicamento o baço pode ficar congesto, de volume devido a captura das hemácias.
principalmente se for um medicamento que faz anemia hemolítica como por exemplo, Babesia que faz
vasodilatação porque deixa o sangue mais lesão nas hemácias, essas hemácias danificadas são
capturadas em excesso gerando um aumento do
congesto pelo aumento do lúmen vascular (o sangue baço, Leptospira também faz isso, essas hemácias
não consegue exercer a pressão no vaso e nem vice- são capturas no baço.
versa e, através disso, sem a presença dessa
resistência o sangue tem mais dificuldade em circular).
na necropsia encontramos o baço aumentado por
conta da eutanásia que faz vasodilatação.
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proliferação
de polpa branca e
granulações
Gordura ictérica, então tem uma icterícia com hist oasmose.
aumento de baço, pode sugerir leptospirose, Baço clássico de
Babesiose que são mecanismos que levam a doenças fúngicas.
hemólise, com a hemólise temos a liberação de
bilirrubina que vai para os tecidos resultando na
icterícia.
Esplenomegalia com aspecto sanguinolento
cada área
Proliferação de células: hiperplasia linfoide/baço esbranquiçada é um folículo, está tão
reativo: processos crônicos: fungos. desenvolvido que virou uma massa visível
tem a proliferação de células, depende da causa, macroscopicamente, acúmulo de sangue pela
podendo ter uma hiperplasia linfoide que é o aumento hiperemia, tem a ativação da parte inflamatória
da taxa de multiplicação dos folículos linfoides,
fisiologicamente, macroscopicamente não são visíveis. e da parte celular.
Essa proliferação acontece em processos virais Comum em filhotes com parvovirose e em
porque quem responde são os linfócitos, ao cortar é
visível várias “bolinhas” brancas. septicemia.
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Hematomas
A cápsula parece enrugada e o órgão pálido. absorção e pode penetrar bactérias. Separado em duas
Se tem aumento pode ter a redução de volume também, partes, a parte superior e a inferior.
na redução em casos de anemia o baço contrai para
ejetar mais hemácias e aumentar a oxigenação. Cavidade oral
Perda de sangue o baço contrai para
expulsar mais hemácias e melhorar a Responde intensamente a processos inflamatórios
oxigenação. por ser um tecido que está em constante atrito,
então, está sempre preparado para gerar uma
Choque hipovolêmico por perda de resposta.
líquido sobra a parte viscosa do sangue,
tornando o sangue mais viscoso e com
isso, mais difícil do coração bombear e Doenças ou inflamações da cavidade bucal, que podem ter
tem sequestro para órgãos vitais, dessa causas diversas.
forma, tem congestão. É um nome genérico para qualquer doença ou inflamação
de cavidade bucal,
Estomatites vesiculares:
febre aftosa (Picornavírus);
estomatite vesicular (Rabdovírus);
doença vesicular dos suínos (Picornavírus);
Características e funções exantema vesicular dos suínos (Calicivirus);
DOENÇAS CLINICAMENTE INDISTINTAS.
Secreção
muco;
suco gástrico;
suco pancreático;
bile;
enzimas intestinais. exantema vesicular
(calicivirus): (a) vesículas intactas (b) vesículas rompidas
Absorção. com ulceração.
O alimento capturado sofre a ação mecânica dos Uma das estomatites mais comum é a estomatite
dentes formando o bolo alimentar que, posteriormente, vesicular, teremos a formação de bolhas que são
é encaminhado pelo esôfago junto com a saliva até o projeções da epiderme.
estômago.
Macroscopicamente são indistinguíveis, apresentam o
No estômago temos a participação de enzimas e ácido mesmo aspecto, mas não consegue definir a origem,
clorídrico (HCl) que tem a ação de defesa por destruir normalmente é de origem viral.
agentes invasores. O pH estomacal é cerca de 2, tem
Conforme ocorre a distensão da epiderme, essa
toda essa proteção porque o intestino é o local de
vesícula irá se romper, formando a secreção devido a
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invasão bacteriana, tanto as bactérias da pele quanto a imunidade, o papiloma tende a sumir, caso não suma
as do ambiente invadem. deve-se retirar porque o animal pode morder e o
vírus se disseminar chegando na região de faringe e
Macroscopicamente são parecidas e algumas são esôfago.
zoonoses. Carcinoma: “carci” é uma neoplasia maligna de origem
epitelial, é o mais comum.
ESTOMATITE é o nome geral de qualquer reação
inflamatório de cavidade oral, focinho e lábios. carcinoma de células escamosas.
Nódulo também é um aumento de volume, pode ser o refluxo porque o pH do conteúdo estomacal é ácido
e isso gera um processo inflamatório, pois a mucosa do
chamado de nódulo ou tumor.
esôfago não está acostumada e adaptada a receber
esse pH. A mucosa fica hiperêmica porque faz lesão
direta, se atingir a lâmina própria causa hemorragia
por ser vascular.
Papilomatose:
causada por vírus, do gênero
Papilomavírus e família
Papovaviridae: acomete cães
e bovinos.
Vírus: espécie-específico.
Desvalorização bovinos.
NOS BOVINOS O PAPILOMA INVADE A MUCOSA
PREVIAMENTE LESIONADA E INDUZ A PROLIFERAÇÃO Linhas escuras: perda do epitélio do esôfago após refluxo:
DE CÉLULAS EPITELIAIS. equino.
Comum em cavidade oral por causa de microlesões comuns na
região, o papiloma é benigno, tende a ter boa resposta ao
tratamento. “ ”
Base da língua.
Entrada do tórax.
Base do coração.
Entrada do cárdia.
É um quadro mais comum, temos 4 pontos mais críticos
Esôfago do esôfago, tem algumas regiões que temos restrições
para realizar a distensão:
A primeira região é a base da língua: começa a
faringe e nessa faringe ao lado tem a laringe
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junto com a epiglote, tem uma área de isolamento Se perfurar a região do tórax acaba com a
e o esôfago não consegue distender tanto pela pressão negativa e o pulmão não consegue
restrição anatômica. expandir e gera uma atelectasia, o animal chega
A segunda região é a entrada do tórax: restrição dispneico porque não consegue fazer troca gasosa,
óssea, junto com traqueia, músculo, linfonodos e podendo vir a óbito.
vasos, favorecendo um ponto de obstrução,
comum acontecer parada do corpo estranho. Estenose: redução da luz.
A terceira região é a base do coração: não tem reação cicatricial.
como distender, é uma área de limitação de
passagem. É uma redução do lúmen, uma área de lesão tem
A quarta região é a entrada da cárdia: encontra uma cicatrização, a estenose é a redução do
a cárdia sendo limitante, a cárdia é um feixe diâmetro, são geradas por áreas de cicatrização.
muscular para manter o estômago isolado. O esôfago tem túnica muscular para conseguir
A “melhor” região é a base da língua e cervical, distender, cicatrizes extensas perde essa
porque é mais fácil acessar o corpo estranho. elasticidade, pode favorecer o regurgitamento e
obstrução, por reduzir o lúmen.
O peristaltismo nessa região estará diminuído,
dependendo da área de cicatrização não tem o
peristaltismo, é uma complicação em cicatrizações
extensas.
Corpos estranhos.
Gastrina: estimulada pela elevação do pH. o animal chega com vômito e muitas vezes a causa do
óbito é a desidratação.
Inibida pela queda do pH.
Muco.
revestimento do estômago, com isso, mais fácil de Animais de grande porte, com tórax profundo,
causar úlceras.
alimentação poucas vezes ao dia com grande
Helicobacter é mais comum de ser um fator predisponente
quantidade, ao chegar todo o alimento o estômago
para gastrite, nos casos de gastrite crônica, é uma bactéria
que fica escondida e faz invasão em região de lâmina distende e volta, os ligamentos com o passar do tempo
própria e não tem uma distribuição homogênea, então, tem se afrouxam e junto disso, com o passar da idade, gera
que fazer várias biópsias de estômago.
um desgaste natural, a associação do volume de
alimento e frequência, associado com tórax profundo
que favorece a rotação.
Causa de gastrite em humanos e animais, amplamente podem se replicarem e cair na corrente sanguínea, tem
difundida. uma capacidade de regeneração epitelial, na base das
Causadora de gastrite crônica, úlceras (perdas crônicas vilosidades temos as criptas que promovem essa
de sangue podem desenvolver anemia) e câncer gástrico regeneração, composta por células caliciformes que
pela irritação da mucosa continua.
produzem o muco que fazem uma barreira mecânica,
Sinais variados de acordo com o grau de infestação quanto mais próximo do intestino grosso mais células
Macro: hiperemia, congestão, dilatação, erosões, a única necrose com tecido viável é a necrose
coagulativa que mantém a arquitetura e tem
úlceras e perfurações.
substrato para a bactéria invadir, para formar
Corpo estranho linear: CUIDADO!!!! FELINOS!! INSPEÇÃO gangrena obrigatoriamente tem que ter a área de
CAVIDADE ORAL!!!!! necrose coagulativa isquêmica, invade as bactérias
Gatos tem que tomar cuidado com corpo estranho linear, saprófitas que são oportunistas, ao invadir, rompe a
como é muito comum esse corpo estranho, ao chegar com mucosa e gera resposta inflamatória, podendo gerar
esses sinais tem que avaliar a cavidade oral, pois pode ter peritonite.
esse ponto de fixação Pode ocorrer secundário a enterite, irritação por
parasitas, debilidade geral do paciente.
o centro do lóbulo, chega na veia centrolobular que o O fígado é um tecido que tem uma capacidade de se
encaminha esse sangue para a veia cava. reorganizar ou compensar frente a agressões.
Causa tóxica alimentar tem lesão no espaço Por conta disso, acaba inviabilizando o tratamento, pois,
por tem a capacidade de compensar até mais ou menos
periportal, por estar vindo do intestino. 75% (2/3 de reserva funcional), tecidos sensíveis
Em processos isquêmicos acomete o espaço
acabam mostrando a sintomatologia clinica mais cedo,
consequentemente, o tratamento é mais cedo,
centrolobular, por ter mais oxigênio, ao redor da veia entretanto, quando o órgão compensa, ao apresentar
centrolobular tem mais problemas isquêmicos. sinais clínicos estará em um estágio mais avançando sendo
mais difícil tratar.
Regeneração
Até dois terços sem sinais de doença. Se interferir na função do fígado se tornam distinguíveis
clinicamente, se for áreas focais são indistinguíveis.
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vesícula biliar. Bilirrubina conjugada que cai Durante a necropsia faz a retirada em sistema, o quarto
na corrente sanguínea porque não consegue conjunto é composto pelo diafragma, estômago, fígado e
ser excretada e é reabsorvida. Sendo que, o
pâncreas, para avaliar a drenagem faz a compressão da
tratamento das 3 causas se diferem entre si.
vesícula biliar, se estiver drenando extravasa para o intestino,
TECIDOS COMUNS DE APRESENTAREM ICTERÍCIA: é a manobra de Virchow positiva, faz em pequenos animais,
mucosa, serosa, esclera, omento ou mesentério,
tecido adiposo e artérias (principalmente abre o duodeno e faz um corte pela borda mesentérica e
grandes vasos). sobe para o piloro, depois comprimi a vesícula, ajuda a definir
Equinos já têm uma gordura mais amarelada,
se é pós hepática ou não.
por não ter vesícula biliar, se for deixado em
jejum prolongado pode causar icterícia,
porque essa bile vai cair no intestino mas não
vai ter a chegada de alimento, por isso, será
reabsorvida, junto a isso tem uma
concentração diferente de beta caroteno na
gordura e elas se tornam amarelada.
Platinossomiase
Hepatite viral
ADENOVÍRUS CANINO
HERPESVÍRUS CANINO
intestino no espaço porta), dependendo da planta associa Primeiro tem a resposta inflamatório com o macrófago
com os achados. limpando a área, se as células ao redor estiverem
Uma lesão degenerativa na musculatura vê por degeneradas deposita fibrose, se estiveram integras
atrofia, redução do volume, se tiver necrose tem conseguem se regenerar.
hemorragia e palidez. Para ser clinicamente distinguível tem que acometer um
: degeneração.
número maior de lobos, depende do tamanho da lesão.
Hiperplasia nodular: pode se formar frente a uma
Para ter necrose pode ou não ter hemorragia, necrose
lesão, ao se multiplicar elas podem se multiplicar
destrói o tecido, se acomete os vasos sanguíneos tem
exacerbadamente, se o animal é desafiado ao longo da
hemorragia, se não chega a ter hemorragia vê a
vida, ao morrerem as células, pode começar a se
musculatura com áreas mais firmes e pálidas.
multiplicar e proliferar além do necessário, formando um
nódulo.
Micotoxinas
o nódulo no ultrassom é homogêneo, com aspecto
Aflatoxinas: é hepatotóxica e carcinogênica. nodular, sem aspecto proliferativo, aspecto
arredondado, é o mesmo aspecto do restante do
Esporodesmina. fígado, se tem dúvidas pode fazer uma citologia
guiada, se estiver numa laparatomia faz uma biopsia
Zearalenona.
incisional (retira um pedaço), ao olhar na lâmina vê
esporodesmina e zearalenona afetam outros tecidos, hepatócitos normais em grandes quantidades.
mas também pode fazer lesão hepática, não são lesões
As neoplasias hepáticas tem uma incidência relativamente
específicas, causam degeneração.
alta, devido ao tempo de vida maior, aditivos nas rações e
São os metabolitos secundários do fungo. medicamento.
A principal micotoxicose é a aflatoxina, sendo a sua Adenoma hepatocelular: é um tumor benigno dos
principal fonte o amendoim, os quadros de hepatócitos com incidência baixa.
micotoxicoses são crônicos devido aos índices serem Carcinoma hepático: é o mais comum, sendo uma
mais rigorosos. neoplasia maligna de origem epitelial, tem alta incidência.
Colangiocarcinoma: oriundo dos ductos colédoco,
Levam a lesão hepática tóxica. extremamente agressivo.
Devido ao processo de fermentação bacteriana os Tumores secundários: hemangiossarcoma (tumor
ruminantes são mais resistentes as micotoxinas. maligno de origem vascular) e fibrossarcoma.
Neoplasias metastáticas: mais comum devido a
metabolização e fluxo sanguíneo.
É o aumento da quantidade e multiplicação celular, o fígado
em casos de necessidade volta ao seu ciclo celular, suas
células são estáveis, frente a uma agressão as células
conseguem retornar.
Toda vez que o tecido sofre um dano, algumas coisas
irão determinar se consegue se reestabelecer ou se vai
depositar fibrose: suprimento sanguíneo adequado,
inervação preservada, extensão da lesão e as células ao
redor estarem integras para se multiplicarem.
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Cirrose
Pancreatite
É extremamente importante.
Prognóstico é de reservado a ruim.
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Inflamação do pâncreas.
Usa antibióticos.
O uso de anti-inflamatório é discutível porque pode
Alimentação com excesso de gordura, por ser uma
sobrecarregar o pâncreas
glândula mista, a porção exócrina produz enzimas liberadas
para dentro do duodeno, quando o quimo chega no
intestino as células do intestino liberam um hormônio que
atua na vesícula biliar e pâncreas, no pâncreas ativa a
produção de enzimas na sua forma inativa (é estocado na
forma inativa para não destruir o pâncreas), a sobrecarga
de estimulação para dar conta da digestão pode
extravasar as enzimas e gera uma resposta inflamatória
destruindo o pâncreas. Rins
Ao chegar à estimulação as enzimas são liberadas e atuam Órgãos pares e suspensos na parede dorsal da cavidade
dentro do intestino, estimulação excessiva as enzimas abdominal por uma dobra peritoneal.
extravasam e começam a digerir o pâncreas. casos de
O direito é mais cranial do que o esquerdo.
pancreatite começa a digerir a gordura peripancreática,
a necrose gordurosa é um prognóstico, se passar o artéria renal e veia renal.
ultrassom e ver áreas de necrose extensas o prognóstico
não é bom. vascularização termino terminal: vem de uma artéria
Manipulação do pâncreas na mesa cirúrgica porque central e se ramifica levando o suprimento até a
porção funcional, logo após é levado até a parte
pode gerar uma ativação enzimática.
cortical do rim, a medular só contempla a alça de Henle
Metabolismo alterado: fisiologicamente o conteúdo tem e ducto coletor.
que ser fluido para ser liberado e escoado para o intestino, O glomérulo recebe o sangue da arteríola aferente, faz a
animais idosos os fluidos podem formar grânulos e liberação do material no glomérulo formando o filtrado e o
obstruir, com isso não escoa e acaba extravasando as sangue retorna pela arteríola eferente (sai do néfron),
enzimas, quanto menor a área de produção (mais próxima essa arteríola irriga o resto do néfron e retorna para a
do ácino) menor é a lesão, se obstruir mais longe tem uma veia cava. Toda vez que altera a taxa de filtração
área maior de lesão, principalmente se obstruir o ducto glomerular, tem uma perfusão diminuída.
principal, gera o quadro de pancreatite fulminante e leva
O ultrafiltrado não permite o extravasamento de
a óbito, as enzimas fazem digestão dos vasos e lesão
determinadas substâncias, quando algumas são
vascular, resulta na CID, se obstruir os canalículos é mais
extravasadas tem que ser reabsorvidas pelas células
próximo dos ácinos.
tubulares, após o glomérulo tem o túbulo contorcido
Enterite devido a tríade biliar, se tem enterite pode proximal que contém vilosidades para aumentar a taxa de
ascender e fazer pancreatite, também predispõe a reabsorção, devolvendo para a circulação sanguínea.
hepatite. A alça de Henle é dividida em descendente e ascendente,
após vem o túbulo contorcido distal e ducto coletor.
A urina que é o produto final é o resultado do que foi
Dosagem de enzimas pancreáticas (não são fidedignas) e filtrado menos o que foi reabsorvido e mais o que foi
ultrassom, dependendo do tempo de evolução a necrose secretado (determinadas substâncias, como
não estará presente. medicamentos não são liberados do corpo pelo
ultrafiltrado, são liberados na porção final como
Normalmente tem uma característica de inflamação no
mecanismo de defesa para não aumentar a toxicidade)..
ultrassom.
filtrado – reabsorvido + excretado = urina.
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Aplasia renal
Hipoplasia renal
Se tiver falha de desenvolvimento de 20% o animal mesmo local, aumentando de volume de acordo com a
consegue sobreviver, consequentemente, tem uma menor quantidade de unidades comprometidas.
quantidade de néfrons.
É a desorganização estrutural do rim, durante o
É uma doença hereditária principalmente em suínos, se
for unilateral o outro rim compensa. desenvolvimento embrionário, cada um dos néfrons
tem que desembocar em um ducto coletor, para ter sua
funcionalidade normal tem que ter todas as partes dos
néfrons desembocando nos ductos coletores.
Está fora da sua posição anatômica, os rins durante o acumular na pelve, esse acúmulo não deixa a capsula
desenvolvimento embrionário são formados na região distender e começa a pressionar o parênquima, com
central do abdômen sendo uma estrutura única, isso diminui a função do rim.
Algo que obstrua o néfron, como alterações na filtração que aparecimento ainda na vida fetal e aumento com o
formam sedimentos podem obstruir. O ultrafiltrado é passado passar do tempo compressão do parênquima renal e
para o túbulo e por algum desequilíbrio acontece a alteração da função renal: INSUFICIÊNCIA RENAL.
sedimentação de minerais (exemplo), se obstruir começa a Doença de caráter hereditário autossômico dominante.
distender. sem sinais clínicos;
: sinais de insuficiência renal crônica.
associação dos sinais clínicos, achados
bioquímicos laboratoriais e resultados das imagens obtidas
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Micro: inclusão intranuclear. ultrafiltrado que pode ser útil, o organismo tenta
reabsorver até onde a sua capacidade consegue.
Muitos vírus fazem a fase de disseminação, na fase de
viremia pode chegar no rim, um dos maiores
causadores é a hepatite infecciosa canina (Adenovírus
Ocorre na glomerulonefrite crônica: evolução
canino), dependendo do grau consegue salvar o
proliferação de tecido conjuntivo e perda de capilares
paciente mas fica com sequelas dependendo da glomerulares.
gravidade. Hipocelulares.
Na fase de viremia, o vírus está circulando no sangue Não-funcionais.
e é filtrado se instalando no glomérulo, através disso se Hipóxia.
inicia uma resposta inflamatória e chega linfócitos, Proteinúria.
macroscopicamente as alterações são diferentes, tem Pode ocorrer em doenças renais crônicas com perda de
néfrons.
pontos avermelhados pela inflamação, a resposta não
é tão intensa como na dos neutrófilos, acha o infiltrado O organismo começa a depositar tecido conjuntivo
(material genético ou proteína viral dentro do núcleo). não consegue combater faz esse mecanismo, com isso,
impede que o néfron funcione e perca mais moléculas
Glomérulo: filtração: na urina, sendo um mecanismo de defesa, se perder
Por diferentes causas: lesão nas células endoteliais do tufo proteínas diminui a pressão oncótica.
glomerular: extravasa proteína de baixo peso molecular:
albumina: ultrapassa a capacidade de reabsorção pelos TC: Vira uma massa de tecido conjuntivo, a irrigação do
proteinúria. restante do néfron é dependente da arteríola eferente
Pode evoluir para: glomeruloesclerose. que deixa o glomérulo, com a deposição de tecido
Toda vez que lesiona as células endoteliais
independentemente da causa, gera um aumento da
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conjuntivo não consegue chegar sangue, causando para necrose, os pontos de sensibilidade da célula
isquemia. (ribossomo, núcleo, mitocôndria – principal afetada
pela diminuição de oxigênio – e membrana
plasmática).
Causas
Causa mais comum de IRA.
PRÉ-RENAIS
rim recebe 25% do debito cardíaco.
Choque hipovolêmico; hipovolemia grave.
Lesão direta ou vasoconstrição.
isquemia.
Células epiteliais dos túbulos: mais comum a lesão.
São as mais importantes.
Membrana basal: mais raro.
Grupo de causas que levam a uma falta de suprimento ou
Resposta tubular à injúria. isquemia.
Oligúria: redução no volume urinário.
Ex.: pacientes cardiopatas pela isquemia, choque
Anúria.
hipovolêmico (desidratação por longo período),
O maior impacto da baixa da perfusão tecidual é nos qualquer causa que leve a diminuição da chegada de
túbulos porque eles mantêm a taxa de reabsorção, um sangue. Outro exemplo é a hemólise, pois por não ter a
órgão insuficiente não exerce mais a função, nesse hemácia, consequentemente não tem a chegada de
caso, a principal causa é a lesão direta, qualquer oxigênio.
metabólito tóxico afeta as células.
O maior problema da leptospirose é a causa pré-renal
Pacientes cardiopatas, a oxigenação fica reduzida e e renal, pois faz lesão renal, gerando uma resposta
na arteríola aferente temos o mecanismo de inflamatória no rim e, causa hemólise, além da lesão
vasoconstrição, diminui a oxigenação e o primeiro a hepática.
sofrer são os túbulos. É a principal causa de IRA.
Paciente com baixa perfusão, o rim detecta e faz
Paciente insuficiente cardíaco não chega a perfusão vasoconstrição, diminuindo a taxa de filtração
toda no rim, o rim sofre por isquemia constante por ser glomerular, consequentemente, diminui a chegada de
um processo crônico, enquanto está com isquemia sangue e oxigênio nos túbulos.
baixa as células entram em degeneração e pode evoluir
INTRARRENAIS
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Mais comuns, junto com as pré-renais. Toxinas em pequenas quantidades fazem degeneração,
Dentro do ultrafiltrado. não chega a ser muito significativo porque tende a se
Função renal comprometida: reorganizar, se for uma toxina potente vai afetar a
intoxicação por metais pesados (chumbo, mercúrio); célula causando a necrose, as vezes não afeta a
fármacos (quimioterápicos, monensina, cisplatina); membrana e tem a possibilidade da célula vizinha
anti-inflamatórios não esteroidais; conseguir regenerar o local, se a lesão é muito extensa
micotoxinas (ocratoxinas). e não consegue recompor, se lesiona a membrana
basal não tem suprimento e não tem regeneração.
PÓS-RENAIS
Toxina durante muito tempo leva a necrose.
Obstrução do trato urinário.
São menos comuns, pois é obstrução, para ter obstrução Macroscopicamente
o animal apresenta dor, incomodo e outros sinais clínicos
que o animal consegue ser socorrido antes. Pouca alteração.
Lesão direta do epitélio tubular. Córtex: edema, pálido a bege, superfície capsular
translúcida, lisa e fina e, estriações esbranquiçadas.
Redução da perfusão renal (isquemia): letais.
córtex edemaciado, coloração pálida, não aumenta de
Lesão renal não letal: regeneração ou formação de tamanho, superfície brilhosa pela água acumulada,
fibrose: apresenta mais chances de regenerar, se estriações transversais visíveis (é apenas sugestivo de
necrose tubular).
não se regenerar o organismo se organiza por
Medular: pálida ou congesta.
fibrose, se acontecer a ruptura da membrana o
ultrafiltrado extravasa e gera uma resposta Microscopicamente
inflamatória grande e começa a cicatrizar
Varia de acordo com a gravidade da lesão e tempo.
depositando fibrose em tudo, a fibrose compromete
Necrose por coagulação: normalmente por hipóxia,
a irrigação dos néfrons restantes. mantém a arquitetura da célula, sofre alterações
Varia com: toxina não removida, perda da nucleares até a sua desintegração.
integridade da membrana basal e lesão extensa de Oligúria/Anúria: ultrafiltrado tubular interstício
epitélio tubular. renal.
Grandes áreas de lesão tendem a não regenerar, Depende da gravidade da lesão e do tempo, pode ter
se perder a integridade da membrana o necrose e lesão grave a fibrose, enquanto não
ultrafiltrado pode extravasar, gerando quadros ocorrer a fibrose o ultrafiltrado formado é
inflamatórios. extravasado.
Lesão grave na membrana basal o ultrafiltrado
Toda vez que tem um quadro de lesão varia entre os
extravasa diminuindo a produção de urina, é
fatores: se tem uma toxina por muito tempo no
dependente do grau de lesão e comprometimento da
organismo que fica sendo reabsorvida e lesiona as
membrana basal.
células tubulares, se tem perda da integridade da
membrana basal e extensão da lesão.
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HEMOGLOBINÚRIA: é dado o nome de nefrose começa a fazer lesões na membrana das hemácias,
uma vez, tem uma lesão hepática junto com a hemólise que chega um pouco de gordura e gera degeneração
acentua a hipóxia renal e o acúmulo de hemoglobina, gordurosa, pois deixa a gordura dentro da célula pela
restrição de oxigênio e energia, com isso, não gasta
levando ao quadro de necrose tubular.
energia para metabolizar a gordura.
A hemoglobina se acumula. Quadro de leptospirose tem dois processos, na fase de
A hemoglobina não é tóxica mas em altas concentrações leptospiremia a bactéria chega no rim, tem a lesão por
no filtrado glomerular podem aumentar a necrose tubular hipóxia e a lesão pela leptospira, gera uma resposta mais
devido a isquemia renal (devido a hemólise intravascular). intensa, necrose tubular é a principal quadro de IRA e
A intoxicação por cobre e leptospirose é considerado evolui facilmente para a IRC.
pré-renal e renal, pois a Leptospira também faz
várias lesões. Mioglobinúria
Mioglobina é uma proteína muscular presente tubulares, os demais metais não causam alterações
intracelularmente, ou seja, está dentro das células especificas, mas podem levar ao óbito. Além desses,
musculares (rabdo = musculo esquelético), nesses casos, também podemos encontrar animais com histórico
tem a quebra, ou seja, necrose muscular. compatível a intoxicação por metais pesados pelo
maquinário e mecânico.
Ao acontecer a ruptura começa a liberar as enzimas
musculares que são dosadas, sugere necrose, é um Causam lesão direta nas células tubulares, por contato
diagnóstico diferencial para intoxicação por ionóforos. lesiona essas células e evolui para necrose.
Para o corpo, a hemoglobina e mioglobina são São mais crônicas as intoxicações, por isso, as lesões
reabsorvidas por entender que é útil ao organismo, com geralmente são mais extensas, chegam com sinais de IRA
isso, toda vez que tiver muita hemoglobina ou mioglobina (deixa de ter 70% da função renal, o principal marcador é
na circulação, acabam sendo extravasadas para o creatinina, sobe na corrente sanguínea quando acomete
ultrafiltrado, as células tubulares reabsorvem o máximo que 70% do rim). O outro marcador é o SDMA está aumentado
consegue e começa a acumular mioglobina, acentuando a quando tem 25 a 40% da lesão renal, não sofre tanta
lesão, causa degeneração e necrose. interferência quanto a creatinina.
Antimicrobianos aminoglicosídeos.
gentamicinas.
neomicinas.
tobramicinas.
estreptomicinas.
Depende da concentração no córtex renal.
Neomicina mais tóxica.
Estreptomicina menos tóxica.
Arsênico; Cádmio; Mercúrio (RER); Chumbo Animal idoso tem que lembrar que é normal os néfrons
(MP/ enzimas).
estarem mais desgastados e debilitados, podendo ter lesão.
alguns metais fazem lesões específicas, como
Paciente idoso com restrição tem que pensar na droga
mercúrio que faz lesão direta no retículo
endoplasmático rugoso. associado com o grau de hidratação, se tiver desidratado o
alteram transporte da membrana celular por inibir a Escolhe o AINES baseado no processo da região, se o
ATPase sódio-potássio (influxo intracelular de paciente tem uma lesão precisa levar isso em consideração
hidrogênio, sódio e água).
para estabelecer a dose e o tempo.
Edema celular.
Ruptura de lisossomos.
Morte celular.
Essas drogas no geral, tem o mecanismo de ação variável, Amaranthus retroflexus (suínos e bovinos).
geralmente, entram na célula e geram toxicidade na
Ocratoxina (suínos).
membrana ou mitocôndria, fazem edema celular
Toxinas bacterianas.
(degeneração hidrópica), ao romper o lisossomo a célula
São os quadros de intoxicação por plantas tóxicas e
sofre autodigestão e morre.
micotoxinas, essas micotoxinas ao passar pela
Oxitetraciclina (bovinos e cães): inibe síntese proteica, metabolização hepática podem gerar metabólitos menos ou
a célula tende a morrer. mais tóxicas. A ocratoxina faz lesão mais em suínos,
Anfotericina B1: ruptura direta da membrana celular. presente no café.
Sulfonamida:
lesão direta do epitélio. Clostridium perfringes
formação de cristais intratubulares: lesão mecânica. Bovinos.
animais desidratados (mais afetados).
Rim polposo: degeneração aguda e/ou necrose das
faz lesão direta no epitélio e forma cristais, no néfron células tubulares, edema intersticial e hemorragia
o conteúdo deve estar liquido, não pode ter cristal
porque faz lesão direta ao passar pelo néfron. São toxinas de origem bacterianas, é uma bactéria
leva a lesão direta e necrose por fazer lesão mecânica. comensal que vive no intestino, o C. perfringes tem vários
faz inflamação e chega macrófago que ativa a subtipos, um deles produz uma toxina especifica que é
cascata de cicatrização, depositando tecido conjuntivo nefrotóxica, fazendo uma enterite, produz uma toxina
e fazendo perda da função renal, essa fibrose diminui (perfringes tipo D) que é nefrotóxica ao cair na corrente
a oxigenação da área que recebia a perfusão sanguínea, gerando necrose tubular.
sanguínea do néfron com fibrose.
Causa degeneração, necrose das células, edema e
Fármacos anti-inflamatórios não hemorragia.
esteroidais (AINES)
Fenilbutazona.
Aspirina.
Carprofeno.
Fluxinin Meglubina..
Ibuprofeno.
Nafrotexeno.
Desidratação agrava a intoxicação.
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Evolui para IRA, paciente com IRA tem 70% dos néfrons
acometidos, tem azotemia porque eleva os níveis de
metabólitos mas ainda não geraram danos, a ureia
cronicamente em contato com mucosa e vasos é tóxica,
nesses casos não tem a lesão ainda, só o excesso, ainda tem
como retornar a função do rim depois de estabelecido a
causa e o tratamento.
secundária á necrose tubular aguda, a lesão no renal e renal, porque pós-renal é obstrução e o animal
tubo extravasa e gera uma resposta inflamatória. apresenta outros sinais clínicos, sendo socorridos antes de
A alteração de cálcio e fósforo ocorre no IRC porque Em relação a glândula, faz o hiperparatireoidismo
quando reduz 75% da TFG temos um acúmulo de fósforo secundário, essa glândula aumenta de tamanho pelo
na circulação, pois quem regula a liberação de minerais e excesso de estimulo, as células da paratireoide aumenta de
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tamanho para aumentar a excreção de PTH, tira cálcio em em bovinos e equinos, a mucosa gástrica dos cães é mais
excesso dos ossos que sobra na circulação, se perpetuar sensível, enquanto que nos ruminantes e equinos é a
começa a calcificar tecidos moles pela hipercalcemia, um mucosa do cólon.
local comum de acontecer essa calcificação seria na Se tem lesão no endotélio vascular, vai ter lesão nos vasos
musculatura intercostal. pulmonares causando o quadro de pneumonite
O cálcio em excesso vai ser filtrado, a TFG estará diminuída, (inflamação do pulmão, não é pneumonia porque não tem
o organismo fisiologicamente não deixa perder cálcio. um agente), é só um aumento da permeabilidade vascular e
O cálcio ao ser filtrado pelos glomérulos restantes, cai no extravasamento de líquido pela ureia, esses pacientes podem
ultrafiltrado e o organismo entende que não pode deixar ser morrer por insuficiência respiratória, encontra apenas
excretado pela urina pela sua utilidade no corpo, as células líquido que altera a respiração.
tubulares tendem a reabsorver, o cálcio faz lesão nessas Apresentam também anemia porque a ureia faz lesão de
células sendo um progressor da lesão renal, o cálcio ao hemácia, rompendo-a e causando anemia, pode ter
entrar na célula ativa as enzimas líticas, pois, ao entrar na momentaneamente esse quadro, o que não é reversível é a
célula o retículo endoplasmático liso captura esse cálcio, em produção de renina (aumenta pressão) e eritropoetina que é
um determinado momento se tiver cálcio excedente ele não produzida pelas células intersticiais do rim, se o rim está
consegue capturar, com isso, esse cálcio sobra no com fibrose é generalizado, e com isso, a taxa de produção
citoplasma e ativa as enzimas líticas matando a célula, ao de eritropoetina é baixa e o animal apresenta uma anemia
morrer essa célula progride a lesão até o momento do arregenerativa, existe a aplicação de eritropoetina exógena
néfron ser totalmente afuncional. mas os resultados não são conclusivos.
As rações terapêuticas para IRC têm baixo nível de fósforo, O marcador mais comum de lesão renal é a creatinina,
pois pouco fósforo retarda a evolução, quanto mais precoce vem do metabolismo do músculo advinda da proteína
descobre mais rápido entra com a ração terapêutica e creatina, ao diminuir a TFG essa creatinina é acumulada,
impede esse ciclo, retardando a progressão. entretanto, se chega um animal muito magro e a creatinina
Além disso o animal apresente uremia, a ureia e creatinina está com o valor normal, mas, esse animal tem uma
são cáusticas (tóxicas) e faz lesão principalmente em redução da massa magra e não tem como gerar grandes
mucosa, que desencadeia sinais de degeneração e necrose acúmulos de creatinina, não consegue gerar metabólito
endotelial, causa vasculite e o problema é que ao canular suficiente de creatina para aumentar a creatinina, é
estoura a veia pelo vaso estar sensível pela lesão da ureia significa quando tem lesão renal acerca de 70%, a fibrose
no endotélio, dependendo do estágio coloca na tende a evoluir porque interfere no fluxo sanguíneo da área
fluidoterapia ou faz na via subcutânea para obrigar o rim adjacente e vai progredindo.
a trabalhar, mas para isso não pode alterar a pressão para O SDMA é um marcador biológico produzido
não fazer sobrecarga. fisiologicamente e excretado na urina, quando tem alguma
Pode ter a fase de vasculite com trombose e infarto, pois ao alteração na TFG ele consegue descobrir antes, consegue ter
ter lesão, ativa a cascata de coagulação favorecendo a o aumento dele em lesões de 25 a 40%, conseguindo um
formação de trombose, além disso, faz lesão do epitélio de tratamento melhor, a amostra pode ser feita congelada ou
cavidade oral e estômago (lesão na base da língua, exalam refrigerada, para fechar o quadro de lesão renal crônica,
o cheiro de ureia), além da glossite (inflamação da língua). faz creatinina, SDMA, urinálise e ureia.
no fosforo e impede que o fósforo busque o cálcio e não visualizada muito bem no rim, consegue confirmar
Congestão
Lesões irreparáveis.
Ocorre quando: Diminuição do fluxo do sangue venoso.
a toxina não é removida; Choque hipovolêmico.
lesão da membrana basal; Insuficiência cardíaca.
epitélio tubular não consegue substituir as células Rim apresenta-se com coloração vermelha enegrecida.
lesadas;
Pode ser por uma obstrução local ou sistêmica (ICC e
necrose de epitélio tubular.
choque hipovolêmico, endotoxico/séptico), passa a ter os
vasos distendidos e o leito vascular grande, tem volume
mas não consegue fazer pressão no vaso e nem vice-versa,
reduz a velocidade do sangue e o sangue é acumulado, se
tem insuficiência cardíaca pode levar a um choque
cardiogênico levando a congestão, a cor do rim estará mais
escurecido.
A evolução para fibrose depende do tanto de tempo que
teve a lesão inicial, se teve lesão na membrana basal (se Hemorragia
não teve tem mais chances de recuperação), se tem uma
Trauma.
lesão grave que destrói as células e a membrana basal,
extravasa ultrafiltrado que gera inflamação e deposita
Distúrbios sistêmicos.
tecido conjuntivo formando a fibrose, as lesões são Septicemias, vasculite, necrose vascular,
tromboembolismo e CID.
irreparáveis.
Normalmente associados a trauma, não é tão comum, são
casos esporádicos principalmente em cães pequenos. Mais
comum são os casos de hemorragia subescapular porque
Hiperemia.
os vasos do córtex são os mais finos.
Congestão.
Os distúrbios sistêmicos que levam a distúrbios de
Hemorragia.
circulação (septicemia por lesão vascular extravasando
Trombose.
hemácias), vasculite (qualquer causa que faça lesão no
Infarto.
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vaso, bacteriana, viral, lesão caustica), necrose vascular e A alteração renal que macroscopicamente tem estriações
etc. transversais no córtex do rim é a necrose tubular.
Trombose
Associada a CID.
Leva ao infarto renal.
Está relacionada a CID, ou seja, a quadro mais graves
que afetam o rim e leva a um infarto, leva ao infarto renal
pela obstrução.
Infarto renal hemorrágico-agudo
Infarto renal
MACROSCOPIA
Inicialmente hemorrágicos.
2 a 3 dias: amarelo-esbranquiçados.
Cronicidade: fibrose.
Fases distinguíveis na macroscopia inicialmente são
hemorrágicos pela obstrução e, ao tecido morrer tem
invasão pelo sangue periférico ao redor. Infarto renal crônico
Amarelo esbranquiçado pela digestão desse sangue e
forma um halo hiperêmico, depois, ocorre a deposição de
fibrose.
até 5 dias.
7 a 8 dias.
mais de 8 dias.
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Principais causas
Macroscopia
Microscopia
Falha no fechamento do úraco.
Epitélio necrótico, fibrina, neutrófilos e colônias
bacterianas. Ruptura: uroperitôneo.
CRÔNICA: fibrose. Infecções.
É uma característica especifica, o úraco é o cordão que faz
a drenagem da urina na vida fetal, tem que sair porque
senão vira fonte de contaminação, espera que faça
regressão, pode acontecer ruptura por ser um tecido que
não é para durar a vida toda e por isso tem uma
sensibilidade maior, a partir do momento que nasce quem
assume a função é a bexiga e uretra, o úraco ao ser
rompido pela urina ser ácida faz lesão cáustica e morre,
desenvolve CID também.
Obstrução.
Geram hidronefrose.
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Neoplasia.
Uretra. Trígono vesical.
Poodles.
Hipoplasia cerebelar
Desenvolvimento incompleto do cerebelo.
Associado a infecções virais durante a gestação:
BVD bovinos.
Toda vez que avalia o encéfalo, ao acessar a calota PARVORÍRUS gato.
craniana é possível visualizar as leptomeninges ou a
dura-máter que é constituída de tecido conjuntivo.
Se a dura-máter não for rompida não consegue acessar
o sistema nervoso.
As leptomeninges são pia-máter e aracnoide
que ficam aderidas ao parênquima cerebral, elas mostram
informações de congestão, hemorragia, hiperemia,
exsudato purulento e etc.
Expansão dos ventrículos, elevação da pressão periósteo e a área de calcificação, pacientes que tem
intracraniana. interferência no desenvolvimento ósseo tem falha de
Aumento de volume da cabeça (não fechamento das fontanelas, sendo que apenas o
periósteo estará revestindo.
união suturas): filhotes.
o problema é que esses animais tem mais incidências
Após união: volume normal/atrofia parênquima em de alterações no desenvolvimento embrionário do
adultos. encéfalo estando mais predispostos a hidrocefalia.
ao ter esse problema de hidrocefalia ocorre a
distensão e pela fontanela não estar fechada, a
região cranial estará com uma protuberância,
alterando a morfologia da cabeça.
as raças mais predispostas são as menores, como por
exemplo o Chihuahua.
e evolução e o tratamento dependem do grau, manitol
É o acúmulo de líquor no sistema nervoso central, na tende a melhorar a pressão intracraniana e
região central tem os ventrículos que levam a produção do corticoides também, obstruções completas tendem a
não responder.
líquor pelas células ependimárias escoando até um
acontece falhas na reabsorção do líquor.
canalículo que drena o líquido para o canal medular,
sendo este o processo fisiológico. O maior responsável por
2. ADQUIRIDA: ao longo da vida o animal estava normal,
mas acaba formando um abscesso no SNC que é
essa drenagem é um canalículo chamado de aqueduto calcificado, se estiver na região de drenagem pode
mesencefálico que drena o LCR para o canal medular. obstruir e acumular.
Uma das principais causas para a hidrocefalia é quando causas: neoplasias, abscessos, granulomas,
algo obstrui essa drenagem, ao obstruir esse ventrículo que hematomas e etc., qualquer coisa que está no SNC
produz e escoa o líquor começa a se acumular, devido ao
ocupa um espaço que não é dele, se esse acúmulo
estiver na região de telencéfalo não causa muitos
acumulo o espaço começa a distender, entretanto, pelo danos, causa danos se estiver em regiões principais
crânio estar restringindo não ocorre a expansão do ou se obstruir o líquido.
parênquima e acaba sendo comprimido, com a falha na a neoplasia causa hidrocefalia pela compressão e
drenagem o ventrículo aumenta e o parênquima diminui. obstrução pelo seu crescimento, pode distender
Alguns animais apresentam sintomatologias mais grave e unilateral dependendo da causa, quando é congênita
geralmente a distensão é difusa, se é adquirida pode
outros mais brandas, porque existem outros canalículos de
estar em uma região parcial distendendo
drenagem, sendo o aqueduto mesencefálico o principal. parcialmente, a neoplasia tende a evoluir e é mais
comum em animais idosos.
É dividida em três tipos, sendo elas:
3. EX-VACUM: não é considerada patológica porque
1. CONGÊNITA: as causas que levam a compressão durante a idade avançada tem atrofia do parênquima
dentro da congênita é a doença viral/replicação viral cerebral por não ter renovação do tecido nervoso, essa
por prejudicar a estrutura do encéfalo. atrofia faz com que o animal tenha perda de função
quando tem cães cruzados com cognitiva por perda de massa encefálica.
consanguinidade tem maior incidência de ao atrofiar o parênquima acaba sobrando espaço,
alterações ósseas ou fechamentos ósseos, sendo porém isso não pode acontecer porque tem que ter
estes animais os mais predispostos. Ao ter esse uma regulação entre o volume do líquor e o
problema também pode causar alterações de parênquima.
estruturação, a parte óssea é revestida com o
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ao reduzir o parênquima, o líquor acumula em maior CAUSAS: isquemia, hipóxia e causas tóxicas pois pode
quantidade e o ventrículo se torna distendido, a atrofia começar por lesão na membrana plasmática, quando é por
do parênquima leva ao acumulo de líquido, não causa bactéria costuma ser por malácia pois causa necrose.
efeitos ou sinais agudos dependendo do grau de MACROSCOPIA: aumenta só de volume, não chega a
atrofia. ter alteração de coloração só se tiver congestão.
tende a ser mais branda e só compensatório,
É a mesma coisa que degeneração hidrópica. O sistema
distendendo apenas o ventrículo.
nervoso é sensível a falta de oxigênio e o neurônio não
congênita e adquirida: causas patológicas.
entra em glicólise anaeróbica, as células que não entram
ex-vacum: causa compensatória. em glicólise morrem mais rápido, pela restrição de oxigênio
as células reduzem a produção de ATP e começa a falhar a
Edema cerebral
bomba de sódio e potássio, ao entrar o sódio a água
também entrará junto, o problema é que mata muito rápido
devido a sensibilidade do neurônio, nas outras células do
Alteração da barreira hematoencefálica, aumento da organismo geralmente é reversível, no casos dos neurônios
pressão vascular com acúmulo de fluido no espaço
intercelular. por ser muito sensível esse líquido que acumula dentro é
suficiente para levar a morte celular.
Doenças infecciosas sistêmicas.
MACROSCOPIA: pode ter hiperemia, aumento de
volume e perda de sulcos e giros. Absceo cerebral/medular
É a alteração da permeabilidade vascular e O que separa a região respiratória do SNC é a lâmina
hematoencefálica. Quando acontece aumento de cribiforme sendo fácil a bactéria ascender, pode fazer só
a meningite ou chegar no encéfalo levando a formação de
permeabilidade vascular o líquido plasmático extravasa e
abscesso.
comprimi o parênquima cerebral, formando um halo
Inflamação do encéfalo é encefalite.
branco, esse processo interfere na transmissão do impulso
Inflamação da meninge é meningite.
nervoso.
Inflamação da meninge e encéfalo é
Paciente com choque séptico, o choque séptico meningoencefalite.
faz lesão vascular (edema vasogênico) e essa
lesão vascular é sistêmica, a presença de Disseminação hematógena (onfaloflebites): pode ser
bactéria leva ao aumento de permeabilidade de qualquer ponto porque é proveniente da corrente
vascular, tem o edema citotóxico também pois
sanguínea.
se tem aumento de permeabilidade sistêmica a
perfusão cerebral fica diminuída e entra em as onfaloflebites em animal neonato sendo que o
isquemia, tem lesão no vaso e o edema umbigo mal curado tem infecção sistêmica
citotóxico pela restrição de oxigênio. favorecendo o quadro de abscessos.
Todo o choque que altera a distribuição, como
Disseminação direta:
por exemplo no choque hipovolêmico que falta
volume, no séptico aumenta o leito vascular otites/faringites: otites que pegam o ouvido
pela resposta inflamatória, dessa forma, não interno, geralmente são as otites não tratadas ou
tem a resistência vascular, sem essa força de
fluxo falta oxigênio no encéfalo.
erroneamente tratadas, não são as mais comuns e o
maior problema é otite interna.;
sinusites por miíase (Oestrus ovis): Oestrus
ovis favorece a proliferação bacteriana por alterar a
Alteração na membrana celular, acúmulo de fluido resposta local e a bactéria começa a se multiplicar,
intracitoplasmático. dependendo do grau pode fazer lesão óssea.
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o vírus utiliza a parte epitelial e a epiderme se torna mais evolução da doença não se forma e o diagnóstico definitivo
espessada e quebradiça. é por provas moleculares, como imunofluorescência.
FAMÍLIA: Rabdoviridae.
TRANSMISSÃO: mordida de animal infectado.
Neurotropismo.
Miócito → junção neuromuscular → transporte
axonoplasmático retrógrado → SNC.
a partir do local da inoculação do vírus tem a junção
neuromuscular fazendo o transporte até o SNC.
DIAGNÓSTICO: imunofluorescência.
inclusões intracitoplasmáticas eosinofílica.
MACROSCOPIA: sem alteração.
Tem uma característica que é a mais importante uma vez
que é uma doença fatal, é uma necropsia branca que não
apresenta sinais específicos macroscopicamente, muitas
vezes passa despercebido pelo médico veterinário, o vírus da
raiva faz progressão pelo canal medular.
Nos equinos temos um favorecimento da multiplicação é inalado e passa pela placa cribiforme chegando nas
mais na medula e região cervical, a região cervical
leptomeninges, faz sinusite e pode fazer pneumonia
se parar no pulmão, junto com a pressão do fungo
tende a ser a primeira a formar os corpúsculos de nos seios nasais podemos ter a alteração na
inclusão, sendo importante coletá-la. proliferação e quantidade de bactérias, podendo ter
infecção secundária bacteriana pela bactéria
Microscopicamente temos a formação do manguito
comensal.
perivascular (acumulado de células inflamatórios ao
também pode fazer osteomielite por corroer osso.
redor do vaso, sendo em doenças virais os linfócitos).
SINAIS RESPIRATÓRIOS: disseminação por
As células de defesa do SNC são as células da glia,
trafego leucocitário.
dando o nome de gliose que é o parênquima todo
DÉFICITS NEUROLÓGICOS VARIADOS: sinais
infiltrado de célula. encefálicos, ataxia, paresia, dor.
O cerebelo é o mais fácil de fazer a localização, sendo Pode ter sinal respiratório por atingir o pulmão e pode se
nas células de Purkinje que encontra o corpúsculo de disseminar via trafego leucocitário, ou seja, se associa com
Negri. as células de defesa na corrente sanguínea, chega no SNC e
Macroscopicamente, pela ausência de achados se encapsula, com isso o sistema neurológico não consegue
anatomopatológicos o médico veterinário tem que combate-lo, sendo difícil o tratamento.
tomar cuidado ao manipular o animal, para fazer a Os sinais clínicos são variados, depende da localização e
necropsia tem que usar o EPI correto. da quantidade, o fungo destrói vaso gerando exsudato
É enviado no formol congelado, só que tem que ser hemorrágico junto.
enviado até 24 horas, quanto mais rápido possível O LCR fica esbranquiçado, parecendo pus, o fungo se
melhor é o diagnóstico. multiplica no líquor e se dissemina, nas meninges tem
hiperemia e hemorragia.
Encefalites infecciosas Normalmente o animal evolui ao óbito pelo aumento da
PIC, tem resposta inflamatória, aumenta permeabilidade e
pode ocorrer doenças bacterianas secundárias. Pode ter
Cryptococcus neoformans.: é um fungo, o problema é congestão se edemaciar o parênquima pela calota craniana
que no processo fúngico temos a inflamação restringir.
granulomatosa, além disso, o fungo faz lesão óssea.
Fungo ubíquo. Fungo :secreta espessa cápsula mucossacarídeo para
Imunossupressão. sua proteção
É um fungo ubíquo que se mantém vivo no ambiente e no
indivíduo, estando associado a imunossupressão, animais
idosos, jovens ou que estão passando por um processo
secundário e que tenha uma queda de imunidade, como
pacientes em quimioterapia que já são imunossuprimidos
são comumente afetados.
(rino é cavidade nasal, seios nasais e afeta o pulmão, faz Não completa o ciclo no equino.
um quadro respiratório também), faz aborto porque o feto gambá.
está em alta taxa de multiplicação. equinos (acidental), aves.
Em todos os partos a placenta tem que ser avaliada, uma Todas as idades, mais frequente 5-6 anos.
aderência na placenta pode indicar um processo
inflamatório, se o animal morrer tem que coletar a placenta
e no feto tem que coletar o timo que é composto por
linfócitos e está em alta taxa de multiplicação, toda vez que
coleta o animal de aborto coleta os tecidos e a placenta.