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Florianópolis
Março/2018
1. INTRODUÇÃO
A aula prática do dia 21 de março de 2018 teve como objetivo determinar o calor de
reação e calor de solidificação dos experimentos. O conceito de calor é aplicado intuitivamente no
cotidiano como uma forma de energia que flui do mais quente para o mais frio
(EXPERIÊNCIAS…, 1982, p.37). Calor é a transferência de energia que ocorre devido a uma
diferença de temperatura (atkins).
Várias formas de energia podem ser convertidas integralmente em calor, todavia o
caminho reverso é impossível de ocorrer. Muitas reações liberam calor para o ambiente
(denominadas exotérmicas), enquanto outras tiram (endotérmicas). Essa energia é expressa em
entalpia. Independente do caminho percorrido até a formação dos produtos, a variação da entalpia
deverá ser sempre a mesma afirmação constituinte da lei de Hess (EXPERIÊNCIAS…, 1982, p.37).
Essas mudanças de energia são verificadas pela variação da temperatura, que por sua vez pode ser
medida em um calorímetro.
O calorímetro é definido como um recipiente com paredes isolantes, ou seja, qualquer
recipiente onde seja possível isolar termicamente um sistema (PARIZE, 2016). Dessa forma é
possível medir a energia térmica em transição de uma determinada amostra. O calor liberado ocorre
por consequência da ruptura de ligações químicas intramoleculares dos reagentes e formação de
novas ligações nos produtos (PARIZE, 2016).
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a determinação do calor de combustão da vela, é necessário fazer a soma dos calores
da água e da lata, pois ambos absorveram o calor expelido da vela em combustão. A massa
de água na lata era de 216,038g, o calor específico da água é de 1 cal.g.°C-1, e a variação de
temperatura em função da transferência de calor foi de 10,6ºC. A massa da lata era de
42,141g, e seu calor específico é de 0,11 cal .g.°C-1, a variação de temperatura foi a mesma
que para a água, portanto, 10,6ºC.
Qágua = m . c. ΔT
Qágua = 216,038 . 1,00 . 10,6
Qágua = 2.290,0cal
1 cal - 4,18J
5.328,335321 - x
x = 22.272,4J -> 22,3kJ.g-1
O calor que a vela transferiu foi de 2.339,1cal, seu calor de combustão é a razão deste valor
pela quantidade de massa consumida na queima da vela, como é possível verificar nas equações
anteriores. Essa massa corresponde a 0,438g. Conclui-se então que o calor de combustão da
parafina, composto que constitui a vela, é de 5.328,3cal.g-1. A diminuição da massa da vela é
devido a reação de combustão que ocorre na queima da parafina, formando Gás Carbônico (CO2) e
Água (H2O). Isso é visível na equação a seguir.
C-H 413kJ/mol
C-C 348kJ/mol
C=O 804kJ/mol
O-H 463kJ/mol
O=O 496kJ/mol
Tabela 2.
Na próxima tabela é possível notar o cálculo da entalpia das substâncias a partir das
ligações rompidas ou formadas:
ΔH 10.970kJ/mol
Tabela 3.
Qágua = m . c. ΔT
Qágua = 93,091 . 1,0. 4,8
Qágua = 446,8cal
472,404288cal/7,436g = 63,52935557cal/g
1 cal - 4,18J
63,52935557cal - x
x = 265,6J -> 2,7 . 10-1kJ
Para a terceira parte do experimento foi analisado a temperatura de neutralização do ácido
clorídrico e do hidróxido de sódio em diferentes concentrações:
A partir dos dados apresentados acima, foi calculado o calor de neutralização de NaOH
e HCl de concentração 1,0mol/L:
QNaOH = m . c. ΔT
QNaOH = 106,5 . 1,0 . 6
QNaOH = 639cal
QHCl = m . c. ΔT
QHCl = 59 . 1,0 . 6
QHCl = 354cal
QNaOH = m . c. ΔT
QNaOH = 53,3 . 1,0 . 3,7
QNaOH = 197,2cal
QHCl = m . c. ΔT
QHCl = 29,5 . 1,0 . 3,7
QHCl = 109,1cal
4. CONCLUSÕES
A aula foi de grande aproveitamento pois foi possível construir algumas conclusões. Os
valores obtidos são passíveis de uma porcentagem de erro relevante, considerando o calorímetro
improvisado, que na prática, não era feito somente de ferro e a parafina não era pura. Além das
perdas pelo ambiente já que o sistema não era devidamente vedado. Com isso foi possível concluir
na primeira parte do experimento, comparando o valor obtido com o valor teórico, que um sistema
devidamente preparado para um processo é essencial para a precisão dos resultados.
Para a segunda parte do experimento, foi possível concluir que os valores de combustão e
solidificação são diferentes pelas propriedades de fenômeno e pela quantidade de parafina que havia
no sistema.
Por fim, na terceira parte foi possível concluir que houve uma diferença considerável na
temperatura de neutralização conforme a mudança de concentração dos reagentes, e portanto houve
uma alteração significativa no calor de neutralização entre ambas as substâncias.
REFERÊNCIAS
EXPERIÊNCIAS de química: técnicas e conceitos básicos: PEQ - Projetos de ensino. PEQ -
Projetos de ensino. São Paulo: Moderna, 1982. 242 p.7
ARIZE, Alexandre Luis; NAGURNIAK, Glaucio Régis; GESSER, José Carlos. Introdução ao
P
Laboratório de Química: QMC5119. 2016/2. Disponível em:
<file:///C:/Users/mogui/Downloads/Apostila-QMC5119-2016 (1).pdf>. Acesso em: 26 mar. 2018.
IMPERE, Ana Gabriele Dias et al. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO CAMPUS
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 2015 RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL DE
QUÍMICA. São José dos Campos: Passei Direto, 2015. Disponível em:
<https://www.passeidireto.com/arquivo/19329459/relatorio---termoquimica-calor-de-combustao-e-
calor-de-solidificacao>. Acesso em: 26 mar. 2018.