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DE LIBRAS
3
Sobre a autora:
SUMÁRIO
4
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................6
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO MUNDO.......................................................................8
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO BRASIL.....................................................................18
SISTEMA DE TRANSCRIÇÃO PARA LIBRAS.......................................................................................24
LEGISLAÇÃO:.............................................................................................................................................28
UNIDADE I....................................................................................................................................................39
ALFABETO MANUAL:..................................................................................................................................39
DATILOLOGIA..............................................................................................................................................40
NUMERAIS EM LIBRAS................................................................................................................................41
UNIDADE II...................................................................................................................................................45
ESTRATÉGIAS..............................................................................................................................................45
APRESENTAÇÃO PESSOAL...........................................................................................................................47
CALENDÁRIO...............................................................................................................................................48
ADVERBIOS DE TEMPO:..............................................................................................................................50
UNIDADE III.................................................................................................................................................53
FAMÍLIA......................................................................................................................................................53
PRONOMES PESSOAIS................................................................................................................................55
PRONOMES POSSESSIVOS:.........................................................................................................................59
DIALOGO 1..................................................................................................................................................59
UNIDADE IV.................................................................................................................................................62
EXPRESSÕES FACIAIS..................................................................................................................................62
EXPRESSÕES INTERROGATIVAS..................................................................................................................63
UNIDADE V..................................................................................................................................................65
QUE HORA E QUANTAS HORAS..................................................................................................................65
VERBO “IR”.................................................................................................................................................68
DIALOGO 2..................................................................................................................................................69
INTENSIFICADORES E ADVÉRBIOS E ADVÉRBIOS DE MODO:......................................................................70
UNIDADE VI.................................................................................................................................................73
ESCOLA.......................................................................................................................................................73
Primeira escola no Brasil............................................................................................................................74
UNIDADE VII................................................................................................................................................77
CASA...........................................................................................................................................................77
VALORES MONETÁRIOS..............................................................................................................................79
DIALOGO 3..................................................................................................................................................81
UNIDADE VIII...............................................................................................................................................83
5
ALIMENTOS................................................................................................................................................83
TIPOS DE MEDIDAS.....................................................................................................................................84
UNIDADE IX.................................................................................................................................................87
ADJETIVOS NA LIBRAS.................................................................................................................................87
CARACTERISTICAS DE ROUPAS:..................................................................................................................88
UNIDADE X..................................................................................................................................................90
PROFISSÕES................................................................................................................................................90
DIALOGO 4..................................................................................................................................................92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA............................................................................................................95
INTRODUÇÃO
6
A linguagem permite ao homem estruturar seu pensamento, traduzir o que sente,
registrar o que conhece e comunicar-se com outros homens. Ela marca o ingresso do
homem na cultura, construindo-o como sujeito capaz de produzir transformações nunca
antes imaginadas.
Apesar da evidente importância do raciocínio lógico-matemático e dos sistemas de
símbolos, a linguagem, tanto na forma verbal, como em outras maneiras de comunicação,
permanece como meio ideal para transmitir conceitos e sentimentos, além de fornecer
elementos para lançar, explicar e expandir novas aquisições de conhecimento.
A linguagem prova clara da inteligência do homem, tem sido objeto de pesquisa e
discussões. Ela tem sido "um campo fértil" para estudos referentes à aptidão linguística,
tendo em vista a discussão sobre falhas decorrentes de danos cerebrais ou de distúrbios
sensoriais, como a surdez.
Com os estudos do linguista Chomsky (1994), obteve-se um melhor entendimento
acerca da linguagem e do seu funcionamento. Suas considerações partem do fato de que
é muito difícil explicar como a linguagem pode ser adquirida de forma tão rápida e tão
precisa, apesar das impurezas nas amostras de fala que a criança ouve. Chomsky, junto
com outros estudiosos, admite, ainda, que as crianças não seriam capazes de aprender a
linguagem, caso não fizessem determinadas suposições iniciais sobre como o código
deve ou não operar. E acrescenta que tais suposições estariam embutidas no próprio
sistema nervoso humano.
A palavra tem uma importância excepcional no sentido de dar forma à atividade
mental e é fator fundamental de formação da consciência. Ela é capaz de assegurar o
processo de abstração e generalização, além de ser veículo de transmissão do saber.
Os indivíduos "normais" parecem utilizar, em sua linguagem, os dois processos: o verbal
e o não verbal. A surdez congênita e pré-verbal pode bloquear o desenvolvimento da
linguagem verbal, mas não impede o desenvolvimento dos processos não-verbais.
A fase de zero a cinco anos de idade é decisiva para a formação psíquica do ser
humano, uma vez que ocorre o ativamento das estruturas inatas genético-constitucionais
da personalidade, e a falta do intercâmbio auditivo-verbal traz para o surdo prejuízos ao
seu desenvolvimento.
A teoria sobre a base biológica da linguagem admite a existência de um substrato
neuroanatômico, no cérebro, para o sistema da linguagem, portanto todos os indivíduos
nascem com predisposição para a aquisição da fala. Nesse caso, o que se deduz é a
existência de uma estrutura linguística latente responsável pelos traços gerais da
gramática universal (universais linguísticos). A exposição a um ambiente lingüístico é
7
necessária para ativar a estrutura latente e para que a pessoa possa sintetizar e recriar os
mecanismos linguísticos. As crianças são capazes de deduzir as regras gerais e
regularizar os mecanismos de uma conjugação verbal, por exemplo. Dessa forma,
utilizam as formas "eu fazi", "eu di" enquadrando-os nas desinências dos verbos regulares
- eu corri, eu comi.
As crianças "ditas normais" e também um grande número de crianças "com
necessidades especiais" aprendem a língua de uma forma semelhante e num mesmo
espaço de tempo. No entanto, não se podem esquecer as diferenças individuais. Essas
são encontradas nos tipos de palavras que as crianças pronunciam primeiro. Algumas
emitem nomes de coisas, enquanto outras, evitando substantivos, preferem exclamações.
Outras, ainda, expressam automaticamente os elementos emitidos pelos mais velhos.
Há crianças, no entanto, que apresentam dificuldades na aquisição da linguagem.
Às vezes, a dificuldade aparece, principalmente, no que se refere à percepção e à
discriminação auditiva, o que traz transtornos à compreensão da linguagem. Outras
vezes, a dificuldade é relativa à articulação e à emissão da voz, o que produz transtornos
na emissão da linguagem. Tudo isso pode ou não ter relação com a surdez, visto que
muitas crianças que apresentam dificuldades linguísticas não têm audição prejudicada.
Por exemplo: A capacidade de processar rapidamente mensagens linguísticas - um pré-
requisito para o entendimento da fala - parece depender do lóbulo temporal esquerdo do
cérebro.
8
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DOS SURDOS NO MUNDO
Durante a Antiguidade e por quase toda a Idade Média pensava-se que os surdos não
fossem educáveis, ou que fossem imbecis. Os poucos textos encontrados referem-se
prioritariamente a relatos de curas milagrosas ou inexplicáveis (Moores 1978).
Os surdos não eram considerados seres humanos competentes. Diziam que sem a fala
não se desenvolveria o pensamento. Aristóteles falava que a linguagem era o que dava
condição de humano ao indivíduo.
Para os Romanos, os surdos que não falavam não tinham direitos legais, não podiam
fazer testamentos e precisavam de um curador para todos os seus negócios. Eram
considerados incapazes de gerenciar seus atos, perdiam sua consição de ser humano e
eram confundidos com o retardado.
A igreja católica até a Idade Média acreditava que os surdos não tinham almas, por isso,
não poderiam ser considerados imortais porque esses cidadãos não podiam falar em
sacramentos.
1501 a 1584 – Itália: Girolano Cardano, médico foi interessado em estudar o caso do seu
filho surdo. Cardano encontrou por casualidade o livro de Rudolphus Agricola contradiz o
sábio Aristóteles e teoriza que a audição e uso da fala não são indispensáveis à
compreensão das ideias e que a surdez é mais uma barreira á aprendizagem do que uma
condição mental.
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1613 – Espanha: Juan Pablo Bonet (1579 – 1633) atribuiu grande
importância à existência de um ambiente linguístico rico, além de priorizar
o uso do alfabeto manual juntamente com a escrita para o ensino da fala.
Defende que o treino da fala seja iniciando precocemente.
1620 – Espanha: Foi publicado o Livro Reduccion de las letras y artes para enseñar a
hablar a los mudos, que falava da invenção do alfabeto manual de Ponce de Leon, por
Juan Martin Pablo Bonet. Já em 1644 e 1648 foram publicados respectivamente, os livros:
Chirologia e Philocopus, de J. Bulwer. Ambos eram acerca da língua de sinais. No
entanto, o primeiro acreditava na universalidade da língua e o segundo afirmava que a
língua de sinais tinha a capacidade de expressar os mesmos conceitos que a língua oral.
10
1659 – Inglaterra: John Wallis (1616 – 1703), educador de surdos,
depois de tanto ensinar vários surdos a falar, desistiu deste método
preferindo dedicar mais ao ensino da escrita. Usava sinais no seu
ensino;
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1700 – Johann Konard Amman (1689 - 1687), médico, publica A Dissertation Speech.
Interessa-se pelo ensino de surdos e descobre que eles podem sentir as vibrações da voz
e coloca-lhes as mãos na garganta enquanto ensina. E usa espelhos no treino da fala,
que pretende clara e bem controlada.
França – Abade Charles Michel de L’Epee (1712 – 1789), teologia e direito, foi um
professor pioneiro francês para surdos-mudos. L'Epee's pesquisa consistiu em observar
um sistema de signos que já estavam sendo usados em Paris. Sua missão era ajudar os
dois filhos surdos e encontrar outras pessoas surdas que precisavam de ajuda. L'Epee
usado esses sinais e incorporou seu próprio toque criativo aos sinais para criar uma
linguagem de sinais mais formal. L'Epee foi tão bem sucedida em formar essa linguagem
novo sinal de que finalmente o levou a ensinar uma classe de quarenta alunos da nova
linguagem. Em 1754, L'Epee abriu a primeira escola pública, ele financiou e configurar a
escola para surdos na França.
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1957 – Alemanha: Samuel Heinicke (1727 – 1790), educou sua primeira aula surda. Foi
sucesso em ensinar esta menina foi tão grande, que tomou a decisão de se devotar
inteiramente a este trabalho. Em 1768, voltou a viver em Hamburgo, onde ensinou com
sucesso um menino surdo a falar, aplicando seus métodos prescritos em seus livros sobre
os surdos.
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1789 – França: Jean Gaspard Itard (1774 – 1838), foi um médico
francês, o diretor do Instituto Nacional de Surdos-mudos em Paris,
Itard recebeu uma nomeação como médico residencial
do instituto para estudar as funções e disfunções da audição.
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Em França – Jean Massieu (1772-1842), foi
educador pioneiro surdos, tendo nascidos surdos,
todos os seus irmãos eram surdos, quando Abbe
Sicard foi nomeado para ser o diretor do Instituto
Nacional para Surdos em Paris, em 1789, Sicard
tomou Massieu com ele e lhe deu um cargo de
professor na escola. Assim como Sicard ensinou
Massieu como ler e escrever. Ele lecionou na famosa
escola para Surdos em Paris , onde Laurent Clerc era
um de seus alunos. Mais tarde, ele fundou uma escola de surdos em Lille.
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escolares, além de páginas que servem, uma coleção de imagens e uma leitura e
Dicionário". Como um representante fiel do método língua falada, o gesto foi caçar na sala
de aula, especialmente para formação de conceitos e de recolhimento dos conceitos
adquiridos e para animar o ensino da religião para. Ele se sentiu compelido a, porque ele
usou durante o primeiro ano, além de aprender as Escrituras, e na articulação do retículo
também imitar exercícios mentais. Os conteúdos foram adquiridos no segundo ano, na
acepção de uma lição sistemática em palavras. Na escola secundária, e repetiu as áreas
materialmente exatos formalmente estabelecidos de trabalho. Ele calculou mal a
importância da ocasionais, mas não completamente ensinamentos para os eventos atuais
e também exercícios de voz gratuitas para as formas de convívio diário.
1840 - Alemanha: Friedrich Moritz Hill, (1805 - 1874) trabalhou com os seus princípios
para uma instrução nova linguagem muito além das fronteiras da Alemanha. Ele publicou
um trabalho "Instruções para o ensino de línguas surdos-mudos crianças", disse Hill
finalmente rompe completamente com o método antigo. Seu lema principal é:
"Desenvolver a linguagem da criança surda, como se cria uma vida cheia de criança
interior".
Este não é realizado por extensão artificial e treinamento do gesto, mas só a partir
da experiência interior e exterior, por conexão direta da língua em questão, o avivamento
da necessidade língua e uso constante da linguagem falada de acordo com o princípio:
"Em todas as categorias de linguagem"
1857 – Estados Unidos: Edward Miner Gallaudet (1837 – 1917), filho de Thomas
Gallaudet, também educador de surdos, lutou pela elevação do estatuto do Instituto de
Colúmbia a colégio.
1860 - Oralismo:
Em Guimarães, Aguilar cria um instituto, onde ensina língua gestual e escrita, que
fecha mais tarde por dificuldades financeiras.
1880 - Em Milão, o II Congresso Mundial culmina todo este processo aprovando duas
resoluções que se vão repercutir durante quase um século:
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captava com as pontas dos dedos. O esforço de sua mente em procurar se comunicar
com o exterior teve como resultado o afloramento de uma inteligência excepcional,
considerada a maior vitória individual da história da educação. Ao lado de Sullivan,
percorreu vários países do mundo promovendo campanhas para melhorar a situação dos
deficientes visuais e auditivos.
Eliseu Aguilar fecha a escola do Porto e abre o Instituto Municipal de Lisboa, que recebe
alunos dos dois sexos em internato e semi-internato. Ensinava a fala e a língua gestual.
19
1857 – No dia 26 de setembro, através da Lei nº 3.198 de 06 de julho de 1957, assinada
por D. Pedro II, fundou-se o então Instituto Nacional de Educação dos Surdos-Mudos,
atualmente Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES) no Rio de Janeiro.
1861 - Após a saída de Huet, o Instituto foi administrado por três diretores que não
ocuparam por muito tempo essa função, à exceção de Manoel de Magalhães Couto, que
assumiu o cargo em 1862. Nesse ínterim, o Instituto ganhou um regulamento provisório
que definiu seu quadro de funcionários da seguinte maneira: "um diretor, um professor,
uma professora, um capelão, um inspetor de alunos, uma inspetora de alunas, um
roupeiro, uma enfermeira, uma despenseira, uma criada, um cozinheiro e quatro
serventes" (Rocha, 2007, p. 35).
1868 - o chefe da Seção da Secretaria de Estado, Dr. Tobias Leite, foi nomeado para
fazer um relatório sobre as condições de funcionamento do Instituto. Constatou que na
instituição não havia ensino e sim uma casa que servia de asilo aos surdos. Dessa forma,
o então diretor, Manoel de Magalhães Couto, foi exonerado e, em seu lugar, quem
assumiu interinamente a direção do Instituto foi o próprio Tobias Leite. De acordo com
Soares (1999), Tobias Leite foi o quarto diretor do Instituto. Assumiu a interinidade de
1868 a 1872 e, a partir daí, foi diretor efetivo até 1896, ano de sua morte.
1873 – Surge a publicação do mais importante documento encontrado até hoje sobre a
Língua Brasileira de Sinais, o “Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos”, de autoria
do aluno surdo Flausino José da Gama, ex-aluno do INSM com ilustrações de sinais
separados por categorias (animais, objetos, etc). Esta linguagem não é mais usada
atualmente.
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1908 - era considerada a data de fundação do Instituto o dia 1º de Janeiro de 1856. A
mudança deu-se através do artigo 7º do decreto nº. 6.892 de 19 de março de 1908, que
transferiu a data de fundação para a da promulgação da Lei 939 de 26 de setembro de
1857 que em seu artigo 16, inciso 10, consta que o Império passa a subvencionar o
Instituto. Antes desse decreto os alunos eram subvencionados por entidades particulares
ou públicas e até mesmo pelo Imperador.
1930 a 1947 – Dr. Armando Paiva Lacerda ex-diretor do INES. Exige que os alunos não
usem a Língua de Sinais: podendo apenas utilizar o alfabeto manual e um bloco de papel
com lápis no bolso para escrever as palavras que quisessem falar.
1950 – Em 1950, Ana Rimoli de Faria Doria, ex-Diretora do INES, quando assumiu o
cargo, proibiu o alfabeto manual e a Língua de Sinais, implantando o método oralista. Os
surdos não conseguiam adaptar-se a essa imposição do oralismo e continuam a usar a
Língua de Sinais. Chega no Brasil a Comunicação Total.
1968 - Roy Holcon dá origem ao método de Comunicação Total, que tem como principal
preocupação os processos comunicativos entre surdos e surdos, e entre surdos e
ouvintes. Esta filosofia também se preocupa com a aprendizagem da língua oral pela
criança surda, mas acredita que os aspectos cognitivos, emocionais e sociais, não devem
ser deixados de lado em prol do aprendizado exclusivo da língua oral. Por este motivo,
essa filosofia defende a utilização de recursos espaço-viso-manuais como facilitadores da
comunicação. (Goldfeld, 2002, p.38)
1986 - O Centro SUVAG (PE) faz sua opção metodológica pelo Bilinguismo, tornando-se
o primeiro lugar no Brasil em que efetivamente esta orientação passou a ser praticada.
1991 - A LIBRAS é reconhecida oficialmente pelo Governo do Estado de Minas Gerais (lei
nº 10.397 de 10/1/91).
1994 - Brito passa a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que foi
criada pela própria comunidade surda para designar a LSCB (Língua de Sinais dos
Centros Urbanos Brasileiros).
1999 - Em março, começam a ser instaladas em todo Brasil telessalas com o Telecurso
2000 legendado.
2000 - Closed Caption, ou legenda oculta. Após três anos de funcionamento no Jornal
Nacional ela é disponibilizada aos surdos também nos programas Fantástico, Bom Dia
Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo e programa do JÔ.
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2002 - É promulgada a lei 10.436 em 24 de abril, reconhecendo a Libras como língua
oficial das comunidades surdas do Brasil.
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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS – LIBRAS
Sinais
São formas das mãos que podem ser da datilologia (alfabeto manual) ou outras
formas feitas pela mão predominante (mão direita para os destros ou esquerda para os
canhotos), ou pelas duas mãos.
Os sinais DESCULPAR, EVITAR e IDADE, por exemplo, possuem a mesma
configuração de mão (com a letra y). A diferença é que cada uma é produzida em um
ponto diferente no corpo.
Ponto de articulação:
É o lugar onde incide a mão predominante configurada, ou seja, local onde é feito o
sinal, podendo tocar alguma parte do corpo ou estar em um espaço neutro.
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Movimento:
Os sinais podem ter um movimento ou não. Por exemplo, os sinais PENSAR e EM-
PÉ não tem movimento; já os sinais EVITAR e TRABALHAR possuem movimento.
Tem movimento
EM-PÉ
PENSAR
Não tem
movimento
TRABALHAR EVITAR
Orientação/Direção:
Os sinais têm uma direção com relação aos parâmetros acima. Assim, os verbos IR
e VIR se opõem em relação à direcionalidade.
Segundo Felipe (2001), a LIBRAS pode ser representada a partir das seguintes
convenções:
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CASA ESTUDAR CRIANÇA
Exemplos: PODER-NÃO,
QUERER-NÃO "não querer",
MEIO-DIA,
AINDA-NÃO etc.;
PODER-NÃO
QUERER-NÃO
MEIO-DIA AINDA-NÃO
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c) SINAL COMPOSTO: formado por dois ou mais sinais, que será representado
por duas ou mais palavras, mas com a ideia de uma única coisa, será separado pelo
símbolo ^ .
CASA^ESTUDAR = “escola”
CASA ESTUDAR
Exemplos: J-O-Ã-O,
A-N-E-S-T-E-S-I-A;
JOÃO
ANESTESIA
27
Exemplos: R-S “reais”,
A-C-H-O,
QUM “quem”,
N-U-N-C-A etc.;
R-S A-C-H-O
Q-U-M N-U-N-C-A
Exemplos:
AMIG@ “amiga(s) e amigo(s)”,
FRI@ “fria(s) e frio(s)”,
MUIT@ “muita(s) e muito(s)”,
TOD@, “toda(s) e todo(s)”,
EL@ “ela(s), ele(s)”,
ME@ “minha(s) e meu(s)” etc.
IDADE SEU
28
LEGISLAÇÃO:
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais -
Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e
expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria,
constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas
surdas do Brasil.
Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de
serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais -
Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito
Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de
Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte
integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a modalidade escrita da
língua portuguesa.
29
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, e no art. 18 da Lei
no 10.098, de 19 de dezembro de 2000,
DECRETA:
CAPÍTULO I
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002 , e o art. 18 da Lei no 10.098,
de 19 de dezembro de 2000.
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura
principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
CAPÍTULO II
Art. 3o A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de
professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de
instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do conhecimento, o curso normal de nível
médio, o curso normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados
cursos de formação de professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.
§ 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular optativa nos demais cursos de educação superior
e na educação profissional, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
CAPÍTULO III
30
Art. 4o A formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais do ensino fundamental, no
ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em curso de graduação de
licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua.
Parágrafo único. As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.
Art. 5o A formação de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos anos iniciais do
ensino fundamental deve ser realizada em curso de Pedagogia ou curso normal superior, em que Libras e
Língua Portuguesa escrita tenham constituído línguas de instrução, viabilizando a formação bilíngüe.
§ 1o Admite-se como formação mínima de docentes para o ensino de Libras na educação infantil e nos
anos iniciais do ensino fundamental, a formação ofertada em nível médio na modalidade normal, que
viabilizar a formação bilíngue, referida no caput.
§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.
Art. 6o A formação de instrutor de Libras, em nível médio, deve ser realizada por meio de:
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por secretarias de
educação.
§ 1o A formação do instrutor de Libras pode ser realizada também por organizações da sociedade civil
representativa da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por pelo menos uma das
instituições referidas nos incisos II e III.
§ 2o As pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação previstos no caput.
Art. 7o Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja docente com título
de pós-graduação ou de graduação em Libras para o ensino dessa disciplina em cursos de educação
superior, ela poderá ser ministrada por profissionais que apresentem pelo menos um dos seguintes perfis:
I - professor de Libras, usuário dessa língua com curso de pós-graduação ou com formação superior e
certificado de proficiência em Libras, obtido por meio de exame promovido pelo Ministério da Educação;
II - instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificado obtido por
meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da Educação;
III - professor ouvinte bilíngüe: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou formação superior e
com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da
Educação.
§ 1o Nos casos previstos nos incisos I e II, as pessoas surdas terão prioridade para ministrar a
disciplina de Libras.
§ 2o A partir de um ano da publicação deste Decreto, os sistemas e as instituições de ensino da
educação básica e as de educação superior devem incluir o professor de Libras em seu quadro do
magistério.
Art. 8o O exame de proficiência em Libras, referido no art. 7 o, deve avaliar a fluência no uso, o
conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.
§ 1o O exame de proficiência em Libras deve ser promovido, anualmente, pelo Ministério da Educação
e instituições de educação superior por ele credenciadas para essa finalidade.
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§ 2o A certificação de proficiência em Libras habilitará o instrutor ou o professor para a função docente.
§ 3o O exame de proficiência em Libras deve ser realizado por banca examinadora de amplo
conhecimento em Libras, constituída por docentes surdos e linguistas de instituições de educação superior.
Art. 9o A partir da publicação deste Decreto, as instituições de ensino médio que oferecem cursos de
formação para o magistério na modalidade normal e as instituições de educação superior que oferecem
cursos de Fonoaudiologia ou de formação de professores devem incluir Libras como disciplina curricular,
nos seguintes prazos e percentuais mínimos:
I - até três anos, em vinte por cento dos cursos da instituição;
II - até cinco anos, em sessenta por cento dos cursos da instituição;
III - até sete anos, em oitenta por cento dos cursos da instituição; e
IV - dez anos, em cem por cento dos cursos da instituição.
Parágrafo único. O processo de inclusão da Libras como disciplina curricular deve iniciar-se nos
cursos de Educação Especial, Fonoaudiologia, Pedagogia e Letras, ampliando-se progressivamente para as
demais licenciaturas.
Art. 10. As instituições de educação superior devem incluir a Libras como objeto de ensino, pesquisa e
extensão nos cursos de formação de professores para a educação básica, nos cursos de Fonoaudiologia e
nos cursos de Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.
Art. 11. O Ministério da Educação promoverá, a partir da publicação deste Decreto, programas
específicos para a criação de cursos de graduação:
I - para formação de professores surdos e ouvintes, para a educação infantil e anos iniciais do ensino
fundamental, que viabilize a educação bilíngue: Libras - Língua Portuguesa como segunda língua;
II - de licenciatura em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa, como segunda língua
para surdos;
Art. 12. As instituições de educação superior, principalmente as que ofertam cursos de Educação
Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar cursos de pós-graduação para a formação de professores
para o ensino de Libras e sua interpretação, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
Art. 13. O ensino da modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas
surdas, deve ser incluído como disciplina curricular nos cursos de formação de professores para a educação
infantil e para os anos iniciais do ensino fundamental, de nível médio e superior, bem como nos cursos de
licenciatura em Letras com habilitação em Língua Portuguesa.
Parágrafo único. O tema sobre a modalidade escrita da língua portuguesa para surdos deve ser
incluído como conteúdo nos cursos de Fonoaudiologia.
CAPÍTULO IV
Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas
acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos
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conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a
educação infantil até à superior.
c) o ensino da Língua Portuguesa, como segunda língua para pessoas surdas;
II - ofertar, obrigatoriamente, desde a educação infantil, o ensino da Libras e também da Língua
Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos;
c) professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e
d) professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade lingüística manifestada
pelos alunos surdos;
V - apoiar, na comunidade escolar, o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos, funcionários,
direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos;
VI - adotar mecanismos de avaliação coerentes com aprendizado de segunda língua, na correção das
provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade lingüística manifestada no
aspecto formal da Língua Portuguesa;
§ 2o O professor da educação básica, bilíngüe, aprovado em exame de proficiência em tradução e
interpretação de Libras - Língua Portuguesa, pode exercer a função de tradutor e intérprete de
Libras - Língua Portuguesa, cuja função é distinta da função de professor docente.
§ 3o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do
Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar
atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com deficiência auditiva.
Art. 15. Para complementar o currículo da base nacional comum, o ensino de Libras e o ensino da
modalidade escrita da Língua Portuguesa, como segunda língua para alunos surdos, devem ser ministrados
em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental, como:
33
I - atividades ou complementação curricular específica na educação infantil e anos iniciais do ensino
fundamental; e
II - áreas de conhecimento, como disciplinas curriculares, nos anos finais do ensino fundamental, no
ensino médio e na educação superior.
Art. 16. A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica, deve ser ofertada aos alunos
surdos ou com deficiência auditiva, preferencialmente em turno distinto ao da escolarização, por meio de
ações integradas entre as áreas da saúde e da educação, resguardado o direito de opção da família ou do
próprio aluno por essa modalidade.
CAPÍTULO V
Art. 17. A formação do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa deve efetivar-se por meio
de curso superior de Tradução e Interpretação, com habilitação em Libras - Língua Portuguesa.
Art. 18. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, a formação de tradutor e
intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições
credenciadas por secretarias de educação.
Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da
sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das
instituições referidas no inciso III.
Art. 19. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, caso não haja pessoas com a
titulação exigida para o exercício da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa, as instituições
federais de ensino devem incluir, em seus quadros, profissionais com o seguinte perfil:
I - profissional ouvinte, de nível superior, com competência e fluência em Libras para realizar a
interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de
proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação em instituições de ensino médio e de
educação superior;
II - profissional ouvinte, de nível médio, com competência e fluência em Libras para realizar a
interpretação das duas línguas, de maneira simultânea e consecutiva, e com aprovação em exame de
proficiência, promovido pelo Ministério da Educação, para atuação no ensino fundamental;
III - profissional surdo, com competência para realizar a interpretação de línguas de sinais de outros
países para a Libras, para atuação em cursos e eventos.
Parágrafo único. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual,
municipal e do Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de
assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à
educação.
34
Art. 20. Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, o Ministério da Educação ou
instituições de ensino superior por ele credenciadas para essa finalidade promoverão, anualmente, exame
nacional de proficiência em tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa.
Art. 21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de ensino da
educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e
modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação,
à informação e à educação de alunos surdos.
II - nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares,
em todas as atividades didático-pedagógicas; e
§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do
Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos
alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação.
CAPÍTULO VI
Art. 22. As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a
inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
I - escolas e classes de educação bilíngüe, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores
bilíngües, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
II - escolas bilíngües ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e
ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes
das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade lingüística dos alunos surdos, bem como
com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
§ 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngüe aquelas em que a Libras e a
modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução utilizadas no desenvolvimento de todo
o processo educativo.
§ 2o Os alunos têm o direito à escolarização em um turno diferenciado ao do atendimento educacional
especializado para o desenvolvimento de complementação curricular, com utilização de equipamentos e
tecnologias de informação.
§ 3o As mudanças decorrentes da implementação dos incisos I e II implicam a formalização, pelos pais
e pelos próprios alunos, de sua opção ou preferência pela educação sem o uso de Libras.
§ 4o O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para os alunos não usuários da Libras.
Art. 23. As instituições federais de ensino, de educação básica e superior, devem proporcionar aos
alunos surdos os serviços de tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa em sala de aula e em
35
outros espaços educacionais, bem como equipamentos e tecnologias que viabilizem o acesso à
comunicação, à informação e à educação.
§ 1o Deve ser proporcionado aos professores acesso à literatura e informações sobre a especificidade
lingüística do aluno surdo.
§ 2o As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual, municipal e do
Distrito Federal buscarão implementar as medidas referidas neste artigo como meio de assegurar aos
alunos surdos ou com deficiência auditiva o acesso à comunicação, à informação e à educação.
Art. 24. A programação visual dos cursos de nível médio e superior, preferencialmente os de formação
de professores, na modalidade de educação a distância, deve dispor de sistemas de acesso à informação
como janela com tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa e subtitulação por meio do sistema de
legenda oculta, de modo a reproduzir as mensagens veiculadas às pessoas surdas, conforme prevê o
Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004.
CAPÍTULO VII
Art. 25. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Sistema Único de Saúde - SUS e as
empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, na perspectiva
da inclusão plena das pessoas surdas ou com deficiência auditiva em todas as esferas da vida social,
devem garantir, prioritariamente aos alunos matriculados nas redes de ensino da educação básica, a
atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades médicas, efetivando:
VIII - orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a importância para a criança com
perda auditiva ter, desde seu nascimento, acesso à Libras e à Língua Portuguesa;
IX - atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede de serviços do SUS e das
empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à saúde, por
profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução e interpretação; e
X - apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de serviços do SUS para o uso de Libras e
sua tradução e interpretação.
§ 1o O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou com deficiência
auditiva não usuários da Libras.
36
§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal, do Distrito Federal e as
empresas privadas que detêm autorização, concessão ou permissão de serviços públicos de assistência à
saúde buscarão implementar as medidas referidas no art. 3 o da Lei no 10.436, de 2002, como meio de
assegurar, prioritariamente, aos alunos surdos ou com deficiência auditiva matriculados nas redes de ensino
da educação básica, a atenção integral à sua saúde, nos diversos níveis de complexidade e especialidades
médicas.
CAPÍTULO VIII
Art. 26. A partir de um ano da publicação deste Decreto, o Poder Público, as empresas
concessionárias de serviços públicos e os órgãos da administração pública federal, direta e indireta devem
garantir às pessoas surdas o tratamento diferenciado, por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e
interpretação de Libras - Língua Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para
essa função, bem como o acesso às tecnologias de informação, conforme prevê o Decreto no 5.296, de
2004.
§ 1o As instituições de que trata o caput devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de servidores,
funcionários e empregados capacitados para o uso e interpretação da Libras.
§ 2o O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, e
as empresas privadas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos buscarão implementar as
medidas referidas neste artigo como meio de assegurar às pessoas surdas ou com deficiência auditiva o
tratamento diferenciado, previsto no caput.
Art. 27. No âmbito da administração pública federal, direta e indireta, bem como das empresas que
detêm concessão e permissão de serviços públicos federais, os serviços prestados por servidores e
empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa estão sujeitos a padrões de controle de atendimento e a avaliação da satisfação do usuário dos
serviços públicos, sob a coordenação da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, em conformidade com o Decreto no 3.507, de 13 de junho de 2000.
CAPÍTULO IX
Art. 28. Os órgãos da administração pública federal, direta e indireta, devem incluir em seus
orçamentos anuais e plurianuais dotações destinadas a viabilizar ações previstas neste Decreto,
prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores, servidores e
empregados para o uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
Art. 29. O Distrito Federal, os Estados e os Municípios, no âmbito de suas competências, definirão os
instrumentos para a efetiva implantação e o controle do uso e difusão de Libras e de sua tradução e
interpretação, referidos nos dispositivos deste Decreto.
Art. 30. Os órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, direta e indireta,
viabilizarão as ações previstas neste Decreto com dotações específicas em seus orçamentos anuais e
plurianuais, prioritariamente as relativas à formação, capacitação e qualificação de professores, servidores e
empregados para o uso e difusão da Libras e à realização da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, a partir de um ano da publicação deste Decreto.
37
Brasília, 22 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Art. 1o Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de
Sinais - LIBRAS.
Art. 2o O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de
maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua
Portuguesa.
Art. 4o A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível
médio, deve ser realizada por meio de:
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições
credenciadas por Secretarias de Educação.
Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações
da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma
das instituições referidas no inciso III.
Art. 5o Até o dia 22 de dezembro de 2015, a União, diretamente ou por intermédio de credenciadas,
promoverá, anualmente, exame nacional de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua
Portuguesa.
I - efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-
cegos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa;
38
II - interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades didático-
pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos níveis fundamental, médio e superior,
de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares;
III - atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino e nos concursos públicos;
Art. 7o O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico, zelando pelos valores éticos a ela
inerentes, pelo respeito à pessoa humana e à cultura do surdo e, em especial:
II - pela atuação livre de preconceito de origem, raça, credo religioso, idade, sexo ou orientação
sexual ou gênero;
III - pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber traduzir;
IV - pelas postura e conduta adequadas aos ambientes que frequentar por causa do exercício
profissional;
Art. 8o (VETADO)
Art. 9o (VETADO)
39
UNIDADE I
ALFABETO MANUAL:
A S C Ç F T G Q
M N U V H K P
40
DATILOLOGIA
SINAL DE EXEMPLO
Exemplo:
F-R-U-T-A-S FRUTAS
UVA
Exercício:
41
NUMERAIS EM LIBRAS
Vejamos os números:
a) Cardinais: 1 até 10
Exemplo:
42
Diferente entre cardinais e quantidades:
a) Quantidades:
b) Cardinais:
Exemplo:
c) Ordinais: do PRIMEIRO até o NONO têm a mesma forma dos cardinais, mas
aqueles possuem movimentos enquanto estes não possuem.
1) ordinais do PRIMEIRO até o QUARTO têm movimentos para cima e para baixo.
43
Formas de Plural: há plural na LIBRAS no uso repetido de sinais ou indicando a
quantidade.
Exercício:
Vocabulário:
QUANTOS
TER
QUAL
APARTAMENTO
CASA / MORAR
PESSOA
44
45
ANOTAÇÕES
46
UNIDADE II
ESTRATÉGIAS
SINAL:
Perguntar a duvida que no qual é sinal de palavra.
Exemplo: Como é sinal de borboleta?
SINAL
ERRADO
CERTO
VERBO
47
LEMBRAR E ESQUECER:
LEMBRAR ESQUECER
PERGUNTAR RESPONDER
FÁCIL
DIFICIL
48
APRESENTAÇÃO PESSOAL
OI
ANA
CAROLINA
49
OI
CALENDÁRIO
Na LIBRAS há dois sinais diferentes para a ideia “dia”: um sinal reacionado a dia do mês,
que é a datilologia D-I-A, e o sinal DIA.
50
Quadro em acima, professora apresentará as perguntas de calendário, escreve:
Exemplo:
DIA SEMANA MÊS ANO
DIAS-2 SEMANAS-2 MESES-2 ANOS-2
DIAS-3 SEMANAS-3 MESES-3 ANOS-3
DIAS-4 SEMANAS-4 MESES-4 ANOS-4
Exemplo:
51
Aos sinais DIA (duração) e SEMANA podem ser incorporadas a frequência ou duração
através de um movimento prolongado ou repetido.
Exemplos:
Exercício:
Conversar em LIBRAS:
ADVERBIOS DE TEMPO:
Na Libras não há marca de tempo nas formas verbais, é como se, nas frases, muitos verbos ficassem
no infinitivo. O tempo é marcado sintaticamente através de advérbios de tempo que indicam se a
ação está ocorrendo no presente: HOJE, AGORA; ocorreu no passado: ONTEM, ANTEONTEM;
ou irá ocorrer no futuro: AMANHÃ.
52
ou
Exemplo:
DIA HOJE? “que é dia hoje?”
PASSADO ONTEM
ANTEONTEM
HÁ MUITOS ANOS
JÁ FOI
JÁ
53
Futuro (amanhã, futuro, depois, próximo)
AMANHÃ FUTURO
ou
DEPOIS
Exercício:
a) Quem faltou hoje?
b) Que dia do mês que é feriado?
c) Que dia você tem folga?
d) Qual o mês que você tira férias?
54
ANOTAÇÕES
55
UNIDADE III
FAMÍLIA
Todos são mesmo sinais, como você pergunta à duvida, como pode usar sinal
composto: “PADRINHO DE CASAMENTO”.
Exemplo:
Padrinho de casamento
Padrinho de batismo
Madrinha de casamento
Madrinha de batismo
Sobrinho é filho de meu irmão
Afilhado é filho da minha prima
56
Exercício:
OU
GRAVIDEZ
Exemplo:
A mulher esta grávida ficou:
8 semanas, 12 semanas, 16 semanas, 20 semanas, 24 semanas, s8 semanas, 32
semanas, 36 semanas e 40 semanas.
57
Exemplo:
PRONOMES PESSOAIS
Pessoa do
1 ª PESSOA 2ª PESSOA 3ª PESSOA
discurso
58
SINGULAR
VOCÊ
EU
EU
VOCÊ
59
TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR: VOCÊ
ELA
PLURAL
60
TERCEIRA PESSOA DO PLURAL: VOCÊS
61
PRONOMES POSSESSIVOS:
Como os pessoais e demonstrativos, também não possuem marca para gênero e estão relacionados
às pessoas do discurso e não à coisa possuída, como acontece em português:
TEU / TUA
SEU / SUA
MEU / MINHA
DELE / DELA
Exercício:
DIALOGO 1
Conversando no Banco
Situação: Abrindo conta no Banco (a) surdo (b) ouvinte funcionário do banco.
a) TUD@ BO@!
b) TUD@ BO@! O QUE QUERER?
a) EU QUERER ABRIR CONTA BANCO GUARDAR DINHEIRO.
b) P-O-U-P-A-N-Ç-A?
a) SIM. CERTO.
b) VOCÊ TRAZER DOCUMENTOS: IDENTIDADE, CPF, CONTA
LUZ OU TELEFONE PRECISA TER SEU NOME ENDEREÇO.
a) AGORA NÃO TER TUDO.
b) PODE AMANHÃ HORA 11:00 ATÉ 16:00 H.
a) OK AMANHÃ VOLTAR. OBRIGAD@. TCHAU.
b) OBRIGAD@. TCHAU.
VERBO
62
QUERER GUARDAR
TRAZER PRECISAR
VOLTAR
TER
ANOTAÇÕES
63
UNIDADE IV
64
EXPRESSÕES FACIAIS
Exercício:
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
EXPRESSÕES INTERROGATIVAS
65
Utiliza as expressões faciais e corporais, como a Libras está na forma afirmativa,
interrogativa exclamativa, negativa.
INTERROGATIVA:
EXCLAMATIVA:
AFIRMATIVA: NEGATIVA:
66
ANOTAÇÕES
67
UNIDADE V
Após doze horas, não se continua a contagem, começa-se a contar novamente: HORA 1, HORA 2,
HORA 3 e HORA 4.
Acrescentando o sinal TARDE, quando necessário, porque geralmente, pelo contexto, já se sabe se
o sinalizador está se referindo à manhã, tarde, noite ou madrugada.
Exemplo
68
Utilizado em frase interrogativa - expressão interrogativa ”QUANTAS-HORAS”, tem um
acréscimo da expressão facial para frase interrogativa.
69
MEIA-HORA
MINUTO
Exercício:
70
VERBO “IR”
IR
Exemplo:
V-O-U V-A-I
Exemplo:
71
DIALOGO 2
72
CONHECER
COMBINAR DESCANSAR
QUERER
ENCONTRAR ESPERAR
Intensificador (muito)
Advérbio de modo (rápido / devagar)
Exemplo:
Chover / Chover muito / Muita chuva / Trovoada / Neve
Frio / muito frio
Vento fraco / Vento médio / Vento forte / furação
Muito leve / Leve / Pouco pesado / Pesado
73
CHOVER POUCO CHOVER MUITO
VENTO FRIO
LEVE PESADO
FORTE FRACO
Exemplo:
ANOTAÇÕES
74
UNIDADE VI
75
ESCOLA
Exercício
Conversar em LIBRAS
a) Você estuda?
b) Onde você estuda?
c) Qual você prestou no curso?
d) Qual língua você sabe?
76
PRIMEIRA ESCOLA NO BRASIL
No Império de D. Pedro II, professor francês Huet veio para o Brasil foi fundada a
primeira escola para surdos no Rio de Janeiro – Brasil, o “Imperial Instituto dos Surdos-
Mudos”, hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos”– INES.
O dia do surdo é comemorado no dia 26 de setembro, homenagem à inauguração
da primeira escola de surdos do Brasil em 1857, o INES (Instituto Nacional de Educação
de Surdos).
A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é língua natural da maioria dos surdos
brasileiros e é reconhecido no Brasil pela Lei nº 10.436 / 2002 e pelo Decreto nº 5.626 /
2005,
Responda em Libras:
14- Em que ano a Lei n.º 10.436 (que oficializa a Libras no País) foi aprovada?
77
15- Qual a data que se comemora o Dia dos Surdos?
16- Quando foi criada a primeira Instituição destinada a Educação de Surdos no Brasil?
17- Em que ano foi aprovado o Decreto n.º 5.626 que regulamenta a Lei n° 10.436?
através da forma que a mão toma ao ser realizado o sinal ou a letra do alfabeto manual.
Algumas letras são usadas várias vezes para demonstrar uma determinada palavra,
sinal ou palavra, ou seja, ela pode ser realizada com a mão direita para os destros ou com a
mão (com a letra y). A diferença é que cada uma é produzida em um ponto diferente no
corpo.
78
Exemplo: Configuração das mãos (CM)
79
Configuração das mãos simples
É aquela em que o movimento das mãos usa e mantém a mesma forma e posição.
Por exemplo: Por exemplo: o sinal “evitar”, usamos a configuração Y colocando o polegar na
têmpora e girando o pulso para a direita.
É aquela em que o movimento das mãos inicialmente usa uma forma e posição e se
altera durante ou no final do movimento.
Por exemplo: Sinal “aprender”, Mão direita em S vertical, palma para a esquerda, tocando
a testa. Abrir e fechar ligeiramente a mão, duas vezes.
ANOTAÇÕES
80
UNIDADE VII
CASA
81
VERBO: “COMPRAR”, “VENDER”, “ALUGAR”, “MUDAR” e “CONSTRUIR”
COMPRAR VENDER
ALUGAR MUDAR
CONSTRUIR REFORMAR
MORAR
82
FUNDO FAZENDA
83
VALORES MONETÁRIOS
0,01 até 0,99 centavos, o sinal VÍRGULA vem depois do sinal ZERO, mas na maioria
das vezes não precisa usar o sinal ZERO para centavo porque o contexto pode esclarecer e
os valores para centavos ficam iguais aos numerais cardinais.
1,00 até 4,00 reais, Os números de 1 a 4 são sinalizados como cardinais de
quantidade;
5,00 até 999,00 reais, pode ser incorporação é mais alongando do que os valores
de um até 999 reais, podem usar também
1.000,00 até 4.000,00 mil, também milhões e bilhões, Os números de 1 a 4 são
sinalizados como cardinais de quantidade;
5.000,00 até 999.000,00 mil, também milhões e bilhões
DINHEIRO MOEDA
DÓLAR REAL
84
MIL MIL
MILHÃO BILHÃO
Exemplo:
0,60 centavos
, 5,20 reais
10,00 reais
,
35,10 reais
85
DIALOGO 3
86
ANOTAÇÕES
87
UNIDADE VIII
88
ALIMENTOS
Procure
Você viu o quadro em cima, coloque os preços no qual mais barato ou caro?
Exercício
Conversar em LIBRAS
89
TIPOS DE MEDIDAS
BALANÇA
90
b) Medidas para volume: LITRO é uma das unidades de medida usadas para medir
os líquidos.
GARRAFA PLÁSTICO
1L 2L 3L 4L 4L
91
Observe no quadro:
ANOTAÇÕES
92
UNIDADE IX
ADJETIVOS NA LIBRAS
Os adjetivos são sinais que formam uma classe específica na LIBRAS e sempre estão na
forma neutra, não havendo, portanto, nem marca para gênero (masculino e feminino), nem para
número (singular e plural).
Muitos adjetivos, por serem descritivos, apresentam iconicamente uma qualidade do objeto,
desenhando-a no ar ou mostrando-a a partir do objeto ou do corpo do emissor.
Em português, quando uma pessoa se refere a um objeto como sendo arredondado,
quadrado, listrado, entre outros, está também descrevendo, mas, na Libras, esse processo é mais
"transparente" porque o formato ou textura são traçados no espaço ou no corpo do emissor, em uma
tridimensionalidade permitida pela modalidade da língua.
Em relação à colocação dos adjetivos na frase, eles geralmente vêm após o substantivo que
qualifica. Seguem, abaixo, alguns exemplos de adjetivos na LIBRAS:
93
CARACTERISTICAS DE ROUPAS:
O professor dará informações descrevendo modelos de blusa, dirá também onde foi
comprado e em qual loja.
Escrever, abaixo, os modelos das blusas e nome da loja onde foi comprada, a partir das
informações dadas pelo professor:
94
1- __________________________________________________
2- __________________________________________________
3- __________________________________________________
4- __________________________________________________
5- __________________________________________________
6- __________________________________________________
7- __________________________________________________
ANOTAÇÕES
95
UNIDADE X
96
PROFISSÕES
PROCURAR
ADMITIR
RECEBER
97
SAIR
APOSENTAR
RECEBER
Exercício
98
Conversar em LIBRAS
DIALOGO 4
Na Empresa
Situação: Procurando emprego. (a) surdo procurando emprego (b) ouvinte recepcionista.
a) BO@ DIA!
b) BO@ DIA! O-QUE VOCÊ QUER?
a) ME@ NOME R-I-C-A-R-D-O VOCÊ NOME?
b) NOME C-L-A-R-A.
a) EU QUERER SABER TER VAGA AQUI HOTEL
I-T-A-G-U-A-Ç-U?
b) DESCULPAR, PARECER NÃO-TER VAGA.
b) VOCÊ PREENCHER FICHA NOME DOCUMENTOS
IDENTIDADE CPF CARTEIRA DE TRABALHO RUA TELFONE
CONTATO. DEPOIS ESPERAR.
a) VOCÊ LIGAR CHAMAR?
b) SIM. QUANTO TER VAGA LIGAR SIM.
a) CERTO! OBRIGAD@! TCHAU!
VERBO
SABER DESCUPLAR
99
PREENCHER
NÃO TER
ESPERAR CHAMAR
LIGAR
100
ANOTAÇÕES
101
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
___________. ELiS – Escrita das Línguas de Sinais. IN: Estudos Surdos II – Série
Pesquisas. QUADROS, R. M. de; PERLIN, G. (Org.). 212-237. Petrópolis, RJ: Arara Azul,
2007.
FELIPE, Tanya; MONTEIRO, Myr na. LIBRAS em Contexto: Curso Básico: Livro do
Professor. 4. ed. Rio de Janeiro: LIBRAS, 2008.
102
MODERNA. Projeto Pitanguá Português: 3ª série do ensino fundamental. 2. ed. São
Paulo: Moderna, 2008.
PEDROSO, Cristina Cinto Araújo. Língua Brasileira de Sinais: Teoria e Prática. Batata-
SP: Ação Educacional Claretiana, Centro Universitário Claretiano de Batata, versão 2 –
mar./2009.
103