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ANO 3

NÚMERO 3
SÉRIE 1

JORNAL

RUM S
Colégio La Salle
Comunidade
Educativa de Barcelos
Rua Irmãos de La Salle 4755-054
Barcelinhos BCL www.lasalle.pt

SOMOS ESCOLA PÚBLICA!


Sumário
Editorial 3-4
Quadros de Valor e
Excelência 5-7
Convivências Cristãs 8-9
Acampamentos 10-11
Encontros de Verão 12-13
Encontro de Grupos
Jornal Rumos
Cristãos 14
Encontro de Oração 15

2 Coordenação, Pagi-
nação e Layout:
Prof. Carlos Novais
Educação p/ a Saúde 16
Clube de Ciências 17
Uma aventura 18-19
Diogo Cão 20-21
Colaboração: Solidão 21
Clube de Jornalismo/ S. Martinho 22-24
Rádio Entrevista 25-26
(Prof. David Macedo) Espírito de Natal 27-28
Poesia 29
Cinema 30
Gabinete de Informação e
Apoio ao Aluno 31
Festa de Natal 32-34
Oficina de Escrita 35
Última Página 36

Jornal Rumos - n.º 3


Editorial
La Salle no Mundo
Em 5 continentes e 83 países!
Comecemos com escolas La Salle são outra forma, estariam, Social Escolar, vulgo
uma evidência: o foco de emancipação irremediavelmente, “subsídio”, auferindo,
serviço que prestamos dos povos, uma eman- condenados. muitos destes, de
é tão público como cipação que passa pela Um olhar mais atento um lanche diário
o de qualquer escola saída da mais absoluta ao que se tem passado gratuito; promovemos
estatal! miséria, num processo nos últimos três a solidariedade,
que tem acompanhado séculos, concluirá que apoiando várias
E já possui uma o progresso social a escola La Salle é famílias dos nossos
história longa… das populações, nos motor de libertação alunos, ao nível
últimos três séculos. dos povos e de alimentar, ao nível do
O Instituto dos Irmãos Com que armas? Com aprofundamento dos vestuário e ao nível do
das Escolas Cristãs as da cultura e com as valores. apoio suplementar ao
nasceu em França, no da fé! estudo... num trabalho
final do século XVII, Urge, por isso, Os nossos dados contínuo, e sempre
pela mão de São João anónimo, para
Baptista de La Salle. ...não permitimos que nos apelidem salvaguardar a

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À época grassavam as de “escola de ricos”, de “elitismo”, identidade dos
desigualdades sociais, de “escola que selecciona os alunos, mais carencia-
motivadas pela ordem de forma a admitir apenas os que lhe dos; para se
tripartida e imutável ocupar destas
da sociedade do convém”! tarefas, criamos
Antigo Regime, que analisar a actual crise comprovam que uma comissão
a muito poucos ia do Ensino Particular somos uma escola de professores,
permitindo a ascensão e Cooperativo à aberta a todos, não intitulada “Comissão
social, ficando, a luz desta tradição excluindo ninguém: de Solidariedade”;
esmagadora maioria pedagógica histórica, temos uma área integramos, desde
da população, num que o Instituto dos pedagógica que há dezasseis anos,
estado de miséria, Irmãos das Escolas abrange quatro freg- centenas de alunos do
inimaginável nos dias Cristãs têm desen- uesias e recebemos Lar de Jovens de São
de hoje. volvido por todo o alunos de inúmeras Caetano, cujo sucesso
São João Baptista mundo. outras, assim a académico estava
de La Salle escolheu nossa capacidade o comprometido nas
como tarefa a Desde o seu início permita; recebemos escolas estatais e que
educação desses que a opção foi, alunos de todos os aqui têm encontrado a
pobres, sendo as suas claramente, pelos estratos sociais, não resposta adequada aos
escolas, desde a sua pobres! A educação os seleccionando diversos problemas
fundação, a corda de escolar que lhes era pela natureza dos humanos que consigo
escalada que milhões ministrada permitia- rendimentos e posição carregam.
de crianças e jovens lhes aprender um social dos seus encar-
desfavorecidos têm ofício, factor essencial regados de educação; Por isso, não permiti-
trepado, pois, nos para que pudessem do universo dos mos que nos apelidem
locais onde estão sair de uma vida nossos alunos, 56% de “escola de ricos”,
implantadas, as miserável a que, de beneficiam de Acção de “elitismo”, de

2010-2011
“escola que selecciona da vida escolar, a da mesma; fomos alguém que se atreva
os alunos, de forma a saber: durante anos, pioneiros na resposta a afirmar, indepen-
admitir apenas os que antes da criação da aos alunos com mais dentemente de cegos
lhe convém”! Área Não-disciplinar dificuldades, criando preconceitos ideológi-
Não bastasse o nosso de Formação a sala de estudo, os cos na defesa da coisa
constante labor na Cívica, a nossa escola “grupos flexíveis” pública, que o nosso
procura de uma incorporava no seu (mais tarde as “asses- Projecto Educativo
escola cada vez mais horário um tempo de sorias”) e os diversos não vale a pena?!
inclusiva, que ainda “Direcção de Turma” “apoios pedagógicos
temos, em conjunto que muito espantava acrescidos”. A maioria Carlos Novais –
com inúmeras escolas os sucessivos Inspec- destas soluções foram, Professor e
do Ensino Particular tores da Educação entretanto, introduzi- Antigo Aluno
e Cooperativo, intro- que por cá passavam, das na escola estatal.
duzindo novidades que reconheciam a Face a estas
em muitos campos imperiosa necessidade evidências, haverá

La Salle comemora o
4 Centenário da República
Semana da República
A nossa escola, através do Departamento de
Ciências Sociais, organizou uma Semana para dar
a conhecer uma efeméride que decorreu um pouco
por todo o país, no ano em que Portugal celebra
o centenário da Implantação da República, que
ocorreu no dia 5 de Outubro de 1910. A Semana
decorreu entre os dias 25 a 29 de Outubro. Segundo
o delegado do Departamento, Pedro Faria, “correu
muito bem e foi muito positiva”, porque “cumpriu
os objectivos propostos inicialmente e teve uma
boa adesão dos alunos e resultou um trabalho
interessante”.
Esta celebração, segundo a professora de História “serviu para dar a conhecer aos alunos uma
data que pôs fim a uma Monarquia centenária e iniciou a Implantação da República. A celebração
dos100 anos da República foi notória na nossa escola. Mesmo sendo organizada pelo Departamento
de Ciências Sociais, a reflexão da manhã foi organizada pelo Clube da Rádio e Jornalismo, houve
um debate na Formação Cívica e o ponto alto das comemorações esteve a cargo dos alunos de 9º
ano e do 6º ano, que orientados pelos professores de História e Geografia e com o apoio das discip-
linas de EVT e EV levantaram uma magnífica exposição que esteve patente ao público no edifício
do Secundário. Os pais visitaram a exposição no dia do Magusto.

Jornal Rumos - n.º 3


Valor e Excelência
A Direcção do Com esta cerimónia, Esta cerimónia contou pela Comunidade
Colégio La Salle pro- a Comunidade com a presença de Educativa.
moveu no passado dia Educativa reconhece muitos alunos, pais Os QUADROS DE EX-
dezassete de Setembro os alunos, ou grupos e encarregados de CELÊNCIA reconhecem
uma cerimónia de de alunos, que se educação, e ainda dos os alunos que revelam
excelentes resultados
entrega dos diplomas distinguem pelo seu vários Directores de escolares e produzem
de Quadros de valor “demonstrado Turma. Este momento trabalhos académicos
Excelência e Valor aos na superação de serviu para tornar ou realizam actividades
alunos que se encon- dificuldades ou no evidente que o esforço de excelente qualidade,
quer no domínio cur-
travam em situação serviço aos outros e e trabalho sempre são ricular, quer no domínio
de os receber no ano pela excelência do seu compensados e devem dos complementos cur-
lectivo 2009/2010. trabalho”. ser reconhecidos riculares.

QUADRO DE EXCELÊNCIA 2009-2010 9.º A


Diana Catarina Costa Simões
Ricardo Miguel Silva Ribeiro Renata Longras Fernandes Ribeiro
5.º A Rúben Martins Gomes Diana Filipa Silva Matos Ferreira
9.º B
Sara Maria Martins Faria Sandra Clara Barbosa Pereira
Bárbara Vasconcelos Pinto 9.º C Vítor Diogo Machado Ferreira de Sousa
5.º B José Miguel da Costa Simões Ana Luísa Martins Vasconcelos Senra
Paulo Carvalho Ferreira Elsa Mariana Pereira Lameira

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João Pedro Santos Alves Fernando Torres Loureiro
5.º C Maria Inês Gouveia Peixoto José Roberto Martins Gomes
Tiago Manuel Dias Miranda 10.º A
Roberto Martins Barbosa
Adriana Isabel Maio Oliveira Sara Daniela Pinheiro Martins
6.º A Sara Isabel Peixoto Gomes
Filipe Miguel Santa Maria Senra
Sofia Beatriz Ferreira da Silva
Ana Carolina Silva Duarte
6.º B Rui Miguel Martins Fernandes Adriana Simões Figueiredo
Tiago José da Pena Araújo Ana Cristina Figueiras Forte
Ana Manuela de Sá Guimarães Isadora de Jesus Ribeiro Loureiro
11.º A
Diana Rafaela da Silva Rodrigues José Pedro Abreu Mendes
6.º C Martinha Isabel Fernandes Vale
Hugo José Barreiro Gonçalves
Pedro Gil Lima Freitas Sandra Filipa Ferreira Gomes
Ana da Conceição Ramos da Costa Adriano Manuel Esteves Gomes
Ana Raquel Rodrigues Dantas Ana Filipa Carvalho Gonçalves
7.º A Daniel José Lopes Costa António José Linhares da Silva
Maria Francisca M. O. M. Rodrigues Bruno José Loureiro Figueiredo
Mariana Raquel Machado Lopes Bruno Miguel Martins Alves
7.º B Juliana Rafaela Martins V. Senra Carlos Alberto Gomes Grenha
Andreia Costa Matos Carlos Filipe Brito Silva
7.º C Margarida Inês Fernandes Pereira Celina Simões Senra Vilas-Boas
Vítor Renato Pires Ferreira Cristina Isabel Pereira da Costa
12.º A Elsa Margarida Rodrigues Vilas Boas
Ana Helena Miranda Monteiro
8.º A Silva
Tânia Cristina Fernandes Lopes
Lara Assunção Ferreira Barbosa
8.º B Catarina Daniela Fernandes Gomes Maria João Pereira Vieira
Cláudia Daniela Ribeiro Gomes Maria Laura de Sousa Cortez Gonçalves
Inês Mariana Lima Freitas de Oliveira
José Luís Abreu Mendes Sandra Patrícia Gomes Dias
8.º C Sara Daniela Fernandes Gouveia
Miguel Carlos Correia A. Lopes Vieira
Raquel Susana Vilas Boas Oliveira Sílvia Mariana Vilaça Fernandes
Sara Isabel Miranda Carvalho Vítor Emanuel Pereira Sá

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Os QUADROS DE VALOR reconhecem os alunos ou grupos que no decorrer do ano lectivo
manifestam capacidades ou atitudes exemplares de superação das dificuldades ou que de-
senvolveram iniciativas ou acções, igualmente exemplares, de benefício claramente social ou
comunitário ou de expressão de solidariedade, no Colégio ou fora dele.
QUADRO DE VALOR 2009-2010
5.º B Paulo Carvalho Ferreira
Adriana Simões Figueiredo
6.º A Adriana Isabel Maio Oliveira
Aline Araújo Cruz
Ana da Conceição Ramos da Costa Ana Cristina Figueiras Forte
7.º A
Ana Sofia Brito Araújo Ana Margarida Lopes Cunha
7.º B Juliana Rafaela Martins V. Senra Dulce Maria Matos Martins da Silva
Eliana Faria Carvalho
7.º C Liliana Vanessa Araújo Alves 11.º A
Hélder André Simões Rodrigues
8.º C José Luís Abreu Mendes Isadora de Jesus Ribeiro Loureiro
Ana Rita Senra Lopes Maria Angelina Senra da Costa
Diana Catarina Costa Simões Sandra Filipa Ferreira Gomes
9.º A Juliana Daniela Araújo Simões Sandra Isabel Silva Lopes
Paula Cristina Gomes da Silva Victor Manuel Lopes Duarte
Telma Filipa Martins Araújo
Bruna Raquel Martins Lemos Adriana Filipa Gomes Oliveira
9.º C Bruno José Loureiro Figueiredo
Isabel Gomes Dias
Bruno José Martins Alves
Ana Catarina Lopes Lagarteira
Carlos Filipe Brito Silva
Ana Luísa Martins Vasconcelos Senra
Celina Simões Senra Vilas-Boas
Catarina Martins da Pena
Maria João Pereira Vieira
Daniela Andreia Rodrigues Gomes
Maria Laura de Sousa Cortez Gonçalves
Filipe Manuel Carvalho Rodrigues 12.º A

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de Oliveira
Manuela Alexandra Vilela Fernandes
10.º A Sandra Patrícia Gomes Dias
Maria Eduarda Pereira
Sérgio Filipe de Sousa Campinho
Roberto Martins Barbosa
Sílvia Mariana Vilaça Fernandes
Sara Daniela Pinheiro Martins
Tiago André Sousa Barbosa
Sara Isabel Peixoto Gomes
Victor Sérgio Fernandes Gonçalves
Sofia Beatriz Ferreira da Silva
Vítor Emanuel Pereira Sá
Victor Rafael Lemos Torres

2010-2011
Convivências
Cristãs
“Promovem o convívio, o debate
de ideias e a reflexão”
Segundo a professora alunos do terceiro pela primeira vez nas Depois disso, fomos
Paula Lopes, ciclo e do secundário convivências cristãs. brincar um bocado e
responsável pela viveram uma Tudo começou quando depois entrámos na
Pastoral da escola e experiência que se se iniciou a viagem de sala para fazermos a
pela organização das repete há vários anos autocarro até Fama- reflexão e continuar
convivências Cristãs a esta parte, onde se licão. Todos estavam a ver o filme.
que se realizaram pretende “promover empolgados e cheios Formamo-nos em
no passado dia 21 o convívio, o debate de curiosidade sobre o grupos, preenchemos
de Outubro, “criar de ideias, a reflexão que nos esperava. uma pequena ficha e
e aprofundar e pessoal e em grupo Chegados ao falámos sobre o filme.
reflectir acerca acerca de um deter- Seminário dos A seguir, fomos

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minado tema à luz buscar as mochilas
do Espírito Combonianos, desco-
das vivências cristãs”, com o nosso merecido
Cristão que deve brimos que o sítio era
acrescentou. almoço para preparar
ser vivido por muito grande, bonito.
toda a Comu- Pousámos as mochilas a comida e comer.
nidade Educativa Sétimo ano numa sala e fomos Os alunos comeram
do Colégio La Salle, viveu-as nos para outro salão, onde conforme quiseram
são os objectivos que Combonianos fizemos uma reflexão. e festejámos o
pretendemos”. Depois mostraram-nos aniversário da Prof.
Fora da escola, em Nós alunos do sétimo o filme: “Charlie e a Luísa Vieira com um
diversos lugares, os ano, participámos Fábrica de Chocolate”. bolo de chocolate.
Houve um momento
de brincadeira. Da
parte da tarde vimos
o resto do filme e
acabámos o encontro
com uma oração onde
para além de belos
textos, cantámos umas
musiquinhas.
Estas convivências
foram fixes e
ajudaram-nos a criar
mais grupo, mais
amizade e a reflectir
sobre nós.

João Barbosa - 7.º C

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esse momento para
conversar com os
colegas.
Finalmente tivemos
uma celebração da Pa-
lavra, orientada pelo
professor João. Realço
o ambiente de paz, de
calma que se viveu
nessa celebração.
Reflectimos, cantámos
e partilhámos algumas
ideias sobre a nossa
vida. Foi sem dúvida
o ponto mais alto do
Oitavos con- A parte da tarde foi autocarro, os alunos dia.
mais relaxante. Re- conversaram, ouviram Finalmente, chegou
viveram em
alizámos uma oração música, enquanto a hora de partir. Os
Barroselas comunitária em que outros aproveitaram autocarros esperavam-
todos os alunos foram para descansar e até nos. Durante a
A convivência entre convidados a escutar o mesmo dormir. viagem os alunos
os alunos dos oitavos silêncio. Da parte da manhã, aproveitaram
anos, realizou-se em tivemos um momento para continuar a

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Barroselas e ocorreu Francisca Henriques de reflexão orientada convivência, uns
segundo o horário – 8.º A pelo Irmão Xavier e conversavam,
escolar habitual e seguidamente foram- outros ouviam
apenas participaram os nos dados uns textos
Secundário música e outros
alunos interessados. para leitura e reflexão.
A manhã foi preenchi- em Castelo No final fizemos um
simplesmente
da com a visualização de Neiva admiravam a paisa-
momento de partilha.
do filme “As Crónicas gem.
Conhecemos a casa
de Nárnia”, o qual foi No dia 21 de Na minha opinião,
que nos acolhia,
dividido em partes Outubro as turmas este dia de con-
depois fomos dar uma
e, em cada intervalo do secundário vivências cristãs foi
volta pela paisagem
foi preenchido um acompanhadas pelos um momento muito
envolvente, concreta-
pequeno questionário respectivos directores mente até à praia que positivo para a nossa
com actividades colec- de turma e professores ficava muito próxima. vida de estudantes,
tivas e de incentivo das disciplinas envol- A exemplo de anos porque nos propor-
ao espírito de grupo, ventes, realizaram um anteriores partilhámos cionou momentos de
tal como um grito de dia de convivência em o almoço que serviu reflexão, de convívio
guerra e uma mímica. Castelo de Neiva. para reforçar ainda e de partilha entre
Na hora do almoço, Um dos objectivos mais o espírito de todos os alunos do
os alunos esfomeados principais era desen- partilha tão necessário secundário. Foram as
colocaram o farnel volver um espírito na nossa sociedade convivências que mais
numa grande mesa e de partilha, oração e das desigualdades. gostei pela calma que
partilharam a comida solidariedade entre os No final do almoço senti e pelo sítio onde
com os colegas e alunos. partilhado houve ainda foram realizadas.
professores. O inter- Durante a viagem tempo para descontrair
valo serviu para pôr a solarenga que um pouco junto ao Anabela Cardoso –
conversa em dia. se realizou de mar. Aproveitámos os 10.º A

2010-2011
Acampamento(s)
“Pesqueiras é o lar de uma
grande família”
7.º e 8.º os nossos animadores começou o trabalho: houve desporto, houve
“animaram-nos” e nós fizemos os grupos, brincadeira, houve
Neste Verão, os concordámos em espe- dividimos tarefas, e banhos, houve jogos
grupos cristãos do 7º rar mais um dia. todos pareciam saber nocturnos, houve
e 8º ano foram convi- Então lá estávámos o que tinham que momentos hilariantes,
dados a acampar 10 nós todos no dia fazer. Foi aqui que houve até momentos
dias num sítio a que seguinte, e dessa foi começámos a perceber musicais e teatrais!
chamavam “Pesquei- de vez! A viagem não que o trabalho em Como podem ver,
ras”… Os nossos foi muito longa, e foi Pesqueiras era divi- Pesqueiras oferece
animadores sempre animada por dido por todos. uma grande variedade
explicaram-nos toda a gente. Quando Depois de muito de actividades de

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que era um sítio lá chegámos, toca a trabalho, tomámos lazer.
escondido no trabalhar! Pegámos o nosso banho super Mas tudo isto não
meio do monte, nas malas e começá- refrescante e começá- seria nada sem o resto,
fantástico, que mos a descer… a mos a entrar na rotina porque Pesqueiras
ninguém es- descer… a descer… de Pesqueiras. não é uma colónia de
queceria. Os grupos entrando cada vez A partir daqui, férias, Pesqueiras é
do 8º ano já lá tinham mais na natureza. passou-se tanta coisa o lar de uma grande
estado, mas para nós Avistámos o rio, e que seria impossível família. Em Pesquei-
de 7º ano, Pesqueiras vimos realmente explicar tudo. Houve ras as amizades
era um grande misté- Pesqueiras: era ver- momentos de re- nascem das pessoas
rio. dade, Pesqueiras era flexão nas orações mais impensáveis,
Porém, um grupo um sítio muito bonito. e dinâmicas, houve ajudamo-nos uns aos
de corajosos decidiu Passámos as pedrinhas jogos sem Peneiras, outros, partilhámos
arriscar e partiu com pela primeira vez e houve Olimpíadas, com toda a gente e
as malas às costas
rumo ao colégio. Mas,
mesmo quando nos
íámos despedir dos
papás, anunciaram-
nos que o primeiro
dia do acampamento
teria de ser cancelado
por causa da chuva.
Começámos aí a
pensar que se calhar
não valia a pena
termos vindo… mas

Jornal Rumos - n.º 3


todos estão em união.
É por tudo isto que
Pesqueiras 2010
foi inesquecível
para todos nós. En-
quanto esperámos
pelo próximo verão,
podemos sempre
lembrar “Pesqueiras I
love you deep down in
my heart”
Juliana Senra - 8.º B

9.º e 10.º
Podia resumir tudo dos que já lá andavam o famoso Johny del bom acaba rápido. E
isto numa só palavra: há uma semana, ness- Campo! foi mesmo assim que
PESQUEIRAS 2010! es pequenos instantes Bem, adiante. se passou, rapidís-
Mas isso não era justo o caudal do rio subiu As orações, os mo- simo, sem darmos
para aqueles que nun- uns centímetros. mentos de partilha, pelo tempo passar. Eis
ca estiveram lá, que Ali estava Pesqueiras as dinâmicas com as que chega o último
nunca viveram aquilo. a mesma de sem- quais estámos sempre dia, desmontar O
Por isso vou-vos dar pre! Olhando para a aprender, as brinca- acampamento,

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um cheirinho daquilo o horizonte, e que deiras por mais parvas deixar tudo
que se passa lá. ALEGRIA! Campo que fossem, os diver- limpinho, mas
Malas aviadas, camião montado, tudo cinco tidos jogos que por lá ainda houve
carregado e aí vámos estrelas, que mais fizemos pintando-nos tempo para um
nós para Pesqueiras, poderíámos querer? uns aos outros, desde último banho
embora um pouco Nada. Almoço, gru- o pequeno gesto de no rio de Pesqueiras,
diferente. Este ano pos, toca a organizar oferecer ajuda, um o rio que nos banha
dividiram o rebanho. tudo e a timidez já lá sorriso, a partilha do todos os anos e nunca
Sétimos e oitavos vai. champô, os deliciosos secou. Chegou o mo-
para um lado, nonos e Mais importante que banhos, as trocas de mento de voltarmos
décimos para outro. a beleza de Pesqueiras roupa, os almoços, para casa. Carregar
Pelo que ouvi falar e de tudo o que nos lanches e jantares, tudo e dizer o último
do acampamento dos rodeava, era a nossa os serões bastante adeus aquela que foi
sétimos e oitavos, pa- grande família que ali agradáveis, os adora- a nossa casa durante
rece que foi bastante estava para passar oito dos footings matinais oito dias.
divertido e enriquece- dias agradáveis. e nocturnos, os javalis, Temos que agradecer,
dor. E a julgar pela Um momento pelo as caminhadas e tantas eu e todos os que
maneira como fomos qual ninguém espe- outras coisas, podia estivemos lá este ano,
recebidos, parece que rava era o regresso escrever muita coisa principalmente aos
sim. do filho pródigo a mesmo, pois estão animadores que nunca
Descarregar as tral- casa, JOHNY DEL sempre a vir recorda- se cansam de nos
has, dar duas de treta CAMPO IS BACK! ções daqueles fantásti- aturar, e que preparam
com alguns colegas e, Apareceu do nada, cos e sossegados oito tudo aquilo todos os
começámos logo bem: no meio das selvas dias longe do stresse anos para nós.
uma celebração da de Pesqueiras o do mundo.
palavra para entrar no nosso companheiro Como sempre ouvi Paulo Lima - 11.º A
espírito e a despedida de tempos passados, dizer, tudo o que é

2010-2011
Encontros de
Verão
Foi um encontro muito alegre, cheio de conversas, música,
risos, sentimentos…
Bujedo às nossas vidas mais superficial. Abordámos de forma
novas experiências, Resolvemos então especial o tema da
Em finais de Julho, o vivências, aventuras e superar as dificuldades comunidade, que é
grupo SUPRAAA par- amizades. pelas quais estávámos a grande meta que
tiu rumo a Espanha, Sem dúvida uma a passar e decidimos pretendemos alcançar!
mais concretamente experiência a repetir, ter um encontro de Descobrimos que
Bujedo, sem grande o encontro de Bujedo oração no Verão, em o caminho ainda é
noção daquilo que ficará intacto nos nos- Caminha… longo, ainda temos
nos esperava. É com sos corações, per- Foram cinco dias em muito para aprender,
grande satisfação manecerá como uma que procurámos estar mas há muita moti-
que digo que memória inesquecível atentos uns aos outros, vação para seguir em

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o encontro de nas nossas mentes e é e a aproximarmo-nos frente.
Bujedo superou uma experiencia que cada vez mais de Também tivemos os
todas as grandes recomendo vivamente uma forma fraterna. nossos momentos de
expectativas que a ser vivida em grupo. Procurámos estar diversão, passados
tínhámos em atentos a pormenores na piscina, na praia,
relação ao encontro. Aline Cruz - 12.º A que no dia-a-dia na montanha… Sem
Bujedo marcou passam despercebidos, esquecer as aventuras
cada um de nós de Caminha simples gestos que cheias de adrenalina
forma especial e quase fazem a diferença, no jipe do Pedro! Foi
inexplicável. Depois de um ano como um simples um encontro
O encontro consistia difícil, com pouca sorriso ou abraço. Foi muito alegre, cheio
na convivência cristã partilha e relações também uma oportuni- de conversas, música,
entre os grupos es- mais distantes entre dade para aprofundar risos, sentimentos…
panhóis de Valladolid, os membros do nosso vários temas, trocar Descobrimos que
Burgos, Andaluzia, grupo, decidimos ideias e fortalecer a é muito mais fácil
entre outros e, claro, que estava na altura nossa formação cristã. partilhar e orar num
o grupo cristão de de mudar as coisas.
Barcelos, do 12º ano, Como estudámos to-
o grupo SUPRAAA. dos em universidades
Foi neste encontro diferentes, passámos
que o nosso grupo pouco tempo juntos
conseguiu superar e ao longo do ano
as dificuldades que torna-se difícil acom-
nos atormentava, panhar toda a gente.
tanto em grupo como As relações ficaram
pessoalmente, assim mais frias, e a partilha
como acrescentámos nas orações tornou-se

Jornal Rumos - n.º 3


ambiente fraterno, telemóveis haveria. E
onde sentimos o embora os telemóveis
outro como nosso mostrassem sinal
irmão, onde estámos à de vida, o espírito
vontade para falar de daquele lugar dizia
tudo, mesmo do que que não era necessária
nos custa mais. Este tanta tecnologia para acarretámos ainda rença social” foi sem
encontro marcou-nos que a vida existisse com as actividades do dúvida as pessoas que
de forma especial pois de um modo feliz. campo de trabalho em trabalhavam no centro
havia muito para dizer Bem mais feliz do que si. As nossas acções, social. As pessoas que
e resolver. Acima aquilo que estávámos o trabalho que fomos lá trabalhavam pun-
de tudo, sentimos à espera. fazer pela aldeia não ham em acção tudo
que Jesus esteve Acabados de chegar teve muito de esforço o que nós ouvimos
sempre presente, e de retirar as nossas físico, contudo, as sobre solidariedade e
quer nos bons e maus tralhas dos carros sobre dar a nossa vida
tarefas que íámos
momentos, e que vimos logo o trabalho aos outros. Faziam um
desempenhando
viver em comunidade a piscar-nos o olho.
enchiam-nos bem o trabalho fabuloso com
é muito gratificante. Embora a escola onde
corpo e a alma… e os idosos e com as cri-
Todos saímos de lá nós ficámos apenas
o coração. Desde ir anças da aldeia. Uma
com o sentimento tivesse deixado de
ajudar no apoio do- das grandes lições que
de ter “recarregado funcionar há um ano,
miciliário, auxiliar no trouxemos foi a de
as baterias”e agora o pó em conjunto com
centro social a tomar normalizar as coisas, a
o grupo OUPA está as teias de aranha
conta das crianças, vida não é assim
pronto para dar o seu dentro da escola e as

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distribuir comida tão complicada
melhor este ano! ervas fora e em redor
pelas casas dos idosos e o que não tem
da escola formavam
ou até simplesmente remédio,
Melanie Cruz a nossa comissão de
ajudar na cozinha, remediado está.
boas vindas, é que em
todas estas funções O campo de
Souto toda a santa divisão
tinham a particu- trabalho foi também
da escola havia pó
(Terras de ou teias! Após dar laridade de tocar em mais um passo para o
Bouro) uma limpadela geral diferentes pontos do grupo, para ver tudo
no local e de termos nosso ser. Os idosos o que já crescemos e
Sim, o nome é mesmo arrumado as nossas que conhecemos, quer o que ainda temos de
campo de trabalho e coisas, demos entrada no apoio domiciliário, crescer.
não campo de férias. nos temas do campo quer na distribuição Por fim tenho de
Desenganem-se desde de trabalho. Os pri- da comida ficaram agradecer a toda
já os que pensavam meiros três dias foram gravados na nossa a gente que pro-
que a actividade no mais concentrados nos memória, as crianças porcionou o nosso
12º nas férias de Verão temas em si e naquilo que estivemos a tomar campo de trabalho,
iria ter alguma coisa que era um campo conta (verdade seja às pessoas do centro
de “férias” (por acaso de trabalho, porém, dita, a brincar com social e da aldeia e
havia um rio que dava findo o primeiro elas) relembravam- claro está, às nossas
para uns mergulhos). fim-de-semana os dias nos a inocência da animadoras, um muito
Ainda para mais passaram a ser bem infância e faziam-nos obrigadão. Em suma,
o nosso campo de diferentes. sentir soltos das não deixem escapar
trabalho foi realizado Além de existirem responsabilidades que a oportunidade de
numa aldeiazinha as tarefas normais de vêm com a idade. O participar num campo
chama Souto que uma casa, quer seja mais brutal, aquilo de trabalho!
pensávámos nós, tratar das limpezas que mais nos deve ter
nem sinal de rede nos ou das refeições, nós retirado da “indife- Carlos Cardoso

2010-2011
Encontro de
Grupos Cristãos
Os Rei Magos chegaram ao
Colégio e viram que...
No passado dia 8 de As dinâmicas foram o voltámos cheios de muitos voluntários
Janeiro realizou-se o momento de reflexão energia para os jogos que ao longo dos
encontro de Reis dos em que cada nível da tarde nos quais foi anos tem colaborado
Grupos Cristãos. Mo- tratou de diferentes testada a nossa cultura com a SOPRO nos
mentos de encontro assuntos de acordo sobre a Pastoral. projectos de Verão
entre todos os grupos, com o seu percurso no Terminámos o en- realizados em África.
num dia de partilha, grupo Cristão. contro em ambiente Em Novembro chegou
convívio e reflexão. Como seria de esperar de grande festa com a vez de um Café
Começou com o o almoço partilhado a Eucaristia cheia de com o Riso, contando
Acolhimento a todos foi aguardado com partilha de tudo o que com a presença do
os animandos, fi- muita expectativa, foi vivido ao longo do Fernando Batista,

14
cando todos com mas depois de acon- dia. que num ambiente
um crachá onde chegar o estômago Daniel Costa - 8.º A muito descontraídos
colocaram o nos levou a exercitar
nome e o grupo os músculos faciais,
ao qual perten- rindo e descontraindo
ciam, seguiu-se o o corpo e a mente até
momento da oração da ao encontro do mais
manhã tendo a capela bonito e verdadeiro de
ficado muito pequena cada um.
para todos os que Os Cafés com... foram
vieram ao encontro. momentos de forma-
Depois da oração ção, partilha, reflexão,
tivemos a chegada encontro e abertura à
dos Reis Magos ao Café com... contando com a
presença do Irmão
riqueza que cada con-
Colégio, e os grupos vidado trouxe até nós.
tiveram que se apre- O ano Pastoral José Andrés, que está Os Cafés continuam,
sentar e presentear os começou com muitas a estudar Bíblia em se ainda não estiveste
Reis com músicas, novidades, entre as Roma, que nos pos- em nenhum, não
danças, jogos, estrelas quais os cafés, mo- sibilitou um dialogo percas a próxima
e por último com o mentos de encontro, aberto e esclarecedor oportunidade, valerá
presépio. Os Reis Ma- com bom café ou chá sobre a grandio- certamente a pena.
gos pareceram ficar e com convidados sidade da Bíblia, da
satisfeitos com o que de luxo, que nos vão sua estrutura, da sua
viram e retribuíram falando de diferentes história e importância.
com o Malhão inter- temas. Seguiu-se uma via-
nacional, a pedido de Começámos com o gem até Moçambique,
muitas famílias. Café com a Bíblia, com a presença de

Jornal Rumos - n.º 3


Encontro de Oração
Teve lugar em Valladolid...
O encontro de oração
este ano realizou-se
em Valladolid na casa
de Arcas Realaes, nos
dias 27, 28 e 29 de
Dezembro de 2010.
Este ano os níveis
2 e 3 foram como
que compilados, por
insuficiência de pes-
soas inscritas, assim,
o segundo nível, onde
tive oportunidade de
participar, incluiu não
só orar com a Bíblia
e a comunidade, mas

15
também orar em silên-
ristias. riamente por cada um As catequeses
cio.
As orações pessoais onde se sentisse mais também eram
Durante todo o dia,
que começava bem eram as que ocupa- confortável e liberto parte importante,
cedo participávamos vam mais espaço no para orar, depois des- pois era aí que
em catequeses, ora- horário em intervalos tas podíamos partilhar nos ajudavam dando
ções em grupo, ora- de 1h a 2h, o local as experiencias senti- “dicas” para orar, e
ções pessoais e euca- era escolhido aleato- das em grupo de nível. também onde con-
hecíamos melhor a
Bíblia.
Foi sem dúvida um
encontro fantástico,
muito diferente de
todos os outros, com
muito silêncio, mas
muito compensador.
E no final ainda
tivemos oportunidade
(nós Portugueses),
de visitar a cidade, e
apreciar a sua beleza
nocturna.

Cristiana Silva

2010-2011
Educação para
a Saúde
Dia Mundial elaboraram cartazes e em áudio pelo clube convívio. Foram
do Não- pequenas mensagens de jornalismo, para entregues diplomas e
de sensibilização para difusão pela rádio um prémio simbólico
fumador esta problemática, escolar. a cada aluno das
que serão distribuídas A ementa da cantina turmas do 5.º B, 8.º
Para assinalar o Dia pelos colegas. foi elaborada pelo A e 10.º A, por terem
do Não Fumador, no Sub-Departamento de sido as turmas de
passado dia 17 de Ciências Experimen- cada ciclo que mais
Novembro, um grupo
Semana da
tais tentando respeitar respeitaram as regras
de alunos do 9.º ano, alimentação os pressupostos de de uma alimentação
participou numa ses- uma alimentação saudável.
são de esclarecimento Na semana de 8 a 12
saudável e equili- Com estas pequenas
sobre tabagismo, de Novembro, real- brada. Colocaram-se actividades pretendeu-
promovida izou-se, no colégio, a computadores com se alertar a comuni-
Semana da Alimenta-

16
pela Casa da spots de sensibilização dade educativa para a
Juventude de ção. Nas reflexões da para a importância importância de uma
Barcelos. Con- manhã dessa semana, do pequeno almoço, ali-
comitantemente, tentou-se incentivar consumo de fruta e
realizaram-se o consumo de fruta, alimentação equili-
reflexões da tendo-se para o efeito, brada na cantina e no
manhã alusivas ao seleccionado um fruto bar do colégio. Foram,
tema em todas as por dia que serviu também, elaborados
turmas. Os alunos do de base à criação de cartazes, pelos alunos
Clube de Ciências uma reflexão, gravada do Clube de Ciências,
com slogans alusivos
a hábitos alimentares mentação saudável e
saudáveis, que foram equilibrada, nomeada-
colocados na cantina mente, com um dos
do colégio. factores de prevenção
Durante a Formação primária de possíveis
Cívica, aproveitando problemas de saúde
o Convívio de S. futuros.
Martinho de cada Foi elaborado um
turma, promoveu-se o inquérito para aferir
consumo de alimentos a opinião dos alunos
saudáveis através relativamente às
de um concurso que actividades da semana
consistiu na avaliação da alimentação, tendo,
dos alimentos que em termos globais,
as diversas turmas sido avaliadas positi-
trouxeram para o vamente.

Jornal Rumos - n.º 3


Clube de Ciências
No dia 2 de Dezembro, a turma do 6.º A e alguns
alunos do Clube de Ciências participaram numa
actividade promovida pelo Gabinete do Ambiente
da Câmara Municipal de Barcelos, tendo como
objectivo plantar árvores, junto ao acesso na nova
ponte sob o Rio Cavado, em Santa Eugénia.
Nesse dia estava nublado. Quando lá chegámos
estavam presentes os alunos da EB1 de Rio Côvo
Santa Eugénia.
O doutor Abel Martins, começou por agradecer
a presença de todos e explicar em que consistia a
actividade.
De seguida, disse que podíamos plantar as ár-
vores, no entanto começou a chover e tivemos
que abandonar apressadamente o local sem concluir a actividade.
Achamos, no entanto, que estas iniciativas são importantes porque nos sensibilizam para a pro-
tecção das florestas e espaços verdes!

Adriana Marques e Gabriela Campelo - 8.ºB, Catarina Campos e Bárbara Silva - 8.ºA

Sê Inteligente, Não Fumes!


Já toda a gente sabe que as drogas são preju-
diciais para a nossa saúde. O que nem toda a
gente sabe são as graves consequências que
P6 (usado em veneno para ratos), nafta-
lina (eficiente mata – baratas) e amoníaco
(usado para desinfectar pisos, azulejos,
17
elas acarretam. Por isso, alguns alunos do 9.º …)?
ano foram assistir a uma palestra promovida Sabias que 87% das mortes por cancro de
pela Casa da Juventude de Barcelos. Com esta pulmão ocorrem entre os fumadores? E que os
palestra reforçámos fumadores correm
a ideia de que as um risco de 70% de
drogas são nocivas apresentarem doen-
para a saúde. Identi- ças cardíacas?
ficámos os diferen- Estudos revelam
tes tipos de drogas: que doses altas de
legais (café, alcóol nicotina reduzem a
e tabaco) e ilegais destreza mental em
(heroína, cocaina, tarefas complexas.
ecstasy,morfina...). Depois da pequena
Durante grande parte da palestra abordámos o abordagem ao tema das drogas, realizámos um
tema: TABACO, pois é este que mais afecta a pequeno cartaz em que cada um pôde deixar
nossa facha etária. Descobrimos também que uma mensagem e a sua opinião sobre este tema.
antigamente o tabaco era visto como uma fonte Este ficou exposto na Casa da Juventude repre-
medicinal e as pessoas que fumavam tinham sentando a passagem do Colégio La Salle por
uma grande condição social. Actualmente verifi- lá!
camos o contrário. Sê inteligente, não fumes!
Sabias que o cigarro é constituído por acetona, Cláudia Gomes, Raquel Oliveira
formol (conservante de cadáver), fósforo P4/ e Inês Freitas - 9.º C

2010-2011
Uma aventura...
João Gonçalves Zarco
Quando o meu pai com os outros. E que do rei, Constança. - Eu quero ser um
nasceu, chorava força que ele tinha! Tinham ambos quinze marinheiro do rei!
sem parar. Chorou Matou muitos mouros, anos. Ela não o julga- -Haha! Tu, um
e chorou, até que o que o sobrestimavam va como os outros e os rapazinho? Sabes
padre da aldeia disse por causa da sua dois gostavam muito os perigos que um
aos seus pais que estatura, mas o que um do outro. Mas o marinheiro tem? Tu
aquele menino estava mais o honrou foi um seu amor era impos- no máximo lavas
amaldiçoado pelo confronto com um dos sível. Encontravam-se o convés! Ai, que
Diabo, que só traria mouros mais valentes, às escondidas e disparate! Rapaz, tu
coisas más ao mundo. Zargo, que ele matou trocavam bilhetinhos, não estás preparado
Desde esse dia, nunca rapidamente. Depois mas isso não lhes para ser marinheiro.
mais foi uma cri- disto tornou-se num chegava. O meu pai, Agora desaparece-me
ança feliz: as pessoas herói, e regressou à sedento de aventura da frente, antes que
fugiam dele, não tinha sua terra. e com saudades do te castigue por tal
amigos com Mas as pessoas não mar, candidatou-se estupidez!
quem brincar, estavam convencidas a marinheiro do rei O meu pai ficou muito

18 mas havia uma da sua bravura. Os para provar aos pais triste por não poder
pessoa que burgueses diziam que da sua amada que era seguir com o seu
o Diabo o levara a digno dela. Como o plano. Mas, como era
acreditava nele:
um homem determi-
o seu pai. Todos fazer a guerra, e a sua rei era uma pessoa de
nado, decidiu estudar
os dias levava-o situação ainda piorou! grande importância,
astronomia e geografia
ao mar e contava-lhe Foi então que ele se apresentou-se a um
e saber tudo o que
histórias de marin- apaixonou pela mais dos seus homens de
houvesse para saber
heiros, de aventuras e bela donzela da corte confiança e disse:
sobre os sete mares.
de naufrágios. Assim
No ano seguinte, com
ele cresceu com a
uma cultura muito
vontade de explorar o maior, candidatou-se
mar. de novo a marin-
E assim aconteceu. heiro do rei. Esta foi a
Aos treze anos, farto conversa entre ele e o
da vida que levava, representante do rei:
esgueirou-se numa - Bem, estou a ver
caravela que estava que estudaste tudo
no porto de Lisboa. o que é necessário!
Mal ele sabia que essa Estou impressionada,
era a caravela que iria tu és um homem da
atacar Ceuta nessa ciência, mas será que
mesma noite! Quando te aguentas no mar?
soube disto, ficou - Sim, claro que
cheio de medo, mas sim! Tudo para ser
era corajoso e desem- marinheiro!
barcou juntamente - Gosto da tua força de

Jornal Rumos - n.º 3


tripulação muita paixão. meu pai respondeu:
começou Aconteceu como meu - Madeira. Madeira!
a rezar a pai previra. O meu Descobrimos a ilha da
Deus, pois avô aceitou a relação Madeira!
iam mor- quando soube que ele Mas essa madeira
rer. Mas era capitão, e o casa- trouxe-lhes prob-
o meu pai mento aconteceu. Foi lemas. A ilha era tão
gritava: uma cerimónia linda, e densa que não se
- Não os dois estavam muito podia construir nada
podemos felizes. lá. Então decidiram
desistir! Depois de estarem um incendiar a ilha e
Ai- ano casados, eu nasci, voltar quando o fogo
nda temos e os meus pais ficaram se apagasse. O meu
muito que muito felizes. Mas pai voltou para casa e,
viver! o meu pai ainda era de tempos a tempos,
E com um marinheiro, e quando vinham dizer-lhe que
grande eu tinha apenas meses, o fogo ainda ardia!
esforço, propuseram ao meu Entretanto, mais
vontade. És um pouco conduziu a pai ir numa viagem irmãos nasceram, e
novo, mas pronto, caravela para um porto de descoberta, muito a família cresceu.
podes vir connosco. próximo, tornando-se perigosa mas não Sete anos depois do
- A sério?! Isso é no salvador de toda a muito demorada. Iam início do fogo, ele
fantástico! Quando tripulação. à procura de duas ilhas finalmente parou.
será a minha primeira - Este salvamento é que não se sabia se Então, arrumá-

19
viagem? digno de um capitão! eram imaginárias ou mos os nossos
- Bem, para começar Nós achámos que tu se existiam mesmo. pertences e
e te habituares, vais és o mais indicado Claramente, isto era rumámos à ilha
até Sagres na próxima para ser o nosso guia e um grande perigo. O da Madeira! E
semana só para bus- capitão! meu pai podia nunca que vida tivemos
car umas mercadorias. O meu pai não cabia voltar, perder-se no lá! A ilha era linda
- Muito obrigado pela em si de contente! De- mar, ir demasiado e muito fértil, e eu
oportunidade! Não pois de apenas 3 anos, longe, desviar-se da e os meus irmãos
vou desiludir Sua chegara a capitão. Isto rota,… Mas ele era brincávamos a todo o
Alteza. Juro-lhe que também significava um homem corajoso tipo de brincadeiras.
as pessoas ainda vão que poderia casar com e aceitou a proposta, Numa noite, disse ao
saber o meu nome. a minha mãe! Logo ansioso pela viagem. meu pai:
- Continua a sonhar, que chegou a Portugal, Então lá partiu, com o - Pai, estou muito
rapaz… correu a abraçá-la, e seu amigo Tristão Vaz orgulhoso de ti.
E o meu pai foi na sua ela perguntou: Teixeira. Bastou dizer isto para
primeira viagem. E na - Mas porquê tanto Depois de muitos dias comover o meu pai.
segunda. E na terceira. entusiasmo? sem sinal de terra, Abraçou-me, e aquele
E em dezenas de via- - Querida Constança, avistaram uma densa bebé chorão conde-
gens. Aprendia rápido eu fui eleito capitão! floresta. Era linda, nado à injustiça já
e o seu conhecimento Minha amada, isto com todos os tipos de não existia. Em lugar
levou-o a subir na quer dizer que já árvores e de frutos. dele estava agora um
carreira. Era já uma podemos contar ao teu E também animais! capitão corajoso que
pessoa de importância pai! Constança, queres Havia de tudo! amava a sua família.
quando, numa viagem casar comigo? -Chegámos! Descobri- As pessoas sabiam o
à Itália, a sua caravela - Oh, meu Deus! Sim, mos a ilha! seu nome.
se meteu numa tem- quero! - Sim, mas que lhe
pestade enorme. A E beijaram-se com iremos chamar? - o Juliana Senra - 8.º B

2010-2011
Diogo Cão
Um Marinheiro do Futuro
Diogo Cão foi um sido acesas para dar léguas
navegador português um ambiente amo- para o
enviado por D. João roso, mas, de repente Brasil.
em duas expedições do nada aparece um Quando
pela costa ocidental DJ cheio de “pinta” Diogo
africana, entre 1482 e e começou a alegrar Cão viu
1486, chegou à foz do aquela gente toda num aqueles
Zaire onde estabeleceu ritmo alucinante, era índios
as primeiras rela- a pura festa cheio de todos
ções com o Reino do vida e alegria. com
Congo. Noutra expe- Com a manhã veio a flechas
dição em 1485 chegou responsabilidade de a voar
ao Cabo da Cruz a manter o barco limpo na sua
actual Namíbia onde, e arrumado. Um dia di-
pela primeira vez, uti- foi passando atrás do recção, objectivo de os der-
lizou os padrões outro até que algo virou logo para trás rubar, os marinheiros

20
de pedra, como estranho aconteceu. rumo à sua aventura gritavam:”É o ataque
substituto das No dia 64 um marin- pela costa africana. do homem do lixo,
frágeis cruzes heiro avistou terra que O medo entre os salvem-se”. Mas a
de madeira para não devia de lá estar marinheiros começou onda apenas os con-
assinalar a pre- pois só passariam pelo a revelar-se mas estes duziu para a Serra
sença portuguesa Cabo Bojador ao cen- engoliram-no e con- Leoa onde repousaram
nas terras descobertas. tésimo dia. Uma certa tinuaram o seu rumo. um pouco em terra.
O oceano Atlântico desconfiança despertou À noite contavam-se Após 2 dias de descan-
era um mar cheio de de Diogo Cão e voltou histórias sobre mon- so num hotel de luxo
perigos e aventuras, a fazer e refazer os stros e remoinhos que tiveram de partir por
esta é a de Diogo Cão. seus cálculos, e após povoavam o oceano causa de um ataque de
Era o primeiro dia da algum tempo aperce- atlântico e muitos malária. A aventura
expedição pela costa beu-se que segundo os eram aqueles que se prosseguiu mas desta
africana, o ano era registos das estrelas riam e iam para a sua vez em direcção ao
1482 e os belos pás- das noites anteriores cama dormir relaxa- cabo da Santa Catarina
saros de primavera estava a ir para su- dos. para depois explorar
rasgavam o céu, o mar doeste. Diogo Cão Numa manhã de ne- junto à costa a zona
estava calmo. teve uma epifania que voeiro, o lixo acumu- desconhecida até à
A tripulação andava estava no Brasil mas lado, que chegava às actual Namíbia.
de um lado para o estranhou pois sabia toneladas foi deixado Quando chegaram
outro içando as imen- que se encontrava a no mar e de repente ao 1º ano houve uma
sas velas e prepa- centenas de léguas de uma energia verde reu- comemoração e um
rando-se para uma distância. O que Diogo niu o lixo todo numa pacto foi feito, de que
grande festa que iria Cão não sabia era que forma de humano todos os marinheiros
determinar o inicio de havia passado um gigantone que lançou quando voltassem a
imensas descobertas, o portal interdimensional com as suas mãos suas casas não podiam
sol já se tinha posto e que o levara a ultra- nojentas de cuspo uma revelar nenhuma das
imensas velas tinham passar todas aquelas onda tsunami com o estranhas coisas que

Jornal Rumos - n.º 3


Solidão
haviam passado, que o
que acontecia no barco
ficava no barco.
Após o pacto, algo Claro que não é que sempre podemos corpo e a mente.
sobrenatural acon- bom estar sozinho, relembrar. Não estar só também
teceu, apareceu o sentimo-nos sempre é muito importante,
Feito o balanço estar
grande monstro de é acima de tudo uma
bem quando temos em sozinho tem van-
“Loch Ness” que já necessidade básica,
companhia, por outro tagens e desvantagens.
alguns marinheiros porque é muito impor-
lado a solidão pode Por um lado, sozinhos
tinham identificado tante a nossa a relação
ser um bom refúgio. podemos reflectir
na Irlanda. Por mais com as pessoas
No entanto, estar sobre a nossa vida,
estranho que pareça, que nos rodeiam. É
acompanhado, implica
aquele começou a falar assim que crescemos
português e a dizer
ouvir as outras pessoa,
respeitaá-las, saber
...estar intelectualmente ao
concretizarmos as
que tinha vindo em
paz e que concedia um
estar em grupo. Mas, acompanha- nossas reflexões e
apesar disto, também
desejo ao navegador
podemos descobrir
do, implica sonhos juntamente
capitão do barco. Di- com as outras pessoas.
ogo Cão não hesitou,
novas amizades, ouvir as out- Conclusão, é não
novos sítios, novas só importante estar
após aquela longa via-
gem que duraria mais
aventuras e temos ras pessoas, só para descansar e
sete anos logo pediu sempre alguém com
quem desabafar. Por
respeitá-las, reflectir, mas também
que os levasse à costa é importante estar
africana desconhecida, um lado, a solidão saber estar com os outros

21
também é boa para para crescer e
e aquele simpático
matulão gerou uma poder pensar naquilo em grupo… agir.
parede de energia à que fizemos, dissemos Mas nunca
volta da frota e sub- ou sentimos. os nossos sonhos e as exagerar na
mersos seguiram à Porque dá para relem- atitudes a tomar para solidão nem no
velocidade sónica que brar momentos bons e com as pessoas que barulho.
demorou apenas uma maus que tivemos ao nos rodeiam, acima de
hora, mas na realidade longo da nossa vida, tudo (e muito impor- Diana Dias - 7.º C
foi 1 dia apreciando momentos únicos tante) descansarmos o
a natureza do mar e a
festejar o fim daquela
aventura. Ainda sub-
mersos Diogo Cão
proferiu num tom de
gozo:”Isto também
conta no nosso pacto”e
todos aqueles marin-
heiros esfalfaram-se a
rir cansados da viagem
e relaxados por saber
que tinha acabado.
“Foi esta a viagem de
Diogo Cão, acreditem
ou não foi assim que
aconteceu (?)”.

Daniel Costa - 8.º A

2010-2011
S. Martinho no
La Salle
Magusto se comer castanhas
sem haver fogueira,
muito par-
sem haver saltos,
ticipativo sem haver caras sujas
realizou-se com carvão, se pode
sem brasa. considerar ma-
gusto. Segundo alguns
Organizado pela alunos inqueridos pelo
Associação de Pais, à clube de jornalismo
semelhança de anos acham “que não”,
anteriores, cerca de porque segundo
trezentos pais e encar- eles “magusto exige
regados de educação fogueira, brasa e muita
serviu de incentivo através deste momento
marcaram presença no alegria”.
para que eles viessem de convívio entre pais,
magusto deste à escola. Desta forma alunos, professores e
Magusto dos

22
ano. notou-se uma maior irmãos”. Segundo ele,
Foram muitos afluência dos pais o balanço foi “ muito alunos
os pais que comparativamente positivo, porque além castanhas
compareceram com outras reuniões”. do convívio entre os
no dia cinco
saborosas em
Segundo o director participantes, permitiu
de Novembro no do colégio, Olímpio também informar
“Semana da
colégio para primeiro Durães, depois de os pais sobre a vida Alimenta-
falar com o Director questionado pelo escolar dos seus filhos ção”
de Turma e conhecer clube de jornalismo no que respeita ao
os resultados das sobre a importância aproveitamento e Com o magusto do S.
reuniões Intercalares. do magusto, disse que comportamento e dar Martinho, realizado
Seguidamente, a momentos como o que a conhecer algumas no passado dia doze
Associação de se viveu “permitem das actividades orga- de Novembro,
pais organizou na que a comunidade nizadas pelo colégio e encerrou-se a Semana
cantina da escola um educativa estabeleça associação de pais”. da Alimentação. Os
momento de convívio, laços de amizade Pode perguntar -se alunos trouxeram as
onde não faltaram as castanhas, entregaram-
tradicionais castanhas. nas ao senhor Dias
No final, ainda houve que se encarregou de
caldo verde. as assar para a hora
Segundo uma aluna marcada. Quentinhas
do oitavo ano, que chegaram às diferentes
acompanhou os pais, mesas espalhadas
o magusto deste ano pelo colégio. Para
valeu a pena porque além das castanhas, os
“correu bem, porque organizadores da Se-
juntou muitos pais e mana da Alimentação

Jornal Rumos - n.º 3


convidaram os alunos direito como outras
a trazer outros alimen- pessoas de ter ao
tos saudáveis. Fez-se menos uma cadeira de
uma forte campanha rodas.
pelas turmas para ver Nisto os jovens
qual era a que melhor muito tristes pensaram
respondia. Segundo bem e começaram a
o júri, constituído recolher as tampinhas.
pelos professores de O entusiasmo destes
Ciências, a turma que jovens foi tão grande
se evidenciou foi o que depressa as
falámos uns com os Magusto pois pude
9.º A. recolheram e pediram
outros. conviver com os meus
ao Sr. Martinho que os
Achei que foi um dia colegas e claro, comer
Professores levasse para trazerem
espectacular pois tive castanhas!
a cadeira de rodas
realizam uma nova escola e tive
rapidamente. Quando
logo uma festa que foi Adriana Oliveira -
almoço de S. 7.º C chegaram com esta e a
o magusto.
Martinho entregaram ao men-
digo viu-se um grande
Paulo Silva - 5.º A São Martinho
Os professores real- sorriso na sua cara e
izaram no dia 11 de O Magusto no colégio Moderno o céu abriu com um
Novembro, na cantina La Salle realizou-se grande sol brilhante.
da escola, um almoço no dia 12 de Novem- Num dia de grande O Sr. Martinho

23
de S. Martinho. As bro durante Formação tempestade estava ficou tão fe-
castanhas marcaram Cívica. um mendigo sem liz que decidiu
presença, servindo de Os alunos do 3º ciclo perninhas a rastejar empregá-los,
pretexto para au- colocaram as suas à procura de comida, assim como ao
mentar os laços de castanhas e bebidas quando passa um mendigo.
amizade tão preciosos nas mesas de pingue- grupo de jovens a No entanto, o
nos tempos que pongue e começaram fazer troça dele. mendigo fez a sua
correm. Mesmo assim a celebrar o magusto. Logo depois passa vida muito melhor e
de notar a ausência de As restantes turmas um senhor com um o Sr. Martinho foi de-
muitos professores. espalharam-se pelo grande carro, chamado clarado santo, ficando
colégio em locais Martinho, vinha do assim conhecido por “
O meu Pri- abrigados pois a chuva seu emprego e quando S. Martinho”.
meiro São ameaçava surgir. viu aquilo começou a
Célia Maio - 7.º B
O Magusto foi bas- dizer-lhes:
Martinho no tante apreciado pelos - Não acham que estão
La Salle alunos pois puderam a reagir mal? Uma pessoa
conviver com os Deixem esse pobre nunca antes
Na minha nova escola alunos das suas turmas senhor em paz, tam- vista
tive o magusto, claro e de outras. bém não gostavam de
foi a minha primeira Quando as castanhas ser assim, maltratados Era um dia como
vez, gostei muito. já escasseavam e e pobres, pois não? tantos outros em
Juntámo-nos em as bebidas eram E em vez de estarem Itália. Estavam num
conjunto, comemos poucas, os alunos do a fazer troça dele, mês de Inverno e
castanhas e bebemos 2º ciclo divertiam-se podiam era apanhar muitas pessoas pobres
sumo. com jogos de grupo essas rolhinhas que morriam, não só ao
No fim brincámos, bastante engraçados. estão no chão, para frio, mas também à
jogámos às cartas e Eu gostei bastante do este senhor ter o fome. Eram muito

2010-2011
saíram à rua, para
ver a causa daquele
ficando mais escuro feliz dia. Quando se
e chuvoso, o que em aperceberam dessa
parte até era verdade. causa, condecoraram
poucas as pessoas Em Itália chovia Martinho Santo. Por
que ainda davam uma muito, e já chegara isso se chama, nos
percentagem, por mesmo a trovoar. E dias de hoje, «o S.
mais pequena que foi então que um dia, Martinho».
fosse, a alguém pobre. Martinho teve que ir
Uma dessas poucas pela centésima vez Miguel Oliveira -
pessoas, era um rapaz à cidade. Comprou 7.º B
ainda jovem, que se alguns cobertores carro e de seguida, fez
Deus quisesse ainda devido ao aumento São Martinho explodir o motor deste
ia ter muitos anos do frio, e uma grande Moderno II provocando assim,
de vida. Esse rapaz percentagem de um estrondo deveras
chamava-se Martinho. alimentos. E foi então Martinho era um impressionante.
Esse jovem rapaz, que viu, mesmo no jovem que trabalhava Começara o granizo a
vivia longe de qual- centro da cidade, um como motorista de cair, juntamente com
quer cidade existente pobre velho, cego, uma empresa de a chuva e Martinho,
naquele país, não quase a morrer de frio tecidos. indo mais devagar
porque quisesse, e a pedir esmola. Ao Naquele dia, chovia avistou um mendigo.

24
ver essa pobre pessoa, torrencialmente e Aproximou-se e viu
mas porque
Martinho chegou ao Martinho dirigia-se a que este estava ferido,
não conseguia
pé dela e, sem frase um dos clientes. consequência do
acordar, olhar
alguma, cobriu-o com Pelo caminho, o jo- granizo e que
pela janela do
um dos seus cober- vem motorista olhava apresentava sinais de
seu quarto, e ver
tores e pôs-lhe alguns através do vidro da hipotermia. Rapida-
pessoas a dormirem
alimentos em cima carrinha, as paisagens mente o levou para
ao relento. No
de um pano, (esse a ser fertilizadas pela a carrinha, cobriu-o
entanto, sempre que o
pano era para pôr as chuva, que por sinal, com os tecidos mais
seu destino o obrigava
esmolas das pessoas era fortíssima. Já quentes e fofos que
a ir à cidade, ele que, quando por lá havia passado quase tinha e envolveu as
suspirava, mas lá ia passavam, deixavam) um mês e nem um feridas também com
no seu carro, a passar que, infelizmente, raio de sol se havia estes.
por ruas e mais ruas. não continha nada. avistado. Havia até Depois conduziu-o ao
No entanto, não se E foi então que, acontecido catástrofes hospital.
podia dizer que Itália reza a lenda, pura e naturais em vários Quando saiu do
era um país muito miraculosamente, países. hospital, quase cegava
seguro. Havia bastan- depois deste grande Ia olhando para fora com a força dos raios
tes marginais, e por gesto de caridade, quando ouviu um de Sol.
isso a percentagem de parou de chover. O dia enorme estrondo. Esses raios tinham
mortes nesse país era cobriu-se de um sol Pensou que dois sido a recompensa, a
ainda maior. Muitos nunca antes visto, e carros, ou até mais, recompensa de Deus
emigrantes que por um arco-íris com sete tinham embatido. ao milagre do, agora,
lá passavam, até cores encheu a cidade. Mas não! Havia sido o S. Martinho.
diziam que por cada E foi então que, granizo que começara
morte que houvesse dezenas, e talvez até a cair que rebentou Rui Fernandes
naquele país, o dia ia centenas de pessoas, o capôt de um - 7.º B

Jornal Rumos - n.º 3


Entrevista
JESÚS MIGUEL ZAMORA
Serenidade, Segurança e Alegria
Jesús Miguel iversário, animado pelos meus país, sobretudo
Zamora Martín, pela minha mãe, ingressei no Aspirantado de
Irmão de la Salle Tejares (Salamanca) e pouco a pouco fui desco-
que tantas vezes brindo a minha vocação. Em Salamanca tive a
esteve em Portu- sorte de ter bons formadores. Desde muito cedo,
gal, é o primeiro nos transmitiram outra forma de ser Igreja, com
Visitador do um espírito mais amplo e aberto à novidade
Distrito AR- que se vivia. Mais tarde veio o Noviciado que
LEP. A presente foi compartilhado por três distritos (Madrid,
entrevista servirá Valência- Palma e Valladolid). No Escolasticado
para descobrir- descobri o sentido e o valor da comunidade.
mos algumas das Logo a seguir ofereceram-me uma nova visão
linhas mestras da vida religiosa e experimentei com os meus
que iluminam o seu olhar e orientam o seu trab- colegas dinâmicas comunitárias novas para nós.
alho. Foi sem dúvida a etapa de formação que mais
RUMOS - Jesus Miguel, pode-nos dizer os me marcou na vida. Na minha vida com os

25
momentos mais marcantes do seu itinerário Irmãos, destaco o meu interesse por viver a
lassalista. vida comunitária.
Jesus Miguel (JM) - Ao celebrar o 11º an-
RUMOS – Como valoriza a sua própria
AUTO-RETRATO história?
As melhores experiências da tua vida: JM – ao olhar para trás, posso afirma que
A etapa do Escolasticado e a mina experi- vivi uma vida sem sobressaltos nem grandes cri-
encia de vida com a equipa de animação
ses e que o meu itinerário foi um processo muito
distrital.
Uma convicção irrenunciável: Ser Irmão é natural. Valorizo toda a formação que me deram.
a melhor coisa que me podia ter aconte- Desfrutei de todas as experiências e considero
cido. que tudo o que sucedeu na minha vida foi uma
Uma esperança: que ao compartilhar jun- bênção.
tos este processo consigamos descobrir
melhor Deus que caminha a nosso lado.
RUMOS – Depois de um intenso processo
O maior “desgaste”: Estar com a mente
em muitos lugares ao mesmo tempo.
deliberativo e participativo em Dezembro de
Uma frase para o caminho: “Isto é de lou- 2009, celebrou-se a Assembleia Constituinte
cos; mas bendita loucura”. do novo Distrito. Em Janeiro de 2010, o Ir.
É lei de ouro: viver enraizados em Deus, Superior Geral procede à sua nomeação como
desfrutar da experiência de Deus. primeiro visitador do Distrito ARLEP. O que
Uma disjuntiva: ou construímos um futuro lidera neste momento histórico?
com garra ou “apaga e vamo-nos”
JM – Tento liderar a enorme ilusão presente nos
Dois ícones para o novo Distrito: os dis-
cípulos de Emaús (descobrir juntos o Irmãos e professores. Procuro traçar iniciativas
caminho e deixarmo-nos surpreender por ajudado pela Equipa de Animação do Distrito.
quem se torna companheiro de viagem; Pretendo estabelecer uma coesão perante esta
celebrar com gozo a nossa fé) e Nicodemos nova realidade e pretendo incutir uma certa
(mesmo tendo uma idade avançada, quan- segurança e serenidade.. No fundo, desejo liderar
do nos deixamos contagiar pelo Espírito,
a ilusão de descobrir que podemos ser e viver
somos capazes de renascer de novo).
como irmãos apesar das incertezas. O melhor de

2010-2011
modificando as nossas formas tradicionais de ser
Irmão. Isso sim, há algo que será comum a todas
as pessoas e comunidades: a experiência de Deus
vivida na fraternidade.

tudo é que não me sinto sozinho. Precisamos da RUMOS – A Família Lassalista é cada vez
ajuda de todos. A equipa da ARLEP realizou um mais plural. Como se vai, futuramente, fomen-
trabalho duro e a quem muito deveríamos agra- tar e implementar o sentido de pertença?
decer. A data de 2010 pareceu-nos oportuna e só
JM – Existem pessoas que desejam viver a
foi possível avançar com este projecto porque por
Missão Lassalista de uma forma mais profunda.
trás esteve um longo trabalho de todos. Estamos
criando algo novo. Um novo Distrito que requer Existe um sentido vocacional muito profundo nos
uma nova metodologia, uma nova forma de fazer Associados. Os seculares são os que mais impul-
as coisas. A primeira coisa que se deve modificar sionam para isso, depois da formação recebida.
é a nossa forma de pensar. Não é a mesma coisa Descobriram uma nova dimensão vocacional no
pensar que “somos um” do que “somos sete” seu trabalho, uma forma de vida que transforma e
satisfaz. Vamos acompanhar esses processos des-
RUMOS - Quais são os principais desafios no de os diferentes Sectores. Num futuro próximo
funcionamento do novo Distrito. nascerá uma Coordenadora de Associados que
JM – Temos que fazer fluir a relação e partilhar
pretende dar corpo ao numeroso grupo de Asso-
muitas mais realidades. Os visitadores formam
ciados existentes no Distrito. Isto contribuirá para
uma comunidade e juntos partilharemos o
Distrito, animaremos os Irmãos, reflec- que os professores manifestem as suas inquieta-

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tiremos… devemos ter consciência de que ções e necessidades. Tem já a capacidade para se
somos um. organizarem e caminhar, em diálogo permanente
Os Centros devem sentir-se a funcionar com os Irmãos. Vamos seguir potenciando tudo
numa única Rede Distrital. Cada um deve isto, sem multiplicar em demasia as estruturas
sentir-se próximo aos que estão mais distan- existentes.
tes da nossa rede local. Temos que nos sentir Há também outras questões que abrem novos
mais universais e apoiar as estruturas comuns. horizontes, por exemplo: como estender a voca-
ção lassalista à família? Como viver a vocação
RUMOS – Na qualidade de Presidente da
lassalista em família? Ou como viver o ideal de
CONFER para a CC.AA. de Astúrias, Can-
La Salle no feminino?
tábrica e Castilha e Lião, como pensa que se
deve viver a vida consagrada com um rosto de
Irmão de la Salle? Como vê o futuro da Vida RUMOS - Finalmente, Jesús Miguel, deseja
Religiosa? dirigir uma mensagem a todos os lassalistas?
JM – Um dos horizontes do Capítulo Geral é JM – Viver a vocação lassalista como Irmãos ou
o desafio da recuperação da dimensão interior. professores seculares, sentir-se lassalista, desco-
Descobrir o que significa viver com profundidade brir João Baptista de La Salle, é muito estimulan-
a nossa Vida Religiosa ajudar-nos-á a encontrar te e enche-nos de ilusão e podê-lo partilhar com
novas formas de concebê-la, irá surgindo uma os outros, ainda torna tudo mais fascinante.
Vida Religiosa mais aberta e dialogante, mais Viver cada um desde o seu sentido de pertença
próxima das pessoas e situações, com enfoque
profundo a esta família faz-nos descobrir uma
nos pobres. Temos de actualizar a nossa dimen-
realidade que nos transcende. A nossa experiência
são transcendente, ser mais simples e transpar-
entes, compartilhar com os professores a vida, de Deus e da fraternidade vivida e partilhada com
a oração, a missão, a relação pessoal. O facto os professores enriquece-nos. Nunca devemos
que algum Irmão viva numa comunidade de esquecer que isto que estamos a fazer é obra do
seculares, que existam comunidades de irmãos Espírito. Ele terá que nos indicar por onde de-
que acolham seculares… são passos que vão vemos caminhar. Não lhe coloquemos obstáculos.

Jornal Rumos - n.º 3


Espírito de Natal
Espírito Na-
talício

Caracterizo o
Natal como tempo
de solidariedade e
esperança.
Nesta festa Natalícia
comemora-se o nasci-
mento de Jesus.
A família reune-se, faz
o presépio, preparam
os presentes para
distribuir entre famili-
ares e amigos.
É uma época do ano este momento festivo simbolizar o Natal. - Faz-se o pinheiro de
fria, ventosa e até é vivido com muito Os mais pequenos natal;
mesmo assustadora, entusiasmo e alegria, encontram-se ansiosos - Decora-se a

27
mas aconchegante pois geralmente as para o momento da casa;
quando temos uma familias reunem-se. abertura das prendas -Preparam-se
família para nos Nas ruas há uma que estão escondidas jogos;
aquecer e nos dar azáfama à procura da atrás da árvore. - Fazem-se
carinho. prenda “especial” para O Natal é assim um compras para
Existem aquelas o avô, para a mãe, encontro da família, serem os presentes
pessoas que não para o irmão… e o convívio entre natalícios;
têm casa, família As ruas estão enfeita- diversas gerações, - Prepara-se a ceia…
nem mesmo amigos, das de luzes, cores e tão importante para O Natal serve para
mas pessoas mais sons envolvidos com preservar a tradição e unir as famílias e
afortunadas oferecem música Natalícia. o valor da familia para celebrar o nascimento
dinheiro, comida, É uma época quase a sociedade actual. de Jesus.
camas, cobertores… mágica, dado que as O Natal para os
e tudo aquilo que os pessoas estão bem Beatriz Vaz . 7.º A cristãos vive-se
pobres precisam. dispostas, alegres a pensar em Deus e
Assim podemos dizer e inspiram paz e O Natal em Jesus, também se
que o Natal é vivido harmonia. A época natalícia é vive quando nós nos
por todos. Quando chega o dia uma época de alegria, reunimos em família
24 de Dezembro, tudo paz, solidariedade, e quando ajudamos
Vera Lima - 7.º B parece diferente. A amor e carinho. É tam- alguém. O significado
mesa encontra-se en- bém uma época em do Natal é amor e
Natal é a festa reli- feitada com a melhor que a família se reúne alegria, porque alegria
giosa mais importante toalha e repleta de e recebem presentes, é quando Jesus nasce
do ano.Celebramos o iguarias: rabanadas, no Natal fazem-se e o amor é quando
nascimento do menino aletria, frutos secos e vários preparativos: toda a gente se reúne
Jesus.Na maioria das no centro da mesa um - Preparam-se os celebrar o seu nasci-
casas portuguesas, arranjo de azevinho a doces; mento.

2010-2011
a ajudar porque as
ricas, essas não se
preocupam com quem
mais precisa, preferem
categoria de Madre, organizam-se imensas
esbanjar o seu din-
fundou a Congregação campanhas de solidar-
heiro em coisas fúteis
das Missionárias da iedade, principalmente
que servem apenas
Solidarie- Caridade em que se na altura do Natal. É
para se beneficiarem a
dade com a instalou uma enorme bom saber que ainda
si próprias.
polémica. há grupos de pessoas
Pobreza Nas campanhas de
Apesar de tudo isto, que se preocupam Natal pede-se, quase
Durante vários sécu- Madre Teresa continu- com os mais neces- sempre, para colabo-
los houve pessoas que ou a ser solidária para sitados e se unem para rarem com alimentos
se dedicaram a servir com os pobres, sempre conseguir ajudá-los. básicos como: massa,
os outros. com o objectivo de Isto é a prova que o arroz, enlatados, óleo,
Uma dessas pessoas os ensinar e acolher, ser humano quando azeite, vinagre, leite,
foi Madre Teresa de como João Baptista de quer consegue ser etc., com prazos de
Calcutá. La Salle. amigo um do outro. validade bastante
Teresa foi o nome Mais tarde, foi para As campanhas de alargados.
adoptado por si para Uma das mais conhe-
se envolver mais na cidas associações que
Religião, já que o seu todos os anos ajuda
verdadeiro nome milhares de famílias
é Agnes Gonxhe é o Banco Alimentar.

28 Bogaxhiu.
Certo dia após
ouvir um mis-
sionário, Agnes
Todos os anos são
recolhidas toneladas
de alimentos que
são distribuídos por
despertou uma famílias carenciadas.
enorme curiosidade Também nós, aqui no
por essa vocação. La Salle temos a nossa
Quando cresceu, Itália onde manteve a Natal surgem mais no própria campanha de
Agnes entrou para a sua vontade de ajudar Natal talvez porque solidariedade, onde
congregação Mariana os pobres, e onde o nesta época as pessoas recolhemos alimentos
das filhas de Maria fez, evidente. estão mais sensíveis para depois distribuir
mas continuou a Já perto da morte, a boas causas e se pelas famílias mais
ajudar pobres em recebeu o Prémio deixam contaminar carenciadas da nossa
sua casa. Com 18 Novel da Paz e após pelo espírito natalício. zona que todos os
anos, envolveu-se esta, foi proclamada As campanhas de anos vêm pedir-nos
ainda mais nesta Santa pelo Papa João natal ajudam milhares ajuda.
missão e permaneceu Paulo II. Tudo graças de pessoas, mas Todas as pessoas
numa congregação: à sua solidariedade infelizmente as pes- deveriam colaborar
a Congregação do para com os pobres. soas que contribuem em campanhas de
Loreto, na Irlanda, para essas campanhas solidariedade,
onde serviu, durante Rui Fernandes não são aquelas que
- 7.º B
porque hoje são os
a maior parte da sua possuem muitas outros mas, amanhã,
vida, os pobres e posses e estão bem na poderemos ser nós a
necessitados. Campanha de vida, são as pessoas precisar de ajuda.
Fez a sua profissão Natal pobres que sabem o
perpétua a 24 de que é ter dificuldades Adriana Oliveira
Maio de 1931. Já na Todos os anos e por isso se dispõem - 7.º C

Jornal Rumos - n.º 3


Cinema
Visualizámos um costumes ancestrais “Adorei este filme
filme na aula de e muitos problemas porque , além de
Língua Portuguesa escondidos, violência gostar de chocolate,
muito interessante e doméstica e frágeis ele transmitia grandes
com uma temática relações familiares. mensagens, grandes
riquíssima. Contava a No final tudo acabou lições para a nossa
história de uma mãe e em bem graças à vida. Devemos ser
filhinha que viajando doçura do chocolate. criativos, solidários,
ao sabor do vento Derreti-me ao ver tolerantes… fiquei a
Norte, foram parar a todo aquele chocolate perceber neste filme
uma certa aldeia, al- e adorei ver que as que é muito difícil
deia essa onde abriram pessoas podem ser resistir ao nosso sonho demais… Resumindo
uma chocolataria que felizes, basta simpli- porque se nos puser- gostei de ver a festa
viria a transformar a ficarem um pouco a mos a caminho e lutar- e as caras felizes dos
vida de muita gente. mos por ele, seremos habitantes de uma
vida e adoçá-la.”
pessoas realizadas aldeia graças à loja do
“Naquela aldeia havia Ana Costa – 8.º A e ajudaremos os chocolate.”

29
Ana Dantas –
8.º A
A NOSSA CAPA DE E.V. T.
“(…) uma das
“A nossa capa de EVT” foi um trabalho realizado ao longo do primeiro partes que mais
período pelas turmas dos 5ºs e 6ºs anos, onde abordaram muitos conteúdos me marcou foi o da
para poderem ver como uma “Obra” completa. Para a identificar fizeram o violência doméstica.
estudo da letra e da cor. Para a sua decoração, estudaram o projecto e apro- Aquela mulher que
fundaram o estudo da cor anteriormente feito. No final não ficou uma sim- andava sempre de um
ples capa, mas sim uma capa de EVT feita pelos próprios alunos, com o lado para outro, cheia
objectivo de aí guardarem os trabalhos realizados ao longo do ano lectivo. de medo, rotulada de
tola por todos. Mas o
que eles não sabiam
era que o seu marido
lhe batia e como ela
achava que apenas
existia o mundo dele ,
não resistia e voltava
para ele. A dona da
chocolataria ajudou-a,
acolhendo-a em sua
casa, ajudou-a a
resistir e ela acaba por
se transformar numa
pessoa normal.”

Daniel Costa – 8.º A

2010-2011
POESIA
É triste saber É Natal em todo o lado
É triste saber que humanos vivem em É Natal em todo o lado
constante humilhação, Mesmo com os presentes
ou qualquer outro tipo de privação. O melhor de tudo é estar aqui
Nós não temos noção, E poder celebrar
pois temos tudo na mão.
Os sorrisos são inevitáveis
É Natal, é tempo de abrir os olhos, É espírito de Natal
É tempo de ouvir os gritos do mundo, Os amigos inseparáveis
Que o sofrimento não cala. Alegria total
É altura de dar amor aos molhos,
E ver pessoas a sair do fundo, É Natal em todo lado
Para fazer uma gala. É tempo de animar
Ninguém consegue estar parado
Eu sonhei que o Natal, É tempo de conviver e partilhar.
Passou a ser todos os dias,

30
Vi uma Pessoa deixar o bem material Francisca Lopes - 9.º A
Para ver desaparecer expressões
frias. Sou…
Tenho pena que tenha sido apenas
fantasia, Sou intruso, excluído e atormentado
Pois é bem diferente a verdade. Sou frio, sombra e vento
Mas se cada um der a sua retribuição, Sou elemento regulação e equilíbrio
A solidão desaparecia e mostraria a Sou a noite, escuridão e trevas
alegria. Sou o pulsar, a vida e a morte
E mostrava-se que o sonho poderia ser Sou inocente, criança no pensamento
realidade, Sou pecado, tentação e proibido
E não apenas uma ilusão. Sou o som rasgado e cruel
Sou a mentira, a verdade e o testemunho
Basta deixarmo-nos levar harmonia Sou contraste, inimigo e aliança
Desta época, ajudando os que sofrem. Sou feitiço, reincarnação e espírito
Estendendo a mão aos que são despreza- Sou luz, claridade e sol
dos, Sou pureza, condenação e silêncio
Passaremos um Natal, com mais paz no Sou melodia, esperança e sangue
coração! Sou ar, desenho e preguiça
Sou palavra, verso lírico
O novo começa em cada um de nós, Sou sabedoria, pureza e humildade.
E o Natal está presente em cada um de
nós! Diogo Silva – 12º ano

Ana Helena Monteiro - 9.º A

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Gabinete de Informação
e Apoio ao Aluno
No presente ano lecti- escolar, Paulo Nóvoa. Gabinete de Educação plina de Área de
vo, entrou em funcio- Sempre que se julgue para a Saúde da Casa Projecto e por alguns
namento, no colégio, o conveniente, com a da Juventude de Bar- cartazes, estrategica-
Gabinete de Informa- devida autorização do celos. mente, colocados no
ção e Apoio ao Aluno Encarregado de Edu- O Gabinete funciona colégio. Foi, ainda,
(GIAA). cação, o aluno poderá no seguinte horário: criado um e-mail para
O GIAA, incluído no ser encaminhado para Segunda-feira – o GIIA (gialasalle@
Projecto de Educação
para a Saúde, pretende O GIAA, incluído no Pro- gmail.com) através
do qual os alunos
ser um local aberto
a toda a comunidade
jecto de Educação para a poderão colocar as
suas dúvidas. Apesar
educativa visando ser Saúde, pretende ser um lo- do referido, nesta fase
espaço de reflexão,
partilha e informação cal aberto a toda a comuni- inicial, a afluência ao
GIIA tem sido pouco
sobre temas relaciona- dade educativa visando ser significativa.
dos com a promoção
da saúde. espaço de reflexão, partilha Foi proposto

31
à professora
O atendimento é
gratuito e de carácter
e informação sobre temas Diana Ferreira
sigiloso, contando relacionados com a pro- que dinamiza-
se a elaboração
com a colaboração
dos professores Carlos moção da saúde. de um logótipo
Lopes e Paula Lopes, acompanhamento 14:00h às 14:45h e para o GIIA, o que
da Enfermeira Josefina exterior ao colégio, 16:30h às 17:30h; Ter- foi concretizado pela
Morais, do ACES - nomeadamente pelo ça-feira, Quarta-feira aluna Maria Francisca
Cávado III – Barcelin- ACES Cávado III – e Quinta-feira – 9:50h Henriques do 8º ano,
hos e do psicólogo Barcelinhos e/ou pelo às 10:15h; a quem se agradece
Sexta-feira todo o empenho e
– 9:50h às colaboração.
10:15h e Saliente-se que este
14:00h às espaço é mais uma
15:00h. valência que o colégio
O GIIA faculta aos seus alu-
tem sido nos, indo de encontro
promovida às suas necessidades e
pela rádio à sua formação in-
escolar, tegral, enfatizando a
pelo site do educação em valores
colégio, por própria dos centros
um grupo lassalistas.
de 12º ano
no âmbito Carlos Lopes
da disci- - Professor

2010-2011
Festa de Natal
Encheu pavilhão do Colégio
A festa de Natal da uma dança do 7º ano,
escola aconteceu no seguindo-se o teatro
dia 17 de Dezembro e do 8º ano, em que se
foi um êxito, porque alertou para a im-
o pavilhão mais uma portância do menino
vez se encheu de ma- Jesus, sobrepondo-se
gia, de espírito natalí- ao Pai Natal. Depois,
cio e de pais e encar- o público assistiu a
regados de educação. uma coreografia muito
Pelo palco passou um enérgica do Clube de
conjunto de números Dança, seguida da
natalícios cheios de primeira declamação
arte e encanto. de poemas pelos alu-
Segundo o Professor nos do 9º ano, que se dos restantes anos do os alunos de 9º ano
Olímpio, director da repetiram nos vários secundário: primeiro, sortearam 3 cabazes,
escola, a Festa de intervalos. o 12º ano despediu-se prémios da venda de
Natal “correu Seguidamente, as da festa de natal com rifas, cujas receitas

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muito bem por diversas turmas do uma sátira fabulosa revertiam para a sua
haver muita par- 2º ciclo brindaram- sobre a situação dos viagem de finalistas.
ticipação entre nos com belíssimas nossos contribuintes, O clube de jornalismo
os alunos. Todos cantatas de natal com com uma actuação foi recolher a opinião
os números melodias diferentes. brilhante do “palhaço de alguns alunos sobre
tinham a ver com o Já cheios do espírito contribuinte”, rep- a festa. “
Natal, havia muitos natalício, o público resentado por Paulo A Festa de Natal foi
pais no público, o que apreciou a apresenta- Sérgio, que também divertida, as turmas
contribuiu para um ção da Associação de escreveu esta peça desenvolveram bem
muito bom ambiente”. Pais, sempre prontos maravilhosa. o tema e foram cria-
Em relação à orga- a ensinar-nos o verda- Depois desta grande tivas”, disse Andreia.
nização acrescentou: deiro espírito de Natal, despedida, o 10º ano Para o Gil “a festa
“foi organizada pelos com uma brincadeira encerrou a festa com de Natal foi bastante
professores, mas é ou outra pelo meio. uma peça humorística, criativa, até porque as
importante referir que Chegado o fim da brincando com o pessoas gostaram mui-
os alunos também noite, o público famoso programa tele- to e permaneceram até
ajudaram. Para finali- delirou com uma visivo “Secret Story”. muito tarde, ficando
zar, dou os parabéns a apresentação do clube Durante esta grande até ao final”. Francisca
todos os participantes de Teatro, já muito festa, o pavilhão declarou que “ foi uma
da festa”. anunciada pelos apre- encheu por completo, experiência diferente,
A Festa iniciou-se sentadores. O clube de e as pessoas per- que serviu para nos
com uma original teatro esteve à medida maneceram até ao fim, enriquecer na área do
brincadeira dos apre- das expectativas e o que demonstra a palco”.
sentadores do 11º. De mostrou-nos também importância e a quali-
seguida, iniciou-se uma bonita história. dade dos números Juliana Senra - 8.º B
o espectáculo pro- Ainda houve tempo apresentados.
priamente dito com para as actuações Num dos intervalos,

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2010-2011
Jornal Rumos - n.º 3
Oficina de Escrita
“A minha liberdade termina onde começa a dos outros”
A minha liberdade termina onde começa a do sobre o “outro”. Será que podemos ter liberdade
outro, trata-se de uma compreensão individualista, quando a do outro se impõem à nossa? Na verdade
a qual impõem limites à liberdade do eu e à do se alguma liberdade se impõem a outra, essa deixa
outro, deste modo deixa-se de denominar como tal. de ser denominada como tal, pelo facto de impor
Efectivamente a minha liberdade não pode termi- limites. E é certo que algo que imponha limites
nar quando começa a do outro, pois admitindo que também se limite a si próprio, na medida em que
tal sucederia eu como é evidente não teria liber- se restringe a si mesmo. A liberdade é algo que
dade uma vez que há algo que se impõem a mim. não restringe mas que engloba. Deste modo não
É de notar que a liberdade é uma qualidade hu- falaríamos em liberdade mas sim em individual-
mana que consiste na capacidade de nos guiarmos ismo.
por motivos e valores conscientemente assumidos, De tal forma que a minha liberdade é responsável
o livre arbítrio, com manifestação absoluta de pela liberdade do outro, como tal a minha liber-
vontade. dade não termina mas continua com a do outro.
Quando nos focamos no que é ter liberdade, este José Pedro Mendes
pensamento, obriga-nos inevitavelmente a reflectir - 12.º A

O enunciado “ a minha não limita a do outro. portas, o indivíduo não sua liberdade por se
liberdade termina onde Supondo a existência iria evoluir e perspec- relacionarem? É lógico,
começa a do outro” de um único homem tivar nada além da então, e irrefu-
restringe-se a uma à face da Terra, este sua realidade presente, tável que a união
suposição falsa. O
que vem, por sentido,
ser defendido é que
“a minha liberdade
viveria num ambiente
com posições, formas
e situações imutáveis
pelo que, não renovaria
o que não acontece
numa sociedade cujo
quotidiano é baseado
em descobertas que
apenas poderia
solidificar se o
casal construísse
um laço em plena
35
começa conjuntamente o seu pensamento, não são partilhadas entre abertura, o que
com a do outro”. lhe surgiriam novas todos, potenciadora de apenas acontece se
Em razão de a verda- ideologias ou, sequer, novas mentalidades ambos fossem livres de
deira liberdade ser a opiniões. Por outro e, consequentemente, se expressar e partilhar.
do pensar, do desejar, lado, na companhia novas ânsias. Os exemplos de
do sentir, não serão de outros seres, a E se, ainda assim, redução ao absurdo
seguidamente apresen- disposição de todas as restar alguma dúvida foram investidos na
tadas justificações às coisas iria alterar-se, sobre a veracidade perspectiva de mostrar
normas e regras míni- e assim se passa na desta matéria, admita­- que apenas há evolução
mas e necessárias de verdade, em que pelas se que o individuo se se houver sociedade
organização social, de acções dos outros, o encontra introduzido e que a liberdade do
âmbito mais concreto Homem recebe novas numa sociedade to- Homem enquanto
e visível, entre elas, o realidades e assim talmente anárquica, ser na sua essência,
direito e o dever rela- cogita novas percep- inserido portanto em com capacidade de
tivo à propriedade, a ções e intenções. plena “liberdade”, sob pensamento, ânsias e
estruturação do espaço Se, ainda na mesma a condição de nutrir sentimento, só é vivida
público e o hierarquizar situação, este ser um forte sentimento em conjunto com o
da sociedade. isolado detivesse por outra pessoa. Qual outro, porque é esta
No espaço do nosso um forte desejo, o nexo da convivência unidade que gera mais
pensamento, é em seria simplesmente um se cada vez que um ex- opções e oportunidades
unidade que deverão singular desejo mesmo pressa a sua liberdade, ao indivíduo.
ser planeados novos que ambicionado com o outro perde a dele
projectos já que o racio- toda a liberdade. Não sua? Qual o sentido de Martinha Vale
cinar de um indivíduo seriam abertas novas ambos verem retida a - 12.º A

2010-2011
Última Página
Lassalistas Famosos
Mario Vargas
PRESIDENTE DA COSTA RICA EX-
Llosa
LASSALISTA Escritor e Prémio Nobel
da Literatura 2010
Laura Chinchilla Miranda actual presidente da Colégio La Salle - San-
Costa Rica, e a primeira mulher a ocupar tão tiago do Chile
elevada posição política, foi aluna do colégio La
Salle e pertencia à geração de 1976.
Rudolph Giuliani
RESPONSÁVEL DA COMUNICA- Mayor de Nova Iorque durante o 11 de Setem-
ÇÃO EM ROMA bro e Ex-Candidato Republicano nas eleições
primárias de 2008
O Irmão Jesús Martín Gómez, do Sector AR- Manhattan College - Nova Iorque
LEP de Valladolid, que tantas vezes esteve no
nosso colégio, foi nomeado Secretário Coor-
denador do Serviço de Comunicação do

36
Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs.
Desde o ano 2002 formou parte da Eq-
uipa de Animação Distrital e trabalhou em
temas de formação do professorado, pro-
gramas de inovação, implantação de novas
tecnologias, aprendizagem cooperativa, …
Durante os últimos anos, foi coordenador da
Subcomissão “TIC ao serviço da educação” da
ARLEP. Substitui em Roma ao Ir. António Var-
letta que, durante os últimos anos, desenvolveu
Brian Eno
Nome completo: Brian Peter George St. Jean le
um extraordinário trabalho de Comunicação do
Baptiste de La Salle Eno.
instituto.
Produtor musical de bandas e artistas como U2,
Talking Heads, Coldplay, Davi Byrne, Devo,
SANTIDADE NAS AULAS DE LA James e David Bowie, entre outros e ...., ex-
SALLE membro do grupo Roxy Music
Colégio La Salle de Ipswich - Inglaterra
Edições La Salle publicou o livro «Santidad en
las Aulas de La
Salle», um estudo onde os autores, o Ir. José
Luís Hermosilha e José Ramón Batiste (antigo
aluno e associado), recolheram os testemunhos
biográficos de uns 60 antigos alunos de La Salle
(professores, religiosos e irmãos) reconheci-
dos como santos, beatos ou servos de Deus. O
Ir. Álvaro Rodrigues apresentou o livro cujos
autores destinaram 0,7% das receitas para a
ONGD PROYDE.

Jornal Rumos - n.º 3

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