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Alyni Balieiro de Souza
Ana Paula de Lima e Sousa
Cinthia Helena Moreira
Glaucia T. dos Santos
ANÁLISE TEMÁTICA DO TEXTO: A ALEGORIA DA CAVERNA
UFPA
Belém
2019
Alyni Balieiro de Souza
Ana Paula de Lima e Sousa
Cinthia Helena Moreira
Glaucia T. dos Santos
ANÁLISE TEMÁTICA DO TEXTO: A ALEGORIA DA CAVERNA
Trabalho entregue como requisito parcial para a
obtenção dos créditos da disciplina História da Filosofia,
ministrada pela professora doutora Rosely Giordano, da
Faculdade de Educação, do Instituto de Ciências da
Educação, da Universidade Federal do Pará.
UFPA
Belém
2019
Referente a este trabalho, iremos realizar a análise temática, que segundo a
proposta de Severino (2009) consiste na fase de busca pela compreensão mais
objetiva possível da mensagem do autor, ou seja, o que ele se propõe a comunicar.
Á vista disso, será abordada sobre a contextualização, a compreensão dos diálogos
contidos na mensagem do autor e a importância de ler Platão, levando em
consideração a sua metodologia de forma: proveitosa, objetiva, reflexiva e crítica.
Pessanha (1991) destaca que: Arístocles, um dos maiores filósofos grego da
antiguidade, reconhecido pelo apelido de Platão, que em grego significa “ombros
largos”, acredita-se que era uma de suas características, nasceu em 427 a.C. e
morreu em 347 a.C. Pertencente a uma família aristocrática ateniense, nasceu
condicionado a participar ativamente da vida política, nesse sentido, recebeu a
educação mais completa para esta ação, estudou leitura, escrita, musica, pintura,
poesia e ginástica. Platão é amplamente considerado uma figura central da
construção histórica do grego antigo, ajudou na formação dos alicerces da filosofia
natural, ciência e filosofia ocidental, é constantemente citado como um dos
principiadores da religião ocidental. Racionalista, realista, idealista e dualista, muitas
qualidades que mais tarde abordadas por filósofos encontraram em Platão, sua base
e outros sua contraposição. Inovador, com suas escritas e dialéticas filosóficas, o
autor parece ter sido o precursor da política ocidental. Acredita-se que sofreu grande
influência filosófica de Pitágoras, Héraclito e seu principal mentor Sócrates. Fundou
a Academia em Atenas, onde seu pensamento concentrava-se em privilegiar a
epistemologia, isto é, a temática e a criticidade da filosofia, uma das mais
importantes iniciativas culturais do Mundo Antigo. Produziu muito em sua época,
suas principais obras foram “A república”, “Protágoras”, “Banquete”, “Fedro” e
“Apologia”. Dentro da obra “A república”.
Segundo Platão (2000) em uma de suas principais obras: “A REPUBLICA” no
“Livro VII” situa-se um dos principais diálogos, que é o mito da caverna. Onde Platão
relaciona uma conversa entre Sócrates e Glauco, que pode ser relacionada com o
conflito, levando em conta abismo da democracia ateniense, com os diversos
problemas e as desigualdades sociais, que atingiram o campo político e
educacional, pois para ele a educação nunca está separada da política; mas
também pode ser relacionada ao ponto de vista do conhecimento da natureza,
nesse sentido, a obra pode ser interpretada como uma preocupação com a
alienação da sociedade da época. Assim Platão (2000, p.319) afirma:
Depois disso, continuei, compara nossa natureza, conforme seja ou não
educada, com a seguinte situação: imagina homens em uma morada
subterrânea em forma de caverna, provida de uma única entrada com vista
para luz em toda a sua largura. Encontram-se nesse lugar desde pequenos,
pernas e pescoço amarrados com cadeias, de forma que são forçados a ali
permanecer e a olhar apenas para frente, impossibilitados, como se acham,
pelas cadeias, de virar a cabeça. A luz de um fogo acesso a grande
distância brilha no alto e por trás deles; entre os prisioneiros e o fogo de luz
há um caminho que passa por cima, ao longo do qual imagina agora um
murozinho, à maneira do tabique que os pelotiqueiros levantam entre eles e
o público e por cima do qual executam suas habilidades.
[...] a educação não será mais do que a arte de fazer essa conversão, de
encontrar a maneira mais fácil e eficiente de consegui-la; não é a arte de
conferir vista à alma, pois vista ela já possui; mas, estar mal dirigida e olhar
para o que não deve, a educação aquela mudança de direção.
No entanto há quem critique esse posicionamento, o qual ele afirma que cada
um tem que “cumprir a própria função social”, não levando em consideração as
condições sociais e subjetivas de cada sujeito. Somos condicionados a
determinações, não escolhemos onde vamos nascer, mas não somos obrigados a
seguir a “essência”. Tudo é ocasionado por um quadro de falta de oportunidades,
que poderiam garantir melhores condições de competição e de chances para
mudança da trajetória de vida. Como levanta Dewey (1979, p.96):
MACHADO, A.C. 1 vídeo (1h e 05 minutos) A republica de Platão: uma obra para o
nosso tempo? Publicado pelo canal Nova Acrópole, 2018. Disponível em:
https://youtu.be/l1YjQog0Aog. Acesso em: 20 nov 2019.
RONY, K. M. 1 vídeo (25 minutos) Sócrates, Platão e Aristóteles - documentários
Filósofos e a Educação. Publicado pelo canal Rony Historiador, 2017. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=6s2yErEe7tc. Acesso em 19 nov. 2019.