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18 de fevereiro de

2021 [SERMONÁRIO – DC. ARTHUR OLIVEIRA] – Culto de Doutrina

SERMÃO: LEMA DA IEADEM (ENSINO, ORAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO)


TEXTOS BASE: ATOS 1:8, 2:42
“Quando lemos a história da igreja no livro dos Atos dos Apóstolos, ficamos
imaginando como puderam aqueles cristãos primitivos viver uma vida tão poderosa sem que
tivessem todas as possibilidades que dispomos hoje. Nós temos a história, os fatos, as
informações verídicas e fidedignas.
Eles nada possuíam que pudessem estabelecer um critério de fé. Entretanto, mesmo
conhecendo apenas uma parte da revelação de Deus, e não possuindo o conteúdo histórico
e factual que nos pertence, eles demonstraram uma fé e determinação extraordinárias e
conseguiram abalar o mundo. O que possuíam eles que não possuímos?! Qual o segredo e
a razão do seu poder?!

1. Em primeiro lugar, eles acreditavam dormente na Palavra do Senhor que, em seus


dias, era o Velho Testamento. No primeiro sermão de Pedro (Atos 2), 70% são
citações dos profetas, mostrando que Deus estava cumprindo suas promessas, no
que se referia ao Messias. Os cristãos primitivos acreditavam e obedeciam a Palavra
de Deus. Uma coisa é ter o que Deus diz na retentiva, somente; outra é procurar
cumpri-la e guardá-la na prática cotidiana. Se não dermos lugar ao que Deus nos diz,
confiadamente e sem reservas, não poderemos ter poder em nossa vida espiritual.
2. Eles acreditavam num Cristo presente e atuante na igreja. Cristo era o centro de toda
atividade em suas vidas. Felizmente não havia a burocracia que existe hoje. Mas
havia gratidão, amor, consagração, espírito fraterno e perdão. Jesus era amado e
obedecido. Toda Glória era dEle. Tudo se fazia e tudo se sofria por amor a ele. Por
isso a igreja tinha maravilhoso poder.
3. E em último lugar, o Espírito Santo estava presente, inspirando, ensinando e
orientando a igreja. Quantas vezes o Espírito do Senhor foge de “nossas
programações”, por não consultar com sua sábia orientação as nossas
conveniências. Devemos estabelecer planos de trabalho sem nenhuma dúvida, mas
também não devemos “enquadrar” o Espírito de Deus em nossas pecaminosas
pretensões. Os cristãos primitivos davam ao Espírito de Deus tempo, oportunidade e
lugar. Por isso eram poderosos.

Qual o segredo da igreja em Atos?! A explicação, irmãos, aí está. Vamos segui-la de


perto. Se cremos em um mesmo Salvador, se aceitamos a mesma Palavra e se somos
submissos ao mesmo Espírito, então haveremos de ter o mesmo poder.

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LEMA UM: ENSINO

1. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO
a) INTRODUÇÃO
O ensino cristão atua na vida como um todo. Ele abarca todos os aspectos da vida
humana, tanto para o presente como para a eternidade. Na família ou no indivíduo, o seu
impacto é sempre positivo. Sua fonte de autoridade são as Escrituras, e seus propósitos são
fundamentais para promover progresso social.

b) O ENSINO CRISTÃO E SUA NATUREZA.


Desde o nascimento, entramos num circuito de constante aprendizado, que caso nos
empenhemos, seguir-nos-á em toda a nossa existência. Aprendemos a falar, andar,
relacionar-mos com as pessoas, a partir das nossas famílias e depois enfrentamos longos
anos escolares, cursos, etc. A inserção do indivíduo na sociedade é possível também
graças a este incessante ato de aprender. A educação cristã deve ser compreendida como
um elemento que deve permear e nortear, desde o mais cedo possível, a vida de um
indivíduo por causa da importância que ela tem como veremos abaixo.

i. E UMA ORDEM SUPERIOR (Dt 6.6)


Moisés foi muito claro quanto às instruções e mandamentos que ele passava aos
filhos de Israel; eram da parte do Senhor Deus (Dt 6.1). E que assim tais palavras deveriam
ser observadas e postas em práticas com o coração (Dt 6.6). Quando o Senhor Jesus deu
os seus mandamentos que constam no sermão do monte frisou a praticidade dos mesmos
(Mt 7.24). Bem como recomendou que todos eles fossem ensinados integralmente no
campo do discipulado (Mt 28.20). Logo, todo o ensino cristão deve ser posto em prática a
partir do coração por ter em sua fonte uma ordem superior, caso contrário poderá ser
entendido apenas como preceito humano.

ii. É TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS (Dt 6.7)


Evidentemente entendemos que todo ensino de vida cristã é transmitido por via
humana, conquanto se tratem de princípios universais e eternos. Quer dizer que se aplicam
a todos os homens, com efeitos eternos, capaz de salvar perfeitamente os que o aprendem.
Não há vida cristã sem instrução, pois só é possível obedecer a Jesus Cristo mediante a
assimilação consciente e esforço próprio do ouvinte. Aí fica claro os dois polos dessa

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questão: primeiro o compromisso de se transmitir conhecimento com modo teórico e prático;


segundo, a responsabilidade de, com paciência ouvir e praticar.

iii. 1.3. O DESENVOLVIMENTO DE UM ESTILO SOCIAL CRISTOCÊNTRICO (Dt


6.7b)
Ao observar o texto que diz, “e delas falarás assentado em tua casa” entende-se que
a família deve ser a primeira fonte de aprendizado cristão. Ainda que haja ensinadores nos
templos e escolas que desenvolvam tal trabalho, este deve ser visto como educadores
adjuntos e não a base principal. Tal magistério cincumbência prioritária dos pais, capaz de
transformar e conduzir em paz qualquer sociedade em qualquer tempo, é só uma questão
de experimentar. Quando se falha nessa missão os prejuízos são inevitáveis: a falta da
alegria do Senhor, que vai sendo substituída por falsas alegrias; uma vida vazia, sempre a
busca do preenchimento impossível; e, finalmente, a caminhada transitória debaixo de um
enorme peso espiritual. Lembre-se de que não foi por acaso que o Messias disse, “aprendei
de mim... e achareis descanso para a vossa alma...” (Mt 11.29)(.

c) O ENSINO CRISTÃO E SEUS PROPÓSITOS


Os propósitos do ensino cristão são bem diversificados e, dada a natureza relevante
e extensa desse assunto, selecionamos alguns tópicos trabalhados a partir do texto bíblico
de Deuteronômio 6, considerados de suma importância para uma reflexão prática. Tal
ensino deve abranger três esferas de relacionamento, isto é, que apontam para o
desenvolvimento espiritual e individual do ser, sem jamais negligenciar as atividades sociais
que visam o bem estar do próximo.

i. EM SEUS ASPECTOS RELACIONAIS


As Escrituras sabiamente nos trazem os principais aspectos relacionais que foram
ensinados pelo Senhor Jesus. As três direções de seu ensino são: Deus, o próximo e a si
mesmo (Mt 22.37-39). O amor é um sentimento para ser aprendido nos seus mais variados
aspectos que estão contidos no fruto do Espírito, (Gl 5.22; ICo 13). Pela prática do amor
nessas três direções é que se está resumido tudo o que consiste os mandamentos de
Deus. Por exemplo, quando somos fiéis, quando nos alegramos e somos pacientes na
tribulação por amor ao evangelho, estamos amando a Deus. Quando demonstramos
paciência diante das fraquezas alheias, ou perdoamos alguém assumindo determinado
prejuízo emocional ou não, estamos amando nosso próximo. Ainda há um outro exemplo e
está relacionado a nós mesmos: quando cultivamos o pudor, a honestidade e a decência,

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não é apenas porque não queremos prejudicar os outros, é porque somos ensinados a nos
amar e ter uma auto-imagem positiva e respeitosa de si mesmo.

ii. EM RELAÇÃO AO MÉTODO PEDAGÓGICO (Dt 6.7)


O método bíblico pedagógico a ser aplicado em nada deixa a desejar à moderna
ciência da pedagogia. Além do aspecto familiar, há curiosamente três aspectos em que o
ensino cristão deve se debruçar: o pessoal, em que os pais devem ensinar diretamente aos
filhos. Tal incumbência não poderia ser adiada ou transferida sem prejuízos. Houve um
tempo em que se levantou uma geração que não conhecia ao Senhor, evidentemente
porque a educação religiosa foi desprezada e abandonada (Jz 2.10b). O segundo método
diretamente ligado ao pessoal é o demonstrativo, onde os pais devem exemplificar com a
própria vida o ensino. E por último, a saturação, quer dizer que deveria falar em todas as
oportunidades com os filhos, quando estivesse descansando em casa, no caminho da
lavoura, pela manhã quando se levantava ou ao dormir.

iii. EM RELAÇÃO AO TEMPO E MEMÓRIA


O tempo do ensino é hoje, e seu propósito é para a geração vigente. Não se pode
preterir, toda oportunidade é oportunidade de se ensinar aos filhos, discípulos ou responder
a razão da fé aos infiéis. No Antigo Testamento, os mandamentos de Deus deviam estar
atados à mão dos filhos de Israel, escrito nos umbrais e nas portas das suas casas como
um sinal mnemónico para o próprio fiel e quem mais pudesse ler as leis (Dt 6.9). Ainda hoje,
vê-se nas ombreiras das portas das residências de certos judeus, tais sinais mnemónicos.
Devemos entender tal orientação não apenas para a lembrança da vontade de Deus, mas
para a sua prática (Dt 11.20-22).

d) RESULTADOS DO ENSINO
Aquele que planta uma semente espera, dela, algo colher para sua satisfação. Em
toda atividade, espera-se que dela se obtenha resultado, tal coisa não é diferente quando se
ensina os caminhos do Senhor. Instruir é um trabalho vigoroso, que exige humildade,
paciência e esperança quanto aos resultados, que se podem ver a curto ou longo prazo.
Basta lembrarmos de Jesus, que, nos evangelhos, é chamado de Mestre, mais do que
qualquer outra coisa, então nos sentiremos motivados a ensinar. Foi a Sua docilidade,
conhecimento e sabedoria que o tornaram inesquecível.

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i. DESFAZENDO EQUÍVOCOS
As promessas de Deus aos filhos de Israel eram alcançadas no tempo oportuno
mediante obediência. Elas aludiam à respeito da entrada na terra prometida, de paz e
prosperidade. Por causa disso, alguns alegam que as promessas de Deus para as tribos de
Israel eram terrenas, e que as promessas para a Igreja seriam futuras, para o reino no céu.
Esse tipo de pensamento peca contra a unidade do Antigo e Novo Testamento, além de
transformar o cristão num elemento indiferente e alienado quanto a sua atuação social e aos
fatos que sucedem no mundo hodierno. Embora a educação cristã seja uma semeadura
constante, devemos esperar os resultados a curto e a longo prazo, o que nos responsabiliza
a um empenho incessante no ensino da Palavra de Deus.

ii. LONGEVIDADE (Dt 6.2)


Uma pessoa que conduz a sua vida dentro dos padrões divinos, por ele se
organizará de tal forma que terá crédito para viver longos dias. Afinal, basta observar que os
rebeldes a Deus, aos pais e à estrutura social não duram muito. Muito menos ainda naquela
sociedade antiga. Embora a existência de impiedosos aflija o justo, e ele tenha
consequências de seus atos, a vida deles é como a névoa cujo sol a desfaz pela força de
seu brilho. A longevidade é um prémio para os obedientes a Deus, porém não significa que
todas as pessoas genuinamente comprometidas com o evangelho viverão 90 anos ou mais.

iii. PROSPERIDADE (Dt 6.3)


Ser bem sucedido e próspero é um tema nas Escrituras sempre associado ao
aprendizado (Dt 6.2). Salomão buscou sabedoria, e Deus, além desta, premiou-lhe com
riquezas simultaneamente. Vivemos hoje um momento muito especial, aqui no Brasil, de
muita prosperidade em função de vários fatores, que inclui principalmente o interesse pela
educação. A verdadeira riqueza de um povo não jaz nos recursos naturais de seu país, mas
na mentalidade que possui. O ensino da Palavra de Deus tem participação efetiva em nossa
prosperidade, visto que a Bíblia foi uma poderosa aliada na alfabetização de muitos, nunca
se aprendeu tanto a Bíblia Sagrada como nos últimos anos através dos diversos meios
disponíveis. O ensino bíblico junto ao secular tem contribuído eficazmente para elevar a
estima e a autoconfiança de milhões de jovens cristãos que estão alcançando patamares
inimagináveis por suas famílias e amigos.

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e) CONCLUSÃO
O coração do ensino cristão pode se resumir pelo fato de Jesus Cristo viver através
de nós, a sua igreja; e que isso é demonstrado quando desenvolvemos o sentimento de
amor em nós mesmos nas três direções como falamos acima. E dessa maneira que não
vivemos meramente, mas que espelhamos o Filho de Deus para que todos vejam e tenham
oportunidade de viver segundo a sua graça, amor e poder.

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LEMA DOIS: ORAÇÃO

Atos 2:42,47 “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir


do pão e às orações. louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor
lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.”

Unidade nas Orações:


As orações tinham um papel fundamental na vida da Igreja Primitiva. Em Atos
podemos ver que a oração foi:
 a atitude dos cristãos diante das decisões a serem tomadas (1.14);
 a atitude da liderança da igreja em situação de crescimento (6.4);
 a prática da igreja quando os apóstolos foram libertos da prisão (4.24-30);
 a prática da igreja quando estava em situação de perigo e perseguição (12.5);

Como podemos notar, a Igreja orava junto diante de situações positivas e negativas.
Lucas nos mostra que em situações diferentes das habituais, “havia incessante” oração por
parte da Igreja. A prática do Corpo de Cristo exige a Oração, ela é a respiração de sua fé. A
oração deve ser a genuína expressão do nosso coração e reflexo de nossa autêntica fé. A
igreja que se isenta dessa prática pública pode claramente deixar de ser chamada de “igreja
Cristã”. Apenas um ponto merece nosso destaque aqui: “quanto a nós, nos
consagraremos à oração e ao ministério da palavra” (At.6.5). Aqui fica claro de que o
ministério dos lideres, e de todo cristão da Igreja deve ser cheio de oração. Sua vida deve
ser uma vida de oração (cf. O exemplo de Paulo nos seguintes versos: Rm 1:10; Ef 1:16; Cl
4:12; 1Ts 1:2; Fm 14), e nas tribulações, sua oração deve ser perseverante (Rm 12:12; Cl
4:2).

2. O PODER DA ORAÇÃO
a) INTRODUÇÃO
Por que você deve orar? Você já se perguntou sobre isso? Acredite, essa é uma
dúvida muito frequente. Muitas pessoas oram, mas nem sabe por que estão fazendo.
O famoso cientista, Blaise Pascal, certa vez disse: “Se o homem não foi feito por
Deus, por que ele só é feliz em Deus? Se o homem foi feito por Deus, por que se opõe
tanto a Deus?”.
A segunda parte da frase me intriga, pois você como cristão, deve parar de se opor a
Deus, contudo, muito fazem isso com frequência. É exatamente aí que entra a oração.

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Quando oramos estamos deixando o nosso “eu” de lado (a oposição a Deus), para
olhar agora as coisas sobre outra perspectiva, que é justamente a perspectiva de Deus.

 Por que eu oraria se Deus sabe de todas as coisas?


 Por que orar bastante tempo se com pouco tempo já expliquei tudo para Deus?
 Por que às vezes eu oro e não sou respondido?

b) JESUS ORAVA CONSTANTEMENTE


É interessante, porque o filho de Deus, apesar da posição que ocupava, em seu
estado homem, demonstrou um grande exemplo orando em todo momento. Você pode ver
Jesus orando em situações importantes como:
 Seu Batismo (Lucas 3.21)
 Antes de escolher os doze apóstolos (Lucas 6.12-16);
 No monte da transfiguração (Lucas 9.28-29);
 Na ressureição de Lázaro (João 11.41-42);
 Na oração sacerdotal (João 17:1-26);
 Na última ceia (Mateus 26.26-27).
Essas são apenas algumas que fiz questão de mencionar, mas existem diversas
outras passagens na Bíblia que mostra Jesus orando.
Agora, por que Jesus orava sendo ele o verbo vivo que desceu no céu? Acredito que
a resposta para essa pergunta podemos entender analisando um pedaço da oração
conhecida por “Pai Nosso”:
“Vocês, orem assim: “Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mateus 6.9-10)
A parte que quero destacar desses dois versículos é justamente “seja feita a tua
vontade, assim na terra como no céu”. Acredito que nesse trecho da oração do Pai nosso,
conseguimos encontra o porquê de Jesus orar.
Se você for observar, Jesus falou da vontade de Deus que deve ser feita na terra
assim como já é feita no céu. O filho de Deus, por estar no céu antes de vir a terra, sempre
viu Deus manifestando sua vontade absoluta.
Quando ele orava como homem, buscava estar constantemente de baixo da vontade
de Deus. Manifestando que sua alma necessitava estar sendo 100% guiada por Deus.
Se partirmos desse princípio que acabei de falar para você sobre o porquê Jesus
orava, entendemos que também devemos orar incansavelmente atrás de cumprir
exatamente a vontade de Deus.

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c) POR QUE VOU ORAR SE O PRÓPRIO JESUS JÁ DISSE QUE O PAI CONHECE O
QUE VAMOS PEDIR?
Jesus faz a grande declaração dizendo:
“…porque vosso Pai sabe o que vos é necessário,
antes de vós lho pedirdes.”. (Mateus 6.8)
E alguns utilizam esse versículo para deixar a oração de lado, pois não dizem “não
existir a necessidade de orar, pois Deus já sabe de todas as coisas”.
Agora, como foi mencionado no ponto anterior, a vida de Jesus em terra, foi uma vida
de oração. E a pergunta que quero te fazer é:
 Se até Jesus, que é O FILHO DE DEUS, demonstrou que precisava orar,
porque nós que vivemos pecando achamos que não devemos orar?
Porém, se não estiver satisfeito ainda, posso responder a pergunta sobre o por que
orar, posso te responder com uma frase do escritor americano Philip Yancey:
“A principal finalidade da oração não é torna a vida mais fácil nem conseguir
poderes mágicos, mas conhecer a Deus. Preciso de Deus mais que de qualquer outra
coisa que possa receber dele.”
A oração é a forma mais profunda de se conhecer a Deus. Do mesmo modo que
quando você quer falar com alguém distante, você faz uma ligação. Para se falar com Deus,
você precisa orar.
É exatamente por isso que Paulo escreveu aos Tessalonicenses dizendo: “Orai sem
cessar.” (1 Tessalonicenses 5:17)
Paulo sabia que: Os tessalonicenses tinham que cuidar da família, trabalho,
conhecimento, desenvolvimento e etc. Contudo, a recomendação dele é “orar sem cessar”.
Quando ele fala isso não esperava que aquele povo vivesse 24hs prostrados, mas que em
todos os lugares as suas almas estivessem assim, prostradas.
“Oração não são palavras que Deus ouve, oração é um coração que Deus vê.”
Ed René Kivitz

d) ORAÇÃO É UM DOS SÍMBOLOS DE HUMILDADE DIANTE DE DEUS


“Quando oramos, só estamos reconhecendo diante de Deus que tudo é dele, e nada é
nosso.”
Pense o seguinte:
 O ar que você respira é seu?
 A terra que você pisa é sua?

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 A sua saúde, você chegar até onde chegou, conquistar o que conquistou, foi tudo
mérito seu?
Quando colocamos nosso egoísmo, achando que conquistamos por conta própria,
falhamos gravemente. Na verdade, tudo que temos é símbolo da providência divina. Como
resultado, oramos em forma de humildade diante da grandeza de Deus.
Aliás, aqui vale ressaltar o seguinte, não veja a grandeza de Deus como uma barreira
entre você e ele. Na verdade, veja como uma oportunidade de se aproximar ainda mais.
Pense o seguinte, por servir a um Deus grande, é lhe dado a oportunidade de
constantemente estar falando com Deus e ser ouvido, você pode a qualquer minuto “entrar
em sua presença” que ele vai estar pronto a te escutar.
Faça isso sempre em humildade. Inclusive, Pedro faz considerações sobre essa
posição de humildade diante de Deus:
“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos
exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós.” (1 Pedro 5:6-7)
A ordem mencionada por Pedro é justamente essa:
 Humilhar-se diante de Deus.
 Lança sobre ele toda a ansiedade.
 Porque ele tem cuidado de nós.
O cuidado de Deus é tão grande em sua vida, que todas às vezes você deve se
humilhar diante dEle, como forma de agradecer por todos os privilégios que tem.

e) TEM UMA POSIÇÃO CERTA PARA SE ORAR?


Quando oramos de joelhos, estamos manifestando uma reverência diante da
grandeza de Deus. Contudo, não quer dizer que se orarmos de pé, Deus não nos ouvirá.
Na verdade, quando Deus vê alguém orando, ele muitas das vezes está mais
preocupado com a sinceridade do coração, do que a posição do corpo físico.
Eu posso estar de joelhos fisicamente, contudo, se a minha alma não estiver de
joelhos de nada adianta.
Existe até um versículo que nos fala mais forte sobre isso: “Os sacrifícios que
agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus,
não desprezarás” (Salmos 51.17)
O que realmente brilha aos olhos de Deus é um coração quebrantado e contrito, e
isso, jamais Deus vai rejeitar.

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f) A ORAÇÃO MANIFESTA EXATAMENTE COMO NÓS SOMOS


É interessante pensar na oração como a manifestação do nosso verdadeiro “eu”, pois
no momento que estamos diante de Deus, não existem segredos.
Não existe absolutamente nada que seja oculto aos olhos de Jesus, ele sabe de
todas as coisas. Sendo assim, veja a oração como uma oportunidade de manifestar o que
está dentro de você.
Algumas pessoas se classificam tendo três atitudes concernentes a compartilhar
algo:
1. Compartilham coisas superficiais com pessoas que não convivem muito tempo,
como colegas e aqueles que você encontra em filas de caixa de supermercado,
banco e etc.
2. Compartilham sentimentos com pessoas intimas. Quando vão mais a fundo são
capazes de compartilhar até segredos.
3. Existem coisas internas que não compartilham com ninguém, guardam somente para
si.
É exatamente nesse ponto 3 que você pode contar com Jesus. Existem coisas que
são internas, e extremamente delicadas para falar com outra pessoa, por isso, deve ser
falado somente ao Espírito Santo em oração.
Vejo isso como um manifesto do verdadeiro “eu” que tem dentro de cada um de nós,
e é exatamente isso que Deus espera na oração, uma entrega sem reservas. Quanto mais
fazer isso, mais intimidade se vai ter.
Aqui entra o poder da oração em secreto: “Mas quando você orar, vá para seu
quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no
secreto, o recompensará.” (Mateus 6:6)

Existe até uma história interessante, de uma aluna de um seminário, bem


tímida, ao qual nunca se pronunciava, certa vez enquanto se debatia sobre oração, ela
levanta a mão e pede para falar.
O palestrante abismado com aquilo, pois ela nunca falava, e os outros alunos
também, escutaram apreensivos o que seria dito. A aluna começa a dizer:
“Tenho uma dúvida sobre oração, pois as vezes parece que oro e Deus não me
responde, e sinto-me distante de Deus, como se estivesse cumprindo apenas uma
obrigação, devo continuar orando?”
Fica um silêncio na sala, e o professor propositalmente deixa o silêncio se
estabelecer por alguns minutos. Logo após responde ela dizendo o seguinte:

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“Está vendo esse silêncio? Isso se deve porque vimos você falar com
sinceridade, alguém que nunca se manifesta, quando o faz, utiliza da sinceridade. Da
mesma forma que estamos compreensivos com a sua situação, pode ter certeza que
Deus também está, então continue orando.”

Essa é a verdade! Deus espera de nós, um eu totalmente entregue e sem reservas


alguma.

g) ORAÇÃO NÃO É SÓ MANIFESTAR NOSSAS VONTADES, MAS, RECEBER AS


VERDADES DE DEUS SUBSTITUINDO PELAS NOSSAS.
A Bíblia diz: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos
deleites.”  (Tiago 4:3)
Existem algumas pessoas que quando oram, estão preocupadas somente em seus
próprios deleites. Mas isso não é uma verdadeira oração, a oração sincera é quando você
está comprometido em descobrir a vontade de Deus.
Tiago nesse versículo que mencionei também responde aquelas pessoas que oram,
oram e nunca recebem. Talvez seja a hora dessas pessoas repensarem o modo que estão
orando.
Não dobre os joelhos buscando sua satisfação própria. Mas busque acima de tudo,
agradar aquele que te chamou.
Não é para chegar diante de Deus, cheio de você mesmo, na verdade, é para
demonstrar sua real situação, um vazio completo que precisa ser preenchido.
Thomas Merton disse:
“A oração é uma expressão de quem somos. […] Somos uma incompletude
vivente. Somos um vão, um vazio pedindo preenchimento.”
De joelhos, você está mostrando diante de Deus que precisa ser mais cheio das
vontades dele e vazio das suas.

h) ALÉM DO CONHECIMENTO, PRATIQUE A ORAÇÃO (CONCLUSÃO)


Não adianta nada você saber e não praticar. Tenha uma devoção diária a Deus,
reservando sempre momentos para falar com Ele. Não se esqueça de conversar com Ele
em todos os momentos também. Pois às vezes pensamos que Deus só se manifesta
quando estamos “em um momento de oração”. Mas na verdade não!
Deus espera que a cada passo e pensamento, você inclua ele, conversando com ele.
Ainda que em pensamento.

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Espero sinceramente que venhamos ser uma geração que dobra os joelhos para
vencer uma guerra, que tira as mãos e confia nas mãos poderosas de Deus.
Quanto mais a Igreja clama, mais o sobrenatural do Espírito Santo vamos
experimentar.

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para
serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” 
(Tiago 5.16)
“Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto
mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!”
 (Mateus 7.11)

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LEMA TRÊS: EVANGELIZAÇÃO


TEXTO BASE: MARCOS 16:9-20
1. INTRODUÇÃO
Se não levarmos o Evangelho até aos confins da Terra, jamais seremos
reconhecidos como discípulos de Jesus. Desde o início de seu ministério, Ele sempre fez
questão de realçar a natureza evangelizadora de sua missão e da tarefa que nos confiou
(Mc 16.15; Lc 8.1). Nenhum outro trabalho é tão importante e urgente quanto a
evangelização.
A Igreja, por ser Igreja, não pode ignorar as exigências da Grande Comissão:
evangelizar a todos, em todo tempo e lugar (Mt 24.14). A evangelização compreende,
também, o discipulado, o batismo e a integração do novo convertido. Se crermos, de fato,
que Cristo morreu e ressuscitou para redimir-nos do inferno, não nos calaremos acerca de
tão grande salvação (Hb 2.3).
Aproveitemos todas as oportunidades para falar de Cristo, pois grande será a
colheita de almas para o Reino de Deus.

2. EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO
a) EVANGELISMO.
É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico da
Igreja de Cristo, de acordo com as narrativas e proposições do Antigo e do Novo
Testamento (Gn 12.1,2; Is 11.9; Mt 28.19,20; At 1.8).
O evangelismo fornece também as bases metodológicas, a fim de que os
evangelizadores cumpram eficazmente a sua tarefa (2 Tm 2.15).

b) EVANGELIZAÇÃO.
É a prática efetiva da proclamação do Evangelho, quer pessoal, quer coletivamente,
até aos confins da Terra, levando-nos a cumprir plenamente o mandato que Jesus nos
delegou (At 1.8).
A evangelização não é um trabalho opcional da Igreja, mas uma obrigação de cada
seguidor de Cristo (1Co 9.16).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O mandato para as missões acha-se em cada evangelho e em Atos dos Apóstolos.
Porque toda a autoridade nos céus e na terra foi entregue a Jesus (Mt 28.19,20).

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‘Vão’ (gr. poreuthentes) não é um imperativo. Significa, literalmente, ‘tendo ido’.


Jesus toma por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por perseguição.
O único imperativo nesse trecho bíblico é ‘façam discípulos’ (gr. mathêteusate), que inclui
batizá-los e ensiná-los continuamente.
Marcos 16.15 também registra esse mandamento: “Tendo ido por todo o mundo,
proclamem (anunciem, declarem e demonstrem) as boas-novas a toda a criação” (tradução
literal)” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 1996, p.584).

3. POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR


Podemos apresentar pelo menos quatro razões que nos levarão a falar de Cristo a
tempo e fora de tempo. A partir daí, não descansaremos as mãos até que o mundo todo
seja semeado com a Palavra de Deus (Ec 11.6).

a) É UM MANDAMENTO DE JESUS.
Temos de evangelizar porque, acima de tudo, é uma ordem de Nosso Senhor Jesus
Cristo (Mt 28.19,20; Mc 16.15; Lc 24.46,47; At 1.8). Logo, não há o que se discutir:
evangelizar não é uma obrigação apenas do pastor e dos obreiros; é um dever de todo
aquele que se diz discípulo do Nazareno.
Aquele que ama a Cristo não pode deixar de falar do que tem visto e ouvido. Assim
agiam os crentes da Igreja Primitiva. Não obstante a oposição dos poderes religioso e
secular, os primeiros discípulos evangelizavam com ousadia e determinação (At 4.20).

b) É A MAIOR EXPRESSÃO DE AMOR DA IGREJA.


A Igreja Primitiva, amando intensamente a Cristo, evangelizava sem cessar, pois
também amava as almas perdidas (At 2.42-46). O amor daqueles crentes não se perdia em
teorias, mas era efetivo e prático; sua postura era mais do que suficiente para levar milhares
de homens, mulheres e crianças aos pés do Salvador. A igreja em Tessalônica também se
fez notória por sua paixão evangelística (1Ts 1.8).
Enfrentamos hoje uma crise econômica, moral e política muito séria, porém
precisamos continuar evangelizando os de perto e os de longe.

c) O MUNDO JAZ NO MALIGNO.


Implementemos a evangelização, pois muitos são os que caminham a passos largos
para o inferno (1Jo 5.19). Diante dessa multidão, não podemos ficar indiferentes. Uns

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acham-se aprisionados pelas drogas. Outros, pela devassidão e pela violência. E outros,
ainda, por falsas religiões. Precisamos evangelizar esses cativos. Somente Jesus Cristo
pode libertar os oprimidos das cadeias espirituais (Jd vv.22,23).

d) PORQUE JESUS EM BREVE VIRÁ.


Finalmente, empreguemos todos os nossos esforços na evangelização, porque o
Senhor Jesus não tarda a voltar. Sua advertência é grave e urgente: “Convém que eu faça
as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode
trabalhar” (Jo 9.4). Sim, Jesus em breve virá. O que temos feito em prol da evangelização?
Não podemos comparecer de mãos vazias perante o Senhor da Seara.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é
levá-los a Cristo, o Salvador (Jo 1:41-42; At 8:30).
A importância do evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos
pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa
ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16:15).
O alvo do evangelismo pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados
e edificar os crentes.
Ganhar alma foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o
grande homem de Deus, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1Co 9.20). Uma
grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para Jesus é para os
pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir
os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o
Senhor da seara (Jo 4.35). O ‘ide’ de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é
dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o
texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada
crente pode e deve ser um ganhador de almas. Nada o pode impedir, irmão, de ganhar
almas para Jesus, se propuser isso agora em seu coração. A chamada especial de Deus
para o ministério está reservada a determinados crentes, mas a chamada geral para ganhar
almas é feita a todos os crentes.
O evangelismo pessoal, como já vimos acima, vai além do pecador perdido: ele
alcança também o desviado e o crente necessitado de conforto, direção, ânimo e auxílio. Ele
reaviva a fé e a esperança nas promessas das Santas Escrituras” (GILBERTO, Antonio.
Prática do Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1983, p.10).

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4. COMO EVANGELIZAR
A missão de pregar a todos, em todos os lugares e em todo tempo, inclui a
evangelização pessoal, coletiva, nacional e transcultural. Neste tópico, destaquemos o
exemplo de Cristo, o evangelista por excelência.

a) EVANGELIZAÇÃO PESSOAL.
Em vários momentos de seu ministério, o Senhor Jesus consagrou-se à
evangelização pessoal. Na calada da noite, recebeu Nicodemos, a quem falou do milagre do
novo nascimento (Jo 3.1-16). E, no ardor do dia, mostrou à mulher samaritana a eficácia da
água da vida (Jo 4.1-24).
Neste momento, há alguém, bem pertinho de você que precisa ouvir falar de Cristo.
Não perca a oportunidade e evangelize, pois quem ganha almas sábio é (Pv 11.30).

b) EVANGELIZAÇÃO COLETIVA.
Cristo dedicou-se também ao evangelismo coletivo. Ele aproveitava ajuntamentos e
concentrações, a fim de expor o Evangelho do Reino. As multidões também precisam ser
alcançadas com a pregação do Evangelho, para que todos ouçam a mensagem da cruz.
Voltar à prática do evangelismo em massa é uma necessidade urgente.

c) EVANGELISMO NACIONAL.
Em seu ministério terreno, Jesus era um judeu inserido na sociedade judaica,
falando-lhes em sua própria língua. Sua identificação com a cultura israelita era perfeita (Jo
4.9). Ele não podia esconder sua identidade hebreia (Lc 9.53). Cristo viveu como judeu e,
como judeu, morreu (Mt 27.37). Nessa condição, anunciou o Evangelho do Reino às ovelhas
perdidas da Casa de Israel.

d) EVANGELISMO TRANSCULTURAL.
Embora sua missão imediata fosse redimir as ovelhas da Casa de Jacó (Mt 15.24),
Jesus não deixou de evangelizar pessoas de outras culturas e nacionalidades. Atendeu a
mulher siro-fenícia (Mc 7.26). Socorreu o servo do centurião romano (Mt 8.5-11). E não
foram poucos os seus contatos com os samaritanos (Lc 17.16; Jo 4.9).
É chegado o momento de olharmos além de nossas fronteiras, ouvindo o gemido das
nações, tribos e povos não alcançados.

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SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Como devemos evangelizar: Para começar, o ganhador de almas tem de ter
experiência própria de salvação. É um paradoxo alguém conduzir um pecador a Cristo, sem
ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho do céu sem conhecê-lo. Quem
fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação.
Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará dela (Mt 12.34).
É evidente que o ganhador de almas precisa de um conhecimento prático da Bíblia;
conhecimento esse, não só quanto à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume
em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso ‘começar
pela Escritura’ (At 8.35).
Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a
Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual
espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o
pecador mirar-se neste maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao
ver sua situação deplorável.
Está escrito que ‘pela lei vem o conhecimento do pecado’ (Rm 3.20). Através da
poderosa Palavra de Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Isaías
1.6. No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e
inspirados sobre o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de ganhar almas;
outros focalizam experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a paixão que deve haver no
ministério em apreço. A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter
ensinado a Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31).
Em Corinto ele ensinou dezoito meses (At 18.11). Veja a diferença entre essas duas igrejas
através do texto das duas epístolas (Coríntios e Efésios)” (GILBERTO, Antonio. Prática do
Evangelismo Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1983, p.30).

5. CONCLUSÃO
Evangelizar é a missão de todo crente. Quer obreiro, quer leigo, ganhar almas é o
seu dever. Na crise atual, muitos são os que, desesperados, buscam um salvador. Mas
apenas a Igreja de Cristo pode mostrar o caminho da salvação. É hora de evangelizar e de
fazer missões. Arranquemos as almas perdidas das garras de Satanás.

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